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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Dilma Vana Rousseff Presidenta

Michel Miguel Elias Temer Lulia Vice-Presidente

MINISTÉRIO DO TURISMO

Gastão Dias Vieira Ministro

SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO

Fábio Rios Mota Secretário

DEPARTAMENTO DE PROGRAMAS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO

Carlos Henrique Menezes Sobral Diretor

COORDENAÇÃO GERAL DE PROGRAMAS REGIONAIS II

Viviane de Faria Coordenadora

Ana Carla Fernandes Moura Técnica Nível Superior

Marina Neiva Dias Técnica Nível Superior

Miranice Lima Santos Técnica Nível Superior

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

Gustavo Fruet Prefeito

INSTITUTO MUNICIPAL DE TURISMO – CURITIBA TURISMO

Paulo Colnaghi Presidente

EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO

Coordenação - Adriane Vortolin Turismóloga

Corrdenação - Luís Felipe A. Strugo Turismólogo

Tayene Oliveira Turismóloga

Patrícia Ribeiro Turismóloga

Maíra Pedron Turismóloga

Alexandro Silva Historiador

Marcelo Uemura Estatístico

Maykel Fogaça de Oliveira Estatístico

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RELAÇÃO DAS ENTIDADES DO COMTUR

Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A

Assembleia Legislativa do Estado do Paraná

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Paraná - ABIH - PR

Associação Brasileira das Empresas de Eventos do Paraná - ABEOC/PR

Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis - ABLA

Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos Culturais - ABOTTC

Associação Brasileira de Agências de Viagens do Paraná - ABAV-PR

Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Paraná - ABRASEL-PR

Associação Brasileira de Centros de Convenções e Feiras - ABRACCEF

Associação Brasileira dos Guias de Turismo - ABGTUR

Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo - ABRAJET - PR

Associação Comercial do Paraná ACP

Associação de Hostels do Paraná - AHPR

Associação dos Comerciantes da Região da Praça da Espanha - ASCORES

Câmara dos Deputados do Governo Federal

Câmara Municipal de Curitiba

Curitiba Convention & Visitors Bureau

Federação das Indústrias do Estado do Paraná - FIEP-PR

Federação do Comércio do Paraná - FECOMÉRCIO

FOHB- Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil

Fórum de Coordenadores de Cursos Superiores de Turismo e/ou Hotelaria do Paraná

Fundação Cultural de Curitiba - FCC

INFRAERO - Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária

Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC

Núcleo de Turismo Receptivo

Secretaria de Estado do Turismo - Governo do Paraná

Secretaria Municipal da Comunicação Social

Secretaria Municipal de Assuntos Metropolitanos

Secretaria Municipal do Meio Ambiente

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE-PR

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC-PR

Serviço Social do Comércio - SESC-PR

Sindicato das Empresas de Turismo no Estado do Paraná - SINDETUR - PR

Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação - SEHA

Sindicato Estadual dos Guias de Turismo do Paraná SINDEGTUR - PR

Universidade Federal do Paraná - UFPR

URBS - Urbanização de Curitiba S/A

Instituto Municipal de Turismo

Curitiba Turismo

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CONSULTORIA: AMBIENS SOCIEDADE COOPERATIVA

Anderson Adami I Gestor da Informação

Alexandre Pedrozo I Arquiteto e Urbanista. Especialista em Políticas do Solo

Artur Silva Coelho I Economista. Mestre em Desenvolvimento Econômico

Fernanda Serrato Podzwato I Arquiteta e Urbanista. Mestranda em Planejamento Urbano e Regional

Josias Rickli Neto I Biólogo. Mestre em Planejamento Urbano e Regional

José Ricardo Vargas de Faria I Engenheiro Civil, Mestre em Administração, Doutor em Planejamento

Urbano e Regional

Marcus Vinícius Concatto I Turismólogo. Especialista em Planejamento e Gestão de Negócios

Maria Cristina Graf I Engenheira Civil, Especialista em Gestão Técnica do Meio Urbano

Mauricio Alexandre Maas I Arquiteto e Urbanista

Michelli Goncalves Stumm I Economista. Mestre em Sociologia

Giovanna Bonilha Milano I Advogada. Doutoranda e Mestre em Direito das Relações Sociais

Coordenação

Anna Carolina Vargas de Faria I Turismóloga. Especialista em Gestão de Políticas Públicas

Apoio

Felipe Timmermann Gonçalves I Graduando em Geografia

Letícia Maria Trein I Secretaria Executiva

Consultoria

Rafael Milani Medeiros I Graduado em Designer e Mestre em Gestão Urbana

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JUNHO DE 2014

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ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1 - CHEGADA DE TURISTAS INTERNACIONAIS POR DESTINO: 2002 A 2009 (EM MILHÕES) .............................................................................................................35

TABELA 2 - CHEGADAS DE TURISTAS AO BRASIL, SEGUNDO PRINCIPAIS PAÍSES EMISSORES – 2003 A 2011 ..................................................................................37

TABELA 3 - FLUXO TURÍSTICO EM CURITIBA E NO PARANÁ: 2006 A 2011 (MILHÕES) ......38

TABELA 4 - TURISTAS EM VISITA À CURITIBA SEGUNDO POLOS EMISSORES: 1992 A 2009 ......................................................................................................................40

TABELA 5 - DESTINOS MAIS VISITADOS PELO TURISTA INTERNACIONAL DE NEGÓCIOS (%).........................................................................................................................40

TABELA 6 - DESTINOS MAIS VISITADOS E MAIS DESEJADOS DA DEMANDA DOMÉSTICA (2012) ....................................................................................................................41

TABELA 7 - VISITA AOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DA CIDADE: ANO 2010 ..........................43

TABELA 8 - QUANTIDADE DE PERNOITES POR MOTIVAÇÃO DAS VIAGENS: ANO 2011 (%) ..............................................................................................................................47

TABELA 9 - GÊNERO DO TURISTA QUE VISITA CURITIBA: ANO 2010 .................................49

TABELA 10 - FORMA DE VIAJAR DO TURISTA QUE VISITA CURITIBA: ANO 2010 .................50

TABELA 11 - FAIXA ETÁRIA DO TURISTA QUE VISITA CURITIBA: ANO 2010 .........................50

TABELA 12 - PERFIL DE RENDA DO TURISTA QUE VISITA CURITIBA: ANO 2010 .................51

TABELA 13 - NÍVEL DE ESCOLARIDADE DO TURISTA QUE VISITA CURITIBA: ANO 2010 ....52

TABELA 14 - FORMA DE VIAJAR: ANO 2010 ............................................................................52

TABELA 15 - ORGANIZAÇÃO DA VIAGEM: ANO 2010 ..............................................................53

TABELA 16 - AVALIAÇÃO DOS VISITANTES AOS FATORES AMBIENTAIS DE CURITIBA: ANO 2010 ......................................................................................................................55

TABELA 17 - AVALIAÇÃO DOS VISITANTES DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE CURITIBA: ANO 2010 ......................................................................................................................56

TABELA 18 - AVALIAÇÃO DOS VISITANTES DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE CURITIBA: ANO 2010 ......................................................................................................................56

TABELA 19 - REINCIDÊNCIA DO FLUXO TURÍSTICO: ANO 2010.............................................57

TABELA 20 - PROJEÇÃO DE TURISTAS COM DESTINO À ÁREA TURÍSTICA DE CURITIBA SEGUNDA PROCEDÊNCIA (EM MILHARES) – 2006/2017 ...................................59

TABELA 21 - PRINCIPAL MOTIVO DE ESCOLHA DOS TURISTAS POTENCIAIS .....................59

TABELA 22 - ATIVIDADES PRETENDIDAS PELOS TURISTAS POTENCIAIS ...........................60

TABELA 23 - DESTINOS PREFERIDOS ENTRE TURISTAS ESTRANGEIROS DE EVENTOS E NEGÓCIOS ...........................................................................................................60

TABELA 24 - ÉPOCA DE REALIZAÇÃO DA VIAGEM .................................................................61

TABELA 25 - TEMPO DE PERMANÊNCIA MÉDIO .....................................................................61

TABELA 26 - GASTO MÉDIO ESTIMADO COM VIAGEM ...........................................................62

TABELA 27 - MEIOS DE HOSPEDAGEM ...................................................................................62

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TABELA 28 - CARACTERÍSTICAS DO TURISTA POTENCIAL DE ACORDO COM O MEIO DE HOSPEDAGEM (%) ...............................................................................................63

TABELA 29 - MEIOS DE TRANSPORTE ....................................................................................63

TABELA 30 - MODOS DE VIAJAR ..............................................................................................64

TABELA 31 - CARACTERÍSTICAS DO TURISTA POTENCIAL DE ACORDO COM MODO DE VIAJAR (%) ...........................................................................................................64

TABELA 32 - RAZÕES PARA NÃO VIAJAR DE ACORDO COM OS TURISTAS POTENCIAIS ..65

TABELA 33 - FATORES QUE DIFICULTAM A VENDA DO PRODUTO TURÍSTICO ...................65

TABELA 34 - EXPECTATIVAS POSITIVAS EM RELAÇÃO AOS ASPECTOS DA VIAGEM ........67

TABELA 35 - CANAIS DE INFORMAÇÕES MAIS UTILIZADOS PELA DEMANDA POTENCIAL .67

TABELA 36 - CANAIS DE INFORMAÇÕES MAIS UTILIZADOS PELO TURISTA ESTRANGEIRO - BRASIL ...............................................................................................................68

TABELA 37 - CANAIS DE INFORMAÇÕES MAIS UTILIZADOS PELO TURISTA ESTRANGEIRO - CURITIBA ............................................................................................................68

TABELA 38 - PERCEPÇÃO DO TURISTA SOBRE A CIDADE DE CURITIBA .............................69

TABELA 39 - PARTICIPANTES EM EVENTOS 2011: PERCENTUAL .......................................111

TABELA 40 - QUANTIDADE DE ESTABELECIMENTOS EM ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS DO TURISMO ......................................................................................................113

TABELA 41 - EMPREGOS EM ESTABELECIMENTOS DE ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS DO TURISMO ......................................................................................................114

TABELA 42 - TOTAL DE EMPREGOS FORMAIS EM CURITIBA E NAS ACTS ........................114

TABELA 43 - CAPACIDADE DE ATENDIMENTO DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM .................119

TABELA 44 - EMPREGOS GERADOS – SÉRIE HISTÓRICA ...................................................119

TABELA 45 - TAXA MÉDIA DE OCUPAÇÃO: COMPARATIVO CURITIBA E BRASIL ...............120

TABELA 46 - MEIOS DE DIVULGAÇÃO UTILIZADOS ..............................................................123

TABELA 47 - CONTEÚDOS ÚTEIS PARA UM POTENCIAL VISITANTE, SEGUNDO CATEGORIAS .....................................................................................................140

TABELA 48 - ÍNDICE DE CORRESPONDÊNCIA EM ATENÇÃO AO INTERESSE DE POTENCIAIS VISITANTES ..................................................................................142

TABELA 49 - INFLUÊNCIA NO FACEBOOK: ITENS MAIS VISITADOS EM 16/12/2012 ...........143

TABELA 50 - TOTENS MULTIMÍDIA: AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS ........................................147

TABELA 51 - AVALIAÇÃO DE QUALIDADE PELOS USUÁRIOS DE AEROPORTOS BRASILEIROS .....................................................................................................164

TABELA 52 - BACIAS HIDROGRÁFICAS E SUAS RESPECTIVAS ÁREAS ..............................173

TABELA 53 - PREÇO DAS PASSAGENS DE ÔNIBUS ENTRE AS CAPITAIS BARSILEIRAS ..174

TABELA 54 - COMPARATIVO DE VALORES DE TAXI .............................................................177

TABELA 55 - DISTÂNCIAS, CUSTO E TEMPO PARA OS PRINCIPAIS EMISSORES SUL-AMERICANOS (POR TRECHO), 2013.................................................................272

TABELA 56 - DISTÂNCIAS, CUSTO E TEMPO PARA POLOS EMISSORES NACIONAIS, 2013 (POR TRECHO)...................................................................................................272

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TABELA 57 - DISTÂNCIAS, CUSTO E TEMPO PARA POLOS EMISSORES DO ESTADO DO PARANÁ, 2013 (POR TRECHO). .........................................................................273

ÍNDICE DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 - CRESCIMENTO DAS CHEGADAS DE TURISTAS INTERNACIONAIS POR DESTINO: 2002 A 2009 (%)...................................................................................36

GRÁFICO 2 - RECEITA CAMBIAL TURÍSTICA BRASILEIRA: 2000 A 2010 (US$ BI) ..................37

GRÁFICO 3 - RECEITAS CAMBIAIS TURÍSTICAS PERCAPITA BRASILEIRAS: 2002 A 2010 (US$) .....................................................................................................................38

GRÁFICO 4 - CRESCIMENTO DO FLUXO DE TURISTAS DO PARANÁ E DE CURITIBA - 2006 A 2011 ......................................................................................................................39

GRÁFICO 5 - MOTIVO DA VIAGEM DOS TURISTAS EM VISITA A CURITIBA: 2000 A 2011 (%) ..............................................................................................................................42

GRÁFICO 6 - ATRATIVOS TURÍSTICOS MAIS VISITADOS EM CURITIBA (2010) .....................43

GRÁFICO 7 - TIPOS DE EVENTOS PREFERIDOS PELOS TURISTAS EM CURITIBA (2010) ....44

GRÁFICO 8 - PÚBLICO ESTIMADO NOS EVENTOS ANUAIS REGULARES DE CURITIBA: ANO 2010 ......................................................................................................................45

GRÁFICO 9 - TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DO TURISTA EM CURITIBA: 2003 A 2010 (DIAS)....................................................................................................................46

GRÁFICO 10 - MEIOS DE HOSPEDAGEM DOS TURISTAS EM VISITA À CURITIBA: 2000 A 2010 (%).........................................................................................................................46

GRÁFICO 11 - DEMANDA HOTELEIRA DE CURITIBA: 2005 A 2017 (MILHARES DE HÓSPEDES) ..............................................................................................................................47

GRÁFICO 12 - TRANSPORTES UTILIZADOS POR TURISTAS QUE VISITAM CURITIBA: 2005 A 2010 (%) ................................................................................................................48

GRÁFICO 13 - FUXO DE PASSAGEIROS NO AEROPORTO DE CURITIBA: 2005 A 2011 (UNIDADES) ..........................................................................................................49

GRÁFICO 14 - GASTO TOTAL DOS TURISTAS EM CURITIBA: 2006 A 2017 (US$ MILHÕES) ...53

GRÁFICO 15 - VARIAÇÃO DA RENDA NACIONAL BRUTA PER CAPITA E DO FLUXO TURÍSTICO DA ÁREA TURÍSTICA ........................................................................66

GRÁFICO 16 - CONDIÇÃO DE ACESSO ......................................................................................94

GRÁFICO 17 - PARQUES E BOSQUES INTEGRADOS À LINHA TURISMO ................................94

GRÁFICO 18 - PARQUES E BOSQUES INTERLIGADOS POR CICLOVIA ...................................95

GRÁFICO 19 - TIPOLOGIA DOS ATRATIVOS CULTURAIS .......................................................106

GRÁFICO 20 - SALÁRIO MÉDIO (SM) EM CURITIBA: GERAL, SETOR DE SERVIÇOS E ACTS (R$) .....................................................................................................................115

GRÁFICO 21 - MOTIVAÇÕES DE VIAGEM IDENTIFICADAS NOS MEIOS DE HOSPEDAGEM .121

GRÁFICO 22 - NECESSIDADES DE CAPACITAÇÃO .................................................................124

GRÁFICO 23 - QUANTIDADE DE RESTAURANTES EM FUNÇÃO DA VARIEDADE GASTRONÔMICA ...............................................................................................125

GRÁFICO 24 - CONCENTRAÇÃO TERRITORIAL DOS EMPREENDIMENTOS DE ALIMENTAÇÃO ............................................................................................................................127

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GRÁFICO 25 - NÚMERO DE EVENTOS REALIZADOS EM 2011 EM FUNÇÃO DA TIPOLOGIA 131

GRÁFICO 26 - CONTEÚDOS ÚTEIS PARA UM POTENCIAL VISITANTE ..................................139

GRÁFICO 27 - CONTEÚDOS ÚTEIS PARA UM POTENCIAL VISITANTE – EM INGLÊS............142

GRÁFICO 28 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EQUIPES DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA E UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM CURITIBA – 1992/2011 ............................183

GRÁFICO 29 - REGISTROS DE CRIMES CONSUMADOS CONTRA A PESSOA, SEGUNDO AS POLÍCIAS CIVIL E MILITAR E AS SEMANAS DO ANO - PARANÁ......................186

GRÁFICO 30 - CARGOS NO IMT - 2012 .....................................................................................196

GRÁFICO 31 - CARGOS EM COMISSÃO POR FUNCÃO REALIZADA IMT 2012 .......................196

GRÁFICO 32 - CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E LIMPEZA DAS ÁREAS NATURAIS ...........231

GRÁFICO 33 - DELIMITAÇÃO DO POSICIONAMENTO DE MERCADO DA ÁREA TURÍSTICA DE CURITIBA ............................................................................................................248

GRÁFICO 34 - MATRIZ QUALIDADE VS IMPACTO ....................................................................251

INICE DE QUADROS

QUADRO 1 - SINALIZAÇÃO TURÍSTICA ....................................................................................96

QUADRO 2 - NÚMERO DE VAGAS DE ESTACIONAMENTOS ..................................................97

QUADRO 3 - EQUIPAMENTOS COM CAPACIDADE DE ATENDIMENTO A FEIRAS E CONVENÇÕES ...................................................................................................130

QUADRO 4 - EMPRESAS PARTICIPANTES DA PESQUISA E INTEGRANTES DO NÚCLEO DE RECEPTIVO ........................................................................................................133

QUADRO 5 - LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS POSTOS EM CURITIBA..................135

QUADRO 6 - SITES DOS ÓRGÃOS OFICIAIS DE TURISMO: AVALIAÇÃO QUALITATIVA......145

QUADRO 7 - INDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL ................................150

QUADRO 8 - INDICADOR DE BEM ESTAR URBANO – IBEU ..................................................151

QUADRO 9 - RELATÓRIO ACIDENTES NAS RODOVIAS FEDERAIS NO PARANÁ EM 2007 .154

QUADRO 10 - LOCAIS DE ACESSO PÚBLICO A INTERNET SEM FIO .....................................180

QUADRO 11 - DISTRIBUIÇÃO DOS NÚCLEOS DE APOIO A ATENÇÃO PRIMARIA A SAÚDE EM CURITIBA - 2011 .................................................................................................184

QUADRO 12 - CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE TURISMO ....................................................202

QUADRO 13 - INDICADORES ....................................................................................................209

QUADRO 14 - INCENTIVOS FISCAIS MUNICIPAIS ...................................................................223

QUADRO 15 - PARQUES POR BAIRRO E LOCALIZAÇÃO EM CURITIBA ................................232

QUADRO 16 - BOSQUES POR BAIRRO, DENOMINAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E ÁREA EM CURITIBA ............................................................................................................233

QUADRO 17 - RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MUNICIPAL - RPPNM ...235

QUADRO 18 - IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS CENTRAIS DO MERCADO TURÍSTICO E DELIMITAÇÃO DAS LINHAS DE PRODUTO .......................................................246

QUADRO 19 - HIERARQUIZAÇÃO – ATRATIVOS NATURAIS ...................................................267

QUADRO 20 - HIERARQUIZAÇÃO – ATRATIVOS CULTURAIS.................................................268

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QUADRO 21 - IMPACTOS, INDICADORES DE MONITORAMENTO E LINHA BASE DA EVOLUÇÃO DO TURISMO EM CURITIBA ..........................................................411

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1 - IMÓVEIS CADASTRADOS COMO UIP, SEM PROCESSO DE RESTAURAÇÃO, MAS EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO ......................................................76

FIGURA 2 - PERFIL DA RUA BARÃO DO RIO BRANCO COM A IMPLANTAÇÃO DO BONDE TURÍSTICO ...........................................................................................................80

FIGURA 3 - MUSEU DA HISTÓRIA NATURAL, PORTAL DE ENTRADA E ZOOLÓGICO .........92

FIGURA 4 - PARQUE CAJURU E PARQUE ATUBA .................................................................92

FIGURA 5 - ACESSO AO PARQUE IGUAÇU – ZOOLÓGICO MUNICIPAL ...............................95

FIGURA 6 - ZOOLÓGICO: VAGAS DE ESTACIONAMENTO SEM DEMARCAÇÃO DE EXCLUSIVIDADE ..................................................................................................97

FIGURA 7 - INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ................................................................................98

FIGURA 8 - ESPAÇOS DE INTERATIVIDADE ..........................................................................99

FIGURA 9 - BISTRÔS E LOJAS LEVE CURITIBA ....................................................................99

FIGURA 10 - BISTRÔ JARDIM BOTÂNICO E INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E LIXO ................100

FIGURA 11 - EQUIPAMENTOS DEPREDADOS E ABANDONADOS .......................................101

FIGURA 12 - LIXO NO BOSQUE DO TRABALHADOR E FAZENDINHA ..................................101

FIGURA 13 - PRAÇA TIRADENTES, 1937 ...............................................................................103

FIGURA 14 - LARGO DA ORDEM ............................................................................................104

FIGURA 15 - MUSEU OSCAR NIEMAYER ...............................................................................105

FIGURA 16 - SINALIZAÇÃO TURÍSTICA ..................................................................................107

FIGURA 17 - BENS DEPREDADOS .........................................................................................108

FIGURA 18 - PONTO DE MONITORAMENTO DE VEÍCULOS (PMV) LOCALIZADO NA RUA MARTIM AFONSO, PRÓXIMO AO Nº 2890 E CENTRO DE CONTROLE OPERACIONAL ...................................................................................................155

FIGURA 19 - PAINEL DIGITAL LOCALIZADO NA RUA CAMPOS SALES, PRÓXIMO AO Nº 800 ............................................................................................................................155

FIGURA 20 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE ACESSO VIÁRIO NA REGIÃO CENTRAL...........157

FIGURA 21 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE ACESSO VIÁRIO NA ÁREA GEOGRÁFICA DE INTERESSE GASTRONÔMICO DE SANTA FELICIDADE ...................................158

FIGURA 22 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE ACESSO VIÁRIO NA ÁREA GEOGRÁFICA DE INTERESSE GASTRONÔMICO DA MATEUS LEME E PARQUES NORTE ........160

FIGURA 23 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE ACESSO VIÁRIO NO JARDIM BOTÂNICO .........161

FIGURA 24 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE ACESSO VIÁRIO PARQUE BARIGUI .................162

FIGURA 25 - CONCENTRAÇÃO DE DBO AO LONGO DO RIO IGUAÇU PARA O ANO DE 2005 E VAZÕES DE 95% E 80% DE PERMANÊNCIA E VAZÃO MÉDIA DE LONGO PERÍODO (QMLP) ...............................................................................................168

FIGURA 26 - DISPOSIÇÃO INADEQUADA DO LIXO – RUA SÃO FRANCISCO (CENTRO HISTÓRICO)........................................................................................................171

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FIGURA 27 - MAPA: OCORRÊNCIA DE HOMICÍDIOS EM CURITIBA – 2010 ..........................188

FIGURA 28 - MAPA: OCORRÊNCIAS ATENDIDAS PELA DEFESA CIVIL EM CURITIBA – JAN/MAR 2011 ....................................................................................................190

FIGURA 29 - ORGANOGRAMA FUNCIONAL DO INSTITUTO MUNICIPAL DE TURISMO – CURITIBA TURISMO ...........................................................................................194

FIGURA 30 - PARQUE NÁUTICO – ESTADO DE CONSERVAÇÃO .........................................227

FIGURA 31 - VISTA AÉREA DO PARQUE BARIGUI ................................................................229

FIGURA 32 - VISTA AÉREA DO PARQUE TANGUÁ ................................................................230

FIGURA 33 - SITUAÇÃO GEOGRÁFICA EM RELAÇÃO AO ESTADO E LOCALIZAÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA EM RELAÇÃO ÀS REGIÕES TURÍSTICAS............................265

FIGURA 34 - MAPA DA AGP – CURITIBA CENTRO ................................................................291

FIGURA 35 - MAPA DA AGP – PARQUES NORTE ..................................................................292

FIGURA 36 - MAPA DA AGP – PARQUES NOROESTE ...........................................................294

FIGURA 37 - MAPA DA AGP – POLO EDUCACIONAL ............................................................295

FIGURA 38 - ÁREA GEOGRÁFICA DE INTERESSE TURÍSTICO - AGIT .................................304

FIGURA 39 - ÁREA GEOGRÁFICA DE INTERESSE TURÍSTICO - AGIT .................................305

FIGURA 40 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE ANÁLISE E MONITORAMENTO DO PDITS CURITIBA ............................................................................................................408

FIGURA 41 - ARRANJO INSTITUCIONAL PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA – SISTEMA DE ANÁLISE E MONITORAMENTO DO PDITS CURITIBA..................................414

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 21

1. OBJETIVOS DO PDITS ............................................................................................... 30

2. DIAGNÓSTICO DA ÁREA TURÍSTICA........................................................................ 34

2.1. ANÁLISE DOS ASPECTOS FÍSICOS DA ÁREA TURÍSTICA .......................................... 34

2.2. ANÁLISE DO MERCADO TURÍSTICO ............................................................................ 35

2.2.1. Demanda Turística Atual ................................................................................... 35

2.2.1.1 Perfil quantitativo dos visitantes atuais ..............................................................38 2.2.1.2 Caracterização do perfil qualitativo dos segmentos atuais .................................40 2.2.1.3 Comportamento e hábitos de informação e compra da viagem ..........................52 2.2.1.4 Estrutura do gasto turístico................................................................................53 2.2.1.5 Valorização da qualidade da oferta atual ...........................................................55 2.2.1.6 Portfólio de produtos turísticos atuais ................................................................57

2.2.2. Análise da Demanda Potencial .......................................................................... 58

2.2.2.1 Estimativa quantitativa caracterização do perfil qualitativo dos segmentos ........58 2.2.2.2 Identificação de elementos críticos intervenientes na decisão de viajar .............64 2.2.2.3 Nível de Expectativas ........................................................................................66 2.2.2.4 Hábitos de informação e compra .......................................................................67 2.2.2.5 Grau de conhecimento e interesse da demanda potencial .................................69 2.2.2.6 Identificação dos destinos competidores ...........................................................71

2.2.3. Oferta Turística ................................................................................................. 71

2.2.3.1 Contextualização dos bens socioambientais de Curitiba ....................................71 2.2.3.2 Oferta turística de atrativos ou recursos de interesse ambiental e cultural .........90 2.2.3.3 Equipamentos e serviços turísticos .................................................................112 2.2.3.4 Análise de Posicionamento na Web e Outros Suportes Eletrônicos .................139

2.3. ANÁLISE DA INFRAESTRUTURA BÁSICA E DOS SERVIÇOS GERAIS ...................... 149

2.3.1. Rede Viária de Acesso à Área e Principais Atrativos ....................................... 151

2.3.1.1 Acesso à área turística ....................................................................................152 2.3.1.2 Acesso aos atrativos turísticos ........................................................................154 2.3.1.3 Aeroporto e Rodoferroviária ............................................................................163

2.3.2. Saneamento Ambiental ................................................................................... 166

2.3.2.1 Sistema de abastecimento de água .................................................................166 2.3.2.2 Sistema de esgotamento sanitário...................................................................167 2.3.2.3 Sistema de limpeza urbana .............................................................................169 2.3.2.4 Rede de Drenagem Pluvial..............................................................................171

2.3.3. Sistema de Transporte Urbano ........................................................................ 173

2.3.3.1 Transporte coletivo e Linha Turismo ................................................................174 2.3.3.2 Serviço de táxi ................................................................................................177

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2.3.3.3 Ciclomobilidade...............................................................................................178 2.3.3.4 Síntese do transporte urbano ..........................................................................178

2.3.4. Sistema de Comunicação ................................................................................ 179

2.3.5. Iluminação Pública .......................................................................................... 181

2.3.6. Serviços de Saúde .......................................................................................... 182

2.3.7. Segurança ...................................................................................................... 185

2.4. ANÁLISE DO QUADRO INSTITUCIONAL DA ÁREA TURÍSTICA ................................. 191

2.4.1. Órgãos e Instituições ....................................................................................... 191

2.4.1.1 Capacidade Administrativa ..............................................................................192 2.4.1.2 Articulação Interinstitucional para o Desenvolvimento do Turismo ...................198

2.4.2. Instâncias de Governança ............................................................................... 201

2.4.2.1 Conselho Municipal de Turismo - COMTUR ....................................................201 2.4.2.2 Fórum Metropolitano de Turismo .....................................................................204

2.4.3. Impactos e Limitações das Políticas Públicas e da Capacidade de Gestão ...... 205

2.4.3.1 Caracterização do processo decisório na formação de políticas públicas de turismo em Curitiba .........................................................................................205

2.4.3.2 Sistemas de análise e monitoramento das políticas públicas de turismo ..........206

2.4.4. Organização e Coordenação do Processo de Planejamento ............................ 210

2.4.4.1 Processos de elaboração de diagnósticos e análises de cenários do desenvolvimento turístico ................................................................................210

2.4.4.2 Presença de instrumentos específicos de planejamento turístico .....................214 2.4.4.3 Coordenação intersetorial dos instrumentos de planejamento turístico ............215

2.4.5. Legislação ....................................................................................................... 216

2.4.5.1 Legislação Urbanística ....................................................................................216 2.4.5.2 Legislação Ambiental ......................................................................................219 2.4.5.3 Legislação Turística ........................................................................................220

2.4.6. Quadro de Incentivos ...................................................................................... 221

2.5. ANÁLISE DOS ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS DA ÁREA TURÍSTICA ...................... 225

2.5.1. Identificação e Avaliação dos Impactos no Meio Ambiente que já Tenham Sido Causados por Atividades Turísticas ........................................................ 225

2.5.2. Gestão ambiental pública ................................................................................ 228

2.5.3. Gestão Ambiental nas Empresas Privadas ...................................................... 236

2.5.4. Instrumentos de Planejamento e Controle Territorial ........................................ 237

2.5.5. Grau de Participação e Inclusão dos Diferentes Grupos de Interesse no Desenvolvimento Turístico da Área ................................................................. 238

2.5.5.1 Participação e deliberação ..............................................................................239 2.5.5.2 Grupos de interesse ........................................................................................240

2.6. SWOT ........................................................................................................................... 241

2.6.1. Mercado Turístico............................................................................................ 241

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2.6.2. Infraestrutura Básica e Serviços Gerais ........................................................... 243

2.6.3. Quadro Institucional ........................................................................................ 244

2.6.4. Aspectos Socioambientais............................................................................... 245

2.7. CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO .......................................................................... 246

2.7.1. Valoração ponderada dos produtos turísticos ou tipos/segmentos de turismo atuais e potenciais .......................................................................................... 246

2.7.2. Áreas Críticas de Intervenção.......................................................................... 249

2.7.2.1 Mercado Turístico ...........................................................................................252 2.7.2.2 Infraestrutura ..................................................................................................256 2.7.2.3 Quadro Institucional ........................................................................................258 2.7.2.4 Gestão Socioambiental ...................................................................................259

2.7.3. Posição Atual da Área no Mercado Turístico ................................................... 261

3. VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ................................................. 265

3.1. IMPORTÂNCIA DOS ATRATIVOS OU RECURSOS TURÍSTICOS ............................... 266

3.2. ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE ........................................................................ 271

3.3. NÍVEL DE USO ATUAL OU POTENCIAL ...................................................................... 274

3.4. SERVIÇOS BÁSICOS ................................................................................................... 275

3.5. QUADRO INSTITUCIONAL E ASPECTOS LEGAIS ...................................................... 276

3.6. VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ....................................................... 278

3.6.1. Visitante .......................................................................................................... 278

3.6.2. Gestores Públicos e Privados do Turismo ....................................................... 281

3.7. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 283

4. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO ............................................ 289

4.1. POSICIONAMENTO DE MERCADO ............................................................................. 289

4.2. PRODUTOS E SEGMENTOS PRIORITÁRIOS ............................................................. 289

4.3. ÁREAS GEOGRÁFICAS PREFERENCIAIS – AGP ....................................................... 290

4.4. PORTFÓLIO DAS LINHAS DE PRODUTO.................................................................... 296

4.5. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO ................................................ 301

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4.6. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL............................................ 303

5. PLANO DE AÇÃO ...................................................................................................... 308

5.1. AÇÕES PREVISTAS ..................................................................................................... 308

5.2. DIMENSIONAMENTO DO INVESTIMENTO TOTAL ..................................................... 358

5.3. SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES.................................................................... 362

5.3.1. Cronograma Físico Financeiro Ações PRODETUR.......................................... 362

5.3.2 Ações PRODETUR – 18 primeiros meses ....................................................... 365

5.4. FICHA DAS AÇÕES SELECIONADAS PARA OS DEZOITO PRIMEIROS MESES

PRODETUR .................................................................................................................. 367

5.5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS ..................................................... 400

6. MECANISMOS DE FEEDBACK................................................................................. 407

6.1. INDICADORES DE RESULTADOS DAS AÇÕES .......................................................... 409

6.2. INDICADORES DE IMPACTO ....................................................................................... 409

6.3. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO GERAL DO PLANO............................................... 413

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 415

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21 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

INTRODUÇÃO

A capital do Estado do Paraná é reconhecida como um importante centro cultural, político e econômico, apresentando infraestrutura de espaços e equipamentos, como aeroporto internacional, centros de convenções, shopping centers, gastronomia diversa, rede hoteleira de qualidade, variedade de comércio, espaços de lazer, rede de parques e bosques, museus e teatros. Estas características dão base a um cenário propício para a prática do turismo como uma importante ferramenta de desenvolvimento socioeconômico, pois gera empregos diretos e indiretos, além de permitir elevar a renda local.

A atividade turística se desenvolve essencialmente pelo deslocamento de pessoas a locais diferentes do habitual de moradia motivados por diversas razões. Esse movimento de pessoas e bens relativos demanda do poder público a promoção do processo de planejamento contínuo, a fim de ordenar o desenvolvimento do setor e alinhar as ações públicas e privadas de forma a otimizar os investimentos e favorecer a integração entre o turista, o local receptor e as atividades decorrentes dessa integração.

Com vistas a incentivar o desenvolvimento do turismo no país, por meio do financiamento de programas regionais para a captação de recursos de organismos financiadores externos, o Governo Federal no âmbito do Ministério do Turismo (MTur) criou o Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR NORDESTE), inicialmente desenvolvido na região nordeste do País e recentemente ampliado para todo o território nacional, passando a se denominar Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR NACIONAL). O objetivo principal do PRODETUR NACIONAL é gerar condições que facilitam a consecução das metas do Plano Nacional de Turismo como a contribuição para o aumento da capacidade de competição dos destinos turísticos brasileiros, visando à consolidação da política turística nacional, por meio da gestão pública descentralizada, participativa e em cooperação com os diferentes níveis da administração pública.

Neste sentido, a estruturação da política de turismo tem como pressuposto tanto valorizar os impactos positivos para que a atividade possa se reafirmar e se intensificar, quanto reconhecer os impactos negativos, decorrentes de transformações aceleradas pelo intenso fluxo de visitantes, atuando diretamente nos impactos decorrentes sobre o espaço, a economia e a sociedade.

O trabalho de planejamento da Área Turística de Curitiba presente neste documento que reúne as diversas análises realizadas pela equipe da Ambiens, do Instituto Municipal de Turismo - Curitiba Turismo e pelos Conselheiros de Turismo de Curitiba, considerando os diversos aspectos relativos ao Mercado Turísticos e as dimensões complementares.

Portanto, trata-se aqui da versão preliminar da fase conclusiva de construção do PDITS instrumento orientado do programa de desenvolvimento do turismo - PRODETUR. Ainda que parte de um programa específico, ressalta-se a relevância do presente plano como instrumento técnico do planejamento e gestão da política municipal de turismo, alinhada aos principais potenciais e oportunidades turísticas da área, debatidas ao longo do processo de elaboração do PDITS Curitiba. Neste contexto, o plano se constitui com “o instrumento técnico de gestão, coordenação e condução das decisões da política turística e de apoio ao setor privado, de modo a dirigir seus investimentos e melhorar a capacidade empresarial e o acesso ao mercado turístico” (ROP, 2008).

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22 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Reforçando, assim, que o planejamento para o setor é relevante no sentido de identificar as potencialidades e as deficiências de um local a partir dele mesmo e do ambiente externo relativo, analisando o cenário atual e contribuindo para que as metas e estratégias de um cenário futuro sejam mais facilmente atingidas.

O documento VERSÃO PRELIMINAR DO PDITS CURITIBA é estruturada em seis partes, a saber:

• PARTE I: delimitação dos objetivos de elaboração do PDITS.

• PARTE II: Diagnóstico Estratégico, representa a leitura da realidade do turismo organizado nas quatro dimensões de análise definidas pelo ROP - Mercado Turístico, Infraestrutura Básica e Serviços Gerais, Quadro Institucional e Aspectos Socioambientais, finalizando com consolidação do diagnóstico a qual apresenta uma síntese estratégica.

• PARTE III: Validação da Área Turística, que reforça os aspectos apontados no diagnóstico que validam o destino como capaz de desenvolver a atividade turística.

• PARTE IV: Estratégias de Desenvolvimento, que assim como os objetivos, orientam a concepção e implementação da política pública delimitando o Posicionamento de Mercado Desejado para a área Turística.

• PARTE V: Plano de Ação, que retrata todos os investimentos recomendados para o desenvolvimento do turismo, a delimitação de ações prioritárias, bem como a análise do Impacto Socioambiental desta priorização.

• PARTE VI: Feedback, definição dos mecanismos de avaliação e monitoramento do plano.

Na elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável da área turística de Curitiba, a Ambiens, empresa consultora, adotou, conforme orientação do programa, o “desenvolvimento sustentável”, “planejamento integrado”, o "planejamento participativo" e o “planejamento estratégico” como princípios metodológicos fundamentais e norteadores para a elaboração deste plano.

O desenvolvimento sustentável como premissa de proporcionar uma atividade justa para os diferentes setores da população local, atendendo às necessidades dos visitantes e tendo em vista a preocupação no desenvolvimento socioeconômico e respeito cultural e ambiental.

O planejamento integrado dispõe da análise do não isolamento da atividade turística, seja dentro das atividades econômicas ou no contexto territorial interno e externo da região turística. Partilha da discussão da cooperação e competição na atividade como fator impulsionador, assim como, delimitar a ação frente ao contexto municipal, sub-regional, regional e extra-regional.

O planejamento estratégico do turismo é compreendido como o processo participativo que deve definir e pactuar os objetivos gerais de desenvolvimento, as políticas e as estratégias que nortearão os aspectos relacionados aos investimentos, ao uso e ao ordenamento dos recursos necessários no sentido de garantir a sustentabilidade e a competitividade a longo prazo.

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23 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Resumidamente esta metodologia responde a três perguntas fundamentais no planejamento:

• O que queremos?

• O que temos?

• O que precisamos fazer?

Outro aspecto relevante e transversal é o planejamento participativo, o qual demanda obrigatoriamente a participação daqueles abarcados pelo campo de ação da instituição planejada, neste caso, os órgãos públicos e a comunidade envolvida com o turismo. Esta participação deve ocorrer, em primeiro lugar, na definição de objetivos compartilhados pelos sujeitos sociais envolvidos, requerendo, desta forma, a criação de espaços e oportunidades de diálogo e o estabelecimento de processos participativos de leitura da realidade existente.

Por fim, cabe destacar as principais abordagens relativas a três elementos na concepção do presente PDITS: diagnóstico, estratégias e plano de ação.

Diagnóstico Estratégico

Conta com a análise do MERCADO TURÍSTICO que considera tanto a demanda atual e potencial, a qual traça o perfil do fluxo turístico, bem como a oferta turística, construída a partir do cenário atual dos equipamentos, serviços e atrativos turísticos de Curitiba, finalizando com o tema do posicionamento na web e outros suportes eletrônicos. Vale destacar que a análise da demanda será parte complementar a análise da oferta de forma que seja estruturada a compreensão da vocação principal da Área Turística (atual ou potencial) para identificar os tipos de turismo ou linhas de produto que representem o posicionamento de mercado projetado de Curitiba.

O aspecto fundamental para a decisão dos tipos e expansão do turismo que a área terá capacidade de desenvolver está na análise dos atrativos turísticos, pois os demais aspectos que compõem a atividade fazem parte do suporte para que essa de fato ocorra. Na leitura inicial sobre o tema a equipe consultora levantou os inúmeros bens socioambientais para na sequência filtrar os de maior relevância estratégica, fundamentando-se no propósito de: (i) qualificar e integrar o patrimônio cultural aos produtos turísticos existentes; e (ii) fortalecer o uso do patrimônio ambiental de interesse turístico a fim de agregar valor aos segmentos prioritários. Portanto, foram classificados por níveis de importância para o mercado, considerando a frequência de citações nos estudos técnicos, materiais de promoção e comercialização e nos meios de comunicação de interesse turístico existentes. O resultado da análise classificou em cinco níveis de relevância os atrativos, o que definiu a linha de corte para os espaços que a equipe técnica aplicou a avaliação in loco, sendo visitados os atrativos conforme apresentado no capítulo 02.

Ainda em relação à metodologia de análise, destacam-se indicadores utilizados para a compreensão da realidade local dos bens culturais e naturais: (i) Importância dos bens culturais e naturais em relação à atividade turística - nível de atratividade; (ii) condições de acesso; (iii) condições de uso; (iv) condições de conservação; (v) ações de divulgação e comercialização e (vi) produtos turísticos que integram.

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Já a análise em relação aos equipamentos e serviços busca compreender a capacidade de atendimento das atividades características do turismo que dão suporte a realização da atividade turística e ao mesmo tempo realizar uma análise qualitativa destes em busca da identificação de fatores diferenciais no mercado local. Para esta análise, a equipe consultora utilizou como fonte de dados: (i) pesquisa primária realizada com os meios de hospedagem (Pesquisa das Características e de Qualidade – PCQ); (ii) pesquisa primária realizada com equipamentos de eventos; (iii) pesquisa primária com agências de receptivo; (iv) pesquisa primária e questionário aplicado à gestora de turismo municipal sobre os postos de informações turísticas; (v) entrevista realizada com representantes do poder público e associações representativas; (vii) dados secundários.

Por fim, foi analisado o posicionamento na web, bem como em outros suportes eletrônicos, levou em consideração: (i) para efeito de comparação e posicionamento, além de Curitiba, levantaram-se dados de Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo; (ii) pesquisa na ferramenta Google analisando-se os primeiros 60 resultados cuja palavra-chave informada foi o nome do município. Em seguida, considerou-se também o posicionamento destes municípios nas redes sociais de maior uso, a saber: Facebook (http://www.facebook.com), no Flickr (http://www.flickr.com) e no YouTube (http://www.youtube.com).

Já a análise dos aspectos relacionados à INFRAESTRUTURA básica e serviços gerais tem como objetivo fornecer subsídios para identificação de deficiências e limitações dos aspectos que possam comprometer o pleno desenvolvimento da atividade turística, destacando sua distribuição territorial e sua incidência em áreas especiais de interesse turístico. Trata-se, portanto, de uma avaliação dos elementos da infraestrutura e serviços relacionados à: rede viária de acesso à área e principais atrativos; sistema de abastecimento de água; sistema de esgotamento sanitário; sistema de limpeza urbana; rede de drenagem pluvial; sistema de transporte urbano; sistemas de comunicação; iluminação pública; serviços de saúde e segurança.

A dimensão dirigida ao QUADRO INSTITUCIONAL analisa a situação atual visando à capacidade institucional do Município de Curitiba no âmbito da atividade turística. Para tal escopo será adotada uma análise de cunho administrativo-organizacional, com especial atenção dispensada ao quadro de pessoal e a qualificação dos profissionais. Destaca-se, também, diagnóstico de potencialidades e limitações internas à organização administrativa das instituições que atuam na atividade turística para vislumbrar aspectos críticos que impactam decisivamente na realização dos objetivos traçados por este Plano. Paralelamente à análise da estruturação organizacional serão observados os processos de planejamento, execução e monitoramento das políticas públicas municipais da área turística. Além disso, a compreensão das políticas públicas do turismo perpassará também pela avaliação dos sistemas de monitoramento de seus impactos diante das metas definidas; principais eixos de atuação e fragilidades a serem aprimoradas para ampliação e fortalecimento do setor. Finalmente, será avaliado o arcabouço legal especialmente no que se refere aos incentivos públicos orientados para promoção da atividade turística e à regulação da atividade, de modo específico, do uso do solo e meio ambiente, de maneira geral.

Os fatores SOCIOAMBIENTAIS no espaço urbano de Curitiba são estruturados pela existência das áreas verdes distribuídas pela cidade, o diagnóstico deste componente torna-se fundamental para atividade turística e visa (i) identificar e avaliar os impactos no meio ambiente causados por atividades turísticas; (ii) discutir os instrumentos de planejamento e controle territorial; (ii) analisar os elementos que incidem na gestão pública destes espaços; (iii) avaliar o grau de participação e inclusão dos diferentes grupos de interesse no

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desenvolvimento turístico da área; e (iv) avaliar as ações aplicadas pelas empresas privadas da gestão ambiental.

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26 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Estratégias de Desenvolvimento

Conteúdo estruturante do presente plano aponta como resultado a delimitação: (i) do posicionamento de mercado, (ii) a definição de quatro áreas geográficas estratégicas, (iii) o portfólio das linhas de produtos e atrativos principais e, finalmente, (iv) as estratégias de desenvolvimento por componente do programa. Esses aspectos fundamentam o conjunto de grandes linhas de ações essenciais para o alcance dos objetivos do PDITS Curitiba, além de determinarem prioridades de desenvolvimento da atividade turística no município.

Plano de Ação

A estruturação das ações impulsiona a Área Turística de Curitiba como destino capaz de utilizar a atividade como ferramenta para o desenvolvimento socioeconômico local e estadual de maneira integrada, justificando, assim, a relevância do plano de desenvolvimento turístico para a gestão integrada da esfera pública e da iniciativa privada, bem como para o acesso aos recursos provenientes do PRODETUR.

O Item "Ações Previstas" retrata todos os investimentos recomendados para o desenvolvimento do turismo independente da fonte de financiamento, visto que o plano deve ser o principal instrumento de gestão da política de turismo de Curitiba. As ações foram organizadas conforme os cinco componentes indicados no Regulamento Operacional do PRODETUR – ROP, a saber:

• Componente I - Estratégia de Produto Turístico: 21 ações propostas.

• Componente II - Estratégia de Comercialização: 4 ações propostas.

• Componente III - Fortalecimento Institucional: 7 ações propostas.

• Componente IV - Infraestrutura e Serviços Básicos: 9 ações propostas.

• Componente V - Gestão Ambiental: 5 ações propostas.

Na sequência, o item "Seleção e Priorização das Ações", apresenta as prioridades de investimento dos 18 primeiros meses no âmbito do programa. Para tanto, foram considerados os seguintes princípios e orientações estratégicas: (i) Priorização das ações de fortalecimento institucional do provável executor do PRODETUR; (ii) Dependência entre as ações, ou seja, identificação de ações necessariamente decorrentes de outras; (iii) Distribuição dos investimentos e da carga de gestão dos contratos e obras ao longo dos cinco anos de gestão do projeto.

Por fim, cabe ressaltar, que a construção do plano levou em consideração o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS de Curitiba, Região Metropolitana e Campos Gerais – CRMCG, de forma a alinhar os conteúdos propostos. Entretanto, cabe ressaltar que Curitiba, capital do Estado do Paraná, tem aqui suas ações pautadas no posicionamento específico desta área turística por possuir dinâmica própria.

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1. OBJETIVOS DO PDITS

Dinamizar a atividade turística de Curitiba mediante o fortalecimento de sua imagem, o desenvolvimento de produtos turísticos integrados, diversificados e criativos concebidos com foco no posicionamento de mercado e alinhamento das estratégias institucionais, no sentido de aumentar a qualidade de experiência do turista, o aumento do volume de visitantes e os benefícios socioeconômicos decorrentes da atividade.

• Promover a qualificação e atratividade dos equipamentos, serviços e atrativos diretamente relacionados ao turismo de negócios e eventos e aos parques urbanos.

• Fortalecer a imagem do destino e condições de comercialização de seus produtos, considerando o público interno e público externo, buscando delimitar o posicionamento de mercado dos produtos existentes e potenciais, com ênfase para o público da região sul do país, São Paulo e países do MERCOSUL.

• Aprimorar os processos de planejamento e gestão de espaços de interesse turístico, visando desenvolver potencialidades de atratividade, uso e manutenção dos ambientes.

• Aperfeiçoar a política de segurança pública nos espaços de interesse turístico reduzindo os índices de violência e a percepção de insegurança.

• Fortalecer a estrutura institucional, legal e administrativo-financeira e capacitar os recursos humanos do poder público com vistas a qualificar e desenvolver as atividades atualmente realizadas pelo órgão de turismo municipal.

• Ampliar a eficiência e eficácia do sistema de gestão ambiental municipal, dando ênfase na integração dos instrumentos de manejo ecológico dos atrativos naturais.

• Promover a qualificação dos espaços de interesse turístico e a articulação

institucional de modo a valorizar os atrativos e eventos culturais para agregar a visitação.

• Fortalecer as linhas de produtos prioritárias e complementares integrando e qualificando os serviços fundamentais do turismo, em especial, as operadoras e agência de receptivo, meios de hospedagem, serviços de alimentação e equipamentos de eventos.

OBJETIVOS GERAIS

OBJETIVOS DE CURTO PRAZO

OBJETIVOS DE MÉDIO PRAZO

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• Promover a proteção e qualificação do patrimônio cultural municipal de modo a estruturar novos produtos turísticos culturais e incrementar os atrativos existentes.

• Qualificar e ampliar a infraestrutura de saneamento, com ênfase na modernização do sistema de armazenamento e coleta de resíduos sólidos e do esgotamento sanitário.

• Promover a acessibilidade e mobilidade no destino, com ênfase na ampliação da oferta de serviços de transporte de interesse turístico, qualificação estrutural nos parques urbanos, integração dos sistemas de transporte e melhoria da sinalização turística.

• Qualificar as instâncias de governança do turismo em âmbito municipal para ampliar a participação social e fortalecimento da articulação entre poder público e representantes do trade turístico.

• Promover a qualificação dos espaços de interesse turístico e a articulação institucional de modo a fortalecer o segmento de estudos e intercâmbios.

• Fortalecer os vínculos identitários da população com os bens socioambientais de Curitiba de modo a ampliar o número de agentes promotores da cidade e a receptividade com o turista.

• Promover o aumento dos investimentos nos setor turístico e a ampliação do trabalho e da renda nas ACTs.

OBJETIVOS DE LONGO PRAZO

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2. DIAGNÓSTICO DA ÁREA TURÍSTICA

2.1. ANÁLISE DOS ASPECTOS FÍSICOS DA ÁREA TURÍSTICA

Uma cidade nas proporções de Curitiba, em termos de território urbano e população, todo o ambiente foi historicamente transformado, sendo que através da substituição de áreas “naturais” pela cidade construída, produziu um ambiente urbano. É sobre este ambiente (urbano) que apresenta o tópico.

A constituição da cidade de Curitiba, na época Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, apresentou e apresenta uma relação muito próxima com o Rio Belém. A produção da cidade teve origem nas suas margens, onde foram constituídos seus principais marcos históricos, como é o caso da igreja Matriz. As águas do rio também foram utilizadas para abastecimento público da população do município. Porém, mais tarde o crescimento urbano sobrepôs às margens do rio através da retificação de entorno de 10,4 km, escondendo parte da sua natureza e poluindo as águas.

O Rio Belém tem 21 km de extensão dentro dos limites da capital paranaense, com a nascente situada no bairro Cachoeira e o seu término no bairro Boqueirão, onde deságua nas cavas do Rio Iguaçu, o que historicamente sofreu várias intervenções como retificações e canalizações. Tais modificações acarretaram na diminuição do seu percurso, porém parte do seu leito é possível ser observado em alguns pontos turísticos da cidade como: Jardim Botânico, Ópera de Arame, Parque São Lourenço, Bosque do Papa, Parque das Nascentes do Belém, Passeio Público, Parque Iguaçu e Parque da Barreirinha.

O rio Barigui é outro elemento importante no município, cujo nome foi dado em referencia a uma palavra em tupi-guarani que pode significar pequeno mosquito ou rio do fruto espinhoso (pinha). Este rio nasce na Serra da Betara, próximo à divisa dos municípios de Almirante Tamandaré e Rio Branco do Sul. Possui uma extensão aproximada de 60 km, cortando Curitiba por aproximadamente 45 km. Especificamente nos limites do município percorre o bairro Abranches, passando pelo Taboão, Pilarzinho, Vista Alegre, Cascatinha, Santo Inácio, até formar os Parques Tanguá, Tingui e Barigui (SEMA, 2007).

Originalmente a constituição do ambiente natural do município tinha cobertura vegetal de Floresta Ombrófila Mista (FOM), parte do bioma Mata Atlântica, também conhecida como floresta com araucária. Atualmente a cobertura vegetacional, já modificada, foi reduzida a fragmentos em vazios urbanos, áreas de APPs1 e áreas protegidas. Estas áreas protegidas constituem elementos importantes na atratividade turística, pois os parques, bosques e praças municipais são reconhecidos pela beleza cênica e organização do espaço urbano municipal.

O clima de Curitiba também consiste em um elemento importante na imagem da capital, principalmente na representação simbólica, por ser uma das capitais mais frias do país, a qual apresenta invernos rigorosos e variações constantes de temperatura durante o ano todo.

Ao se analisar as fragilidades ou riscos ambientais eminente no município pode se afirmar que atualmente, pós-intervenções e transformações do crescimento urbano, foram reduzidas e não interferem negativamente na atividade turística. Inclusive as intervenções urbanísticas constituídas na produção da cidade, hoje fazem parte de um de um capital

1 APP - Área de Preservação Permanente, segundo o Código Florestal.

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simbólico para a atividade turística, já que o símbolo da cidade modelo atrai e tem potencial de atração de visitantes especialistas ou leigos que se interessam por soluções urbano-ambientais.

Tais fatores, juntamente com o patrimônio histórico cultural da capital paranaense constituem elementos importantes na instituição do produto turístico local. As questões decorrentes destes pressupostos, bem como a descrição dos bens naturais valorizados pela comunidade curitibana, são tratadas no item capítulo a seguir “Análise do Mercado Turístico” e na sequencia no capítulo referente à “Análise dos Aspectos Socioambientais”.

2.2. ANÁLISE DO MERCADO TURÍSTICO

2.2.1. Demanda Turística Atual

Para uma análise coerente com a realidade, a análise da demanda abordará no primeiro momento aspectos da demanda internacional, passando a nacional e em seguida para estadual e local.

Na perspectiva do comportamento da demanda internacional, segundo os dados da OMT e compilados pelo Ministério do Turismo em seu relatório de perspectivas para o período de 2011 a 2014, a quantidade de turistas que registraram chegada ao mundo aumentou em 25,25%, de 702,6 milhões no ano de 2002 para 880 milhões em 2009.

TABELA 1 - CHEGADA DE TURISTAS INTERNACIONAIS POR DESTINO: 2002 A 2009 (EM MILHÕES)

REGIÃO ANOS ∆%

2002 A 2009 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Oriente Médio 27,6 30 36,3 38 40,9 47 55,6 52,5 90,22%

África 29,1 30,7 33,4 37,3 41,4 45,1 45,7 48,1 65,29%

América do Sul 12,5 13,7 16,2 18,2 18,7 20 20,8 20,1 60,80%

Ásia e Pacífico 122,4 114,2 145,4 155,3 167 181,9 184,1 180,5 47,47%

Brasil 3,8 4,1 4,8 5,4 5 5 5,1 4,8 26,32%

Mundo (Total) 702,6 697 765,5 802,5 847,3 904,3 920 880 25,25%

Américas 114,9 113,1 125,9 133,2 135,8 142,9 147,1 139,6 21,50%

Europa 399,8 408,6 424,5 438,7 462,2 487,4 487,1 459,7 14,98%

América do Sul (% do Total) 1,78% 1,97% 2,12% 2,27% 2,21% 2,21% 2,26% 2,28% 28,38%

Brasil (% do Total) 0,54% 0,59% 0,63% 0,67% 0,59% 0,55% 0,55% 0,55% 0,85%

FONTE: Estatísticas Básicas de Turismo, Brasil, 2009 e OMT. Barômetro Mundial do Turismo in BRASIL 2010 (Turismo no Brasil 2011-2014).

Neste contexto, o Brasil apresentou um aumento percentual da quantidade de chegada de turistas levemente superior à média mundial. O crescimento foi de 26,32% entre 2002 e 2009, mantendo estável sua participação mundial em 0,55% ao final do período. Contudo, quando comparado a América do Sul, percebe-se uma redução na preferência do turista internacional pelo Brasil, cujo crescimento nos países vizinhos do mesmo continente foi de 60,8%.

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GRÁFICO 1 - CRESCIMENTO DAS CHEGADAS DE TURISTAS INTERNACIONAIS POR DESTINO: 2002 A 2009 (%)

90,22%

65,29%

60,80%

47,47%

26,32%

25,25%

21,50%

14,98%

Oriente Médio

África

América do Sul

Ásia e Pacífico

Brasil

Mundo (Total)

Américas

Europa

FONTE: Estatísticas Básicas de Turismo, Brasil, 2009 e OMT. Barômetro Mundial do Turismo in BRASIL 2010 (Turismo no Brasil 2011-2014).

Dentre os principais países emissores de turistas ao Brasil, a Argentina se destaca com 27% do total de turistas, seguida por Estados Unidos da América, com 12,4%, e Uruguai, com 4,4%. Entre os anos de 2003 e 2011 o crescimento da chegada de turistas argentinos ao Brasil foi da ordem de 102,6%, seguido pelos chilenos, com 71,6% de crescimento, evidenciando que a proximidade geográfica é um aspecto potencializador da demanda, outro fator de relevância pode estar associado ao crescimento das relações bilaterais de comércio.

Com relação ao comportamento perene do fluxo, entre os onze países que mais geram fluxo de turistas para o Brasil, destaca-se que seis destes apresentaram a variação negativa ao longo dos oito anos apresentados no quadro a seguir. Em virtude da grande influência do crescimento Argentino, Chileno e Espanhol, a amostra revelou que houve um crescimento de 24,7% das chegadas de turistas, índice que representa um crescimento médio de 3,5% ao ano.

Percebe-se que no período de 2002 a 2009 houve um crescimento da chegada de turistas na América do Sul num ritmo duas vezes superior ao crescimento destas chegadas ao Brasil, fazendo destes países, concorrentes em primeiro plano às estratégias brasileiras de promoção do turismo, seja para elevar a capacidade de concorrer com os países vizinhos, seja para manter e elevar a atração deles, que são os principais emissores de turistas ao Brasil.

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TABELA 2 - CHEGADAS DE TURISTAS AO BRASIL, SEGUNDO PRINCIPAIS PAÍSES EMISSORES – 2003 A 2011

Principais Países Emissores

ANO Var. % 2003-2011 2003 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Argentina 786.568 992.299 933.061 921.679 1.017.675 1.211.159 1.399.592 1.593.775 102,6%

Estados Unidos 668.668 793.559 721.633 695.749 625.506 603.674 641.377 594.947 -11,0%

Itália 221.190 303.878 287.898 268.685 265.724 253.546 245.491 229.484 3,7%

Uruguai 270.251 341.647 255.349 226.111 199.403 189.412 228.545 261.204 -3,3%

Alemanha 283.615 308.598 277.182 257.740 254.264 215.595 226.630 241.739 -14,8%

Chile 126.591 169.953 176.357 260.439 240.087 170.491 200.724 217.200 71,6%

França 211.347 263.829 275.913 254.367 214.440 205.860 199.719 207.890 -1,6%

Paraguai 198.170 249.030 198.958 212.022 217.709 180.373 194.340 192.730 -2,7%

Portugal 229.594 357.640 299.211 280.438 222.558 183.697 189.065 183.728 -20,0%

Espanha 122.641 172.979 211.741 216.891 202.624 174.526 179.340 190.392 55,2%

Inglaterra 138.281 169.514 169.627 176.970 181.179 172.643 167.355 149.564 8,2%

Total da Amostra 3.256.916 4.122.926 3.806.930 3.771.091 3.641.169 3.560.976 3.872.178 4.062.653 24,7%

FONTE: Departamento de Polícia Federal e Ministério do Turismo in Brasil 2012.

A receita com turismo no Brasil cresceu de maneira consistente ao longo da década de 2000, saltando de 1,81 bilhões de dólares no ano de 2000 para quase 6 bilhões de dólares em 2010; um crescimento de 227%. Também houve um crescimento nas receitas cambiais per capita de 85,6%. Contudo, ambos os indicadores de receita cambial revelam que, ao final da década, há uma desaceleração e queda nas receitas, coincidindo com a crise financeira internacional e revelando o quão sensível o turismo é às flutuações econômicas.

GRÁFICO 2 - RECEITA CAMBIAL TURÍSTICA BRASILEIRA: 2000 A 2010 (US$ BI)

FONTE: Banco Central do Brasil in FECOMERCIO (2011).

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GRÁFICO 3 - RECEITAS CAMBIAIS TURÍSTICAS PERCAPITA BRASILEIRAS: 2002 A 2010 (US$)

FONTE: Banco Central do Brasil in FECOMERCIO (2011).

A partir das expectativas de impactos negativos e duradouros da crise de 2008, as estratégias para o setor do Turismo no Brasil deverão levar em conta esta queda no ritmo de crescimento da economia mundial, principalmente na Zona do Euro e nos Estados Unidos, de onde provêm mais de ¼ do total do fluxo turístico Brasileiro e que consequentemente, pode influenciar a demanda turística do destino.

2.2.1.1 Perfil quantitativo dos visitantes atuais

Curitiba, no contexto regional, é o maior centro urbano do Estado e “(...) concentra grande parte da oferta e da demanda turística intrarregional, doméstica e internacional, caracterizando-se como o grande centro turístico regional.” Tendo essa referência como base, inicia-se a abordagem da caracterização do perfil quantitativo pela verificação da origem dos visitantes e a evolução desta origem a partir dos polos emissores mais representativos. (SETU, 2010, p. 47).

Coincidente com o fluxo de turistas do Brasil e do Paraná, em Curitiba, este fluxo tem crescido de modo constante ao longo do período de 2006 a 2011, contudo a taxa de crescimento em Curitiba no período foi de 38,8% ante 27,9% o Estado do Paraná. A inclinação maior e constante da curva de crescimento do fluxo turístico curitibano em relação à curva paranaense evidencia que a capital paranaense tem um coeficiente de atração de turistas maior que o Estado do Paraná.

TABELA 3 - FLUXO TURÍSTICO EM CURITIBA E NO PARANÁ: 2006 A 2011 (MILHÕES)

Variáveis Ano

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Fluxo Turístico em Curitiba 2,624 2,903 3,029 3,134 3,41 3,642

Fluxo Turístico no Paraná 10,328 11,936 12,251 11,817 12,551 13,214

FONTE: SETU (2012).

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O crescimento do fluxo de visitantes paranaenses a Curitiba está associado ao próprio crescimento demográfico da Capital, que trouxe para a cidade e Região Metropolitana um grande contingente populacional que habitava no interior do Estado, que eleva o volume de visitantes a familiares e amigos, bem como, ao crescimento do Turismo em função do crescimento no número de empresas e eventos associados aos negócios na Capital.

GRÁFICO 4 - CRESCIMENTO DO FLUXO DE TURISTAS DO PARANÁ E DE CURITIBA - 2006 A 2011

FONTE: SETU (2012). NOTA: Os dados do ano de 2006 servem de base para definir o crescimento percentual para a série.

Com exceção do início da série, nos demais momentos percebe-se um forte ajuste entre a variação dos fluxos turísticos, em patamares superiores, porém com comportamentos de variação similar, a qual resulta num coeficiente de correlação entre os fluxos de 0,932. Esta alta correlação indica que os mesmos fatores que afetam o fluxo turístico do Estado do Paraná, atuam também sobre a capacidade de atração de turistas de Curitiba.

O índice de correlação 0,93 entre os fluxos turísticos do Paraná e Curitiba, muito próximo de uma correlação perfeita, pode ser justificado pelos efeitos retroalimentadores de ambos os fluxos, dado que Curitiba representa 25% de todo o fluxo que o estado recebe, quando o fluxo de Curitiba varia, provoca variação também no fluxo paranaense.

A chegada de turistas dos demais estados brasileiros à Curitiba, excetuando-se os paranaenses, gira em torno de 60% do fluxo total, com uma forte presença de paulistas e catarinenses, que juntos somam cerca de 45% do total. De 1992 a 2009 percebe-se que houve um aumento da participação dos visitantes do próprio Estado do Paraná a sua capital e um crescimento muito expressivo da representatividade do visitante estrangeiro3 a Curitiba, em detrimento da queda da participação de visitantes de outros Estados, com exceção de São Paulo que mantém a participação.

2 Aplicou-se uma análise estatística de Correlação Linear entre duas variáveis para identificar o grau de ajuste de

comportamento entre a variação destas. Quanto mais próximo de 1,00 (um) mais ajustados são os seus comportamentos, e quanto mais próximo de zero, menos ajustados são os comportamentos. Um valor de 0,93 é muito representativo, revela que a variação de uma se ajusta 93% a variação da outra.

3 Informação complementar a análise da tabela “Destinos mais visitados pelo turista internacional de negócios (%)”.

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TABELA 4 - TURISTAS EM VISITA À CURITIBA SEGUNDO POLOS EMISSORES: 1992 A 2009

POLOS EMISSORES ANOS

2000 2001 2003 2005 2006 2009

BRASIL 94,2 96,3 95,8 95,1 94,5 95,3

Paraná 31,5 36 33,5 35,5 38,4 33,7

Rio de Janeiro 5,7 6 4,5 4,1 4,2 3,7

Rio Grande do Sul 6,4 6,1 3,9 4,4 4,2 5,2

Santa Catarina 11,7 14,8 15,6 14,3 13,5 15,4

São Paulo 28,5 25,2 29,1 26,1 25,8 27,9

Outros Estados 10,4 8,2 9,2 10,7 8,4 9,4

EXTERIOR 5,8 3,7 4,2 4,9 5,5 4,7

FONTE: SETU (2012).

2.2.1.2 Caracterização do perfil qualitativo dos segmentos atuais

O perfil qualitativo dos segmentos de turistas que formam a demanda atual da AT de Curitiba é relevante para identificar os fatores econômicos associados a fluxo turísticos, principalmente seus motivadores de visita à cidade, tempo de permanência, preferência por serviços, gasto médio, entre outros.

O fluxo de turistas estrangeiros no Brasil deve suscitar atenção das estratégias para a atração deste turista à Curitiba, visto que a cidade tem um posicionamento geográfico que facilita o acesso dos visitantes oriundos dos países da América do Sul, região que concentra a maior parte do fluxo turístico brasileiro. A questão que se coloca como desafio está relacionada à capacidade de atrair este turista para a prática de atividades de lazer, maior preferência entre os estrangeiros, segundo dados da FIPE – 2011, como também fortalecer outros tipos de turismo presentes na composição da oferta local, ligados à vocação do destino Curitiba.

Conforme os dados da pesquisa de perfil da demanda turística internacional (Síntese Brasil, 2005 - 2011), elaborada pelo Ministério do Turismo, Curitiba figura como o terceiro destino do turista internacional com motivos relacionados a negócios, eventos e convenções, atrás apenas de São Paulo em primeiro e Rio de Janeiro em segunda colocação.

TABELA 5 - DESTINOS MAIS VISITADOS PELO TURISTA INTERNACIONAL DE NEGÓCIOS (%)

CIDADE 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

São Paulo 49,4 51,3 52,5 53,8 48,8 51,3 51,6

Rio de Janeiro 22,3 22,9 24,7 20,4 24,9 23,9 24,4

Curitiba 5,4 4,8 5,1 4,6 3,7 4,8 4,9

Belo Horizonte 4,1 4,6 4,1 4,7 3,7 4,5 3,8

Porto Alegre 8,2 4,7 5,4 5 4,9 4,6 3,7

FONTE: MTur (2012). Estudo da Demanda Turística Internacional (2005-2011).

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Embora ocupe a terceira colocação na preferência do turista internacional de negócios, feiras e convenções, Curitiba apresentou redução da participação relativa na atração deste tipo de turista em relação a São Paulo e Rio de Janeiro, que do ano de 2005 a 2011 elevaram esta participação.

Com relação à demanda turística nacional (FIPE, 2012), Curitiba é o oitavo destino mais visitado nas viagens domésticas, enquanto que se posiciona em décimo oitavo destino mais desejado pelos turistas. Tal dado revela uma informação relevante para a compreensão do comportamento do mercado a ser apreendida com as reflexões que seguem, destacando a disparidade entre o posicionamento de Curitiba entre os destinos desejados e visitados.

TABELA 6 - DESTINOS MAIS VISITADOS E MAIS DESEJADOS DA DEMANDA DOMÉSTICA (2012)

Rank DESTINOS MAIS DESEJADOS % Rank DESTINOS MAIS VISITADOS %

1 Fernando de Noronha – PE 13,3 1 São Paulo - SP 5,5 2 Fortaleza - CE 10,9 2 Rio de Janeiro - RJ 3,6 3 Rio de Janeiro – RJ 10,7 3 Salvador - BA 2,2 4 Salvador – BA 7,0 4 Fortaleza - CE 2,1 5 Natal – RN 5,4 5 Brasília - DF 1,9 6 Gramado – RS 4,2 6 Recife - PE 1,8 7 São Paulo – SP 3,8 7 Natal - RN 1,8 8 Recife – PE 2,9 8 Curitiba - PR 1,7 9 Florianópolis – SC 2,8 9 Florianópolis - SC 1,7

10 Manaus – AM 2,4 10 Belo Horizonte - MG 1,5 11 Porto Seguro – BA 2,4 11 Goiânia - GO 1,5 12 Ipojuca- PE 2,2 12 Porto Alegre - RS 1,3 13 Maceió – AL 2,1 13 Caldas Novas - GO 1,3 14 Bonito – MS 2,0 14 João Pessoa - PB 1,1 15 Foz do Iguaçu – PR 1,8 15 Teresina - PI 0,9 16 Brasília – DF 1,4 16 Maceió - AL 0,8 17 Porto Alegre – RS 1,2 17 Praia Grande - SP 0,8 18 Curitiba – PR 1,1 18 Guarujá - SP 0,8 19 São Luís – MA 1,1 19 Aparecida - SP 0,8 20 Aparecida – SP 1,0 20 São Luís - MA 0,8 Outros 20,2 Outros 66,2 Total 100,0 Total 100,0

FONTE: FIPE (2012).

É importante destacar a relação entre a oitava colocação de Curitiba no ranking dos destinos mais visitados, com o fato da AT apresentar maior fluxo de visitantes motivados a negócios e eventos, motivação esta que não permite a escolha do visitante pelo destino de maneira direta. Isso é corroborado quando analisada a colocação da AT na tabela de destinos mais desejados, fator intimamente ligado à vontade do visitante em visitar o destino por escolha própria. Esse desejo de visita a Curitiba é incipiente, apesar de apresentar perfil de oferta semelhante a outros destinos que estão colocados entre os dez mais desejados, tais como Recife e São Paulo. Essa análise do desejo reflete o não posicionamento de Curitiba em relação às atividades que sejam de lazer e entretenimento, pois em geral é isso que motiva o desejo de conhecer lugares.

Estes índices são também observados nos indicadores locais, os quais demonstram que ao longo da década passada, entre os anos de 2000 a 2011, houve pouca variação no volume do fluxo turístico quando analisado os fatores de motivação da visita. O perfil de visitante

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que teve sua participação elevada no conjunto ao longo da década dos 2000 foi a do visitante a negócios, esta elevação é explicada pelo crescimento e diversificação das atividades econômicas em Curitiba e Região Metropolitana, como se observa no gráfico a seguir:

GRÁFICO 5 - MOTIVO DA VIAGEM DOS TURISTAS EM VISITA A CURITIBA: 2000 A 2011 (%)

FONTE: SETU (2007), BRASIL (2010c), CTUR (2011). NOTA: Foram usados os dados da pesquisa de demanda da Secretaria de Estado do Paraná até 2006, dados de

2009 do Ministério do Turismo e 2010 refere-se à pesquisa de demanda do Instituto Municipal de turismo de 2011.

Mesmo com os maiores índices relacionados ao turismo de negócios e eventos, Curitiba apresenta resultados medianos na atração de turistas motivados a lazer, que por meio dos seus reconhecidos parques, somados ao conjunto de atrativos culturais permite ao turista diversificar seu interesse pelos produtos turísticos da cidade.

Dos turistas que visitam os atrativos turísticos, constata-se uma forte preferência pelo Jardim Botânico, Ópera de Arame e Parque Barigui. Nota-se que o edifício do Banco HSBC aparece em destaque, pois este local é palco de ocorre anualmente uma das principais apresentações de natal que integram o calendário de eventos natalinos em Curitiba.

Entre as outras opções estão o Museu Oscar Niemayer inaugurado em 2001 com um apelo forte relacionado ao design de seu anexo em formato de olho, pelo qual ficou conhecido como “museu do olho”. Outras atrações fixas como a Ópera de Arame, a Torre Panorâmica e a Rua 24 horas reforçam as opções de passeios e a ampliação das opções culturais como o crescimento da oferta de sala de cinemas, bem como a ampliação das salas de teatro e clubes de show, aumentam a oferta de entretenimento ao turista que visita a cidade, fortalecendo seu interesse pelo lazer.

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GRÁFICO 6 - ATRATIVOS TURÍSTICOS MAIS VISITADOS EM CURITIBA (2010)

FONTE: CTUR (2011). NOTA: O total dos atrativos listados na pesquisa é de 59, os demais não obtiveram 5%.

Mesmo com a essa diversidade de opções disponíveis na cidade, observa-se na tabela a seguir que apenas 29,7% dos turistas que visitam Curitiba aproveitam sua estadia para usufruírem dos atrativos turísticos da cidade.

TABELA 7 - VISITA AOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DA CIDADE: ANO 2010

Visitou Atrativos da Região

Procedência

Excursionista Turista Geral

Paraná Brasil Paraná Brasil Internacional

Não 80,7% 78,5% 70,1% 68,3% 38,9% 70,3%

Sim 19,3% 21,5% 29,9% 31,7% 61,1% 29,7%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

FONTE: CTUR (2011).

Dos que aproveitam para visitar os locais turísticos são os turistas estrangeiros os que mais visitam, esta informação torna importante a preparação dos equipamentos turísticos para o atendimento a este público. Por outro lado, os excursionistas são o que menos visitam os atrativos, muito provavelmente porque os motivos específicos das excursões não estão relacionados à apreciação dos atrativos turísticos da cidade, mas a eventos, encontros de negócios ou tratamentos de saúde.

Considerando que o fluxo de turistas de Curitiba em 2011 foi de 3,6 milhões de pessoas, cerca de 2,5 milhões de turistas não usufruem da cidade para visitar seus atrativos e tornarem-se consumidores de serviços turísticos. Logo, atualmente essa é uma demanda potencial de crescimento em função do aproveitamento do fluxo de visitante que ocorre e que pode gerar consumo turístico, seja na estada original, seja na reincidência de sua estada na cidade.

Já em relação aos eventos programados, os que mais atraem turistas ainda são aqueles relacionados à Arte e Cultura. Contudo, 53% da capacidade de atrair turistas de eventos

41%

21%

17%

15%

9%

8%

6%

5%

5%

JARDIM BOTÂNICO

ÓPERA DE ARAME

EDIFICIO HSBC

PARQUE BARIGUI

PARQUE TANGUÁ

MUSEU OSCAR NIEMEYER

ZOOLÓGICO

PASSEIO PÚBLICO

SANTA FELICIDADE

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está associada ao segmento empresarial da cidade (Empresariais, Feiras/Exposições). A presença de grandes centros universitários e institutos de pesquisa também têm forte relevância na atração de turistas aos eventos Técnicos e Científicos.

GRÁFICO 7 - TIPOS DE EVENTOS PREFERIDOS PELOS TURISTAS EM CURITIBA (2010)

FONTE: CTUR (2011).

Entre os eventos do ‘calendário oficial’ da cidade, o Natal apresenta-se como de grande destaque na atração de fluxo de visitantes tornando-se evento referencial para o posicionamento de mercado desta época do ano para a cidade de Curitiba, que com o passar dos anos investiu na diversificação de atrações natalinas, além de outros eventos de destaque como Festival de Curitiba, a Oficina de Música e a Virada Cultural.

O gráfico abaixo revela o público estimado associado a cada evento, o qual permite inferir a importância deles para a movimentação de fluxos à cidade, ainda que grande parte deste público represente moradores locais e da região metropolitana se comparado á participação efetiva de visitantes.

30,6%

26,8%

26,1%

21,8%

11,9%

10,3%

CULTURAIS/ARTÍSTICOS

EMPRESARIAIS

FEIRAS/EXPOSIÇÕES

TÉCNICO/CIENTÍFICO

OUTRO

RELIGIOSOS

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GRÁFICO 8 - PÚBLICO ESTIMADO NOS EVENTOS ANUAIS REGULARES DE CURITIBA: ANO 2010

FONTE: BRASIL (2010c).

Com base no percentual de turistas que visitam a cidade pelo motivo eventos de 4,4% de um fluxo total de 3,632 milhões de turistas, tem-se que o fluxo de eventos foi de aproximadamente 160 mil turistas em 2011, número com pouca expressão se observado a representatividade dos eventos realizados, muitos deles de referência já consolidada no cenário nacional e internacional.

Um planejamento da oferta de eventos em épocas que proporcionem o alongamento da estadia dos turistas na cidade, bem como, uma divulgação dos eventos aos atrativos de lazer da cidade, poderá estimular a permanência do público de eventos mais tempo na cidade e um maior aproveitamento deste potencial turístico que, pelos dados, tem um grande potencial a ser aproveitado. Neste mesmo capítulo, o subitem que trata dos eventos programados, apresenta uma análise mais criteriosa do perfil dos eventos e sua relação com a atração de visitantes.

Os elementos da oferta turística são responsáveis, além de outros fatores, pelo crescimento da permanência média do turista nos destinos. De 2003 a 2010 o tempo de permanência média do visitante doméstico na cidade aumentou em 40%, contudo, ainda é inferior a permanência média do turista estrangeiro. A maior permanência do turista estrangeiro em relação ao brasileiro está associada às viagens curtas dos brasileiros, principalmente aqueles que aproveitam fins de semanas e feriados para viagens rápidas, enquanto que os turistas estrangeiros em função da distância e das circunstâncias de programação da viagem demoram-se mais no destino.

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GRÁFICO 9 - TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DO TURISTA EM CURITIBA: 2003 A 2010 (DIAS)

FONTE: SETU (2007) e CTUR (2011). NOTA: Foram usados os dados da pesquisa de demanda da Secretaria de Estado do Paraná até 2006, e a

Pesquisa de demanda do Instituto Municipal de turismo de 2010. Os dados de 2007 e 2009 é uma estimativa baseada na tendência média entre os anos 2003, 2005 e 2010.

GRÁFICO 10 - MEIOS DE HOSPEDAGEM DOS TURISTAS EM VISITA À CURITIBA: 2000 A 2010 (%)

FONTE: SETUR (2007), CTUR (2011). NOTA: Foram usados os dados da pesquisa de demanda da Secretaria de Estado do Paraná até 2006, e a

Pesquisa de demanda do Instituto Municipal de turismo de 2010. Os dados de 2007 E 2009 é uma estimativa baseada na tendência média entre os anos 2003, 2005 e 2010. * Em 2010 inclui também pensões.

A opção pela hospedagem nas visitas dos turistas à Curitiba de 2000 a 2011 demonstrou uma pequena variação. Enquanto no início do ano 2000 a opção pela casa de parentes e amigos era o modo como 49% dos visitantes se acomodavam em seu período de estadia, em 2011 reduziu-se para 45%, representando um leve crescimento das opções alternativas, como aluguel de casas, enquanto que a rede hotelaria teve sua preferência elevada de 40% para 43% da preferência dos turistas, conforme retratado no gráfico acima.

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TABELA 8 - QUANTIDADE DE PERNOITES POR MOTIVAÇÃO DAS VIAGENS: ANO 2011 (%)

Nº DE PER- NOITES

MOTIVAÇÃO DA VIAGEM TOTAL

Eventos Negócios Parentes Compras Lazer Saúde Outros 1 2,60% 10,60% 3,80% 0,20% 4,80% 1,70% 2,20% 25,90% 2 1,70% 7,80% 5,10% 0,20% 5,40% 2,00% 0,60% 22,80% 3 2,20% 5,60% 3,50% 0,10% 3,70% 0,80% 0,10% 16,00% 4 0,10% 2,30% 2,10% 0,10% 1,30% 0,60% 0,20% 6,70%

5 ou + 1,00% 11,90% 8,50% 0,40% 4,30% 2,00% 0,60% 28,70% Total 7,60% 38,20% 23,00% 1,00% 19,50% 7,10% 3,70% 100%

FONTE: SETU (2011), elaborado por FAUEPG - PDITS CRMCG.

A análise sobre o tempo de permanência do turista na cidade de Curitiba por motivação da viagem revela que 25,9% dos visitantes ficam apenas um dia na cidade, estes turistas estão concentrados no motivo de Negócios.

No somatório das variações em relação à diferentes quantidades de pernoites, as maiores incidências estão associadas a motivações de Negócios, Visita a Parentes e Lazer, sendo essas as viagens que produzem os gastos na cidade e por um tempo mais longo, havendo a possibilidade de diversificá-lo por meio de novas opções turísticas.

Confrontado o crescimento percentual da utilização da rede hoteleira, gráfico a seguir, com o crescimento do fluxo turístico já apresentado, conclui-se que a demanda hoteleira da capital paranaense é crescente.

GRÁFICO 11 - DEMANDA HOTELEIRA DE CURITIBA: 2005 A 2017 (MILHARES DE HÓSPEDES)

FONTE: CTUR (2008), CTUR (2010b) e CTUR (2011). NOTA: * Estimado em função da projeção do fluxo turístico. ** Ajustado para os impactos da Copa 2014 e 3%

para a Olimpíada do Rio 2016.

Neste sentido, a projeção da demanda anual em função do fluxo turístico em Curitiba ocorrido entre 2005 e 2011 e estimado para o período de 2012 a 2017, indica um crescimento de demanda hoteleira entre 2011 a 2017 de 37%, obedecidas as condições de crescimento médio no fluxo turístico em Curitiba de 4,2% a.a. e os 43% de preferência dos turistas pela estadia na rede hoteleira. Contudo, vale destacar, que a projeção da demanda

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estimada em 2014 e 2017, dadas as perspectivas de crescimento advindas dos grandes eventos esportivos, é de dois milhões de hóspedes.

Em relação aos meios de transporte mais utilizados, tem-se, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil um aumento da demanda por viagens aéreas no Brasil com crescimento de 140% entre 2000 e 2010, fruto do crescimento da renda real no Brasil e de uma queda no preço médio das passagens em termos reais. Esta tendência de aumento da preferência pelo transporte aéreo é claramente observada no levantamento feito pelo Departamento de Estatísticas da Secretaria de Estado do Turismo, que revela uma variação maior na utilização de avião entre os anos de 2005 a 2011. Embora também tenha crescido a preferência por ônibus, seu crescimento deu-se numa proporção menor.

GRÁFICO 12 - TRANSPORTES UTILIZADOS POR TURISTAS QUE VISITAM CURITIBA: 2005 A 2010 (%)

FONTE: SETU (2008) e CTUR (2011). NOTA: Foram usados os dados da pesquisa de demanda da Secretaria de Estado do Paraná até 2006, e a

Pesquisa de demanda do Instituto Municipal de turismo de 2010. Os dados de 2007 é uma estimativa baseada na tendência média entre os anos 2005, 2006 e 2010.

A preferência pelo automóvel está associada à conclusão inicial de que a maior parte do turista que visita Curitiba é proveniente do interior do Estado do Paraná, de São Paulo e de Santa Catarina. Logo, as regiões emissoras de turistas são próximas e favorecem a utilização de automóvel para o deslocamento, seja por comodidade ou custos. Esta forte preferência pelo automóvel caiu relativamente às demais opções (avião e ônibus). Contudo, com o aumento do fluxo turístico total, esta queda não representa que em valores absolutos tenha havido a diminuição da utilização deste meio. Assim, explorar os meios de comunicação aos quais o motorista está sujeito em seu deslocamento, como outdoors de estradas, para a promoção de produtos turísticos, é uma alternativa válida na intenção de reforçar o potencial da demanda turística na cidade.

A elevação na quantidade de turistas que chegam regulamente a Curitiba, conciliada com elevação da preferência pelo avião, provocou um forte aumento do volume de passageiros que se utilizaram do terminal aeroviário Afonso Pena entre os anos de 2005 e 2011. Período

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em que este fluxo aumentou em 3,5 milhões de passageiros, mais que dobrando, equiparando ao fluxo de passageiro que se utilizam do terminal rodoviário de Curitiba.

GRÁFICO 13 - FUXO DE PASSAGEIROS NO AEROPORTO DE CURITIBA: 2005 A 2011 (UNIDADES)4

FONTE: INFRAERO (2011).

A elevação do fluxo de passageiros que movimentam o Aeroporto Internacional não reflete integralmente o fluxo turístico da cidade, pois a pesquisa de uso de meio de transporte pelos turistas evidencia ainda um predomínio do uso de ônibus no que se refere aos meios de transportes regulares. Contudo, há uma clara tendência ao transporte aéreo ser o predominante no uso para chegadas e partidas de visitantes de Curitiba, principalmente se o movimento da renda doméstica e dos preços das passagens aéreas continuarem na tendência que apresentaram nos últimos 10 anos.

Em relação a outras características do visitante atual, observa-se pela tabela abaixo que há uma forte concentração de turistas homens na cidade que representam 66,2% do total, enquanto que as mulheres são 33,8%. Os dados também revelam que este perfil é padrão, seja para turistas que vêm à cidade por meio de excursões, sejam aqueles que visitam a cidade sozinhos ou com amigos e/ou familiares.

TABELA 9 - GÊNERO DO TURISTA QUE VISITA CURITIBA: ANO 2010

GÊNERO PROCEDÊNCIA

Excursionista Turista Local Feminino Masculino Feminino Masculino

Paraná 28,1% 71,9% 40,0% 60,0% Brasil 26,4% 73,6% 32,2% 67,8%

Países 33,3% 66,7% 38,9% 61,1% Geral 27,3% 72,7% 35,1% 64,9%

FONTE: CTUR (2011).

4 O Aeroporto Internacional Afonso Pena fica no município de São José dos Pinhais.

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50 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Do total de turistas que visitam Curitiba, 49,1% viajam sozinhos e 41,6% com a família, os que viajam em grupos e em excursão soma 9,3% apenas. Esta forte concentração coaduna com os motivadores principais do fluxo turístico, com forte concentração no motivador negócios e visita a parentes e amigos.

TABELA 10 - FORMA DE VIAJAR DO TURISTA QUE VISITA CURITIBA: ANO 2010

FORMA DE VIAJAR PROCEDÊNCIA

Excursionista Turista GERAL

Paraná Brasil Paraná Brasil Países

Com família 39,5% 33,1% 47,1% 40,7% 22,2% 41,6%

Com excursão 0,0% 1,7% 0,0% 0,5% 0,0% 0,4%

Em grupo 11,4% 9,9% 6,8% 9,1% 27,8% 8,9%

Só 49,1% 55,4% 46,1% 49,7% 50,0% 49,1%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

FONTE: CTUR (2011).

O perfil etário do turista que visita Curitiba revela uma concentração de turistas entre 25 a 54 anos, faixa etária que soma 71,6% do total. Os dados sobre a origem e a forma de organizar a viagem não evidenciam grandes diferenças do perfil em relação à média etária. Apenas há que se destacar que o turista estrangeiro está bastante concentrado na faixa etária de 35 a 44 anos; são 38,9% do total de estrangeiros nesta faixa etária. Esse fato pode ser explicado por conta das viagens internacionais de negócios serem feitas pelos executivos de média e alta gestão.

TABELA 11 - FAIXA ETÁRIA DO TURISTA QUE VISITA CURITIBA: ANO 2010

FAIXA ETÁRIA

PROCEDÊNCIA

Excursionista Turista GERAL

Paraná Brasil Paraná Brasil Países

De 15 a 24 anos 8,8% 17,5% 11,9% 11,7% 11,1% 12,0%

De 25 a 34 anos 23,7% 28,3% 26,2% 28,2% 22,2% 27,2%

De 35 a 44 anos 27,2% 23,3% 22,4% 24,3% 38,9% 24,1%

De 45 a 54 anos 22,8% 15,8% 23,1% 19,3% 16,7% 20,4%

De 55 a 64 anos 14,0% 12,5% 12,1% 10,9% 8,3% 11,6%

Acima de 65 anos 3,5% 2,5% 4,2% 5,7% 2,8% 4,8%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

FONTE: CTUR (2011).

Uma avaliação detalhada do perfil de renda do turista demonstra uma forte concentração de turistas entre as faixas de renda de R$ 801,00 a R$ 12.000,00 que somam 71,3% do total de turistas.

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TABELA 12 - PERFIL DE RENDA DO TURISTA QUE VISITA CURITIBA: ANO 2010

RENDA MENSAL FAMILIAR (R$)

PROCEDÊNCIA

Excursionista Turista GERAL

Paraná Brasil Paraná Brasil Países

Não possui 0,0% 0,8% 0,2% 0,0% 0,0% 0,1%

Até 400 2,6% 0,0% 0,7% 0,9% 5,6% 1,0%

De 401 a 800 2,6% 4,1% 6,5% 4,6% 0,0% 4,9%

De 801 a 1600 13,2% 19,8% 18,2% 9,1% 0,0% 13,0% De 1600 a 2400 19,3% 16,5% 13,1% 11,6% 1,1% 13,0%

De 2400 a 3200 16,7% 5,0% 10,5% 8,9% 18,9% 9,8% De 3200 a 4000 6,1% 6,6% 8,9% 6,6% 3,3% 7,2% De 4000 a 6000 14,0% 8,3% 10,7% 12,0% 15,6% 11,5% De 6000 a 8000 7,0% 6,6% 8,4% 8,1% 11,1% 8,0% De 8000 a 12000 6,1% 11,6% 6,8% 10,0% 5,6% 8,8%

De 12000 a 16000 1,8% 2,5% 1,6% 4,7% 6,7% 3,4%

De 16000 a 20000 1,8% 3,3% 1,6% 4,7% 6,1% 3,5%

De 20000 a 30000 1,8% 2,5% 1,6% 3,4% 4,4% 2,7%

De 30000 a 50000 0,0% 0,8% 0,7% 1,9% 5,6% 1,3%

Acima de 50000 0,0% 0,8% 0,7% 1,4% 5,0% 1,0%

Não declarada 7,0% 10,7% 9,6% 11,9% 11,1% 10,7%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

FONTE: CTUR (2011).

Atualmente, as pesquisas de demanda apontam que os turistas que visitam a área turística moram próximo à capital paranaense, somando mais de 70% os procedentes do interior do Paraná, de São Paulo e de Santa Catarina. Os visitantes permanecem em média quatro dias e chegam, em geral, via modal terrestre (70%) e menos da metade hospeda-se em hotéis e hospedarias (40%)1. Entre as principais motivações que levaram os turistas a visitar a cidade, em 2010, destacam-se a realização de negócios e/ou participação em eventos (45,7%), a visita a parentes e amigos (23%) e a busca de lazer e descanso (19,5%). Majoritariamente, o perfil do turista em visita à cidade é de escolaridade alta (52,7%), homens, entre 25 e 54 anos (71,7%), que viajam sozinhos (49,1%), com renda familiar entre R$ 2.400,00 e R$ 12.000,00 (45,3%), sendo reincidente na visita à área turística (86,2%).

A análise deste perfil conduz a constatação que se trata de um turista pouco sensível às condições de preços locais, uma vez que a renda média alta comporta um elevado gasto médio diário. E por isso, possuem um forte potencial para consumo de um conjunto amplo de produtos turísticos, vinculados ao interesse primário da viagem, como bens turísticos complementares, como também produtos turísticos desassociados ao motivo primário da visita.

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52 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

TABELA 13 - NÍVEL DE ESCOLARIDADE DO TURISTA QUE VISITA CURITIBA: ANO 2010

ESCOLARIDADE

PROCEDÊNCIA

Excursionista Turista GERAL

Paraná Brasil Paraná Brasil Países

Sem instrução formal 0,3% 0,8% 0,7% 0,3% 0,0% 0,4%

Fundamental incompleto 8,7% 9,9% 8,2% 6,8% 1,1% 7,6%

Fundamental completo 10,5% 10,7% 13,6% 6,9% 1,7% 9,5%

Ensino médio incompleto 4,4% 6,6% 4,5% 3,8% 5,6% 4,3%

Ensino médio completo 31,5% 24,8% 24,6% 25,2% 25,0% 25,5%

Superior incompleto 7,0% 9,9% 9,6% 10,6% 22,2% 10,1%

Superior completo 28,0% 25,6% 28,6% 34,8% 31,1% 31,6%

Pós-graduação Lato Sensu 6,1% 9,9% 8,5% 8,5% 7,2% 8,4%

Pós-graduação Stricto Sensu 3,5% 1,7% 1,6% 3,1% 6,1% 2,6%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

FONTE: CTUR (2011).

2.2.1.3 Comportamento e hábitos de informação e compra da viagem

Segundo os levantamentos da pesquisa sobre o comportamento e hábitos de informação do turista que visita Curitiba, este viaja só ou com a família, em sua maioria. As viagens em grupo ou em excursões, típicas de roteiros turísticos organizados por agências, quase não tem relevância no fluxo turístico da cidade, por isso o turismo que ocorre na capital paranaense não demonstra elementos de organização e roteirização prévia, conforme demonstrado nos dados sobre a organização da viagem.

TABELA 14 - FORMA DE VIAJAR: ANO 2010

FORMA DE VIAJAR

PROCEDÊNCIA

Turista GERAL

Paraná Brasil Países

Com família 47,1% 40,7% 22,2% 41,6% Com excursão 0,0% 0,5% 0,0% 0,4% Em grupo 6,8% 9,1% 27,8% 8,9% Só 46,1% 49,7% 50,0% 49,1% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

FONTE: CTUR (2011).

Esta realidade pode indicar que a estratégia de divulgação da cidade por meio das agências e operadoras nacionais e estrangeiras não tem grande influência no comportamento do turista, ou ainda, que a cidade e seus serviços de receptivo carecem de estrutura de operação turística que sirva de elemento motivacional para atração de visitantes por intermédio das agências e operadoras, a exemplo de produtos turísticos de referência, roteiros integrados, etc.

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53 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

TABELA 15 - ORGANIZAÇÃO DA VIAGEM: ANO 2010

ORGANIZAR POR AGÊNCIA DE VIAGENS

PROCEDÊNCIA

Turista GERAL

Paraná Brasil Internacional

Sim 3,7% 7,4% 22,2% 6,0% Não 96,3% 92,6% 77,8% 94,0% Total 100% 100% 100% 100%

FONTE: CTUR (2011).

2.2.1.4 Estrutura do gasto turístico

O gasto do turista na AT, seu valor total, médio diário, evolução do crescimento e projeções de crescimento futuro do gasto, bem como a análise de como o turista distribui seu gasto são indicadores de extrema relevância para identificar como a atual demanda está localizada, quais atrativos podem ser mais bem explorados e como são os fatores de sensibilidade associado à renda e preços afetam a capacidade de gasto do turista na cidade.

Embora o gasto diário do turista estrangeiro seja menor que o gasto do brasileiro (US$ 87,72 do estrangeiro e US$ 91,15 do brasileiro)5, em função de uma permanência mais longa, os turistas estrangeiros são também os que mais gastam na cidade ao longo de sua estadia, em média cada estrangeiro gastou em 2011 na cidade US$ 605,28 enquanto que os brasileiros US$ 477,05.

GRÁFICO 14 - GASTO TOTAL DOS TURISTAS EM CURITIBA: 2006 A 2017 (US$ MILHÕES)

FONTE: SETU (2008), CTUR (2010b) e CTUR (2011). * 2012 a 2017 estimativas. NOTA 1: 2014 e 2016 ajustado para Copa do Mundo e Olimpíada.

5 Dados do Departamento de Estatística - CTPU/SETU/PR.

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54 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

NOTA 2: Dados de 2006 e 2007, fonte SETU 2008. Dados de 2009, fonte CTUR 2010b. Dados de 2010, fonte: CTUR 2011. Dados de 2008 e 2011 projetados conforme referências anteriores.

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55 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Considerando que a taxa média de crescimento dos turistas prevaleça nos anos vindouros, em 2017 o total de turistas que por ano visitarão Curitiba será de quase 5 milhões, que, a valores de 2011 (US$ 91,15) deixarão em torno de 354 milhões de Dólares na economia curitibana. Caso o gasto médio per capita também se eleve na média dos últimos 5 anos de 4,2%6, em 2017 o gasto total será de 622 milhões de dólares. A estimativa desconsidera o efeito potencializador7 do gasto diário em função dos eventos Copa 2014 e Rio 2016, apenas o aumento na quantidade de turistas durante os eventos.

2.2.1.5 Valorização da qualidade da oferta atual

Em pesquisa sobre as percepções dos visitantes em razão da AT, elaborada pelo CTUR, há uma atribuição de imagem definida por 38,4% dos turistas como uma “Cidade com qualidade de vida”, outros 16,6% a definem como “Cidade Ecológica” e a percepção da cidade ecológica é maior no turista estrangeiro, destes, 26,7% a definem assim. O turismo de lazer muito concentrado em passeio a parques, dada a quantidade e qualidade dos mesmos, ajuda a reforçar esta imagem de qualidade ambiental na capital. Aponta-se a seguir dois critérios relevantes na avaliação dos visitantes, os fatores ambientais e a avaliação dos serviços públicos.

Com relação à avaliação dos fatores ambientais, os que visitam Curitiba indicam a qualidade de vida como o item mais bem avaliado. Já os fatores relacionados ao trânsito e poluição sonora e do ar, são os destaques negativos na avaliação.

TABELA 16 - AVALIAÇÃO DOS VISITANTES AOS FATORES AMBIENTAIS DE CURITIBA: ANO 2010

ITENS AVALIADOS AVALIAÇÕES MÉDIAS AGREGAÇÕES*

Ruim Regular Bom Ótimo Desaprovam Aprovam

Qualidade de vida 1,6% 8,7% 55,2% 34,5% 10,3% 89,7% Poluição do Ar 8,3% 31,1% 50,7% 10,0% 39,4% 60,6% Poluição Sonora 14,3% 38,6% 40,8% 6,2% 52,9% 47,1% Tráfego 32,2% 32,1% 29,9% 5,8% 64,3% 35,7%

FONTE: CTUR (2011). * Agregações: (Ruim + Regular = Desaprovam); (Bom + Ótimo = Aprovam).

É alto o índice de aprovação em relação a percepção dos turistas acerca dos serviços públicos curitibanos, com destaque ao fator “limpeza” aparece com boa avaliação. A segurança pública, entretanto, permanece como uma fragilidade do Município, que demanda atenção do Poder Público e influi nas variações de Curitiba, pois a percepção de insegurança afeta a qualidade do turismo de uma forma geral, estando relacionada a necessidade básica de integridade física tanto dos moradores como dos visitantes. Logo, há uma percepção do turista que a cidade é receptiva e se tem um bom atendimento ao turista, os dados são reforçados pelos serviços privados.

6 Também se eliminou os valores muito desviados da tendência média. 7 Efeito multiplicador da demanda agregada local em função da renda que é injetada na economia por meio do

turismo.

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56 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

TABELA 17 - AVALIAÇÃO DOS VISITANTES DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE CURITIBA: ANO 2010

ITENS AVALIADOS AVALIAÇÕES MÉDIAS AGREGAÇÕES*

Ruim Regular Bom Ótimo Desaprovam Aprovam

Atendimento Aeroporto 2,0% 7,8% 60,3% 30,0% 9,8% 90,3%

Atendimento Rodo 2,2% 7,7% 70,8% 19,3% 9,9% 90,1%

Serviços de Agência De Turismo 0,3% 10,0% 65,7% 24,0% 10,3% 89,7%

Atendimento Aero/Rodo 2,4% 8,3% 66,8% 22,6% 10,7% 89,3%

Limpeza 2,0% 11,2% 63,4% 23,3% 13,3% 86,7%

Serv. de Inform. Turísticas 3,3% 10,5% 58,3% 27,9% 13,8% 86,2%

Transporte Coletivo 4,4% 12,0% 56,8% 26,8% 16,5% 83,5%

Atendimento médico-hospitalar 6,5% 11,1% 57,3% 25,1% 17,6% 82,4%

Telefonia 12,8% 17,1% 58,5% 11,6% 30,0% 70,0%

Segurança 7,8% 24,4% 56,1% 11,7% 32,2% 67,8%

FONTE: CTUR (2011). * Agregações: (Ruim + Regular = Desaprovam); (Bom + Ótimo = Aprovam).

Ainda, ao analisar as percepções sobre os serviços privados, a quantidade e qualidade da rede gastronômica e de opções de compras são os destaques positivos na avaliação dos turistas. Os restaurantes, num conjunto de 27 (vinte e sete) itens avaliados, foram os que obtiveram o maior índice de aprovação, gerando potencial de exploração para promover a cidade como uma opção de destino gastronômico.

TABELA 18 - AVALIAÇÃO DOS VISITANTES DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE CURITIBA: ANO 2010

ITENS AVALIADOS AVALIAÇÕES MÉDIAS AGREGAÇÕES*

Ruim Regular Bom Ótimo Desaprovam Aprovam

Restaurante 0,3% 4,2% 54,9% 40,7% 4,5% 95,5%

Comércio 0,7% 6,3% 69,8% 23,3% 6,9% 93,1%

Táxis 4,9% 11,1% 63,1% 20,9% 16,0% 84,0%

Hotel 2,8% 18,7% 58,5% 20,0% 21,5% 78,5%

FONTE: CTUR (2011). * Agregações: (Ruim + Regular = Desaprovam); (Bom + Ótimo = Aprovam).

O somatório de conjunto de elementos faz de Curitiba um destino agradável aos turistas e que por consequência dessas percepções e experiências positivas, acabam deixando a cidade com intenções de retornar. Este desejo é confirmado com a análise da tabela a seguir que permite perceber que a maioria dos turistas que visita Curitiba, de todas as categorias, já esteve na cidade noutras ocasiões, sendo apenas 13,8% os que visitam a cidade pela primeira vez.

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57 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

TABELA 19 - REINCIDÊNCIA DO FLUXO TURÍSTICO: ANO 2010

1ª Vez em Curitiba

Procedência

Excursionista Turista Geral

Paraná Brasil Paraná Brasil Internacional

Não 92,1% 83,3% 93,7% 82,1% 55,6% 86,2% Sim 7,9% 16,7% 6,3% 17,9% 44,4% 13,8% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

FONTE: CTUR (2011).

2.2.1.6 Portfólio de produtos turísticos atuais

A partir da leitura realizada nos tópicos acima foi possível constatar que, na perspectiva da demanda, atualmente, o fluxo turístico da cidade é bastante caracterizada pelas atividades relacionadas ao turismo de negócios e eventos. Nesse sentido o aspecto fundamental para a expansão dos tipos de atividade que possibilite a conformação de um portfólio estratégico de produtos, que podem atuar na expansão do turismo, apresenta-se no nível propositivo a partir do cruzamento da demanda potencial versus oferta turística.

Entretanto, é possível destacar como aspectos que contribuem para a visão do portfólio é que Curitiba é percebida pelo turista como uma cidade organizada, limpa e com apelo ecológico. Nesta percepção conta o histórico de políticas e programas combinados aos esforços de marketing da década de 1990, que procurou vincular à cidade o tema da ecologia e urbanidade em função da quantidade de áreas verdes e as atitudes de preservação da natureza e cuidados com o tratamento de resíduos, bem como a inovação no sistema de transporte público.

Esses aspectos fortalecem a visão de um turismo no ambiente urbano de uma cidade de grande porte e com atividades econômicas, acadêmicas e culturais de relevância e referência. Portanto, trata-se de estruturar a oferta considerando fundamentalmente em dois propósitos: (i) qualificar e integrar o patrimônio cultural aos produtos turísticos existentes; e (ii) fortalecer o uso do patrimônio ambiental de interesse turístico a fim de agregar valor aos segmentos prioritários.

Identifica-se, desta maneira, que produtos relacionados aos seguintes elementos aos parques urbanos, equipamentos e eventos culturais, ao estudo e intercâmbio de conhecimento, aos negócios e eventos corporativos fazem parte dos produtos que compõem estrategicamente os produtos atuais da demanda, ainda que de forma incipiente.

Por fim, vale destacar que proporcionar a ampliação dos segmentos tornará a atividade turística mais rentável, já que a linha de produto de maior representatividade "negócios e eventos" se concentra em alguns empreendimentos e em determinadas épocas do ano, enquanto que os produtos relacionados ao lazer e, até mesmo aos estudos, são capazes de aumentar e distribuir a rentabilidade do setor.

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58 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

2.2.2. Análise da Demanda Potencial

A análise da demanda turística potencial para Área Turística de Curitiba tem como objetivo estimar a quantidade de turistas que poderiam visitar seus destinos, porém, não o fazem em função de motivos diversos. Essa análise será embasada na caracterização do perfil qualitativo dos segmentos potenciais; na identificação dos elementos críticos que influenciam na tomada de decisão de consumo dos segmentos potenciais; no nível de expectativa dos diferentes seguimentos; dos hábitos de informação e compra dos segmentos; no grau de conhecimento e interesse da demanda potencial e na identificação de destinos competidores que impedem a realização do consumo por essa demanda potencial.

2.2.2.1 Estimativa quantitativa caracterização do perfil qualitativo dos segmentos

O fluxo turístico em Curitiba desde 2006 tem uma tendência de crescimento bem definida, de modo que, não havendo grandes oscilações nos determinantes econômicos da demanda turística, como preços e renda interna e externa, foi possível projetar o crescimento do fluxo turístico com base nas médias de crescimento. Para maior relevância estatística, considerou-se o fluxo médio de turistas e promoveu-se a eliminação das taxas dos anos fora da tendência histórica, de modo a obter-se uma taxa média de crescimento sem interferência de anos excepcionais, assim, obteve-se com os dados dos anos mais alinhados a tendência de crescimento, uma taxa média de 5,4% de crescimento ao ano.

A projeção do fluxo futuro de turistas na área turística foi realizada também em função da manutenção das condições médias das variáveis que afetam o crescimento do fluxo turístico, com a consideração que Renda Nacional Real crescerá em torno de 2,5% ao ano, a inflação média em torno das Metas de Inflação de 4,5% ao ano, o crescimento mundial em torno de 3,0%, manutenção da taxa de crescimento dos investimentos na promoção do Brasil no exterior pelo Ministério do Turismo e pela EMBRATUR, bem como, os investimentos nas condições de atratividade de turistas ao Estado do Paraná e à Curitiba.

Vale ressaltar que para a formulação da base de dados utilizada nessa projeção de futuro, foram também considerados dados extraídos da pesquisa de demanda apresentada no PDITS – Curitiba, Região Metropolitana e Campos Gerais, e mesmo com a utilização de diferentes indicadores para a constituição dos cálculos aplicados, o resultado final é muito semelhante nas duas projeções, apresentando uma pequena diferença na quantidade final de turistas que visitarão Curitiba em 2017.

Com base nessas orientações, a projeção dos dados da demanda atual para o futuro mostra que os municípios do Paraná e o estado de São Paulo continuarão sendo os maiores polos indutores da área turística de Curitiba. No entanto, vale destacar o aumento previsto na participação de outros estados brasileiros e de outros países, o que demonstra uma diversificação do perfil do futuro e potencial turista da área.

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59 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

TABELA 20 - PROJEÇÃO DE TURISTAS COM DESTINO À ÁREA TURÍSTICA DE CURITIBA SEGUNDA PROCEDÊNCIA (EM MILHARES) – 2006/2017

Ano Total Brasil Paraná Rio de Janeiro

Rio Grande do Sul

Santa Catarina

São Paulo Outros Estados

Outros Países

2006 2.624 2.480 1.008 110 110 354 677 220 144 2009 3.134 2.987 1.056 116 163 483 874 295 147 2010 3.410 3.220 1.291 99 126 475 916 312 190 2011 3.642 3.433 1.399 95 126 504 976 332 209 2012 3.839 3.614 1.496 89 124 528 1.027 348 226

2013 4.047 3.803 1.600 81 121 554 1.081 366 244 2014 4.267 4.003 1.711 73 118 580 1.138 384 264 2015 4.498 4.213 1.828 63 114 608 1.198 403 284 2016 4.742 4.435 1.954 52 109 637 1.260 423 307 2017 4.999 4.668 2.087 40 104 667 1.327 443 331

FONTE: Elaboração própria a partir de SETU (2011); CTUR (2008).

a) Motivações e Atividades Pretendidas

Os potencias turistas identificados pela pesquisa do Ministério do Turismo poderiam viajar motivados, principalmente, por conhecer locais com grande beleza cênica e natural (37,9%) e também em busca de praias (24,4%). Entretanto, o segundo grande bloco remete à motivações ligadas ao Turismo Cultural e ao Turismo de Estudos e Intercâmbio, conforme destaque na tabela abaixo. Motivos como conhecer a cultura local e da população (13,6%), contemplar o perfil do local (6,6%), presenciar festas populares (3,8%), apreciar a gastronomia (3,1%) e realizar atividades relacionadas à história, artes e museus (2,9%), mostram-se diretamente sintonizados aos atrativos identificados em Curitiba e apresentados no capítulo a seguir referente à Oferta Turística.

TABELA 21 - PRINCIPAL MOTIVO DE ESCOLHA DOS TURISTAS POTENCIAIS

PRINCIPAL MOTIVO DA ESCOLHA PARTICIPAÇÃO

BELEZA NATURAL/NATUREZA 37,9%

PRAIA 24,4%

CULTURA LOCAL/POPULAÇÃO 13,6%

PERFIL DO LOCAL 6,6%

REVER FAMILIA/AMIGOS 4%

FESTA POPULAR 3,8%

GASTRONOMIA 3,1%

HISTÓRIA/ARTES/MUSEUS 2,9%

OBSERVAÇÃO DA FAUNA/FLORA 0,9%

LAZER EM GERAL 0,6%

OUTRAS RESPOSTAS 2,3%

FONTE: Brasil (2010).

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60 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Além disso, outro ponto de sintonia diz respeito às atividades pretendidas pelos turistas potenciais, já que grande parte destas são compatíveis com aquelas ofertadas pela Área Turística.

TABELA 22 - ATIVIDADES PRETENDIDAS PELOS TURISTAS POTENCIAIS

ATIVIDADES PARTICIPAÇÃO

PASSEIOS PARA CONHECER PONTOS TURÍSTICOS 42,00%

IR PARA BALADA: BARES/RESTAURANTES/DISCOTECAS/BOATES 23,80%

CONHECER PRATOS E COMIDAS TÍPICAS 9,60%

ATIVIDADES CULTURAIS 6,40%

PRATICAR ATIVIDADES ESPORTIVAS 8,20%

FAZER VISITAS A PARQUES TEMÁTICOS 2,10%

FREQUENTAR PRAIAS/TOMAR SOL 3,70%

OUTRAS RESPOSTAS 4,2%

FONTE: Brasil (2010).

Considerando os dados apresentados na tabela acima, a região sul do País tem alta representatividade no despertar o desejo de realizar atividades referentes a “ir para a balada”. Ponderando tanto que Curitiba é parte relevante da região sul quanto a existência de boa oferta de bares, restaurantes e boates, pode-se dizer que há potencial a ser explorado na política de turismo de modo a valorizar as possibilidades de entretenimento da cidade.

Outro segmento importante para análise da demanda potencial diz respeito Turismo de Eventos e Negócios. Conforme quadro abaixo, Curitiba mostra sua capacidade competitiva nesse segmento, pois aparece em terceiro lugar no ranking dos destinos brasileiros preferidos para eventos e negócios.

TABELA 23 - DESTINOS PREFERIDOS ENTRE TURISTAS ESTRANGEIROS DE EVENTOS E NEGÓCIOS

Destinos Anos Var.%

2004-2010 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

São Paulo/SP 51,4 49,4 51,3 52,5 53,8 48,8 51,3 -1,0%

Rio de Janeiro/RJ 24,6 22,3 22,9 24,7 20,4 24,9 23,9 -1,0%

Curitiba/PR 5,6 5,4 4,8 5,1 4,6 3,7 4,8 -8,5%

Porto Alegre/RS 7,0 8,2 4,7 5,4 5,0 4,9 4,6 -6,5%

Belo Horizonte/SC 4,5 4,1 4,6 4,1 4,7 3,7 4,5 0,0%

Outros 6,9 10,6 11,7 8,2 11,5 14,0 10,9 58,0%

FONTE: Brasil (2010).

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61 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

b) Época de Realização de Viagem

Os dados do Ministério do Turismo indicam que as férias constituem o período de realização de viagem preferido da demanda potencial (73%) (BRASIL, 2009). Esse cenário indica que a demanda potencial não está totalmente condicionada pelo fenômeno da sazonalidade, pois os turistas apresentam predisposição para viajar tanto em alta quanto em baixa temporada.

Os dados abaixo representam, também, o comportamento de dois relevantes polos emissores de fluxo turístico para Curitiba o mercado de São Paulo e Porto Alegre, o desafio, portanto, fica a encargo da oferta turística que deve apresentar um portfólio diversificado para atrair turistas durante o ano inteiro, e das estratégias de promoção e comercialização para os feriados e finais de semana, tendo em vista a intenção de alavancar e diversificar o fluxo atual de turistas.

TABELA 24 - ÉPOCA DE REALIZAÇÃO DA VIAGEM

Quando costuma viajar % média nacional % Mercado Emissor - São

Paulo % Mercado Emissor –

Porto Alegre

Férias 73% 70,8% 73,2%

Feriados/finais de semana prolongados/recessos

47,8% 40% 45,1%

Finais de semana normais 22,9% 25% 21,1%

FONTE: Brasil (2010).

c) Permanência

A pesquisa do Ministério do Turismo demonstra ainda que o tempo de permanência médio pretendido pela demanda potencial é de 10 dias, sendo que 53% desejam realizar visitas de até uma semana e outros 32% permanecem por até quinze dias. Esse cenário pode ser benéfico para a Área Turística, pois quanto maior o tempo de permanência, mais elevados devem ser os benefícios da atividade turística haja vista os gastos com hospedagem, alimentação, lazer, etc.

TABELA 25 - TEMPO DE PERMANÊNCIA MÉDIO

TEMPO %

Até uma semana 52,90%

De uma a duas semanas 31,60%

De duas a quatro semanas 12%

Mais de um mês 0,5%

NS/NR 3,10%

Média (dias) 10,17 10,17

FONTE: Brasil (2010).

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62 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

d) Gasto Médio

Segundo dados do Ministério do Turismo, os potenciais turistas estão dispostos a gastar cerca de R$ 2.900 com a viagem (BRASIL, 2009). Na visão do público entrevistado, hospedagem e transporte são os itens com os quais mais gastariam, seguido de alimentação e passeios.

Dividindo o gasto médio de aproximadamente R$ 2.900 pelo tempo médio de permanência de quase 10 dias, verifica-se que o gasto médio do turista potencial pode chegar a R$ 290,00 por dia. Esse cenário pode ser considerado otimista tendo em vista que o gasto médio do turista que visitou o Brasil entre 2004 e 2010 foi de US$ 61 por dia (BRASIL, 2010).

TABELA 26 - GASTO MÉDIO ESTIMADO COM VIAGEM

TIPO DE GASTO R$

Gasto total 2.873,40

Hospedagem e transporte 1.248,56

Alimentação 516,13

Passeios 450,52

Presentes 329,53

Deslocamentos locais 328,66

FONTE: Brasil (2010).

e) Meios de Hospedagem

Os dados do Ministério do Turismo também apontam os meios de hospedagem preferidos da demanda potencial. Em 2009, o meio de hospedagem mais citado foi o hotel (38,9%), seguido da pousada (28,4%) que juntos representavam 67,3% do total.

TABELA 27 - MEIOS DE HOSPEDAGEM

TIPO %

Hotel 38,90%

Pousada 28,40%

Casa de amigos/familiares 20,80%

Casa alugada 8,4%

Chalé 1,8%

Outros 1,8%

FONTE: Brasil (2010).

Considerando a pesquisa divulgada pelo Ministério do Turismo em 2013, verifica-se que esses meios (hotel e pousada) são preferidos por um tipo de público específico, pois em geral são eleitos por pessoas de alta renda (mais de R$ 4.800), que apresenta mais de 35 anos, possui ensino superior completo e é majoritariamente do sexo masculino, conforme tabela seguinte.

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63 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

TABELA 28 - CARACTERÍSTICAS DO TURISTA POTENCIAL DE ACORDO COM O MEIO DE HOSPEDAGEM (%)

Características Hotel ou pousada

Residência própria

Residência alugada

Casa de parentes ou amigos

Outros

Faixa de renda

Até R$ 2.100 16,9 4,5 3,6 75 0

R$ 2.101 a R$ 4.800 48 6,3 2,1 41 2,6

R$ 4.801 a R$ 9.600 63,2 7,6 2,9 25,2 1,1

Acima de R$ 9.600 75,1 5,4 4,6 13,3 1,6 Faixa etária

Menos de 35 anos 61 1,5 6,8 27,9 2,8

35 a 44 anos 65,1 3,2 3,2 27,8 0,7

45 a 60 anos 59,4 7,3 3,5 28,1 1,7

Mais de 60 anos 65,1 7,6 2,6 23,3 1,4 Grau de Instrução

Sem instrução / primário incompleto 0 0 0 0 0

Primário completo / 1º grau incompleto 11,1 4,2 8 76,7 0

1º grau completo / 2º grau incompleto 21,7 6,7 0 71,6 0

2º grau completo / superior incompleto 55,2 3,7 2,8 37 1,3

Superior completo 70,3 6,2 3 18,9 1,6

Pós-Graduação 65,7 7,3 4,5 20,7 1,8 Gênero

Masculino 65,3 5 4,4 23,7 1,6

Feminino 58,8 7,6 2,9 29,4 1,3

FONTE: Brasil (2013).

f) Meios de Transporte

No que diz respeito aos meios de transporte, os ônibus e vans são indicados como preferidos pela demanda potencial (40,20%), seguidos dos automóveis (35,50%) e avião (24,10%).

TABELA 29 - MEIOS DE TRANSPORTE

Tipo % Automóveis 35,50% Ônibus/vans 40,20% Avião 24,10% Outros 0,20%

FONTE: Brasil (2009).

g) Modo de Viajar

Caso a viagem fosse concretizada, os potenciais turistas viajariam preferencialmente com seus cônjuges e filhos (31%), seguido de somente cônjuge (20,3%) e outros parentes (16,10%). Conforme o Ministério do Turismo, o turista potencial que prefere viajar acompanhado pode ser observado como predominante nas diversas faixas de renda, idade, grau de instrução e gênero.

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64 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

TABELA 30 - MODOS DE VIAJAR

Tipo % Cônjuge e filhos 31% Cônjuge 20,30% Outros parentes 16,10% Amigos 11,40% Sozinho 16,30% Em grupo/ pacote turístico 4,20%

FONTE: Brasil (2009).

TABELA 31 - CARACTERÍSTICAS DO TURISTA POTENCIAL DE ACORDO COM MODO DE VIAJAR (%)

Características Sozinho Acompanhado

Faixa de renda

Até R$ 2.100 22,7 77,3

R$ 2.101 a R$ 4.800 12,8 87,2

R$ 4.801 a R$ 9.600 9 91

Acima de R$ 9.600 5,1 94,9

Faixa etária

Menos de 35 anos 11,2 88,8

35 a 44 anos 4,1 95,9

45 a 60 anos 7,1 92,9

Mais de 60 anos 12,4 87,6

Grau de instrução

Sem instrução / primário incompleto 0 0

Primário completo / 1º grau incompleto 12,2 87,8

1º grau completo / 2º grau incompleto 14,9 85,1

2º grau completo / superior incompleto 13,6 86,4

Superior completo 10 90

Pós-Graduação 4,2 95,8

Gênero

Masculino 7 93

Feminino 11 89

FONTE: Brasil (2013).

2.2.2.2 Identificação de elementos críticos intervenientes na decisão de viajar

Conforme as tabelas apresentadas a seguir, pode-se deduzir que o comportamento e os hábitos de compra do turista potencial são influenciados por múltiplos fatores, dentre os quais o preço e a falta de condições financeiras são os mais significativos. Considerando esses dados, pode-se inferir que a demanda potencial da Área Turística é elástica tanto à renda do turista quanto ao preço cobrado pelos produtos turísticos. No entanto, dada a ausência de acompanhamento sistemático dos preços turísticos ou da inflação turística somente a primeira relação será explorada no ponto seguinte.

Ainda de acordo com as mesmas tabelas, os outros fatores de influência revelam que o processo de comercialização e a própria dinâmica do mercado turístico impedem o avanço

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65 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

nas vendas dos produtos turísticos domésticos, tanto de forma isolada, como integrada. Tal situação acusa a necessidade de estimulo à qualificação da gestão privada e à melhoria dos processos de comercialização desses produtos.

TABELA 32 - RAZÕES PARA NÃO VIAJAR DE ACORDO COM OS TURISTAS POTENCIAIS

RAZÕES %

Não tem condições financeiras 55,70%

Não tem interesse 23,40%

Interesse em viajar para o exterior 6,80%

Medo da violência 4,20%

Está juntando para comprar um bem 3,60%

Está desempregado/perdeu o emprego 2,60%

Por falta de tempo 2,60%

Outras respostas 1,00%

FONTE: Brasil (2009).

TABELA 33 - FATORES QUE DIFICULTAM A VENDA DO PRODUTO TURÍSTICO

RAZÕES %

Preço 27,6%

Falta de divulgação 11,1%

Qualidade no atendimento 10,1%

Falta de infraestrutura dos destinos e acessos 9,6%

Disponibilidade de voos 8,6%

Segurança 7,6%

Problemas com operadores 4,6%

Falta de preparo dos receptivos 4,0%

Câmbio baixo, facilidades e ofertas internacionais 3,6%

Concorrências entre operadores e agências de viagens 2%

Pouca oferta 2%

Situação econômica dos brasileiros 2%

FONTE: Brasil (2006).

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66 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

a) Renda versus fluxo turístico

Para demonstrar empiricamente que a demanda potencial da Área Turística é elástica à renda do turista optou-se por utilizar o método de análise de regressão8 entre a variação da Renda Nacional Bruta per capita e o fluxo turístico da AT, conforme gráfico abaixo.

GRÁFICO 15 - VARIAÇÃO DA RENDA NACIONAL BRUTA PER CAPITA E DO FLUXO TURÍSTICO DA ÁREA TURÍSTICA

8%

14% 16%

27%29%

11%

15%19%

30%

39%

2007 2008 2009 2010 2011

Var. % RNB Percapita

Var. % Fluxo Tur. Curitiba

FONTE: Elaboração própria a partir de IBGE, CTUR (2011).

NOTA: Deflator IPCA/IBGE.

Por meio desse tratamento estatístico obteve-se a seguinte função: ,

onde, conforme osparâmetros obtidos9,a Renda Nacional per capita (X) consegue determinar 87,8% do comportamento do fluxo de turistas da AT (Y). A equação também demonstra que o fluxo turístico (Y) será 2,078 o valor da Renda Nacional per capita (X).

Este coeficiente de 2,078 pode ser considerado como a elasticidade-renda do fluxo turístico da AT, revelando a alta sensibilidade deste em relação à Renda Nacional per capita, pois uma variação de 1% na Renda, provoca uma variação de 2% no fluxo turístico na mesma direção. Assim, a análise demonstra que a taxa do fluxo turístico potencial da área turística será duas vezes superior à taxa de crescimento da Renda Nacional per capita brasileira.

2.2.2.3 Nível de Expectativas

Considerando o nível de expectativa sobre padrões de qualidade mínimos que devem ser respeitados durante a experiência turística, verifica-se pela tabela abaixo que grande parte dos potenciais turistas esperam boas condições em relação a praticamente todos os aspectos relacionados a viagens. O item que apresenta o maior nível de expectativa positiva

8 A análise de regressão é uma técnica estatística comumente utilizada para modelar e investigar a relação entre

duas variáveis. 9 R múltiplo = 0,9374; R-Quadrado=0,878719; R-Quadrado ajustado=0,865243; Erro padrão=0,053953;

Observações=11.

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67 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

diz respeito as opções de lazer já que 90,4% dos turistas potenciais consideram esse item essencial, sendo relevante a percepção desse quesito na estruturação da oferta turística.

TABELA 34 - EXPECTATIVAS POSITIVAS EM RELAÇÃO AOS ASPECTOS DA VIAGEM

RAZÕES %

Opções de lazer 90,40%

Rede de restaurantes 87%

Hotéis/pousadas 85,30%

Qualidade das informações turísticas 77,70%

Quantidade de informações turísticas 77,30%

Meios de transportes 73%

Segurança para os turistas 64,30%

FONTE: Brasil (2009).

2.2.2.4 Hábitos de informação e compra

Considerando os turistas potenciais de São Paulo e Porto Alegre, relevantes mercados emissores para Curitiba, observa-se que estes planejam a viagem com antecedência de cerca de 2 meses, 55 dias e 69 dias respectivamente. Os canais mais utilizados pelos turistas potenciais para buscar informações no planejamento de uma viagem são as conversas com amigos e parentes (47,7%). O segundo canal eleito foi a internet com 30,9% das respostas, confirmando a importância desse veículo na promoção e comercialização da oferta turística. Além disso, demonstra que a facilidade na obtenção da informação, bem como o barateamento da informação permitida pelo o advento das novas tecnologias de comunicação, dentre elas a internet, ao pouco está tornando o processo de tomada de decisão sobre os destinos turísticos de maneira mais individual.

TABELA 35 - CANAIS DE INFORMAÇÕES MAIS UTILIZADOS PELA DEMANDA POTENCIAL

RAZÕES %

Parentes e amigos 47,70% 47,7%

Internet 30,90% 30,9%

Televisão 7,00% 7%

Artigos em jornais 5,10% 5,1%

Agências de turismo 4,30% 4,3%

Revistas de turismo 4,20% 4,2%

Outros 0,80% 0,8%

FONTE: Brasil (2009).

Segundo os levantamentos do Ministério do Turismo que abordam o perfil da demanda turística internacional (2006-2012), em 2012 apenas 9,9% dos turistas que visitaram o Brasil o fizeram por meio da compra de pacotes turísticos ou agência de turismo. Este dado

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demonstra, por um lado, que esses turistas são autossuficientes e, por outro lado, indica que há espaço para promover o crescimento de pacotes turísticos junto a agências e operadoras de turismo de outros estados.

Em relação ao mercado nacional São Paulo, por exemplo, maior polo emissor para Curitiba, o mercado potencial é de viajantes por conta própria, ou seja, não utilizam intermediadores na aquisição da viagem. Já o perfil dos turistas provenientes de Porto Alegre, os quais compõem uma fatia relevante do mercado da área turística, são os que mais têm interesse em consumir viagens via aquisição de pacotes turísticos, totalizando 31% (BRASIL, 2009).

TABELA 36 - CANAIS DE INFORMAÇÕES MAIS UTILIZADOS PELO TURISTA ESTRANGEIRO - BRASIL

Fontes de informação 2005 2007 2009 2011 2012

Internet 19,9% 24,4% 30,1% 32,6% 33,6%

Amigos e parentes 43,1% 38,4% 30,8% 28,5% 29,9%

Viagem corporativa 16,9% 17,9% 15,6% 18,9% 18,6%

Agência de viagens --- 8,6% 12,2% 11,4% 9,9%

Guias turísticos impressos 8,4% 5,8% 7,3% 5,3% 4,4%

Feiras, eventos e congressos --- 1,3% 1,4% 1,1% 1,7%

Folders e brochuras 1,1% 0,5% 0,3% 0,2% 0,3%

Outros 10,6% 3,1% 2,3% 2,0% 1,6%

FONTE: Brasil (2013b).

Os dados específicos para Curitiba revelaram que apenas 6,6% dos turistas internacionais que visitaram a cidade em 2012 utilizaram pacotes turísticos ou agências de viagens, o que demonstra que o visitante estrangeiro que chega a Curitiba é muito mais independente em sua escolha que a média nacional. Além disso, os dados do Ministério do Turismo também revelam que a internet foi o canal de informação com maior crescimento entre os turistas estrangeiros que visitam Curitiba. Esse cenário revela que estratégias de divulgação para a atração de turistas não pode prescindir do investimento na web, seja como um canal de marketing de divulgação da cidade de Curitiba, seja com uma ferramenta de demonstração do potencial turístico local, tanto sob os aspectos dos interesses de lazer, cultura, gastronomia, entretenimento, como também em sua infraestrutura de acolhimento para eventos de negócios, convenções e feiras.

TABELA 37 - CANAIS DE INFORMAÇÕES MAIS UTILIZADOS PELO TURISTA ESTRANGEIRO - CURITIBA

Fontes de informação 2005 2007 2009 2011 2012

Internet 22,3% 14,6% 26,9% 26,8% 33,1%

Amigos e parentes 41,7% 43,9% 35,1% 38,5% 32,7%

Viagem corporativa 24,3% 27,9% 22,1% 19,6% 21%

Agência de viagens 2,9% 3,5% 7,1% 5,8% 6,6%

Guias turísticos impressos 5% 5,7% 4,3% 5,5% 1,2%

Feiras, eventos e congressos - -% 0,8% 2% 0,9% 2,5%

Folders e brochuras -% -% -% -% 0,3%

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Outros 3,8% 3,6% 2,5% 2,9% 2,6%

FONTE: Brasil (2013b).

2.2.2.5 Grau de conhecimento e interesse da demanda potencial

De acordo com os dados do Instituto Municipal de Turismo, Curitiba é considerada como uma cidade com qualidade de vida por 38% dos turistas. Esta identificação da cidade não tem um apelo turístico direto, uma vez que a qualidade de vida é um fator construído historicamente pelo processo de planejamento urbano da cidade e sua divulgação. Entretanto, apelos para a atração de turistas à cidade de Curitiba (cultura, ecológica e turística), somam 40,8% ao todo. Assim, a visão da cidade pelos não residentes tem potencial de exploração por meio de eventos e/ou promoções relacionadas à cultura e ao meio ambiente, o que possibilita o fortalecimento de agregar valor aos atrativos turísticos existentes.

TABELA 38 - PERCEPÇÃO DO TURISTA SOBRE A CIDADE DE CURITIBA

Definição da cidade

Procedência

Excursionista Turista Geral

Paraná Brasil Paraná Brasil Países

Cidade com qualidade de vida 24,6% 41,3% 33,4% 43,0% 37,4% 38,4%

Cidade cultural 16,7% 9,9% 15,2% 10,7% 11,8% 12,5%

Cidade ecológica 19,3% 14,9% 17,5% 15,7% 26,7% 16,6%

Cidade turística 12,3% 11,6% 11,4% 11,6% 16,0% 11,7%

Cidade universitária 8,8% 4,1% 6,8% 2,0% 2,7% 4,2%

Outra 18,4% 18,2% 15,7% 16,9% 5,3% 16,6%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

FONTE: CTUR/PMC (2010).

Curitiba, com sua diversidade de atrativos e características urbanas, tem perfil similar, embora de porte menor, a destinos mais procurados e desejados para turismo urbano, como São Paulo, evidenciando que investimentos na promoção das qualidades urbanas como potencial turístico pode suscitar a atração do turista que demanda um turismo com estas características.

Um diferencial de Curitiba em relação a seus competidores é sua característica de cidade associada também a organização urbana, a quantidade e diversidade de locais de entretenimento e lazer com apelos naturais, como parques, bosques, praças, a existência de um centro histórico com atividades regulares, uma diversidade gastronômica com ênfase para os locais típicos de colonização italiana, ucraniana, polonesa, alemã entre outros, que transmite ao turista uma marca indelével das características urbanas da cidade. Essas características incentivam o turista a voltar para visitá-la outras vezes, dado comprovado pelo Ministério do Turismo (2012), que aponta para 95,7% dos turistas estrangeiros que visitaram Curitiba externaram a vontade se retornar a cidade.

Outro dado relevante em relação aos turistas potenciais refere-se a análise da qualidade dos aspectos que compõem a oferta da área turística, já que a região sul do país é reconhecida como a de melhor qualidade em relação aos meios de hospedagem, redes de

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restaurantes, segurança para os turistas, opções de lazer e meios de transporte (BRASIL, 2009).

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2.2.2.6 Identificação dos destinos competidores

Conforme analisado anteriormente, entre os principais destinos competidores da Área Turística ganham destaque os municípios de São Paulo e Rio de Janeiro no que diz respeito ao Turismo de Negócio e Eventos. Esses municípios foram identificados no estudo elaborado pela Belotur (2012) que elegeu os destinos preferidos nesse segmento, no qual Curitiba aparece em terceiro lugar, atrás justamente de São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, o município de Ribeirão Preto em São Paulo também pode ser citado já que foi eleito pelo Ministério do Turismo como “Destino Referência em Turismo de Negócios e Eventos” (BRASIL, 2013c).

No que diz respeito ao Turismo de Estudos e Intercâmbio, a Rede de Estudantes de Intercâmbio (REI) em Curitiba aponta que, por falta de atrativos naturais, Rio de Janeiro e Bahia são destinos competidores da Área Turística nesse segmento. Segundo a organização, Curitiba é eleita quando os municípios citados não possuem mais vagas, ou seja, aparece em terceiro lugar no ranking dos destinos preferidos pelos estudantes estrangeiros no Brasil. Ao mesmo tempo, São João Del Rey em Minas Gerais também pode ser apontado já que também foi mencionado como “Destino Referência em Turismo de Estudos e Intercâmbio” pelo Ministério do Turismo.

Em relação ao Turismo Cultural, são os inúmeros os destinos competidores espalhados por todo território nacional, conforme aponta o relatório “O Brasil que você procura: turismo cultural” do Ministério do Turismo que elenca os melhores destinos culturais do Brasil (BRASIL, 2013). Entretanto, devido à proximidade geográfica e outras características culturais elegeram-se somente aqueles presentes nas regiões Sul e Sudeste, tais como:Gramado/RS, Paraty/RJ10, São Paulo/SP, Ouro Preto/MG, São João Del Rey/MG, Tiradentes/MG, Paranaguá/PR, Porto Alegre/RS, Rio de Janeiro/RJ e Petrópolis/RJ.

2.2.3. Oferta Turística

2.2.3.1 Contextualização dos bens socioambientais de Curitiba

Curitiba possui uma história peculiar, quando comparada a de outros grandes centros urbanos do Brasil. Em grande parte, esta peculiaridade repousa sobre o processo de planejamento territorial, que resultou numa configuração urbana própria e em equipamentos públicos exaltados e admirados mundialmente. Tal fato não se atém à existência física dos espaços urbanos, mas também a formação deliberada de uma imagem de cidade planejada. Esta imagem foi assimilada não só pela sociedade brasileira e internacional, mas também pela própria comunidade curitibana, configurando um processo cultural contínuo de constituição da identidade de Curitiba. Assim, as relações socioculturais espontâneas – entre os moradores da cidade, entre os moradores e visitantes, e destes com os espaços vivenciados – atuam como mecanismos de renovação constante desta identidade.

Este fenômeno traz consequências para a atividade turística e, consequentemente, para seu planejamento. Dentre elas, destaca-se que a configuração territorial da cidade, reconhecida com mais intensidade em relação a determinados conjuntos urbanos, edificações e espaços

10 Vale lembrar que Paraty/RJ também foi eleito pelo Ministério do Turismo como “Destino Referência em Turismo

Cultural”.

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públicos de estar, tornou-se um dos principais atrativos para os turistas e para os curitibanos. Assim, para a atividade turística, a imagem urbana se traduz na forma de produtos turísticos estruturados, em atrativos isolados e em cenário/contexto para a atração de eventos de negócios e desportivos.

O fato apontado levantou a necessidade de se ampliar a classificação dos bens socioambientais na sua relação com a atividade turística, usualmente separados em recursos e atrativos. Especialmente para a análise do patrimônio socioambiental, sente-se a necessidade de definição de um estágio intermediário da relação do turista com os espaços vivenciados na atividade turística, resultando na inclusão da categoria “sítios de interesse turístico”. São lugares que, por formar um conjunto histórico-cultural/natural ou por serem elementos constituintes de um destes conjuntos, configuram- se como bens socioambientais importantes para a atividade turística, mas não chegam a se caracterizar como atrativos em si, por proporcionarem um nível mais reduzido de interação com os turistas. Em geral, são edificações, praças, parques e ruas que fazem parte da composição de um roteiro ou itinerário turístico exercendo o papel de contextualização ou de cenário de uma narrativa, contribuindo para (i) a interpretação daquilo que a comunidade pretende mostrar aos seus visitantes, (ii) para a continuidade da memória e da identidade cultural da cidade.

Partindo dos pressupostos conceituais do Ministério do Turismo (MTur, 2006), compreende-se que lugares não são apenas espaços físicos, mas territórios constituídos nas relações que o homem estabelece com seu ambiente. Estas relações são atravessadas por valores culturais (história, tradições, crenças, mitos, símbolos, importância econômica), a partir das quais a comunidade desenvolve um sentimento de pertença, de usuário e de guardião destes territórios (MTur, 2006). Nesta perspectiva, os ecossistemas e conjuntos naturais protegidos também se configuram como territórios impregnados de cultura, considerando inclusive que o fato de serem legalmente protegidos decorre de concepções e valores culturais.

No caso de Curitiba este raciocínio ganha força, pois, em parte pelo alto grau de urbanização que marca a cidade, os espaços naturais protegidos são caracterizados pelo alto nível de interação com a comunidade. Um exemplo emblemático deste fenômeno são os ambientes naturais protegidos aliados à história da cidade e seu processo de colonização, como o bosque do Papa, o Bosque Alemão, o parque da Barreirinha e o parque Tingui. Nesse sentido, para efeitos de análise, os ambientes naturais legalmente protegidos de Curitiba serão classificados como atrativos do segmento cultural, já que o modo como estes espaços são oferecidos aos usuários se distancia das práticas reconhecidas como ecoturismo ou turismo de aventura, geralmente atreladas ao patrimônio natural.

Tal raciocínio entra em consonância com o conceito de patrimônio socioambiental proposto pro Souza Filho (1999). O patrimônio socioambiental engloba tanto o ambiente natural como o ambiente cultural, partindo-se da premissa de que, “enquanto o patrimônio natural é a garantia de sobrevivência física da humanidade, que necessita do ecossistema – ar, água, alimentos – para viver, o patrimônio cultural é a garantia de sobrevivência social dos povos, porque é produto e testemunho de sua vida” 11. O bem socioambiental é resultado da soma do bem material, que suporta a referência cultural ou a importância ambiental, com o bem imaterial12. Assim, o bem socioambiental diz respeito ao componente material das coisas e à maneira como o homem se relaciona com elas. Dependendo de como a sociedade se

11 SOUZA FILHO, C. F. M. de. Bens Culturais e Proteção Jurídica. 2 Ed. Porto Alegre: Unidade Editorial, 1999. 12 Ibidem.

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relaciona com o bem socioambiental, ele pode se configurar como um recurso ou atrativo para a atividade turística.

Para facilitar a leitura da realidade, sem perder a compreensão de que o patrimônio socioambiental resulta do entrelaçamento das dimensões material e imaterial, natural e cultural, dividiu-se a análise em duas partes, bens culturais e bens naturais, considerando-se a preponderância das dimensões em cada um dos casos.

• BENS CULTURAIS

Em seus 320 anos de existência oficial, Curitiba acumulou uma grande quantidade de testemunhos de sua formação histórica, concretizados em edificações e conjuntos histórico-culturais localizados em diversos pontos da cidade.

No senso comum, ao se utilizar a expressão ‘histórico-cultural’, é usual a lembrança de edificações antigas, de estilos arquitetônicos característicos da vida de gerações passadas. Entretanto, os bens culturais urbanos englobam também edificações e conjuntos arquitetônicos contemporâneos que possuem importância simbólica reconhecida, constituinte da imagem e da identidade da cidade.

No caso de Curitiba, este aspecto é bastante evidente, justamente porque a imagem da cidade vem sendo trabalhada pela administração publica durante décadas, em grande parte pela implantação de mobiliários e edificações representativas da(s) imagem(ns) que se pretende veicular. Cita-se como exemplo as estações-tubo, relacionadas à imagem de uma cidade planejada, com um sistema de transporte moderno e eficaz. No mesmo rol de elementos simbólicos constituintes da imagem da cidade estão a Ópera de Arame, a Universidade Livre do Meio Ambiente, as Ruas da Cidadania, os Faróis do Saber, os parques urbanos, dentre outros.

Por outro lado, as imagens da cidade deliberadamente veiculadas e seus elementos simbólicos não surgem instantaneamente. A literatura científica (CUNHA, 2006; TORRES, 2007) aponta a relação destas imagens com acontecimentos marcantes da história de Curitiba. Exemplo disso é a elaboração e implantação do Plano Agache, resultando na construção do Centro Cívico e configuração radial das vias principais da cidade, em período anterior ao da divulgação da imagem de Curitiba como cidade planejada. Na mesma perspectiva, a construção do passeio público antecede em muitos anos a ação sistemática e planejada de implantação de parques como dispositivo de saneamento ambiental e controle de cheias. As relações entre tais fatos históricos tornam-se importante para a atividade turística na medida em que possibilitam a construção de narrativas estruturantes de produtos turísticos, elaborados a partir da imagem e da identidade da cidade.

Cabe ressaltar que várias práticas culturais ligadas aos fatos históricos exaltados pela veiculação da imagem da cidade continuam em voga, reforçando a imagem preconizada. A prática do planejamento urbano se perpetua pela articulação de ações planejadas para conservação do patrimônio histórico-cultural e revalorização do centro da cidade (FARIA, 2012), destacando-se alguns projetos do poder público integrados às ações da iniciativa privada para a requalificação do centro de Curitiba, dentre eles os programas Marco Zero e Requalificação da Área Central que se articulam com os projetos encabeçados pela sociedade civil organizada do Centro Vivo e Corredor Cultural13. Por mais que estas ações não tenham como objetivo principal o desenvolvimento do turismo, resultam na melhoria da

13 Os projetos citados serão apresentados em pormenores no item a seguir.

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qualidade do principal sítio de interesse turístico da cidade, incrementando a paisagem circundante de importantes atrativos localizados na região central de Curitiba.

Nesse sentido, os fatos e testemunhos históricos, aliados às ações contemporâneas formadoras da identidade da cidade, constituem importante subsídio para a manutenção e renovação de produtos turísticos culturais existentes e para formação de novos produtos, de modo a consolidar o segmento turístico cultural e contribuir para o desenvolvimento do turismo de negócios e eventos. Tal raciocínio explicita a importância da conservação do patrimônio histórico-cultural num destino que busca o desenvolvimento do segmento turístico cultural e, desta feita, realiza-se a seguir uma análise sintética do estado atual dos conjuntos e edificações que se destacam na formação da identidade cultural da cidade.

Conservação do Patrimônio Cultural

A análise da conservação do patrimônio cultural não pode se ater ao estado atual das edificações e conjuntos históricos, pois tal cenário vem sendo construído paulatinamente e pode se modificar no futuro. Nesse sentido, deve-se considerar o modo como a comunidade curitibana vem tratando a questão do patrimônio em seus vários momentos históricos, bem como os mecanismos institucionalizados de conservação que, de alguma forma, possam garantir a função social dos edifícios e conjuntos arquitetônicos representativos da história da região. Outra questão importante abordada neste item é a salvaguarda e o registro do patrimônio imaterial, ou seja, o fazer, as tradições, festas e costumes significativos no contexto cultural da cidade.

� Instrumentos de conservação do patrimônio cultural

O primeiro instrumento legal do município que toca a preservação do patrimônio cultural é o Plano Diretor de 1966 (lei municipal 2.828/1966), que institui, no artigo 52, a Política de Preservação e Revitalização de Setores Histórico-Tradicionais, “com a finalidade de resguardar os valores históricos e urbanos de determinadas áreas” (CURITIBA, 1966). Entretanto, apenas em 1970 é que este dispositivo do Plano Diretor foi detalhado, dando diretrizes claras e objetivas de preservação por meio do Plano de Revitalização do Setor Histórico e pela delimitação do mesmo setor pelo Decreto n° 1.160/1971.

O Plano de Revitalização tem grande importância na história e conformação da malha urbana da cidade, pois, além de recuperar o patrimônio construído da área central, compatibiliza a preservação patrimonial com uma série de intervenções urbanas necessárias, tendo em vista o crescimento da cidade (TORRES, 2007). De acordo com as diretrizes de preservação da época, os autores do plano assinalam que, apesar de não haver edificações marcantes em relação aos fatos históricos ou com características arquitetônicas peculiares, a preservação do centro histórico era válida por proporcionar uma narrativa das várias etapas da urbanização da cidade (TORRES, 2007). A preocupação deste plano é, portanto, muito focada na preservação da paisagem e da volumetria do setor histórico, fator que se institui nas políticas urbanas posteriores da cidade, que protegem outras áreas historicamente relevantes, como a Rua Riachuelo e a Rua Barão do Rio Branco. Cabe ressaltar que o plano dá grande destaque para a conjugação entre a preservação do patrimônio e o turismo, contendo em seu bojo a proposta de criação de um Instituto Municipal de Turismo, a previsão de pontos de ônibus turístico e diretrizes de uso compatível com a atividade turística.

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Outro marco legal importante na questão da preservação do patrimônio é a instituição das Unidades de Interesse de Preservação – UIPs, no formato de setor urbano, pelo decreto municipal 1547/1979. Este setor perfazia um total de 586 edificações relevantes que, por meio do decreto municipal 161/1981 passam a receber incentivo fiscal pela isenção de IPTU, desde que cumprissem as ações necessárias à preservação dos imóveis. Posteriormente, outros incentivos foram criados, com destaque para a transferência de Potencial Construtivo14. Este dispositivo está ligado a outro instrumento, as Unidades de Interesse Especial de Preservação – UIEP, que marcam as edificações contempladas com a transferência de potencial.

Em 1985, a gestão municipal dá mais um passo significativo para a política municipal de preservação do patrimônio, elaborando um plano amplo denominado “Preservação do Patrimônio Cultural: Reviver Curitiba”. Este plano é estruturado por três eixos, a saber: (i) os elementos significativos do patrimônio devem ser alvo de zoneamento, regulamentação do uso do solo, medidas urbanísticas específicas para sua manutenção; (ii) sensibilização da comunidade e dos órgãos municipais para a causa do patrimônio, bem como a qualificação profissional dos técnicos da municipalidade; (iii) viabilização de recursos financeiros para a preservação, em especial envolvendo a iniciativa privada.

Ainda em relação às ações de conservação no âmbito municipal, cabe destacar uma experiência de parceria público-privada bem sucedida, realizada em 1995, denominada de “Cores da Cidade”. Por meio deste mecanismo, foi possível recuperar a paisagem da área de entorno do Paço da Liberdade e da Rua Riachuelo. Mecanismos semelhantes envolvendo ação conjunta do poder público e iniciativa privada estão sendo implementados atualmente, descritos ao final deste item.

O Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo atualmente em vigor consolida o Setor Histórico, citado anteriormente, e institui um Setor Especial do Eixo Barão-Riachuelo, que estabelece parâmetros especiais de controle para as ruas Barão do Rio Branco e Riachuelo, considerando-se a grande concentração de UIPs na área. Cabe destacar que a Rua Riachuelo é alvo de um programa de revitalização em andamento.

Na esfera estadual, houve dois momentos importantes para a preservação do patrimônio de Curitiba: (i) em 1966 foram tombados em nível estadual uma série de edificações e conjuntos urbanos, dentre eles o antigo Paço Municipal, a Igreja da Ordem e as ruínas da Praça João Cândido; (ii) em 1977, o governo estadual realiza um levantamento do acervo arquitetônico da Região Metropolitana de Curitiba, listando 363 imóveis, muitos deles tombados posteriormente.

Atualmente, Curitiba conta com cerca de 50 edificações e praças tombadas em nível estadual, dos quais 39 estão localizados no sítio de interesse turístico da área central (Ver Mapa 01 - Atrativos, Projetos e UIPs na Região Central de Interesse). A maior parte destes imóveis faz parte do Setor Histórico e do Setor Especial Eixo Barão-Riachuelo. Porém, há alguns elementos protegidos externos a esta área, que se destacam por fazerem parte de projetos especiais previstos pela municipalidade e iniciativa privada, como o Passeio Público e o Teatro Guaíra. Além de edificações isoladas, há dois conjuntos históricos protegidos: o Centro Cívico e o conjunto da Rua Comendador Araújo, na porção próxima à Av. Batel. O Centro Cívico se encontra em região adjacente ao Setor Histórico e inclui o Museu Oscar Niemayer, que se configura como um atrativo.

14 Potencial construtivo: é o produto resultante da área do terreno pelo coeficiente de aproveitamento da zona em

que se insere. Por exemplo, um terreno de 1000 m2 em uma zona de coeficiente 2 (pode construir 2 vezes o tamanho do terreno), tem potencial construtivo de 2000 m2.

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Tanto no caso das UIPs como para os imóveis tombados no nível estadual, o mecanismo de proteção envolve a questão paisagística e, nesse sentido, as construções do entorno também são controladas em relação à volumetria e morfologia.

Quanto ao patrimônio imaterial, Curitiba não possui instrumentos formais de proteção, mas conta com uma série de ações para o registro e divulgação de costumes, saberes e tradições importantes para constituição identitária da cidade, relatadas ao final deste item.

O cruzamento das informações dos instrumentos de proteção e do sítio de interesse turístico da área central pode ser verificado no Mapa 01 - Atrativos, Projetos e UIPs na Região Central de Interesse.

Estado e uso atual do patrimônio cultural

Considerando-se o histórico de preocupação com a preservação do patrimônio cultural que marca a história de Curitiba, verifica-se que os elementos construídos e paisagísticos relevantes para a constituição identitária da cidade estão bem conservados e, em geral, vêm sendo utilizados das mais variadas formas. A conservação destes elementos não se restringe às edificações monumentais – citando-se como exemplo o Paço Municipal, o Teatro Guaíra, os palacetes ecléticos da Av. Batel – mas abrangem construções representativas do cotidiano de diversas épocas da história de Curitiba, fato que pode ser atribuído à instituição das UIPs já na década de 70.

Segundo o levantamento disponibilizado pelo IPPUC, atualmente Curitiba conta com 619 edifícios cadastrados como UIPs, dos quais pelo menos 196 passaram por processo de restauração. A partir das observações de campo, percebe-se que grande parte do restante dos imóveis, apesar de não terem sido restaurados15, encontram-se em bom estado de conservação. Faz-se uma ressalva em relação à pintura dos imóveis da área central, que estão deterioradas por pichações e atos de vandalismo.

FIGURA 1 - IMÓVEIS CADASTRADOS COMO UIP, SEM PROCESSO DE RESTAURAÇÃO, MAS EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO

FONTE: Google Maps.

Apesar da preocupação com a preservação do patrimônio e dos instrumentos decorrentes desta preocupação, verificam-se perdas significativas de elementos culturais importantes para a cultural local, fato evidenciado pelas manifestações da comunidade nos meios de comunicação. A título de exemplo, cita-se o caso da Fábrica Mate Leão, importante exemplar da arquitetura e da paisagem fabril que marcam um período histórico da cidade, a

15 O processo de restauração implica em várias ações, as quais obedecem a critérios técnicos específicos,

inclusive de pesquisa histórica, no intuito de recuperar as características mais representativas do imóvel, considerando sua trajetória histórica, ou seja, os vários momentos históricos do qual fez parte.

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qual foi demolida para dar lugar a uma igreja. O jornal de maior circulação do Paraná publica uma série de artigos explicitando fragilidades nos instrumentos municipais de proteção do patrimônio e na integração de políticas públicas, no caso, a política cultural e a política de desenvolvimento urbano. Tal fato é ilustrado pelo trecho de um dos artigos, reproduzido a seguir:

O supervisor de Planejamento do IPPUC, Ricardo Antônio Bindo, admite que a decisão sobre o destino da Matte Leão “mexeu com os nervos” de seu gabinete. Mas que se trata de um impasse antigo, sobre o qual teve de fazer uma escolha de Minerva. Desde a década de 1970, com a criação da CIC e transferência de muitas empresas do Rebouças para lá, a prefeitura passou a ver no bairro operário um ponto estratégico para o desenvolvimento do Centro. Ao pagar R$ 7 milhões a mais do que o avaliado, a Universal ficou com o terreno e com o poder de demolir a fábrica. É o que está fazendo. Incluindo a única parte que o Ippuc recomendou preservar – dois sobrados adendos, na esquina da Piquiri, com influência da arquitetura art déco. A igreja poderia usar dos benefícios dados a quem preserva. Até onde se sabe, dispensou a esmola. (GAZETA DO POVO, 2011)

A grande concentração de UIPs, em determinados espaços públicos da cidade, constitui conjuntos históricos importantes pelos aspectos histórico-paisagísticos. Isto acontece em especial na área central da cidade, com destaque para a Rua XV de Novembro, Largo da Ordem / Alto São Francisco, eixo Riachuelo - Barão do Rio Branco, Av. Marechal Floriano e Avenida Batel.

Alguns destes conjuntos históricos adquirem grande importância para a atividade turística por abrigarem atrativos turísticos, atividades de cultura e lazer e equipamentos turísticos que oferecem serviços aos visitantes. As edificações que não abrigam estes usos também possuem um papel relevante para a atividade turística por integrarem o contexto e a narrativa pela qual os atrativos são apropriados pelos turistas, fenômeno descrito mais adiante. (Ver Mapa 02 – Equipamentos Culturais e UIPs)

A Fundação Cultural de Curitiba – FCC utiliza alguns edifícios históricos para oferecer serviços de cultura e lazer, como é o caso da Casa Romário Martins, o Palacete Wolf e a Casa Hoffmann, localizados no Setor Histórico. Cabe destaque também para o Solar do Barão, localizado na Rua Carlos Cavalcanti, que abriga um centro cultural desde a década de 1980. (Ver Mapa 03 – Equipamentos Culturais na RCIT)

De acordo com técnicos da FCC, o Solar do Barão é a edificação em situação mais crítica em relação ao estado de conservação e para a adaptação às pessoas com deficiências. Apesar de já ter passado por obras de restauro, o conjunto de edifícios que compõe o centro cultural apresenta diversos problemas que indicam a necessidade de ações de manutenção. O projeto de restauro e a implantação das obras representam uma soma considerável de recursos, o que vem dificultando a conservação do equipamento.

Considerando as unidades de patrimônio integradas à paisagem da qual fazem parte, Curitiba possui uma série de programas de requalificação urbana da área central, destacando-se o Programa Marco Zero, o Corredor Cultural, o Projeto Novo Centro, a Revitalização do Passeio Público e a implantação do Bonde Elétrico. Segue-se uma breve descrição destes projetos.

O IPPUC delimitou uma área para a concentração de ações de requalificação urbana, pertencentes ao Programa Marco Zero, localizada no centro de Curitiba, englobando várias edificações e conjuntos históricos, dentre eles o Largo da Ordem, o Alto São Francisco, a

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Rua XV de Novembro e a Rua Riachuelo. Este projeto apresenta alguns objetivos que exercem impacto direto na atividade turística e na conservação do patrimônio da cidade, dentre eles:

• Ampliar e diversificar o movimento de usuários e melhorar a capacidade de atração da região central;

• Consolidar a área central como um Centro Turístico e de Lazer;

• Melhorar a qualidade do patrimônio paisagístico, histórico e cultural;

• Garantir acessibilidade aos usuários da área central.

Para se atingir estes objetivos, foram realizados alguns estudos, projetos e orçamentos com vistas a buscar financiamentos para a realização das obras. Algumas delas já estão em andamento, concretizando o efeito esperado de requalificação do espaço central da cidade, em especial as ações de pavimentação, calçadas e iluminação pública da Rua Riachuelo e São Francisco. De forma articulada, a área é objeto de dois projetos de iniciativas públicas e privadas que ultrapassam a esfera municipal: o Corredor Cultural e o Projeto Novo Centro.

O Projeto Novo Centro se articula com uma iniciativa do setor privado denominada Centro Vivo, que busca a dinamização e valorização imobiliária de uma região central da cidade. O Projeto Novo Centro, de acordo com informações do IPPUC preparadas para o PAC das Cidades Históricas, está focado atualmente na recuperação da Rua Riachuelo e Rua São Francisco, incluindo a implantação de um cinema em uma edificação histórica na esquina com a Rua Carlos Cavalcanti. Boa parte das obras já está implantada ou em processo de implantação, dotando a área de pavimentação, passeios, iluminação e mobiliários urbanos mais adequados à circulação de pedestres e à apreciação da paisagem formada pelo conjunto de edificações históricas. Além da revitalização desta área, foram previstos a requalificação de praças, a reciclagem da antiga oficina da Rede Ferroviária Federal - RFFSA, localizada ao lado do terminal rodoferroviário, e a recuperação de edificações ao longo do Corredor Cultural.

O Projeto Centro Vivo “surgiu em 2004 e foi criado com o propósito de facilitar a comunicação entre o poder público e os empresários da região, e principalmente para transformar o centro em um grande Condomínio Comercial, Turístico e Cultural a céu aberto, atendendo às principais reivindicações dos empresários e moradores” (CENTRO VIVO, 2012). De acordo com Faria (2012), o projeto visa transformar o centro em um espaço de moradia, encontro, compras e lazer que propicie “um considerável crescimento na circulação de consumidores de bens e serviços e um consequente aumento no fluxo de capital, gerando novos empregos e riqueza para nossa cidade” (CENTRO VIVO, 2006, p.19).

O Corredor Cultural é um projeto que vem sendo realizado em parceria entre a UFPR, Prefeitura Municipal de Curitiba e Associação Comercial, mas que carece de documento oficial explicando seus objetivos e ações. De acordo com informações disponibilizadas na mídia, o projeto liga os Campi centrais da UFPR, iniciando-se na Reitoria, passando pelo prédio histórico da Praça Santos Andrade e terminando no novo Campus do Rebouças, localizado entre a Rua João Negrão e o Shopping Estação. Neste percurso deverão ser incentivadas a instalação de usos relacionados à cultura e a requalificação das atividades de comércio. Os Edifícios da UFPR, da Reitoria e Praça Santos Andrade, deverão abrigar atividades culturais voltadas para a comunidade, algo de deverá acontecer também com a antiga agência central do Correio, localizada na Rua João Negrão. O corredor já possui

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alguns equipamentos culturais públicos e privados, como o teatro Guaíra, o teatro da Caixa Econômica e a Capela Santa Maria (antiga capela restaurada e adaptada para se tornar uma sala de concertos musicais).

O Passeio Público foi, durante muito tempo, o único parque urbano de Curitiba. Sua implantação aconteceu no final do século XIX e possui características marcantes do paisagismo da época, integrante do movimento da arquitetura eclética. A importância da sua marca arquitetônica é reconhecida pelo tombamento do portal do parque, uma réplica do portal de um cemitério parisiense, também do século XIX. Atualmente, o parque é pouco valorizado pelos moradores de Curitiba e pelos visitantes, fato decorrente da degradação de suas estruturas, falta de segurança e falta de renovação dos seus atrativos. No sentido de reverter este cenário, o IPPUC elaborou um plano de revitalização para o parque, aproveitando alguns usos tradicionais da área. Como parque urbano, foi durante muito tempo um espaço de lazer dos moradores da região e, nesta perspectiva, propõe-se um jardim temático de paz e tranquilidade, plantando-se ervas utilizadas para chá e construindo-se uma casa de chá numa das zonas do parque. Também se prevê a implantação de um museu de história natural, equipamentos para shows e atividades de recreação e um espaço lúdico para contar a história do estado e da cidade. Com relação a este último tema, cabe considerar que, devido à tradição e imagem de Curitiba ligada ao planejamento urbano, a ideia de um atrativo referente à temática da cidade poderia ser explorada mais profundamente. Com a implantação deste projeto há uma tendência de dinamização da área e oferta de novos atrativos que poderão ser incluídos em produtos turísticos do segmento cultural ou atuar de forma complementar em produtos do segmento de eventos. Deve-se ressaltar que as características históricas do parque, além de serem importante testemunho da formação da identidade da cidade, conferem atratividade ao espaço. Nesse sentido, o projeto deve tomar o cuidado de se compatibilizar e ressaltar o caráter histórico cultural de seu paisagismo. A importância do Passeio Público como atrativo para a região também é abordada pelo PDITS da Região Metropolitana de Curitiba, que já prevê a dotação de recursos para a implementação de ações de revitalização do parque.

O projeto de implantação de um bonde turístico tem “como objetivo colocar novamente em circulação antigos bondes que serviram como transporte coletivo no início do século XX, agora com o cunho de atrativo turístico, cultural e de resgate da memória da cidade”. (IPPUC, 2012). O itinerário do bonde deve contribuir para a revalorização da área central, incluindo as atividades comerciais e de serviços, ligando a antiga garagem dos bondes, localizada na Praça Ouvidor Pardinho, ao Passeio Público, com paradas na Praça Santos Andrade, Rua XV de Novembro, Paço Municipal e Centro de Convenções do Estado. Utilizando os antigos bondes que circulavam na cidade, o projeto tende a se transformar num atrativo turístico, contribuindo para o desenvolvimento da atividade no município, além de integrar pontos de visitação.

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FIGURA 2 - PERFIL DA RUA BARÃO DO RIO BRANCO COM A IMPLANTAÇÃO DO BONDE TURÍSTICO

FONTE: IPPUC, 2012.

Muitas edificações de interesse histórico-cultural são utilizadas para fins públicos, especialmente culturais. Além dos equipamentos da FCC citados anteriormente, cabe destacar, no sítio de interesse turístico central, o Memorial da Cidade, localizado no Largo da Ordem. Inaugurado em 1996, o Memorial de Curitiba tem por objetivo abrigar exposições e eventos ligados à história e cultura da cidade, na forma de atividades culturais múltiplas, incluindo exposições, apresentações cênicas e musicais. É composto de diversas salas, que possibilitam exposições permanentes e temporárias, recebendo principalmente fluxos de visitantes locais. Apesar desse uso, é possível afirmar que há potencial para qualificação da atratividade das atividades culturais realizadas no equipamento, além da necessidade de revisão das estruturas físicas no sentido de abrigar exposições e eventos oferecendo melhor qualidade técnica. Ressalta-se que as atividades deste espaço cultural são concebidas e divulgadas para o público local, denotando a necessidade de adaptações para servir aos visitantes. Contribuindo para isso, a FCC já tem programado a produção e distribuição de material de divulgação específico para agências de receptivo e emissivo, incluindo um calendário das atividades culturais do município.

Dentre os espaços geridos pela esfera estadual, tornam-se relevantes a Casa Andrade Murici, o Museu de Arte Contemporânea, o Museu Paranaense, o Museu da Imagem e do Som e o Museu Alfredo Andersen, testemunhos da arquitetura eclética, abrigam exposições permanentes e temporárias, acervos de obras artísticas relevantes e oficinas voltadas para a comunidade; o teatro Guaíra e a Biblioteca Pública, ambas exemplares de arquitetura moderna. Estes espaços possuem uma programação diversificada que pode se tornar atrativa para os moradores e visitantes, entretanto, há potencial para a incorporação de atividades de maior interação com o público, inclusive oficinas culturais, como já acontece no Museu Alfredo Andersen. Neste aspecto, destaca-se o Museu Oscar Niemeyer, que tem oferecido exposições temporárias de grande atratividade para os moradores e visitantes,

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além do próprio conjunto edificado, que chama atenção pelo traço sui generis do arquiteto Oscar Niemeyer.

A comparação da programação e estrutura do Museu Oscar Niemeyer com os outros espaços culturais da cidade revela que (i) há deficiência na adequação das atividades culturais para recepção de visitantes, especialmente estrangeiros e (ii) há um potencial subutilizado de oferta de atividades atrativas para a comunidade e turistas. Cabe ressaltar que, de acordo com técnicos da gestão cultural municipal, a FCC tem como foco principal a oferta de serviços culturais para a população local, nesse sentido conclui-se que e a adequação para visitantes fica em segundo plano, geralmente sacrificada pela escassez de verbas e pessoal especializado. Nesse sentido, verifica-se a necessidade de fortalecer a integração entre a FCC e a CTUR.

O Patrimônio Imaterial

De acordo com a UNESCO, define-se como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural" (IPHAN, 2012). Ao criar uma política de salvaguarda do patrimônio imaterial, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN ressalta que, na realidade, a divisão entre patrimônio material e imaterial é falsa (IPHAN, 2010). De um lado, os costumes, tradições e expressões comportam uma dimensão tangível, deixando marcas nos lugares em que ocorrem e, por outro lado, os bens materiais só adquirem o status de patrimônio porque se constituem numa rede de significações e referências culturais, muitas vezes expressas em costumes, saberes, fazeres e tradições. Contudo, a classificação “patrimônio imaterial” é introduzida como uma política nacional de proteger referências culturais importantes para a cultura humana nas diversas esferas.

Apesar da ideia de proteger os aspectos intangíveis da cultura brasileira estar presente nas primeiras ações sistemáticas de preservação cultural, no início do século XX, os instrumentos de salvaguarda do patrimônio imaterial e sua efetivação são muito mais recentes do que seus correlatos do patrimônio material. A salvaguarda do patrimônio imaterial tem por objetivo viabilizar as “condições de sua produção e reprodução, tais como: a documentação do bem, com vistas a preservar sua memória; a transmissão de conhecimentos e competências; o acesso às matérias primas e demais insumos necessários à sua produção; o apoio e fomento à produção e ao consumo; a sua valorização e difusão junto à sociedade; e, principalmente, esforços no sentido de que os detentores desses bens assumam a posição de protagonistas na preservação de seu patrimônio cultural” (IPHAN, 2010, p. 18). São três os instrumentos básicos de salvaguarda: os mapeamentos e inventários de referências culturais; o registro; os planos e ações de salvaguarda.

No Paraná, o IPHAN vem realizando inventários de referências culturais em algumas localidades, como a Lapa e Paranaguá, mas Curitiba ainda não foi alvo deste tipo de ação até o momento. Pelo levantamento realizado pelo mesmo órgão, até 2010 havia apenas duas ações de identificação e reconhecimento catalogadas pelo IPHAN que envolviam a cidade de Curitiba: um projeto de resgate da cultura cigana, denominado “Ciganos: realidades e anseios”, e uma ação de apoio e fomento à cultura popular sobre o artesanato com material reciclado de Efigênia Rolim e Hélio Leites.

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Em nível municipal, até o momento não há uma política pública formalizada específica para a salvaguarda do patrimônio imaterial. Entretanto, há uma lei que trata do patrimônio cultural, incluindo o patrimônio imaterial, em trâmite de aprovação, Além disso, existe a documentação de costumes, tradições e saberes da cultura popular curitibana, realizada predominantemente por meio da lei municipal de Incentivo à Cultura16. Além de iniciativas de pesquisadores, artistas e entidades da sociedade civil, a FCC também submete alguns projetos e realiza pesquisas relacionadas ao patrimônio imaterial da cidade. Em geral, o resultado destes projetos são publicações e exposições, algumas incorporadas nos produtos oferecidos pela FCC. Cita-se como exemplo o levantamento das religiões de matrizes africanas em Curitiba, o registro do fazer de mestres artífices curitibanos e um projeto que une a questão histórica e de meio ambiente em torno do rio Belém.

O problema encontrado com relação a esta dinâmica centra-se no fato de não haver uma sistematização geral do patrimônio imaterial da cidade, bem como um mecanismo de priorização do que deve ser documentado e salvaguardado por meio dos instrumentos acima citados. Relacionado a este problema, destaca-se a falta de ações de manutenção das condições de produção e reprodução dos fazeres e saberes importantes para a cultura da cidade. A municipalidade mostra uma preocupação em relação a esta problemática, pois, recentemente, a FCC vem realizando em conjunto com o IPPUC um mapeamento dos bens imateriais da cidade, mas sem a preocupação de relacionar a ação ao uso voltado à atividade turística.

Além da Lei de Incentivo à Cultura, há algumas ações da FCC que incentivam a manutenção e desenvolvimento do patrimônio imaterial da cidade. Dentre elas destaca-se a criação da Gibiteca do Solar do Barão. Segundo o arquiteto Key Imaguire, a Gibiteca de Curitiba é a primeira do Brasil (CURITIBA, 2012). Esta iniciativa alia a proteção de patrimônio imaterial, por meio de seu acervo de mais de 30 mil exemplares, ao tratamento do patrimônio imaterial, por meio da documentação do cartunismo no Brasil pela promoção de oficinas especializadas. A originalidade e o sucesso da Gibiteca resultaram na organização da Gibicon, evento de âmbito nacional voltado para profissionais e apreciadores da arte. O evento vem crescendo rapidamente, com um aumento de 50% dos participantes entre as duas primeiras edições, conformando-se como um potencial dinamizador da atividade turística da cidade.

Na mesma perspectiva, ressalta-se que há um grande potencial de aproveitamento dos estudos e pesquisas sobre o patrimônio imaterial da cidade para a conformação de novos produtos turísticos, ou de incremento da atratividade dos espaços culturais já implantados na cidade. Confere-se um destaque às personalidades artísticas que marcam a cultura curitibana, como Paulo Leminski, Dalton Trevisan e Poty Lazzarotto, que são reconhecidos nacionalmente, mas possuem pouca visibilidade nas atividades turísticas da cidade.

Ainda com relação à proteção do patrimônio, cabe destacar que, a partir da preocupação de reforçar os mecanismos de preservação patrimonial, a prefeitura de Curitiba vem formulando um projeto de lei específica para o assunto, abarcando os bens culturais materiais e imateriais.

16 A Lei de Incentivo à Cultura foi promulgada em 1991 e revista em 2005. Institui um mecanismo pelo qual

empresas podem apoiar financeiramente projetos culturais e com base na renúncia fiscal pela Prefeitura de Curitiba de até 2% da arrecadação de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviços (ISS). Há um processo para o projeto ser apoiado, passando pela aprovação de uma comissão formada por representantes de diversas áreas da sociedade civil relacionadas ao tema da cultura.

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• Bens Naturais

O patrimônio natural é composto meio físico e biótico, que em sua forma mais completa pode ser entendido como sendo composto pela natureza e modificações nela introduzidas pelo ser humano. Diante disso, o meio ambiente natural é composto por elementos que existem independentes da ação do homem. Já o meio ambiente cultural é aquele consequente das ações, interações e relações do ser humano e, apesar dos limites entre o ambiente natural e o cultural tornarem-se a cada dia menos evidentes, ainda se configuram como duas formas de apreensão da realidade. Entretanto, devem ser tratados de forma integrada para a manutenção do equilíbrio sinérgico da relação ser humano e natureza.

Espaços verdes, os rios, o solo e o ar são considerados bens naturais valiosos para a manutenção da qualidade de vida das cidades. Assim, conservar a natureza e o equilíbrio ambiental nos remanescentes do patrimônio natural no meio urbano é hoje um dos grandes desafios da administração pública municipal e tarefa essencial para garantir o convívio saudável dos munícipes com sua cidade. A preservação do patrimônio natural e cultural é imprescindível para a manutenção do equilíbrio ambiental.

As questões decorrentes destes pressupostos, bem como a descrição dos bens naturais valorizados pela comunidade curitibana, são tratadas no item “Análise dos Aspectos Socioambientais”.

• Conjuntos Turísticos

Os Conjuntos Turísticos são uma forma de organizar a oferta de atrativos e serviços voltados para o turismo, com o intuito de potencializar o seu impacto no desenvolvimento da atividade turística em Curitiba. Estes conjuntos podem ser definidos por uma concentração de oferta de atrativos, equipamentos e serviços numa determinada porção da cidade, como é o caso da área central, ou pela forma como estes elementos são organizados para o usufruto por parte dos turistas e comunidade local.

Considerando-se que esta organização envolve o modo como os visitantes interagem com a cidade e com o que ela tem a oferecer, a análise leva em conta os discursos e narrativas que perpassam o imaginário e as trocas entre turistas e comunidade. Compreende-se discurso como dispositivos-atos, ou seja, não só palavra, mas ações e posicionamentos pelos quais se dá o fenômeno de reconhecimento – algo que se torna conhecido em sua repetição cotidiana, e acaba ofuscando outras possibilidades de entendimento sobre aquilo que é reconhecido (GUIRADO, 2010). No caso do turismo, a cidade, os atrativos, os serviços são perpassados por discursos que levam a comunidade e o visitante a reconhecer o destino de uma determinada maneira, incluindo a forma como se lê o espaço, de apropriação e constituição da história e cultura local. As narrativas são dispositivos de interpretação do patrimônio17 oferecidos pelos agentes da comunidade e da atividade turística local. Em geral, ao se estruturar um produto, um roteiro ou um circuito turístico, há uma narrativa que dá sentido ao conjunto de atrativos e serviços oferecidos ao visitante. Cabe ressaltar que os discursos não são deliberadamente criados para receber turistas, mas são constituídos e constitutivos do modo como os moradores e visitantes se relacionam entre si e com o espaço em que vive cotidianamente.

17 De acordo com Murta e Goodey (2002), interpretação do patrimônio no contexto do turismo “é o processo de

acrescentar valor à experiência do visitante, por meio do fornecimento de informações e representações que realcem a história e as características culturais e ambientais de um lugar”.

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Nesta perspectiva, os discursos e narrativas relacionados à atividade turística são elementos fundamentais para a definição dos conjuntos turísticos, juntamente com seus elementos constituintes: os atrativos, a paisagem, os equipamentos e serviços turísticos.

A partir do levantamento das informações de oferta de atrativos, equipamentos e serviços turísticos, estabeleceram-se três conjuntos turísticos, a saber:

• Sítio de Interesse Turístico da Área Central, • Circuito da Linha Turismo, • Áreas Geográficas de Interesse Gastronômico.

Cabe destacar que foram levantados outros elementos (atrativos, equipamentos e serviços) que não integram os conjuntos definidos, mas que podem ser incluídos posteriormente, conforme o desenvolvimento dos produtos turísticos. No momento, esta integração não se mostra viável pelo seu isolamento, questões de deslocamento, atratividade mais reduzida e despreparo para a recepção de visitantes.

• Sítio de Interesse Turística da Área Central

A delimitação do Sítio de Interesse Turístico da Área Central decorre da presença de um número significativo de atrativos turísticos, aliados ao fato de se configurar como a principal concentração de equipamentos e serviços turísticos da cidade, em especial os meios de alimentação, hospedagem e facilidades para a realização de eventos18.

Outro critério utilizado na definição deste sítio foi a Carta Consulta elaborada pela administração municipal e endereçada à Comissão de Financiamentos Externos do PRODETUR (Ver Mapa 04 – Curta Curitiba a Pé). Este trabalho, anterior à contratação do PDITS, define preliminarmente uma série de investimentos necessários para alavancar o desenvolvimento turístico do destino, baseando-se nos atrativos existentes e em recursos com potencial de estruturação de novos produtos. Este documento contempla a demarcação de uma área de circulação de pedestres que coincide em grande parte com o rebatimento territorial dos critérios utilizados para a conformação do Sítio de Interesse Turístico da Área Central. Ressalta-se que a carta consulta integra o discurso institucional do turismo em Curitiba e, nesse sentido, tem grande importância para a análise e proposições integrantes do PDITS.

A área central da cidade é também marcada pela grande concentração de edificações e conjuntos históricos, testemunhos importantes da história e cultura da cidade, configurando-se como um recurso para o desenvolvimento da atividade turística. Estes espaços, protegidos institucionalmente na figura de UIPs ou de tombamento estadual, configuram-se como atrativos turísticos, citando como exemplo a casa Romário Martins, um exemplar do período colonial utilizado como museu histórico. Na mesma perspectiva, chama-se a atenção que uma grande parte das edificações históricas localizadas nesta área adquirem importância para a atividade turística pela conformação paisagística que contextualiza estes atrativos e constitui a narrativa na qual eles se inserem. Este efeito diz respeito não apenas aos atrativos, mas também aos serviços, equipamentos culturais e de eventos, fato que possibilita a inter-relação de segmentos turísticos. A título de exemplo, o Centro de

18 Apesar da grande concentração de hotéis na região, destaca-se que a área central apresenta uma demanda

reprimida bastante significativa para a instalação de espaços para eventos, especialmente os de grande porte. Os aspectos relacionados à oferta de serviços serão detalhados no item respectivo que trata dos equipamentos e serviços de eventos, neste mesmo capítulo.

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Convenções de Curitiba se localiza no Eixo Barão-Riachuelo, citado no item anterior, caracterizado por uma paisagem novecentista, com uma grande quantidade de edifícios ecléticos de extrema beleza, alguns ocupados por hotéis e restaurantes. Apesar de vir com o objetivo principal de participar de um evento, o turista tem a possibilidade de usufruir da paisagem, atrativos e equipamentos do segmento cultural. O mesmo acontece com os eventos esportivos, quando, em muitos deles, os conjuntos históricos e culturais configuram-se como cenários para as competições e práticas desportivas. Desta forma, abre-se também a possibilidade de estruturação de produtos turísticos culturais complementares aos segmentos de eventos de esporte. Entretanto, destaca-se que, a partir das informações de pesquisas de demanda turística e do trabalho de campo, verifica-se a integração entre os produtos dos diversos segmentos não se efetiva de fato.

Este Sítio Turístico também é reforçado pelo fato de, pela sua centralidade, dar acesso a outros “Ícones do Turismo Curitibano”19, em especial pelo circuito de ônibus da Linha Turismo, tratado a seguir.

Como evidenciado no item anterior, o sítio de interesse turístico da área central é alvo de uma grande quantidade de projetos especiais que tem como objetivo a requalificação e valorização dos espaços centrais da cidade, mas que produzirão um efeito positivo considerável no desenvolvimento da atividade turística de Curitiba (Ver Mapa 01 – Atrativos, Projetos e UIPs na Região Central de Interesse). Grande parte destes projetos já possuem objetivos específicos ligados ao turismo e, quando visualizados de forma integrada, abrem a possibilidade de sofisticação de produtos existentes e criação de novos produtos turísticos. Como é possível observar no Mapa Atrativos, Projetos e UIPs na Região Central de Interesse (apresentado anteriormente), os projetos formam dois eixos que interligam os atrativos da área central:

(i) O eixo Barão-Riachuelo, alvo do bonde turístico, articulável a porção sul do Corredor Cultural e ao complexo da rodoferroviária. Este eixo tende a se estender até o Museu Oscar Niemeyer, passando pelo Centro Cívico, sendo reforçado pela Rambla da Av. Cândido de Abreu. 20

(ii) O eixo Rua XV de Novembro – Porção leste do Corredor Cultural que, além da Rua das Flores, ícone consolidado da imagem curitibana, já abriga e deverá ampliar as opções de espaços culturais, com destaque ao Teatro Guaíra, ao prédio histórico da UFPR e antiga Agência Central do Correio, que deverão se transformar em centros culturais.

No encontro destes eixos localizam-se atrativos importantes, como o Paço da Liberdade, o Largo da Ordem (Casa Romário Martins, Memorial de Curitiba, dentre outros), cabendo destaque ao Passeio Público que, a partir do projeto de revitalização, deverá ter sua atratividade ampliada significativamente.

Analisando-se os discursos que perpassam os projetos citados e os ícones do turismo curitibano, articulados à história e à construção identitária da cidade nas últimas décadas, verifica-se que urbanidade21 e planejamento urbano se configuram como um mote para

19 Termo utilizado na Carta Consulta para a COFIEX para denominar os principais atrativos da cidade e símbolos

da identidade curitibana. 20 O Projeto da Rambla da Candido de Abreu, integrante do Programa Novo Centro, pretende criar uma ampla

área de pedestres ligando a Praça 19 de Dezembro ao Centro Cívico. 21 De acordo com Houaiss (2012), urbanidade se refere à condição de ser urbano e ao conjunto de

procedimentos e costumes que demonstram civilidade, bom convívio e respeito entre cidadãos. Renato Saboya aprofunda o conceito trazendo quatro componentes do termo: muitas pessoas utilizando espaços públicos;

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estruturação do discurso turístico e das narrativas que constituem os produtos turísticos da cidade. Muitas vezes, as ações de planejamento da administração pública acabam se tornando atrativos, como o calçadão da Rua das Flores, que pode ter sua atratividade ampliada pela história de sua implantação e a ligação com a história da urbanização no Brasil. A literatura científica também reforça esta afirmação, evidenciando a ligação histórica do planejamento urbano com a atividade turística (TORRES, 2007; PACE. 2011).

Um exemplo de como o discurso do planejamento urbano pode estruturar narrativas nos produtos turísticos é verificado no produto estruturado pela administração municipal denominado “Curta Curitiba a Pé”, que articula uma série de atrativos localizados no centro da cidade (Ver Mapa 05 – Linha Turismo e Atrativos). No texto introdutório do material interpretativo do circuito, conta-se brevemente a trajetória histórica da cidade marcando-se os planos urbanos realizados nos diversos momentos históricos, como o plano de Pierre Taulois, de Alfred Agache, o Plano Serete, dentre outros. Por outro lado, ao se tratar de cada atrativo ou monumento especificamente a narrativa passa a ser fragmentada e aproveita pouco a possibilidade de articulação da história da cidade permeada pelo planejamento urbano. O mesmo fenômeno acontece com outros produtos turísticos culturais, que não aproveitam o discurso do planejamento urbano como forma de reforçar o produto e o destino.

Analisando-se o Sítio da Área Central em relação aos atrativos de maior visitação (Análise da Demanda Atual), percebe-se que são poucos atrativos de alta relevância que se localizam no centro da cidade. Entretanto, o sítio ganha força pela grande quantidade de recursos e pequenos atrativos, conformando uma rede de espaços usufruíveis pelos visitantes de moradores da cidade.

Por fim, os aspectos analisados até o momento levam a conclusão de que o conjunto de edificações históricas da área central de Curitiba está adequado à atividade turística, destacando-se: o bom estado de conservação do patrimônio cultural; a utilização deste patrimônio por uma série de equipamentos culturais e as condições adequadas de circulação de pedestres. Nesta perspectiva os projetos de requalificação urbana tendem a incrementar significativamente a atratividade do Sítio e dos atrativos que nele se localizam, contribuindo para a consolidação da vocação de Curitiba para o segmento cultural. Por outro lado, apesar de uma quantidade considerável de equipamentos culturais na área, suas atividades não são adequadas para a recepção de turistas, especialmente estrangeiros, possuem pouca visibilidade e capacidade de entretenimento para visitantes e até mesmo para os moradores da cidade.

• Linha Turismo

A Linha Turismo é um produto institucional oferecido aos turistas que desejam conhecer os principais ícones da cidade. Este produto se configura como um importante conjunto turístico por interligar atrativos de alta relevância por meio de um itinerário, realizado por ônibus adaptados à apreciação da paisagem, com grande potencial para criação de narrativas que facilitam a interpretação do patrimônio por parte do visitante (Ver Mapa 06 – Serviços de Alimentação de Interesse Turístico e Áreas de Interesse Gastronômico). A linha circula a cada 30 minutos, percorrendo aproximadamente 44 km em cerca de 2 horas e

diversidade de perfis dos usuários destes espaços; alta interação entre espaços públicos abertos e espaços fechados; interação em grupos e diversidade de modos de transporte e deslocamento. Neste sentido, Curitiba vem realizando ações nas últimas décadas que incrementam e sofisticam as possibilidades de deslocamento, utilização de espaços públicos e incentivo às interações grupais.

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meia. O roteiro começa na Praça Tiradentes, mas é possível iniciar o trajeto em qualquer um dos demais 25 pontos do itinerário. Para embarcar, o turista compra uma cartela com 5 tíquetes, ao valor de R$ 27,00, e tem direito a 4 reembarques. Em 2012, a linha chegou a transportar em torno de 134.000 passageiros mensais22.

No dia 01 de dezembro de 1990, foi inaugurada, na cidade de Curitiba, a Linha Pro Parque, cujo objetivo era permitir à própria população curitibana acesso mais facilitado entre o centro e os parques da cidade. A Linha Pro Parque foi mais um exemplo do estímulo dado na cidade ao bem estar de sua população, tornando-se um benefício também aos turistas.

A partir da experiência bem sucedida, no dia 09 de julho de 1994, foi inaugurada, na Praça Tiradentes, em frente à Catedral, a Linha Turismo, que tinha como foco proporcionar ao turista e ao próprio curitibano um transporte regular, entre os principais pontos de interesse da cidade.

A partir de 2005, a Linha Turismo passou a ser coordenada pelo Instituto Municipal de Turismo - Curitiba Turismo e gerenciada pela URBS - Urbanização de Curitiba S.A. O trajeto passou a contar com vinte e cinco pontos de interesse, permitindo um embarque e quatro reembarques. No trajeto foram acrescentados os pontos de interesse conforme a inauguração de novos atrativos ou então, diante da necessidade constatada pelos passageiros.

O atendimento em alta temporada é diário, com saídas regulares a cada 30 minutos, das 9h às 17h30. Já nos demais meses do ano, de terça-feira a domingo, no mesmo horário. Portanto, não há operação da linha de ônibus especial às segundas-feiras (exceto nos meses de alta temporada – em datas determinadas), reservada à manutenção dos ônibus.

Em novembro de 2008, a Linha Turismo ganha um novo modelo de ônibus, o double-decker, com piso superior ao ar livre. Com capacidade total para 67 pessoas, os novos veículos têm 55 assentos no segundo piso, equipados com cinto de segurança, não sendo permitido viajar em pé. O piso inferior tem 12 poltronas, duas delas com largura maior que o padrão. Também há espaço reservado e adaptado para cadeirantes, com trava de roda e cinto de segurança, sendo que a área também pode ser usada por deficientes visuais acompanhados de cão-guia.

O sistema de som é digital, inclusive no deque superior, e transmite as informações sobre os pontos turísticos em três idiomas (inglês, espanhol e português).

O trajeto da Linha Turismo conta com 25 pontos de parada:

1. Praça Tiradentes;

2. Rua das Flores;

3. Rua 24 Horas;

4. Museu Ferroviário;

5. Teatro Paiol;

6. Jardim Botânico;

7. Rodoferroviária / Mercado Municipal / Mercado de Orgânico;

8. Teatro Guairá / Universidade Federal do Paraná;

22 Mais informações sobre infraestrutura e o carregamento da linha podem ser conferidas no item XX (transporte).

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9. Paço da Liberdade;

10. Passeio Público / Memorial Árabe;

11. Centro Cívico;

12. Museu Oscar Niemeyer;

13. Bosque do Papa;

14. Bosque Alemão;

15. Universidade Livre do Meio Ambiente – UNILIVRE;

16. Parque São Lourenço;

17. Ópera de Arame / Pedreira Paulo Leminski;

18. Parque Tanguá;

19. Parque Tingui;

20. Memorial Ucraniano;

21. Portal Italiano (Santa Felicidade);

22. Santa Felicidade;

23. Parque Barigui;

24. Torre Panorâmica;

25. Setor Histórico.

Neste sentido, a Linha Turismo é um serviço oferecido pela Prefeitura que funciona como um grande facilitador para o visitante. É o ponto de partida para que ele tenha uma visão geral da cidade e, depois, dedique mais tempo para explorar os locais que mais interessam. Seguindo a lógica pontuada anteriormente, este conjunto articula atrativos a duas temáticas fundadoras da identidade curitibana: a da cidade planejada e a da diversidade étnica.

A temática da cidade planejada inclui atrativos relacionados especialmente a algumas fases do planejamento da cidade: (i) a do bicentenário do Paraná, quando a capital recebe investimentos colocando em execução o Plano Agache e conferindo um caráter de modernidade à cidade (atrativos como o Teatro Guaíra e o Centro Cívico); (ii) a da implantação do Plano Diretor da década de 1960, forte impulsionador da imagem da cidade, incluindo atrativos como a Rua das Flores e o Teatro Paiol; (iii) a fase da renovação da imagem de Curitiba ocorrida na década de 1990, quando foram construídas algumas edificações de grande impacto visual, tais como a Ópera de Arame, a Universidade Livre do Meio Ambiente e o Jardim Botânico.

A linha interpretativa da diversidade étnica está relacionada à história da colonização da cidade por imigrantes de povos da Europa, Ásia e África. Representando estes fatos históricos, implantam-se portais e memoriais em locais estratégicos da cidade, marcando a presença de tais imigrantes. Vários destes memoriais integram os atrativos da linha turismo, articulados, em geral, aos parques.

Os parques, que conformam grande parte do roteiro da Linha Turismo, estão relacionados a ambas as temáticas, tanto das etnias, como da cidade planejada. Da mesma forma que as edificações citadas anteriormente, os parques foram implantados, dentre outros objetivos, como uma forma de movimentar o processo identitário da cidade. Dentre os parques

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integrantes do roteiro da Linha Turismo, destacam-se o Parque Tinguí/Memorial Ucraniano, e o Bosque Alemão, ligados à questão étnica, e o Passeio Público, O Jardim Botânico e o Tanguá, relacionados à questão do planejamento urbano.

Ainda com relação a questão dos atrativos relacionados à história de colonização da cidade, cabe ressaltar que, das principais etnias constituintes da identidade curitibana, os italianos, portugueses, africanos e, mais recentemente, chineses, não possuem espaço de interpretação e interatividade específico. Dentre estes, destaca-se a possibilidade de criação de um memorial italiano, considerando-se a importância e visibilidade do bairro de Santa Felicidade para a atividade turística municipal, aliado ao fato de existir conjuntos e edifícios históricos no bairro sem utilização e com demanda para obras de restauração e conservação.

Além dos atrativos consolidados pela Linha Turismo, há a possibilidade de inclusão de outros pontos de visitação, configurando itinerários alternativos. Esta possibilidade vem sendo estudada pelo Instituto de Turismo e COMTUR, tendo como fatores fundamentais para o estudo de viabilidade a atratividade destes pontos e a questão logística de deslocamento. Ainda, no sentido de qualificar este produto turístico, vale destacar a pesquisa realizada pelo CTur que aponta necessidade de melhoria de alguns elemento técnicos de operação como, por exemplo, o tempo de espera, à lotação dos ônibus, às condições ruins do áudio e também às más condições de manutenção dos pontos/paradas de espera que encontram-se com estruturas deterioradas. O item a seguir, que trata dos atrativos classificados como mais relevantes, traz alguns subsídios para o referido estudo.

• Áreas Geográficas de Interesse Gastronômico

Segundo os técnicos do Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo, a proposta de instalação dos Polos Gastronômicos está sendo elaborada com o intuito de fortalecer regiões da cidade que concentram os serviços de alimentação fora do lar, a saber: Praça da Espanha, Rua Itupava, Batel, Setor Histórico, Santa Felicidade (Ver Mapa 07 – Áreas Verdes). O estudo das áreas está sendo construído em uma parceria com a PMC, a ABRASEL e outras associações representativas do setor turístico. O foco do fortalecimento, segundo proposta, é a adequação dos empreendimentos em relação a segurança alimentar, bem como a análise das intervenções urbanas necessárias para qualificar a região. Neste sentido, além de ser um espaço para a população curitibana, serão espaços atrativos para a atração de turistas já considerando a divulgação das regiões para a Copa do Mundo da FIFA 2014.

Este conjunto se caracteriza pela oferta de serviços de alimentação, mas não se atem a este aspecto, pois tendem a formar uma narrativa própria, pela qual se tornam conhecidos pelos visitantes e moradores da cidade. Nesta perspectiva destacam-se os bairros de Santa Felicidade e do Batel.

No caso de Santa Felicidade a oferta destes serviços é perpassada pelo discurso da colonização italiana, fato que leva o bairro à integrar o rol de atrativos do circuito da Linha Turismo. O patrimônio cultural edificado, ou seja, as casas tradicionais, cemitério e igrejas, juntamente com a história de ocupação do bairro, funcionam como substrato da narrativa pela qual os turistas e moradores de Curitiba estabelecem relação com o lugar. Vale ressaltar que o substrato histórico dá origem também a novas ficções que permeiam o espaço, as construções e o imaginário tanto da comunidade como dos turistas. Tais ficções, quando incorporadas pela cultura local e integradas nos dispositivos de interpretação por

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parte dos turistas, tornam-se importantes para a consolidação e manutenção do área geográfica, mas deve-se manter a diferenciação em relação aos testemunhos históricos da origem do bairro.

A região do Batel vem se consolidando num movimento dialético com a criação de uma nova identidade para esta porção da cidade, chamada recentemente de Soho Batel. Esta marca, veiculada especialmente pela iniciativa privada como meio de valorização imobiliária e de configuração de oferta de comércio e serviços específicos, voltados para as classes mais abastadas, tem seu rebatimento na forma como os moradores de Curitiba e os visitantes se relacionam com o lugar.

As áreas geográficas de interesse gastronômico se relacionam com os produtos do próprio segmento cultural e, como no caso dos outros conjuntos, conformam-se como apoio para os produtos dos segmentos de eventos. Cabe ressaltar ainda, que há potencial de incremento de algumas áreas que estão em formação, a partir da requalificação da paisagem urbana nesses sítios e seu entorno, incrementando a qualidade destes serviços como complemento da oferta turística local.

2.2.3.2 Oferta turística de atrativos ou recursos de interesse ambiental e cultural

A oferta de atrativos e recursos de interesse ambiental e cultural é o componente chave na constituição dos produtos turísticos, principalmente, atrelados a motivação de lazer, por se constituir o motivo impulsionador da viagem. De acordo com Cooper “os atrativos proporcionam ao destino a razão mais importante para o turismo de lazer. (...) Uma atração turística é um foco para as atividades recreativas e, em parte, educativas, desempenhada tanto por excursionistas quanto por turistas, e que são frequentemente divididos com a população local.” (2007, pág. 346)

Considerando o perfil da oferta de Curitiba, cidade fortemente urbanizada e que apresenta vocação reconhecida ao segmento de Negócios e Eventos, conforme destacado no capítulo da demanda, os atrativos e recursos aqui apresentados foram analisados em relação à perspectiva urbana, onde aspectos naturais e culturais se misturam, constituindo um formato de oferta turística que atende, por questão de definição e conceitos, ao segmento do Turismo Cultural no ambiente urbano. Para este mercado, além dos bens naturais e culturais, é necessário considerar também a análise dos eventos programados que complementam a base da oferta turística local.

Nessa perspectiva, analisando sob o aspecto territorial, leitura que será construída ao longo do processo do plano, é possível compreender o desenvolvimento turístico da cidade de Curitiba fortemente relacionada a porção norte da cidade, em que se concentram os Parques Urbanos e os Equipamentos Culturais (atrativos naturais e culturais) aliadas as estruturas turísticas como a “Linha Turismo” e os “Postos de Atendimento ao Turista”. (Mapa 08: Atrativos, PITs, Ciclovia e Linha Turismo)

Dessa forma, optou-se pela análise dos atrativos e recursos turísticos pensando na expansão da atividade de forma a fortalecer estruturas já existentes, identificando quais destes fazem parte dos elementos relacionados a estes mercados.

Sabendo que a área em estudo apresenta bens e recursos que cumprem função estritamente de lazer aos moradores locais, e que apresentam pouca ou nenhuma função para a atividade turística, foi utilizado um método de seleção dos espaços, tendo por base a

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frequência de citações destes bens nos estudos técnicos23 e nos meios de comunicação24 de interesse turístico que serviu para priorizar, no caso específico dos atrativos naturais, aqueles avaliados in loco, a saber: Bosque Alemão, Bosque João Paulo II, Bosque Zaninelli – UNILIVRE, Jardim Botânico, Parque das Pedreiras, Parque São Lourenço, Parque Tanguá, Parque Tingui, Passeio Público, Bosque Capão da Imbuia (Museu de História Natural), Bosque de Portugal, Parque Barigui, Parque Cambuí, Parque do Passaúna, Parque dos Tropeiros, Parque Gen. Iberê de Matos (Bacacheri), Parque Iguaçu - Setor Náutico, Parque Iguaçu – Zoológico, Parque Lago Azul, Bosque da Fazendinha, Bosque Gutierrez, Bosque Italiano25, Bosque Reinhard Maack, Parque Barreirinha, Bosque do Trabalhador.

Mesmo com a seleção dos atrativos e bens naturais e culturais considerados de interesse turístico é fundamental destacar que em virtude da quantidade destes elementos, o conteúdo deste diagnóstico dá destaque a questões específicas de cada atrativo, somente quando este apresenta alguma característica peculiar ímpar, tanto positivamente como negativamente. De qualquer forma, vale ressaltar que a leitura estratégica da perspectiva de mercado será analisada nos capítulos posteriores deste plano, em que serão construídas as estratégias para o desenvolvimento do mercado - meta com a proposição das ações de incremento e melhoria dos equipamentos, estruturas e atrativos alvo, já com uma base de dados mais fundamentada a partir da análise da oferta real em relação à aderência do mercado (real e potencial).

• Atrativos Naturais

Curitiba26 tem um dos melhores índices de áreas verdes do País com 52 m2 por habitante, totalizando aproximadamente 82 milhões de m² (Ver Mapa 08 – Atrativos, PITs, Ciclovia e Linha Turismo). Esses índices, frutos da preocupação histórica presente nos planos de governo locais em preservar os espaços naturais, repercute na imagem da cidade até os dias atuais. São mais de 3527 áreas preservadas, divididas em 16 bosques e 22 parques ao longo da cidade (IPPUC, 2012), com dimensões e estruturas variadas tendo a maior concentração na porção norte do território municipal. (Ver Mapa 09 – Parques e Bosques).

O mais antigo dos parques, pioneiro na cidade e único na região central, é o Passeio Público, inaugurado em 1886. Primeiro zoológico da cidade nasceu da drenagem de um terreno pantanoso e ao longo do tempo foi palco de muitos acontecimentos importantes para a história de Curitiba. Atualmente, o Passeio abriga pequenos animais que permaneceram quando o Zoológico se transferiu para o Parque Iguaçu, em 1982, além de oferecer equipamentos de lazer a população de todas as idades. Ainda sobre a conservação da fauna e da flora, o Zoológico Municipal no Alto Boqueirão e o Museu de História Natural

23 Inventário Turístico Municipal. 24 (i) site do Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo; (ii) materiais institucionais impressos como mapas,

flyers e folders; (iii) atrativos relacionados nos roteiros turísticos comercializados pelas agências locais; (iv) atartivos relacionados no itinerário atual da Linha Turismo e nas propostas de novos itinerários apresentados pela CTUR em fevereiro de 2012. Justifica-se neste caso que a presença dos atrativos e recursos nestes instrumentos de comunicação é um sinal prévio da representação dos espaços mais relevantes para o contexto turístico local.

25 O Bosque Italiano foi visitado e constatou-se que não é aberto para a visitação diária, mas somente em dias de realização de festas da comunidade residente em Santa Felicidade. Portanto tem função de equipamento de eventos e não atrativo turístico em si. Por essa razão o atrativo/equipamento não foi considerado na presente análise.

26 Disponível em: http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/meio-ambiente-de-curitiba/182. Acesso em: 10/12/12. 27 Disponível em: http://www.curitiba.pr.gov.br/secretarias/equipamentos/meio-ambiente/8/26 Acesso em:

10/12/12.

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no Capão da Imbuia são atrativos diferenciados pela estrutura a acervo de que dispõem, além é claro, do Jardim Botânico, um dos ícones da cidade pela mescla dos seus jardins com a estufa construída em ferro e vidro. O Jardim Botânico, atrativo mais visitado da cidade segundo a pesquisa de demanda divulgada pelo CTUR em 2010, oferece diversas opções de interação com o visitante como o Jardim das Sensações, o Museu Botânico Municipal, o espaço cultural Frans Krajcberg, bosque para a prática de corrida e a própria estufa, inspirada no Palácio de Cristal de Londres.

FIGURA 3 - MUSEU DA HISTÓRIA NATURAL, PORTAL DE ENTRADA E ZOOLÓGICO

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

Uma característica diferenciada dos atrativos naturais em Curitiba é o aproveitamento de antigos espaços naturais antes utilizados para exploração econômica e que após criação dos parques e bosques foram aproveitados para compor a paisagem natural, como o caso das antigas pedreiras. Exemplos desses espaços transformados em atrativos naturais são: o Bosque Gutierrez, o Bosque Zaninelli (UNILIVRE), o Parque Tanguá e o Parque das Pedreiras, mais conhecido por abrigar uma obra arquitetônica de destaque, a Ópera de Arame. Ainda sobre a composição dos parques, é necessário fazer um destaque aos parques lineares Parque Barigui, Parque Cajuru e Parque Atuba, que além de opção de lazer, cumprem papel de preservar a faixa de drenagem dos rios, evita novas ocupações e oferece à população local uma alternativa de lazer e recreação integrados com a natureza.

FIGURA 4 - PARQUE CAJURU E PARQUE ATUBA

FONTE: http://www.curitiba.pr.gov.br. Acesso 07/12/2012

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Os equipamentos de lazer, presentes em quase todas os atrativos naturais, variam desde parques infantis, academias de ginástica, canchas esportivas, pistas de cooper, ciclovias, trilhas, pistas de patinação, churrasqueiras, pontes e mirantes, à exemplo: Parque Barigui, Parque Tingui, Parque Gen. Iberê de Matos (Bacacheri), Parque São Lourenço, Parque Lago Azul, Bosque Alemão, entre outros.

Outro formato de equipamento disponível em alguns atrativos naturais refere-se à promoção da cidade na valorização da imigração, ou seja, com a proposta de homenagear a história e os costumes das etnias colonizadoras de Curitiba, alguns espaços somam-se aos memoriais destas culturas, como o Boque Alemão, do Bosque João Paulo II (Memorial Polonês) e o Parque Tingui (Memorial Ucraniano). São equipamentos dotados de estrutura para exposições, algumas ao ar livre, com réplicas das antigas casas utilizadas pelos imigrantes, guardando muito bem as características reais desses espaços do passado, atualmente.

A avaliação28 in loco dos atrativos revelou dados importantes para compreensão da realidade em relação à estrutura de que dispõem. Considerando os somatórios das pontuações gerais de cada atrativo pode-se afirmar que os cinco parques e bosques com melhor avaliação são: (1) Jardim Botânico, (2) Parque Barigui, (3) Bosque João Paulo II (4) Parque São Lourenço e (5) Bosque Alemão.

Nota-se também que os cinco atrativos supracitados, que de maneira geral apresentam melhores condições de acesso, uso e conservação, estão localizados na porção norte de Curitiba, com exceção do Jardim Botânico, atrativo mais visitado na cidade29. A leitura do Mapa 10 - Atrativos Naturais e Parques e Bosques, Parques e Bosques, destaca também a maior concentração dos espaços naturais nesta porção da cidade, região que recebeu o maior investimento tanto na constituição das áreas quanto na estruturação e manutenção, já que os melhores bens naturais avaliados localizam-se nesse território.

A condição de acesso sob a perspectiva da variedade de modais disponíveis e em boas condições foi apontado em somente 20,8% dos atrativos naturais pesquisados. Esta análise considera a existência de ciclovia, boa manutenção da pavimentação das ruas e calçadas, aos que utilizam automóveis próprios e locomoção a pé, respectivamente, existência de transporte público, além da presença do atrativo no itinerário da Linha Turismo.

28 Os fatores de avaliação da pesquisa in loco considerou a existência e a qualidade dos elementos (i) condições

de acesso; (ii) condições de uso e; (iii) condições de conservação. A estrutura de análise utilizada foi: não possui, ruim/precário, regular e bom com as pontuações de 0, 1, 2 e 3, respectivamente.

29 GRAFICO 6 – Atrativos turísticos mais visitados em Curitiba.

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GRÁFICO 16 - CONDIÇÃO DE ACESSO

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

Conforme se observa abaixo, entre os atrativos analisados, menos da metade fazem parte da Linha Turismo, o que demonstra a pouca utilização deste equipamento para distribuição e visitação dos bens avaliados em vista do potencial existente em Curitiba.

GRÁFICO 17 - PARQUES E BOSQUES INTEGRADOS À LINHA TURISMO

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

Já em relação ao acesso cicloviário, uma parcela menor de atrativos é atendida por essa estrutura referente ao modal bicicleta e algumas das ciclovias são compartilhadas com os pedestres como acontece entre os parques São Lourenço e das Pedreiras, muito visitado em função de um atrativo cultural que integra o Parque, a Ópera de Arame (Ver Mapa 11 - Rede de Ciclovias e Atrativos Turísticos). Ainda sob esse aspecto, atrativos de relevância não dispõem de ciclovias de acesso como o Bosque Alemão, o Bosque Zaninelli (UNILIVRE) e o Parque Tanguá, o que pode prejudicar a formatação de produtos turísticos diferenciados.

54,2%

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GRÁFICO 18 - PARQUES E BOSQUES INTERLIGADOS POR CICLOVIA

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

É importante destacar que o acesso imediato ao Parque Iguaçu – Zoológico Municipal (pavimentação, calçamento e ciclovia), encontra-se em precário estado de conservação, apresentando afundamentos, ondulações e buracos, trincas e remendo na pavimentação, falta de sinalização turística e de trânsito – horizontal e vertical, bem como acostamento.

FIGURA 5 - ACESSO AO PARQUE IGUAÇU – ZOOLÓGICO MUNICIPAL

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

A sinalização turística de acesso está presente em mais da metade dos atrativos naturais, porém, 50% dos atrativos apontam para uma avaliação regular/boa e a outra metade ruim ou sem sinalização, conforme quadro a seguir. Entre os avaliados como regular e bom, destacam-se os que apresentam sinalização bilíngue e exclusiva em diversas regiões da cidade, incluindo portões de entrada e saída: Jardim Botânico, Parque Tanguá e Parque das Pedreiras que indiretamente é sinalizado, mesmo sem o próprio nome, em função da Ópera de Arame, este sim presente nas placas de sinalização. Esta análise foi abordada também

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pelo PDITS – CRMCG, principalmente no que tange a quantidade de placas e sua apresentação em outras línguas.

QUADRO 1 - SINALIZAÇÃO TURÍSTICA

BOM / REGULAR RUIM / NÃO POSSUI

Bosque Alemão Bosque Capão da Imbuia

Bosque João Paulo II Bosque da Fazendinha

Bosque Zaninelli - UNILIVRE Bosque de Portugal

Jardim Botânico Bosque do Trabalhador

Parque Barigui Bosque Gutierrez

Parque Passaúna Bosque Reinhard Maack

Parque das Pedreiras Parque Cambuí

Parque dos Tropeiros Parque da Barreirinha

Parque São Lourenço Parque General Iberê de Matos (Bacacheri)

Parque Tanguá Parque Lago Azul

Parque Tingui Parque Iguaçu - Zoológico

Passeio Público Parque Náutico

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

O Parque Tanguá, mesmo apresentando sinalização em diversos pontos da cidade e nos bairros próximos, possui sinalização mal instalada nas ruas de acesso imediato. E no Bosque Zaninelli – UNILIVRE, a sinalização está degradada e fora do padrão. O mesmo acontece com os Parques Passaúna e o Zoológico, ambos em situação similar ao Bosque Zaninelli, apresentando ainda placas de sinalização em menor quantidade.

Uma estrutura de apoio à condição e uso que possui importante papel na visitação turística em grandes centros urbanos é a existência de estacionamentos para veículos, principalmente aos atrativos de grande procura que movimentam fluxos de visitantes que utilizam veículos de turismo, tais como vans, ônibus e micro-ônibus.

Somente o Parque São Lourenço e o Parque Lago Azul possuem vagas exclusivas para ônibus e a falta de infraestrutura para atendimento a veículos de turismo (vagas exclusivas, área de giro e manobra) foi constatada em atrativos relevantes como o Jardim Botânico, Parque Tanguá, Bosque João Paulo II, Parque das Pedreiras (Ópera de Arame) e Bosque Zaninelli. Cabe destacar que o Parque Barigui e o Zoológico municipal, mesmo possuindo 3000 e 280 vagas, respectivamente, não possuem vagas exclusivas para veículos de turismo, podendo causar desorganização nestes espaços, fato constatado in loco durante visita ao Zoológico.

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FIGURA 6 - ZOOLÓGICO: VAGAS DE ESTACIONAMENTO SEM DEMARCAÇÃO DE EXCLUSIVIDADE

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

A mesma situação ocorre também nos parques que recebem grande volume de carros de passeio e não comportam o volume de veículos nas áreas destinadas a estacionamento, principalmente nos finais de semana, como pode ser observado no quadro a seguir. A falta dessa infraestrutura causa problemas às vias de acesso e pode gerar infrações e acidentes, uma vez que não havendo onde estacionar, os veículos param em lugares não permitidos. Vale ressaltar que o estacionamento do Parque Barigui, acesso via BR277, normalmente comporta o volume de carros de passeio nos dias em que não há feiras e exposições no pavilhão do Expo Renault Barigui, pois quando há a soma dos distintos públicos no parque (participação nos eventos e a lazer) o número de vagas no estacionamento torna-se insuficiente.

QUADRO 2 - NÚMERO DE VAGAS DE ESTACIONAMENTOS

ATRATIVOS QUANTIDADE DE VAGAS STATUS

Bosque Alemão 10 Insuficiente

Bosque João Paulo II 5 Insuficiente

Bosque Zaninelli - UNILIVRE 50 Insuficiente

Jardim Botânico 80 Insuficiente

*Parque Barigui - BR 277 2000 Suficiente

*Parque Barigui - Candido Hartmann 1000 Insuficiente

*Parque das Pedreiras 130 Insuficiente

Parque General Iberê de Matos (Bacacheri) 100 Insuficiente

Parque Iguaçu - Zoológico 250 Insuficiente

*Parque Passaúna 80 Insuficiente

Parque São Lourenço 10 Insuficiente

*Parque Tanguá 250 Insuficiente

*Parque Tingui 200 Insuficiente

Passeio Público 0 Insuficiente

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012 / *estimativa.

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Também relacionado às condições de uso, somente 8% dos atrativos apresentam centro de recepção de visitação ou guarita (Bosque Capão da Imbuia, Parque das Pedreiras e Parque Iguaçu – Zoológico) e; somente 20,8% apresentam elementos de acessibilidade, com a existência, principalmente, de vaga de estacionamento exclusiva, acessibilidade a cadeirante e, em alguns casos instalações, sanitárias adaptadas. Entre eles, destacam-se Jardim Botânico, Parque Barigui, Parque das Pedreiras, Parque Iguaçu – Zoológico e Parque Lago Azul.

Outro item avaliado, instalações sanitárias, apresentou resultado bom somente para 8% dos atrativos analisados, 37,5% como regular e 50% não possuem ou possuem em estado ruim. Destes, vale destacar quatro atrativos de alta importância que possuem instalações sanitárias ruins em comparação ao seu potencial paisagístico-cultural: Parque das Pedreiras – Ópera de Arame, Parque Tingui, Bosque João Paulo II e Bosque Zaninelli.

FIGURA 7 - INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

Parque das Pedreiras – Ópera de Arame

Parque Tingui

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

Dos atrativos analisados, 37,5% não apresentam nenhum tipo de sinalização interpretativa, 45,8% apresentam no mínimo o totem da prefeitura municipal e algum outro tipo de sinalização como mapas e informações históricas do atrativo, por vezes apresentando danos de manutenção e somente 16,7% apresentam sinalização interpretativa em boa quantidade. É importante destacar que a existência de sinalização interpretativa nos atrativos pode aumentar de maneira positiva a experiência do turista, uma vez que “o principal foco da interpretação é estabelecer uma comunicação efetiva com os visitantes, mantendo importantes interfaces com o turismo, a preservação do patrimônio e o desenvolvimento cultural das comunidades locais”. (MURTA, 2002, p.10)

A maioria dos parques de Curitiba possui um caráter predominantemente contemplativo. Entretanto, alguns atrativos naturais de Curitiba, que apresentam uma característica de unir o lazer à cultura, são dotados de espaços de interatividade, como museus, teatros, bibliotecas e pontos de cultura. Tais espaços conferem aos parques e bosques opções diferenciadas de entretenimento. Mesmo tendo sido registrado em somente 37,5% dos atrativos visitados. Por outro lado, levando em consideração que vários destes espaços estão relacionados à história de colonização da cidade e do país, ressalta-se que eles aparecem isolados e com pouca interatividade, não chegando a conformar uma narrativa integrada da imigração como constituinte do desenvolvimento da cidade. A criação desta narrativa configura-se como potencial para incrementar a atratividade dos parques e

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aumentar o tempo de permanência dos turistas nestes atrativos. O mesmo acontece com os elementos relacionados à urbanidade e à história de planejamento urbano, praticamente não mencionados nas narrativas que envolvem os parques concebidos a partir de ações de saneamento, como é o caso do Passeio Público e do Parque Barigui.

É importante destacar também que alguns parques de Curitiba possuem características físicas e geográficas que permitiriam a prática de atividades de lazer envolvendo esportes classificados como de aventura, por exemplo, escalada, rapel, arvorismo e esportes náuticos. A instalação de equipamentos de lazer aproveitando este potencial também se configura como um incremento de atratividade dos parques urbanos da cidade.

FIGURA 8 - ESPAÇOS DE INTERATIVIDADE

Casa Encantada – Bosque Alemão

Memorial Polonês – Bosque João Paulo II

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

Os serviços de alimentação foram identificados em 42% dos atrativos naturais, sendo que somente em dois deles foi observado uma boa capacidade de atendimento (Parque Barigui e Passeio Público). Os demais espaços são pequenas lanchonetes que servem alimentos de fácil preparo (salgados, sanduíches, porções, doces, sorvetes e bebidas) sendo alguns deles administrados pelo Instituto Pró Cidadania de Curitiba (IPCC) com o nome de “Bistrô Curitiba”, presentes no Jardim Botânico, Parque Tanguá, Parque Barigui. A loja de artesanato “Leve Curitiba” é outro estabelecimento presente nos atrativos Jardim Botânico, Parque Tanguá e Parque das Pedreiras – Ópera de Arame, também administrada pelo IPCC e que oferece produtos artesanais de Curitiba com boa qualidade e diversidade.

FIGURA 9 - BISTRÔS E LOJAS LEVE CURITIBA

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Jardim Botânico Parque Tanguá

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

No Bosque João Paulo II e no Parque Tingui, junto aos memoriais da imigração polonesa e ucraniana, há lojas com produtos típicos daquelas etnias. No Parque Tanguá e no Parque das Pedreiras há lojas de artesanato e serviços de alimentação nas imediações de acesso, que apresentam produtos diversos, mas sem um padrão de qualidade. Vale destacar que o Bistrô Jardim Botânico, em dias de muito movimento (final de semana, férias e feriado) tem dificuldade em manter as instalações sanitárias em boas condições de uso, o que pode prejudicar a imagem do serviço e também do atrativo turístico.

FIGURA 10 - BISTRÔ JARDIM BOTÂNICO E INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E LIXO

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

Com relação aos serviços de alimentação destaca-se que nenhum estabelecimento apresentou um diferencial em termos de cardápio, apresentação dos pratos, ambientação e atendimento, tornando-se pouco atrativo em relação a composição do produto turístico desses atrativos. O mesmo ocorre para os empreendimentos no entorno dos parques, que em sua maioria, apresentam as mesmas características supracitadas, enfraquecendo o produto turístico como um todo.

O indicador de conservação geral dos atrativos (equipamentos de lazer, mobiliário urbano, recursos naturais) teve avaliação entre regular e bom para 58% dos atrativos analisados. Os maiores itens de falta de conservação registrados nos demais 42% dizem respeito a: (i) lixeiras quebradas e sem manutenção; (ii) equipamentos de madeira depredados e sem manutenção (bancos, deques e pontes); (iii) demais equipamentos depredados, principalmente com pichações (churrasqueiras, parquinhos infantis, monumentos); (iv) equipamentos abandonados (pontes e torre no Parque Iguaçu – Setor Náutico e galpões no Parque dos Tropeiros); (v) rios e lagos poluídos por redes de esgoto e por resíduos sólidos inorgânicos; (vi) falta de manutenção das áreas verdes e jardins.

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FIGURA 11 - EQUIPAMENTOS DEPREDADOS E ABANDONADOS

Bosque da Fazendinha

Parque Tanguá

Parque Cambuí

Parque dos Tropeiros

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

Em relação à limpeza, o índice médio30 entre os 24 atrativos analisados é de 2,46 aparecendo como destaque negativo o Parque Cambuí, Bosque Fazendinha e Bosque do Trabalhador que apresentam em suas áreas internas, principalmente no interior dos bosques, muito lixo de diversas variedades (vidro, alumínio, plástico, papel). Essa mesma situação acontece nas trilhas dos bosques do Parque Barigui que não recebem fiscalização dos órgãos competentes.

FIGURA 12 - LIXO NO BOSQUE DO TRABALHADOR E FAZENDINHA

Bosque da Fazendinha

Bosque do Trabalhador

30 As notas variam de 0 a 3.

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FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

Durante as visitas aos atrativos, constatou-se a presença física de postos avançados da Guarda Municipal, mantendo, neste caso, uma percepção de segurança, pois o efetivo estava presente em alguns dos atrativos.

Já no Bosque Alemão, Gutierrez, Zaninelli, Fazendinha, do Trabalhador e nos parques Cambuí, dos Tropeiros, Passaúna, Tingui e Passeio Público, que apresentam posto da Guarda Municipal, porém sem efetivo próprio, houve reclamações em relação à segurança por parte de alguns funcionários dos parques. No geral, em conversa com os próprios guardas, foi constatado a falta de guardas municipais para atendimento aos atrativos turísticos.

Como a totalidade dos atrativos naturais pesquisados são públicos e estão sob responsabilidade de gestão pela secretaria municipal de meio ambiente, percebe-se pouca atenção a detalhes que influenciam no uso turístico, como, por exemplo, a falta de habilidade dos funcionários que atuam nos parques em atender demandas relacionadas ao turismo, fator também destacado no PDITS Curitiba e Região Metropolitana.

As agências de receptivo da cidade tratam de alguns atrativos dentro dos produtos turísticos que integram e que normalmente estão atrelados aos city tours de em média de 4 horas de duração. No geral, as agências que comercializam tais produtos têm no seu itinerário: Jardim Botânico, Parque das Pedreiras (Ópera de Arame), Parque Tanguá, Bosque João Paulo II, Bosque Zaninelli e Bosque Alemão. Há em Curitiba uma agência especializada em roteiros de bicicleta que durante o passeio inclui: Passeio Público, Bosque João Paulo II, Parque São Lourenço e Parque das Pedreiras (Ópera de Arame). Há também uma empresa que realiza roteiros em um equipamento eletrônico chamado de Segway e durante os roteiros, além de atrativos culturais, o itinerário inclui o Passeio Público e o Bosque João Paulo II.

• Atrativos Culturais

Desde sua fundação, em 29 de março de 1693, Curitiba passou por um processo de desenvolvimento impulsionado pelos ciclos econômicos que movimentavam a cidade, fortalecendo-se, principalmente no século XX, a partir das décadas de 1950, 1960 e 1970. A história desse desenvolvimento passa, obrigatoriamente, por marcos no centro da cidade, dando origem à capital paranaense onde hoje estão situadas praças, monumentos e casas com arquitetura histórica31 que representam muito na formatação de produtos turísticos, uma vez que esses “espaços construídos, preservados e revitalizados contribuem de maneira significativa para uma vivência mais rica da cidade, quebrando a monotonia dos conjuntos, estabelecendo pontos de referência e mesmo vínculos afetivos” (MARCELLINO, 2000, p. 28).

Muitos desses marcos representam hoje atrativos culturais e bens de interesse turístico, ou seja, lugares que por formar um conjunto histórico-cultural configuram-se como bens socioambientais importantes para a atividade turística, mas não chegam a se caracterizar como atrativos em si, por proporcionarem um nível mais reduzido de interação com os turistas. Entre eles se destacam as ruas, ruínas, monumentos, casas, edifícios, palacetes e praças que ao longo dos anos ganharam vida pela implementação de alguns equipamentos

31 A análise detalhada sobre os bens culturais encontra-se em destaque no início do tema OFERTA TURÍSTICA.

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como mobiliário urbano, fontes, chafarizes, jardins e até um relógio de flores. (Ver Mapa 06 – Serviços de Alimentação de Interesse Turístico e Áreas de Interesse Gastronômico)

O início dessa história está registrado na Praça Tiradentes, a qual abriga o Marco Zero da cidade. No coração do centro da cidade, a praça recebe milhares de pessoas diariamente, na maioria são moradores locais que usam o espaço como passagem aos seus postos de trabalho. A praça abriga também a Catedral Basílica Menor de Curitiba, inicialmente era uma pequena capela de madeira e em 1715 foi elevada à Primeira Igreja Matriz. Com o passar dos anos, teve sua estrutura alterada por diversas vezes, passando por uma restauração em 1993, e em 08 de setembro do mesmo ano passou a denominar-se Catedral Basílica Menor. Em 2011 iniciou outro processo de restauração finalizado no segundo semestre de 2012.

FIGURA 13 - PRAÇA TIRADENTES, 1937

FONTE: Fígaro Sebo e Antiquário.

Muito próximo dali, a Praça Generoso Marques é também um ponto de destaque. Na praça foi construída a primeira sede própria da prefeitura de Curitiba, o então Paço da Liberdade, permanecendo lá até 1969 quando por meio de um convênio com o Governo de Estado, deu lugar ao Museu Paranaense. Atualmente o edifício é também um espaço de cultura administrado pelo sistema FECOMÈRCIO do Paraná (SESC e SENAC), que em 2009 foi responsável pela última restauração do edifício ganhando nome de SESC Paço da Liberdade. Este centro cultural abrange uma galeria de exposições, livraria, centro de capacitações, auditórios para apresentações artísticas e um bistrô.

O Largo da Ordem é outro sítio de interesse cultural importante da cidade presente no Setor Histórico. Era ali que aconteciam as grandes feiras da cidade nos séculos XVIII, XIV e boa parte do século XX. O bebedouro localizado no centro do largo servia de hidratação aos animais que traziam os fazendeiros e tropeiros ao centro da cidade para realizar o comércio de produtos. Aos arredores do Largo da Ordem, existem diversas casas e edificações históricas onde hoje funcionam pontos de cultura a exemplo dos museus, galerias de exposições, bibliotecas e espaços culturais diversos como a Casa Romário Martins, a Casa da Memória, o Memorial de Curitiba, a Casa João Turim, o Conservatório de Música Popular Brasileira, a Casa Hoffmann, o Solar do Rosário, o Museu de Arte

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Sacra, além da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, mais antiga da cidade.

Outro importante atrativo localizado nesta região da cidade é a tradicional Feira de Artesanato do Largo da Ordem, realizada todos os domingos das 09 às 14 horas, no Setor Histórico. Principal, maior e mais antiga feria da cidade, reúne cerca de 1300 barracas entre expositores de artesanato, artes diversas e gastronomia em uma mistura multicultural com temáticas locais, nacionais e também internacionais, principalmente pela variedade de opções gastronômicas ali presentes. A feira, além de uma opção de entretenimento e compras, estimula a visitação a importantes atrativos e bens culturais, pois divide o espaço com o Setor Histórico entre suas ruas, praças, monumentos e marcos localizados nessa região.

FIGURA 14 - LARGO DA ORDEM

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

A Praça Garibaldi também faz parte dos bens de interesse turístico incluídos no corredor cultural do Setor Histórico. Ali estão a Igreja de Nossa Senhora do Rosário de São Benedito, a Igreja Presbiteriana, o Palacete Wolf, a Fonte da Memória, o Relógio das Flores e o Palácio Garibaldi. Todos estes bens fazem parte da história local e mesmo aqueles que não oferecem opções de interação com o visitante, são importantes para o contexto histórico-cultural da cidade. Outros importantes bens de interesse turístico localizados na Praça Santos Andrade são o Teatro Guaíra, um dos maiores teatros da América Latina com 03 auditórios sendo o maior deles com capacidade para 2.173 lugares e o Prédio Central da UFPR, um dos símbolos de Curitiba. Além de sua arquitetura diferenciada, o prédio central abriga o Museu de Artes da UFPR.

Entre os diversos museus em Curitiba merecem destaque o Museu Paranaense, que reúne acervo histórico do Paraná, o Museu de Arte Contemporânea que abriga, documenta e divulga seu acervo artístico sobre a arte e as poéticas contemporâneas; o Museu Oscar Niemayer, projetado pelo famoso e falecido arquiteto que dá nome ao museu e possui no grande olho seu diferencial arquitetônico; e o Museu do Expedicionário com acervo significativo da segunda guerra mundial, todos sob administração da Secretaria de Estado da Cultura. Entre os administrados pela Fundação Cultural de Curitiba, destacam-se o Museu da Fotografia e o Museu da Gravura, situados no centro cultural Solar do Barão, que abriga também a Gibiteca de Curitiba e o Museu Metropolitano de Arte com acervo histórico sobre a cidade, situado no espaço Portão Cultural.

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FIGURA 15 - MUSEU OSCAR NIEMAYER

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

Ainda sob a responsabilidade da Fundação Cultural de Curitiba está o Teatro Paiol, um antigo abrigo de pólvora transformado no primeiro teatro de arena da cidade que desde sua inauguração teve apresentações com músicos e artistas de renome nacional e hoje possui uma galeria de exposição contando parte dessa história. Outro atrativo bastante reconhecido é a Ópera de Arame. Um teatro de forma circular, com estrutura tubular e transparente que lembra uma estrutura de arame, e ao mesmo tempo remete às salas de ópera conhecidas na Europa, como a Ópera de Paris. Situado no meio de uma antiga pedreira, possui apelo de visitação por criar essa paisagem inusitada.

Com uma altura de 109,5 metros ficando a uma altitude de 1.050 metros do nível do mar, a Torre Panorâmica, inaugurada em 17 de dezembro de 1991 é outro importante atrativo cultural onde é possível ter uma visão de 360 graus da cidade no seu andar panorâmico. É administrada em conjunto pela Oi (grupo de comunicação) e o Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo, abrigando também o Museu do Telefone.

Como já citado no subcapítulo que trata dos conjuntos turísticos, um meio de unir boa parte desses atrativos em um único roteiro é a Linha Turismo, uma linha de ônibus especial que circula nos principais pontos turísticos de Curitiba. Com ela, é possível conhecer os parques, praças e atrações da cidade, circulando a cada 30 minutos, percorrendo aproximadamente 44 km em cerca de 2 horas e meia. O roteiro começa na Praça Tiradentes, mas é possível iniciar o trajeto em qualquer um dos demais 24 pontos do itinerário. Para embarcar, o turista compra uma cartela com 5 tíquetes e tem direito a 4 reembarques (Ver Mapa 06 – Linha Turismo e Atrativos).

Vale ressaltar que Curitiba possui muitas opções de atrativos e bens de interesse turístico cultural e há documentos oficiais que os registram de maneira mais ampla e detalhada. Para esta apresentação introdutória foram selecionados alguns dos atrativos e bens que congregam o perfil geral da oferta turística cultural. A lista dos bens culturais avaliados in

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loco segue os mesmos critérios de seleção dos atrativos naturais32, além dos bens e atrativos incluídos no guia institucional “Curta Curitiba a Pé”, uma modalidade de produto diferenciado.

Com base nos bens e atrativos analisados33, o gráfico a seguir apresenta em números percentuais a tipologia de acordo com a característica de cada um, ressaltando que alguns bens, por não apresentar opção de interação com o visitante, exceto em casos de apresentações ou atividades acadêmicas, foram caracterizados como “arquitetura” a exemplo do Teatro Guaíra, do Edifício Histórico da UFPR e a Casa Hoffmann.

GRÁFICO 19 - TIPOLOGIA DOS ATRATIVOS CULTURAIS

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

Nota-se a grande quantidade de museus, bens arquitetônicos e centros culturais que na maioria dos casos concentram galerias de exposição, bibliotecas, livrarias e espaços para cursos e oficinas. Destaca-se que 81,8% dos bens e atrativos culturais analisados são públicos e 77,2% estão situados na região central da cidade, muitos deles no Setor Histórico, comprovando o potencial deste corredor cultural. Somente 6,8% cobram taxa de entrada e/ou ingresso com valor médio de R$ 4,20 por pessoa. Nenhum atrativo ou bem exige autorização para visitação, e 68,2% dos atrativos com possibilidade de interação dispõem de visitas guiadas/monitoradas caso sejam agendadas com antecedência.

32 Frequência de citações destes bens nos estudos técnicos e nos meios de comunicação específicos do turismo

(p. 89). 33 Os bens e atrativos avaliados in loco foram: Museu Oscar Niemayer, Ópera de Arame, Praça Tiradentes, SESC

Paço da Liberdade, Feira do Largo da Ordem, Rua das Flores - Boca Maldita, Teatro Guaíra,Teatro Paiol, Torre Panorâmica, UFPR - Prédio Central, Capela Santa Maria, Casa da Memória, Casa Romário Martins, Catedral Basílica Menor, Memorial de Curitiba, Museu Ferroviário, Ordem Rosa Cruz, Santa Felicidade, Rua 24 horas, Fonte de Jerusalém, Largo da Ordem, Memorial Árabe, Mercado Municipal, Museu Alfredo Andersen, Museu de Arte Contemporânea, Museu de Arte Sacra, Museu de Artes da UFPR, Museu Metropolitano de Arte Museu Paranaense, Museu do Expedicionário, Praça Zumbi dos Palmares / Memorial Africano, Praça Garibaldi: Relógio das Flores e Fonte da Memória, Praça João Cândido: Ruínas de São Francisco e Belvedere, Solar do Barão, Solar do Rosário, Biblioteca Pública do Paraná, Casa Andrade Muricy, Casa Hoffmann, Conservatório de Musica Popular, Igreja da Ordem, Igreja do Rosário, Igreja Presbiteriana, Mesquita Iman Ali - Templo Islâmico, Museu do Automóvel, Palacete Wolf e Praça 19 de Dezembro - Homem Nu. Durante a visita in loco, foi verificado que a Casa Culpi e a Casa João Turim estão fechadas para fins turísticos e de visitação, não sendo inseridas nos atrativos e bens analisados.

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Percebe-se também que um número considerável de atrativos (68,2%) não funciona às segundas-feiras. Além dos museus, destacam-se os atrativos Museu Oscar Niemayer, SESC Paço da Liberdade, Ópera de Arame, Teatro Paiol e a Torre Panorâmica, que apresentam funcionamento às segundas-feiras somente no período de férias escolares (julho, dezembro, janeiro e fevereiro). Outro importante elemento turístico da cidade que apresenta o mesmo perfil de funcionamento (segundas-feiras, somente nas férias escolares) é a Linha Turismo, apontando para uma lacuna operacional na organização do turismo local nos períodos de baixa temporada.

Em relação às condições de acesso, somente três atrativos possuem ciclovia (Museu do Automóvel, Ópera de Arame e Teatro Paiol) e como a maioria dos bens e atrativos estão concentrados na região central da cidade, possuem boa pavimentação e calçamento regular. Considerando que há um ponto de parada da Linha Turismo no Setor Histórico e que deste ponto o visitante pode fazer a visitação aos bens a pé, dos demais bens localizados fora do centro da cidade somente 40% não fazem parte do itinerário da Linha Turismo – Ordem Rosa Cruz, Museu Municipal de Arte, Fonte de Jerusalém e Praça Zumbi dos Palmares.

Ao analisar o item vagas de estacionamento para veículos de turismo, observa-se também um pequeno número de equipamentos com disponibilidade (13,6%), apresentando as mesmas consequências já citadas no subcapítulo referente aos atrativos naturais. O mesmo acontece para os veículos de passeio, que da totalidade dos bens a atrativos analisados, somente 11,3% apresentam estacionamento próprio com a ressalva de que muitos estão localizados em vias públicas, principalmente no centro da cidade, o que inviabiliza a existência destas estruturas.

Conforme apontado também no PDITS Curitiba e Região Metropolitana, a sinalização turística está presente em somente 20,4% dos bens e atrativos na cidade. Cabe destacar a existência de sinalização bilíngue e exclusiva em diversos pontos da cidade para a Ópera de Arame, Santa Felicidade, Setor Histórico e, nas ruas Mariano Torres e Mal Deodoro para a Rua 24 horas, além da existência de sinalização para a Torre Panorâmica bilíngue desde o bairro Água Verde até o atrativo. Já a existência de sinalização interpretativa, 50% dos bens e atrativos apresentam no mínimo o totem da prefeitura municipal e outras sinalizações relacionadas à história dos mesmos e também de seus personagens, porém nenhuma bilíngue.

FIGURA 16 - SINALIZAÇÃO TURÍSTICA

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

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As condições de uso relacionadas à existência do centro de visitantes são mais frequentes nos atrativos culturais (43,2%), alguns apresentando inclusive serviços de guarda volumes. O mesmo acontece em relação às instalações sanitárias que apresentam avaliação regular e boa para 71% dos atrativos analisados, incluindo os centros de compras. São poucos os bens e atrativos culturais que apresentam duas ou mais estruturas de acessibilidade 34 (Museu Oscar Niemayer, Museu Metropolitano de Arte e Ópera de Arame), com destaque ao SESC Paço da Liberdade que obteve nota máxima.

Outro elemento que aparece com pequeno percentual nos bens e atrativos culturais são os serviços de alimentação, com apenas 18,2%. Entre eles, o SESC Paço da Liberdade, o Museu Oscar Niemayer e o Solar do Rosário apresentam empreendimentos de qualidade, mesmo apresentando pequena capacidade de atendimento. O serviço de alimentação que apresenta características incoerentes com o perfil do atrativo é o café estabelecido junto à Ópera de Arame, servindo no cardápio comidas rápidas e com a fachada preenchida por vários adesivos que poluem visualmente o estabelecimento.

Considerando a boa manutenção da estrutura externa, da estrutura interna, organização e conservação do acervo disponível, o item conservação se mostra bom em mais de 59% dos bens analisados. Para os 41% restantes, é notável a existência de degradação com muitos locais pichados, principalmente na região central da cidade, ainda mais frequente nas praças João Candido, Garibaldi, 19 de Dezembro e Zumbi dos Palmares. Situação muito similar à questão das condições gerais de limpeza, apresentando grande volume de lixo, principalmente nas praças João Cândido e Zumbi dos Palmares.

A pichação está presente em vários pontos da cidade, mas há uma concentração muito grande na região central, não só nos bens e atrativos públicos, mas também em casas e edifícios particulares, prejudicando a paisagem urbana como um todo. A praça 19 de Dezembro, por exemplo, faz parte de um eixo importante do centro de Curitiba que passou há pouco tempo por um processo de revitalização (Rua Riachuelo e São Francisco). O encontro da Rua Riachuelo, que hoje apresenta estrutura nova e moderna, com a Praça 19 de Dezembro junto aos seus equipamentos sem manutenção e bastante depredada causa um impacto negativo ao se avaliar o projeto de revitalização desse setor da cidade.

FIGURA 17 - BENS DEPREDADOS

Belvedere – Praça João Candido

Praça Zumbi dos Palmares – Memorial Africano

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

34 Vaga de estacionamento exclusiva, acessibilidade a cadeirante e instalações sanitárias adaptadas.

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As ações de divulgação e comercialização são feitas também por meio dos sites institucionais das entidades responsáveis pela gestão dos bens e atrativos, como por exemplo, a Fundação Cultural de Curitiba. Em entrevista com representantes da Fundação Cultural de Curitiba, a preocupação em relação à divulgação é especialmente para o público local, acontecendo através do “Curitiba Apresenta”, que possui versão impressa e online, e é incorporada pelos jornais impressos paranaenses. O guia é distribuído gratuitamente nos pontos de cultura administrados pela FCC e em alguns postos de informações turísticas.

Como a maioria dos bens e atrativos são públicos (72%), o quadro de colaboradores que atuam nos atrativos culturais são funcionários públicos concursados. De acordo com entrevista realizada com representantes da FCC, foi registrado o interesse de alguns servidores em realizar cursos de línguas, principalmente por razão dos eventos internacionais previstos a ser realizados no Brasil e em Curitiba, no entanto, os cursos mais recentes oferecidos aos servidores da FCC estiveram relacionados ao atendimento de portadores à necessidades especiais, demonstrando assim, conforme apontado também no PDTIS Curitiba e Região Metropolitana, necessidade de capacitação destes servidores para atendimento aos turistas.

• Eventos Programados

Importante componente da oferta turística, os eventos programados são responsáveis pela motivação de fluxos de visitantes para participação em atividades artístico/culturais, educacionais, festivais gastronômicos, competições esportivas, compras, entre outros. Há na cidade diversos eventos que mobilizam o público local e regional e também aqueles com apelo para atração de turistas. Dados do Instituto Municipal de Turismo referente à pesquisa de demanda de 2010 apontam para um percentual de 7,6% de visitantes motivados pela participação em eventos dessa natureza.

Para essa análise, foram utilizados como base de dados (i) entrevista com representantes da FCC; (ii) entrevista com representantes da SMELJ e; (iii) dados secundários pertinentes a esta temática.

Uma modalidade de evento programado realizado em Curitiba acontece diariamente pelos bairros da cidade. São as feiras livres de artesanato e gastronomia organizadas e promovidas pelo Instituto Municipal de Turismo, servindo como opção de lazer, entretenimento e compras aos moradores e também para visitantes.

Acontecem nos bairros, durante a semana, 24 feiras com aproximadamente 600 expositores e aos sábados, na Praça Espanha, é realizada uma feira de antiguidade e design que junto aos eventos promovidos pela associação empresarial do entorno da praça oferecem opções de lazer e compras.

Além destas, as Feiras Especiais movimentam o centro da cidade em diferentes épocas do ano que seguem temáticas festivas, a exemplo da Feira de Natal e de Páscoa, e também em função das estações do ano, com as feiras de Inverno e da Primavera. São 61 barracas na Praça Osório e 20 a 25 barracas na Praça Santos Andrade, com exposição de produtos diversos e também de comida típica. Apesar de já reconhecidas pelos moradores locais, percebe-se potencial para uso turístico através do incremento da qualidade dos produtos oferecidos nas Feiras Especiais e da melhoria das estratégias de divulgação.

Além dos eventos mencionados, Curitiba é sede de importantes eventos que mobilizam visitantes à cidade em busca de cultura e arte, a exemplo da reconhecida Oficina de Música,

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do Festival de Teatro, da Bienal de Dança, do Gibicon e da Corrente Cultural. Durante a época do Natal, a cidade se organiza para oferecer apresentações artístico/culturais, grande parte gratuitas, com destaque ao Coral do Palácio Avenida, a Galeria de Luz e as apresentações teatrais natalinas.

Ainda, no âmbito esportivo, Curitiba faz parte do calendário de eventos nacionais como a Meia Maratona e a Maratona de Curitiba e as competições automobilísticas Stock Car e o Campeonato Mundial de Carros de Turismo organizados pela Federação Internacional de Automobilismo - FIA.

Entre os eventos culturais de destaque, tem-se a Oficina de Música realizada desde 1983 no mês de janeiro. É um dos mais importantes encontros de música da América Latina, atraindo renomados professores e representa um espaço para o desenvolvimento acadêmico e profissional de músicos brasileiros e estrangeiros, atraindo em 2012, um público de quase 31.000 participantes35, entre professores, alunos e curiosos. Em fevereiro, acontecem os festejos de Carnaval, com a eleição do Cortejo Real e o desfile das escolas de samba e blocos carnavalescos na Avenida Cândido de Abreu. Ainda nesse período, acontece na cidade os já tradicionais pré-carnaval com o bloco Garibaldis e Sacis e o carnaval alternativo, Psycho Carnival. Estima-se que em 2012 os festejos de Carnaval movimentaram mais de 37000 pessoas em Curitiba.

No mês de março, Curitiba recebe o Festival de Teatro, trazendo uma média de 400 espetáculos de companhias teatrais de todo o país e do exterior, e atraindo a cada edição um público aproximado de mais de 185 mil pessoas36. Realizado pela iniciativa privada desde 1992, com patrocínio da Prefeitura Municipal de Curitiba, o festival conta com uma programação rica em qualidade e diversidade, oferecendo, além das peças teatrais, inúmeras atividades relacionadas, como feiras de arte, oficinas, cursos, exposições, lançamentos de livros e outras atrações.

A Bienal Internacional de Dança, realizada no mês de abril, reúne importantes companhias brasileiras, estrangeiras e conceituados profissionais da dança. Tem como objetivo desenvolver a qualidade técnica e artística das companhias locais e ao mesmo tempo revelar talentos. Estima-se que em 2012, o evento movimentou 45.500 participantes, demonstrando sua importância no cenário de eventos da cidade.

A Convenção Internacional de Quadrinhos - Gibicon – é um evento de histórias em quadrinhos que ocupa diversos espaços da cidade de Curitiba com atividades gratuitas: minicursos, oficinas, palestras, debates, lançamentos de livros, sessões de autógrafos e exposições com a presença de artistas gráficos e quadrinistas do Brasil e outros países. Com um considerável aumento no número de participantes entre a edição 2011 e 2012, de 4.500 para 15.000, a Gibicon demonstra potencial para movimentação de participantes nas próximas edições, promovendo o intercâmbio profissional e intelectual.

Outro evento desta temática é a Corrente Cultural, que ocorre durante uma semana em novembro. Durante o evento o Centro da Cidade e alguns bairros são tomados por uma programação artística que culmina com a Virada Cultural. Durante o fim da semana que encerra o movimento, são promovidas mais de 24 horas contínuas de atrações, onde acontecem shows com artistas nacionais e também com bandas curitibanas. O evento conta com apoio de diversos atores locais e estaduais e em 2012 teve recorde no número de participantes, chegando a 273.700.

35 Dados da Fundação Cultural de Curitiba. 36 Dados da Fundação Cultural de Curitiba.

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As festividades de Natal realizadas em Curitiba tem ganhado destaque no cenário nacional, utilizando inclusive como estratégia de promoção o slogan Curitiba - Capital do Natal37. São diversos eventos realizados nos meses de novembro e dezembro como o Coral do Palácio Avenida, Galeria de Luz, concertos musicais, exposições de presépios, feiras e concursos de enfeites natalinos para o comércio e para bairros da cidade. Promovido pelo interesse de associações comerciais, conta com o apoio de entidades do trade turístico, como CCVB e entidades públicas como a prefeitura municipal e o governo estadual. Em 2012, estima-se uma movimentação de 350 mil visitantes38 em Curitiba, motivados pelas atrações natalinas. Vale destacar que nessa época do ano é realizada a Linha Natal, edição especial da Linha Turismo que visita os diversos pontos de referência natalina na cidade.

Segundo dados coletados em entrevista com representantes da Secretaria Municipal de Esportes, os eventos dessa natureza que compõem calendários nacionais e por essa razão, possuem maior potencial de atração de fluxos turísticos, são as a Meia maratona de Curitiba, realizada em junho e a Maratona de Curitiba39, realizada em novembro. Ainda, segundo dados coletados na entrevista, há outras quatro provas que compõem o calendário nacional de corridas de rua, porém estas, promovidas por empresas privadas e por essa razão, são menores e de menor destaque.

Ainda sob o âmbito de eventos esportivos, Curitiba integra o calendário de competições automobilísticas a exemplo da Stock Car e o Campeonato Mundial de Carros de Turismo organizados pela Federação Internacional de Automobilismo – FIA, realizados no Autódromo Internacional de Curitiba, mas localizado no município de Pinhais.

Cabe ressaltar que mesmo não havendo muita articulação entre as secretarias de esporte e turismo, segundo relato dos representantes da SMELJ, acontece durante as competições automobilísticas pesquisa de perfil, opinião e comportamento dos participantes, demonstrando a iniciativa e a participação do Instituto Municipal de Turismo em angariar dados sobre esses eventos. Isso acontece também para eventos artístico/culturais que possuem pesquisa referente ao perfil dos participantes, servindo como referência para análises importantes na definição de ações que possam potencializar a participação de visitantes nesses eventos. O quadro a seguir aponta para a classificação dos participantes nos eventos em que houve esta coleta de dados:

TABELA 39 - PARTICIPANTES EM EVENTOS 2011: PERCENTUAL

EVENTOS MORADOR DE CURITIBA MORADOR RMC TURISTA EXCURSIONISTA

Festival de Teatro 86,8 7,1 5,5 0,6

GIBICON 73,3 9,6 16,3 0,8

Oficina de Música 74,1 7 18,6 0,3

Virada Cultural 93,4 - 6,6 -

Natal 84,1 - 15,9 -

Stock Car / WTTC 60,7 20,5 11,6 7,2

FONTE: Instituto Municipal de Turismo – CTUR, 2011. Adaptado por Ambiens, 2012.

37 Disponível em: http://www.natalcuritiba.com.br Acesso: 18/12/12. 38 Disponível em: http://www.natalcuritiba.com.br/noticia/46/programacao-curitiba-capital-do-natal Acesso:

18/12/12. 39 Disponível em: http://www.maratonacuritiba.com.br/. Acesso: 28/11/12.

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É possível observar que os eventos programados que movimentaram maior número de turistas em 2011 foram a Oficina de Música, o Gibicon e as festividades de Natal. Os baixos índices de turistas participantes no Festival de Teatro e na Virada Cultural apontam para um potencial de atração de visitantes em função do porte e das características destes eventos que reúnem atrações de referência no cenário artístico/cultural local e nacional.

2.2.3.3 Equipamentos e serviços turísticos

No sistema de classificação nacional de atividades econômicas – CNAE40, os estabelecimentos do setor são denominados como: Atividades Características do Turismo – ACT. A classificação das atividades turísticas, a partir de 2003, em agrupamento específico demonstra a importância que essa atividade econômica vem conquistando em âmbito nacional, permitindo assim que alguns dados sejam produzidos para conhecimento da dinâmica do setor da econômica nacional. Para tanto, a classificação considerou como ACT as unidades econômicas que atuam no ramo relacionado ao serviço de transporte, alojamento, alimentação, animação e lazer, atividades culturais, entre outros.

Tais atividades possuem papel representativo nas economias nacionais e locais, gerando empregos diretos e indiretos onde existe movimentação de fluxos turísticos. São fundamentais para viabilizar a atividade turística, uma vez que são responsáveis por conectar e servir o visitante a partir do seu local de residência com o destino turístico, visão corroborada por Dias, quando afirma que são “os serviços e equipamentos turísticos que permitem que o turista satisfaça suas necessidades e possa realizar, de forma adequada, a visita aos recursos turísticos” (DIAS, 2003, p.181).

Segundo estudos do IBGE41, em 2006 o valor da produção das ACT no Brasil chegou a R$ 149,64 bilhões, atingindo 7,1% da produção do setor de serviços e 3,6% da economia brasileira. Os setores com maior participação nesse quadro de produção foram alimentação, transporte rodoviário, atividades recreativas, de lazer e desportivas e serviços de transporte aéreo.

• Análise de geração de trabalho e renda das atividades características do turismo

Os principais indicadores avaliados serão as quantidades de empresas relacionadas ao turismo e a quantidade de empregos gerados por elas ao longo do período de 2006 a 2011. Bem como, uma análise mais detalhada sobre a capacidade instalada da rede hoteleira em Curitiba e sua taxa de ocupação, finaliza a análise as considerações sobre os investimentos ocorridos e planejados para as atividades de turismo na cidade.

40 Conforme a Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) indicadas pela Comissão Nacional de

Classificação (CONCLA), segundo as recomendações da Organização Mundial do Turismo (OMT), que desenvolveu a Classificação Internacional Uniforme das Atividades Turísticas (Clasificación Internacional Uniforme de Actividades Turísticas - CIUAT), compatível com a International Standard Industrial Classification (ISIC), elaborada pelas Nações Unidas.

41 IBGE. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1379&id_pagina=1 Acesso: 11/12/2012.

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113 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

TABELA 40 - QUANTIDADE DE ESTABELECIMENTOS EM ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS DO TURISMO

CNAE 2.0 ATIVIDADE

ANOS 2006 2007 2008 2009 2010 2011

79112 Agências de Viagens 278 275 279 280 305 323

77217 Aluguel de Equipamentos Recreativos e Esportivos 11 9 13 16 17 19

52401 Atividades Auxiliares dos Transportes Aéreos 6 4 4 6 5 7

52290 Atividades Auxiliares dos Transportes Terrestres não Especificadas Anteriormente

44 52 52 57 54 69

55108 Hotéis e Similares 221 228 229 222 220 224

77195 Locação de Meios de Transporte, Exceto Automóveis sem condutor

11 9 13 16 17 19

79121 Operadores Turísticos 6 12 11 15 16 17

55906 Outros Tipos de Alojamento não Especificados Anteriormente

64 65 67 67 64 64

56112 Restaurantes e Outros Estabelecimentos de Serviços de Alimentação e Bebidas

2.866 3.032 3.127 3.280 3.460 3.546

79902 Serviços de Reservas e Outros Serviços de Turismo não Especificados Anteriormente

7 7 11 16 21 25

51111 Transporte Aéreo de Passageiros Regular 4 3 2 2 4 4

TOTAL 5.524 5.703 5.816 5.986 6.193 6.328

FONTE: MTE/RAIS. Elaboração: Ambiens.

Conforme se observa na tabela verifica-se que do total dos 6.328 estabelecimentos nas Atividades Características do Turismo - ACT, destes 82,14% do total são empresas relacionadas ao setor de alimentação fora do lar. Destaca-se que é uma atividade que não se presta exclusivamente ao turista, portanto deve-se relativizar esta preponderância e não tomar este dado como representativo para o conjunto no que se refere a análise da atividade turística.

Outro aspecto relevante na conformação do mercado refere-se às Agências de Viagem, segunda atividade mais representativa, conforme indicação da tabela acima, pois estão mais relacionadas a emissão de turistas a outros destinos do que de fato a recepção destes em Curitiba.

A terceira atividade de maior relevância na representação das unidades produtivas é de Hotéis e Similares, com 224 empresas instaladas na capital Paranaenses. Entre as ACTs são os Hotéis e Similares às atividades mais representativas da estrutura básica de recepção de turistas no destino, ainda que alguns estabelecimentos registrados, na prática, não atendem o visitante.

Com a exceção de atividades auxiliares como os Serviços de Reservas que cresceram 257% e de Operadores Turísticos que cresceu 183%, as demais atividades demonstraram pequena evolução. Embora o fluxo turístico tenha crescido consideravelmente ao longo do período, percebe-se que não refletiu sobre a totalidade das ACT, as quais cresceram globalmente no período apenas 22,7%.

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114 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Já ao eliminarmos os dados relativos às atividades de Restaurantes e assemelhados, bem como, as Agências de Viagens, para eliminar a variável destoante e a que se relaciona mais com a emissão de fluxo que a atração, com estas exclusões obtém-se para o ano de 2006 um total de 374 estabelecimentos e para 2011 um total de 448, revelando uma taxa de crescimento de 19,8% na quantidade de empresas nas ACTs.

A importância econômica das atividades características do Turismo em Curitiba pode ser percebida pela capacidade de geração de empregos. Novamente a atividade de Restaurantes e assemelhados concentra a maior parte do emprego gerado, participando com 77,3% do total do emprego, seguida por Hotéis e similares com 12,6% do total e por Agências de Viagens com 5,1% de participação na geração total de empregos no ano de 2011.

TABELA 41 - EMPREGOS EM ESTABELECIMENTOS DE ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS DO TURISMO

CNAE 2.0 ATIVIDADE

ANOS 2006 2007 2008 2009 2010 2011

79112 Agências de Viagens 1.266 1.251 1.449 1.473 1.628 1.668

77217 Aluguel de Equipamentos Recreativos e Esportivos 46 52 76 66 59 96

52401 Atividades Auxiliares dos Transportes Aéreos 117 141 143 228 265 287

52290 Atividades Auxiliares dos Transportes Terrestres não Especificadas Anteriormente 334 338 416 412 353 379

55108 Hotéis e Similares 3.501 3.617 3.705 3.574 3.769 4.134

77195 Locação de Meios de Transporte, Exceto Automóveis, sem Condutor 6 10 12 93 137 175

79121 Operadores Turísticos 23 115 99 120 138 162

55906 Outros Tipos de Alojamento não Especificados Anteriormente 346 315 299 349 323 322

56112 Restaurantes e Outros Estabelecimentos de Serviços de Alimentação e Bebidas 19.512 20.920 22.321 23.059 23.887 25.240

79902 Serviços de Reservas e Outros Serviços de Turismo não Especificados Anteriormente 23 17 27 61 64 90

51111 Transporte Aéreo de Passageiros Regular 4 54 80 103 109 103

TOTAL 27.184 28.837 30.635 31.547 32.742 34.667

FONTE: MTE/RAIS. Elaboração: Ambiens.

TABELA 42 - TOTAL DE EMPREGOS FORMAIS EM CURITIBA E NAS ACTS

VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS FORMAIS ANOS

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Total Vínculos Curitiba 716.519 738.441 771.798 833.585 848.850 898.099

Total Vínculos nas ACTs 25.178 26.830 28.627 29.538 30.732 32.656

% das ACTs no Total de Curitiba 3,51% 3,63% 3,71% 3,54% 3,62% 3,64%

FONTE: MTE/RAIS. Elaboração: Ambiens.

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A importância do total de empregos formais gerados nas Atividades Características do Turismo no total do emprego em Curitiba ao longo do período 2006 a 2011 praticamente não se altera e é inferior a 4% em todo o período com uma leve tendência de elevação de participação, de 3,51% em 2006 para 3,64% em 2011.42

Segundo dados do IBGE “em 2006, as atividades características do turismo respondiam por 3,6% da economia brasileira” 43, considerando a geração de empregos, é possível afirmar que em Curitiba o Turismo em importância econômica está na média brasileira, não caracterizando a cidade ainda como uma cidade turística, ou seja, uma cidade que tem na economia do Turismo um diferencial para o seus crescimento e desenvolvimento econômico.

A evolução do emprego nas ACTs e na cidade como um todo mostra uma grande igualdade de comportamento. Uma análise de correlação entre a empregabilidade total na cidade de Curitiba e os empregos nas ACTs revela um ajuste quase perfeito, com um valor do índice de correlação de 0,98, de modo que o crescimento dos empregos tanto em Curitiba como nas ACTs variaram praticamente igualmente ao longo dos anos de 2006 a 2011.

Dentre as atividades características do Turismo a Locação de Veículos foi a que mais cresceu sua geração de emprego, de 2006 a 2011 aumentou 2,8% a geração de empregos, contudo, sua importância na geração total em 2011 foi de apenas 0,54%.

As atividades que mais empregam na cadeia turística em Curitiba correspondem aos Restaurantes que cresceram na geração de emprego em 29,4%; os Hotéis em 18,1% e as Agências de Viagens em 31,8%. Globalmente, o crescimento da geração de empregos foi de 30,9%, muito abaixo também do crescimento do fluxo turístico em Curitiba que foi de 38,8%, porém, acima da quantidade de estabelecimentos, que foi de 22,7%. Assim, percebe-se que havia um nível de ociosidade nos estabelecimentos que permitiu o crescimento da geração de empregos sem a necessidade de aumento em mesma proporção da quantidade de estabelecimentos.

GRÁFICO 20 - SALÁRIO MÉDIO (SM) EM CURITIBA: GERAL, SETOR DE SERVIÇOS E ACTS (R$)

42 Este valor de participação inclui a participação dos Restaurantes e Agências de Turismo, por isso, esta

participação. 43 IGBE. Sala de Imprensa, Economia do Turismo. Disponível em:

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1379&id_pagina=1

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116 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

FONTE: MTE/RAIS. Elaboração: Ambiens.

O salário médio nas ACTs em Curitiba foi o que apresentou maior taxa média de crescimento de 2006 a 2011, com um crescimento de 66,85% ante 52% dos salários dos empregados no Setor de Serviços e 53,4% do crescimento do salário médio em Curitiba.

O crescimento do salário médio nas ACTs acima da média de Curitiba e das atividades de serviços, no entanto, não foi capaz de igualar as remunerações. Em 2011, um trabalhador de ACTs recebia em média apenas 51,86% do salário dos trabalhadores dos Serviços, e somente 43,72% do que em média recebe um trabalhador em Curitiba. Nesse sentido, é possível fazer uma relação entre salário médio das ACTs com o grau de escolaridade da mão de obra, em que “há uma tendência de remuneração de 1 a 1,5 salários mínimos até o ensino fundamental, incrementando com o ensino médio para intervalo entre 1,51 a 2 salários mínimos e com o ensino superior para 2,1 a 3 salários mínimos. Contudo, ressalta-se a baixa remuneração da atividade, como ocorre em outros locais do Brasil” (PDITS – C, RM e CG, 2010, p. 43-44).

Investimentos

Segundo a análise realizada pelo Ministério do Turismo (MTUR) e Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), em novembro de 2010, sobre os investimentos no mercado de turismo brasileiro, naquele ano o total de financiamentos concedidos às atividades relacionadas ao turismo somou um total de 3,7 bilhões de dólares, contra um total de 619 milhões de dólares ocorridos em 2003.

O Ministério não desmembra por unidades da federação ou por cidades os destinos dos recursos, contudo, para o Brasil como um todo este crescimento foi de 500%. Estimando-se que parte destes recursos atenda Curitiba, na mesma proporção que a cidade tem de importância no PIB brasileiro de 1,41%, dos 3,7 bilhões de investimentos no Turismo nacional, estima-se que cerca de 52,217 milhões foram investidos em Curitiba no ano de 2011.

Segundo os dados do Balanço Financeiro do Instituto Municipal de Turismo de 2011, a Despesa Total do ano de 2011 foi de R$ 5.430.617,51 e, deste total, R$ 1.872.587,73. As demais despesas correntes somaram R$ 3.542.573,60 que representa 65,23% e somente R$ 15.456,18 que significa apenas 0,3% foi investimentos em bens de capital.

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Considerando que a promoção de eventos e pagamento por campanhas de marketing relacionadas ao Turismo na cidade e seus eventos não constituem investimentos em capital, mas tem para a área de Turismo um efeito de elevar o potencial de atração de turistas, a pequena soma em investimentos pelo Instituto Municipal de Turismo de Curitiba não se configura uma questão relevante.

Contudo, o orçamento reduzido em relação à movimentação de receitas com o turismo na cidade e sua representação em termos de emprego e renda sim, uma vez que a atividade de Turismo em Curitiba emprega 3,63% da população e gera uma massa de remuneração por emprego formal de 33,590 milhões de Reais mensais, cerca de 436 milhões de Reais anuais.

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• Meios de Hospedagem

Os meios de hospedagem se constituem como um dos serviços básicos ao funcionamento da atividade turística. Atualmente, há uma diversidade de tipos de estabelecimentos de hospedagem atendendo públicos com diferentes perfis de necessidades e desejos. Atua como um potencial agente de desenvolvimento econômico em razão dos demais segmentos que envolve, seja a construção civil, indústria de móveis, equipamentos eletrônicos, entre outros. “A hospedagem, ou acomodação, é o maior setor dentro da economia turística e também o mais presente. Com poucas exceções, os turistas querem um local em que possam descansar e recuperar suas energias durante as viagens ou estadas em uma destinação” (COOPER, 2007, p. 350).

Segundo pesquisas publicadas em 2011 pela empresa de consultoria, Jones Lang Lasalle Hotels 44, o número total de hotéis e flats no Brasil administrados por cadeias hoteleiras nacionais e internacionais somado a uma estimativa dos hotéis independentes chega 9.564 e 448.872 unidades habitacionais. A mesma pesquisa mostra também:

• Crescimento de cerca de 8% na taxa de ocupação média em comparação aos anos de 2009 e 2010, atingindo 68%.

• Aumento do valor médio das diárias em aproximadamente 9%, registrando em 2010 um valor de R$ 180,00.

• Em 2010, crescimento de 17,3% em relação a 2009 do RevPAR (Revenue Per Available Room), índice que combina a taxa de ocupação e a diária média, representando a receita de apartamentos por apartamento disponível, chegando a R$ 122,00.

• Existência de 198 projetos hoteleiros em construção ou em fase adiantada de planejamento que serão afiliados às principais redes hoteleiras em operação no Brasil, acrescentando 30.451 novos apartamentos com concentração principal nos segmentos econômico e superior.

Os dados do setor mostram boas perspectivas de crescimento de mercado, cerca de 37% entre 2011 a 2017, segundo dados da demanda descritos no primeiro capítulo deste relatório, atreladas, principalmente, à realização de eventos internacionais no Brasil nos próximos anos. Este cenário tem atraído os olhares de investidores estrangeiros e segundo a mesma pesquisa, Curitiba, uma das cidades sede da Copa do Mundo da FIFA 2014, também está inserida nesse contexto. Com base nesse cenário, estimulado, principalmente pela presença de eventos esportivos de porte internacional, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou, desde 2010, uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para o setor, com o principal objetivo de a reforma, ampliação e construção de novos empreendimentos, ou seja, entende-se como relevante investir no setor para sua qualificação e expansão nacional. Além de linhas de créditos o setor tem estímulos com

44 Hotelaria em Números 2011. Disponível em:

http://www.joneslanglasalle.com.br/ResearchLevel1/Hotelaria%20em%20numeros%20-%20%20Brasil%202011.pdf. Acesso: 11/12/2012.

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119 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

programas de qualificação realizados pelo governo federal e organizações do setor, incentivo de redução da sazonalidade com o programa “Viaje Mais – Melhor Idade”.

Curitiba apresenta hoje uma boa capacidade de atendimento com um total de 136 equipamentos com características próprias para atendimento de necessidades de visitantes, demonstrado no quadro a seguir, a partir da Pesquisa Primária realizada com os equipamentos, descrita na introdução deste capítulo.

TABELA 43 - CAPACIDADE DE ATENDIMENTO DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM

PORTE DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM QUANTIDADE UHS LEITOS

GRANDE 23 3.231 5.554

MÉDIO 54 4.235 7.796

PEQUENO 59 2.032 4.298

TOTAL 136 9.498 17.648

FONTE: PCQ, 2012. Elaboração: Ambiens.

Segundo entrevista fornecida ao veículo de informação técnica do setor 45, o Presidente do Curitiba Convention and Visitors Bureau, Dario Paixão, afirma que Curitiba possui uma oferta hoteleira que atende satisfatoriamente a demanda local, principalmente a relacionada a eventos técnico/científicos e comerciais, a exemplo de dois grandes congressos das áreas jurídica e de saúde, atendendo um público de 7000 participantes cada. Há que se destacar que, em razão do aquecimento do mercado e das perspectivas de crescimento já citadas, estudos46 apontam para oportunidade de implantação de novos empreendimentos hoteleiros, principalmente para atendimento do segmento de mercado econômico, sem causar influência negativa no mercado em função de uma possível superoferta de unidades habitacionais e leitos.

Como tratado na seção acima, observa-se o crescimento no número de empregos gerados pelo setor, demonstrando boa capacidade de absorção de mão de obra, principalmente entre os anos de 2010 e 2011. Segundo os dados da RAIS – Ministério do Trabalho, o setor atingiu em 2011 um total de 4.134 postos de trabalho ocupados no ramo da hotelaria e similares, que inclui as pequenas hospedarias, também classificadas nesse segmento das ACTs.

TABELA 44 - EMPREGOS GERADOS – SÉRIE HISTÓRICA

Empregos Gerados 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Hotéis e Similares 3.501 3.617 3.705 3.574 3.769 4.134

FONTE: MTE/RAIS. Elaboração: Ambiens.

Ao analisar a idade média dos estabelecimentos avaliados na PCQ, percebe-se que a maioria (43,9%) está a menos tempo instalada, com inauguração a partir do ano 2000, sendo a idade média geral dos equipamentos é de 17,1 anos, demonstrando ser uma

45 PAIXÃO, D. Me orgulho da oferta hoteleira curitibana. Diário do Turismo, Curitiba

http://www.diariodoturismo.com.br/18_64_28_6_45_,dario-paixao-me-orgulho-da-oferta-hoteleira-curitibana.html. Acesso: 18/12/12.

46 Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id=1259391&tit=Reajuste-da-diaria-anima-setor-hoteleiro-na-capital. Acesso: 18/12/12.

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120 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

atividade econômica estável. Ainda sob esta perspectiva, nota-se que a média de idade dos estabelecimentos de pequeno porte é superior às demais atingindo 20,4 anos, enquanto que os de grande e médio porte possuem, respectivamente, 17,3 e 13,4 anos. Esta última análise é corroborada pelo fato de que os estabelecimentos de pequeno porte possuem normalmente modelos de gestão locais e muitas vezes, familiares, com implantação anterior à vinda das grandes bandeiras internacionais que em geral, possuem equipamentos com estruturas maiores.

Observando o desenvolvimento da taxa média de ocupação em Curitiba em relação à unidade habitacional, constata-se, ao avaliar a série histórica apresentada no quadro a seguir, um crescimento de 25,3%, saindo de 56% em 2007 para 70,2% em 2011.

TABELA 45 - TAXA MÉDIA DE OCUPAÇÃO: COMPARATIVO CURITIBA E BRASIL

TAXA MÉDIA DE OCUPAÇÃO POR UH MÉDIA DE CURITIBA

2007 2008 2009 2010 2011 56% 65% 60,4% 63,4% 70,2%

MÉDIA NACIONAL 2007 2008 2009 2010 2011

63% 65% 63% 68% 69%

FONTE: Jones Lang Lasalle Hotels e FOHB47. Elaboração: Ambiens.

Segundo Quintas (1998), a taxa de ocupação que assegura ao empreendedor resultados satisfatórios é de 70%. A baixa ocupação acaba por trazer consequências a qualidade do serviço, sem investimentos na qualificação física e profissional, bem como a relação da elasticidade preço, com o aumento ou a queda exacerbado no preço da diária.

Com o crescimento da taxa de ocupação hoteleira, é importante analisar a oferta no número de leitos para a Copa do Mundo da FIFA 2014. Estudos do BNDES 48 estimam que a utilização dos leitos na rede hoteleira local corresponde a cerca de 30% da capacidade de cada estádio. Assim, como o Estádio Joaquim Américo Guimarães (Arena da Baixada) comportará 41 mil torcedores, a demanda hoteleira em função do evento será de 12,3 mil leitos.

Os dados deste estudo afirmam que Curitiba não necessitará da ampliação da oferta de leitos para atendimento da demanda no evento esportivo. Porém, se analisarmos a oferta atual de leitos em Curitiba (17.648) e a taxa média de ocupação em 2011 (70,2%), tem-se um total de 12.388 leitos ocupados e 5.260 leitos não utilizados em média. Considerando que essa a taxa média de ocupação permaneça estável nos próximos dois anos e dado que somente para o evento esportivo serão necessários 12,3 mil leitos, Curitiba poderá apresentar dificuldades em comportar a demanda circunstancial do evento Copa do Mundo da FIFA 2014.

Curitiba apresentou em 2011 um valor médio de diária de R$ 171,25. Em comparação com a média nacional (R$ 207,81) percebe-se uma diferença significativa, ao passo que a

47 Disponível em: http://www.fohb.com.br/info/InFOHB%202%20ed.%20especial%202011.pdf. Acesso:

12/12/2012. 48 BNDES. Perspectivas da Hotelaria no Brasil. Disponível em:

http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/set3301.pdf. Acesso: 11/12/12.

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121 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

mesma comparação com destinos como São Paulo, (R$ 227,41) Porto Alegre (R$ 212,82), e Belo Horizonte (R$ 219,41), cidades que apresentam como segmento alvo o turismo de negócios e apresentam características geográficas similares às de Curitiba (distante do litoral), mostra um diferencial de mercado em razão de apresentar o valor médio das diárias inferior às demais capitais. Já em relação ao RevPar, Curitiba apresentou resultados negativos (R$ 120,19), e em comparação com a média nacional (R$ 143,42), o resultado foi influenciado pela menor valor da diária.

A PCQ mostra ainda a relação com os principais mercados geográficos atendidos. Ao serem questionados sobre as principais procedências dos turistas49, exceto os visitantes do próprio estado, os entrevistados apontaram para: (i) sudeste, com 42,35%; (ii) sul, com 36,23%; (iii) exterior, com 6,28%; (iv) norte, com 5,31%, (v) centro-oeste, com 4,99% e; (vi) nordeste, com 4,51%. Dados estes que corroboram a pesquisa de demanda (CTUR) e que apontam para maior participação de mercado de 03 mercados geográficos, exceto Paraná, a citar: sudeste (32,8%), sul (18,5%) e exterior (4,1%).

Em relação aos segmentos meta, os entrevistados da PCQ confirmam os dados da pesquisa de demanda quando apontam maior fluxo de visitantes em Curitiba motivados a negócios e atividades profissionais, tendo sido citado como motivação principal da viagem em 85,3% das respostas. Como segunda opção mais citada, destacam-se participação em eventos e cultura e lazer.

A grande concentração de citações direcionadas a negócios e eventos como principais motivações, corroboram com a percepção de qualidade dos serviços voltados a esses segmentos, conforme descrito também no PDITS elaborado para o Polo de Curitiba, Região Metropolitana e Campos Gerais, quando destaca que municípios como Curitiba e São José dos Pinhais concentram fluxos motivados por esses segmentos. Por outro lado, a opção por cultura e lazer ganhou destaque somente na terceira classe mais citada, com 42,4% de respostas. Cabe observar que não houve nenhuma resposta considerando a opção de cultura e lazer como motivação principal, conforme gráfico apresentado a seguir:

GRÁFICO 21 - MOTIVAÇÕES DE VIAGEM IDENTIFICADAS NOS MEIOS DE HOSPEDAGEM

FONTE: Ambiens - PCQ, 2012.

49 Para o cálculo das procedências, foi aplicado peso 3, para a primeira região citada, peso 2 para a segunda e

peso 1 para a terceira.

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122 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Conforme se observou, dois dos maiores segmentos de mercado que utilizam os serviços de hospedagem em Curitiba estão ligados a negócios e participação em eventos. Para estes nichos uma característica importante se configura na oferta de serviços de apoio à participação nos eventos que proporcionem praticidade e agilidade, principalmente em relação aos serviços de alimentação e hospedagem. Nesse sentido, a PCQ aponta uma concentração de hotéis na região central da cidade, principalmente nos bairros Centro, São Francisco, Mercês, Bigorrilho, Centro Cívico, Alto da Glória, Alto da XV, Rebouças e Batel, com um percentual de 75,6% dos equipamentos (Ver Mapa 12 – Meios de Hospedagem). Essa concentração permite acesso aos modais de transporte com maior facilidade além de outros serviços que estão concentrados nessa região da cidade. Há que se destacar, no entanto, que tal concentração não está próxima dos três maiores centros de eventos da cidade, situados nos bairros Cidade Industrial e Santo Inácio e no Município de Pinhais, vizinho à Curitiba.

Os meios de hospedagem de Curitiba possuem, na maioria dos casos, serviços que vão além da simples hospedagem dos visitantes, configurando-se como diferenciais na escolha por serviços com valor agregado.

Um serviço que hoje já se tornou comum é o acesso à internet, presente em todos os equipamentos pesquisados e, somente um, de pequeno porte, afirmou não oferecer nenhum serviço extra além deste. Entre os serviços que são oferecidos e tiveram mais citações na PCQ foram: (i) Restaurante (73%); (ii) Espaço para eventos (68,2%); (iii) Manobrista (68%); (iv) Alimentação 24 horas (51%); (v) Piscina (46,3%); (v) Academia (41%) e; (vi) Sauna (31%). Já em relação à oferta de estruturas de acessibilidade, somente os de grande e médio porte possuem no mínimo 02 ou mais itens, como vaga de estacionamento, acesso a cadeirante, quartos e instalações sanitárias adaptadas.

Quando comparadas às políticas e níveis de preço aos dados da PCQ, constata-se que o valor médio da diária é proporcional ao porte dos equipamentos, sendo mais alto nos de grande porte, com um valor médio de R$ 236,00 e menor nos de pequeno porte, com valor médio de R$ 114,00. Constata-se também que, entre os equipamentos pesquisados, 78% atuam com políticas de desconto com porcentagens que variam de 10 a 45%.

A avaliação dos sistemas de promoção e comercialização é satisfatória para a maioria dos equipamentos analisados na PCQ. Somente 9,75% dos entrevistados afirmaram não possuir nenhum meio de promoção e todos estes são de pequeno porte. Vale ressaltar que mesmo no grupo dos equipamentos de pequeno porte há 25% que integram alguma rede nacional ou internacional, o que naturalmente viabiliza melhores opções de meios de promoção e comercialização. Já os equipamentos de médio e grande porte apontam para no mínimo dois meios de comunicação utilizados chegando a um número máximo de nove meios para um dos equipamentos de grande porte, demonstrando também a relação entre o tamanho da estrutura disponível e a capacidade de variação nos sistemas de promoção.

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123 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

TABELA 46 - MEIOS DE DIVULGAÇÃO UTILIZADOS

Bairro Porte Sem Sistema

de Divulgação

Outdoor Parceria com Agências de

Viagem Site Próprio

Participação em Feiras

Sites de Terceiros

Material Impresso

Batel

Grande

1 1 1 1

Médio

1 3 3 3 3 3

Pequeno

1 1 1 1

Bigorrilho Médio

1 1

1 1

Campo Comprido Pequeno

1 1 1 1 1

Centro

Grande

2 4 6 3 3 6

Médio

4 7 9 5 6 6

Pequeno 3

4 8 2 4 5

Centro Cívico Médio

1 1 2 2 2 1

Pequeno

1

CIC Médio

2 2 2 1 2 1

Prado Velho Médio

1 1

1

Rebouças Pequeno

1 1 1 1 1 1

Seminário Pequeno 1

TOTAL GERAL 4 11 26 37 20 26 26

FONTE: Ambiens - PCQ, 2012.

O grau de integração de oferta no município apontada na PCQ acompanha os resultados da cadeia produtiva50, que apresentam maior número de equipamentos independentes (48,8%), seguidos dos integrantes de redes nacionais (36,6%) e internacionais (14,6%) e entre os equipamentos de grande e médio porte 68% fazem parte destas redes.

Entre os equipamentos independentes, 35% afirmaram ter algum vínculo com entidades de classe do setor, já os empreendimentos pertencentes às cadeias nacionais registram 53% e as internacionais, 83,3%, sendo que do total dos equipamentos analisados somente 36,6% afirmam estar vinculados a associações, apresentando como entidades mais citadas o CCVB com 39% e a ABIH com 14%.

A PCQ demonstra que 75% dos equipamentos que realizaram algum tipo de reforma, melhoria ou ampliação, somente 9,1% afirmaram ter acessado alguma linha de crédito apontando para a aplicação de capital próprio. Os dados da pesquisa primária (2012) sobre os tipos de investimento turístico se assemelham aos da cadeia produtiva (2006), demonstrando a constante preocupação dos gestores em manter ou melhorar das estruturas disponíveis.

Dados divulgados na pesquisa da cadeia produtiva em relação às características da mão de obra no setor apontam para um baixo nível de escolaridade, chegando a 23% com ensino

50 A PCQ foi utilizada como fonte principal de dados para análise dos equipamentos de meios de hospedagem,

utilizando-se da pesquisa da cadeia produtiva somente para dados complementares à PCQ.

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124 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

fundamental 51, 38,3% com ensino médio, 13,1% de funcionários com ensino superior e somente 1,3% com algum tipo de especialização.

Apesar do baixo índice de escolaridade, observa-se52 que 63,4% dos equipamentos exigem algum tipo de qualificação como cursos, capacitações e experiência profissional, no momento da contratação dos funcionários. Nesse sentido, a necessidade de capacitação de mão de obra registrada na PCQ aponta para melhoria de questões relacionadas a conhecimento e desenvolvimento de habilidades pessoais, com foco principal voltado ao atendimento e idiomas. Outras necessidades, porém menos citadas, estão relacionadas a questões operacionais do setor, como pode ser observado no gráfico a seguir.

GRÁFICO 22 - NECESSIDADES DE CAPACITAÇÃO

26,028,6

20,8

5,23,9 3,9 3,9

2,6 2,6 2,6

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

FONTE: Ambiens - PCQ, 2012.

Percebe-se uma pequena parcela de equipamentos com algum tipo de sistema de certificação de qualidade, principalmente sob o aspecto da gestão ambiental (12,2%) bem como referente à qualidade, apresentando-se somente em 24% dos equipamentos pesquisados, divididos entre grande e médio porte. Entre as certificações citadas estão Guia Quatro Rodas, ABIH, SINDOTEL e Trip Advisor. Os dados da cadeia produtiva do turismo apontam para bons índices de coleta seletiva de lixo com 86,8% de respostas positivas e somente 0,9% de equipamentos com sistema de gerenciamento de resíduos.

• Serviços de Alimentação

À medida que os serviços de alimentação atendem uma das necessidades básicas do ser humano, o de nutrição, fica evidente a sua importância dentro da dinâmica do turismo, pois, ao mesmo, tempo proporciona o contato com aspectos culturais e econômicos das localidades visitadas. Neste sentido, para além do atendimento das necessidades sociais e culturais da população local e visitantes, é uma relevante atividade econômica, sendo esta a mais representativa das ACT em termos de Unidades Produtiva e geração de Postos de Trabalho.

51 Completo e incompleto. 52 PCQ

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125 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

A oferta de serviços de alimentação em Curitiba demonstra a boa quantidade e variedade de restaurantes e similares, totalizando em 2011, segundo dados do MTE/RAIS, mais de 3.500 estabelecimentos, o que inclui todos os tipos de serviços de alimentação fora do lar, ou seja, não representando na essência a parte desse setor que é de interesse turístico.

Portanto, a análise se baseia nos dados do inventário turístico, no qual constam 575 estabelecimentos. A relação de empreendimentos inventariados demonstra a variedade de opções gastronômicas que oferta o destino Curitiba, chegando a mais de 25 tipos de especialidades, conforme o gráfico a seguir:

GRÁFICO 23 - QUANTIDADE DE RESTAURANTES EM FUNÇÃO DA VARIEDADE GASTRONÔMICA

79

73 72 71 70

35

25 25 25

14 14 1310 9 7 7 6 5 4 3 3 2 2 1

05

10152025303540455055606570758085

FONTE: Inventário Turístico, CTUR – 2010. Elaboração: Ambiens.

Mesmo não havendo um dado estatístico sobre a capacidade de atendimento em razão do número de pessoas que cada estabelecimento comporta, pode-se afirmar que essa relação de equipamentos e suas variedades gastronômicas têm um bom potencial de atendimento à população local e visitantes.

É válido observar também as maiores concentrações desses equipamentos pela cidade, com destaque ao grande número nos bairros Batel, Centro, Água Verde, Santa Felicidade e demais bairros adjacentes, como Centro Cívico, São Francisco e Alto da Rua XV, conforme demonstra Mapa 07 - Áreas Verdes. Nestes bairros de maior incidência, há uma tendência a se formar grupos empresariais que juntos desenvolvem ações em conjunto com foco principal no aumento do fluxo de clientes/visitantes, no formato de polos gastronômicos, como tratado no item “Conjuntos Turísticos” do presente capítulo em análise.

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126 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Ainda, em relação à territorialidade dos serviços de alimentação fora do interesse turístico, destacam-se, da mesma forma, os serviços de hospedagem os bairros do Centro e Batel como os de grande concentração destes empreendimentos.

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127 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

GRÁFICO 24 - CONCENTRAÇÃO TERRITORIAL DOS EMPREENDIMENTOS DE ALIMENTAÇÃO

10399

48

34

29 2927

22 21 2016

10 10 10 9 8 8 7 6 6 5 5 4 4 4

0

20

40

60

80

100

120

FONTE: Inventário Turístico, CTUR – 2010.

A concentração dos serviços de alimentação pode proporcionar uma maior organização dos empreendimentos a fim de se qualificar para o atendimento ao público, sejam moradores ou visitantes. Isso já acontece na Praça Espanha e conta, inclusive, com o apoio do Instituto Municipal de Turismo, com incentivo às ações realizadas pelo grupo empresarial ali presente (Batel Soho53), movimentando a população com atividades culturais e recreativas todos os sábados nesta praça.

Outro polo já consolidado e com representatividade local é o bairro de Santa Felicidade, conhecido pela oferta de gastronomia italiana e restaurantes de destaque pelo tamanho e história. Casos como estes podem ser replicados aos demais polos informais, a exemplo da Avenida do Batel, na Rua Itupava (Alto da Rua XV) e no Setor Histórico, que já apresenta iniciativas desse gênero.

Partindo para uma análise de indicadores de desempenho, segundo o estudo de trabalho e renda RAIS, o número de empregos gerados pelo setor de alimentos e bebidas em Curitiba, em 2011, foi de 25.240. Este número se apresenta crescente se comparado à análise histórica dos últimos cinco anos.

Já em relação ao perfil da demanda, segundo a pesquisa da Cadeia Produtiva do Turismo de Curitiba – CPTC (IPARDES, 2009) quando analisados os principais mercados geográficos atendidos, é possível observar um grande volume de moradores locais (95,3%) e um equilíbrio entre visitantes de outras cidades do Paraná (54,9%), outros estados

53 Disponível em: http://batelsoho.blogspot.com.br/p/batel-soho.html. Acesso: 13/12/12.

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(50,2%) e países (49,2%). Estes dados acompanham os resultados da pesquisa de demanda divulgada pelo CTUR em 2010, o qual acusava maior fluxo de visitantes do próprio estado, seguido de outras regiões do Brasil e do exterior.

Os tipos e níveis de serviços prestados variam de itens básicos, como a oferta de cadeirinhas adaptadas para as crianças, estacionamento e música ambiente a serviços mais customizados como música ao vivo, serviços de Valet e áreas de lazer para crianças. Um aspecto negativo avaliado em relação aos serviços complementares está relacionado à pequena quantidade de empreendimentos que atendem fora do horário padrão de alimentação, com menor incidência ainda daqueles que atendem durante 24 horas.

Em relação às políticas e níveis de preço, como há uma grande diversidade de opções gastronômicas e, por consequência, uma grande variedade de níveis de preços proporcionais às especificidades de casa culinária, Curitiba apresenta uma grande variação de preço, oferecendo opções aos diferentes públicos.

Os sistemas de promoção e comercialização mais utilizados pelos empreendimentos, segundo dados da CPTC, são materiais impressos (60,8%) e mídia (30,5%). Sobre os materiais impressos, destaca-se um guia da ABRASEL com informações dos empreendimentos associados que são distribuídos gratuitamente, além dos flyers e folders próprios de cada empreendimento.

Um desafio do setor, segundo dados da CPTC, é contratar empregados qualificados. Ao avaliar as características dos funcionários, constata-se que o nível de capacitação dos recursos humanos nesse segmento é baixo, tendo maior concentração de mão de obra com níveis escolares de fundamental completo (16,7%), médio incompleto (15,9%) e médio completo (35,1%). Tendo apresentado esse dado, observa-se que no momento da contratação 53% dos gestores exigem experiência de trabalho e no geral, 74,3% realizam algum tipo de treinamento aos colaboradores.

Nota-se que a maioria dos empreendimentos são locais (76,2%) e entre cadeias internacionais, nacionais, estaduais e franquias somam 23,2% dos equipamentos pesquisados. Observando os dados referentes ao perfil da gestão dos empreendimentos, constata-se que 83,4% são administrados pelo proprietário e 29,8% utilizam serviços de gerentes.

Em relação ao nível de integração com mercado turístico, este demonstra ser pequeno, se analisado o potencial de interação geral do segmento. Entre os estabelecimentos pesquisados, 40,4% disseram não fazer parte de nenhuma entidade de classe, 25,7% são representadas pela associação da classe e 40,8% pelo sindicato. Entretanto, como já tratado, algumas iniciativas apresentam um potencial de integração do mercado em relação ao espaço geográfico específico.

Já os índices de coleta seletiva de lixo e licença ambiental apresentam melhores resultados, todos componentes do indicador de sistemas de certificação e de qualidade. Os dados da cadeia produtiva apontam para 80,3% dos empreendimentos que realizam coleta seletiva; 71,5% que possuem licença ambiental. Percebe-se, entretanto, menor incidência de práticas relacionadas aos planos de gerenciamento de resíduos (40,4%).

• Equipamentos e Serviços de Eventos

O setor de eventos constitui-se em um segmento importante para o turismo, contribuindo de forma expressiva para a promoção da área turística. Isso fica ainda mais evidente em

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129 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Curitiba quando se observa dados da pesquisa de demanda turística54, que apresenta maior fluxo de visitantes à cidade em 2009 motivados a negócios e motivos profissionais (38,1%) que na maioria das vezes demanda equipamentos e serviços especializados. Outro importante dado faz referência à motivação para participação em eventos/acontecimentos programados (7,6%), sinalizando para o consumo de eventos culturais e artísticos que da mesma forma, necessitam de estruturas próprias para serem realizadas.

Em relação aos equipamentos esportivos55, Curitiba não dispõe de estruturas aptas a receber eventos de grande porte. Entre os eventos de destaque realizados na área turística, estão os automobilísticos, que utilizam estrutura do Autódromo Internacional localizado em Pinhais, e as corridas de rua, com destaque para as que compõem o calendário nacional de corridas. Entre elas estão a Meia Maratona e a Maratona de Curitiba.

Para a pesquisa primária realizada com os demais equipamentos de eventos, foi utilizada como fonte de dados a lista dos empreendimentos constantes no inventário turístico municipal, com atualizações feitas pela equipe consultora. A lista original apresenta equipamentos diversos, públicos e privados, entre eles alguns que não representam o foco da investigação, uma vez que a intenção é analisar os espaços com potencial para realização de eventos técnico/científicos, culturais e esportivos, excluindo-se assim os equipamentos utilizados somente para eventos sociais, como festas de formatura, casamentos e similares. Ainda nesse sentido, mesmo sabendo da importante participação dos diversos equipamentos de hospedagem que possuem estrutura para realização de eventos na cidade, os mesmos não foram incluídos pela pequena participação na realização de eventos de médio e grande porte.

Com base nessa perspectiva, identifica-se em Curitiba um total de vinte e oito56 equipamentos em funcionamento com estrutura para realização de eventos técnico-científicos e cultural-artísticos, como teatros, auditórios, áreas adaptáveis para encontros corporativos e pavilhões para feiras e exposições. Vale destacar que um destes equipamentos está situado em Pinhais, município vizinho da região metropolitana de Curitiba, mas atende a eventos promovidos e organizados por empresas e entidades localizados na área turística em estudo e, por esta razão, faz parte do objeto de pesquisa deste tema.

Entre os equipamentos identificados somente 32,1% são públicos, havendo situações de defasagem em relação às estruturas, a exemplo do Centro de Convenções de Curitiba que, mesmo localizado na região central da cidade, apresenta instalações antigas (1991) e com pouca variedade de oferta de serviços.

A maioria dos espaços pesquisados (85,7%) possui, fundamentalmente, estrutura de auditório e teatro e, se somado à capacidade de atendimento destes espaços, tem-se um número de atendimento de 24.000 pessoas. Os teatros pesquisados, normalmente realizam eventos cultural/artístico e eventualmente são utilizados para eventos acadêmicos e técnico/científicos, a exemplo da Ópera de Arame, do Teatro da Reitoria, e do Teatro Londrina no Memorial de Curitiba.

Entre os teatros com maior capacidade de atendimento estão o Teatro Positivo, anexo à Expo Unimed (2.400 pessoas), o Teatro Guaíra (2.167 pessoas) e a Ópera de Arame (1.572 pessoas), sendo que há entre os 13 listados alguns com pequena capacidade de

54 CTUR, 2010. 55 Entrevista com representantes da Secretaria Municipal de Esportes realizada no dia 29/10/12. 56 Ambiens, 2012.

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atendimento, de 100 a 500 pessoas. Já os auditórios apresentam características de uso mais voltado para eventos corporativos e técnico/científicos, a exemplo do Centro de Convenções de Curitiba (1300 pessoas) e o Centro de Eventos da FIEP (880 pessoas).

Ainda em análise da diversidade de equipamentos, observa-se que somente 28,6% apresentam área para realização de encontros corporativos no formato de exposições e convenções. Ao analisar o número de equipamentos contendo pavilhão para grandes feiras, o percentual é ainda menor, chegando a 17,9%. Além disso, se observados os equipamentos com disponibilidade de estruturas diversas para atendimento a eventos de médio e grande porte que necessitem de uso simultâneo de auditório(s), área de exposição e pavilhão de feiras, o número de equipamentos cai para 03 com a observação de que um deles está localizado em Pinhais, distante do raio central de Curitiba.

QUADRO 3 - EQUIPAMENTOS COM CAPACIDADE DE ATENDIMENTO A FEIRAS E CONVENÇÕES

EQUIPAMENTO ÁREA TOTAL PARA FEIRAS E EXPOSIÇÕES - M2 (COBERTA)

ÁREA TOTAL PARA FEIRAS E EXPOSIÇÕES - M2 (NÃO

COBERTA)

CAPACIDADE DO AUDITÓRIO

Centro de Eventos FIEP 5.800 - 900

Expo Renault Barigui 5.000 - -

Expo Unimed Curitiba 7.600 - 2.400

Expotrade Pinhais 23.000 25.000 7.000

FONTE: Ambiens, 2012.

Mesmo com esse cenário, ao analisar o relatório do Ministério do Turismo sobre a competitividade de produtos turísticos, Curitiba aparece como destino próprio para realização de feiras de negócios, classificada como de nível 457 (mesma classificação que a cidade de São Paulo), que representa um estágio avançado de desenvolvimento para atividades do segmento. Segundo mesmo documento “para a realização destas feiras são exigidas do destino estruturas amplas e variedade de serviços para seu planejamento montagem e execução” (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2011, P. 47).

Nesse sentido, a relação de serviços e equipamentos de apoio disponíveis na cidade e que prestam serviços de qualidade é grande, sejam elas empresas organizadoras, agências de recursos humanos, empresas de design, montagem de stands, aluguel de equipamentos, locação de veículos, agência de viagens, gráficas e outros segmentos atrelados à atividade.

Essa situação se repete quando analisados equipamentos com áreas não cobertas que possibilitam a realização, por exemplo, de grandes shows, sendo constatado somente em Pinhais. Os demais espaços com essa característica, a exemplo dos estádios de futebol e da Pedreira Paulo Leminski, não fizeram parte do foco de investigação por não possuir como função principal este tipo de atividade e/ou por estar temporariamente desativado. Vale ressaltar que após o término da reforma na Arena da Baixada, a mesma terá estrutura

57 A escala de classificação vai de 1 a 5, sendo o nível 4 aquele que possui estrutura para captação e realização

de congressos oferecendo aos turista e aos promotores de eventos serviços e equipamentos com algum grau de inovação se comparados aos produtos classificados no nível anterior.

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para realização de shows de grande porte, servindo como um espaço multiuso para eventos esportivos e de entretenimento58.

Como já observado, é importante e estratégico analisar a capacidade de atendimento aos eventos, em termos de oferta de equipamentos, uma vez que tal disponibilidade somada a outras questões de mercado pode ser um fator limitador ou impulsionador para captação e realização de eventos nos destinos turísticos. O raio central é aqui destacado na relação com os serviços de alimentação e hospedagem, os quais apresentam uma concentração no bairro Centro e Batel, como já apresentado nos temas específicos (Ver Mapa 13 – Espaços para Eventos). Mesmo com a pouca oferta de espaços multiuso para eventos de grande porte em seu raio central, Curitiba foi apontada, em 2011, como a sétima cidade do Brasil no ranking de realização de eventos internacionais, segundo notícia publicada no site oficial do Ministério do Turismo 59.

Segundo dados do CCVB, entidade representativa do setor de eventos com atribuição principal de apoiar a captação e execução de eventos, foram captados 15 eventos (nacionais e internacionais) para a cidade de Curitiba em 2011, número ainda maior em 2012, com 21 eventos captados para realização até 2017. Ainda segundo a entidade, em relação ao número total de eventos realizados em 2011, a pesquisa aponta para 277, distribuídos em cinco categorias como demonstra o gráfico a seguir:

GRÁFICO 25 - NÚMERO DE EVENTOS REALIZADOS EM 2011 EM FUNÇÃO DA TIPOLOGIA

FONTE: CCVB.

Cabe destacar os eventos da classe médica que normalmente são de médio e grande porte e lideraram os índices em 2011. Já em 2012, o número de eventos realizados em Curitiba teve um crescimento de 16,6%, alcançando um número total de 323, ainda sem dados divulgados sobre a tipologia dos mesmos. Esse aumento na realização de eventos aponta

58 Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,atletico-pr-anuncia-empresa-americana-para-gerir-

arena-multiuso,967030,0.htm. Acesso: 18/12/12. 59 Disponível em: http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/geral_interna/noticias/detalhe/20120515-

2.html Acesso em: 17/12/12.

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para um aquecimento do mercado o qual, mesmo sem um centro de eventos multiuso na região central da cidade, se mostra capaz de absorver um bom número de eventos 60.

No entanto, há que se registrar, segundo entrevista com representante do CCVB, a concorrência acentuada com destinos nacionais que apresentam em primeiro lugar, localização geográfica litorânea e, por consequência, o potencial para prática do turismo de sol e praia, como Rio e Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, entre outros e, em segundo lugar, os destinos que possuem um centro de convenções público de qualidade e com boa capacidade de atendimento.

Em relação aos tipos e níveis de serviço prestado, observa-se que poucos equipamentos oferecem serviços básicos para o conforto dos visitantes/usuários, como estacionamento (39,3%) e alimentação (21,4%). Já os equipamentos com estrutura para eventos artístico-culturais, normalmente apresentam camarins e demais serviços associados à realização de eventos dessa natureza.

Os sistemas de promoção e comercialização mais utilizados são site próprio e canais compartilhados e integrados de promoção a exemplo do site do já citado, Curitiba, Região e Litoral Convention & Visitors Bureau (CCVB). Durante a pesquisa, não foram identificados sistemas de certificação da qualidade, exceto pela participação na entidade mantenedora do CCVB, considerada a entidade que representa as empresas com atuação nesse mercado.

Em relação ao nível de integração e relacionamento com o trade, observa-se um número representativo de empresas mantenedoras (139) 61 do CCVB, de diversos segmentos, como, por exemplo, organizadores de eventos, hotéis, restaurantes, locadoras de veículos, entre outros prestadores de serviço do segmento, demonstrando o interesse comum do trade para ações integradas a fim de captar e realizar eventos na cidade. No entanto, constata-se uma pequena (10,7%) participação dos equipamentos foco deste estudo no quadro de mantenedores do CCVB.

• Operadoras e Agências de Receptivo

Outro componente com importante representação no sistema turístico é a participação das operadoras e agências de receptivo como provedoras de serviços estratégicos para a complementação do produto turístico, cumprindo o papel de integração entre os visitantes, atrativos e demais serviços. Podem ser utilizadas pelos visitantes para contratação de serviços turísticos, principalmente, “de transporte e de organização de passeios e visitas a atrações locais, funcionando como um elo intermediário entre os serviços e/ou atrações fornecidas e os turistas” (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2006, p. 8).

Conforme dados do Ministério do Trabalho de 2011, Curitiba possui 1.668 agências e operadoras cadastradas. Entre elas há uma gama muito grande de agências de turismo emissivo, elemento que não está no foco da análise para o PDITS. Sendo assim, a empresa contratada utilizou como método de trabalho dar prioridade de análise para as agências integrantes do Núcleo de Receptivo, grupo de agências e pequenas operadoras do setor de Turismo Receptivo em Curitiba.

60 Cabe ressaltar que nem todos os eventos realizados foram captados com o apoio do CCVB. 61 Disponível em: http://www.curitibacvb.com.br/site/home/?pagSec=30&idEmpresaCategoria= Acesso em:

17/12/12.

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133 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Essa prioridade foi dada em função da representatividade que tais empresas possuem no trade, que desde 2008, com o apoio de entidades ligadas ao turismo, buscam aprimorar e oferecer as melhores opções do segmento. Durante as entrevistas aplicadas aos gestores das empresas associadas ao núcleo, foi feita uma investigação sobre quais outras agências de receptivo local, não associadas, teriam potencial em contribuir qualitativamente para o estudo em questão, chegando ao quadro a seguir:

QUADRO 4 - EMPRESAS PARTICIPANTES DA PESQUISA E INTEGRANTES DO NÚCLEO DE RECEPTIVO

AGÊNCIA NÚCLEO DE RECEPTIVO PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA

Kuritibike sim sim

Special Paraná sim sim

ONETUR sim não

Serra Verde Express sim sim

AH Turismo sim sim

JEANSTours sim sim

Amecaritur não sim

Pinheiro Receptivo não sim

MMS Turismo não não

JulyTour não não

FONTE: Pesquisa de Campo, Ambiens – 2012.

Vale destacar que das agências contatadas para a realização da pesquisa, 30% não puderam participar por razões diversas, como a incompatibilidade de agenda do gestor responsável, mudança no foco de atuação da empresa ou por estar em período de férias durante a aplicação do questionário. Considerando as empresas participantes, foi registrado um total de 63 empregos diretos gerados, considerando também os sócios das empresas.

Quando analisadas questões sobre o nível de capacitação dos recursos humanos, todas as agências pesquisadas trabalham com guias registrados na EMBRATUR ou cursos especializados, a exemplo do treinamento de Competências Mínimas de Condução, homologado pela ABETA62. Ainda sob o aspecto da capacitação, 57% das agências pesquisadas afirmam trabalhar com guias bilíngues, tendo como idiomas mais trabalhados o Inglês, Espanhol, Francês e o Alemão.

Em relação à diversidade de serviços oferecidos, todas as agências trabalham com roteiros locais e regionais, 85,7% oferecem serviços de transfer in/out e 71,4% prestam serviços de apoio a eventos. Outros serviços oferecidos são traslados em carros executivos (42,8%) e locação de vans e micro-ônibus (71,4%). Ao analisar a variedade de roteiros comercializados, fica evidente a necessidade da criação de opções diferenciadas a fim de atrair e reter por mais tempo fluxos turísticos, tendo como base de oferta (i) City Tours, na maioria das vezes incluindo os mesmos atrativos; (ii) Tours By Night, que também incluem atrativos e equipamentos similares; (iii) roteiros regionais para o Litoral e Campos Gerais.

Alguns roteiros diferenciados podem ser feitos de bicicleta com variações que incluem (i) city tour aos parques da região norte, usando as ciclovias de acesso; (ii) tour à noite por alguns

62 Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura

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134 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

bares e cafés tradicionais da cidade; (iii) tour pela Serra da Graciosa com saída de Curitiba. Ainda em relação a roteiros diferenciados, há a opção de um roteiro guiado feito a pé pelo centro da cidade, passando pelos principais atrativos do Setor Histórico e, o mesmo roteiro, incluindo alguns atrativos próximos à região, feitos em um aparelho elétrico que se desloca em função da movimentação corporal do visitante: segways.

É perceptível a falta de integração dos roteiros comercializados na área turística com a região a que pertence – Rotas do Pinhão. Mesmo com o percentual de 57% das empresas pesquisadas terem afirmado que comercializam roteiros integrados com a região, foram registrados somente seis municípios das Rotas do Pinhão nesta listagem, com o destaque de não estarem listados entre os mais divulgados e comercializados. Nesse sentido, a Área Turística em análise possui maior ligação com região do Litoral e Campos Gerais, com a presença de 19 roteiros saindo de Curitiba a estes destinos.

Em se tratando do relacionamento com o mercado local e nacional, todas as agências pesquisadas afirmam ter alguma parceria estabelecida com outros atores da oferta turística, sejam com guias de turismo, serviços de alimentação e hospedagem. Somente uma agência afirmou não ter relacionamento com agências e operadoras situadas em outras cidades e estados, demonstrando um bom nível de integração com o mercado nacional, uma vez que estas parcerias comerciais geram fluxos turísticos à cidade. Merece destaque uma das empresas pesquisadas que é membro de uma associação nacional de empresas de receptivo63, entidade que congrega empresas do segmento de turismo receptivo e eventos, nos principais destinos turísticos do Brasil, com a missão de fortalecer as parcerias através da indicação dos serviços entre os associados.

Os sistemas de promoção mais utilizados entre as empresas pesquisadas são (i) a participação em feiras e eventos; (ii) utilização de site corporativo próprio; (iii) postos de informações turísticas e; (iv) outros, considerando as redes sociais e mala direta eletrônica. Já em relação aos sistemas de comercialização, as empresas afirmam utilizar em ordem de importância (i) as parcerias com agências e operadoras, (ii) os sites próprios e as participações em eventos com rodadas de negócio.

A avaliação em relação às políticas e níveis de preço revela que 71% das agências pesquisadas trabalham com políticas de desconto que variam de 10 a 20%, dependendo do tamanho do grupo ou situação, mas pouca variação de valores para alta e baixa temporada, atuando na maioria das vezes com tabelas fixas de valor.

Em relação aos valores praticados, para roteiros locais (city tour, by-night etc.), o valor médio cobrado por pessoa é de R$ 92,40 com uma variação de R$ 50,00 para o roteiro mais barato e R$ 150,00 para o mais caro, este último incluindo uma refeição. Já para os roteiros regionais com duração entre um e dois dias, a média do investimento por pessoa é de R$ 230,00, citando as regiões do litoral (Ilha do Mel e Trem – Graciosa) e Rotas do Pinhão (Lapa), Campos Gerais (Parque Estadual e Vila Velha) e parque de diversões - Beto Carreiro.

No âmbito das agências e operadoras de receptivo, não foram feitos registros durante as entrevistas sobre algum sistema de certificação e de qualidade, havendo somente como referência as empresas associadas ao núcleo de receptivo, servindo como sistema de balizamento de qualidade.

63 Associação Brasil Total Receptivos – ANBTR.

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135 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

• Postos de Informações Turísticas

A oferta turística é constituída também por serviços auxiliares como, por exemplo, os locais destinados a fornecer informações ao visitante, ou seja, equipamentos turísticos que tem a finalidade de prestar atendimento ao visitante fornecendo as informações necessárias para sua estadia na cidade. No âmbito do PDITS, o propósito para este serviço fundamental para a qualidade da experiência turística é “qualificar os serviços de informações turísticas como instrumentos de promoção, fomento a comercialização e apoio ao produto turístico”.

A lista oficial dos postos de informações turísticas divulgada pelo Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo e presente nos materiais de divulgação do município, consta ao todo 11 equipamentos físicos, além do serviço “disque turismo”, sistema de fornecimento de informações por meio de atendimento por telefone, conforme quadro seguinte. Segundo entrevista com representante do CTUR, há um novo posto de atendimento em estado de implementação junto ao Mercado Municipal, que pela falta de operação, não foi analisado. Destes, 04 são administrados em parceria com a iniciativa privada, a saber: Estádio Couto Pereira, Arena da Baixada, Casa de Contos ACISF e Restaurante Madalosso (Ver Mapa 14 – Postos de Informações Turísticas).

QUADRO 5 - LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS POSTOS EM CURITIBA

FONTE: Entrevista CTUR, 2012.

A Arena da Baixada encontra-se em reforma e por razão disso, o posto está desativado, e será reaberto após o término das obras. Assim, também não integrou a lista dos equipamentos analisados. Já o equipamento no Restaurante Madalosso não possui identificação e nenhum dos colaboradores do restaurante soube responder sobre a existência do equipamento64. Na tentativa por telefone, a atendente afirmou não existir espaço físico por não ter sido oficializado naquele local. A Casa do Artesanato possui identificação de um posto, porém, segundo informações coletadas in loco, o equipamento já não responde como posto de informações e teve os materiais transferidos ao outro equipamento, localizado no setor histórico, situado na Sala de Pedra – Palacete Wolf.

64 Investigação in loco no domingo, dia 25 de novembro, às 13h40min.

POSTO DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA LOCALIZAÇÃO OPERAÇÃO

Disque Turismo Municipal - Ativo

Instituto Municipal de Turismo - Curitiba Turismo Centro Cívico Ativo

Aeroporto São Jose dos Pinhais Ativo

Rua 24 Horas Região Central Ativo

Estádio do Coritiba Alto da Glória Ativo

Sala de Pedra - Palacete Wolf Setor Histórico Ativo

Torre Panorâmica Mercês Ativo

Rodoferroviária Jardim Botânico Ativo

Casa de Contos - ACISF Santa Felicidade Ativo

Restaurante Madalosso Santa Felicidade Ativo

Casa do Artesanato Setor Histórico Ativo

Arena da Baixada Água Verde Desativado temporariamente

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136 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Durante a primeira tentativa de visita in loco 65 ao posto Casa de Contos – ACISF, este estava fechado no horário de funcionamento informado pelos materiais institucionais. A visita efetiva foi realizada no dia 26 de novembro.

Em relação ao quadro funcional66, são ao todo 09 servidores e 15 estagiários trabalhando nos PITs administrados pelo CTUR. Os PITs instalados em instituições parceiras (Estádio Couto Pereira, Restaurante Madalosso e Arena da Baixada) apresentam quadro funcional próprio. O nível de capacitação dos recursos humanos é padrão a todos os atendentes que recebem treinamento do CTUR (Oficina de Sensibilização) com informações sobre o turismo em Curitiba, infraestrutura, serviços municipais para o Turismo, dados estatísticos, perfil dos turistas, além da visita técnica na Linha Turismo.

Os relatórios de atendimentos aos visitantes disponibilizados pelos técnicos do CTUR apresentam dados relacionados ao volume de atendimentos nos PITS em 2011, com destaque ao Aeroporto, Rodoviária, Sala de Pedra e Arena da Baixada que tiveram mais procura pelos visitantes. Constata-se, ainda, que houve grande variação de posto para posto em relação as informações mais solicitadas e estiveram relacionadas, na maioria das vezes, à Linha Turismo.

Em relação às condições de uso, constata-se a falta de sinalização turística indicativa sobre os postos em 80% dos equipamentos analisados, exceto o localizado na Rua 24 horas, que apresenta sinalização bilíngue em algumas ruas da região central e o equipamento de Santa Felicidade, Casa de Contos – ACISF, apresentando sinalização em frente ao posto. Somente o posto situado na Rodoviária não apresenta o símbolo internacional de identificação, pois este está temporariamente alocado em um balcão na estação ferroviária devido às reformas em seu espaço oficial dentro do estabelecimento.

Nenhum equipamento apresenta instalações sanitárias próprias, contando com o suporte das instalações dos estabelecimentos de apoio onde estão situados, neste caso, Curitiba Turismo, a Torre Panorâmica, o Aeroporto e a Rodoviária. Grande parte dos equipamentos (90%) não dispõe de estrutura para atendimento de acessibilidade, exceto o Aeroporto.

Analisados a quantidade e a qualidade dos materiais disponíveis nos PITS, percebe-se que não há uma uniformidade de materiais disponíveis. A maioria dos equipamentos (80%) apresenta materiais institucionais do município, como mapa e atrativos da cidade, exceto a Casa do Artesanato e o Restaurante Madalosso. Somente 40% dos equipamentos (Rua 24 Horas, Curitiba Turismo, Sala de Pedra e Aeroporto) dispunham do guia “Curta Curitiba a Pé”, apresentando distribuição restrita. Há também uma deficiência na disponibilidade de materiais institucionais do Estado e das demais regiões turísticas, em quatro postos: Curitiba Turismo, Rodoviária, Estádio do Coritiba e Torre Panorâmica.

Os materiais são na maioria institucionais e apresentam as informações necessárias à visitação (dados gerais da cidade, descrição dos atrativos, horário de atendimento, telefones úteis) e normalmente apresentam versão em inglês. O folder que contém o mapa institucional baseia-se nos atrativos integrantes da Linha Turismo, tem versão do texto em 03 línguas (português, inglês e espanhol), porém, não indica os dias de funcionamento dos atrativos, principalmente aqueles que não funcionam às segundas-feiras.

A pesquisa de qualidade de atendimento organizada pelo CTUR nos PITs, em 2011, aponta uma avaliação suficiente em 29,7% das respostas e 70,3% com respostas relacionadas à superação das expectativas. Estes índices equivalem à pesquisa de campo

65 Investigação in loco no domingo, dia 25 de novembro, às 14h13min. 66 Questionário respondido pela Gestora do CTUR.

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quando avaliados fatores de pró-atividade, atenção, diversidade e assertividade de informações locais, que apresentaram boa avaliação em 80% dos equipamentos, que ainda, em alguns casos, superaram as expectativas em razão da transmissão de informações extras não solicitadas. Os mesmos fatores de análise foram avaliados como ruins somente para os postos Caso do Artesanato e Casa de Contos – ACISF. Este último, em específico, quando visitado novamente no dia 26 de novembro, apresentou uma atendente que não possuía conhecimento sobre os atrativos da cidade, nem mesmo sobre a Linha Turismo e, consequentemente, outras informações também não puderam ser atendidas.

Quando questionados sobre outros municípios e regiões turísticas, 40% dos postos (Disque Turismo, Curitiba Turismo, Aeroporto e Rodoviária) apresentaram informações consistentes, diversificadas e sem erros. As falhas na transmissão de informações sobre produtos e atrativos das demais regiões e municípios constata falta de conhecimento regional por parte dos atendentes. Como há uma variação de atendentes entre servidores e estagiários, foi constatado que de maneira geral, há nos PITs possibilidade de atendimento em inglês, ao menos com a transmissão de informações básicas.

A análise dos portais online mereceu avaliação específica 67 e está descrito no item 3.3.4 - Análise de Posicionamento na Web e Outros Suportes Eletrônicos desse documento, com destaque ao site institucional do CTUR, que obteve avaliação negativa em comparação aos mercados concorrentes.

A avaliação da qualidade do serviço “Disque Turismo”, disponível via telefone em tempo integral, todos os dias da semana, foi considerada boa para atendimento em português, pois durante o horário comercial as ligações são atendidas por um colaborador do CTUR capacitado para o atendimento aos visitantes que possui informações detalhadas sobre os atrativos da cidade. Porém, cabe ser destacado que durante a consulta feita na língua estrangeira inglês, a atendente demonstrou falta de capacidade para atendimento bilíngue, transferindo a ligação a outro colaborador do Instituto, este por sua vez, apto a realizar o atendimento.

O serviço oferecido pelo “Disque Turismo” em horário extra comercial é transferido à Central de Atendimento e Informação – 156, serviço de comunicação entre a população local e a prefeitura de Curitiba. Nesse sentido, o atendimento em português foi realizado de maneira básica, com a transmissão de informações gerais sobre o turismo na cidade pelos colaboradores do call center em questão. Na tentativa de atendimento em inglês, por duas vezes, dois atendentes diferentes não puderam informar as dúvidas solicitadas pela limitação linguística.

• Equipamento de Animação e Lazer

Assim como os serviços de alimentação, as atividades de lazer atendem tanto ao turismo quanto à comunidade local. Neste sentido, pode-se afirmar que o turismo está diretamente ligado ao lazer, sendo opção para preencher o tempo livre e propiciar maior qualidade de vida ao morador e a experiência turística do visitante.

Nesse contexto, a área turística deve oferecer opções de equipamentos e serviços, públicos e privados, onde o visitante possa desfrutar de atividades de lazer e entretenimento. Sendo assim, a variável de análise apresenta-se como a capacidade destes equipamentos e serviços em agregar valor ao produto turístico. , e com base nessa perspectiva, o propósito

67 Análise de Posicionamento na Web – Ambiens, 2012.

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138 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

deste tema é fomentar iniciativas de lazer e entretenimento a fim de proporcionar atrações complementares ao visitante.

Para atender às necessidades de lazer e entretenimento dos moradores, Curitiba apresenta opções variadas de equipamentos, públicos e privados, provedores de serviços que atendem a essas demandas. Além disso, pode-se observar a boa quantidade de espaços comerciais instalados que oferecem alternativas de compras para diferentes perfis de público, além das feiras gastronômicas e de artesanato que acontecem diariamente nas ruas e praças da cidade.

Essa oferta de equipamentos e serviços se estende também aos visitantes que de passagem na cidade podem usufruir, segundo dados do IPPUC 68, das 91 bibliotecas, 22 Shoppings, 14 cinemas, 9 memoriais, 27 museus, 49 teatros, mais de 30 casas noturnas 69 e os diversos equipamentos para prática esportiva espalhados pela cidade, servindo também como prática de lazer. Em relação aos cinemas, observa-se que a grande maioria, exceto a Cinemateca, está instalada em shoppings, não havendo opções de oferta destes equipamentos nos espaços públicos da cidade.

Os dados disponíveis para análise deste tema estão concentrados nas opções de equipamentos de esportes e lazer e, portanto, as análises que seguem tratam especificamente destes equipamentos.

Em relação ao número de estabelecimentos em função da variedade de opções, os dados da cadeia produtiva do turismo apontam para um maior número de empreendimentos privados (92,1%) sendo 101 academias, 24 canchas esportivas, 14 clubes de lazer e 15 equipamentos diversos, incluindo pistas esportivas. Conforme entrevista na SMELJ, há ainda 3070 outros equipamentos públicos que complementam essa lista, distribuídos nas regionais administrativas da cidade.

É importante destacar que todos estes equipamentos são de pequeno e médio porte71, pois foram pensados a atender a população local, sem possibilidade de ampliação da estrutura para atendimento de eventos esportivos de grande porte, os quais poderiam também gerar fluxos turísticos à cidade caso ocorressem.

Os dados da cadeia produtiva apontam também para uma boa variação de atividades de recreação e lazer em função das opções de equipamentos e serviços disponíveis, tais como: (i) práticas esportivas – futebol, vôlei, basquete, tênis, natação, caminhadas, cooper, escalada, atividades náuticas; (ii) atividades circenses; (iii) atividades in door – boliche, pistas de skate, pistas de corrida de kart, pistas de patinação.

Os serviços complementares oferecidos nos equipamentos de esporte e lazer são no geral básicos e elementares para a prática esportiva como sanitários, vestiários, chuveiros, guarda-volumes, estacionamento, bar e lanchonete, não havendo itens que possam ser considerados diferenciados.

Sob a perspectiva de ações voltadas à gestão ambiental, percebe-se que mesmo havendo mais empreendimentos realizando coleta seletiva de lixo (58,4%) o número de estabelecimentos que não faz também é representativo (41,6%). Este dado é negativo se observado todo o histórico das campanhas de coletas seletivas realizadas em Curitiba, e

68 Disponível em: http://www.ippuc.org.br/default.php. Acesso: 14/12/12. 69 Inventário da Oferta Turística - CTUR 70 Disponível em: http://www.curitiba.pr.gov.br/secretarias/equipamentos/esporte-e-lazer/23/17 Acesso: 14/12/12. 71 Entrevista com representantes da SMELJ, realizada dia 29/11/12.

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139 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

que nesses tipos de estabelecimento o volume de lixo gerado pode ser grande em alguns casos.

2.2.3.4 Análise de Posicionamento na Web e Outros Suportes Eletrônicos

Apesar de não se tratar de um tema específico apontado pelo termo de referência, em diversas análises apontadas nas dimensões de análise, são assinalados os limites relativos aos sites institucionais e de promoção e comercialização da Área Turística. Portanto, compreendendo a relevância do tema, considerando também o propósito do diagnóstico estratégico na delimitação posicionamento de mercado atual e real, a equipe consultora insere o tema para debate.

Em 2009, o MTur realizou um estudo de demanda turística, constatando que 30,1% dos turistas estrangeiros que visitaram o Brasil usaram a Internet como fonte de informações para preparar a sua viagem72. Com efeito, a Internet vem, continuamente, transformando a dinâmica relativa à distribuição de informações e serviços ligados ao turismo, bem como a forma como os turistas planejam as suas viagens. No turismo, a Internet ganha um destaque especial por proporcionar autonomia aos consumidores, que podem utilizar a rede tanto para escolher um destino quanto para adquirir um pacote de viagens para o destino escolhido ou, ainda, para selecionar e contratar separadamente cada um dos serviços que compõem um pacote – como os serviços de transporte, hospedagem e alimentação.

• Posicionamento na web

Nesta primeira etapa do estudo, a opção pelo Google justifica-se pela preferência dos usuários no uso desta ferramenta de busca. De acordo com Inversini, Cantoni e Buhalis (2009) 73, quando o objetivo é obter informações relacionadas à viagem e turismo, o Google representa a ferramenta mais usada.

O gráfico seguinte apresenta uma síntese da pesquisa realizada no Google com o nome dos municípios como palavra-chave. Como resultado, consideraram-se somente os sites que disponibilizam algum conteúdo útil para um potencial visitante dos municípios. Conteúdo útil nesse, caso, incluiu informações sobre a cidade, bem como de seus atrativos e serviços.

GRÁFICO 26 - CONTEÚDOS ÚTEIS PARA UM POTENCIAL VISITANTE

72 BRASIL. Ministério do Turismo. Estudo da demanda turística internacional: 2004-2009. Brasília, nov. 2010. 73 INVERSINI, A.; CANTONI, L.; BUHALIS, D. Destinations information competition and web reputation.

Information Technology & Tourism, Vienna, v. 11, n. 3, 2009, p. 221-234.

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140 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

43%

52%

55%

55%

Belo Horizonte

São Paulo

Porto Alegre

Curitiba

FONTE: Ambiens, 2012.

Considerados os 60 primeiros sites que resultaram da pesquisa no Google, observa-se que é bastante simples e rápido obter informações pertinentes sob o interesse de conhecer os destinos pesquisados. Com efeito, Curitiba e Porto Alegre apresentaram melhores índices, com 33 (55%) resultados válidos cada. Por conseguinte, observa-se que quase metade dos sites não apresentam conteúdos pertinentes, sendo, em sua maior parte, sites em cujos conteúdos verificam-se somente a menção ao nome do município.

Os sites válidos como fonte de informação para o turismo também foram classificados segundo o conteúdo que apresentam, como se pode observar na tabela abaixo.

TABELA 47 - CONTEÚDOS ÚTEIS PARA UM POTENCIAL VISITANTE, SEGUNDO CATEGORIAS

O site contém informações sobre... * Curitiba Belo Horizonte Porto Alegre São Paulo

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

Município (dados gerais, história etc.) 7 11,7 5 8,3 4 6,7 5 8,3

Atrativos 5 8,3 6 10,0 5 8,3 5 8,3

Hotéis e restaurantes 12 20,0 9 15,0 11 18,3 7 11,7

Agências de turismo 3 5,0 2 3,3 3 5,0 2 3,3

Opções de lazer 9 15,0 9 15,0 6 10,0 18 30,0

Transportes 4 6,7 3 5,0 5 8,3 6 10

Tempo, clima, horário local 5 8,3 4 6,7 4 6,7 4 6,7

Copa 2014 1 1,7 2 3,3 1 1,7 1 1,7

Município (blogs e redes sociais) 4 6,7 2 3,3 2 3,3 2 3,3

FONTE: Ambiens, 2012.

Nota*: Foram consideradas uma ou mais categorias para um único site.

Quando comparada aos outros municípios analisados, Curitiba se destaca em quatro categorias:

• Informações sobre o município: referem-se aos sites que disponibilizam dados estatísticos, demográficos, bem como informações históricas, culturais, entre outras, relacionadas ao município – um exemplo é o conteúdo normalmente disponibilizado no site de uma prefeitura municipal. Como fonte de informação para o turismo, trata-se de uma categoria importante, uma vez que provê informações básicas sobre o destino. Entre os 60 sites pesquisados, sete (11,7%) disponibilizam esse tipo de conteúdo.

• Hotéis e restaurantes: inclui tanto os sites dos estabelecimentos, quanto os portais e guias que disponibilizam a relação de estabelecimentos do município. Quando um turista não recorre a uma agência de viagem, trata-se

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141 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

de um tipo de fonte de informação imprescindível, pois possibilita, entre outras coisas, selecionar e marcar reservas – normalmente on-line – no hotel ou restaurante desejado.

• Tempo, clima, horário local: trata-se de informações úteis para quem viaja, o

que torna pertinente que sejam amplamente disponibilizadas, tal como é – com cinco sites (6,7%).

• Blogs e redes sociais: inclui blogs e redes – como o Facebook, o YouTube e o

Flickr – cujo conteúdo principal está relacionado ao município. Trata-se de canais que permitem conhecer, muitas vezes, a opinião pessoal de quem já esteve no destino desejado e, portanto, relata não apenas aspectos positivos, mas também negativos sobre ele. Para o turismo, a importância dessa fonte vem aumentando ano a ano.

• O município de São Paulo, por sua vez, destaca-se em duas categorias:

a) Opções de lazer: nessa categoria foram consideradas as opções

relativas à vida noturna, cinema, teatro, shows, esportes etc. oferecidas pelo destino. Com efeito, o município de São Paulo apresenta significativa diferença nessa categoria em relação aos demais municípios – 18 sites (30%) exploram uma ou mais opções de lazer na cidade.

b) Transportes: incluiu a disponibilidade de informações relacionadas ao

transporte urbano, linha de turismo, táxi, aeroporto, aluguel de veículos etc. Um décimo dos sites encontrados na pesquisa de São Paulo dispõe desse tipo de conteúdo.

Já nas demais categorias, verifica-se pequena variação nos resultados obtidos:

• Atrativos: refere-se aos sites cujo conteúdo explora os pontos turísticos de um destino. Como resultado, quase um décimo dos sites acessados dispõe de conteúdos dessa natureza.

• Agências de turismo: fundamental como uma opção para o planejamento de uma viagem observa-se que apenas entre dois e três sites encontrados disponibilizam esse tipo de conteúdo.

• Copa 2014: como todos os municípios pesquisados serão sede da Copa do

Mundo da FIFA 2014 considerou-se pertinente observar se é possível.

Por conseguinte, caso um estrangeiro busque informações sobre um desses municípios os índices levantados em língua portuguesa tornam-se curiosa e expressivamente mais altos quando a pesquisa é realizada em língua inglesa, conforme é apresentado a seguir.

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142 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

GRÁFICO 27 - CONTEÚDOS ÚTEIS PARA UM POTENCIAL VISITANTE – EM INGLÊS

FONTE: Ambiens, 2012

Como é possível observar, 46 (77%) dos resultados relacionados à Curitiba remetem a sites que disponibilizam algum tipo de conteúdo em inglês, que pode ser útil para o visitante que utilize a web para obter informações e programar a sua viagem. São Paulo, no entanto, envolve um acréscimo pouco significativo.

É importante observar que os resultados desta etapa da pesquisa, em lugar de serem conclusivos, visam apontar tendências, isso devido ao caráter dinâmico das mudanças que ocorrem na web – diariamente novos sites e conteúdos são disponibilizados na web –, bem como aos critérios que definem o posicionamento dos sites nos resultados das pesquisas no Google – um desses critérios é a quantidade de visitas que um site recebe, quando essa quantidade aumenta para um determinado site, por exemplo, a sua posição melhora no ranking geral. Desse modo, caso esta pesquisa venha a ser repetida, os resultados produzidos poderão não ser exatamente iguais aos ora apresentados.

As redes sociais também foram pesquisadas utilizando-se como palavras-chave o nome dos municípios. No entanto, a metodologia utilizada sofreu pequenos ajustes de acordo com as particularidades de cada rede social. Uma síntese dos resultados é apresentada na tabela a seguir:

TABELA 48 - ÍNDICE DE CORRESPONDÊNCIA EM ATENÇÃO AO INTERESSE DE POTENCIAIS VISITANTES

REDE SOCIAL CURITIBA PORTO ALEGRE BELO HORIZONTE SÃO PAULO

Imagens no Flickr 67,0% 72,0% 53,0% 70,0%

Vídeos no Youtube 12,5% 7,5% 25,0% 10,0%

Páginas no Facebook 42,5% 47,5% 25,0% 37,5%

FONTE: Ambiens, 2012.

Para a pesquisa realizada na rede social Flickr consideraram-se as 150 primeiras imagens, entre as quais foram contabilizadas somente as que apresentam alguma relação com a

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143 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

cidade e os seus atrativos – isto é, imagens que possam interessar a quem tenha ou possa ter a intenção de visitar o destino. Os resultados de Curitiba demonstram que 101 imagens (67%) podem constituir uma fonte de informação útil a quem tenham interesse em conhecer a cidade, desempenho superior ao verificado em Belo Horizonte (53%) e ligeiramente menor que o de Porto Alegre (72%) e São Paulo (70%).

No YouTube, foram considerados os 40 primeiros vídeos resultantes, dos quais foram contabilizados apenas os de caráter turístico-promocional. Nesse caso, Curitiba apresenta um bom desempenho – cinco vídeos (12,5%) – quando comparado ao de Porto Alegre (7,5%) e São Paulo (10%), embora nem tanto quando comparado ao de Belo Horizonte (25%).

Quanto ao Facebook, a pesquisa incluiu somente as 40 primeiras páginas relacionadas à cidade, sua cultura e opções de entretenimento. O índice de correspondência de Curitiba foi de 42,5% (17 páginas), frente a 47,5% de Porto Alegre, 37,5% de São Paulo e 25% de Belo Horizonte.

Ainda no Facebook, foram levantados alguns dados que permitem analisar o posicionamento das principais páginas das respectivas cidades, conforme é apresentado a seguir.

TABELA 49 - INFLUÊNCIA NO FACEBOOK: ITENS MAIS VISITADOS EM 16/12/2012

ELEMENTO CURITIBA PORTO

ALEGRE BELO

HORIZONTE SÃO PAULO

Visitantes 2.194.174 1.511.048 2.080.001 8.680.961

Gostam 90.686 99.581 117.125 536.949

Comentaram 162.935 103.031 149.994 872.561

FONTE: Ambiens, 2012.

NOTAS: Página de Curitiba 74, Página de Porto Alegre 75, Página de Belo Horizonte 76, Página de São Paulo 77.

Como é possível observar, a página de São Paulo posiciona-se bem acima das outras capitais, com 8,6 milhões de visitantes. Naturalmente, o tamanho da população, bem como o alto fluxo de pessoas são fatores que influenciam significativamente nesse caso. Com efeito, São Paulo também se destaca pelos comentários, que em relação à quantidade de visitantes, representa 10,1% – para Curitiba, tal relação é de 7,4%.

O posicionamento na web de Curitiba também foi analisado sob o ponto de vista de um de seus polos turísticos – o Centro Histórico – e um de seus principais serviços – a Linha Turismo. Convém lembrar que o Centro Histórico se destaca, no presente estudo, por concentrar uma quantidade expressiva de atrativos, equipamentos e serviços turísticos. Já a Linha Turismo destaca-se por ser um dos diferenciais da cidade.

Desse modo, percebeu-se que, na pesquisa realizada no Google, na qual o nome da cidade foi utilizado como palavra-chave, seis (10%) entre os 60 primeiros sites analisados

74 Disponível em: http://www.facebook.com/pages/Curitiba/106336072738718. Acesso em 16/12/2012. 75 Disponível em: http://www.facebook.com/pages/Porto-Alegre-Rio-Grande-do-Sul/111072692249998. Acesso

em 16/12/2012. 76 Disponível em: http://www.facebook.com/pages/Belo-Horizonte/106280439410017. Acesso em 16/12/2012. 77 Disponível em: http://www.facebook.com/pages/São-Paulo/112047398814697. Acesso em 16/12/2012.

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possibilitam acesso a informações sobre o Centro Histórico. No entanto, ao usar “Curitiba Centro Histórico” como palavras-chave, 96,7% dos 60 primeiros sites apresentam conteúdos úteis para um potencial visitante da cidade.

Quanto à Linha Turismo, também conhecida como Jardineira, somente três sites (5%) disponibilizam conteúdos relacionados a esse serviço, considerando-se a pesquisa realizada no Google. Pesquisando-se, por conseguinte, as palavras-chave “Curitiba Linha Turismo”, todos os 60 sites (100%) obtidos como resultado da pesquisa contém algum tipo de conteúdo pertinente – notícias, informações, imagens, vídeos etc. – em relação ao serviço.

Analisando-se os resultados obtidos na pesquisa realizada no Google, o posicionamento de Curitiba pode ser considerado como bom. Outras considerações a respeito são apresentadas no final deste capítulo.

O posicionamento na web foi, ainda, avaliado sob o ponto de vista da disponibilidade de conteúdos e funcionalidades disponíveis nos sites dos órgãos oficiais de turismo de cada município, uma vez que estes representam as mais importantes fontes de informações relacionadas ao turismo municipal. Os sites consultados nesse caso foram selecionados a partir do link direto disponível nos portais das Prefeituras, sendo eles:

• Instituto Municipal Curitiba Turismo: http://www.turismo.curitiba.pr.gov.br/

• Belo Horizonte: http://www.belohorizonte.mg.gov.br/

• Porto Alegre.Travel: http://www.portoalegre.travel

• São Paulo: http://www.cidadedesaopaulo.com

Convém ressaltar que esta etapa do estudo parte da premissa básica de que não basta um site ser encontrado com facilidade, mas ele deve atender minimamente as expectativas dos usuários. Assim, o principal objetivo da avaliação foi qualificar a presença de Curitiba na Internet, considerado o conjunto de conteúdos e recursos disponibilizados em favor do atendimento ao cidadão, dos visitantes, bem como à gestão e promoção do turismo local.

Os sites foram avaliados qualitativamente segundo a conformidade a 25 quesitos que exploram, entre outros, aspectos relativos à promoção e à comercialização do turismo. Cada quesito foi pontuado de acordo com a seguinte classificação:

• Critério plenamente atendido: sinalizado com o símbolo “�”, equivalente a 0,4 pontos.

• Critério parcialmente atendido: sinalizado com o símbolo “�”,equivalente a 0,2 pontos.

• Critério não atendido: sinalizado com o símbolo “�”,equivalente a 0 pontos.

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145 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

QUADRO 6 - SITES DOS ÓRGÃOS OFICIAIS DE TURISMO: AVALIAÇÃO QUALITATIVA

QUESITOS (PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO)

Cu

riti

ba

Bel

o

Ho

rizo

nte

Po

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A

leg

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São

Pau

lo

A navegação no site é fácil e intuitiva ���� � � �

Apresenta mapas do município e informações sobre como chegar � � � �

Apresenta diferentes opções de entretenimento (cinema, teatro, shows etc.) � � � �

Disponibiliza guias e roteiros turísticos � � � �

Disponibiliza imagens sobre o município e seus atrativos � � � �

Disponibiliza links externos para acesso a mais informações � � � �

Disponibiliza notícias sobre o turismo municipal ���� � � �

Disponibiliza o calendário ou agenda cultural da cidade � � � �

Disponibiliza os telefones úteis da cidade � � � �

Disponibiliza vídeos sobre o município e seus atrativos � � � �

Informa sobre a história do município � � � �

Informa sobre o clima � � � �

Informa sobre a mobilidade urbana (transporte coletivo, linha turismo etc.) � � � �

Há equilíbrio na distribuição de textos, cores, figuras e outros elementos ���� � � �

O conteúdo pode ser integralmente acessado através de smart phones (1) ���� ���� � �

O site está integrado a uma ou mais redes sociais � � � �

O site é visualmente agradável � � � �

O site possui um mapa para facilitar a localização de seus conteúdos � � � �

Os textos do site contemplam quesitos de redação para a web ���� � � �

Permite acesso em mais de um idioma ���� � � �

Permite contato através de formulário on-line � � � �

Possui mecanismo de busca � � � �

Relaciona diferentes serviços de hospedagem � � � �

Relaciona diferentes serviços de alimentação � � � �

Todos os links do site funcionam � � � �

PONTUAÇÃO 5,6 9,0 9,2 10,0

FONTE: Ambiens, 2012. NOTAS: (1) Avaliado através da ferramenta mobiReady (http://ready.mobi/).

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146 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Com efeito, o site oficial de turismo de São Paulo atendeu a todos os quesitos avaliados, obtendo a pontuação máxima (10,0). Já o site de Curitiba obteve uma pontuação significativamente menor (5,6) que a obtida nos demais sites. Embora disponibilize diversos conteúdos relevantes para os visitantes, observa-se que o site de Curitiba atende parcialmente ou não atende diversos quesitos, alguns que correspondem a itens básicos, tal como oferecer aos usuários um mecanismo de busca e um formulário on-line para entrar em contato. Por outro lado, importa observar que o site “Curta Curitiba o ano inteiro” 78, acessível mediante o site ora avaliado, obteria uma pontuação superior a este, caso submetido aos mesmos critérios de avaliação – embora não contemple todo o seu conteúdo.

• Outros suportes eletrônicos

Como complemento a esta pesquisa, foram avaliados dois outros suportes utilizados em favor do turismo municipal em Curitiba – os totens multimídia da prefeitura e o aplicativo “Curta Curitiba” para dispositivos móveis – conforme é apresentado a seguir.

Totens multimídia

Os totens multimídia constituem um equipamento criado não apenas para servir o turismo municipal, mas também a população da cidade. O município disponibiliza, atualmente, 71 totens, os quais são distribuídos pelos principais pontos circulação da cidade – atrativos, praças, vias públicas, postos de saúde, terminais de ônibus etc. Com conteúdos disponibilizados em português e inglês, cuja navegação ocorre através de um vídeo sensível ao toque, os totens disponibilizam mais funcionalidades que o site oficial de turismo da prefeitura de Curitiba.

De acordo com o relatório mensal do Instituto Curitiba de Informática (ICI), referente a outubro de 2012 79, os totens foram acessados 92.111 vezes nesse mês – verificando-se variação negativa de 41,7% em relação ao mês de novembro de 2011, que registrou 158 mil acessos.

Por conseguinte, os serviços mais acessados nos totens foram:

• Meteorologia, com 22.900 acessos (24,9%);

• Turismo, com 18.316 acessos (19,9%);

• Mapa Digital, com 10.508 acessos (11,4%).

No referido relatório constam, também, os resultados de um levantamento realizado junto a 44 usuários do serviço, em, os usuários podem ser caracterizados do seguinte modo:

• 72,8% são jovens, possuem menos de 30 anos;

• 59,1% não trabalham;

• 70,5% estudam e, destes, 50% encontram-se no ensino fundamental;

78 Site desenvolvido sob uma parceria entre a Prefeitura Municipal – por meio do Instituto Municipal Curitiba

Turismo – e outros órgãos ligados ao turismo. Disponível em: <http://www.curtacuritibaoano inteiro.com.br/> 79 INSTITUTO CURITIBA DE INFORMÁTICA. Totens multimídia: Relatório Mensal – Outubro 2012. Curitiba: ICI,

2012.

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147 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

• 47,6% não moram em Curitiba ou região metropolitana;

• 9,1% não moram no Brasil.

A tabela a seguir apresenta outros resultados obtidos nesse levantamento:

TABELA 50 - TOTENS MULTIMÍDIA: AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS

QUESTÃO Respostas (%)

Excelente Muito bom Bom Razoável Ruim

Como avalia a qualidade dos serviços disponíveis? 20,4 6,8 18,8 29,6 25,0

Como avalia a utilidade dos serviços? 9,1 9,1 15,9 34,1 31,8

Como avalia a facilidade de acesso à informação?

6,8 6,8 22,7 34,1 29,6

FONTE: Instituto Curitiba de Informática, 2012.

Os resultados apontam, ainda, que 65,9% dos respondentes afirmam que as informações disponibilizadas não atendem às suas expectativas.

Para complementar essa etapa da pesquisa, avaliou-se o funcionamento de cinco totens: Terminal Campinha do Siqueira, Terminal Pinheirinho, Parque Barigui, Ópera de Arame e Praça Carlos Gomes. Como resultado, observa-se que todos os totens visitados funcionam de modo adequado, embora com certa lentidão em alguns momentos – caso verificado, sobretudo, nos totens da Ópera de Arame e da Praça Carlos Gomes. E ao se utilizar um dos recursos avançados, como digitar um endereço para localizá-lo em um mapa, não foi possível concluir essa ação após várias tentativas, dada a dificuldade em digitar os caracteres corretos.

Aplicativo “Curta Curitiba” para dispositivos móveis

O aplicativo “Curta Curitiba” 80 foi lançado em março de 2011, como resultado de uma parceria entre a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Paraná (Abrasel-PR), o Curitiba Convention & Visitors Bureau, o Instituto Municipal de Turismo e o SEBRAE/PR. O seu principal objetivo é proporcionar aos visitantes o acesso a conteúdos úteis, de modo prático e rápido. Assim, o Curta Curitiba permite acessar informações sobre atrativos, passeios, bares, restaurantes, hotéis, compras, formas de locomoção etc.

A partir de uma avaliação do aplicativo, apresentam-se os aspectos positivos e negativos que mais se destacaram.

Aspectos positivos:

• Além de uma ferramenta para acesso à informação, trata-se de uma ferramenta interativa, uma vez que permite contatar os serviços, para fazer reservas, por exemplo, bem como compartilhar informações no Facebook e Twitter.

• Facilita a locomoção quando utilizado junto ao GPS, permitindo traçar uma rota a partir do ponto onde está até o ponto onde deseja ir.

80 Curta Curitiba é uma marca do Instituto Municipal de Turismo criada para promover o potencial turístico da

cidade.

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148 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

• Possui versões em inglês e espanhol.

• O visual é muito agradável, além de ser prático e fácil de usar.

• Explora muito bem a multimídia, disponibilizando não somente recursos de texto, mas de foto, áudio e vídeo.

• O conteúdo relacionado aos serviços inclui horários de funcionamento, endereços, sites, telefones e e-mails para contato.

• O usuário não precisa estar on-line para navegar nos conteúdos, o que torna o aplicativo mais rápido.

Aspectos negativos:

• Não há opções econômicas para o serviço de hospedagem;

• Embora rico em conteúdo, não disponibiliza todos os conteúdos disponibilizados no site oficial de turismo da Prefeitura.

Após análise desses elementos, percebe-se que Curitiba apresenta uma boa visibilidade na web, tanto para quem busca informações em português quanto em inglês, dado o volume de conteúdos pertinentes voltados à cidade enquanto destino turístico. O seu posicionamento na web, entretanto, pode ser considerado como razoável, em certos aspectos.

Para posicionar a cidade de Curitiba frente a destinos concorrentes – Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo – foi realizada pesquisa utilizando-se o Google, as redes sociais, bem como uma avaliação nos sites oficiais de turismo dos municípios. Essa etapa do estudo foi complementada, ainda, com a análise e avaliação de outros suportes eletrônicos adotados em favor do turismo municipal em Curitiba.

O posicionamento de Curitiba no Google pode ser considerado como bom, quando comparado às outras capitais analisadas. Mediante uma pesquisa simples utilizando-se essa ferramenta, é possível recuperar um alto volume e uma variedade considerável de conteúdos que favorecem o turismo da capital paranaense, o que se torna ainda mais efetivo à medida que a pesquisa seja refinada de acordo com as palavras-chave correspondentes aos interesses do potencial visitante. Igualmente, cumpre notar que São Paulo, destino que concorre de modo mais direto com Curitiba, embora apresente um desempenho razoável em uma pesquisa simples na qual seja usada somente o nome da cidade como palavra-chave, dispõe de um volume enorme de conteúdos e serviços de alta qualidade em favor do turismo, os quais são facilmente encontrados mediante uma pesquisa mais refinada. Para elevar a posição de Curitiba, nesse caso, além do cuidado na produção de conteúdos e serviços de qualidade para a web que favoreçam o turismo municipal, é importante orientar e estimular a iniciativa privada tanto na produção de bons conteúdos e serviços, quanto no uso de estratégias e recursos que objetivem uma melhor visibilidade em ferramentas de busca e redes sociais. Um aspecto negativo observado, nesse caso, é a significativa simplicidade e, algumas vezes, baixa qualidade dos sites de estabelecimentos que servem o turismo de Curitiba – de hospedagem, alimentação, turismo receptivo etc.

As capitais analisadas se posicionam de modo bastante próximo no que diz respeito às mídias sociais. Curitiba, por sua vez, posiciona-se medianamente quando comparada às demais cidades. Em geral, no entanto, todas as capitais exploram a recursividade da multimídia possibilitada pelas redes sociais de forma muito pertinente, utilizando diferentes canais para promover o turismo, bem como estimular a participação e a formação de opiniões sobre os destinos.

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No que se refere à avaliação dos sites, cumpre enfatizar que o site oficial do turismo de Curitiba obteve um resultado significativamente inferior aos sites dos outros municípios avaliados, tendo obtido a menor pontuação (5,6) e, em contrapartida, São Paulo destacou-se com a maior pontuação (10,0). Entre os principais problemas identificados, citam-se:

• Seria mais consistente se o site respeitasse a identidade visual do portal da prefeitura municipal ou, ao menos, os principais elementos de seu design.

• Uma parte pouco significativa do conteúdo é acessível em inglês.

• O uso de frame (quadro), com barra de rolagem, bem como o fundo vermelho, são elementos que dificultam a navegação no site e a leitura do conteúdo.

• Os itens fixos localizados na coluna esquerda do site, os quais incluem figuras, são facilmente confundidos com links.

• Não há um formulário on-line para entrar em contato.

Também foram avaliados outros suportes eletrônicos colocados à disposição dos visitantes da cidade, bem como da sua população. No que diz respeito aos totens multimídia, alguns aspectos se destacam:

• O volume de uso dos totens apresenta decréscimo em relação aos doze meses anteriores a outubro de 2012.

• Parte significativa dos usuários é visitante da cidade.

• 18.316 acessos (menos de 20% em relação ao total de acessos) foram direcionados a conteúdos relativos ao turismo.

• A maior parte dos usuários não está satisfeita com a qualidade (54,6%) e a

facilidade (65,9%) dos serviços, bem como não considera fácil acessar as informações (63,7%).

O aplicativo para dispositivos móveis “Curta Curitiba”, destaca-se muito mais por apresentar aspectos positivos do que negativos.

2.3. ANÁLISE DA INFRAESTRUTURA BÁSICA E DOS SERVIÇOS GERAIS

O objetivo da análise de infraestrutura básica e serviços gerais é fornecer subsídios para identificação de deficiências e limitações nestes aspectos que possam comprometer o pleno desenvolvimento da atividade turística, destacando sua distribuição territorial e sua incidência em áreas especiais de interesse turístico. Com base nestas informações devem ser formulados, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável de Curitiba, estratégias e ações com o intuito de ampliar e requalificar a infraestrutura e serviços básicos nas áreas de interesse turístico para o atendimento da demanda da atividade turística e o bem-estar da população local.

Apesar da potencial amplitude do conceito de “infraestrutura básica e serviços gerais”, neste Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável trata-se de avaliar a infraestrutura e os serviços relacionados à: rede viária de acesso à área e principais

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atrativos; sistema de abastecimento de água; sistema de esgotamento sanitário; sistema de limpeza urbana; rede de drenagem pluvial; sistema de transporte urbano; sistemas de comunicação; iluminação pública; serviços de saúde e segurança.

Investigar a condição de infraestrutura e serviços básicos torna-se essencial não apenas por orientar futuros investimentos que deem suporte a atividade turística, mas, principalmente, por qualificar o espaço de vida e trabalho em Curitiba. Estruturar as vias de acesso e fluxo de pessoas e mercadorias para o turismo, ampliar ou qualificar serviços e equipamentos de interesse turístico são ações que devem responder, simultaneamente, demandas de moradores e visitantes. Vale destacar, que apesar das condições destas infraestruturas e serviços não dependerem direta ou exclusivamente dos produtos turísticos, são intervenientes e necessárias para seu desenvolvimento.

No caso de Curitiba, cabe destacar que a infraestrutura e os serviços urbanos não constituem entraves graves para o desenvolvimento da atividade turística e, ao contrário, na comparação com outros destinos turísticos, apresenta desempenho superior a outras capitais e destinos em avaliações sobre o tema. O estudo de competitividade dos 65 destinos indutores brasileiros indica que, nos anos de 2009 e 2010, Curitiba apresentou resultado acima da média brasileira e acima da média das capitais neste período no quesito infraestrutura.

QUADRO 7 - INDICE DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL

DIMENSÕES ANO BRASIL CAPITAIS CURITIBA

Infraestrutura Geral

2008 63,8 70,5 85,1

2009 64,6 71,3 81,7

2010 65,8 74,3 84,6

Acesso

2008 55,6 66,9 73,5

2009 58,1 69,9 75,5

2010 60,5 72 77,5

FONTE: SEBRAE, 2012.

Além disso, recentemente, a publicação de um estudo sobre qualidade urbana, expressa pelo Indicador de Bem Estar Urbano (IBEU), coloca Curitiba em vantagem sobre as capitais que estão sendo consideradas como referência de comparação neste trabalho.

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151 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

QUADRO 8 - INDICADOR DE BEM ESTAR URBANO – IBEU

MUNICIPIO POSIÇÃO IBEU MOBILIDADE CONDIÇÕES AMBIENTAIS

CONDIÇÕES HABITACIONAIS

SERVIÇOS COLETIVOS

INFRAESTRUTURA

Americana 1º 0,911 0,943 0,982 0,899 0,979 0,751

Curitiba 19º 0,857 0,799 0,874 0,888 0,951 0,777

Belo Horizonte

25º 0,833 0,631 0,917 0,832 0,96 0,766

Porto Alegre 33º 0,823 0,813 0,867 0,83 0,855 0,749

São Paulo 94º 0,757 0,428 0,871 0,771 0,934 0,781

FONTE: Observatório das Metrópoles, 2013.

Portanto, como se demonstrará na análise a seguir, as necessidades de investimento em infraestrutura para desenvolvimento do turismo, tendem a ser complementares, apontando para ajustes ou qualificações da infraestrutura já existente.

2.3.1. Rede Viária de Acesso à Área e Principais Atrativos

O sistema viário é um elemento chave para o desenvolvimento do turismo, pois a adequação das condições de acesso à área turística é pré-requisito para o desenvolvimento da atividade. Contudo, como destaca Beni (1998, p.123), é necessário distinguir a infraestrutura geral da específica, ou seja, aquela que atende ao conjunto das atividades humanas em determinado território e incidentalmente afeta o turismo e aquela que atende mais especificamente a locais essencialmente turísticos ou que se constituem, em si, como atrativos turísticos. Pela própria característica da urbanização e da formação das infraestruturas viárias em Curitiba, além das características dos principais atrativos, é possível afirmar que são exceções os casos de infraestruturas específicas. Por este motivo, o objetivo da análise neste tópico é apresentar um diagnóstico das condições e volumes de tráfego, da sinalização, da segurança e da relação com os atrativos das principais vias e rodovias, mas principalmente os mecanismos de gestão que monitoram estes aspectos e subsidiam o planejamento de soluções para as questões viárias. Além disso, procurar-se-á realizar uma caracterização dos principais terminais de acesso dos turistas, notadamente o Aeroporto de Afonso Pena e a Rodoferroviária de Curitiba.

Para realizar esta análise procedeu-se a consulta e levantamento documental, realização de entrevistas com setores da administração pública municipal responsáveis pelo planejamento e gestão do transporte (Diretoria de Mobilidade do IPPUC e Diretoria de Engenharia de Trânsito da Setran), além de observação direta e levantamento de campo.

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2.3.1.1 Acesso à área turística

O primeiro aspecto a ser destacado é a caracterização e situação das principais rodovias de acesso à capital, além das vias de integração do sistema viário metropolitano. De acordo com o Plano de Desenvolvimento Integrado Metropolitano de 2006 (PDI), as principais rodovias de acesso (BR116, BR277, BR376, BR476, PR092) e os contornos rodoviários (Leste, Sul e Norte) são classificados como vias expressas (Ver Mapa 15 - Acesso à Área Turística).

A BR-116 é a principal rodovia brasileira, ligando o sul, o sudeste e o nordeste do país. Além da sua importância logística, é a principal via de acesso de turistas que chegam a Curitiba pelo norte no modal rodoviário. É pedagiada no município de Campina Grande do Sul, pelo Autopista Regis Bittencourt, desde 2008. No segmento sul, concorre com a BR-376 na função de via de ligação com os demais estados da região Sul do Brasil, mas pelo fato de não ser duplicada é preterida, especialmente em relação ao transporte de passageiros, cumprindo predominantemente funções associadas ao transporte de cargas.

A BR-476 faz a ligação com o centro-sul do Estado (conhecida como Rodovia do Xisto) e, ao norte, com a região do Vale do Ribeira (conhecida como Estrada da Ribeira). No trecho que cruza a Capital, segue em conjunto com a BR-116, cortando o município e constituindo também uma barreira física no tecido urbano.

Esse segmento atravessa o centro da capital paranaense e 23 bairros, ligando os extremos Sul (Pinheirinho) e Norte (Atuba). De acordo com a representação do DNIT no Paraná, até a inauguração do Contorno Leste de Curitiba, em dezembro de 2002, circulavam pelo trecho mais de 60 mil veículos - grande parte caminhões e ônibus - o que provocava uma sobrecarrega no tráfego da capital nos horários de pico. Em função disso, com o desvio do tráfego de longa distância pelo Contorno Leste, o trecho urbano da BR-116/476 foi transformado na Linha Verde, integrando-se ao sistema viário da cidade.

A BR-277 é uma rodovia federal transversal e possui 730 km, com inicio no porto de Paranaguá e término na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, constituindo uma das principais vias de ligação do Estado do Paraná. Conecta os polos turísticos do Estado: Polo Turístico de Curitiba, Região Metropolitana e Campos Gerais, Polo Turístico de Foz do Iguaçu e Polo Turístico do Litoral Paranaense. No trecho Curitiba/Paranaguá é pedagiada pela concessionária Ecovia desde 1998 e no trecho Curitiba/São Luis do Purunã (com conexão com os trechos até Foz do Iguaçu) é pedagiada pela concessionária Rodonorte desde 1998.

A BR-376 é uma rodovia federal diagonal, que chega a Curitiba pela região Sul, sendo o principal acesso de viajantes provenientes dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, também denominado Corredor do MERCOSUL, possui pista dupla em toda extensão dentro do estado do Paraná e desde 2008 é pedagiada pela concessionária Autopista Litoral Sul. A oeste segue em conjunto com a BR-277 até o entroncamento viário de São Luis do Purunã e daí em diante, conhecida como Rodovia do Café, promove a ligação com a região dos Campos Gerais e com a região norte do Estado do Paraná.

Finalmente, a PR-092 faz a ligação com os municípios de Almirante Tamandaré, Itaperuçu e Rio Branco do Sul, constituindo-se em uma via metropolitana destinada, principalmente, ao

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153 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

escoamento da produção mineral destes municípios, conhecida, por este motivo, como Rodovia dos Minérios.

A crescente motorização da frota (particular, publica, transporte de cargas etc.) e a expansão da malha urbana transformaram as características de trafego nas principais rodovias, que passaram a compartilhar deslocamentos locais ou metropolitanos (curta distancia) com deslocamentos intermunicipais ou interestaduais (longa distancia), produzindo significativos conflitos viários. Em decorrência, os acessos à cidade tornaram-se pontos de grande estagnação do trânsito local, os deslocamentos de longa distancia sofreram ampliação do tempo total e a insegurança de pedestres e motoristas foi incrementada. Estas consequências demandaram a construção de desvios das principais rodovias através de um contorno rodoviário, composto de três trechos (Norte, Sul e Leste) que totalizam 91 quilômetros, sendo que atualmente faltam apenas 11,6 quilômetros na porção norte para a sua conclusão.

Em recente avaliação, contudo, Pereira (2012) indica restrições relativas ao traçado (geometria), às interseções e às condições do pavimento que indicariam limites à efetiva consolidação dos contornos como alça viária objetivando o desvio do tráfego de longa distância. No Contorno Norte as condições do traçado (projeto geométrico, curvas, inclinações de aclives e declives, trechos com terceira pista) não são boas, reduzindo a velocidade média e aumentando o tempo de deslocamento, o que torna mais difícil a consolidação do trecho como alça viária. No Contorno Sul, o principal aspecto negativo é o mau estado de conservação do pavimento, além dos problemas de sinalização. Finalmente, em relação ao Contorno Leste, Pereira (2012) destaca que o projeto foi elaborado de maneira a estabelecer rigoroso controle de acesso à via, de tal modo que as interseções foram projetadas em dois níveis. Contudo, a pressão dos ocupantes lindeiros vem degradando esta condição. Destaca-se ainda que o Contorno Leste efetivamente tem cumprido a função de desvio do tráfego de longa distancia, mas Pereira (2012) indica a necessidade de antever sua ampliação com a adição de uma terceira pista.

Com a exceção do tráfego proveniente do interior do Estado do Paraná pela BR-277, o Contorno Leste promove o deslocamento do tráfego de longa distancia das principais vias de acesso à cidade, notadamente da BR-116 (norte e sul), da BR-376 (sul), da BR-277 (litoral) e da BR-476 (sul). Assim, o acesso à cidade passa a ser realizado pelas vias classificadas como de integração pelo PDI. Além da Linha Verde e o trecho urbano da BR-116 – entre o Trevo do Atuba e o Contorno Leste –, encontram-se nesta categoria o trecho urbano da BR-277 – entre o Centro Politécnico e o cruzamento com o Contorno Leste e entre o Parque Barigui e o cruzamento com o Contorno Norte/Sul – e o trecho urbano da BR-376 – a partir do Contorno Leste incluindo sua extensão na Avenida Comendador Franco.

A Avenida Comendador Franco está recebendo intervenções para sua ampliação e redução de transposições em nível e semaforizadas, ampliando sua velocidade média de tráfego. A obra integra os projetos do PAC da Copa e PAC da Mobilidade, com conclusão prevista para 2013 e, além do tráfego proveniente dos estados da Região Sul do Brasil, constitui a via de acesso à cidade para quem chega pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena. Em função do seu caráter de portal de entrada da cidade para o grande evento esportivo, prevê sinalização indicativa para orientação aos turistas.

A Linha Verde, inaugurado em 2009, integra uma operação urbana consorciada entre o bairro Atuba e o bairro Pinheirinho e é um projeto urbanístico formado por uma pista central exclusiva para ônibus biarticulados, com espaços para canteiro, bosques, ciclovias e praças.

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154 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

O trecho sul está concluído e o trecho norte, que está sendo executado em lotes, não tem previsão precisa para conclusão. Os demais trechos indicados fazem parte das responsabilidades das concessionárias das respectivas rodovias. Ao contrário do que se verifica na Avenida Comendador Franco, a sinalização de acesso e as transposições confundem o motorista. Em algumas interseções foram incorporadas vias vicinais lindeiras à antiga BR-116 que dificultam o acesso ao centro da cidade. No trecho sul, as principais dificuldades referem-se à ausência de interseções em desnível e à sinalização deficiente nas vias vicinais lindeiras que constituem as opções de acesso à cidade. No trecho norte, em obras, a sinalização ainda não foi completamente reformulada e, especialmente entre o Contorno Leste e o Trevo do Atuba, que não compõe o projeto da Linha Verde, a sinalização carece de atualização, principalmente no que se refere às informações turísticas.

Em relação à segurança, as rodovias citadas apresentam condições bastante distintas, sendo que em alguns casos estão entre as mais violentas do país. Os Contornos registram mais de 800 colisões por ano, ou seja, mais de duas por dia. O trecho da BR-116 entre São Paulo e Curitiba, por exemplo, é conhecido popularmente como “Rodovia da Morte”, assim como era designado, antes da duplicação, o trecho da BR-376 entre Curitiba e Garuva (SC). Contudo, em ambos os casos, projetos de duplicação e recuperação foram realizados ao final da década de 1990 nos trechos localizados no Estado do Paraná, reduzindo os níveis de acidentes.

QUADRO 9 - RELATÓRIO ACIDENTES NAS RODOVIAS FEDERAIS NO PARANÁ EM 2007

BR ACIDENTES MORTOS 277 2928 154 116 1532 107 476 1150 31 376 1131 32

FONTE: Policia Rodoviária Federal, 2007.

2.3.1.2 Acesso aos atrativos turísticos

Em relação às principais vias internas, destaca-se a estruturação urbana orientada pelos “trinários”. Desde o inicio da urbanização da cidade de Curitiba, com a elaboração do Plano Agache (1941), a cidade organizou seu sistema viário orientado pela a abertura e alargamento de ruas e avenidas. O sistema principal é constituído pelas Vias Centrais, Externas e Prioritárias. Apesar da disponibilidade e extensão das vias com caixas largas, associadas ao controle de semaforização (onda verde), com significativa inserção e distribuição no território urbano, vale destacar que a utilização de veículos particulares teve um crescimento importante nos últimos cinco anos, gerando, como consequência, complicadores para o sistema municipal. A comparação do levantamento de número de veículos particulares na década de 70 (204.215) com o levantamento do DETRAN-PR em 2010 (1.197.974) indica que o aumento da frota foi de 487% em Curitiba, passando de um índice de 2,98 para 1,46 veículos por habitante.

Além do aumento do tempo médio de deslocamento, este indicador tem uma relação direta com o aumento nos índices de números de mortos, feridos e acidentes por 100 mil habitantes. O aumento da frota de veículos particulares também influencia o baixo

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desempenho de alguns equipamentos urbanos, com a necessidade de postes de sinalização vertical e horizontal e de mais cruzamentos semaforizados81.

Como medida mitigadora, a implantação do novo Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), previsto nas obras de infraestrutura para a copa do Mundo, objetiva instituir um controle em tempo real das condições de transito nas principais vias urbanas. É composto de 25 km de ruas monitoradas por câmeras instaladas em postes de 15 metros de altura que enviam as imagens por cabos de fibra ótica para a Central de Controle Operacional (CCO), capaz de alterar os semáforos condicionado melhorias para o fluxo de veículos e do transporte coletivo.

FIGURA 18 - PONTO DE MONITORAMENTO DE VEÍCULOS (PMV) LOCALIZADO NA RUA MARTIM AFONSO, PRÓXIMO AO Nº 2890 E CENTRO DE CONTROLE OPERACIONAL

FONTE: Ambiens, 2012.

Em conjunto, foram instalados painéis digitais informativos que auxiliam a condução dos usuários para uma melhor otimização das condições do fluxo de veículos nas principais vias.

FIGURA 19 - PAINEL DIGITAL LOCALIZADO NA RUA CAMPOS SALES, PRÓXIMO AO Nº 800

FONTE: Ambiens, 2012.

A adoção do Sistema de Monitoramento está conjugada com intervenções físicas, destacando-se a implantação do Anel Viário: um sistema de vias que compõem um binário contornando o centro da cidade e permitindo deslocamentos em mão única entre os bairros do entorno. Essa solução objetiva reduzir o tráfego de veículos na área central.

A malha viária do município permite o acesso a todos os atrativos turísticos, conforme analisado no item do Mercado Turístico que trata da Oferta de Atrativos Turísticos, mas as condições de acesso são diferenciadas especialmente em função da sinalização e características das vias de acesso. Os aspectos abordados neste item destacam a

81 Entre 2004 e 2011, o crescimento do número de cruzamentos semaforizados foi próximo de 25%.

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infraestrutura geral relacionada ao sistema viário e a gestão do trânsito que, apesar de influenciarem diretamente à atividade turística, não dependem apenas de políticas a ela relacionadas. Vale destacar, contudo, as características dos acessos às principais áreas de interesse turístico (área central, área geográfica de interesse gastronômico de Santa Felicidade, área geográfica de interesse gastronômico da Mateus Leme – incluindo os Parques são Lourenço e Tanguá e a Opera de Arame) e aos atrativos mais visitados (Jardim Botânico e Parque Barigui).

A área central é bem dotada de infraestrutura de acesso e transporte público e o próprio sistema viário da cidade foi concebido com a preocupação de promover ligações independentes da área central, com a finalidade de desobrigar a circulação pelo centro da cidade daqueles que se deslocam entre bairros. Assim, reduz-se o fluxo de veículos facilitando o tráfego nas áreas centrais. Contudo, as principais vias que compõem o sistema trinário são radiais, ou seja, promovem a ligação bairro-centro-bairro, com avenidas de até quatro pistas, bem sinalizadas e com sistema informatizado de semáforos em implantação. Se por um lado essa característica facilita o acesso ao centro a partir de diversos pontos da cidade, por outro, tende a sobrecarregar a infraestrutura central.

Os principais atrativos da área central, como o Centro Histórico e a Rua das Flores, estão intimamente ligados com o desenvolvimento da cidade e estão inseridos em uma região que cumpre importante função de oferta de serviços na capital. Em decorrência, localizam-se em pontos centralizadores do fluxo de veículos, de acesso do transporte coletivo e de circulação de pedestres, sendo facilmente acessado por qualquer região da cidade pelas principais vias. O tráfego na maioria dessa área é propositalmente lento, com a finalidade de compatibilização com a intensa presença de pedestres e mesmo de incentivar o acesso a pé. Há, inclusive, a promoção de um roteiro turístico a pé para essa região central.

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FIGURA 20 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE ACESSO VIÁRIO NA REGIÃO CENTRAL

FONTE: Ambiens, 2013.

A Área Geográfica de Interesse Gastronômico de Santa Felicidade é composta de aproximadamente 100 estabelecimentos, sendo 50 grandes restaurantes, que possuem um fluxo intenso principalmente nos finais de semana e datas comemorativas, gerando um grande trafego de veículos particulares e de turismo. A principal via de acesso é a Avenida Manoel Ribas, que possui um portal que remete a uma construção com características italianas, delimitando oficialmente a entrada neste bairro. A sinalização viária é bastante eficiente por qualquer acesso da cidade, contando com placas atualizadas em padrão bilíngue. No trecho que concentra os principais restaurantes, esta avenida possui pavimento em paralelepípedo, com transito propositalmente lento. O acesso com o sistema de transporte coletivo é adequado, contando, inclusive, com um terminal de transporte público que conta com linhas provenientes do centro e de diferentes origens da cidade.

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FIGURA 21 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE ACESSO VIÁRIO NA ÁREA GEOGRÁFICA DE INTERESSE GASTRONÔMICO DE SANTA FELICIDADE

FONTE: Ambiens, 2013.

Os estabelecimentos gastronômicos na Mateus Leme são bem distribuídos, desde o início da via, no Largo da Ordem, até a interseção com a Rodovia dos Minérios. Contudo, a caracterização como área geográfica pode ser delimitada como o trecho entre o Portal Polonês e a interseção com a Rua Lívio Moreira, pela concentração de estabelecimentos gastronômicos e especificidade de serviços desta natureza. Os trechos restantes são caracterizados pela diversidade de comércio e serviços. A área possui fácil acesso em via

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de mão dupla e conexão com vias importantes, como o Anel Viário. Alguns estabelecimentos contam com estacionamento e serviços de manobrista, mas parte significativa utiliza as vagas de estacionamento na via principal e nas vias transversais. Destaca-se ainda que não há sinalização específica relacionada aos estabelecimentos gastronômicos. Entre um 1,3 e 3,5 quilômetros encontram-se três importantes atrativos: o Parque São Lourenço, a Opera de Arame e o Parque Tanguá. Situados na zona norte da cidade, são acessados partir do centro principalmente pelas Ruas Nilo Peçanha e Mateus Leme.

Na Ópera de Arame, o estacionamento tem capacidade para cerca de 20 carros, sendo três para PNE. Os ônibus de turismo podem estacionar no local, com alguma restrição quanto a manobras. Há algumas linhas de ônibus convencional com parada em frente ao local, além da Linha Turismo. A sinalização com placas indicativas é presente em todo o percurso, pelos mais diversos caminhos escolhidos.

O Parque Tanguá faz parte de um antigo complexo de pedreiras existente na região norte da cidade e seu acesso é pode ser avaliado como regular, especialmente pela sinalização e características das vias do entorno. O acesso pode ser realizado por dois níveis: a Rua Oswaldo Maciel (acesso pela Eugênio Flor) é dirigida para a parte superior do complexo e a Rua Domingos Antônio Moro, para o acesso ao nível inferior do parque. Possui três estacionamentos, cada um com cerca de 50 vagas, e as linhas convencionais de ônibus (Interbairros II anti-horário, Nilo Peçanha, Bracatinga, Primavera, Santa Felicidade-Santa Cândida) que demoram cerca de 50 minutos a partir do centro da cidade, além da Linha Turismo.

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FIGURA 22 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE ACESSO VIÁRIO NA ÁREA GEOGRÁFICA DE INTERESSE GASTRONÔMICO DA MATEUS LEME E PARQUES NORTE

FONTE: Ambiens, 2013.

O Jardim Botânico é o atrativo mais visitado de Curitiba e por não estar longe do centro da cidade é facilmente acessado por diversos meios de transporte. O acesso através de veículos é bastante facilitado, já que está situado entre diversos eixos viários importantes, incluindo a Linha Verde e a BR-277. Contudo o estacionamento para veículo é bastante restrito, possuindo vagas para idosos e deficientes, mas não para veículos de turismo

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(ônibus, micro ônibus e van), que nos feriados e finais de semana ficam estacionados nas ruas do entorno. Visitantes que acessam por automóvel também tem dificuldade de estacionamento. Devido a sua posição, tem elevada acessibilidade pelo sistema de transporte coletivo. São diversas linhas de ônibus que possuem ponto de parada em frente e nas laterais do local, incluindo a Linha Expressa (Centenário-Campo Comprido, Centenário - Rui Barbosa e Pinhais-Rui Barbosa), Centenário, Centro Politécnico, Cabral-Portão, Petrópolis, Santa Bárbara, Solitude, além da Linha Turismo. O acesso também é possível por ciclovias, dispondo de bicicletário operado pela iniciativa privada.

FIGURA 23 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE ACESSO VIÁRIO NO JARDIM BOTÂNICO

FONTE: Ambiens, 2013.

O Parque Barigui é o mais utilizado pela população local e possui um esquema diferenciado de trânsito de veículos nos finais de semana. Dista cinco quilômetros do centro da cidade e o acesso e esse deslocamento pode ser feito pelas vias que compõem o sistema trinário

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oeste e pela Av. Candido Hartmann. Também pode ser acessado pela BR-277 na parte oeste da cidade. Possui estacionamento para cerca de 1.950 vagas gratuito. O acesso também pode ser feito por 8 linhas de ônibus convencional (Mossungê, Saturno, Montana, Savóia, Bigorrilho, Curitiba-Campo-Largo, São Braz, Tuiuti-Barigui) e pela Linha Turismo, com pontos de embarque/desembarque em vários pontos de acesso ao parque, contando, ainda com a proximidade do Terminal Campina do Siqueira. Destaca-se ainda que o Parque possui um circuito próprio de ciclovia com integração ao circuito de ciclovia municipal.

FIGURA 24 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE ACESSO VIÁRIO PARQUE BARIGUI

FONTE: Ambiens, 2013.

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2.3.1.3 Aeroporto e Rodoferroviária

O Aeroporto Internacional Afonso Pena situa-se no município de São José dos Pinhais e dista 18 quilômetros do centro de Curitiba. É o segundo aeroporto da Região Sul do Brasil e está entre os 20 maiores do país. Possui uma movimentação de cerca de 4.700 pousos/decolagens mensais, com 4.200 toneladas de carga/mês, 6.825.666 passageiros embarcados e desembarcados no ano de 2011, sendo apenas 1,33% provenientes de voos internacionais.

Os principais destinos diretos partir de Curitiba são, na ordem, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Campinas e Brasília e entre os destinos internacionais destacam-se Buenos Aires e Montevidéu (PDITS CRMCG, 2010).

Atualmente está passando por várias obras como a reforma das pistas de pouso e decolagem, além de uma ampliação nos pátios e terminais de carga e passageiros, bem como o sistema de macrodrenagem e ampliação do estacionamento para veículos, com capacidade para 2200 veículos.

No sistema de avaliação espontânea pelos passageiros, a disposição no sitio eletrônico da Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Aeroporto Afonso está entre os mais bem avaliados82 considerando critérios como: conforto antes do embarque, controle de alfândega, serviços de informação, lojas e alimentação. As melhores avaliações foram para: i) a prestação de serviços e atendimento a pessoas com necessidades especiais, ii) acesso ao aeroporto e iii) disponibilidade de transporte publico e táxi no aeroporto.

82 Não é possível realizar a classificação dos aeroportos brasileiros a partir destes dados, tendo em vista que as

percepções são informadas de maneira voluntária e sem controle estatístico dos informantes, além de apresentar aeroportos com amostra insuficiente para qualificar a avaliação média. Contudo, os dados podem ser utilizados para relativizar a percepção dos passageiros.

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TABELA 51 - AVALIAÇÃO DE QUALIDADE PELOS USUÁRIOS DE AEROPORTOS BRASILEIROS

MAIORES AEROPORTOS MÉDIA Nº DE AVALIAÇÕES

FORTALEZA (CE) 8,28 171

CURITIBA (PR) 7,72 193

RECIFE (PE) 7,72 86

MACEIÓ (AL) 7,71 24

FLORIANÓPOLIS (SC) 7,63 163

PORTO ALEGRE (RS) 7,56 179

BRASÍLIA (DF) 7,23 251

BELÉM (PA) 6,69 46

NATAL (RN) 6,27 45

VITÓRIA (ES) 5,97 167

CUIABÁ (MT) 5,83 28

RIO DE JANEIRO - SANTOS DUMONT (RJ) 5,83 90

CAMPO GRANDE (MS) 5,34 46

RIO DE JANEIRO - GALEÃO (RJ) 5,29 126

BELO HORIZONTE - CONFINS (MG) 5,25 92

SÃO PAULO-CONGONHAS (SP) 5,24 135

SALVADOR (BA) 5,19 64

CAMPINAS - VIRACOPOS (SP) 4,58 84

MANAUS (AM) 4,58 40

SÃO PAULO - GUARULHOS (SP) 4,24 233

SÃO LUÍS (MA) 3,57 26

GOIÂNIA (GO) 2,4 96

FONTE: ANAC, 2013.

Em relação à infraestrutura, o Estudo do Setor de Transporte Aéreo do Brasil (MCKINSEY & COMPANY, 2010) aponta que o Aeroporto Afonso Pena possui capacidade de pista suficiente, considerando a projeção de demanda até 2030, mas apresenta necessidade de investimentos no pátio e terminal de passageiros. Além disso, as condições climáticas na localidade do aeroporto demandam, considerando a frequente incidência de neblina, equipamentos de pouso e decolagem em condições de baixíssima visibilidade. Atualmente 22 aeroportos brasileiros possuem equipamentos ILS, sendo que o Afonso Pena é um dos três que conta com o ILS-2 (além de Guarulhos e Galeão), que permite pousos com visibilidade horizontal de 400m e vertical de 30m. Apesar disso, há previsão da adoção do ILS-3 até 2014, tendo em vista que o Afonso Pena é apontado por especialistas como um dos mais críticos em termos de condições de visibilidade relacionadas ao clima.

A Rodoferroviária de Curitiba é um complexo intermodal que foi inaugurado em 1972, justamente para servir como terminal do transporte municipal e interestadual para os meios rodoviário e ferroviário. Em terreno pertencente à União (patrimônio da antiga Rede Ferroviária Federal), foi cedido inicialmente por 40 anos, renovado em 2009 por mais dois anos e em novembro de 2011, devido ao PAC da Copa, desta vez por dez anos.

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Desde sua instalação, conforme os decretos 184, de 1972, e 90, de 1976, a Prefeitura de Curitiba delegou à URBS – Urbanização de Curitiba S/A, que possui sua sede administrativa dentro do conjunto de edificações do complexo, as atribuições de operar e administrar o terminal rodoviário.

Hoje, as empresas interestaduais atendem 62 linhas; as intermunicipais, ou seja, as que operam exclusivamente dentro do Paraná, 85 linhas, e as internacionais, cinco linhas com seis horários/dia de forma alternada. Há ainda outras 36 linhas em trânsito, que são linhas que necessitam fazer escala técnica pela cidade.

Atualmente passa por reformas bastante significativas, mas que procura manter o projeto original de uma construção executada em dois blocos, interligada por passarelas, que dispõe na área interna estações de embarque e desembarque. A modernização vai adequar estas barreiras que limitam a circulação no interior, facilitar o entorno do sistema viário e estacionamento, além de reformulação total dos sistemas hidrossanitários, elétricos e de lógica. Toda a comunicação visual também será atualizada, com a finalidade de esclarecer e facilitar o acesso, contando com câmeras de segurança e dispositivos de painéis eletrônicos para atualizar as informações instantaneamente.

O terminal ferroviário, que pertencia à extinta Rede Ferroviária Federal, é operado atualmente pela empresa ALL (América Latina Logística), que além do transporte de cargas ferroviárias, utiliza o local para administrar suas composições que transitam do interior do estado para os terminais de embarque no Porto de Paranaguá. Há uma demanda histórica pela desativação da operação de cargas neste terminal e transferência para o pátio da empresa no bairro Vila Oficinas, mas não há projeto definitivo nesse sentido.

Além da operação de cargas, funciona no terminal ferroviário a Operadora de Turismo Serra Verde Express, empresa privada que utiliza as dependências do terminal para a comercialização de um dos passeios mais prestigiados pelos turistas que visitam Curitiba, a viagem de trem pela Serra do Mar, em trilhos que representam, até hoje, uma das grandes obras da engenharia nacional, com importante valor histórico. Em certa perspectiva, este produto caracterizaria o município de Curitiba apenas como polo emissor, no entanto, o passeio costuma estar integrado em roteiros turísticos que envolvem produtos e atrativos locais, funcionando como importante produto complementar para o turismo na Capital.

As apreciações sobre a rede viária e de acesso e sobre os terminais aeroportuário e rodoferroviário indicam, como considerações finais, que as vias de acesso ao município encontram-se, de modo geral, em bom estado de conservação e condições satisfatórias de trafego, com a exceção da BR-476 no trecho sul, que promove a ligação com o Centro-Sul do Estado. Além disso, destacam-se os problemas na sinalização de acesso e nas interseções, especialmente no trecho urbano norte da BR-116 e na Linha Verde.

Em relação às áreas especiais de interesse turístico e área geográfica de interesse gastronômicos vale destacar que as principais vias de acesso se encontram em bom estado de conservação, apresentando alguns estrangulamentos viários que geram transito lento ou engarrafamentos em situações de trafego intenso. Já existem, contudo, iniciativas de engenharia de transito para otimizar as condições de fluxo de veículos.

Os terminais aeroviários e rodoferroviários, apesar de apresentarem necessidade de investimentos, já possuem projetos ou obras em desenvolvimento no sentido de sanar os problemas mais críticos. O aeroporto, especificamente, é bem avaliado pelos usuários e, a despeito das condições ambientais em que está inserido demandarem equipamentos de

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elevado desempenho para sua operação plena, já é, atualmente, um dos aeroportos brasileiros com maior qualificação na operação.

2.3.2. Saneamento Ambiental

A questão do saneamento ambiental estabelece com o processo de urbanização um conjunto complexo de relações que engendram conflitos territoriais, sociais e de direitos. A apropriação da natureza e nesse caso, especialmente, o uso da água, do solo urbano e a utilização de espaços para destinação de resíduos podem estar em divergência com outros usos sociais (moradia e lazer, por exemplo) e econômicos (produção agropecuária e desenvolvimento do turismo, por exemplo) em função de distintos interesses em jogo.

Esta variável ambiental pode, no caso do turismo, implicar em efeitos diferenciais a depender das características do segmento turístico ou dos atrativos: atividades relacionadas à fruição de recursos naturais são certamente mais dependentes de iniciativas de preservação ou uso racional destes recursos. Contudo, não se deve negligenciar que a própria atividade turística produz impactos ambientais. Interpretar a relação entre estes fatores requer uma análise de mútua dependência.

Por outro lado, as variáveis relacionadas ao saneamento ambiental, não compõem os critérios centrais para a maioria dos turistas na decisão de escolha do destino turístico (CONTO, 2005), apesar da qualidade da água, das condições de esgotamento sanitário e da disposição de resíduos sólidos passarem a ser preocupações durante a estadia do turista, com potencial de impactar suas práticas, comportamentos e, ainda, a imagem do destino turístico no futuro. O objetivo deste tópico é apresentar uma breve exposição do sistema de abastecimento de água, do sistema de esgotamento sanitário, do sistema de drenagem e do sistema de coleta de resíduos sólidos e limpeza pública em Curitiba. Para cumprir este objetivo, foram realizados, principalmente, levantamentos documentais e de dados primários, com destaque para as informações prestadas pelo Instituto das Águas do Paraná e Sanepar, além de entrevista e observação em campo.

2.3.2.1 Sistema de abastecimento de água

Em termos de inserção, o município de Curitiba localiza-se integralmente na Bacia do Alto Iguaçu, considerando a divisão das bacias hidrográficas no Estado do Paraná estabelecida pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos, que abrange áreas de outros quinze municípios da Região Metropolitana de Curitiba. No território do município encontram-se seis sub-bacias: Passaúna, Barigui, Belém, Atuba, Alto Boqueirão e Padilha, sendo que destas apenas o Passaúna, a oeste, contribui para o abastecimento. As demais bacias que constituem mananciais de abastecimento da capital localizam-se na porção leste da RMC e incidem sobre os municípios de Colombo, Campina Grande do Sul, Pinhais, Quatro Barras e Piraquara. Além disso, a Região Metropolitana de Curitiba abriga três estações de Tratamento de Água (ETAs): a ETA Iguaçu; a ETA Passaúna e a ETA Iraí, sendo as duas primeiras localizadas na Capital. (PARANA, 2007)

O Primeiro Planalto Paranaense é uma região geográfica com índice pluviométrico elevado (média de precipitação de 1.400 mm), com distribuição espacial bem caracterizada do fenômeno. Essa abundância possibilitou que o crescimento da cidade se realizasse em grande medida contando com o abastecimento de água a partir de fontes locais, próximas aos centros de consumo. No entanto, a partir do final da década de 50, já ocorriam déficits

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de suprimento de água para Curitiba (PARANA, 2007). Com base nos estudos de curva de permanência realizados em 2006 pela USP/UFPR, o Plano da Bacia do Alto Iguaçu e afluentes do Alto Ribeira indica que, regularizados todos os mananciais, “o limite de utilização [...] do Alto Iguaçu, seria algo da ordem de 10,68 m³/s” (PARANÁ, 2007, p.34).

Considerando que a população da Região Metropolitana de Curitiba consome aproximadamente 7,5 m³/s de água tratada e os processos de regularização das ocupações em mananciais não está completo, há a necessidade de considerar alternativas de abastecimento para o médio prazo. Estima-se que existam na cidade mais de mil poços artesianos que, somados, têm potencial para fornecer uma vazão adicional de aproximadamente 1,5 m³/s. Consideram-se ainda as possibilidades de exploração do Aquífero Karst, dos mananciais das bacias do Várzea e do Açungui, além da utilização de parte das vazões alocadas à geração de energia hidrelétrica no reservatório UHE Capivari/Cachoeira (PARANÁ, 2007, p.34).

Vale destacar ainda que a reserva do sistema integrado totaliza 325 mil m³, que corresponde a aproximadamente 50% da demanda diária e são utilizadas para compensar a demanda nos horários de maior consumo. Contudo, a distribuição urbana das 39 unidades de diferentes capacidades é desigual no território, criando regiões da cidade com maior incidencia de falta de abastecimento, apesar da cobertura universalizada da rede (a cobertura da rede atende a 100% da população urbana). É o caso, por exemplo, de bairros como Pinheirinho e Tatuquara, abastecidos pela bacia do Miringuava que funciona atualmente a fio d’água. Conforme indicado nos planos de investimento da Sanepar, há a perspectiva de solução para esta deficiencia até 2016, com a construção de um reservatório nesta bacia.

Em relação à qualidade da água, a Sanepar disponibiliza, em atendimento à legislação, o Relatório Anual da Qualidade da Água. Tomando como referência os dados de 2011, vale destacar que a companhia analisou entre 520 e 550 amostras mensais – número de amostras superior ao exigido pelo Ministério da Saúde – registrando, em meses eventuais, o máximo de 0,5% de amostras não atendidas em um dos critérios analisados (turbidez, cor, cloro residual livre, flúor, coliformes totais e coliformes termotolerantes) (SANEPAR, 2012)

Apesar da intermitencia no abastecimento de água verificada em algumas regiões de Curitiba não há que se falar em comprometimento da atividade turística ou do seu potencial de desenvolvimento em função da cobertura da rede de abastecimento, dos sistemas de controle de qualidade da água e da disponibilidade de água tratada no município ou nas áreas de interesse turístico. Em outras palavras, conclui-se que o desempenho do sistema de abastecimento de água é adequado às necessidades da população em geral e de desenvolvimento da atividade turística em específico.

2.3.2.2 Sistema de esgotamento sanitário

O Rio Iguaçu delimita a fronteira sul do município de Curitiba, determinando a sua margem direita, desde sua nascente até a confluência com o Rio Passaúna, como trecho mais urbanizado até sua foz no Rio Paraná. Especialmente os afluentes já citados – Barigui, Belém, Atuba e Padilha – contribuem para transformar o Alto Iguaçu em um corpo hídrico altamente poluído, como resultante do crescimento urbano e consequente ampliação na geração de efluentes residências e industriais. Os problemas se agravam quando se observa que, além da ocorrência de ligações clandestinas ou irregulares que remetem os efluentes para o sistema de drenagem pluvial, o grau de coleta e tratamento do esgoto na

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Região Metropolitana de Curitiba ainda é baixo. Apenas 59,3% da população é atendida por rede de coleta de esgoto, sendo que 11,2% do que é coletado não recebe tratamento. A eficiência do tratamento é de aproximadamente 70% (PARANÁ, 2007), o que resulta, grosso modo, no despejo de aproximadamente 63% da matéria orgânica gerada nos corpos hídricos, especialmente os afluentes da margem direita, já citados.

Reservados os afluentes da margem esquerda para o sistema de captação do abastecimento de água, restou aos afluentes da margem direita o papel de canais coletores para o sistema de tratamento. O sistema de tratamento de esgoto de Curitiba é gerenciado pela Sanepar, empresa estatal, que desde 1963 é responsável pela coleta e tratamento do esgoto sanitário de Curitiba e Região Metropolitana.

De acordo com levantamento feito pelo Instituto de Águas do Paraná a qualidade da água dos efluentes que deságuam no rio Iguaçu, logo após a confluência entre o rio Iraí e Atuba, é bastante alarmante, pois os níveis de matéria orgânica83 ultrapassam em mais de cinco vezes o nível máximo admitido para classificar um rio como poluído. Na figura a seguir, observa-se que o Rio Iguaçu, no trecho conhecido como Alto Iguaçu, apresentava em 2005 índices de matéria orgânica, na sua vazão média, superiores a classe 3 (poluído), desde a sua nascente, na conjunção com o Iraí, até o Rio das Onças. As condições se deterioram mais com a afluência dos Rios Atuba, Belém, Padilha e Barigui. Nas vazões mais baixas (Q95% e Q80%), os indicadores de matéria orgânica são muito elevados.

FIGURA 25 - CONCENTRAÇÃO DE DBO AO LONGO DO RIO IGUAÇU PARA O ANO DE 2005 E VAZÕES DE 95% E 80% DE PERMANÊNCIA E VAZÃO MÉDIA DE LONGO PERÍODO (QMLP)

FONTE: Paraná, 2012.

83 Medido pelo DBO, índice de demanda bioquímica de oxigênio, ou seja da necessidade de oxigênio para

depurar a matéria orgânica existente na água.

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As principais Estações de Tratamento de Esgoto - ETEs (Belém, CIC - Xisto, Atuba -Sul, Padilhas-Sul e Santa Quitéria) como já abordado no que se refere à eficiência do tratamento de esgoto, também lançam matéria orgânica no rio Iguaçu e vale destacar que a ETE Atuba Sul, por exemplo, é a maior Estação de Tratamento de Esgoto do Paraná, beneficiando o esgoto de aproximadamente 580 mil habitantes de 14 bairros de Curitiba e parte dos municípios de Pinhais e São José dos Pinhais.

Analisando o desempenho do Índice de Qualidade da Água nos principais afluentes da margem direita e no próprio Rio Iguaçu, percebe-se, de modo geral, o aprofundamento das condições de poluição dos corpos hídricos. Como se observa no Mapa 16 - Parques, Bosques e Índice de Qualidade da Água, elaborado com base no desempenho médio do índice nos anos de 2010 e 2011, alguns rios se encontram em condições bastante preocupantes, com destaque para o Rio Belém.

Em relação ao turismo, esse aspecto é especialmente impactante em função da relação dos rios que cruzam a cidade com os parques urbanos, que constituem importantes atrativos turísticos de Curitiba. Apesar da avaliação positiva das variáveis relacionadas ao esgotamento sanitário (85% classificaram como bom e muito bom), conferida pelos informantes da pesquisa de percepção da qualidade de infraestrutura realizada com conselheiros do COMTUR, a má qualidade da água dos rios afeta diretamente a ampliação das possibilidades de uso dos parques urbanos. O Parque Náutico e a Represa do Passaúna, que poderiam ser utilizados para desenvolvimento de esportes náuticos (não motorizados no caso do Passaúna), não apresentam condições adequadas nesse sentido (Ver Mapa 16 - Parques, Bosques e Índice de Qualidade da Água).

Como conclusão parcial, depreende-se que, apesar da ampliação da rede de coleta de esgoto, o percentual de efluentes não tratados lançados nos corpos hídricos da cidade comprometem a qualidade dos principais e potenciais atrativos naturais da cidade, com destaque para os parques lineares ao longo dos rios Belém, Iguaçu, Barigui.

2.3.2.3 Sistema de limpeza urbana

A despeito da crescente disseminação do discurso ambiental na sociedade contemporânea, uma das dimensões mais impactantes da ação humana sobre o meio ambiente, a geração de resíduos sólidos, continua sendo um problema cada vez mais grave. No Brasil, a geração de lixo per capita vem aumentando – de 378,4 kg/hab./ano em 2010 para 381,6 kg/hab/ano em 2011 – e com o aumento da população houve um acréscimo de 1,8% na geração de resíduos sólidos urbanos, atingindo aproximadamente 62 milhões de toneladas por ano. Mais de 10% deste resíduo não é coletado e aproximadamente 42% não tem destinação adequada (ABRELPE, 2012). Os objetivos deste tópico são caracterizar o sistema de limpeza urbana e de coleta de lixo por área e por população atendida, destacando a cobertura e a frequência da coleta e caracterizar os sítios e praticas de disposição final de resíduos sólidos.

De acordo com levantamento da ABRELPE, em Curitiba foram produzidos em 2011 2.175,4 toneladas diárias de resíduos sólidos, ou seja, cerca de 1,23 kg/hab/dia. Melo et al (2009) indicam ainda que este número é crescente, pois no período entre 1990 e 2007 a produção de resíduos sólidos per capita aumentou mais de 50%.

De acordo com informações do Plano de gerenciamento do tratamento e destinação de resíduos sólidos elaborado em 2007 pelo Consórcio Intermunicipal para Gestão de

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Resíduos Sólidos Urbanos 100% da área urbana em Curitiba é coberta por sistema de coleta.

Para a gestão dos sólidos orgânicos o Município de Curitiba estabeleceu um contrato de terceirização com a Cavo Serviços e Meio Ambiente S.A., pelo qual a empresa é responsável pela coleta dos resíduos orgânicos. Contudo, segundo dados do IBGE, 99,7% dos domicílios do município são atendidos. A despeito da pequena diferença entre os dados informados pelo IBGE e pelos dados do Consórcio, resta saber que a cobertura de coleta é praticamente universalizada. Outro aspecto importante a destacar é o tratamento conferido aos grandes geradores de resíduos. Em 2004, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente estabeleceu, através do Decreto Municipal nº983, que unidades geradoras que ultrapassem 600 litros semanais não se enquadram na coleta domiciliar e devem apresentar Planos de Gerenciamento estabelecendo critérios para triagem, acondicionamento, transporte e destinação final do resíduo.

O Resíduo Orgânico coletado em Curitiba foi destinado durante 21 anos ao aterro sanitário da Caximba, assim como outros 17 municípios do Consórcio Intermunicipal. Com o esgotamento da capacidade deste aterro o resíduo passou a ser destinado para aterros temporários em Fazenda Rio Grande e na divisa com o Município de Araucária até que o Sistema Integrado de Aproveitamento de Resíduos (SIPAR), que deve funcionar em Mandirituba, esteja em operação. Recursos nos processos licitatórios atrasaram a implantação do sistema. Durante a disputa eleitoral para a prefeitura em 2012, no entanto, a adoção de um único ponto de destinação do resíduo foi objeto de controvérsia, indicando a necessidade de acompanhar as soluções que serão encaminhadas no mandato que inicia em 2013.

Melo et al (2009) destacam ainda que o percentual de resíduos recicláveis no total de resíduos em Curitiba é superior à proporção encontrada em outros municípios como São Paulo e Rio de Janeiro. A exemplo de coleta domiciliar de resíduos orgânicos, a coleta de resíduos recicláveis é realizada pela Cavo. A coleta obedece a um plano específico que estabelece os 108 setores de coleta, nos quais a frequência de coleta varia de uma a três vezes por semana, conforme segue: i) 22 setores com coleta três vezes por semana; ii) 46 setores com coleta duas vezes por semana; iii) 40 setores com coleta uma vez por semana.

Os resíduos recicláveis são coletados por 23 caminhões baús destinados exclusivamente para execução deste serviço. Parte dos resíduos recicláveis coletados pelo Município é encaminhada à Unidade de Valorização de Resíduos Recicláveis, gerenciada pela Fundação de Ação Social - FAS. Localizada em Campo Magro, distante 30 km de Curitiba, a Unidade é responsável pela triagem dos resíduos e posterior comercialização com a indústria de reciclagem. A outra parte é vendida a 21 depósitos que realizam o mesmo procedimento. Porém, como informam Paes et al (apud. MELO et al, 2009, p. 555), o período entre 1999 e 2005 testemunhou “um considerável declínio da quantidade de materiais coletados”.

Segundo a prefeitura, vinte e três anos depois do inicio do programa, a prefeitura informou que recolhe 2.850 toneladas de material reciclável por mês – o equivalente a 114 toneladas diárias em toda a cidade. Os “carrinheiros” (apelido dado na cidade aos coletores que recolhem material reciclável usando carrinhos de tração humana) são responsáveis por 75% da coleta de recicláveis (equivalente a 445 toneladas/dia). Os 25% restantes são feitos pelos caminhões da Cavo, empresa contratada pela prefeitura para a coleta de lixo (Azevedo; Martins, 2013).

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Contudo, apesar da ampla cobertura dos sistemas de coleta convencional e seletiva, a modalidade de coleta, feita manualmente pelos coletores, pode ser considerada obsoleta, pelo menos para as regiões que demandam preservação dos impactos do armazenamento provisório na paisagem urbana. Em particular onde está situado o centro histórico, o lixo fica exposto, embalado em sacos plásticos, passível de ser rasgado ou carregado por chuvas intensas, criando um impacto visual negativo, pois ainda é coletado pelo sistema tradicional, com caminhões compactadores, que precisam circular por algumas ruas de caixa estreita, gerando poluição ambiental e sonora.

FIGURA 26 - DISPOSIÇÃO INADEQUADA DO LIXO – RUA SÃO FRANCISCO (CENTRO HISTÓRICO)

FONTE: Ambiens, 2012.

A possibilidade da instalação de novos mecanismos de coleta dos resíduos, tal como o que se encontra em teste desde dezembro de 2012 no Parque Barigui, constituídos de containers subterrâneos que são esvaziados por caminhões adaptados, ou mesmo outros sistemas de containers de superfície, como o que foi recentemente licitado para parte da área central de Porto Alegre, pode reduzir os impactos do armazenamento temporário do lixo nas vias. Nos municípios de São Paulo (SP) e Paulínia (SP), o sistema de containers subterrâneos gerou melhorias nos efeitos negativos da exposição do lixo, como a proliferação de pragas, o mau cheiro, e os impactos visuais.

Em síntese, destaca-se o inadequado armazenamento do lixo na área central, associado ao sistema de coleta, que afeta negativamente a paisagem urbana. Esta situação se reproduz em alguns atrativos naturais, especialmente na região sul da cidade.

2.3.2.4 Rede de Drenagem Pluvial

Devido ao relevo de Curitiba possuir predominância de maiores altitudes ao Norte do município, todas as suas seis bacias hidrográficas correm para o Sul do município, indo desembocar no principal rio de Curitiba, o Rio Iguaçu, que por sua vez irá desaguar no Rio Paraná a Oeste do Estado.

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Conforme verificado no Mapa 16 - Parques, Bosques e Índice de Qualidade da Água, os principais rios de Curitiba que constituem as seis bacias hidrográficas do município são: Rio Atuba; Rio Belém; Rio Barigui, Rio Passaúna, Ribeirão dos Padilhas e o Rio Iguaçu, todas com características similares de drenagem. De acordo com a tabela abaixo se pode constatar que a maior bacia hidrográfica de Curitiba é a do Rio Barigui que corta o município de Norte a Sul e perfaz um total de 140,8 Km2. Ao lado sudoeste do município tem-se a menor bacia hidrográfica de Curitiba, a do Ribeirão dos Padilhas, com 33,8 km² de área.

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TABELA 52 - BACIAS HIDROGRÁFICAS E SUAS RESPECTIVAS ÁREAS

Bacias Hidrográficas Km %

Ribeirão dos Padilhas 33,8 7,82

Rio Atuba 63,71 14,74

Rio Barigui 140,8 32,58

Rio Belém 87,77 20,31

Rio Iguaçu 68,15 15,77

Rio Passaúna 37,94 8,78

Total 432,17 100%

FONTE: SMMA / Plano MCAmbiental.

Além dos aspectos hidrográficos é importante destacar os aspectos climatológicos, pois Curitiba está inserida em um clima subtropical com índices pluviométricos altos – média anual de 1400 mm – tornando a questão da drenagem adequada e do gerenciamento das águas de chuva um elemento fundamental da política urbana municipal. Em função disso, o Município contratou um Plano Diretor de Drenagem, previsto para ser concluído em 2013.

Fora o PDD, a prefeitura de Curitiba também investe em outras medidas preventivas, desde 2006, de acordo com o decreto 293/2006, que regulamenta a Lei nº 10.785/2003, que dispões sobre os critérios de uso e conservação racional da água nas edificações. Exige-se a implantação de caixas de contenção de águas pluviais em imóveis residenciais e industriais e a manutenção de 25% de área permeável nos lotes, facilitando assim a infiltração da água no solo e diminuindo a sobrecarga dos sistemas de drenagem.

Vale destacar que os principais atrativos naturais da cidade (parques lineares) estão associados ao sistema de drenagem promovendo o controle do regime fluvial dos principais rios presentes na malha urbana.

2.3.3. Sistema de Transporte Urbano

Como destacam Beni (1998) e Cooper et. al. (2007) o transporte é um dos componentes básicos do sistema de turismo, sendo fundamental para, em conjunto com a infraestrutura viária, viabilizar o transito de turistas para os atrativos e a consequente exploração do produto turístico. O seu nível de adaptação às características do produto, além disso, influencia na própria sustentabilidade da atividade, considerando os impactos econômicos, sociais e ambientais dos diferentes modais de transporte. No caso de Curitiba, destino turístico com alto grau de urbanização e com canais de deslocamento restritos (ausência de hidrovias, por exemplo), destaca-se o papel dos sistemas urbanos de transporte, especialmente o transporte individual e o transporte coletivo rodoviário. O objetivo da análise neste item é avaliar sucintamente as condições deste sistema de transporte urbano, enfatizando a disponibilidade e a qualidade do transporte coletivo rodoviário e dos serviços de transporte individual, além das iniciativas de desenvolvimento de modais alternativos.

Para realizar esta tarefa, foram realizados levantamentos de dados secundários, análises documentais, levantamentos de campo, revisão bibliográfica e entrevistas com responsáveis pelas questões relativas ao tema na URBS e IPPUC.

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2.3.3.1 Transporte coletivo e Linha Turismo

O sistema de transporte coletivo de Curitiba – e atualmente também de parte da Região Metropolitana – é gerido pela URBS (Urbanização de Curitiba S/A), empresa de economia mista criada com o objetivo de administrar o FUC (Fundo de Urbanização de Curitiba) e desenvolver obras de infraestrutura, programas de equipamentos urbanos e atividades relacionadas ao desenvolvimento urbano da cidade – pavimentação, iluminação, saneamento e paisagismo. Inaugurada com a preocupação de privilegiar o transporte de massa, desde sua criação em 1980 foram acrescidos às suas funções originais o gerenciamento e o planejamento operacional do transporte coletivo, o gerenciamento do sistema de táxi e mais recentemente, em 2006, a atribuição de operacionalizar o funcionamento da atividade de motofrete na cidade (URBS, 2011; CURITIBA, 2006).

De acordo com informações da URBS atualmente cerca de 1,9 milhão de passageiros são transportados diariamente no Sistema Integrado Metropolitano (URBS, 2011). As informações institucionais destacam que o sistema seria reconhecido por aliar baixo custo operacional e serviço de boa qualidade. Pesquisa da própria empresa indica que 64,07% dos usuários declaram estar satisfeitos com o transporte coletivo em Curitiba. No entanto, de acordo com levantamento realizado pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) em 2012, o preço da passagem é um dos mais caros entre as capitais brasileiras.

TABELA 53 - PREÇO DAS PASSAGENS DE ÔNIBUS ENTRE AS CAPITAIS BARSILEIRAS

CAPITAIS TARIFA DE ÔNIBUS

1º São Paulo (SP) 3,00

2º Porto Alegre (RS) 2,85

3º Salvador (BA) 2,80

4º Rio de Janeiro (RJ) 2,75

5º Cuiabá (MT) 2,70

6º Belo Horizonte (MG) 2,65

7º Curitiba (PR) 2,60

8º Palmas (TO) 2,50

9º Rio Branco 2,45

10º Vitória 2,35

FONTE: Sistema de Informação da Mobilidade Urbana da Associação Nacional de Transporte Públicos.

Apesar do preço da passagem, a prefeitura ainda acumula elevados déficits com a operação do sistema, pois a URBS paga aos concessionários uma tarifa técnica calculada com base nos custos relativos à operação do sistema84. O último decreto que atualizou a tarifa técnica estabeleceu o valor de R$ 2,8983 (dois reais, oitenta e nove centavos e oitenta e três décimos de centavos), válido a partir de 1º de dezembro de 2012 (URBS, 2012b), o que significa um déficit por passageiro de aproximadamente R$ 0,30 (trinta centavos).

84 i) combustível e lubrificantes; ii) rodagem; iii) pessoal e benefícios; iv) depreciação e peças e acessórios; v)

rentabilidade e vi) índice de passageiros por quilometro (URBS, 2012a).

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Do ponto de vista da operação, o sistema de transporte coletivo de Curitiba adquiriu prestígio internacional, especialmente a partir das décadas de 1970 e 1980, fundamentalmente por dois fatores: a integração tarifária e das linhas e constituição da primeira rede significativa de BRT (Bus Rapid Transit, ou seja, canaletas exclusivas de transporte coletivo), constituindo um sistema de média capacidade com implantação mais barata que os sistemas metroviários. Em decorrência deste fator, a rede de BRT possui hoje 81 quilômetros de extensão, superando a extensão dos sistemas de metro existentes no Brasil atualmente85.

O sistema de integração tarifária em Curitiba baseia-se na integração física por meio de terminais de ônibus e estações tubo, que permitem deslocamentos para toda a cidade pagando apenas uma passagem a partir destes pontos específicos de baldeação gratuita. Cada pessoa pode compor seu próprio percurso, já que o sistema é integrado por meio de Terminais e Estações-Tubo. Calcula-se que diariamente 80% dos usuários utilizem a integração e, atualmente, a Rede Integrada de Transporte opera com 1.928 ônibus, realizando 21.689 viagens por dia útil, percorrendo 472.438 km/dia (URBS, 2011). Contudo, em função das alternativas tecnológicas atuais, este sistema de integração física pode ser considerado limitado. Quem percorre trajetos longos, o que é mais comum entre a população de menor poder aquisitivo, é subsidiado por aqueles que realizam percursos menores. Esta solução, no entanto, implica deslocamentos maiores que o necessário, pois a integração é feita apenas em pontos específicos. A tecnologia atual de cartão de transporte – já à disposição nos ônibus, estações-tubo e terminais – permite a implantação do bilhete único (integração temporal), flexibilizando o sistema. Este sistema começou a ser testado pela URBS em algumas linhas em setembro de 2012 (LORENZONI, 2012; TRISOTTO, 2012), contudo ainda não há informações sobre os resultados.

Hoje o sistema de integração física atende doze municípios da Região Metropolitana: Almirante Tamandaré, Colombo, Pinhais, São José dos Pinhais, Araucária, Fazenda Rio Grande, Campo Magro, Campo Largo, Contenda, Rio Branco do Sul, Itaperuçu e Piraquara. A integração se dá por linhas convencionais, de ônibus metropolitanos, Expressos e Ligeirinhos, transportando diariamente cerca de 500 mil pessoas que residem ou trabalham nas cidades vizinhas.

De modo geral, a maioria das linhas do sistema opera com nível adequado de atendimento da demanda, no entanto, algumas linhas estruturais apresentam oferta insuficiente, especialmente nos horários de pico. O tempo de deslocamento associado à oferta insuficiente em alguns horários e linhas constitui a principal deficiência do sistema, pelo que se pode depreender das manifestações de usuários relatadas pela imprensa86.

Esta constatação levou a administração municipal a adotar medidas com a finalidade de ampliar a capacidade do sistema. Entre elas houve a implantação em 2011, do novo ônibus expresso, já chamado de “Azulão”, que ampliou a oferta de vagas em 47% - a capacidade de cada ônibus aumentou de 170 para 250 passageiros - inicialmente entre o bairro Boqueirão e o Centro, e diminuiu o tempo total de viagem, tendo em vista que nesta linha não se realizam paradas em todas as estações do trajeto, apenas nas de maior carregamento.

Além disso, em 2011, a URBS iniciou a avaliação de projetos-piloto para implantação de câmeras de monitoramento em terminais e estações tubo do transporte coletivo em Curitiba

85 O maior sistema em operação atualmente é o de São Paulo com 70,6 km de extensão (METRO, 2012). 86 Como exemplo, consultar SENGE-PR (2009).

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e os resultados estão sendo avaliados. A implantação de câmeras de monitoramento no interior de terminais e estações faz parte de um amplo projeto de melhoria do transporte coletivo de Curitiba incluído no Sistema Integrado de Mobilidade (SIM) que permitirá a gestão integrada de trânsito e transporte e representará mais segurança para usuários e operadores do transporte coletivo.

Apesar da possibilidade de incorporação de soluções tecnológicas ou intervenções físicas que permitiriam ampliar a capacidade do sistema (onda verde, desalinhamento das estações e pontos de ultrapassagem etc.), no médio prazo, com o crescimento vegetativo da demanda e a ampliação da integração metropolitana, o modal rodoviário tende a ser insuficiente para estabelecer o transporte coletivo como opção atrativa para o usuário em face do transporte individual.

Por este motivo, o debate sobre a adoção do transporte metroviário foi retomado e a Administração elaborou um estudo para captação de recursos para um projeto de metro que substituiria a linha de expresso biarticulado norte-sul. Uma das principais polêmicas do projeto é a opção pela substituição do modelo atual ao invés de sua complementação. Os estudos de viabilidade econômica que justificam esta opção consideram os dados de usuários do sistema atual para definir que os trajetos que permitiriam retorno financeiro do investimento, secundarizando o poder de atração da implantação de um novo modal.

Além disso, a despeito do prestigio do sistema de transporte público, do ponto de vista do turista, a utilização do transporte coletivo convencional não é a principal opção, de acordo, pelo menos, com o que se deduz dos relatórios de eventos (Natal, Stock Car, Festival de Música, Festival de Teatro). Dados sobre os modais utilizados para chegar ao evento informam que o turista opta principalmente pelo automóvel e pelo deslocamento a pé. Nos mesmos eventos, quando se questiona a utilização do transporte coletivo pelos moradores, os índices são mais elevados.

No entanto, vale destacar que Curitiba possui a maior frota de ônibus especial para turismo, constituída de 17 carros, sendo 12 do modelo double-decker (com ou sem capota)87 e 5 do modelo jardineira, este comumente usado nos dias de maior demanda. A Linha Turismo circula nos principais pontos turísticos do circuito norte de Curitiba, passando por parques, praças e outras atrações da cidade.

Considerada uma das melhores do país, a Linha Turismo circula em intervalos de trinta minutos, percorrendo aproximadamente 45 km em cerca de duas horas e meia. O roteiro inicia na Praça Tiradentes, contudo o usuário pode realizar o primeiro embarque em qualquer um dos pontos, adquirindo uma cartela com cinco tíquetes no valor de R$ 27,00 que dão direito ao embarque e a quatro reembarques. A Linha registrou, entre 2006 e 2011, um crescimento de aproximadamente 98% no número de embarques, assinalando 607.263 passageiros em 2011 (IMT, 2011). Segundo recentes informações da URBS, em 2012, foram transportados 682.622 passageiros, representando um acréscimo no último ano de 12,4%, e registrando, no mês de dezembro, o recorde mensal de 133.990 passageiros transportados (URBS, 2013).

O Instituto Municipal de Turismo realizou em fevereiro de 2012 um estudo que contem uma avaliação da Linha Turismo (IMT, 2012). A pesquisa mapeou o perfil, os hábitos e as preferências do público, trazendo resultados importantes não só para os administradores, mas também para o mercado do turismo com a finalidade de melhorar a participação das

87 Forma de designação de meios de transporte que possuem dois níveis para passageiros.

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estratégias de captação de recursos, nas parcerias e nas possíveis alianças institucionais com organizações públicas e privadas.

Entre os principais pontos relacionados com a infraestrutura está a indicação a necessidade de melhorias no mobiliário urbano, principalmente nos pontos de embarque e desembarque, nos quesitos: cobertura, limpeza, manutenção do entorno e sinalização. Em alguns casos o mobiliário se encontra riscado, sujo, com vidros quebrados e sem sinalização apropriada. Outras indicações indicam a necessidade de capacitação de mão de obra especializada, material informativo multilíngue e maior flexibilidade do roteiro. Nesse sentido são indicadas propostas para seis novas roteiros e ampliação do roteiro da linha atual (ver Mapa).

2.3.3.2 Serviço de táxi

Atualmente Curitiba sofre com uma demanda reprimida nos serviços de transporte individualizados de passageiros. Em comparação com outras capitais, Curitiba tem uma das piores relações taxi/habitante, com apenas um veículo para cada 778 habitantes, bem abaixo do padrão mundial que estabelece como ideal a existência de um táxi a cada 300 habitantes. Na pesquisa de percepção da qualidade de infraestrutura realizada com conselheiros do COMTUR, 72% dos entrevistados avaliaram como ruim e regular a disponibilidade de táxis em Curitiba.

TABELA 54 - COMPARATIVO DE VALORES DE TAXI

CIDADES PREÇO DA BANDEIRADA INICIAL

PREÇO POR KM RODADO

HABITANTE POR VEÍCULO

Rio de Janeiro 4,30 1,40 198

Belém 4,15 3,00 278

São Paulo 4,10 2,50 345

Goiânia 4,00 2,30 1058

Porto Alegre 3,36 1,76 359

Belo Horizonte 3,40 2,10 397

Curitiba 4,00 2,00 776

FONTE: www.tarifadetaxi.com.br

Conforme estabelecido na Lei Municipal nº 3.812/1970, compete a URBS o gerenciamento e administração da concessão do taxi. Atualmente a frota é composta de 2.252 veículos e está dividida em três categorias: táxi convencional (2228), taxi especial para portadores de necessidades especiais (4) e taxi executivo (20). Os pontos são um total de 358, e da frota total 65,63% operam através de serviço auxiliar de rádio táxi (URBS, 2011).

Em abril de 2012 o decreto nº 13.957 regulamentou que as novas placas serão direcionadas ao motorista autônomo que comprove mais tempo de atividade de serviços de táxi em Curitiba e que nunca tenha sido permissionário. O decreto nº 14.017 de maio deste ano garante a hereditariedade da permissão.

O decreto 1959 de dezembro de 2012 permite a ampliação da frota atual em 748 novas unidades em regime de autorização e também faz dos atuais permissionários, autorizatários. Esse sistema, não implica necessariamente na realização de licitação pública e transforma a relação jurídica de operação do sistema.

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2.3.3.3 Ciclomobilidade

No final da década de 1970 algumas cidades e governos nacionais passaram a elaborar política pública de transporte e mobilidade de forma a promover os deslocamentos em bicicleta e, entres estas, estava Curitiba. Atualmente, é crescente e interdisciplinar o volume de estudos que demonstram os benefícios sociais, econômicos e ambientais do uso da bicicleta como meio de transporte. Entretanto, a fruição destes benefícios por uma cidade está diretamente ligada à participação modal da bicicleta, que pode variar entre cidades de um mesmo país, de 0,5% a 77% do total de deslocamentos em meio urbano. Curitiba tem entre 1% e 5% de participação modal, têm 110 km de ciclovias, das quais 30 km são vias segregadas de tráfego motorizado, 80km sobre calçadas, compartilhadas com o pedestre. A partir de 2012 entram em operação bicicletários no Jardim Botânico, São Lourenço e Centro Cívico, onde os usuários podem retirar e devolver a bicicleta em qualquer um dos pontos.

As vias de melhor qualidade técnica são justamente as intervenções mais antigas na cidade. Segregadas, junto à margem de rios e leito ferroviário, conectam as bordas da cidade à região central. A utilização destes espaços para vias dedicadas ao ciclista, propicia deslocamento contínuo, com maior segurança, conforto e com menor esforço físico, uma vez que existem poucas intersecções com vias de tráfego motorizado e há pouca variação topográfica ao longo destas ciclovias. Este tipo de infraestrutura se limita a 30 km construídos ao longo da primeira década após elaboração do primeiro plano de ciclovias da cidade (IPPUC, 1980), conectando parques da região norte e central. No plano de 1980, estavam previstos 170 km de ciclovias e 24 bicicletários, que seriam pontos de animação destes eixos de deslocamento e também suporte ao ciclista e para locação de bicicletas. Bastante foi planejado em termos de infraestrutura, mas poucas obras foram realizadas entre 1990 e 2012, quando a bicicleta entra novamente na pauta da política e da sociedade local. O IPPUC chegou a realizar em 2000 um plano de recuperação de ciclovias, que não foi executado. A continuidade destes trechos e a ligação entre pontos de atração cultural e natural que eles propiciam representam alternativa para ao mesmo tempo oferecer transporte sustentável, lazer e direcionamento ao turista. Os trechos que se situam dentro das AGITs deste estudo, necessitam de complementações, sinalização viária em intersecções e recuperação.

2.3.3.4 Síntese do transporte urbano

Em síntese, conclui-se que o transporte coletivo urbano atende adequadamente os principais atrativos e áreas de interesse turístico, apresentando, contudo, deficiências em termos dos limitantes proporcionados pela integração física - que tendem a aumentar os deslocamentos - da baixa integração com outros modais e das restrições de capacidade em algumas linhas, além de não constituir a principal opção de deslocamento dos turistas. Como aspecto positivo, destaca-se a oferta da Linha Turismo, atualmente consolidada como produto turístico, não apenas como meio de deslocamento entre atrativos e a malha viária existente de ciclomobilidade. Negativamente, ressalta-se a baixa oferta de veículos e custo superior a outros municípios brasileiros no serviço de taxi, implicando na necessidade premente da ampliação e qualificação do serviço e falta de atualização e manutenção da estrutura de ciclomobilidade.

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2.3.4. Sistema de Comunicação

As tecnologias de comunicação estão convergindo numa rede de infraestrutura e serviços que, além de alterar rapidamente as formas e possibilidades de comunicação, constituem uma plataforma fundamental para relacionamentos sociais, empresariais, gestão pública e, para diversas atividades e cadeias produtivas, entre elas o turismo.

Neste item, além de abordar a condição das formas tradicionais de comunicação, é fundamental compreender o estágio de Curitiba neste processo acelerado de digitalização, tanto como componente do “jogo” econômico, mas principalmente como ferramenta de interação e democratização das informações.

Segundo informações do Ministério das Comunicações, Curitiba conta com aproximadamente 360.000 pontos de acesso de telefonia fixa privada apresentando uma leve tendência de queda do número de ligações. Em relação ao serviço público de telefonia, conta com aproximadamente 14.000 pontos (orelhões) e da mesma forma, vem apresentando mês a mês, segundo relatório do ministério, uma redução de uso e de pontos instalados. Estas duas tendências de queda resultam da popularização, em especial na última década, dos aparelhos celulares.

No caso das linhas fixas para empresas, a redução também tende a continuar devido às diversas opções de tecnologia disponíveis para comunicação, em especial via internet (VOIP etc.).

Para o turista, que também utiliza cada vez menos a telefonia fixa pública ou privada, a principal questão diz respeito à qualidade de rede de telefonia móvel. Neste quesito, segundo avaliação da demanda turística, Curitiba possui a pior avaliação juntamente com o item segurança pública. É válido destacar que a qualidade de serviços de transmissão da telefonia móvel é reconhecidamente péssima em todo país, em especial nas capitais, e as operadoras do sistema são alvo de várias denúncias judiciais. Recentemente, uma das ações na Anatel exigiu da maioria das operadoras um plano de estruturação e melhoria dos serviços antes da liberação para novos contratos.

Embora Curitiba tenha sua área coberta por todas as 4 principais operadoras de telefonia móvel do país, o serviço apresenta uma série de debilidades, fato comprovado pela contínua permanência das operadoras no ranking dos temas/reclamações mais recorrentes junto ao PROCON-PR.

Em relação à mídia impressa, os principais jornais e revistas impressas estaduais, nacionais e internacionais podem ser encontrados na rede de bancas existentes na cidade. A cidade conta ainda com um número crescente de mídia impressa regional e especializada.

Em relação à TV por assinatura, Curitiba conta com 195.000 assinantes registrados no primeiro semestre de 2012. Nos hotéis são raros os casos onde não existe oferta deste serviço, prestado por 8 empresas nacionais com sede na cidade.

O município possui uma eficiente rede de Internet banda larga com uma diversidade de opções de provedores privados. A variação de qualidade depende, obviamente, dos planos e empresas utilizadas. O serviço é disponibilizado em toda a rede hoteleira, a baixo custo ou, em geral, de forma “gratuita” já vinculada ao custo da diária.

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É válido destacar que Curitiba ocupa atualmente, o primeiro lugar no índice de cidades digitais. Saiu do 2.º lugar, em 2011, para a liderança do “Índice Brasil de Cidades Digitais” 88 (IBCD, 2012). O índice inclui entre seus indicadores, a integração de áreas de governo municipal, como saúde e educação, e entre as demais esferas, alem da infraestrutura de rede de fibra ótica.

Em relação ao acesso público e gratuito, iniciativas como a rede pública de internet sem fio implantada recentemente no Centro Histórico, entre as Ruínas do Alto São Francisco e as proximidades do Memorial de Curitiba, apontam para um avanço gradativo no sentido da democratização da rede. Entretanto, esta equipe de consultores e alguns entrevistados na região não conseguiram acesso, embora o sinal da rede de transmissão apareça nos aparelhos utilizados. É possível que se trate de um período de ajustes do sistema, que libera acesso após cadastro no site da prefeitura, por meio da nova plataforma criada em março de 2012, denominada “Passaporte Curitiba”.

Segundo a Prefeitura Municipal, além do Centro Histórico, é disponibilizado acesso público e gratuito de internet sem fio na proximidade das seguintes localidades:

QUADRO 10 - LOCAIS DE ACESSO PÚBLICO A INTERNET SEM FIO

LOCAL ENDEREÇO BAIRRO

Parque Barigui Av.Cândido Hartmann Santo Inácio

Jardim Botânico Rua Engenheiro Ostoja Roguski, 690 Jardim Botânico

Praça da Espanha Alameda Doutor Carlos de Carvalho, 1238 Batel

Mercado Municipal Av.Sete de Setembro, 1865 Centro

Regional Matriz Praça Rui Barbosa Centro

Regional Boa Vista Av. Paraná, 3600 Boa Vista

Regional Santa Felicidade Rua Santa Bertilla Boscardin, 213 Santa Felicidade

Regional Boqueirão Av.Marechal Floriano Peixoto, 8430 Boqueirão

Regional Pinheirinho Av. Winston Churchill, 2033 Pinheirinho

Regional Portão/Fazendinha Rua Carlos Klemtz, 1700 Fazendinha

FONTE: PMC - Prefeitura Municipal de Curitiba, 2012.

Para acesso público e gratuito a internet “fixa” moradores podem utilizar os núcleos de informática localizados nas escolas públicas, voltados preferencialmente para atendimento a população localizada a um raio de aproximadamente 200 metros da Escola, além de outros equipamentos públicos como, por exemplo, os faróis do saber.

Segundo o Instituto Curitiba de Informática (ICI), responsável pela política de tecnologia da cidade, há cerca de 550 pontos de acesso a internet.

A infraestrutura da cidade, em especial de fibra ótica com capacidade para 10 Mbps tinha 70 km e foi expandida para mais 1.000 km conectando quase a totalidade da rede escolar. Das 364 escolas municipais, 181 estão equipadas com laboratórios de informática conectados à

88 O índice foi desenvolvido pelo CPqD, instituição independente, focada na inovação com base nas tecnologias

da informação e comunicação (TICs), que tem, como objetivo, contribuir para a competitividade do País e para a inclusão digital da sociedade

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internet, 92 são abertos para o uso do público. No sistema de saúde, 175 postos estão integrados ao serviço de internet da prefeitura.

A comunicação entre cidadão curitibano (e turistas) com a prefeitura municipal de Curitiba tem um importante canal estabelecido por meio da Central de Atendimento e Informações 156, que chegou a alcançar a marca de 2 milhões de atendimentos em 2012, via telefone e internet (mensagens e chat). A central tem 29 anos de existência e conforme conteúdo trabalhado anteriormente (item 3.3.3.7. Postos de Informações Turísticas) assume também a função do “Disque Turismo” fora dos horários comerciais, com informações relativas à Linha Turismo e atrativos que compõe este circuito.

O serviço é gerenciado pelo Instituto Curitiba de Informática (ICI), que garante atendimento 24 horas, sem intervalos em domingos e feriados. Segundo informações da própria prefeitura e consulta a usuários do sistema a central é considera extremamente eficiente. No caso dos turistas, a informação sobre transporte, localização e horários de funcionamento dos atrativos é o principal tema dos acessos realizados. São recebidas, em média, 5,8 mil ligações por dia, das quais 68% são de pedidos de informações e 32%, solicitações de serviços. Via chat são registradas aproximadamente 4,5 mil atendimentos mensais e via mensagem na página da central, foram encaminhadas aproximadamente 4.500 solicitações mensais.

A equipe que demonstra um investimento significativo da Prefeitura Municipal em comunicação cidadã, é formada por 89 atendentes, 6 supervisores, 6 monitores de qualidade, 6 monitores de atendimento, um coordenador e um técnico de apoio organizacional.

2.3.5. Iluminação Pública

O presente item, conforme estabelecido na metodologia, observou a compatibilidade do sistema instalado com os principais eixos de deslocamento da cidade e particularmente no entorno dos principais atrativos e símbolos da cidade.

A qualidade da iluminação pública da cidade interfere em dois temas relativos à qualidade e promoção do produto turístico, em especial quando se trata de turismo em áreas urbanas: a percepção de segurança e o efeito estético e simbólico, ao qualificar e destacar caminhos e atrativos da cidade.

Em relação ao primeiro tema, o da segurança (ou sentimento de segurança) nos espaços de interesse turístico durante fim da tarde e período noturno, o levantamento preliminar em campo indicou algumas debilidades pontuais, mas que devem ser compreendidas como parte das intervenções necessárias para qualificação de cada atrativo, juntamente com outras medidas de sinalização, informação local, qualificação da atividade da guarda municipal, entre outras melhorias.

Em geral, Curitiba apresenta boa infraestrutura de iluminação pública, com um histórico de hierarquização de potência/qualidade vinculada à hierarquia viária, desde a implantação dos eixos estruturais na década de 70 que já apresentavam iluminação diferenciada e destacada das demais vias.

O conjunto constituído pelos mapas a seguir (Hierarquia de Iluminância e Uniformidade, Temperatura de cor e tecnologia das lâmpadas, Imagem da Cidade x Usos Noturnos, Imagem da Cidade e Atrativos) reproduzidos a partir do Plano Diretor de Iluminação de Curitiba (PDIP, 2011), demonstra esta hierarquia, distribuição e o resultado deste processo

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contínuo de investimentos. A distribuição conforme hierarquia viária resultou numa diferenciação bastante evidente do sistema viário no período noturno, conforme demonstra o Mapa 17 - Hierarquia de Iluminâncias e Uniformidade. As vias estruturais da cidade, as coletoras, a linha verde (antiga BR116) e o núcleo de vias centrais apresentam significativa diferença de potência e, portanto, de paisagem noturna. A distribuição do tipo de lâmpadas, que variam de vapor de sódio, mercúrio ou metálico é apresentada no Mapa 18 – Temperatura de cor e Tecnologia das lâmpadas.

Em relação ao polígono central de interesse turístico, a iluminação é considerada suficiente e, em alguns casos, exagerada (ou mal distribuída) como aponta o relatório do Plano Diretor de Iluminação Pública (PDIP, 2011) no caso da Rua XV.

O referido plano destaca algumas premissas do Plano Diretor de Curitiba, no capítulo “Da Paisagem Urbana e do Uso do Espaço Público – Seção I”, que devem balizar as análises e intervenções relativas à iluminação pública:

I – Proporcionar ao cidadão o direito de usufruir a paisagem; II – Promover a qualidade ambiental do espaço público; III – Possibilitar ao cidadão a identificação, leitura e compreensão da paisagem e de seus elementos constitutivos, públicos e privados; IV – Assegurar o equilíbrio visual entre os diversos elementos que compõem a paisagem urbana; V – Ordenar e qualificar o uso do espaço público; VI – Fortalecer a identidade urbana, preservando o patrimônio cultural e ambiental. (CURITIBA, Lei n° 11.266, 2004)

Ratificando a metodologia utilizada, o presente item pretende recuperar o conteúdo do Plano Diretor de Iluminação Pública, por entender que sua qualidade e o seu desdobramento em ações concretas corresponde a uma importante estratégia de qualificação da paisagem, destaque de elementos simbólicos e, portanto, melhoria programada do produto turístico.

Em relação ao tema simbólico e configuração da paisagem urbana, aspectos que afetam consideravelmente os espaços e circuitos de interesse turístico, o Mapa 19 - Imagem da Cidade x Usos Noturnos – apresentam uma leitura da imagem urbana combinada com a percepção da imagem e de usos noturnos. Este conjunto de informações se relaciona diretamente com o desenvolvimento da atividade turística, pois coloca (ou planeja colocar) em destaque determinados eixos e atrativos.

Com base na cartografia anterior, foram cruzados os dados (i) de localização e classificação dos atrativos com (ii) as leituras e estratégias definidas no PD de Iluminação Pública, o que permitiu comprovar a compatibilidade e potencial melhoria programada dos atrativos e respectivos acessos (Ver Mapa 20 – Imagem da Cidade e Atrativos).

Com alguns ajustes ou complementações é possível estabelecer um vínculo ainda maior entre os dois planos (PDITS E PDIP 2011), em especial, no momento de programação de ações/investimentos.

2.3.6. Serviços de Saúde

Considerando a população de Curitiba em 2010 (IBGE, 2010) estima-se que a rede de atenção assistencial do SUS é utilizada por cerca de 50 a 70% dos moradores. A rede é composta por 136 equipamentos municipais de saúde, sendo: 50 Unidades Básicas de Saúde, 55 Unidades Básicas de Saúde com estratégia de Saúde da Família, 4 Unidades de Saúde Complexas, 2 Centros de Especialidades Médicas, 2 Centros de Especialidades Odontológicas, 3 Unidades Especializadas, 10 Centros de Atenção Psicossocial - CAPS, 7

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Centros Municipais de Urgências Médicas - CMUM, 1 US 24 horas, 1 Laboratório Municipal de Análises Clinicas e 1 Hospital Municipal.

Segundo relatório de gestão da Secretaria Municipal de Saúde - SMS, o conjunto de trabalhadores da saúde é formado por 7.078 servidores multiprofissionais concursados e de 1.026 Agentes Comunitários de Saúde, além dos profissionais que trabalham na rede contratada.

Todos os equipamentos próprios da SMS são mantidos por meio do “programa de recuperação da capacidade operacional” que, além dos equipamentos, realiza manutenção das edificações vinculadas ao sistema.

Em relação ao atendimento básico, Curitiba conta com 172 equipes completas. A figura a seguir demonstra a evolução na última década, do número de unidades básicas de saúde em comparação com as equipes completas de Saúde da Família.

GRÁFICO 28 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EQUIPES DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA E UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM CURITIBA – 1992/2011

FONTE: SMS, 2011.

Em relação aos Núcleos de Apoio a Atenção Primaria a Saúde – NAAPS – equipes multiprofissionais, compostas por Farmacêutico, Fisioterapeuta, Nutricionista, Profissional de Educação Física e Psicólogo, são 29 distribuídos nos distritos sanitários, conforme quadro a seguir:

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QUADRO 11 - DISTRIBUIÇÃO DOS NÚCLEOS DE APOIO A ATENÇÃO PRIMARIA A SAÚDE EM CURITIBA - 2011

DISTRITOS SANITÁRIOS NAAPS Bairro Novo 4

Boa Vista 4

Boqueirão 4

Cajuru 3

CIC 4

Pinheirinho 3

Portão / Matriz 4

Santa Felicidade 3

TOTAL 29

FONTE: SMS, 2011.

O trabalho relativo à odontologia é realizado em 108 Clínicas Odontológicas, 1 Unidade referência e 2 Centros de Especialidades Odontológicas, que, além do atendimento básico, tem como objetivo “o desenvolvimento de ações voltadas para a promoção de saúde bucal, prevenção e controle das principais doenças e agravos bucais, estruturado em níveis de atenção, por meio da organização da atenção básica e especializada” (CURITIBA, 2011)

Além dos demais programas e equipamentos do sistema de saúde, em geral pouco vinculados ao interesse direto, demanda ou emergências da atividade turística, a principal referência local é o premiado programa Mãe Curitibana, cujo objetivo principal é dar assistência à mulher curitibana e ao seu filho desde o Planejamento Familiar, pré-natal, parto, puerpério, até o acompanhamento da criança nas diferentes fases do desenvolvimento humano. Com vários prêmios de reconhecimento o programa contribuiu para redução da mortalidade infantil e dos riscos da gestação, com resultados significativos.

No âmbito do sistema público de urgência/emergência, durante 2011, foram registrados 259.393 atendimentos (SAMU 192), sendo 93.501 atendimentos com Unidades Móveis e, destes, 22.731 com a presença do profissional médico e 382 atendimentos por meio de resgate aéreo (helicóptero).

Em relação à capacidade de internação, Curitiba conta atualmente com número de leitos superior ao proposto pelos parâmetros do Ministério da Saúde (31 a 57% acima do índice de referência). Em relação a leitos de UTI, o relatório de gestão relativo ao exercício de 2011 aponta, da mesma forma, um número superior ao estabelecido como mínimo. Durante o período o município internou 104.046 residentes, equivalente a 5,9% da população curitibana. O relatório ainda destaca que este índice deve ser analisado juntamente com outro dado: 45% da população de Curitiba está vinculada a planos de saúde suplementar.

Além da alta89 capacidade da rede de atendimento básico e especializado que pode atender a demanda de visitantes, um dos principais temas relevantes para o turismo é o sistema de

89 Com base na comparação do IDSUS (2010) com os demais municípios brasileiros Curitiba ocupa a segunda

posição no ranking de cidades homogêneas - grupo 1. O Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS) avalia o acesso e os serviços do SUS em todo o país. É calculado a partir do cruzamento de 24 indicadores de acesso e efetividade dos serviços, como a proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal, a realização de exames preventivos de câncer de mama em mulheres entre 50 e

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urgências/emergências da cidade, representado pela rede SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - que realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas.

Segundo informações do Ministério da Saúde, o SAMU, criado em 2003 como parte da “Política Nacional de Atenção a Urgências”, está entre as ações mais reconhecidas do SUS. Funciona 24 horas com equipes de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas, que atendem as ocorrências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população.

A rede SAMU em Curitiba conta com 21 unidades de Atendimento Móvel de Urgência, cadastradas no DATASUS e abrange todo município. Segundo informações do Governo Estadual, toda a rede do SAMU Metropolitano é coordenada pela Central de Regulação Médica de Urgência instalada em Curitiba, que conta com teleatendentes e médicos responsáveis pela triagem e encaminhamento das solicitações.

Esta rede de urgência e emergência também inclui o SIATE (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergências), com ambulâncias em cada um dos 10 quartéis na cidade, como demonstrado no Mapa 21 - Polícia Militar, Bombeiros e Guarda Municipal, mantidos pelo Comando do Corpo de Bombeiros, Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Em relação aos serviços privados de saúde e atendimento de urgência e emergência, é válido destacar que grande parte dos hotéis conta com plano assistencial, sendo que uma das principais prestadoras deste tipo de serviço na cidade integra o corpo de mantenedores do Convention Bureau de Curitiba.

2.3.7. Segurança

A finalidade do tópico segurança pública é identificar a condição atual da rede de equipamentos e serviços de defesa social, especialmente em espaços de interesse turístico, que incluem as principais vias de deslocamento e integração entre atrativos. O objetivo é dar subsídios para propostas de qualificação que ampliem a percepção de segurança, ou como define o Ministério da Justiça, “sentimento coletivo de segurança” e, principalmente, reduzam concretamente os riscos e as ocorrências criminais – uma das principais preocupações e reivindicações de moradores e visitantes.

Para leitura deste tema, é fundamental a delimitação de conceitos básicos, que constituem a política nacional de segurança pública. O termo Defesa Social incorpora 2 componentes descritos a seguir:

• Segurança Pública - a atividade pertinente aos órgãos estatais, que podem envolver a comunidade como um todo e tem como objetivo proteger a cidadania, prevenindo e controlando crimes e atos de violência.

• Defesa Civil - conjunto de medidas de prevenção e limite dos riscos e perdas

que a população pode sofrer, tanto por meio do impacto de ações agressivas externas como calamidades e desastres naturais.

69 anos e de colo do útero na faixa de 25 a 59 anos, a cura de casos novos de tuberculose e hanseníase e a proporção de partos normais.

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Para o presente diagnóstico, embora o título contido no termo de referência seja segurança pública, o conteúdo combina a leitura dos dois componentes acima que, em conjunto, afetam a percepção coletiva de segurança dos moradores e, consequentemente, do turista. O conhecimento e publicidade de ocorrências criminais, independente da vítima ser turista ou morador, constituem problemas concretos que afetam a vida e percepção do cidadão local e, como resultado das diferentes formas de comunicação, a imagem do produto turístico.

Para este levantamento foi levada em consideração a rede de equipamentos e serviços de defesa social, contemplando o sistema e ocorrências em sua totalidade e os equipamentos ou serviços com foco específico na atividade de turismo. O turismo, neste caso, compreendido como uma atividade que ocorre em espaços onde são mescladas atividades dos turistas e cidadãos de Curitiba e região metropolitana, considerando em especial as visitas a parques e demais atrativos. Justamente por esta mescla de situações – visitantes locais e turistas, por exemplo – é que torna difícil a desagregação de ocorrências policiais entre cidadãos e turistas.

Segundo relatório estatístico criminal referente ao ano 2011, da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Paraná (SESP), publicado em janeiro de 2012, a sede de Curitiba apresentou cerca de 42.800 crimes contra pessoa. Neste relatório estatístico são unificadas todas as ocorrências “contra a pessoa” que incluem ameaças, injurias e homicídio doloso, entre outras formas de violência e crime. Para uma analise comparativa preliminar, nos relatórios anteriores de 2009 e 2010, foram registradas 26.000 e 40.000 respectivamente. Em que pese uma variação de método de registros ou a deficiente relação entre ocorrência real e registro/boletim das ocorrências, os relatórios apontam para uma ampliação significativa de crimes contra a pessoa. Como demonstra a figura a seguir, em todo o Paraná, a quantidade de crimes contra pessoa tende a ser ampliada durante as últimas semanas do ano.

GRÁFICO 29 - REGISTROS DE CRIMES CONSUMADOS CONTRA A PESSOA, SEGUNDO AS POLÍCIAS CIVIL E MILITAR E AS SEMANAS DO ANO - PARANÁ

FONTE: SESP, 2011.

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Um dos principais indicadores de segurança pública – número de homicídios/ano - é divulgado anualmente no Mapa da Violência, a partir de bancos de dados públicos (WAISELFISZ, 2012). A partir da série histórica organizada, é possível perceber uma ampliação intensa e preocupante para o caso de Curitiba e o conjunto de Capitais. Na última década (2000/2010), Curitiba juntamente com Belém, Maceió e João Pessoa, mais que duplicaram o número de homicídios registrados. De 400 homicídios em 2000, Curitiba passou a apresentar mais de 1.000 casos a partir do ano de 2008, mantendo a tendência de crescimento nos anos seguintes.

Se considerada a taxa de homicídios (em 100 mil habitantes) o índice foi ampliado de 26,2 para 55,9 na última década. Considerando o conjunto das capitais brasileiras isto significou um “salto” da posição de 20ª, em 2000, para a 6ª capital mais violenta do Brasil em 2010. É válido destacar que a divulgação destes índices em rede nacional afeta em primeiro plano, a percepção e interesse das classes A e B, principais consumidores do produto turístico local conforme demonstra a análise de demanda no presente relatório.

Se analisados os indicadores intraurbanos, fica evidenciada a região central da cidade como uma das regiões mais violentas. Se a média da cidade é 55,9 homicídios para 100.000 habitantes, o Centro e o Prado Velho apresentam um índice acima de 200, como demonstra o mapa a seguir, nas áreas n. 1 e 24 respectivamente.

A localização dos atrativos e das principais vias de deslocamento também evidencia espaços preocupantes que combinam (i) fluxo e concentração de turistas com (ii) um número elevado de ocorrências. (Ver Mapa 22 – Taxa de Homicídios Dolosos, Linha Turismo e Atrativos).

Se considerada a distribuição espacial das ocorrências, novamente a região central é destacada, juntamente com a região sul da cidade, onde estão situados os bairros com maior vulnerabilidade social. Em contrapartida, os bairros que configuram um anel contíguo à área central, com a exceção do Prado Velho e Parolim, apresentam os menores índices e um número baixíssimo de ocorrências. Nesta área, em especial na região norte, é onde se concentram os principais atrativos da cidade.

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FIGURA 27 - MAPA: OCORRÊNCIA DE HOMICÍDIOS EM CURITIBA – 2010

FONTE: Elaborado por Ambiens, com base em IPPUC, 2010.

É interessante perceber que, ainda que os indicadores apontem para uma situação tendencial gravíssima, a imagem de Curitiba, fora dos limites da região metropolitana, é

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ainda pouco afetada. Pode-se considerar que esta percepção ou sentimento, ou seja, a imagem de Curitiba é, no momento, afetada mais em âmbito local do que exterior, o que é provavelmente o resultado da contínua promoção da imagem da cidade. Curitiba continua sendo citada e indicada como bom lugar para negócios e para moradia em vários processos seletivos que, obviamente, não consideram indicadores de segurança pública e afetam a percepção sobre os atributos positivos da cidade. Esta afirmação pode ser comprovada pelo recente crescimento do número de turistas que utilizam, entre outras justificativas, a qualidade de vida da cidade como motivador do deslocamento ou avaliação final da visita.

Entretanto, a pesquisa realizada sobre demanda turística, conforme citada no respectivo item do presente relatório Tabela 11 – Avaliação dos Visitantes dos Serviços Públicos de Curitiba, já indica um elevado grau de “desaprovação” para o componente “segurança pública” em comparação aos demais itens. Embora a pesquisa aponte 32,2% de desaprovação frente a 67,8% de aprovação, foi o pior indicador no levantamento realizado.

A região metropolitana segue a mesma tendência da sede, com índices similares, colocando-a como a 6ª região mais violenta do país. Como demonstram os relatórios da Secretaria de Segurança Pública, os demais tipos de ocorrência, ou seja, crimes de outra natureza contra a pessoa, independente se atendidas pela polícia militar ou guarda civil, seguem um mesmo padrão de agravamento e dão respaldo a esta que uma das preocupações centrais dos moradores de Curitiba e região.

Sobre as ocorrências e política de segurança pública em espaços de interesse turístico e nas proximidades, o tema foi tratado durante a pesquisa de campo junto aos atrativos turísticos da cidade. A pesquisa buscou informações relativas à guarda municipal e espaços de interesse turístico. O número absoluto de ocorrências com turistas não é desagregado dos registros gerais, mas é possível afirmar, com base nas entrevistas com guardas municipais lotados nos atrativos, que o efetivo e forma como estão distribuídas e programadas as rondas é insuficiente.

A guarda municipal é gerenciada por departamento específico da Secretaria Municipal de Defesa Social e atua nas escolas municipais, creches, postos de saúde, parques, praças, bosques, armazéns da família, no transporte coletivo e demais equipamentos da Prefeitura Municipal de Curitiba, e, segundo estatuto, visa a proteção da população, dos bens, serviços e instalações, através do trabalho preventivo.

Além do efetivo e estrutura física, a prefeitura municipal de Curitiba mantém o número de telefone 153, por meio do Centro de Operações de Defesa Social, com o objetivo de ampliar os canais de atendimento para proteção.

Dividida em dois departamentos – Guarda Municipal de Curitiba e departamento de Planejamento e Defesa Comunitária – e uma gerencia de OPERAÇÕES ESPECIAIS, a Secretaria de Defesa Social conta com 20 módulos da guarda municipal (Praça Rui Barbosa, Portão, Largo da Ordem, Parque Barigui, Jardim Botânico, Palácio 29 de Março, Parque Passaúna, Parque Náutico, Zoológico, São Lourenço, Parque Atuba, Parque Tingui, Parque Fazendinha, Parque Tanguá, Novo Mundo, Praça do Batel, Parque Lago Azul, Água Verde, Parque Bacacheri, Vila Tecnológica - Sítio Cercado). Estes equipamentos estão distribuídos em nove núcleos regionais de defesa social (Bairro Novo, Boa Vista, Boqueirão, Cajuru, Cidade Industrial de Curitiba, Matriz, Pinheirinho, Portão, Santa Felicidade), como demonstra o mapa a seguir.

Em relação à Defesa Civil, o indicador mais significativo diz respeito ao número de ocorrências de alagamento, que são ampliadas consideravelmente nos primeiros meses do

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ano, devido ao período de chuvas. Segundo informações do IPPUC (2011) nos três primeiros meses de 2011, foram atendidos 483 casos de alagamentos, como demonstra a figura a seguir.

Os demais casos se dividem em 54 desabamentos, 11 deslizamentos e 20 casos de erosão. O mapa também aponta 51 locais com risco de desabamento e desmoronamento, além de identificar dois pontos com riscos de enchente e enxurrada.

FIGURA 28 - MAPA: OCORRÊNCIAS ATENDIDAS PELA DEFESA CIVIL EM CURITIBA – JAN/MAR 2011

FONTE: IPPUC, 2011.

Para responder a este conjunto de ocorrências e indicadores apresentados no presente tópico, segundo o IPPUC (CURITIBA, 2011), em seu relatório de análise e monitoramento, o

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sistema de segurança pública e defesa civil em Curitiba é constituído dos seguintes indicadores:

• 38,8 policiais civis para cada 100.000 habitantes;

• 183 policiais militares para cada 100.000 habitantes;

• 90,6 guardas municipais para cada 100.000 habitantes;

• 26,6 efetivos do corpo de bombeiros para cada 100.000 habitantes;

• 20 módulos de defesa social;

• 13 distritos policiais;

• 12 delegacias;

• 13 unidades da polícia militar;

• 4,6 câmeras de segurança instaladas para cada 100.000 habitantes, concentradas no centro da cidade.

A distribuição dos equipamentos do corpo de bombeiros, da guarda municipal e batalhões da polícia militar é apresentada no Mapa 21 - Polícia Militar, Bombeiros e Guarda Municipal.

2.4. ANÁLISE DO QUADRO INSTITUCIONAL DA ÁREA TURÍSTICA

2.4.1. Órgãos e Instituições

O diagnóstico acerca da capacidade administrativa e das instâncias de governança tem por objetivo fortalecer o processo de gestão do turismo no Município de Curitiba, por meio da qualificação institucional dos órgãos públicos e do fomento às instâncias de governança municipais.

Para tanto, a avaliação da capacidade administrativa dos órgãos públicos que atuam diretamente na gestão da atividade turística municipal considerou, prioritariamente, os seguintes indicadores: i) a adequação dos recursos humanos disponíveis em face das competências necessárias para realização das demandas organizacionais; ii) adequação e eficiência dos sistemas e métodos administrativos operacionais relativos à tramitação de processos e fluxo de informação. Em face de suas competências e atribuições pertinentes ao tema, analisou-se de forma mais enfática o Instituto Municipal de Turismo - CURITIBA TURISMO, sem, entretanto, desprezar as demais relações interinstitucionais públicas e privadas que compõem o quadro institucional.

No que tange a apreciação das instâncias de governança municipal voltadas à atividade turística, priorizou-se a análise das dinâmicas e articulações institucionais pertinentes ao Conselho Municipal de Turismo de Curitiba - COMTUR. A análise da governança municipal na área turística buscou apreender a estruturação das instâncias de participação; características de sua representatividade perante os segmentos que atuam no setor turístico e capacidade de incidência nas políticas públicas correspondentes.

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2.4.1.1 Capacidade Administrativa

2.4.1.1.1. Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO

O Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO, dotado de personalidade jurídica autárquica de Direito Público, foi criado pela Lei n.º11.408, de 10 de maio de 2005 e regulamentado pelo Decreto n.º866, de 17 de maio de 2005. Sua missão institucional corresponde à promoção do turismo sustentável em âmbito municipal, com o desenvolvimento socioeconômico da população local, a ser executada por meio das seguintes atribuições principais:

1. Formular as diretrizes da política municipal de turismo, objetivando o desenvolvimento econômico e social do município;

2. Planejar, implementar e apoiar ações em consonância com a política municipal de turismo, visando o fomento e a dinamização da atividade turística, levando em conta os princípios norteadores do desenvolvimento sustentável.90

O CURITIBA TURISMO possui autonomia administrativa e financeira e é gerido por uma Diretoria Executiva, prevista estatutariamente, com a seguinte composição hierárquica: i) Presidência; ii) Superintendência; iii) Assessoria Jurídica; iv) Diretoria do Departamento Administrativo e Financeiro; v) Diretoria do Departamento de Turismo.91

As competências da Diretoria Executiva são definidas pelo Decreto Municipal n.º 1140, de 14 de julho de 2005, e consistem fundamentalmente nas seguintes atribuições:

Art. 5º (…):92 I – desenvolver e submeter ao Chefe do Poder Executivo Municipal o Plano de Ação e os orçamentos anuais do CURITIBA TURISMO, estabelecendo as prioridades das aplicações de recursos e investimentos; II – deliberar sobre todas as ações do CURITIBA TURISMO, obedecido ao disposto neste Estatuto; III – apresentar ao Chefe do Poder Executivo Municipal documentos, relatórios, balanços e demonstrações financeiras que permitam o acompanhamento de suas atividades; IV – tomar as providências para a fiel observância deste Estatuto e demais obrigações; V- elaborar o Regimento Interno, com um sistema de delegação de poderes para a prática de atos da administração ordinária, fixando os níveis de atribuição decisória; VI- autorizar contribuições ou doações pra fins culturais, técnicos e científicos, diretamente relacionados com a atividade do CURITIBA TURISMO.

A composição funcional do Instituto Municipal de Turismo é regulamentada pela Lei Ordinária Municipal n.°11.000/2004 - alterada pela Lei n.°12.079/2006 - que institui plano de carreira para servidores integrantes dos grupos ocupacionais básico, médio e superior do Município de Curitiba. Segundo o referencial legal, compreendem-se regulamentados pelo

90 CURITIBA. Lei n.º11.408, de 10 de maio de 2005. Art. 1º. 91 CURITIBA. Decreto n.º1140, de 14 de julho de 2005. Art. 4º. 92 CURITIBA. Decreto n.º1140, de 14 de julho de 2005. Art. 5º.

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plano os cargos93 pertinentes ao Instituto Municipal de Turismo que correspondam aos segmentos94 Administrativo; Infraestrutura e Turismo (Art. 6°, §7°).

Nesse sentido, a partir destes três grandes eixos de agrupamentos profissionais é que ocorre a especificação dos cargos de acordo com o perfil e as competências regulamentados em lei. Assim, pertencem ao Segmento do Turismo os cargos de Técnico em Turismo; Analista em Turismo e Pesquisador Artístico Cultural. O Segmento Administrativo, por sua vez, compreende os cargos de Agente Administrativo; Analista Financeiro e Contador. Finalmente, o cargo de Estatístico encontra previsão no Sistema Infraestrutura. 95 O Plano de Carreira estabelecido para os servidores municipais de Curitiba fundamenta-se em dois princípios basilares, quais sejam: "a mobilidade, nos limites legais, que permita a prestação de serviços públicos de excelência" e o "desenvolvimento profissional co-responsável que possibilite o estabelecimento de trajetórias de carreiras, mediante crescimento horizontal e crescimento vertical por merecimento." 96

A hierarquização funcional do Instituto Municipal de Turismo pode ser representada pelo seguinte organograma:

93 Definem-se cargos como “vaga no quadro de pessoal, cometida a cada servidor, segundo um conjunto de

competências, definidos na regulamentação desta lei”. Cf. CURITIBA, PR. Lei n.º11.000, de 03 de junho de 2004. Art.3º, II.

94 De acordo com a definição estabelecida pela Lei municipal n.º11000/2004 entende-se por segmento "cada um dos agrupamentos profissionais, representando a estratificação dos serviços públicos prestados pelo Município à população." CURITIBA. Lei n.º11.000, de 03 de junho de 2004. Art. 3°, XVI).

95 CURITIBA. Lei n.º11.000, de 03 de junho de 2004. Art. 39, VI. 96 CURITIBA. Lei n.º11.000, de 3 de junho de 2004. Art. 2°. O crescimento horizontal "representa a passagem de

uma referência salarial para a outra dentro do mesmo nível, mediante procedimento específico de natureza concursal numa periodicidade de 2 (dois) anos, tendo como ganho 2,8%." Já o crescimento vertical "representa a passagem de um nível para outro (Ex. nível I, II, III, IV), com ganhos de 15% sobre o vencimento básico do servidor, para aqueles que forem contemplados dentro do número de vagas estabelecidas no edital." Cf. Relatório de gestão da Prefeitura Municipal de Curitiba. Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba, 2011, p.366-367.

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FIGURA 29 - ORGANOGRAMA FUNCIONAL DO INSTITUTO MUNICIPAL DE TURISMO – CURITIBA TURISMO

FONTE: Instituto Municipal de Turimo – CURITIBA TURISMO. Elaboração: Ambiens, 2012.

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Atualmente, o Instituto Municipal de Turismo - CURITIBA TURISMO possui 56 funcionários em seu quadro de recursos humanos, dentre os quais 39 correspondem a servidores públicos admitidos pelo regime estatutário e 17 funcionários que ocupam cargos em comissão. Os cargos em comissão distribuem-se Diretoria Executiva, Gabinete, Gerências, Coordenações, Artesanato,Turismo e Administrativo, conforme a seguir demonstrado:

GRÁFICO 30 - CARGOS NO IMT - 2012

FONTE: Instituto Municipal de Turismo. Elaboração: Ambiens, 2012.

GRÁFICO 31 - CARGOS EM COMISSÃO POR FUNCÃO REALIZADA IMT 2012

FONTE: Instituto Municipal de Turismo. Elaboração: Ambiens, 2012.

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Note-se que a existência de 30,4% de cargos comissionados na composição dos quadros de pessoal do Instituto Municipal de Turismo, em detrimento de cargos efetivos, aponta para uma condição de instabilidade no que tange à gestão de pessoas no órgão. Isso porque, conforme esclarece Bacellar Filho97 são efetivos os cargos “preenchidos com vistas à continuidade e permanência de seu ocupante no quadro público”, mediante realização do respectivo concurso público. Os cargos em comissão, por sua vez, possuem caráter temporário e são dependentes da manutenção da relação de confiança que os institui, sendo passíveis, portanto,de livre admissão e exoneração a qualquer tempo. Nesse sentido, e considerando suas características intrínsecas, os cargos em comissão não devem substituir os cargos efetivos para realização de funções que demandem a perenidade do quadro de pessoal.

No caso do CURITIBA TURISMO, à exceção das funções desempenhadas pela Diretoria Executiva e pelo Gabinete faz-se necessária a realização de concurso público que venha a garantir a incorporação de técnicos em caráter permanente e estatutário. Frise-se, ainda, de acordo com as informações prestadas por servidores do Instituto Municipal de Turismo, que o maior déficit de recursos humanos está no baixo número de técnicos em turismo para atuação nos Postos de Informação Turística de Curitiba.

Em relação ao nível de formação destes profissionais, aproximadamente 22% possui Pós-graduação; 40% Ensino Superior Completo; 13% Ensino Superior Incompleto; 17% Ensino Médio Completo; 2% Ensino Médio Incompleto; 2% Ensino Fundamental Completo e 2% Ensino Fundamental Incompleto.98

A qualificação dos recursos humanos é realizada permanentemente por meio de cursos e oficinas promovidos em parceria com o Instituto Municipal de Administração Pública - IMAP. A definição dos módulos e cursos ofertados aos servidores concentram-se em um "Catálogo de Cursos", com ações para o desenvolvimento de competências comuns elaborados a partir da contribuição de técnicos especialistas de todas as áreas da Prefeitura Municipal de Curitiba; das diretrizes do Plano de Governo; dos Contratos de Gestão e do mapeamento de competências.99

Muito embora inexistam políticas ou princípios específicos de orientação formalizados para gestão de pessoas no CURITIBA TURISMO, são utilizados indicadores de desempenho funcional da Prefeitura Municipal de Curitiba, quais sejam: a avaliação de competências; diagnóstico de clima organizacional e o Programa de Produtividade e Qualidade (PPQ), este último implantado em conformidade com a política de remuneração estratégica desenvolvida pela Secretaria Municipal de Recursos Humanos100.

97 BACELLAR FILHO, Romeu. Direito Administrativo. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 98 Informações fornecidas pelos técnicos responsáveis pela gestão de recursos humanos do Instituto Municipal de

Curitiba – CURITIBA TURISMO. 99 Segundo informações do Instituto Municipal de Administração Pública - IMAP, disponível em seu site

institucional:http://www.imap.curitiba.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=454&Itemid=287. Acesso em 11/12/2012. Dentre o rol de cursos de capacitação e eventos de aprendizagem ofertados pelo Instituto Municipal de Administração Público em parceria com outros órgãos da administração municipal direta e indireta, destaca-se a promoção da visita técnica orientada "Conheça Curitiba". Com a contribuição do Instituto Municipal de Turismo, a visita tem por objetivo proporcionar ao servidor público municipal o conhecimento das ações e soluções inovadoras desenvolvidas pela Prefeitura Municipal no gerenciamento da cidade de Curitiba. Mais informações em:

http://www.imap.curitiba.pr.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=521%3A-conheca-curitiba-&catid=131%3Anoticiario-imap&Itemid=1. Acesso em 11/12/2012.

100 Por meio da Lei n.º13.777/2011 o Programa de Produtividade e Qualidade (PPQ), que confere gratificação de R$250,00 aos servidores públicos participantes, tornou-se mensal e passou a compor o 13° salário e adicional de férias.

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No que diz respeito aos sistemas de fluxo de informações, o Instituto Municipal de Turismo utiliza o Sistema Único de Protocolos (SUP), adotado pelos órgãos da administração direta e da administração indireta da Prefeitura Municipal de Curitiba. Note-se que, embora tal sistema operacional responda satisfatoriamente ao registro e encaminhamento de demandas externas ao CURITIBA TURISMO, não contempla integralmente a necessidades de fluxo de informações internas ao Instituto nem tampouco às peculiaridades específicas dos serviços prestados por este101.

A este respeito, exemplificativamente, pode-se citar a inexistência de um sistema de monitoramento dos agendamentos de eventos que solicitam apoio ao Instituto Municipal de Turismo, os quais estão condicionados unicamente a marcação e acompanhamento manual efetuado pelos funcionários responsáveis pela atividade.

Ademais, quanto aos canais de comunicação e divulgação das ações realizadas pelo Instituto Municipal de Turismo para população em geral, atualmente estas atividades ocorrem fundamentalmente por meio do site da instituição; de denúncias e reclamações registradas no “Canal de Atendimento e Informações 156” da Prefeitura Municipal de Curitiba e pelo canal telefônico direto do CURITIBA TURISMO, denominado “Disque Turismo”.

Neste aspecto, é preciso destacar a baixa qualidade do site institucional, tanto no que tange à ausência de sistematização das informações disponíveis, quanto em relação à apresentação e disposição dos conteúdos.

2.4.1.2 Articulação Interinstitucional para o Desenvolvimento do Turismo

Em que pese a competência para gestão das atividades turísticas no Município de Curitiba seja prerrogativa do CURITIBA TURISMO, outros órgãos pertencentes à estrutura administrativa municipal - direta e indireta - participam direta ou indiretamente do processo de execução e fiscalização das políticas públicas de turismo102:

• SMMA - Compete à Secretaria Municipal do Meio Ambiente “o planejamento operacional, a formulação e a execução da política de preservação e proteção ambiental do Município; o desenvolvimento de pesquisas referentes à fauna e à flora; a administração, manutenção e preservação do zoológico; o levantamento e cadastramento das áreas verdes; a fiscalização das reservas naturais urbanas; o combate permanente à poluição ambiental; execução de projetos paisagísticos e de serviços de jardinagem e arborização; a administração, construção, manutenção e conservação de parques, praças e áreas de lazer; a definição da política de limpeza urbana, através do gerenciamento e fiscalização da coleta, reciclagem e disposição do lixo, por administração direta ou através de terceiros; a manutenção e controle operacional da frota de veículos pesados, máquinas e equipamentos sob sua responsabilidade; a administração e manutenção de cemitérios e serviços funerários e outras atividades correlatas”.

• FCC – Compete à Fundação Cultural de Curitiba “Promover o desenvolvimento sociocultural e artístico da comunidade, subsidiado pelas necessidades e expectativas de todos os segmentos da sociedade curitibana, de modo a

101 Informação coletada por meio de entrevistas com servidores públicos do Instituto Municipal de Turismo –

CURITIBA TURISMO. 102 CURITIBA. Lei n.º 7671 de 10 de junho de 1991.

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enriquecer e compartilhar o conhecimento, criando igualdade de oportunidades para todos.” 103

• IPPUC – Compete ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba “Coordenar o processo de planejamento e monitoramento urbano da cidade, compatibilizando as ações do município com as da Região Metropolitana em busca do desenvolvimento sustentável, por meio do desenvolvimento de planos e projetos urbanísticos alinhados ao Plano Diretor”.

• SMU – Compete à Secretaria Municipal de Urbanismo “o planejamento operacional, a execução, a implementação e fiscalização da legislação relativa ao uso e parcelamento do solo, a loteamentos e ao código de obras e posturas municipais; o exame e fiscalização de projetos de obras e edificações; a expedição de atos de autorização, permissão ou concessão de uso e parcelamento do solo ou de uso de equipamentos públicos; o fornecimento e controle da numeração predial; a identificação e emplacamento dos logradouros públicos; a atualização do sistema cartográfico municipal; a repressão às construções e aos loteamentos clandestinos, bem como ao comércio irregular; o combate às várias formas de poluição sonora e visual e outras atividades correlatas”.

• SMELJ – Compete à Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude “Fomentar a prática de esporte, lazer e atividade física ao cidadão curitibano, como forma de promover a saúde e o bem-estar, a inserção e a promoção social.” 104

• URBS – Compete à Urbanização de Curitiba S/A “A Sociedade tem por finalidade administrar o Fundo de Urbanização de Curitiba, de acordo com as disposições da Lei Municipal 4369, de 25 de setembro de 1972105 e suas alterações, podendo à conta desses recursos, promover a realização de investimentos em projetos e programas de desenvolvimento urbano do Município de Curitiba e respectiva Região Metropolitana e, bem assim a comercialização de equipamentos urbanos e a prestação de serviços a terceiros.” 106

A leitura das competências acima sistematizada permite aferir que existe uma pulverização da gestão, planejamento e execução das atividades de interesse turístico que abrange, sobretudo, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a URBS S/A. A primeira é responsável pela manutenção, conservação e fiscalização de grande parte dos atrativos naturais – como parques, praças e o zoológico. A URBS, por sua vez, possui responsabilidade sobre a concessão destes espaços à iniciativa privada para realização de atividades econômicas (a exemplo de bares, restaurantes e outros comércios) além da execução da “Linha Turismo”.

Trata-se, portanto, de atividades que são realizadas por outros órgãos e instituições que não possuem em sua competência originária o foco no desenvolvimento da atividade turística municipal, mas cujas atribuições repercutem diretamente no resultado do produto turístico que acaba por ser ofertado. Nessa rede de atribuições e competências, o Instituto Municipal

103 Conforme informações disponíveis em

http://www.imap.curitiba.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=82&Itemid=242. Acesso em 14/12/2012.

104 Conforme informações disponíveis em http://www.imap.curitiba.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=82&Itemid=242. Acesso em 14/12/2012.

105 A Lei n.º4369/72 cria o Fundo de Urbanização de Curitiba. 106 De acordo com o Art. 4º do Estatuto Social da URBS – 2012.

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de Turismo - CURITIBA TURISMO não participa em nenhum momento da gestão e planejamento destes espaços de interesse turístico, o que acaba por acarretar uma perda de potencial de atratividade, com reflexos negativos no turismo municipal.

Nesse mesmo sentido, é possível notar que o Instituto Municipal de Turismo acaba por realizar atividades vinculadas principalmente à divulgação dos produtos turísticos, deixando de participar do planejamento articulado e da gestão compartilhada de espaços e ações diretamente conectadas à atividade turística municipal. Esta fragilidade na articulação interinstitucional acarreta, como apontado no capítulo de “Análise do Mercado Turístico”, a perda da qualidade dos produtos, mas também a ausência de participação do CURITIBA TURISMO na gestão de atividades que lhe proporcionariam a diversificação das fontes de recursos, como é o caso da Linha Turismo.

Além dos fluxos intersetoriais107, acima delineados, as relações interinstitucionais também se efetivam por meio da participação do CURITIBA TURISMO em diversos espaços de articulação, discussão e deliberação sobre temas pertinentes ao setor. A este respeito, atualmente o Instituto Municipal de Turismo exerce representação nas instâncias a seguir descritas:

a) Vice-Presidência da Região Sul na Associação Nacional de Secretários e Dirigentes de Turismo das Capitais e Destinos Indutores (ANSEDITUR).

b) Presidência do Fórum Metropolitano de Turismo.

c) Membro do Conselho de Estado do Turismo (participação dos Grupos de Trabalho: Plano Estadual de Turismo e Copa do Mundo da FIFA 2014).

d) Câmara Temática Nacional de Desenvolvimento Turístico - Copa do Mundo da FIFA 2014).

e) Câmara Temática do Turismo - Copa do Mundo da FIFA 2014- Governo do Estado do Paraná.

f) Conselho Municipal do Emprego e Relações do Trabalho (CMERT) coordenado pela SMTE.

g) Comitê Municipal do Trabalho Decente. Conselho Municipal de Segurança Alimentar (COMSEA).

h) Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil no Território Brasileiro (PAIR), coordenado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMTIBA).

i) Conselho Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil (CMETI), coordenado pela FAS.

j) Grupo de Gestão do Conhecimento (GC), coordenado pelo IMAP.

l) Comissão da Lei de Incentivo, Subcomissão do Mecenato, Folclore, coordenado pela FCC.

107Identificou-se, mormente, a articulação interinstitucional com as seguintes secretarias e órgãos da

administração indireta: Secretaria Municipal do Meio Ambiente; Fundação Cultural de Curitiba; Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba; Secretaria Municipal de Urbanismo; Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude, Urbanização de Curitiba S/A.

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2.4.2. Instâncias de Governança

O Plano Nacional de Turismo (2007-2010) institui como um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento do turismo a “permanente articulação entre os diversos setores, públicos e privados, relacionados à atividade, no sentido de compartilhar decisões, agilizar soluções, eliminar entraves burocráticos e facilitar a participação de todos os envolvidos no processo de crescimento setor” 108.

Neste cenário, e em consonância com o fortalecimento do sistema de descentralização da Política Nacional de Turismo, é que se apresentam as instâncias de governança, na condição de instrumentos de viabilização concreta da gestão democrática do turismo em um determinado território (municipal, regional, estadual ou nacional)109. Trata-se, prioritariamente, de uma estratégia de desenvolvimento que pode assumir as mais variadas formas de organização como fóruns, associações, conselhos, agências de desenvolvimento, entre outras.110

2.4.2.1 Conselho Municipal de Turismo - COMTUR

No Município de Curitiba tal instância corresponde fundamentalmente ao Conselho Municipal de Turismo – COMTUR, instituído pela Lei n.º11.835, de 4 de julho de 2006 e regulamentado pelo Decreto municipal n.º1597, de 15 de dezembro de 2009. 111

Nos moldes previstos pelo mencionado decreto, refere-se o COMTUR a órgão deliberativo, consultivo e de assessoramento, vinculado ao chefe do Poder Executivo, através do Instituto Municipal de Turismo. Em seus objetivos figura a coordenação de esforços entre o poder público e a sociedade civil com vistas à aplicação de políticas de incentivo ao turismo. 112

As competências definidas ao Conselho Municipal de Turismo encontram-se elencadas no Art. 3º do Decreto n.º1.597/2009, e referem-se, principalmente, às atribuições de caráter propositivo vinculadas à política municipal de turismo; seus instrumentos de gestão e estratégias de incentivo, articulação e divulgação do setor113. Ademais, incluem-se também

108 BRASIL, Ministério do Turismo: Plano Nacional de Turismo, 2007.p. 59. 109 Idem. 110 Disponível em: http://www.turismo.pr.gov.br/arquivos/File/CartilhaInstanciasdeGov.pdf, p.21. 111 O Decreto municipal n.º1.597, de 15 de dezembro de 2009, substituiu o Decreto n.º244, de 29 de março de

2007, que regulamentava a Lei n.º11.835/2004. 112 Entende-se por políticas de incentivo “todas as iniciativas ligadas à atividade turística, sejam elas originárias

do setor público ou privado, isoladas ou coordenadas entre si, desde que reconhecido seu interesse para o desenvolvimento social, econômico, turístico e cultural do Município.” Cf. Decreto n.º1597/2009, Art. 2ª, Parágrafo único.

113 Sobre as competências do COMTUR de natureza propositiva é possível citar os seguintes incisos: “I – propor diretrizes básicas para a política municipal de turismo; II – propor instrumentos legais necessários ao pleno exercício de suas funções; III – propor modificações ou supressões de exigências administrativas ou regulamentares que dificultem as atividades de turismo; V – propor programas e projetos de interesse turístico visando incrementar o fluxo de turistas ao Município de Curitiba; VI – propor e coordenar as diretrizes para o trabalho desenvolvido e prestado pelos serviços públicos municipais e pela iniciativa privada, com o objetivo de promover a integração e infraestrutura adequada à instalação e manutenção da atividade do turismo, servindo também como meio de comunicação entre eles; VII- propor e planejar debates sobre temas de interesse turístico; VIII – propor e divulgar as atividades ligadas ao turismo em suas entidades representativas e demais órgãos afins; X- propor ao Poder Público Municipal a celebração de convênios com órgãos, entidades e instituições de turismo, sejam elas públicas, privadas, nacionais ou internacionais, com o objetivo de proceder intercâmbios de interesse turístico; XI – propor, ao Poder Público Municipal, planos de financiamento ou convênios com instituições financeiras, públicas ou privadas; XV – propor alterações ao Regimento Interno; XVII – propor o ingresso de outras entidades na composição do COMTUR”.

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prerrogativas atreladas à emissão de opiniões, pareceres, fiscalização de projetos, programas e ações afeitos ao setor turístico municipal. 114

Note-se que, dentre o rol de competências regulamentadas inexiste qualquer atribuição propriamente deliberativa que confira ao COMTUR o poder decisório sobre as políticas públicas de turismo na capital. Assim sendo, é possível afirmar certa incompatibilidade entre a natureza deliberativa, assegurada quando da instituição do Conselho (Art. 1º), e as competências destinadas ao exercício de suas atividades (Art. 3º). Tal constatação impacta negativamente na capacidade de incidência do COMTUR nas políticas públicas e, consequentemente, na qualidade atribuída à participação nesta instância.

Em relação à composição do COMTUR, esta equivale a um número máximo de 39 (trinta e nove) conselheiros titulares e seus respectivos suplentes, com mandato de 2 (dois) anos e possibilidade de prorrogação por período idêntico115. Por esta organização, estão previstos 19 (dezenove) Conselheiros denominados “obrigatórios” e 20 (vinte) Conselheiros ditos “rotativos” que serão indicados pelo Instituto Municipal de Turismo, a partir de um repertório de instituições fixado no próprio Decreto que regulamenta o COMTUR.

QUADRO 12 - CONSELHEIROS MUNICIPAIS DE TURISMO

CONSELHEIROS NATUREZA DA REPRESENTAÇÃO

ORIGEM DOS REPRESENTANTES

Instituto Municipal de Turismo - CURITIBA TURISMO Conselheiro Obrigatório Poder Público

Secretaria de Estado do Turismo do Paraná Conselheiro Obrigatório Poder Público

Câmara Municipal de Curitiba – CMC Conselheiro Obrigatório Poder Público

Associação Brasileira das Agências de Viagens do Paraná – ABAV Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Associação Comercial do Paraná – ACP Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Federação do Comércio do Paraná – FECOMÉRCIO Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Associação Brasileira de Empresas de Eventos – ABEOC PR Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH PR Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – ABRAJET PR Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Curitiba Convention & Visitors Bureau – CC&VB Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Curitiba – SINDOTEL Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Associação de Hostels do Estado do Paraná – AHPR Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

114 Tais prerrogativas possuem previsão nos dispositivos seguintes: “IV- opinar quando solicitado, sobre projetos

de lei que, de qualquer forma, se relacionem com o turismo; IX- apoiar a realização de congressos, seminários e convenções de relevante interesse turístico no Município de Curitiba; XII – emitir pareceres relativos a financiamentos de iniciativas, planos, programas e projetos que visem ao desenvolvimento da atividade turística; XIV – aprovar e organizar seu Regimento Interno; XVI – eleger entre seus membros outros cargos ou estruturas que forem consideradas como necessárias; XIX - solicitar ao Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO a coordenação e execução das propostas aprovadas pelo Conselho, desde que inseridas nas atribuições que forem de sua competência.”

115 CURITIBA. Decreto nº 1597/2009, Art. 4°.

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203 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Fórum de Coordenadores dos Cursos Superiores de Turismo e Hotelaria do Paraná Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – ABRASEL PR Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Associação Brasileira de Centros de Convenções e Feiras- ABRACCEF Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Sindicato das Empresas de Turismo no Estado do Paraná – SINDETUR Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Sindicato Estadual dos Guias de Turismo do Paraná – SINDEGTUR Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Associação Brasileira dos Guias de Turismo – ABGTUR Conselheiro Obrigatório Sociedade Civil

Fórum Metropolitano de Turismo Conselheiro Obrigatório Poder Público

Câmara dos Deputados Conselheiro Rotativo Poder Público

Assembleia Legislativa do Estado do Paraná Conselheiro Rotativo Poder Público

Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A Conselheiro Rotativo Poder Público

Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis – ABLA Conselheiro Rotativo Sociedade Civil

Associação Brasileira de Operadoras de Trens Turísticos Culturais – ABOTTC Conselheiro Rotativo Sociedade Civil

Associação dos Comerciantes da Região da Praça da Espanha – ASCORES Conselheiro Rotativo Sociedade Civil

Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO Conselheiro Rotativo Poder Público

Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil – FOHB Conselheiro Rotativo Sociedade Civil

Fundação Cultural de Curitiba Conselheiro Rotativo Poder Público

Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba – IPPUC Conselheiro Rotativo Poder Público

Núcleo de Turismo Receptivo Conselheiro Rotativo Sociedade Civil

Secretaria Municipal de Comunicação Social Conselheiro Rotativo Poder Público

Secretaria Municipal de Assuntos Metropolitanos Conselheiro Rotativo Poder Público

Secretaria Municipal do Meio Ambiente Conselheiro Rotativo Poder Público

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE PR Conselheiro Rotativo Sociedade Civil

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC PR Conselheiro Rotativo Sociedade Civil

Serviço Social de Comércio – SESC PR Conselheiro Rotativo Sociedade Civil

Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná – FIEP Conselheiro Rotativo Sociedade Civil

Universidade Federal do Paraná – UFPR Conselheiro Rotativo Poder Público

Urbanização de Curitiba S/A - URBS Conselheiro Rotativo Poder Público

FONTE: Decreto Municipal n.º 1597/2009. Elaboração Ambiens, 2012.

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204 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Em relação à paridade dos agentes que atuam no COMTUR, dentre as 39 entidades que compõem o Conselho, aproximadamente 60% correspondem a organizações da sociedade civil, ao passo que 40% das instituições pertencem ao Poder Público municipal, estadual ou federal116. Entretanto, muito embora a sociedade civil represente parcela majoritária do COMTUR, as entrevistas realizadas com os conselheiros citaram o baixo protagonismo destas organizações nas discussões realizadas no Conselho Municipal.

Ainda, de acordo com as informações prestadas, a dinâmica das reuniões possui caráter precipuamente “informativo”, voltado para a exposição das ações desenvolvidas pelo poder público para a atividade turística, carecendo de espaços deliberativos que estimulassem a participação dos conselheiros para formulação de políticas e tomada de decisões no âmbito do turismo municipal.

Ante o exposto, conclui-se que o Conselho Municipal de Turismo de Curitiba possui estrutura formal consolidada, por meio de regulamentação aprovada em lei específica, de acordo com as exigências e orientações formuladas pelo Ministério do Turismo. Entretanto, é preciso ressaltar que a indicação nominal das entidades que representam cada segmento, em um rol taxativo, é prejudicial à democratização e representatividade do COMTUR, porquanto restringe a possibilidade de acesso e participação de outras organizações da sociedade civil que não estejam elencadas no Decreto 117.

2.4.2.2 Fórum Metropolitano de Turismo

Outra instância que merece destaque como espaço de articulação é o Fórum Metropolitano de Turismo. Criado em 2003 e formalizado em 2008, é composto pelos Órgãos Oficiais de Turismo dos municípios que integram a Região Metropolitana de Curitiba. Em seus objetivos principais estão promoção do turismo sustentável na região; a articulação entre instituições públicas e privadas de todos os âmbitos federativos; e incidência sobre políticas e ações que impactem no desenvolvimento da atividade turística 118.

Atualmente o Fórum encontra-se com baixa frequência de reuniões e significativas fragilidades organizativas. A responsabilidade pelas demandas metropolitanas da área turística destinadas ao fórum tem sido encaminhada por uma Comissão Técnica que, entretanto, não possui corpo técnico suficiente para respondê-las de maneira integral e propositiva.

Ressalte-se que a desarticulação do Fórum Metropolitano ocorreu, sobretudo, após a implantação do Programa de Regionalização do Ministério do Turismo, denominado “Região Turística Rotas do Pinhão”, que abrange Curitiba e Região Metropolitana.119 Ocorre que, inicialmente, o espaço do Fórum havia sido idealizado com a função de congregar esforços do poder público desta região com vistas à troca de experiências e apoio recíproco nas políticas públicas e ações pertinentes ao desenvolvimento do setor turístico. Correspondia,

116Para esta análise, utilizou-se da classificação de entidades vinculadas ao Poder Público para os órgãos

pertencentes à Administração Pública direta e indireta; instituições do Poder Legislativo e as Sociedades de Economia Mista.

117Exemplificativamente, dentre organizações e entidades da sociedade civil que atualmente participam da atividade turística e não possuem representação no Conselho é possível mencionar a Rede Empresarial do Centro Histórico; a Associação do Comércio e Indústria de Santa Felicidade; Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná – ABRABAR PR.

118Cf. Estatuto do Fórum Metropolitano de Turismo. 119Disponível em

http://www.setu.pr.gov.br/arquivos/File/Planos/PlanoRotasdoPinhaoCuritibaeRegiaoMetropolitana.pdf. Acesso em 22/12/2012.

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portanto, a instância composta unicamente por representantes das municipalidades para o fim específico de formulação conjunta de estratégias do poder público para o turismo da região. Entretanto, transcorrida a implantação do mencionado programa, o Fórum Metropolitano passou a ser identificado como o locus da instância de governança regional, divergindo de sua concepção inicial. Tornou-se responsabilidade do fórum, juntamente com o Curitiba Convention & Visitors Bureau e as associações de empreendedores dos municípios, efetuar a gestão do Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional (2008-2011).

De acordo com as entrevistas realizadas, esta modificação do significado da funcionalidade do Fórum teria provocado um duplo efeito negativo: de um lado, a desarticulação do espaço e o esvaziamento da participação dos Órgãos Oficiais que originalmente compunham sua estrutura. Em outro viés, a inexistência de uma instância de governança de turismo efetiva para a região, capaz de aglutinar os diversos atores sociais – públicos e privados - que participam da atividade turística na localidade.

2.4.3. Impactos e Limitações das Políticas Públicas e da Capacidade de Gestão

A análise das políticas públicas no âmbito do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável tem por objetivo qualificar sua elaboração e a implantação com vistas ao desenvolvimento do turismo no município de Curitiba e no conjunto da área turística.

Para os fins deste diagnóstico foram delimitados os seguintes indicadores: i) Caracterização do processo decisório na formação de políticas públicas de turismo; ii) Sistemas de análise de eficiência e eficácia no cumprimento das metas determinadas para as ações municipais na área do turismo.

2.4.3.1 Caracterização do processo decisório na formação de políticas públicas de turismo em Curitiba

Em que pese o campo de análise das políticas públicas tenha sofrido sensíveis modificações nas últimas décadas, que importaram na diversificação das vertentes analíticas sobre o tema, as investigações sobre o processo decisório permanecem com status privilegiado.

Nesse espectro e de acordo com os apontamentos elaborados por Pimenta de Faria (2003), com base na sistematização de Peter John (1999), é possível sintetizar as principais tendências de abordagem das políticas públicas em cinco grandes agrupamentos: (1) a análise institucionalista; (2) as leituras que observam as dinâmicas de intervenção e as influências de grupos e redes; (3) as que priorizam o papel das condicionantes econômicas e sociais na formulação das políticas; (4) a teoria da escolha racional; e (5) as abordagens voltadas à valorização do impacto das ideias e do conhecimento.

Para os fins deste plano, interessa caracterizar o percurso de formulação das políticas públicas de turismo no Município de Curitiba, bem como os locus administrativos e atores envolvidos no processo decisório. A realização de levantamento documental e entrevistas com representantes do poder público e do trade turístico permitiu a reconstrução do processo de elaboração das políticas públicas, tal qual apresentaremos a seguir.

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206 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

O conteúdo essencial das políticas públicas desenvolvidas pela administração pública de Curitiba encontra-se disposto no chamado “Contrato de Gestão” 120, que corresponde “aos principais compromissos do plano de governo nas áreas econômica, social, urbanístico-ambiental e de gestão voltados ao desenvolvimento da cidade e da sociedade.” 121 Trata-se, portanto, de documento oficial firmado entre o prefeito municipal e todos os dirigentes de secretarias, institutos, empresas e fundações municipais que compõe a estrutura administrativa de Curitiba.

De acordo com o histórico disponível no site institucional da Prefeitura Municipal de Curitiba, em 6 de janeiro de 2009 foram assinadas as “Diretrizes e Bases para o Contrato de Gestão”, documento contendo os principais compromissos estabelecidos no Plano de Governo do prefeito eleito para o período de 2009-2012. 122

Após, e a partir deste conteúdo mínimo já estabelecido no referido Plano, cada Secretaria e órgão realizou o detalhamento e a produção do plano de ação com a fixação de metas para o quadriênio, culminando na assinatura dos Contratos de Gestão definitivos, em 27 de março de 2009 123.

Finalmente, os programas e metas elencados no Contrato de Gestão foram incorporados ao Plano Plurianual 124 com a respectiva atribuição orçamentária e o registro dos parâmetros de verificação da evolução dos indicadores fixados.

Desta trajetória afere-se que o processo decisório de elaboração das políticas públicas para o turismo em Curitiba foi realizado de maneira concentrada, com fulcro especialmente no Plano de Governo formulado por um grupo restrito em relação a pluralidade de atores e interesses que integram o setor. Ademais, o processo de formulação das políticas – consolidadas no Plano de Governo - apresentou-se dissonante da produção e do acúmulo histórico da própria administração pública, motivo pelo qual houve a reconstrução dos conteúdos e metas pela equipe técnica responsável para elaboração do Contrato de Gestão.

Com isso em vista, conclui-se pela necessidade de ampliação e democratização do processo decisório para formulação das políticas públicas de turismo, de modo a adequar os procedimentos atualmente adotados aos objetivos de descentralização da gestão turística estabelecidos pelo Ministério do Turismo.

2.4.3.2 Sistemas de análise e monitoramento das políticas públicas de turismo

Todo processo de planejamento, que pretende ser eficaz e eficiente, deve abranger a avaliação constante dos objetivos e dos mecanismos utilizados para atingi-los. Bromley (1982) ressalta que a ausência de avaliação na maioria dos sistemas de planejamento constitui-se em uma das maiores fraquezas destes processos. A sugestão de Bromley

120O termo “Contrato de Gestão” foi utilizado especificadamente na gestão Prefeitura Municipal correspondente

aos anos de 2009 a 2012. 121Disponível em: http://www.contratodegestao.curitiba.pr.gov.br/Publico/Oque.aspx Acesso em 14/12/2012. 122O objetivo geral do Plano de Governo para a área do Turismo refere-se à “consolidação de Curitiba como um

destino turístico, visando o desenvolvimento econômico e cultural da cidade”. Em seus objetivos específicos estão: a) Contribuir para o aumento da procura de Curitiba como destino turístico; b) Contribuir para o aumento do PIB turismo; c) Contribuir para o aumento da taxa de ocupação dos hotéis em Curitiba. Para tanto se estabeleceram quatro propostas: 1) Promoção dos Atrativos Turísticos; 2) Ampliação da acessibilidade turística; 3) Certificação do Artesanato de Curitiba; 4) Divulgação da Fauna e Flora da Cidade.

123Disponível em: http://www.contratodegestao.curitiba.pr.gov.br/Publico/Oque.aspx. Acesso em: 14/12/2012. 124O Plano Plurianual de Curitiba (2010-2013) está regulamentado pela Lei n.º13.378, de 11 de dezembro de

2009.

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207 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

(1982) enfatiza que a avaliação não deve restringir-se em saber se as ações foram ou não implementadas.

Sulbrandt (1994) reafirma ainda que o principal problema da avaliação é que em geral ela não é utilizada para subsidiar a tomada de decisão e neste sentido se torna sem utilidade e irrelevante para o administrador. Para superar esta situação o autor propõe uma metodologia composta basicamente de três momentos interligados que constituem o que o autor denomina de “Avaliação Global”. Em primeiro lugar devem ser estabelecidos, em conjunto com os executores das ações, quais são os critérios de eficiência e eficácia que permitam avaliar os RESULTADOS obtidos pelos programas e ações planejados em relação aos objetivos gerais. Ou seja, trata-se de verificar se a realidade está se modificando conforme desejado pelo planejamento, ou se a realidade desejada está mais próxima ou mais distante de ser alcançada. Este primeiro momento é comumente denominado de avaliação diagnóstico, pois tem o papel de identificar as principais necessidades e acompanhar de que forma elas se modificam ao longo do tempo. Em segundo lugar, deve se estabelecer uma avaliação das METAS das ações e programas. Neste momento se avaliam as metas quantitativas (Ex.: quantidade de escolas, quilômetros de asfalto, atendimentos hospitalares etc.). O último momento da avaliação analisa o PROCESSO de implementação, identificando as principais dificuldades e facilidades para implementação das propostas do Plano.

Gandin (1994) analisa estas possibilidades observando que o termo avaliação assume diferentes sentidos. Gandin (1994) considera que a avaliação tem seu significado mais importante para o planejamento quando é entendida como diagnóstico. E é neste sentido que “pode-se afirmar que o planejamento é um processo de avaliação ao que se junta a ação para mudar o que não esteja de acordo com o ideal” (GANDIN, 1994, p.115). Ou seja, a comparação entre diagnósticos realizados em tempos diferentes intermediados por ações no sentido de modificar alguma situação verificada na realidade constitui-se no sentido fundamental do planejamento. Além disso, avaliação pode ser entendida como controle e também neste sentido “ela ainda tem lugar no planejamento, embora de modo muito menos importante” (GANDIN, 1994, p.116). Com este significado, a avaliação é a verificação sobre a realização das ações programadas e sobre a forma desta realização. Para o Planejamento Turístico esta forma de avaliação se refere à averiguação da forma e da realização dos programas, projetos e ações. Neste sentido esta forma de avaliação só adquire maior importância quando relacionada à avaliação com sentido de comparação entre diagnósticos.

A partir deste referencial, podem-se definir então duas formas de avaliação que podem ser utilizadas no Sistema de Avaliação: (i) Avaliação/Diagnóstico – que tem por objetivo analisar a eficácia e a eficiência das ações em relação aos objetivos pretendidos pelo Planejamento Estratégico e (ii) Avaliação/Controle – cuja finalidade é verificar se as ações estão sendo implementadas e de que forma, indicando se há necessidade de revisá-las, modificando-as ou excluindo-as.

Portanto, para que o planejamento seja uma atividade relevante na gestão é necessário verificar a eficácia das ações planejadas em relação aos objetivos traçados. Este é o principal motivo que justifica a adoção de um sistema de avaliação. Ou seja, o atendimento dos objetivos não deve ser verificado apenas ao final do período definido como horizonte do plano, mas durante todo o período, observando-se a evolução das condições que foram definidas como foco da ação. Isto não significa realizar um processo de avaliação longo, custoso e burocrático. Significa, por outro lado, definir claramente, além das responsabilidades, das etapas e dos instrumentos de avaliação, também, e principalmente,

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208 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

as fontes de informação e os procedimentos para análise do atendimento dos objetivos traçados.

2.4.3.2.1. Indicadores e padrões

Rob Vos (1993, apud Costa e Castanhar, 2003) identifica três categorias de indicadores sociais que podem ser utilizados no planejamento: de resultado; de insumo e de acesso.

Os indicadores de resultado refletem os níveis de satisfação de necessidades básicas alcançados. São também denominados de indicadores de nível de vida. Por exemplo: esperança de vida, mortalidade infantil, grau de alfabetização, níveis de educação e nutrição, entre outros. Os indicadores de insumo se referem aos meios (recursos) disponíveis para se obter um determinado padrão de vida. Esses meios para atender necessidades básicas distintas podem incluir, por exemplo, no campo da nutrição, a renda e a disponibilidade de alimentos; no campo da saúde, a disponibilidade de água potável, de centros de saúde e o número de médicos por habitante e; na área da educação, o número de escolas e de professores por aluno. Já os indicadores de acesso identificam os determinantes que permitem tornar efetiva (e em que grau) a utilização de recursos disponíveis para atender determinadas necessidades básicas. Para fins de avaliação de políticas e programas sociais esse terceiro tipo de indicadores é particularmente relevante, já que a existência de serviços básicos não lhes assegura o acesso universal. Na realidade, é comum a existência de fatores que dificultam a utilização dos serviços disponíveis, como, por exemplo, a distância geográfica (sobretudo em áreas de população dispersa) e os custos privados relacionados com o uso de serviços públicos (material escolar, transporte, remédios etc.). Pode-se mencionar também elementos mais difíceis de serem quantificados, como a qualidade dos serviços oferecidos, características culturais da região etc. (COSTA E CASTANHAR, 2003, p. 974-5).

Além dos indicadores devem ser definidos padrões que permitam fazer o julgamento sobre a realidade existente, quer dizer, avaliar em que medida os desempenhos verificados são positivos ou negativos, adequados ou inadequados. Para isso, propõem-se cinco tipos de padrões:

1. Padrões Históricos: que são a comparação do desempenho atual com desempenhos anteriores (SLACK, 2002).

2. Padrões Absolutos: que são o limite teórico de um determinado indicador (SLACK, 2002).

3. Padrões Normativos (ou Comparativos): que comparam o desempenho de um programa com outros similares ou com programas semelhantes realizados em outros níveis de governo, região, ou no exterior (COSTA e CASTANHAR, 2003).

4. Padrões Teóricos (ou meta): são os estabelecidos na própria elaboração do programa, sob a hipótese da obtenção dos resultados esperados, dado os recursos disponíveis (COSTA e CASTANHAR, 2003).

5. Padrões Negociados ou de Compromisso: são aqueles que se baseiam em algum procedimento específico para sua fixação, geralmente decorrente de acordo entre as partes envolvidas na gestão de programa e os formuladores (COSTA e CASTANHAR, 2003).

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209 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

A análise dos sistemas de monitoramento atualmente adotados pelo Instituto Municipal de Turismo aponta para a utilização de duas modalidades de avaliação. Uma deles refere-se à realização permanente de pesquisas de perfil, opinião e percepção entre moradores e turistas que participam dos eventos e ações promovidos pelo órgão. Com base em tais informações seria possível apontar pontos fortes, limites e óbices que interferem direta ou indiretamente no êxito dos programas e ações traçados pela administração para o setor turístico, viabilizando, inclusive, sua readequação com vistas à melhores resultados.

Entretanto, mesmo diante da existência de um processo perene de coleta de dados que subsidie a avaliação-controle das ações realizadas pelo Instituto, persiste a necessidade de desenvolver uma metodologia permanente de interpretação e análise das informações produzidas e um sistema de revisão do planejamento que viabilize, inclusive, sua readequação com vistas à obtenção de melhores resultados.

No que tange ao monitoramento das metas para o desenvolvimento do turismo em Curitiba, estas correspondem aos indicadores estabelecidos no “Programa de Incentivo ao Turismo” e incorporados junto ao Plano Plurianual – PPA (2010-2013).

QUADRO 13 - INDICADORES

INDICADORES DO PROGRAMA UNIDADE DE

MEDIDA ÍND. MAIS RECENTE

DATA BASE ÍNDICE

DESEJADO AO FINAL DO PPA

Número de turistas/ano Unidade 2.903.059 31/12/2007 3.086.319,00

Gasto médio do turista/dia U$ 74,00 31/12/2007 80,00

Taxa de ocupação da rede hoteleira

% 48 31/12/2007 52

Posição no ranking ICCA das cidades brasileiras

Posição no ranking

0 31/12/2007 10

Número de eventos com potencial efetivo de geração de fluxo turístico

Unidade 0 31/12/2008 4

FONTE: Prefeitura Municipal de Curitiba, 2010. Elaboração: Ambiens, 2012.

Atualmente compete ao Instituto Municipal de Turismo a aferição periódica da evolução dos indicadores fixados, com a consulta a dados secundários produzidos por entidades representativas dos segmentos envolvidos na execução das metas ou por outros órgãos pertencentes à Administração Pública. Note-se que a ampla maioria dos indicadores de políticas públicas inseridos no PPA corresponde aos “indicadores de resultado”, o que permite a verificação mais direta da causalidade entre o cumprimento das metas propostas e os resultados esperados para o desenvolvimento do turismo.

Em síntese, é possível afirmar que o Instituto Municipal de Turismo possui um eficiente sistema de coleta e tratamento de dados pertinentes às políticas públicas executadas. Carece, todavia, da consolidação de um sistema de monitoramento e avaliação de tais políticas que possibilite o cotejo das informações disponíveis em face do planejamento elaborado para o setor, possibilitando sua permanente revisão e qualificação.

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210 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

2.4.4. Organização e Coordenação do Processo de Planejamento

O planejamento urbano demanda obrigatoriamente, nos marcos legais vigentes, a participação daqueles abarcados pelo campo de ação do espaço planejado. Esta participação deve ocorrer, em primeiro lugar, na definição de objetivos compartilhados pelos sujeitos sociais envolvidos, requerendo, desta forma, a criação de espaços e oportunidades de diálogo e o estabelecimento de processos participativos de leitura da realidade existente. Ainda, a participação deve ocorrer na definição dos meios e métodos para realização dos objetivos definidos.

Os processos participativos de planejamento procuram garantir que (i) os diferentes grupos e classes sociais tenham real condição de defesa dos seus interesses específicos e (ii) todos que venham a participar se comprometam com o processo estabelecido sendo corresponsáveis sobre suas definições e resultados. É necessário estabelecer não apenas um diálogo entre diversas disciplinas, mas também um diálogo entre o saber técnico e o saber popular. Esta proposta de planejamento reconhece a população como sujeito de sua própria história, e não apenas como objetos da ação técnica. A população é considerada capaz, portanto, de sistematizar o saber e contribuir para o entendimento de sua realidade.

Sob tal perspectiva, insere-se o planejamento turístico, constituído com a finalidade de "ordenar as ações humanas sobre uma localidade, bem como direcionar a construção de equipamentos e facilidades, de forma adequada, evitando efeitos negativos nos recursos que possam destruir ou afetar sua atratividade." (RUSCHMANN; WIDEMER, 2001). Caracteriza-se, portanto, como instrumento primordial à atividade turística, possibilitando o diagnóstico de fragilidades e potencialidades; a seleção de prioridades e o estabelecimento de ações possíveis para obtenção de melhores resultados tanto ao desempenho do setor quanto ao desenvolvimento local.

Diante disso, o intuito desta avaliação é qualificar o planejamento turístico municipal, a partir do aperfeiçoamento na utilização de seus instrumentos específicos e da articulação com os demais planejamentos setoriais do município. Com tal escopo, foram explorados nesta análise: i) os processos de elaboração de diagnósticos e análise de cenários do desenvolvimento turístico; ii) a utilização de instrumentos específicos de planejamento turístico; iii) a coordenação intersetorial dos instrumentos de planejamento turístico.

2.4.4.1 Processos de elaboração de diagnósticos e análises de cenários do desenvolvimento turístico

Conforme já explicitado, os processos de planejamento turístico no Município de Curitiba foram realizados fundamentalmente com base nas prioridades e conteúdos elencados no Plano de Governo e, posteriormente, consolidados no Contrato de Gestão elaborado pela Administração Pública Municipal.

Todavia, mesmo diante da inexistência de um Plano de Turismo sistematizado, é possível notar a existência de instrumentos que contribuem para o planejamento turístico. A este respeito, dentre os instrumentos que contribuem para analisar os "processos de elaboração de diagnósticos e análises de cenários do desenvolvimento turístico" serão considerados para efeitos desta leitura os (i) estudos e documentos voltados para o turismo, representados pelo Inventário Turístico Municipal (2010) e pelas pesquisas de demanda turística realizadas anualmente pelo Instituto Municipal de Turismo; e (ii) os estudos e instrumentos de planejamento municipal que abordam questões vinculadas ao

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211 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

desenvolvimento do turismo, com destaque para o Plano Diretor Municipal (2004) e o Plano Plurianual - PPA (2009-2012).

2.4.4.1.1. Estudos e documentos voltados para o turismo

Inventário Turístico Municipal

O Inventário Turístico Municipal corresponde a relação e descrição dos bens de valor paisagístico, ecológico, histórico, cultural e socioeconômico, bem como de serviços, equipamentos e infraestrutura básica e de apoio agregados, com a finalidade de determinar o potencial turístico efetivo e/ou futuro do município ou de uma dada região do município. Portanto, o inventário inclui:

• O estudo de todos os possíveis atrativos naturais e culturais capazes de atrair fluxos de visitantes;

• O estudo de todos os equipamentos e serviços relacionados ao transporte, hospedagem, alimentação e entretenimento de quem visita a localidade.

De acordo com o Ministério do Turismo, o denominado "Inventário de Oferta Turística" cumpre a finalidade de servir como instrumento de consolidação as informações para fins de planejamento e gestão da atividade turística.125 Com esta perspectiva, desenvolveu-se o INVITUR (Sistema de Inventariação da Oferta Turística), visando à construção de um banco de dados de abrangência nacional forjado em proposta metodológica única a ser adotada por todas as unidades da federação.

Em Curitiba, o Inventário Turístico Municipal foi elaborado no ano de 2010 e agrega informações sobre a caracterização do município; atrativos turísticos; classificação dos equipamentos e serviços turísticos e classificação da infraestrutura de apoio turístico. Trata-se de documento com dados e informações recentes e atualizadas que serve como abundante referencial sobre o setor turístico municipal, faltando-lhe, entretanto, o alinhamento metodológico que permita sua adequação aos parâmetros previstos pelo sistema integrado de informações concebido pelo Ministério do Turismo.

Pesquisas de Demanda Turística

Outro instrumento que contribui para leitura diagnóstica do turismo em Curitiba corresponde às pesquisas de demanda turística realizadas periodicamente pela equipe técnica do Instituto Municipal de Turismo. Além de uma pesquisa geral, executada em três períodos distintos do ano, são também realizadas análises de perfil, opinião e percepção entre moradores e turistas que participam dos eventos e ações previstos no calendário oficial municipal.

Note-se que o CURITIBA TURISMO possui em seu corpo técnico profissionais com formação específica em estatística, o que confere considerável solidez e qualidade nas informações produzidas. Entretanto, como já ressaltado, o entrave reside na interlocução entre a "leitura de realidade existente" subsidiada por tais pesquisas e o processo de elaboração das políticas públicas do setor.

125 Conforme informações do Ministério do Turismo disponíveis em:

http://www.turismo.gov.br/turismo/programas_acoes/regionalizacao_turismo/inventario.html. Acesso em 01/12/2012.

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212 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

2.4.4.1.2. Estudos e instrumentos de planejamento municipal que abordam questões vinculadas ao desenvolvimento do turismo

Plano Diretor Municipal (PDM)

O Plano Diretor Municipal (PDM) vincula a ação dos agentes públicos e privados na construção do desenvolvimento municipal e aponta os seguintes aspectos: (i) definição das diretrizes para o desenvolvimento do município; (ii) integração das ações da administração pública municipal e da sociedade em relação a estas diretrizes; (iii) definição – a partir da proposta de desenvolvimento acordada entre os agentes sociais – das diretrizes de produção, ocupação e uso do espaço que determinaram a função social da cidade e da propriedade; (iv) regulamentação de instrumentos para realização da função social da cidade e da propriedade.

O Plano Diretor de Curitiba encontra-se regulamentado por meio da Lei Ordinária n.º 2828/1966, posteriormente alterada pela Lei n.º 11.226 de 16 de dezembro de 2004 que "dispõe sobre a adequação do Plano Diretor de Curitiba ao Estatuto da Cidade - Lei Federal n.º 10.257/01, para orientação e controle do desenvolvimento integrado do Município." 126

A estrutura de regulamentação e organização da cidade, prevista no Plano Diretor, está diretamente relacionada a uma política de desenvolvimento do turismo local, na medida em que estão estabelecidos princípios, diretrizes gerais e normatizações pertinentes a:

• Estruturação urbana.

• Parcelamento, uso e ocupação do solo.

• Mobilidade urbana e transporte.

• Patrimônio ambiental e cultural.

• Paisagem urbana e uso do espaço público.

• Cultura.

• Esporte e lazer.

• Desenvolvimento econômico.

• Gestão democrática da cidade.

Considerando o teor e abrangência do Plano Diretor, é possível considerá-lo como o norte político, principiológico e jurídico de todo o processo de planejamento público na cidade de Curitiba127. Em consonância com suas disposições devem ser definidos os rumos da administração municipal bem como elaborados os demais programas, estratégias, planos e ações setoriais.

Plano Plurianual (PPA)

O Plano Plurianual corresponde a um importante instrumento de planejamento das ações municipais que define diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as

126 CURITIBA. Lei n.º 11.226 de 16 de dezembro de 2004. 127 "Art. 5º. O processo de planejamento municipal dar-se-á de forma integrada, contínua e permanente, em

conformidade com as diretrizes estabelecidas nesta lei, sob a coordenação e monitoramento do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC". Conforme Lei n° 11.226/2004.

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213 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 128

Entre os objetivos centrais do PPA pode-se citar: i) definição de metas e prioridades da administração bem como dos resultados esperados; ii) organização das ações e serviços em Programas; iii) harmonização dos Programas estabelecidos e da orientação estratégia governamental; iv) conduzir a alocação de recursos nos orçamentos atuais (Leis de Diretrizes Orçamentárias e Leis Orçamentárias Anuais); articular as ações desenvolvidas pela União, Estado e Município; publicizar a aplicação dos recursos e os resultados obtidos.129

O Plano Plurianual em vigor no Município de Curitiba está regulamentado pela Lei n° 13.378, de 11 de dezembro de 2009, e compreende o período entre os anos de 2010 e 2013. Em sua estruturação constitui-se pela divisão em cinco grandes eixos estratégicos que dão sustentação à integralidade das políticas públicas que serão desenvolvidas pelo município, quais sejam:

1. MORAR: Promover a qualidade do espaço urbano;

2. CUIDAR: Promover o desenvolvimento do capital humano e social na busca da justiça social;

3. TRABALHAR: Criar oportunidades e ambientes favoráveis ao desenvolvimento, num enfoque multidimensional;

4. APRENDER: Desenvolver o capital intelectual para além da escolaridade formal, sob a ótica da sociedade do conhecimento;

5. VIVER: Dinamizar a cidade a partir da cultura, do esporte e do lazer, com a finalidade de agregar valor à vida do cidadão na cidade (grifo nosso).

No que tange aos Programas finalísticos previstos pelo PPA, muito embora diversos sejam os eixos que tangenciam a atividade turística, há que se ressaltar especialmente o "Programa de Incentivo ao Turismo", incluído no eixo "Trabalhar", sob a responsabilidade executiva do Instituto Municipal de Turismo.

O Programa tem por objetivo "posicionar Curitiba como destino turístico de qualidade e referência para realização de eventos, visando ao desenvolvimento econômico e cultural da cidade". Para sua realização, prevê a disposição orçamentária de 11.336.000 (onze milhões trezentos e trinta e seis mil) reais, distribuídos nas seguintes ações:

• Implantação e revitalização de equipamentos turísticos;

• Promoção, desenvolvimento e manutenção da Política Municipal de Turismo, visando o fomento das atividades turísticas e de produtos associados.

• Divulgação das ações de governo e de utilidade pública, por meio de campanhas informativas e educativas e outros meios de acesso à população.

• Viabilização de convênios, pela transferência de recursos às entidades privadas, que atuam na área de turismo.

128 Art. 165, § 1º, Constituição Federal: A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,

as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

129 CURITIBA, PR. Plano Plurianual. Disponível em: http://www.ppamunicipal.pr.gov.br/arquivos/File/090205_manual_elaboracao_PPA_municipios.pdf. Acesso em 30/11/2012.

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214 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Note-se que, neste rol de ações previstas no PPA, o maior importe orçamentário incide na promoção e desenvolvimento da Política Municipal de Turismo e na implantação e revitalização de equipamentos turísticos. Ademais, como já demonstrado, as metas estabelecidas para o Programa são monitoradas por meio de indicadores de resultado que permitem a verificação direta do êxito das políticas para o desenvolvimento do turismo.

2.4.4.2 Presença de instrumentos específicos de planejamento turístico

Para além dos instrumentos acima delineados, que contribuem para o planejamento público de maneira geral, o Município de Curitiba possui ainda certos instrumentos específicos ao planejamento turístico e o desenvolvimento da atividade. Nesse quadro, merece destaque o Inventário Turístico Municipal, tratado no item 5.4.1.1 deste documento, e a Política Municipal de Turismo, aprovada nos moldes da Lei n.°14.115, de 17 de outubro de 2012.

Política Municipal de Turismo

A Política Municipal de Turismo tem por escopo geral orientar o desenvolvimento sustentável da atividade turística em âmbito municipal, por meio da realização dos seguintes objetivos 130:

I - orientar a integração e a articulação das ações e atividades turísticas desenvolvidas pelas diversas organizações e entidades do município; II - articular e integralizar ações e atividades turísticas intermunicipais, favorecendo convênios e outros instrumentos de cooperação; III - estabelecer parâmetros para a busca de qualidade turística adequada; IV - fomentar o potencial turístico de forma participativa e sustentável, com base em seu patrimônio cultural, natural e na capacidade empresarial; V - estimular a criação, a consolidação e a difusão dos produtos e destinos turísticos locais e regionais visando à ampliação do fluxo, do tempo de permanência e gasto médio dos turistas nacionais e estrangeiros; VI - apoiar programas estratégicos de capacitação dos atores da cadeia produtiva; VII - apoiar a realização de feiras e exposições, viagens de incentivos, congressos e eventos nacionais e internacionais; VIII - incentivar empreendimentos destinados às atividades de expressão cultural, de animação turística, entretenimento e lazer e de outros atrativos com capacidade de retenção e prolongamento do tempo de permanência do turista; IX - prevenir e combater as atividades turísticas relacionadas aos abusos de natureza sexual e outras que afetem a dignidade humana, respeitadas as competências dos diversos órgãos governamentais envolvidos; X - contribuir para o alcance de política tributária justa e equânime para as diversas entidades componentes da cadeia produtiva do turismo; XI - promover a integração do setor privado como agente complementar de financiamento em infraestrutura e serviços públicos necessários ao desenvolvimento turístico;

130CURITIBA.Lei n° 14.115 de 17 de outubro de 2012. Artigo 3°

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XII - fomentar a sistematização e o intercâmbio de dados estatísticos e informações relativas às atividades dos empreendimentos turísticos instalados no município e região, integrando as universidades e os institutos de pesquisa na análise desses dados, na busca da melhoria da qualidade e credibilidade dos relatórios estatísticos sobre o setor turístico; XIII - fomentar a produção associada ao turismo.

A organização da política municipal corresponde a um marco jurídico pioneiro dirigido especialmente à criação de diretrizes e bases principiológicas que balizem a condução das atividades turísticas em Curitiba, promovendo a gestão compartilhada entre o poder público, iniciativa privada e sociedade civil organizada.

Como instrumentos para execução de seus objetivos elencam-se: i) o Conselho Municipal de Turismo - COMTUR; ii) o Plano Municipal de Turismo; iii) as normas e parâmetros de qualidade vigentes, o zoneamento, os planos de manejo, os relatórios de avaliação e impacto turístico, análise de risco e capacidade de carga; iv) os incentivos à criação ou absorção de tecnologia e inovação para melhoria da qualidade turística; v) os incentivos para ampliação, qualificação e promoção da oferta turística municipal disponíveis em âmbitos internacional, nacional, estadual e municipal; vi) as pesquisas estatísticas disponibilizadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal e por outras organizações que têm impacto no setor; vii) a legislação vigente nos âmbitos nacional, estadual e municipal, bem como políticas nacionais e estaduais que tenham impacto no desenvolvimento do turismo no município e garantam sua sustentabilidade.131

Um aspecto relevante a ser ressaltado, diz respeito à participação dos Conselheiros Municipais de Turismo na elaboração e acompanhamento do processo da Política Municipal, corroborando com o entendimento da absoluta imprescindibilidade dos processos participativos como uma forma de legitimação de todas as políticas que venham a ser elaboradas pelo poder público 132.

2.4.4.3 Coordenação intersetorial dos instrumentos de planejamento turístico

De acordo com o Plano Diretor Municipal, compete ao Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba – IPPUC a coordenação e monitoramento do processo de planejamento municipal, que deve ocorrer de forma integrada, contínua e permanente133.

Nesse sentido, a coordenação intersetorial dos instrumentos de planejamento municipal, incluindo-se projetos, programas e políticas setoriais fica ao cargo do IPPUC, órgão com a responsabilidade de articular, fortalecer e conferir organicidade ao planejamento e às políticas públicas elaboradas para a integralidade da cidade.

Frise-se, todavia, que a competência legal do IPPUC refere-se à coordenação dos processos de planejamento e não à sua elaboração direta. Para o atingimento de resultados satisfatórios em tais processos é fundamental a participação orgânica dos demais órgãos que pertencem à administração pública municipal e possuem afinidade temática com o planejamento setorial em desenvolvimento.

131CURITIBA. Lei n° 14.115 de 17 de outubro de 2012, Art. 5º. 132CURITIBA, Instituto Municipal de Turismo/CTUR. Subsídios para o Plano Municipal de Turismo - 2013/2016,

divulgado em 2012. 133CURITIBA. Lei 11.226/2004, Art. 5º.

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Esta observação contribui para a análise em tela, na medida em que o Instituto Municipal de Turismo deve, necessariamente, protagonizar a elaboração do planejamento turístico municipal, cabendo ao IPPUC à responsabilidade de integrar os instrumentos de planejamento turístico em face às demais políticas urbanas.

2.4.5. Legislação

Com o intuito de qualificar a estrutura organizacional e operacionalizar a gestão turística do município de Curitiba, realizou-se a revisão do instrumental legislativo e institucional atualmente em vigência junto à administração pública municipal e sua redefinição para melhor consecução das modificações necessárias para realização deste fim.

Para tanto, foram inventariadas as principais leis que compõem o arcabouço legal pertinente às áreas urbanística e ambiental, e também o repertório legislativo que ordena o exercício das atividades relacionadas ao turismo no âmbito do município. A análise sistemática do conjunto legislativo considerou os seguintes indicadores: i) existência de legislação urbanística, ambiental e turística; ii) compatibilidade entre o conteúdo das normas e diplomas legais e os objetivos propostos para o desenvolvimento turístico.

A partir desta leitura, tornou-se possível localizar aspectos que já se encontram consolidados legalmente e que podem ser mais bem explorados na gestão pública e, outros, que precisam ser redefinidos sob a ótica legislativa e institucional para a melhor adequação aos objetivos almejados.

2.4.5.1 Legislação Urbanística

2.4.5.1.1. Plano Diretor

O Plano Diretor do Município de Curitiba foi instituído pela Lei Ordinária n.º 2.828 de 10 de agosto de 1966 e, posteriormente, adequado às diretrizes previstas pelo Estatuto da Cidade (Lei Federal n° 10.257/01) por meio da Lei Ordinária n° 1.1266 de 16 de dezembro de 2004. Anteriormente mencionado no item referente ao processo de planejamento turístico, retoma-se agora o texto legal com vistas à verificação de conteúdo e ao diagnóstico de compatibilidades e fragilidades para atividade turística.

Em relação ao conteúdo normatizado, o Plano reafirma os princípios estabelecidos na Constituição Federal de 1988 e no Estatuto da Cidade, realizando as matizações necessárias diante das particularidades municipais. É preciso notar que a plena realização dos mecanismos previstos no Plano carece de regulamentações e políticas específicas, ainda não integralmente realizadas.

Especial destaque recai sobre as disposições existentes acerca do controle do uso e ocupação do solo, matéria que recebeu alteração pelo Plano Diretor Municipal, com a ampliação dos parâmetros de ocupação e a diversificação das funções do uso do solo (nos moldes definidos pela Lei n.º 9.800/2000). Ainda assim, manteve-se a configuração urbana estrutural de Curitiba calcada em eixos sobre os quais convergem a ocupação do solo, o sistema viário e o transporte coletivo municipal.

No que diz respeito às determinações contidas na Lei n.º11.266/2004 que repercutem mais diretamente no desenvolvimento das atividades turísticas, salienta-se os instrumentos e princípios da política urbanístico-ambiental (Título III) e os objetivos e parâmetros fixados para a área de desenvolvimento econômico do município (Título IV, Cap.II).

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Nesse sentido, o Plano Diretor remete à regulamentação da Paisagem Urbana e do Uso do Espaço Público, compreendendo-se aquela como "a configuração visual da cidade e seus componentes, resultante da interação entre os elementos naturais, edificados, históricos e culturais". 134 Trata-se, evidentemente, de conceito da maior importância à atividade turística porquanto intimamente relacionado à qualidade dos atrativos tanto naturais quanto culturais e, consequente, do fortalecimento da oferta de produtos turísticos em sua integralidade.

São diretrizes gerais da política de paisagem urbana, prevista no Art. 22 da referida Lei do Plano Diretor Municipal 135:

Art. 22. [...]

I - implementar os instrumentos técnicos, institucionais e legais de gestão da paisagem urbana;

II - promover o ordenamento dos componentes públicos e privados da

paisagem urbana, assegurando o equilíbrio visual entre os diversos elementos que a constituem;

III - favorecer a preservação do patrimônio cultural e ambiental urbano;

IV - promover a participação da comunidade na identificação, valorização,

preservação e conservação dos elementos significativos da paisagem urbana;

V - proteger os elementos naturais, culturais e paisagísticos, permitindo a

visualização do panorama e a manutenção da paisagem em que estão inseridos;

VI - conscientizar a população a respeito da valorização da paisagem

urbana como fator de melhoria da qualidade de vida, por meio de programas de educação ambiental e cultural;

VII - consolidar e promover a identidade visual do mobiliário urbano,

equipamentos e serviços municipais, definindo, padronizando e racionalizando os padrões para sua melhor identificação, com ênfase na funcionalidade e na integração com a paisagem urbana.

No âmbito da Política Social e Econômica e mais especificadamente no que tange a política municipal de desenvolvimento econômico (Art. 44) prescreve-se o "compromisso com a contínua melhoria da qualidade de vida da população e com o bem estar da sociedade, com base nos princípios de sustentabilidade e de desenvolvimento local e endógeno (...)." 136 Trata-se de componente fundamental às condições de possibilidade de posicionamento do Município de Curitiba como um destino turístico sustentável e competitivo em nível nacional e internacional.

Dentre os objetivos elencados ao desenvolvimento econômico frise-se o aumento da competitividade regional (Art. 44, I); a consolidação da posição do Município como "Centro de Referência em Negócios" (Art.44, IV); e o aperfeiçoamento contínuo do modelo adotado a partir da perspectiva sistêmica, considerando os desafios do crescimento econômico, a equidade social e o respeito ao meio ambiente (Art. 44, VII).

134CURITIBA. Lei 11.226/2004, art. 21. 135CURITIBA. Lei 11.226/2004, art. 22. 136CURITIBA. Lei 11.226/2004, art. 44.

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Finalmente, as diretrizes gerais que devem nortear os programas, projetos e ações nesta área temática abrangem a promoção da infraestrutura necessária e adequada não apenas ao desenvolvimento econômico e social, mas também turístico da Cidade (Art. 45, V).

2.4.5.1.2. Patrimônio arquitetônico, histórico e cultural do Município de Curitiba

Os incentivos à preservação de imóveis de valor cultural, histórico ou arquitetônico da cidade de Curitiba encontram-se regulamentados na Lei municipal n.º 6.337/1982 e no Decreto n.º 380/1993, que versa sobre as unidades de interesse especial de preservação - UIEP.

Com a finalidade de contribuir à política de conservação, manutenção e restauração destes imóveis, o poder público municipal estabeleceu duas ordens de incentivos aos respectivos proprietários: (i) isenção fiscal imobiliária, prevista no Art. 52, II, alínea b, da Lei n.º 6.202, de 17 de dezembro de 1980 (ii) incentivos construtivos, fixado no Art. 1° da Lei n° 6.337/1982 e no Decreto n.º 380/1993.

Em relação a esta última modalidade, a legislação prevê o incentivo construtivo ao proprietário de imóvel de valor cultural, histórico ou arquitetônico que se comprometa formalmente a preservá-lo. Em tais hipóteses, o poder público municipal poderá conceder a autorização para erigir construção acima dos limites previstos pela legislação em vigor. Prevê o instrumento legal, que tal operação ocorra no próprio terreno em que se encontre a unidade histórica ou por meio da transferência do potencial construtivo para outro imóvel, com a interveniência da Prefeitura Municipal. 137

No mesmo sentido de fortalecimento da política de preservação do patrimônio edificado, o Decreto n.º 380/1993 institui as Unidades de Interesse Especial de Preservação - UIEPs - a ser definidas pela Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural - CAPC. A particularidade no incentivo construtivo destinado aos proprietários destas unidades reside na vinculação necessária entre a venda das cotas de potencial construtivo concedido e a restauração dos imóveis que lhes deram origem.

Recentemente, a Prefeitura Municipal de Curitiba ampliou os instrumentos de incentivo com a promulgação da Lei complementar n.°74 de 16 de dezembro de 2009, destinada à qualificação da atratividade turística e ao desenvolvimento econômico da área do entorno do Paço Municipal. A proposição legal incluiu a redução do IPTU para as Unidades de Interesse Especial de Preservação e a diminuição proporcional ao grau de intervenção e ocupação para os demais imóveis da região. Além disso, previu-se também a redução de ISS para os estabelecimentos comerciais ali fixados e a utilização de instrumentos de fomento a novos negócios que venham se instalar nas ruas Riachuelo, São Francisco e Barão do Cerro Azul 138.

Ante o exposto, pode-se concluir que Curitiba possui instrumentos legislativos ordenados à proteção do patrimônio municipal bem como procedimentos administrativos preestabelecidos que viabilizariam sua operacionalização. Entretanto, como já afirmado no item dedicado ao "Estado e uso atual do patrimônio cultural", tal arcabouço normativo não tem sido capaz de frear significativas perdas no patrimônio histórico e cultural da cidade. Uma das razões que explicam esta fragilidade refere-se a identificação de certo

137CURITIBA. Lei n° 6.337/1982. Art. 2° ao Art. 4°. 138Este instrumento de incentivo insere-se no contexto do projeto de revitalização das ruas São Francisco e

Riachuelo, realizado pela Prefeitura Municipal de Curitiba.

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estranhamento e ambiguidade entre a política de preservação do patrimônio e as demais estratégias traçadas para o desenvolvimento urbano em âmbito municipal.

2.4.5.1.3. Regulamentação de eventos de grande porte no município de Curitiba

Outro marco legal pertinente à atividade turística em Curitiba corresponde à Lei n.º 10.906, de 18 de dezembro de 2003, regulamentada pelo Decreto n° 207/2004, que "dispõe sobre a promoção e realização de eventos de grande porte no Município de Curitiba". Condicionam-se a tal normatização todos os eventos de grande porte, com ou sem finalidade lucrativa, realizados em espaços públicos ou privados em âmbito municipal.

Para este fim, são considerados eventos de grande porte "todo e qualquer evento de natureza artística, cultural, promocional, religiosa, esportiva e outros assemelhados", que compreendam um público igual ou superior a 1000 (mil) pessoas em local fechado ou 2.000 (duas mil) pessoas em local aberto e delimitado fisicamente. 139

Nesse contexto, para que qualquer evento de grande porte possa ser realizado no Município de Curitiba, deve ser submetido à Comissão Permanente de Análise de Eventos de Grande Porte (CAGE), vinculada à Secretaria Municipal de Urbanismo. A composição desta Comissão abrange representantes de diversas Secretarias Municipais (Secretaria Municipal de Urbanismo; Secretaria Municipal de Finanças; Secretaria Municipal de Saúde; Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Secretaria Municipal de Defesa Social), além de membros Procuradoria Geral do Município; Urbanização de Curitiba S/A; vereadores da Câmara Municipal de Curitiba; Associação de Promotores de Eventos; Associação dos Consumidores ou frequentadores de eventos e a Fundação Cultural de Curitiba. Ao lado destas representações, também a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros têm sido convidados a participar.

Note-se que o Instituto Municipal de Turismo, embora possua evidente afinidade temática, não participa da CAGE e consequentemente não influencia os processos de averiguação e decisão sobre os eventos realizados no Município de Curitiba. Esta constatação revela, como já afirmamos anteriormente, um déficit de competência institucional do CURITIBA TURISMO em relação às políticas públicas e procedimentos administrativos cujos conteúdos sejam de interesse turístico municipal.

2.4.5.2 Legislação Ambiental

2.4.5.2.1. Política Municipal do Meio Ambiente

Em que pese seja vasto o rol legislativo pertinente à regulação jurídica da área ambiental, interessa primordialmente para o propósito deste diagnóstico a análise da Política Municipal do Meio Ambiente, instituída pela Lei n.°7.833 de 19 de dezembro de 1991.

O escopo deste instrumento legislativo incide sobre a política de proteção, conservação e recuperação do meio ambiente em âmbito municipal, de forma integrada às políticas ambientais elaboradas nacional e estadualmente bem como às demais políticas setoriais e ações do governo (Art.2°, III).

A integração entre a política ambiental e ações que influenciam no desenvolvimento do turismo sustentável no Município de Curitiba é evidenciada, principalmente, nas ações

139CURITIBA. Lei n.º 10906/2003, artigo 2°.

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estabelecidas pela legislação, em consonância com o Art. 30 da Constituição Federal, voltadas à promoção do meio ambiente equilibrado e à proteção do patrimônio histórico-cultural local. Nesse sentido:

Art. 3.° - Para o cumprimento do disposto no Art. 30 da Constituição Federal, no que concerne ao meio ambiente, considera-se como de interesse local: (...) - a adequação das atividades e ações do Poder Público, econômicas, sociais e urbanas, às imposições do equilíbrio ambiental e dos ecossistemas naturais; - a adoção, no processo de planejamento da Cidade, de normas relativas ao desenvolvimento urbano que levem em conta a proteção ambiental, a utilização adequada do espaço territorial, dos recursos hídricos e minerais mediante uma criteriosa definição do uso e ocupação do solo; - a ação na defesa e proteção ambiental no âmbito da Região Metropolitana e dos demais Municípios vizinhos, mediante convênios e consórcios; (...) - a garantia de crescentes níveis de saúde ambiental da coletividade e dos indivíduos, através de provimento de infraestrutura sanitária e de condições de salubridade das edificações, vias e logradouros públicos; -a proteção do patrimônio artístico, histórico, estético, arqueológico, paleontológico e paisagístico do Município; (...)

Compete à Secretaria Municipal do Meio Ambiente a implantação dos instrumentos fixados em lei, sendo-lhe atribuído o dever de planejamento operacional, execução, monitoramento e fiscalização da política de preservação e proteção ambiental do Município. Desta forma, e em consonância com as disposições da Lei n.º 7671/1991, grande parte do conjunto de atrativos turísticos municipais - como parques, praças, áreas de lazer, zoológico - têm sua manutenção, conservação e fiscalização a cargo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, nos limites e parâmetros fixados em lei. Diante disso, reafirma-se a importância de uma gestão compartilhada dos espaços de interesse turístico, que inclua o Instituto Municipal de Turismo na elaboração das políticas e na tomada de decisões.

2.4.5.3 Legislação Turística

2.4.5.3.1. Política Municipal de Turismo

O Município de Curitiba possui abundante e consolidada legislação voltada ao ordenamento territorial, urbanístico, ambiental e cultural, que repercute diretamente no desenvolvimento das atividades turísticas. Todavia, o instrumental legislativo dirigido especificadamente à regulação do Turismo restringe-se à Lei n°14.115/2012, referente à Política Municipal de Turismo.

Conforme já abordado no item anterior, tal normatização objetiva orientar o desenvolvimento sustentável do turismo no município, estabelecendo, para tanto, o arcabouço principiológico que deve nortear todas as políticas, ações e projetos da área turística em Curitiba 140, a saber:

I - Visão Sistêmica - multidisciplinaridade - promovendo um ambiente que propicie uma abordagem integrada do desenvolvimento do turismo; II - Sustentabilidade - buscando equidade social, eficiência econômica, diversidade cultural, proteção e conservação do meio ambiente que permita

140CURITIBA, Lei 14.115/2012, artigo 4°.

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uma melhor qualidade de vida aos atores envolvidos na atividade direta e indiretamente; III - Parcerias - promovendo articulação e gestão compartilhada, envolvendo os setores públicos, privado e sociedade civil organizada estabelecendo um processo de sinergia para alcançar objetivos comuns; IV - Qualidade - desenvolvendo práticas que objetivem padrões de qualidade da oferta turística; V - Inclusão Social - possibilitando que um maior número de pessoas tenha acesso ao turismo, tanto à sua prática como também se beneficiando dos seus resultados diretos, reduzindo desigualdades e promovendo oportunidades de geração de emprego e renda; VI - Competitividade - promovendo uma melhor relação entre a segmentação da demanda estabelecida e a diversificação e especialização da oferta disponibilizada, primando pela qualidade dos produtos turísticos e por uma infraestrutura compatível; VII - Mobilização - articulando os atores locais no processo de desenvolvimento, tornando-os agentes ativos na busca dos objetivos comuns; VIII - Inovação - buscando permanentemente elementos transformadores para atender necessidades, criar soluções, agregar valor e incorporar benefícios aos serviços e atividades turísticas.

A efetivação destes princípios é articulada na lei por meio dos instrumentos da Política Municipal de Turismo, previstos em seu Art. 5°, e integrada ao conteúdo normativo previsto na Política de Turismo do Paraná, formalizada na Lei n°15973, de 13 de novembro de 2008. Nesse rol de instrumentos merece destaque o Conselho Municipal de Turismo - COMTUR e o Plano Municipal de Turismo, este último ainda em fase de elaboração sob a coordenação do Instituto Municipal de Turismo.

Os objetivos fixados pela Política consistem, fundamentalmente, no desenvolvimento da atividade turística em sua integralidade, por meio do compartilhamento de responsabilidades entre o poder público e instituições privadas e o incentivo à diversificação de empreendimentos e ações que qualifiquem a oferta dos produtos turísticos curitibanos. Tratam-se, todavia, de normas com conteúdo programático que necessitam de posterior regulamentação ou operacionalização em programas e ações específicos para efetivação dos fins a que se propõem.

Diante do exposto, reforça-se a importância da instituição de um marco regulatório para o turismo em âmbito municipal, com a ressalva de que o impacto na realidade turística resta condicionado à incorporação de seu conteúdo nas políticas públicas e regulamentações complementares que vierem a ser elaboradas para o setor.

2.4.6. Quadro de Incentivos

A análise do quadro de incentivos para o desenvolvimento de atividades turísticas no Município de Curitiba tem por objetivo diagnosticar e sistematizar os instrumentos de incentivos fiscais existentes, aperfeiçoando tais mecanismos com vistas ao fomento dos investimentos pela iniciativa privada e a consequente ampliação e fortalecimento do setor. Com tal intuito, foram considerados os seguintes aspectos: i) existência e caracterização

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das vantagens para constiuição de empresas na atividade turística; ii) condições de acesso a financiamento de curto e longo prazo; iii) existência e clareza da política de incentivos; e iv) grau de modernização dos processos de lançamento, arrecadação e cobrança dos créditos tributários e controle da tributação.

O fortalecimento do turismo como uma atividade capaz de impulsionar o desenvolvimento local, gerando emprego e renda, está diretamente vinculado à solidez das estratégias, ações de planejamento e gestão que sejam capazes de articular o poder público e a iniciativa privada. É nesse contexto que se inserem as possibilidades de incentivos para a atração de investimentos nacionais e internacionais da iniciativa privada para o setor turístico, congregando políticas e ações que repercutam em facilidades fiscais, tecnológicas, de acesso ao crédito, dentre outras. É preciso advertir, entretanto, que a política de incentivos não deve ser compreendida como a mera transferência de recursos públicos à iniciativa privada. Ao contrário, refere-se a um mecanismo de articulação entre as ações de fomento promovidas pelo poder público e a necessária contrapartida dos particulares, almejando o desenvolvimento do setor e o interesse da coletividade.

O Plano Nacional de Turismo estabelece como um de seus macroprogramas o fomento à iniciativa privada, subdividindo-o em "Programa de Atração de Investimentos" e "Programa de Financiamento para o Turismo". O núcleo central da estruturação do macroprograma está na articulação entre empreendedores da atividade turística; instituições que compõem o sistema financeiro e o poder público, com vistas ao estabelecimento de acesso facilitado ao crédito, diversificação das linhas de financiamento, captação de investimentos e desoneração da cadeia produtiva turística 141.

Dentre os objetivos fixados pelo Plano Nacional como diretrizes que devem nortear as políticas de incentivo, destacam-se 142:

• Ampliar e melhorar a oferta de equipamentos e serviços turísticos em todo o país.

• Incentivar a micro, pequena e média empresa, facilitando o acesso ao crédito.

• Gerar novos postos de trabalho por meio da ampliação e diversificação dos equipamentos turísticos.

• Fortalecer o mercado interno por meio do financiamento ao consumidor final.

• Gerar divisas, promovendo a captação de investidores para o Brasil.

• Captar investidores para projetos localizados em regiões potenciais remotas, ainda não desenvolvidas.

• Divulgar as oportunidades de investimentos no turismo, sensibilizando os potenciais investidores para o desenvolvimento da atividade no País.

No Município de Curitiba não há uma política ou um programa específico consolidado e destinado ao estabelecimento sistemático de incentivos para atração de investimentos no setor turístico nem tampouco vantagens conferidas aos empresários que atuam particularmente nesta atividade. Ainda assim, existem certos mecanismos regulamentados pela legislação competente que concedem a redução total ou parcial de alguns tributos municipais a certas atividades empresariais e de oferta de serviços, com razoável impacto na atividade turística local.

141 BRASIL. Ministério do Turismo. Plano Nacional de Turismo, p.70. 142 Idem, p.71.

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223 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

O conjunto destes instrumentos encontra-se sistematizado no seguinte quadro-síntese:

QUADRO 14 - INCENTIVOS FISCAIS MUNICIPAIS

REGULAMENTAÇÃO OBJETO DO INCENTIVO NATUREZA DO

INCENTIVO

Lei Complementar n.º 22/1998

Oferece às empresas que se instalarem no Parque de Software isenção do ITBI, isenção por dez anos para o IPTU, taxas pelo exercício do poder de polícia, contribuição de melhoria e redução do pagamento do ISS para 2%.

Fiscal: ITBI, IPTU e ISS

Lei Complementar n.º39/2001

ISS Tecnológico – Redução do ISS para empresas estabelecidas há mais de dois anos no Município, para ser aplicado em despesas específicas. Fiscal :ISS

Lei Complementar n.º58/2005

Estende o benefício de redução do ISS para 2% para as seguintes atividades: 1. Arrendamento Mercantil (leasing). 2. Serviços para destinatários no exterior. 3. Operadoras de plano de assistência à saúde e cooperativas de serviços. 4. Escolas do ensino fundamental, educação pré-escolar, educação média de formação geral e ensino. 5. Atividades de unidade de central de atendimento (Call Centers) e de assistência técnica remota.

Fiscal: ISS

Lei Complementar n.º 64/2007

Curitiba Tecnoparque – trata-se de incentivo às empresas de base tecnológica e instituições de ciência e tecnologia. Possibilita a redução da alíquota do ISS para 2%, isenção do ITBI, isenção por dez anos do IPTU, taxas de serviços e pelo poder de polícia, contribuição de melhoria, redução de 50% (cinquenta por cento) do IPTU, incidente, pelo prazo de 5 (cinco) anos, sobre o imóvel locado a contar do exercício posterior à data de locação. As atividades a serem beneficiados por esse incentivo são: I. Fabricação e Serviços em Sistemas de Telecomunicações. II. Fabricação de Equipamentos e Serviços de Informática. III. Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológicos. IV. Design. V. Laboratórios de Ensaios e Testes de Qualidade. VI. Instrumentos de Precisão e de Automação Industrial. VII. Biotecnologia, Nanotecnologia, Novos Materiais, tecnologias em Saúde

e em Meio Ambiente. VIII. Outros setores produtivos, quando baseados em atividades

tecnológicas.

Fiscal: ISS, ITBI, IPTU

Lei Complementar nº 69/2008

Curitiba Tecnoparque: Estende os benefícios às empresas dos setores estratégicos de alta tecnologia especificados para o Tecnoparque que, na data da assinatura da Lei Complementar nº 64/2007, possuíssem centro ativo de pesquisa, desenvolvimento e inovação independentemente do local da cidade em que estejam instalados. O incentivo prevê a redução da alíquota do ISS para 2%.

Fiscal: ISS

Lei Complementar n.° 66/2007

Reduz a alíquota do ISS de 5% para 2% para as prestadoras de serviços de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica (incluindo sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos, excetuando o fornecimento de mercadorias produzidas pelos prestadores de serviço fora do local da prestação, sujeito ao ICMS). A reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes e congêneres também fazem parte desse incentivo, assim como fornecimento de mão de obra, estes últimos quando optarem pelo regime simplificado.

Fiscal: ISS

Lei Complementar nº 67/2008:

Reduz a alíquota do ISS de 5% para 3% para serviços de corretagem, perícias e avaliação de seguros.

Fiscal: ISS

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224 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Lei Complementar nº 74/2010

Concede incentivos fiscais para a dinamização do entorno do Paço Municipal assim como para recuperação e conservação de edificações, para imóveis e atividades na área delimitada. Os incentivos fiscais compreendem a isenção total ou parcial dos seguintes tributos no período de 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2019:

I - Imposto Sobre Serviços (ISS) de natureza fixa. I - Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). III - Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Atos Intervivos (ITBI). IV - Taxas de Licença para Execução de Obras e de Vistoria de Conclusão de Obras.

Fiscal: ISS, IPTU, ITBI, Taxas.

Lei Complementar nº 76/2010

Estende o benefício de redução do ISS para 2,5% para as seguintes atividades:

I. Limpeza, conservação, vigilância. II. Agenciamento, corretagem e intermediação de seguros. III. Representação comercial. IV. Composição gráfica. V. Recauchutagem de pneus.

Fiscal: ISS

FONTE: Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A. Sistematizado por Ambiens, 2012.

Da leitura destas informações percebe-se que os incentivos atualmente disponíveis para a fixação de empreendimentos no Município de Curitiba possuem natureza essencialmente fiscal, com foco na redução do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS); Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Atos Intervivos (ITBI), dentre outros tributos de menor expressividade. Em relação ao público beneficiado, destacam-se as empresas que atuam no setor tecnológico; setor de serviços e, excepcionalmente, proprietários de imóveis e comerciantes cujo estabelecimento esteja situado na área de interesse de revitalização.

Para além destes incentivos, outro programa de relevante interesse à atividade empresária no município, desenvolvido pela Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A, recebe o nome de "Profissão Empresário", e tem por escopo fornecer apoio, simplificado e com baixo custo, aos micro e pequenos empresários que almejam a regularização jurídica e administrativa de suas atividades junto aos órgãos competentes. Os serviços obtidos junto ao programa abrangem, por exemplo, a abertura e liberação de alvarás, registro e alterações contratuais de empresas, e outras situações similares (CURITIBA, 2008, p. 86).

Pode-se citar também o Programa "Curitiba Exporta" destinado a "disseminar a cultura exportadora, através da identificação, estímulo, capacitação, assessoramento e acompanhamento de potenciais exportadores" pela articulação entre o poder público municipal e uma rede de entidades parceiras vinculadas ao comércio exterior e a qualificação da atividade empresarial de maneira ampla (CURITIBA, 2008, p. 86).

Além destes programas em andamento, Curitiba ainda possui outras iniciativas voltadas ao desenvolvimento econômico e empresarial como o projeto de capacitação "Bom Negócio"; o "Parque de Software" de Curitiba; e o programa "Parque de Incubadoras Empresariais", dirigido ao segmento industrial e de serviços voltados à área industrial (CURITIBA, 2008, p. 102).

Em relação às condições de acesso a financiamento e crédito para empreendimentos vinculados à atividade turística não há qualquer linha especial desenvolvida em âmbito municipal com esta finalidade. De igual maneira, não existe Fundo Municipal de Turismo constituído e regulamentado.

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Entretanto, a Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A disponibiliza um programa de concessão de microcrédito dirigido ao público que já desenvolve uma atividade empreendedora - seja ela formal ou informal - e que não possui nenhum acesso ao sistema de financiamento tradicional. Incluem-se como beneficiários deste programa artesãos, prestadores de serviços, microempreendedores familiares, que desejem modificar, diversificar ou qualificar sua área de atuação a partir de um baixo investimento (CURITIBA, 2008, p. 84). Os financiamentos oferecidos variam entre R$ 300 e R$ 10 mil reais para pessoas físicas ou jurídicas, com taxa de juros praticada ao valor de 1% ao mês e possibilidade de parcelamento em até 24 meses.

Um aspecto positivo relacionado ao fomento e incentivos no Município de Curitiba diz respeito à eficiência da gestão tributária e as características de modernização e qualidade tecnológica que lhe competem. A consulta aos dados pertinentes à execução orçamentária e gestão fiscal municipal encontra-se disponível no site institucional da administração, com informações atualizadas bimestralmente, nos moldes previstos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei n.º 101/2000).

Diante da leitura realizada, pode-se concluir que o Município de Curitiba possui qualificada gestão tributária além de diversos programas de incentivo ao empreendedorismo em âmbito municipal. Todavia, permanece a demanda de estruturação, regulação e implantação de políticas de fomento e crédito dirigidas aos segmentos que compõem a cadeia produtiva do turismo, consideradas suas especificidades.

2.5. ANÁLISE DOS ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS DA ÁREA TURÍSTICA

O olhar sobre o meio ambiente em Curitiba intensificou-se no final do século XVIII e início do XIX. As preocupações com as áreas verdes no espaço urbano ganharam força e começaram a surgir as primeiras ações da administração municipal no sentido de buscar a melhoria e qualificação desses espaços. Tal atuação apresenta uma vinculação quase que constante com o planejamento urbano municipal, principalmente aliado a drenagem. Este processo de qualificação dos espaços urbanos, com a delimitação de áreas verdes protegidas, rendeu à Curitiba na década de 1990 o título de Capital Ecológica do país. Entretanto, juntamente com a demarcação de áreas verdes houve também a expansão urbana/metropolitana da Capital que não ocorreu na mesma proporção do planejamento e implantação de infraestrutura, gerando assim vários impactos sobre o ambiente natural. O detalhamento desta relação entre a gestão (planejamento) do ambiente urbano com impactos positivos e negativos do processo será analisado na sequência, assim como a influência para/pela a atividade turística.

2.5.1. Identificação e Avaliação dos Impactos no Meio Ambiente que já Tenham Sido Causados por Atividades Turísticas

A dinâmica ambiental da AT nos últimos anos tem passado por modificações positivas pela ampliação das áreas verdes, implantação de programas de qualificação ambiental e monitoramento da qualidade de recursos naturais como ar e água. De outro modo, também afetada negativamente pela expansão urbano-metropolitana, a qual acontece de forma acelerada e não é acompanhada em igual proporção pelos investimentos em planejamento e infraestruturação. A área urbana municipal concebida enquanto um espaço único, que consiste na transformação ambiental de áreas naturais para áreas construídas, carrega

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consigo o acumulo de resíduos, a diminuição significativa da permeabilidade do solo, as modificações na qualidade do ar, transformações na paisagem, modificações nos leitos dos rios, entre outros. Desta forma, cabe ressaltar que na análise de uma área urbana deste porte e com as características da AT não é possível separar claramente o que é impacto causado pela transformação do ambiente de forma geral e aqueles que estão estritamente vinculados a atividade turística.

Como indicadores, para a presente análise, trabalhou-se com a avaliação: (i) dos impactos no meio ambiente causados por atividades turísticas; (ii) das áreas degradadas, suscetíveis de ocupação ou em risco de deterioração; (iii) da qualidade dos recursos físicos e bióticos; e (iv) das áreas potenciais e em situação passível reabilitação.

Os impactos das atividades turísticas na qualidade ambiental podem ser percebidos pela intensificação do fluxo de turistas nos últimos anos. Essa intensificação, somada ao aumento populacional, tem afetado diretamente a quantidade de resíduos e a qualidade dos cursos hídricos. Porém, nas áreas de interesse turístico não foram identificados fatores diretos de maiores riscos de degradação ambiental.

Com relação aos impactos ambientais verificam-se principalmente dois tipos: (i) Reestruturação Ambiental Permanente, que se refere a modificações no meio ambiente proveniente de instalação de infraestrutura pública ou privada, irreversíveis ou de difícil reversão, de maneira que afeta a qualidade ambiental do local ou região; e (ii) Estresse Ambiental Direto, relacionado aos impactos que ocorrem na área que alteram fluxos de animais ou plantas e os regimes ecológicos de ecossistemas, tratam-se das atividades causadoras de distúrbio imediato ao ambiente, alterando esteticamente a paisagem e/ou provocando degradação que dificulte a capacidade de regeneração dos recursos naturais (COOPER, 2007).

Em termos amplos de Reestruturação Ambiental Permanente a aproximação de áreas construtivas nas margens dos rios e áreas protegidas, devido a expansão urbana e a atratividade exercida por estes espaços tem interferência direta na conservação ambiental, em termos de convivência da produção da cidade com outras espécies. Além disso, o processo histórico de canalização e retificação de corpos de água, como é o caso do Rio Belém, que corta a cidade e em grande parte sofreu transformações pela/para a produção urbana.

Se tratando de Estresse Ambiental Direto são vários os processos que ocorrem: (i) supressão vegetal por pisoteio, (ii) erosão laminar do solo , (iii) assoreamento dos corpos hídricos, (iv) geração de resíduos e degradação paisagística, (v) contaminação hídrica por resíduos de esgotamento sanitário e resíduos sólidos e (vi) aumento dos níveis de poluição sonora .

Foi verificado em algumas dessas áreas verdes, de interesse turístico, que a qualidade dos recursos hídricos tem se mostrado como um fator de impacto devido aos fortes odores exalados e coloração acinzentada pelos rios que passam por essas áreas (Ver Mapa 17 - Hierarquia de Iluminâncias e Uniformidade). Por se tratarem de rios urbanos se encontram em processo continuo de acumulo de materiais, gerando assim o assoreamento do leio, devido a ausência e/ou carência de matas ciliares, exemplo disso é o Rio Barigui que traz das suas cabeceiras terra e areia, somado a isso, os resíduos de sólidos urbanos. Além disso, verificou-se a abertura e/ou mau uso de algumas trilhas, com processo inicial de erosão laminar do solo e acumulo de resíduos.

Como pode ser observado no tópico infraestrutura e serviços básicos, embora a o município seja bem avaliado por sua condição de limpeza urbana, ainda existe o inadequado

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armazenamento do lixo na área central e nos atrativos naturais, associado ao sistema de coleta, que afeta negativamente a paisagem urbana. Esta situação se reproduz em alguns atrativos naturais, especialmente na região sul da cidade. Tal questão não reflete unicamente o uso turístico das áreas, ou falta de infraestrutura básica, mas também a diminuição das campanhas de sensibilização sobre a destinação correta dos resíduos sólidos de maneira geral.

No que consiste a níveis de poluição sonora verifica-se que, embora haja de controle legal pela gestão municipal, existem casos do uso de som altos em parques, principalmente aqueles que utilizados para o uso de atividades recreativas. O que afeta não somente a tranquilidade da visitação nas áreas, mas também as dinâmicas biológicas da fauna resiliente nas áreas verdes.

FIGURA 30 - PARQUE NÁUTICO – ESTADO DE CONSERVAÇÃO

FONTE: http://www.parquesepracasdecuritiba.com.br/parques/parque-nautico-do-iguacu-3.html

Entretanto, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMMA, órgão responsável pela gestão das áreas públicas de interesse turístico – por meio do monitoramento da qualidade ambiental, tem atuado no sentido de manter as áreas de interesse turístico que estão sob sua responsabilidade, em condições de equilíbrio ambiental e com mínimo impacto pela ação de atividades visitação. Verifica-se que a qualidade dos recursos físicos bióticos nas áreas de interesse turístico em Curitiba tem recebido especial atenção da SMMA, com a constante atuação dessa secretaria no sentido de implantar melhorias na arborização ao longo das vias e logradouros municipais, além das ações em parceria com outras instituições para conservação da fauna do município.

Segundo o Plano de Controle Ambiental de Curitiba (2007), as áreas verdes e as várias unidades de conservação de Curitiba ainda permitem a manutenção de uma significativa diversidade silvestre. A preocupação com a qualidade ambiental reflete-se também na adoção de uma política de utilização destas áreas, que busque a proteção e o uso dos benefícios ecológicos e sociais que o ambiente natural pode proporcionar, garantindo o convívio sustentável da população com o meio ambiente.

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2.5.2. Gestão ambiental pública

Apesar de Curitiba não contar com um Zoneamento Econômico Ecológico, conta com órgãos municipais estruturados para o planejamento e a gestão de seus recursos ambientais. Dentre eles se destacam as Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Obras, Urbanismo, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba – IPPUC e a Procuradoria Municipal.

Para a análise em tela os indicadores buscaram avaliar a existência de: (i) órgãos e instituições, políticas públicas e programas de gestão ambiental desenvolvidos na AT; (ii) medidas de proteção ambiental em uso que afetam o desenvolvimento do turismo; (iii) capacidade institucional dos municípios e das entidades estaduais no que se refere a gestão ambiental; (iv) eficiência da fiscalização nas unidades de conservação.

Para a gestão das questões ambientais o município tem a Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMMA, que atua em parceria com o Instituto Ambiental do Paraná – IAP e o Instituto das Águas do Paraná – ÁGUAS PARANÁ. Esse órgão, além das questões ambientais (áreas verdes, Unidades de Conservação, mananciais, entre outros), trata do uso e ordenamento do solo no município, aplicando os instrumentos legais estabelecidos e utilizando-se da infraestrutura municipal para o desempenho de suas funções.

Ressalta-se que a SMMA possui ainda interações institucionais para a gestão ambiental e desenvolvimento de projetos em parceria com as Secretarias de Saúde, Esporte e Lazer, Abastecimento; e com as Fundações de Ação Social e a de Cultura.

As políticas públicas desenvolvidas no município têm como foco principal a conservação, recuperação e preservação ambiental dos bens naturais do município e para a gestão dos programas de educação ambiental, resíduos sólidos, ruído urbano, unidades de conservação, patrimônio, sistema de informações ambientais e legislação.

Os principais programas de gestão ambiental urbana relacionam-se com as temáticas: educação ambiental, resíduos sólidos, ruídos urbanos, unidades de conservação, patrimônio, sistemas de informações ambientais e legislação.

Merece destaque o Programa Biocidade, lançado em 2007, que aperfeiçoa conceitos de gestão ambiental, contem projetos que abordam um grande conjunto de questões urbanas e apresenta uma importante lista de soluções para a qualificação do espaço urbano buscando integrar todos os programas em curso na gestão pública municipal no que tange ao meio ambiente. O Programa Biocidade atua em parceria com Organizações Não Governamentais (ONGs), universidades, centros de pesquisa, agindo como um catalisador e potencializador das ações e programas da SMMA.

Dentre os programas que necessitam de uma ação urgente da administração pública destacam-se a estruturação de um sistema de monitoramento, informação ambiental e fortalecimento de programas já estruturados, mas que carecem de investimentos para sua consolidação como educação ambiental e unidades de conservação, os quais podem ser considerados estruturais para a qualificação dos bens naturais do município.

Em relação às áreas verdes e às Unidades de Conservação, a gestão ambiental local apresenta preocupação com a ampliação, recuperação e manutenção de sua cobertura florestal, a qual tem sido um dos principais alvos da ação da administração pública desde a década de 1970, quando se iniciaram as primeiras normatizações para licenciamento de corte de árvores. De 1970 para cá diversas leis foram criadas visando garantir a

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manutenção das áreas verde do município, com destaque para a Lei 6.819 de 13 de janeiro de 1986, que cria a figura dos bosques de preservação permanente.

FIGURA 31 - VISTA AÉREA DO PARQUE BARIGUI

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil. Foto: Michel Willian/SMCS.

Como resultado da ação iniciada em 1970, o município conta hoje com um total de 21 parques e 16 bosques, além do Jardim Botânico e das praças, distribuídos pela cidade como pode ser observado nos quadros “Parques por Bairro e Localização, em Curitiba – Abril/11” e “Bosques por Bairro, Denominação, Localização e Área em Curitiba – Julho/2012”, que apresentam listagem dos parques e bosques municipais (Ver Mapa 09 – Parque e Bosques).

Neste cenário, trinta e cinco áreas de proteção foram classificadas por apresentarem alguma atratividade turística na AT, sendo que destas vinte e quatro foram selecionada em função do grau de atratividade e promoção e comercialização atual, a seleção pode ser verificada no Capítulo 02 - Mercado Turístico, item Oferta Turística de Atrativos ou Recursos de Interesse Ambiental e Cultural. As áreas de proteção estão distribuídas conforme se vê no gráfico “Condições de conservação e limpeza das áreas naturais”, onde é possível verificar uma concentração das UCs selecionadas como atrativo turístico na região Norte do município, reflexo dos investimentos em estruturação por parte do poder público, assim como outras melhorias urbanas também apresentam a mesma distribuição territorial.

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FIGURA 32 - VISTA AÉREA DO PARQUE TANGUÁ

FONTE: http://www.curitiba-parana.net/parques/tangua.htm. Foto: C. Ruggi.

Embora possa ser observada a ampliação quantitativa das áreas verdes protegidas no município enquanto um fator positivo na gestão ambiental, parte destas áreas necessitam de investimentos em planejamento de uso e/ou instalação infraestrutura. São apenas cinco os parque com planos de manejo elaborados e implantados, sendo estes: o Parque Tanguá, Parque Bacacheri, Parque Barigui, Parque Tingui e Parque São Lourenço, o restante das áreas verdes protegidas não apresenta o instrumento elaborado143. Esta situação, de ausência do plano de manejo, dificulta a orientação dos investimentos na infraestrutura, qualificação dessas áreas e principalmente o controle do uso público e os impactos resultantes. Ainda, é importante ressaltar que a falta de um sistema de fiscalização e conservação eficiente para as UCs dificulta a gestão, controle e monitoramento para a proteção ambiental. Desta forma, destaca-se enquanto positivo a ampliação das áreas verdes, entretanto ainda existem carências sobre a instrumentalização de ordenamento de uso do solo e impactos sobre as áreas protegidas.

Além da fiscalização, observa-se que há uma desigualdade no tratamento de conservação e limpeza dessas UCs. Como se pode verificar no gráfico “Condições de conservação e limpeza das áreas naturais” nas UCs da região Norte, em relação à conservação das áreas naturais e a limpeza, mais de 40% delas são classificadas com boa qualidade, enquanto que na região Sul apenas 20% apresentam condições de conservação das áreas naturais como “regular” a “bom”. Quanto à limpeza, em sua maioria são classificas como ruins. Todas essas áreas carecem de qualificação de sua infraestrutura, melhoria das condições das áreas verdes e, principalmente, da limpeza, em especial as UCs da região Sul. Dentre as unidades analisadas, os parques do Tropeiro, Cambuí, Náutico e o Zoológico, encontram em pior estado de conservação e estruturação, principalmente no que tange à limpeza, conservação das áreas naturais, mobiliário urbano e equipamentos de lazer.

143 Existe á previsão da elaboração de planos de manejo para os Parques Atuba, Lago Azul e Cambuí, porém

segundo informações da SMMA, aguardam a liberação dos recursos.

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GRÁFICO 32 - CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E LIMPEZA DAS ÁREAS NATURAIS

FONTE: Ambiens, 2012 – Pesquisa de campo.

Tais questões abordadas sobre a fiscalização e conservação das áreas verdes e de outras áreas de interesse turístico, são fatores que afetam diretamente o desenvolvimento do turismo na AT, inclusive interferem na atratividade e percepção sobre a cidade.

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QUADRO 15 - PARQUES POR BAIRRO E LOCALIZAÇÃO EM CURITIBA

Bairro Denominação Localização Área (m²) Inauguração/ Implantação

Alto Boqueirão Parque Iguaçu Av. Mal. Floriano Peixoto 8.264.316 1976

Abranches Parque das Pedreiras R. João Gava 103.500 30/09/1990

Bacacheri Parque General Iberê de Mattos R. Canadá X R. Rodrigo de Freitas X R. Paulo Nadolny 152.000 05/11/1988

Barreirinha Parque Barreirinha Av. Anita Garibaldi 275.380 1972

Cachoeira Parque Nascentes do Belém R. Rolando Salin Zappa Mansur X Av. Anita Garibaldi 11.178 24/11/2001

Pilarzinho Parque Tanguá R. Oswaldo Maciel 235.000 23/11/1996

Atuba Parque Atuba R. Arnoldo Wolff Gaensly 173.265 28/03/2004

São Lourenço Parque São Lourenço R. Mateus Leme X 203.918 1972

Cajuru Parque Linear Cajuru Rua Teófilo Otoni X R. dos Ferroviários 104.000 29/03/2003

Augusta Parque Municipal Passaúna Rua Eduardo Sprada 6.500.000 10/03/1991

CIC Parque dos Tropeiros R. Maria Lucia Locher de Athayde 173.474 25/09/1994

CIC Parque Túlio Vargas R. Robert Redzimski X R João Dembinski X R. Maria Homan Wisniewski 65.073 2008

CIC Parque Caiuá Av. Juscelino K. de Oliveira(ec) X R. Marcos A. Maluceli X R Pedro Driessen Filho 46.000 25/09/1994

CIC Parque Diadema Av. Juscelino K. de Oliveira X R. Vale dos Pássaros X R Antonio Dionísio Sobrinho 112.000 25/09/1994

Centro Passeio Público R. Carlos Cavalcanti X Av. João Gualberto X Pres. Faria 69.285 02/05/1886

Jardim Botânico Jardim Botânico Municipal R Eng. Ostoja Roguski X Av. Prefeito Lothario Meissner X AV Prefeito Maurício Fruet 278.000 05/10/1991

Fazendinha Parque Cambuí R. Carlos Klemtz 99.301 12/04/2008

Butiatuvinha Parque Italiano R. Hermenegildo Luca (LT E.E. COPEL) X Est. Ângelo Pianaro 82.600 16/03/2010

São João Parque Tingui Av. Fredolin Wolf 380.000 01/10/1994

Santo Inácio Parque Barigui Av. Cândido Hartmann X Rod. Curitiba/Ponta Grossa BR-277 X Av. Manoel Ribas 1.400.000 1972

Ganchinho Parque Lago Azul R. Colomba Merlin 126.615 09/12/2008

Total de Parques 21 18.854.905

FONTE: SMMA/Parques e Praças, IPPUC/Banco de Dados. Elaboração: IPPUC/Banco de Dados. NOTA: Segundo a Lei Municipal N° 9.804, essas áreas são consideradas Unidades de Conservação, sendo definidas por regulamentação específica.

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QUADRO 16 - BOSQUES POR BAIRRO, DENOMINAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E ÁREA EM CURITIBA

Bairro Denominação1 Localização Área (m²) Inauguração/Implantação

Centro Cívico Bosque João Paulo II R. Mateus Leme X R. Vieira Santos X R. Deputado Mário de Barros 48.000 05/07/1980

Jardim Social Bosque de Portugal R. Fagundes Varela X R. Ozório D. Estrada X 20.850 19/03/1994

Hauer Bosque Reinhard Maack R. Raggi Izzar X R. Waldemar Kost X Chanceler Oswaldo Aranha 78.000 04/11/1989

Capão da Imbuia Bosque do Capão da Imbuia R. Pr. Nivaldo Braga X Pr. R. Benedito Conceição 42.417 1981

Abranches Bosque Erwin Gröger (Professor) R. Benedito C. de Freitas X R. João A. Dambiski X R. Abílio S. da Silva 3.000 03/07/2010

Boa Vista Bosque Dr. Martin Lutero R. Holanda X R. Vicente Ciccarino 11.682 1974

Pilarzinho Bosque Zaninelli - UNILIVRE R. Victor Benato X 47.416 15/06/1992

Pilarzinho Bosque do Pilarzinho R. Manife Tacla X R. Alexandre Schroeder X 28.146 1991

Bairro Alto Bosque Irmã Clementina R. Paulo Friebe X Rio Bacacheri 19.144 29/03/2008

Sta. Felicidade Bosque Italiano R. Margarida A. Zardo Miranda 23.540 1996

Vista Alegre Bosque Gutierrez R. Albino Raschendorfer X R. Gaspar Carrilho Jr. X 35.586 12/09/1986

Vista Alegre Bosque Alemão R. Francisco Schaffer X R. Niccolo Paganini X R. Schubert 40.000 13/04/1996

Fazendinha Bosque da Fazendinha R. Carlos Klemtz 72.851 09/12/1995

Sitio Cercado Bosque Sambaqui R. Eduardo Pinto da Rocha 60.769 09/12/2010

CIC Bosque São Nicolau R. Profº José Rodrigues Vieira X R. Das Águias 20.520 04/06/2000

CIC Bosque do Trabalhador Av. Manoel Valdomiro de Macedo 210.015 11/09/1996

Total de Bosques 16 761.936

FONTE: SMMA/Parques e Praças, IPPUC - Banco de Dados.Elaboração: IPPUC - Banco de Dados. NOTA 1: - Segundo a Lei Municipal 9804 essas áreas são consideradas Unidades de Conservação, sendo definidas por regulamentação específica.

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Atualmente é responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMMA a de gestão e fiscalização das áreas protegidas. Em termos do arcabouço jurídico as medidas de proteção ambiental em Curitiba não têm afetado negativamente as atividades turísticas. Entretanto, observa-se a existência de um hiato sobre a decisão do uso das áreas protegidas em termos burocráticos e operacionais dentro da gestão pública, causando morosidade nas liberações de atividades e eventos. A falta de agilidade dos procedimentos de licenciamento e liberações entre as instituições e com os interessados para uso das áreas públicas de lazer como as praças, bosques e parques é observado enquanto prejudicial para o desenvolvimento turístico da AT.

Ainda no que consiste a delimitação de áreas protegidas, a partir do ano de 2007 houve, também, a instituição de Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal (RPPNM). Que são áreas de proteção instituídas por privados averbadas em cartório com a finalidade de conservação ambiental, como pode ser visto no quadro que segue, até então são em um total de doze as áreas. Atualmente não existe a consolidação de tais áreas enquanto atrativos turísticos, porém podem se configurar enquanto um potencial futuro.

QUADRO 17 - RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MUNICIPAL - RPPNM

NOME BAIRRO ENDEREÇO DATA

CRIAÇÃO DECRETO

ÁREA TOTAL(m2)

RPPNM Airumã São João Av. Fredolin Wolf 21/03/2013 521/13 29.670

RPPNM Bacacheri Bacacheri R 29 De Junho 22/02/2011 464/11 5.010

RPPNM Barigui Santo Inácio R Delegado Dr. Edward Resende Pimenta 25/11/2009 1495/09 4.563

RPPNM Bosque da Coruja

Pilarzinho R Capitão Carlos Henrique Castor X R João Batista Carcereri

14/05/2012 729/12 5.407

RPPNM Canela Campo Comprido R Doutor Darcy Alves De Souza 02/07/2012 951/12 7.371

RPPNM Cascatinha Santa Felicidade R Sebastião Santos 27/03/2007 234/07 8.200

RPPNM Cedro-Rosa Campo Comprido R Doutor Darcy Alves De Souza 02/07/2012 948/12 7.181

RPPNM Ecoville Campo Comprido R Eduardo Sprada 15/12/2008 1358/08 15.961

RPPNM Erva-Mate Campo Comprido R Doutor Darcy Alves De Souza 02/07/2012 950/12 7.290

RPPNM Guabiroba Campo Comprido R Doutor Darcy Alves De Souza 02/07/2012 952/12 7.424

RPPNM Jerivá Campo Comprido R Doutor Darcy Alves De Souza 02/07/2012 956/12 7.380

RPPNM Taboa Campo Comprido R Doutor Darcy Alves De Souza 02/07/2012 954/12 7.509

FONTE: SMMA/Parques e Praças, IPPUC - Banco de Dados.

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236 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Em termos de capacidade institucional o município de Curitiba está estruturado no que tange à disponibilidade de pessoal especializado e equipamentos específicos. Apresenta ainda infraestrutura pública de gestão dos recursos naturais que envolvem fiscalização, monitoramento e qualificação dos espaços públicos de recursos naturais. A cidade tem em sua estrutura também ações normativas e administrativas vinculadas ao de uso do solo.

Perfil predominante do corpo técnico: (i) gestão de assuntos estratégicos os técnico apresentam formação superior e pós-graduação; (ii) fiscalização os técnicos apresentam desde ensino médio até superior completo, e para ações estratégicas e emissão de pareceres superior completo e/ou pós-graduação; (iii) proteção e qualificação, as ações operacionais o quadro de funcionários apresenta desde ensino fundamental até o ensino médio.

2.5.3. Gestão Ambiental nas Empresas Privadas

Para a presente análise buscou avaliar a existência de iniciativas do setor privado relacionadas às certificações de responsabilidade ambiental, e o investimento de responsabilidade ambiental das empresas do setor turístico da AT.

Houve uma tentativa por parte da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira – ABIH, na década de 1990, de criação para boas práticas ambientais na rede hoteleira, quando eles trouxeram para o Brasil a discussão de implantação do selo de qualidade ambiental para hotéis “ecológicos”, projetos inspirados no programa britânico IHEI (International Hotel Environment Initiative). O objetivo do projeto era oferecer aos hotéis participantes do programa um selo de qualidade, o “Selo Verde”, reconhecido internacionalmente. A proposta era reunir em torno do programa cerca de 1.500 hotéis, localizados em aproximadamente 50 polos turísticos brasileiros. O certificado seria fornecido por uma organização não governamental internacional, a Green Globe 21. Porém as ações para implantação do “Selo Verde” não avançaram e apenas algumas redes mantêm parte das atuações previstas no programa, como por exemplo: redução de consumo de água e energia elétrica, reciclagem de lixo e maior consumo de alimentos orgânicos como forma de economizar recursos naturais, ajudando, assim, na preservação ambiental.

Como exemplo dessa iniciativa, que ainda se mantém em Curitiba, há uma empresa do setor hoteleiro que efetua a limpeza dos ambientes com produtos biodegradáveis, lavagem racional do enxoval, possui economizadores de energia, e o lixo reciclável como latas, garrafas, papel e plástico é separado. Além dessas ações, a decoração do hotel foi elaborada com vistas para uso racional de madeiras, evitando destruir florestas.

Para a área turística, de maneira geral, não se tem referência da existência de programas de certificação ambiental das empresas turísticas atuantes. Mesmo em face de consolidação ou implantação, observou-se que as certificações ambientais nas empresas praticamente não existem, e apenas no setor hoteleiro foi identificado que três empresas possuem algum tipo de ações que gerariam certificação ambiental.

Para a gestão ambiental das empresas privadas faz-se necessário fomentar a retomada das iniciativas da ABIH para a de implantação do selo de qualidade ambiental para hotéis “ecológicos” e estender essa proposta às demais empresas do setor turístico.

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2.5.4. Instrumentos de Planejamento e Controle Territorial

Como indicador para esta análise trabalhou-se com a avaliação do Plano Diretor Municipal, dos projetos ambientais relacionados à conservação de UCs e outras áreas protegidas de interesse para atividades turísticas.

O Município de Curitiba tem Plano Diretor elaborado com a última adequação feita em 2004. Seus objetivos principais preveem uma série de questões relacionadas às áreas econômicas, ambientais, sociais e culturais, para as quais as orientações perpassam pelo cuidado com a manutenção da qualidade ambiental. Entretanto esta lei é apenas orientadora e/ou principiológica, sendo que não é alto-aplicável.

As unidades de conservação existentes na área turística em questão são legalmente institucionalizadas, sendo que cinco unidades possuem Planos de Manejo desenvolvidos e implementados ou em processo de implementação, e outras quatro estão em processo para elaboração.

Apesar da existência de uma série de mecanismos, normas e procedimentos atinentes à proteção e conservação dos recursos naturais na área objeto desse diagnóstico, nota-se que muitos destes atrativos não apresentam um sistema de controle da qualidade ambiental, bem como de um sistema de informações ambientais que permita a formação de um banco de dados com os registros do monitoramento e avaliação, ao longo dos anos, para acompanhamento da evolução da melhoria da qualidade ambiental e orientação do planejamento.

Visando a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais no município, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente vem implementando ferramentas para gestão ambiental com base no planejamento da paisagem, delimitando as áreas de maior importância neste contexto, visando também à proteção das áreas verdes, a fiscalização ambiental, o monitoramento dos recursos hídricos e das bacias hidrográficas e a conservação dos maciços florestais ainda existentes no espaço urbano. Tais ações, além da conservação da biodiversidade e o manejo sustentável dos recursos naturais, visam à restauração de áreas e a qualificação ambiental do município.

Dentre os programas e projetos existentes em outros setores que têm relação com o turismo, merecem destaque os programas abordados nas áreas temáticas discutidas na SMMA em seu Plano de Controle Ambiental: resíduos sólidos, recursos hídricos, patrimônio cultural, patrimônio edificado, patrimônio artístico, patrimônio imaterial e patrimônio arqueológico. Para cada uma dessas temáticas existem programas e ações que visam à melhoria da infraestrutura urbana que veem a qualificar os espaços de interesses turísticos.

O município de Curitiba, em 2008, concluiu a elaboração do Plano Municipal de Controle Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, no qual se encontram formatado no Volume I, o Diagnóstico da área ambiental do município e no Volume II a Proposta Preliminar em si, com a apresentação das propostas de iniciativas a serem tomadas pelo poder público municipal.

Dentre os programas propostos no Plano de Controle Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, com relação direta às unidades de conservação, encontram-se divididos em quatro objetivos principais sendo eles:

•••• Ampliar o Sistema Municipal de Unidades de Conservação – SMUC

Para o atingimento desse objetivo foram elaborados os seguintes programas: (i) Identificação de áreas com potencial para preservação da biodiversidade; (ii) Identificação e

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preservação de áreas livres na malha urbana visando a garantia de espaços de lazer, revegetação, aeração e drenagem; (iii) desenvolvimento de estudos e projetos para as novas UC.; (iv) implantação das novas unidades de conservação conforme prioridades estabelecidas.

•••• Aprimorar a manutenção das unidades de conservação existentes e a serem implantadas

Os programas elaborados para alcançar o objetivo proposto são: (i) readequação do sistema de manutenção; e (ii) desenvolvimento do Programa de Parcerias com a iniciativa privada e população, para manutenção e conservação das UC.

•••• Definir política de uso social das Unidades de Conservação

Para definição do uso social das unidades de conservação foram propostos os programas: (i) desenvolvimento de normatização específica para uso social controlado; (ii) Programa de uso de atividades comerciais.

•••• Implementar a gestão e monitoramento das Unidades de Conservação do Município

Para o atingimento desse objetivo foram elaborados os seguintes programas: (i) reestruturação e ampliação do sistema de documentação e acervo das unidades; (ii) elaboração dos planos de manejos de todas as unidades de conservação; (iii) realização de programas e campanhas junto à população; (iv) elaboração de programas de apoio e cooperação com o terceiro setor e sociedade civil organizada; (v) desenvolvimento de programas que favoreçam o acréscimo de recursos destinados à gestão das unidades; (vi) readequação da estrutura organizacional das unidades nas categoria Parques, Bosques e Específicas.

•••• Consolidar a legislação municipal referente às Unidades de Conservação, com ênfase no regulamento de uso e parcerias

Dentre os programas propostos o que mais avançou foi o programa de revisão e incremento da legislação municipal referente às Unidades de Conservação. De 2008 até a elaboração desse documento já havia sido estabelecidas leis e regulamentações. Também mostrou avanço o programa de elaboração de planos de manejo. Os demais programas encontram-se em processo de elaboração e viabilização de recursos para implantação.

2.5.5. Grau de Participação e Inclusão dos Diferentes Grupos de Interesse no Desenvolvimento Turístico da Área

O processo de transição democrática no Brasil, das décadas de 1970 e 1980, foi marcado pelo fortalecimento das formas de mobilização social e participação política. Os movimentos sociais que surgiram ou se reorganizaram neste período foram de grande importância para a refundação das práticas brasileiras, na medida em que, por muitas vezes, levaram seus temas de mobilização e pautas específicas à apreciação e aprovação na Assembleia Constituinte. Assim, a Constituição Federal de 1988 representa o resultado possível e a síntese jurídica dos interesses das forças políticas e econômicas que na oportunidade se fizeram representar, refletindo os esforços históricos pela garantia de direitos fundamentais

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e pela ampliação da participação social com a inclusão de instrumentos de gestão democrática.

A democracia participativa surge, portanto, como um princípio fundamental consagrado na Carta Magna que veio a se desdobrar, a partir da década de 1990, em uma diversidade de experiências e práticas participativas em âmbito municipal. Parte considerável destas experiências ocorreu por meio da criação de espaços institucionais - como fóruns, conferências e conselhos, orçamento participativo, projetos de lei de iniciativa popular - que têm por objetivo promover o controle social da gestão pública com a fiscalização, monitoramento, e deliberação a destinação dos recursos públicos. Nesse contexto, como afirma Sérgio de Azevedo (2004), o espaço privilegiado de institucionalização democrática coincide com o poder local, na medida em que é na municipalidade que coexistem diversos projetos políticos com razoável autonomia para criação de espaços de maior ou menor permeabilidade democrática.

Diante deste cenário, a análise da participação social tem por objetivo aferir o grau de envolvimento e a inclusão dos diferentes grupos de interesse no desenvolvimento turístico da área, tanto nas fases de planejamento como nas etapas subsequentes de execução das ações e seu respectivo monitoramento. Para tanto, considerou-se: i) identificação, perfil e representatividade dos grupos de interesse que participam da atividade turística municipal; ii) efetividade da intervenção desses atores sociais na elaboração e execução das políticas públicas de turismo em Curitiba.

2.5.5.1 Participação e deliberação

O objetivo da democracia participativa não corresponde à substituição de instâncias legislativas, mas ao preenchimento das lacunas do sistema representativo e a complementação de seus déficits, relacionados principalmente: i) ao envolvimento dos indivíduos nos processos de discussão pública; ii) a superação da igualdade formal entre os participantes; iii) ao resgate da autonomia política e da capacidade dos sujeitos em participarem das decisões políticas que normatizam a vida social.

Conforme pontuam Archon, Fung e Joshua Cohen (2007) o projeto radical-democrático procura transformar a forma de organização de interesses tal como se apresentam na democracia representativa, buscando a inclusão participativa dos cidadãos nas discussões políticas substanciais e também na qualificação e ampliação dos processos de decisão política, compreendidos por meio da razão argumentativa. Para os autores, a articulação entre participação (envolvimento nos processos de discussão pública) e deliberação seria um mecanismo importante de aperfeiçoamento democrático, na medida em que permitiria a detecção dos problemas (participação) e a eleição da melhor forma de sua resolução.

É preciso frisar que a realização de um projeto democrático participativo necessita, igualmente, de um cenário institucional favorável, com permeabilidade às reivindicações dos atores sociais e sua correspondência no próprio desenho institucional - por meio de regras, espaços e natureza jurídica - das diversas instituições do Estado (LÜCHMANN; BORBA, 2007).

Considerando tais referenciais, o diagnóstico dos grupos de interesse envolvidos na atividade turística curitibana adotou como grupo focal os representantes dos órgãos e instituições que compõem o Conselho Municipal de Curitiba - COMTUR. Para este grupo foram enviados questionários de análise de redes (ver caderno de anexos) com perguntas que visam identificar o perfil e âmbito de atuação das entidades; os principais espaços de

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articulação política e socialização das informações vinculados ao turismo; a percepção dos agentes sobre as entidades com maior grau de participação no COMTUR bem como possíveis alianças e conflitos de interesses entre os grupos que compõem a instância.

Os instrumentos de coleta foram enviados via correio eletrônico aos 39 (trinta e nove) Conselheiros titulares e seus suplentes, conforme indicação do Instituto Municipal de Turismo. Complementarmente, a equipe consultora realizou entrevistas presenciais semiestruturadas com representantes de significativa participação no trade turístico, com o objetivo de qualificar a produção de informações que balizam a análise deste diagnóstico.

2.5.5.2 Grupos de interesse

O Conselho Municipal de Turismo – COMTUR representa a principal instância de governança da política de turismo em Curitiba, constituindo-se como um espaço de gestão compartilhada entre poder público e sociedade civil. A indicação das entidades que compõe a estrutura do Conselho está definida no Decreto municipal n.º 1597/2009, em um rol taxativo, conforme abordado no tópico específico (item 5.2.1).

Entre os segmentos do trade que participam do conselho incluem-se operadoras de viagem; hotelaria; eventos; guias de turismo; transportes; além de representantes dos segmentos comercial, empresarial e industrial; entidades representativas de classe e entidades acadêmicas. Dentre as vagas ocupadas pelo poder público, além do Instituto Municipal de Turismo, estão presentes órgãos como a Secretaria Municipal do Meio Ambiente; Fundação Cultural de Curitiba; representantes das Casas Legislativas e outras instituições que demonstram a pluralidade de áreas envolvidas na atividade turística e os múltiplos arranjos interinstitucionais que daí decorrem.

Em que pese a indicação apriorística dos conselheiros pelo decreto signifique um limitador democrático, na medida em que pode inibir a participação de outras organizações que não estejam ali arroladas, as entrevistas realizadas demonstram que os grupos que compõem a atual gestão do COMTUR são representativos de seus segmentos. Entretanto, as pesquisas com os gestores apontaram para um frágil engajamento e participação das entidades que compõem o Conselho Municipal de Turismo, destacando a pequena atuação crítica e propositiva diante das pautas apresentadas pelo Instituto Municipal de Turismo.

De outro lado, parcela significativa dos entrevistados atribuiu o pouco envolvimento das organizações nas atividades COMTUR à própria dinâmica de funcionamento do conselho e estruturação das reuniões, consideradas demasiadamente expositivas. De acordo com a afirmação de um dos representantes consultados “as entidades gostariam de ter uma maior participação nas decisões e não apenas receber informações prontas”.

Os dados coletados demonstram que, em geral, as reuniões do conselho servem para apresentação de projetos, programas e novas ações em desenvolvimento pelo poder público municipal. Por certo que a existência destes elementos é positiva e corresponde à transparência no exercício do poder público e ao respectivo controle social, núcleo fundamental que justifica a própria existência dos conselhos. Entretanto, o fortalecimento dessa instância de governança condiciona-se, necessariamente, à promoção e ampliação de espaços que viabilizem a efetiva participação dos conselheiros.

Em suma, a análise dos grupos de interesse no âmbito deste diagnóstico aponta para um conjunto diversificado e representativo de segmentos que participam dos processos participativos promovidos pela gestão turística municipal. Apesar disso, constatou-se

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igualmente um déficit qualitativo em tal participação, demandando a reestruturação das dinâmicas atualmente adotadas com o objetivo de implantar a gestão genuinamente compartilhada para as políticas públicas de turismo no município.

2.6. SWOT

2.6.1. Mercado Turístico

Elemento principal na constituição da dinâmica da atividade, a análise do mercado turístico condiz com aspectos relativos à oferta e a demanda. Neste sentido, busca-se problematizar os aspectos de impulsionam ou desestimulam a atividade com base na oferta de atrativos e recursos naturais e culturais (potenciais e reais), e nos eventos programados, juntamente com as características do perfil dos turistas (demanda atual e potencial) e a análise da qualidade dos serviços e equipamentos de interesse turístico.

AMBIENTE EXTERNO

Oportunidades Ameaças

- Implantação do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, coordenado pelo IPHAN.

- Aumento no volume de turistas motivados por lazer em Curitiba.

- Existência de parques com recursos naturais com potencial para desenvolvimento de atividades esportivas e de lazer.

- Demanda potencial de visitantes motivados pelo lazer e visitação a pontos turísticos que integram beleza natural.

- Predominância de turistas da classe média com potencial para usufruto de produtos culturais.

- Diversificação no uso dos recursos naturais existentes nos parques com a prática de atividades de aventura.

- Aumento no volume de ocupação hoteleira por turistas motivados para participação em eventos corporativos e realização de negócios, bem como pelo aumento no número de turistas motivados a atividades de lazer.

- Espaço para crescimento do setor hoteleiro

- Incentivos do governo federal na ampliação da oferta (linhas de investimentos e crédito) e qualificação da mão de obra.

- Existência de iniciativas de articulação entre a iniciativa privada nos bairros e regiões em que há uma concentração da oferta de serviços de alimentação de interesse turístico.

- Ampliação da oferta de produtos de lazer e entretenimento associado às concentrações de equipamentos de alimentação existentes na cidade.

- O setor de eventos apresenta perspectivas de crescimento nos próximos anos.

- Perspectivas positivas para realização de feiras nacionais e internacionais em razão da boa classificação da cidade em estudo do Ministério do Turismo sobre destinos e produtos turísticos.

- Potencial para aumento da demanda e sua permanência na área turística em razão da oferta de produtos turísticos integrados com a região.

- Degradação e abandono de imóveis particulares pelo alto custo de manutenção.

- Poucas agências de receptivo que utilizam o patrimônio cultural para formatação de produtos turísticos diferenciados.

- Setor Histórico e região central apresentam pichações e degradação por atos de vandalismo

- Risco de acidentes aos usuários e visitantes que utilizam os atrativos naturais para práticas esportivas.

- Déficit na oferta de leitos gerada pela demanda da Copa do Mundo da FIFA 2014™ caso Curitiba mantenha os índices atuais da taxa de ocupação hoteleira.

- Horário de atendimentos dos empreendimentos de alimentação.

- Perda de mercado para destinos situados em regiões litorâneas e destinos que possuem centros de convenções públicos com capacidade de atendimento a grandes eventos.

- Curitiba apresenta poucos produtos turísticos estruturados a serem comercializados pelas agências.

- Perda de fluxos turísticos que poderiam ser motivados em função da realização de eventos esportivos e artísticos.

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

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AMBIENTE INTERNO Forças Fraquezas

- Três conjuntos turísticos (sitio turístico da área central; linha turismo; áreas geográficas de interesse gastronômicos) ligados ao segmento cultural. - Potencial de ampliação e/ou diversificação do conjunto turístico da Linha Turismo, bem como melhoria da estrutura operacional - Sistema de proteção do patrimônio cultural edificado consolidado. - Potencial para incremento da atratividade dos espaços culturais consolidados. - Potencial de criação de novos atrativos turísticos por meio dos resultados dos trabalhos apoiados pela Lei de Incentivo à Cultura. - Novos projetos urbanísticos como potencializadores do Sitio Turístico da Área Central. - Instrumentos fiscais/urbanísticos para proteção/manutenção de edificações culturalmente relevantes consolidados. - Feira do Largo da Ordem como importante elemento na constituição do produto turístico local. - Diversidade de parques, bosques e áreas verdes com estrutura para visitação turística. - Totalidade dos atrativos naturais com linhas de ônibus coletivo de acesso ou nas imediações. - Parques e bosques da região norte com boa sinalização a partir da região central. - Existência de sinalização interpretativa em atrativos com alto volume de visitação. - Boas condições de conservação do mobiliário urbano, equipamentos de lazer e dos elementos naturais (bosques, jardins, lagos, rios) nos atrativos da região norte. - Feiras Especiais de artesanato e de gastronomia com capacidade de agregar valor ao produto turístico local. - Eventos culturais de relevância nacional e internacional. - O conjunto dos eventos realizados na época do Natal tem demonstrado capacidade de aumento no fluxo de turistas. - Curitiba possui movimentos culturais locais que poderiam representar produtos turísticos complementares. - Capacidade de atendimento em número de leitos da demanda atual e futura. - Crescimento da taxa de ocupação hoteleira nos últimos 5 anos. - Concentração de equipamentos de hospedagem na região central da cidade, que possui também concentração de outros serviços e equipamentos turísticos, além da proximidade com atrativos naturais e culturais. - Qualidade na oferta de serviços hoteleiros para os diferentes perfis de clientes. - Boa oferta de equipamentos de alimentação com variedade de opções gastronômicas. - Organização do empresariado local em alguns bairros onde há concentração de equipamentos para ações compartilhadas de interesse coletivo. - Infraestrutura pública e demais serviços e equipamentos de apoio para a captação de eventos na cidade. - Participação estratégica da entidade representativa do setor na captação de eventos. - Número significativo de agências cujo foco principal é o atendimento a eventos, segmento representativo na cidade; - Serviços diferenciados como a oferta de carro executivo, aluguel de bicicleta e passeios nos Segways. - Distribuição geográfica dos PITs nos principais portões de entrada e localizações geográficas estratégicas da cidade. - Boa qualidade das informações locais transmitidas, com disponibilidade e interesse dos atendentes. - Opções variadas de equipamentos de entretenimento como centros culturais, cinemas, casas noturnas, clubes, espaços para prática esportiva, shoppings, entre outros.

- Poucos atrativos naturais com sinalização bilíngue. - Condições medianas de acesso com deficiência nas calçadas, ciclovias não interligadas e pouca oferta de estacionamento para veículos de passeio e turísticos nos atrativos. - Atrativos da região sul fora do itinerário da atual linha de turismo. - Maioria dos atrativos sem sinalização interpretativa. - Maioria dos atrativos com pouca oferta de estruturas básicas de uso como guarita, centro de recepção de visitantes, acessibilidade e instalações sanitárias. - Condições precárias de conservação dos elementos naturais e também de mobiliário urbano (bancos, pontes, deques e lixeiras) nos atrativos da região sul. - Percepção de insegurança na maioria dos atrativos. - Gestão dos atrativos não está voltada para o atendimento dos turistas e projetos vinculados ao setor turístico. - Eventos culturais atingem, em sua maioria, os moradores locais. - Inexistência de eventos esportivos de destaque que contribuam para atração significativa de fluxos turísticos. - Falta de articulação entre CTUR e entidades que realizam e promovem os eventos culturais e esportivos. - Trabalhadores do segmento turístico, em geral, com baixa escolaridade. - Pouca oferta ou baixa qualidade de equipamentos de alimentação nos atrativos naturais. - Curitiba e região com poucos equipamentos para exposições e feiras de médio e grande porte. - Falta de centro de convenções multiuso na região central da cidade, local que concentra os demais serviços e equipamentos turísticos (hotéis, restaurantes, centros de entretenimento etc.). - Poucas agências de receptivo na cidade que oferecem produtos e serviços diferenciados. - O núcleo de receptivo apresenta número reduzido de representantes. - Serviços similares e restritos ofertados pelas agências: by-night, city tour, roteiros para Campos Gerais e Litoral. - Pouca divulgação e comercialização de produtos integrados da AT com a região turística - Rotas do Pinhão. - Falta de sinalização indicativa na maioria dos PITS. - Falta de uniformidade de materiais disponíveis nos diversos PITS. - Materiais institucionais possuem falhas na apresentação de informações pertinentes (dias de funcionamento dos atrativos). - Limitação linguística e de qualidade nas informações turísticas transmitidas pelos atendentes do Disque Turismo em horário extra comercial (noites e finais de semana) que é direcionado ao atendimento da prefeitura (156). - Site do CTUR apresenta deficiências estruturais e de conteúdo. - Falta de um espaço público para prática poliesportiva com capacidade e qualidade para realização de grandes eventos esportivos e adaptações para shows.

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

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2.6.2. Infraestrutura Básica e Serviços Gerais

A infraestrutura e os serviços básicos são elementos essenciais de suporte à atividade turística, mas também, e principalmente, dadas as características do destino turístico, promovem a qualidade do espaço de vida e trabalho em Curitiba. Sendo assim, as inversões realizadas em infraestrutura e serviços não dependem direta ou exclusivamente dos produtos turísticos, apesar de serem intervenientes e necessárias para seu desenvolvimento. Portanto, a análise proposta tem como objetivo avaliar a capacidade de atendimento destes frente à demanda atual decorrente da atividade turística e às expectativas de demanda futura em consequência do incremento da visitação face à concretização dos objetivos propostos pelo Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável.

AMBIENTE EXTERNO

Oportunidades Ameaças

- Ampliação e Continuidade programada de investimentos federais em infraestrutura.

- Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), desenvolvido pelo Ministério da Justiça.

- Programa Nacional Cidades Digitais incluído no PAC, tem recebido contínuo aporte de recursos.

(não identificadas)

AMBIENTE INTERNO

Forças Fraquezas

- As vias de acesso ao município, às áreas especiais de interesse turístico e aos polos gastronômicos encontram-se majoritariamente em bom estado de conservação e condições satisfatórias de trafego.

- Presença de iniciativas de engenharia de transito para otimizar as condições de fluxo de veículos.

- Disponibilidade de rede de abastecimento e a qualidade da água não comprometem a atividade turística.

- Criação de diversos atrativos naturais da cidade (parques lineares) associados ao sistema de drenagem no sentido da promoção do controle do regime fluvial dos principais rios presentes na malha urbana.

- Transporte coletivo urbano com atendimento adequado aos principais atrativos e áreas de interesse turístico.

- Malha viária existente de ciclomobilidade.

- Plano Diretor de Iluminação aprovado, em processo de monitoramento e implantação.

- Ambiente de reivindicação popular para maiores e melhores investimentos em segurança pública.

- Rede de internet pública e gratuita em processo de ampliação e qualificação; rede privada suficientemente estruturada.

- Rede de atendimento de urgência e emergência pública e privada estruturadas e com capacidade suficiente para atender acima da demanda atual.

- Problemas na sinalização e em alguns sistemas de acesso à cidade, especialmente no trecho urbano norte da BR-116 e na Linha Verde.

- No acesso às áreas especiais de interesse turístico e polos gastronômicos apresentam-se alguns estrangulamentos viários que geram trânsito lento ou engarrafamentos em situações de trafego intenso

- Apesar da ampliação da rede de coleta de esgoto, o percentual de efluentes não tratados e lançados nos corpos hídricos da cidade comprometem a qualidade dos principais e potenciais atrativos naturais da cidade, com destaque para os parques lineares ao longo dos rios Belém, Iguaçu, Barigui.

- Inadequado armazenamento do lixo na área central, associado ao sistema de coleta, que afeta negativamente a paisagem urbana. Esta situação se reproduz em alguns atrativos naturais, especialmente na região sul da cidade.

- Transporte público não constitui a principal opção de deslocamento dos turistas.

- Deficiências no transporte público em termos dos limitantes proporcionados pela integração física - que tendem a aumentar os deslocamentos -, da baixa integração com outros modais e das restrições de capacidade em algumas linhas.

- Serviço de taxi com baixa oferta de veículos e custo superior a outros municípios brasileiros.

- Falta de atualização e manutenção da estrutura de ciclomobilidade.

- Algumas áreas ou eixos de interesse turístico com iluminação insuficiente e consequente percepção de insegurança.

- Índices elevados de criminalidade, com destaque para região central da cidade.

- Rede de telefonia móvel no ranking dos piores serviços privados da cidade (PROCON).

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

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2.6.3. Quadro Institucional

A dimensão de análise dirigida ao quadro institucional tem por objetivo analisar a capacidade institucional do município de Curitiba no âmbito da atividade turística. Trata-se de identificar potencialidades e limitações internas à organização administrativa das instituições que atuam direta e indiretamente no setor para vislumbrar aspectos críticos que impactam decisivamente na realização dos objetivos traçados por este Plano.

AMBIENTE EXTERNO

Oportunidades Ameaças

- Crescente importância e estruturação do turismo no Brasil.

- Diretriz nacional que aponta para a gestão descentralizada do turismo.

- Consolidação da Política Nacional de Turismo.

- Inclusão do turismo dentre os objetivos traçados no Plano de Governo municipal apresentado pela gestão 2013-2016.

- Existência e diversidade de fontes de financiamento e crédito nos âmbitos federal e estadual.

(não identificadas)

AMBIENTE INTERNO

Forças Fraquezas

- Sistema de informações utilizado pelo Instituto Municipal de Turismo (Sistema Único de Protocolos) com registro e encaminhamento de demandas externas ao CURITIBA TURISMO de forma satisfatória.

- O Instituto Municipal de Turismo participa ativamente das ações vinculadas à divulgação dos produtos turísticos.

- Conselho Municipal de Turismo de Curitiba com estrutura formal consolidada, por meio de regulamentação aprovada em lei específica, conforme exigências e orientações formuladas pelo Ministério do Turismo.

- Instituto Municipal de Turismo possui eficiente sistema de coleta e tratamento de dados pertinentes às políticas públicas executadas.

- Inventário Turístico Municipal instruído com dados e informações recentes e atualizados, servindo como abundante referencial sobre o setor turístico municipal.

- Município de Curitiba com qualificada gestão tributária além de diversos programas de incentivo ao empreendedorismo em âmbito municipal.

- Instabilidade dos recursos humanos no Instituto Municipal de Turismo; necessidade de realização de concurso público para contratação de servidores efetivos.

- Ausência de Sistema que organize o fluxo interno de informações no CURITIBA TURISMO.

- Indicação nominal das entidades que representam cada segmento, em um rol taxativo, prejudicial à democratização e representatividade do COMTUR.

- Falta de articulação do órgão oficial de turismo no planejamento e gestão compartilhada de espaços e ações diretamente conectadas à atividade turística municipal.

- Fragilidade no aproveitamento das informações disponíveis para o monitoramento e avaliação das políticas públicas de turismo.

- Inadequação metodológica do Inventário Turístico Municipal aos parâmetros previstos pelo sistema integrado de informações (INVITUR) do Ministério do Turismo.

- Ausência de regulação e implantação de políticas de fomento e crédito dirigidas aos segmentos que compõem a cadeia produtiva do turismo, consideradas suas especificidades.

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

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245 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

2.6.4. Aspectos Socioambientais

A presente dimensão manteve foco na avaliação das características naturais da Área Turística que constituem uma das bases da atividade turística local. A análise buscou as fragilidades socioambientais mais relevantes, os principais riscos e a estrutura de gestão ambiental presente no AT, conforme apresentado no quadro a seguir.

AMBIENTE EXTERNO

Oportunidades Ameaças

- Aprimoramento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação e políticas e programas correlatos de financiamento.

- Fortalecimento das preocupações sobre a qualidade ambiental urbana e, concomitantemente a isso, aplicação da atratividades em áreas de proteção ambiental.

- Descentralização da gestão urbano-ambiental na composição tripartite proposta pelo Governo Federal.

- Poluição das águas, em especial ao longo dos parques lineares.

- Ampliação do interesse privado na averbação de áreas com a finalidade de Reservas Particulares de Patrimônio Natural no município (RPPN).

AMBIENTE INTERNO

Forças Fraquezas

- Processo de gestão ambiental instalado tem atuação efetiva e positiva no município.

- Quadro de profissionais e recursos materiais para gestão ambiental; Plano Municipal de Controle Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

- Instrumentos de instituição e cadastro de áreas de interesse ambiental, em geral atrativos ou recursos turísticos.

- Ações normativas e administrativas de uso e ocupação do solo cumprem a função do arcabouço instrumental necessário para a gestão urbano-ambiental.

- No que se refere ao arcabouço jurídico as normas (leis) de proteção ambiental não têm afetado negativamente as atividades turísticas.

- O Plano Diretor (adequação 2004) constitui um instrumento diretivo da gestão sobre aspectos urbanos, culturais, sociais e ambientais.

- Para delimitação da proteção ambiental o município instituiu 16 Bosques com o total de área de 761.936m² e 21 parques urbanos com o total de área de18.854.905m².

- Ampliação das áreas verdes é importantes para a gestão urbana, principalmente vinculada a drenagem, como também para a atratividade turística.

- Ocorrência de disposição inadequada de resíduos, em especial, no centro histórico e alguns parques municipais.

- Pouca integração entre políticas/programas ambientais e turismo, em especial no tema fiscalização e licenciamento.

- Processo incipiente de certificação ambiental para empresas privadas do setor turístico.

- Falta de planos de manejo para a maior parte das unidades de conservação municipal.

- Uso de áreas naturais sem planejamento ambiental (Plano de Manejo), avaliação e monitoramento de impactos efetivo e integrado.

- Não existe a quantificação e qualificação da origem dos impactos pela atividade turística formalizado ou sistematizado.

- Baixa integração entre as instituições (pastas) que atuam no planejamento, meio ambiente e turismo.

- Inexistência de um sistema de monitoramento integrado de informação urbano-ambiental estruturado articulado com a atividade turística.

- Processo incipiente de certificação ambiental para empresas privadas do setor turístico.

- Áreas proteção do sul do município estão em pior estado de conservação e infraestruturação comparativamente com as do norte.

- Enfraquecimento dos programas relacionados à temática educação ambiental, principalmente no que se refere ao tratamento dos resíduos sólidos municipais.

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

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246 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

2.7. CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

2.7.1. Valoração ponderada dos produtos turísticos ou tipos/segmentos de turismo atuais e potenciais

A Valoração Ponderada tem como objetivo definir claramente os tipos de segmentos atuais e potenciais da área turística, tendo como base os diversos elementos relacionados à análise do mercado turístico capazes de motivar fluxos de turistas para o destino. Neste caso, considerando a necessidade de apresentar os produtos de forma clara, optou-se por trabalhar a delimitação de linhas de produtos ao invés de segmentos turísticos, por estes tratarem o produto de forma mais genérica.

Para a construção da valoração ponderada a equipe consultora destacou os principais elementos que constituem ou tem capacidade de constituir a oferta de produtos turísticos de Curitiba, conforme demonstrado na leitura do segundo capítulo – Análise do Mercado Turístico, e transcrito no quadro a seguir.

QUADRO 18 - IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS CENTRAIS DO MERCADO TURÍSTICO E DELIMITAÇÃO DAS LINHAS DE PRODUTO

LINHAS DE PRODUTO ELEMENTOS CENTRAIS

EVENTOS CULTURAIS

Eventos Culturais de Interesse Turístico

Festivais Gastronômicos

Feiras Especiais de Época

Eventos de Natal

CIDADE EDUCADORA

Feiras de Profissionais

Intercâmbio

Visitas Técnicas

Indústrias - CIC

Parque Tecnológicos

Urbanismo

NEGÓCIOS E EVENTOS

Eventos Corporativos

Compras

Equipamentos de feiras e convenções

Relações Institucionais - CCVB

Qualidade de vida e boa infraestrutura

PARQUES URBANOS

Concentração de Parques

Parque Náutico

Memoriais étnicos

Atividades e eventos culturais nos parques

Parque como referência urbano-ambiental

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247 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

CIDADE DA INOVADORA

Moda

Cultura e História Ciclista

Movimentos de Bairros Comerciais

Feiras e Mercados

Planejamento Urbano

Produção Cinematográfica

Linha de Turismo

Economia Criativa

Transporte Urbano

Produção e Referência Artística

Gastronomia Diversificada

Historia em Quadrinhos Arte e Produção

Equipamentos e Edificações Culturais

Artesanato

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2012.

As cinco linhas de produto foram alvo de reflexões mais aprofundadas para fortalecer o entendimento e consolidar a elaboração inicial das propostas para a área turística. Neste sentido, elaborou-se, com base na análise do mercado turístico e no debate realizado com o CTUR, a análise da valoração ponderada das linhas de produtos, relacionando estas a dois conceitos centrais: ADERÊNCIA144 e ESTRUTURAÇÂO145.

A correlação entre os valores de aderência e estruturação foi analisada, utilizando como ferramenta um gráfico de dispersão, subdividido em 4 campos de posicionamento de mercado, a saber:

(i) Criação de mercados: Ampliar a promoção e comercialização de produtos turísticos com enfoque nas linhas de produtos e na integração das mesmas fortalecendo a imagem turística do Polo.

(ii) Desenvolvimento de mercados: Melhorar a gestão e a qualificação dos produtos turísticos existentes, valorizar os elementos centrais de cada linha de produto identificada visando impulsionar a atratividade do Polo.

(iii) Desenvolvimento de produtos: Estruturar a oferta turística, valorizando e definindo o uso turístico de atrativos e recursos turísticos, conforme as linhas de produto do Polo.

(iv) Mercado e/ou oferta de produto restrita: Aprimorar a oferta após a consolidação das linhas prioritárias a fim de agregar valor aos produtos principais.

144Qual a ADERÊNCIA de cada linha de produto em relação ao mercado? (i) Capacidade de participação no

mercado: fluxo atual – nacional, interestadual e internacional e fluxo potencial - nacional, interestadual e regional. (ii) Potencial de divisão da fatia de mercado com destinos que atuam com linhas de produtos similares.

145A linha de produto está ESTRUTURADA ou tem potencial de estruturação para ser competitiva na atração de fluxos turísticos específicos? (i) Existência e qualidade de infraestrutura pública e privada; (ii) Existência de produtos turísticos locais estruturados e em fase de comercialização; (iii) Oferta de equipamentos e serviços de apoio que supram a demanda da linha de produto.

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248 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

GRÁFICO 33 - DELIMITAÇÃO DO POSICIONAMENTO DE MERCADO DA ÁREA TURÍSTICA DE CURITIBA

Elaboração: Ambiens, 2012.

Neste sentido, ficou evidenciado que as linhas relativas a “Parques Urbanos” e “Negócios/Eventos”, já apresentam nível elevado de oferta e estruturação, com alta aderência frente à demanda do mercado turístico, as linhas de produtos atualmente consolidadas na Área e que ainda têm possibilidade de maior crescimento sob o enfoque da sustentabilidade e que, portanto, é conveniente sustentar e reafirmar, considerando-as como prioritárias. Frente a essa valoração cabe ao PDITS indicar a estratégias e ações de curto e médio prazo para seu desenvolvimento.

Por outro lado, as linhas (i) de eventos culturais, (ii) atividades relacionadas a educação/conhecimento/intercâmbio e (iii) cidade inovadora, constituem linhas de grande interesse e, portanto, demanda do mercado onde Curitiba concorre. São linhas ainda emergentes que têm maior possibilidade de crescimento na Área, nas quais se devem concentrar esforços. Por este motivo, embora apresentem um conjunto considerado “potencial” podem ser trabalhadas por meio de estratégias de médio e longo prazo, para desenvolvimento dos produtos específicos que as consolidem.

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249 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

2.7.2. Áreas Críticas de Intervenção

No ambiente empresarial e no campo de conhecimento das ciências administrativas, a análise dos fatores que impactam o desenvolvimento de um produto e da sua capacidade de ser competitivo em um determinado mercado, promovendo retorno para o empreendimento, tem sido uma das questões que concentram a atenção de administradores e estrategistas. Algumas categorias ou métodos de análise adquiriram relativo consenso ou, ao menos, estabeleceram fundamentos importantes para a busca de resposta à esta questão.

A teoria da Curva do Ciclo de Vida do Produto, por exemplo, que pode ser usada para avaliar a relação entre a necessidade de investimento e o retorno que pode ser obtido com o produto, a partir do seu estágio de maturidade, constitui-se me um instrumento para priorização de investimentos e de produtos. Com base nesta teoria, a Matriz BCG (Boston Consulting Group) - referência que foi adaptada na formulação da metodologia de priorização das linhas de produto apresentada no tópico seguinte - combina a participação de mercado que determinada empresa detém com o ciclo de vida do produto para estabelecer uma classificação ou priorização do seu portfólio de produtos, definindo, para cada caso, estratégias específicas.

Ainda no campo do diagnóstico estratégico, contudo, além da análise do ciclo de vida dos produtos, diversas metodologias desenvolvidas no campo da administração incorporam outros elementos para a determinação do grau de investimento necessário para tornar competitivo um produto ou uma linha de produto em um mercado específico.

A amplamente disseminada metodologia de análise SWOT (Strength, Weaknesses, Opportunities and Threats), desenvolvida na década de 1960, classifica as condições ambientais em relação à sua contribuição, positiva ou negativa, para o desenvolvimento do negócio. Mais especificamente em relação aos aspectos internos, a classificação procura estabelecer, em primeiro lugar, quais elementos que distinguem positivamente a organização no aproveitamento de oportunidades de mercado ou na defesa contra ameaças presentes no ambiente empresarial e, em segundo lugar, quais elementos devem ser corrigidos para minimizar as deficiências da organização nestes mesmos intentos. Apesar da sua limitada capacidade de responder à questão da "competência distintiva" (AZEVEDO; COSTA, 2014, p. 3), esta metodologia já indica que a avaliação deve se dar em função da importância que determinados aspectos possuem para o sucesso do empreendimento. Nesta mesma linha, David (1998, apud AZEVEDO; COSTA, 2014, p. 14) define como Fatores Críticos de Sucesso os aspectos que devem ser analisados para formulação de sua Matriz EFE (External Factor Evaluation).

Inspirado por essas metodologias, a Ambiens propõe que a definição de áreas críticas de intervenção não pode se restringir à análise da qualidade intrínseca da variável, como se vê, muitas vezes, em aplicações equivocadas da análise SWOT, por exemplo. Fundamentalmente, a avaliação dos fatores críticos deve incorporar a avaliação da importância da variável analisada para o negócio que é objeto da formulação de estratégia. É este aspecto que se encontra na essência de diversas metodologias de formação de estratégia, como a análise GUT (Gravidade, Urgência e Tendência), apenas para citar um exemplo. Para o PDITS Curitiba, propõe-se a utilização de uma matriz que combine a avaliação da condição de qualidade e estruturação de cada variável analisada com o seu impacto ou aderência no desenvolvimento das linhas de produto. Esta análise,

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250 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

essencialmente qualitativa, se baseia no conhecimento dos técnicos e profissionais da área consultados. A Matriz Qualidade versus Impacto apresenta como resultado a classificação das variáveis segundo a prioridade de intervenção, considerando que aquelas que possuem alto impacto e se encontram em condições precárias de qualidade são as mais críticas em relação à demanda de investimento. De acordo com esta proposta metodológica, são desconsideradas, para cada linha de produto, as variáveis com baixo impacto e são definidos quatro níveis de criticidade:

• Nível 1 (vermelho) variáveis (i) em condição precária ou inadequada de qualidade e estruturação e (ii) com alto impacto/aderência sobre a linha de produtos;

• Nível 2 (laranja) variáveis em condição precária ou inadequada de qualidade e estruturação e (ii) com médio impacto/aderência sobre a linha de produtos;

• Nível 3 (amarelo) variáveis (i) em condição razoável de qualidade e estruturação e (ii) com médio ou alto impacto/aderência sobre a linha de produtos;

• Nível 4 (verde) variáveis (i) em condição boa ou excelente de qualidade e estruturação (ii) com médio ou alto impacto sobre a linha de produtos;

• Nível 5 (cinza) variáveis em condições precária a excelente de qualidade de estruturação e (ii) com baixo impacto sobre a linha de produto.

As variáveis representadas na cor cinza são aquelas qualificadas como de baixo ou nenhum impacto para a linha de produto.

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251 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

GRÁFICO 34 - MATRIZ QUALIDADE VS IMPACTO

FONTE: Ambiens Cooperativa, 2013.

Operacionalmente, a identificação de áreas críticas de intervenção foi realizada para cada uma das sete linhas de produtos definidas na etapa relatada anteriormente. O produto resultou das reflexões da “oficina de valoração ponderada e posicionamento de mercado” (AMBIENS/CTUR, 25 de janeiro de 2013), combinadas, em seguida, com reflexões complementares da equipe consultora.

Num primeiro momento foi realizada a avaliação do conjunto de variáveis por meio de sua aderência ou impacto sobre cada uma das linhas. Foram atribuídos valores entre 1 (baixa ou nenhuma aderência/impacto) e 5 (maior aderência/impacto).

No segundo momento foram avaliadas as condições da qualidade e estruturação de cada variável para Curitiba, novamente com notas entre 1 e 5, numa escala que variou entre condição inadequada (1), precária (2), razoável (3), boa (4) e excelente (5).

O cruzamento destes dois momentos (1) da condição da variável com (2) sua aderência/impacto sobre a linha de produtos foi demonstrado por meio de um gráfico de

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252 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

dispersão, que apresentou uma leitura preliminar das áreas mais críticas, corrigida pela leitura conjunta realizada pela equipe consultora.

Os quadros apresentados a seguir, organizados por dimensão de análise, resultam da utilização do gráfico de dispersão para cada uma das cinco linhas de produtos, ou seja, divide o conjunto de variáveis segundo os níveis de criticidade supracitados e suas respectivas cores.

A representação gráfica ilustra o objetivo final da identificação das áreas críticas de intervenção: apontar os principais desafios para a consolidação do posicionamento de mercado desejado para a área turística.

Um dos destaques, por exemplo, diz respeito a variável segurança pública, no campo da infraestrutura, que foi considerada de alto impacto para todas as linhas de produtos e em situação grave ou,conforme nota e termo utilizado no gráfico, “2 – condição precária”.

Para o conjunto das cinco linhas, também fica evidente que a dimensão institucional, reúne um conjunto expressivo de áreas críticas representadas, por exemplo, (i) pela condição atual de implementação das políticas, programas e projetos públicos de turismo, (ii) interface com os agentes privados que compõe o órgão colegiado de turismo e (iii) a própria organização/dinâmica da instância de governança na atividade turística.

2.7.2.1 Mercado Turístico

INDICADORES

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[condição/adequação dos atrativos/recursos turísticos de interesse cultural]

[condição/adequação dos atrativos/recursos turísticos de interesse ambiental]

[equipamentos e serviços de hospedagem]

[equipamentos e serviços de alimentação]

[equipamentos e serviços de animação e lazer]

[operadores de receptivo]

[equipamentos e serviços de informação turística]

[equipamentos e serviços de eventos]

Elaboração: Ambiens, 2012.

Condição/adequação dos atrativos/recursos turísticos de interesse cultural

• Há pouco aproveitamento da diversidade de personalidades da área cultural reconhecidas nacionalmente para a criação de novos produtos turísticos relacionados a eventos culturais; Falta de articulação entre ações de incentivo à cultura e gestão do turismo restringe a criação de novos eventos culturais de grande porte ligados à cultura da cidade.

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253 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Linha de Produto impactada: Eventos Culturais

• O caráter étnico-cultural e de urbanidade, bem como a história de planejamento urbano relacionada aos parques são pouco aproveitados para o incremento da atratividade destes espaços. Linha de Produto impactada: Parques Urbanos

• A história de planejamento urbano vinculada a imagem de Curitiba, materializada nos órgãos municipais de planejamento e cultura, e nas universidades de que realizam pesquisas nesta área não configuram produtos voltados para o turismo de estudos e intercâmbio. Linha de Produto impactada: Cidade Educadora

• Os atrativos culturais apresentam pouca ou nenhuma sinalização de acesso (bilíngue e em pontos estratégicos da cidade), prejudicando o acesso autoguiado dos visitantes. O mesmo acontece com a falta de sinalização interpretativa que possui importante papel na qualidade da experiência dos visitantes. Praticamente não há estruturas de acessibilidade aos atrativos culturais que também apresentam poucos funcionários capacitados a atender o visitante e dar informações pertinentes aos atrativos. Elementos de atratividade são pouco explorados nos equipamentos. Linhas de Produto impactadas: Cidade Inovadora.

• A falta de segurança, principalmente no Setor Histórico, prejudica o bem estar do visitante e acaba facilitando a presença de vandalismo nos bens culturais, públicos e privados, causando danos à paisagem urbana de maneira geral. Linhas de Produto impactadas: Cidade Inovadora.

• Falta de um sistema de salvaguarda do patrimônio imaterial em Curitiba restringe a renovação e atratividade dos espaços culturais da cidade; Há pouco aproveitamento da diversidade de personalidades da área cultural reconhecidas nacionalmente para a criação de novos produtos turísticos relacionados a cultura urbana. Falta de articulação entre a política urbana e a política de preservação do patrimônio cultural coloca em risco o patrimônio edificado da cidade; Linha de Produto impactada: Cidade Inovadora.

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254 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

• Falta de interação e articulação do CTUR com as entidades que realizam e promovem os eventos culturais e esportivos na cidade causa a subutilização desses eventos como componentes do produto turístico local, perdendo o potencial de atração de maiores fluxos e mais diversificados. Linha de Produto impactada: Eventos Culturais

Condição/adequação dos atrativos/recursos turísticos de interesse ambiental

• Os atrativos possuem condições medianas de acesso com deficiência nas calçadas,

ciclovias não interligadas e principalmente pouca disponibilidade de estacionamento para veículos de passeio e turísticos. Isso ocorre em atrativos que possuem grande fluxo de visitantes, prejudicando o transito nas imediações próximas, podendo causar transtornos na acessibilidade dos atrativos. Linha de Produto impactada: Parques Urbanos.

• A maioria dos atrativos apresenta pouca oferta de estruturas básicas de uso como guarita, centro de recepção de visitantes, acessibilidade e instalações sanitárias, prejudicando a experiência dos visitantes. O mesmo acontece com falta de qualidade dos empreendimentos de alimentação situados dentro dos atrativos e nos arredores. Linha de Produto impactada: Parques Urbanos.

• Atrativos possuem uma gestão que não está voltada para o atendimento dos turistas e são subutilizados sob a perspectiva de realização de eventos esportivos e culturais que possam servir de completo ao atrativo em si. A percepção de insegurança na maioria dos atrativos também influencia de maneira negativa a experiência dos visitantes. Linhas de Produto impactadas: Parques Urbanos e Cidade Inovadora.

• Os parques urbanos ainda possuem um caráter predominantemente contemplativo, mostrando carência de atividades de lazer e recreação adequadas para turistas e moradores. Linhas de Produto impactadas: Parques Urbanos e Cidade Inovadora.

Equipamentos e Serviços de Hospedagem

• Mão de obra no segmento apresenta em geral baixa escolaridade, gerando necessidade de ações para promoção da profissionalização dos trabalhadores. Linhas de Produto impactadas: Negócios e Eventos; Parques Urbanos; Cidade Inovadora; Eventos Culturais e Cidade Educadora.

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255 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Equipamentos e Serviços de Alimentação

• A pouca oferta de equipamentos de alimentação com bom nível de qualidade nos atrativos naturais é também um fator crítico que influencia na qualidade do produto turístico e na experiência do visitante. Linhas de Produto: Parques Urbanos

Equipamentos e Serviços de Animação e Lazer:

• Falta de um espaço público para prática poliesportiva com capacidade e qualidade para realização de grandes eventos esportivos e adaptações eventos culturais. O mesmo acontece em relação à falta de um espaço público exclusivo para realização de grandes shows. Linha de Produto impactada: Eventos Culturais.

• Os produtos ligados a negócios e eventos não se articulam aos atrativos, equipamentos e serviços de cultura e lazer, apesar de se concentrarem nas mesmas áreas da cidade. Linha de Produto impactada: Negócios e Eventos.

Operadores de Receptivo

• Em Curitiba há poucas agências de receptivo que oferecem produtos e serviços diferenciados, sendo que a maioria delas oferece serviços padrão que normalmente são muito similares: by-night, city tour, roteiros para Campos Gerais e Litoral. Ao mesmo tempo, há pouca divulgação e comercialização de produtos integrados da AT com a região turística - Rotas do Pinhão. Esses fatores influenciam negativamente na oferta diversificada de produtos turísticos o que pode também influenciar no tempo de permanência dos visitantes. Linhas de Produto impactadas: Negócios e Eventos; Parques Urbanos; Cidade Inovadora e Cidade Educadora.

Equipamentos e Serviços de Informação Turística

• A falta sinalização indicativa na maioria dos PITS prejudica o acesso a esses serviços. Além disso, alguns materiais institucionais apresentam falta de informações pertinentes (dias de funcionamento dos atrativos), poucas imagens e fonte pequena. O site do CTUR necessita de atualização estrutural e de conteúdo para melhor atender as necessidades dos visitantes. Linhas de Produto impactadas: Negócios e Eventos; Parques Urbanos; Cidade Inovadora; Eventos Culturais e Cidade Educadora.

• A qualidade das informações transmitidas sobre roteiros regionais e integrados apresenta fragilidades e há limitação das informações turísticas transmitidas pelos

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256 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

atendentes do Disque Turismo em horário extra comercial (noites e finais de semana) que é direcionado ao atendimento da prefeitura (156). Linhas de Produto Impactadas: Negócios e Eventos; Parques Urbanos; Cidade Inovadora; Eventos Culturais e Cidade Educadora.

Equipamentos e Serviços de Eventos

• Curitiba não possui um espaço multiuso capaz de comportar eventos de grande porte, e os equipamentos de eventos que possuem espaços multiusos e com maior capacidade de público encontram-se distantes dos locais de concentração dos demais serviços turísticos, principalmente dos MH e SA. Linha de Produto impactada: Cidade dos Negócios e Eventos

2.7.2.2 Infraestrutura

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A [sistema viário]

[sistema de transporte urbano]

[sistema de abastecimento de água]

[sistema de esgotamento sanitário]

[sistema de limpeza urbana e coleta de resíduos sólidos]

[sistema de drenagem pluvial]

[sistema de comunicação]

[iluminação pública]

[serviços de saúde]

[segurança pública]

Elaboração: Ambiens, 2012.

Sistema de Transporte Urbano

• Diversas linhas de ônibus encontram-se saturadas, a integração física aumenta o tempo e a distância de deslocamento e verifica-se a ausência de integração com outros modais que dificulta a ampliação do atendimento pela utilização de sistemas complementares como a bicicleta, por exemplo. Mais especificamente em relação ao turismo, os serviços especiais de interesse turístico, como a linha de ônibus especial e os serviços de taxi, demandam ampliação da oferta. Esse último tende a impactar principalmente a competitividade do destino na linha de produto de Negócios e Eventos, mas não deixa de afetar o desenvolvimento das demais linhas. Finalmente, a própria perspectiva de desenvolver a linha de produto Cidade Inovadora, Cultura da Cidade, pode apoiar-se no reconhecimento do sistema de transporte público, o que exige adotar a inovação constante como um dos seus principais atrativos. Linhas de Produto impactadas: Negócios e Eventos; Cidade Inovadora; Eventos Culturais, Cidade Educadora.

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257 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Sistema de Esgotamento Sanitário

• O sistema de coleta e tratamento de esgoto apresenta deficiências que implicam na degradação da qualidade das águas dos principais rios que cortam a cidade e que formam os parques urbanos. Rios como o Belém, o Barigui e o Bacacheri, por exemplo, apresentam indicadores de poluição bastante elevados em função da recepção de esgoto sem tratamento, comprometendo a qualidade de alguns atrativos, como os Parques Barigui, Tingui e São Lourenço e o Passeio Público, por exemplo. Há a necessidade de ampliar a captação dos efluentes, em parte destinados às redes de águas pluviais, mesmo em locais com disponibilidade de rede de esgoto, e aprimorar o sistema de tratamento, incluindo a fiscalização de ligações indevidas de águas pluviais no sistema de esgotamento, fator que compromete o tratamento adequado dos efluentes. Estas ações deveriam almejar a recuperação plena da qualidade das águas dos rios e parques urbanos, ampliando, inclusive as opções de uso recreativo dos atrativos. Linha de Produto impactada: Parques Urbanos

Sistema de Comunicação

• Embora Curitiba ocupe a liderança no “Índice Brasil de Cidades Digitais” (IBCD, 2012), o sistema de comunicação municipal carece de qualificação em certos aspectos que prejudicam a adequada prestação de serviços ao visitante. Nesse sentido, os principais entraves referem-se à necessidade de aprimoramento da rede de telefonia móvel e a ampliação e melhoria da estrutura pública de acesso a internet sem fio. Linhas de produto impactadas: Negócios e Eventos; Cidade dos Parques; Cidade Inovadora; Eventos Culturais, Cidade Educadora.

Segurança Pública

• A coincidência entre as áreas geográficas de interesse turístico e os espaços

urbanos com maiores índices de criminalidade faz da segurança pública a maior deficiência de serviços urbanos a ser superada. A localização dos atrativos e das principais vias de deslocamento evidencia espaços preocupantes que combinam (i) fluxo e concentração de turistas com (ii) um número elevado de ocorrências. Linhas de produto impactadas: Negócios e Eventos; Cidade dos Parques; Cidade Inovadora; Eventos Culturais, Cidade Educadora.

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258 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

2.7.2.3 Quadro Institucional

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[capacidade administrativa dos órgãos públicos relacionados ao turismo]

[governança municipal na atividade turística]

[políticas públicas municipais do turismo]

[planejamento e programas da prefeitura para o turismo]

[legislação municipal]

[incentivos para o setor privado]

Elaboração: Ambiens, 2012.

Capacidade administrativa dos órgãos públicos relacionados ao turismo

• Frágil articulação interinstitucional entre o Instituto Municipal de Turismo e a Fundação Cultural de Curitiba, órgão responsável pelas ações e políticas públicas municipais vinculadas à cultura Linhas de produto impactadas: Eventos Culturais

• Ausência de participação do Instituto Municipal de Turismo na gestão dos atrativos naturais municipais, a qual fica a cargo exclusivamente da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da URBS S/A. Linha de produto impactada: Parques Urbanos.

Governança Municipal na atividade turística

• A carência de qualidade da participação social nas instâncias de governança repercute na falta de coesão às ações propostas pelo poder público para o desenvolvimento turístico, reduzindo potencialidades que poderiam surgir com a otimização destes espaços. Linhas de Produto impactadas: Negócios e Eventos; Parques Urbanos; Cidade Inovadora; Eventos Culturais e Cidade Educadora.

Políticas públicas municipais do turismo

• As políticas públicas municipais de turismo, desenvolvidas pelo CURITIBA TURISMO, possuem primordialmente caráter de divulgação do destino. Desta forma, o órgão oficial pouco participa do processo de planejamento e formulação das

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259 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

políticas voltadas aos atrativos turísticos, que ficam a cargo de outros órgãos da administração pública, como a SMMA e, no caso das intervenções territoriais, do IPPUC. Tem-se com isso um subaproveitamento da potencialidade dos atrativos, na medida em que os órgãos competentes por sua gestão não possuem nem qualificação técnica, nem competência administrativa, para dirigir sua atuação com vistas a qualificação e promoção do destino. Linhas de Produto impactadas: Negócios e Eventos; Parques Urbanos; Cidade Inovadora; Eventos Culturais e Cidade Educadora.

Planejamento e programas da prefeitura para o turismo

• Ausência de participação do órgão oficial de turismo no processo de planejamento turístico. Inexistência de um sistema de monitoramento e revisão das políticas em curso, que permita a utilização das informações produzidas pelas pesquisas do Instituto Municipal de Turismo como subsídio para o aprimoramento dos programas e ações pertinentes à atividade turística. Linhas de Produto impactadas: Negócios e Eventos; Parques Urbanos; Cidade Inovadora; Eventos Culturais e Cidade Educadora.

Incentivos para o setor privado

• Inexiste no âmbito municipal quadro de incentivos dirigido especialmente ao fomento dos investimentos da iniciativa privada na atividade turística. Embora outros incentivos ao empreendedorismo possam ser localizados, não há qualquer política específica que considere as demandas peculiares dos agentes que atuam no trade turístico. Linhas de Produto impactadas: Eventos Culturais; Cidade Educadora; Negócios e Eventos.

2.7.2.4 Gestão Socioambiental

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[condições do meio ambiente]

[impactos ambientais]

[sistemas de gestão ambiental]

[leis de uso e ocupação do solo (zoneamento)]

[participação e controle social]

Elaboração: Ambiens, 2012.

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260 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Impactos Ambientais

• A qualidade hídrica dos rios que cortam a cidade é considerada precária ou mesmo ressalta a falta de cuidado com as características ambientais urbanas, sendo que afetam a qualidade visual da paisagem, devido as cores escuras das águas e a existência de resíduos nos leitos dos rios e córregos, como também, são fontes de maus odores. São fontes deste processo as ações de canalização hídrica, falta de esgotamento sanitário e intervenção nas áreas de APP. Linha de Produto impactada: Parques Urbanos

• O município constituiu um sistema de áreas verdes que se tornou referência no país, entretanto em algumas destas áreas a falta de cuidados com os equipamentos urbanos (de visitação), fiscalização ambiental e acumulo de resíduos sólidos é um fator que afeta diretamente a qualidade destes ambientes e também a possibilidade de integração destas áreas com o turismo. Linha de Produto impactada: Parques Urbanos.

Sistema de gestão ambiental

• Embora a gestão ambiental municipal seja considerada como de eficiência positiva,

ainda assim, existe a falta de organização e disponibilização das informações de forma sistematizada e de acesso livre a visitantes e moradores. Assim como também esta questão é um fator que influencia diretamente na modernização, eficácia e eficiência da gestão ambiental municipal. Linha de Produto impactada: Parques urbanos

• O município de Curitiba se consolidou historicamente por divulgar boas práticas ecológicas de gestão urbana, entretanto no período mais recente existe uma crescente carência neste sentido, na questão especifica de se estimular a gestão ecologicamente correta de equipamentos e serviços houve uma proposta na década de 1990 pela ABIH a qual não foi efetivada, deste modo verifica-se a carência de estímulos públicos e de iniciativas do setor para a melhoria da gestão ambiental nas empresas. Linhas de Produto impactadas: Negócios e Eventos.

Leis de uso e ocupação do solo (zoneamento)

• A constituição de áreas verdes pela gestão municipal é uma situação considerada de referência no planejamento urbano, entretanto existe uma lacuna entre a demarcação de áreas e a efetivação da proteção pela constituição de planos de manejo, tal circunstância torna-se um fator crítico no sentido de manejo adequado da qualidade ambiental e também disponibilidade de uso público.

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261 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Linha de Produto impactada: Parques Urbanos

Participação e Controle Social

• A análise dos grupos de interesse no âmbito deste diagnóstico aponta para um conjunto diversificado e representativo de segmentos que participam dos processos participativos promovidos pela gestão turística municipal. Apesar disso, constatou-se igualmente um déficit qualitativo em tal participação, demandando a reestruturação das dinâmicas atualmente adotadas com o objetivo de implantar a gestão genuinamente compartilhada para as políticas públicas de turismo no município. Linhas de Produto impactadas: Negócios e Eventos; Parques Urbanos; Cidade Inovadora; Eventos Culturais; Cidade Educadora.

2.7.3. Posição Atual da Área no Mercado Turístico

O posicionamento de Mercado Atual e Potencial da Área foi elaborado a partir da delimitação dos respectivos marcos conceituais, justificativas, situação atual e potencial do conjunto de produtos.

Linha de Produto: EVENTOS CULTURAIS

Justificativa: Curitiba é palco de diversos eventos culturais, alguns consolidados – como o Festival do Teatro e a Oficina de Música – e outros eventos que ainda estão em fase de consolidação, com grande potencial de ampliação e que vem adquirindo importância no cenário nacional – como a Gibicon e a Bienal de Arte Ventosul. A articulação com a linha de produto “Cidade Inovadora” abre oportunidades de criação de novos produtos, de modo a estruturar um calendário cultural diversificado e bem distribuído, com foco no lazer da população local e na atração de fluxos turísticos.

Linha de Produto: CIDADE EDUCADORA

Justificativa: Curitiba possui uma diversidade de instituições de ensino superior e se destaca pela inovação em algumas áreas do conhecimento, citando-se como exemplo a pós-graduação em Direito da UFPR. Por despontar no cenário nacional e internacional como um modelo de planejamento urbano, Curitiba apresenta um potencial para recepção e intercâmbio de estudantes e profissionais interessados nesta temática. Este cenário também se articula às universidades, em especial ao curso de pós-graduação em gestão urbana, oferecido pela PUC, que já recebe alunos e professores de diversos países. O Parque tecnológico e algumas indústrias instaladas na cidade também se configuram como uma referência em tecnologia e inovação. Estes elementos conformam um cenário fértil para a estruturação de produtos voltados para estudos e intercâmbio.

Linha de Produto: NEGÓCIOS E EVENTOS

Justificativa: Curitiba apresenta condições favoráveis à realização de negócios e eventos corporativos, demonstrando ter uma oferta de produtos e serviços organizada e com qualidade. A boa condição de infraestrutura somada a disponibilidade de

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262 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

equipamentos para realização de convenções e feiras na cidade e na região são elementos importantes na escolha do destino como referência do segmento. Outros fatores que contribuem estão relacionados a boa oferta de equipamentos qualificados de apoio como hotéis e restaurantes que dão peso ao atendimento das exigências deste público. Capaz de sediar eventos de diversos portes, conta com o Curitiba, Região e Litoral Convention & Visitors Bureau, que desempenha papel estratégico na promoção do destino para geração e captação de eventos, fato comprovado pela colocação de Curitiba no ranking do International Congress and Convention Association (ICCA) entre as 10 cidades do Brasil que mais realizaram eventos internacionais em 2011. Mesmo com o somatório desses fatores, há um potencial de incremento nessa linha de produto, principalmente para a realização de convenções e congressos de grande porte, desde que sejam construídos os equipamentos adequados para atender essa demanda, principalmente na região mais próxima do centro da cidade.

Linha de Produto: PARQUES URBANOS

Justificativa: Historicamente, os parques urbanos de Curitiba são reconhecidos como soluções urbanísticas de incremento na qualidade de vida dos moradores, articulando-se à imagem de cidade ecológica e proporcionando espaços significativos de lazer e recreação. Vários destes parques foram concebidos e implementados a partir de temáticas de cunho étnico, reverenciando as várias culturas que constituem a identidade da cidade. Se por um lado estes elementos conferem uma grande atratividade a estes parques, também abrem a possibilidade de ampliação de sua utilização para novas atividades e eventos culturais. Ainda, há potencial para a renovação de alguns parques e estruturação como novos produtos turísticos.

Linha de Produto: CIDADE INOVADORA

Justificativa: Curitiba possui uma imagem e uma identidade ligada ao planejamento urbano, à qualidade de vida urbana e à urbanidade. Por outro lado, possui um sistema consolidado de proteção ao patrimônio cultural edificado, um centro histórico e atrativos arquitetônicos preparados para recepção de visitantes e para atividades de recreação, bem como um grande potencial para desenvolvimento de produtos a partir do seu patrimônio imaterial. A cidade possui uma grande quantidade de espaços culturais que ainda não são estruturados para a recepção de turistas, mas que podem ser integrados a produtos turísticos novos e existentes. O tema da cultura urbana se articula com outras linhas de produtos componentes do posicionamento de mercado do destino, em especial a de eventos culturais e dos parques urbanos, conhecidos pelo seu paisagismo e pelo partido étnico de alguns deles.

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265 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

3. VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA

A presente discussão está relacionada aos elementos de destaque sobre a área turística identificados na fase do diagnóstico estratégico (PDITS CURITIBA 2013 – PARTE 2, Cap. 06). Tais elementos são considerados estratégicos, uma vez que representam características importantes para o desenvolvimento do turismo e se configuram como aspectos dinamizadores da atividade turística em Curitiba.

Com relação à situação geográfica da AT Curitiba, a capital do Estado, situa-se na região Sul do Brasil e no Primeiro Planalto Paranaense, região esta divisora entre o Litoral e os Campos Gerais, tem como limítrofes os municípios ao Norte – Almirante Tamandaré e Colombo; a Leste – Pinhais e São José dos Pinhais; Sul – Fazenda Rio Grande e Araucária; e a Oeste – Campo Largo e Campo Magro.

Já em relação à leitura territorial da política estadual de turismo a AT pertencente à região Rotas do Pinhão, uma entre as dez definidas pelo programa de regionalização do turismo, a qual possui papel de destaque em relação ao desenvolvimento turístico no Estado, sendo eleita pelo mesmo programa um dos três destinos indutores no Paraná, juntamente com as cidades de Paranaguá e Foz do Iguaçu. Essa definição infere à cidade a responsabilidade de propagar o desenvolvimento nos roteiros dos quais fazem parte e, consequentemente, nas regiões turísticas que esses roteiros perpassam, demonstrando sua importância e merecimento de ações específicas para seu desenvolvimento.

FIGURA 33 - SITUAÇÃO GEOGRÁFICA EM RELAÇÃO AO ESTADO E LOCALIZAÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA EM RELAÇÃO ÀS REGIÕES TURÍSTICAS

FONTE: SETU-PR. 2008.

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266 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Mesmo que tenha sido contemplada pelo PRODETUR Nacional com a elaboração do PDITS para o Polo de Curitiba, Região Metropolitana e Campos Gerais146, Curitiba apresenta uma dinâmica urbana, ambiental, social e cultural distinta em relação aos demais municípios deste Polo. Esse destaque é apresentado no PDITS do polo quando se refere à posição atual do mercado turístico, afirmando que:

A Área Turística não tem uma identidade única por conter duas regiões turísticas com perfis distintos. Curitiba tem uma identidade própria, reconhecida internacionalmente. O fluxo de turistas para a visitação do patrimônio urbanístico de Curitiba não é fruto de uma ação formal dos gestores públicos do turismo, e sim uma externalidade positiva dos órgãos de planejamento da cidade. (PDITS CRMCG, pág. 244)

Cabe ressaltar que estas características abordadas ao longo dos estudos, somadas as análises que serão feitas a seguir, tornam a área turística referência para a realização de investimentos específicos os quais serão revertidos na atração de fluxos locais e regionais.

3.1. IMPORTÂNCIA DOS ATRATIVOS OU RECURSOS TURÍSTICOS

Motivadores principais do fluxo de turistas a um destino, os atrativos e recursos turísticos compõem o elemento central do desenvolvimento da atividade econômica do turismo. Aspecto fundamental para o processo de decisão e escolha dos destinos turísticos, em Curitiba, esses elementos são representados pelo histórico de planejamento urbano, sua rede de praças, parques e bosques, seu patrimônio cultural edificado, museus, teatros, equipamentos de contemplação, monumentos e espaços étnicos, bairros gastronômicos, feiras de artesanato e os eventos programados de interesse turístico.

Em meio a essa oferta, merecem destaque os Conjuntos Turísticos identificados no diagnóstico estratégico, decorrentes da presença de um número significativo de atrativos e equipamentos turísticos, sendo responsáveis por potencializar o impacto no desenvolvimento da atividade e diversificar a oferta de produtos, a saber: (i) Sítio de Interesse Turístico da Área Central; (ii) Circuito da Linha Turismo; (iii) Áreas Geográficas de Interesse Gastronômico147. A existência dos atrativos e dos conjuntos turísticos mostra-se importante e estratégica à medida que integram elementos centrais de duas linhas de produtos classificados com foco de desenvolvimento a curto e médio prazo, definidas na metodologia de valoração ponderada dos produtos e segmentos, são elas: (i) Cidade dos Parques e (ii) Cidade Inovadora. Ainda, é importante destacar que os fluxos turísticos relacionados às demais motivações (negócios e eventos, visita a parentes e amigos, etc.) podem vir a usufruir destes atrativos, ampliando sua importância no cenário da oferta turística local.

Neste contexto, para compreender o nível de importância dessa oferta de atrativos frente ao mercado turístico local, a equipe responsável pela elaboração do PDITS utilizou como metodologia de classificação e hierarquização os resultados da pesquisa de percepção da representatividade e da singularidade dos atrativos locais, aplicada junto aos empresários do trade turístico local, incluindo representantes do Conselho Municipal de Turismo,

146 Elaborado em 2011 pela Secretaria de Estado do Turismo do Paraná. 147 As Áreas Geográficas de Interesse Gastronômico (Polo Gastronômico) identificados no diagnóstico (Parte 02)

são oriundos de pesquisas preliminares apresentadas pelo CTUR em um estudo preliminar, necessitando ações para a consolidação dos mesmos como agrupamentos específicos de interesse turístico.

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267 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

escolhidos aleatoriamente para participação na pesquisa148, gerando tabelas de hierarquização dos atrativos naturais e culturais. Para efeitos de classificação, consideraram-se as seguintes definições:

• Representatividade Nacional: originalidade do atrativo ou recurso, representado pelo seu grau de importância como patrimônio natural ou cultural em relação a atrativos similares no território nacional.

• Singularidade: potencial que o atrativo ou recurso possui para atração de demandas locais, regionais, nacionais e internacionais.

QUADRO 19 - HIERARQUIZAÇÃO – ATRATIVOS NATURAIS

ATRATIVO SINGULARIDADE REPRESENTATIVIDADE HIERARQUIZAÇÃO

Jardim Botânico 12,7 10,5 23,3

Parque Tanguá 9,5 8,9 18,4

Parque das Pedreiras 8,8 8,6 17,4

Bosque Zaninelli 8,7 8,4 17,2

Parque Barigui 6,8 6,2 13,0

Parque Tingui 6,0 6,8 12,8

Bosque João Paulo II 6,0 6,7 12,6

Passeio Público 5,5 5,9 11,4

Bosque Alemão 5,2 5,6 10,8

Parque Iguaçu - Zoológico 5,0 4,9 10,0

Parque São Lourenço 3,8 5,6 9,4

Parque Passaúna 4,2 4,5 8,7

Parque Náutico 2,9 2,7 5,6

Bosque Capão da Imbuia 2,1 2,6 4,7

Parque Gen. Iberê de Matos - Bacacheri

2,1 2,1 4,2

Bosque Gutierrez 1,5 1,6 3,1

Bosque de Portugal 1,4 1,7 3,1

Parque da Barreirinha 1,3 1,2 2,5

Parque dos Tropeiros 1,2 1,3 2,5

Parque Lago Azul 1,1 1,2 2,3

Bosque Reinard Maack 1,4 0,9 2,3

Bosque do Trabalhador 0,9 0,7 1,6

Bosque da Fazendinha 0,8 0,7 1,5

Parque Cambuí 0,8 0,6 1,5

Elaboração: Ambiens Cooperativa, 2012.

148 Os participantes avaliaram os atrativos com notas de 0 a 3, sendo 0 para nenhuma representatividade e

singularidade e, 3 para elementos raros e singulares. Após tabulação dos formulários, a equipe aplicou uma combinação de pesos às respostas nos 04 níveis de avaliação, seguindo uma progressão de 1, 2, 4 e 8 para as notas 0, 1, 2 e 3, respectivamente, gerando uma pontuação parcial para cada item avaliado e o coeficiente final é resultado do somatório das parciais. Cabe ressaltar, ainda, que a hierarquização foi debatida e validada nos eventos participativos junto à equipe do Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo.

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268 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

QUADRO 20 - HIERARQUIZAÇÃO – ATRATIVOS CULTURAIS

ATRATIVO SINGULARIDADE REPRESENTATIVIDADE HIERARQUIZAÇÃO

Museu Oscar Niemayer 5,8 4,6 10,4

Ópera de Arame 5,4 4,3 9,7

Santa Felicidade 4,4 3,8 8,2

Largo da Ordem - Feira de Artesanato149 3,9 3,8 7,7

Teatro Guaíra 3,7 3,6 7,2

UFPR - Prédio Central 3,2 3,4 6,6

SESC Paço da Liberdade 2,9 3,5 6,4

Rua das Flores - Boca Maldita 3,0 3,1 6,2

Rua 24 horas 3,1 3,1 6,1

Torre Panorâmica 3,3 2,8 6,1

Teatro Paiol 2,9 2,9 5,9

Museu Paranaense 2,8 2,3 5,1

Praça João Cândido: Ruínas de São Francisco e Belvedere

2,1 3,0 5,0

Praça Garibaldi: Relógio das Flores + Fonte da Memória

2,4 2,6 5,0

Catedral Basílica Menor 2,7 2,2 4,9

Mercado Municipal 2,4 2,3 4,8

Praça Tiradentes 2,0 2,4 4,4

Museu Ferroviário 2,1 2,3 4,3

Capela Santa Maria 1,9 2,4 4,3

Ordem Rosa Cruz 2,5 1,8 4,3

Solar do Barão 2,3 2,0 4,3

Igreja da Ordem 2,0 2,1 4,2

Igreja do Rosário 2,0 2,1 4,2

Solar do Rosário 2,3 1,8 4,1

Mesquita Iman Ali - Templo Islâmico 2,0 2,1 4,1

149 A Feira do Largo da Ordem foi considerada nessa pesquisa como elemento integrante do próprio Largo da

Ordem.

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269 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Praça 19 de Dezembro - Homem Nu 1,9 2,2 4,0

Igreja Presbiteriana 1,8 1,9 3,7

Memorial de Curitiba 1,7 1,9 3,7

Conservatório de Música Popular Brasileira 1,7 1,9 3,6

Museu Tenente Max Wolf Filho (Expedicionário)

1,6 1,9 3,5

Museu do Automóvel 1,8 1,6 3,4

Biblioteca Pública do Paraná 1,6 1,8 3,3

Memorial Árabe 1,4 1,9 3,3

Museu de Arte Contemporânea 1,4 1,9 3,3

Casa da Memória 1,4 1,5 2,9

Casa Romário Martins 1,4 1,3 2,7

Fonte de Jerusalém 1,0 1,6 2,6

Casa Andrade Muricy 1,4 1,1 2,5

Museu de Arte Sacra 1,2 1,3 2,5

Museu Metropolitano de Arte / Portão Cultural

1,3 1,2 2,5

Casa Roffmann 1,1 0,9 2,0

Palacete Wolf 1,1 0,9 2,0

Museu Alfredo Andersen 0,8 1,0 1,9

Museu de Artes da UFPR 0,9 0,9 1,8

Praça Zumbi dos Palmares / Memorial Africano

0,7 0,7 1,4

Elaboração: Ambiens Cooperativa, 2012.

De acordo com as definições apresentadas em relação às variáveis representatividade e singularidade, pode-se afirmar que os atrativos com maior pontuação são de alta relevância dentro da oferta turística local.

Mesmo com a impossibilidade de utilização da pesquisa de demanda turística150 na metodologia de hierarquização, a mesma apresenta informações que corroboram com o resultado apresentado quando aponta para a preferência dos usuários em relação à visitação de atrativos nos níveis mais relevantes da hierarquização, a exemplo do Jardim Botânico, Parque Tanguá, Parque Barigui, Zoológico, Passeio Público, Ópera de Arame, Museu Oscar Niemeyer e Santa Felicidade. Vale ressaltar ainda que o quadro de

150 A preferência dos usuários em relação aos atrativos não pode ser utilizada na metodologia proposta, pois os

dados utilizados como fonte desta informação apresentam elementos generalizados a exemplo das respostas parques, praças e museus, tornando a classificação imprecisa. O mesmo aconteceu com a variação de disponibilidade em tempo, pois, uma vez que os atrativos considerados são todos perenes, essa variável tornou-se irrelevante.

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270 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

hierarquização deve orientar as discussões e análises voltadas a proposição de intervenções, visto que destaca os atrativos de maior importância e representatividade no contexto da oferta turística local.

Há que se destacar, no entanto, que a maioria desses atrativos, tanto naturais como culturais, possuem fatores que demandam melhoria no que se refere: (i) às condições de acesso, principalmente relacionadas à sinalização turística, pavimentação das ruas e calçamento; (ii) condições de uso com necessidade de implantação ou melhoria de estruturas de estacionamento, sinalização interpretativa, instalações sanitárias, acessibilidade e estruturas de apoio às práticas esportivas; (iii) preparação dos funcionários para atendimento aos turistas; (iv) dinamização do uso dos espaços, possibilitando a realização de eventos programados de fins turísticos; e (v) condições de segurança. Essas melhorias podem contribuir para a renovação de alguns atrativos e torná-los melhor estruturados para composição de produtos turísticos diversificados e competitivos.

A partir da análise destes dados, conclui-se que Curitiba apresenta uma quantidade significativa de atrativos naturais e culturais de importante relevância e se destacam, segundo quadro de hierarquização, símbolos da cidade também reconhecidos popularmente, a exemplo do Jardim Botânico, do Parque Tanguá, da Ópera de Arame, do Museu Oscar Niemayer e do Edifício Histórico da UFPR. Há que se ressaltar os demais atrativos de alta hierarquização que apresentam potencial para diversificação da oferta de produtos turísticos com potencial para incremento das linhas de produto Cidade dos Parques e Cidade Inovadora.

Essas linhas de produto e seus elementos centrais, vão de encontro à crescente chegada de turistas em Curitiba motivados a lazer e que por consequência, apresentam disposição para consumo de produtos turísticos ligados a visitação de atrativos naturais e culturais. Estes, aliados aos conjuntos turísticos destacados, apontam para uma oferta atrativa ao desenvolvimento do turismo relacionado à atividades de lazer vinculadas à visitação do

patrimônio natural e cultural, que se destaca como tipo de turismo real e com potencial de crescimento em Curitiba. Não obstante, a oferta desses atrativos e conjuntos turísticos é importante também para as demais linhas de produto, caracterizando-se como oferta complementar as mesmas, uma vez que os visitantes vinculados a eventos e negócios, turismo de intercâmbio e estudos e eventos culturais também usufruem dos atrativos, mesmo esses não significando o motivador principal da viagem.

IMPORTÂNCIA DOS ATRATIVOS OU RECURSOS TURÍSTICOS

Essas linhas de produtos e seus elementos centrais vão de encontro à

crescente chegada de turistas em Curitiba motivados por lazer e que,

consequentemente, apresentam disposição para consumo de produtos

turísticos ligados à visitação de atrativos naturais e culturais.

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271 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

3.2. ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE

Considerando que a essência da prática da atividade turística é o deslocamento de pessoas para uma localidade distinta da residência permanente, entende-se que o tema acessibilidade e conectividade é determinante para a análise do destino turístico, pois compreende o grau de integração física de uma determinada área com os principais mercados turísticos emissores, bem como o nível de conectividade entre as diferentes atividades, equipamentos e serviços turísticos no destino. A OMT (1995) indica que o desenvolvimento da infraestrutura de transporte está entre as “influências e fatores determinantes” para a escolha de um destino. Além disso, quando os meios de mobilidade estão disponíveis de forma diversificada, constituindo alternativas de acesso ao destino e seus atrativos e serviços turísticos, são capazes de atender a diferentes perfis de consumidores.

Dada a relevância do tema a OMT classifica os diversos serviços de transportes existentes, sejam estes ferroviários, rodoviários, marítimos ou aéreos na “Classificação Internacional Uniforme das Atividades Turísticas”. Esta classificação é adotada pelo Governo Federal brasileiro como Atividades Características do Turismo - ACT.

Para a análise dos sistemas de acessibilidade e conectividade considera-se a integração física, tanto pela infraestrutura existente quanto pela oferta de serviços de transporte e suas implicações nas variáveis distância/custo/tempo gastos pelos turistas dos principais mercados de origem. No âmbito do destino, verificam-se as infraestruturas e serviços de transporte que facilitam o acesso aos atrativos turísticos.

Inicialmente, é importante destacar que Curitiba ocupa, no âmbito da América do Sul, uma posição privilegiada em relação aos principais polos emissores, assim como em relação a alguns importantes destinos turísticos nacionais (Foz do Iguaçu, por exemplo). Dadas as grandes distâncias que caracterizam a relação entre os principais destinos sul-americanos, é importante considerar que Curitiba é a capital brasileira mais próxima de São Paulo, principal polo emissor, e está entre os destinos mais próximos de outros importantes polos, como Rio de Janeiro e Buenos Aires.

ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE

É importante destacar que Curitiba ocupa, no âmbito da América do Sul, uma posição

privilegiada em relação aos principais polos emissores, assim como em relação a alguns importantes destinos turísticos nacionais.

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272 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

TABELA 55 - DISTÂNCIAS, CUSTO E TEMPO PARA OS PRINCIPAIS EMISSORES SUL-AMERICANOS (POR TRECHO), 2013.

Curitiba São Paulo Rio de janeiro Buenos Aires Distância (km) 408 850 1775 Ônibus* Passagem (R$) 67/150 147/227 325 Tempo (horas) 7 14,5 36 Carro** Custo combustível e pedágio (R$) 108,67 259,79 474,64 Tempo 4h 48min 9h 20min 21h 34min Avião *** Passagem (R$) 90/215 182/238 1066/1646 Tempo 1 h 1h 28min 3h 10min

FONTE: DNIT e DER - distâncias oficias. * www.buscaonibus.com.br ** http://www.mapeia.com.br/ consumo médio 12 km/l - R$ 2,90/l *** www.decolar.com - passagens áreas com 30 dias de antecedência.

Contudo, a proximidade não constitui por si mesma uma vantagem se dissociada de infraestruturas e serviços que viabilizem a acessibilidade. A análise realizada para Curitiba caracterizou a existência de um sistema viário, mais especificamente rodoviário, qualificado, tanto em termos de capacidade, como em termos de qualidade de pavimento e geometria, ainda que os diversos trechos de serra nas rodovias de acesso possam se apresentar como desvantagem para a opção de deslocamento terrestre. Além disso, considerando a infraestrutura rodoviária, o município torna-se ponto de passagem prioritário nas ligações entre a Região Sudeste e a Região Sul do Brasil, assim como na ligação entre os países do Cone Sul e os principais municípios brasileiros.

TABELA 56 - DISTÂNCIAS, CUSTO E TEMPO PARA POLOS EMISSORES NACIONAIS, 2013 (POR TRECHO).

Curitiba Florianópolis Porto Alegre Recife Salvador Brasília Manaus

Distância (km) 300 711 3080 2385 1366 4050

Ônibus*

Passagem (R$) 50/70 100/162 475 330 170/210 900/1200

Tempo (horas) 5 11 55 36 24 7 dias

Carro**

Custo combustível e pedágio (R$) 81,1 204,02 779,07 619,62 416,71 1041,68

Tempo 3h 39min 8h 46min 34h 46min 26h 51min 15h 04min 44h 44min

Avião ***

Passagem (R$) 170/260 90/240 395/640 275/971 161/265 950/1630

Tempo 3h 1h 15min 7h 15min 6h 30min 1h 50min 8h 30min

FONTE: DNIT e DER - distâncias oficias. * www.buscaonibus.com.br **http://www.mapeia.com.br/ consumo médio 12 km/l - R$ 2,90/l *** www.decolar.com - passagens áreas com 30 dias de antecedência.

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273 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Ainda em termos de deslocamento terrestre, destaca-se que existem cerca de 180 linhas de ônibus que conectam Curitiba a centenas de localidades, sejam estaduais, nacionais ou internacionais, por meio da rodoviária (URBS, 2013). Atualmente, para a principal origem de turistas para Curitiba, o interior do Estado do Paraná, o acesso rodoviário, seja por ônibus ou carro, é fundamental.

TABELA 57 - DISTÂNCIAS, CUSTO E TEMPO PARA POLOS EMISSORES DO ESTADO DO PARANÁ, 2013 (POR TRECHO).

Curitiba Londrina Maringá Cianorte Umuarama Ponta Grossa Foz do Iguaçu Paranaguá

Distância (Km) 380 424 465 575 118 630 86

Ônibus*

Passagem (R$) 86/150 86/167 102/197 116/226 25 125/230 19/22

Tempo (horas) 6 7 8 9 2 9 1h 45min

Carro**

Custo combustível e pedágio (R$) 134,77 150,23 163,15 168,98 44,48 222,27 37,06

Tempo 4h 57min 5h 24min 6h 19min 6h 59min 1h 36min 7h 35min 1h 20min

Avião ***

Passagem (R$) 174/220 90/150 - - - 122/433 -

Tempo 45min 1 h - - - 1h 15min -

FONTE: DNIT e DER - distâncias oficias. * www.buscaonibus.com.br **http://www.mapeia.com.br/ consumo médio 12 km/l - R$ 2,90/l *** www.decolar.com - passagens áreas com 30 dias de antecedência.

Em relação às conexões aeroviárias, apesar da necessidade de ampliação do pátio e do terminal de passageiros e de implantação do sistema ILS-3, Curitiba dispõe de um aeroporto qualificado pela avaliação dos passageiros como um dos melhores do país, recebendo voos da maioria dos grandes aeroportos brasileiros. Poder-se-ia, contudo, considerar a ampliação de voos internacionais, que correspondem atualmente a apenas 1,33% do total.

Estando em Curitiba, o turista encontra um sistema viário adequado às necessidades de acesso aos atrativos turísticos e de mobilidade em geral. O sistema de transporte coletivo também apresenta boa qualidade, apesar da necessidade de qualificar os sistemas de integração e ampliar a oferta, inclusive da linha de ônibus especial de turismo. Não obstante o reconhecimento de qualidade durante o serviço prestado, o ponto negativo fica por conta da baixa disponibilidade do serviço de táxi, aspecto crítico em termos de ações para promover o desenvolvimento do turismo, principalmente na Linha de Produto Cidade dos Negócios e Eventos.

Vale destacar que o Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores (FGV, 2011) indica que, na macrodimensão “infraestrutura”, a dimensão “acesso” (que considera transporte aéreo, acesso rodoviário, outros tipos de acesso como aquaviário e ferroviário, sistema de transporte no destino e proximidade de grandes centros emissivos de turistas) apresenta resultados significativamente superiores em Curitiba considerando a média das capitais brasileiras.

Como já realçado, Curitiba está inserida em um eixo de conexão com regiões turísticas próximas e de destaque, a exemplo do Litoral do Paraná, aos Campos Gerais e a própria Rota dos Pinhões, em que Curitiba assume papel de indutor de fluxos aos próprios produtos

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turísticos ao passo que distribui esses fluxos aos municípios, rotas e roteiros da Região Metropolitana e dessas regiões. Esse fator de interligação é também considerado estratégico uma vez que amplifica o potencial de permanência dos fluxos turísticos no estado, capaz de fortalecer a própria região a estas mais próximas, potencializado pelo uso da malha rodoviária disponível.

3.3. NÍVEL DE USO ATUAL OU POTENCIAL

O impacto do turismo em espaços urbanos varia conforme a evolução, intensidade e os segmentos da atividade turística. No caso da Cidade de Curitiba, conforme diagnóstico (PDITS CURITIBA 2013 – PARTE 2), a atividade turística apresenta evolução gradativa, tendo acelerado nas últimas décadas tanto a demanda quanto a oferta, em especial no segmento eventos e negócios, aliado a segmentos complementares. Ainda que sejam tecidas críticas e apontadas debilidades, as quais devem orientar as próximas etapas do presente plano, é possível afirmar que este crescimento gradual em Curitiba encontra certo equilíbrio entre oferta e demanda atuais e, portanto, padrões compatíveis de uso, ocupação e um controle efetivo da urbanização e edificações relacionadas diretamente com a atividade turística.

A cidade apresenta instituições com capacidade suficiente para (i) monitorar e responder com normas de restrição ou incentivo, em especial via utilização de instrumentos urbanísticos e tributários, na medida em que a economia do turismo exige e (ii) captar recursos externos complementares para elaboração e execução de projetos estratégicos vinculados à atividade turística, em especial os desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba – IPPUC com possível e necessário diálogo com a CTUR. O espaço urbano de Curitiba pode ser considerado parcialmente consolidado, isto é, com espaços potenciais para ocupação ou alteração de usos relacionados ao turismo. Sua condição fundiária, fragilidade socioambiental e os conflitos territoriais existentes não são agravados diretamente pela atividade turística, resultam de um histórico e complexo processo nas escalas intraurbanas e metropolitanas de concentração de benefícios, segregação espacial e diferenças extremas de qualidade de infraestrutura urbana. Por outro lado, estas diferenças extremas podem, futuramente e em médio prazo, afetar os resultados esperados em projetos públicos e privados de interesse turístico.

Um exemplo recente é a requalificação da Rua Riachuelo e Rua São Francisco, que tendem a produzir um processo de gentrificação, independente de integrar e qualificar a paisagem da região central, uma das localidades de maior interesse turístico da cidade. A qualificação destes espaços deve promover uma alteração de usos, valorização imobiliária e provável elitização dos espaços públicos e privados, atraindo novos segmentos de moradores para área central e novos empreendimentos de comércio e serviço, atendendo demanda de moradores e turistas. Trata-se de um projeto urbanístico de interesse imediato do cidadão curitibano com resultados de médio prazo, positivos para a economia do turismo, mas que

NÍVEL DE USO ATUAL OU POTENCIAL

Ainda que sejam tecidas críticas e apontadas debilidades, as quais devem orientar as próximas etapas do presente

plano, é possível afirmar que os segmentos turísticos que apresentaram

crescimento gradual em Curitiba encontram padrões adequados de uso,

ocupação e controle efetivo da produção espacial.

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tendem a agravar a exclusão socioespacial. Neste sentido, é fundamental conciliar a política de turismo com as demais políticas de uso e ocupação, em especial a política de habitação e a política fundiária, com base nos princípios contidos no Estatuto da Cidade, Lei Federal n. 10257/01.

Em relação aos espaços culturais e naturais de especial interesse turístico, tais não apresentam no momento um fluxo ou demanda de grande impacto. Pode-se afirmar, conforme informações e análises do diagnóstico, que a oferta é condizente com a demanda de baixo impacto. O baixo impacto deve-se a uma equação atual que combina produtos pouco consolidados e uma visitação incipiente de turistas, ou seja, o principal usuário continua sendo o morador local. Como demonstram os números apontados no diagnóstico (PDITS CURITIBA 2013 – PARTE 2, Cap. 02 Mercado Turístico), em que cerca de 70% dos turistas que visitam Curitiba não visitam os atrativos.

Aumentar, portanto, os investimentos em publicidade, entre outras estratégias de atração deste fluxo potencial, tende a ampliar os impactos e, portanto, devem ser acompanhados de investimentos em qualificação concreta dos espaços e serviços.

3.4. SERVIÇOS BÁSICOS

A estruturação dos elementos que compõem os serviços básicos (saneamento ambiental, saúde, segurança pública, iluminação pública e serviços de comunicação) tem influência direta no desenvolvimento turístico na medida em que, além de proporcionar qualidade de vida à população local, confere ao turista as condições acessórias básicas para fruição dos produtos turísticos, permitindo que a experiência de viagem seja segura e confortável. Além disso, alguns serviços impactam diretamente na qualidade do produto ou do atrativo turístico, como se depreende das possíveis implicações que uma baixa qualificação das estruturas relacionadas ao saneamento básico, por exemplo, teriam sobre a qualidade do ambiente natural considerado como matéria prima para o desenvolvimento da atividade turística.

Em Curitiba, os serviços relacionados ao saneamento (abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e disposição de resíduos sólidos e drenagem) oferecem um atendimento de qualidade para o turista, apresentando restrições apenas em relação à qualidade de alguns atrativos turísticos, em especial da Linha de Produto Cidade dos Parques. Os principais parques padecem das condições de poluição em que se encontram os rios mais fortemente inseridos no tecido urbano e a ausência de sistemas de

armazenamento de lixo nos atrativos criam um impacto visual negativo nos conjuntos turísticos prioritários. Não obstante, a qualidade dos serviços ambientais é elevada, resultando em uma avaliação positiva em relação aos aspectos ambientais da macrodimensão sustentabilidade do Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores (FGV, 2011).

A cidade possui uma eficiente rede de internet banda larga com diversidade de opções de provedores privados. O serviço privado de internet é disponibilizado em toda a rede hoteleira. Em relação à rede pública de acesso

SERVIÇOS BÁSICOS

(...) os serviços relacionados ao saneamento oferecem um atendimento

de qualidade para o turista, apresentando restrições apenas em

relação à qualidade de alguns atrativos turísticos (...)

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a internet, é válido destacar que Curitiba ocupa atualmente o primeiro lugar no índice de cidades digitais, índice que inclui a integração de áreas de governo municipal, como saúde e educação, além da infraestrutura de rede de fibra ótica.

Em relação à telefonia, Curitiba reproduz o problema enfrentado em todo território nacional. Embora tenha a área coberta pelas quatro principais operadoras de telefonia móvel do país, o serviço apresenta uma série de restrições e debilidades para atendimento da demanda que cresce de forma acelerada em face da atual capacidade e qualidade da rede instalada.

No que tange à iluminação pública, Curitiba apresenta boa infraestrutura com um histórico de hierarquização de potência/qualidade vinculada à hierarquia viária desde a implantação dos eixos estruturais na década de 70. Entretanto, o levantamento preliminar em campo, realizado na etapa de elaboração do diagnóstico, indicou algumas debilidades pontuais, mas que devem ser compreendidas como parte das intervenções necessárias para qualificação de cada atrativo, juntamente com outras medidas de sinalização, informação local, qualificação da atividade da guarda municipal, entre outras melhorias, em parte contidas no Plano Diretor de Iluminação Pública de Curitiba.

Com base na comparação dos índices de qualidade do SUS - IDSUS (2010) - entre os municípios brasileiros, Curitiba ocupa a segunda posição no ranking de cidades homogêneas. Isto significa que a cidade apresenta boa capacidade da rede de atendimento básico e especializado, bem como dos serviços de urgências/emergências para atender a demanda de visitantes e moradores, ainda que existam melhorias necessárias para o conjunto do sistema.

Em relação à segurança pública, conforme apontado no diagnóstico (PDITS CURITIBA 2013 – PARTE 2, Cap. 03), os indicadores são preocupantes. Na última década (2000/2010) Curitiba mais que duplicou o número de homicídios registrados. A taxa de homicídios (em 100 mil habitantes) foi ampliada de 26,2 para 55,9 no período. Ao analisar indicadores intraurbanos fica evidenciada a região central da cidade como uma das regiões mais violentas. Ainda que os indicadores apontem para uma situação tendencial gravíssima e para urgência de políticas mais eficazes e eficientes de segurança pública, a imagem de Curitiba, fora dos limites da região metropolitana, é pouco afetada. A cidade continua sendo citada e indicada como bom lugar para negócios e para moradia, resultado da percepção externa sobre os atributos positivos da cidade. O número de turistas que utilizam o argumento da qualidade de vida da cidade como motivador do deslocamento ou avaliação final da visita é alto. Entretanto, a pesquisa sobre demanda turística, citada no diagnóstico (PDITS CURITIBA 2013 – PARTE 2, Cap. 02), já indica um elevado grau de “desaprovação” para o componente “segurança pública” em comparação aos demais itens. É válido destacar que este não é um tema simples ou isolado, mas fica evidente que a cidade requer uma qualificação de suas políticas de segurança, em geral e com destaque específico para segurança turística.

3.5. QUADRO INSTITUCIONAL E ASPECTOS LEGAIS

A estrutura pública municipal para o turismo compreende o Instituto Municipal de Turismo - CURITIBA TURISMO, órgão oficial com autonomia administrativa e financeira e competência específica para o desenvolvimento da cidade como destino turístico. Sua composição funcional abrange profissionais com múltiplas formações e perfis, que se encontram agrupados nos segmentos administrativos, infraestrutura e turismo. O plano de carreira para os servidores municipais é regulamentado por meio da Lei Municipal n.°

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11.000/2004 e prevê a mobilidade com crescimento horizontal e crescimento vertical. A qualificação dos recursos humanos é realizada pelo Instituto Municipal da Administração Pública - IMAP, com a oferta de cursos e oficinas voltados ao desenvolvimento de competências e habilidades a partir da contribuição de técnicos especialistas que compõem o quadro de servidores da Prefeitura Municipal de Curitiba.

Para um melhor aproveitamento do potencial administrativo do CURITIBA TURISMO, merece atenção o necessário aprimoramento da participação do Instituto Municipal de Turismo no planejamento e gestão de espaços e ações diretamente relacionados à atividade turística, os quais atualmente fazem parte da competência de outros órgãos pertencentes à administração municipal.

No que diz respeito à existência de instâncias de governança, espaços privilegiados de gestão compartilhada do turismo entre poder público e iniciativa privada, há que se citar o Conselho Municipal de Turismo - COMTUR. Embora com algumas fragilidades pertinentes à qualidade da participação social, já exploradas no diagnóstico (PDITS CURITIBA 2013 – PARTE 2, Cap. 04), o COMTUR corresponde à importante instrumento participativo, formalizado no ano de 2006 e em permanente funcionamento com a realização de reuniões regulares. Ademais, outra instância que merece destaque diz respeito ao Fórum Metropolitano de Turismo, criado em 2003 e composto pelos órgãos oficiais de turismo pertencentes às municipalidades que compõem à Região Metropolitana de Curitiba. O objetivo maior deste espaço reside na articulação das políticas públicas de turismo da região com vistas à promoção de ações que impactem no desenvolvimento da atividade turística.

Outro aspecto avaliado refere-se ao processo de planejamento, elaboração, monitoramento e avaliação das políticas públicas de turismo em âmbito municipal. A este respeito, sem embargo dos desafios relacionados ao processo decisório de formação das políticas públicas municipais, o Instituto Municipal de Turismo possui eficiente sistema de coleta e tratamento de dados relativos às políticas públicas executadas. Com corpo técnico próprio, composto por estatísticos, o órgão realiza pesquisas periódicas de demanda turística e aferição de qualidade dos eventos realizados. Partindo-se de tais informações já consolidadas, a estruturação de um sistema de monitoramento e avaliação das políticas públicas de turismo permitirá a qualificação do planejamento do setor, com permanente revisão e aprimoramento.

Ainda em relação aos instrumentos específicos para o planejamento turístico pode-se mencionar a existência de Inventário Turístico Municipal, elaborado em 2010. Os dados e informações sistematizados neste documento, embora não parametrizados nos moldes do INVITUR, fornecem subsídio sólido à definição de estratégias e ações para o desenvolvimento turístico na cidade.

De igual maneira, a Política Municipal de Turismo (Lei n.°14.115/2012), recentemente aprovada, institui um marco regulatório para o turismo em âmbito municipal, consolidando objetivos, princípios e instrumentos que deverão orientar a integralidade das políticas para promoção da atividade turística em Curitiba. Contribui nesse sentido o sólido arcabouço legislativo municipal, que normatiza importantes questões entrelaçadas à atividade turística como: espaço urbano (Plano Diretor); patrimônio arquitetônico, histórico e cultural (Lei municipal n.° 6.337/1982 e Decreto municipal n.° 380/1993); realização de eventos de

QUADRO INSTITUCIONAL

(...) o Instituto Municipal de Turismo possui eficiente sistema de coleta e

tratamento de dados relativos às políticas

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grande porte (Lei n.° 10.906/ 2003, regulamentada pelo Decreto n° 207/2004) e meio ambiente (Lei n.° Lei n.°7.833/1991).

Finalmente, quanto ao quadro de incentivos que impulsionam o desenvolvimento da atividade turística em Curitiba, ressalte-se a eficiência da gestão tributária municipal bem como o largo rol de programas voltados ao incentivo do empreendedorismo na cidade. Diante dessas experiências, um aspecto que merece aprimoramento corresponde à demanda por implantação de políticas de fomento e crédito com foco na cadeia produtiva do turismo e condições diferenciadas em função do perfil desta atividade.

Desta forma, embora relevantes temas da organização institucional mereçam aprimoramento para a implantação de uma política pública de turismo eficiente, constata-se que o quadro institucional do destino apresenta significativas potencialidades que corroboram para o desenvolvimento e ampliação da atividade turística.

3.6. VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA

3.6.1. Visitante

Curitiba, conhecida como uma cidade com boa qualidade de vida é marcada por uma singularidade em relação aos outros grandes centros urbanos do país, contando com uma história de planejamento territorial, que resultou numa configuração urbana própria e em ícones urbanísticos e arquitetônicos conhecidos em todo o país e até internacionalmente. A imagem identitária da cidade, instituída em consonância com o processo de planejamento, configura-se como um importante elemento de atração de visitantes, interessados em atividades de negócios, lazer, cultura e eventos de caráter urbano, produzindo um diferencial em relação a outros destinos do país.

Além dessas características, Curitiba apresenta significativa oferta de equipamentos e serviços turísticos como centros de convenções e feiras, serviços de apoio à realização de eventos e negócios, restaurantes e suas opções gastronômicas, rede hoteleira com boa capacidade de atendimento, agências e operadoras de receptivo, variedade de equipamentos de entretenimento e lazer, além da quantidade significativa de feiras livres e espaços para compras, a exemplo dos diversos shoppings instalados na cidade. Esses elementos, complementares à oferta de atrativos, são peças importantes para o funcionamento da atividade turística e todos compõem fatores relevantes no processo de decisão e escolha da cidade como destino turístico, conforme afirma Dias “... as cidades são importante atrativo, pela variedade de produtos que somente os centros urbanos têm condições de oferecer, como: centros de compra, museus, exposições, parques, encontros profissionais, centros históricos etc.” (2003, p.184-185).

O visitante, mesmo motivado por alguma razão específica, busca cada vez mais destinos com oferta de atividades diversificadas e com qualidade na experiência proporcionada, caracterizando o perfil de uma demanda emergente. Os resultados da pesquisa de Hábito de Consumo do Turismo Brasileiro151, realizada com pessoas que viajaram em um período de 2 anos (clientes reais) ou pretendiam viajar nos próximos 2 (clientes potenciais) apontam para associação direta ao turismo e a realização de viagens (i) entretenimento, (ii) lugares bonitos e (iii) cultura, em segundo, terceiro e quarto lugar respectivamente. Nesse cenário, Curitiba apresenta elementos que podem se constituir como produtos turísticos a serem

151 Ministério do Turismo, 2009.

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ofertados ao público disposto a consumir diversão, cultura e momentos de lazer, além, é claro, da oferta de equipamentos e serviços voltados para a realização de eventos, feiras e convenções que já contam com o reconhecimento do mercado nacional.

Com base nos levantamentos e análises realizadas no diagnóstico (PDITS CURITIBA 2013 – PARTE 2), os quais apontam para significativa condição de atratividade de Curitiba como destino turístico, cinco linhas de produtos ganharam destaque no posicionamento do destino, considerando-se os atrativos e recursos atuais e potenciais em articulação com os equipamentos e serviços que a cidade pode oferecer.

Cada uma destas linhas de produto possuem aspectos diferenciais de atratividade, considerados como critério para consolidação do posicionamento de mercado, conforme descrito a seguir.

Capaz de sediar eventos de diversos portes, Curitiba apresenta cenário já consolidado em relação à linha e produto “Cidade dos Negócios e Eventos” e se destaca como um destino de referência nacional nesse segmento. Além da reconhecida imagem de boa qualidade de vida, Curitiba apresenta uma oferta significativa de equipamentos para realização de convenções e feiras na cidade e na região, além de uma rede produtos e serviços de apoio organizados e de qualidade. Essa rede é representada por empresas de diversos ramos como organizadoras de eventos, agências de recursos humanos, empresas de design, montagem de stands, aluguel de equipamentos, locação de veículos, agência de viagens, gráficas e outros segmentos atrelados à atividade. Outros fatores que contribuem este para cenário positivo estão atrelados à oferta de equipamentos qualificados como hotéis, restaurantes e de entretenimento que dão peso ao atendimento às exigências deste mercado. Prova desse destaque é a boa classificação da cidade nos estudos divulgados em 2011 pelo Ministério do Turismo sobre a competitividade de produtos turísticos em que Curitiba aparece como destino próprio para realização de feiras de negócios, classificada como de nível 4, mesma classificação que a cidade de São Paulo, que representa um estágio avançado de desenvolvimento para atividades do segmento. Para a realização destas feiras são exigidas do destino estruturas amplas e variedade de serviços para seu

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planejamento, montagem e execução, fatores identificados em Curitiba pelo estudo. Além desses fatores, a cidade conta ainda com o Curitiba, Região e Litoral Convention & Visitors Bureau, que desempenha papel estratégico na promoção do destino para geração e captação de eventos, fato comprovado pela colocação de Curitiba entre as 10 cidades do Brasil que mais realizaram eventos internacionais em 2011 no ranking do International Congress and Convention Association (ICCA).

“Cidade dos Parques” configura a segunda linha de produtos turísticos - foram pensados inicialmente como solução para problemas urbanos, mas acabaram por dinamizar o processo identitário da cidade, conformando, ao mesmo tempo, ambientes naturais protegidos e ícones da história e cultura da cidade. Destacam-se o Jardim Botânico – atualmente o atrativo mais visitado na cidade – o Bosque do Papa, o Bosque Alemão, o parque da Barreirinha e o parque Tingui – todos com elementos étnicos ligados à história da colonização da região. Juntamente com outros atrativos histórico-arquitetônicos, os parques citados formam o roteiro da linha turismo, um dos produtos de grande sucesso de Curitiba. Há potencial para incrementar qualitativamente os parques que já são preparados para a visita turística, melhorando suas instalações e diversificando as atividades de lazer e recreação. Além disso, há parques que hoje são frequentados eminentemente por moradores, com características mais contemplativas, que podem abrigar atividades desportivas e de recreação para integrarem a rede de parques voltados para os turistas, aumentando as opções de lazer dos visitantes. Cidade dos Parques se articula à imagem de cidade ecológica de Curitiba e às demandas simbólicas ligadas a questão ambiental que perpassam os fenômenos sociais do mundo todo.

“Cidade Inovadora” configura a terceira linha de produtos, agregando uma série de atrativos e recursos culturais de Curitiba. Esta linha se estrutura pela existência de edificações, praças, parques e ruas com importância histórico-cultural, protegidas por mecanismos institucionais de preservação do patrimônio cultural. Tais elementos ganham força quando relacionados com a imagem de cidade planejada e cidade qualidade de vida, configurando alguns roteiros e atrativos, marcados por uma narrativa que contribui para a interpretação do patrimônio e para a continuidade da memória e da identidade cultural da cidade. Cabe ressaltar que, além de testemunhos de fases da história mais antiga da região e do país, os elementos da história recente também integram o rol de atrativos desta linha. Dentre eles se desçam o Museu Oscar Niemeyer, instalado num edifício modernista da década de 70 (acrescido de anexo datado da década passada), a Ópera de Arame, a Universidade Livre do Meio Ambiente e o Jardim Botânico, todos interligados pela linha turismo. Outra faceta desta linha de produtos é a consolidação de áreas geográficas de interesse gastronômico na cidade, que abre oportunidades de realização de festivais de gastronomia e cultura e podem ser articulados a outros eventos culturais. A possibilidade de articulação de tais atrativos entre eles e a outros elementos da cena cultural, como por exemplo, a produção artística e aos artistas curitibanos, configura um cenário favorável ao desenvolvimento desta linha de produtos e articulação com outras linhas, em especial a de eventos culturais. Conforme apontado no início deste tópico, este conjunto de atrativos se mostra interessante para atender a demanda por aspectos históricos culturais que marca o turismo na atualidade.

A linha de produtos “Cidade dos Eventos Culturais” já possui alguns recursos que conferem um grande potencial para a formação de produtos turísticos voltados para o público nacional e até internacional. Tais recursos são conformados por eventos culturais, alguns consolidados – como o Festival do Teatro e a Oficina de Música – e outros eventos que ainda estão em fase de consolidação, com grande potencial de ampliação e que vem

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adquirindo importância no cenário nacional. Dentre estes se destaca a Gibicon, que apresenta um crescimento exponencial de participação, em grande parte por não haver outros eventos concorrentes no gênero. A possibilidade de ampliação destes eventos e de criação de outros semelhantes, no sentido de homogeneizar o calendário cultural anual da cidade depende, em grande parte, de prepará-los para o mercado turístico, melhorando as condições de recepção dos visitantes e executando campanhas de marketing para públicos específicos.

A linha de produto “Cidade Educadora” desponta como potencial de mercado em Curitiba, uma vez que apresenta diversidade de instituições de ensino superior que se destacam pela inovação em algumas áreas do conhecimento e, por isso, proporcionam a troca de experiências entre alunos, pesquisadores e profissionais das áreas diversas de produção de conhecimento, principalmente, das engenharias e biotecnologias. Exemplo dessas práticas está fundada em programas especiais de intercâmbio, como “Ciência Sem Fronteiras”, coordenado pela Universidade Federal do Paraná e apresento com o objetivo de “promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional152.” Ainda, por se destacar no cenário nacional e internacional como um modelo de planejamento urbano, Curitiba apresenta um potencial para intercâmbio e recepção de estudantes e profissionais interessados nesta temática que se articula à outras universidades, em especial ao curso de pós-graduação em gestão urbana, oferecido pela PUC-PR, que recebe alunos e professores de diversos países com vistas a vivenciar através de visitas técnicas os desdobramentos e práticas de planejamento urbano aplicados em Curitiba ao longo dos anos. Fator positivo que torna esses elementos uma linha de produto com potencial de desenvolvimento é a proximidade geográfica desses centros de estudos e tecnologia, da mesma forma com o parque tecnológico e algumas indústrias instaladas na cidade, formando um aglomerado de instituições que configuram uma referência em tecnologia e inovação. Estes elementos conformam um cenário propenso para a estruturação de produtos voltados para o turismo técnico-científico por meio de visitas de estudo e intercâmbio nessas diversas iniciativas que ocorrem na cidade, porém de maneira isolada e independente.

3.6.2. Gestores Públicos e Privados do Turismo

Além dos elementos já apresentados, Curitiba possui características geográficas, políticas e econômicas que conformam um cenário de destaque no mercado turístico, apresentando vantagens competitivas em relação a destinos concorrentes, principalmente sob o ponto de vista das linhas de produto identificadas como prioritárias e complementares:

• É o maior centro urbano do estado e abriga grande parte do aparato administrativo e de serviços públicos estaduais e da União.

• É responsável pela concentração da maior parte das sedes de empresas nacionais e internacionais situadas no Paraná, oportunizando a geração de negócios e eventos corporativos relacionados a esses setores da economia.

152 Disponível em: <http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/o-programa>. Acesso: 21/02/2013

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• É o principal portal de entradas aéreas no estado, com a participação de diversas companhias aéreas nacionais e internacionais que movimentam voos diariamente no Aeroporto Internacional Afonso Pena.

• Está localizada num setor estratégico no cenário brasileiro, sendo o principal de acesso rodoviário com o sul do país, além da proximidade com países do MERCOSUL que gera um diferencial competitivo para o mercado econômico e turístico.

• A proximidade com o maior polo emissor de turistas no Brasil, o estado e a cidade de São Paulo, confere à Curitiba grande vantagem competitiva sob a perspectiva de atração dessa demanda para consumir os produtos turísticos locais.

• Apresenta setor hoteleiro diversificado e qualificado com valores médios de diária inferior as demais capitais que atuam em segmentos de mercado similares;

• Apresenta índices crescentes na captação e realização de eventos internacionais, consolidando o destino como provedor de serviços e equipamentos de qualidade nesse segmento e fazendo dele forte concorrente com destinos nacionais que possuem características similares, principalmente sob a perspectiva geográfica dos mesmos.

Esse conjunto de elementos configura-se em vantagens competitivas para o desenvolvimento da atividade turística em Curitiba que se reflete na composição do fluxo turístico estadual, alcançando uma marca de 27,5% do fluxo total de visitantes no estado. Composto principalmente pelo fluxo de visitantes motivados por visita à parentes e amigos, negócios e eventos, feiras e exposições, lazer, saúde e temáticas culturais, esse percentual chega a um número aproximado de 3,6 milhões de visitantes153.

Outro dado a ser observado como um fator potencial para desenvolvimento das linhas de produto identificadas, principalmente “Cidade dos Parques” e “Cidade Inovadora” – está ligado ao índice de visitantes em Curitiba que, por razões diversas, não visitaram os atrativos turísticos locais, ultrapassando 70% dos entrevistados154, configurando-se como demanda potencial que deixa de usufruir dos produtos turísticos locais e se tornam potenciais consumidores.

Outro elemento que contribui para dar destaque à oferta turística local é a concentração espacial, a proximidade simbólico-cultural dos atrativos culturais, representados por monumentos e conjuntos urbanístico-arquitetônicos que contribuem para a formação de produtos integrados e a conformação de estratégias de comercialização. Nesse sentido, ganha destaque a linha de produto “Cidade dos Parques”, por já ter uma imagem consolidada, infraestrutura para recepção de visitantes e a Linha Turismo, que dá acesso e interliga a maioria deles. Este fato facilita o desenvolvimento destes produtos em curto prazo por meio do incremento de atividades de lazer e recreação nestes espaços.

O mesmo acontece com as linhas “Cidade Inovadora” e “Cidade dos Eventos Culturais” que, apesar de necessitarem de um prazo maior para se consolidarem, possuem vantagens no desenvolvimento e qualificação de produtos pela grande quantidade de espaços culturais

153 Dados da SETU e CTUR – 2011. 154 Pesquisa de Demanda CTUR – 2011.

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instalados nos conjuntos de interesse turístico da cidade, bem como a realização de eventos culturais já qualificados para a projeção no mercado. Há recursos culturais disponíveis para o incremento qualitativo destes espaços e um cenário promissor para a sua preparação para a atração e recepção de turistas.

Algumas áreas da cidade desenvolveram espontaneamente uma vocação para serviços de alimentação, agora pensados estrategicamente como áreas geográficas de interesse gastronômico. Estas áreas oferecem grande variedade de opções com preços competitivos quando comparados com outros destinos, além de se configurarem como atrativos, assim como já acontece com o bairro Santa Felicidade.

No mesmo sentido, vale ressaltar que a concentração de serviços de apoio ao turismo, em geral próximos aos conjuntos de interesse turístico, resultou na geração de vínculos, especialmente da iniciativa privada, formando associações de empresas localizadas em ruas e polos de comércio e entretenimento, a exemplo da Rua Augusto Stresser, do bairro São Francisco e da área denominada Soho Batel. Esta iniciativa espontânea se configura como uma vantagem para potencializar a atividade turística na cidade, abrindo oportunidade de desenvolvimento de uma instância de governança público-privada de forma a compartilhar decisões e ações entre as duas esferas.

Outro exemplo da associação entre o empresariado local é obervado pela existência do núcleo de turismo receptivo, formado por agências de receptivo local que desenvolvem ações conjuntas em benefício desta atividade econômica. O envolvimento dessas empresas se configura como fator diferencial da oferta local, uma vez que ao proporcionar ações em benefício da classe de maneira cooperativa, fomentam a profissionalização deste importante elemento que constitui a oferta de serviços turísticos.

3.7. CONCLUSÃO

Considerando todos os aspectos aqui tratados é possível concluir que Curitiba é uma área turística de relevância estratégica para o desenvolvimento turístico do estado e, por isso, entende-se como pertinente e adequada para a elaboração do atual plano de turismo. Com base nos objetivos e análises realizadas, as etapas seguintes, Elaboração das Estratégias e Plano de Ações, poderão impulsionar o fluxo de visitantes à capital e, por consequência, às regiões vizinhas, aproveitando os fatores socioambientais, políticos e econômicos que caracterizam a cidade, bem como pelos diversos elementos turísticos destacados na capital.

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4. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO

No âmbito do PDITS, as estratégias determinam as grandes linhas de ação necessárias para o alcance dos objetivos propostos durante o período de vigência do plano. Elaboradas com base no diagnóstico realizado e nas áreas críticas de intervenção identificadas, as estratégias determinam as prioridades e os meios de desenvolvimento da atividade turística, levando em conta (i) a utilização de um posicionamento de mercado com base na oferta dos elementos que compõem a vocação turística frente aos mercados-alvo, (ii) a delimitação de espaços geográficos com possibilidade de criação e incremento da oferta turística em cada um destes, (iii) os investimentos em infraestrutura necessários, (iv) as adequações no quadro institucional e (v) as diretrizes socioambientais requeridas para o uso racional dos bens e recursos naturais e culturais.

4.1. POSICIONAMENTO DE MERCADO

Fator determinante para a estruturação da imagem turística que se pretende consolidar é a utilização de um posicionamento de mercado que possibilite o desenvolvimento turístico com foco e direcionamento, de modo a estabelecer vínculo de percepção e associação entre consumidores, setor público e privado da vocação turística desejada.

Após levantamento dos dados e análises de mercado realizados na etapa anterior, denominada “diagnóstico estratégico”, bem como a leitura dos aspectos relativos à seleção da área presente no capítulo anterior deste documento, propõe-se para Curitiba o seguinte posicionamento de mercado:

4.2. PRODUTOS E SEGMENTOS PRIORITÁRIOS

Conforme já destacado, Curitiba apresenta oferta de atrativos e equipamentos turísticos que se relacionam a cinco linhas de produto reais e potenciais. Cabe ressaltar que essa definição é estratégica como fator de orientação de mercado, uma vez que pode direcionar a proposição de projetos e ações de maneira específica para cada linha de produto, dando foco ao alcance dos objetivos do plano e à efetivação do posicionamento de mercado desejado.

Seguindo as orientações conceituais elaboradas pelo Ministério do Turismo, as quais definem diferentes segmentos do turismo, pode-se afirmar que, de acordo com as características e elementos centrais de cada linha de produto, as mesmas relacionam-se com três segmentos distintos, conforme conceitos e esquema apresentados a seguir:

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Turismo de Negócios & Eventos: “compreende o conjunto de atividades turísticas decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo, institucional, de caráter comercial, promocional, técnico, científico e social” (MTur, 2008, p.46).

Turismo Cultural: “compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico" (MTur, 2008, p.13).

Turismo de Estudos e Intercâmbio: “constitui-se da movimentação turística gerada por atividades e programas de aprendizagem e vivências para fins de qualificação, ampliação de conhecimento e de desenvolvimento pessoal e profissional” (MTur, 2008, p.19).

FONTE: Ambiens, 2013.

Com base nas análises técnicas realizadas nas fases de diagnóstico estratégico, na definição do posicionamento de mercado e também da opinião pública coletada na oficina participativa155, é possível afirmar que estas as linhas de produto, convergentes a estes segmentos turísticos devem ser considerados como prioritários para o desenvolvimento do produto turístico de Curitiba.

4.3. ÁREAS GEOGRÁFICAS PREFERENCIAIS – AGP

A partir da definição do posicionamento de mercado, que agrupou as Linhas de Produtos do PDITS Curitiba, foi elaborada leitura espacial tendo em vista a necessidade de ordenamento das áreas geográficas preferenciais - AGP. Vale destacar que a seleção das AGP tem como objetivo central concentrar esforços entre a iniciativa pública e privada em prol do incremento estratégico da atratividade dessas áreas que, por consequência, aumentarão a atratividade do destino como um todo, são elas: (i) Curitiba Centro; (ii) Parques Norte; (iii) Parques Noroeste; e (iv) Polo Educacional.

Conforme demonstrado nos mapas apresentados adiante, a delimitação das áreas levou em consideração os seguintes aspetos:

(i) Os elementos da oferta turística como a localização dos atrativos prioritários. (ii) A concentração de equipamentos e serviços turísticos. (iii) A existência de atrativos e recursos complementares aos prioritários. (iv) O enquadramento a partir das linhas de produtos prioritários.

155 Oficina realizada no dia 24 de maio de 2013, no auditório da Prefeitura Municipal de Curitiba.

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FIGURA 34 - MAPA DA AGP – CURITIBA CENTRO

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FIGURA 35 - MAPA DA AGP – PARQUES NORTE

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FIGURA 36 - MAPA DA AGP – PARQUES NOROESTE

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FIGURA 37 - MAPA DA AGP – POLO EDUCACIONAL

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4.4. PORTFÓLIO DAS LINHAS DE PRODUTO

A fim de consolidar as características essenciais de cada uma das Linhas de Produtos, são apresentados, a seguir, os elementos centrais que compõem o portfólio estratégico das linhas156.

Apresentação: Curitiba apresenta boa oferta de equipamentos e serviços para realização de convenções, feiras, e eventos corporativos o que torna a linha de produto já reconhecida no mercado nacional. Segmento correlato: Negócios e Eventos. Prioridade: Alta. Linhas de produtos de maior interação: Cidade Inovadora; Cidade dos Parques e Cidade Educadora. Equipamentos de destaque: Expo Unimed, Expo Renault Barigui, Centro de Eventos FIEP e Centro de Convenções de Curitiba. Elementos de destaque:

• Reconhecimento pela oferta de infraestrutura pública. • Cidade associada à qualidade de vida. • Oferta de equipamentos e serviços de apoio, áreas geográficas de interesse

gastronômico e comerciais e rede hoteleira com diferenciais competitivos. Escala de aderência nas áreas geográficas prioritárias:

Alta: Parques Noroeste, Polo Educacional e Curitiba Centro. Baixa: Parques Norte

156 Nos dias 15 de março e 05 abril foram realizadas duas reuniões com o corpo técnico do Instituto Municipal de

Turismo. Na ocasião, o portfólio foi apresentado no formato do material do participante, que segue em anexo.

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Apresentação: Formado pelo conjunto de parques e bosques, integra ao mesmo tempo ambientes naturais protegidos e ícones da história e cultura da cidade, destacando-se como elemento fundamental na composição do produto turístico local. Segmento correlato: Turismo Cultural. Prioridade: Alta. Linhas de produtos de maior interação: Cidade Inovadora, Cidade dos Eventos Culturais, Cidade dos Negócios e Eventos e Cidade Educadora. Elementos de destaque:

• Reconhecimento pela quantidade e qualidade dos parques. • Reconhecimento do planejamento urbano de Curitiba com ênfase nos aspectos

ambientais. • Reconhecimento de Curitiba como “Cidade Ecológica”; • Integração dos Parques por meio da Linha Turismo.

Escala de aderência nas áreas geográficas prioritárias: Alta: Parques Noroeste e Parques Norte Média: Polo Educacional Baixa: Curitiba Centro

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Apresentação: Esta linha se estrutura pela história do planejamento urbano reconhecida nacional e internacionalmente, pela existência de edificações, equipamentos culturais, praças, parques e ruas com importância histórico-cultural e pela diversidade de personalidades artísticas de referência. Segmento correlato: Turismo Cultural. Prioridade: Média. Linhas de produtos de maior interação: Cidade dos Parques Urbanos, Cidade dos Eventos Culturais e; Cidade dos Negócios e Eventos. Elementos de destaque:

• Curitiba possui uma imagem e uma identidade ligada ao planejamento urbano, além do Setor Histórico com grande potencial para desenvolvimento de produtos voltados ao Turismo Cultural.

• Personalidades da vida artística da cidade. • Potenciais componentes de fortalecimento da identidade urbana - história em

quadrinhos, bicicleta etc. • Integração por meio da Linha Turismo.

Escala de aderência nas áreas geográficas prioritárias:

Alta: Curitiba Centro e Parques Norte. Média: Parques Noroeste Baixa: Polo Educacional.

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Apresentação: Curitiba é sede de eventos culturais de importância e reconhecimento nacional que atraem fluxos específicos em períodos distintos do ano, além de sediar diversos eventos locais que atraem público local e de cidades da região. Segmento correlato: Turismo Cultural. Prioridade: Média. Linhas de produtos de maior interação: Cidade Inovadora, Cidade dos Parques e Cidade Educadora. Eventos de destaque: Oficina de Música, Festival de Teatro, Virada Cultural, Psycho Carnival, Gibicon e Eventos de Natal. Escala de aderência nas áreas geográficas prioritárias:

Alta: Curitiba Centro, Parques Norte. Baixa: Parques Noroeste, Polo Educacional.

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Apresentação: Curitiba possui diversidade de instituições de ensino superior que se destacam pela inovação em algumas áreas do conhecimento e, por isso, proporcionam a troca de experiências entre alunos, pesquisadores e profissionais de diversas áreas de conhecimento. Segmento correlato: Turismo de estudos e intercâmbio. Prioridade: Baixa. Linhas de produtos de maior interação: Cidade Inovadora, Cidade dos Parques Urbanos. Elementos de destaque:

• Instituições de Ensino Superior de referência nacional com programas de intercâmbio nos cursos de graduação e pós-graduação;

• Existência de Polo Tecnológico; • Referência em Planejamento e Estruturação Urbana; • Proximidade dos centros de estudos e tecnologia localizados na área geográfica

prioritária denominada Polo Educacional; • Potencial para integração com as demais linhas de produto.

Escala de aderência nas áreas geográficas prioritárias:

Alta: Curitiba Centro e entorno e Polo Educacional. Baixa: Parques Norte e Parques Nordeste.

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4.5. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO

COMPONENTE PRODUTO TURÍSTICO:

• Consolidar a linha Cidade dos Negócios e Eventos por meio do fortalecimento das

ações de captação, ampliação da capacidade de realização de eventos, qualificação dos espaços existentes com foco principal nos congressos e convenções, elaboração e implementação de projetos especiais das áreas de influencia dos equipamentos de eventos de médio e grande porte e integração com as linhas de produto prioritárias.

• Aprimorar e ampliar a oferta de produtos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

• Integrar o patrimônio cultural municipal às linhas de produtos turísticos por meio da

inclusão dos bens socioambientais qualificados nas narrativas de interpretação do patrimônio.

• Promover a qualificação dos equipamentos e serviços turísticos e o incentivo a novos investimentos, a fim de alcançar a excelência dos serviços prestados.

COMPONENTE COMERCIALIZAÇÃO

• Ampliar os canais de comunicação, distribuição e promoção dos produtos turísticos por meio de ações de fortalecimento dos canais diretos e indiretos de comercialização.

• Sensibilizar a população para a valorização dos bens socioambientais da cidade, bem como a iniciativa privada no sentido de investir, qualificar e adotar práticas sustentáveis nas atividades turísticas, por meio de parcerias público-privadas e público-público, campanhas promocionais e ações pedagógicas.

COMPONENTE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS

• Promover a ampliação da oferta e a constante inovação dos sistemas de transporte

urbano, qualificando a mobilidade e a acessibilidade no destino e consolidando a imagem de Curitiba como cidade de referência na qualidade, na sustentabilidade e na integração dos serviços públicos de transporte.

• Estruturar de programas específicos de “segurança turística” integrados ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), em conjunto com os espaços/instituições de gestão integrada de segurança pública e Conselho Municipal de Segurança.

• Fortalecer o aproveitamento dos parques urbanos no desenvolvimento do turismo por meio da qualificação das: (i) condições ambientais relativas à qualidade da água

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e armazenamento de resíduos sólidos, (ii) melhoria das condições de acesso e estacionamento, (iii) promoção de atividades culturais, esportivas e de lazer complementares.

• Investir na qualificação da sinalização turística, disponibilizando informações bilíngues e sinalização interpretativa, com destaque para: (i) o planejamento da sinalização nas vias de acesso à área, aos conjuntos turísticos prioritários e aos atrativos turísticos, (ii) os atrativos naturais e culturais, (iii) o mobiliário e os equipamentos do sistema de transporte urbano.

• Qualificar a paisagem e a acessibilidade dos conjuntos turísticos prioritários, especialmente a área central, investindo em sistemas mais adequados de armazenamento de resíduos sólidos.

• Qualificar a infraestrutura e os serviços público de rede comunicação promovendo a ampliação do acesso a informação nos pontos de interesse turístico.

COMPONENTE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

• Qualificar os processos participativos desenvolvidos no Conselho Municipal de Turismo - COMTUR, com o desenvolvimento de ações que promovam a incidência desta instância de governança na formulação e acompanhamento das políticas públicas de turismo.

• Promover o fortalecimento institucional do CURITIBA TURISMO e a qualificação da sua capacidade administrativa, por meio da consolidação do seu quadro técnico.

• Estruturar uma política de incentivos para o investimento privado no setor turístico, implementando novos instrumentos que viabilizem o alinhamento entre as iniciativas do trade turístico e as políticas públicas para o desenvolvimento da atividade.

• Aprimorar a articulação interinstitucional dos diversos órgãos da administração pública municipal, proporcionando a inclusão do órgão oficial de turismo nos processos de formulação de políticas públicas, de planejamento e de gestão compartilhada dos atrativos, bem como de eventos e ações culturais.

COMPONENTE DA GESTÃO AMBIENTAL

• Qualificar e valorizar o ambiente natural, por meio da ampliação da proteção ambiental, recuperação de áreas degradadas e integração ao produto turístico, a fim de melhorar as condições do ambiente urbano, qualidade de vida dos moradores e turistas e uso sustentável.

• Promover a instrumentalização da avaliação da qualidade ambiental, através da instituição de mecanismos de planejamento, sistematização da informação e a consolidação de indicadores de uso compartilhado da gestão e acesso público, a fim de avançar no monitoramento e avaliação ambiental.

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4.6. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

Além das estratégias de desenvolvimento que delimitaram o posicionamento de mercado da Área Turística, realizou-se uma leitura espacial que resultou na delimitação das Áreas Geográficas de Interesse Turístico – AGITs. Definir estes perímetros, ainda que de forma preliminar157, é parte essencial de um planejamento turístico consistente, que contemple parâmetros e limites espaciais para programação integrada de ações que atinjam a atividade turística ao aperfeiçoar investimentos públicos e privados.

As Áreas Geográficas podem ser definidas por meio de diferentes enfoques, interesses e finalidades, definidas a partir de critérios encontrados no campo político administrativo, físico-territorial, socioeconômicos, culturais, entre outros. No presente plano se convencionou agrupar cinco critérios espaciais de interesse imediato da atividade turística, em especial relacionados às linhas de produto definidas para Curitiba, a saber:

1. Localização dos atrativos naturais e culturais prioritários, definidos desta forma a partir da investigação e avaliação realizadas na fase de diagnóstico e das estratégias.

2. Localização das áreas, existentes e potenciais, de interesse gastronômico.

3. Principais conexões viárias existentes entre atrativos.

4. Localização de um conjunto significativo de instituições de ensino e pesquisa.

5. Localização prevista para o novo centro de eventos da cidade de Curitiba.

A espacialização destes critérios permitiu demarcar em primeiro momento uma única AGIT CURITIBA ou Área Geográfica de Interesse Turístico de Curitiba para, em segundo momento, subdividi-la em quatro AGITs distintas, agrupando em cada uma os atrativos, eixos viários e áreas de interesse gastronômico relacionados mais diretamente.

157 A Ação 3.3, “Elaboração do Zoneamento turístico e definição do quadro de incentivos”, prevista no âmbito do

presente plano é referente à definição exata destes perímetros, a partir de estudos detalhados e propostas de integração e qualificação da paisagem turística e dos instrumentos de gestão urbana do município.

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FIGURA 38 - ÁREA GEOGRÁFICA DE INTERESSE TURÍSTICO - AGIT

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FIGURA 39 - ÁREA GEOGRÁFICA DE INTERESSE TURÍSTICO - AGIT

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5. PLANO DE AÇÃO

5.1. AÇÕES PREVISTAS

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.1 – Atualização do Inventário turístico municipal

Linha de Produto

Todos.

Estratégia

Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da Ação

Objetivo Instrumentalizar o poder público municipal através levantamento, organização e registro atualizado dos recursos, atrativos, equipamentos e serviços relacionados diretamente e indiretamente com a atividade turística.

Justificativa

O Inventário turístico é o instrumento base de informações para fins de planejamento, gestão e promoção da atividade turística, possibilitando a definição de prioridades para os recursos disponíveis e o incentivo ao turismo sustentável. Curitiba possui um inventário da oferta turística municipal que data de 2010 e está fora dos padrões do Ministério do Turismo - INVITUR. Além de atualizar os componentes turísticos da oferta e demais serviços públicos e privados disponíveis, a atualização do inventário turístico servirá de ferramenta de consulta para visitantes, investidores, entidades diversas e também pelo CTUR para proposição de políticas públicas e alinhamento com programas e projetos nacionais com foco em municípios que possuam seus inventários nos moldes propostos pelo Ministério do Turismo.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

(i) Atualização do inventário turístico, contemplando: a) mapeamento dos atrativos e recursos reais e potenciais para inventariação; b) apresentação para equipe técnica do CTUR para aprovação do mapeamento; c) levantamento dos serviços de apoio e da infraestrutura de apoio ao turismo; d) levantamento dos serviços e equipamentos turísticos, considerando as atividades características do turismo; e) levantamento dos serviços de alimentação contidos nas Áreas de Interesse Gastronômicos e nas AGITs identificadas neste plano e no seu entorno; f) organização dos dados coletados e inserção no sistema eletrônico próprio a ser contratado durante a execução desta ação;

(ii) Desenvolvimento de sistema de informação específico para armazenamento, gestão e divulgação dos dados provenientes da inventariação, considerando: a) desenvolvimento de sistema online; b) capacitação e treinamento da equipe técnica do CTUR para utilização do sistema; c) licença para uso do sistema por tempo ilimitado; d) hospedagem em servidor e suporte técnico à equipe do CTUR por 24 meses.

Gastos estimados

R$ 338.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incentivo a formatação de novos produtos; II. Instrumentalização da Gestão Pública.

ROP Componente 1: Item B – realização de inventários e classificação de recursos turísticos.

Fonte de Financiamento

PRODETUR

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COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.2 – Elaboração e Implentação do Centro de Convenções e Sistema de Gestão e Uso

Linha de Produto Negócios e Eventos.

Estratégia

Consolidar a linha Cidade dos Negócios e Eventos por meio do fortalecimento das ações de captação, ampliação da capacidade de realização de eventos, qualificação dos espaços existentes com foco principal nos congressos e convenções, elaboração e implementação de projetos especiais das áreas de influencia dos equipamentos de eventos de médio e grande porte e integração com as linhas de produto prioritárias.

Detalhamento da Ação

Objetivo Orientar o poder público quanto ao cenário do segmento de eventos e quanto ao modelo gestão a ser adotado, bem como construir o Centro de Convenções e Feiras na cidade de Curitiba com a estrutura capaz de sediar eventos de grande porte.

Justificativa

Curitiba está entre as capitais mais demandadas por eventos relacionados com o turismo de negócios, atividade que dinamiza toda a economia municipal, dada a sua capacidade de gerar rendas acima da média do mercado e empregos, com baixos impactos ambientais. Esta atividade econômica também apresenta alto potencial de alavancagem na atração de investimentos do país e do exterior, boas oportunidades de modernização das empresas locais e avanços na capacitação das pessoas envolvidas nos eventos. Além da ampliação da diversidade cultural e abertura de novos horizontes aos citadinos. No entanto, os indicadores demonstram que atualmente o crescimento desta atividade encontra-se limitado pelo esgotamento da capacidade dos espaços de eventos em toda a região metropolitana de Curitiba. Assim sendo, visando oferecer boas condições para a implantação de projetos que se incorporem de forma definitiva ao seu acervo turístico, planeja-se implantar um moderno Centro de Convenções e Feiras, capaz de sediar grandes e variadas tipologias de eventos com atividades complementares e funcionais, conforme os melhores padrões existentes no mundo. Por fim, Identificados tais entraves de desenvolvimento e sabendo dos desafios técnicos, operacionais e de gestão que giram em torno da construção e gestão de um Centro de Convenções com estas características, os resultados deste estudo orientará o poder público para tomada de decisão estratégica no momento da implantação de um novo Centro de Convenções, principalmente sob o aspecto de sua viabilidade econômica, qualificando a oferta de espaços para realização de eventos técnico-científicos e corporativos em Curitiba.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para: (i) Realização de estudos de mercado prevendo: a) análise das características da demanda e

da oferta (real e potencial); b) tendências do setor, c) análise dos mercados concorrentes e prospecção de mercado; d) estudo e proposta de viabilidade administrativa, destacando o melhor formato de gestão a ser adotado, com a demonstração de suas vantagens sociais, econômicas e jurídicas frente aos demais modelos estudados.

Implantar o estudo/projeto para: (ii) Elaboração de Projeto e Construção do Centro de Convençãos considernando os seguintes

requisitos: •••• Pavilhão de Feiras: área destinada à realização de feiras, mostras, exposições, com área

mínima de 20.000 m². •••• Centro de Convenções: destinado à realização de congressos e eventos com área mínima

de 6.000 m² com capacidade total de acomodar até 3.500 pessoas e configuração flexível.

•••• Áreas Comuns: compostas por espaço de estacionamento, conforme Decreto Nº 1021, de 15 de julho de 2013, do Município de Curitiba, para veículos leves, além de espaços especiais para vans, ônibus, veículos de carga e bicicletas, bem como urbanização dos acessos de pedestres e áreas verdes.

•••• Sistema Viário: adaptação e tratamento do sistema viário de modo a assegurar as condições de acesso, sem implicar em impacto no trânsito em função de faixas de acumulação do empreendimento.

•••• Acessibilidade: o projeto do Centro de Convenções e Feiras de Curitiba deverá permitir o acesso irrestrito a todo o complexo, considerando a estrutura necessária para as pessoas com deficiência motora, sensorial e mobilidade reduzida, conforme NBR 9050, Decreto 5.296 de 02 de dezembro de 2004 e demais normas aplicáveis.

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310 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

•••• Necessidades gerais: praça de alimentação; conexão banda larga com alta velocidade, segurança e qualidade; telefonia; iluminação econômica; cabeamento em toda extensão para energia elétrica; central de segurança/circuito interno de TV; automação predial completa; sala ambulatorial equipada; equipamentos e serviços de incêndio próprios; geração de energia com geradores próprios; e heliponto.

•••• Técnicas construtivas e procedimentos sustentáveis: buscar a utilização do padrão LEED (Leadership in Energy and Environment) que leva em consideração: o uso de materiais reciclados ou de demolição; a incorporação de eficiências energéticas; os sistemas de reaproveitamento de água; a estrutura de coleta seletiva de lixo; se o terreno já pertence a uma área consolidada e bem servida por transporte público (no caso de imóvel ofertado pelo proponente).

•••• Requisitos gerais: deverão ser atendidas todas as normas afetas a segurança, acessibilidade, meio ambiente, urbanismo e demais necessárias à viabilização do objeto.

Obs.: Para análise das características da demanda, a empresa deverá considerar no mínimo 5 cidades e sugere-se como partida São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Porto Alegre.

Gastos estimados

R$ 50.325.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento no volume de visitantes; II. Melhoria da satisfação dos visitantes; III. Qualificação da oferta de espaços para realização de eventos e consequente suporte à captação

de eventos; IV. Aumento da capacidade de realização de eventos; V. Instrumentalização da Gestão Pública; VI. Ampliação do conhecimento do mercado atual e potencial para alinhamento dos investimentos

públicos e privados.

ROP

Componente 1: Item B - análise do potencial de novas áreas turísticas em função da vocação turística principal dos polos;

Item C - implantação e/ou recuperação de centros de convenções; Item G - estabelecimento ou revisão do conjunto de incentivos para investimento e fomento à criação

de novos produtos e projetos empresariais. Fonte de Financiamento

PRODETUR

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.3 – Requalificação das estruturas nos parques urbanos Linha de Produto

Cidade dos Parques

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Dotar os parques urbanos de estruturas qualificadas e condizentes para uso turístico

Justificativa

Mesmo que a cidade seja reconhecida por possuir diversos parques urbanos com vocação para a atividade turística, o diagnóstico aponta para uma gestão que não visa fins turísticos, apresentando falta de qualidade e/ou inexistência de estruturas importantes para a prática da atividade turística tais como: instalações sanitárias, mobiliário urbano, sinalização interpretativa e equipamentos de alimentação dentro dos atrativos e também nos seus arredores. À medida que tais estruturas e equipamentos são revitalizados e/ou implementados, os parques urbanos ganham em qualidade, potencializando a experiência dos visitantes e o tempo de permanência nesses espaços.

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311 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.4 – Implementação de estruturas de lazer e interatividade nos parques urbanos

Linha de Produto Cidade dos Parques

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da Ação

Objetivo Qualificar a experiência do visitante por meio da adequação e criação de estruturas de lazer, entretenimento e espaços culturais com temáticas locais e regionais.

Justificativa

Os parques prioritários possuem em geral um caráter predominantemente contemplativo, mostrando carência de estruturas de recepção e atividades de lazer e recreação adequadas para turistas e moradores. Com a criação e implantação dessas estruturas, o turista poderá investir mais tempo na visitação aos atrativos, ampliando o tempo de permanência nestes espaços e por consequência na cidade, uma vez que terá mais atividades disponíveis a serem usufruídas. A existência de memoriais étnicos instalados em atrativos naturais reflete o desenvolvimento da história da cidade. No entanto, esses espaços aparecem isolados e com pouca interatividade, não chegando a conformar uma narrativa integrada da imigração como constituinte do desenvolvimento da cidade. A criação desta

Descrição da ação

Realizar estudo/projeto para: (i) Elaboração de projetos de mobiliário urbano, prevendo a reposição, ampliação e/ou

implantação de: a) paraciclos exclusivos de modelo padrão com capacidade mínima de 20 vagas; b) lixeiras e bancos.

Executar o estudo/projeto para: (i) Elaboração dos projetos executivos de adequação e/ou construção das seguintes estruturas:

a) Centro de recepção de visitantes no Jardim Botânico com espaço para implantação de um posto de informações turísticas, instalações sanitárias, serviço de alimentação e loja de artesanato/souvenir; b) Serviço de alimentação: Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Tingui e Passeio Público; c) Instalações Sanitárias: Jardim Botânico, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II, Passeio Público.

(ii) Elaboração de projeto de iluminação para os seguintes parques: Jardim Botânico, Parque das Pedreiras, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II, Passeio Público.

(iii) Elaboração de projetos executivos de sinalização para os Parques Urbanos Prioritários, contemplando: a) Cinco placas de sinalização interpretativa para cada um deles, exceto para o Jardim Botânico e Parque das Pedreiras, com as seguintes temáticas relacionadas a cada parque: mapa, história, fauna e flora, informação sobre o respectivo centro de interatividade (quando houver).

Obs.: (i) Os projetos deverão ser discutidos e compatibilizados com as iniciativas dos concessionários e parceiros de gestão dos parques urbanos; (ii) as placas interpretativas deverão contemplar as línguas português, inglês, espanhol; (iii) os paraciclos deverão ser instalados nas proximidades dos postos da Guarda Municipal.

Executar a implementação de: (i) Estruturas de apoio descritas nos projetos executivos: centro de recepção, equipamentos de

alimentação e instalações sanitárias. (ii) Estruturas de mobiliário urbano: sinalização interpretativa, iluminação, sinalização e mobiliário

urbano, resultantes das diretrizes descritas acima. Gastos estimados

R$ 1.640.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Melhoria dos serviços oferecidos; II. Melhoria da satisfação e qualificação da experiência dos visitantes; III. Aumento do tempo de permanência; IV. Atração de fluxo de visitantes; V. Atração de novos produtos turísticos comercializados.

ROP Componente 1: Item C - Valorização e gestão de atrativos turísticos e criação de novos produtos. Item D - tratamento paisagístico, melhoramento de mobiliário urbano.

Fonte de Financiamento

PRODETUR

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312 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

narrativa, ampliando a possibilidade de interpretação do patrimônio cultural da cidade, potencializa os produtos existentes e facilita a criação de novos produtos. O mesmo acontece com os elementos relacionados à urbanidade e à história de planejamento urbano praticamente não mencionados nas narrativas que envolvem os parques urbanos, principalmente sob o aspecto da criação e função no contexto do desenvolvimento da cidade.

Descrição da ação

Realizar o estudo/projeto: (i) Elaboração dos projetos executivos arquitetônicos e complementares para a requalificação

dos centros de interatividade existentes, instalados no Bosque do Papa (imigração polonesa), Bosque Alemão (imigração alemã); Parque Tingui (imigração ucraniana).

(ii) Elaboração de projetos executivos arquitetônicos e complementares para a implantação de novos centros de interatividade nos seguintes atrativos, adequados às respectivas temáticas: a) Passeio público - história da urbanização; b) Parque Zaninelli - recuperação ambiental; e c) Parque Barigui - soluções urbanas ambientais.

Executar o estudo/projeto para: (i) Elaboração dos projetos expográficos e de gestão para requalificação dos centros de

interatividade existentes, instalados no Bosque do Papa (imigração polonesa), Bosque Alemão (imigração alemã); Parque Tingui (imigração ucraniana).

(ii) Elaboração do projeto expográfico de projetos e de gestão para o novo centro de interatividade no Passeio Público.

(iii) Elaboração de projetos de gestão, os novos centros de interatividade nos seguintes atrativos: a) Passeio Público; b) Parque Zaninelli; e c) Parque Barigui.

Obs.: o projeto expográfico para os novos centros de interatividade nos seguintes atrativos com as respectivas temáticas: a) Parque Zaninelli - recuperação ambiental; e b) Parque Barigui - soluções urbanas ambientais, serão resultantes da Ação 5.5 – Projeto Expográfico dos Conteúdos Técnicos Urbano/Ambientais.

Executar a implementação de: (i) Projetos arquitetônicos dos novos centros de interatividade e de requalificação dos centros

de interatividade existentes; (ii) Projetos expográficos e de gestão para todos os centros de interatividade descritos acima,

exceto os pertencentes à ação 5.5.

Gastos estimados R$ 2.985.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento no volume de visitantes; II. Diversificação do perfil dos visitantes; III. Aumento da permanência no atrativo e na cidade; IV. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante).

ROP Componente 1: Item C - programação de eventos, visitas e atividades em torno dos principais atrativos, qualificação dos materiais interpretativos.

Fonte de Financiamento

PRODETUR

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.5 – Elaboração de estudo de Viabilidade Técnica para os Parques Urbanos

Linha de Produto

Cidade dos Parques

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Gerar dados técnicos que orientem o poder público municipal a fomentar a implantação de estruturas de lazer focadas em esportes de aventura nos PUPs, dinamizando o uso dos mesmos e diversificando a oferta de produtos turísticos.

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313 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Justificativa

Da mesma forma que há pouco aproveitamento dos elementos culturais e históricos para dar uso aos parques, os mesmos possuem características físicas e geográficas que permitiriam a prática de atividades de lazer envolvendo esportes classificados como de aventura, por exemplo, escalada, rapel, arvorismo e esportes náuticos. O estudo para diagnosticar as possibilidades deste outro formato de uso público pode orientar ações voltadas à concessão dessas atividades para empresas privadas, em áreas designadas pelos seus respectivos planos de manejo, nos mesmos moldes dos parques estaduais e nacionais, dinamizando a oferta de atividades de lazer dos parques urbanos prioritários.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para: (i) Elaboração do diagnóstico sobre a potencialidade de uso dos recursos naturais existentes

nos parques urbanos para a realização de atividades de aventura, contemplando minimamente as seguintes etapas: a) mapeamento das atividades potenciais relacionadas às características físicas e ambientais de cada parque, considerando os respectivos planos de manejo; b) aprovação do mapeamento; c) estudo preliminar das estruturas físicas com croquis – desenhos arquitetônicos preliminares, de implantação; d) estudo de viabilidade econômica; e) elaboração do projeto de concessão e gestão do equipamento; f) elaboração e impressão de cartilha para investidores, contendo diretrizes de uso condizentes com a política municipal de turismo, informações necessárias para avaliação de investimento/plano de negócios, normas básicas para implantação das atividades; f) concepção e programação e implementação de oficinas/seminários de promoção para investidores potenciais.

Gastos estimados

R$ 175.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento no volume de visitantes e diversificação do seu perfil; II. Diversificação do uso dos parques urbanos; III. Aumento da permanência no atrativo e na cidade; IV. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante); V. Aumento da geração de emprego e renda; VI. Aumento dos investimentos privados; VII. Aumento da arrecadação do CTUR e da SMMA para manutenção das estruturas turísticas nos

parques.

ROP

Componente 1: Item C - fortalecimento da gestão de uso público de áreas protegidas, programação de eventos, visitas e atividades em torno dos principais atrativos; Item G - estabelecimento ou revisão do conjunto de incentivos para investimento e fomento à criação de novos produtos e projetos empresariais, políticas e critérios para concessões turísticas.

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314 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.6 – Elaboração de inventário participativo do patrimônio cultural imaterial e recomendação para uso turístico.

Linha de Produto

Cidade Inovadora

Estratégia Integrar o patrimônio cultural municipal às linhas de produtos turísticos por meio da inclusão dos bens socioambientais qualificados nas narrativas de interpretação do patrimônio.

Detalhamento da ação

Objetivo Subsidiar a estruturação de novos produtos turísticos culturais e incrementar os atrativos existentes por meio da identificação, proteção, valorização e qualificação do patrimônio cultural, propondo recomendações de adequação do registro das referências culturais ao uso turístico.

Justificativa

Em seus 319 anos de existência oficial, Curitiba acumulou uma grande quantidade de testemunhos de sua formação histórica, concretizados em edificações, conjuntos histórico-culturais localizados em diversos pontos da cidade, bem como em costumes, saberes e modos de fazer que, por sua originalidade, marcam e constituem a identidade da comunidade curitibana.

Nesse sentido, os fatos e testemunhos históricos, aliados às ações contemporâneas formadoras da identidade da cidade, constituem importante subsídio para a manutenção e renovação de produtos turísticos culturais existentes e para formação de novos produtos, de modo a consolidar o segmento turístico cultural e contribuir para o desenvolvimento de outras linhas de produtos, como a de turismo de negócios e eventos. Tal raciocínio explicita a importância da conservação do patrimônio histórico-cultural num destino que busca o desenvolvimento do segmento turístico cultural.

Em nível municipal, até o momento não há uma política pública formalizada específica para a salvaguarda do patrimônio imaterial. Entretanto, há uma lei que trata do patrimônio cultural em Curitiba, incluindo o patrimônio imaterial, em trâmite de aprovação, Além disso, há documentação de costumes, tradições e saberes da cultura popular curitibana, realizada predominantemente por meio da lei municipal de Incentivo à Cultura. Em geral, o resultado destes projetos são publicações e exposições, algumas incorporadas nos produtos oferecidos pela FCC. O problema encontrado com relação a esta dinâmica centra-se no fato de não haver uma sistematização geral do patrimônio imaterial da cidade, bem como um mecanismo de priorização do que deve ser documentado e salvaguardado por meio dos instrumentos acima citados. Relacionado a este problema, destaca-se a falta de ações de manutenção das condições de produção e reprodução dos fazeres e saberes importantes para a cultura da cidade. Para o turismo, esse problema reflete no baixo aproveitamento do potencial do patrimônio cultural curitibano, em especial o patrimônio imaterial, para a conformação de novos produtos turísticos, ou de incremento da atratividade dos espaços culturais já implantados na cidade.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para:

(i) Elaborar um inventário dos atrativos e recursos culturais, com ênfase para o patrimônio imaterial, tendo como área de abrangência a Cidade de Curitiba, de forma a identificar "os domínios da vida social aos quais são atribuídos sentidos e valores e que, portanto, constituem marcos e referências de identidade" da comunidade curitibana.

(ii) Elaborar um plano operacional de Registro das Referências Culturais de Curitiba, prevendo-se a priorização das ações e modos de viabilização. Este plano deverá: a) Identificar as referências Culturais com potencial para a exploração turística; b) hierarquizar e priorizar as referências culturais com potencial turístico; c) propor ações específicas para o registro das Referências Culturais priorizadas com potencial para a exploração turística; d) elaborar diretrizes e recomendações para adequação das referências culturais ao uso turístico, assegurando a proteção do patrimônio cultural, prevendo-se a possibilidade de criação de roteiros turísticos, equipamentos e mecanismos de interpretação patrimonial, qualificação de equipamentos e atrativos existentes.

(iii) Elaborar e promover o “Guia Técnico das Referências Culturais de Curitiba” com base nos dados levantados, direcionado para o trade turístico, em especial para agências de viagem e guias de turismo, destacando os marcos e narrativas do patrimônio imaterial inventariado.

Obs.: a) o inventário deve estar alinhado ao Sistema Nacional do Patrimônio Cultural e seus programas afins, b) esta ação deve considerar o posicionamento de mercado proposto por este PDITS (em especial os eixos narrativo, urbanístico e étnico-cultural), bem como as diretrizes de consolidação da imagem e identidade da cidade preconizadas pelas ações de marketing.

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315 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Gastos estimados

R$ 279.500,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incentivo a formatação de novos produtos; II. Qualificação dos produtos já ofertados pelo Receptivo Local; III. Incremento no volume de visitantes; IV. Diversificação do perfil dos visitantes.

ROP Componente 1: Item B - realização de inventários e classificação de recursos turísticos.

Fonte de Financiamento

PRODETUR

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.7 – Implementação de projeto museológico/restauro e sistema de gestão dos equipamentos culturais

Linha de Produto

Cidade Inovadora

Estratégias

Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Integrar o patrimônio cultural municipal às linhas de produtos turísticos por meio da inclusão dos bens socioambientais qualificados nas narrativas de interpretação do patrimônio.

Detalhamento da ação

Objetivo Qualificar a oferta de atrativos culturais por meio da implantação de elementos inovadores de interatividade e interpretação do patrimônio, bem como pela proposição de um sistema integrado de visitação.

Justificativa

Muitas edificações de interesse histórico-cultural são utilizadas para fins públicos, especialmente culturais, em geral geridos e ocupados com atividades da Fundação Cultural de Curitiba. Muitos destes espaços, apesar de terem passado por processo de restauro, estão precisando de obras de manutenção, readequações aos usos atuais e especialmente de adaptação aos padrões de acessibilidade preconizados pelos conceitos do desenho universal.

Em relação direta com a atividade turística, destaca-se que, apesar de Curitiba possuir uma quantidade considerável de equipamentos culturais, localizados especialmente na área central, suas atividades não são adequadas para a recepção de turistas, especialmente os estrangeiros. Estes centros de cultura são pouco divulgados aos visitantes e apresentam baixa capacidade de entretenimento, principalmente aos turistas em visita à cidade.

Os atrativos de Curitiba, tanto naturais quanto culturais, não possuem um sistema formal e padronizado quanto ao controle de acesso e à coleta de dados referentes aos visitantes. A implantação de um sistema para monitorar o acesso dos visitantes nos atrativos do município constitui uma importante ferramenta de auxílio ao planejamento de ações que visem à melhoria do turismo na cidade. O sistema permitirá o levantamento ininterrupto de dados relativos à demanda total, suas características básicas e fluxo turístico quanto à visitação dos atrativos, possibilitando modificações e a renovação dos produtos turísticos em direção a maior satisfação dos usuários.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para:

(i) Elaboração do diagnóstico da condição de exposição física/atratividade dos acervos, atividades e das condições de interpretação e interatividade dos seguintes atrativos culturais: Casa da Memória, Casa Romário Martins, Casa Erbo Stenzel e Centro de Criatividade de Curitiba (Parque São Lourenço).

(ii) Elaboração de um Plano Diretor de requalificação dos espaços culturais em edificações históricas, contemplando: a) levantamento das necessidades de obras de restauro, adequação ao uso cultural e acessibilidade dentro dos conceitos de desenho universal; b) elaboração do plano de ação de recuperação de edifícios históricos (restauro e adequações), priorizando as necessidades, considerando os equipamentos e atrativos supracitados; c) elaboração do projeto executivo de restauro, acessibilidade e complementares para os equipamentos culturais priorizados no plano de ação.

(iii) Elaboração projeto executivo de restauro e acessibilidade para os equipamentos culturais, de acordo com as normas de preservação do patrimônio cultural, compatibilizando o edifício ao

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316 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

uso cultural e com o projeto museológico;

(iv) Elaboração do projeto museológico / expográfico para os cinco atrativos culturais supracitados aproveitando os registros realizados pela Lei de Incentivo à Cultura e Fundo de Cultura, bem como os resultados da Ação de Inventário, construindo uma narrativa cultural para cada equipamento de forma integrada. O projeto deverá a) prever espaços para eventos privados articulados às atividades promovidas pelos espaços culturais, como forma de arrecadação de fundos para a manutenção dos equipamentos; b) compor exposições interativas, utilizando-se das técnicas museológicas inovadoras, integrando o visitante na narrativa proposta para cada equipamento; c) ser compatibilizado com o projeto de restauro das edificações.

(v) Elaboração de projeto de sistema integrado de visitação, abrangendo os quatro atrativos culturais priorizados por esta ação, somando-se a eles o Complexo Cultural do Solar do Barão, contemplando: a) instrumentos de coleta e armazenamento de dados sobre a visitação, b) mecanismos de monitoramento, acompanhamento e decisão e c) elaboração de sistema de visitação integrado por meio de vouchers – multitickets.

Executar a implementação de:

(i) Ações previstas no projeto de restauro dos equipamentos descritos acima.

(ii) Ações previstas no projeto museológico / expográfico dos equipamentos descritos acima.

(iii) Sistema integrado de visitação concebido para estes mesmos equipamentos.

Custo Estimado R$ 3.910.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Diversificação do perfil dos visitantes; II. Incremento do Fluxo Turístico; III. Incentivo a formatação de novos produtos; IV. Aumento da permanência na cidade; V. Melhoria no sistema de coleta e dados de usuários; VI. Valorização da arte e artísticas locais das diversas áreas, a saber: literatura, arte, música.

ROP

Componente 1: Item E - formulação e implantação de itinerários e roteiros turísticos temáticos, geração de redes de museus e centros de interpretação. Item C - implantação de sistemas de gestão de fluxos turísticos.

Financiamento Outras Fontes

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.8 – Elaboração participativa de roteiros culturais

Linha de Produto

Cidade dos Parques e Cidade Inovadora

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Dotar os agentes multiplicadores do turismo local (agentes, guias, prestadores de serviços etc.) e demais atores de conteúdos e ferramentas que contribuam para a contextualização e promoção dos atrativos locais.

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317 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Justificativa

Curitiba possui em seu histórico de desenvolvimento uma série de elementos voltados ao caráter étnico-cultural e de urbanidade que estão presentes na cidade pela existência dos parques, monumentos, memoriais das etnias colonizadoras, praças e até mesmo no desenvolvimento do sistema viário. Esses elementos, no entanto, aparecem de forma isolada, sem uma conexão que possibilite uma narrativa histórica desse desenvolvimento, bem como dos personagens que fizeram parte dessa história. Outra questão relacionada a esta falta de conectividade é a pouca oferta de roteiros e produtos diferenciados pelas agencias locais que por falta de conteúdos ou ferramentas para criação dessas narrativas acabam oferecendo serviços padrão que normalmente são muito similares, a exemplo dos by-night, city tour e roteiros para regiões turísticas próximas à Capital (Campos Gerais e Litoral). Essa distribuição regional dos fluxos é importante ao desenvolvimento turístico do Estado, como fator de integração regional, mas é também um indicador da falta de produtos turísticos diferenciados sendo promovidos e comercializados localmente.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para:

(i) Elaboração de estudo e proposta de roteiros culturais, contemplando as seguintes etapas: a) compilação de estudos históricos e adequação para uso na atividade turística, usando como base “Guia Técnico das Referências Culturais de Curitiba” (ação 1.6); b) elaboração de estudos preliminares das rotas, considerando os diferentes modais e os roteiros já comercializados pelas empresas de receptivo local, integrando as narrativas identificadas no estudo com destaque aos temas étnico/urbanístico e artístico-cultural; c) realização de oficina para apresentação e aprovação e hierarquização de 10 rotas com a participação da equipe técnica (CTUR) e do empresariado local; d) detalhamento das rotas com teste, mapeamento, registro fotográfico, construção de narrativas e informações temáticas de visitação; e) realização de 10 (dez) visitas técnicas com foco à operadores locais e agentes de turismo dos mercados alvo identificados pelo “Plano de Marketing” (ação 2.1).

Obs.: a) o estudo deverá ser participativo, prevendo o envolvimento dos operadores e guias de turismo local em todas as suas etapas, b) integrar aos roteiros as AGITS, bem como as Áreas de Interesse Gastronômicos e de comércio, c) valorizar a iniciativas de “economia criativa”.

Custo Estimado R$ 235.750,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento no volume de visitantes; II. Diversificação do perfil dos visitantes; III. Aprimoramento do produto e incentivo a formatação de novos produtos; IV. Incentivo ao setor privado na criação de novos empreendimentos; V. Aumento da permanência na cidade; VI. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante).

ROP

Componente 1: Item E - formulação e implantação de itinerários e roteiros turísticos temáticos, geração de redes de museus e centros de interpretação. Item G - estabelecimento ou revisão do conjunto de incentivos para investimento e fomento à criação de novos produtos e projetos empresariais.

Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.9 – Implementação de projeto museológico/restauro do Solar do Barão

Linha de Produto

Cidade Inovadora

Estratégia

Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias. Integrar o patrimônio cultural municipal às linhas de produtos turísticos por meio da inclusão dos bens socioambientais qualificados nas narrativas de interpretação do patrimônio.

Detalhamento da ação

Objetivo Qualificar o complexo cultural Solar do Barão por meio da implantação de elementos inovadores de interatividade e interpretação do patrimônio, bem como pela proposição de um sistema integrado de visitação.

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318 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Justificativa

Muitas edificações de interesse histórico-cultural são utilizadas para fins públicos, especialmente culturais, em geral geridos e ocupados com atividades da Fundação Cultural de Curitiba. Muitos destes espaços, apesar de terem passado por processo de restauro, estão precisando de obras de manutenção, readequações aos usos atuais e especialmente de adaptação aos padrões de acessibilidade preconizados pelos conceitos do desenho universal. Dentre eles destaca-se o complexo cultural do Solar do Barão, tanto pelo seu porte e importância, como por abrigar uma série unidades da Fundação Cultural de Curitiba. As edificações deste complexo são tombadas com reconhecida importância cultural para a comunidade curitibana. O equipamento apresenta necessidades de manutenção e de adaptação às normas de acessibilidade universal, justificando-se sua priorização na execução de obras de restauro. Apesar de possuir uma série de espaços expositivos e de visitação, inclusive a Gibiteca de Curitiba, considerada a primeira do Brasil, detecta-se um grande potencial para o aumento da atratividade dos espaços pela instalação de estruturas expográficas que permitam maior interatividade com o visitante. Por fim, destaca-se que o complexo cultural Solar do Barão encontra-se localizado em uma região estratégica da AGIT centro inserido no circuito cultural e turístico da cidade, próximo a elementos simbólicos relevantes, tais como: i) Parque Passeio Público, ii) Prédio Histórico da UFPR, iii) Complexo Cultural Paço da Liberdade, iv) Largo da Ordem.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para:

(i) Elaboração do diagnóstico da condição de exposição física/atratividade dos acervos, atividades e das condições de interpretação e interatividade das unidades culturais do complexo cultural Solar do Barão;

(ii) Elaboração de diagnóstico e projeto executivo de restauro e acessibilidade para o complexo cultural Solar do Barão, de acordo com as normas de preservação do patrimônio cultural, compatibilizando o edifício ao uso cultural.

(iii) Elaboração do projeto museológico / expográfico para o complexo cultural Solar do Barão, considerando os registros realizados pela Lei de Incentivo à Cultura e Fundo de Cultura, bem como os resultados da Ação de Inventário, propondo uma identidade narrativa para o equipamento. O projeto deverá a) prever espaços para eventos privados articulados às atividades promovidas pelos espaços culturais, como forma de arrecadação de fundos para a manutenção dos equipamentos; b) compor exposições interativas, utilizando-se das técnicas museológicas inovadoras, integrando o visitante na narrativa proposta para cada equipamento (ação 1.7); c) propor espaço expográfico interativo utilizando o acervo da Gibiteca; d) ser compatibilizado com o projeto de restauro da edificação.

Executar implementação de:

(i) Ações de restauro para o complexo cultural Solar do Barão, prevendo a adaptações de acessibilidade à pessoas com deficiência e dificuldade de locomoção.

(ii) Ações previstas no projeto museológico / expográfico do complexo cultural Solar do Barão.

Custo Estimado R$18.756.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Recuperação e qualificação do patrimônio histórico-cultural; II. Incremento no volume de visitantes; III. Diversificação do perfil dos visitantes; IV. Incentivo a formatação de novos produtos; V. Aumento da permanência na cidade; VI. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante).

ROP Componente 1: Item E - formulação e implantação de itinerários e roteiros turísticos temáticos, geração de redes de museus e centros de interpretação.

Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.10 – Elaboração de projeto de restauro do Memorial Italiano – Santa Felicidade

Linha de Produto

Cidade Inovadora

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319 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Estratégia Integrar o patrimônio cultural municipal às linhas de produtos turísticos por meio da inclusão dos bens socioambientais qualificados nas narrativas de interpretação do patrimônio.

Detalhamento da ação

Objetivo Recuperar patrimônio cultural da Casa dos Gerânios para implantação do Memorial Italiano no bairro de Santa Felicidade.

Justificativa

A Casa dos Gerânios, edificação de 1880, foi por muitos anos moradia da família de Nicolau Boscardin, pioneira de Santa Felicidade. Pela carga histórica presente na edificação e pela importância para o bairro de Santa Felicidade, acredita-se ser um local estratégico para implantação do memorial da cultura italiana, importante etnia colonizadora da cidade. A implementação de novos memoriais étnicos em áreas específicas da cidade diversifica o uso, aumenta a dinâmica e a atratividade dos espaços, sejam parques, bairros ou demais áreas. Apesar de haver o potencial para instalação de memoriais de outras etnias (japonês, chinês, português, africano), o projeto aqui apresentado foi priorizado por integrar o itinerário da linha turismo e estar localizado na AGIT – Parques Noroeste. Destaca-se ainda, que a Área de Interesse Gastronômico de Santa Felicidade é o mais tradicional de Curitiba, e não possui atrativos perenes para a visitação, apesar do potencial histórico-cultural existente. Identifica-se um problema de drenagem que acarreta no alagamento constante da propriedade, para tanto se recomenda a execução de obras de drenagem pluvial e fluvial, ação prevista no Plano de Drenagem do Município de Curitiba, em conclusão. Após as reestruturações urbanas necessárias entende-se que é possível, havendo interesse por parte dos proprietários em recuperar e utilizar a edificação para instalação de memorial, o incentivo público para a qualificação do espaço.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto de:

(i) Projeto executivo de restauro da Casa dos Gerânios e planejamento do espaço para uso turístico, considerando os seguintes produtos: a) necessidades de obras de restauro e adequação do espaço físico considerando o uso turístico; b) adequação ao uso cultural e acessibilidade dentro dos conceitos de desenho universal; c) levantamento dos acervos físicos e imateriais da comunidade italiana localizada em Curitiba com potencial para composição do acervo; d) elaboração do projeto museográfico e expográfico.

Custo Estimado R$ 262.500,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Recuperação e qualificação do patrimônio histórico-cultural; II. Incremento no volume de visitantes; III. Diversificação do perfil dos visitantes; IV. Incentivo a formatação de novos produtos; V. Aumento da permanência na cidade; VI. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante).

ROP Componente 1: Item C - Valorização e gestão de atrativos turísticos e criação de novos produtos

Financiamento Outras Fontes

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.11 – Requalificação da paisagem urbana - AGIT Centro

Linha de Produto

Cidade Inovadora

Estratégia Integrar o patrimônio cultural municipal às linhas de produtos turísticos por meio da inclusão dos bens socioambientais qualificados nas narrativas de interpretação do patrimônio.

Detalhamento da ação

Objetivo Melhorar as condições da paisagem urbana na AGIT Centro a fim de integrar o patrimônio histórico-cultural aos produtos ligados à Linha - Cidade Inovadora e colaborar para a ambientação dos eixos narrativos histórico-culturais.

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320 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Justificativa

Curitiba possui uma história peculiar quando comparada a de outros grandes centros urbanos do Brasil. Em grande parte esta peculiaridade repousa sobre o processo de planejamento territorial, mas também pela boa conservação de conjuntos urbanos históricos e edificações representativas de várias épocas da história brasileira. Para a atividade turística, estes conjuntos e edificações, aliados à imagem da cidade, podem ser traduzidos na forma de produtos turísticos estruturados, em atrativos isolados e em cenário/contexto para a atração nas várias linhas de produto. Nesse sentido, além das edificações e conjuntos históricos reconhecidamente importantes, fala-se em “sítios de interesse turístico”. São lugares que, por formar um conjunto histórico-cultural/natural ou por serem elementos constituintes de um destes conjuntos, configuram-se como bens socioambientais importantes para a atividade turística. Em geral, são edificações, praças, parques e ruas que fazem parte da composição de um roteiro ou itinerário turístico exercendo o papel de contextualização ou de cenário de uma narrativa, contribuindo para (i) a interpretação daquilo que a comunidade pretende mostrar aos seus visitantes, (ii) para a continuidade da memória e da identidade cultural da cidade. Para que os sítios de interesse turístico exerçam sua função, faz-se necessário a qualificação da paisagem urbana, neutralizando interferências à leitura do patrimônio e facilitando ao turista situar-se espacialmente e historicamente no lugar de visitação.

Descrição da ação

Realizar o estudo/projeto para:

(i) Adequação do espaço urbano nas principais vias que conectam ícones da AGIT Centro e seus atrativos prioritários (Largo da Ordem, Passeio Público, Teatro Guaíra, Edifício Histórico da UFPR), conferindo à área geográfica unidade paisagística por meio da adequação e/ou implantação de mobiliário urbano, estruturas de acessibilidade e iluminação pública, de modo a facilitar a interpretação visual destes espaços, nas seguintes vias de conexão: a) Rua XV de Novembro (Corredor Cultural); b) Nestor de Castro; c) Mateus Leme; d) Carlos Cavalcanti, e) Saldanha Marinho; f) Inácio Lustosa; g) Paula Gomes; h) Duque de Caxias; i) Trajano Reis e j) Praça 19 de Dezembro (totalizando 4,3 km).

Executar a implementação de:

(i) Projeto de requalificação do espaço urbano elaborado no estudo anterior.

Obs.: A elaboração do projeto de requalificação urbanística deverá respeitar os ícones e marcos históricos presentes nas vias, levando em consideração as diretrizes dos órgãos de preservação do patrimônio das esferas municipal, estadual e federal.

Custo Estimado R$ 21.407.600,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Qualificação da paisagem urbana; II. Incentivo a formatação de novos produtos; III. Aumento da permanência na cidade; IV. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante); V. Aumento dos investimentos privados.

ROP Componente 1: Item D - tratamento paisagístico, melhoramento de mobiliário urbano; ações integrais em bairros ou núcleos urbanos; revalorização de imagem dos principais eixos comerciais e zonas centrais.

Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.12 – Requalificação da paisagem urbana – Áreas de Interesse Gastronômicos

Linha de Produto Cidade Inovadora.

Estratégia Integrar o patrimônio cultural municipal às linhas de produtos turísticos por meio da inclusão dos bens socioambientais qualificados nas narrativas de interpretação do patrimônio.

Detalhamento da ação

Objetivo Melhorar as condições da paisagem urbana das Áreas de Interesse Gastronômicos a fim de integrá-los aos produtos ligados ao segmento cultural e colaborar para a ambientação dos eixos narrativos histórico-culturais.

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321 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Justificativa

Curitiba possui uma história peculiar quando comparada a de outros grandes centros urbanos do Brasil. Em grande parte esta peculiaridade repousa sobre o processo de planejamento territorial, mas também pela boa conservação de conjuntos urbanos históricos e edificações representativas de várias épocas da história brasileira. Para a atividade turística, estes conjuntos e edificações, aliados à imagem da cidade, podem ser traduzidos na forma de produtos turísticos estruturados, em atrativos isolados e em cenário/contexto para a atração nas várias linhas de produto. Nesse sentido, além das edificações e conjuntos históricos reconhecidamente importantes, fala-se em “sítios de interesse turístico”. São lugares que, por formar um conjunto histórico-cultural/natural ou por serem elementos constituintes de um destes conjuntos, configuram-se como bens socioambientais importantes para a atividade turística. Tais espaços, históricos ou planejados, estão articulados aos modos de vida, costumes, fazeres e saberes próprios da comunidade curitibana, dentre eles a gastronomia. Nesse sentido, aponta-se a necessidade de atenção especial aos locais de maior concentração de serviços de alimentação qualificados para a atividade turística, que podem integrar roteiros ou itinerários turísticos. Para tanto, faz-se necessário à qualificação da paisagem urbana, neutralizando interferências à leitura do patrimônio e facilitando ao turista situar-se espacialmente e historicamente no lugar de visitação.

Descrição da ação

Realizar o estudo/projeto para:

(i) Delimitação dos Áreas de Interesse Gastronômicos considerando os estudos propostos na AGIT Curitiba do PDITS e no projeto de “Categorização de Serviços de Alimentação” na parceria entre ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária e ABRASEL - Associação de Bares e Restaurantes.

(ii) Adequação do espaço urbano nas vias que abrigam maior concentração de serviços de alimentação (Áreas de Interesse Gastronômicos), que ainda não passaram por ações de requalificação urbana dos polos Mateus Leme e Rua Itupava, conferindo unidade paisagística à área por meio da adequação e/ou implantação de mobiliário urbano, estruturas de acessibilidade e iluminação pública, de modo a facilitar a interpretação visual destes espaços.

Executar a implementação de:

(i) Adequações arquitetônicas e de requalificação do espaço urbano identificados no estudo anterior.

Custo Estimado R$ 12.486.930,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Qualificação da paisagem urbana; II. Incentivo a formatação de novos produtos; III. Aumento da permanência na cidade; IV. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante); V. Aumento dos investimentos privados.

ROP Componente 1 Item D: tratamento paisagístico, melhoramento de mobiliário urbano; ações integrais em bairros ou núcleos urbanos; revalorização de imagem dos principais eixos comerciais e zonas centrais.

Financiamento Outras Fontes

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.13 – Implantação do Bonde Turístico

Linha de Produto

Cidade Inovadora

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Diversificar a oferta de atrativos culturais por meio da adequação das estruturas urbanas que viabilizem a implantação do Bonde Turístico

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322 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Justificativa

A utilização dos bondes como equipamento de transporte público faz parte da história de muitas cidades brasileiras, elemento também presente em Curitiba. O projeto “Bonde Turístico” de Curitiba integra as ações de revitalização da área central da cidade e tem como premissa colocar novamente em circulação antigos bondes que serviram como transporte de moradores, agora transformado em atrativo turístico, cultural e de resgate da memória da cidade. Conforme itinerário proposto na apresentação da Carta Consulta ao PDITS Curitiba, a implantação do projeto servirá como ação de revalorização da área central e das atividades comerciais e de serviços, atraindo investimentos da iniciativa privada para o eixo histórico Barão do Rio Branco – Riachuelo.“O próprio bonde, memória da cidade, será um elemento dinâmico na paisagem histórica da cidade, se tornando também, por si só, uma atração turística.” (Carta Consulta – PDITS Curitiba)

Descrição da ação

Realizar estudo/projeto para: (i) Elaboração de projeto executivo referente a implementação do Bonde Turístico, prevendo: a)

implantação de via férrea com extensão de 1.500m; b) implantação de alimentação elétrica através de catenária; c) recuperação de dois bondes e da antiga garagem de bonde, edificação tombada pelo Patrimônio do Estado, que servirá de terminal e garagem para o Bonde Turístico; d) restauração das calçadas e vias previstas no itinerário do bonde.

Executar a implementação de: (i) Ações previstas no projeto executivo descrito acima.

OBS: O IPPUC possui estudos e projeto para implantação do atrativo.

Custo Estimado R$18.000.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento no volume de visitantes; II. Diversificação do perfil dos visitantes; III. Incentivo a formatação de novos produtos; IV. Aumento da permanência na cidade; V. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante).

ROP Componente 1: Item C - Valorização e gestão de atrativos turísticos e criação de novos produtos

Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.14– Qualificação do Memorial de Curitiba

Linha de Produto

Cidade Inovadora

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Incrementar a atratividade do Memorial de Curitiba por meio da qualificação e da diversificação das atividades realizadas no equipamento.

Justificativa

Inaugurado em 1996, o Memorial de Curitiba é um espaço concebido para preservar e expor a história da cidade e abrigar atividades culturais múltiplas, incluindo exposições, apresentações cênicas e musicais. O Memorial de Curitiba é palco de diversos eventos culturais organizados por empresas públicas e privadas, principalmente na Praça Iguaçu, local que comporta eventos variados de cunho artístico-culturais. As demais salas abrigam exposições permanentes e temporárias, recebendo principalmente fluxos de visitantes locais. Apesar desse uso é possível afirmar que há potencial para qualificação da atratividade das atividades culturais realizadas no equipamento, além da necessidade de revisão das estruturas físicas no sentido de abrigar exposições e eventos oferecendo melhor qualidade técnica. Tais fatores apontam para necessidades de melhoria e qualificação do seu uso com foco na diversificação na oferta de atividades culturais que possam remeter o atrativo a um espaço de cultura mais dinâmico, também voltado ao uso turístico. Dessa forma, o Memorial pode ganhar mais importância enquanto atrativo cultural e tornar-se ponto de referência na atração de fluxos à AGIT Centro e seu entorno.

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323 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

(i) Elaboração de Proposta Participativa de requalificação da Unidade Gestora a fim de ampliar as potencialidades de uso para exposições de acervo municipal, realização de eventos e atração de exposições culturais itinerantes, considerando: a) diagnóstico sobre os processos de gestão do equipamento, b) proposição da composição e competências da unidade coordenadora do espaço, bem como ferramentas de gestão integradas com todas as estruturas da FCC e aos demais órgãos da prefeitura, c) elaboração de um plano de ação para implementação do projeto de requalificação.

(ii) Elaboração de um plano de requalificação do espaço, contemplando: a) levantamento/revisão das necessidades de reforma, adequação ao uso cultural e acessibilidade dentro dos conceitos de desenho universal; b) elaboração do projeto executivo de reforma, acessibilidade e complementares pro Memorial de Curitiba, compatibilizando o edifício ao uso cultural e com o projeto.

(iii) Elaboração do diagnóstico da condição de exposição física/atratividade dos acervos, atividades e das condições de interpretação e interatividade do Memorial de Curitiba;

(iv) Elaboração do projeto museológico / expográfico pro Memorial aproveitando os registros realizados pela Lei de Incentivo à Cultura e Fundo de Cultura, bem como os resultados da Ação do Inventário Cultural (ação 1.6). O projeto deverá a) prever espaços para eventos privados articulados às atividades promovidas pelos espaços culturais, como forma de arrecadação de fundos para a manutenção dos equipamentos; b) compor exposições interativas, utilizando-se das técnicas museológicas inovadoras, integrando o visitante na narrativa proposta para cada equipamento; c) ser compatibilizado com o projeto de reforma.

Realizar a implementação de:

(i) Ações previstas no diagnóstico acima referentes ao processo de gestão e qualificação do espaço.

Executar a implementação de:

(i) Ações previstas no projeto executivo para reforma e adequações para uso do espaço.

(ii) Ações previstas no projeto museológico / expográfico dos equipamentos descritos acima.

Custo Estimado R$ 3.440.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento no volume de visitantes; II. Diversificação do perfil dos visitantes; III. Incentivo a formatação de novos produtos; IV. Aumento da permanência na cidade; V. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante).

ROP Componente 1: Item C - implantação de sistemas de gestão de fluxos turísticos; programação de eventos, visitas e atividades em torno dos principais atrativos.

Financiamento Outras Fontes

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.15 – Implantação do Museu Nacional do Urbanismo e Museu do Design e Inovação

Linha de Produto

Cidade Inovadora e Cidade Educadora

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Implantar o Museu Nacional do Urbanismo e o Museu do Design e Inovação, utilizando a temática do desenvolvimento e da história da cidade como elemento central de atração turística.

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324 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Justificativa

Curitiba se destaca nacionalmente e também em outros países por ser uma cidade que se desenvolveu com a preocupação de planejar seu crescimento. Apesar do reconhecimento dessas características, este elemento não faz parte oficialmente de produtos turísticos relacionados aos segmentos cultural e educacional, por apresentar-se de maneira fragmentada em elementos da cidade, como os planos de desenvolvimento urbano, sistema viário, praças e parques. Outro elemento importante presente em várias regiões da cidade, mas também de maneira isolada e por essa razão acabam aparecendo minimamente na composição do produto turístico local, são as obras dos artistas que ajudaram a construir a história de Curitiba e que se remetem à série histórica de artistas plásticos que influenciaram na constituição de uma rede de intelectuais ligados ao design e à inovação, presentes nos vários pontos de cultura criados recentemente pelos bairros da cidade com forte ligação com os conceitos da economia criativa.

A integração de todos esses elementos num só lugar, sob a forma de Museus que concentrem parte dessas características, é uma ação inovadora que possibilitará a diversificação da oferta de atrativos turísticos culturais, potencializando a atratividade de Curitiba, principalmente para fluxos voltados ao turismo cultural.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

(i) elaboração de projeto arquitetônico; (ii) elaboração do projeto museológico, considerando referências municipais, estaduais, nacionais e da urbanização ocidental; (iii) estudo para realização de parceria público-privada para a gestão e renovação dos museus.

A realização dos projetos arquitetônico e museológico deve considerar as seguintes diretrizes:

a. O Museu do Design e Inovação deve ser pensado como um espaço de vivência e interação com o objetivo de (i) promover a inovação por meio do design; (ii) criar acervo de pesquisa e referência no tema design; (iii) realizar eventos e exposições relacionadas ao tema; (iv) realizar ações educativas para a sociedade (iv) fortalecer a identidade cultural e industrial brasileira; (v) integrar e tornar acessível ao público o acervo do design e das inovações brasileiras.

b. O Museu Nacional do Urbanismo deve proporcionar a troca de conhecimento entre o público visitante através de espaços como (i) Escola Internacional de Urbanismo – para ensino prático do urbanismo com a coordenação do IPPUC e parcerias com a ONU, UFPR, PUC, UP, TUIUTI, UTFPR, UNILIVRE; (ii) Laboratório das Melhores Práticas Urbanas (nacionais e internacionais); (iii) Incubadora de Projetos e Produtos Urbanos – voltados ao desenvolvimento soluções inovadoras para resolver problemas urbanos; (iv) Espaço Curitiba (real e virtual) - informações (fotografias, mapas, desenhos, maquetes, etc.) da história e prática do planejamento urbano de Curitiba desde a criação da cidade; (v) Espaço Gaia (real e virtual) - informações (fotografias, mapas, desenhos, maquetes, etc.) da história e prática do planejamento urbano e regional no mundo (metrópoles, cidades pequenas e médias, núcleos urbanos); (vi) Espaço da Vizinhança – local para discussão de assuntos ligados ao planejamento urbano e regional;

c. Programa básico para os dois museus deve considerar: (i) sala de exposições definitiva para acervo; (ii) salas para exposições temporárias; (iii) sala para auditório modular; (iv) sala para reuniões; (v) salas para administração; (vi) sala para reserva técnica; (vii) espaço para loja de artesanato e bistrô/café; (viii) espaço ao ar livre dedicado ao encontro; (ix) biblioteca e (x) instalações sanitárias.

Executar a implementação de:

(i) ações previstas nos projetos executivos arquitetônico e museológico acima descritos.

Custo Estimado R$ 31.510.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento no volume de visitantes; II. Diversificação do perfil dos visitantes; III. Incentivo a formatação de novos produtos; IV. Aumento da permanência na cidade; V. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante).

ROP Valorização e gestão de atrativos turísticos e criação de novos produtos

Financiamento Outras Fontes

Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.16 – Realização de programa de hospitalidade e capacitação técnica para o turismo.

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325 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Linha de Produto

Todas.

Estratégia Promover a qualificação dos equipamentos e serviços turísticos e o incentivo a novos investimentos, a fim de alcançar a excelência dos serviços prestados.

Detalhamento da ação

Objetivo Qualificar os atores do turismo que participam diretamente na cadeia de prestação de serviços.

Justificativa

A satisfação do visitante está diretamente relacionada à qualidade da oferta de produtos e serviços, em qualquer escala dentro da cadeia produtiva, chegando a apresentar uma imagem negativa de todo o destino, caso um único elo de prestação de serviços apresente falhas. Sabendo que as atividades características do turismo relativas as áreas de alimentação, receptivo e meios de hospedagem apresentam dificuldade de contratação e manutenção de mão de obra, esta ação vem a suprir tais deficiências, contribuindo para a melhoria da prestação de serviços.

Descrição da ação

Executar projeto para:

(i) Elaboração e realização de programa de capacitação para funcionários do setor público e privado de relacionamento direto com os visitantes e também nos níveis gerenciais considerando as seguintes etapas: a) identificação e definição de recursos necessários à ação; b) elaboração do método, material didático e estrutura do curso; c) mobilização dos alunos; c) realização dos cursos; e) elaboração e entrega dos relatórios com os resultados alcançados. O público alvo deverá abranger funcionários e colaboradores dos seguintes serviços: a) meios de hospedagem; b) serviços de alimentação nas áreas de interesse gastronômico; c) serviços de alimentação nos atrativos naturais e culturais; d) guias de turismo; e) empresas prestadoras de transporte público municipal, f) servidores públicos da FCC, da Guarda Municipal e da SMMA.

Obs.: Sugerem-se como temáticas e serem trabalhadas: a) hospitalidade e turismo; b) Turismo em Curitiba (história, atrativos, equipamentos e serviços, elementos de destaque, etc.); b) idiomas; e d) atendimento a pessoas com deficiência. Além destes temas, deverão ser incluídos módulos específicos aos funcionários que atuam nos serviços de alimentação, tratando dos temas: f) programa de alimentação segura e; g) elaboração e preparação de cardápios. Aos guardas municipais, os temas que deverão ser acrescidos são: h) orientações de segurança para os turistas, i) treinamento para registro especializado de ocorrências, j) treinamento básico de primeiros socorros.

Custo Estimado R$ 632.500,00 Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Aumento da qualidade dos serviços turísticos; II. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante); III. Aumento da Segurança.

ROP Capacitação e qualificação da mão de obra

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.17 – Fortalecimento da Feira de Artesanato do Largo da Ordem

Linha de Produto

Cidade Inovadora

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Qualificar as relações institucionais entre os artesãos para fortalecimento da rede de feirantes e qualificação da feira como atrativo turístico

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326 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Justificativa

A Feira de Artesanato do Largo da Ordem é a principal, maior e mais antiga feria da cidade, reunindo cerca de 1300 barracas entre expositores de artesanato, artes diversas e gastronomia em uma mistura multicultural com temáticas locais, nacionais e também internacionais. A feira, além de uma opção de entretenimento e compras, estimula a visitação a importantes atrativos e bens culturais, pois divide o espaço com o Setor Histórico entre suas ruas, praças, monumentos e marcos localizados nessa região, configurando-se como um importante elemento na constituição do produto turístico local, movimentando fluxos de moradores locais e também de visitantes. Sendo um atrativo simbólico da cidade e com bons índices de visitação, ao melhorar a estrutura e a organização da feira, pretende-se potencializar sua atratividade, aumentando a satisfação dos feirantes e dos visitantes.

Descrição da ação

Realizar estudo/projeto para: (i) Adequação do espaço físico da Feira de Artesanato considerando os levantamentos feitos

pelo IPPUC e pelo grupo de trabalho dos artesãos contemplando: a) ordenamento por setores; b) layout e estrutura física e aquisição de novas barracas; e c) disponibilização de instalações sanitárias aos feirantes e visitantes.

Executar estudo/projeto para: (i) Execução de programa de mobilização e sensibilização dos feirantes por um período de 18

meses, com vistas realização de reuniões para melhoria das relações institucionais existentes, considerando: a) elaboração e implementação do plano estratégico de qualificação da feira; b) realização de workshops sobre a história, valorização e tendências relacionadas ao artesanato; c) realização de oficinas sobre turismo, hospitalidade e a inserção da feira como componente da oferta turística; d) realização de cursos sobre gestão administrativa e financeira; e) debate e construção das necessidades de melhoria e adequação do espaço físico; f) criação e implementação de programa de fiscalização autogestionado, com base na participação efetiva dos feirantes como agentes fiscalizadores.

Executar a implementação de: (i) Ações previstas no estudo descrito acima; (ii) Aquisição de novas barracas.

Custo Estimado R$ 913.800,00 Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Aumento da qualidade dos serviços turísticos; II. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante); III. Aumento da receita gerada na feira.

ROP Valorização e gestão de atrativos turísticos e criação de novos produtos; Adequação do espaço nos destinos como parte do produto turístico – tratamento paisagístico, melhoramento de mobiliário urbano; ações integrais em bairros ou núcleos urbanos;

Fontes Outras Fontes

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.18 – Reestruturação das Feiras Especiais

Linha de Produto

Cidade Inovadora

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Qualificaras Feiras Especiais a fim de integrá-las ao produto turístico local.

Justificativa

As feiras especiais movimentam o centro da cidade em diferentes épocas do ano que seguem temáticas festivas, a exemplo da Feira de Natal e de Páscoa, e também em função das estações do ano, com as feiras de Inverno e da Primavera. As Feiras Especiais são atividades que integram a composição da imagem da cidade e atendem principalmente os moradores locais, demonstrando potencial de atração de outros fluxos se tratados e promovidos para esse fim.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

(i) Elaboração de diagnóstico dos processos gerenciais e operacionais que envolvem a organização e realização das feiras especiais e proposição das melhorias necessárias, considerando: a) realização de programa de sensibilização para equipe de colaboradores do CTUR responsáveis pela gestão das feiras com apontamento da importância das mesmas como recurso potencial a compor o produto turístico local e as necessidades de melhoria e plano de ação em razão do diagnóstico elaborado; b) revisão e adequação do edital de

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327 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

convocação de artesãos; c) análise e adequação do espaço físico das feiras com proposta indicativa de reestruturação do layout das barracas e implantação de instalações sanitárias.

(ii) Realização de workshops com os candidatos a participação na feira sobre a história, valorização e tendências relacionadas ao artesanato;

(iii) Realização de assessoria de 4hs em qualidade do produto e designe para 50 artesãos potenciais feirantes mediante pré-inscrição.

Custo Estimado R$ 57.320,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Aumento da qualidade dos serviços turísticos; II. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante); III. Aumento do fluxo de turistas; IV. IV. Aumento da receita gerada nas feiras.

ROP Componente 1: Item G - estabelecimento ou revisão do conjunto de incentivos para investimento e fomento à criação de novos produtos e projetos empresariais;

Financiamento PRODETUR

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328 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.19 – Elaboração de estudo de viabilidade da Linha Turismo

Linha de Produto Cidade dos Parques e Cidade Inovadora

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Incrementar o potencial de uso da Linha Turismo através da melhoria de sua estrutura e dos serviços prestados

Justificativa

Importante elemento na composição da oferta turística de Curitiba, a Linha Turismo percorre 45 km passando pelos principais pontos turísticos do circuito norte de Curitiba. É a maior frota nacional de ônibus especial para turismo e o usuário adquire uma cartela com cinco tíquetes no valor de R$ 29,00 que dão direito ao embarque e a quatro reembarques. Recebeu em 2011, segundo pesquisa publicada pelo Instituto Municipal de Turismo, mais de 680 mil visitantes, um aumento de cerca de 12% em relação ao ano anterior, comprovando a importância desse equipamento que possui ao mesmo tempo a figura de atrativo para a cidade. No entanto, a mesma pesquisa aponta para insatisfação dos visitantes em relação ao tempo de espera, à lotação dos carros, às condições ruins do áudio e também com as más condições de manutenção dos pontos/paradas de espera que encontram-se com estruturas deterioradas. Outro fator relacionado à perda do potencial deste equipamento/atrativo é a falta de dados técnicos que apontem para elementos físico financeiros, demonstrando a relação entre o uso atual e potencial da Linha Turismo como elemento indutor de fluxos turísticos à cidade.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

(i) Elaboração de estudo sobre a perspectiva físico-financeira da Linha Turismo, apontando para os seguintes elementos: a) resultado econômico do atual modelo de operação e indicação de alternativas de viabilidade e crescimento econômica para atuação com outro(s) formato(s) de operação; b) análise sobre a inserção de novos atrativos no itinerário e estudo técnico apontando para o potencial de ampliação do itinerário (inserção de novos atrativos, inclusão de rotas específicas etc.); c) estudo de mercado para identificação da demanda potencial e elementos de satisfação e reprovação destes visitantes em razão do atual modelo de operação; d) diagnóstico da estrutura atual oferecida e indicação de prognóstico para atendimento da demanda potencial identificada, prevendo, de acordo com o diagnóstico a proposição técnica financeira para d.i) ampliação da frota; d.ii) melhoria no sistema de som para atendimento individualizado em 5 línguas e implantação de sistema de vídeo; d.iii) as condições de conforto físico (assentos, ar condicionado etc.); d.iv) demais elementos apontados no diagnóstico.

Custo Estimado R$ 93.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Aumento da qualidade dos serviços turísticos;

II. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante);

III. Aumento do fluxo de turistas;

IV. Aumento da receita gerada pelo aumento do uso deste equipamento.

ROP Componente 1:

Item C - Valorização e gestão de atrativos turísticos e criação de novos produtos.

Financiamento PRODETUR.

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329 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.20 – Projeto e Implementação da Revitalização do Passeio Público

Linha de Produto Cidade dos Parques

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da Ação

Objetivo Qualificar a experiência do visitante por meio da revitalização do Passeio Público, dotando-o de equipamentos e serviços que ampliem sua atratividade.

Justificativa

Coincidindo com o diagnóstico realizado no início deste trabalho, a importância da revitalização do Passeio Público já havia sido identificada na elaboração do PDITS – Região Metropolitana e Campos Gerais, realizada em 2010 (SETU, 2010). Nesse sentido, a justificativa adotada na época continua sendo pertinente: “O Passeio Público permaneceu como único parque urbano de Curitiba até o início da década de 70, passando por diversas fases como equipamento urbano, inicialmente como obra de saneamento, embelezamento e lazer, mais tarde caracterizado como zoológico da cidade. Continua sendo, hoje, uma ilha verde, o único parque da área central, importante área de amenização da paisagem urbana. Ainda que seja um atrativo histórico, o Passeio Público precisa ser adequado às tendências do mercado turístico, integrando-o à vida da cidade. Neste sentido, pretende-se revitalizar os atrativos e estruturas existentes e criar novos atrativos e estruturas que lhe deem suporte” (SETU, 2010, p. 302). No contexto de estratégico proposto nesse PDITS, a necessidade da requalificação do Passeio Público é reforçada pelo fato de se integrar à narrativas que articulam as linhas de produto Cidade dos Parques e Cidade Inovadora. Ressalta-se ainda que o Ippuc já realizou um estudo preliminar para tal revitalização, que pode ser aproveitada na consecução da presente ação.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para:

Elaboração dos projetos arquitetônicos e paisagísticos, contemplando a revitalização dos equipamentos existentes, melhoria dos atrativos e estruturas atuais, remodelação das áreas de recreação, viabilização de espaços para shows e concertos ao ar livre, melhoria das estruturas viárias de pedestres e bicicletas. Executar a implementação de:

Ações previstas nos projetos arquitetônicos e paisagísticos descritos acima.

Gastos estimados R$ 11.962.734,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento no volume de visitantes; II. Diversificação do perfil dos visitantes; III. Aumento da permanência no atrativo e na cidade; IV. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante).

ROP Componente 1: Item C - programação de eventos, visitas e atividades em torno dos principais atrativos, qualificação dos materiais interpretativos.

Fonte de Financiamento

PRODETUR

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330 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.21 – Implantação do Centro de recepção e atendimento ao visitante em Santa Felicidade

Linha de Produto

Todas.

Estratégia Promover a qualificação dos equipamentos e serviços turísticos e o incentivo a novos investimentos, a fim de alcançar a excelência dos serviços prestados.

Detalhamento da ação

Objetivo Ampliar a rede municipal de centros de atendimento e informação aos visitantes

Justificativa

A satisfação do visitante está diretamente relacionada à qualidade da oferta de produtos e serviços, em qualquer escala dentro da cadeia produtiva, chegando a apresentar uma imagem negativa de todo o destino, caso um único elo de prestação de serviços apresente falhas. Santa Felicidade é um bairro que possui reconhecimento pela grande oferta de serviços de alimentação e por essa razão foi destacado como uma área de interesse gastronômica inserida dentro da Área Geográfica de Interesse Turístico – Parques Noroeste. Durante a fase de diagnóstico, foi comprovada a ineficiência dos serviços de informação turística prestados pelo posto de atendimento instalado na Casa de Contos, este administrado pela associação local de comerciantes (ACISF) em parceria com o CTUR. Reconhecendo a importância desta área como atrativo turístico e o volume de visitantes que recebe, a implantação de um centro de atendimento ao visitante com estrutura municipal própria torna-se estratégica a medida que amplia o potencial de oferta deste serviço e qualifica o fornecimento de informações sobre os atrativos turísticos da cidade, contribuindo também para o aumento da satisfação do visitante.

Descrição da ação

Executar projeto de:

(i) Implantação do Centro de recepção e atendimento ao visitante, prevendo a execução dos projetos executivos, arquitetônicos e complementares para implantação do espaço, considerando as seguintes estruturas: a) estacionamento; b) espaço para recepção e informação aos visitantes, c) instalações sanitárias; d) espaço para comercialização de artesanato e souvenires; e) sinalização indicativa.

Obs.: Sugere-se que sejam seguidos os padrões de acessibilidade universal.

Custo Estimado R$ 600.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Ampliação dos postos de informação turística;

II. Aumento da qualidade dos serviços turísticos;

III. Melhoria da satisfação e qualificação da experiência dos visitantes;

ROP

Componente 1:

Item E - Integração da oferta existente: geração de redes de museus e centros de interpretação, pontos de informação e assistência ao turista.

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331 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 2: ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing

Linha de Produto

Todas

Estratégia Ampliar os canais de comunicação, distribuição e promoção dos produtos turísticos por meio de ações de fortalecimento dos canais diretos e indiretos de comercialização.

Detalhamento da ação

Objetivo Desenvolver ações integradas de marketing com foco no alcance do posicionamento de mercado desejado e nas linhas de produto prioritárias.

Justificativa

Curitiba foi foco de ações de comunicação promovidas por iniciativas da própria administração municipal com objetivo de inferir à cidade imagens desejadas, a exemplo da "Cidade Ecológica" e "Capital Social". Mesmo que influenciando indiretamente a percepção do visitante em relação à imagem da cidade, tais abordagens não mencionavam aspectos relacionados ao turismo diretamente, deixando de contribuir para o fortalecimento da área enquanto possuidora de atributos turísticos.A execução de uma ação de branding pode ser considerada como o trabalho de construção e gerenciamento de uma marca junto ao mercado com objetivo de transmitir para todos os interessados a imagem / identidade pretendida, ou seja, é o conjunto de práticas e técnicas que visam a construção e o fortalecimento de uma marca.Nesse sentido, a elaboração e implantação de um plano de marketing tende a fortalecer as linhas de produto prioritárias, consolidando o posicionamento de mercado desejado à cidade, contribuindo para o desenvolvimento da atividade turística, principalmente em relação à atração de fluxos de visitantes de maneira planejada e organizada.Vale lembrar que o próprio estudo apresentado no PDITS Curitiba já aponta alguns dados relevantes que podem ser utilizados na elaboração do plano de marketing e ainda apresenta sugestão de posicionamento de mercado que poderá ser revisado a partir dos demais dados levantados para a elaboração do plano de marketing.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

(i) Elaboração do plano de marketing que deverá considerar os seguintes componentes: a) Análise do ambiente em que está inserido o destino (fatores externos e internos); b) o comportamento de compra do cliente, atentando para as demandas atual e futura; c) análise da concorrência; d) apresentar as estratégias, as metas e o plano de ações e plano de financiamento que deve ser detalhado para cada um dos elementos do composto de marketing: produto, preço, comunicação e distribuição; e) criação dos conceitos e das marcas das linhas de produtos, a saber: Negócios e Eventos, Parques Urbanos, Cidade Inovadora, Cidade dos Eventos Culturais e Cidade Educadora; f) proposta de aprimoramento da gestão pública para a manutenção das ações de marketing e g) programa de monitoramento dos resultados obtidos a partir da execução do plano.

Custo Estimado R$ 580.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Consolidação do posicionamento de mercado desejado; II. Consolidação das linhas de produto prioritárias III. Incremento no volume de visitantes; IV. Aumento da permanência na cidade; V. Aumento dos investimentos no setor; VI. Instrumentalização da Gestão Pública e da Iniciativa Privada com análise de mercado.

ROP

Componente 2: Item C - Planos de marketing estratégicos e operacionais; Item B - Criação de marcas

Financiamento PRODETUR

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332 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 2: ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.2 – Implementação do Plano de Marketing Linha de Produto

Todas

Estratégia Ampliar os canais de comunicação, distribuição e promoção dos produtos turísticos por meio de ações de fortalecimento dos canais diretos e indiretos de comercialização.

Detalhamento da ação

Objetivo Dotar o município de materiais de comunicação (físicos e digitais), bem como as ações de promoção (campanhas e anúncios) considerando os resultados apontados no plano de marketing .

Justificativa

A comunicação e promoção turística são eficientes ferramentas de marketing que oportunizam ao mercado maior conhecimento e contato com o produto turístico. Como observado na fase de diagnóstico, Curitiba apresenta alguns materiais gráficos que podem ser qualificados e alinhados ao posicionamento estabelecido, além dos portais digitais de comunicação (site oficial e totens de informação turística) que apresentam falhas estruturais e de conteúdo, interferindo negativamente na imagem do município como provedora de produtos e serviços turísticos. Com e elaboração do plano de marketing que virá a identificar os elementos essenciais da composição da oferta e da demanda, bem como o diagnóstico das ferramentas de comunicação já utilizadas (marcas, sites, vídeos, materiais gráficos etc.), o destino Curitiba poderá estabelecer ações integradas de comunicação e promoção, utilizando-se das marcas criadas paras as linhas de produto atreladas ao posicionamento de mercado desejado e aos resultados apontados no plano de marketing.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

(i) Criação de materiais gráficos e digitais para uso nos postos de informações turísticas, distribuição em feiras, participação em rodadas de negócios e subsídios para agências e operadoras locais, considerando também a elaboração de campanhas publicitárias, prevendo os seguintes produtos: a) elaboração e impressão de guia técnico (trilingue); b) criação e/ou adequação do mapa da cidade / linha turismo, prevendo recursos para impressão; c) elaboração de kits de comunicação para cada linha de produto; d) reestruturação do layout e conteúdo dos canais digitais com foco na promoção do destino Curitiba, potencializando a interação entre sites públicos e privados, sendo (d.i) site oficial do CTUR e o (d.ii) software e conteúdo disponíveis nos totens eletrônicos.

(ii) Produção de material de áudio para descrição e caracterização do patrimônio material e imaterial presente no itinerário da Linha Turismo, prevendo a tradução desta narrativa para cinco idiomas: inglês, espanhol, francês, alemão e italiano.

(iii) Elaboração de um banco de imagens profissionais tratando dos elementos e atrativos de Curitiba, com destaque às linhas de produto definidas no plano para composição dos materiais gráficos e digitais previstos na ação anterior.

Executar a implementação de:

(i) Impressão dos materiais gráficos produzidos, sendo: a) 2.000 guias técnicos; b) 50.000 mapas; c) 10.000 folders de cada linha; d) 5.000 cartazes de cada linha de produto.

(ii) Elaboração de vídeos 5 vídeos promocionais considerando um para cada um do agrupamentos da linhas de produtos no segmentos turísticos.

Obs.: O kit de comunicação deverá conter no mínimo os seguintes elementos para cada linha de produto: i) 01 folder; ii) 01 vídeo de promoção; iii) 01 cartaz; iv) 12 anúncios para veiculação nos meios de comunicação específicos (destinados aos públicos de cada linha de produto);.iv) 03 brindes relacionados a cada linha de produto.

Custo Estimado R$ 450.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Novas ferramentas de comunicação elaboradas e disponíveis para uso; II. Fortalecimento do posicionamento de mercado definido; III. Aumento no fluxo de visitantes; IV. Qualificação dos Canais de Promoção e Comercialização; V. Aumento da satisfação dos usuários.

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333 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

ROP Componente 2: Item E - Formulação e produção de materiais (folhetos, cartilhas, catálogos, anúncios etc.) e eventos promocionais (seminários, feiras, campanhas, workshops etc.).

Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 2: ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.3 – Implementação de programa de Endomarketing para o destino Curitiba

Linha de Produto

Todas

Estratégia

Sensibilizar a população para a valorização dos bens socioambientais da cidade, bem como a iniciativa privada no sentido de investir, qualificar e adotar práticas sustentáveis nas atividades turísticas, por meio de parcerias público-privadas e público-público, campanhas promocionais e ações pedagógicas.

Detalhamento da ação

Objetivo Integrar a população (sociedade civil e atores ligados ao turismo) com as ações relacionadas à atividade turística, incentivando a prática da hospitalidade e a receptividade com o visitante.

Justificativa

Tão importante quanto possuir produtos turísticos estruturados, infraestrutura que de suporte à atividade e o trade organizado para promover e realizar a atividade turística em si é fazer com que a população local do destino impactado reconheça os elementos que compõem a oferta e ainda, os valorize. Dessa forma, uma campanha de endomarketing proverá ao cidadão curitibano informações sobre o destino com uma linguagem que aproxime o morador local com as temáticas abordadas na campanha, podendo sensibilizá-lo a atuar como agente multiplicador do turismo para os visitantes.

Descrição da ação

Realizar estudo/projeto para:

(i) Elaboração de concursos voltados à população local com foco na criação de cinco aplicativos (celular e tablet) para comunicação e promoção de cada linha de produto prioritária, abordando temáticas da atualidade como eventos locais, lançamento de novos roteiros etc.

(ii) Elaboração de concursos voltados à população local com foco na criação/desenvolvimento de a) 01 personagem em quadrinho para cada linha de produto prioritária; b) criação de história em quadrinho (roteiro, enredo e design) com os personagens escolhidos, abordando os pontos turísticos da cidade, o patrimônio material e imaterial.

Executar estudo/projeto para:

(i) Produção das histórias em quadrinho (edição e a diagramação) considerando as 10 edições/volumes.

(ii) Desenvolvimento de artes gráficas utilizando os personagens escolhidos para veiculação de narrativas relacionadas à atividade turística em Curitiba para aplicação em: a) outdoor; b) áreas promocionais nos pontos de ônibus de Curitiba; c) áreas de promoção nos ônibus em circulação (cartaz interno e vidro traseiro); d) tira promocional junto ao bloco do ITPU.

(iii) Produção de peças de teatro abordando a temática do turismo em Curitiba, utilizando os personagens escolhidos no concurso supracitado, bem como os elementos de turismo de Curitiba (pontos turísticos, patrimônio material e imaterial) com linguagem apropriada aos perfis de público: a) escolas municipais; e b) público geral (moradores, agentes de relação direta e indireta com o turismo e os turistas).

Executar a implementação de:

(i) Impressão dos materiais gráficos produzidos: a) volumes da história em quadrinhos, considerando os 10 volumes criados - 5.000 para cada volume; b) cartazes para veiculação no interior dos ônibus – 5.000 para cada personagem/linha de produto.

(ii) Plotagem e veiculação dos banners de comunicação para cada personagem/linha de produto, sendo: a) vidros traseiros dos ônibus de transporte público - 250 e; b) pontos de ônibus – 200.

(iii) Empresa/companhia de arte cênicas para realização de 300 peças de teatro criadas na ação descrita acima.

Obs.: Para a elaboração dos concursos, o CTUR deverá considerar como etapas do trabalho: i)

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334 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

elaboração do método e do edital de convocação; ii) mobilização da sociedade civil; iii) aprovação das pessoas físicas e/ou jurídicas; iv) avaliação dos produtos entregues, junto à comissão de acompanhamento do CTUR. Em específico, para o concurso dos aplicativos, o CTUR deverá prever dispositivos de garantia técnica e jurídica para disponibilização dos aplicativos por um período de 2 anos à turistas e moradores, bem como promover o uso dos mesmos por mecanismos institucionais.

Custo Estimado R$ 1.300.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Reconhecimento e valorização da comunidade pelos produtos turísticos locais;

II. Aumento da satisfação dos usuários (morador e visitante).

ROP Implantação de tecnologias avançadas de informação e comunicação para comercialização de destinos e negócios turísticos

Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 2: ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.4 – Realização de programa de branding para as Feiras Especiais e de Artesanato do Largo da Ordem

Linha de Produto

Todas.

Estratégia Ampliar os canais de comunicação, distribuição e promoção dos produtos turísticos por meio de ações de fortalecimento dos canais diretos e indiretos de comercialização.

Detalhamento da ação

Objetivo Incrementar a qualidade e o posicionamento das Feiras Especiais e do Largo da Ordem, fortalecendo sua identidade através da criação de conceitos e desenvolvimento de marcas a cada Feira, especificamente.

Justificativa

A Feira de Artesanato do Largo da Ordem é a principal, maior e mais antiga feria da cidade, reunindo cerca de 1300 barracas entre expositores de artesanato, artes diversas e gastronomia em uma mistura multicultural com temáticas locais, nacionais e também internacionais. Apesar de ser um atrativo simbólico da cidade e apresentar bons índices de visitação, há necessidade de fortalecimento da sua marca que apresenta pouca identidade e representatividade entre moradores locais e também turistas. O mesmo acontece com as feiras especiais que compõem a dinâmica da cidade, mas não possuem uma marca própria nem representação enquanto componente da oferta turística local, atendendo principalmente os moradores locais a turistas e visitantes. A execução de ações para definição dos conceitos e da identidade de cada uma das feiras pode alterar seu posicionamento em relação a como são vistas pelo mercado, contribuindo para a construção e o fortalecimento de suas marcas.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

(i) Desenvolver o conceito e a identidade de cada Feira Especial (Natal, Páscoa, de Inverno e da Primavera), por meio de um programa de branding, e propor ações de posicionamento das mesmas, considerando: a) definição das características dos produtos condizentes com cada feira, valendo-se do design e da qualidade dos mesmos; b) criação das estratégias de comunicação para cada feira prevendo o desenvolvimento de logomarcas e materiais gráficos como tags, sacolas ecológicas e brindes.

(ii) Fortalecimento da marca da Feira de Artesanato do Largo da Ordem, considerando a revisão dos conceitos e estratégias de comunicação utilizadas pela Feira, prevendo: a) estudo do posicionamento da Feira e projeção de novas propostas (logomarca, materiais de comunicação existentes etc.); b) aplicação dessas novas estratégias de comunicação nos meios existentes (barracas, site, folder etc.); c) criação de materiais de comunicação como tags, sacolas ecológicas e brindes.

Obs.: Todos os produtos elaborados deverão seguir as diretrizes de comunicação apresentadas na ação 2.1, considerando os conceitos das marcas e materiais decorrentes como resultados desta ação.

Custo Estimado R$ 72.500,00

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335 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento do produto turístico; II. Incremento no volume de visitantes; III. Aumento na satisfação dos usuários;

ROP Componente 2: Item B - Criação de marcas (Branding) para posicionamento de destinos.

Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.1 – Implantar Programa de Arranjo Institucional

Linha de Produto

Todas

Estratégia

Aprimorar a articulação interinstitucional dos diversos órgãos da administração pública municipal, proporcionando a inclusão do órgão oficial de turismo nos processos de formulação de políticas públicas, de planejamento e de gestão compartilhada dos atrativos, bem como de eventos e ações culturais.

Detalhamento da ação

Objetivo Qualificar o desempenho da administração pública municipal no planejamento e gestão da atividade turística, por meio da articulação interinstitucional entre o CTUR e os demais órgãos envolvidos.

Justificativa

A análise das atribuições e competências de atuação da administração pública nas atividades de interesse turístico apontou para pulverização da gestão, planejamento e execução das ações com impacto no turismo municipal. Atualmente os atrativos naturais (parques urbanos, praças e zoológico) estão sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Urbanização de Curitiba (URBS S/A.). A Fundação Cultural de Curitiba, por sua vez, é o órgão responsável pelo apoio à realização dos eventos culturais e administração dos atrativos relacionados à cultura. O Instituto Municipal de Curitiba – CURITIBA TURISMO - não participa do planejamento e da gestão dos espaços de interesse turístico, nem tampouco das ações culturais, ausência que se reflete na perda de potencial da atratividade, impactando negativamente os resultados do turismo municipal.

Descrição da ação

Realizar estudo/projeto para: Criação de 03 (três) Câmaras Técnicas Temáticas, vinculadas ao Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO e definidas de acordo com as linhas de produto prioritárias estabelecidas no PDITS – Curitiba, com a seguinte composição:

(i) Câmara Técnica “Negócios e Eventos”: CTUR; URBS S/A; Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A; Secretaria Municipal de Urbanismo (CAGE); Secretaria Municipal da Comunicação Social.

(ii) Câmara Técnica “Parques Urbanos”: CTUR; Secretaria Municipal do Meio Ambiente; URBS SA/; Fundação Cultural de Curitiba; Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência; IPPUC; Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ).

(iii) Câmara Técnica “Cidade Inovadora”: CTUR; Fundação Cultural de Curitiba; IPPUC; Secretaria Municipal da Comunicação Social; Assessoria de Relações Externas da Prefeitura Municipal de Curitiba.

As Câmaras Técnicas serão presididas pelo CURITIBA TURISMO e deverão reunir-se mensalmente, com o objetivo de: a) realizar o acompanhamento da implantação das ações definidas para o desenvolvimento turístico no âmbito do PRODETUR; b) propor ações complementares àquelas definidas no Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável para estruturação da respectiva linha temática; c) desenvolver estratégias de articulação interinstitucional que permitam incluir o escopo do desenvolvimento turístico nas ações de planejamento e gestão ordinariamente desempenhadas pelos respectivos órgãos que compõem as Câmaras Técnicas. Obs.: • Além dos órgãos e entidades supracitados, que integram a composição permanente das Câmaras Técnicas,

poderão ser convidados representantes de outros órgãos e entidades públicas para participação em reuniões temáticas específicas.

• A reunião das Câmaras Técnicas Temáticas visa promover a articulação interinstitucional no âmbito das ações previstas pelo PRODETUR, não substituindo o controle social realizado no âmbito do Conselho Municipal de Turismo – COMTUR.

• As atividades das Câmaras Técnicas deverão ser precedidas de Seminários Internos, com o objetivo de socializar o conteúdo do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável entre todos os participantes.

Gastos estimados

Sem Custo

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336 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Ampliação da atratividade dos espaços de interesse turístico no Município de Curitiba.

ROP Componente 3: Item A - Estabelecimento de mecanismos de gestão e coordenação interinstitucionais e público-privada no nível de destinos (Destination Management Organizations).

Fonte de Financiamento

Sem custo

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.2– Fortalecimento do Conselho Municipal de Turismo - COMTUR

Linha de Produto

Todas

Estratégia Qualificar os processos participativos desenvolvidos no Conselho Municipal de Turismo - COMTUR, com o desenvolvimento de ações que promovam a incidência desta instância de governança na formulação e acompanhamento das políticas públicas de turismo.

Detalhamento da ação

Objetivo Fortalecer os processos participativos do Conselho Municipal de Turismo - COMTUR por meio da capacitação de conselheiros e do aperfeiçoamento dos métodos e dinâmicas utilizados nas reuniões da instância de governança.

Justificativa

Em que pese o Conselho Municipal de Turismo esteja formalmente estruturado (Lei municipal n.º11.835/2006), a instância possui fragilidades organizativas que comprometem o desempenho de suas finalidades no controle social das políticas públicas de turismo. Tais debilidades repercutem em pouca participação e engajamento das entidades que compõem o Conselho e consequentemente na deficitária incidência do espaço nas ações e políticas voltadas apara o desenvolvimento turístico em Curitiba.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

Realização de ações de fortalecimento junto ao Conselho Municipal de Turismo, incidindo sobre os seguintes aspectos:

(i) Elaboração de curso de capacitação voltado aos Conselheiros Municipais de Turismo de Curitiba com ênfase nos seguintes aspectos: a) o papel dos agentes na construção da política pública: relações entre poder público e trade turístico; b) política municipal de turismo: instrumentos de planejamento e gestão turística c) atribuições e responsabilidades do conselho para efetividade do controle social das políticas públicas. Carga horária sugerida: 40h

(ii) Reestruturação metodológica das dinâmicas participativas realizadas no COMTUR, visando ampliar os espaços deliberativos e estimular a participação das entidades representativas que atualmente compõem a instância e integram o trade turístico.

(iii) Revisão do Decreto municipal n.º 1597/2009, que regulamenta o Conselho Municipal de Turismo de Curitiba, com vistas à modificação dos critérios atualmente estabelecidos para o ingresso de entidades como conselheiras. A proposta de alteração deverá contemplar a supressão da indicação nominal das entidades que deverão compor o conselho, como ocorre no referido decreto, e sua substituição por critérios que contemplem a rotatividade das instituições a partir das diferentes atividades desempenhadas no turismo (hospedagem, alimentação, operadoras e agências, universidade, etc.). A modificação deverá abranger, ainda, a previsão de realização da Conferência Municipal de Turismo, com periodicidade bianual, para eleição dos representantes dos segmentos que irão integrar a composição do COMTUR.

Gastos estimados

R$ 47.550,00

Efeito esperado no desenvolvimento

Qualificação da atuação do trade turístico em Curitiba.

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337 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

turístico

ROP

Componente 3: Item G - Consolidação de órgãos consultivos e de coordenação com o setor (conselhos de turismo, fóruns, etc.).

Fonte de Financiamento

Outras Fontes

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.3 – Elaboração do zoneamento turístico e definição quadro de incentivos

Linha de Produto

Todas

Estratégia Estruturar uma política de incentivos para o investimento privado no setor turístico, implementando novos instrumentos que viabilizem o alinhamento entre as iniciativas do trade turístico e as políticas públicas para o desenvolvimento da atividade.

Detalhamento da ação

Objetivo Realizar o zoneamento turístico do Município de Curitiba, estabelecendo áreas geográficas de interesse turístico prioritário, articuladamente à elaboração de quadro de incentivos que estimule o investimento do setor privado de acordo com tais indicações.

Justificativa

O desenvolvimento da atividade turística depende da eficiente articulação entre ações, estratégias e iniciativas do poder público e da iniciativa privada. No Município de Curitiba, entretanto, inexiste quadro de incentivos especificamente voltados a cadeia produtiva do turismo. Por tais razões, a ação permitirá oferecer estímulos aos agentes econômicos que compõem o trade turístico para que invistam no Município de Curitiba, ao tempo que ampliará a atratividade das zonas turísticas, concentrando os investimentos do setor para os espaços geográficos prioritários.

Descrição da ação

Realizar estudo/projeto para:

Elaboração do zoneamento turístico no município de Curitiba, por meio do detalhamento dos resultados obtidos nos estudos preliminares realizados no âmbito deste Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável, ora denominados como “áreas geográficas de interesse turístico – AGIT”:

(i) O zoneamento turístico deverá prever instrumentos mitigatórios do impacto produzido por empreendimentos de grande porte que se instalem nos espaços geográficos de interesse turístico, exigindo a realização prévia do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). Tais medidas mitigadoras dizem respeito à diminuição dos impactos negativos provocados pela instalação do empreendimento, no âmbito ambiental, socioeconômico e urbanístico. Em eventuais situações em que os impactos não puderem ser diminuídos, o estudo deverá prever a definição de medidas que tragam outros benefícios e compensem os impactos negativos.

(ii) O produto final deverá contemplar a elaboração de minuta com indicação das alterações legislativas necessárias para inclusão do zoneamento turístico na Lei de Zoneamento Municipal.

Executar estudo/projeto com o seguinte objetivo: A partir da delimitação dos espaços geográficos de interesse turístico, desenvolver o quadro de incentivos voltados aos investimentos privados dos agentes da cadeia produtiva do turismo. A elaboração deste conjunto de instrumentos deverá articular facilidades fiscais, tecnológicas, burocráticas e urbanísticas que estimulem o melhor uso dos espaços geográficos incluídos no zoneamento turístico municipal:

(i) A política de concessão de incentivos, além do mencionado no item anterior, deverá estar atrelada a participação do beneficiado em programas e ações que visem qualificar o empreendimento e contribuir com o desenvolvimento do setor turístico. (ex: programa alimento seguro; acessibilidade universal; uso sustentável dos recursos naturais etc.).

(ii) A formulação da proposta do quadro de incentivos pela empresa consultora deverá incluir

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338 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

espaços participativos com o COMTUR, órgãos da administração municipal, agentes do trade turístico, que permitam a ampla discussão sobre os benefícios e soluções que irão integrar o produto final contratado.

Obs.,: O quadro de incentivos deverá considerar estudos relacionados à utilização de recursos de transferência do potencial construtivo e outorga onerosa para aquisição de terreno/edificação e obras construção/reforma de uma casa para estudantes estrangeiros nas proximidades da AGIT Educação e Pesquisa, considerando sua inclusão em plano de obras de novas operações urbanas, operações urbanas existentes ou planos específicos de urbanização. Esta diretriz visa atender a estratégia de desenvolvimento vinculada ao componente “Produto Turístico”, que trata da promoção da Linha Cidade Educadora por meio de arranjos institucionais entre instituições de ensino, empresas e organizações governamentais.

Gastos estimados

R$ 42.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Estímulo aos investimentos privados no turismo municipal. II. Desenvolvimento e qualificação das zonas turísticas.

ROP Componente 3: Item A - Estabelecimento de mecanismos de gestão e coordenação interinstitucionais e público-privados no nível de destinos (Destination Management Organizations).

Fonte de Financiamento

PRODETUR

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.4– Realização de intercâmbio institucional

Linha de Produto

Todas

Estratégia Promover o fortalecimento institucional do CURITIBA TURISMO e a qualificação da sua capacidade administrativa, por meio da consolidação do seu quadro técnico.

Detalhamento da ação

Objetivo Promover a realização de visitas técnicas a destinos de excelência em gestão turística, com vistas ao reconhecimento de boas práticas, intercâmbio de experiências institucionais e inovação nas estratégias de gestão desempenhadas pelo CURITIBA TURISMO.

Justificativa

As práticas de “benchmarking” têm se consolidado como ferramenta de qualificação das soluções em gestão pública e fortalecimento das estratégias de mercado, nos mais diversos setores. No âmbito do turismo, o estabelecimento de intercâmbio de experiências em serviços e produtos turísticos incorporou-se ao rol de programas institucionais do Ministério do Turismo por meio do “Projeto Benchmarking em Turismo”, ofertado a empresários, agentes de receptivo e setor de hospedagem. A possibilidade de realização destes compartilhamentos de vivências institucionais, por meio de visitas técnicas a serem executadas pelo quadro funcional do CURITIBA TURISMO, permite aprimorar e inovar o repertório de soluções e práticas de gestão em turismo, atualmente aplicados no âmbito da política pública municipal para o setor.

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339 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Descrição da ação

Realização de 04 (quatro) visitas técnicas a centros de excelência na gestão em turismo, com destaque em diferentes âmbitos de atuação e experiências institucionais plurais. Sugere-se, nesse sentido:

a) São Paulo –SP - SPTuris - São Paulo Turismo S/A (gestão geral do turismo) b) Gramado - RS – (conselho municipal de turismo) c) Governo do Estado de Pernambuco (promoção e marketing) d) Tiradentes – MG (promoção e apoio a eventos) e) Nova York – EUA (parques urbanos e equipamentos culturais)

Obs.: Considerou-se a participação de cinco servidores do CTUR em cada visita técnica, com a permanência de três dias em cada destino nacional. No destino internacional considerou-se cinco dias de permanência com a participação de 01(um) representante do Instituto Municipal de Turismo; 01(um) representante da Fundação Cultural de Curitiba e 01(um) representante da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Todas as visitas terão a assessoria de um profissional (coaching) local para organização da visita.

Gastos estimados

R$ 74.900,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Inovação e qualificação da gestão em turismo.

ROP

Componente 3: Item F - Apoio às unidades de gestão turística nos níveis estadual e municipal (atividades de reengenharia de processos de gestão turística e ambiental; assistência técnica para administrar obras turísticas sob sua jurisdição; cursos de treinamento para capacitar profissionais nas áreas de planejamento, gestão e monitoramento da atividade turística, e sensibilização de comunidades locais sobre os benefícios e riscos da atividade turística).

Fonte de Financiamento

PRODETUR

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.5– Elaboração do Plano de Fortalecimento Institucional da Gestão Pública do Turismo em Curitiba – PFI

Linha de Produto Todas

Estratégia Promover o fortalecimento institucional do CURITIBA TURISMO e a qualificação da sua capacidade administrativa, por meio da consolidação do seu quadro técnico.

Detalhamento da ação

Objetivo Ampliar e aprimorar a capacidade administrativa do órgão oficial de turismo no município de Curitiba, com vistas a qualificar os processos de planejamento, elaboração e gestão das políticas públicas de turismo, em consonância com as políticas desenvolvidas em âmbito nacional e no PDITS Curitiba.

Justificativa

O Plano de Fortalecimento Institucional (PFI) é uma das ações promovidas pelo PRODETUR que contribui para a consolidação do Plano Nacional de Turismo (PNT). A consolidação do destino turístico demanda o fortalecimento da gestão municipal e a definição dos impactos positivos e negativos da atividade para o desenvolvimento local. Para a eficiente execução das ações indicadas como resultado do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS) fazem-se necessários a ampliação da capacidade administrativa e o estabelecimento de fluxos para o planejamento contínuo e democrático. Em síntese, a elaboração do Plano de Fortalecimento Institucional da Gestão do Turismo de Curitiba apresenta-se como um instrumento de gestão e planejamento que permitirá orientar e otimizar a exploração dos recursos turísticos, considerando as repercussões da atividade para o meio ambiente e a população local.

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340 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

Elaboração do Plano de Fortalecimento Institucional de Gestão em Turismo, no âmbito do Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO, em conformidade com as orientações e objetivos gerais fixados para o Programa pelo PRODETUR NACIONAL. Recomenda-se, ademais, a observância dos seguintes aspectos identificados na análise da dimensão institucional do PDITS Curitiba:

a. Adequação institucional e revisão de atribuições e ocupações funcionais, considerando a incorporação das linhas de produto previstas no âmbito no PRODETUR e a consequente necessidade de contratação de profissionais especializados para esta demanda específica.

b. Gestão de Pessoas: Consolidação do quadro técnico do Instituto Municipal de Turismo, considerando as políticas de RH, dimensionamento e força de trabalho, necessidades de treinamento ou capacitação técnica e gerencial dos profissionais e normas de distribuição, alocação, cessão e requisição de pessoal. Ao final recomenda-se a elaboração de termo de referência que balize a realização de concursos públicos para o provimento dos respectivos cargos.

c. Gestão da Informação: Estruturação de sistema de informações, considerando o exame dos procedimentos, instrumentos, fluxo e registros das informações, que instrumentalize os processos de trabalho internos ao Instituto Municipal de Curitiba – CURITIBA TURISMO.

b. d) Estudo de viabilidade para implantação do Fundo Municipal de Turismo, abrangendo: i) fonte de recursos; ii) vinculação à instancia de governança; iii) proposta legislativa pertinente.

Gastos estimados

R$ 250.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Ampliação e qualificação da capacidade administrativa do Instituto Municipal de Turismo – CTUR. Fortalecimento da política municipal de turismo no município de Curitiba.

ROP

Componente 3: Item F - Apoio às unidades de gestão turística nos níveis estadual e municipal (atividades de reengenharia de processos de gestão turística e ambiental; assistência técnica para administrar obras turísticas sob sua jurisdição; cursos de treinamento para capacitar profissionais nas áreas de planejamento, gestão e monitoramento da atividade turística, e sensibilização de comunidades locais sobre os benefícios e riscos da atividade turística)

Fonte de Financiamento

PRODETUR

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.6– Criação e Implementação do Sistema de Análise e Monitoramento do Turismo (SAMT)

Linha de Produto Todas.

Estratégia Promover o fortalecimento institucional do CURITIBA TURISMO e a qualificação da sua capacidade administrativa, por meio da consolidação do seu quadro técnico.

Detalhamento da ação

Objetivo Elaboração de um sistema de análise e monitoramento das informações pertinentes à atividade turística no município de Curitiba, que seja utilizado como instrumento de gestão e planejamento em benefício da administração pública municipal, do trade turístico e dos turistas.

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341 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Justificativa

Os processos de tomada de decisão, intrínsecos a todas as atividades vinculadas ao planejamento e gestão, devem ser subsidiados com dados e informações precisas, confiáveis e permanentes no tempo. Isto porque “a informação é uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento de qualquer atividade. E, no Turismo, a informação assume um papel fundamental, tanto no que se refere à gestão programática para decisão dos investimentos junto aos destinos e mercados internos e internacionais como no que se refere ao próprio funcionamento da cadeia produtiva. Nesse sentido, é necessário um programa contínuo que não só pesquise a estruturação dos destinos na ótica da oferta e da demanda, mas que constitua um sistema que possibilite a avaliação dos impactos socioeconômicos, culturais e ambientais da atividade e auxilie na tomada de decisões, criando condições para o fortalecimento da sustentabilidade do setor.” (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2008). Desta forma, embora o Instituto Municipal de Turismo possua eficiente sistema de coleta e tratamento de dados, a elaboração de um sistema de análise e monitoramento permitirá a avaliação dos resultados das políticas públicas e dos impactos do setor no município, viabilizando a permanente revisão e aperfeiçoamento.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para: Estruturação de sistema de análise e monitoramento das informações turísticas no município de Curitiba, que contemple:

(i) Levantamento da linha base para o acompanhamento do turismo municipal, incluindo-se, dentre outros indicadores: o sistema de Inventariação da Oferta Turística (articulação das informações catalogadas no INVITUR); registro online das informações hoteleiras; informações sobre a demanda turística; indicadores de emprego, trabalho e renda.

(ii) Implantação de Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados online

(iii) Articulação do Sistema de Informações com a Plataforma online de Informações Turísticas de Curitiba.

Gastos estimados

R$ 300.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Qualificação do processo de planejamento turístico em Curitiba; II. Fortalecimento das políticas públicas de turismo municipais; III. Publicização de informações setoriais a iniciativa privada; IV. Qualificação e Estimulo ao setor privado.

ROP Componente 3: Item C - Desenvolvimento de contas satélite em turismo nacional, regionais, sistemas de estatísticas, sistemas de informação e observatórios turísticos.

Fonte de Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.7– Realização de consultoria especializada para suporte técnico à execução do PDITS

Linha de Produto

Todas.

Estratégia Promover o fortalecimento institucional do CURITIBA TURISMO e a qualificação da sua capacidade administrativa, por meio da consolidação do seu quadro técnico.

Detalhamento da ação

Objetivo Viabilizar a execução de obras de infraestrutura e qualificação de atrativos turísticos, por meio da contratação de corpo técnico para fiscalização e acompanhamento especializado.

Justificativa

A execução das ações previstas Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS), no município de Curitiba, demanda a realização de um conjunto de projetos e obras para a qualificação dos atrativos e o desenvolvimento da capital como destino turístico. Desta forma, visando à celeridade e adequação técnica na realização das ações previstas faz-se necessária a contratação de empresa de consultoria, com a missão de fiscalizar as obras executadas e coordenar a gestão dos projetos voltados à implementação de infraestrutura urbana e intervenções arquitetônicas e estruturais em atrativos.

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342 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Descrição da ação

Executar projeto para:

Contratação de consultoria especializada para acompanhamento e fiscalização das obras vinculadas às ações do PDITS, e financiadas pelo PRODETUR, cujo escopo corresponda à implementação de infraestrutura urbana ou à realização de intervenções arquitetônicas e/ou estruturais em atrativos turísticos, considerando as seguintes ações previstas neste plano: a) Qualificação das estruturas nos parques urbanos; b) Implementação de estruturas de lazer e interatividade nos parques urbanos; c) Implementação de projeto museológico/restauro e sistema de gestão dos equipamentos culturais; d) Implementação de projeto museológico/restauro do Solar do Barão; e) Requalificação da paisagem urbana - AGIT Centro; f) Requalificação da paisagem urbana – Áreas de Interesse Gastronômicos; g) Implantação do Bonde Turístico; h) Qualificação do Memorial de Curitiba; i) Implantação do Museu Nacional do Urbanismo e Museu do Design e Inovação; j) Ampliação da Ciclomobilidade Turística; k) Implementação de sinalização turística bilíngue viária, de pedestres e de transporte público; l) Qualificação da acessibilidade nos parques urbanos prioritários; m) Implementação do projeto - Turismo Seguro; n) Despoluição do Rio Belém para qualificação do uso dos parques urbanos o) Implementação do projeto - Turismo on-line.

Obs.: A empresa contratada deverá conter em seu corpo técnico profissionais com habilitação nas áreas de engenharia, arquitetura e gestão de projetos, com experiência comprovada em fiscalização de obras.

Gastos estimados

R$ 7.307.226,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Ampliação e qualificação da capacidade administrativa do Instituto Municipal de Turismo – CTUR.

ROP

Componente 3: Item F - Apoio às unidades de gestão turística nos níveis estadual e municipal (atividades de reengenharia de processos de gestão turística e ambiental; assistência técnica para administrar obras turísticas sob sua jurisdição; cursos de treinamento para capacitar profissionais nas áreas de planejamento, gestão e monitoramento da atividade turística, e sensibilização de comunidades locais sobre os benefícios e riscos da atividade turística)

Fonte de Financiamento

PRODETUR

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343 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA

Ação 4.1 – Ampliação da Ciclomobilidade Turística.

Linha De Produto

Cidade dos Parques e Cidade Inovadora

Estratégia

Promover a ampliação da oferta e a constante inovação dos sistemas de transporte urbano, qualificando a mobilidade e a acessibilidade no destino e consolidando a imagem de Curitiba como cidade de referência na qualidade, na sustentabilidade e na integração dos serviços públicos de transporte.

Detalhamento da ação

Objetivo

Ampliar as opções de lazer e mobilidade, consolidando a bicicleta como meio de transporte para o turista, por meio da integração, atualização e requalificação de infraestrutura viária e equipamento urbano existentes para a bicicleta, conectando atrativos naturais e culturais dentro das AGITs, oferecendo serviço de compartilhamento de bicicletas automatizado.

Justificativa

Hoje, o deslocamento por bicicleta entre os pontos de interesse turísticos naturais e culturais, nas AGITs aqui identificadas, se dá majoritariamente por meio de ciclovias implantadas na década de 80, paralelas às bacias do Rio Belém e Rio Barigui, além de leito ferroviário. As paisagens e qualidade do deslocamento em alguns trechos tem elevado nível de serviço. Pesquisa conduzida pelo IPPUC em 1993 e repetida em 2008, demonstra que o uso destas vias se dá para fins de lazer e de transporte, com predominância deste último em dias úteis. A maioria dos usuários aponta a falta de infraestrutura cicloviária como motivo para menor assiduidade no uso da bicicleta. Muitos turistas e residentes desconhecem esta infraestrutura, pela pouca visibilidade que tem e pelo estado de conservação. Essa infraestrutura passou a servir também ao deslocamento de turistas a partir da implantação de sistema de aluguel de bicicletas em três estações (Centro Cívico, Jardim Botânico e São Lourenço). Cerca de 20 km de ciclovias unem pontos de interesse turístico natural e cultural. Com apenas 21 bicicletas, o sistema alugou 1600 vezes estas em 150 dias contínuos de operação, funcionando das 10h às 18h. A associação de ciclovias com o aluguel de bicicletas, ainda que em pequena escala, resultou em crescimento da mobilidade em bicicleta de curitibanos e turistas. A ação pública para ampliação do uso da bicicleta é uma tendência importante em diferentes centros urbanos do mundo. Experiências recentes de ampliação do uso da bicicleta em eminentes destinos turísticos como Nova York e Londres, apontam para a consolidação deste modal, não apenas para moradores, mas destacadamente para visitantes e turistas que tem na bicicleta a possibilidade de combinar a necessidade de deslocamento com a fruição de maior número de recursos turísticos do percurso. Há nas cidades citadas uma grande receptividade entre gestores públicos e população para ações relacionadas à bicicleta. Onde se verifica acentuado crescimento no uso da bicicleta, espelham-se investimentos na criação de facilidades aos turistas e residentes, pois este meio de transporte de baixo impacto ambiental e custo e ainda oferece melhoras na mobilidade urbana como um todo. Estas facilidades são em grande parte investimentos em sistema automatizado de compartilhamento de bicicletas, ampliação e melhoria de vias de tráfego e sinalização vertical e horizontal, conectando as estações de retirada e devolução das bicicletas. A ação promove a melhoria das condições de segurança de trânsito em bicicleta para turistas, que em número crescente, utilizam a bicicleta como uma opção de transporte durante sua permanência em cidades visitadas. Melhora também a orientação, pois dá maior visibilidade para a infraestrutura cicloviária através de sinalização horizontal e vertical nas intersecções com as vias de pedestres e automóveis e ainda possibilita o estabelecimento das ciclovias como guia físico para os destinos turísticos da cidade. Esta ação potencializa e requalifica eixos já consolidados do deslocamento em bicicleta na cidade, oferecendo modal de transporte sustentável para linhas de produto Cidade dos Parques e Cidade Inovadora.

Descrição da ação

Investimento em infraestrutura cicloviária respeitando perímetro deste estudo, por meio de: (1) recuperação de 30 km de ciclovias existentes, na ligação dos atrativos naturais ao norte, (2) implantação de 2 km de ciclovias entre parque Tingui e Barigui (3) Implantação de 20 km de ciclofaixas conectando o sistema cicloviário existente aos parques Tanguá, Unilivre, Bosque do Alemão e região central à ciclovia da Mario Tourinho (4) Implantação e operação de 50 estações e 800 bicicletas de sistema 24h de aluguel de bicicletas, automatizado (5) requalificação dos acessos em bicicleta nos pontos de interesse turístico natural e cultural, através de sinalização, mudança de regras de acesso em bicicleta, próximos a locais vigiados ou movimentados, (6) integração física e de comunicação de pontos da linha turismo e das estações de aluguel de bicicletas, (7) estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo em conjunto de todas as intervenções desta ação.

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344 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Obs.: a implantação de paraciclos está prevista na Ação 1.3

Custo Estimado R$ 26.490.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Ampliação da mobilidade urbana de Curitiba em bicicleta, para transporte e lazer de turistas, com efeitos também na promoção do uso da bicicleta entre residentes, nas linhas de produto Cidade dos Parques e Cidade Inovadora.

ROP Obras de Infraestrutura: construção de vias, estradas e outras obras de infraestrutura necessárias para atender o crescimento turístico estimado com base em estudos de demanda regional.

Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA

Ação 4.2– Elaboração de Estudo complementar de Viabilidade Técnica e Econômica para Delegação do Serviço de Taxi

Linha de Produto Todos

Estratégia

Promover a ampliação da oferta e a constante inovação dos sistemas de transporte urbano, qualificando a mobilidade e a acessibilidade no destino e consolidando a imagem de Curitiba como cidade de referência na qualidade, na sustentabilidade e na integração dos serviços públicos de transporte.

Detalhamento da ação

Objetivo Ampliar a oferta de serviços de taxi e sua integração ao sistema de mobilidade urbana de Curitiba.

Justificativa

Atualmente Curitiba sofre com uma demanda reprimida nos serviços de transporte individualizados de passageiros. Em comparação com outras capitais, Curitiba tem uma das piores relações taxi/habitante, com apenas um veículo para cada 778 habitantes, bem abaixo do padrão mundial que estabelece como ideal a existência de um táxi a cada 300 habitantes. Na pesquisa de percepção da qualidade de infraestrutura realizada com conselheiros do COMTUR, 72% dos entrevistados avaliaram como ruim e regular a disponibilidade de táxis em Curitiba. Conforme estabelecido na Lei Municipal nº 3.812/1970, compete a URBS o gerenciamento e administração da concessão do taxi. Atualmente a frota é composta de 2.252 veículos e está dividida em três categorias: táxi convencional (2228), taxi especial para pessoas com deficiência (4) e taxi executivo (20). Os pontos são um total de 358, e da frota total 65,63% operam através de serviço auxiliar de rádio táxi (URBS, 2011). Em abril de 2012 o decreto nº 13.957 regulamentou que as novas placas serão direcionadas ao motorista autônomo que comprove mais tempo de atividade de serviços de táxi em Curitiba e que nunca tenha sido permissionário. O decreto nº 14.017 de maio deste ano garante a hereditariedade da permissão. O decreto 1959 de dezembro de 2012 permite a ampliação da frota atual em 748 novas unidades em regime de autorização e também faz dos atuais permissionários, autorizatários. Esse sistema, não implica necessariamente na realização de licitação pública e transforma a relação jurídica de operação do sistema.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para:

Elaboração de estudo de viabilidade técnica e econômica para determinar, incluindo as demandas relativas à atividade turística: a) a quantidade e a qualidade (categorias, motorização, características dos veículos etc.) adequada de veículos para atender a demanda atual e projetada do serviço; e b) a forma de delegação deste serviço público (concessão, permissão ou autorização) e os termos da delegação (prazo, renovação etc.).

Custo Estimado R$ 39.500,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Qualificação do destino por meio da ampliação da mobilidade e do aumento da satisfação do turista com os serviços de taxi.

ROP Estudos de concepção e viabilidade técnica e socioeconômica de projetos.

Financiamento Outras Fontes

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345 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA

Ação 4.3 – Elaboração de estudo para uso do Passe Turismo Integral

Linha de Produto

Cidade dos Parques e Cidade Inovadora

Estratégia

Promover a ampliação da oferta e a constante inovação dos sistemas de transporte urbano, qualificando a mobilidade e a acessibilidade no destino e consolidando a imagem de Curitiba como cidade de referência na qualidade, na sustentabilidade e na integração dos serviços públicos de transporte.

Detalhamento da ação

Objetivo Permitir o acesso integral do turista ao sistema de transporte público de forma temporária.

Justificativa

Considerada uma das melhores do país, a Linha Turismo percorre 45 km passando pelos principais pontos turísticos do circuito norte de Curitiba. É a maior frota nacional de ônibus especial para turismo e o usuário adquire uma cartela com cinco tíquetes no valor de R$ 29,00 que dão direito ao embarque e a quatro reembarques. Neste formato a Linha registrou, entre 2006 e 2012, um crescimento de aproximadamente 122% no número de embarques, assinalando 682.622 passageiros e registrando, no mês de dezembro, o recorde mensal de 133.990 passageiros transportados (URBS, 2011 e 2013). No entanto, a despeito do prestigio internacional do sistema de transporte coletivo de Curitiba, a Linha Turismo não se integra ao sistema convencional. Destaca-se que, do ponto de vista do turista, a utilização do transporte coletivo convencional não é a principal opção. Dados sobre os modais utilizados para chegar a eventos informam que o turista opta principalmente pelo automóvel e pelo deslocamento a pé, enquanto utilização do transporte coletivo por moradores da cidade apresentam índices mais elevados. Do ponto de vista da operação, o prestigio adquirido pelo sistema de transporte coletivo, especialmente a partir das décadas de 1970 e 1980, assenta-se fundamentalmente em dois fatores: a integração tarifária e das linhas e constituição da primeira rede significativa de BRT, constituindo um sistema de média capacidade com implantação mais barata que os sistemas metroviários. Em decorrência deste fator, a rede de BRT possui hoje 81 quilômetros de extensão, superando a extensão dos sistemas de metro existentes no Brasil atualmente. O sistema de integração tarifária em Curitiba baseia-se na integração física por meio de terminais de ônibus e estações tubo, que permitem deslocamentos para toda a cidade pagando apenas uma passagem a partir destes pontos específicos de baldeação gratuita. Contudo, em função das alternativas tecnológicas atuais, este sistema de integração física pode ser considerado limitado, pois implica deslocamentos maiores que os necessários. A tecnologia atual de cartão de transporte – já à disposição nos ônibus, estações-tubo e terminais – permite a implantação do bilhete único (integração temporal), flexibilizando o sistema. A instituição de um bilhete diário integrado à Linha Turismo ampliaria as opções de deslocamento do turista, promovendo a mobilidade urbana.

Descrição da ação

Realizar o estudo/projeto:

Elaborar estudo para implementação de novo sistema de aquisição de cartão de transporte temporário na Linha Turismo, integrado com o sistema de transporte convencional, com a finalidade de facilitar as condições de circulação do turista pelas diversas possibilidades de linhas, por períodos pré-determinados de tempo.

Custo Estimado Sem custo

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Ampliação da mobilidade dos turistas nas linhas de produto Cidade dos Parques e Cidade Inovadora, diversificando as opções de interação do turista com a cidade e o consumo de serviços.

ROP Estudos de concepção e viabilidade técnica e socioeconômica de projetos.

Financiamento Seleção de Procedimentos

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346 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA

Ação 4.4–Implementação de sinalização turística bilíngue viária, de pedestres e de transporte público.

Linha de Produto

Todos

Estratégia

Investir na qualificação da sinalização turística, disponibilizando informações bilíngues e sinalização interpretativa, com destaque para: (i) o planejamento da sinalização nas vias de acesso à área, aos conjuntos turísticos prioritários e aos atrativos turísticos; (ii) os atrativos naturais e culturais; (iii) o mobiliário e os equipamentos do sistema de transporte urbano.

Detalhamento da ação

Objetivo Informar aos turistas sobre a existência de atrativos turísticos e de outros referenciais, sobre os melhores percursos de acesso e, ao longo destes, à distância a ser percorrida para se chegar ao local pretendido, além das alternativas de transporte público disponíveis.

Justificativa

A sinalização de acesso à área turística apresenta deficiências, com destaque para os acessos da Linha Verde. Nas vias vicinais lindeiras que constituem as opções de acesso à cidade no trecho sul e, no trecho norte que se encontra em obras, a sinalização ainda não foi completamente reformulada. Além disso, no trecho entre o Contorno Leste e o Trevo do Atuba, que não compõe o projeto da Linha Verde, a sinalização carece de atualização, principalmente no que se refere às informações turísticas. Destaca-se ainda:

(i) Que não há sinalização específica relacionada aos estabelecimentos gastronômicos localizados na Mateus Leme, às universidades, auditórios e espaços de convenções existentes;

(ii) A necessidade de prever a sinalização do futuro centro de convenções da cidade;

(iii) A insuficiência de sinalização em diversos atrativos naturais e culturais da cidade, tanto em relação aos pórticos para sinalização viária quanto em relação à sinalização para pedestres.

Além das deficiências específicas, o plano de sinalização turística encontra-se desatualizado e as principais ações de sinalização são realizadas quando há requalificação de vias.

Em relação ao transporte público, apesar da disponibilidade de quadros informativos nos mobiliários do sistema, estes não apresentam indicações de atrativos turísticos e tampouco informações em língua estrangeira. Contudo, a maioria dos mobiliários do sistema de transporte urbano está coberto por contrato de concessão e exploração dos mobiliários urbanos do município, exigindo do poder público apenas a definição do conteúdo que deve ser apresentado, já que a impressão e aplicação das informações fica ao encargo da concessionária.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para:

Elaboração do Plano Diretor de Sinalização Turística de Curitiba para orientação, aplicação e manutenção de placas de sinalização adequadas nas principais vias de acesso ao destino e aos atrativos principais, indicando informações prioritárias que atendam ao turista nacional e internacional, incluindo estudo de conteúdo e layout das informações turísticas nos mobiliários do sistema de transporte urbano.

Executar a implementação de:

Aplicação de placas de sinalização nas principais vias de acesso aos atrativos principais, contemplando 90 placas indicativas no formato pórtico e 121 placas de sinalização para pedestres.

Custo Estimado R$ 1.300.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Difusão do conhecimento dos atrativos, ampliação da acessibilidade e fortalecimento da atividade turística.

ROP Planejamento Estratégico e Preparação de Projetos: projetos executivos para obras de infra estrutura.

Financiamento PRODETUR

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347 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA

Ação 4.5– Elaborar Estudo de Sistema de armazenamento provisório e coleta de lixo

Linha de Produto

Cidade dos Parques e Cidade Inovadora

Estratégia Qualificar a paisagem e a acessibilidade dos conjuntos turísticos prioritários, especialmente a área central, investindo em sistemas mais adequados de armazenamento de resíduos sólidos.

Detalhamento da ação

Objetivo Retirar do campo visual, especialmente na AGIT Centro e nos principais atrativos turísticos, as embalagens de armazenamento de resíduos sólidos, que atualmente ficam expostas aguardando o recolhimento.

Justificativa

Apesar da ampla cobertura dos sistemas de coleta convencional e seletiva, a modalidade de coleta, feita manualmente pelos coletores, pode ser considerada obsoleta, pelo menos para as regiões que demandam preservação dos impactos do armazenamento provisório na paisagem urbana. Em particular onde está situado o centro histórico, o lixo fica exposto, embalado em sacos plásticos, passível de ser rasgado ou carregado por chuvas intensas, criando um impacto visual negativo, pois ainda é coletado pelo sistema tradicional, com caminhões compactadores, que precisam circular por algumas ruas de caixa estreita, gerando poluição ambiental e sonora. A possibilidade da instalação de novos mecanismos de coleta dos resíduos, tal como o que se encontra em teste desde dezembro de 2012 no Parque Barigui, constituídos de containers subterrâneos que são esvaziados por caminhões adaptados, ou mesmo outros sistemas de containers de superfície, como o que foi recentemente licitado para parte da área central de Porto Alegre, pode reduzir os impactos do armazenamento temporário do lixo nas vias. Nos municípios de São Paulo (SP) e Paulínia (SP), o sistema de containers subterrâneos gerou melhorias nos efeitos negativos da exposição do lixo, como a proliferação de pragas, o mau cheiro, e os impactos visuais.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para:

Elaboração do projeto de inovação no acondicionamento e espera do recolhimento de resíduos sólidos, a partir do diagnóstico do sistema de coleta e armazenamento na AGIT Centro e nos principais atrativos, principalmente quando existem períodos de apresentação de espetáculos na área central e imediações e nos parques (principalmente feriado e final de semana), que deve ser incorporado às futuras licitações de concessão do serviço de coleta de resíduos sólidos.

Custo Estimado R$ 86.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Melhoria da paisagem e qualificação dos atrativos turísticos prioritários e das áreas geográficas de interesse turístico.

ROP Gestão de Resíduos Sólidos: Serviços de consultoria de estudos de viabilidade e projetos de estações de transferência e, de locais para a disposição de resíduos.

Financiamento PRODETUR

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348 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA

Ação 4.6– Qualificação da acessibilidade nos parques urbanos prioritários.

Linha de Produto

Cidade dos Parques

Estratégia

Fortalecer o aproveitamento dos parques urbanos no desenvolvimento do turismo por meio da qualificação das: (i) condições ambientais relativas à qualidade da água e armazenamento de resíduos sólidos, (ii) melhoria das condições de acesso e estacionamento, (iii) promoção de atividades culturais, esportivas e de lazer complementares.

Detalhamento da ação

Objetivo Qualificar a experiência do visitante por meio da melhoria das condições de acesso e uso existentes, além da implantação de novas estruturas.

Justificativa

Mesmo sendo reconhecida por possuir diversos parques urbanos com vocação para a atividade turística, vários destes, classificados como prioritários, possuem deficiência na oferta de estruturas básicas de acesso como sinalização bilíngue, ruas e calçadas em bom estado de manutenção, disponibilidade de estacionamento e estruturas de acessibilidade. Além disso, a gestão não visa fins turísticos, apresentando falta de qualidade e/ou inexistência de estruturas importantes para a prática da atividade turística instalações sanitárias, a sinalização interpretativa e equipamentos de alimentação dentro dos atrativos e também nos seus arredores. À medida que tais estruturas e equipamentos são revitalizados e/ou implementados, os parques urbanos ganham em qualidade, potencializando a experiência dos visitantes e o tempo de permanência nesses espaços.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para:

(i) Realização de projeto executivo para a sinalização turística de acesso aos atrativos: Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II, Passeio Público.

(ii) Realização de projeto executivo para qualificação das condições de arruamento e calçadas nos atrativos: Parque das Pedreiras, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II, Passeio Público.

(iii) Elaborar o projeto executivo que prevê a ampliação das vagas de estacionamento e delimitação de vagas exclusivas para veículos de turismo nos atrativos: Jardim Botânico, Parque das Pedreiras, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II.

(iv) Elaboração de projetos de engenharia e arquitetura, contemplando obras, reformas e adequações necessárias, conforme disposto em lei federal, e demais legislações, bem como custos, com ênfase na acessibilidade em área de abrangência compreendida pelos atrativos: Jardim Botânico, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II, Passeio Público.

Executar a implementação de:

(i) Estruturas descritas acima a serem detalhadas nos projetos executivos.

Obs.:A ação 1.14 do PDITS – Curitiba e Região metropolitana prevê a elaboração do projeto de sinalização turística trilíngue para Curitiba. Implantação de placas de sinalização turística bilíngue de acordo com as normas do Guia Brasileiro de Sinalização Turística nos seguintes atrativos: Parque Barigui, Museu Oscar Niemeyer, Bosque Alemão, Parque Tingui, Universidade Livre do Meio Ambiente, Torre Panorâmica, Catedral Basílica, Memorial de Curitiba, Mercado Central, Teatro Guaíra, Universidade Federal do Paraná, Rodoferroviária, Paço da Liberdade.

Custo Estimado R$ 3.930.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Ampliar a permanência nos atrativos principais e aumentar a satisfação do turista.

ROP Obras de Infraestrutura.

Financiamento PRODETUR

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349 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA

Ação 4.7 – Implementação do projeto - Turismo Seguro

Linha de Produto

Todos

Estratégia Estruturar programas específicos de “segurança turística” integrados ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) em conjunto com os espaços/instituições de gestão integrada de segurança pública e Conselho Municipal de Segurança.

Detalhamento da ação

Objetivo

Qualificação dos sistemas de monitoramento a distancia (câmeras, sensores etc.) e de georreferenciamento das ocorrências com turistas e em áreas geográficas de interesse turístico, além de qualificar os postos da guarda municipal e os equipamentos de ronda nos atrativos turísticos prioritários.

Justificativa

É interessante perceber que, ainda que os indicadores apontem para uma situação tendencial gravíssima, a imagem de Curitiba, fora dos limites da região metropolitana, é ainda pouco afetada. Curitiba continua sendo citada e indicada como bom lugar para negócios e para moradia em processos que não consideram indicadores de segurança pública. Entretanto, em pesquisa realizada sobre demanda turística, já se evidencia um elevado grau de “desaprovação” para o componente “segurança pública” em comparação aos demais itens. Embora a pesquisa aponte 32,2% de desaprovação frente a 67,8% de aprovação, foi o pior indicador no levantamento realizado. Em pesquisa de campo junto aos atrativos turísticos da cidade sobre as ocorrências e política de segurança pública em espaços de interesse turístico e nas proximidades, constatou-se que número absoluto de ocorrências com turistas não é desagregado dos registros gerais, mas é possível afirmar, com base nas entrevistas com guardas municipais lotados nos atrativos, que o efetivo e forma como estão distribuídas e programadas as rondas é insuficiente. Parques de grande extensão, como o Tanguá, dificultam o monitoramento, demandando a utilização de mecanismos de vigilância que não estão disponíveis nos atrativos, além da qualificação dos equipamentos de ronda.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para:

(i) Elaboração e implementação do sistema georreferenciado das ocorrências relacionadas ao turismo, por meio do registro dos eventos com turistas e em áreas geográficas de interesse turístico, constituindo uma base de informações para criação ou revisão do programa "turismo seguro".

(ii) Implementação de equipamentos, instalação, configuração, treinamento, assistência técnica e garantia para qualificação dos sistemas de monitoramento a distancia (câmeras, sensores, etc.) nos principais atrativos turísticos.

(iii) Elaborar projeto executivo para obras e reformas para qualificação dos postos da guarda municipal e dos equipamentos de ronda nos atrativos turísticos prioritários.

Executar a implementação de:

(i) Obras e equipamentos descritos no item iii.

Custo Estimado R$ 306.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Aumentar a segurança do turista e melhorar a imagem do destino turístico.

ROP Obras de Infraestrutura.

Financiamento PRODETUR

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350 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA

Ação 4.8 – Implementação do projeto - Turismo on-line

Linha de Produto

Todos

Estratégia Qualificar a infraestrutura e os serviços públicos de rede de comunicação promovendo a ampliação do acesso à informação nos pontos de interesse turístico.

Detalhamento da ação

Objetivo Qualificar a rede pública de acesso à internet

Justificativa

As tecnologias de comunicação estão convergindo numa rede de infraestrutura e serviços que, além de alterar rapidamente as formas e possibilidades de comunicação, constituem uma plataforma fundamental para relacionamentos sociais, empresariais, gestão pública e, para diversas atividades e cadeias produtivas, entre elas o turismo. A demanda por acesso a internet para moradores e visitantes cresce de forma significativa. Investimentos na rede pública de acesso a internet atendem, de forma simultânea, o interesse de turistas e o interesse local de fortalecer as ações relacionadas a governo eletrônico, isto é, incrementar o uso das tecnologias da informação para os serviços públicos para aproximar governo, cidadãos, empresas privadas e visitantes.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

Implementação de rede local sem fio com topologia distribuída e gerenciamento centralizado englobando rede de fibra ótica, equipamentos, instalação, configuração, treinamento, assistência técnica “on-site” e garantia, para fornecimento de acesso livre à internet nos seguintes atrativos turísticos: (i) Jardim Botânico, (ii) Parque Barigui e (iii) Centro Histórico.

Custo Estimado R$ 183.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Aumentar a quantidade e a qualidade dos pontos de acesso à rede pública gratuita de conexão à internet, aprimorando os canais de informação turística.

ROP Obras de Infraestrutura.

Financiamento Outras Fontes

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA

Ação 4.9 – Despoluição do Rio Belém para qualificação de uso dos parques urbanos

Linha De Produto

Cidade dos Parques

Estratégia

Fortalecer o aproveitamento dos parques urbanos no desenvolvimento do turismo por meio da qualificação das: (i) condições ambientais relativas à qualidade da água e armazenamento de resíduos sólidos, (ii) melhoria das condições de acesso e estacionamento, (iii) promoção de atividades culturais, esportivas e de lazer complementares.

Detalhamento da ação

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351 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Objetivo Ampliar as opções de lazer para o turista, por meio da integração, atualização e requalificação de infraestrutura de drenagem, saneamento e coleta de resíduos sólidos nos equipamentos urbanos situados na faixa norte da cidade.

Justificativa

A cidade de Curitiba está sempre em busca de melhorias das condições diferenciadas para o meio urbano, incluindo nas suas ações o envolvimento de soluções ecológicas para os rios urbanos. A construção de parques como o Passeio Público, São Lourenço e Barigui, que tem como função original servir como bacia de contenção nas águas de drenagem nos lagos e assim diminuir enchentes e ocupações irregulares. Hoje, os parques assumem também outra função, a de lazer urbano aos moradores e visitantes. A escolha do Rio Belém deve-se por ser o único que possui nascente (Bairro Cachoeira) e foz dentro dos limites da cidade (cavas do Rio Iguaçu), atravessando mais de 35 bairros da cidade, além de ser o Rio que abastece diversos parques urbanos classificados, inclusive, como prioritários. Qualificar o uso destes parques (São Lourenço, Bosque do Papa e Passeio Publico) por meio da qualificação de suas águas e consequentemente da vegetação urbana, reflete positivamente na satisfação dos usuários, sejam eles moradores ou visitantes.

Descrição da ação

Realizar projeto para:

Investimento em infraestrutura nos seguintes segmentos: (i) na ampliação, manutenção e fiscalização na rede de coleta de esgotos da área norte da cidade, onde nasce o Rio Belém, até o centro da cidade, combatendo as ligações de esgoto clandestinas conectadas nas galerias de águas da chuva; (ii) vistorias das atividades industriais e de serviços; (iii) monitoramento frequente qualitativo da qualidade da água, (iv) Realização de mutirões de limpeza e Plantios Comunitários nas margens do rio.

Custo Estimado R$ 58.000.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Aumento no numero de visitantes;

II. Ampliação das opções de lazer;

III. Atração de novos investimentos com a melhoria das condições ambientais.

ROP

Item E:

Infraestrutura de abastecimento de água, esgotamento sanitário e saneamento básico.

Financiamento PRODETUR

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352 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 5: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Ação 5.1 – Elaboração do Plano de Uso e Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação.

Linha de Produto

Cidade dos Parques

Estratégia Qualificar e valorizar o ambiente natural, por meio da ampliação da proteção ambiental, recuperação de áreas degradadas e integração ao produto turístico, a fim de melhorar as condições do ambiente urbano, qualidade de vida dos moradores e turistas e uso sustentável.

Detalhamento da ação

Objetivo

Elaborar e revisar o planejamento de uso dos nove parques prioritários para o desenvolvimento turístico com a implantação de um modelo de gestão integrado e compartilhado das áreas protegidas no sistema de mosaicos de unidades de conservação na composição de sistema de gestão ambiental para destinos e atividades turísticas.

Justificativa

Embora o processo de implantação e gestão de unidades de conservação no município de Curitiba seja reconhecido em termos de ampliação de áreas verdes e infraestruturação de visitação, a maior parte destas áreas ainda não possuem o instrumento básico de gestão. A falta do instrumento torna-se um problema no sentido da definição do uso e não uso e também do monitoramento da efetividade da conservação e impactos ambientais ocasionados. Pela proximidade das áreas e semelhança das categorias de conservação a constituição de um instrumento integrado de gestão torna-se um facilitador.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

A elaboração e revisão do instrumento para as áreas Jardim Botânico, Parque das Pedreiras, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II e Passeio Público, deve considerar: i) diagnóstico Socioambiental; ii) definição dos objetivos gerais e específicos de manejo para as UC; iii) estabelecimento de diretrizes para o seu desenvolvimento; iv) definição do uso turístico e capacidade de carga; v) definição de ações específicas para a gestão da UC; vi) estabelecimento do zoneamento; vii) definição de modelo de avaliação e monitoramento da conservação; vii) instituição do instrumento de gestão do mosaico de unidades de conservação; viii) instituição de instância de decisão entre o instituto de turismo e SMMA.

Custo Estimado R$ 820.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Planejamento do uso turístico de áreas protegidas

II. Desenvolvimento Sustentável de áreas naturais

III. Instrumentalização da Gestão Pública

ROP

Componente 5:

Item A - Elaboração de propostas de normas ambientais complementares relacionadas à atividade turística;

Item D - Estudos de capacidade de carga e de limites aceitáveis de alteração e levantamento de linhas base de referência de indicadores ambientais;

Item H - Zoneamento ambiental e implantação de áreas de proteção ambiental.

Financiamento PRODETUR

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353 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 5: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Ação 5.2 – Desenvolvimento e Implantação do Sistema de Monitoramento e Avaliação da Qualidade Ambiental Urbana.

Linha de Produto

Cidade Educadora (todas indiretamente)

Estratégia Promover a instrumentalização da avaliação da qualidade ambiental, através da instituição de mecanismos de planejamento, sistematização da informação e a consolidação de indicadores de uso compartilhado da gestão e acesso público, a fim de avançar no monitoramento e avaliação ambiental.

Detalhamento da ação

Objetivo

Estabelecimento de um sistema integrado de informações urbano/ambientais com estabelecimento de linha base, arquivo de informações históricas e cruzamento de informações geográficas para o monitoramento e a avaliação das condições da qualidade ambiental de acesso amplo e irrestrito para a gestão e população.

Justificativa

Embora o município de Curitiba tenha uma série de levantamentos de indicadores ambientais, estes tem o uso dificultado pela fragmentação da informação. A falta de um sistema integrado de informações ambientais que possibilite o cruzamento de diversos indicadores e o seu processo histórico, interfere diretamente na avaliação e monitoramento da qualidade ambiental urbana e no acesso e conhecimento pela população. Assim como também, esta questão é um fator que influencia diretamente na modernização, eficácia e eficiência da gestão ambiental municipal.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

Instituir um sistema on-line para gestão socioambiental que consiste em: i) Concepção do sistema; ii) Método de avaliação e monitoramento ambiental; iii) Definição de indicadores urbano/ambientais que irão compor a linha base socioambiental e configurar a organização das informações; iv) Pesquisa de informações que irão constituir a linha base; v) Agregar e compatibilizar as bases de informações referente a: a) poluição hídrica, b) poluição atmosférica, c) áreas verdes, d) microclimas, e) uso e ocupação, f) zoneamento urbano/ambiental, g) impactos ambientais, vi) Instituir plataforma que permita a manipulação de dados históricos de mudanças urbano/ambientais em formato de planilhas e também dados geográficos para acesso aos gestores e ao público em geral.

Obs.: O conteúdo elaborado para a presente plataforma deve: i) conformar as informações georreferenciadas como estratégia de Educação Ambiental; ii) Possibilitar o acesso à informação através de diferentes linguagens a partir da leitura planilhas, gráficos e mapas.

Custo Estimado R$ 392.750,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Avaliação e monitoramento do impacto ambiental.

II. Desenvolvimento sustentável da atividade turística.

III. Fortalecimento Institucional.

IV. Publicização de Informações Socioambientais.

V. Fomento a criação de produtos turísticos no segmento de estudos e intercâmbios.

VI. Fluxo de informações interinstitucional.

ROP Componente 5:

Item E - Sistemas de gestão ambiental para destinos e atividades turísticas;

Financiamento PRODETUR

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354 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 5: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Ação 5.3 – Realização de Campanha sobre Resíduos Sólidos

Linha de Produto

Cidade dos Parques.

Estratégia Qualificar e valorizar o ambiente natural, por meio da ampliação da proteção ambiental, recuperação de áreas degradadas e integração ao produto turístico, a fim de melhorar as condições do ambiente urbano, qualidade de vida dos moradores e turistas e uso sustentável.

Detalhamento da ação

Objetivo Estabelecer processo de Sensibilização Ambiental continuada focando na produção, reutilização, reciclagem e destinação correta dos resíduos sólidos.

Justificativa

A despeito da crescente disseminação do discurso ambiental na sociedade contemporânea, uma das dimensões mais impactantes da ação humana sobre o meio ambiente, a geração de resíduos sólidos, continua sendo um problema cada vez mais grave. De acordo com levantamento da ABRELPE, em Curitiba foram produzidas, em 2011, 2.175,4 toneladas diárias de resíduos sólidos, ou seja, cerca de 1,23 kg/hab/dia. Melo et al (2009) indicam ainda que este número é crescente, pois no período entre 1990 e 2007 a produção de resíduos sólidos per capita aumentou mais de 50 %. No passado o município de Curitiba teve uma atuação muito positiva sobre o processo de destinação correta dos resíduos domésticos, entretanto com o fim das campanhas este processo se perdeu. Com o crescimento da cidade existe a necessidade de realização de um trabalho de sensibilização junto à população, de forma ampla, referente à produção, reutilização, reciclagem e destinação dos resíduos, a fim de melhorar a imagem urbana de Curitiba como capital sensível a tais questões.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

Promoção de um processo de sensibilização social sobre a produção, reutilização, reciclagem e destinação de resíduos sólidos com: i) Construção de um plano de comunicação com foco na população, empreendimentos e turistas; ii) Elaboração de material lúdico/educativo para utilização nas escolas e espaços comerciais de interesse turístico; iii) Elaboração de material informativo com foco nos atrativos e equipamentos turísticos; iv) Criação de material estratégico sobre resíduos com identificação da população alvo e estratégias de divulgação; v) formação de multiplicadores para constante aplicação da campanha.

Custo Estimado R$ 152.850,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Sensibilização da população

II. Sensibilização de empreendedores e turistas

III. Formação de Multiplicadores

IV. Desenvolvimento Sustentável

V. Promoção da Imagem de Cidade Responsável

ROP

Componente 5:

Item G - Programas de sensibilização e gestão ambiental visando, entre outros aspectos: a conservação de recursos (água, energia), controle de ruídos; limpeza das praias e outros atrativos, reciclagem de resíduos;

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355 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 5: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Ação 5.4 – Realização de Ciclo de palestras “meio ambiente uma questão de todos”

Linha De Produto

Todas.

Estratégia Qualificar e valorizar o ambiente natural, por meio da ampliação da proteção ambiental, recuperação de áreas degradadas e integração ao produto turístico, a fim de melhorar as condições do ambiente urbano, qualidade de vida dos moradores e turistas e uso sustentável.

Detalhamento da ação

Objetivo Estabelecer um ciclo de palestras e troca de experiência no Bosque Zaninelli sobre o desenvolvimento do turismo sustentável com articulação de entidades públicas, acadêmicas, empresários e receptivos.

Justificativa

A atividade turística e o interesse do visitante passa por mudanças constantes no sentido da atratividade, atualmente as preocupações para com o desenvolvimento sustentável tem ganhado espaço no setor. Entretanto existe uma carência em função de espaços para a discussão, troca de experiências e propostas de alternativas sobre a interação da atividade turística com o meio ambiente. Não existem instrumentos consolidados da administração pública para a avaliação e monitoramento dos impactos da atividade turística, existem poucas interações entre estudos acadêmicos com o setor e também é incipiente a atuação privada na gestão ambiental.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

Criar ciclos de discussão e troca de experiências com ênfase na gestão interinstitucional, criação de procedimentos de gestão ambiental, públicos e privados, e a formação de agentes multiplicadores sobre as condições urbano-ambientais de Curitiba. A oficina deve ser desenvolvida enquanto um processo de construção coletiva mediada por especialistas no tema. Para tanto existe a necessidade de: i) proposta metodológica do processo de mediação; ii) elaboração de material para o público participante; iii) sensibilização do público alvo; iv) estabelecimento de metas; v) avaliação participativa dos ciclos. Etapas:

(i) Primeira Etapa - Temas de discussão: a) termos de cooperação técnica com organizações não governamentais e instituições de ensino superior; b) processos de integração municipal na estrutura turística; c) arcabouço jurídico e estabelecimento de indicadores ambientais; d) processos e procedimentos para a gestão ambiental; e) processos de captação de recursos para ações ambientais no âmbito municipal. Público alvo: Agentes públicos ligados a turismo e gestão territorial

(ii) Segunda Etapa - Temas de discussão: i) práticas sustentáveis em equipamentos e serviços turísticos; a) troca de experiência entre empreendedores e entidades educacionais e empreendedores; b) assessoria para a instalação de práticas a empreendimentos do setor. Público alvo: Empreendedores

(iii) Terceira Etapa - Temas de discussão: a) turismo sustentável; b) informações técnicas urbano-ambientais. Público alvo: Receptivos

Custo Estimado R$ 76.120,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Cooperação técnica entre Instituto Municipal de Turismo e outras pastas que atuam no uso e ocupação do solo e proteção ambiental;

II. Criação de Instrumentos de gestão interinstitucional de atrativos;

III. Sensibilização de empreendedores sobre métodos e técnicas ambientalmente sustentáveis;

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356 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

IV. Formação de multiplicadores.

ROP

Componente 5 – Item G - Programas de sensibilização e gestão ambiental visando, entre outros aspectos: a conservação de recursos (água, energia), controle de ruídos; limpeza das praias e outros atrativos, reciclagem de resíduos; Item J - Cursos de capacitação de gestores turísticos para proteção e gestão ambiental.

Financiamento PRODETUR

COMPONENTE 5: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Ação 5.5 – Elaboração do Projeto Expográfico dos Conteúdos Técnicos Urbano/Ambientais

Linha De Produto

Cidade dos Parques e Cidade Inovadora e Cidade Educadora

Estratégia Qualificar e valorizar o ambiente natural, por meio da ampliação da proteção ambiental, recuperação de áreas degradadas e integração ao produto turístico, a fim de melhorar as condições do ambiente urbano, qualidade de vida dos moradores e turistas e uso sustentável.

Detalhamento da ação

Objetivo Desenvolver material para exposição e divulgação a partir de material técnico urbano/ambientais com foco na recuperação ambiental e soluções urbanas e ambientais.

Justificativa

O olhar sobre o meio ambiente em Curitiba intensificou-se no final do século XVIII e início do XIX. As preocupações com as áreas verdes no espaço urbano ganharam força e começaram a surgir as primeiras ações da administração municipal no sentido de buscar a melhoria e qualificação desses espaços. Este processo de qualificação dos espaços urbanos, com a delimitação de áreas verdes protegidas, rendeu à Curitiba na década de 1990 o título de Capital Ecológica do país. Em tal processo houve o acumulo de conhecimento e informações sobre o assunto e, além disso, a produção do Planejamento de Uso e Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação trará mais subsídios sobre a experiência da Cidade e dos Parques importante a ser divulgada para conhecimento e atração turística.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

Desenvolver o conteúdo expográfico que apresente o conteúdo técnico em uma linguagem acessível, informações sobre a conformação urbano/ambiental da cidade e os parques urbanos, considerando: i) o desenvolvimento do material de gráfico de exposição mínimo: a) painéis ilustrativos, cartilhas informativas, vídeos interativos; ii) a realização de exposição itinerante por cinco cidades apontadas pelo Plano de Marketing (ação 2.1) como as mais relevantes na emissão de turistas para Curitiba; iii) implantação do acervo nos centros de interatividade do Bosque Zaninelli – Recuperação Ambiental e Parque Barigui – Soluções Urbanas e Ambientais; iv) Realização de Oficina Técnica com agentes de turismo para apresentação do conteúdo expositivo.

Obs.: As informações técnicas devem ter como subsídios os resultados da ação 5.1 - Planejamento de Uso e Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação

Custo Estimado R$ 442.250,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Sensibilização Ambiental;

II. Qualificação da visitação turística;

III. Qualificação do Produto Turístico vinculado a Cidade dos Parques e Cidade Educadora;

IV. Fomento a Criação de Novos Produtos;

V. Promoção da Imagem de Cidade Responsável.

ROP Componente 5:

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357 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Item G - Programas de sensibilização e gestão ambiental visando, entre outros aspectos: a conservação de recursos (água, energia), controle de ruídos; limpeza das praias e outros atrativos, reciclagem de resíduos;

Financiamento PRODETUR

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358 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

5.2. DIMENSIONAMENTO DO INVESTIMENTO TOTAL

COMPONENTE NOME DA AÇÃO FONTE DE

FINANCIAMENTO R$ USD$

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.1 – Atualização do Inventário turístico municipal PRODETUR R$ 338.000,00 USD 152.252,25

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.2 – Elaboração e Implentação do Centro de Convenções e Sistema de Gestão e Uso PRODETUR R$ 50.325.000,00 USD 22.668.918,92

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.3 – Qualificação das estruturas nos parques urbanos PRODETUR R$ 1.640.000,00 USD 738.738,74

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.4 – Implementação de estruturas de lazer e interatividade nos parques urbanos PRODETUR R$ 2.985.000,00 USD 1.344.594,59

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.5 – Elaboração de Estudo de Viabilidade Técnica para os Parques Urbanos PRODETUR R$ 175.000,00 USD 78.828,83

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.6 – Elaboração de Inventário participativo do patrimônio cultural imaterial e recomendação para uso turístico PRODETUR R$ 279.500,00 USD 125.900,90

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.7 – Implementação de Projeto museológico e sistema de gestão dos equipamentos culturais OUTRA FONTE R$ 3.910.000,00 USD 1.761.261,26

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.8 – Elaboração participativa de roteiros culturais PRODETUR R$ 235.750,00 USD 106.193,69

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.9 – Implementação de Projeto museológico/restauro do Solar do Barão PRODETUR R$ 18.756.000,00 USD 8.448.648,65

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.10 – Elaboração de projeto de restauro do Memorial Italiano – Santa Felicidade OUTRA FONTE R$ 262.500,00 USD 118.243,24

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.11 – Requalificação da paisagem urbana - AGIT Centro PRODETUR R$ 21.407.600,00 USD 9.643.063,06

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359 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.12 – Requalificação da paisagem urbana - polos gastronômicos OUTRA FONTE R$ 12.486.930,00 USD 5.624.743,24

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.13 – Implantação do Bonde Turístico PRODETUR R$ 18.000.000,00 USD 8.108.108,11

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.14– Qualificação do Memorial de Curitiba OUTRA FONTE R$ 3.440.000,00 USD 1.549.549,55

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.15 – Implantação do Museu Nacional do Urbanismo e Museu do Design e Inovação PRODETUR R$ 33.510.000,00 USD 15.094.594,59

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.16 – Realização de Programa de hospitalidade e capacitação técnica para o turismo. PRODETUR R$ 632.500,00 USD 284.909,91

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.17 – Fortalecimento da Feira de Artesanato do Largo da Ordem OUTRA FONTE R$ 913.800,00 USD 411.621,62

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.18 – Reestruturação das Feiras Especiais PRODETUR R$ 57.320,00 USD 25.819,82

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.19 – Elaboração de Estudo de viabilidade da Linha Turismo PRODETUR R$ 93.000,00 USD 41.891,89

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.20 – Projeto e Implementação da Revitalização do Passeio Público PRODETUR R$ 11.962.734,00 USD 5.388.618,92

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.21 – Implantação do Centro de recepção e atendimento ao visitante em Santa Felicidade PRODETUR R$ 600.000,00 USD 270.270,27

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing PRODETUR R$ 580.000,00 USD 261.261,26

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO Ação 2.2 – Implementação do Plano de Marketing PRODETUR R$ 850.000,00 USD 382.882,88

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.3 – Realização de Programa de Endomarketing para o destino Curitiba PRODETUR R$ 1.300.000,00 USD 585.585,59

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.4 – Realização de Programa de branding para as Feiras Especiais e de Artesanato do Largo da Ordem PRODETUR R$ 72.500,00 USD 32.657,66

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360 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.1 – Incentivo e incremento do Arranjo Institucional - SEM CUSTO

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.2 – Fortalecimento do Conselho Municipal de Turismo - COMTUR OUTRA FONTE R$ 47.550,00 USD 21.418,92

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.3 – Elaboração do Zoneamento turístico e definição do quadro de incentivos PRODETUR R$ 42.000,00 USD 18.918,92

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.4 – Realização de Intercâmbio institucional PRODETUR R$ 74.900,00 USD 33.738,74

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.5 – Elaboração do Plano de Fortalecimento Institucional da Gestão Pública do Turismo em Curitiba – PFI PRODETUR R$ 250.000,00 USD 112.612,61

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.6 – Criação e Implementação do Sistema de Análise e Monitoramento do Turismo (SAMT) PRODETUR R$ 300.000,00 USD 135.135,14

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.7 – Realização de consultoria especializada para suporte técnico à execução do PDITS PRODETUR R$ 7.307.226,00 USD 3.291.543,24

INFRAESTRUTURA Ação 4.1 – Ampliação da Ciclomobilidade Turística. PRODETUR R$ 26.490.000,00 USD 11.932.432,43

INFRAESTRUTURA

Ação 4.2 – Realização de Estudo complementar de Viabilidade Técnica e Econômica para delegação do serviço de taxi OUTRA FONTE R$ 39.500,00 USD 17.792,79

INFRAESTRUTURA Ação 4.3 – Elaboração de estudo para uso do Passe Turismo Integral - SEM CUSTO

INFRAESTRUTURA

Ação 4.4 – Implementação de Sinalização turística bilíngue viária, de pedestres e de transporte público. PRODETUR R$ 3.930.000,00 USD 1.770.270,27

INFRAESTRUTURA Ação 4.5 – Desenvolvimento de Sistema de Armazenamento Provisório e Coleta de Lixo PRODETUR R$ 86.000,00 USD 38.738,74

INFRAESTRUTURA Ação 4.6 – Qualificação da acessibilidade nos parques urbanos prioritários PRODETUR R$ 3.930.000,00 USD 1.770.270,27

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361 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

INFRAESTRUTURA Ação 4.7 – Implementação do projeto - Turismo Seguro PRODETUR R$ 306.000,00 USD 137.837,84

INFRAESTRUTURA Ação 4.8 – Implementação do projeto - Turismo on-line OUTRA FONTE R$ 183.000,00 USD 82.432,43

INFRAESTRUTURA Ação 4.9 – Despoluição do Rio Belém para qualificação do uso dos parques urbanos PRODETUR R$ 58.000.000,00 USD 26.126.126,13

GESTÃO SOCIAMBIENTAL Ação 5.1 – Planejamento de Uso e Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação PRODETUR R$ 820.000,00 USD 369.369,37

GESTÃO SOCIAMBIENTAL

Ação 5.2 – Desenvolvimento e implantação do Sistema de Monitoramento e Avaliação da Qualidade Ambiental Urbana PRODETUR R$ 392.750,00 USD 176.914,41

GESTÃO SOCIAMBIENTAL Ação 5.3 – Realização de Campanha sobre Resíduos Sólidos PRODETUR R$ 152.850,00 USD 68.851,35

GESTÃO SOCIAMBIENTAL Ação 5.4 – Realização de Ciclo de palestras “meio ambiente uma questão de todos” PRODETUR R$ 76.120,00 USD 34.288,29

GESTÃO SOCIAMBIENTAL Ação 5.5 – Desenvolver Projeto Expográfico dos Conteúdos Técnicos Urbano/Ambientais PRODETUR R$ 442.250,00 USD 199.211,71

TOTAL R$ 287.683.280,00 USD 129.587.063,06

PRODETUR R$ 266.400.000,00 USD 120.000.000,00

OUTRA FONTE R$ 21.283.280,00 USD 9.587.063,06

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362 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

5.3. SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES

5.3.1. Cronograma Físico Financeiro Ações PRODETUR

COMPONENTE NOME DA AÇÃO FONTE DE

FINANCIAMENTO R$

ANO 01 ANO 02 ANO 03 ANO 04 ANO 05

1° s

em

2° s

em

1° s

em

2° s

em

1° s

em

2° s

em

1° s

em

2° s

em

1° s

em

2° s

em

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.1 – Atualização do Inventário turístico municipal PRODETUR R$ 338.000,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.2 – Elaboração e Implentação do Centro de Convenções e Sistema de Gestão e Uso

PRODETUR R$ 50.325.000,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.3 – Qualificação das estruturas nos parques urbanos PRODETUR R$ 1.640.000,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.4 – Implementação de estruturas de lazer e interatividade nos parques urbanos

PRODETUR R$ 2.985.000,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.5 – Elaboração de Estudo de Viabilidade Técnica para os Parques Urbanos

PRODETUR R$ 175.000,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.6 – Elaboração de Inventário participativo do patrimônio cultural imaterial e recomendação para uso turístico

PRODETUR R$ 279.500,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.8 – Elaboração participativa de roteiros culturais PRODETUR R$ 235.750,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.9 - Implementação de Projeto museológico/restauro do Solar do Barão

PRODETUR R$ 18.756.000,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.11 – Requalificação da paisagem urbana - AGIT Centro PRODETUR R$ 21.407.600,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.13 – Implantação do Bonde Turístico PRODETUR R$ 18.000.000,00

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363 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.15 – Implantação do Museu Nacional do Urbanismo e Museu do Design e Inovação

PRODETUR R$ 33.510.000,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.16 – Realização de Programa de hospitalidade e capacitação técnica para o turismo.

PRODETUR R$ 632.500,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.18 – Reestruturação das Feiras Especiais PRODETUR R$ 57.320,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.19 – Elaboração de Estudo de viabilidade da Linha Turismo

PRODETUR R$ 93.000,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.20 – Projeto e Implementação da Revitalização do Passeio Público

PRODETUR R$ 11.962.734,00

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.21 – Implantação do Centro de recepção e atendimento ao visitante em Santa Felicidade PRODETUR R$ 600.000,00

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing PRODETUR R$ 580.000,00

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.2 – Implementação do Plano de Marketing PRODETUR R$ 850.000,00

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.3 – Realização de Programa de Endomarketing para o destino Curitiba

PRODETUR R$ 1.300.000,00

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.4 – Realização de Programa de branding para as Feiras Especiais e de Artesanato do Largo da Ordem

PRODETUR R$ 72.500,00

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.1 – Incentivo e incremento do Arranjo Institucional - SEM CUSTO

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.3 – Elaboração do Zoneamento turístico e definição do quadro de incentivos

PRODETUR R$ 42.000,00

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.4 – Realização de Intercâmbio institucional PRODETUR R$ 74.900,00

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.5 – Elaboração do Plano de Fortalecimento Institucional da Gestão Pública do Turismo em Curitiba – PFI

PRODETUR R$ 250.000,00

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.6 – Criação e Implementação do Sistema de Análise e Monitoramento do Turismo (SAMT)

PRODETUR R$ 300.000,00

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364 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.7 – Realização de consultoria especializada para suporte técnico à execução do PDITS

PRODETUR R$ 7.307.226,00

INFRAESTRUTURA Ação 4.1 – Ampliação da Ciclomobilidade Turística. PRODETUR R$ 26.490.000,00

INFRAESTRUTURA Ação 4.4 – Implementação de Sinalização turística bilíngue viária, de pedestres e de transporte público.

PRODETUR R$ 3.930.000,00

INFRAESTRUTURA Ação 4.5 – Desenvolvimento de Sistema de Armazenamento Provisório e Coleta de Lixo

PRODETUR R$ 86.000,00

INFRAESTRUTURA Ação 4.6 – Qualificação da acessibilidade nos parques urbanos prioritários

PRODETUR R$ 3.930.000,00

INFRAESTRUTURA Ação 4.7 – Implementação do projeto - Turismo Seguro PRODETUR R$ 306.000,00

INFRAESTRUTURA Ação 4.9 – Despoluição do Rio Belém para qualificação do uso dos parques urbanos

PRODETUR R$ 58.000.000,00

GESTÃO SOCIAMBIENTAL

Ação 5.1 – Planejamento de Uso e Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação

PRODETUR R$ 820.000,00

GESTÃO SOCIAMBIENTAL

Ação 5.2 – Desenvolvimento e implantação do Sistema de Monitoramento e Avaliação da Qualidade Ambiental Urbana

PRODETUR R$ 392.750,00

GESTÃO SOCIAMBIENTAL

Ação 5.3 – Realização de Campanha sobre Resíduos Sólidos PRODETUR R$ 152.850,00

GESTÃO SOCIAMBIENTAL

Ação 5.4 – Realização de Ciclo de palestras “meio ambiente uma questão de todos” PRODETUR R$ 76.120,00

GESTÃO SOCIAMBIENTAL

Ação 5.5 – Desenvolver Projeto Expográfico dos Conteúdos Técnicos Urbano/Ambientais

PRODETUR R$ 442.250,00

TOTAL R$ 266.400.000,00

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365 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

5.3.2 Ações PRODETUR – 18 primeiros meses

COMPONENTE NOME DA AÇÃO FONTE DE

FINANCIAMENTO R$

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.1 – Atualização do Inventário turístico municipal PRODETUR R$ 325.000,00

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.2 – Elaboração e Implentação do Centro de Convenções e Sistema de Gestão e Uso PRODETUR R$ 50.325.000,00

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.6 – Elaboração de Inventário participativo do patrimônio cultural imaterial e recomendação para uso turístico

PRODETUR R$ 279.500,00

PRODUTO TURÍSTICO Ação 1.13 – Implantação do Bonde Turístico PRODETUR R$ 18.000.000,00

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing PRODETUR R$ 580.000,00

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO Ação 2.2 – Implementação do Plano de Marketing PRODETUR R$ 850.000,00

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO Ação 2.4 – Realização de Programa de branding para as Feiras Especiais e de Artesanato do Largo da Ordem PRODETUR R$ 72.500,00

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.1 – Incentivo e incremento do Arranjo Institucional - SEM CUSTO

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.3 – Elaboração do Zoneamento turístico e definição do quadro de incentivos PRODETUR R$ 42.000,00

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.4 – Realização de Intercâmbio institucional PRODETUR R$ 74.900,00

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.5 – Elaboração do Plano de Fortalecimento Institucional da Gestão Pública do Turismo em Curitiba –PFI

PRODETUR R$ 250.000,00

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.6 – Criação e Implementação do Sistema de Análise e Monitoramento do Turismo (SAMT) PRODETUR R$ 300.000,00

QUADRO INSTITUCIONAL Ação 3.7 – Realização de consultoria especializada para suporte técnico à execução do PDITS PRODETUR R$ 7.307.226,00

INFRAESTRUTURA Ação 4.6 – Qualificação da acessibilidade nos parques urbanos prioritários PRODETUR R$ 3.930.000,00

INFRAESTRUTURA Ação 4.7 – Implementação do projeto - Turismo Seguro PRODETUR R$ 306.000,00

GESTÃO SOCIAMBIENTAL Ação 5.1 – Planejamento de Uso e Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação PRODETUR R$ 820.000,00

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366 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

TOTAL R$ 83.462.126,00

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367 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

5.4. FICHA DAS AÇÕES SELECIONADAS PARA OS DEZOITO PRIMEIROS MESES PRODETUR

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.2 – Elaboração e Implentação do Centro de Convenções e Sistema de Gestão e Uso

Linha de Produto Negócios e Eventos.

Estratégia

Consolidar a linha Cidade dos Negócios e Eventos por meio do fortalecimento das ações de captação, ampliação da capacidade de realização de eventos, qualificação dos espaços existentes com foco principal nos congressos e convenções, elaboração e implementação de projetos especiais das áreas de influencia dos equipamentos de eventos de médio e grande porte e integração com as linhas de produto prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Orientar o poder público quanto ao cenário do segmento de eventos e quanto ao modelo gestão a ser adotado, bem como construir o Centro de Convenções e Feiras na cidade de Curitiba com a estrutura capaz de sediar eventos de grande porte.

Justificativa

Curitiba está entre as capitais mais demandadas por eventos relacionados com o turismo de negócios, atividade que dinamiza toda a economia municipal, dada a sua capacidade de gerar rendas acima da média do mercado e empregos, com baixos impactos ambientais. Esta atividade econômica também apresenta alto potencial de alavancagem na atração de investimentos do país e do exterior, boas oportunidades de modernização das empresas locais e avanços na capacitação das pessoas envolvidas nos eventos. Além da ampliação da diversidade cultural e abertura de novos horizontes aos citadinos. No entanto, os indicadores demonstram que atualmente o crescimento desta atividade encontra-se limitado pelo esgotamento da capacidade dos espaços de eventos em toda a região metropolitana de Curitiba. Assim sendo, visando oferecer boas condições para a implantação de projetos que se incorporem de forma definitiva ao seu acervo turístico, planeja-se implantar um moderno Centro de Convenções e Feiras, capaz de sediar grandes e variadas tipologias de eventos com atividades complementares e funcionais, conforme os melhores padrões existentes no mundo. Por fim, Identificados tais entraves de desenvolvimento e sabendo dos desafios técnicos, operacionais e de gestão que giram em torno da construção e gestão de um Centro de Convenções com estas características, os resultados deste estudo orientará o poder público para tomada de decisão estratégica no momento da implantação de um novo Centro de Convenções, principalmente sob o aspecto de sua viabilidade econômica, qualificando a oferta de espaços para realização de eventos técnico-científicos e corporativos em Curitiba.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para: (iii) Realização de estudos de mercado prevendo: a) análise das características da demanda

e da oferta (real e potencial); b) tendências do setor, c) análise dos mercados concorrentes e prospecção de mercado; d) estudo e proposta de viabilidade administrativa, destacando o melhor formato de gestão a ser adotado, com a demonstração de suas vantagens sociais, econômicas e jurídicas frente aos demais modelos estudados.

Implantar o estudo/projeto para: (iv) Elaboração de Projeto e Construção do Centro de Convençãos considernando os

seguintes requisitos: •••• Pavilhão de Feiras: área destinada à realização de feiras, mostras, exposições, com área

mínima de 20.000 m². •••• Centro de Convenções: destinado à realização de congressos e eventos com área

mínima de 6.000 m² com capacidade total de acomodar até 3.500 pessoas e configuração flexível.

•••• Áreas Comuns: compostas por espaço de estacionamento, conforme Decreto Nº 1021, de 15 de julho de 2013, do Município de Curitiba, para veículos leves, além de espaços especiais para vans, ônibus, veículos de carga e bicicletas, bem como urbanização dos acessos de pedestres e áreas verdes.

•••• Sistema Viário: adaptação e tratamento do sistema viário de modo a assegurar as condições de acesso, sem implicar em impacto no trânsito em função de faixas de

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368 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

acumulação do empreendimento. •••• Acessibilidade: o projeto do Centro de Convenções e Feiras de Curitiba deverá permitir o

acesso irrestrito a todo o complexo, considerando a estrutura necessária para as pessoas com deficiência motora, sensorial e mobilidade reduzida, conforme NBR 9050, Decreto 5.296 de 02 de dezembro de 2004 e demais normas aplicáveis.

•••• Necessidades gerais: praça de alimentação; conexão banda larga com alta velocidade, segurança e qualidade; telefonia; iluminação econômica; cabeamento em toda extensão para energia elétrica; central de segurança/circuito interno de TV; automação predial completa; sala ambulatorial equipada; equipamentos e serviços de incêndio próprios; geração de energia com geradores próprios; e heliponto.

•••• Técnicas construtivas e procedimentos sustentáveis: buscar a utilização do padrão LEED (Leadership in Energy and Environment) que leva em consideração: o uso de materiais reciclados ou de demolição; a incorporação de eficiências energéticas; os sistemas de reaproveitamento de água; a estrutura de coleta seletiva de lixo; se o terreno já pertence a uma área consolidada e bem servida por transporte público (no caso de imóvel ofertado pelo proponente).

•••• Requisitos gerais: deverão ser atendidas todas as normas afetas a segurança, acessibilidade, meio ambiente, urbanismo e demais necessárias à viabilização do objeto.

Obs.: Para análise das características da demanda, a empresa deverá considerar no mínimo 5 cidades e sugere-se como partida São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Porto Alegre.

Gastos estimados R$ 50.325.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento no volume de visitantes;

II. Melhoria da satisfação dos visitantes;

III. Qualificação da oferta de espaços para realização de eventos e consequente suporte à captação de eventos;

IV. Aumento da capacidade de realização de eventos;

V. Instrumentalização da Gestão Pública;

VI. Ampliação do conhecimento do mercado atual e potencial para alinhamento dos investimentos públicos e privados.

ROP

Componente 1:

Item B - análise do potencial de novas áreas turísticas em função da vocação turística principal dos polos;

Item C - implantação e/ou recuperação de centros de convenções;

Item G - estabelecimento ou revisão do conjunto de incentivos para investimento e fomento à criação de novos produtos e projetos empresariais.

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS: instrumento de gestão e planejamento para correta aplicação de recursos; plano de negócios com indicadores de mercado pertinentes ao poder público e setor privado.

BENEFICIÁRIOS: Poder público, investidores, iniciativa privada e visitantes.

Responsáveis pela execução Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo

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369 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Entidade responsável

pela implantação/

operação/

manutenção da obra

ou serviço.

Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Gastos estimados de Operação

Em elaboração

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Receitas relacionadas à aplicação do modelo de gestão proposto.

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES DE RESULTADO: proposta da estrutura física local e entorno, plano de investimento, modelo de gestão.

FONTE DE VERIFICAÇÃO: relatórios apresentados pela empresa de consultoria.

Relação com outras ações

Ações complementares:

• Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing

• Ação 2.2 – Integração das ações de comunicação e promoção do destino Curitiba

• Ação 3.3 – Elaboração do Zoneamento turístico e definição quadro de incentivos

Nível de avanço Não possui projetos ou estudos em andamento

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370 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.3 – Qualificação das estruturas nos parques urbanos

Linha De Produto Cidade dos Parques

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação e renovação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Dotar os parques urbanos de estruturas qualificadas e condizentes para uso turístico.

Justificativa

Mesmo que a cidade seja reconhecida por possuir diversos parques urbanos com vocação para a atividade turística, o diagnóstico aponta para uma gestão que não visa fins turísticos, apresentando falta de qualidade e/ou inexistência de estruturas importantes para a prática da atividade turística tais como: instalações sanitárias, mobiliário urbano, sinalização interpretativa e equipamentos de alimentação dentro dos atrativos e também nos seus arredores. À medida que tais estruturas e equipamentos são revitalizados e/ou implementados, os parques urbanos ganham em qualidade, potencializando a experiência dos visitantes e o tempo de permanência nesses espaços.

Descrição da ação

Realizar estudo/projeto para:

(i) Elaboração de projetos de mobiliário urbano, prevendo a reposição, ampliação e/ou implantação de: a) paraciclos exclusivos de modelo padrão com capacidade mínima de 20 vagas; b) lixeiras e bancos.

Executar o estudo/projeto para:

(i) Elaboração dos projetos executivos de adequação e/ou construção das seguintes estruturas: a) Centro de recepção de visitantes no Jardim Botânico com espaço para implantação de um posto de informações turísticas, instalações sanitárias, serviço de alimentação e loja de artesanato/souvenir; b) Serviço de alimentação: Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Tingui e Passeio Público; c) Instalações Sanitárias: Jardim Botânico, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II, Passeio Público.

(ii) Elaboração de projeto de iluminação para os seguintes parques: Jardim Botânico, Parque das Pedreiras, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II, Passeio Público.

(iii) Elaboração de projetos executivos de sinalização para os Parques Urbanos Prioritários, contemplando: a) Cinco placas de sinalização interpretativa para cada um deles, exceto para o Jardim Botânico e Parque das Pedreiras, com as seguintes temáticas relacionadas a cada parque: mapa, história, fauna e flora, informação sobre o respectivo centro de interatividade (quando houver).

Obs.: (i) Os projetos deverão ser discutidos e compatibilizados com as iniciativas dos concessionários e parceiros de gestão dos parques urbanos; (ii) as placas interpretativas deverão contemplar as línguas português, inglês, espanhol; (iii) os paraciclos deverão ser instalados nas proximidades dos postos da Guarda Municipal.

Executar a implementação de:

(i) Estruturas de apoio descritas nos projetos executivos: centro de recepção, equipamentos de alimentação e instalações sanitárias.

(ii) Estruturas de mobiliário urbano: sinalização interpretativa, iluminação, sinalização e mobiliário urbano, resultantes das diretrizes descritas acima.

Gastos estimados R$ 1.640.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Melhoria dos serviços oferecidos;

II. Melhoria da satisfação e qualificação da experiência dos visitantes;

III. Aumento do tempo de permanência;

IV. Atração de fluxo de visitantes;

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371 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

V. Atração de novos produtos turísticos comercializados.

ROP

Componente 1:

Item C - Valorização e gestão de atrativos turísticos e criação de novos produtos.

Item D - tratamento paisagístico, melhoramento de mobiliário urbano.

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS: melhoria dos serviços oferecidos, segurança do usuário, melhoria da satisfação dos visitantes, melhoria da imagem da prefeitura e dos órgãos competentes pela gestão dos parques em razão das melhorias efetuadas.

BENEFICIÁRIOS: Iniciativa privada, visitantes e população local.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo

Entidade responsável

pela implantação/

operação/

manutenção da obra

ou serviço.

• Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC,

• Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA,

• Secretaria Municipal de Obras Públicas da Prefeitura Municipal de Curitiba - SMOP

Gastos estimados de operação

Em elaboração

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Não se aplica

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

Lei nº7.833 de 19 de dezembro de 1991. Dispõe sobre a política de proteção, conservação e recuperação do meio ambiente e dá outras providências.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES DE RESULTADO: (i) definição da área e estudos para implementação do centro de recepção de visitantes elaborados (Jardim Botânico); (ii) necessidades de adequação nos serviços de alimentação, instalações sanitárias e iluminação; (iii) necessidades de implantação de sinalização interpretativa, paraciclos, lixeiras e bancos elaborados; (iv) sinalização interpretativa e mobiliário urbano implementados.

FONTE DE VERIFICAÇÃO: relatórios apresentados pela empresa contratada e dados primários coletados in loco

Relação com outras ações

Ações condicionantes:

• Ação 5.1 – Planejamento de Uso e Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação

Ações complementares:

• Ação 1.4 – Implementação de estruturas de lazer e interatividade nos parques urbanos

• Ação 1.5 – Elaboração de Estudo de Viabilidade Técnica para os Parques Urbanos

• Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing

• Ação 2.2 – Criação e produção de materiais de comunicação e promoção do destino Curitiba

• Ação 4.6 – Qualificação da acessibilidade nos parques urbanos prioritários

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372 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

• Ação 4.7 – Implementação do Projeto -Turismo Seguro

Nível de avanço Termo de Referência para contratação de projetos e serviços de engenharia e arquitetura com ênfase em acessibilidade em pontos turísticos da linha turismo de Curitiba e zoológico municipal. (IPPUC)

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373 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.6 – Elaboração de Inventário participativo do patrimônio cultural imaterial e recomendação para uso turístico

Linha de Produto Cidade Inovadora

Estratégia Integrar o patrimônio cultural municipal às linhas de produtos turísticos por meio da inclusão dos bens socioambientais qualificados às narrativas de interpretação do patrimônio.

Detalhamento da ação

Objetivo Subsidiar a estruturação de novos produtos turísticos culturais e incrementar os atrativos existentes por meio da identificação, proteção, valorização e qualificação do patrimônio cultural, propondo recomendações de adequação do registro das referências culturais ao uso turístico.

Justificativa

Em seus 319 anos de existência oficial, Curitiba acumulou uma grande quantidade de testemunhos de sua formação histórica, concretizados em edificações, conjuntos histórico-culturais localizados em diversos pontos da cidade, bem como em costumes, saberes e modos de fazer que, por sua originalidade, marcam e constituem a identidade da comunidade curitibana. Nesse sentido, os fatos e testemunhos históricos, aliados às ações contemporâneas formadoras da identidade da cidade, constituem importante subsídio para a manutenção e renovação de produtos turísticos culturais existentes e para formação de novos produtos, de modo a consolidar o segmento turístico cultural e contribuir para o desenvolvimento de outras linhas de produtos, como a de turismo de negócios e eventos. Tal raciocínio explicita a importância da conservação do patrimônio histórico-cultural num destino que busca o desenvolvimento do segmento turístico cultural. Em nível municipal, até o momento não há uma política pública formalizada específica para a salvaguarda do patrimônio imaterial. Entretanto, há uma lei que trata do patrimônio cultural em Curitiba, incluindo o patrimônio imaterial, em trâmite de aprovação, Além disso, há documentação de costumes, tradições e saberes da cultura popular curitibana, realizada predominantemente por meio da lei municipal de Incentivo à Cultura. Em geral, o resultado destes projetos são publicações e exposições, algumas incorporadas nos produtos oferecidos pela FCC. O problema encontrado com relação a esta dinâmica centra-se no fato de não haver uma sistematização geral do patrimônio imaterial da cidade, bem como um mecanismo de priorização do que deve ser documentado e salvaguardado por meio dos instrumentos acima citados. Relacionado a este problema, destaca-se a falta de ações de manutenção das condições de produção e reprodução dos fazeres e saberes importantes para a cultura da cidade. Para o turismo, esse problema reflete no baixo aproveitamento do potencial do patrimônio cultural curitibano, em especial o patrimônio imaterial, para a conformação de novos produtos turísticos, ou de incremento da atratividade dos espaços culturais já implantados na cidade.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para: (i) Elaborar um inventário dos atrativos e recursos culturais, com ênfase para o patrimônio

imaterial, tendo como área de abrangência a Cidade de Curitiba, de forma a identificar "os domínios da vida social aos quais são atribuídos sentidos e valores e que, portanto, constituem marcos e referências de identidade" da comunidade curitibana.

(ii) Elaborar um plano operacional de Registro das Referências Culturais de Curitiba, prevendo-se a priorização das ações e modos de viabilização. Este plano deverá: a) Identificar as referências Culturais com potencial para a exploração turística; b) hierarquizar e priorizar as referências culturais com potencial turístico; c) propor ações específicas para o registro das Referências Culturais priorizadas com potencial para a exploração turística; d) elaborar diretrizes e recomendações para adequação das referências culturais ao uso turístico, assegurando a proteção do patrimônio cultural, prevendo-se a possibilidade de criação de roteiros turísticos, equipamentos e mecanismos de interpretação patrimonial, qualificação de equipamentos e atrativos existentes.

(iii) Elaborar e promover o “Guia Técnico das Referências Culturais de Curitiba” com base nos dados levantados, direcionado para o trade turístico, em especial para agências de viagem e guias de turismo, destacando os marcos e narrativas do patrimônio imaterial inventariado.

Obs.: a) o inventário deve estar alinhado ao Sistema Nacional do Patrimônio Cultural e seus programas afins, b) esta ação deve considerar o posicionamento de mercado proposto por este PDITS (em especial os eixos narrativo, urbanístico e étnico-cultural), bem como as

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374 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

diretrizes de consolidação da imagem e identidade da cidade preconizadas pelas ações de marketing.

Gastos estimados R$ 279.500,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incentivo a formatação de novos produtos; II. Qualificação dos produtos já ofertados pelo Receptivo Local; III. Incremento no volume de visitantes; IV. Diversificação do perfil dos visitantes.

ROP Componente 1: Item B - realização de inventários e classificação de recursos turísticos.

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS: conteúdo sobre o patrimônio imaterial da cidade identificado e organizado com potencial para composição de produtos turísticos culturais; reconhecimento e valorização do patrimônio imaterial pelo trade e população em razão da elaboração do inventário e do guia técnico. BENEFICIÁRIOS: Poder público, iniciativa privada e visitantes.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo

Entidade responsável pela implantação/ operação/ manutenção da obra ou serviço.

• Curitiba Turismo. • Fundação Cultural de Curitiba– FCC. • Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba – IPPUC.

Gastos estimados de operação

Não há gastos estimados na operação.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Não se aplica

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES DE RESULTADO: Inventário das referências culturais realizado; referências culturais identificadas com potencial para atividade turística; diretrizes e recomendações para aproveitamento das referências culturais elaboradas.

FONTE DE VERIFICAÇÃO: documentação produzida pelo plano.

Relação com outras ações

Ações complementares:

• Ação 1.7 – Implementação de Projeto museológico e sistema de gestão dos equipamentos culturais

• Ação 1.8 – Elaboração participativa de roteiros culturais • Ação 1.9 - Implementação de Projeto museológico/restauro do Solar do Barão • Ação 1.11 – Requalificação da paisagem urbana - AGIT Centro • Ação 1.12 – Requalificação da paisagem urbana - Áreas de Interesse Gastronômicos • Ação 1.13 – Implantação do Bonde Turístico • Ação 1.14– Qualificação do Memorial de Curitiba • Ação 1.16 – Realização de Programa de hospitalidade e capacitação técnica para o

turismo • Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing • Ação 2.2 – Criação e produção de materiais de comunicação e promoção do destino

Curitiba • Ação 4.4 – Implementação de sinalização turística bilíngue viária, de pedestres e de

transporte público.

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375 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Nível de avanço Há uma série de estudos e registros promovidos pela FCC por meio da Lei de Incentivo à Cultura e Fundo Municipal de Turismo.

COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.13 – Implantação do Bonde Turístico

Linha de Produto Cidade Inovadora

Estratégia Aprimorar e ampliar a oferta de atrativos turísticos por meio da qualificação e renovação dos produtos existentes, do incentivo à inovação, criação de novos produtos e integração dos mesmos em torno das linhas prioritárias.

Detalhamento da ação

Objetivo Diversificar a oferta de atrativos culturais por meio da adequação das estruturas urbanas que viabilizem a implantação do Bonde Turístico

Justificativa

A utilização dos bondes como equipamento de transporte público faz parte da história de muitas cidades brasileiras, elemento também presente em Curitiba. O projeto “Bonde Turístico” de Curitiba integra as ações de revitalização da área central da cidade e tem como premissa colocar novamente em circulação antigos bondes que serviram como transporte de moradores, agora transformado em atrativo turístico, cultural e de resgate da memória da cidade. Conforme itinerário proposto na apresentação da Carta Consulta ao PDITS Curitiba, a implantação do projeto servirá como ação de revalorização da área central e das atividades comerciais e de serviços, atraindo investimentos da iniciativa privada para o eixo histórico Barão do Rio Branco – Riachuelo.“O próprio bonde, memória da cidade, será um elemento dinâmico na paisagem histórica da cidade, se tornando também, por si só, uma atração turística.” (Carta Consulta – PDITS Curitiba)

Descrição da ação

Realizar estudo/projeto para: (i) Elaboração de projeto executivo referente à implementação do Bonde Turístico,

prevendo: a) implantação de via férrea com extensão de 1.500m; b) implantação de alimentação elétrica através de catenária; c) recuperação de dois bondes e da antiga garagem de bonde, edificação tombada pelo Patrimônio do Estado, que servirá de terminal e garagem para o Bonde Turístico; d) restauração das calçadas e vias previstas no itinerário do bonde.

Executar a implementação de: (i) Ações previstas no projeto executivo descrito acima.

Custo Estimado R$ 18.000.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento no volume de visitantes; I. Diversificação do perfil dos visitantes; II. Incentivo a formatação de novos produtos; III. Aumento da permanência na cidade; IV. Aumento da satisfação do usuário (morador e visitante).

ROP Componente 1: Item C - Valorização e gestão de atrativos turísticos e criação de novos produtos

Financiamento PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS: incremento do patrimônio turístico cultural; resgate e valorização da história da cidade. BENEFICIÁRIOS: Poder público, iniciativa privada e visitantes.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo

Entidade responsável pela implantação/ operação/ manutenção da obra ou serviço.

• Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo • Secretaria Municipal de Obras – SMOP • Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC

Gastos estimados de Em elaboração

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376 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

operação

Mecanismos previstos para recuperação de custos

• Concessão a empresas privadas • Taxas de visitação

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

• Lei nº 7.833, de 19 de dezembro de 1991 – Política de Proteção, Conservação e

Recuperação do Meio Ambiente • Decreto nº 1.819 - Regulamenta os artigos 7º. e 9º. da Lei Municipal nº 7.833, de 19 de

dezembro de 1991, trata do Sistema de Licenciamento Ambiental no Município de Curitiba.

• Decreto Nº 838 - Institui o Relatório Ambiental Prévio no Município de Curitiba

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES DE RESULTADOS: via férrea e sistema de alimentação elétrica implementados; bondes restaurados e adaptados para uso turístico; vias de entorno qualificadas. FONTE DE VERIFICAÇÃO: documentação produzida pelo plano; avaliação in loco.

Relação com outras ações

Ações complementares:

• Ação 1.6 – Elaboração de Inventário participativo do patrimônio cultural imaterial e recomendação para uso turístico

• Ação 1.8 – Elaboração participativa de roteiros culturais

• Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing

• Ação 2.2 – Criação e produção de materiais de comunicação e promoção do destino Curitiba

• Ação 4.7 – Implementação do Projeto -Turismo Seguro

Nível de avanço O IPPUC possui estudos e projeto para implantação do atrativo.

COMPONENTE 2: ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing

Linha De Produto Todos

Estratégia Fortalecer a imagem da Área Turística como destino brasileiro referência em experiências culturais, eventos e negócios e estudos e intercâmbio, por meio de ações integradas de marketing direcionadas para o público-alvo de cada linha de produto.

Detalhamento da ação

Objetivo Desenvolver ações integradas de marketing com foco no alcance do posicionamento de mercado desejado e nas linhas de produto prioritárias.

Justificativa

Curitiba foi foco de ações de comunicação promovidas por iniciativas da própria administração municipal com objetivo de inferir à cidade imagens desejadas, a exemplo da "Cidade Ecológica" e "Capital Social". Mesmo que influenciando indiretamente a percepção do visitante em relação à imagem da cidade, tais abordagens não mencionavam aspectos relacionados ao turismo diretamente, deixando de contribuir para o fortalecimento da área enquanto possuidora de atributos turísticos.A execução de uma ação de branding pode ser considerada como o trabalho de construção e gerenciamento de uma marca junto ao mercado com objetivo de transmitir para todos os interessados a imagem / identidade pretendida, ou seja, é o conjunto de práticas e técnicas que visam a construção e o fortalecimento de uma marca.Nesse sentido, a elaboração e implantação de um plano de marketing tende a fortalecer as linhas de produto prioritárias, consolidando o posicionamento de mercado desejado à cidade, contribuindo para o desenvolvimento da atividade turística, principalmente em relação à atração de fluxos de visitantes de maneira planejada e organizada.Vale lembrar que o próprio estudo apresentado no

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377 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

PDITS Curitiba já aponta alguns dados relevantes que podem ser utilizados na elaboração do plano de marketing e ainda apresenta sugestão de posicionamento de mercado que poderá ser revisado a partir dos demais dados levantados para a elaboração do plano de marketing.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

(i) Elaboração do plano de marketing que deverá considerar os seguintes componentes: a) Análise do ambiente em que está inserido o destino (fatores externos e internos); b) o comportamento de compra do cliente, atentando para as demandas atual e futura; c) análise da concorrência; d) apresentar as estratégias, as metas e o plano de ações e plano de financiamento que deve ser detalhado para cada um dos elementos do composto de marketing: produto, preço, comunicação e distribuição; e) criação dos conceitos e das marcas das linhas de produtos, a saber: Negócios e Eventos, Parques Urbanos, Cidade Inovadora, Cidade dos Eventos Culturais e Cidade Educadora; f) proposta de aprimoramento da gestão pública para a manutenção das ações de marketing e g) programa de monitoramento dos resultados obtidos a partir da execução do plano.

Gastos Estimados R$ 580.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Consolidação do posicionamento de mercado desejado;

II. Consolidação das linhas de produto prioritárias

III. Incremento no volume de visitantes;

IV. Aumento da permanência na cidade;

ROP Componente 2:

Item C - Planos de marketing estratégicos e operacionais;

Financiamento PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIO: Instrumento de marketing elaborado capaz de impulsionar a atividade.

BENEFICIÁRIOS: Poder Público e iniciativa privada.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo

Entidade responsável pela implantação/operação/ manutenção da obra ou serviço.

Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Gastos estimados de operação

Não há gastos estimados na operação.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Aumento da arrecadação municipal em razão da ampliação do consumo de bens e serviços

Normas de licenciamento ambiental

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES DE RESULTADO: detalhamento da situação de mercado (real e potencial); posicionamento de mercado estabelecido; diretrizes estratégicas de marketing elaboradas; marcas e conceitos das linhas de produto criadas e posicionadas.

FONTE DE VERIFICAÇÃO: Dados primários gerados e apresentados pela empresa contratada.

Relação com outras ações

Relaciona-se com todas as ações.

Nível de avanço Dados disponíveis no relatório final do PDITS - Curitiba

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379 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 2: ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.2 – Implementação do Plano de Marketing

Linha de Produto Todas.

Estratégia Fortalecer a imagem da Área Turística como destino brasileiro referência em experiências culturais, eventos e negócios e estudos e intercâmbio, por meio de ações integradas de marketing direcionadas para o público-alvo de cada linha de produto.

Detalhamento da ação

Objetivo Dotar o município de materiais de comunicação (físicos e digitais), bem como as ações de promoção (campanhas e anúncios) considerando os resultados apontados no plano de marketing.

Justificativa

A comunicação e promoção turística são eficientes ferramentas de marketing que oportunizam ao mercado maior conhecimento e contato com o produto turístico. Como observado na fase de diagnóstico, Curitiba apresenta alguns materiais gráficos que podem ser qualificados e alinhados ao posicionamento estabelecido, além dos portais digitais de comunicação (site oficial e totens de informação turística) que apresentam falhas estruturais e de conteúdo, interferindo negativamente na imagem do município como provedora de produtos e serviços turísticos. Com e elaboração do plano de marketing que virá a identificar os elementos essenciais da composição da oferta e da demanda, bem como o diagnóstico das ferramentas de comunicação já utilizadas (marcas, sites, vídeos, materiais gráficos etc.), o destino Curitiba poderá estabelecer ações integradas de comunicação e promoção, utilizando-se das marcas criadas paras as linhas de produto atreladas ao posicionamento de mercado desejado e aos resultados apontados no plano de marketing.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para: (i) Criação de materiais gráficos e digitais para uso nos postos de informações turísticas,

distribuição em feiras, participação em rodadas de negócios e subsídios para agências e operadoras locais, considerando também a elaboração de campanhas publicitárias, prevendo os seguintes produtos: a) elaboração e impressão de guia técnico (trilingue); b) criação e/ou adequação do mapa da cidade / linha turismo, prevendo recursos para impressão; c) elaboração de kits de comunicação para cada linha de produto; d) reestruturação do layout e conteúdo dos canais digitais com foco na promoção do destino Curitiba, potencializando a interação entre sites públicos e privados, sendo (d.i) site oficial do CTUR e o (d.ii) software e

(ii) Produção de material de áudio para descrição e caracterização do patrimônio material e imaterial presente no itinerário da Linha Turismo, prevendo a tradução desta narrativa para 5 idiomas: inglês, espanhol, francês, alemão e italiano.

(iii) Elaboração de um banco de imagens profissionais tratando dos elementos e atrativos de Curitiba, com destaque às linhas de produto definidas no plano, para composição dos materiais gráficos e digitais previstos na ação anterior.

Executar implementação de: (i) Impressão dos materiais gráficos produzidos, sendo: a) 2.000 guias técnicos; b) 50.000

mapas; c) 10.000 folders de cada linha; d) 5.000 cartazes de cada linha de produto. (ii) Elaboração de vídeos cinco vídeos promocionais considerando um para cada um dos

agrupamentos das linhas de produtos nos segmentos turísticos. Obs.: O kit de comunicação deverá conter no mínimo os seguintes elementos para cada linha de produto: (i) 01 folder; (ii) 01 vídeo de promoção; (iii) 01 cartaz; iv) 12 anúncios para veiculação nos meios de comunicação específicos

(destinados aos públicos de cada linha de produto); (iv) 03 brindes relacionados a cada linha de produto.

Gastos Estimados R$ 450.000,00

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Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Fortalecimento do posicionamento de mercado definido; I. Aumento no fluxo de visitantes; III. Aumento da satisfação dos usuários.

ROP Componente 2: Item E - Formulação e produção de materiais (folhetos, cartilhas, catálogos, anúncios, etc.) e eventos promocionais (seminários, feiras, campanhas, workshops, etc.).

Financiamento PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS: novas ferramentas de comunicação elaboradas e disponíveis para uso; serviços de informação turística e iniciativa privada melhor estruturados para comunicar o turismo na cidade; melhoria da qualidade dos canais públicos de comunicação, em especial os digitais. BENEFICIÁRIOS: Poder Público, iniciativa privada e turistas.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo

Entidade responsável pela implantação/operação/ manutenção da obra ou serviço.

Curitiba Turismo

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Gastos estimados de operação

Não há gastos estimados na operação.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Aumento da arrecadação municipal em razão da ampliação do consumo de bens e serviços

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES DE RESULTADO: guia técnico e mapa elaborados e prontos para distribuição; ferramentas de comunicação e promoção aplicadas aos mercados alvo; canais de comunicação digitais reestruturados e em uso. FONTE DE VERIFICAÇÃO: Pesquisas primárias realizadas pelo CTUR.

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381 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Relação com outras ações

Ação condicionante:

• Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing

Ações complementares:

• Ação 1.3 – Qualificação da estrutura dos parques urbanos

• Ação 1.4 – Implementação de estruturas de lazer e interatividade nos parques urbanos

• Ação 1.5 – Elaboração de Estudo de Viabilidade Técnica para os Parques Urbanos

• Ação 1.6 – Elaboração de Inventário participativo do patrimônio cultural imaterial e recomendação para uso turístico

• Ação 1.7 – Implementação de Projeto museológico e sistema de gestão dos equipamentos culturais

• Ação 1.8 – Elaboração participativa de roteiros culturais

• Ação 1.9 – Implementação de Projeto museológico/restauro do Solar do Barão

• Ação 1.11 – Requalificação da paisagem urbana - AGIT Centro

• Ação 1.12 – Requalificação da paisagem urbana - Áreas de Interesse Gastronômicos

• Ação 1.18 – Reestruturação das Feiras Especiais

• Ação 2.4 – Realização de Programa de branding para as Feiras Especiais e de Artesanato do Largo da Ordem

• Ação 4.1 – Ampliação da Ciclomobilidade Turística.

• Ação 4.4 – Implementação de sinalização turística bilíngue viária, de pedestres e de transporte público.

• Ação 4.6 – Qualificação da acessibilidade nos parques urbanos prioritários

• Ação 5.1 – Planejamento de Uso e Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação

• Ação 5.5 – Desenvolver Projeto Expográfico dos Conteúdos Técnicos Urbano/Ambientais

Nível de avanço Não apresenta ações e/ou projetos em andamento

COMPONENTE 2: ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.4 – Programa de branding para as Feiras Especiais e de Artesanato do Largo da Ordem

Linha De Produto Todas.

Estratégia Fortalecer a imagem da Área Turística como destino brasileiro referência em experiências culturais, eventos e negócios e estudos e intercâmbio, por meio de ações integradas de marketing direcionadas para o público-alvo de cada linha de produto.

Detalhamento da ação

Objetivo Incrementar a qualidade e o posicionamento das Feiras Especiais e do Largo da Ordem, fortalecendo sua identidade através da criação de conceitos e desenvolvimento de marcas a cada Feira, especificamente.

Justificativa

A Feira de Artesanato do Largo da Ordem é a principal, maior e mais antiga feria da cidade, reunindo cerca de 1300 barracas entre expositores de artesanato, artes diversas e gastronomia em uma mistura multicultural com temáticas locais, nacionais e também internacionais. Apesar de ser um atrativo simbólico da cidade e apresentar bons índices de visitação, há necessidade de fortalecimento da sua marca que apresenta pouca identidade e representatividade entre moradores locais e também turistas. O mesmo acontece com as feiras especiais que compõem a dinâmica da cidade, mas não possuem uma marca própria nem representação enquanto componente da oferta turística local, atendendo principalmente os moradores locais a turistas e visitantes. A execução de ações para definição dos conceitos e da identidade de cada uma das feiras pode alterar seu posicionamento em relação a como são vistas pelo mercado, contribuindo para a construção e o fortalecimento de suas marcas.

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382 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

(i) Desenvolver o conceito e a identidade de cada Feira Especial (Natal, Páscoa, de Inverno e da Primavera), por meio de um programa de branding, e propor ações de posicionamento das mesmas, considerando: a) definição das características dos produtos condizentes com cada feira, valendo-se do design e da qualidade dos mesmos; b) criação das estratégias de comunicação para cada feira prevendo o desenvolvimento de logomarcas e materiais gráficos como tags, sacolas ecológicas e brindes.

(ii) Fortalecimento da marca da Feira de Artesanato do Largo da Ordem, considerando a revisão dos conceitos e estratégias de comunicação utilizadas pela Feira, prevendo: a) estudo do posicionamento da Feira e projeção de novas propostas (logomarca, materiais de comunicação existentes etc.); b) aplicação dessas novas estratégias de comunicação nos meios existentes (barracas, site, folder etc.); c) criação de materiais de comunicação como tags, sacolas ecológicas e brindes.

Obs.: Todos os produtos elaborados deverão seguir as diretrizes de comunicação apresentadas na ação 2.1, considerando os conceitos das marcas e materiais decorrentes como resultados desta ação.

Custo Estimado R$ 72.500,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Incremento do produto turístico;

II. Incremento no volume de visitantes;

III. Aumento na satisfação dos usuários;

ROP Componente 2:

Item B - Criação de marcas (Branding) para posicionamento de destinos.

Financiamento PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS:aumento da qualidade dos produtos comercializados nas feiras; feiras posicionadas e com potencial de atração de maiores fluxos.

BENEFICIÁRIOS: Poder Público, iniciativa privada, turistas e população local.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo

Entidade responsável pela implantação/operação/ manutenção da obra ou serviço.

Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Gastos estimados de operação

Não há gastos estimados na operação.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Aumento da arrecadação municipal em razão da ampliação do consumo de bens e serviços; taxas de concessão.

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES DE RESULTADO: conceitos/posicionamento das feiras especiais definidos; marcas estabelecidas. Qualidade dos produtos comercializados; número de feirantes filiados à associação de artesanato do Largo da Ordem; materiais de comunicação desenvolvidos.

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383 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

FONTE DE VERIFICAÇÃO: Pesquisas primárias realizadas pelo CTUR

Relação com outras ações

Ação condicionante:

• Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing

Ação complementar:

• Ação 1.11 – Requalificação da paisagem urbana - AGIT Centro

• Ação 1.12 – Requalificação da paisagem urbana - polos gastronômicos

• Ação 1.17 – Fortalecimento da Feira de Artesanato do Largo da Ordem

• Ação 1.18 – Reestruturação das Feiras Especiais

• Ação 2.2 - Criação e produção de materiais de comunicação e promoção do destino Curitiba

Nível de avanço Não apresenta ações e/ou projetos em andamento

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.1 – Implantar Programa de Arranjo Institucional

Linha de Produto Todas.

Estratégia

Aprimorar a articulação interinstitucional dos diversos órgãos da administração pública municipal, proporcionando a inclusão do órgão oficial de turismo nos processos de formulação de políticas públicas, de planejamento e de gestão compartilhada dos atrativos, bem como de eventos e ações culturais.

Detalhamento da Ação

Objetivo Qualificar o desempenho da administração pública municipal no planejamento e gestão da atividade turística, por meio da articulação interinstitucional entre o CTUR e os demais órgãos envolvidos.

Justificativa

A análise das atribuições e competências de atuação da administração pública nas atividades de interesse turístico apontou para pulverização da gestão, planejamento e execução das ações com impacto no turismo municipal. Atualmente os atrativos naturais (parques urbanos, praças e zoológico) estão sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Urbanização de Curitiba (URBS S/A.). A Fundação Cultural de Curitiba, por sua vez, corresponde ao órgão responsável pelo apoio à realização dos eventos culturais e administração dos atrativos relacionados à cultura. O Instituto Municipal de Curitiba – CURITIBA TURISMO não participa do planejamento e da gestão dos espaços de interesse turístico, nem tampouco das ações culturais, ausência que se reflete na perda de potencial da atratividade, impactando negativamente os resultados do turismo municipal.

Descrição da ação

Realizar estudo/projeto para:

Criação de 03 (três) Câmaras Técnicas Temáticas, vinculadas ao Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO e definidas de acordo com as linhas de produto prioritárias estabelecidas no PDITS – Curitiba, com a seguinte composição:

(i) Câmara Técnica “Negócios e Eventos”: CTUR; URBS S/A; Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A; Secretaria Municipal de Urbanismo (CAGE); Secretaria Municipal da Comunicação Social.

(ii) Câmara Técnica “Parques Urbanos”: CTUR; Secretaria Municipal do Meio Ambiente; URBS SA/; Fundação Cultural de Curitiba; Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência; IPPUC; Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ).

(iii) Câmara Técnica “Cidade Inovadora”: CTUR; Fundação Cultural de Curitiba; IPPUC; Secretaria Municipal da Comunicação Social; Assessoria de Relações Externas da Prefeitura Municipal de Curitiba.

As Câmaras Técnicas serão presididas pelo CURITIBA TURISMO e deverão reunir-se mensalmente, com o objetivo de: a) realizar o acompanhamento da implantação das ações definidas para o desenvolvimento turístico no âmbito do PRODETUR; b) propor ações complementares àquelas definidas no Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável para estruturação da respectiva linha temática; c) desenvolver estratégias de

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384 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

articulação interinstitucional que permitam incluir o escopo do desenvolvimento turístico nas ações de planejamento e gestão ordinariamente desempenhadas pelos respectivos órgãos que compõem as Câmaras Técnicas.

Obs.:

• Além dos órgãos e entidades supracitados, que integram a composição permanente das Câmaras Técnicas, poderão ser convidados representantes de outros órgãos e entidades públicas para participação em reuniões temáticas específicas.

• A reunião das Câmaras Técnicas Temáticas visa promover a articulação interinstitucional no âmbito das ações previstas pelo PRODETUR, não substituindo o controle social realizado no âmbito do Conselho Municipal de Turismo – COMTUR.

As atividades das Câmaras Técnicas deverão ser precedidas de Seminários Internos, com o objetivo de socializar o conteúdo do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável entre todos os participantes.

Gastos estimados Sem Custo Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Ampliação da atratividade dos espaços de interesse turístico no Município de Curitiba.

ROP Componente 3:

Item A - Estabelecimento de mecanismos de gestão e coordenação interinstitucionais e público-privados no nível de destinos (Destination Management Organizations).

Fonte de Financiamento

Sem Custo

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS:

• Fortalecimento das relações interinstitucionais entre o CTUR e os demais órgãos da administração pública municipal, envolvidos diretamente ao desenvolvimento da atividade turística.

• Qualificação dos serviços turísticos ofertados

BENEFICIÁRIOS: Poder público municipal, visitantes, população local.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO

Entidade responsável

pela implantação/

operação/

manutenção da obra

ou serviço.

Instituto Municipal de Turismo - CURITIBA TURISMO; URBS S/A; Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A; Secretaria Municipal de Urbanismo (representante da CAGE); Secretaria Municipal da Comunicação Social; Secretaria Municipal do Meio Ambiente; Fundação Cultural de Curitiba; Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência; Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba; Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude; Fundação Cultural de Curitiba.

Gastos Estimados de Operação

Não há gastos estimados na operação.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Não se aplica

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES: número de reuniões realizadas pelas Câmaras Técnicas; frequência de participação da representação dos órgãos nas Câmaras Técnicas; propositura de novas ações para o desenvolvimento turístico municipal pelos membros das Câmaras Técnicas.

FONTE DE VERIFICAÇÃO: atas das reuniões.

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385 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Relação com outras ações

A realização desta ação articula-se com todas as ações previstas no PDITS – Curitiba, uma vez que se caracteriza como núcleo condicionante que auxiliará na organização da administração pública municipal para implantação das ações previstas nos demais componentes.

Nível de avanço Inicial

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.3 – Elaboração do Zoneamento turístico e definição do quadro de incentivos

Linha De Produto Todas.

Estratégia Estruturar uma política de incentivos para o investimento privado no setor turístico, implementando novos instrumentos que viabilizem o alinhamento entre as iniciativas do trade turístico e as políticas públicas para o desenvolvimento da atividade.

Detalhamento da ação

Objetivo Realizar o zoneamento turístico do Município de Curitiba, estabelecendo áreas geográficas de interesse turístico prioritário, articuladamente à elaboração de quadro de incentivos que estimule o investimento do setor privado de acordo com tais indicações.

Justificativa

O desenvolvimento da atividade turística depende da eficiente articulação entre ações, estratégias e iniciativas do poder público e da iniciativa privada. No Município de Curitiba, entretanto, inexiste quadro de incentivos especificamente voltados a cadeia produtiva do turismo. Por tais razões, a ação permitirá oferecer estímulos aos agentes econômicos que compõem o trade turístico para que invistam no Município de Curitiba, ao tempo que ampliará a atratividade das zonas turísticas, concentrando os investimentos do setor para os espaços geográficos prioritários.

Descrição da ação

Realizar estudo/projeto para:

Elaboração do zoneamento turístico no município de Curitiba, por meio do detalhamento dos resultados obtidos nos estudos preliminares realizados no âmbito deste Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável, ora denominados como “áreas geográficas de interesse turístico – AGIT”:

(i) O zoneamento turístico deverá prever instrumentos mitigatórios do impacto produzido por empreendimentos de grande porte que se instalem nos espaços geográficos de interesse turístico, exigindo a realização prévia do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). Tais medidas mitigadoras dizem respeito à diminuição dos impactos negativos provocados pela instalação do empreendimento, no âmbito ambiental, socioeconômico e urbanístico. Em eventuais situações em que os impactos não puderem ser diminuídos, o estudo deverá prever a definição de medidas que tragam outros benefícios e compensem os impactos negativos.

(ii) O produto final deverá contemplar a elaboração de minuta com indicação das alterações legislativas necessárias para inclusão do zoneamento turístico na Lei de Zoneamento Municipal.

Executar estudo/projeto com o seguinte objetivo:

A partir da delimitação dos espaços geográficos de interesse turístico, desenvolver o de quadro de incentivos voltados aos investimentos privados dos agentes da cadeia produtiva do turismo. A elaboração deste conjunto de instrumentos deverá articular facilidades fiscais, tecnológicas, burocráticas e urbanísticas que estimulem o melhor uso dos espaços geográficos incluídos no zoneamento turístico municipal:

(i) A política de concessão de incentivos, além do mencionado no item anterior, deverá estar atrelada a participação do beneficiado em programas e ações que visem qualificar o empreendimento e contribuir com o desenvolvimento do setor turístico. (ex: programa alimento seguro; acessibilidade universal; uso sustentável dos recursos naturais etc.).

(ii) A formulação da proposta do quadro de incentivos pela empresa consultora deverá incluir espaços participativos com o COMTUR, órgãos da administração municipal, agentes do trade turístico, que permitam a ampla discussão sobre os benefícios e soluções que irão integrar o produto final contratado.

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386 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Obs.,: O quadro de incentivos deverá considerar estudos relacionados à utilização de recursos de transferência do potencial construtivo e outorga onerosa para aquisição de terreno/edificação e obras construção/reforma de uma casa para estudantes estrangeiros nas proximidades da AGIT Educação e Pesquisa, considerando sua inclusão em plano de obras de novas operações urbanas, operações urbanas existentes ou planos específicos de urbanização. Esta diretriz visa atender a estratégia de desenvolvimento vinculada ao componente “Produto Turístico”, que trata da promoção da Linha Cidade Educadora por meio de arranjos institucionais entre instituições de ensino, empresas e organizações governamentais.

Gastos estimados R$ 42.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Estímulo aos investimentos privados no turismo municipal. II. Desenvolvimento e qualificação das zonas turísticas.

ROP Componente 3: Item A - Estabelecimento de mecanismos de gestão e coordenação interinstitucionais e público-privados no nível de destinos (Destination Management Organizations).

Fonte de Financiamento PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS: Estímulo aos investimentos privados no turismo municipal; Desenvolvimento e qualificação das zonas turísticas.

BENEFICIÁRIOS: Poder público municipal; trade turístico; visitantes.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO.

Entidade responsável pela implantação/ operação/ manutenção da obra ou serviço.

Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO; Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba - IPPUC.

Gastos Estimados de Operação

Não há gastos estimados na operação.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Não há mecanismos para recuperação de custos.

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES: Finalização do projeto de incentivos; Submissão do Projeto de Lei para inclusão do zoneamento turístico na Lei de Zoneamento do Município de Curitiba; número de empreendimentos instalados na zona turística por ano, após a implantação do zoneamento; número de empreendimentos no município de Curitiba com adesão aos programas de qualificação dos serviços turísticos; número de empreendimentos beneficiados pelo quadro de incentivos. FONTE DE VERIFICAÇÃO: apresentação do projeto finalizado; registro de encaminhamento do Projeto de Lei; fontes primárias para verificação dos indicadores veiculados aos empreendimentos.

Relação com outras ações

Relaciona-se com todas as ações.

Nível de Avanço O produto final do PDITS Curitiba apresenta estudo prévio de áreas geográficas de interesse turístico – AGIT, que deverão ser utilizadas como subsídio para a realização do zoneamento.

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387 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.4 – Realização de Intercâmbio institucional

Linha De Produto Todas

Estratégia Promover o fortalecimento institucional do CURITIBA TURISMO e a qualificação da sua capacidade administrativa, por meio da consolidação do seu quadro técnico.

Detalhamento da ação

Objetivo Promover a realização de visitas técnicas a destinos de excelência em gestão turística, com vistas ao reconhecimento de boas práticas, intercâmbio de experiências institucionais e inovação nas estratégias de gestão desempenhadas pelo CURITIBA TURISMO.

Justificativa

As práticas de “benchmarking” têm se consolidado como ferramenta de qualificação das soluções em gestão pública e fortalecimento das estratégias de mercado, nos mais diversos setores. No âmbito do turismo, o estabelecimento de intercâmbio de experiências em serviços e produtos turísticos incorporou-se ao rol de programas institucionais do Ministério do Turismo por meio do “Projeto Benchmarking em Turismo”, ofertado a empresários, agentes de receptivo e setor de hospedagem. A possibilidade de realização destes compartilhamentos de vivências institucionais, por meio de visitas técnicas a serem executadas pelo quadro funcional do CURITIBA TURISMO, permite aprimorar e inovar o repertório de soluções e práticas de gestão em turismo, atualmente aplicados no âmbito da política pública municipal para o setor.

Descrição da ação

Realização de 04 (quatro) visitas técnicas a centros de excelência na gestão em turismo, com destaque em diferentes âmbitos de atuação e experiências institucionais plurais. Sugere-se, nesse sentido:

a) São Paulo –SP - SPTuris - São Paulo Turismo S/A (gestão geral do turismo)

b) Gramado - RS – (conselho municipal de turismo)

c) Governo do Estado de Pernambuco (promoção e marketing)

d) Tiradentes – MG (promoção e apoio a eventos)

e) Nova York – EUA (parques urbanos e equipamentos culturais).

Obs.: Considerou-se a participação de cinco servidores do CTUR em cada visita técnica, com a permanência de três dias em cada destino nacional. No destino internacional considerou-se cinco dias de permanência com a participação de 01(um) representante do Instituto Municipal de Turismo; 01(um) representante da Fundação Cultural de Curitiba e 01(um) representante da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Todas as visitas terão a assessoria de um profissional (coaching) local para organização da visita.

Gastos estimados R$ 74.900,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Inovação e qualificação da gestão em turismo.

ROP

Componente 3:

Item F - Apoio às unidades de gestão turística nos níveis estadual e municipal (atividades de reengenharia de processos de gestão turística e ambiental; assistência técnica para administrar obras turísticas sob sua jurisdição; cursos de treinamento para capacitar profissionais nas áreas de planejamento, gestão e monitoramento da atividade turística, e sensibilização de comunidades locais sobre os benefícios e riscos da atividade turística).

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS: Inovação e qualificação da gestão pública em turismo no Município de Curitiba.

BENEFICIÁRIOS: Poder público municipal.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO.

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388 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Entidade responsável

pela implantação/

operação/

manutenção da obra

ou serviço.

Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO.

Gastos Estimados de Operação

Não há gastos estimados de operação.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Não há mecanismos previstos para recuperação dos custos.

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES: Número de ações e boas práticas aplicadas à gestão do turismo em Curitiba, após um semestre e um ano da realização das viagens.

FONTE DE VERIFICAÇÃO: verificação primária, a partir das ações e práticas realizadas.

Relação com outras ações

Relaciona-se com todas as ações.

Nível de Avanço Inicial

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389 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.5– Elaboração do Plano de Fortalecimento Institucional da Gestão Pública do Turismo em Curitiba – PFI

Linha De Produto Todas

Estratégia Promover o fortalecimento institucional do CURITIBA TURISMO e a qualificação da sua capacidade administrativa, por meio da consolidação do seu quadro técnico.

Detalhamento da ação

Objetivo

Ampliar e aprimorar a capacidade administrativa do órgão oficial de turismo no município de Curitiba, com vistas a qualificar os processos de planejamento, elaboração e gestão das políticas públicas de turismo, em consonância com as políticas desenvolvidas em âmbito nacional e no PDITS Curitiba.

Justificativa

O Plano de Fortalecimento Institucional (PFI) é uma das ações promovidas pelo PRODETUR que contribui para a consolidação do Plano Nacional de Turismo (PNT). A consolidação do destino turístico demanda o fortalecimento da gestão municipal e a definição dos impactos positivos e negativos da atividade para o desenvolvimento local. Para a eficiente execução das ações indicadas como resultado do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS) fazem-se necessários a ampliação da capacidade administrativa e o estabelecimento de fluxos para o planejamento contínuo e democrático. Em síntese, a elaboração do Plano de Fortalecimento Institucional da Gestão do Turismo de Curitiba apresenta-se como um instrumento de gestão e planejamento que permitirá orientar e otimizar a exploração dos recursos turísticos, considerando as repercussões da atividade para o meio ambiente e a população local.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

Elaboração do Plano de Fortalecimento Institucional de Gestão em Turismo, no âmbito do Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO, em conformidade com as orientações e objetivos gerais fixados para o Programa pelo PRODETUR NACIONAL. Recomenda-se, ademais, a observância dos seguintes aspectos identificados na análise da dimensão institucional do PDITS Curitiba:

(i) Adequação institucional e revisão de atribuições e ocupações funcionais, considerando a incorporação das linhas de produto previstas no âmbito no PRODETUR e a consequente necessidade de contratação de profissionais especializados para esta demanda específica.

(ii) Gestão de Pessoas: Consolidação do quadro técnico do Instituto Municipal de Turismo, considerando as políticas de RH, dimensionamento e força de trabalho, necessidades de treinamento ou capacitação técnica e gerencial dos profissionais e normas de distribuição, alocação, cessão e requisição de pessoal. Ao final recomenda-se a elaboração de termo de referência que balize a realização de concursos públicos para o provimento dos respectivos cargos.

(iii) Gestão da Informação: Estruturação de sistema de informações, considerando o exame dos procedimentos, instrumentos, fluxo e registros das informações, que instrumentalize os processos de trabalho internos ao Instituto Municipal de Curitiba – CURITIBA TURISMO.

(iv) Estudo de viabilidade para implantação do Fundo Municipal de Turismo, abrangendo: i) fonte de recursos; ii) vinculação à instancia de governança; iii) proposta legislativa pertinente.

Gastos estimados R$ 250.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Ampliação e qualificação da capacidade administrativa do Instituto Municipal de Turismo – CTUR.

II. Fortalecimento da política municipal de turismo no município de Curitiba.

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390 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

ROP

Componente 3:

Item F - Apoio às unidades de gestão turística nos níveis estadual e municipal (atividades de reengenharia de processos de gestão turística e ambiental; assistência técnica para administrar obras turísticas sob sua jurisdição; cursos de treinamento para capacitar profissionais nas áreas de planejamento, gestão e monitoramento da atividade turística, e sensibilização de comunidades locais sobre os benefícios e riscos da atividade turística).

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS: Ampliação e qualificação da capacidade administrativa do Instituto Municipal de Turismo – CTUR; Fortalecimento da política municipal de turismo no município de Curitiba.

BENEFICIÁRIOS: Poder público municipal; trade turístico; visitantes.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO

Entidade responsável

pela implantação/

operação/

manutenção da obra

ou serviço.

Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO

Gastos Estimados de Operação

Não há gastos estimados de operação.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Não há mecanismos previstos para recuperação de custos.

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES: Plano concluído.

FONTE DE VERIFICAÇÃO: Entrega do produto final do Plano.

Relação com outras ações

Relaciona-se com todas as ações.

Nível de Avanço Inicial

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.6– Criação e Implementação do Sistema de Análise e Monitoramento do Turismo (SAMT)

Linha De Produto Todas

Estratégia Promover o fortalecimento institucional do CURITIBA TURISMO e a qualificação da sua capacidade administrativa, por meio da consolidação do seu quadro técnico.

Detalhamento da ação

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391 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Objetivo Elaboração de um sistema de análise e monitoramento das informações pertinentes à atividade turística no município de Curitiba, que seja utilizado como instrumento de gestão e planejamento em benefício da administração pública municipal, do trade turístico e dos turistas.

Justificativa

Os processos de tomada de decisão, intrínsecos a todas as atividades vinculadas ao planejamento e gestão, devem ser subsidiados com dados e informações precisas, confiáveis e permanentes no tempo. Isto porque “a informação é uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento de qualquer atividade. E, no Turismo, a informação assume um papel fundamental, tanto no que se refere à gestão programática para decisão dos investimentos junto aos destinos e mercados internos e internacionais como no que se refere ao próprio funcionamento da cadeia produtiva. Nesse sentido, é necessário um programa contínuo que não só pesquise a estruturação dos destinos na ótica da oferta e da demanda, mas que constitua um sistema que possibilite a avaliação dos impactos socioeconômicos, culturais e ambientais da atividade e auxilie na tomada de decisões, criando condições para o fortalecimento da sustentabilidade do setor.” (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2008).

Desta forma, embora o Instituto Municipal de Turismo possua eficiente sistema de coleta e tratamento de dados, a elaboração de um sistema de análise e monitoramento permitirá a avaliação dos resultados das políticas públicas e dos impactos do setor no município, viabilizando a permanente revisão e aperfeiçoamento.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

Estruturação de sistema de análise e monitoramento das informações turísticas no município de Curitiba, que contemple:

(i) Levantamento da linha base para o acompanhamento do turismo municipal, incluindo-se, dentre outros indicadores: o sistema de Inventariação da Oferta Turística (articulação das informações catalogadas no INVITUR); registro online das informações hoteleiras; informações sobre a demanda turística; indicadores de emprego, trabalho e renda.

(ii) Implantação de Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados online

(iii) Articulação do Sistema de Informações com a Plataforma online de Informações Turísticas de Curitiba.

Gastos estimados R$ 300.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Qualificação do processo de planejamento turístico em Curitiba;

II. Fortalecimento das políticas públicas de turismo municipais;

III. Publicização de informações setoriais a iniciativa privada;

IV. Qualificação e Estimulo ao setor privado.

ROP Componente 3:

Item C - Desenvolvimento de contas satélite em turismo (nacional, regionais, sistemas de estatísticas, sistemas de informação e observatórios turísticos);

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS: Qualificação dos processos de elaboração, execução e monitoramento das políticas públicas de turismo em Curitiba; obtenção de dados e informações mais abrangentes em relação às pesquisas atualmente realizadas; produção de informações sobre a atividade turística municipal; disponibilização de informações na internet que auxiliem a promoção do turismo em Curitiba, bem como favoreçam o surgimento de novos empreendimentos no setor.

BENEFICIÁRIOS: Poder público municipal; trade turístico; visitantes.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Curitiba – CURITIBA TURISMO

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392 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Entidade responsável

pela implantação/

operação/

manutenção da obra

ou serviço

Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO

Gastos Estimados de Operação

R$ 2.400,00 por ano - manutenção do SAMT.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Não há mecanismos previstos para recuperação de custos.

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES: Implantação do Sistema de Análise e Monitoramento do Turismo (SAMT).

FONTE DE VERIFICAÇÃO: Entrega do sistema e implantação.

Relação com outras ações

Relaciona-se com todas as ações.

Nível de Avanço Inicial.

COMPONENTE 3: QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.7– Realização de consultoria especializada para suporte técnico à execução do PDITS

Linha de Produto Todas.

Estratégia Promover o fortalecimento institucional do CURITIBA TURISMO e a qualificação da sua capacidade administrativa, por meio da consolidação do seu quadro técnico.

Detalhamento da ação

Objetivo Viabilizar a execução de obras de infraestrutura e qualificação de atrativos turísticos, por meio da contratação de corpo técnico para fiscalização e acompanhamento especializado.

Justificativa

A execução das ações previstas Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS), no município de Curitiba, demanda a realização de um conjunto de projetos e obras para a qualificação dos atrativos e o desenvolvimento da capital como destino turístico. Desta forma, visando à celeridade e adequação técnica na realização das ações previstas faz-se necessária a contratação de empresa de consultoria, com a missão de fiscalizar as obras executadas e coordenar a gestão dos projetos voltados à implementação de infraestrutura urbana e intervenções arquitetônicas e estruturais em atrativos.

Descrição da ação

Executar projeto para:

Contratação de consultoria especializada para acompanhamento e fiscalização das obras vinculadas às ações do PDITS, e financiadas pelo PRODETUR, cujo escopo corresponda à implementação de infraestrutura urbana ou à realização de intervenções arquitetônicas e/ou estruturais em atrativos turísticos, considerando as seguintes ações previstas neste plano: a) Qualificação das estruturas nos parques urbanos; b) Implementação de estruturas de lazer e interatividade nos parques urbanos; c) Implementação de projeto museológico/restauro e sistema de gestão dos equipamentos culturais; d) Implementação de projeto museológico/restauro do Solar do Barão; e) Requalificação da paisagem urbana - AGIT Centro; f) Requalificação da paisagem urbana – Áreas de Interesse Gastronômico; g) Implantação do Bonde Turístico; h) Qualificação do Memorial de Curitiba; i) Implantação do Museu Nacional do Urbanismo e Museu do Design e Inovação; j) Ampliação da Ciclomobilidade Turística; k) Implementação de sinalização turística bilíngue viária, de pedestres e de transporte público; l) Qualificação da

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393 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

acessibilidade nos parques urbanos prioritários; m) Implementação do projeto - Turismo Seguro; n) Despoluição do Rio Belém para qualificação do uso dos parques urbanos o) Implementação do projeto - Turismo on-line.

Obs.: A empresa contratada deverá conter em seu corpo técnico profissionais com habilitação nas áreas de engenharia, arquitetura e gestão de projetos, com experiência comprovada em fiscalização de obras.

Gastos estimados R$ 7.307.226,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Ampliação e qualificação da capacidade administrativa do Instituto Municipal de Turismo – CTUR.

ROP

Componente 3: Item F - Apoio às unidades de gestão turística nos níveis estadual e municipal (atividades de reengenharia de processos de gestão turística e ambiental; assistência técnica para administrar obras turísticas sob sua jurisdição; cursos de treinamento para capacitar profissionais nas áreas de planejamento, gestão e monitoramento da atividade turística, e sensibilização de comunidades locais sobre os benefícios e riscos da atividade turística)

Fonte de Financiamento

PRODETUR

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA

Ação 4.6– Qualificação da acessibilidade nos parques urbanos prioritários.

Linha de Produto Cidade dos Parques.

Estratégia

Fortalecer o aproveitamento dos parques urbanos no desenvolvimento do turismo por meio da qualificação das: (i) condições ambientais relativas à qualidade da água e armazenamento de resíduos sólidos, (ii) melhoria das condições de acesso e estacionamento, (iii) promoção de atividades culturais, esportivas e de lazer complementares.

Detalhamento da ação

Objetivo Qualificar a experiência do visitante por meio da melhoria das condições de acesso e uso existentes, além da implantação de novas estruturas.

Justificativa

Mesmo sendo reconhecida por possuir diversos parques urbanos com vocação para a atividade turística, vários destes, classificados como prioritários, possuem deficiência na oferta de estruturas básicas de acesso como sinalização bilíngue, ruas e calçadas em bom estado de manutenção, disponibilidade de estacionamento e estruturas de acessibilidade. Além disso, a gestão não visa fins turísticos, apresentando falta de qualidade e/ou inexistência de estruturas importantes para a prática da atividade turística instalações sanitárias, a sinalização interpretativa e equipamentos de alimentação dentro dos atrativos e também nos seus arredores. À medida que tais estruturas e equipamentos são revitalizados e/ou implementados, os parques urbanos ganham em qualidade, potencializando a experiência dos visitantes e o tempo de permanência nesses espaços.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

(i) Realização de projeto executivo para a sinalização turística de acesso aos atrativos: Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II, Passeio Público.

(ii) Realização de projeto executivo para qualificação das condições de arruamento e

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394 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

calçadas nos atrativos: Parque das Pedreiras, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II, Passeio Público.

(iii) Elaborar o projeto executivo que prevê a ampliação das vagas de estacionamento e delimitação de vagas exclusivas para veículos de turismo nos atrativos: Jardim Botânico, Parque das Pedreiras, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II.

(iv) Elaboração de projetos de engenharia e arquitetura, contemplando obras, reformas e adequações necessárias, conforme disposto em lei federal, e demais legislações, bem como custos, com ênfase na acessibilidade em área de abrangência compreendida pelos atrativos: Jardim Botânico, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II, Passeio Público.

Executar a implementação de:

(i) Estruturas descritas acima a serem detalhadas nos projetos executivos.

Obs.:A ação 1.14 do PDITS – Curitiba e Região metropolitana prevê a elaboração do projeto de sinalização turística trilíngue para Curitiba. Implantação de placas de sinalização turística bilíngue de acordo com as normas do Guia Brasileiro de Sinalização Turística nos seguintes atrativos: Parque Barigui, Museu Oscar Niemeyer, Bosque Alemão, Parque Tingui, Universidade Livre do Meio Ambiente, Torre Panorâmica, Catedral Basílica, Memorial de Curitiba, Mercado Central, Teatro Guaíra, Universidade Federal do Paraná, Rodoferroviária, Paço da Liberdade.

Custo Estimado R$ 3.930.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Incremento no volume de visitantes, ampliação da permanência nos atrativos principais e aumento da satisfação do turista.

ROP Obras de Infraestrutura.

Financiamento PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS: constituição de imagem associada à acessibilidade universal promovendo o incremento no volume de visitantes com diversificação do perfil dos usuários e o aumento da satisfação do usuário e acompanhante.

BENEFICIÁRIOS: Comunidade em geral, especialmente pessoas com deficiência física e visual e pessoas com mobilidade reduzida.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Curitiba – CURITIBA TURISMO

Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra ou serviço

Instituto Municipal de Curitiba – CURITIBA TURISMO / Secretaria Municipal do Meio Ambiente e IPPUC

Gastos Estimados de Operação

Não há gastos estimados de operação.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Não há mecanismos previstos para recuperação de custos.

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

Lei nº 7.833, de 19 de dezembro de 1991 – Política de Proteção, Conservação e Recuperação do Meio Ambiente; Decreto nº 1.819 - Regulamenta os artigos 7º. e 9º. da Lei Municipal nº 7.833, de 19 de dezembro de 1991, trata do Sistema de Licenciamento Ambiental no Município de Curitiba; Decreto Nº 838 - Institui o Relatório Ambiental Prévio no Município de Curitiba.

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395 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES: Estudos e projetos executados; obras e instalações executadas.

FONTE DE VERIFICAÇÃO: relatórios apresentados pelas empresas contratadas e dados primários coletados in loco.

Relação com outras ações

Ação 1.3 – Qualificação da estrutura dos parques urbanos

Ação 1.4 –Estruturas de lazer e interatividade nos parques urbanos

Ação 4.4 – Implementação de sinalização turística bilíngue viária, de pedestres e de transporte público.

Nível de Avanço Há estudos em elaboração pelo IMT e IPPUC para desenvolvimento do Termo de Referencia para futura licitação dos serviços.

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA

Ação 4.7 – Implementação do Projeto - Turismo Seguro

Linha de Produto Todos

Estratégia Estruturar de programas específicos de “segurança turística” integrados ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) em conjunto com os espaços/instituições de gestão integrada de segurança pública e Conselho Municipal de Segurança.

Detalhamento da ação

Objetivo

Qualificação dos sistemas de monitoramento a distancia (câmeras, sensores etc.) e de georreferenciamento das ocorrências com turistas e em áreas geográficas de interesse turístico, além de qualificar os postos da guarda municipal e os equipamentos de ronda nos atrativos turísticos prioritários.

Justificativa

É interessante perceber que, ainda que os indicadores apontem para uma situação tendencial gravíssima, a imagem de Curitiba, fora dos limites da região metropolitana, é ainda pouco afetada. Curitiba continua sendo citada e indicada como bom lugar para negócios e para moradia em processos que não consideram indicadores de segurança pública. Entretanto, em pesquisa realizada sobre demanda turística, já se evidencia um elevado grau de “desaprovação” para o componente “segurança pública” em comparação aos demais itens. Embora a pesquisa aponte 32,2% de desaprovação frente a 67,8% de aprovação, foi o pior indicador no levantamento realizado. Em pesquisa de campo junto aos atrativos turísticos da cidade sobre as ocorrências e política de segurança pública em espaços de interesse turístico e nas proximidades, constatou-se que número absoluto de ocorrências com turistas não é desagregado dos registros gerais, mas é possível afirmar, com base nas entrevistas com guardas municipais lotados nos atrativos, que o efetivo e forma como estão distribuídas e programadas as rondas é insuficiente. Parques de grande extensão, como o Tanguá, dificultam o monitoramento, demandando a utilização de mecanismos de vigilância que não estão disponíveis nos atrativos, além da qualificação dos equipamentos de ronda.

Descrição da ação

Executar o estudo/projeto para:

(i) Elaboração e implementação do sistema georreferenciado das ocorrências relacionadas ao turismo, por meio do registro dos eventos com turistas e em áreas geográficas de interesse turístico, constituindo uma base de informações para criação ou revisão do programa "turismo seguro".

(ii) Implementação de equipamentos, instalação, configuração, treinamento, assistência técnica e garantia para qualificação dos sistemas de monitoramento a distancia (câmeras, sensores, etc.) em 6 dos principais atrativos turísticos de Curitiba.

(iii) Elaborar projeto executivo para obras e reformas para qualificação dos postos da guarda municipal e dos equipamentos de ronda nos atrativos turísticos prioritários.

Executar a implementação de:

(i) Obras e equipamentos descritos no item iii.

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396 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Qualificação do processo de monitoramento para segurança pública nos atrativos de Curitiba;

II. Fortalecimento das políticas de segurança pública em atrativos turísticos municipais; III. Qualificação e Estimulo ao servidores da guarda municipal para ações preventivas.

ROP Componente 4: Obras de Infraestrutura.

Fonte de Financiamento

PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

BENEFÍCIOS: Qualificação dos processos de monitoramento e prevenção de ocorrências relacionadas a segurança pública nos atrativos turísticos de Curitiba; obtenção de dados e informações georreferenciadas mais consistentes relativas as ocorrências; produção de informações sobre as ocorrências relativas a atividade turística municipal; disponibilização de informações para programa de prevenção, ronda e demais ações táticas da guarda municipal. BENEFICIÁRIOS: Poder público municipal; trade turístico; visitantes.

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Curitiba – CURITIBA TURISMO

Entidade responsável

pela implantação/

operação/

manutenção da obra

ou serviço

Guarda Municipal de Curitiba

Gastos Estimados de Operação

R$ 14.000,00 por ano, para manutenção da infraestrutura, dos equipamentos e da base da guarda municipal em cada atrativo. Para operação foi considerado o mesmo efetivo atualmente distribuído por atrativo e já remunerado pela Prefeitura Municipal de Curitiba.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Não há mecanismos previstos para recuperação de custos.

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES: Implantação do Sistema e numero total de ocorrências/ano vinculadas aos espaços de interesse turístico.

FONTE DE VERIFICAÇÃO: Instalação e operação cotidiana do sistema de monitoramento e prevenção.

Relação com outras ações

Relaciona-se com todas as ações.

Nível de Avanço Inicial.

Custo Estimado R$ 306.000,00

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397 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

Aumentar a segurança e percepção de segurança do turista, qualificar as ações da guarda municipal e melhorar a imagem do destino turístico.

ROP Obras de Infraestrutura.

Financiamento PRODETUR

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398 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

COMPONENTE 5: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Ação 5.1 – Elaboração do Plano de Uso e Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação.

Linha De Produto Cidade dos Parques

Estratégia Qualificar e valorizar o ambiente natural, por meio da ampliação da proteção ambiental, recuperação de áreas degradadas e integração ao produto turístico, a fim de melhorar as condições do ambiente urbano, qualidade de vida dos moradores e turistas e uso sustentável.

Detalhamento da ação

Objetivo

Elaborar e revisar o planejamento de uso dos nove parques prioritários para o desenvolvimento turístico com a implantação de um modelo de gestão integrado e compartilhado das áreas protegidas no sistema de mosaicos de unidades de conservação na composição de sistema de gestão ambiental para destinos e atividades turísticas.

Justificativa

Embora o processo de implantação e gestão de unidades de conservação no município de Curitiba seja reconhecido em termos de ampliação de áreas verdes e infraestruturação de visitação, a maior parte destas áreas ainda não possuem o instrumento básico de gestão. A falta do instrumento torna-se um problema no sentido da definição do uso e não uso e também do monitoramento da efetividade da conservação e impactos ambientais ocasionados. Pela proximidade das áreas e semelhança das categorias de conservação a constituição de um instrumento integrado de gestão torna-se um facilitador.

Descrição da ação

Executar estudo/projeto para:

A elaboração e revisão do instrumento para as áreas Jardim Botânico, Parque das Pedreiras, Parque Tanguá, Bosque Zaninelli, Parque Barigui, Parque Tingui, Bosque Alemão, Bosque João Paulo II e Passeio Público, deve considerar: i) diagnóstico Socioambiental; ii) definição dos objetivos gerais e específicos de manejo para as UC; iii) estabelecimento de diretrizes para o seu desenvolvimento; iv) definição do uso turístico e capacidade de carga; v) definição de ações específicas para a gestão da UC; vi) estabelecimento do zoneamento; vii) definição de modelo de avaliação e monitoramento da conservação; vii) instituição do instrumento de gestão do mosaico de unidades de conservação; viii) instituição de instância de decisão entre o instituto de turismo e SMMA.

Custo Estimado R$ 820.000,00

Efeito esperado no desenvolvimento turístico

I. Planejamento do uso turístico de áreas protegidas

II. Desenvolvimento Sustentável de áreas naturais

III. Instrumentalização da Gestão Pública

ROP

Componente 5:

Item A - Elaboração de propostas de normas ambientais complementares relacionadas à atividade turística;

Item D - Estudos de capacidade de carga e de limites aceitáveis de alteração e levantamento de linhas base de referência de indicadores ambientais;

Item H - Zoneamento ambiental e implantação de áreas de proteção ambiental.

Financiamento PRODETUR

Benefícios e Beneficiários

Benefícios: Instrumentação para o planejamento e gestão de áreas de proteção ambiental.

Beneficiários: Poder público, iniciativa privada, investidores, visitantes e população local.

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399 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Responsáveis pela execução

Instituto Municipal de Turismo – Curitiba Turismo e Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Entidade responsável pela implantação/operação/manutenção da obra

ou serviço.

Secretaria Municipal de Meio Ambiente SMMA

Gastos Estimados de Operação Não há gastos estimados de operação.

Mecanismos previstos para recuperação de custos

Não há mecanismos previstos para recuperação de custos.

Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei

De acordo com o Manual de Planejamento e Gestão Socioambiental do Regulamento Operacional Prodetur Nacional, não há normas de licenciamento ambiental que orientem ou impeçam esta ação.

Indicadores de resultado e fonte de verificação

INDICADORES: Necessidades de planejamento do uso público de áreas protegidas; verificação da capacidade de carga. Fonte de verificação: documentação produzida pelo estudo.

FONTE DE VERIFICAÇÃO: Planos produzidos por área protegida; Sistema de gestão do conjunto das áreas protegidas.

Relação com outras ações

Ações complementares:

• Ação 1.3 - Qualificação dos equipamentos e das estruturas de uso nos parques urbanos prioritários;

• Ação 1.4 – Implantação de novas estruturas de lazer e espaços de interatividade nos parques urbanos prioritários;

• Ação 1.5 – Elaboração de Estudo de Viabilidade Técnica para os Parques Urbanos;

• Ação 5.5 – Projeto Expográfico dos Conteúdos Técnicos Urbano/Ambientais

Nível de avanço Plano de Manejo do Parque Tanguá, Parque Barigui e Parque Tingui

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400 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

5.5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS

COMPONENTE AÇÃO AMBIENTAIS SOCIAIS ECONÔMICOS CULTURAIS

Positivo Negativo Positivo Negativo Positivo Negativo Positivo Negativo

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.1 – Atualização do Inventário turístico municipal

• Identificação de elementos para valorização

ambiental

• Não observado

• Identificação de elementos para valorização da

cultura local

• Não observado

• Identificação dos componentes da cadeia produtiva

do turismo

• Não observado

• Identificação de elementos para valorização

cultural

• Não observado

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.2 – Gestão e Uso do Centro de Convenções e Centros de Apoio.

• Planejamento

do uso público

• Concentração da produção de

resíduos.

• Impermeabilização do solo.

• Incremento de

trabalho e renda

• Aumento da criminalidade nas proximidades do Centro de Convenções

• Avaliação de impactos econômicos.

• Atração de

investimento.

• Incremento das receitas geradas por eventos e

convenções.

• Valorização

imobiliária

• Melhoria da experiência da visitação.

• Não observado

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.3 – Qualificação das estruturas nos parques urbanos

• Valorização dos espaços naturais por meio do seu

uso

• Concentração da produção de resíduos.

• Compactação e degradação do solo.

• Incremento de

trabalho e renda

• Diversificação de estruturas para

uso social

• Aumento da criminalidade nos atrativos e

região

• Atração de investimento.

• Manutenção de estrutura.

• Não observado • Não observado

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.4 – Implementação de estruturas de lazer e interatividade nos parques urbanos

• Planejamento

do uso público

• Concentração da produção de resíduos.

• Impermeabiliza

ção do solo.

• Diversificação de estruturas para

uso social

• Aumento da criminalidade nos atrativos e região

• Atração de

investimento.

• Manutenção de

estrutura.

• Não observado • Não observado

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.5 – Elaboração de Estudo de Viabilidade Técnica para os Parques Urbanos

• Planejamento

do uso público • Não observado

• Incremento de

trabalho e renda

• Diversificação de estruturas para uso social

• Não observado

• Atração de

investimento.

• Incentivo a formatação de novos produtos.

• Não observado • Não observado • Não observado

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401 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.6 – Elaboração de Inventário participativo do patrimônio cultural imaterial e recomendação para uso turístico

• Não observado • Não observado • Não observado • Não observado

• Incremento na atividade turística.

• Incentivo a formatação de

novos produtos.

• Não observado

• Valorização da cultura local.

• Melhoria da experiência da

visitação.

• Não observado

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.8 – Elaboração participativa de roteiros culturais

• Não observado • Não observado

• Participação novos grupos sociais na composição da

oferta turística

• Não observado • Incentivo a

formatação de novos produtos.

• Não observado

• Diversificação e valorização da oferta de produtos

culturais

• Não observado

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.9 - Implementação de Projeto museológico/restauro do Solar do Barão

• Não observado

• Aumento da poluição sonora e atmosférica – aumento no fluxo de automóveis

• Não observado

• Aumento do fluxo de automóveis na

região central

• Valorização comercial nas proximidades do

atrativo

• Manutenção de

estrutura.

• Valorização da oferta de produtos culturais

• Manutenção do aspecto físico original do edifício

• Não observado

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.11 – Requalificação da paisagem urbana - AGIT Centro

• Não observado

• Aumento da poluição sonora e atmosférica – aumento no fluxo de automóveis

• Geração de emprego e renda

• Aumento do fluxo de automóveis na região central

• Atração de investimento

• Manutenção de estrutura.

• Valorização Imobiliária.

• Valorização dos aspectos paisagísticos do meio urbano

• Não observado

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.13 – Implantação do Bonde Turístico

• Utilização de alternativas de transporte menos

poluentes.

• Promoção da imagem urbano-ambiental.

• Não observado

• Alternativas de transporte de

lazer

• Incremento de trabalho e renda

• Não observado

• Incremento na

atividade turística.

• Atração de investimento.

• Manutenção de

estrutura.

• Valorização

Imobiliária.

• Reutilização de patrimônio histórico.

• Valorização da

cultura local.

• Melhoria da experiência da

visitação.

• Não observado

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.16 – Realização de Programa de hospitalidade e capacitação técnica para o turismo

• Incentivo à implementação de ações de gestão

ambiental

• Não observado • Qualificação da

mão de obra • Não observado

• Aumento no número de profissionais capacitados no mercado de trabalho

• Não observado • Não observado • Não observado

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.18 – Reestruturação das Feiras Especiais

• Não observado

• Aumento da poluição sonora e atmosférica – aumento no fluxo de

automóveis.

• Geração de

emprego e renda • Não observado

• Atração de

investimento.

• Aumento de bens comercializados

• Não observado

• Qualificação na oferta da produção associada ao

turismo

• Não observado

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402 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

PRODUTO TURÍSTICO

Ação 1.19 – Elaboração de Estudo de viabilidade da Linha Turismo

• Não observado • Não observado • Não observado • Não observado

• Valorização comercial nas proximidades da linha

• Atração de

investimentos

• Não observado • Não observado • Não observado

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.1 – Elaboração do Plano de Marketing

• Promoção da imagem urbano-

ambiental

• Não observado • Não observado • Não observado

• Incremento na

atividade turística.

• Incentivo a formatação de

novos produtos.

• Não observado • Valorização da

cultura local • Não observado

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.2 – Integração das ações de comunicação e promoção do destino Curitiba

• Promoção da imagem urbano-

ambiental

• Não observado • Não observado • Não observado

• Incremento na

atividade turística.

• Incentivo a formatação de novos produtos.

• Não observado • Valorização da

cultura local • Não observado

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.3 – Realização de Programa de Endomarketing para o destino Curitiba

• Promoção da imagem urbano-

ambiental

• Não observado

• Valorização dos elementos centrais da atividade turística

• Não observado

• Incentivo a ações de empreendedorism

o local

• Não observado • Valorização da

cultura local • Não observado

ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Ação 2.4 – Realização de Programa de branding para as Feiras Especiais e de Artesanato do Largo da Ordem

• Não observado • Não observado

• Qualificação da promoção e comercialização

do artesanato.

• Incremento no trabalho e renda.

• Não observado

• Qualificação do

produto turístico.

• Aumento da

receita

• Não observado • Valorização da

cultura local • Não observado

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.1 – Incentivo e Incremento do Arranjo Institucional

• Não observado • Não observado • Não observado • Não observado

• Fortalecimento da capacidade de

gestão. • Não observado

• Fortalecimento da cultura da gestão para o

turismo

• Não observado

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.3 – Elaboração do Zoneamento turístico e definição do quadro de incentivos

• Não observado

• Concentração da produção de resíduos.

• Impermeabiliza

ção do solo.

• Incremento no

trabalho e renda

• Gentrificação do

local

• Incremento na

atividade turística.

• Atração de investimento.

• Atração de novos produtos turísticos

comercializados.

• Não observado • Não observado

• Mudança de

uso da área.

• Mudanças nos usos

residenciais.

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.4 – Realização de Intercâmbio institucional

• Não observado • Não observado • Não observado • Não observado • Não observado. • Não observado

• Fortalecimento da cultura da gestão para o

turismo

• Não observado

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403 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.5 – Elaboração do Plano de Fortalecimento Institucional da Gestão Pública do Turismo em Curitiba – PFI

• Melhorar as condições de avaliação e

monitoramento

• Instrumentação da gestão

• Não observado • Desenvolvimento

Sustentável

• Desenvolvimento

Sustentável

• Fortalecimento da importância econômica da

atividade.

• Não observado

• Fortalecimento da cultura da gestão para o

turismo

• Não observado

QUADRO INSTITUCIONAL

Ação 3.6 – Criação e Implementação do Sistema de Análise e Monitoramento do Turismo (SAMT)

• Melhorar as condições de avaliação e monitorament

• Instrumentação

da gestão

• Não observado • Desenvolvimento

Sustentável • Não observado

• Avaliação e monitoramento do impacto da atividade.

• Não observado

• Fortalecimento da cultura da gestão para o turismo

• Não observado

INFRAESTRUTURA Ação 4.1 – Ampliação da Ciclomobilidade Turística.

• Utilização de modal menos poluente

• Não observado

• Diversificação dos modais para mobilidade

urbana

• Não observado • Não observado • Manutenção de

estrutura

• Valorização de meios de transporte

alternativos

• Não observado

INFRAESTRUTURA

Ação 4.4 – Implementação de Sinalização turística bilíngue viária, de pedestres e de transporte público.

• Qualificação de

estruturas

• Aumento da poluição visual

urbana

• Melhoria da

acessibilidade • Não observado

• Incremento na

atividade turística.

• Manutenção de

estrutura • Não observado • Não observado

INFRAESTRUTURA

Ação 4.5 – Desenvolvimento de Sistema de Armazenamento Provisório e Coleta de Lixo

• Manutenção das condições mínimas de saúde nas regiões com grande acúmulo

de resíduos

• Não observado

• Manutenção da condição paisagística nas regiões com grande acúmulo

de resíduos

• Não observado • Não observado • Não observado • Não observado • Não observado

INFRAESTRUTURA

Ação 4.6 – Qualificação da acessibilidade nos parques urbanos prioritários

• Qualificação de

estruturas • Não observado

• Melhoria da

acessibilidade • Não observado

• Incremento na

atividade turística. • Não observado • Não observado • Não observado

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404 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

INFRAESTRUTURA

Ação 4.7 – Implementação do Projeto - Turismo Seguro

• Não observado • Não observado

• Melhoria das condições de segurança

• Não observado • Incremento na

atividade turística. • Não observado

• Percepção de

segurança • Não observado

GESTÃO SOCIAMBIENTAL

Ação 5.1 – Planejamento de Uso e Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação

• Gestão ambiental para

uso público.

• Conservação ambiental.

• Controle de

carga.

• Instrumentação da gestão

• Não observado • Desenvolvimento

Sustentável

• Aumento da restritividade do uso em determinadas

áreas

• Não observado • Não observado

• Aumento da informação sobre a ecologia

urbana

• Não observado

GESTÃO SOCIAMBIENTAL

Ação 5.2 – Desenvolvimento e implantação do Sistema de Monitoramento e Avaliação da Qualidade Ambiental Urbana

• Gestão ambiental para

uso público.

• Conservação ambiental.

• Melhorar as condições de avaliação e monitoramento

• Instrumentação

da gestão

• Não observado • Desenvolvimento

Sustentável • Não observado • Não observado • Não observado

• Aumento da informação sobre a ecologia

urbana

• Não observado

GESTÃO SOCIAMBIENTAL

Ação 5.3 – Realização de Campanha sobre Resíduos Sólidos

• Aumento potencial de ações de fiscalização pela

população local

• Não observado

• Conscientização da população local

• Não observado • Não observado • Não observado

• Aumento da informação sobre a ecologia

urbana

• Não observado

GESTÃO SOCIAMBIENTAL

Ação 5.4 – Realização de Ciclo de palestras “meio ambiente uma questão de todos”

• Aumento potencial de ações de fiscalização pela

população local

• Não observado

• Valorização das soluções ambientais implementadas

em Curitiba

• Não observado • Não observado • Não observado

• Aumento da informação sobre a ecologia

urbana

• Não observado

GESTÃO SOCIAMBIENTAL

Ação 5.5 – Desenvolver Projeto Expográfico dos Conteúdos Técnicos Urbano/Ambientais

• Aumento da massa crítica de pessoas sobre as questões ambientais no meio urbano

• Não observado

• Valorização das soluções ambientais implementadas

em Curitiba

• Não observado

• Potencial para incremento da produção associada (artesanato) relacionado ao

tema

• Não observado

• Aumento da informação sobre a ecologia

urbana

• Não observado

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405 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

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407 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

6. MECANISMOS DE FEEDBACK

Todo processo de planejamento demanda a utilização de sistemas e mecanismos que permitam avaliar a implementação das ações planejadas, a eficácia dos resultados esperados e o impacto das políticas públicas para o desenvolvimento de determinado setor. Nesse sentido, ao Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável de Curitiba integra-se o fluxo de avaliação de acompanhamento, que corresponde a um conjunto de mecanismos que permitem monitorar a execução das ações planejadas bem como dimensionar seus reflexos na qualificação da atividade turística da Área Turística de Curitiba.

Os sistemas de análise e monitoramento das políticas públicas, tal qual descrito no Diagnóstico Estratégico deste Plano (item “Sistemas de análise e monitoramento das políticas públicas de turismo” do Capítulo Quadro Institucional), devem responder ao problema fundamental da adequação das ações planejadas em relação aos objetivos estabelecidos. Assim, considerando ser o objetivo geral deste Plano “Desenvolver produtos turísticos integrados, diversificados e criativos concebidos com foco no posicionamento de mercado visando o incremento do turismo como um fator de dinamização da economia e distribuição dos seus benefícios”, os mecanismos de monitoramento deverão conduzir à aferição da evolução das ações e políticas para a consecução deste escopo mais amplo.

Além desta forma de avaliação, denominada de “avaliação-diagnóstico”, que cumpre o papel de avaliar a eficácia e eficiência das ações em relação aos objetivos pretendidos pelo PDITS, há que se citar a necessidade de fixar mecanismos que contribuam para a chamada “avaliação-controle”. Esta segunda modalidade de avaliação da política pública dirige-se a verificação da condução da implementação das ações, tanto em relação ao cumprimento do cronograma estabelecido, quanto em relação à forma de execução, indicando-se, inclusive, eventuais readequações da proposta original para a obtenção de melhores resultados no desenvolvimento da atividade turística.

Finalmente, é preciso mencionar que a aferição acima mencionada deve ocorrer periodicamente, durante todo o período de execução do Plano, e não apenas ao final de sua execução. Para que isso seja possível, é necessário estabelecer-se competências, fluxos e instrumentos de avaliação, além das fontes de informação e dos procedimentos de análise das informações. Os indicadores, cuja finalidade “é traduzir, de forma mensurável, um determinado aspecto da realidade dada (situação social) ou construída (ação), de maneira a tornar operacional sua observação e avaliação”158 tornam-se instrumentos indispensável a esta atividade e constituem-se como instrumentos indispensáveis ao monitoramento da política pública. Com este foco, a avaliação e acompanhamento do PDITS – Curitiba subdividiu-se a partir de dois conjuntos de indicadores que correspondem aos “Indicadores de Resultados das Ações” e aos “Indicadores de Impacto” 159.

158 Cf. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento Federal. Secretaria

de Planejamento e Investimentos Estratégicos. “Indicadores – Orientações básicas aplicadas à Gestão Pública. Coordenação de Documentação e Informação – Brasília: MP, 2012. p. 16.

159 A nomenclatura referente aos indicadores de monitoramento das políticas públicas é diversa e varia conforme os referenciais teóricos adotados. A utilização dos termos “indicadores de resultado” e “indicadores de impacto” visa atender aos parâmetros estabelecidos no Termo de Referência deste Plano.

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408 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

FIGURA 40 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE ANÁLISE E MONITORAMENTO DO PDITS CURITIBA

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409 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

6.1. INDICADORES DE RESULTADOS DAS AÇÕES

Os indicadores de resultados dizem respeito ao conjunto de parâmetros estabelecidos para verificação dos efeitos esperados em cada ação. Foram estabelecidos quando da elaboração do Plano de Ação, sendo fixados individualmente a cada uma das ações programadas para os diversos componentes que integram este Plano. O acompanhamento da implementação das ações bem como do êxito de seu desenvolvimento deverá ser realizado pelas Câmaras Técnicas (instituídas pela Ação 3.1.) em conjunto ao Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO, com periodicidade de seis meses, de acordo com a afinidade temática da ação em relação às Linhas de Produto estabelecidas no PDITS.

Assim, a Ação 3.1, denominada “Incentivo e Incremento do Arranjo Institucional”, apresenta-se como ação condicionante de todas as demais porquanto não apenas se coloca como instrumento de fortalecimento do quadro institucional como também constitui parte fundamental do Sistema de Acompanhamento e Avaliação do próprio PDITS. Desta forma, uma vez instaladas as 03 Câmaras Técnicas – “Câmara Técnica: Negócios e Eventos”; “Câmara Técnica: Parques Urbanos” e “Câmara Técnica: Cidade Inovadora” serão estes o locus privilegiado de acompanhamento das ações pertinentes a cada uma das temáticas.

O acompanhamento da execução das ações deverá ser realizado conforme detalhado no quadro a seguir, considerada a priorização de ações indicada no item “Dimensionamento dos Investimentos” do presente documento, bem como na Matriz de Investimento a ser elaborada pela Unidade Coordenadora na execução do programa. O resultado deverá ser registrado na respectiva ata de reunião que servirá de subsídio para a produção de um documento único, com a compilação dos resultados parciais da execução de todas as Linhas de Produto, denominado de “Relatório de Acompanhamento do PDITS – Curitiba”.

Este Relatório deverá ser submetido semestralmente ao Conselho Municipal de Turismo – COMTUR, caracterizando momento participativo do Sistema de Acompanhamento com a apresentação dos resultados parciais aos Conselheiros Municipais e consulta em relação a possíveis adequações. Em todos os casos, as adequações e propostas advindas do COMTUR deverão alinhar-se ao posicionamento de mercado estabelecido neste Plano bem como às estratégias fixadas no Plano de Marketing que será elaborado, e subsidiada pelo agente financiador do programa.

6.2. INDICADORES DE IMPACTO

Os indicadores de impacto identificam-se pela “natureza abrangente e multidimensional”160 relacionando-se com a sociedade de uma maneira geral e tendo por função a aferição das estratégias de políticas públicas a médio e longo prazo. Neste Plano, a medição dos indicadores de impacto refere-se à análise da repercussão das ações realizadas no desenvolvimento da atividade turística no Município de Curitiba, tendo por conteúdo os parâmetros definidos na Linha Base, conforme apresentado no quadro a seguir. O acompanhamento dos indicadores estabelecidos na Linha Base deverá ser realizado pelo Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO, em periodicidade anual,

160 Cf. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento Federal. Secretaria

de Planejamento e Investimentos Estratégicos. Indicadores – Orientações básicas aplicadas à Gestão Pública. Coordenação de Documentação e Informação – Brasília: MP, 2012. p. 21.

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410 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

considerando a necessidade de se construir um padrão histórico que permita comparar o desempenho da atividade turística, antes e após a implementação do Plano.

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411 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

QUADRO 21 - IMPACTOS, INDICADORES DE MONITORAMENTO E LINHA BASE DA EVOLUÇÃO DO TURISMO EM CURITIBA

UNIDADE DE MEDIDA

LINHA BASE (2011) FONTE DE VERIFICAÇÃO META PARA 2018

Impacto Ampliar a atração de Fluxo Turístico e distribuir sua motivação

Indicador Turistas em visita a Curitiba Número de turistas 3,6 milhões Pesquisa de demanda - CTUR Aumento de 30%

Indicador Turistas Motivados* a Negócios e Eventos % 45,7 Pesquisa de demanda - CTUR Aumento de 5%

Indicador Turistas Motivados* a Lazer % 19,5 Pesquisa de demanda - CTUR Aumento de 15%

Indicador Turistas Motivados* a Eventos Programados % 4,4 Pesquisa de demanda - CTUR Aumento de 10%

Impacto Incrementar a receita turística

Indicador Gasto médio por dia por turista brasileiro US$/dia 91,15 Pesquisa de demanda - CTUR Aumento de 4%

Impacto Incrementar o uso da rede hoteleira

Indicador Taxa de ocupação** % 70,2 Pesquisa de demanda - CTUR Aumento de 5%

Impacto Ampliar a satisfação do Turista

Indicador Turistas que visitaram atrativos turísticos % 29,7 Pesquisa de demanda - CTUR Aumento de 60%

Indicador Avaliação de Aprovação da Qualidade Ambiental**** % 58,28 Pesquisa de demanda - CTUR Alcance de 90%

Indicador Avaliação de Aprovação dos Serviços Públicos**** % 83,60 Pesquisa de demanda - CTUR Alcance de 90%

Indicador Avaliação de Aprovação dos Serviços Privados**** % 87,78 Pesquisa de demanda - CTUR Alcance de 90%

Impacto Aumento da Geração de Trabalho e Renda das ACT

Indicador Número de Empresas das Atividades Características do Turismo Empresas 6.328 Relação Anual de Informações Sociais - RAIS Aumento de 14%

Indicador Postos de Trabalhos da ACT Postos de trabalho 34.667 Relação Anual de Informações Sociais - RAIS Aumento de 20%

Indicador Renda Média das ACT Renda média R$ 1.034,27 Relação Anual de Informações Sociais - RAIS Aumento de 17,5%

Impacto Ações da Instância de Governança

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412 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

Indicador Reuniões de Câmaras Temáticas Reuniões/mês ***** Ata e Lista de Presença da Reunião Uma reunião mês

Indicador Participação no Conselho Municipal de Turismo % Representantes ***** Ata e Lista de Presença da Reunião 90% de participação

Impacto Fortalecimento do Arranjo Institucional – Prefeitura Municipal de Curitiba

Indicador Realização das reuniões bimestrais das 3 câmaras temáticas Reuniões ***** Ata e Lista de Presença da Reunião Três bimestrais

Indicador Participação no Conselho Municipal de Turismo % Representantes ***** Ata e Lista de Presença da Reunião 100% de participação

*Sugere-se a possibilidade de alteração destas variáveis na pesquisa de demanda para medir as motivações dos fluxos turísticos, relacionando-os às linhas de produto. ** Indicadores FOHB. PDITS Curitiba p.112. *** Pesquisa de Demanda – CTUR 2011. **** Média dos indicadores de análise, avaliação ótima e boa. ***** Neste caso, não há o indicador zero

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413 PDITS – Polo Turístico de Curitiba

6.3. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO GERAL DO PLANO

Além do acompanhamento dos indicadores supramencionado, é preciso prever mecanismos que viabilizem leituras globais do Plano, periodicamente, com ampla participação e em período adequado à realização das ações programadas. Nesse sentido, indica-se a realização de Audiência Pública, com a convocação dos Conselheiros Municipais e demais representantes do trade turístico e da população local para o desenvolvimento de Avaliação Geral do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável no Município de Curitiba. A proposição de espaço distinto ao Conselho Municipal de Turismo justifica-se pela necessidade de proporcionar a participação de outros setores e membros da sociedade civis, não necessariamente representados no COMTUR, para que se possa aferir o êxito das ações realizadas para o turismo municipal de maneira inclusiva e em profundidade.

Com este propósito serão realizadas, no âmbito do PDITS – Curitiba, duas Audiências Públicas, coordenadas pelo Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO, sendo: i) Audiência Pública para Avaliação dos Resultados parciais do Plano (efetuada dois anos após a implementação do Plano) e ii) Audiência Pública para Avaliação Geral do Plano (realizada ao final dos cinco anos de realização das ações financiadas pelo Prodetur).

A Audiência I terá como objetivo apresentar os resultados parciais decorrentes das ações já realizadas bem como indicar ao público as próximas etapas planejadas. Nesta oportunidade será realizada, também, a avaliação qualitativa com a aplicação questionários aos participantes, objetivando aferir a percepção do público em relação às ações implementadas e ao turismo municipal como um todo. As informações obtidas por meio desta pesquisa irão balizar possíveis adequações na condução da execução do Plano para o próximo período, observando-se sempre o conteúdo mínimo referente ao posicionamento de mercado estabelecido no PDITS.

A Audiência Pública II servirá à apresentação geral das ações executadas no âmbito do PDITS – Curitiba. O espaço deverá viabilizar aos participantes a oportunidade para apresentação de propostas que servirão de ponto de partida para a Revisão do PDITS – Curitiba a ser contratada para o próximo quinquênio. De igual maneira, será aplicado questionário para verificação qualitativa das ações implementadas, em continuidade a pesquisa já realizada na Audiência Pública anterior.

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FIGURA 41 - ARRANJO INSTITUCIONAL PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA – SISTEMA DE ANÁLISE E MONITORAMENTO DO PDITS CURITIBA

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