123
DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março de 2012 Publicação: terça-feira, 20 de março de 2012 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Cezar Peluso Presidente Ministro Ayres Britto Vice-Presidente Alcides Diniz da Silva Diretor-Geral ©2012 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Quinquagésima Terceira Distribuição realizada em 16 de março de 2012. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO CAUTELAR 3.102 (1) ORIGEM : AC - 3102 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : PIAUÍ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO PIAUÍ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ RÉU(É)(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO RÉU(É)(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AÇÃO ORIGINÁRIA 1.726 (2) ORIGEM : AO - 1726 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE ALAGOAS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS RÉU(É)(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AÇÃO PENAL 674 (3) ORIGEM : PROC - 00008771320098171250 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : PERNAMBUCO RELATORA :MIN. ROSA WEBER REVISOR : MIN. CELSO DE MELLO AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO RÉU(É)(S) : JOSÉ AUGUSTO MAIA RÉU(É)(S) : SEVERINO MANOEL DE FRANÇA RÉU(É)(S) : ROBERTO JOSÉ LIMA ARAGÃO ADV.(A/S) :GLÁUCIO FERNANDES DA SILVA SOARES RÉU(É)(S) :LUIZ BEZERRA DA COSTA RÉU(É)(S) : JOSEMAR CLEMENTE SILVA ADV.(A/S) : ROMMEU SILVA PATRIOTA RÉU(É)(S) : ROSANI ARAGÃO DOS SANTOS ADV.(A/S) : JOSÉ MANUEL JORDÃO FILHO RÉU(É)(S) : GISLAINE RAMOS DE ARAÚJO RÉU(É)(S) : HELDER VIEGAS MONTEIRO DE CARVALHO AGRAVO DE INSTRUMENTO 724.693 (4) ORIGEM : PROC - 200672950018943 - TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS PROCED. : SANTA CATARINA RELATORA :MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ERECILDA AMANN KNOB ADV.(A/S) : ARNALDO ZANELA AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) :HELENA DIAS LEÃO COSTA AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.739 (5) ORIGEM : AC - 20080410017389 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : INSTITUTO CIENTÍFICO DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA - ICESP ADV.(A/S) :SEBASTIÃO ALVES PEREIRA NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO GAMA AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL COMPACTO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.814 (6) ORIGEM :AC - 70012910022 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : JORGE MOACIR DE SOUZA ADV.(A/S) : ELIS CRISTINA UHRY LAUXEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.825 (7) ORIGEM : AC - 00004163220094047104 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4º REGIÃO PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :NOVA ERA INDÚSTRIA DE MINERALIZAÇÃO LTDA ADV.(A/S) :MÁRCIA FANFA RIBAS AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL HABEAS CORPUS 112.739 (8) ORIGEM : HC - 133831 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) : ADEMIR SANTOS LUCAS IMPTE.(S) : ADEMIR SANTOS LUCAS COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS 112.740 (9) ORIGEM : HC - 230940 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR :MIN. LUIZ FUX PACTE.(S) : EDSON JOSÉ DE MACEDO SANTOS IMPTE.(S) :LEANDRO NATAL FERNANDES COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS 112.745 (10) ORIGEM :AÇÃO PENAL - 024110094000 - JUIZ DE DIREITO PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATOR :MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) : JOÃO DE ANDRADE IMPTE.(S) : THIAGO PEREIRA MALAQUIAS IMPTE.(S) : ZACARIAS FERNANDES MOÇA NETO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

  • Upload
    vanphuc

  • View
    228

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março de 2012 Publicação: terça-feira, 20 de março de 2012

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Cezar PelusoPresidente

Ministro Ayres BrittoVice-Presidente

Alcides Diniz da SilvaDiretor-Geral

©2012

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Quinquagésima Terceira Distribuição realizada em 16 de março de 2012.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO CAUTELAR 3.102 (1)ORIGEM : AC - 3102 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORÉU(É)(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.726 (2)ORIGEM : AO - 1726 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRÉU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AÇÃO PENAL 674 (3)ORIGEM : PROC - 00008771320098171250 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBERREVISOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

PERNAMBUCORÉU(É)(S) : JOSÉ AUGUSTO MAIARÉU(É)(S) : SEVERINO MANOEL DE FRANÇARÉU(É)(S) : ROBERTO JOSÉ LIMA ARAGÃOADV.(A/S) : GLÁUCIO FERNANDES DA SILVA SOARESRÉU(É)(S) : LUIZ BEZERRA DA COSTARÉU(É)(S) : JOSEMAR CLEMENTE SILVAADV.(A/S) : ROMMEU SILVA PATRIOTARÉU(É)(S) : ROSANI ARAGÃO DOS SANTOS

ADV.(A/S) : JOSÉ MANUEL JORDÃO FILHORÉU(É)(S) : GISLAINE RAMOS DE ARAÚJORÉU(É)(S) : HELDER VIEGAS MONTEIRO DE CARVALHO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 724.693 (4)ORIGEM : PROC - 200672950018943 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ERECILDA AMANN KNOBADV.(A/S) : ARNALDO ZANELAAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : HELENA DIAS LEÃO COSTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.739 (5)ORIGEM : AC - 20080410017389 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO CIENTÍFICO DE ENSINO SUPERIOR E

PESQUISA - ICESPADV.(A/S) : SEBASTIÃO ALVES PEREIRA NETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO GAMAAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL COMPACTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.814 (6)ORIGEM : AC - 70012910022 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : JORGE MOACIR DE SOUZAADV.(A/S) : ELIS CRISTINA UHRY LAUXEN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.825 (7)ORIGEM : AC - 00004163220094047104 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : NOVA ERA INDÚSTRIA DE MINERALIZAÇÃO LTDAADV.(A/S) : MÁRCIA FANFA RIBASAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

HABEAS CORPUS 112.739 (8)ORIGEM : HC - 133831 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ADEMIR SANTOS LUCASIMPTE.(S) : ADEMIR SANTOS LUCASCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 112.740 (9)ORIGEM : HC - 230940 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : EDSON JOSÉ DE MACEDO SANTOSIMPTE.(S) : LEANDRO NATAL FERNANDESCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 112.745 (10)ORIGEM : AÇÃO PENAL - 024110094000 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : JOÃO DE ANDRADEIMPTE.(S) : THIAGO PEREIRA MALAQUIASIMPTE.(S) : ZACARIAS FERNANDES MOÇA NETO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 2: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 2

COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 112.746 (11)ORIGEM : hc - 234537 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : ALEXANDRE TEODORO DE SOUZAIMPTE.(S) : HELIO BIALSKI E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 234.537 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 112.747 (12)ORIGEM : HC - 184990 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ELOI JUNIOR HOLZSCHUCHPACTE.(S) : JADER DANIEL HOLZSCHUCHPACTE.(S) : ELTON TADEU HOLZSCHUCHIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 184.990 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 112.748 (13)ORIGEM : HC - 185895 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : RODRIGO CORREA TERRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 185.895 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 112.749 (14)ORIGEM : HC - 235170 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : WALMIR LOPES GOMESIMPTE.(S) : CESAR RAMOS DA COSTACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 235.170 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 112.752 (15)ORIGEM : HC - 218946 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : KLÉBER LUIZ URIAS DE SALESIMPTE.(S) : CESAR AUGUSTO MOREIRA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 112.753 (16)ORIGEM : HC - 230697 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : AGUINALDO GARCIA MARQUESIMPTE.(S) : LUIZ GUSTAVO BATTAGLIN MACIEL E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 230.697 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 112.754 (17)ORIGEM : ARESP - 56002 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : R O APACTE.(S) : J F A BIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

INQUÉRITO 3.415 (18)ORIGEM : PROC - 164711020114013600 - JUIZ FEDERAL DA 1º

REGIÃOPROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. ROSA WEBERAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : J V DE CINVEST.(A/S) : F A P DINVEST.(A/S) : M H BINVEST.(A/S) : A E I E C LTDA

MANDADO DE INJUNÇÃO 4.584 (19)ORIGEM : MI - 4584 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : FLORIANO SOEIRO DE SOUZA NETOADV.(A/S) : BRUNO SELIGMAN DE MENEZESIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 31.215 (20)ORIGEM : PAD - 010305201180 - MINISTÉRIO PUBLICO FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : VALBER FERREIRA DE ALMEIDAADV.(A/S) : DIANSLEI GONÇALVES SANTANAIMPDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

MANDADO DE SEGURANÇA 31.217 (21)ORIGEM : PROC - 00062300520112000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : MARIO DAVID PRADO SAADV.(A/S) : MARIO DAVID PRADO SÁIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 31.218 (22)ORIGEM : TC - 00736120047 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : MARCUS LUIZ BARROSO BARROSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

PETIÇÃO 4.943 (23)ORIGEM : PET - 9049 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : BRUNO RODRIGUESREQDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

RONDÔNIA

RECLAMAÇÃO 13.444 (24)ORIGEM :PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : RIVERPACK REPRESENTACOES LTDA. ME.ADV.(A/S) : SAMUEL GAERTNER EBERHARDTRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12A REGIAOINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECLAMAÇÃO 13.445 (25)ORIGEM : CONTAS EX. 2008 - 00173802608 - TRIBUNAL DE

CONTAS ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : LILIAN MANGULI SILVESTREADV.(A/S) : JOAO SILVESTRE SOBRINHORECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CIVEL DA COMARCA DE

AVAREINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE AVARÉ

RECLAMAÇÃO 13.446 (26)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USPPROC.(A/S)(ES) : MARCO AURÉLIO FUNCK SAVOIA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃOINTDO.(A/S) : NEUZA BRAGA DO NASCIMENTOADV.(A/S) : FLÁVIA ANDRADE GABRIEL NALETOINTDO.(A/S) : PERSONAL SERVICE TERCEIRIZAÇÃO LTDA

RECLAMAÇÃO 13.447 (27)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 3: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 3

ADV.(A/S) : DANIEL D'EMIDIO MARTINSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃOINTDO.(A/S) : DIOGO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : EDUARDO TOFOLI E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOINTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO PRO SANGUE HEMOCENTRO DE SÃO

PAULOINTDO.(A/S) : CORPORAÇÃO GUTTY DE SEGURANÇA

PATRIMONIAL E VIGILÂNCIA S/C LTDA

RECLAMAÇÃO 13.448 (28)ORIGEM : RO - 01751009720085150081 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE MATÃO E OUTRO(A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MATÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOINTDO.(A/S) : EVANIR VIEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO SIGRI FILHO

RECLAMAÇÃO 13.449 (29)ORIGEM : Rcl - 6310 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : LUCIMAR BARBOSA SILVAADV.(A/S) : MIGUEL ARCANJO NETORECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAINTDO.(A/S) : 14 BRASIL TELECOM CELULAR S/AADV.(A/S) : FÁBIO HENRIQUE GARCIA DE SOUZA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SERASA S/AADV.(A/S) : MÍRIAM PERON PEREIRA CURIATI

RECLAMAÇÃO 13.450 (30)ORIGEM : PROC - 00393125620108160019 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. AYRES BRITTORECLTE.(S) : NET SERVICOS DE COMUNICACAO S/AADV.(A/S) : JOSÉ ANTÔNIO CORDEIRO CALVO E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE

PONTA GROSSAINTDO.(A/S) : GLEIFER VAZ ALVESADV.(A/S) : ELTON SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 609.816 (31)ORIGEM : PROC - 20067000261020 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INDÚSTRIA CATAGUASES DE PAPEL LTDAADV.(A/S) : CÉSAR MONTEIRO BOYA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARCELO BITTENCOURT RISCADOADV.(A/S) : PRISCILA FELIPE DE SOUZA BATISTA E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.001 (32)ORIGEM : AC - 5381195000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ

DO RIO PRETORECDO.(A/S) : EDIMAR GARCIA DE SOUZAADV.(A/S) : LUCIO AUGUSTO MALAGOLI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 652.448 (33)ORIGEM : AC - 994051560908 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : ANTONIO CASTILHOSADV.(A/S) : ANTONIO CASTILHOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 676.600 (34)ORIGEM : AMS - 200871070006080 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

RELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ITALINEA INDÚSTRIA DE MÓVEIS LTDAADV.(A/S) : JANE CRISTINA FERREIRA CENTENO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 676.772 (35)ORIGEM : AC - 200882000020573 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES PÚBLICOS

FEDERAIS EM SAÚDE E PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO DA PARAÍBA - SINDSPREV-PB

ADV.(A/S) : FELIPE SARMENTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 676.928 (36)ORIGEM : AC - 200870000063023 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : IMCOPA IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E INDÚSTRIA

DE ÓLEOS LTDAADV.(A/S) : LUIS AUGUSTO DE OLIVEIRA AZEVEDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 676.948 (37)ORIGEM : AC - 200170000309479 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : RENATO ASSUMPÇÃO E QUINTANILHA BRAGA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CIRO CASTILHO MACHADO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677.026 (38)ORIGEM : APCRIM - 00051577320084047000 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : WILLIAN BATISTA LEITEPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : ANDREAS DE LUCA MANOELADV.(A/S) : EDIGARDO MARANHÃO SOARES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.791 (39)ORIGEM : PROC - 9909310401 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : FUNDAÇÃO DAS APOSENTADORIAS E PENSÕES

DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

RECDO.(A/S) : SIDERIA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE GOMESADV.(A/S) : LINDOLFO CAVALCANTI ALBUQUERQUE NETOADV.(A/S) : FERNANDO VIANNA PAES DE BARROS E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO DE RECURSOS HUMANOS DE

PERNAMBUCO - IRH/PE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.008 (40)ORIGEM : AC - 7703255 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : ANTONIA SOLANO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HORACIO LUIZ AUGUSTO DA FONSECA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.308 (41)ORIGEM : AC - 11360 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 4: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 4

PROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICIPIO DE ARAGUAINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

ARAGUAÍNARECDO.(A/S) : ALUMINAL QUIMICA DO NORDESTE LTDAADV.(A/S) : ALMIR SOUSA DE FARIA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.367 (42)ORIGEM : AC - 20060110440664 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DO DISTRITO

FEDERAL - SINPOL/DFADV.(A/S) : VALÉRIO ALVARENGA DE CASTRO MONTEIRORECDO.(A/S) : VALERIA MARQUES DOS SANTOS ROCHAADV.(A/S) : MARCELO ANTÔNIO RODRIGUES VIEGASINTDO.(A/S) : RÁDIO EXCELSIOR S/AADV.(A/S) : JULIANA GONÇALVES DE SOUZA GUIMARÃES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.784 (43)ORIGEM : AC - 048090260380 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MARIA DA PENHA CASTANO DE CASTROADV.(A/S) : ANGELA MARIA CYPRIANORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SERRAADV.(A/S) : DIONE DE NADAI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.786 (44)ORIGEM : AC - 6785199 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : FARMÁCIA VALE VERDE LTDAADV.(A/S) : MARCIO RODRIGO FRIZZO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.861 (45)ORIGEM : AC - 596922004 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARCELO VALLS DE SOUZAADV.(A/S) : JANICE MEDRADO FERREIRARECDO.(A/S) : MÁRCIO SALES SANTOSADV.(A/S) : DORIVAL MIGUEL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.951 (46)ORIGEM : AIRR - 273409020065100102 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ADRIANO SANDRI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LARISSA CHAUL DE CARVALHO OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃO BRASILIENSE DE EDUCAÇÃO E CULTURA -

UBECADV.(A/S) : MARCELO DE BRAGANÇA NUNES LEITE E OUTRO(A/

S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.019 (47)ORIGEM : AC - 20118030081 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL

S/A - ENERSULADV.(A/S) : ALÍRIO DE MOURA BARBOSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ROBERTO CORTES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : XERXES FLAMARION SABINO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.135 (48)ORIGEM : AC - 200781000190563 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : BEZERRA & OLIVEIRA LTDAADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/

S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.229 (49)ORIGEM : AIRR - 2899020105240000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : AGÊNCIA MUNICIPAL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

À SAÚDE - AGÊNCIA DE SAÚDEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO

GRANDERECDO.(A/S) : SIMONE DOS SANTOS COSTAADV.(A/S) : ALBERTO DE MATTOS OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.244 (50)ORIGEM : AC - 024060203825 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA DOS

SERVIDORES DO ESTADO SO ESPÍRITO SANTO - IPAJM

ADV.(A/S) : ALBERTO CÂMARA PINTOADV.(A/S) : ROSÂNGELA RODRIGUES MAIA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VALMIR SIMOES LEALADV.(A/S) : NIVALDO LEAL DE CARVALHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.306 (51)ORIGEM : PROC - 200871580099304 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JOÃO CARLOS DOS SANTOS MENDONÇA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JEFERSON MARIN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.372 (52)ORIGEM : AC - 20070110666870 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : EDUARDO BRONISLAWSKI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MARIO CEZAR DE ALMEIDA ROSAADV.(A/S) : CARLOS RIBEIRO OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.397 (53)ORIGEM : PROC - 035020662728 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTORECTE.(S) : BRUNELLA DALVI LIMA REPRENSENTADA POR

CLÁUDIA ANGÉLICA DALVI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SANDRA RIBEIRO VENTORIM

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.399 (54)ORIGEM : PROC - 24050177534 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : AGUINALDO MARIANO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DANILO SIMÕES MACHADO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.400 (55)ORIGEM : AC - 024050028737 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SELIO ALVESADV.(A/S) : DANILO SIMÕES MACHADO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 5: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 5

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.483 (56)ORIGEM : AC - 994061753790 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : GERALDO SARAIVA COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CÉLIA MOLLICA VILLARRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.506 (57)ORIGEM : AC - 00352689820098190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : RAFAEL GONÇALVES NOGUEIRAADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.583 (58)ORIGEM : AIRR - 547409320055020019 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESPÓLIO DE OMAR FONTANA (REPRESENTADO POR

DENILDA PEREIRA FONTANA)ADV.(A/S) : MARCELO COSTA MASCARO NASCIMENTO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ALBERTO ADÃOADV.(A/S) : ALZIRA DIAS SIROTA ROTBANDERECDO.(A/S) : TRANSBRASIL S/A LINHAS AÉREAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.591 (59)ORIGEM : RR - 613200409903005 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : COMPANHIA VALE DO RIO DOCE - CVRDADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ RAIMUNDO DA SILVAADV.(A/S) : GILSON VITOR CAMPOS E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO VALE DO RIO DOCE DE SEGURIDADE

SOCIAL - VALIAADV.(A/S) : MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.593 (60)ORIGEM : AC - 03163588120088190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : HAROLDO QUEIROGA DA SILVAADV.(A/S) : ANTHONY GONÇALVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.598 (61)ORIGEM : AC - 03781954020088190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : ADAILTO PIZZO CARVALHOADV.(A/S) : ANTHONY GONÇALVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.602 (62)ORIGEM : EEDRR - 176004320035030059 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : COMPANHIA VALE DO RIO DOCE - CVRDADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VANDERLI FERNANDES ALVESADV.(A/S) : ELCIO ROCHA GOMES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO VALE DO RIO DOCE DE SECURIDADE

SOCIAL - VALIAADV.(A/S) : MARIA INÊS CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.622 (63)ORIGEM : PROC - 021040041911 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : HENRIQUE ABI-ACKEL TORRES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GUARAPARIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

GUARAPARI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.640 (64)ORIGEM : PROC - 03220090521538 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DOS EMPREGADOS DE

TELECOMUNICAÇÕES-ABETADV.(A/S) : LUCIANO RANZANI TROGIANI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANA MARIA SOUSA DE ARGOLLOADV.(A/S) : IURI DO CARMO RIBEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.649 (65)ORIGEM : PROC - 00114438220108160031 - TURMA RECURSAL

DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : BV FINANCEIRA S/A - CRÉDITO FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : REINALDO MIRICO ARONISRECDO.(A/S) : ANALDO MACIEL SOETHEADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE SILVESTRI LUHM E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.661 (66)ORIGEM : AMS - 01702130 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS

SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

RECDO.(A/S) : IVANETE MARQUES DE MORAESADV.(A/S) : JOSÉ OMAR DE MELO JÚNIOR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.662 (67)ORIGEM : AC - 02144212 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ADELMO BARROS DE ATAIDE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JARBAS FERNANDES DA CUNHA FILHO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.664 (68)ORIGEM : PROC - 0210070901 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVAADV.(A/S) : ADOLFO HENRIQUE NUNES MONTEIRORECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO

ESTADO DE PERNAMBUCO- FUNAPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.665 (69)ORIGEM : PROC - 0197806901 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECDO.(A/S) : JOSÉ OTÁVIO BARBOSA JÚNIORADV.(A/S) : PAULO EMANUEL PERAZZO DIAS E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 6: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 6

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.729 (70)ORIGEM : PROC - 3642011 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIMED DE RIBEIRÃO PRETO - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICOADV.(A/S) : SÉRGIO LUIZ DE CARVALHO PAIXÃO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ADILSON THOMAZINHOADV.(A/S) : THIAGO NOGUEIRA SANDOVAL E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.769 (71)ORIGEM : AC - 0327282010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DELTA AIR LINES INCADV.(A/S) : EWERTON LEITE MATTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF FILHOADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ FERNANDES GAMA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.770 (72)ORIGEM : PROC - 256382006 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃORECDO.(A/S) : ANDRÉA CYSNE FROTA MAIAADV.(A/S) : JOSÉ REIS ROCHA VIEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.795 (73)ORIGEM : AC - 994090253990 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : BARTER COMÉRCIO INTERNACIONAL S/AADV.(A/S) : VANDA MARIA MOTA SOMMA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.796 (74)ORIGEM : AC - 994061438818 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MARIA DE LOURDES DOS SANTOSADV.(A/S) : TATIANA SOARES DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.840 (75)ORIGEM : PROC - 988100013235 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SÃO PAULO TURISMO S/AADV.(A/S) : JOSÉ DANIEL MONTEIRO MOREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ERIKA FERNANDES DE CARVALHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.841 (76)ORIGEM : AC - 744103 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3º

REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LENÇOS PRESIDENTE S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIOADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO FORNES MATEUCCIRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.855 (77)ORIGEM : PROC - 2011000426840 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : VRG LINHAS AÉREAS S/AADV.(A/S) : LUIZ GONZAGA MOREIRA CORREIA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARLENE MOREIRA SCALETTIADV.(A/S) : ARNO JUNG E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.864 (78)ORIGEM : PROC - 12062011 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : MARIA CRISTINA VALENTINI KARKOSKIADV.(A/S) : ODETE VIEIRA FERNANDES DA SILVARECDO.(A/S) : CONDOMÍNIO CIVIL PANTANAL SHOPPINGADV.(A/S) : MARCELO ALEXANDRE OLIVEIRA DA SILVA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.870 (79)ORIGEM : PROC - 200850500066754 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 2º REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MARIA AMÉLIA LUIZ GIRELIADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.871 (80)ORIGEM : PROC - 20085050006012001 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 2º REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ANSELMO NUNES DA VITÓRIAADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.872 (81)ORIGEM : PROC - 20085050007306001 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 2º REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : VALMI DUTRA CORDEIROADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.875 (82)ORIGEM : PROC - 20095050001052201 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 2º REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JORGE MARCOS DE ALMEIDAADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.919 (83)ORIGEM : APCRIM - 990090720522 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARCIO RODRIGO FERREIRAADV.(A/S) : RICARDO CELSO BERRINGER FAVERYRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : ALEX MARQUES TRINDADEADV.(A/S) : JOSÉ AVELINO TRINDADEINTDO.(A/S) : ALISON VENCESLAU DOS SANTOSADV.(A/S) : CLÁUDIO MARCIO DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : MARCIO RODRIGO FERREIRAADV.(A/S) : RICARDO CELSO BERRINGER FAVERY

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.942 (84)ORIGEM : AC - 200870040008977 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ALBER JAMES MORENO SALZEDASADV.(A/S) : IVANI MARQUES VIEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.944 (85)ORIGEM : AMS - 200782000030847 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPBPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 7: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 7

RECDO.(A/S) : AUGUSTA GISELLE DE ALBUQUERQUEADV.(A/S) : WELLINGTON MARQUES LIMA FILHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.977 (86)ORIGEM : AMS - 00045248320094047208 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. AYRES BRITTORECTE.(S) : SÉRGIO COELHO DE SOUZA LIBERATO - EPPADV.(A/S) : ROSELI CACHOEIRA SESTREM E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.012 (87)ORIGEM : APCRIM - 990103067908 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : GENIVALDO DE OLIVEIRA LIMAADV.(A/S) : CARLOS GUILHERME M DE AZEVEDORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.023 (88)ORIGEM : AI - 10024077779213001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : SILVÂNIA APARECIDA GOMESADV.(A/S) : ROBERTO MÁRCIO CARRUSCA VIEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.036 (89)ORIGEM : PROC - 32594820106000000 - TRIBUNAL SUPERIOR

ELEITORALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : VALMOR LUIZ FERRARIADV.(A/S) : TALES LUIS TOMALUSKI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.037 (90)ORIGEM : PROC - 200651010221955 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - FIOCRUZPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : WALLACE WILLIAM DA COSTAADV.(A/S) : MÁRCIA MARÍLIA DOERING

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.040 (91)ORIGEM : AI - 20104015336 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S.A.ADV.(A/S) : MARCIO RUBENS PASSOLDADV.(A/S) : FELIPE SÁ FERREIRARECDO.(A/S) : CARLOS HENRIQUE BALDESSAR FERREIRAADV.(A/S) : TCHALLLES CORRÊA LINO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.042 (92)ORIGEM : AI - 30083020106000000 - TRIBUNAL SUPERIOR

ELEITORALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FRANCISCO NASCIMENTO DE BRITOADV.(A/S) : FERNANDO GARCIA CARVALHO DO AMARAL E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.205 (93)ORIGEM : PROC - 0000099942011700000 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LEANDRO SILVA BORGES

ADV.(A/S) : CESAR AUGUSTO BRASILINO LIMARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.676 (94)ORIGEM : PROC - 10261080616814 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ERIVELTON PAIVA DE ASSISPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.734 (95)ORIGEM : HC - 134016 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO PIRES FRANÇAADV.(A/S) : JOAB RIBEIRO COSTA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 3 0 3

MIN. MARCO AURÉLIO 15 0 15

MIN. GILMAR MENDES 12 0 12

MIN. AYRES BRITTO 4 0 4

MIN. JOAQUIM BARBOSA 8 0 8

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 5 0 5

MIN. CÁRMEN LÚCIA 8 0 8

MIN. DIAS TOFFOLI 11 0 11

MIN. LUIZ FUX 8 0 8

MIN. ROSA WEBER 21 0 21

TOTAL 95 0 95

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ADAUTO CIDREIRA NETO, Coordenador de Processamento Inicial, PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretária Judiciária.

Brasília, 16 de março de 2012.

DECISÕES E DESPACHOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.736 (96)ORIGEM : AR - 200833007125297 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : BAHIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : VALTER JOSÉ DOS SANTOSADV.(A/S) : EDSON FERREIRA LIMA

Despacho: 1. Trata-se de agravo de instrumento cuja devolução ao Tribunal de origem foi determinada com fundamento no artigo 543-B, § 2º, do Código de Processo Civil.

Ocorre que o tribunal a quo fez retornar a esta Corte o presente recurso sem nenhuma decisão acerca da aplicação da sistemática da repercussão geral.

2. Os autos devem retornar ao Tribunal de origem.Verifica-se que o presente recurso hospeda discussão sobre o

cabimento de ação rescisória contra decisão dos Juizados Especiais Federais, tema veiculado no AI nº 808.968, que teve declarada inexistente a repercussão geral pelo Plenário desta Corte no dia 17/12/2010, por se tratar de matéria infraconstitucional.

3. Ante o exposto, determino o retorno dos autos ao Tribunal de origem para que sejam tomadas as providências legais cabíveis.

Publique-se. Int.. Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.636 (97)ORIGEM : AC - 90602010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORECTE.(S) : JOSÉ MARIA CAMPOS COUTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 8: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 8

ADV.(A/S) : JOSÉ MARIA CAMPOS COUTORECDO.(A/S) : UNIBANCO - UNIÃO DOS BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : GLYCIA DE ALMEIDA MARTINS RAPOSO

Despacho: 1. Trata-se de petição em recurso extraordinário com agravo cuja devolução ao Tribunal de origem foi determinada com fundamento no artigo 543-B, § 2º, do Código de Processo Civil (Termo de Remessa de fl. 854 v).

O recorrente sustenta que, ante a possibilidade de revisão de tese, é necessário que a matéria versada no presente feito seja reapreciada, para que esta Corte reconheça sua repercussão geral.

2. Inviável o pedido.O Plenário deste Tribunal decidiu não ser admissível recurso para o

Supremo Tribunal Federal contra a aplicação da sistemática da repercussão geral ( AI nº 760.358-QO/SE Rel. Min. GILMAR MENDES , DJ e de 19/2/2010). Desta forma, o pedido formulado é manifestamente inadmissível (Cf. AI nº 846.333 AgR/PB , Rel. Min. GILMAR MENDES, Dj e de 27/6/2011, RE 630.150 ED/RS , Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA , DJ e de 15/6/2011). Correta, portanto, a decisão de fl. 871.

3. Ante o exposto, não conheço da petição, por ser manifestamente inadmissível (arts. 21, § 1º, do RISTF, e 557 do CPC).

Publique-se. Int. Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO Presidente

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 111.804 (98)ORIGEM : HC - 227930 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : EDSON CEZAR CAVALCANTE SILVAIMPTE.(S) : PIERPAOLO CRUZ BOTTINI E OUTRO(A/S)IMPTE.(S) : IGOR TAMASAUSKASCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 227.930 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Trata-se de agravo regimental contra decisão proferida por esta Presidência, durante as férias forenses, na qual se negou seguimento ao pedido por ser manifestamente inadmissível.

Findo o período de recesso e férias (art. 13, VIII, do RISTF), submetam-se os autos à distribuição, nos termos regimentais.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 13.356 (99)ORIGEM : MS - 200801542930 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁSINTDO.(A/S) : HANDUS MAXIMO RORIZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : OTÁVIO ALVES FORTE

DESPACHO: 1. A Min. ROSA WEBER encaminhou esta reclamação à Presidência com o seguinte despacho:

Trata-se de reclamação ajuizada - sob o fundamento de violação da autoridade da decisão proferida no RE 612.839/GO, Rel. Min. Ayres Britto, DJe de 04.08.2010 – pelo Estado de Goiás contra decisão da Corte Especial do Tribunal de Justiça, mediante a qual determinou-se a nomeação imediata de candidatos aprovados em concurso público, muito embora o STF tenha condicionado tal nomeação à existência de vagas.

Diante do que dispõe o art. 70, caput, do Regimento Interno do STF (‘será distribuída ao Relator do feito principal a reclamação que tenha como causa de pedir o descumprimento de decisão cujos efeitos sejam restritos às partes’), submeto a distribuição do presente feito, a mim efetuada, à consideração do eminente Ministro Presidente desta Corte.

2. É caso de redistribuição.Verifico que a causa de pedir desta Rcl nº 13.356 é a violação da

decisão proferida pelo Min. AYRES BRITTO nos autos do RE nº 612.839 (Dje nº 52, publicado em 21.3.2011).

Aplica-se à hipótese o caput do art. 70 do RISTF:Art. 70. Será distribuída ao Relator do feito principal a reclamação

que tenha como causa de pedir o descumprimento de decisão cujos efeitos sejam restritos às partes.

3. Assim, determino a redistribuição dos autos ao gabinete do Min. AYRES BRITTO.

Oportunamente, proceda-se à compensação na distribuição, nos termos regimentais (art. 67, §4º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 513.098 (100)ORIGEM : PROC - 20055151061775601 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CHRISTIANE DA SILVA PRADOADV.(A/S) : ANA REGINA SHUENQUENER DE ARAÚJORECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOCONCURSO PÚBLICO – MÉDICO ANESTESIOLOGISTA –

REQUISITO INERENTE AO CARGO – INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL – IRRELEVÂNCIA – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. Observem o cargo relativo ao concurso: médico anestesiologista. Surge como a ele inerente a especialização em anestesiologia. Descabe levar às últimas consequências a previsão do artigo 37, inciso II, da Constituição Federal: “a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”. A cláusula “na forma prevista em lei” há de ser tomada em termos, não devendo merecer conclusão segundo a qual, ainda que a natureza do cargo reclame certa prova, não estando esta versada em norma de caráter abstrato e autônomo, surge inexigível.

2. Nego seguimento ao extraordinário.3. Publiquem.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.658 (101)ORIGEM : AC - 200650010021745 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORECTE.(S) : COSTA CAFE COMERCIO EXPORTACAO E

IMPORTACAO LTDAADV.(A/S) : MARCIO BROTTO DE BARROS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Tendo o Superior Tribunal de Justiça conhecido e provido parcialmente o recurso especial, com trânsito em julgado, está prejudicado este recurso e assim o julgo.

Retornem, oportunamente, os autos ao Tribunal de origem.Publique-se. Int..Brasília, 5 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 662.644 (102)ORIGEM : AC - 10558070051427002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRECTE.(S) : FESEMPRE - FEDERAÇÃO DOS SERVIDORES

MUNICIPAIS DAS PREFEITURAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE RIO POMBAADV.(A/S) : ALESSANDRO MORAES BRAGA

DECISÃO: Tendo o Superior Tribunal de Justiça conhecido e provido integralmente o recurso especial, com trânsito em julgado, está prejudicado este recurso e assim o julgo.

Retornem, oportunamente, os autos ao Tribunal de origem. Publique-se. Int..Brasília, 5 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 664.124 (103)ORIGEM : REOAC - 20050110579602 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 9: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 9

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : GRÁFICA E EDITORA POSITIVA LTDAADV.(A/S) : LUÍS MAURICIO DAOU LINDOSORECDO.(A/S) : BANCO DE BRASÍLIA S/A - BRBADV.(A/S) : JOÃO EVANGELISTA BATISTA

DECISÃO: Tendo o Superior Tribunal de Justiça conhecido e provido integralmente o recurso especial, com trânsito em julgado, está prejudicado este recurso e assim o julgo.

Retornem, oportunamente, os autos ao Tribunal de origem.Publique-se. Int..Brasília, 5 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 664.812 (104)ORIGEM : AC - 70008023434 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRECTE.(S) : ELVIRA ZAGO POERSCHADV.(A/S) : LUCIANA FARIASRECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Tendo o Superior Tribunal de Justiça conhecido e provido integralmente o recurso especial, com trânsito em julgado, está prejudicado este recurso e assim o julgo.

Retornem, oportunamente, os autos ao Tribunal de origem.Publique-se. Int..Brasília, 5 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 668.208 (105)ORIGEM : MS - 20070015545 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAPROCED. : AMAZONASRECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : HILTON DE ALMEIDA PASSOSADV.(A/S) : MAIARA CARVALHO DA MOTTAINTDO.(A/S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : FABIO MARTINS RIBEIRO

DECISÃO: Tendo o Superior Tribunal de Justiça conhecido e provido integralmente o recurso especial, com trânsito em julgado, está prejudicado este recurso e assim o julgo.

Retornem, oportunamente, os autos ao Tribunal de origem.Publique-se. Int..Brasília, 5 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 672.128 (106)ORIGEM : AMS - 200550010071045 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORECTE.(S) : VALE S/AADV.(A/S) : EMMANUEL BIAR DE SOUZARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Tendo o Superior Tribunal de Justiça conhecido e provido integralmente o recurso especial, com trânsito em julgado, está prejudicado este recurso e assim o julgo.

Retornem, oportunamente, os autos ao Tribunal de origem.Publique-se. Int..Brasília, 5 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.403 (107)ORIGEM : AIRR - 2028406120055080006 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARÁRECTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A -

ELETRONORTEADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLIRECDO.(A/S) : LUIZ OTÁVIO VELOSO LIMAADV.(A/S) : RICARDO BONASSER DE SÁ

Despacho : 1. Trata-se recurso extraordinário com agravo cuja devolução ao Tribunal de origem foi determinada com fundamento no artigo 543-B, § 3º, do Código de Processo Civil (Termo de Remessa de fl. 327 v).

O juízo de origem sustenta não se tratar de controvérsia idêntica àquela versada no AI nº 839.695, pois o recurso paradigma indicado no Termo de Remessa de fls. 317 v. cuida da fundamentação das decisões judiciais, quando o presente feito hospeda discussão também sobre diferenças salariais (fl. 328).

2. O feito deve ser distribuído. A questão versada no presente recurso trata da obrigatoriedade de

fundamentação das decisões judiciais, matéria veiculada no AI nº 791.292, que teve reconhecida a repercussão geral pelo Plenário desta Corte e julgado seu mérito em 23/06/2010.

Todavia, verifica-se que o presente recurso também hospeda discussão acerca da possibilidade, ou não, de se estabelecer diferenças salariais decorrentes de promoção por antiguidade ou por merecimento.

É certo, no entanto, que não há, até o presente momento, representativos desta controvérsia na Corte suficientes a ensejar devolução dos demais recursos que tratem de matéria idêntica, com fundamento no artigo 543-B do CPC.

3. Ante o exposto, determino a distribuição livre do feito.Publique-se. Int. Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO Presidente

Documento assinado digitalmente

Processos com Despachos Idênticos:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.770 (108)ORIGEM : AC - 20090637495 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : PAULO MARCONDES BRINCASRECDO.(A/S) : ANGELA JACINTHA NAZARIOADV.(A/S) : ESTELA DRIZ LOURENÇO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo, interposto nos autos principais, contra acórdão que, ao aplicar o entendimento desta Corte sobre questão de repercussão geral, negou provimento a agravo regimental.

2. Incognoscível o recurso.Na sessão plenária do dia 19.11.2009, a Corte, por unanimidade,

resolveu questão de ordem no AI n° 760.358 (Rel. Min. GILMAR MENDES), no sentido de não conhecer de agravo de instrumento contra decisão de Tribunal a quo que aplica o disposto no art. 543-B do CPC. Decidiu-se, outrossim, pela conversão do agravo de instrumento em agravo regimental e por sua devolução ao Tribunal de origem, para julgamento.

Na espécie, contudo, verifico que já fora interposto agravo regimental contra a decisão do Tribunal a quo que aplicou o entendimento da Corte sobre a questão de repercussão geral, de modo que, em respeito ao princípio da unirrecorribilidade, não se aplica a este recurso a sistemática de conversão e devolução acima mencionada.

3. Diante do exposto, com fundamento no art. 557 do CPC e art. 21, § 1º, do RISTF, não conheço do agravo.

Publique-se. Int. Brasília, 5 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 669.132 (109)ORIGEM : AC - 20090198436 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURARECDO.(A/S) : RENATO JEDLICKAADV.(A/S) : CLAITON LUIS BORK

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.958 (110)ORIGEM : AO - 023071433298 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ADIR DA SILVA GENTIL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATO PEREIRA GOMES E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 10: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 10

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.995 (111)ORIGEM : AC - 20090222689 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : PAULO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AUGUSTINHO PICKLER DACOREGIOADV.(A/S) : FABRICIO RAPHAEL DOS SANTOS BITTENCOURT

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.000 (112)ORIGEM : PROC - 075070114778 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IRIA CECÍLIA RECH MENDES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO ZUMBLICK E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.005 (113)ORIGEM : AC - 20090604441000300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURARECDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO MEDEIROS BRASILADV.(A/S) : KRISTINE ELISA HUBBE ZUMBLICK

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.010 (114)ORIGEM : AC - 20090255114 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURAADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCASRECDO.(A/S) : ACIR AQUILINO DE BORBAADV.(A/S) : DINOR RODRIGO RADELADV.(A/S) : JOSMAR KASPROWICZ

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.032 (115)ORIGEM : AC - 20090168206 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURARECDO.(A/S) : ANTÔNIO GENÉSIO ROSSOADV.(A/S) : NELSON GOMES MATTOS JÚNIOR

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.035 (116)ORIGEM : AC - 20100115405 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCASADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURARECDO.(A/S) : JOELMA GOLLE POSSAMAIADV.(A/S) : GIOVANA ABREU DA SILVA SEGER

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.506 (117)ORIGEM : AC - 20090324347 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MAISA FLORISBELA RODRIGUESADV.(A/S) : LUIZ CARLOS ZACCHI E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.528 (118)ORIGEM : AC - 20090521879 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ELENIR MARIA PEREIRA ZANONIADV.(A/S) : JORDANE MARQUES MORTARI E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.536 (119)ORIGEM : AC - 20100684838 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ILONA KARSTENADV.(A/S) : JUÇARA ADELINA SOARES FLÔR

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.538 (120)ORIGEM : AC - 20090354106 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA DO CARMO MATOSADV.(A/S) : RENATO PEREIRA GOMES E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.540 (121)ORIGEM : AC - 20100229175 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : PAULO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EVELISE MARAGNO SAVIO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FERNANDO NIEHUES BASCHIROTTO E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.542 (122)ORIGEM : AC - 20090438897 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ISONHA FINK LOPESADV.(A/S) : LUIZ CARLOS ZACCHI E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.552 (123)ORIGEM : AC - 20090720439 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/ARECDO.(A/S) : ELEN CAROLINA DAVID JOÃO DE MAIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VASCO F. FURLAN

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.575 (124)ORIGEM : AC - 20090595283 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : REGINA DA SILVAADV.(A/S) : JAQUILENE VIEIRA REINERT HORN E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.576 (125)ORIGEM : AC - 20090205274 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 11: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 11

ADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SOLANGE SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JEISON FRANCISCO MEDEIROS E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.336 (126)ORIGEM : AC - 20090588109 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCASRECDO.(A/S) : ERIMAR ANTONIO DE ABREUADV.(A/S) : GLAUCO HUMBERTO BORK

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.340 (127)ORIGEM : AC - 20090255138 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IZALTINO JORGE CRUZADV.(A/S) : ALISSON TOMAZ COMIN E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.342 (128)ORIGEM : AC - 20090717494 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DILMA MARIA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : CLEOMARA TERESINHA ANHALT E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.352 (129)ORIGEM : AC - 20090194476 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : PAULO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JUCELI BEATRIZ MESQUITA BATISTAADV.(A/S) : CLAITON LUIS BORK E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.356 (130)ORIGEM : AC - 20090195650 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CACILDO SETEMBRINO CARDOSOADV.(A/S) : FABRÍCIO NATAL DELL'AGNOLO E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.360 (131)ORIGEM : AC - 20090361132 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FRANCISCO CARLOS DE FREITASADV.(A/S) : LEONARDO BOFF BACHA E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.362 (132)ORIGEM : AC - 20090677413 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NEUSA MARIA SILVEIRA DA SILVAADV.(A/S) : NELSON GOMES MATTOS JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.365 (133)ORIGEM : AC - 20100181480 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : PAULO MARCONDES BRINCASADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCASRECDO.(A/S) : HAROLDO SCHADADV.(A/S) : ALCY NELSON DA SILVA NETOADV.(A/S) : FABIANO LEONARDI ALVES

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.372 (134)ORIGEM : AC - 20090190492 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURARECDO.(A/S) : AYEZO CAMPOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NELSON GOMES MATTOS JÚNIOR

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.378 (135)ORIGEM : AC - 20090056671 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ADELAR PIZZOLOADV.(A/S) : MARCUS ANSELMO COSTA PIZZOLO E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.385 (136)ORIGEM : AC - 20090499709 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CELESTINO MOTTAADV.(A/S) : CELESTINO MOTTA

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.395 (137)ORIGEM : AC - 20090392120 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CASIMIRO BUDINIADV.(A/S) : PAULO CEZAR CAL GOMES

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.896 (138)ORIGEM : AC - 20100140958 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NERI GALERAADV.(A/S) : CARMEN LÚCIA BENVEGNÚ

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.900 (139)ORIGEM : AC - 20090267669 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ELSIO JOSÉ HONÓRIO DA SILVAADV.(A/S) : EDUARDO PIZZOLATTI MIRANDA RAMOS E OUTRO(A/

S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.905 (140)ORIGEM : AC - 20090543806 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 12: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 12

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : PAULO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ROSEMAR CRISTINA RIBEIRO VIEIRAADV.(A/S) : MARCOS FERRARI DE ALBUQUERQUE

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.906 (141)ORIGEM : AC - 20090212619 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARILENE LEMOS DE MORAISADV.(A/S) : LARISSA DE SOUZA PHILIPPI LUZ E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.910 (142)ORIGEM : AC - 20090335113 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SALETE MARLI DOS SANOS MIGUELADV.(A/S) : ELIESER BRÍGIDO JOSINO JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 108

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.912 (143)ORIGEM : PROC - 20090088922000200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSELINO GORGESADV.(A/S) : ERALDO LACERDA JÚNIOR

Despacho: Idêntico ao de nº 108

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

AG.REG. NO AG.REG. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 2.595 (144)ORIGEM : RCL - 33009 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : FERROVIA CENTRO ATLÂNTICA S/AADV.(A/S) : ALBERTO PAVIE RIBEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAINTDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES

TERRESTRES - ANTTADV.(A/S) : TERESA CRISTINA DE MELO COSTA E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Intime-se a agravada, Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, para manifestação sobre o agravo regimental de fls. 561-573.

Após, ao Procurador Geral da República. Publique-se. Intime-seBrasília, 9 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

AG.REG. NO AG.REG. NA PETIÇÃO 2.225 (145)ORIGEM : PET - 137865 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : DOUGLAS ALBERTO E OUTROADV. : MARCO ANTONIO MUNDIM E OUTROADV. : SÉRGIO DE ARAÚJO LOPESADV.(A/S) : LARISSA LAFAIETE DE GODOIADV.(A/S) : JONAS MODESTO DA CRUZ E OUTROAGDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE CONTAS DO MINISTÉRIO

PÚBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE GÓIAS

ADV. : EDUARDO MORETH LOQUEZ E OUTRO

DESPACHO: Oficie-se ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, para que informe o atual andamento processual das Ações Populares nº 2000101.581745 e 2000.00.127595, apresentando cópias dos atos decisórios.

Publique-se.Brasília, 9 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

AG.REG. NA SUSPENSÃO DE LIMINAR 97 (146)ORIGEM : SL - 152162 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : SILVANA CARLA PEREIRA ROSAADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIOAGDO.(A/S) : LEOCÁDIA ALVES DA SILVA

DESPACHO: Remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República, para parecer. Após, voltem-me conclusos, para julgamento do agravo regimental.

Publique-se.Brasília, 9 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NA SUSPENSÃO DE LIMINAR 565 (147)ORIGEM : AGTR - 2617330 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : LUIZ WILSON ULISSES SAMPAIOADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS SOUZA MAMEDEADV.(A/S) : IGOR CARNEIRO DE MATOSAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

DESPACHO: Negado seguimento ao pedido de suspensão, por incompetência desta Presidência, ante o caráter infraconstitucional da causa, Luiz Wilson Ulisses Sampaio interpôs agravo regimental.

Determinei, então, intimação do agravado, Ministério Público do Estado de Pernambuco, para contraditório, nos termos dos arts. 5º, LV, da Constituição da República, e 297 do RISTF.

Por meio da Petição STF nº 11987/2012, o Ministério Público pernambucano requer nova intimação, com reabertura de prazo para manifestação, porquanto não teria sido disponibilizado acesso aos autos eletrônicos, o que teria inviabilizado o conhecimento das razões do agravante.

Há certidão da Secretaria Judiciária (arquivo eletrônico “19 - Informação - da SEJ - ref. Petição 11987/2012”), no sentido de que fora expedida intimação, mas, “(...) por equívoco, não se fez acompanhar de cópia integral dos autos eletrônicos”.

Nesses termos, determino reiteração do expediente de 24.2.2012, com reabertura do prazo de 5 (cinco) dias para manifestação sobre as razões do agravo regimental. Após, à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se. Int..Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.586 (148)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : Manoel Messias RegoADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO FERREIRA NETTOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : DORCELINA MENDES SILVEIRAADV.(A/S) : MAURO HAMILTOM PAGLIONEINTDO.(A/S) : JAYR AVALLONE NOGUEIRAADV.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS

DESPACHO: Em atenção ao disposto no inciso LV do art. 5° da Constituição da República e no § 1º do artigo 297 do RISTF, manifeste-se o agravado, Estado de São Paulo, no prazo de 5 (cinco) dias.

Após, com ou sem manifestação, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República, para parecer (CF, artigo 103, § 1º).

Publique-se. Int.. Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro Cezar Peluso Presidente

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 13: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 13

DÉCIMA TERCEIRA EXTENSÃO NA SUSPENSÃO DE LIMINAR 539 (149)ORIGEM : PS - 9028830132006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

(PETIÇÃO STF Nº 11631/2012)DECISÃO: 1. Trata-se do décimo terceiro pedido de extensão aos

Mandados de Seguranças nºs: 0042685-08.2012.8.26.0000,0033693-58.2012.8.26.0000, 0033696-13.2012.8.26.0000, 0036736-03.2012.8.26.0000, 0250843-05.2011.8.26.0000, 0309102-90.2011.8.26.0000, 0310395-95.2011.8.26.0000, 0306402-44.2011.8.26.0000 e 0033705-72.2012.8.26.0000, em trâmite no Tribunal de Justiça de São Paulo, dos efeitos da suspensão concedida nesses autos aos Mandados de Segurança nºs 0182844.35.2011, 229784.58.2011, 0182836.58.2011, 0197154.46.2011, 0198404.17.2011, 0182860.86.2011, 0180189.90.2011, 0180179.46.2011, 0180163.92.2011 e 0152082.36.2011

Na origem, Socopal Sociedade Comercial, Maria Filomena Gaeta, Taha Administração e Construção Ltda, Kaneo Monma, Leonel Godoy Pessoa, Companhia Imobiliária Polis, Vicente Renato Paolillo e Espólio de Fiorelli Peccicacco, impetraram as ordens, contra atos do Presidente do Tribunal de Justiça paulista, consubstanciados nas extinções dos pedidos de sequestros de verbas municipais. As constrições foram declaradas extintas por superveniência da EC nº 62/2009. Mas o Órgão Especial da Corte a quo julgou inconstitucional a nova sistemática implementada pela referida emenda, determinando o prosseguimento dos sequestros.

O requerente sustenta ter aderido à nova sistemática constitucional de pagamento de precatórios. Com a decisão impugnada, caso haja determinação de sequestro, haveria grave lesão à ordem e economia públicas, pois a Fazenda seria obrigada a suportar constrições de suas verbas orçamentárias, além de promover o regular pagamento facultado pela EC nº 62/2009.

2. É caso de extensão.De acordo com o regime legal de contracautela (Leis nº 12.016/09, nº

8.437/92 e nº 9.494/97, e art. 297 do RISTF), compete a esta Presidência suspender execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

A cognição do pedido exige, ainda, demonstração da natureza constitucional da controvérsia (cf. Rcl nº 497-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Plenário, DJ de 6.4.2001; SS nº 2.187-AgR, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 21.10.2003; e SS nº 2.465, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 20.10.2004). Está preenchido o requisito, pois em jogo, aqui, interpretação sobre o disposto no art. 100 da Constituição da República, nos termos da EC nº 62/2009. A sistemática de contracautela permite, ainda, que o Presidente do Tribunal estenda os efeitos da suspensão a liminares supervenientes cujo objeto seja idêntico, mediante simples aditamento do pedido original.

Verifico, no caso, identidade de objeto entre as decisões que se pretendem suspender e a que já foi suspensa, que também versa sobre determinação de prosseguimento de pedido de sequestro de verbas públicas, ante a entrada em vigor da EC nº 62/2009.

Está caracterizado, aqui, evidente risco de grave lesão à economia e à ordem públicas, pois o requerente, além de sofrer o sequestro de recursos, deverá, cumulativamente, manter o cumprimento do regime especial instituído pela Emenda Constitucional que subtrai percentual da receita corrente líquida municipal, nos termos do art. 97 do ADCT.

Verifico, ainda, que esta Presidência tem sido provocada a decidir diversos incidentes idênticos, o que demonstra a ocorrência do chamado“efeito multiplicador”, que provoca lesão à economia e à ordem públicas. Esta realidade encontra reforço no fato de que o Órgão Especial do Tribunal de Justiça declarou a inconstitucionalidade da EC nº 62/09, o que implicará, em tese, o deferimento dos pedidos de sequestro de todos os precatórios ainda não adimplidos.

Por fim, a questão relativa à constitucionalidade da EC nº 62/09 é objeto de quatro ações diretas de inconstitucionalidade nesta Corte, todas de relatoria do Min. AYRES BRITTO: ADI nº 4357, ADI nº 4372, ADI nº 4400 e ADI nº 4425, e cujo julgamento já foi iniciado na sessão plenária de 6.10.2011.

Nesses termos, julgo oportuno aguardar pronunciamento da Corte, para maior segurança jurídica de todos os interessados, sobretudo em tema que envolve a complexa questão dos precatórios, objeto de intensa controvérsia e algumas moratórias constitucionais.

3. Ante o exposto, defiro o pedido de extensão, para suspender a execução das decisões proferidas nos autos dos Mandados de Seguranças nºs: 0042685-08.2012.8.26.0000,0033693-58.2012.8.26.0000, 0033696-13.2012.8.26.0000, 0036736-03.2012.8.26.0000, 0250843-05.2011.8.26.0000, 0309102-90.2011.8.26.0000, 0310395-95.2011.8.26.0000, 0306402-44.2011.8.26.0000 e 0033705-72.2012.8.26.0000.

Exp. com urgência fac-símile e ofício ao Tribunal de Justiça de São

Paulo.Publique-se. Int..Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

HABEAS CORPUS 111.797 (150)ORIGEM : HC - 227043 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : VALDINEI FRANCISCOIMPTE.(S) : FRANCISCO DE OLIVEIRA E SILVA JUNIORCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 227.043 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: Trata-se de agravo regimental contra decisão proferida por esta Presidência, durante as férias forenses, na qual se negou seguimento ao pedido por ser manifestamente inadmissível.

Findo o período de recesso e férias (art. 13, VIII, do RISTF), submetam-se os autos à distribuição, nos termos regimentais.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 111.930 (151)ORIGEM : HC - 111930 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : MAICON APARECIDO SAIA APOLINARIOIMPTE.(S) : RAFAEL JOSÉ SANCHESCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 228.451 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Trata-se de agravo regimental contra decisão proferida por esta Presidência, durante as férias forenses, na qual se negou seguimento ao pedido por ser manifestamente inadmissível.

Findo o período de recesso e férias (art. 13, VIII, do RISTF), submetam-se os autos à distribuição, nos termos regimentais.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.105 (152)ORIGEM : HC - 209861 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : MARCUS VINICIUS BORGES EMMANUELIMPTE.(S) : JOSE MAURICIO NEVILLE DE CASTRO JUNIORCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 209861 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: Findo o período de recesso e férias (art. 13, VIII, RISTF), submetam-se os autos à distribuição, nos termos regimentais.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.107 (153)ORIGEM : HC - 224190 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : ADEMILSON DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : FERNANDA COSTA HUESOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 224190 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: Findo o período de recesso e férias (art. 13, VIII, RISTF), submetam-se os autos à distribuição, nos termos regimentais.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.108 (154)ORIGEM : RESP - 1077899 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 14: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 14

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEPACTE.(S) : ADEMIR CRUZ MARQUESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RESP Nº 1077899 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Findo o período de recesso e férias (art. 13, VIII, RISTF), submetam-se os autos à distribuição, nos termos regimentais.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 271 (155)ORIGEM :PROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECLTE.(S) : MIGUEL CARLOS COIMBRA RINALDIADV.(A/S) : ADELICIO TEODOROADV.(A/S) : EDMAR TEIXEIRA DE PAULA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : EUGENIO OSVALDO GRANDINETTIRECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAADV.(A/S) : CARMINA FERREIRA CAMPOS VIEIRAINTDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSADV.(A/S) : PGE-GO JOÃO FURTADO DE MENDONÇA NETO.

DESPACHO: Intime-se o Procurador Geral da República para que se manifeste sobre as petições de fls. 708-711 e 730-733.

Publique-se. Intime-seBrasília, 9 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 3.028 (156)ORIGEM : RCL - 135888 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECLTE.(S) : DOMINGOS MONTEIRO DA SILVA NETOADV.(A/S) : RODRIGO BULHÕES PEDREIRA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOADV.(A/S) : PGE-MT - WALDEMAR PINHEIRO DOS SANTOS

DESPACHO: Manifeste-se a parte – Domingos Monteiro da Silva Neto - sobre o interesse na continuidade do feito, informando, se for o caso, o deslinde do MS nº 18994/2004, originário do Tribunal de Justiça do Mato Grosso.

Publique-se. Int..Brasília, 7 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

Processos com Despachos Idênticos:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.344 (157)ORIGEM : AC - 20090474611 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RITA DE SOUZA LIMAADV.(A/S) : JOSÉ GERALDO DANIELSKI

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo, interposto nos autos principais, contra acórdão que, ao aplicar o entendimento desta Corte sobre questão de repercussão geral, negou provimento a agravo regimental.

2. Incognoscível o recurso.Na sessão plenária do dia 19.11.2009, a Corte, por unanimidade,

resolveu questão de ordem no AI n° 760.358 (Rel. Min. GILMAR MENDES), no sentido de não conhecer de agravo de instrumento contra decisão de Tribunal a quo que aplica o disposto no art. 543-B do CPC. Decidiu-se, outrossim, pela conversão do agravo de instrumento em agravo regimental e por sua devolução ao Tribunal de origem, para julgamento.

Na espécie, contudo, verifico que já fora interposto agravo regimental contra a decisão do Tribunal a quo que aplicou o entendimento da Corte sobre a questão de repercussão geral, de modo que, em respeito ao princípio da unirrecorribilidade, não se aplica a este recurso a sistemática de conversão e devolução acima mencionada.

3. Diante do exposto, com fundamento no art. 557 do CPC e art. 21, § 1º, do RISTF, não conheço do agravo.

Publique-se. Int. Brasília, 5 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.354 (158)ORIGEM : AC - 20090257572 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA SELENE DA SILVA MAFRAADV.(A/S) : HERCÍLIO SCHMIDT E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 157

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.374 (159)ORIGEM : AC - 20090434301 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCASRECDO.(A/S) : JOÃO ALEXANDRE DA LUZADV.(A/S) : TATIANA MARIA RAMOS VIRMOND

Despacho: Idêntico ao de nº 157

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.384 (160)ORIGEM : PROC - 072070034569 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUCIO CLOVIS COMPIANIADV.(A/S) : HERCÍLIO SCHMIDT

Despacho: Idêntico ao de nº 157

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.388 (161)ORIGEM : AC - 20090182536 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ODILOR POLLAADV.(A/S) : MARCOS RODRIGUES PERUCCHI

Despacho: Idêntico ao de nº 157

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.394 (162)ORIGEM : AC - 20090546503 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : PAULO MARCONDES BRINCASRECDO.(A/S) : EGYDIO ALVESADV.(A/S) : NELSON GOMES MATTOS JÚNIOR

Despacho: Idêntico ao de nº 157

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.398 (163)ORIGEM : AC - 20090212509 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EDNA APARECIDA DOS SANTOS PIGOZZIADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO DA ROSA

Despacho: Idêntico ao de nº 157

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.908 (164)ORIGEM : AC - 20090133117 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARILDA DOS SANTOS BITENCOURTADV.(A/S) : VALÉRIA MACEDO REBLIN E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 157

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 15: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 15

SUSPENSÃO DE LIMINAR 564 (165)ORIGEM : AI - 20110020218194 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREQDO.(A/S) : RELATOR DO AI Nº 20110020218194 DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DO DISTRITO FEDERAL - SINPOL/DF

DESPACHO: Arquivem-se os autos, ante a certidão de trânsito em julgado e a manifestação da Procuradoria-Geral da República, no sentido de que “(...) nada tem a requerer”.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

SUSPENSÃO DE LIMINAR 581 (166)ORIGEM : SLS - 02847567520118260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : MUNICÍPIO DE MARÍLIAADV.(A/S) : ADEMIR SOUZA E SILVA E OUTRO(A/S)REQDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : ANDRÉ FELIZÁRIO JACINTO

DESPACHO: Cumpra-se na íntegra o despacho de 15.2.2012, que determinou a remessa dos autos à Procuradoria-Geral da República, para parecer, nos termos do art. 103, § 1º, da Constituição da República.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

SUSPENSÃO DE LIMINAR 596 (167)ORIGEM : SL - 596 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RORAIMAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : ROBERTO RIVERTON DE SOUZA VERASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE RORAIMAINTDO.(A/S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA

DECISÃO: 1. Trata-se de pedido de suspensão de liminar, formulado pelo Tribunal de Contas do Estado de Roraima, contra decisão proferida nos autos do Mandado de Segurança nº 000012000111-0, em trâmite no Tribunal de Justiça local.

Na origem, o Estado de Roraima impetrou a ordem, para impugnar decisão da Corte local de Contas, que determinara suspensão do Processo Licitatório nº 17101.055224/11, referente a licitação para contratação de empresas para prestação continuada de serviços de limpeza, conservação, manutenção predial e instalações das escolas públicas estaduais.

Alegou que a suspensão do certame implicaria graves danos à comunidade, pois as escolas não poderiam funcionar sem limpeza, vigilância e manutenção das instalações, o que implicaria a suspensão do início das aulas e consequente atraso no ano letivo. O Plenário do TJ/RR concedeu a liminar, em acórdão assim ementado:

“MANDADO DE SEGURANÇA – QUESTÃO INCIDENTAL. POSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO PELO PLENÁRIO. INTELIGÊNCIA DO INCISO XXV DO ART. 175 DO RITJRR – ATO DE TRIBUNAIS DE CONTAS. POSSIBILIDADE DE MANDADO DE SEGURANÇA – MEDIDAS LIMINARES. APRECIAÇÃO SUPERFICIAL, POR AINDA FALTAR A GARANTIA DO CONTRADITÓRIOE DA AMPLA DEFESA – RISCO DE INEFICÁCIA DA MEDIDA AO FINAL E RELEVÂNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO PRESENTES – LIMINAR CONCEDIDA”.

Consta do acórdão do Tribunal de Justiça que a decisão da Corte de Contas se fundamentou apenas em parecer técnico, que em nenhum momento teria proposto a suspensão da licitação:

“Desses fatos, s.m.j., não vejo certeza suficiente para que se diga existir uma manifesta possibilidade [de grave dano ao erário]. Existem apenas

suspeitas, suposições, sem comprovação firme, as quais os próprios Auditores-Fiscais entenderam ser cabível apenas que o TCE/RR ‘[...] intensifique a fiscalização nesse procedimento licitatório’ (fl. 30), bem como ‘[...] monitore a execução dos contratos a serem celebrados [...]’ (fl. 30). Em momento algum sugeriram a suspensão do certame.

O voto do eminente Conselheiro Relator que culminou na decisão de suspender o processo licitatório resume-se no relatório elaborado pelos Auditores-Fiscais de Contas Públicas. Repito, não há outro fundamento usado pelo Relator” (grifo do original).

No incidente de suspensão de que se cuida, o requerente sustenta haver grave lesão à ordem econômica, que estaria configurado nos valores da contratação licitada, “(...) cujo desembolso anual estimado para a Administração Pública Estadual é de R$ 30.182.268,60 (trinta milhões, cento e oitenta e dois mil, duzentos e sessenta e oito reais e sessenta centavos)”. Sustenta, ainda, que os auditores, após a concessão da liminar, teriam apontado elementos mais evidentes de supostos vícios na condução do procedimento licitatório.

Aduz, por fim, que a decisão teria afrontado a autonomia das Cortes de Contas, que, nos termos do art. 71, IX e X, da Constituição da República, teriam competência para sustar a execução de atos como o de que ora se cuida, bem como poderiam expedir provimentos cautelares, para assegurar plena eficácia dos processos de fiscalização.

2. Não é caso de suspensão.De acordo com o regime legal de contracautela (Leis n° 12.016/09, nº

8.437/92 e nº 9.494/97, e art. 297 do RISTF), compete a esta Presidência suspender execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

A cognição do pedido exige, contudo, demonstração da natureza constitucional da controvérsia (cf. Rcl nº 497-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Plenário, DJ 06.4.2001; SS nº 2.187-AgR, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, DJ 21.10.2003; e SS nº 2.465, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ 20.10.2004).

Verifico estar preenchido o requisito, pois em jogo, aqui, decisão que versa sobre os arts. 70 e 71 da Constituição da República, que teriam sido afrontados pela Corte a quo.

No que diz com a apontada “grave lesão”, entretanto, nenhum indício há de sua existência. Ademais, não custa lembrar que a legislação sempre exigiu não apenas a ocorrência de lesão, mas que esta seja grave. É o que revela análise histórica da evolução normativa do instituto da suspensão. O predicado da gravidade foi repetidamente mantido como requisito em todas as normas que versaram sobre o incidente de suspensão: arts. 13 da Lei nº 191/1936; 4º da Lei nº 4.348/1964; 12, § 1º, da Lei nº 7.347/1985; 25 da Lei nº 8.038/1990; 4º da Lei nº 8.437/1992; e, finalmente, 15 da atual Lei do Mandado de Segurança, nº 12.016/2009, verbis:

“Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição.” (grifo nosso).

Assim, para que se considere grave, o dano deve ser de magnitude capaz de inviabilizar ou dificultar sobremaneira a atuação da Administração Pública. No caso, verifico que não houve demonstração da amplitude da lesão aos interesses públicos tutelados pelo regime de contracautela.

Ademais, suposto confirmados os vícios apontados no certame levado a efeito pelo Estado de Roraima, após o estabelecimento das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, nada obsta a tomada de medidas necessárias para ressarcimento dos recursos ao erário, além da possibilidade de responsabilização criminal dos envolvidos, se cabível.

O que se afigura mais relevante, na hipótese de concessão de contracautela, é a possibilidade de ocorrência do chamado dano inverso. Supondo-se deferida a suspensão pleiteada, o processo licitatório dos serviços de limpeza, conservação, manutenção predial e instalações de toda a rede pública estadual de ensino seria paralisado.

Ora, é notório que os danos decorrentes da paralisação dos serviços de limpeza e manutenção das escolas seriam muito mais graves às crianças e aos adolescentes do que a continuidade do certame, que, como ressaltado, pode ser controlado a posteriori, com a efetivação das medidas colocadas à disposição da Corte de Contas pelo ordenamento jurídico.

A jurisprudência desta Corte admite a tese do risco de dano inverso como fundamento para rejeição do pedido de contracautela (STA nº 357-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe de 3.9.2010).

Outrossim, não prospera a alegação de que a decisão impugnada afrontaria as normas dos arts. 70 e 71, IX e X, da Constituição da República, porquanto a questão ultrapassa os limites cognitivos do incidente de suspensão.

Não se desconhece que esta Corte tem entendido, com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela, não ser vedado ao Presidente do Supremo Tribunal Federal proferir juízo mínimo de delibação a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, caracterizado pela probabilidade de a decisão, contra a qual se pede a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 16: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 16

suspensão, ser contrária às normas existentes na ordem jurídica (SS nº 846-AgR, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Plenário, DJ de 29.5.1996).

Mas este entendimento não permite juízo cognitivo aprofundado, que esgote antecipadamente a questão levada a juízo. (SS-AgR nº 2.932, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Plenário, DJe de 25.4.2008).

3. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido (art. 21, § 1º, RISTF).Publique-se. Int..Brasília, 9 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.384 (168)ORIGEM : MS - 03845137620108260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : ITAGUARÉ AGRÍCOLA E INDUSTRIAL S/A E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : FERNANDO CARLOS LUZ MOREIRA

DESPACHO: Deferido o pedido de suspensão dos efeitos da decisão proferida nos autos do Mandado de Segurança nº 0384513-76.2010.8.26.0000, em trâmite no Tribunal de Justiça paulista, no sentido de determinar o prosseguimento de processo de sequestro de verbas públicas para pagamento de precatórios, o Estado de São Paulo opôs embargos de declaração, sob fundamento de omissão no decisum, porquanto não teria sido apreciado pedido de “efeito expansivo” dos limites subjetivos da suspensão concedida. Ainda no prazo para recurso, Itaguaré Agrícola e Industrial S.A. interpôs agravo regimental.

Em 12.9.2011, determinei a intimação do Estado de São Paulo, para juntar aos autos cópias das decisões proferidas nos mandados de segurança que desejava ver suspensos, ante a impossibilidade de concessão “em tese” da medida de contracautela, sem análise de cada caso concreto, bem como para manifestar-se quanto ao agravo regimental. Determinei, ainda, a remessa dos autos à Procuradoria-Geral da República, para parecer, nos termos do art. 103, § 1º, da Constituição da República.

Os autos retornaram-me conclusos apenas no dia 13.3.2012. Ante o transcurso do tempo entre os requerimentos iniciais do Estado de São Paulo e o retorno dos autos a esta Presidência, indispensáveis as informações sobre a situação processual de cada impetração.

Nesses termos, intime-se o Estado de São Paulo, para que informe se já foram executadas as medidas de sequestro de verbas públicas, dentre as impetrações que indicou no arquivo eletrônico “8 – Instrução – Anexo”, bem como para que informe se referidas impetrações foram objeto de outros pedidos de suspensão junto a esta Presidência.

Publique-se. Int..Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.576 (169)ORIGEM : AI - 20110049020 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : AMAZONASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONASINTDO.(A/S) : ARLAN ALBERTO DE FRANÇAADV.(A/S) : LUCIANA D'ANGELO VENTURA DE OLIVEIRA

DECISÃO: 1. Trata-se de pedido de suspensão de segurança, formulado pelo Estado do Amazonas, contra decisão proferida nos autos do Agravo de Instrumento nº 2011.004902-0, em trâmite no Tribunal de Justiça amazonense.

Na origem, Arlan Alberto de França impetrou mandado de segurança, contra ato do Comandante-Geral da Polícia Militar do Amazonas, consistente na reprovação do impetrante no concurso público para ingresso na corporação, pelo fato de contar com trinta anos de idade, quando a idade limite, nos termos do edital convocatório, seria de vinte e oito anos.

A liminar foi rejeitada, decisão impugnada por agravo de instrumento, em que foi obtida medida liminar por decisão monocrática. Consta do dispositivo:

“Ante o exposto, nos termos do artigo 527, inciso III, do Código de Processo Civil, concedo liminarmente a antecipação de tutela recursal, no sentido de permitir que o agravante realize o Teste de Aptidão Física-TAF do concurso para ingresso nos Quadros de Praças Militares do Estado do Amazonas, bem como o seu prosseguimento nas demais etapas, em caso de reprovação”.

Intimado, o requerente informou que o requerido participou do

chamado Teste de Aptidão Física e, posteriormente, de exame toxicológico e de avaliação psicológica, encontrando-se, atualmente, no curso de formação de alunos soldados.

No incidente de que se cuida, o Estado do Amazonas alega haver na decisão impugnada grave lesão à ordem administrativa, além do chamado efeito multiplicador. Sustenta que a Lei estadual nº 3.498/2010, ao fixar em vinte e oito anos de idade o limite para ingresso na corporação militar, estaria conforme a Constituição da República, que, no art. 39, § 3º, na redação da EC nº 19/1998, permitiria estabelecimento de requisitos diferenciados de admissão, quando a natureza do cargo público o exigir.

2. Não é caso de suspensão.De acordo com o regime legal de contracautela (Leis nºs

12.016/2009, 8.437/1992 e 9.494/1997; e art. 297 do RISTF), compete a esta Presidência suspender execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

A cognição do pedido exige, ainda, demonstração da natureza constitucional da controvérsia (cf. Rcl nº 497-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Plenário, DJ de 06.4.2001; SS nº 2.187, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 21.10.2003; e SS nº 2.465, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 20.10.2004). No caso, está preenchido o requisito, pois a causa versa sobre as normas dos arts. 37 e 39 da Constituição da República.

No que diz com a apontada “grave lesão”, entretanto, nenhum indício há de sua existência. Ademais, não custa lembrar que a legislação sempre exigiu não apenas a ocorrência de lesão, mas que esta seja grave.

É o que revela análise histórica da evolução normativa do instituto da suspensão. O predicado da gravidade foi repetidamente mantido como requisito em todas as normas que versaram sobre o incidente de suspensão: arts. 13 da Lei nº 191/1936; 4º da Lei nº 4.348/1964; 12, § 1º, da Lei nº 7.347/1985; 25 da Lei nº 8.038/1990; 4º da Lei nº 8.437/1992; e, finalmente, 15 da atual Lei do Mandado de Segurança, nº 12.016/2009, verbis:

“Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição”.

Assim, para que se considere grave, o dano deve ser de magnitude capaz de inviabilizar ou dificultar sobremaneira a atuação da Administração Pública. No caso, o requerente não se desincumbiu do ônus de demonstrar a grave lesão, limitando-se, em grande parte da petição, a defender a constitucionalidade da fixação da idade de vinte e oito anos como limite para ingresso nas fileiras da Polícia Militar do Amazonas.

Ressalto que a suspensão da execução de ato judicial constitui medida excepcional, por deferir caso a caso, somente quando observados os requisitos autorizadores (grave lesão à ordem, à saúde, à segurança ou à economia públicas). Nesse sentido:

“(...) os pedidos de contracautela formulados em situações como a que ensejou a antecipação da tutela ora impugnada devem ser analisados, caso a caso, de forma concreta, e não de forma abstrata e genérica, certo, ainda, que as decisões proferidas em pedido de suspensão se restringem ao caso específico analisado, não se estendendo os seus efeitos e as suas razões a outros casos, por se tratar de medida tópica, pontual” (STA nº 138, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ 19.9.2007).

Ademais, a questão relativa a suposta constitucionalidade da Lei estadual nº 3.498/2010 guarda nítido caráter recursal, quando a orientação desta Corte está em que a via da suspensão não é sucedâneo recursal (cf. SL nº 14, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 3.10.2003; e SL nº 80, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 19.10.2005).

3. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido (art. 21, § 1º, RISTF).Publique-se. Int..Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.592 (170)ORIGEM : AI - 106961200042000001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : MUNICÍPIO DE ARAPORÃADV.(A/S) : DANIEL RICARDO DAVI SOUSA E OUTRO(A/S)REQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

GERAISINTDO.(A/S) : CAMARA MUNICIPAL DE ARAPORA

DECISÃO: 1. Trata-se de pedido de suspensão de segurança, com requerimento de medida urgente, formulado pelo Município de Araporã/MG, contra decisão proferida nos autos do Agravo de Instrumento nº 0441560-97.2012.8.13.0000, em trâmite no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 17: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 17

Na origem, a Câmara Municipal de Araporã impetrou mandado de segurança contra suposto ato omissivo da prefeitura, consubstanciado na ausência de prestação de informações requeridas pela Casa Legislativa. Foram requeridos documentos e informações sobre contratos de publicidade, relatório de gasto com combustíveis da frota do Executivo local, bem como descrição dos servidores efetivos, comissionados e contratados da Prefeitura.

A liminar foi rejeitada pelo juízo de primeiro grau, mas concedida pelo Desembargador Antônio Sérvulo, relator do agravo de instrumento que ora se pretende suspender. A decisão adotou como fundamento o disposto no art. 31 da Constituição da República, no sentido de que “A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo”, bem como norma da Lei Orgânica do Município:

“Art. 65 – Compete ao Prefeito, dentre outras atribuições:(…)XIV – prestar à Câmara, dentro de 15 (quinze) dias, as informações

pela mesma solicitadas, salvo a prorrogação, a seu pedido e por prazo determinado, em face da complexidade da matéria ou da dificuldade de obtenção nas respectivas fontes, dos dados pleiteados”.

Consta ainda da decisão que “Diante da recusa do Prefeito do Município de Araporã em apresentar a documentação solicitada pela Câmara Municipal, tem-se uma afronta ao disposto no art. 31 da Constituição da República, o que possibilita que a edilidade busque a tutela jurisdicional, para a efetivação de um direito constitucionalmente reconhecido”.

No incidente de que se cuida, o requerente alega haver grave dano à ordem e à segurança públicas. Sustenta que o poder fiscalizador do Legislativo somente poderia ser exercido após parecer prévio do competente Tribunal de Contas. Aduz, ainda, que os requerimentos teriam sido realizados individualmente, sem constarem dos autos atas de aprovação pelo Plenário da Câmara.

Por fim, narra que o dispositivo da Lei Orgânica adotado como fundamento para concessão da liminar (art. 65, XIV) teria sido declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça mineiro, com trânsito em julgado.

2. Não é caso de suspensão.De acordo com o regime legal de contracautela (Leis nºs

12.016/2009, 8.437/1992 e 9.494/1997; e art. 297 do RISTF), compete a esta Presidência suspender execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

A cognição do pedido exige, ainda, demonstração da natureza constitucional da controvérsia (cf. Rcl nº 497-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Plenário, DJ de 6.4.2001; SS nº 2.187, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 21.10.2003; e SS nº 2.465, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 20.10.2004).

No caso, está preenchido o requisito, pois a causa versa sobre suposta ofensa ao art. 31 da Constituição da República. Não há dúvida, portanto, de que a causa versa sobre questão constitucional.

No que diz com a apontada grave lesão, entretanto, nenhum indício há de sua existência. Ademais, não custa lembrar que a legislação sempre exigiu não apenas a ocorrência de lesão, mas que esta seja grave. É o que revela análise histórica da evolução normativa do instituto da suspensão.

O predicado da gravidade foi repetidamente mantido como requisito em todas as normas que versaram sobre o incidente de suspensão: arts. 13 da Lei nº 191/1936; 4º da Lei nº 4.348/1964; 12, § 1º, da Lei nº 7.347/1985; 25 da Lei nº 8.038/1990; 4º da Lei nº 8.437/1992; e, finalmente, 15 da atual Lei do Mandado de Segurança, nº 12.016/2009, verbis:

“Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição”.

Assim, para que se considere grave, o dano deve ser de magnitude capaz de inviabilizar ou dificultar sobremaneira a atuação da Administração Pública. No caso, o requerente não se desincumbiu do ônus de demonstrar a grave lesão, limitando-se a impugnar a questão de fundo da impetração.

Noutras palavras, não se demonstrou de que forma a apresentação de documentos referentes a “(...) contratação de serviços de publicidade, a contratação pertinente a tal contratação, a descrição de todos os funcionários efetivos, comissionados e contratados pela prefeitura (administração direta e indireta), bem como o relatório de gastos com combustíveis da frota da prefeitura”, inviabilizaria o normal desenvolvimento das rotinas administrativas.

Tampouco foi comprovada a existência de quantidade expressiva de feitos idênticos, o que poderia sustentar a concessão da suspensão com fundamento no chamado efeito multiplicador (SS nº 1.836-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 11.10.2001).

Quanto à alegação de ofensa ao art. 31 da Constituição da República, verifico que a questão ultrapassa o juízo mínimo de delibação ínsito ao incidente de suspensão. Não se desconhece que esta Corte tem entendido, com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela, não ser vedado ao Presidente do STF proferir juízo mínimo a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, caracterizado pela probabilidade de a decisão, contra a qual se pede a suspensão, ser

contrária às normas existentes na ordem jurídica (SS nº 846-AgR, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Plenário, DJ de 29.5.1996).

Mas este entendimento não permite juízo cognitivo aprofundado, que esgote antecipadamente a questão levada a juízo. Assim, o pedido formulado guarda nítido cunho de recurso, quando a orientação do Plenário desta Corte está em que a via da suspensão não é sucedâneo recursal, conforme precedente de minha relatoria:

“CARGO PÚBLICO. Acumulação. Um de magistério com outro de nível técnico. Alegação de grave lesão. Não ocorrência. Questão de fundo da causa. Pedido com caráter de sucedâneo recursal. Inadmissibilidade. Pedido de suspensão de tutela antecipada rejeitado. Agravo regimental improvido. Rejeita-se pedido de suspensão que não demonstra grave lesão aos interesses públicos tutelados, mas apresenta nítido caráter de recurso” (STA nº 512-AgR, Plenário, DJe de 7.11.2011).

Por fim, suposta declaração de inconstitucionalidade de dispositivo da Lei Orgânica local não interfere na solução do incidente de que se cuida, porquanto a decisão impugnada adotou como fundamento autônomo norma da Constituição da República.

3. Ante o exposto, nego seguimento ao pedido (art. 21, § 1º, RISTF).Publique-se. Int..Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

PLENÁRIO

ACÓRDÃOS

Trigésima terceira Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.551 (171)ORIGEM : ACO - 1551 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDIO - FUNAIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : NILTON PEREIRA VARGAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NORIVAL NUNESINTDO.(A/S) : RUDEL SANCHES SILVAADV.(A/S) : MÁRIO ROBERTO DE SOUZA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello e, neste julgamento, os Senhores Ministros Ayres Britto, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso. Plenário, 29.02.2012.

EMENTA DO VOTO PRELIMINAR: AGRAVO REGIMENTAL. ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL. INTERVENÇÃO COMO LITISDENUNCIADO. EXCLUSÃO DO PROCESSO. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. AGRAVO NÃO CONHECIDO.

1. O litisdenunciado não tem interesse jurídico para recorrer da decisão que o exclui do processo, mormente porque é possível o seu posterior ingresso no feito como assistente simples. Precedente (RE 116624, Relator(a): Min. SYDNEY SANCHES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/03/1991, DJ 05-04-1991 PP-03662 EMENT VOL-01614-02 PP-00273 RTJ VOL-00135-03 PP-011).

EMENTA DO VOTO MÉRITO: DENUNCIAÇÃO DA LIDE PER SALTUM. CABIMENTO APÓS O ADVENTO DO ART. 456 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. INEXISTÊNCIA DE CONFLITO FEDERATIVO. CAUSA DE NATUREZA ESTRITAMENTE PATRIMONIAL. AGRAVO DESPROVIDO.

1. O art. 456 do Código Civil de 2002 introduziu no Direito brasileiro a possibilidade de denunciação da lide per saltum, de acordo com a orientação doutrinária dominante (MARINONI, Luiz Gulherme; MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil comentado artigo por artigo. 3ª ed. São Paulo: RT, 2011. p. 151; DINAMARCO, Cândido Rangel. Intervenção de Terceiros. 5ª ed. São Paulo: Malheiros, 2009. p. 160; NERY JR., Nelson; NERY, Rosa. Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante. 6ª ed. São Paulo: RT, 2006. p. 245; BUENO, Cassio Scarpinella. Curso Sistematizado de Direito Processual Civil. V. 2. Tomo 1. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 552; GRECO FILHO, Vicente. Direito Processual Civil brasileiro. V. 1. 22ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 162; CARNEIRO, Athos Gusmão. Intervenção de Terceiros. 19ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 144-145).

2. A admissibilidade da denunciação da lide per saltum ao Estado-

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 18: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 18

membro apontado como alienante originário do terreno disputado entre particular e a FUNAI não atrai a competência do Supremo Tribunal Federal prevista no art. 102, I, f, da Constituição.

3. A competência do Pretório Excelso para processar e julgar causas que possam importar em conflito federativo exige efetivo risco de abalo ao pacto federativo, não se configurando quando a causa versa sobre questão meramente patrimonial, sem cunho institucional ou político. Precedentes (ACO 359 QO, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 04/08/1993, DJ 11-03-1994 PP-04110 EMENT VOL-01736-01 PP-00034; ACO 1295 AgR-segundo, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 14/10/2010, DJe-233 DIVULG 01-12-2010 PUBLIC 02-12-2010 EMENT VOL-02443-01 PP-00013 RT v. 100, n. 905, 2011, p. 173-177).

4. In casu: (i) particulares propuseram, originalmente, ação de manutenção de posse contra a FUNAI e a União, a fim de evitar a invasão, por indígenas, das terras das quais se julgam proprietários; (ii) paralelamente, a União e a FUNAI ajuizaram Ação Declaratória de Nulidade de Título de Propriedade cumulada com Reintegração de Posse e Perdas e Danos em desfavor daqueles particulares, os quais requereram a denunciação da lide ao alienante originário, qual seja, o Estado do Mato Grosso do Sul; (iii) em virtude da presença do ente estadual e da União como partes do mesmo processo, o juízo de primeiro grau remeteu o processo ao Supremo Tribunal Federal, por entender configurada a hipótese do art. 102, I, f, da CRFB; (iv) A União e a FUNAI se manifestaram, ressaltando a não configuração de lide entre a União e os Estados-membros litisdenunciados, pugnando pela competência jurisdicional da instância ordinária.

5. O caso sub judice, assim, não tem conteúdo institucional ou político, e sequer a disputa patrimonial se instaura diretamente entre Estado-membro e União, pois existem, fundamentalmente, duas lides: a primeira consistente na demanda promovida pela União e a FUNAI em face dos particulares, a fim de definir a propriedade das terras; e a segunda entre os mesmos particulares e o Estado do Mato Grosso do Sul, veiculada por meio da denunciação da lide, voltada à satisfação do direito que de eventual evicção resultará.

6. Agravo desprovido.

QUESTÃO DE ORDEM NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 639.846

(172)

ORIGEM : APCRIM - 200361270022043 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3º REGIÃO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIREDATOR DO ACÓRDÃO

: MIN. LUIZ FUX

AGTE.(S) : GONZALO GALLARDO DIAZADV.(A/S) : LUCIANO QUINTANILHA DE ALMEIDAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : VANDERLEI AMADEU GALENIINTDO.(A/S) : JUAN JOSÉ CAMPOS ALONSO

Decisão: O Tribunal, por maioria, resolveu questão de ordem no sentido de manter a Súmula 699 na vigência da Lei nº 12.322/2010, contra os votos dos Senhores Ministros Dias Toffoli (Relator), que a suscitara, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Em seguida, também por maioria, o Tribunal rejeitou a questão de ordem para não conhecer do recurso de agravo, contra os votos dos Ministros Relator, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso. Redigirá o acórdão o Senhor Ministro Luiz Fux. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 13.10.2011.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRAZO. LEI Nº 12.322/2010. MATÉRIA CRIMINAL. INAPLICABILIDADE DO ART. 544 DO CPC. INCIDÊNCIA DO ART. 28 DA LEI Nº 8.038/90. PRECEDENTES. QUESTÃO DE ORDEM REJEITADA E AGRAVO NÃO CONHECIDO.

1. A alteração promovida pela Lei nº 12.322, de 9 de setembro de 2010, não se aplica aos recursos extraordinários e agravos que versem sobre matéria penal e processual penal, de modo que o prazo do Agravo em Recurso Extraordinário criminal é o de 5 (cinco) dias previsto no art. 28 da Lei nº 8.038/90, e não o de 10 (dez) dias, conforme o art. 544 do CPC. Precedentes (AG 197.032-RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 5.11.97; AG (AgRg) 234.016-SP, rel. Min. Ilmar Galvão, 8.6.99).

2. Questão de ordem rejeitada para não conhecer do recurso de agravo.

Brasília, 16 de março de 2012.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

PRIMEIRA TURMA

ACÓRDÃOS

Trigésima terceira Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos

termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 508.630 (173)ORIGEM : AC - 199701000357200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ILMA MENESES DOS SANTOSADV.(A/S) : HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDOAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 13.12.2011.

RECURSO – RAZÕES – AUSÊNCIA – Se as razões do agravo deixam de infirmar os fundamentos do ato atacado, inexiste margem à reforma da decisão.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 660.602 (174)ORIGEM : AMS - 200161000277313 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : M. CASSAB COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDAADV.(A/S) : WALDIR LUIZ BRAGA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 7.2.2012.

EMENTAAgravo regimental no agravo de instrumento.

Constitucionalidade das contribuições instituídas pelos arts. 1º e 2º da Lei Complementar nº 110/01. Possibilidade de aplicação de entendimento proferido em sede liminar. Precedentes.

1. O Pleno deste Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da ADI nº 2.556/DF-MC, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 8/8/03, afastou a tese de inconstitucionalidade das contribuições instituídas pelos arts. 1º e 2º da Lei Complementar nº 110/01.

2. É possível a aplicação, pelas Turmas ou pelos Ministros da Corte, de entendimentos firmados pelo Pleno, mesmo em sede de liminar.

3. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional.

4. Agravo regimental não provido.

HABEAS CORPUS 109.079 (175)ORIGEM : HC - 197380 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : DEIVISON DE OLIVEIRA BATISTA BENEDITOPACTE.(S) : WEBSTER ANDRADEIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma não conheceu da ordem de habeas corpus, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 28.2.2012.

EMENTAHabeas corpus. Penal. Furto qualificado tentado. Prescrição da

pretensão punitiva. Ocorrência, dada a condição de menor de 21 anos ostentada pelos pacientes à época dos fatos. Matéria, contudo, não debatida nas instâncias antecedentes. Writ não conhecido. Ordem concedida de ofício.

1. A questão alusiva à extinção da punibilidade em razão da consumação da prescrição retroativa da pretensão punitiva não foi suscitada perante o Superior Tribunal de Justiça, de modo a não haver o acórdão impugnado tratado daquela questão, razão pela qual não se conhece da impetração sob essa óptica.

2. Matéria de ordem pública, cognoscível inclusive de ofício. Reconhecida a extinção da punibilidade pela consumação da prescrição intercorrente da pretensão punitiva estatal em relação ao crime de furto imputado aos pacientes.

3. Ordem concedida de ofício.

Brasília, 16 de março de 2012.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 19: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 19

SEGUNDA TURMA

ACÓRDÃOS

Trigésima terceira Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 602.475

(176)

ORIGEM : AC - 910235400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : FRANCISCO EDVALDO OLIVEIRA COLARESADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DISPONIBILIZAÇÃO DAS DECISÕES NOS SISTEMAS DE PESQUISA DO SÍTIO ELETRÔNICO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

1. A disponibilização das decisões nos sistemas de pesquisa do sítio eletrônico desta Casa de Justiça tem por finalidade, apenas, facilitar o acesso às informações processuais.

2. A comunicação do resultado do julgamento ainda se faz, em regra, mediante a publicação, no Diário de Justiça Eletrônico, do dispositivo do acórdão, cujo inteiro teor fica à disposição das partes nos autos do processo.

3. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 489.283 (177)ORIGEM : AC - 870615 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FAUSTO BORGES BARCELLOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MÁRIO LUIZ OLIVEIRA DA COSTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: negado provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.02.2012.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 593.514 (178)ORIGEM : PROC - 20057000081568 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : SOCIÉTÉ AIR FRANCE (ATUAL DENOMINAÇÃO DE

COMPAGNIE NATIONALE AIR FRANCE)ADV.(A/S) : JOSÉ MANUEL RODRIGUES LOPEZ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PATRÍCIA SILVA ESTEVESADV.(A/S) : PATRÍCIA SILVA ESTEVES

Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. EXTRAVIO DE BAGAGEM. DANOS MORAIS. MONTANTE INDENIZATÓRIO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA CENTRALMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

1. A análise da legislação infraconstitucional bem como o reexame dos fatos e provas constantes dos autos são providências incompatíveis com a via recursal extraordinária.

2. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 618.732 (179)ORIGEM : AC - 3628205301 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) : DERSA - DESENVOLVIMENTO RODOVIÁRIO S/AADV.(A/S) : FERNANDO C. QUEIROZ NEVES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOÃO BATISTA DE MELO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MAURO DEL CIELLO

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PETIÇÃO COM DATA DE PROTOCOLO ILEGÍVEL.

A jurisprudência desta Corte já se firmou no sentido de que a formação integral do instrumento deve ser processada perante o tribunal a quo no prazo da interposição do agravo de instrumento, não se admitindo sua juntada posterior nesta Corte.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 644.884 (180)ORIGEM : AC - 9301052997 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JUDITH DE LIMA BARROS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA JOSÉ SILVA OLIVEIRA

Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. VERIFICAÇÃO DA QUALIDADE DE EX-COMBATENTE PARA FINS DE RECEBIMENTO DE PENSÃO ESPECIAL. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. PRECEDENTES.

1. O reexame da legislação ordinária aplicada à espécie bem como a análise dos fatos e provas constantes dos autos são providências incompatíveis com a via recursal extraordinária.

2. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.923 (181)ORIGEM : EDAIRR - 69399720005 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : LÚCIA HELENA DE SÁ FREIRE HESKETHADV.(A/S) : JOÃO ESTÊNIO CAMPELO BEZERRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE GUILHERME DIAS DA ROCHAADV.(A/S) : RODRIGO DA SILVA CASTRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CEMENGE CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS

DE ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : PAULO CÉSAR COSTEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS INCISOS XXXV, LIV E LV DO ART. 5º E AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INSUBSISTÊNCIA.

1. O reexame da legislação ordinária aplicada à espécie e a análise dos fatos e provas constantes dos autos são providências incompatíveis com a via recursal extraordinária.

2. A jurisprudência desta nossa Casa de Justiça é firme no sentido de que as garantias da inafastabilidade do controle jurisdicional, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa se manifestam pelo conhecimento e julgamento da matéria, com o conseqüente esclarecimento da demanda, não se prestando para apoiar irresignação quanto ao resultado que se lhe atribuiu.

3. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.622 (182)ORIGEM : AC - 3271714 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BILHARES SANTA FELICIDADE LTDAADV.(A/S) : EDGAR LENZIAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAADV.(A/S) : CARLOS AUGUSTO M VIEIRA DA COSTA

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 20: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 20

Nos termos da orientação deste Tribunal, cabe à parte impugnar todos os fundamentos da decisão agravada. No presente caso, a parte agravante não impugnou especificamente as assertivas de que a análise da questão apresentada no recurso extraordinário demandaria o exame de legislação local e de que o recurso encontraria óbice na Súmula 284 desta Corte.

Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.847 (183)ORIGEM : AC - 5437285000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ETEMP ENGENHARIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : LUIZ OTÁVIO PINHEIRO BITTENCOURTAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PIQUEROBIADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO CANO

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE PERTINÊNCIA ENTRE AS RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO E A DECISÃO QUE INADIMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FALTA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.018 (184)ORIGEM : EIAC - 10000002364370001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FUNDAÇÃO MARIANA RESENDE COSTA - FUMARCADV.(A/S) : MARCELO BRAGA RIOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL.TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. LIVRO, JORNAL, PERIÓDICO E O

PAPEL DESTINADO À RESPECTIVA IMPRESSÃO. PRETENDIDA EXTENSÃO AOS SERVIÇOS DE COMPOSIÇÃO GRÁFICA E DE IMPRESSÃO POSTOS À DISPOSIÇÃO DO MERCADO CONSUMIDOR. IMPOSSIBILIDADE.

ART. 150, VI, D DA CONSTITUIÇÃO.A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, d da Constituição não

alcança os serviços de composição gráfica ou de impressão onerosos, oferecidos a terceiros interessados.

Segundo o quadro fático-jurídico definido nos autos, o material produzido pela agravante é inassimilável aos conceitos constitucionais-tributários de jornal, livro e periódico, porquanto mais se aproximam de material promocional ou de propaganda.

Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 731.409 (185)ORIGEM : RR - 63277820009 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : CARLOS REUBEN CABRAL BRUNO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA DO SOCORRO S FEITOSA CARVALHO

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA RELATIVA À ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DIVERSO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE SOBRESTAMENTO.

Esta Corte, ao analisar a repercussão geral da matéria constitucional invocada no RE 598.365-RG, rel. min. Ayres Britto, que tratou de questão relativa à admissibilidade de recurso de tribunais diversos, recusou o recurso extraordinário, diante da ausência de repercussão geral da matéria constitucional invocada.

Nos termos do art. 543-A, § 5º, do CPC, e dos arts. 326 e 327, do RISTF, a decisão do Supremo Tribunal Federal relativa à inexistência de repercussão geral valerá para todos os casos que versem sobre questão idêntica.

De acordo com a norma do art. 323 do RISTF, a existência do requisito especial da repercussão geral será aferida quando não for caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.680 (186)ORIGEM : AMS - 200551010253678 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIMED SÃO LOURENÇO - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICOADV.(A/S) : MARIA INÊS CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL E

OUTRO(A/S)

Decisão: negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Tributário. Taxa de saúde suplementar. Matéria infraconstitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.148 (187)ORIGEM : AC - 200103990154314 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : FILIZOLA BALANÇAS INDUSTRIAIS S/AADV.(A/S) : MILTON LUIS DAUD

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL.CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS

INDUSTRIALIZADOS. CUMULATIVIDADE. CRÉDITO EXTEMPORÂNEO. ESCRITURAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. CABIMENTO.

Segundo jurisprudência desta Corte, a aplicação de correção monetária aos créditos escriturais do IPI utilizados ou registrados tardiamente depende de lei autorizadora ou de prova quanto ao obstáculo injustamente posto pelas autoridades fiscais à pretensão do contribuinte.

No caso em exame, o Tribunal de origem reconheceu expressamente a conduta injusta da administração, representada pelo atraso injustificado na apreciação de pedido de compensação.

Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.189 (188)ORIGEM : AC - 6051735800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : SATELITE CINE VIDEO LTDA EPPADV.(A/S) : LUIZ OTAVIO PINHEIRO BITTENCOURTAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOSADV.(A/S) : ANDRÉ SALLES BARBOZA

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA. FILMAGEM E SONORIZAÇÃO. ACÓRDÃO QUE DECIDE O LITÍGIO COM BASE NO QUADRO FÁTICO-JURÍDICO ESPECÍFICO. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DA SÚMULA VINCULANTE 31.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo admitiu que o ISS não incide sobre a locação de bens móveis. Porém, deixou de aplicar a orientação firmada na SV 31 ao litígio, na medida em que a agravante não teria comprovado praticar apenas atos de locação de bens móveis.

O reexame do acórdão recorrido dependeria da reabertura da instrução probatória, medida incabível no exame do recurso extraordinário (Súmula 279/STF).

Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.655 (189)ORIGEM : AC - 3481765900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : LAVANDERIA CONSOLAÇÃO LTDAADV.(A/S) : RAQUEL ELITA ALVES PRETOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: negado provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 07.02.2012.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 21: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 21

CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.301 (190)ORIGEM : AC - 3758204800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO COPEL DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA

SOCIALADV.(A/S) : MIGUEL PEREIRA NETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE BANCO CREFISUL S/AADV.(A/S) : CHRISTIANI A CAVANI E OUTRO(A/S)

Decisão: negado provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.02.2012.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.268 (191)ORIGEM : EDAIRR - 2052200506703400 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : RIMA INDUSTRIAL S/AADV.(A/S) : EDER PERO MARQUES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ HAMILTON VIEIRAADV.(A/S) : ÁUREO GÉLIO ANDRADE JÚNIOR

Decisão: negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Ação de indenização decorrente de danos sofridos em acidente de trabalho Competência da Justiça especializada. Aplicação da norma do art. 114, inciso VI, da Constituição Federal, com a redação que a ela foi dada pela Emenda Constitucional n. 45/04. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.987 (192)ORIGEM : AC - 9601376631 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : JAYNE FERNANDES DA FONSECAADV.(A/S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDAAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.

Nos termos da orientação firmada neste Tribunal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada. No presente caso, a agravante não impugnou especificamente a aplicação da Súmula 287/STF à espécie.

Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 775.125 (193)ORIGEM : PROC - 70729943 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JOSÉ LUIZ RIBEIRO DE ANDRADE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROGÉRIO DANTAS MATTOSADV.(A/S) : PEDRO SAAD ABUD E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE MARQUES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : HENRIQUE FURQUIM PAIVAAGDO.(A/S) : COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL DA REGIÃO DA

MOGIANA - SICOOB - CREDISANADV.(A/S) : MÔNICA DE AVELLAR SERTORIO GONÇALVES E

OUTRO(A/S)

Decisão: negado provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 07.02.2012.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF – INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL – SÚMULA 454/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato, ou de examinar matéria de caráter probatório, ou, ainda, de interpretar cláusula contratual.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 780.950 (194)ORIGEM : APELAÇÃO CÍVEL - 20020006619420 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : FABIANO CARVALHO MENDONÇAADV.(A/S) : MOISÉS CASTELO DE MENDONÇA

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ESTADO DO CEARÁ. DEMISSÃO. PROPORCIONALIDADE DA PENA. ENUNCIADOS 279 E 280 DA SÚMULA/STF.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 785.112 (195)ORIGEM : AC - 95030293871 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : OCTAVIO VILLANIADV.(A/S) : LUIZ CARLOS LOPESAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA:AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007.

De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.460 (196)ORIGEM : AMS - 200161000324686 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : SÉRGIO FARINA FILHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Agravo regimental no agravo de instrumento. 2. Direito tributário. 3. Incidência da CPMF sobre operações “simbólicas” de câmbio. Debate infraconstitucional. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.127 (197)ORIGEM : AC - 117475804 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BLUE CRISTAL BUSINESS CENTERADV.(A/S) : JOSÉ MARCELO BRAGA NASCIMENTO E OUTRO(A/S)

Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 22: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 22

Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012. EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE

INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE EMINENTEMENTE INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA REFLEXA.

1. Questão restrita ao âmbito infraconstitucional, que não enseja apreciação em recurso extraordinário.

2. Afronta às garantias constitucionais do processo, se existente, apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes.

3. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.883 (198)ORIGEM : AC - 199903991096453 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CCIA - COMÉRCIO COBRANÇA INFORMAÇÃO E

ADMINISTRAÇÃO LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LÍVIA BALBINO FONSECA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA:AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007.

De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.808 (199)ORIGEM : AI - 516200579104409 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARISETE SCHAFFERADV.(A/S) : REINALDO JOSÉ CORNELLI

Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO TRABALHO. DANOS MORAIS. ACIDENTE DO TRABALHO. PRAZO PRESCRICIONAL. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE EMINENTEMENTE INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES.

1. A análise da legislação infraconstitucional é incompatível com a via recursal extraordinária.

2. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 821.108 (200)ORIGEM : MS - 200804663135 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSAGDO.(A/S) : LEONOR RIBEIRO DA SILVA MELO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SILVIO MESQUITA E OUTRO(A/S)

Decisão: negado provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.02.2012.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – INCORPORAÇÃO, AO ACÓRDÃO, DAS RAZÕES EXPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – MOTIVAÇÃO “PER RELATIONEM” – LEGITIMIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DESSA TÉCNICA DE FUNDAMENTAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 823.618 (201)ORIGEM : AI - 5603945 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDES

AGTE.(S) : PARANAPREVIDÊNCIAADV.(A/S) : VIVIAN PIOVEZAN SCHOLZ TOHMÉ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARLENE TEIXEIRA FONSECAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO DE SOUZA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

Decisão: negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Inaplicabilidade do regime de precatórios às entidades da Administração Indireta que prestam serviços públicos. Reconhecimento da repercussão geral. RE-RG 599.628 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.772 (202)ORIGEM : AC - 9057155000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : OURO FINO INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS

REFORÇADOS LTDAADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. CONDIÇÕES PARA EMISSÃO DA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA.

MULTA. CARÁTER CONFISCATÓRIO.A apontada violação do art. 5º, LV da Constituição pressupõe a

interpretação isolada da legislação federal que estabelece os requisitos para emissão da Certidão de Dívida Ativa – CDA, da forma como a questão foi apreciada pelo Tribunal de origem e posta nas razões de recurso extraordinário.

Portanto, eventual violação constitucional seria, quando muito, indireta.

Quanto à contrariedade aos arts. 150, IV e 192, é impossível ter compreensão exata da controvérsia, na medida em que se sustenta a inconstitucionalidade da aplicação de multa superior a 20% do valor do débito, embora a punição aplicada, no caso concreto, não tenha excedido esse limite.

Agravo regimental ao qual se nega provimento.

SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.907 (203)ORIGEM : AI - 200701000595174 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ADEMIR GALVÃO ANDRADEADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO ALMEIDA SILVA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: negado provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.02.2012.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.396 (204)ORIGEM : AC - 8585415900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S/AADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROVIMENTO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO PARA DETERMINAR A SUBIDA E MELHOR EXAME DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INSTRUMENTO DEVIDAMENTE FORMADO E TEMPESTIVO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 289/STF.

1. Agravo interposto tempestivamente e existência de todas as peças obrigatórias nos autos, conforme o art. 544 do CPC.

2. É de se aplicar ao caso a Súmula 289/STF: “O provimento do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 23: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 23

agravo por uma das turmas do STF, ainda que sem ressalva, não prejudica a questão do cabimento do recurso extraordinário”.

3. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.986 (205)ORIGEM : AC - 29422009 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : VRG LINHAS AEREASADV.(A/S) : MANOEL AUGUSTO FRAGA JALESAGDO.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ QUEIROZ DE ANDRADE

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DE COLÉGIO RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS. ALEGADA VIOLAÇÃO DOS ARTIGOS 5º, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. OFENSA AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 840.361 (206)ORIGEM : AIRR - 1649407720065020070 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CELSO ZERIALADV.(A/S) : CARLOS VICTOR AZEVEDO SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS

- CPTMADV.(A/S) : MARIA EDUARDA FERREIRA RIBEIRO DO VALLE

GARCIA

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA:AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADICIONAL DE SEXTA PARTE. EXTENSÃO A EMPREGADO DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. REEXAME DE DIREITO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

Ambas as Turmas desta Corte firmaram entendimento no sentido de que é inviável em recurso extraordinário o debate de questão relativa a direito meramente local.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.665 (207)ORIGEM : AC - 200671000021022 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MOTTA BORTOLOTTO CONSTRUÇÕES E

INCORPORAÇÕES LTDAADV.(A/S) : ANDRÉ AZAMBUJA DA ROCHAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL.TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS.

CUMULATIVIDADE. CRÉDITO. MANUTENÇÃO CONSIDERADA A EXONERAÇÃO EXISTENTE NA OPERAÇÃO SUBSEQUENTE. BENEFÍCIO LEGAL.

ART. 11 DA LEI 9.779/1999.ART. 153, § 3º, II DA CONSTITUIÇÃO.Nos termos da orientação firmada por esta Suprema Corte, o direito

ao creditamento do montante do IPI cobrado na aquisição de insumo ou matéria-prima que será utilizado em operação da qual resulte a saída de bem desonerado depende de expressa autorização legal.

Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.326 (208)ORIGEM : AI - 200804000455749 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MARISOL S/AADV.(A/S) : GILBERTO CASSULI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JAQUELINE OLIVEIRA DOS SANTOSAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

INTDO.(A/S) : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO - FNDE

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: negado provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.02.2012.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS EM QUE SE ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO - RECURSO IMPROVIDO.

O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR, ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.

- O recurso de agravo a que se referem os arts. 545 e 557, § 1º, ambos do CPC, deve infirmar todos os fundamentos jurídicos em que se assenta a decisão agravada. O descumprimento dessa obrigação processual, por parte do recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele interposto. Precedentes.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.899 (209)ORIGEM : APCRIM - 10338070624493001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : KEISSON VIANA ROCHAADV.(A/S) : ANTONIO HENRIQUE PEREIRA DA SILVAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISINTDO.(A/S) : WAGNER CRESPO NOGUEIRA

Decisão: negado provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.02.2012.

E M E N T A: AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO DE NATUREZA CRIMINAL - INCIDÊNCIA DA LEI Nº 8.038/90 (ARTS. 26 A 28) - PRAZO DE INTERPOSIÇÃO: CINCO (05) DIAS - INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 8.950/94 - RECURSO INTEMPESTIVO – SÚMULA 699/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- O prazo de interposição do agravo de instrumento, contra decisão denegatória de recurso extraordinário deduzido em processo penal, ainda é de cinco (05) dias, e não de dez (10) dias, eis que o advento da Lei nº 8.950/94 - por aplicar-se, unicamente, aos procedimentos de natureza civil - não importou em derrogação dos arts. 26 a 28 da Lei nº 8.038/90. Precedentes.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 110.154 (210)ORIGEM : HC - 216392 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : JONAS GONÇALVES DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RELATORA DO HC Nº 216392 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: agravo regimental a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 08.11.2011.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU FLAGRANTE ABUSO DE PODER. NEGATIVA DE TRÂNSITO À AÇÃO CONSTITUCIONAL. ÓBICE DA SÚMULA 691/STF. CRIMES DE QUADRILHA ARMADA (PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 288) E EXTORSÃO MAJORADA (§ 1º DO ART. 158), AMBOS DO CÓDIGO PENAL. ALEGADO EXCESSO DE PRAZO NA PRISÃO CAUTELAR. EXCEPCIONALIDADE NÃO CONFIGURADA. ÓBICE DA SÚMULA 691/STF. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

1. A jurisprudência desta Casa de Justiça é firme no sentido do não-conhecimento de HC sucessivamente impetrado antes do julgamento de mérito nas instâncias anteriores (cf. HC 79.776, da relatoria do ministro Moreira Alves; HC 76.347-QO, da relatoria do ministro Moreira Alves; HC 79.238, da relatoria do ministro Moreira Alves; HC 79.748, da relatoria do ministro Celso de Mello; e HC 79.775, da relatoria do ministro Maurício Corrêa). Jurisprudência que deu origem à Súmula 691/STF: “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

2. Esse entendimento jurisprudencial sumular comporta abrandamento, mas apenas quando de logo avulta que o cerceio à liberdade de locomoção do paciente decorre de ilegalidade ou de abuso de poder (inciso LXVIII do art. 5º da CF/88). O que não é o caso dos autos. O ato impugnado não configura decisão desarrazoada, ou por qualquer modo infundamentada. Além disso, o exame das peças que instruem o processo não evidencia a ilegalidade referida na petição inicial deste habeas corpus.

3. Agravo a que se nega provimento.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 24: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 24

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 435.278 (211)ORIGEM : AMS - 200371070012069 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : MULTIDRINK INDÚSTRIA DE BEBIDAS LTDAADV.(A/S) : GERSON JOÃO ZANCANARO E OUTRO(A/S)

Decisão: recurso improvido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. SELO DE CONTROLE DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. RESSARCIMENTO. ESTIPULAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE COBRANÇA PELO MINISTRO DA FAZENDA. ART. 3º DO DECRETO LEI 1.347/1975. INSUBSISTÊNCIA DA DELEGAÇÃO APÓS O ADVENTO DA NOVA ORDEM CONSTITUCIONAL. ART. 25 DO ADCT. POSSIBILIDADE DE COBRANÇA COM FUNDAMENTO NOS ATOS NORMATIVOS EDITADOS EM MOMENTO ANTERIOR AO PRAZO FIXADO NO ART. 25 DO ADCT. AGRAVO IMPROVIDO.

I – A jurisprudência desta Corte fixou orientação no sentido de que o art. 25 do ADCT, ao determinar a revogação de todos os dispositivos legais que atribuam ou deleguem a órgão do Poder Executivo competência assinalada pela Constituição ao Congresso Nacional, tornou insubsistentes, perante a nova ordem constitucional, apenas as delegações anteriormente concedidas, sem, contudo, invalidar os diplomas normativos editados sob a ordem constitucional precedente com fulcro nas atribuições delegadas.

II – Agravo regimental improvido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.621 (212)ORIGEM : AC - 9802311685 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : YOLANDA DA FROTA MATTOS NOGUEIRA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO FARIA MACEDO

Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 29.11.2011.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENSIONISTA. AUTO-APLICABILIDADE DO § 5º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (REDAÇÃO ORIGINÁRIA). ACÓRDÃO RECORRIDO CALÇADO EM PREMISSA AFASTADA PELA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

1. A adoção explícita, pela instância judicante de origem, de tese afastada pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal evidencia o debate da matéria constitucional deduzida no extraordinário.

2. De mais a mais, o reexame do acervo probatório dos autos, no caso, é desnecessário, dado que o provimento do apelo extremo se deu nos limites da moldura fática delineada pelo acórdão recorrido.

3. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 548.959 (213)ORIGEM : AI - 133882001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : NELIO ACHÃO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA ELZA FERREIRA CRUZ E OUTRO(A/S)

Decisão: negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Tributário. ITBI. Incidência sobre a transmissão de imóvel entre cônjuges, em razão da partilha de bens decorrente de divórcio. Controvérsia infraconstitucional. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.961 (214)ORIGEM : AC - 200400107151 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS EMPRESAS

DE ENERGIA DO RIO DE JANEIRO E REGIÃO - SINTERGIA

ADV.(A/S) : MARCELO DAVIDOVICH E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LIGHT - SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S/A

ADV.(A/S) : MARCELO JOSÉ DE SABOIA BANDEIRA DE MELLOADV.(A/S) : ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS

Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO DE GREVE. FORNECIMENTO DE SERVIÇO ESSENCIAL. CONTROVÉRSIA ACERCA DO ABUSO NO EXERCÍCIO DO DIREITO. REEXAME DE FATOS E PROVAS.

1. O reexame fático-probatório dos autos é providência incompatível com a via recursal extraordinária, nos termos da Súmula 279/STF.

2. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.190 (215)ORIGEM : AC - 9504412769 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MARCOPOLO S/AADV.(A/S) : FELIPE LUCIANO PEROTTONIAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. CRÉDITO. INDUSTRIALIZAÇÃO DE CARROCERIAS. MANUTENÇÃO DOS CRÉDITOS RELATIVOS ÀS AQUISIÇÕES ONERADAS A DESPEITO DA DESONERAÇÃO DA ETAPA SUBSEQUENTE. BENEFÍCIO LEGAL. EXTINÇÃO.

DL 1.662/1979 E DL 1.688/1979. IN 125/1989.ART. 153, § 1º, III DA CONSTITUIÇÃO. ART. 41, § 1º DO ADCT.AGRAVO REGIMENTAL.Segundo orientação firmada por esta Suprema Corte, o art. 153, § 1º,

III da Constituição não assegura, tão-somente por si, a manutenção de créditos gerados nas operações de aquisição oneradas pelo IPI, se a operação subsequente de saída for desonerada.

Por não ter sido confirmado no prazo estabelecido pelo art. 41, § 1º do ADCT, o incentivo criado pelo DL 1.662/1979 foi extinto após dois anos contados da promulgação da Constituição de 1988.

Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.350 (216)ORIGEM : AC - 71325183 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : STELA MAR INDÚSTRIA COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO

DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS LTDAADV.(A/S) : LUCIANE ELIZABETH DE SOUZA BARROS E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COSTA CONTAINER LINES SPAADV.(A/S) : RIVALDO SIMÕES PIMENTA E OUTRO(A/S)

Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.

1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende que “o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão” (AI 791.292-QO-RG, da relatoria do ministro Gilmar Mendes).

2. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.029

(217)

ORIGEM : AIRR - 1272404619995020027 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : CTEEP - COMPANHIA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA

ELÉTRICA PAULISTAADV.(A/S) : LUÍS OTÁVIO CAMARGO PINTOAGDO.(A/S) : SÔNIA MARIA ROSCH CHRISTOADV.(A/S) : FERNANDO ROBERTO GOMES BERALDO

Decisão: negado provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Matéria Infraconstitucional. Precedentes. AI-AgR 798.919. RE-RG 598.365 3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (218)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 25: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 25

654.223ORIGEM : AIRR - 1282407320065150092 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : PETROBRAS DISTRIBUIDORA S/AADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO MAIAAGDO.(A/S) : NELSON DE OLIVEIRA LEITEADV.(A/S) : MARCELO BUENO GAIO

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DO TST. ALEGADA VIOLAÇÃO DO ARTIGO 5º, XXXV E LV. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. OFENSA AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.605

(219)

ORIGEM : RMS - 24147 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : JOAQUIM DE SOUZA ROLIM JUNIORADV.(A/S) : JOAQUIM DE SOUZA ROLIM JUNIORAGDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 659.731

(220)

ORIGEM : AC - 200880000024823 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5º REGIÃO

PROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. AYRES BRITTOAGTE.(S) : LUÍS GUSTAVO DE OLIVEIRA LUCIOADV.(A/S) : CLÊNIO PACHÊCO FRANCO JÚNIORAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: agravo regimental desprovido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. SERVIDOR PÚBLICO. CHEFES DE CARTÓRIO ELEITORAL LOTADOS NO INTERIOR E NA CAPITAL. REMUNERAÇÃO DIFERENCIADA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. IMPOSSIBILIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 339/STF.

1. Não é possível, em recurso extraordinário, reexaminar legislação infraconstitucional.

2. Nos termos da Súmula 339/STF, “não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia”.

3. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 660.434

(221)

ORIGEM : AC - 70040328304 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREADV.(A/S) : LUÍS MAXIMILIANO LEAL TELESCA MOTAAGDO.(A/S) : SALUTIS FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO E DROGARIAADV.(A/S) : LUIZ MÁRIO SEGANFREDDO PADÃO

Decisão: negado provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL.TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTER VIVOS A

QUALQUER TÍTULO DE BENS IMÓVEIS E DE DIREITOS REAIS SOBRE IMÓVEIS. IMUNIDADE. TRANSFERÊNCIA DE BENS PARA INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL DE PESSOA JURÍDICA. SUPOSTA AUSÊNCIA DE ATIVIDADE ECONÔMICA. EFEITOS. NECESSIDADE DE REABERTURA DA INSTRUÇÃO PROBATÓRIA.

ART. 156, II DA CONSTITUIÇÃONos termos da Constituição e da legislação de regência, as

autoridades fiscais não podem partir de presunções inadmissíveis em matéria tributária, nem impor ao contribuinte dever probatório inexequível,

demasiadamente oneroso ou desnecessário. As mesmas balizas são aplicáveis ao controle jurisdicional do crédito

tributário.Para reverter as conclusões a que chegou o Tribunal de origem

acerca da invalidade de cobrança do ITBI, seria necessário reabrir a instrução probatória, com o objetivo de apurar a suposta falta de atividade econômica da pessoa jurídica que recebeu os bens, bem como para confirmar o intuito de desviar ilicitamente a finalidade da proteção constitucional (Súmula 279/STF).

Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 664.956

(222)

ORIGEM : AC - 1627712 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : JOSE ROBERTO DOS SANTOSADV.(A/S) : JOSÉ AQUINO DE LIMA

Decisão: negado provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.02.2012.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEINº12.322/2010) - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 665.154

(223)

ORIGEM : MS - 20090101770 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : VILSON FERREIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MARCELO BENITES DOS SANTOSINTDO.(A/S) : SECRETÁRIO DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA

E DEFESA DO CIDADÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

INTDO.(A/S) : SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO

Decisão: negado provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.02.2012.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEINº12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO INSCRITO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – DIREITO LOCAL – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

- Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 665.412

(224)

ORIGEM : MS - 20090401096 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : MAFALDA ZANETTEADV.(A/S) : MARCOS ROGÉRIO PALMEIRA

Decisão: recurso improvido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287. AGRAVO IMPROVIDO.

I - O agravo não atacou a totalidade dos fundamentos expostos na decisão que inadmitiu o recurso extraordinário, o que o torna inviável, conforme a Súmula 287 do STF. Precedentes.

II - Agravo regimental improvido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 26: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 26

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 670.505

(225)

ORIGEM : PROC - 06113798920108260016 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GILBERTO ALÍPIO MANSURADV.(A/S) : ANDREA FERRAZ DO AMARAL DE TOLEDO SANTOS

Decisão: recurso improvido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS SUSCITADAS. AGRAVO IMPROVIDO.

I - Não ficou demonstrada, nas razões do recurso extraordinário, em preliminar formal e fundamentada, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso.

II - Nos termos do art. 327, § 1º, do RISTF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar formal e fundamentada de repercussão geral serão recusados.

III - Agravo regimental improvido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 670.934

(226)

ORIGEM : PROC - 271100102042 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/A (INCORPORADOR

DO SANTANDER LEASING ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A)

ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AGNALDO ALVES DA SILVAADV.(A/S) : WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA

Decisão: recurso improvido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS SUSCITADAS. AGRAVO IMPROVIDO.

I - Não ficou demonstrada, nas razões do recurso extraordinário, em preliminar formal e fundamentada, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso.

II - Nos termos do art. 327, § 1º, do RISTF, com a redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, os recursos que não apresentem preliminar formal e fundamentada de repercussão geral serão recusados.

III - Agravo regimental improvido.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.372

(227)

ORIGEM : AMS - 200372050043040 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4º REGIÃO

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : REGUEIRA - DEMARCH CONSTRUTORA E

INCORPORADORA LTDAADV.(A/S) : GIAN CARLO POSSANEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: rejeitados os embargos com aplicação de multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Embargos de declaração em agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Embargos protelatórios. Imposição de multa. 3. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.600 (228)ORIGEM : AC - 200730023493 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : NAZARÉ COMERCIAL DE ALIMENTOS E MAGAZINE

LTDAADV.(A/S) : THIAGO ANDERSON REIS FERREIRAEMBDO.(A/S) : CICERO FRANCISCO DOS SANTOSADV.(A/S) : CARLOS AUGUSTO OLIVEIRA RAMALHO

Decisão: embargos rejeitados, nos termos do voto do Relator.

Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012. EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL

NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - A embargante busca tão somente a rediscussão da matéria e os embargos de declaração, por sua vez, não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.149 (229)ORIGEM : HC - 145131 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. AYRES BRITTOEMBTE.(S) : WARNER BROS ENTERTAINMENT INCEMBTE.(S) : DC COMICSEMBTE.(S) : HANNA BARBERA PRODUCTIONS INCADV.(A/S) : NAHYANA VIOTT E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : FELICIDADE JUVENTINA EMÍLIOEMBDO.(A/S) : RÚBIA CARLA DE AGUIAR E SILVAADV.(A/S) : MAURÍCIO STEGEMANN DIETER

Decisão: embargos de declaração rejeitados, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC. PRETENSÃO DE CARÁTER INFRINGENTE.

1. Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade, conforme o art. 535 do CPC.

2. A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação de julgamento que se efetivou regularmente.

3. Embargos rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.850 (230)ORIGEM : AI - 200704000204736 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : IRIVALDO MEDEIROSADV.(A/S) : JOÃO AUGUSTO TONON MEDEIROSEMBDO.(A/S) : ESPÓLIO DE HELGA TOENJESADV.(A/S) : JANAINA ROCHA MACHADO E OUTRO(A/S)

Decisão: embargos de declaração não conhecidos, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INTERPOSIÇÃO VIA FAX. INTEMPESTIVIDADE. ORIGINAL APRESENTADO FORA DO PRAZO LEGAL (LEI 9.800/1999, ART. 2º). PRAZO CONTÍNUO E IMPRORROGÁVEL.

Não merece ser conhecido o presente recurso, porquanto é ele intempestivo. Embora a petição recursal tenha sido transmitida, via fax, dentro do prazo para interposição do recurso, o respectivo original foi apresentado à Corte somente depois de decorrido o prazo legal.

É de se ressaltar que o prazo adicional é improrrogável e contínuo ao término do prazo para a interposição do recurso.

Embargos de declaração não conhecidos.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.273 (231)ORIGEM : AC - 200134000075383 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : SINDICATO NACIONAL DOS SERVIDORES FEDERAIS

AUTÁRQUICOS NOS ENTES DE FORMULAÇÃO, PROMOÇÃO E FISCALIZAÇÃO DA POLÍTICA DA MOEDA E DO CRÉDITO - SINAL

ADV.(A/S) : CLEONICE LOURENÇO RODRIGUES DA SILVAEMBDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL

Decisão: embargos de declaração rejeitados, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 28.02.2012.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO - PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA - CARÁTER INFRINGENTE - INADMISSIBILIDADE - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

- Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 27: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 27

parte recorrente - a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição - vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 289.466

(232)

ORIGEM : MS - 970115954 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAEMBDO.(A/S) : ARNALDO SEBASTIÃO AZEVEDO DA CRUZ E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA E OUTRO(A/S)

Decisão: embargos rejeitados, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: Embargos de declaração com caráter infringente. Ausência de omissão, obscuridade ou contradição.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 660.147

(233)

ORIGEM : RR - 33899000920025030900 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE

TRANSPORTES METROVIÁRIOS DE BELO HORIZONTE, CONTAGEM E BETIM

ADV.(A/S) : MAURÍCIO PORTIERI PIGNATTIEMBDO.(A/S) : COMPANHIA BRASILEIRA DE TRENS URBANOS -

CBTUADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR

Decisão: embargos rejeitados, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.

II - O embargante busca tão somente a rediscussão da matéria e os embargos de declaração, por sua vez, não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.

III - Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.602

(234)

ORIGEM : AMS - 93030581032 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : PREVIBOSCH SOCIEDADE DE PREVIDÊNCIA

PRIVADAADV.(A/S) : TULIO FREITAS DO EGITO COELHOADV.(A/S) : PAULO ROGÉRIO SEHMEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: embargos de declaração acolhidos, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 07.02.2012.

E M E N T A: SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – CARÁTER INFRINGENTE – EXCEPCIONALIDADE – INTIMAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA PARA IMPUGNÁ-LOS – ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA PRIVADA – EXTENSÃO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVISTA NO ART. 150, INCISO VI, “c”, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – POSSIBILIDADE – AUSÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO POR PARTE DOS BENEFICIÁRIOS RECONHECIDA, SOBERANAMENTE, PELO TRIBUNAL DE JURISDIÇÃO INFERIOR – APLICABILIDADE, AO CASO, DA SÚMULA Nº 730/STF - PRECEDENTES – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.874

(235)

ORIGEM : AC - 70024786451 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. AYRES BRITTO

EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREADV.(A/S) : ANA LUÍSA SOARES DE CARVALHOEMBDO.(A/S) : FRADIQUE CORREA GOMESADV.(A/S) : MARCELO PUCCINI CAMINHA

Decisão: embargos de declaração rejeitados e determinada a baixa imediata dos autos, independentemente de publicação, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC. PRETENSÃO DE CARÁTER INFRINGENTE.

1. Embargos rejeitados. 2. A reiteração dos embargos declaratórios mal disfarça a natureza

abusiva do recurso manejado, o que autoriza a baixa imediata dos autos, independentemente da publicação do acórdão, conforme orientação firmada pela Segunda Turma no AI 587.285-AgR-ED-ED-ED-ED, da relatoria do ministro Celso de Mello.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 265.963 (236)ORIGEM : AMS - 251145 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : INSTITUTO DE ENDOCRINOLOGIA E MEDICINA

NUCLEAR DO RECIFE LTDAADV.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RECIFEADV.(A/S) : JOÃO HUMBERTO MARTORELLI

Decisão: embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Embargos de declaração em recurso extraordinário. 2. Decisão monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Matéria infraconstitucional. Precedente. AI-RG 800.074. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.797

(237)

ORIGEM : AC - 70036402550 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : ALTAIR ALVES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WALDIR DE OLIVEIRA MOREIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LOCAIS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279. AGRAVO IMPROVIDO.

I – Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

II – O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissível o RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF.

III – Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Incide, no caso, a Súmula 279 do STF.

IV – Agravo regimental improvido.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 649.566

(238)

ORIGEM : AI - 10145063428117005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : RENATO CAMPOS ANDRADE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : SUPERMERCADO REI DO BAIRRO LTDAADV.(A/S) : FRANCISCO XAVIER AMARAL

Decisão: embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 28: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 28

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DAS QUESTÕES INVOCADAS NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULAS 282 e 356 DO STF. FALTA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. SÚMULAS 283 E 284 DESTE TRIBUNAL.

Agravo regimental a que se nega provimento.

HABEAS CORPUS 107.955 (239)ORIGEM : HC - 150609 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : GILBERTO LINHARES TEIXEIRAIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: habeas corpus denegado, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

Habeas corpus. 2. Perícia em arquivos de áudio obtidos durante interceptação telefônica. Pedido indeferido. Decisão devidamente fundamentada. 3. Constrangimento ilegal não caracterizado. 4. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 108.977 (240)ORIGEM : PROC - 00000204620117120012 - SUPERIOR

TRIBUNAL MILITARPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : PÉRICLES DE SOUZA LIMAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Decisão: ordem denegada, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 07.02.2012.

EMENTA: HABEAS CORPUS. DELITO MILITAR. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. TERMO INICIAL. ART. 126 DO CÓDIGO PENAL MILITAR. REGRA ESPECIAL. INAPLICABILIDADE DO INCISO I DO ART. 112 DO CÓDIGO PENAL. ORDEM DENEGADA.

1. A prescrição da pretensão executória dos crimes militares começa a correr do dia em que passa em julgado a sentença condenatória (§ 1º do art. 126 do Código Penal Militar).

2. A existência de regra especial inviabiliza o uso do inciso I do art. 112 do Código Penal para o cômputo do prazo prescricional da pretensão executória dos delitos militares.

3. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 109.625 (241)ORIGEM : HC - 171978 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : EDIVALDO JOSÉ DA SILVAIMPTE.(S) : EMERSON THADEU VITA FERREIRACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: ordem denegada, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. 2ª Turma, 29.11.2011.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PACIENTE PRONUNCIADO POR HOMICÍDIO QUALIFICADO. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DO PROCESSO-CRIME. RÉU SUPOSTAMENTE INDEFESO. FALTA DE COMPROVAÇÃO DO PREJUÍZO. SÚMULA 523/STF. ORDEM DENEGADA.

1. Naquelas situações em que a deficiência da defesa evidencia descaso, falta de iniciativa ou mesmo desinteresse pela realização de diligências cabíveis, é possível equiparar esse tipo de deficiência à total ausência de defesa técnica. O que, todavia, não ficou demonstrado na concreta situação dos autos. Caso em que a nulidade processual argüida pela impetração não se fez acompanhar da comprovação do efetivo prejuízo suportado pelo pronunciado. O que atrai a incidência da Súmula 523/STF. Precedente específico: HC 92.207, da relatoria da ministra Cármen Lúcia.

2. A defesa técnica entendeu imprescindível à prova da total inocência do acusado a indicação das mesmas testemunhas que foram listadas pela acusação na denúncia. Estratégia defensiva que não tem a força de caracterizar nenhuma nulidade processual, muito menos absoluta. Até porque, tal como consignou a autoridade apontada como coatora, a defesa apresentou o rol das testemunhas que iriam depor em Plenário do Júri. Tudo a impossibilitar o reconhecimento da irregularidade processual suscitada na impetração.

3. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 110.320 (242)ORIGEM : HC - 188848 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDES

PACTE.(S) : MAICON RODRIGO ZANQUINIIMPTE.(S) : GUSTAVO CESAR GANDOLFICOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 188848 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

Decisão: ordem concedida para cassar o decreto de prisão formalizado em desfavor do paciente (Maicon Rodrigo Zanquini) pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, nos autos da Apelação n. 990.10.215495-5, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 06.03.2012.

Habeas corpus. 2. Execução provisória da pena. Impossibilidade. Ofensa aos princípios constitucionais da presunção de inocência e da dignidade da pessoa humana. Precedente firmado no HC 84.078/MG de relatoria do Min. Eros Grau. 3. Superação da Súmula 691. 4. Ordem concedida.

HABEAS CORPUS 110.466 (243)ORIGEM : HC - 211941 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : SERGIO DE MELLO NUNESIMPTE.(S) : BRUNO SACCANICOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: ordem denegada, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PACIENTE DENUNCIADO PELO CRIME PREVISTO NO ART. 1º, I, DA LEI 8.137/1990. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. FALTA DE JUSTA CAUSA. NÃO OCORRÊNCIA. MEDIDA EXCEPCIONAL CUJA PERTINÊNCIA NÃO RESTOU DEMONSTRADA. IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DO PROCESSO DE CONHECIMENTO PELA VIA ESTREITA DO HABEAS CORPUS. WRIT PARCIALMENTE CONHECIDO E DENEGADO.

I – A denúncia narra fato típico imputado ao paciente, bem assim os indícios de materialidade e autoria, com destaque para o fato de o crédito tributário ter sido constituído, definitivamente, em novembro/2009, sem que exista qualquer causa de extinção da punibilidade ou de suspensão da pretensão punitiva.

II – O trancamento da ação penal, em habeas corpus, constitui medida excepcional que só deve ser aplicada nos casos de manifesta atipicidade da conduta, de presença de causa de extinção da punibilidade do paciente ou de ausência de indícios mínimos de autoria e materialidade delitivas, o que não ocorre na situação sob exame.

III – A jurisprudência desta Corte, de resto, em diversas oportunidades, assentou o entendimento de que não se pode substituir o processo de conhecimento pela via excepcional do habeas corpus, o qual se presta, precipuamente, para afastar a manifesta violência ou coação ilegal ao direito de locomoção.

IV – A assertiva de ocorrência da prescrição da pretensão punitiva não pode ser examinada nesta via porque não suscitada no Tribunal a quo, o que impede sua apreciação pelo STF, sob pena de indevida supressão de instância e de evidente extravasamento dos limites de competência desta Corte descritos no art. 102 da Constituição Federal.

V – Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa extensão, denegado.

HABEAS CORPUS 110.518 (244)ORIGEM : HC - 110518 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : CARLOS ALBERTO FRENADES DIAS OU CARLOS

ALBERTO FERNANDES DIASIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: ordem denegada, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 07.02.2012.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO EM FLAGRANTE. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. INDEFERIMENTO DE LIBERDADE PROVISÓRIA. REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA. DECISÃO FUNDAMENTADA NA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. ART. 312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA CONDENATÓRIA. CONFIRMAÇÃO DA NECESSIDADE DA SEGREGAÇÃO. ORDEM DENEGADA.

I – A superveniência da sentença penal condenatória, na espécie, não prejudica o habeas corpus, tendo em vista que o juízo sentenciante limitou-se a manter a prisão, sem acrescer outros fundamentos além daqueles já expostos na decisão que indeferiu o pedido de liberdade provisória. Precedentes.

II – A prisão foi fundamentada nos requisitos da prisão preventiva, elencados no art. 312 do Código de Processo Penal, especialmente em razão da prática reiterada do crime de tráfico de drogas pelo paciente, que já conta

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 29: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 29

com outras condenações pelo mesmo delito, sendo, portanto, reincidente específico.

III – Ademais, considerando que o réu permaneceu preso durante toda a instrução criminal, não se afigura plausível, ao contrário, se revela um contrassenso jurídico, sobrevindo sua condenação, colocá-lo em liberdade para aguardar o julgamento do apelo.

IV – Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 111.200 (245)ORIGEM : HC - 166580 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : LUCIANO FREIRE FERREIRAIMPTE.(S) : AÉLEM DAIANA RODRIGUES DE CARVALHOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 166.580 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: ordem concedida para determinar ao Superior Tribunal de Justiça que apresente o habeas corpus em mesa, para julgamento até a 10ª sessão subsequente à comunicação da ordem, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. ALEGAÇÃO DE DEMORA NO JULGAMENTO DO MÉRITO DE WRIT MANEJADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SITUAÇÃO CONFIGURADORA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM CONCEDIDA.

I – A impetrante sustenta a demora para o julgamento do habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça.

II – O excesso de trabalho que assoberba o STJ permite a flexibilização, em alguma medida, do princípio constitucional da razoável duração do processo. Precedentes.

III – Contudo, no caso dos autos, a situação caracteriza evidente constrangimento ilegal, uma vez que, passados quase dois anos do oferecimento do parecer pela Procuradoria Geral da República, o writ ainda não foi levado a julgamento.

IV – A demora para o julgamento do feito naquela Corte Superior configura negativa de prestação jurisdicional e flagrante constrangimento ilegal sofrido pelo paciente, apto a justificar a concessão da ordem para determinar o imediato julgamento daquela ação.

V – Habeas corpus conhecido, concedendo-se a ordem para determinar ao Superior Tribunal de Justiça que apresente o habeas corpus em mesa, para julgamento até a 10ª sessão subsequente à comunicação do decisum.

HABEAS CORPUS 111.694 (246)ORIGEM : HC - 227326 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : JOSE ORLANDO GAMA MARTINSIMPTE.(S) : MARCELO ANDERSON TAVARES PATRICIOCOATOR(A/S)(ES) : MINISTRO RELATOR DO HC 227.326 NO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: habeas corpus concedido para que seja modificado o regime inicial de cumprimento de pena para o aberto, bem como para que o Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Angra dos Reis/RJ proceda ao exame, no caso, da possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos do julgado do Plenário nos autos do HC 97.256/RS, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 06.03.2012.

Habeas corpus. 2. Tráfico de entorpecentes. Paciente condenado à pena de um ano e oito meses de reclusão. 3. Pedido de fixação de regime aberto para início do cumprimento da pena. Possibilidade. Paciente que cumpre os requisitos previstos no art. 33, § 2º, “c”, do Código Penal. 4. Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Possibilidade. Precedente do Plenário (HC n. 97.256/RS). 5. Necessidade de análise dos requisitos dispostos no art. 44 do CP. 6. Superação da Súmula 691. Ordem deferida.

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.509 (247)ORIGEM : HC - 227198 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : EURICO DOS SANTOSIMPTE.(S) : EURIDES DOS SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 227198 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

Decisão: habeas corpus não conhecido, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. 2ª Turma, 06.03.2012.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO MERAMENTE DENEGATÓRIA DE LIMINAR EM SEDE DE OUTRA AÇÃO DE “HABEAS CORPUS” – INOCORRÊNCIA, NA ESPÉCIE, DE SITUAÇÃO DE FLAGRANTE ILEGALIDADE OU DE EVIDENTE ABUSO

DE PODER – INCIDÊNCIA DA SÚMULA691/STF – “HABEAS CORPUS” NÃO CONHECIDO.

DENEGAÇÃO DE MEDIDA LIMINAR EM “HABEAS CORPUS” – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691/STF – INOCORRÊNCIA DE QUALQUER DAS SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS QUE JUSTIFIQUEM A SUPERAÇÃO DESSE OBSTÁCULO SUMULAR.

- Revela-se processualmente inviável, em face do que se contém na Súmula 691/STF, a impetração de “habeas corpus” junto ao Supremo Tribunal Federal, quando o “writ” constitucional vem a ser deduzido contra mera denegação de liminar em sede de outra ação de “habeas corpus” ajuizada perante Tribunal Superior da União, ressalvadas, excepcionalmente, as hipóteses (inocorrentes na espécie) em que a decisão questionada divergir da jurisprudência predominante na Suprema Corte ou, então, veicular situação configuradora de abuso de poder ou de manifesta ilegalidade. Precedentes.

Brasília, 16 de março de 2012.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SECRETARIA JUDICIÁRIADecisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

AÇÃO CAUTELAR 2.824 (248)ORIGEM : PP - 38441 - CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOAUTOR(A/S)(ES) : GARIBALDI JOSE DE SOUZAADV.(A/S) : GEORGE SUETONIO RAMALHO JÚNIOR E OUTRO(A/

S)RÉU(É)(S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: vistos, etc.Por meio de despacho de 10/02/2012, determinei a intimação do

autor para que demonstrasse o recolhimento do preparo, no prazo de 10 (dez) dias.

Na sequência, a Secretaria Judiciária certificou que “não houve manifestação do autor nos termos do art. 7º da Resolução 427/2010”.

Pois bem, tendo em conta os sucessivos contatos do procurador da parte autora com o meu Gabinete, informando que o preparo já foi devidamente recolhido e que a comprovação desse recolhimento não foi realizada devido a “problemas com o sistema de peticionamento eletrônico”, remetam-se os autos à Secretaria, a fim de que certifique se, de fato, houve alguma restrição de ordem técnica à comprovação por meio eletrônico.

Após, voltem-me conclusos.Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro Ayres Britto Relator

AÇÃO CAUTELAR 2.915 (249)ORIGEM : AI - 353842009 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : JUNTA DE EDUCAÇÃO DA CONVENÇÃO BATISTA DO

ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : VANDER DE SOUZA SANCHESRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOAÇÃO CAUTELAR – SUSPENSÃO.1. Ante o deferimento integral da medida acauteladora requerida pela

parte autora e a retenção do agravo de instrumento interposto na origem com fundamento no artigo 543-B, § 1º, do Código de Processo Civil, determino o sobrestamento desta cautelar até o julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.662, de minha relatoria, o qual veicula a matéria de fundo versada na lide principal.

2. À Assessoria, para o acompanhamento devido.3. Publiquem.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.965 (250)ORIGEM : ADI - 101393 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUX

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 30: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 30

REQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO - CONFENEN

ADV.(A/S) : FELICÍSSIMO JOSÉ DE SENA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS

DESPACHO: Primeiramente, informe a requerente a respeito da vigência e eficácia dos atos normativos aqui impugnados, juntando-se cópias de eventuais atos alteradores.

Com o retorno, voltem-me conclusos.Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 460 (251)ORIGEM : PROC - 200636000075441 - JUIZ FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAREVISOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : JAYME VERÍSSIMO DE CAMPOSADV.(A/S) : JOSÉ GERARDO GROSSI E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Considerando a conclusão da inquirição das testemunhas, intimem-se, sucessivamente, a acusação e o réu para, querendo, no prazo de cinco dias, formularem requerimento de diligências (art. 10 da Lei nº 8.038/1990).

Esclareço que, nos termos do art. 402 do CPP (com redação dada pela Lei nº 11.719/2008), as diligências a serem eventualmente requeridas devem necessariamente ser aquelas “cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução”.

Publique-se.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 639 (252)ORIGEM : APCRIM - 200951018049723 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXREVISORA :MIN. ROSA WEBERAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : ÁLVARO LINS DOS SANTOSADV.(A/S) : RENATA SERPA RODRIGUES NAZARIO E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Declaro-me impedido, por motivo de foro íntimo, com fundamento no art. 135, parágrafo único, do Código de Processo Civil, c/c art. 3º do Código de Processo Penal.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 640 (253)ORIGEM : APCRIM - 200851018153972 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXREVISORA :MIN. ROSA WEBERAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE

OLIVEIRAADV.(A/S) : MAURO COELHO TSERÉU(É)(S) : SISSY BULOS LINS DOS SANTOSRÉU(É)(S) : FRANCIS BULLOSRÉU(É)(S) : VANDA DE OLIVEIRA BULLOSADV.(A/S) : MÁRCIO DELAMBERT MIRANDA FERREIRARÉU(É)(S) : RICARDO HALLAKADV.(A/S) : ILANA FRIED BENJÓRÉU(É)(S) : FÁBIO MENEZES DE LEÃOADV.(A/S) : VANESSA DO AMARAL SERPARÉU(É)(S) : ALCIDES CAMPOS SODRÉ FERREIRAADV.(A/S) : MARIO CESAR MACHADO MONTEIRORÉU(É)(S) : DANIEL GOULARTADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE LOPES REISRÉU(É)(S) : LUCIANA GOUVEIA DOS SANTOSADV.(A/S) : FLÁVIO DE ANDRADE PINTO

RÉU(É)(S) : LUIZ CARLOS DOS SANTOSADV.(A/S) : RODRIGO HENRIQUE ROCA PIRES

DESPACHO: Declaro-me impedido, por motivo de foro íntimo, com fundamento no art. 135, parágrafo único, do Código de Processo Civil, c/c art. 3º do Código de Processo Penal.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 641 (254)ORIGEM : APCRIM - 200951018049735 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXREVISORA :MIN. ROSA WEBERAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : MÁRIO FRANKLIN LEITE MUSTRANGE DE CARVALHOADV.(A/S) : MÁRCIO DELAMBERT MIRANDA FERREIRA

DESPACHO: Declaro-me impedido, por motivo de foro íntimo, com fundamento no art. 135, parágrafo único, do Código de Processo Civil, c/c art. 3º do Código de Processo Penal.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 646 (255)ORIGEM : INQ - 3112 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREVISOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : JAQUELINE MARIA RORIZ ABREUADV.(A/S) : CLEBER LOPES DE OLIVEIRARÉU(É)(S) : WALDO DE ARAÚJO MEIRELESADV.(A/S) : VALCY NAZARENO RORIZ

DECISÃOCOMPETÊNCIA – PRERROGATIVA DE FORO –

DESDOBRAMENTO DO PROCESSO.TESTEMUNHA – DESISTÊNCIA – HOMOLOGAÇÃO.PROCESSO-CRIME – DILIGÊNCIAS.1. A Assessoria prestou as seguintes informações:Retorna a carta de ordem encaminhada ao Foro da Justiça Federal

da Seção Judiciária do Distrito Federal e enviada, em caráter itinerante, à Justiça Federal da Subseção Judiciária de Luziânia/GO, para a oitiva de testemunhas.

O Procurador-Geral da República, na manifestação de folha 871 a folha 873, requer:

a) a homologação do pedido de desistência de oitiva de Francisco Alves de Carvalho, pois não foi localizada a testemunha;

b) a degravação do depoimento de Júlio César Nascimento, cuja mídia está juntada à folha 854;

c) a expedição de ofício à Vara Federal da Subseção Judiciária de Luziânia/GO, para que remeta a mídia referente aos depoimentos de Jorgelei Ricardo Veloso e Fladenor Francisco dos Santos. Pleiteia a respectiva degravação;

d) o desentranhamento e a remessa da carta de ordem em questão à Subseção Judiciária de Luziânia/GO, para a localização e oitiva da testemunha Wélix Luiz da Costa;

e) a intimação da defesa para que indique o endereço onde podem ser encontradas as testemunhas Erasmo Lélis e Ismael Ferreira da Silva, assinalando prazo de 5 dias para manifestação, sob pena de desistência.

Na petição de folha 877 a folha 879, a defesa afirma que, apesar de intimada sobre a delegação do ato de oitiva das testemunhas à Justiça Federal, não o foi acerca da data da expedição da carta de ordem. Conforme sustenta, não acompanhou a inquirição da testemunha Júlio César Nascimento, em virtude da ausência de intimação acerca da data de envio.

Informa que Erasmo Lélis reside na SMPW Trecho 03 Bloco A sala 30, Brasília/DF, telefone: 9984-4311. Concorda com o pedido do Ministério Público para que seja ouvida a testemunha Wélix Luiz da Costa, noticiando residir ele na Rodovia Municipal Paulista, Km 22, Zona Rural, Luziânia/GO.

Requer a expedição de novas cartas de ordem às Varas Federais da Seção Judiciária do Distrito Federal e Subseção Judiciária de Luziânia/GO, para oitiva das testemunhas mencionadas.

2. Vê-se a necessidade de sanear o processo presente a problemática da competência. A do Supremo é de direito estrito e não pode

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 31: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 31

ser aditada mediante normas instrumentais comuns como são as do Código de Processo Penal relativas à conexão e à continência. As balizas estão, de forma exaustiva, na Constituição Federal.

Cumpre homologar o pedido de desistência quanto à testemunha Francisco Alves de Carvalho. No mais, há de providenciar-se o que preconizado pela Procuradoria Geral da República. A defesa já se antecipou e forneceu o endereço da testemunha Erasmo Lélis, faltando o de Ismael Ferreira da Silva.

No tocante à intimação concernente à expedição da carta de ordem para a oitiva da testemunha Júlio César Nascimento, deve-se aguardar o esclarecimento da Judiciária.

3. Procedam ao desdobramento do processo relativamente àqueles que não detêm prerrogativa de foro, remetendo cópia integral ao Juízo Federal da Quinta Vara da Seção Judiciária de Goiás.

4. Homologo o pedido de desistência referente à audição da testemunha Francisco Alves de Carvalho.

5. Defiro as diligências pretendidas pela Procuradoria Geral da República.

6. Informe a Judiciária sobre o que alegado quanto à expedição da carta de ordem alusiva à inquirição da testemunha Júlio César Nascimento.

7. Publiquem.Brasília – residência –, 12 de março de 2012, às 11h20.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AÇÃO PENAL 664 (256)ORIGEM : PROCESSO - 00084343920064058100 - JUIZ FEDERAL

DA 5º REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREVISOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : RAIMUNDO ANTÔNIO DE MACEDOADV.(A/S) : EDILSON SOARESADV.(A/S) : SÉRGIO GURGEL CARLOS DA SILVARÉU(É)(S) : FRANCISCO HENRIQUE RICARDO DE MACEDORÉU(É)(S) : MARIA DO SOCORRO MACEDO DOS SANTOSRÉU(É)(S) : RAIMUNDO JOAQUIM DOS SANTOSRÉU(É)(S) : RAIMUNDO WILSON DE MACÊDOADV.(A/S) : LUCIANO ALVES DANIEL

DECISÃOCOMPETÊNCIA – PROCESSO-CRIME – PRERROGATIVA DE

FORO – DESMEMBRAMENTO.PROCESSO-CRIME – DILIGÊNCIA.1. A Assessoria assim resumiu a espécie:O Ministério Público Federal formalizou denúncia contra Raimundo

Antônio de Macedo, Sérgio Gurgel Carlos da Silva, Francisco Henrique Ricardo de Macedo, Maria do Socorro de Macedo dos Santos, Raimundo Joaquim dos Santos e Raimundo Wilson de Macedo, ante a suposta prática do crime previsto no artigo 20 da Lei n° 7.492, de 1986 ( aplicar, em finalidade diversa da prevista em lei ou contrato, recursos provenientes de financiamento concedido por instituição financeira oficial ou por instituição credenciada para repassá-lo).

O Juízo da 16ª Vara da Justiça Federal no Estado do Ceará, Seção Judiciária de Juazeiro do Norte, encaminhou o processo-crime ao Supremo, em virtude da eleição de Raimundo Antônio de Macedo para o cargo de Deputado Federal.

O Procurador-Geral da República pleiteia o desmembramento em relação aos acusados sem prerrogativa de foro, com a devida remessa de cópia das peças processuais ao Juízo. Sustenta ser a medida necessária para conveniência da instrução criminal e racionalização dos trabalhos.

Uma vez efetivada a providência, manifesta-se pelo prosseguimento do processo a partir da fase em que se encontra. Assim, requer seja determinada a oitiva da única testemunha faltante, Luiz Carlos Bezerra Tavares, arrolada pela defesa.

2. A competência do Supremo é de direito estrito. Vale dizer: obedece aos parâmetros rígidos da Constituição Federal. Normas instrumentais comuns, como são as relativas à conexão e à continência do Código de Processo Penal, não podem aditá-la. No mais, há de ouvir-se a testemunha mencionada pelo Procurador-Geral da República.

3. Providenciem o desdobramento do processo, para dar-se sequência no Supremo apenas no tocante ao Deputado Federal Raimundo Antônio de Macedo, remetendo cópia ao Juízo da 16ª Vara da Justiça Federal no Estado do Ceará, Seção Judiciária de Juazeiro do Norte.

4. Ouçam, mediante carta de ordem, a testemunha referida.5. Retifiquem a autuação.6. Publiquem.Brasília – residência –, 12 de março de 2012, às 11h.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 26.849 (257)

ORIGEM : MS - 125255 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : WEDER DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JORGE AMAURY MAIA NUNES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOAGDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONCURSO PÚBLICO PARA

PROVIMENTO DE CARGO DE AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : ANDRE LUIS DE CARVALHOADV.(A/S) : ALYSSON SOUSA MOURÃO E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Primeiramente, tendo em vista transcurso de tempo, informe o agravante se ainda possui interesse no julgamento do presente agravo regimental, justificando-se.

Com o retorno, voltem-me conclusos.Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 229

(258)

ORIGEM : ADPF - 229 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - HOSPITAIS,

ESTABELECIMENTOS E SERVIÇOS - CNSADV.(A/S) : RENATA MOUTA PEREIRA PINHEIRO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de arguição de descumprimento de preceito fundamental, com pedido de medida liminar, proposta pela Confederação Nacional de Saúde – Hospitais, Estabelecimentos e Serviços - CNS, contra a Orientação Jurisprudencial 345 da SDI-I do Tribunal Superior do Trabalho, assim redigida:

“ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO (DJ 22.06.2005)

A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, 'caput', e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade”.

A arguente sustenta, inicialmente, o cabimento desta medida, sob o argumento de que se é possível manejá-la contra decisões judiciais isoladas, consequentemente também seria cabível contra orientações jurisprudenciais.

Indica como preceitos ofendidos os artigos 2º, 5º, II, 7º, XXIII, 22, I, 37, 84 e 87, todos da Constituição Federal de 1988, em decorrência de interpretação jurisprudencial não conforme ao art. 193 da Consolidação das Leis Trabalhistas.

Solicitei prévias informações, nos termos do art. 5º, § 2º, da Lei 9.882/1999, que foram prestadas pelo TST.

Instadas, a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria Geral da República manifestaram-se pelo não conhecimento da arguição, por entenderem não ser possível a utilização deste instrumento para atacar orientações jurisprudenciais.

É o relatório necessário.Decido.Bem examinados os autos, entendo incabível esta arguição.Como pontuou a AGU:“(...) sabe-se que as orientações jurisprudenciais estabelecidas pelo

Tribunal Superior do Trabalho, assim como as súmulas editadas por essa Suprema Corte, consistem na expressão de entendimentos reiterados do tribunal a respeito de um tema específico. Entretanto, como adverte Sérgio Pinto Martins, a jurisprudência no Direito do Trabalho 'não se configura como norma obrigatória, mas apenas indicia o caminho predominante em que os tribunais entendem de aplicar a lei, suprindo, inclusive, eventuais lacunas desta última'.

Dessa forma, os enunciados de orientações não podem ser concebidos como ato do Poder Público lesivo a preceito fundamental, de modo a justificar o cabimento da arguição, porque não solucionam, no caso concreto, conflitos de interesses. Em outras palavras, as decisões judicias que levaram à formulação da síntese jurisprudencial é que poderiam, em princípio, acarretar ofensa a preceito fundamental”.

Nessa mesma linha manifestou-se a PGR:“As orientações jurisprudenciais do Tribunal Superior do Trabalho,

assim como os seus enunciados de súmula, não são atos do poder público potencialmente lesivos a preceito fundamental, na medida em que se

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 32: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 32

prestam, tão somente, a veicular o entendimento consolidado em diversos julgados daquela Corte.

(…)No presente caso, a eventual lesão a preceitos fundamentais, caso

de fato houvesse ocorrido, ter-se-ia originado da norma regulamentadora que conferiu o adicional de periculosidade aos trabalhadores expostos à radiação ionizante – Portaria 518/2003, do Ministério do Trabalho – a qual não foi impugnada pela arguente em seu pedido.

Portanto, obsta o conhecimento da arguição o fato de seu provimento não ter aptidão para afastar a alegada situação de lesividade. Com efeito, ainda que se suspendesse a eficácia da OJ 345-SDI-1, continuaria plenamente em vigor o dispositivo que assegurou o direito ao adicional de periculosidade à categoria supramencionada, o que denota a inutilidade do provimento do pleito”.

Com efeito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da ADPF 80-AgR/DF, Rel. Min. Eros Grau, também se pronunciou sobre o tema, assentando que orientações jurisprudenciais não consubstanciam atos do Poder Público para fins de impugnação pela via da arguição de descumprimento de preceito fundamental.

O acórdão foi assim ementado:“AGRAVO REGIMENTAL NA ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO

DE PRECEITO FUNDAMENTAL. ENUNCIADOS DE SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REVISÃO. INADEQUAÇÃO DA VIA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO DA ARGUIÇÃO. 1. O enunciado da Súmula desta Corte, indicado como ato lesivo aos preceitos fundamentais, não consubstancia ato do Poder Público, porém tão somente a expressão de entendimentos reiterados seus. À arguição foi negado seguimento. 2. Os enunciados são passíveis de revisão paulatina. A arguição de descumprimento de preceito fundamental não é adequada a essa finalidade. 3. Agravo regimental não provido”.

Por essas razões, sendo manifestamente incabível o pedido, nego seguimento a esta arguição, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do STF.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

EMB.DECL. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.291

(259)

ORIGEM : ADI - 107591 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOLADV.(A/S) : LUIZ RICCETTO NETOEMBDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SAO

PAULOEMBDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EFEITO MODIFICATIVO –

CONTRADITÓRIO.1. Os embargos veiculam pedido de modificação da decisão

proferida.2. Diga a parte embargada.3. Publiquem. Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.429

(260)

ORIGEM : ADI - 4429 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASIL - CFOABADV.(A/S) : OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JUNIOREMBDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULOEMBDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO

PAULO

DESPACHOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EFEITO MODIFICATIVO –

CONTRADITÓRIO.1. Os embargos veiculam pedido de modificação da decisão

proferida.2. Diga a parte embargada.3. Publiquem. Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.125 (261)

ORIGEM : MS - 29125 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : MARIA DE LOURDES GONÇALVES BUONAFINAADV.(A/S) : JOÃO HENRIQUE ALVES DE ALENCAREMBDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: A desistência da ação de mandado de segurança, com todas as conseqüências jurídicas que resultam desse ato unilateral da parte impetrante, revela-se conduta processualmente lícita (RTJ88/290, Rel. Min. DÉCIO MIRANDA), podendo ocorrer - consoante observa HELY LOPES MEIRELLES (“Mandado de Segurança”, p. 123, 29ªed., atualizada por Arnoldo Wald/Gilmar Ferreira Mendes, 2006, Malheiros) - “a qualquer tempo, independentemente de consentimento do impetrado” (grifei).

O Supremo Tribunal Federal, por isso mesmo, atento ao magistério da doutrina (CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, “Manual do Mandado de Segurança”, p. 148, 4ª ed., 2003, Renovar; FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA, “Mandado de Segurança e Controle Jurisdicional”, p. 177, item n. 7.19, 2ª ed., 1996, RT; J. M. OTHON SIDOU, “Do Mandado de Segurança”, p. 383, item n. 222, 3ª ed., 1969,RT; ALFREDO BUZAID, “Do Mandado de Segurança”, vol. I/235, item n. 151, 1989, Saraiva), tem enfatizado não se aplicar, ao processo de mandado de segurança, o que dispõe o art. 267, § 4º, do CPC (RTJ 114/552, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA - MS 22.129/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MS 23.831/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MS24.082/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RE 259.343/SP, Rel. Min.CELSO DE MELLO, v.g.).

Na realidade, além de possível, a desistência da ação de mandado de segurança constitui prerrogativa de ordem processual que pode ser livremente exercida pela parte impetrante, “sem dependência da vontade da parte contrária ou da do julgador, e até contra elas, podendo ser manifestada a qualquer tempo, mesmo após a sentença favorável” (SÉRGIO FERRAZ, “Mandado de Segurança - Individual ou Coletivo - Aspectos Polêmicos”, p. 37, 3ª ed., 1996, Malheiros - grifei).

Em suma: tratando-se do “writ” constitucional em questão, assiste, à parte impetrante, sempre, o direito de desistir da ação mandamental, ainda que a tanto queira se opor a autoridade impetrada (Arquivo Judiciário, vol. 108/339, Rel. Min. HENRIQUE D’ÁVILA):

“MANDADO DE SEGURANÇA. DESISTÊNCIA. POSSIBILIDADE. INAPLICABILIDADE DO ART. 267, § 4º, DO CPC. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E PROVIDO.

- É lícito ao impetrante desistir, a qualquer tempo, da ação de mandado de segurança, independentemente de aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da entidade estatal interessada. Doutrina. Precedentes (STF).”

(RE 394.940/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, homologo o pedido de desistência formulado pela

parte ora impetrante, por intermédio de Advogado investido de poderes especiais, e, em conseqüência, declaro extinto este processo mandamental.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

EMB.DECL. NA MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.484

(262)

ORIGEM : MS - 106570 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : SILVIO DOS SANTOS NETOADV.(A/S) : MARIA DO CARMO ALVES RIZZOEMBDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PCA N°

200710000015417)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Primeiramente, tendo em vista transcurso de tempo, informe o embargante eventual realização do concurso público em apreço, bem como se ainda possui interesse no julgamento dos presentes embargos de declaração e do writ, justificando-se.

Com o retorno, voltem-me conclusos.Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 101.220 (263)ORIGEM : HC - 0008763-86.2009.1.00.0000 - SUPREMO

TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : FÁBIO MARTINS FERRO DA COSTAIMPTE.(S) : ANTÔNIO GERALDO DE CASTRO E SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 33: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 33

COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Reitere-se pela terceira vez, inclusive via fax, o teor do Ofício nº 5.891/SEJ (fls. 198), fixando-se o prazo de 5 (cinco) dias para resposta, sob pena de crime de desobediência.

Cumpra-se, com urgência.Publique-se.Brasília, 08 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 103.275 (264)ORIGEM : HC - 103275 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : DANIEL VALENTE DANTASIMPTE.(S) : ANDREI ZENKNER SCHIMIDT E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Os presentes autos foram distribuídos ao Ministro Eros Grau, por prevenção, em virtude do HC n. 95.009 e, posteriormente, foram-me distribuídos, por sucessão, com fundamento no artigo 38 do RISTF.

Os impetrantes suscitaram prevenção a um dos Ministros da Segunda Turma, com fundamento no artigo 10, § 4º, c/c § 3º, do RISTF, verbis:

A Turma que tiver conhecimento da causa ou de algum de seus incidentes, inclusive de agravo para subida de recurso denegado ou procrastinado na instância de origem, tem jurisdição preventa para os recursos, reclamações e incidentes posteriores, mesmo em execução, ressalvada a competência do Plenário e do Presidente do Tribunal.

§ 4º. Salvo o caso do parágrafo anterior, prevenção do Relator que deixe o Tribunal comunica-se à Turma.

§ 3º Desaparecerá a prevenção se da Turma não fizer parte nenhum dos Ministros que funcionaram em julgamento anterior ou se tiver havido total alteração da composição das Turmas.

Determinei a remessa dos autos à Presidência para manifestar-se a respeito da prevenção, sobrevindo despacho do Ministro Cezar Peluso do qual extraio:

“[...]Verifico, no entanto, que não houve pronunciamento da 2ª Turma nos

autos deste HC nº 103.275, motivo pelo qual não há razão jurídica que justifique a comunicação da prevenção do Relator com a Turma, em decorrência da aposentadoria do Min. EROS GRAU (art. 10, § 4º, do RISTF). A Relatoria deve, portante, permanecer com o Ministro LUIZ FUX, sucessor do Ministro EROS GRAU (art. 38, IV, a, RISTF).”

Inconformados, os impetrantes interpuseram agravo regimental fundado em que a prevenção da Turma deu-se em razão do julgamento do HC n. 95.009, incidente originário da causa (Operação Satiagraha).

Requerem a reconsideração do decisum ou a submissão ao Plenário desta Corte a fim de que dê provimento ao recurso para determinar a redistribuição a um dos Ministros da Segunda Turma.

Ex positis, determino a remessa dos autos ao Presidente desta Corte.Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 105.579 (265)ORIGEM : HC - 180366 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ROGÉRIO RODRIGUES DA SILVAIMPTE.(S) : SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC 180366 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – ELUCIDAÇÃO.1. Esta impetração visa revogar o ato mediante o qual foi determinada

a prisão preventiva e assegurar ao paciente o direito de permanecer em liberdade sob a alegação de ausência dos requisitos legais para a imposição da medida.

2. Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça revelou que a Quinta Turma daquele Tribunal deferiu a ordem requerida no Habeas Corpus nº 117.769/SP e, em consequência, determinou a expedição de alvará de soltura, alcançando o pedido formalizado neste processo.

Nas informações prestadas, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, noticiou que, quando da prolação de sentença condenatória, expediu o alvará de soltura e concedeu ao paciente o direito de recorrer em liberdade.

3. Ante o quadro, diga a impetrante sobre o interesse no prosseguimento do habeas.

4. Publiquem.

Brasília, 6 de fevereiro de 2012.Ministro MARCO AURÉLIO

Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 108.730 (266)ORIGEM : HC - 190862 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : HUDSON HELY DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra acórdão emanado do E. Superior Tribunal de Justiça, que, em sede de idêntico “writ” constitucional, denegou a ordem de “habeas corpus” que havia sido requerida em favor do ora paciente.

Busca-se, nesta sede processual, a concessão de medida cautelar para que seja deferida liberdade provisória a referido paciente.

O exame dos fundamentos em que se apóia a presente impetração parece descaracterizar, ao menos em juízo de estrita delibação, a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida nesta sede processual.

Cumpre assinalar, por relevante, que o deferimento da medida liminar, resultante do concreto exercício do poder cautelar geral outorgado aos juízes e Tribunais, somente se justifica em face de situações que se ajustem aos seus específicos pressupostos: a existência de plausibilidade jurídica (“fumus boni juris”), de um lado, e a possibilidade de lesão irreparável ou de difícil reparação (“periculum in mora”), de outro.

Sem que concorram esses dois requisitos - que são necessários, essenciais e cumulativos -, não se legitima a concessão da medida liminar.

Sendo assim, sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria, quando do julgamento final do presente “writ” constitucional, indefiro o pedido de medida cautelar.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 109.444 (267)ORIGEM : HC - 145726 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JOSÉ ANTÔNIO DAL MOLINIMPTE.(S) : ANTONIO CELSO NOGUEIRA LEIRIACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES – REITERAÇÃO –

DILIGÊNCIA . 1. A Secretaria Judiciária certificou que o Tribunal Regional Federal

da 4ª Região não prestou as informações necessárias à instrução do processo.

2. Reiterem os termos do Ofício nº 42/R, sublinhando o silêncio até aqui notado.

3. Publiquem.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 110.508 (268)ORIGEM : HC - 110508 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : JORGE MARLEY ALCÂNTARA BARROSIMPTE.(S) : JORGE MARLEY ALCÂNTARA BARROSCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Oficie-se ao Juízo da Vara Criminal da Comarca de Formosa/GO, para que informe a atual situação do ora paciente na execução da pena decorrente da ação penal nº 2007.04997880.

Publique-se.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 111.393 (269)ORIGEM : HC - 184557 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : SEBASTIÃO ELIZÁRIOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 34: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 34

COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 184.557 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de SEBASTIÃO ELIZÁRIO, no qual figura como autoridade coatora a relatora do HC 184.557/MG, min. Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça.

A impetrante alega, em síntese, excesso de prazo para o julgamento do citado habeas corpus impetrado ao STJ, razão pela qual requer a concessão da ordem para que seja determinado ao Tribunal Superior que julgue imediatamente o aludido writ.

É o relatório.Decido.Em consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal de Justiça

(www.stj.jus.br www.stj.jus.br ), no andamento processual do HC 184.557/MG, verifico que, em 07.02.2012, a Quinta Turma do STJ “conheceu parcialmente do pedido e, nessa parte, denegou a ordem”.

Assim, não mais havendo de se falar em demora no julgamento do feito pela autoridade apontada como coatora, o presente writ perdeu seu objeto jurídico.

Por esta razão, julgo prejudicado o presente habeas corpus com base no que me permite o art. 21, IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se. Brasília, 8 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 111.495 (270)ORIGEM : HC - 203548 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : LUCAS ANDRADE DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra acórdão emanado do E. Superior Tribunal de Justiça, que, em sede de idêntico “writ” constitucional, denegou a ordem de “habeas corpus” que havia sido requerida em favor do ora paciente.

Busca-se, nesta sede processual, a concessão de medida cautelar para que seja deferida liberdade provisória a referido paciente.

O exame dos fundamentos em que se apóia a presente impetração parece descaracterizar, ao menos em juízo de estrita delibação, a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida nesta sede processual.

Cumpre assinalar, por relevante, que o deferimento da medida liminar, resultante do concreto exercício do poder cautelar geral outorgado aos juízes e Tribunais, somente se justifica em face de situações que se ajustem aos seus específicos pressupostos: a existência de plausibilidade jurídica (“fumus boni juris”), de um lado, e a possibilidade de lesão irreparável ou de difícil reparação (“periculum in mora”), de outro.

Sem que concorram esses dois requisitos - que são necessários, essenciais e cumulativos -, não se legitima a concessão da medida liminar.

Sendo assim, sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria, quando do julgamento final do presente “writ” constitucional, indefiro o pedido de medida cautelar.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 111.821 (271)ORIGEM : HC - 216845 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : WANDERSON RUELLA COSTAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES (ART. 33 DA LEI N. 11.343/06). LIBERDADE PROVISÓRIA. CONCESSÃO PELO JUÍZO PROCESSANTE. PERDA DO OBJETO. WRIT PREJUDICADO.

DECISÃO: O pedido e a causa de pedir objetivam a liberdade provisória do paciente, preso em flagrante pela prática do crime de tráfico de entorpecentes.

O Juiz de Direito da Primeira Vara Criminal de Cachoeiro de Itapemirim prestou informações em atenção à requisição desta Corte, verbis:

“(...)Inicialmente, cumpre-nos informar que o ora paciente foi denunciado

em 25.03.2011 em razão de ter sido flagrado em data anterior na posse de - ‘trazendo consigo’ - droga vulgarmente conhecida como crack, cuja natureza e materialidade foi atestada positivamente por meio de resultado do exame químico toxicológico a que submetido o material arrecadado.

Tão logo comunicada a prisão, a autoridade judiciária entendeu por homologar o flagrante e manter a custódia cautelar.

O paciente foi notificado pessoalmente na data de 08.04.2011 e, assistido pela Defensoria Pública Estadual, ofereceu defesa prévia em 10.05.2011.

A denúncia foi recebida em 25.05.2011, sendo, incontinenti, designada audiência de instrução e julgamento que se realizou em 28.07.2011, ocasião em que revogada a ordem de prisão anteriormente imposta e restituída a liberdade do ora paciente. [grifei]

Encerrada a instrução processual do feito, as partes formularam alegações finais na forma de memoriais escritos, sendo que somente em 12.12.2011 foram apresentadas as derradeiras alegações por parte da defesa.

O feito atualmente acha-se concluso para prolação de sentença de mérito.

Desse modo, repisando que o réu se encontra em liberdade desde a data de 28.07.2011, entendo, salvo melhor juízo, que a presente impetração encontra-se prejudicada qual a sua finalidade específica.”

Deveras, concedida a liberdade, o presente writ perdeu o objeto, por isso julgo-o prejudicado, com fundamento no art. 21, IX, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.099 (272)ORIGEM :PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : ROBERIO BRACALENZZIIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS 159235 DO

SUPERIOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: À Presidência desta Corte, para que aprecie a possível prevenção decorrente da anterior impetração dos Habeas Corpus 105.839 e 110.677, ambos da relatoria do min. Celso de Mello (RISTF, art. 13, VII).

Publique-se.Brasília, 09 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.167 (273)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : CARLOS ALBERTO ZAFRED MARCELINOIMPTE.(S) : ANTÔNIO CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 229.194 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: 1. A Min. CÁRMEN LÚCIA encaminhou este HC nº 112.167 à Presidência com o seguinte despacho:

“1. Habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por ANTÔNIO CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRA e PAOLA ZANELATO, advogados, em favor de CARLOS ALBERTO ZAFRED MARCELINO, contra decisão do Ministro Adilson Vieira Macabu, do Superior Tribunal de Justiça, que, em 1°.2.2012, indeferiu o pedido de medida liminar no Habeas Corpus n. 229.194.

2. Em 3.2.2012, o presente habeas foi impetrado neste Supremo Tribunal Federal.

3. Inicialmente, os autos foram distribuídos ao Ministro Gilmar Mendes por prevenção ao Habeas Corpus n. 111.979.

4. Em 10.2.2012, o Ministro Gilmar Mendes decidiu encaminhar os autos à presidência deste Supremo Tribunal, nos termos seguintes:

“(...) Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Antônio Claudio Mariz de Oliveira, em favor de Carlos Alberto Zafred Marcelino, contra decisão proferida pelo Ministro Adilson Vieira Macabu, relator do HC 229.194/RN, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu o pedido de medida liminar.

Na espécie, o Juízo de Direito da 6ª Vara Criminal da Comarca de Natal/RN decretou a prisão temporária do ora paciente pela suposta prática dos delitos descritos nos arts. 288 e 312 c/c 29 do CP e 90 da Lei 8.666/93, todos na forma do art. 69 do CP.

Posteriormente, converteu a prisão temporária em prisão preventiva, para a garantia da aplicação da lei penal.

Segundo os autos, ‘trata-se de uma organização criminosa que se instalou nos meandros e no entorno do órgão estadual de trânsito – Detran/RN a fim de auferir lucros em duas atividades distintas, quais sejam, a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 35: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 35

realização de serviço de inspeção de gases poluentes em toda a frota de veículos em circulação no Estado, e a realização do serviço de registro dos contratos de financiamentos de veículos para fins de gravame’ (AP 0133766-37.2011.8.20.0001).

O presente writ foi a mim distribuído por prevenção ao HC n. 111.979/RN.

Ocorre que, em 14.12.2011 (data anterior à distribuição deste habeas – 3.2.2012), foi distribuída ao Ministro Celso de Mello a Reclamação n. 13.077, que tem como origem a mesma ação penal.

Além da identidade na origem, é necessário que tenha sido conhecido o processo em relação ao qual a prevenção foi suscitada, conforme dispõe o RI/STF (art. 69, § 2º).

Assim, considerando a precedência na distribuição e as origens idênticas, submeto os presentes autos ao eminente Ministro Presidente, Cezar Peluso, com a proposta de redistribuição ao Ministro Celso de Mello (...)”.

5. Em 15.2.2012, o Ministro Cezar Peluso, Presidente deste Supremo Tribunal, determinou a redistribuição deste habeas, nos termos seguintes:

“(...) 2. É caso de redistribuição.Com efeito, verifico que este HC nº 112.167 e a RCL nº 13.077

possuem identidade de origem, qual seja, o Processo nº 0133766- 37.2011.8.20.0001, da 6ª Vara Criminal da Comarca de Natal/RN.

A RCL nº 13.077 foi distribuída ao Min. CELSO DE MELLO em 14.12.2011, data em que o reclamante requereu juntada de documentação (Petição nº 93.246, de 14.12.2011).

Este HC nº 112.167, por sua vez, foi distribuído ao Min. GILMAR MENDES, no dia 3.2.2012, por suposta prevenção ao HC nº 111.979, distribuído em 2.2.2011, data posterior à distribuição da RCL nº 13.077.

Nesses termos, seria razoável excogitar prevenção do Min. CELSO DE MELLO, em razão do disposto no art. 69 do RISTF, que determina:

‘Art. 69. A distribuição da ação ou do recurso gera prevenção para todos os processos a eles vinculados por conexão ou continência’.

Identifico, contudo, a existência, nesta Corte, do HC nº 111.732, de relatoria da Min. CÁRMEN LÚCIA, distribuído em 19.12.2011, o qual possui a mesma origem deste HC nº 112.167 (Processo nº 0133766- 37.2011.8.20.0001, em trâmite nada 6ª Vara Criminal da Comarca de Natal/RN).

Aplicável, portanto, ante o conflito aparente de normas, pelo critério da especialidade, a regra específica de prevenção constante do caput do art. 77-D do RISTF:

‘Art. 77-D. Serão distribuídos por prevenção os habeas corpus oriundos do mesmo inquérito ou ação penal’.

3. Diante do exposto, determino a redistribuição do feito à Min. CÁRMEN LÚCIA.

Oportunamente, proceda-se à compensação da distribuição, na forma regimental (art. 67, § 4º, do RISTF) (...)”.

6. Portanto, os presentes autos vieram-me por prevenção ao Habeas Corpus n. 111.732.

7. Contudo, a) em 1°.2.2012 (data anterior à impetração deste habeas), homologuei o pedido de desistência no Habeas Corpus n. 111.732, determinando seu arquivamento; e b) em 13.2.2012 (data anterior à decisão proferida neste habeas pelo Ministro Cezar Peluso, Presidente deste Supremo Tribunal), transitou em julgado a decisão homologatória do pedido de desistência no Habeas Corpus n. 111.732.

8. Por não ter analisado o mérito do Habeas Corpus n. 111.732, parece-me não ocorrer prevenção para o exame do presente habeas, nos termos do art. 69, § 2°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido, decisão do Ministro Cezar Peluso, Presidente do Supremo Tribunal Federal, na apreciação da Questão de Ordem no Habeas Corpus n. 94.871, de minha relatoria:

“DECISÃO: A Ministra Ellen Gracie submete à Presidência questão de ordem quanto à distribuição deste HC nº 94.871. Entende a Ministra que os autos não lhe deveriam ter sido distribuídos por prevenção em relação à Rcl n° 6.036, de sua relatoria. Eis o teor da decisão (fls. 1.849-1850):

‘1. Referente à Petição STF 76.564/2008. Junte-se.2. O impetrante, em petição protocolada na data de hoje, contesta a

prevenção de competência apontada na distribuição do presente HC 94.871 em razão de eventual vínculo deste feito com a Reclamação 6.036, da qual fui designada relatora em 08.05.2008.

Além das razões expostas pelo impetrante, relativas à impropriedade da aplicação do art. 69 do Regimento Interno, acrescento que em 13.05.2008 proferi decisão nos autos da citada Rcl 6.036 rejeitando-a liminarmente, por considerá-la manifestamente incabível.

Asseverei naquele caso, tão-somente, que 'a mera referência ao nome de algum parlamentar no curso das investigações não tem o condão de considerá-lo sob investigação, sendo certo que restou evidente a orientação do magistrado de não adotar qualquer medida investigatória relacionada à atuação das pessoas que gozam de prerrogativa de foro'.

3. Vê-se, portanto, que em nenhum momento adentrei, na decisão terminativa que proferi, na análise de qualquer fato, indício ou conduta relacionada à pessoa do reclamante ou ao processo penal que contra aquele tramita na Vara Federal Criminal de origem.

Entendo, assim, não ter sido firmada a prevenção de competência sugerida, pois a apreciação, por este Supremo Tribunal Federal, dos fatos ora

trazidos no presente habeas se dará de forma eminentemente inaugural, circunstância que exige, segundo entendo, a livre distribuição do feito.

4. Assim, nos termos do art. 13, VII, c/c o art. 66, do Regimento Interno, submeto a presente questão de ordem ao Excelentíssimo Senhor Presidente desta Casa, o eminente Ministro Gilmar Mendes, com a proposta de que os autos do HC 94.871 sejam submetidos à livre redistribuição.’

O presente HC n° 94.871 foi impetrado contra decisão monocrática do Ministro Relator do HC n° 106.258, do Superior Tribunal de Justiça, que manteve decreto de prisão preventiva expedido pelo Juízo da 2ª Vara Federal Criminal da 1ª Subseção Judiciária de São Paulo nos autos do inquérito n° 2007.61.81.015395-2, no qual se investigam os fatos objeto da denominada ‘Operação Santa Tereza’.

A Reclamação n° 6.036 foi ajuizada nesta Corte com fundamento em suposta usurpação, pelo Juízo da 2ª Vara Federal Criminal da 1ª Subseção Judiciária de São Paulo, da competência do Supremo Tribunal Federal para conhecer dos mencionados fatos, tendo em vista a presença de investigados que detêm prerrogativa de foro perante este Tribunal.

Em decisão de 14.05.2008, a Min. Ellen Gracie indeferiu liminarmente o pedido da RCL n° 6.036, sem adentrar, porém, a análise de qualquer fato objeto da referida investigação.

A pedido do Procurador-Geral da República, foi autuado nesta Corte o Inquérito n° 2.725, que contém peças de informação sobre fatos relacionados à ‘Operação Santa Tereza’, destinadas especificamente à apuração da conduta de agente político detentor de foro especial neste Tribunal.

O referido INQ nº 2.725 foi originalmente distribuído à Ministra Ellen Gracie, por prevenção em relação à Rcl nº 6.036. O processo foi submetido à Presidência, com questão de ordem relativa à distribuição por prevenção. No exercício da Presidência do Tribunal, proferi a seguinte decisão, determinando a redistribuição dos autos do INQ n° 2.725:

‘(...) Quanto à prevenção do relator, dispõe o RI-STF:'Art. 69. O conhecimento do mandado de segurança, do habeas

corpus e do recurso civil ou criminal torna preventa a competência do Relator, para todos os recursos posteriores, tanto na ação quanto na execução, referentes ao mesmo processo.'

No presente caso, observo que, efetivamente, a Ministra Ellen Gracie não conheceu da Rcl 6.036, indeferindo-a liminarmente. Não houve, dessa forma, apreciação dos fatos relatados nas peças de informação de deram origem ao pedido de abertura de inquérito formulado pelo Procurador-Geral da República.

Portanto, não se aplica a regra do art. 69 do RI-STF.Ante o exposto, não reconheço caso de prevenção neste Inq 2.725 e

determino sua livre distribuição entre os Ministros da Corte.’O INQ n° 2.725 foi redistribuído ao Ministro Carlos Britto.Assim, aplicando-se a mesma orientação, o presente HC n° 94.871

não deveria ter sido distribuído por prevenção quanto à RCL n° 6.036.Por outro lado, a questão subsequente está em saber se o HC n°

94.871 deve ser distribuído ao Ministro Carlos Britto, Relator do INQ n° 2.725.O entendimento da Corte é de que há prevenção em ações de

habeas corpus, quando referentes à mesma ação penal ou ao mesmo inquérito na origem (HC n° 91.599, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 19.12.2007).

No caso, como descrito, o HC n° 94.871 impugna decisão que decretou a prisão preventiva de paciente investigado no inquérito n° 2007.61.81.015395-2, em trâmite na 2ª Vara Federal Criminal da 1ª Subseção Judiciária de São Paulo. O INQ n° 2.725, em curso nesta Corte, é destinado especificamente a investigar condutas de agente político que não consta como indiciado ou denunciado no processo em trâmite no juízo de primeiro grau.

Não há, portanto, relação entre o HC n° 94.871 e o INQ n° 2.725 que justifique distribuição por prevenção.

Ante o exposto, determino a livre distribuição deste HC nº 94.871.Brasília, 3 de junho de 2008.

Ministro CEZAR PELUSOVice-Presidente”.

9. Assim, para melhor exame, submeto a questão à Presidência para que delibere sobre a necessidade de livre distribuição dos

presentes autos“.Em petição apresentada em 16.2.2012, Antônio Cláudio Mariz de

Oliveira requer a livre distribuição do feito ou, alternativamente, a prevenção do Ministro CELSO DE MELLO, sob dois fundamentos, em síntese: 1) a Min. CÁRMEN LÚCIA, relatora do HC nº 111.732, teria homologado pedido de desistência, o que afastaria a prevenção de Sua Excelência, nos termos do art. 69, § 2º, do RISTF; e 2) na data da impetração, o relator da única ação originária referente à Ação Penal nº 0133766-37.2011.8.20.001 seria o Min. CELSO DE MELLO (RCL nº 13.077).

2. Não é caso de redistribuição.Não obstante a precedência da distribuição da Rcl nº 13.077 ao Min.

CELSO DE MELLO, não há falar em prevenção de Sua Excelência. É que, na data de distribuição deste HC nº 112.167, havia em trâmite nesta Corte outra impetração referente à mesma ação penal, distribuída livremente à Min. CÁRMEN LÚCIA (HC nº 111.732), o que afasta a aplicação da regra geral de distribuição, prevista no art. 69 do RISTF, e, por consequência, atrai a incidência do comando específico constante do caput do art. 77-D do RISTF:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 36: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 36

“Art. 77-D. Serão distribuídos por prevenção os habeas corpus oriundos do mesmo inquérito ou ação penal”.

Não prospera, outrossim, a alegação de inexistência de prevenção da Min. CÁRMEN LÚCIA, por suposta decisão homologatória de desistência proferida por Sua Excelência no HC nº 111.732.

Ora, na data desta impetração (3.2.2012), ainda não havia publicação da decisão da Min. CÁRMEN LÚCIA, pois como se vê do andamento processual do sítio eletrônico desta Corte na internet, a homologação foi disponibilizada no DJe nº 26, publicado em 7.2.2012.

Ademais, o trânsito em julgado da referida decisão, requisito indispensável para aplicação da regra do art. 69, § 2º, do RISTF, ocorreu somente em 13.2.2012, em data posterior, portanto, à impetração deste HC nº 112.167 na Corte (em 3.2.2012).

Assim dispõe o citado dispositivo regimental:“Não se caracterizará prevenção, se o Relator, sem ter apreciado

liminar, nem o mérito da causa, não conhecer do pedido, declinar da competência, ou homologar pedido de desistência por decisão transitada em julgado”.

3. Diante do exposto, remetam-se os autos à Relatora, Min. CÁRMEN LÚCIA.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.269 (274)ORIGEM : CC - 120789 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : MORADORES DO BAIRRO PINHEIRINHOIMPTE.(S) : JOÃO BATISTA DE OLIVEIRACOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

1. Trata-se de habeas corpus, impetrado por João Batista de Oliveira, em favor dos Moradores do bairro Pinheirinho, contra decisão proferida pelo relator do CC 120.789/SP, Ministro Antônio Carlos Ferreira, que indeferiu a medida liminar, nos termos que passo a transcrever:

“Indefiro a medida liminar, designando o MM. Juiz de Direito da 6a Vara Cível de São José dos Campos para resolver, em caráter provisório, as medidas urgentes, adotando para esse efeito a motivação da decisão proferida no CC 120.788, SP, a saber:

"Os fatos relatados no presente conflito de competência já foram examinados, sob outro viés, nos autos da MC n° 18.870, requerida por José Nivaldo de Melo, in verbis:

"1. A presente medida cautelar foi distribuída às 18:00 horas da presente data, e às 18:06 horas os autos virtuais foram conclusos para decisão.

Trata-se de pedido articulado por José Nivaldo de Melo para suspender os efeitos da decisão da MM. Juíza de Direito Márcia Faria Mathey Loureiro da 6a Vara Cível de São José dos Campos que ordenou a reintegração de posse de imóvel localizado na zona sul daquela cidade conhecida como Pinheirinho.

A providência é preparatória de representação a ser feita pelo Ministério Público Federal para os efeitos do art. 109, §5°, da Constituição Federal, in verbis:

"Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal".

Lê-se na petição inicial, que foi instruída com cópia da representação protocolada às 14:15 de hoje na Procuradoria Geral da República:

"Bem se sabe que a titularidade da representação para a instauração do incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal em caso de grave violação de direitos humanos toca ao Procurador-Geral da República.

Nesse sentido, foi apresentada, como faz prova cópia do protocolo efetivado, uma representação ao órgão detentor dessa atribuição. Ocorre, contudo, que em virtude do recesso forense, que atinge de maneira uniforme os órgãos que atuam junto ao Poder Judiciário, a apreciação do pedido de forma imediata restou impossibilitada, sob alegação de o Procurador se "encontra em férias, sem qualquer substituto" (informação de seu gabinete).

Também se sabe que, embora a titularidade do pedido de deslocamento seja restrita, a Procuradoria-Geral da República agem em defesa do interesse republicano - e da preservação de seus valores - com base em um caso concreto, por meio de notícia da violação já ocorrida ou em vias de se verificar. Logo, é patente a legitimidade do autor em requerer o acautelamento da situação de direito material que a representação visa resguardar, sob pena de se assistir à consumação da tragédia por ignorância dos princípio de instrumentalidade e efetividade do processo" (fl. 03/04).

2. O art. 109, § 5o, da Constituição Federal atribui ao Procurador-Geral da República a legitimidade para suscitar o incidente de deslocamento

de competência para a Justiça Federal.Não parece razoável, à luz dessa norma, que às 14:15 horas alguém

apresente no protocolo da Procuradoria-Geral da República uma representação para provocar a iniciativa do Procurador-Geral da República, e - uma hora depois - às 15:15 horas (horário em que a petição foi protocolizada no Superior Tribunal de Justiça) se sinta legitimado extraordinariamente a substituí-lo.

Relevantes que sejam os motivos do pedido, é preciso que se dê tempo ao Procurador-Geral da República para examinar a representação, devendo registrar-se que não há nos autos nenhuma prova de que "o Procurador se "encontra em férias, sem qualquer substituto" (diversamente do alegado).

Indefiro, por isso, o pedido. Intimem-se.Brasília, 16 de janeiro de 2012 (19:10 horas)".II No dia seguinte, 17 de janeiro de 2012, às 11:24 horas, a Associação

Democrática Por Moradia e Direitos Sociais ajuizou, perante o Juízo Federal da 3a Vara de São José dos Campos, SP, uma ação cautelar requerendo fosse "concedida liminar inaudita altera pars para determinar que a Polícia Civil e Militar do Estado de São Paulo e a Guarda Municipal de São José dos Campos se abstenham de efetivar qualquer desocupação na gleba de terras do Pinheirinho, devendo ser intimadas através de oficial de justiça, imediatamente".

Na mesma data, a MM. Juíza Federal Substituta deferiu o pedido, mas depois a decisão foi reconsiderada pelo MM. Juiz Federal, que declinou da competência para a Justiça Estadual.

A final, no âmbito de agravo de instrumento, o Desembargador Federal Antônio Cedenho restabeleceu a medida liminar originariamente deferida.

Lê-se na decisão:"Embora não haja uma exposição adequada da lide e de seus

fundamentos, a pretensão cautelar formulada sugere que a associação deseja propor uma ação civil pública para a tutela de interesses relativos à ordem urbanística, definido pelo artigo 1º, VI, da Lei n° 7.2347/1985 como direito difuso.

O pedido de condenação da União, do Estado de São Paulo e do Município de São José dos Campos ao cumprimento de obrigação de não fazer - impedimento à desocupação da área por forças de segurança pública - não revela outro propósito, a não ser o de reunir as condições necessárias a que, na ação principal, haja a regularização fundiária e a consolidação da posse das famílias no imóvel ocupado.

Portanto, o requerimento de tutela de urgência visa a assegurar a eficácia de sentença que venha a condenar as entidades públicas à implantação de regularização fundiária, com impactos positivos no desenvolvimento urbano e na condução do déficit habitacional.

A União tem interesse jurídico no conflito de interesses".III Em face disso, a União suscita o presente conflito de competência,

destacando-se nas respectivas razões o seguinte trecho:"Desprezou a Justiça Estadual, acintosamente, o regramento jurídico

da matéria, pois, a despeito de saber da existência de decisão diametralmente oposta àquela por ela deferida, agiu como se a decisão da Justiça Federal fosse um nada jurídico, mesmo sabendo que incumbe à Justiça Federal apreciar eventual interesse da União, consoante conhecida Súmula do E. STJ. Caso não concordasse com a decisão do TRF, deveria suscitar o conflito, e não menosprezar a decisão suspensiva, como efetivamente fez, fato que está gerar violência sem precedentes no Município de São José dos Campos".

IV A União não é parte na ação de reintegração de posse que tramita na

Justiça Estadual. Pretende, no entanto, que a decisão nela proferida ceda à força da medida liminar concedida por Juiz do Tribunal Regional Federal da 3a Região. O decisum, neste caso, foi exarado nos autos de agravo de instrumento extraído de ação cautelar proposta pela Associação Democrática Por Moradia e Direitos Sociais contra a União, o Estado de São Paulo e o Município de São José dos Campos. Salvo melhor juízo, a ordem judicial, emanada da Justiça Estadual deve ser observada por todos, inclusive pelos demais ramos do Poder Judiciário. Nenhum juiz ou tribunal podem desconsiderar decisões judiciais cuja reforma lhes está fora do alcance (REsp n° 300.086, RJ, de minha relatoria, DJ, 09.12.2002). A parte inconformada com a decisão judicial deve interpor os recursos próprios. Não existe "contraação" (sic) no nosso ordenamento jurídico".

Solicitem-se as informações. Intimem-se.”2.Inconformado, o impetrante interpôs este habeas corpus, em cujas

razões insiste que é cabível a medida pleiteada, com o intuito de obstar a reintegração de posse.

Requer a concessão da medida liminar, para suspensão da r. decisão que ordenou o despejo e a reintegração de posse.

No mérito, argui a nulidade da r. sentença de mérito e requer a suspensão definitiva da ordem de o despejo e de reintegração de posse, ao argumento da desnecessidade de reexame de provas e de discussões de mérito, em se tratando de ato nulo.

3.Questão prévia diz respeito à admissibilidade do habeas corpus.Afinal, o habeas corpus é identificado historicamente como uma

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 37: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 37

garantia para a liberdade de locomoção.Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico,

afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY, Leonard W. Origins of the Bill of Rights. New Haven and London: Yale University Press, p. 44).

De início era utilizado pelos Tribunais para determinar a apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o corpo" em Juízo, e não constituía instrumento destinado necessariamente à salvaguarda da liberdade. Consta que em 1554, a Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento pessoas envolvidas em rebelião, identificadas nos writs notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D. Habeas Corpus: From England to Empire. Cambridge: Harvard University Press, 2010, p. 29).

Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, em especial a King's Bench, começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão, liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva.

Foi o habeas corpus veículo para a afirmação progressiva das liberdades públicas inglesas, enquanto utilizado como instrumento contra prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas.

Apesar da importância histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade, não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão contra uma prisão, em processo criminal ou não (v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases, Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-1.628; TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings. Oxford University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas Corpus: críticas e perspectivas. 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-181). Jamais dele se cogitou que não contra constrangimento físico ou moral à liberdade de locomoção.

No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em diversas obras, entre as quais a célebre de Pontes de Miranda (História e prática do habeas corpus, primeira edição de 1916).

Devido ao prestígio das instituições inglesas, foi adotado, entre nós, ainda no período imperial. Já o Código Criminal de 1830 a ele fazia referência nos arts. 183 a 188. Sua regulação, entretanto, ocorreu no Código de Processo Criminal de 1832 ("art. 340. Todo o cidadão que entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu favor"). Ainda no Império, ampliou-se o cabimento do habeas corpus, passando a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871, também contra a ameaça de prisão (“art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado").

Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, assumiu envergadura constitucional. A ausência de restrição, no art. 72, §22, de que seria instrumento destinado à tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da "Doutrina brasileira do habeas corpus", quando o writ, à falta de ações constitucionais alternativas, foi utilizado para a salvaguarda de outras liberdades que não a de locomoção. Como exemplo o Habeas Corpus 3.536, por meio do qual concedida, em 05.6.1914, ordem por este Supremo Tribunal Federal para garantir o direito do então Senador Rui Barbosa a “publicar os seus discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier”.

Apesar da memorável construção, “a maior criação jurisprudencial brasileira”, no dizer da historiadora Leda Boechat Rodrigues (História do Supremo Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17), chegou a seu termo em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente Artur Bernardes, que, com a alteração do mencionado art. 72 da Constituição de 1891, limitou-lhe o emprego à tutela da liberdade de locomoção.

Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições republicanas, para assegurar a liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva.

Na Constituição Federal de 1988, o habeas corpus encontra-se previsto no art. 5º, LXVIII, nos seguintes moldes:

"conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder."

Todo esse rico histórico revela que o habeas corpus constitui garantia fundamental que não pode ser amesquinhada. Repetindo Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" (História e prática do Habeas Corpus. 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161).

Ainda assim é garantia da liberdade de locomoção contra violência ou coação, vale dizer, contra uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física.

No caso presente, não houve a decretação de prisão ou constrangimento desta espécie contra os pacientes.

O que existe é uma ordem de reintegração de posse de imóvel ocupado pelos pacientes.

Em discussão, portanto, a posse do imóvel, e não a liberdade de locomoção, esta apenas reflexamente atingida.

Não cabe o habeas corpus para solução de demandas civis, quando se pretende a tutela de direitos estranhos à liberdade de locomoção – compreendidos o ir, o vir e o permanecer -, como a posse ou a propriedade.

Conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal no HC 82.880-AgR (rel. Min. Carlos Velloso, DJ 16.05.2003), “o habeas corpus visa a proteger a liberdade de locomoção - liberdade de ir, vir e ficar - por ilegalidade ou abuso de poder, não podendo ser utilizado para proteção de direitos outros”, como na espécie.

No mesmo sentido, entre outros: HC 84.326-AgR/PE, Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 1º.10.2004; HC 83.966-AgR/SP, rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 25.11.2005; HC 90.170 AgR/SP, rel. Min. Cezar Peluso, Plenário, Dje-032 de 06.6.2007.

Destaco ainda os seguintes precedentes específicos refratários à utilização do habeas corpus contra ordens de reintegração de posse:

“Habeas corpus. Descabimento para obstar o cumprimento de mandado de reintegração de posse. Recurso ordinário desprovido.” (RHC 49.565/SC – Rel. Min. Barros Monteiro – 1ª Turma – j. 08.2.1972 – DJ de 14.4.1972)

“Ameaça de expedição de mandado de reintegração de posse não é matéria que caiba na esfera do habeas corpus” (HC 40.034 – Rel. Min. Hermes Lima – Plenário – j. 02.8.1963 – DJ de 11.11.1963)

Portanto, apesar da relevância dos argumentos da inicial, o habeas corpus é manifestamente inadmissível para o fim pretendido pelo Impetrante.

4. Ante o exposto, sendo manifestamente incabível o pedido, nego seguimento ao presente habeas corpus (RISTF, art. 21, § 1º, e Lei 8.038/90, art. 38).

Publique-se. Após arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministra Rosa WeberRelatora

HABEAS CORPUS 112.362 (275)ORIGEM : hc - 161193 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : PAULO CÉSAR TONHA ALVESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública do Distrito Federal, em favor de PAULO CÉSAR TONHA ALVES, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental interposto no HC 161.193/DF, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze.

A impetrante narra, inicialmente, que o paciente foi condenado à pena de três anos e dois meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de furto duplamente qualificado (art. 155, § 4º, III e IV, do CP).

Afirma, em seguida, que a defesa interpôs apelação para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, arguindo, preliminarmente, nulidade da sentença condenatória, por não ter sido observado o princípio da identidade física do juiz, conforme preceitua o § 2º do art. 399 do Código de Processo Penal. A preliminar, contudo, foi rejeitada e, no mérito, negou-se provimento ao recurso.

Irresignada, a Defensoria Pública do DF impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que o Ministro Relator, por decisão monocrática, negou seguimento à impetração. Interposto agravo regimental pela defesa, a Quinta Turma daquela Corte negou provimento ao recurso, em acórdão assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. SENTENÇA CONDENATÓRIA PROFERIDA POR MAGISTRADO DIVERSO DAQUELE QUE PRESIDIU A INSTRUÇÃO CRIMINAL. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 132 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. JUIZ EM GOZO DE FÉRIAS E POSTERIORMENTE DESIGNADO PARA OUTRO JUÍZO. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1. A Lei n.º 11.719/2008 se limitou a consignar que o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. Embora a acolhida pelo sistema processual penal de tal princípio tenha sido medida acertada, pois a coleta pessoal da prova é de grande significado para a formação do convencimento judicial, o Superior Tribunal de Justiça vem entendendo que o art. 132 do Código de Processo Civil deve ser aplicado subsidiariamente ao Código de Processo Penal, na forma do permissivo previsto em seu art. 3º, justamente para o fim de dar implemento à celeridade processual trazida para os novos ritos processuais penais.

2. No caso, o magistrado titular, quando os autos foram conclusos para sentença, encontrava-se em gozo de férias, afastado, portanto, de suas atividades, e, no momento em que proferida a sentença condenatória, havia sido designado para outro juízo. Dessa forma, está amplamente justificado o fato de magistrado diverso daquele que presidiu a instrução criminal ter prolatado a decisão condenatória, nos moldes das excepcionalidades previstas no art. 132 do Código de Processo Civil, motivo pelo qual não se vislumbra o alegado constrangimento ilegal.

3. Agravo regimental a que se nega provimento”.É contra essa decisão que se insurge a impetrante.Afirma, de início, que a decisão ora questionada acatou a tese de que

“as férias regulares do juiz que fez a instrução podem mitigar o princípio da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 38: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 38

identidade física do juiz”.Assevera, em seguida, que, apesar de o art. 3º do Código de

Processo Penal admitir a aplicação analógica, o art. 132 do Código de Processo Civil traz as hipóteses taxativas em que o juiz instrutor poderá ser substituído pelo seu sucessor no momento da prolação da sentença. O mesmo, contudo, não ocorre com a regra disposta no § 2º do art. 399 da lei adjetiva penal, para o qual “o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença”.

Adverte, ainda, que o art. 400 do CPP impõe que a audiência de instrução e julgamento seja una, prestigiando os princípios da concentração, da oralidade e da imediatidade. Aduz, desse modo, que o magistrado processante, sabendo que sairia de férias logo após o término da instrução, poderia ter sentenciado naquela assentada.

Requer, ao final, seja concedida a ordem, para que se reconheça a nulidade da sentença condenatória, que foi proferida por magistrado diverso do que realizou a instrução processual, “devendo os autos retornar para a primeira instância, na forma garantida pelo art. 648, inciso VI do Código de Processo Penal”.

É o relatório suficiente. Decido.Não há pedido de medida liminar a ser apreciado.Dispenso as informações da autoridade apontada como coatora.Oficie-se, contudo, ao Juízo da 1ª Vara Criminal da Circunscrição

Judiciária de Taguatinga/DF, para que informe a atual situação prisional do paciente.

Publique-se. Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.438 (276)ORIGEM : HC - 213581 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : LUIZ PEREIRA DE SOUZAIMPTE.(S) : LUIZ PEREIRA DE SOUZACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão, que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado:

“‘HABEAS CORPUS’. CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CORRUPÇÃO PASSIVA. QUADRILHA. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PLEITO PELA REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. CIRCUNSTÂNCIAS AUTORIZADORAS PRESENTES. EXCESSO DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA. INOCORRÊNCIA. MATÉRIA NÃO ANALISADA PELO TRIBUNAL ‘A QUO’. DECISÃO FUNDAMENTADA. PRECEDENTES.

1. As Turmas componentes da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça já cristalizaram o entendimento de inexistir constrangimento ilegal quando a prisão, suficientemente fundamentada, retratar a necessidade da medida para as garantia da ordem pública e aplicação da lei penal.

2. No caso concreto, a prisão do paciente encontrava-se fundamentada na participação da paciente em organização criminosa, o que evidenciou a dedicação aos delitos da espécie, alicerce suficiente para a motivação da garantia da ordem pública.

3. O alegado excesso de prazo não foi debatido na origem, portanto, não pode ser analisado por este Superior Tribunal de Justiça, sob pena de indevida supressão de instância.

4. Ordem denegada.”(HC 213.581/DF, Rel. Min. ADILSON VIEIRA MACABU,

Desembargador convocado do TJ/RJ - grifei)O exame dos fundamentos em que se apóia o acórdão ora

impugnado parece descaracterizar, ao menos em juízo de estrita delibação, a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida nesta sede processual.

Sendo assim, e sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria, quando do julgamento final do presente “writ” constitucional, indefiro o pedido de medida liminar.

2. Requisite-se, ao MM. Juiz de Direito da Segunda Vara Criminal de Brasília/DF, cópia do título justificador da prisão do ora paciente, esclarecendo, ainda, a fase em que se encontra, presentemente, o Processo-crime nº 2010.01.1.028039-6, em trâmite naquele juízo.

Esse ilustre magistrado deverá esclarecer, de outro lado, a data em que o mandado de prisão preventiva foi cumprido, com a indicação do período de duração de referida prisão cautelar.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.453 (277)ORIGEM : HC - 231913 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : LUIZ DOMINGOS DA SILVA

IMPTE.(S) : LUIZ DOMINGOS DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 231.913 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

1. O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NÃO É COMPETENTE PARA CONHECER DE HABEAS CORPUS IMPETRADO CONTRA DECISÃO DE RELATOR QUE, EM HC REQUERIDO A TRIBUNAL SUPERIOR, INDEFERE A LIMINAR, SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA (ART. 5º, XXXVII E LIII, CF). APLICAÇÃO DO VERBETE Nº 691 DA SÚMULA DA JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES (HC 103446/MT, REL. MIN. CEZAR PELUSO, 13/04/2010; HC 107053 AGR, REL. MIN. RICARDO LEWANDOWSKI, PRIMEIRA TURMA, JULGADO EM 29/03/2011).

2. A RELATIVIZAÇÃO DO ENTENDIMENTO SUMULADO SÓ É ADMITIDA POR ESTE TRIBUNAL EM CASOS DE FLAGRANTE ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER. JURISPRUDÊNCIA (HC 102668/PA, REL. MIN. DIAS TOFFOLI, 05/10/2010; HC 84.014/MG, 1ª TURMA, REL. MIN. MARCO AURÉLIO, DJ 25/06/2004; HC 85.185/SP, PLENO, REL. MIN. CEZAR PELUSO, DJ 01/09/2006; E HC 88.229/SE, REL. MIN. RICARDO LEWANDOWSKI, 1ª TURMA, 10/10/2006).

3. IN CASU, A MEDIDA LIMINAR FOI INDEFERIDA NO ÂMBITO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, PORQUE SE APRESENTOU DEFICIENTE A INSTRUÇÃO PROCESSUAL – NÃO HOUVE JUNTADA DO ATO ATACADO. E, QUANTO À ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DA NÃO CULPABILIDADE SUSCITADA NESTE HABEAS, ANOTE-SE QUE, CONSOANTE JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO, “A PRISÃO PREVENTIVA NÃO ENTRA EM CHOQUE COM O PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA QUE A CONSTITUIÇÃO CONSAGRA”, SE A DECISÃO QUE A DETERMINOU ATENDE AOS REQUISITOS LEGAIS E, PORTANTO, ESTÁ DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA (HC Nº 70.486-7/PB, RELATOR MINISTRO MOREIRA ALVES, DJ DE 16/09/94). DESTARTE, NÃO SE EVIDENCIA, DE PLANO, A EXISTÊNCIA DE TERATOLOGIA, FLAGRANTE ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER NO ATO IMPUGNADO.

4. MEDIDA LIMINAR INDEFERIDA.DECISÃO: Trata-se de habeas corpus por meio do qual o impetrante se

insurge contra a decisão proferida pelo Ministro Adilson Vieira Macabu, Desembargador convocado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, mediante a qual foi indeferido o pedido de liminar formalizado em idêntica medida. O ato impugnado tem o seguinte teor:

“O presente remédio heroico foi impetrado em favor do paciente, condenado, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, ante cometimento dos crimes previstos no art. 214 c/c os arts. 224, “a”, e 226, II, e no art. 214, c/c os arts. 224, “a”, 226, II, e 14, II, todos do Código Penal.

No presente writ alega-se, em resumo, que há constrangimento ilegal porque foi determinada a expedição de mandado de prisão. Conclui-se, então, requerendo a concessão de liminar, a fim de que seja determinada a expedição de contramandado de prisão.

Constato, todavia, que a impetrante deixou de juntar os documentos relativos à apelação julgada pelo Tribunal de Justiça paulista, notadamente, o inteiro teor do acórdão impugnado.

Assim sendo, ausentes as cópias das peças indispensáveis à compreensão da controvérsia, não se encontra demonstrada, de plano, a apontada ilegalidade (HC nº 175.551, Min. Cesar Asfor Rocha, DJe de 7.8.10).

Faltando, como de fato faltam, os documentos imprescindíveis à total compreensão do alegado, indefiro a liminar.”

Consta do processo que o paciente/impetrante foi denunciado por quatro estupros de vulnerável, perpetrados contra a menor de 11 de anos de idade. O Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Franca, Estado de São Paulo, absolveu-o tendo em consideração a insuficiência de prova (CPP, artigo 386, VII). O Tribunal de Justiça, contudo, deu parcial provimento ao Recurso de Apelação nº 0033802-71.2009.8.26.0196, interposto pelo Ministério Público estadual, e condenou o paciente à pena de 10 anos e 6 meses de reclusão, a cumprir no regime inicial fechado. Atendendo o disposto no artigo 617 do Código de Processo Penal – especialmente o que previsto no artigo 387, parágrafo único -, determinou a prisão preventiva.

No habeas formalizado perante o Superior Tribunal de Justiça o impetrante volta-se contra esta parte final do acórdão – a ordem de prisão cautelar -, argumentando não ser admissível a custódia antes do julgamento definitivo da ação penal, sob pena de ofensa ao princípio da presunção de não culpabilidade. E nesta impetração, na qual se impugna o indeferimento de liminar, pede-se a concessão de cautelar, no sentido de assegurar ao paciente o direito de aguardar em liberdade o trânsito em julgado do ato condenatório, expedindo-se, em consequência, o alvará de soltura.

É o relatório. Decido.O cabimento de habeas corpus contra indeferimento de medida

liminar, relativizando-se, em consequente, o óbice previsto na Súmula 691 do Supremo pressupõe a existência de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia no ato impugnado. Neste sentido é a reiterada jurisprudência desta Corte, verbis:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. NEGATIVA DE SEGUIMENTO. SÚMULA 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE . PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTOS JÁ ANALISADOS EM IMPETRAÇÃO ANTERIOR. IMPOSSIBILIDADE DE REITERAÇÃO DE WRIT. DESPROVIMENTO DO RECURSO .

I – Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão de Relator que, em HC requerido a Tribunal Superior, indefere a liminar.

II – A relativização do entendimento sumulado só é admitida por este Tribunal em casos de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, o que não se verifica nos autos. Precedentes.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 39: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 39

III – A questão referente aos requisitos do decreto prisional já foi apreciada pela Primeira Turma desta Corte ao julgar anterior writ impetrado em favor do paciente, sendo certo que a jurisprudência do STF é firme no sentido de não admitir reiteração em habeas corpus.

IV – Agravo regimental desprovido”. (HC 107053 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI,

Primeira Turma, julgado em 29/03/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-072 DIVULG 14-04-2011 PUBLIC 15-04-2011)

“EMENTA : Habeas Corpus. Crime de tráfico de drogas. Prisão em flagrante e presença dos requisitos do art. 312 do CPP. Admissibilidade da custódia cautelar. Precedentes. Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal. Excepcionalidade do caso concreto. Inocorrência. Writ não conhecido. Precedentes. Não se conhece de habeas corpus impetrado contra decisão de indeferimento de liminar proferida por Tribunal Superior. Entendimento sumulado por esta Corte. O impetrante não demonstrou a excepcionalidade do caso concreto, que poderia conduzir à superação da súmula nº 691 desta Corte e ao conhecimento de ofício de suas alegações. É plenamente justificada a manutenção da custódia cautelar decorrente da prisão em flagrante por tráfico de drogas quando, além da proibição da liberdade provisória legalmente imposta pelo art. 44 da Lei nº 11.343/06, estiverem presentes os requisitos previstos no art. 312 do CPP. Habeas corpus não conhecido”.

(HC 107415, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 01/03/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-054 DIVULG 22-03-2011 PUBLIC 23-03-2011).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO LIMINAR EM HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTOS NOVOS. DECISÃO MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. O Ministro Relator do Superior Tribunal de Justiça, por decisão monocrática, indeferiu o pedido de medida liminar feito pela defesa do Paciente. Assim, o mérito da impetração ainda não foi analisado pelo órgão colegiado, o que faz incidir o enunciado da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância.

2. Agravo Regimental ao qual se nega provimento”.(HC 104674 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma,

julgado em 15/02/2011, DJe-055 DIVULG 23- 5-2011)“DIREITO PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM

HABEAS CORPUS. SÚMULA 691, STF. DECISÃO MONOCRÁTICA. IMPROVIMENTO.

1. Agravo regimental interposto contra decisão monocrática que indeferiu liminarmente o habeas corpus.

2. A decisão impugnada adotou orientação jurisprudencial pacificada no âmbito desta Corte no sentido do não-cabimento do writ contra indeferimento de pedido liminar em outro habeas corpus, salvo nos casos de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata, sob pena de supressão de instância.

3. O rigor na aplicação da Súmula 691/STF tem sido abrandado por julgados desta Corte apenas em hipóteses excepcionais de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata. Precedentes.

4. No caso, não vislumbro a presença de qualquer um dos pressupostos que autorizam o afastamento da orientação contida na Súmula 691/STF.

5. Agravo regimental a que se nega provimento”.(HC 102865 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma,

julgado em 14/12/2010, DJe-025 DIVULG 07- 02-2011 PUBLIC 08-02-2011 EMENT VOL-02459-02 PP-00230).

Na mesma linha, podem ser citados, entre outros, os seguintes precedentes: HC 96.088/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; HC 99.031-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; HC 96.220/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; HC 96.623/SP, Rel. Min. Menezes Direito; HC 84.349/ES, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; e HC 86.997/DF, Rel. Min. Carlos Velloso, e HC 106.160/SP, Min. Gilmar Mendes.

In casu, verifica-se que o pleito de concessão de liminar foi indeferido no âmbito do Superior Tribunal, por se encontrar deficiente a instrução processual – a ausência da cópia do acórdão da apelação, imprescindível para a exata compreensão da controvérsia. O impetrante não se atentou para o fato de ser o habeas corpus processo de natureza eminentemente documental. Anote-se, também, que a alegação de ofensa ao princípio constitucional da presunção de não culpabilidade, por si só, não obsta a imposição de custódia cautelar, haja vista que, consoante jurisprudência do Supremo, “a prisão preventiva não entra em choque com o princípio da presunção de inocência que a Constituição consagra”, se a decisão que a determinou atende aos requisitos legais e, portanto, está devidamente fundamentada (HC nº 70.486-7/PB, relator Ministro Moreira Alves, DJ de 16/09/94).

Ex positis, não vislumbro, à primeira vista, teratologia ou flagrante ilegalidade no ato impugnado, razão por que indefiro o pedido de liminar.

Estando o processo devidamente instruído, proceda-se a remessa à Procuradoria Geral da República, para emissão de parecer.

Publique-se. Int.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.455 (278)ORIGEM : Ação Penal - 4802011 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : CESAR EUGENIO DA SILVAIMPTE.(S) : WAGNER PAULO DA COSTA FRANCISCOCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: 1. O Min. DIAS TOFFOLI encaminhou este habeas corpus à Presidência com o seguinte despacho:

Vistos.Por intermédio da Petição/STF nº 9.838/12, protocolada em data

posterior à decisão pela qual neguei seguimento a esta impetração, o impetrante requer a redistribuição do presente writ ao fundamento de que:

“(...) Os presentes autos foram distribuídos – EQUIVOCADAMENTE - por prevenção, em razão do ‘Habeas Corpus’ 110.323, impetrado em favor de CÉSAR EUGENIO DA SILVA, de Relatoria do EXMO. DR. MINISTRO DIAS TOFFOLI.

Ocorre que a presente Ordem de ‘Habeas Corpus’ – HC n. 112.455 - deveria ter sido livremente distribuído, tendo em vista que o HC n. 110.323, por decisão do dia 06/Dezembro/2011, não foi conhecido, decisão transitada em julgado (...).

Além da identidade na origem, é necessário que tenha sido conhecido o processo em relação ao qual a prevenção foi suscitada, conforme disposto no RI/STF (art. 69, § 2º).

O HC n. 110.323/SP foi distribuído ao Ministro Dias Toffoli não foi conhecido, decisão que transitou em julgado (...).

Ao não ser conhecido ao HC n. 110.323/SP, não se apreciou o mérito da causa. Aplica-se, portanto, o disposto no artigo 69, § 2º, do RI/STF (...)” (grifos conforme o original).

Conforme se depreende da própria redação do § 2º do art. 69 do Regimento Interno da Corte, “não se caracterizará prevenção, se o Relator, sem ter apreciado liminar, nem o mérito da causa, não conhecer do pedido, declinar da competência, ou homologar pedido de desistência por decisão transitada em julgado” (grifei).

Na espécie, conforme lembrado pelo ora requerente, o que justificou a distribuição desta impetração à minha relatoria foi a prevenção ao HC nº 110.323/SP, não conhecido pela Primeira Turma em acórdão transitado em julgado aos 22/2/12. Contudo, naquele writ, o pedido de liminar foi por mim apreciado e indeferido em 19/9/11.

Nesse contexto, a apreciação do pedido de liminar materializa a prevenção, independentemente do HC nº 110.323/SP não ter sido conhecido em julgamento colegiado. Assim, entendo não assistir razão ao requerente.

De qualquer modo, segundo regra regimental, cabe ao Presidente da Corte decidir questão relativa à existência ou não de prevenção.

Assim, submeto a questão à apreciação da i. Presidência da Corte.2. É caso de redistribuição.Verifico que este HC nº 112.455 e o HC nº 110.323 possuem

identidade de origem, qual seja, o Processo nº 6040120110047236 da 2ª Vara Criminal de Sumaré/SP.

Os autos deste HC nº 112.455 foram distribuídos ao Min. DIAS TOFFOLI por prevenção ao HC nº 110.323 em 27.2.2012. Entretanto, a decisão que não conheceu do HC nº 110.323 (DJE nº 33, publicada em 15.2.2012) transitou em julgado no dia 22.2.2012.

Assim, aplica-se o disposto no art. 62, §2º, do RISTF:“Não se caracterizará prevenção, se o Relator, sem ter apreciado

liminar, nem o mérito da causa, não conhecer do pedido, declinar da competência, ou homologar pedido de desistência por decisão transitada em julgado.”(grifei)

3. Por todo o exposto, determino a redistribuição dos autos na forma regimental.

Oportunamente, proceda-se à compensação da distribuição, na forma regimental (art. 67, § 4º, do RISTF).

Publique-se. Int..Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.486 (279)ORIGEM : HC - 99292318220121000000 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : ADALMIR CAPARROS FAGÁPACTE.(S) : ALMIR CAPARROS FAGÁIMPTE.(S) : MÁRIO BARBOSA VILLAS BOASCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HAVEAS CORPUS Nº 112.091 DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 40: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 40

DESPACHO: À Secretaria para que proceda à redistribuição dos autos, tendo em vista a declaração de impedimento do Min. LUIZ FUX (art. 67, § 3º, do RISTF).

Oportunamente, proceda-se à compensação da distribuição, na forma regimental (art. 67, §3º, do RISTF) .

Publique-se.Brasília, 7 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.488 (280)ORIGEM : HC - 223312 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : ISRAEL ANTONIO DE FRANÇAIMPTE.(S) : ANTONIO MILHIM DAVIDCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Antonio Milhim David em favor de Israel Antonio de França contra decisões colegiadas do Superior Tribunal de Justiça, que, nos autos do AI 1.141.035-SP, não conheceram do agravo regimental e dos embargos de declaração opostos.

Inicialmente, registro que o presente writ foi anteriormente impetrado perante o Superior Tribunal de Justiça (HC 223.312/SP). Todavia, sendo manifesta a incompetência da Corte Superior para processar e julgar habeas corpus impetrado contra ato emanado daquele tribunal, o eminente Ministro Sebastião Reis Júnior, em 25.11.2011, negou seguimento ao pedido e determinou a remessa dos autos para este Supremo Tribunal Federal. Os autos foram autuados e distribuídos à minha relatoria em 29.02.2012.

O paciente foi denunciado pela suposta prática dos crimes tipificados nos arts. 12, 14 e 18, inciso III, da Lei 6.368/76. O magistrado de primeiro grau prolatou sentença absolutória. Inconformado, o Ministério Público do Estado de São Paulo interpôs apelação criminal, que foi provido pela Corte Estadual daquela unidade federativa, para condenar Israel Antonio de França à pena de 4 (quatro) anos de reclusão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de 66 (sessenta e seis) dias-multa, pela prática dos delitos mencionados. O Tribunal de Justiça ainda inadmitiu recurso especial manejado pela defesa.

O Superior Tribunal de Justiça, nos autos do AI 1.141.035/SP, interposto por Israel Antonio de França contra decisão que inadmitiu o apelo especial, não conheceu do recurso pela falta da correta formação do instrumento. Apesar de formulado pedido de reconsideração pela defesa, a Quinta Turma do STJ, em observância ao princípio da fungibilidade recursal, recebeu o pedido como agravo regimental, mas dele não conheceu em razão de sua intempestividade. Opostos embargos de declaração, também deles não conheceu a Corte Superior porque intempestivos.

Contra tal situação, impetrou-se o presente writ. Argumenta o impetrante, em síntese, que o STJ deve conhecer o pedido de reconsideração, uma vez que a interposição fora do termo de fluência recursal ocorreu por circunstâncias alheias à sua vontade. Requer a concessão de pedido de liminar e, ao fim, da ordem de habeas corpus.

Os constrangimentos ilegais ensejadores desta impetração foram assim ementados:

“PROCESSUAL PENAL. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO RECEBIDO COMO AGRAVO REGIMENTAL. INTERPOSIÇÃO VIA FAX. ORIGINAL. NÃO APRESENTAÇÃO. INTEMPESTIVIDADE. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO RECEBIDO COMO AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO NÃO-CONHECIDO.

1. É possível o recebimento de pedido de reconsideração como agravo regimental em atenção aos princípios da fungibilidade recursal e da instrumentalidade das formas.

2. É intempestivo o agravo regimental interposto fora do prazo legal de cinco dias, a teor do art. 258 do RISTJ.

3. Interposto o recurso via fax, é de exclusiva responsabilidade do recorrente a entrega da via original no prazo de até cinco dias do término do prazo recursal.

4. Pedido de reconsideração recebido como agravo regimental, de que não se conhece.” (AgR no AI 1.141.035/SP, rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, DJe 05.4.2010).

“PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS. PRECEDENTES.

1. São intempestivos os embargos de declaração interpostos fora do prazo recursal de 2 (dois) dias, conforme disposto no art. 619 do CPP.

2. Embargos de declaração não conhecidos.” (Edcl no AgR no AI 1.141.035/SP, rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, DJe 05.4.2010).

Não vislumbro o constrangimento ilegal apontado, já que o ato hostilizado está correto, pois incumbe ao agravante observar todos os requisitos indispensáveis à admissibilidade recursal, inclusive o de realizar os atos processuais no tempo e na forma em que a lei prescrever. Precedente: HC 86.712/MG, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJ 28.4.2006.

O impetrante não demonstra neste writ qualquer ameaça ou lesão ao

direito de locomoção do paciente. Em verdade, pretende, por intermédio da via estreita do habeas corpus, desincumbir-se do ônus de comprovar a tempestividade dos recursos no momento da interposição, razão pela qual a impetração não merece lograr êxito. Precedente: HC 94.574/GO, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, por maioria, DJe 24.9.2010.

O questionamento em relação aos pressupostos de admissibilidade recursal devem ser exauridos no julgamento do próprio recurso, sendo inviável a utilização do habeas corpus para tal finalidade.

Ante o exposto, indefiro a liminar pois carente, em cognição sumária, de plausibilidade o direito afirmado.

Dispenso informações pois os autos estão devidamente instruídos.Vista ao Ministério Público Federal para parecer.Publique-se.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministra Rosa WeberRelatora

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.517 (281)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : JOÃO JOSÉ DOS SANTOSIMPTE.(S) : NOHARA PASCHOALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO : vistos, etc. Cuida-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida

liminar, impetrado contra acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. Acórdão assim ementado:

“HABEAS CORPUS. TENTATIVA DE HOMICÍDIO. PRISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO. POSTERIOR PROLAÇÃO DE SENTENÇA DE PRONÚNCIA. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO. NOVOS FUNDAMENTOS. TESES DEFENSIVAS EMBASADAS NA PRONÚNCIA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NÃO CONHECIMENTO.

1. Fica superada a alegação de falta de fundamentação da prisão preventiva se, posteriormente, o paciente já foi pronunciado, sendo mantida a custódia cautelar em decisão que ressaltou o temor das testemunhas e as desavenças existentes entre as famílias do paciente e da vítima.

2. Diante da pronúncia, o impetrante formulou petição reiterando o pedido e acrescentando argumentos baseados na sentença de pronúncia. Asseverou que foi afastada a qualificadora, que o magistrado admitiu a possibilidade de eventual legítima defesa, dentre outras teses. Contudo, o provimento agora impugnado não foi submetido à análise do Tribunal de origem, o que impossibilita esta Corte de examinar a matéria, sob pena de indevida supressão de instância.

3. Writ não conhecido.”2. Pois bem, a impetrante renova, aqui, a tese de patente ilegalidade

da prisão processual do paciente. Paciente acusado de tentativa de homicídio. Estes os principais fundamentos da impetração: a) a autoridade impetrada agiu mal, ao não conhecer do HC ali formalizado, dado que a decisão de pronúncia não acrescentou novos fundamentos para a manutenção da prisão preventiva; b) falta de uma precisa demonstração quanto aos requisitos do artigo 312 do CPP; c) “na decisão de pronúncia, foi desclassificada a imputação feita por tentativa de homicídio qualificado (motivo torpe) para tentativa de homicídio simples”; d) “se fosse condenado por tentativa de homicídio, dadas suas condições pessoais, receberia justamente a pena de dois anos, já a tendo cumprido integralmente”; e) possibilidade de adoção das medidas alternativas descritas no artigo 319 do CPP. Donde o pedido de imediata expedição do alvará de soltura em favor do acusado.

3. Ultimada esta síntese do pedido, decido. Fazendo-o, pontuo, de saída, que o poder de cautela dos magistrados é exercido num juízo prefacial em que se mesclam num mesmo tom a urgência da decisão e a impossibilidade de aprofundamento analítico do caso. Se se prefere, impõe-se aos magistrados condicionar seus provimentos acautelatórios à presença, nos autos, dos requisitos da plausibilidade do direito (fumus boni juris) e do perigo na demora da prestação jurisdicional (periculum in mora), perceptíveis de plano. Requisitos a ser aferidos primo oculi, portanto. Não sendo de se exigir do julgador uma aprofundada incursão no mérito do pedido ou na dissecação dos fatos que lhe dão suporte, sob pena de antecipação do próprio conteúdo da decisão definitiva.

4. No caso, não estão configurados, de plano, os requisitos necessários à concessão do provimento cautelar requestado. E a primeira dificuldade que encontro para a antecipação requerida na inicial deste HC está na pacífica jurisprudência do STF. Jurisprudência no sentido de que, em linha de princípio, “a sentença de pronúncia que traz fundamentos novos ou complementares constitui, ao contrário, título de prisão cautelar autônomo que, por isso, deve ser atacado em via própria, cumprindo assim reconhecer prejudicado o writ anteriormente impetrado” (HC 91.205, da relatoria do Ministro Menezes Direito). E o fato é que a leitura preliminar do acórdão impugnado sinaliza que “a prisão do paciente agora decorre da sentença de pronúncia, que apresentou fundamentos para a manutenção da custódia, ressaltando o temor das testemunhas e as desavenças existentes entre as famílias do paciente e da vítima. Tal motivação, contudo, não foi levada a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 41: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 41

conhecimento do Tribunal de origem, assim como não o foram as teses arguidas na petição de reconsideração, como a de possível legítima defesa....”.

5. Por outra volta, o exame preliminar do quadro empírico retratado pelas instâncias de origem também não favorece a pronta expedição de um alvará de soltura. Confira-se:

“[...]Consta da denúncia que, no dia 26 de setembro de 2009, o paciente

tentou matar, por motivo torpe, seu sobrinho Rogério dos Santos (fls. 27/28).Apurou-se que o pai da vítima e irmão do paciente, José Carlos dos

Santos, teria advertido verbalmente Fernando, filho de João, em razão de ter descoberto que o menor havia lhe subtraído quantia em dinheiro.

João não teria gostado da repreensão e, por este motivo, pretendeu vingar-se matando Rogério.

No dia dos fatos, ao encontrar com a vítima passou a agredi-la, em seguida sacou a arma de fogo e desferiu contra ela disparos, atingindo-a.

Familiares de Rogério intervieram e a Polícia Militar rapidamente chegou ao local, conduzindo este ao Pronto Socorro. Em razão da intervenção, a vítima sobreviveu.

O paciente, contudo, teria se evadido.Em 12 de maio de 2010, o paciente teve sua prisão temporária

decretada, em razão de ter sido noticiada sua presença nas proximidades da residência da vítima (fls. 29).

[..]”6. Por tudo quanto posto, indefiro a liminar requerida; reservando-me,

é claro, para um mais detido exame das teses da impetração quando do julgamento do mérito deste HC.

7. Requisitem-se, com a máxima urgência, inclusive por meio de fac-símile, informações circunstanciadas, e atualizadas, ao Tribunal de Justiça de São Paulo (Ação Penal nº 583.52.2009.005974-0 – Controle nº 963/2009, da 3ª Vara do Júri da Comarca de São Paulo); facultada a prestação de esclarecimentos sobre a petição inicial deste HC (cuja cópia instruirá o expediente).

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.531 (282)ORIGEM : HC - 180836 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : IRIS MARIA TAVARES MONTEZ DA SILVAIMPTE.(S) : FLAVIANO DA GAMA FERNANDESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida

liminar, impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça. Acórdão que foi assim ementado:

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS. CONDENAÇÃO. REGIME PRISIONAL E SUBSTITUIÇÃO POR MEDIDAS RESTRITIVAS. VIA INADEQUADA. INTERPOSIÇÃO CONCOMITANTE DE RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE MANIFESTA. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. GRANDE QUANTIDADE DE DROGA (4,5 KG DE COCAÍNA). ORDEM DENEGADA.

1. Não é possível a formulação concomitante de recurso especial e habeas corpus. Para o enfrentamento de teses jurídicas na via restrita, imprescindível que haja ilegalidade manifesta, relativa a matéria de direito, cuja constatação seja evidente e independa de qualquer análise probatória.

2. É imperiosa a necessidade de racionalização do habeas corpus, a bem de se prestigiar a lógica do sistema recursal. As hipóteses de cabimento do writ são restritas, não se admitindo que o remédio constitucional seja utilizado em substituição a recursos ordinários (apelação, agravo em execução, recurso especial), tampouco como sucedâneo de revisão criminal.

3. O writ não foi criado para a finalidade aqui empregada, de discutir o regime prisional fixado ou a possibilidade de substituição da pena. Há que se utilizar o recurso cabível ou, após o trânsito em julgado, a revisão criminal, se for o caso. A prevalecer tal postura, o recurso especial tornar-se-á totalmente inócuo. Certamente não foi essa a intenção do legislador constituinte ao prever o habeas corpus no art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal, e, em seu art. 105, III, definir as hipóteses de cabimento do recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça.

4. Não se vislumbra qualquer ilegalidade manifesta que autorize a concessão da ordem pretendida. Há circunstâncias judiciais desfavoráveis, que inclusive levaram à pena-base fixada acima do mínimo legal, cabendo ressaltar, em especial, a grande quantidade de entorpecente apreendida (4,5 kg de cocaína), a indicar que o regime mais brando e a medida restritiva não se mostram suficientes.

5. Habeas corpus denegado, cassada a liminar.”2. Pois bem, o impetrante postula o restabelecimento da sentença

que, ao condenar a paciente pelo delito de tráfico de drogas, na forma do §4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, substituiu a pena privativa de liberdade por

duas penas restritivas de direito. E o que diz o acionante? Fala que o acórdão que proveu a apelação do órgão acusatório para cassar a substituição não se acha devidamente fundamentado. Até porque o acórdão do TRF da 5ª Região deu pela constitucionalidade da vedação à substituição da reprimenda, expressa no art. 44 da Lei de Drogas.

3. Prossegue a impetração para aduzir a impropriedade do acórdão objeto da impetração, no ponto em que condiciona a regular tramitação da ação constitucional de habeas corpus ao exaurimento das vias recursais ordinárias e extraordinárias. Tudo a autorizar a concessão do provimento cautelar requestado, para suspender a execução da sentença reformada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

4. Avanço neste relato da causa para anotar que o Juízo Federal da 2ª Vara da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte deferiu à paciente a substituição da pena privativa de liberdade por duas penas restritivas de direitos. Na oportunidade, consignou o seguinte:

“[...] reconhecida a inconstitucionalidade da expressão ‘vedada a conversão em penas restritivas de direitos’ contida no §4º do artigo 33 e no artigo 44 da Lei 11.343/2006 e, uma vez satisfeitos os requisitos do art. 44 do Código Penal pátrio, pois a pena aplicada não é superior a quatro anos; o crime não foi cometido com violência ou grave ameaça à pessoa; a ré é primária; e a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade da condenada, bem como os motivos e as circunstâncias do delito indicam que a substituição ali prevista é suficiente à repressão do delito, perpetrado, substituo a pena privativa de liberdade […].”

5. Deu-se que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região proveu parcialmente o apelo ministerial público para o fim de se determinar o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime inicial fechado. Isso porque:

“Não há, assim vislumbrar inconstitucionalidade nos dispositivos legais que disciplinam a impossibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito a que aludem os art. 33, §4º da Lei 11.343/2006.”

6. E o que fez a autoridade impetrada? Nada obstante o único fundamento lançado pelo TRF da 5ª Região para alterar, no ponto, a sentença do Juízo Criminal, entendeu que “há circunstâncias judiciais desfavoráveis, que inclusive levaram à pena-base fixada acima do mínimo legal, cabendo ressaltar, em especial, a grande quantidade de entorpecente apreendida (4,5 kg de cocaína), a indicar que o regime mais brando e a medida restritiva não se mostram suficientes.”

7. Decido. Fazendo-o, anoto, de saída, que o poder de cautela dos magistrados é exercido num juízo prefacial em que se mesclam num mesmo tom a urgência da decisão e a impossibilidade de aprofundamento analítico do caso. Se se prefere, impõe-se aos magistrados condicionar seus provimentos acautelatórios à presença, nos autos, dos requisitos da plausibilidade do direito (fumus boni juris) e do perigo na demora da prestação jurisdicional (periculum in mora), perceptíveis de plano. Requisitos a ser aferidos primo oculi, portanto. Não sendo de se exigir, do julgador, uma aprofundada incursão no mérito do pedido ou na dissecação dos fatos que lhe dão suporte, sob pena de antecipação do próprio conteúdo da decisão definitiva.

8. No caso, o provimento cautelar é de ser parcialmente deferido. Isso porque, no julgamento do HC 97.256, de minha relatoria, este Supremo Tribunal Federal acolheu o entendimento de que (...) o direito penal bem pode cumular penas, inclusive a privativa e a restritiva da liberdade corporal (vide o § 4º do art. 37 da CF, emblemático em tema de cumulação de sanções), mas lhe é vedado subtrair da instância julgadora a possibilidade de se movimentar com discricionariedade nos quadrantes da alternatividade sancionatória. Uma coisa é a lei estabelecer condições mais severas para a concreta incidência da alternatividade; severidade jurisdicionalmente sindicável tão-só pelos vetores da razoabilidade e da proporcionalidade. Outra coisa, porém, é proibir ao julgador, pura e secamente, a substituição da pena supressora da liberdade em pena restritiva de direitos. Opção que a encarecida garantia da individualização da reprimenda, exatamente por ser a antítese da desindividualização, não tolera. Equivale a dizer: ofende a garantia da individualização da sanção penal (inciso XLVI do art. 5º da Constituição Federal) a proibição, a priori, da aplicação (em substituição da pena privativa de liberdade) das penas restritivas de direitos. Donde o exame judicial dos requisitos do art. 44 do Código Penal constituir direito público subjetivo do condenado. Sendo certo que recente resolução do Senado Federal suspendeu a eficácia da expressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos”, constante do §4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006.

9. Acresce que, em linha de princípio, o acórdão impugnado, sem que tal exame constasse do acórdão que julgou a apelação, avançou na análise das circunstâncias do delito para concluir em sentido diametralmente oposto do Juízo Processante. Juízo que, bem mais próximo da realidade da causa, deu pela suficiência das penas restritivas de direito.

10. Esse o quadro, defiro a medida liminar requestada. O que faço para suspender a execução da pena finalmente imposta à paciente, até o julgamento do mérito deste habeas corpus.

Publique-se.Comunique-se, com urgência. Brasília, 16 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 42: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 42

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.535 (283)ORIGEM : HC - 234224 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : GALABIN PEPOV BOEVSKIIMPTE.(S) : LEANDRO BARROS PEREIRA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 234.224 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. DECISÃO DE RELATOR, DO STJ, QUE INDEFERIU LIMINAR EM IDÊNTICA VIA PROCESSUAL. TRÁFICO INTERNACIONAL DE ENTORPECENTES (ART. 33, CAPUT, COMBINADO COM O ART. 40, INCISO I, DA LEI N. 11.343/2006). LIBERDADE PROVISÓRIA. PEDIDO INDEFERIDO COM FUNDAMENTO NO ART. 44 DA LEI N. 11.343/2006. TEMA AFETADO AO PLENO. MEDIDA LIMINAR INDEFERIDA.

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra ato da Ministra Maria Thereza de Assis Moura, que indeferiu a cautelar em idêntica via processual, cujo teor é o seguinte:

“Da análise dos autos, ao menos em um juízo perfunctório, não vislumbro manifesto constrangimento ilegal a ensejar o deferimento da medida de urgência.

Mister esclarecer, num primeiro momento, que a idoneidade do indeferimento da liberdade provisória, com fulcro no art. 44 da Lei n.° 11.343/2006, não se encontra pacificada no âmbito desta Corte. Confiram-se, por oportuno, os seguintes precedentes da Quinta Turma:

"HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO. NARCOTRAFICÂNCIA. PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO EM 30.06.09. LIBERDADE PROVISÓRIA. VEDAÇÃO LEGAL. NORMA ESPECIAL. LEI 11.343/06. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. PARECER DO MPF PELA CONCESSÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA, NO ENTANTO. 1. A vedação de concessão de liberdade provisória, na hipótese de acusados da prática de tráfico ilícito de entorpecentes, encontra amparo no art. 44 da Lei 11.343/06 (nova Lei de Tóxicos), que é norma especial em relação ao parágrafo único do art. 310 do CPP e à Lei de Crimes Hediondos, com a nova redação dada pela Lei 11.464/07. 2. Referida vedação legal é, portanto, razão idônea e suficiente para o indeferimento da benesse, de sorte que prescinde de maiores digressões a decisão que indefere o pedido de liberdade provisória, nestes casos. 3. Ademais, no caso concreto, presentes indícios veementes de autoria e provada a materialidade do delito, a manutenção da prisão cautelar encontra-se plenamente justificada na garantia da ordem pública, tendo em vista a quantidade e natureza de entorpecente apreendido (0,49 gramas de maconha, 5,09 gramas de crack e 0,16 gramas de cocaína), a indicar a periculosidade do acusado. 4. Ordem denegada, não obstante o parecer ministerial em contrário". (HC 144.738/MG, Rei. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, QUINTA TURMA, Dje 15/03/2010).

"PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRAFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. VEDAÇÃO IMPOSTA PELA CONSTITUIÇÃO, PELO ART. 2º, INCISO II, DA LEI 8.072/90 E PELO ART. 44 DA LEI 11.343/06. (...) ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. O inciso XLIII do art. 5º da Constituição Federal estabelece que o crime de tráfico ilícito de entorpecentes é inafiançável. Não sendo possível a concessão de liberdade provisória com fiança, com maior razão é a não-concessão de liberdade provisória sem fiança. 2. A legislação infraconstitucional (arts. 2º, II, da Lei 8.072/90 e 44 da Lei 11.343/06) também veda a liberdade provisória ao preso em flagrante por tráfico ilícito de entorpecentes. 3. A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento de que a vedação legal é fundamento suficiente para o indeferimento da liberdade provisória (HC 76.779/MT, Rei. Min. Felix Fischer, DJ de 3/4/08). (...) 6. Ordem parcialmente concedida para anular a audiência de instrução e julgamento realizada em desconformidade com a previsão contida no art. 212 do Código de Processo Penal, determinando que outra seja realizada, consoante as disposições do referido dispositivo. Mantida a situação processual do paciente" (HC 150.662/GO, Rei. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, DJe 15/03/2010).

"HABEAS CORPUS. CRIMES DE TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. 11,9 GRAMAS DE "CRACK". LIBERDADE PROVISÓRIA. VEDAÇÃO EXPRESSA CONTIDA NA LEI N.° 11.343/2006. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA E SUFICIENTE PARA JUSTIFICAR O INDEFERIMENTO DO PLEITO. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Na linha do entendimento desta Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, a vedação expressa do benefício da liberdade provisória aos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, disciplinada no art. 44 da Lei n.° 11.343/06 é, por si só, motivo suficiente para impedir a concessão da benesse ao réu preso em flagrante por crime hediondo ou equiparado, nos termos do disposto no art. 5.°, inciso LXVÍ, da Constituição Federal, que impõe a inafiançabilidade das referidas infrações penais. 2. Ordem denegada". (HC 124.538/RS, Rei. Min. LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, DJe 15/12/2009).

Em sentido contrário, colhem-se os seguintes arestos da Sexta Turma:

"HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. LIBERDADE PROVISÓRIA INDEFERIDA. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO. NÃO

COMPROVAÇÃO DE OCUPAÇÃO LÍCITA. VEDAÇÃO DO ART. 44 DA LEI N° 11.343/2006. MOTIVOS, POR SI SÓS, INSUFICIENTES. ORDEM CONCEDIDA. 1. Fica evidente o constrangimento ilegal se foi indeferida a liberdade provisória do paciente tão somente porque ele não teria comprovado efetivamente possuir ocupação lícita, presumindo-se, por isso, que oferece risco à ordem pública, sem a demonstração concreta da presença de quaisquer dos requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal. 2. A simples alusão à vedação contida no art. 44 da Lei n° 11.343/2006 não basta para indeferir a liberdade provisória, se não demonstrada a real imprescindibilidade da medida extrema. 3. Habeas corpus concedido para garantir ao paciente o direito de recorrer em liberdade, se por outro motivo não estiver preso, mediante assinatura de termo de compromisso de comparecimento a todos os atos do processo, devendo ser expedido alvará de soltura clausulado". (HC 127.498/GO, de minha relatoria, SEXTA TURMA, DJe 14/12/2009).

"HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. DESENTRANHAMENTO DE PROVAS PRODUZIDAS EM AUDIÊNCIA DECLARADA NULA. DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. ORDEM CONCEDIDA. 1. Se a audiência foi declarada nula pelo E. Tribunal Estadual, não há razão para o indeferimento do pedido formulado pela defesa, de desentranhamento das provas nela produzidas. 2. A circunstância de ter o agente respondido ao processo preso, só por só, é insuficiente como fundamento para a negativa do benefício de recorrer em liberdade. 3. A vedação legal prevista no artigo 44 da Lei n° 11.343/2006, desacompanhada de outros elementos idôneos que demonstrem a necessidade da segregação cautelar, não representa óbice à concessão do benefício do recurso em liberdade. 4. Ordem concedida para autorizar o desentranhamento dos documentos declarados nulos; e para conceder o benefício do recurso em liberdade". (HC 135.879/SP, Rei. Min. CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, DJe 18/12/2009).

"HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. LIBERDADE PROVISÓRIA. CABIMENTO. ART. 312 DO CPP. FUNDAMENTAÇÃO. 1. A jurisprudência desta Corte tem proclamado que a prisão cautelar é medida de caráter excepcional, devendo ser impostas, ou mantidas, apenas quando atendidas, mediante decisão judicial fundamentada (art. 93, inciso IX, da Constituição Federal), as exigências do art. 312 do Código de Processo Penal. 2. Isso porque a liberdade, antes de sentença penal condenatória definitiva, é a regra e o enclausuramento provisório, a exceção, como têm insistido esta Corte e o Supremo Tribunal Federal em inúmeros julgados, por força do princípio da presunção de inocência, ou da não culpabilidade. 3. A fundamentação do magistrado de primeiro grau atém-se à gravidade abstrata do crime e à circunstância de ser equiparado a hediondo. 4. Em vários julgados a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça acentuou que a vedação do art. 44 da Lei n° 11.343/06 não é obstáculo, por si, à concessão da liberdade provisória, não se olvidando que a proibição então contida na Lei de Crimes Hediondos foi suprimida pela Lei n° 11.464/07. 5. Ademais, impõe-se notar que foram apreendidos em poder do paciente 7,00 (sete) gramas de cocaína, o que não se mostra suficiente, por si só, para demonstrar a periculosidade do agente. 6. Habeas corpus concedido para que o paciente seja colocado em liberdade provisória, se por outro motivo não estiver preso, mediante assinatura de termo de compromisso de comparecimento a todos os atos do processo". (HC 126.308/SP, Rei. Min. OG FERNANDES, SEXTA TURMA, Dje 28/09/2009).

A matéria também não se encontra pacificada no âmbito do Supremo Tribunal Federal, senão vejamos:

"HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. INADMISSIBILIDADE. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL. DELITOS INAFIANÇÁVEIS. ART. 5o, XLIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR E DE FRAGILIDADE DA DECISÃO QUE DENEGA A SOLTURA DO PACIENTE. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA CONDENATÓRIA, PREJUDICIALIDADE. ORDEM DENEGADA. I - A vedação à liberdade provisória para o delito de tráfico de drogas advém da própria Constituição, a qual prevê a inafiançabilidade (art. 5o, XLIII). Precedentes. II - Com a superveniência da sentença condenatória, ademais, fica prejudicada a alegação de ausência dos requisitos autorizadores da prisão cautelar e de eventual vício na decisão que indeferiu o pedido de soltura do paciente. III - Réu que, ademais, foi preso em flagrante e permaneceu detido ao longo de toda a instrução criminal. IV - Ordem denegada". (HC 98746, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 09/02/2010, DJe-045 DIVULG 11-03-2010 PUBLIC 12-03-2010 EMENT VOL-02393-03 PP-00457).

"HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. CONJECTURAS. CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. INSUBSISTÊNCIA. PRISÃO EM FLAGRANTE. ÓBICE AO APELO EM LIBERDADE. INCONSTITUCIONALIDADE: NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO DO PRECEITO VEICULADO PELO ARTIGO 44 DA LEI 11.343/06 E DO ARTIGO 5º, INCISO XLII AOS ARTIGOS 1º, INCISO III, E 5º, INCISOS LIV E LVII DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. Garantia da ordem pública fundada em conjecturas a respeito da gravidade e das consequências do crime. Inidoneidade. 2. Conveniência da instrução criminal tendo em conta o temor

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 43: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 43

das testemunhas. Superveniência de sentença penal condenatória. Fundamento insubsistente. 3. Apelação em liberdade negada sob o fundamento de que o artigo 44 da Lei n. 11.343/06 veda a liberdade provisória ao preso em flagrante por tráfico de entorpecentes. Entendimento respaldado na inafiançabilidade desse crime, estabelecida no artigo 5º, inciso XLIII da Constituição do Brasil. Afronta escancarada aos princípios da presunção de inocência, do devido processo legal e da dignidade da pessoa humana. 4. Inexistência de antinomias na Constituição. Necessidade de adequação, a esses princípios, da norma infraconstitucional e da veiculada no artigo 5º, inciso XLIII, da Constituição do Brasil. A regra estabelecida na Constituição, bem assim na legislação infraconstitucional, é a liberdade. A prisão faz exceção a essa regra, de modo que, a admitir-se que o artigo 5º, inciso XLIII estabelece, além das restrições nele contidas, vedação à liberdade provisória, o conflito entre normas estaria instalado. 5. A inafiançabilidade não pode e não deve - considerados os princípios da presunção de inocência, da dignidade da pessoa humana, da ampla defesa e do devido processo legal — constituir causa impeditiva da liberdade provisória. 6. Não se nega a acentuada nocividade da conduta do traficante de entorpecentes. Nocividade aferível pelos malefícios provocados no que concerne à saúde pública, exposta a sociedade a danos concretos e a riscos iminentes. Não obstante, a regra consagrada no ordenamento jurídico brasileiro é a liberdade; a prisão, a exceção. A regra cede a ela em situações marcadas pela demonstração cabal da necessidade da segregação ante tempus. Impõe-se porém ao Juiz, nesse caso o dever de explicitar as razões pelas quais alguém deva ser preso cautelarmente, assim permanecendo. Ordem concedida". (HC 101505, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 15/12/2009, DJe-027 DIVULG 11-02-2010 PUBLIC 12-02-2010 EMENT VOL-02389-03 PP-00597.)

Cogente destacar, ainda, que a Terceira Seção deste Tribunal Superior, ao apreciar Questão de Ordem suscitada pelo Ministro Félix Fischer sobre a possibilidade da concessão de liberdade provisória em crimes de tráfico de entorpecentes, decidiu, por maioria de votos, negar a ordem de habeas corpus. Constata-se, assim, que o tema, neste tópico, merece uma análise mais detalhada, inviável em sede liminar.

É certo que a concessão de liminar em habeas corpus, em razão de sua excepcionalidade, enseja a comprovação, de plano, do constrangimento ilegal apontado, o que, entretanto, não se verifica no caso em apreço.

Ademais, a liminar pleiteada, nos termos em que deduzida, visando a colocação do paciente em liberdade, confunde-se com o próprio mérito da impetração, cuja resolução demanda análise pormenorizada dos autos e julgamento pelo Órgão Colegiado, juiz natural da causa, consubstanciando-se em pedido eminentemente satisfativo, incabível na espécie. Nesse sentido:

[...] a provisão cautelar não se presta à apreciação da questão de mérito do writ, por implicar em exame prematuro da matéria de fundo da ação de habeas corpus, de competência da turma julgadora, que não pode ser apreciada nos limites da cognição sumária do Relator. Por outras palavras, no writ, não cabe medida satisfativa antecipada. (HC 17.579/RS, Rei. Min. Hamilton Carvalhido, DJ 09.08.2001.)

Ante o exposto, indefiro a liminar”.Neste habeas corpus, os impetrantes afirmam o direito do paciente à

liberdade provisória, alegando que a decisão mediante a qual foi indeferido o benefício é carente de fundamentação idônea, pois fundada na gravidade do delito e na presunção de fuga do paciente, que, estrangeiro, não teria demonstrado possuir residência fixa no Brasil. Dizem que a prisão preventiva atenta contra a dignidade da pessoa humana e, no caso, constituindo antecipação da pena, viola o princípio da presunção de não culpabilidade. Pedem a concessão de liminar, no sentido de revogar a decisão por meio da qual foi determinada a prisão do paciente, expedindo-se o alvará de soltura, e, no mérito, a confirmação da medida.

É o relatório. Decido.O paciente foi preso em flagrante, em 24 de outubro de 2011, no

Aeroporto Internacional de Guarulhos, pela suposta prática do crime de tráfico internacional de drogas (Lei nº 11.343/2006, artigo 33 combinado com o artigo 40, inciso I). A prisão em flagrante foi convertida em preventiva pelo Juízo da 2ª Vara Federal de Guarulhos, 19ª Seção Judiciária de São Paulo, que anotou, verbis:

“(...)No caso em questão, entendo que se encontram presentes os

pressupostos para a decretação da prisão preventiva, estabelecidos no artigo 312 do Código de Processo Penal.

Há prova da existência do crime (materialidade delitiva) e indícios suficientes de autoria.

A materialidade delitiva está pontada através do laudo preliminar de constatação para cocaína e a prisão em flagrante, por si só, cria uma presunção relativa de autoria.

A custódia cautelar do acusado há de ser mantida por conveniência da instrução criminal e para permitir a aplicação da lei penal, já que se trata de estrangeiro, sem qualquer vínculo com o Brasil, flagrado no momento em que pretendia deixar o país levando entorpecente em sua bagagem. Assim sendo, há o perigo concreto de se evadir caso seja colocado em liberdade”.

Contra o referido ato foi impetrado habeas no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que denegou a ordem. O acórdão está assim ementado:

“HABEAS CORPUS – TRÁFICO INTERNACIONAL DE

ENTORPECENTES – PRISÃO PREVENTIVA – PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS – VEDAÇÃO LEGAL Á LIBERDADE PROVISÓRIA – ART. 44 DA LEI 11.343/2006 – ORDEM DENEGADA.

1. O paciente é acusado de inserir em território nacional quantidade expressiva de substância entorpecente, tendo sido preso em flagrante delito na posse de cerca de 9 kg de cocaína.

2. Sua segregação se faz necessária, assim, como medida à garantia da ordem pública, visando o resguardo do meio social, e a prevenção de novas práticas delituosas.

3. A vedação legal à liberdade provisória aos delitos de tráfico de entorpecentes coaduna-se com a Constituição Federal, tendo em vista a maior e significante lesão trazida à sociedade pela prática de crimes deste jaez, fator que autoriza o discrimen e relação às demais espécies delitivas.

4. Não há falar na retroatividade benéfica da Lei nº 11.464/2007 (lei geral), porquanto em se tratando a Lei Antitóxicos de norma especial, não pode ser derrogada por lei geral, aplicando-se ao caso o princípio da especialidade, solucionador do aparente conflito entre as normas penais supracitadas.

5. Portanto, tendo o paciente sido preso em razão de atuação em tráfico internacional de significativa quantidade de substância entorpecente, não faz jus à liberdade provisória, por expressa vedação legal (art. 44 da Lei nº 11.343/2006).

6. Ordem denegada”.Em princípio, não exsurgem sem fundamentação idônea as decisões

mediante as quais foram indeferidos os pedidos de liberdade provisória formulados em favor do paciente. Atente-se, ademais, para o fato de o tema versando a (in)constitucionalidade do artigo 44 da Lei n. 11.343/2006 estar submetido à apreciação do Plenário do Supremo no Habeas Corpus nº 100.949, do qual é relator o Ministro Joaquim Barbosa, circunstância que, por si só, afasta a plausibilidade jurídica das razões da impetração.

Ausente deliberação definitiva do Supremo Tribunal a respeito da matéria sub examine, não há justificativa plausível para, desde logo, afastar o ato constritiva da liberdade do paciente, suprimindo-se instância.

Ex positis, indefiro o pedido de liminar. O processo instruído com as peças indispensáveis à compreensão da

controvérsia. Proceda à remessa do habeas à Procuradoria Geral da Republica, para emissão de parecer.

Publique-se. Int.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.575 (284)ORIGEM : HC - 232777 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : VERA LÚCIA DE SÁIMPTE.(S) : BENEDITO ANTONIO DIAS DA SILVA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 232777 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: 1. O Min. RICARDO LEWANDOWSKI encaminhou este habeas corpus à Presidência com o seguinte despacho:

“Em face do que informado pela Coordenadoria de Processamento Inicial/SEJ, submeto o feito à apreciação do Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente a fim de fixar a correta relatoria”.

A Coordenadoria de Processamento Inicial/SEJ, por sua vez, informou que, por equívoco, “procedeu à livre distribuição do presente habeas corpus, quando deveria ter distribuído o processo por prevenção ao Excelentíssimo Senhor Ministro Marco Aurélio, em face da vinculação com o HC nº 111.907.”

2. É caso de redistribuição.Verifico que este HC nº 112.575 e o HC nº 111.907 possuem a

mesma origem, qual seja o Processo nº 6020119970257418 da Vara do Júri/Execuções de Sorocaba.

Este HC nº 112.575 foi distribuído ao Min. RICARDO LEWANDOWSKI no dia 6.3.2012. Já o HC nº 111.907 foi distribuído por prevenção ao Min. MARCO AURÉLIO em 10.1.2012.

Aplica-se o caput do art. 69 do RISTF:Art. 69. A distribuição da ação ou do recurso gera prevenção para

todos os processos a eles vinculados por conexão ou continência.3. Assim, determino a redistribuição dos autos ao gabinete do Min.

MARCO AURÉLIO.Oportunamente, proceda-se à compensação da distribuição, na forma

regimental (art. 67, § 4º, do RISTF). Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSOPresidente

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.584 (285)ORIGEM : HC - 112584 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 44: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 44

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : GEAN DE CARVALHOIMPTE.(S) : JOEL ELISEU GALLICOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS 233617 DO

SUPERIOR TRIBUNAL JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de GEAN DE CARVALHO, contra decisão monocrática proferida pelo relator do HC nº 233.617/SC, Min. Adilson Vieira Macabu, do Superior Tribunal de Justiça.

Consta dos autos que o paciente foi condenado à pena de 4 (quatro) anos e 2 (dois) meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime previsto no art. 33 da Lei nº 11.343/06.

Inconformada, a defesa interpôs apelação ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que deu provimento ao recurso para declinar da competência para a Justiça Estadual. Este acórdão ainda não transitou em julgado, haja vista a existência de embargos de declaração opostos pelo Ministério Público Federal ainda pendentes de julgamento de mérito.

Na sequência, foi impetrado habeas corpus ao STJ, que indeferiu o pedido de liminar.

Daí o presente habeas corpus, por meio do qual se pede, tanto liminarmente quanto no mérito, a superação do óbice da súmula 691 desta Corte, o reconhecimento da nulidade da ação penal de origem e a imediata expedição de alvará de soltura em favor do paciente.

Para tanto, o impetrante alega a incompetência da Justiça Federal para processar e julgar o feito de origem, uma vez que a sentença condenatória teria afastado a transnacionalidade do delito imputado ao paciente.

Sustenta, ainda, excesso de prazo e falta de fundamentação da custódia cautelar.

O presente feito foi a mim distribuído por prevenção, tendo em vista a vinculação com o HC 110.386.

É o relatório.Decido.O presente writ não apresenta qualquer excepcionalidade que

autorize a superação do entendimento sumulado no enunciado n° 691 deste Supremo Tribunal Federal.

Ademais, ainda que fosse superado o óbice do enunciado da Súmula nº 691, melhor sorte não adviria à impetração.

No tocante ao pleito relativo ao reconhecimento da incompetência da Justiça Federal, tal pedido é objeto do HC 110.386, da minha relatoria, razão pela qual não é possível conhecer da impetração nesse ponto.

Já em relação à suposta ilegalidade da custódia do ora paciente, verifico que a prisão está suficientemente fundamentada na gravidade concreta do delito e na presença dos requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, sobretudo para a garantia da ordem pública e para aplicação da lei penal.

Por fim, conforme bem salientado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o “fato de o Colegiado ter afastado a internacionalidade do delito e declinado da competência à Justiça Estadual - decisão sem trânsito em julgado, porquanto pendente de julgamento os embargos de declaração opostos pelo órgão ministerial - não afasta os requisitos da prisão cautelar, os quais foram bem analisado pelo juízo de origem”, competente para tal apreciação à época dos fatos.

Do exposto, não conheço do habeas corpus, conforme me autoriza o art. 38 da Lei 8.038/1990 e o art. 21, § 1º, do RISTF, sobretudo porque não foi demonstrada qualquer excepcionalidade que poderia conduzir à superação da súmula nº 691 desta Corte e ao conhecimento de ofício das alegações deduzidas na peça inicial.

Publique-se.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.599 (286)ORIGEM : HC - 210029 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : LUCIVALDO LAURINDOIMPTE.(S) : JONAS PEREIRA ALVESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de LUCIVALDO LAURINDO contra acórdão proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do HC 210.029/DF.

Consta dos autos que o paciente foi preso preventivamente e denunciado pela prática do crime de roubo, uma vez que, “em concurso de agente, mediante o uso de arma de fogo e com grave ameaça, subtraiu um veículo Kombi de propriedade da ECT, restringindo a liberdade do motorista daquela empresa pública, e, ato contínuo, deslocou-se até a SHIS QI 07, (...) Lago Sul, onde, se fazendo passar por funcionário da ECT, rendeu a proprietária da residência e as empregadas que lá se encontravam,

objetivando a subtração de bens e valores”.No presente habeas corpus, o impetrante alega excesso de prazo na

instrução e falta de fundamentação para a custódia cautelar, razão pela qual requer a imediata soltura do ora paciente.

É o relatório.Decido.Ao compulsar os autos, verifico que a custódia cautelar do ora

paciente está suficientemente fundamentada na gravidade concreta do delito, na periculosidade real do agente e na presença dos requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, conforme se observa no seguinte trecho da decisão proferida pelo Juízo da 10ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal:

“Verifico que a prisão dos réus se faz necessária para garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal. (...)

Consta dos autos que LUCIVALDO esteve envolvido no furto milionário do Banco Central da cidade de Fortaleza, sendo que já havia sido preso em 2006, por execução de crime contra o patrimônio na cidade de Porto Alegre/RS, onde foi subtraída vultosa quantia. Além disso, ambos os denunciados possuem extensa folha de antecedentes criminais (fls. 163/166 e 389/398) e vários mandados de prisão expedidos por vários Estados da Federação, o que constitui forte indício de que os acusados fazem do crime o seu modo de vida e que, uma vez em liberdade, voltariam a praticar os crimes contra o patrimônio.

Também verifico a necessidade da medida cautelar para assegurar a aplicação da lei penal, pois informa a autoridade policial que os acusados empreenderam fuga logo após a prática dos crimes (...)”.

Já no tocante ao alegado excesso de prazo, não verifico, ao menos nesse juízo preliminar, qualquer comprovação de que a suposta demora é injustificada.

Do exposto, indefiro a medida de urgência pretendida.Oficie-se ao Juízo da 10ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária

do Distrito Federal, para que informe o andamento atualizado da ação penal na qual o paciente é réu.

Recebida as informações, dê-se vista dos autos à Procuradoria Geral da República.

Publique-se.Brasília, 08 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.607 (287)ORIGEM : HC - 184557 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : SEBASTIÃO ELIZIÁRIOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de SEBASTIÃO ELIZÁRIO, contra acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça no HC nº 184.557/MG.

Consta dos autos que o paciente foi condenado à pena de 2 anos de reclusão, em regime inicial aberto, pela prática do crime previsto no art. 14 da Lei nº 10.826/03 (porte ilegal de arma de fogo).

Inconformada, a defesa apelou ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que negou provimento ao recurso, e impetrou habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem pretendida.

Daí o presente habeas corpus, no qual a impetrante requer a concessão da ordem para que seja reconhecida a atipicidade da conduta de portar ilegalmente arma de fogo desmuniciada, alegando, para tanto, ausência de lesividade e de ofensividade da conduta. Subsidiariamente, requer a reclassificação da conduta imputada ao ora paciente para o crime de posse ilegal de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/03).

É o relatório.Decido.A matéria objeto desta impetração é tema de jurisprudência

consolidada, fato este que possibilita a apreciação monocrática do mérito deste feito, conforme autoriza o caput do art. 192 do RISTF.

No tocante ao pedido relativo à reclassificação da conduta imputada ao paciente, o acolhimento de tal pleito somente é possível mediante a realização de aprofundado reexame do conjunto fático-probatório dos autos de origem, o que é inadmissível na via processual do habeas corpus.

Por tal razão, não conheço da impetração nesse ponto.Já em relação à suposta atipicidade da conduta imputada ao

paciente, verifico que o acórdão impugnado está em harmonia com a jurisprudência desta Corte, segundo a qual “mostra-se irrelevante, no caso, cogitar-se da eficácia da arma para a configuração do tipo penal em comento, isto é, se ela está ou não municiada ou se a munição está ou não ao alcance das mãos, porque a hipótese é de crime de perigo abstrato, para cuja caracterização desimporta o resultado concreto da ação” (RHC 90.197, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJE de 4.9.2009).

No mesmo sentido: HC 103.826, redator para acórdão min. Gilmar

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 45: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 45

Mendes, julgado em 28.02.2012; HC 101.994, rel. min. Dias Toffoli, DJE de 25.8.2011; HC 104.206, rel. min. Cármen Lúcia, DJE de 27.8.2010; e RHC 91.553, rel. min. Ayres Britto, DJE de 21.8.2009.

Ante todo o exposto, conheço parcialmente da impetração e, nessa extensão, denego a ordem pleiteada, conforme me autoriza o art. 192, caput, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.608 (288)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : SHLOMO AMIRIMPTE.(S) : CARLOS EDUARDO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 108.084 DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

DESPACHO: O presente feito, salvo melhor juízo, trata-se de pedido de extensão dos efeitos da medida liminar deferida nos autos do HC nº 108.084/SP, da relatoria do Min. Luiz Fux, razão pela qual o próprio impetrante sugere a distribuição deste habeas corpus por prevenção aos autos citados.

Assim sendo, remetam-se os autos à Presidência desta Corte, a fim de que se manifeste sobre a distribuição deste feito (RISTF, art. 13, VII).

Publique-se.Brasília, 09 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.613 (289)ORIGEM : HC - 176960 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : RAMON OSCAR LOPESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 176960 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, para que informe a previsão para o julgamento do HC 176.960/PR.

Recebidas as informações, dê-se vista à Procuradoria Geral da República.

Publique-se.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.623 (290)ORIGEM : HC - 210006 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : MILER QUESADA CASQUETIMPTE.(S) : SÍLVIO GUILEN LOPESCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 210006 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de MILER QUESADA CASQUET, no qual figura como autoridade coatora o relator do HC 210.006/SP, do Superior Tribunal de Justiça.

Consta da petição inicial que o paciente foi preso preventivamente pela prática dos delitos de tráfico transnacional de drogas e associação para o tráfico.

No presente habeas corpus, o impetrante alega excesso de prazo para o julgamento do habeas corpus impetrado ao STJ e falta de fundamentação da custódia cautelar do ora paciente.

Ao final, requer a concessão da ordem para que seja restituída a liberdade do paciente e seja determinado ao STJ que julgue imediatamente o referido habeas corpus.

É o relatório.Decido.No tocante ao pedido relativo à suposta falta de justificativa para a

manutenção da prisão preventiva do ora paciente, não verifico qualquer excepcionalidade, ilegalidade ou teratologia que autorize a superação do entendimento sumulado no enunciado n° 691 deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não conheço da impetração nesse ponto.

Já em relação ao alegado excesso de prazo para o julgamento do habeas corpus impetrado ao STJ, afigura-se necessária a oitiva da autoridade apontada como coatora, uma vez que a impetração não foi suficientemente

instruída com documentos que comprovem, de plano, que a demora no julgamento do referido feito é injustificada.

Assim, conheço parcialmente da impetração e, nessa extensão, indefiro o pedido de liminar.

Solicitem-se informações à autoridade apontada como coatora, sobretudo quanto à previsão para o julgamento do HC 210.006/MS.

Recebidas as informações, dê-se vista à Procuradoria Geral da República.

Publique-se.Brasília, 09 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.624 (291)ORIGEM :PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : JHONATHAN HENRIQUE DA SILVA BORDINPACTE.(S) : HUGO HUMBERTO AGUILARPACTE.(S) : RAMIRES NICASSIOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO : Vistos, etc. Cuida-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida

liminar, impetrado contra acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. Acórdão assim redigido:

“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE. TRÁFICO DE DROGAS. DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE NEGADO. VALIDADE DA VEDAÇÃO CONTIDA NO ART. 44 DA LEI N.º 11.343/2006. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.

1. Os Recorrentes foram presos em flagrante delito, com 950 gramas de cocaína, além de 75 cápsulas da mesma substância, e R$ 5.600,00 (cinco mil e seiscentos reais), em espécie.

2. A teor da orientação firmada pela Quinta Turma deste Superior Tribunal de Justiça, a vedação expressa do benefício da liberdade provisória (e do apelo em liberdade) aos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, por si só, motivo suficiente para impedir a concessão da benesse ao réu preso em flagrante por crime hediondo ou equiparado, nos termos do disposto no art. 5.º, inciso XLIII, da Constituição Federal, que impõe a inafiançabilidade das referidas infrações penais. Precedentes desta Corte e do Supremo Tribunal Federal.

3. Recurso desprovido.”2. Pois bem, a impetrante renova, aqui, a tese de patente ilegalidade

da prisão cautelar dos pacientes. Pacientes condenados em Primeiro Grau pelo crime de tráfico internacional de drogas. Alega a defesa, em síntese, que a mera alusão à vedação contida no art. 44 da Lei 11.343/206 não é suficiente para a manutenção do aprisionamento cautelar dos acionantes. Até porque não houve a indicação de nenhum dado concreto apto a sustentar o aprisionamento em causa. Donde o pedido de imediata concessão de liberdade provisória aos acusados.

3. Feita esta síntese do pedido, decido. Fazendo-o, pontuo, de saída, que o poder de cautela dos magistrados é exercido num juízo prefacial em que se mesclam num mesmo tom a urgência da decisão e a impossibilidade de aprofundamento analítico do caso. Se se prefere, impõe-se aos magistrados condicionar seus provimentos acautelatórios à presença, nos autos, dos requisitos da plausibilidade do direito (fumus boni juris) e do perigo na demora da prestação jurisdicional (periculum in mora), perceptíveis de plano. Requisitos a ser aferidos primo oculi, portanto. Não sendo de se exigir do julgador uma aprofundada incursão no mérito do pedido ou na dissecação dos fatos que lhe dão suporte, sob pena de antecipação do próprio conteúdo da decisão definitiva.

4. No caso, não tenho por configurados, de plano, os requisitos necessários à concessão do provimento cautelar requestado. É que o exame prefacial das peças que instruem este processo não favorece a imediata expedição de um alvará de soltura em favor dos acusados. Confira-se:

“[...]Diante disso, os policiais iniciaram uma busca em todos os cômodos,

quando encontraram, escondido debaixo de uma tábua ao lado de uma bananeira, aproximadamente, 1kg de cocaína, distribuída em cápsulas.

Na ocasião também foram apreendidos, em meio aos pertences de HUGO HUMBERTO AGUILAR, R$ 5.000,00 e US$ 600,00.

Restou constatado que JHONATHAN HENRIQUE DA SILVA BORDIN estava sendo pago para acomodar os bolivianos em sua casa, visto que RAMIRES NICÁSSIO precisava expelir 75 cápsulas da droga transportada da Bolívia para o Brasil no interior de seu aparelho digestivo.

Segundo o representante ministerial, o denunciado HUGO HUMBERTO AGUILAR foi contratado por JHONATHAN HENRIQUE DA SILVA BORDIN para vigiar o casal de bolivianos bem como era responsável pela guarda do dinheiro que seria utilizado para pagamento pelo transporte da droga.

Além disso, apurou-se que os denunciados RAMIRES NICÁSSIO,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 46: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 46

MARTA BEATRIZ CATRI CUENCA e HUGO HUMBERTO AGUILAR apresentaram documentos falsos no momento da abordagem.

[...]”5. Esse o quadro, indefiro a medida liminar requestada; reservando-

me, é claro, para um mais detido exame das teses defensivas por ocasião do julgamento do mérito deste HC.

6. Requisitem-se, com a máxima urgência, informações detalhadas ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região; facultada a prestação de esclarecimentos sobre a petição inicial deste HC (cuja cópia acompanhará o expediente).

7. Dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Publique-se.Brasília, 16 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.637 (292)ORIGEM : HC - 223201 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : ELIANDREZA ROCHA DA SILVAPACTE.(S) : ANA MÁRCIA DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de ANA MÁRCIA DA SILVA e ELIANDREZA ROCHA DA SILVA, contra acórdão proferido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça no HC nº 223.201/MS.

Extrai-se dos autos que as pacientes foram condenadas às penas de 1 (um) ano e 8 (oito) meses de reclusão pela prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06, em regime inicial fechado, sendo-lhes vedada a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Inconformada, a defesa interpôs apelação ao Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul, que negou provimento ao recurso, e impetrou habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem pretendida.

No presente habeas corpus, a impetrante requer a substituição das penas privativas de liberdade por restritivas de direito e, subsidiariamente, a fixação do regime aberto para o início do cumprimento das reprimendas, ao fundamento de que as pacientes preenchem todos os requisitos objetivos e subjetivos para a obtenção de tais benefícios.

É o relatório.Decido.A matéria objeto desta impetração é tema de jurisprudência

consolidada desta Corte, fato este que possibilita a apreciação monocrática do mérito deste feito, conforme autoriza o caput do art. 192 do RISTF.

No tocante ao regime inicial para o cumprimento de pena decorrente da prática de crimes hediondos, a Segunda Turma deste Tribunal, em casos assemelhados, superou a obrigatoriedade do início do cumprimento de pena no regime fechado, prevista no § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, e determinou a fixação do regime inicial segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do Código Penal.

Nesse ponto, destaco o seguinte precedente:“O STF já teve a oportunidade, por ocasião da análise do julgamento

do HC n. 82.959/SP, rel. Min. Marco Aurélio, Dje 1º.9.2006, de declarar, incidenter tantum, a inconstitucionalidade da antiga redação do art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, a qual determinava que os condenados por crimes hediondos ou a eles equiparados deveriam cumprir a pena em regime integralmente fechado. Naquele caso, ficou assentado que essa imposição contraria o princípio constitucional da individualização da pena (CF, art. 5º, XLVI).

Pois bem. Sobreveio a Lei n. 11.464/2007 que, ao promover mudanças no já mencionado art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, determinou que a pena agora fosse cumprida no regime inicial fechado.

É aqui que faço uma indagação: Esse dispositivo, em sua nova redação, não continuaria a violar o princípio constitucional da individualização da pena? (…)

No ponto, destaco, ainda, à guisa de ilustração, julgado recente proferido pelo próprio STJ que, ao analisar o HC n. 149.807/SP lá impetrado, concluiu pela inconstitucionalidade desse dispositivo, ao fundamento de que, a despeito das modificações preconizadas pela Lei 11.464/2007, persistiria ainda a ofensa ao princípio constitucional da individualização da pena e, também, da proporcionalidade.

No caso concreto, com fundamento nessas considerações, entendo que o disposto na Lei dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado) há de ser superado. É que a paciente preenche os requisitos previstos no art. 33, § 2º, c, do CP, para o início do cumprimento de pena no regime aberto.

Ademais, em caso idêntico ao destes autos (condenação à pena de 1 ano e 8 meses de reclusão, sentenciado não reincidente e ausência de circunstâncias desfavoráveis), esta Segunda Turma do STF concedeu a

ordem para que fosse modificado o regime inicial de cumprimento da pena. Eis a ementa desse julgado:

“Habeas Corpus. 2. Tráfico ilícito de entorpecentes. Paciente condenado à pena de um ano e oito meses de reclusão. 3. Pedido de fixação de regime aberto para o início do cumprimento da pena. Possibilidade. Paciente que cumpre os requisitos previstos no art. 33, § 2º, “c”, do Código Penal. 4. Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Possibilidade. Precedente do Plenário (HC n. 97.256/RS). 5. Necessidade de análise dos requisitos dispostos no art. 44 do CP. 6. Ordem deferida” (HC 105.779, de minha relatoria, 2ª Turma, decisão unânime, Dje 22.2.2011)” (HC 107.349/SP, rel. min. Gilmar Mendes, DJe nº 108, publicado em 06.06.2011).

Já em relação ao pleito relativo à substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, o Plenário desta Corte, na sessão realizada em 1°.9.2010, ao julgar o HC 97.256/RS, rel. min. Ayres Britto, julgou inconstitucional o art. 44 da Lei nº 11.343/2006, na parte em que vedava a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos para os condenados por crime de tráfico de drogas.

Na mesma ocasião, o Tribunal entendeu pela remoção do óbice legal à conversão e atribuiu ao juízo da causa ou, caso transitada em julgado a condenação, ao juízo da execução o exame do preenchimento dos requisitos legais para a substituição da pena.

Diante do exposto, concedo a ordem, de ofício, com base no caput do art. 192 do RISTF, para determinar ao juízo de origem ou, caso já transitada em julgado a condenação, ao juízo da execução que realize, com urgência, nova fixação dos regimes iniciais mediante estrita observância aos critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do Código Penal, e examine se as pacientes preenchem os requisitos dispostos no art. 44 do Código Penal para a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos.

Publique-se.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.641 (293)ORIGEM :PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : MOSES MANSARAYIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de MOSES MANSARAY contra acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça nos autos do HC 209.492/SP.

Consta dos autos que o paciente foi condenado à pena de 4 anos e 10 meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de tráfico transnacional de drogas (art. 33, caput, c/c art. 40, inc. I, ambos da Lei nº 11.343/06).

Inconformada, a defesa apelou ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que negou provimento ao recurso, e impetrou habeas corpus ao STJ, que denegou a ordem pretendida.

Daí o presente habeas corpus, no qual a impetrante requer a aplicação da minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 em seu patamar máximo e, com a fixação de novo quantum, pleiteia a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Para tanto, alega que o paciente preenche todos os requisitos previstos no art. 33, §4º, da Lei nº 11.343/2006.

É o relatório.Decido.No tocante ao quantum de redução decorrente da causa de

diminuição prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006, é da jurisprudência deste Tribunal que “o magistrado não está obrigado a aplicar tal causa de diminuição em seu patamar máximo quando presentes os requisitos para a concessão de tal benefício, tendo plena liberdade para aplicar a redução no ‘quantum’ reputado adequado de acordo com as peculiaridades do caso concreto” (HC 99.440/SP, da minha relatoria, DJe-090 de 16.05.2011).

Nesse contexto, entendo que a fixação do quantum de redução da pena no patamar de 1/6 foi suficientemente fundamentada pelo magistrado sentenciante, merecendo destaque o seguinte trecho da dosimetria da pena:

“(...) não se pode ignorar que sua conduta viria a contribuir para a distribuição de entorpecentes em escala mundial, sendo, dessa forma, potencialmente mais gravosa que o mero abastecimento do mercado interno.

Tenho que indigitada conduta está inserida em estágio intermediário da cadeia do tráfico, haja vista que o réu não estava vendendo a substância diretamente ao usuário. Ao contrário, transportava razoável quantidade de cocaína que seria pulverizada no mercado de consumo, entre vários vendedores. Em outras palavras, sua conduta, se bem sucedida, possibilitaria o abastecimento de diversos pontos de venda de tóxicos distintos. E isto é algo a ser considerado neste julgamento”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 47: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 47

Por fim, mantida por ora a sanção imposta ao paciente, é inviável o acolhimento do pedido relativo à substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, uma vez que a reprimenda definitiva é superior a quatro anos de reclusão (art. 44, inc. I, CP).

Ante todo o exposto, indefiro o pedido de liminar.Considerando que o feito está suficientemente instruído, dispenso a

requisição de informações.Dê-se vista à Procuradoria Geral da República.Publique-se. Int..Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.652 (294)ORIGEM : RVC - 1398 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ALEXANDRE MAGNO RAMOSIMPTE.(S) : ALEXANDRE MAGNO RAMOSCOATOR(A/S)(ES) : MINISTRA RELATORA DO RESP 1.094.828/SP DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por ALEXANDRE MAGNO RAMOS, em nome próprio, em que aponta como autoridade coatora o Superior Tribunal de Justiça, sem, contudo, indicar qual a decisão que estaria a lhe causar constrangimento ilegal.

O impetrante/paciente narra, de início, que foi condenado à pena de seis anos e dois meses de reclusão, pela prática do crime de tráfico ilícito de drogas, e quatro anos e seis meses de reclusão, pelo delito de associação para o tráfico, ainda na vigência da Lei 6.368/1976.

Relata, em seguida, que foi processado por esses crimes porque a corré Juliana foi abordada no momento em que policiais revistavam outros indivíduos na entrada do Presídio de São Vicente, e, ao constatarem que ela era sua esposa, teriam-na acusado de estar portando entorpecentes, o que não seria verdade.

Informa adiante que, buscando a anulação da sentença condenatória, apelou para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e, posteriormente, ingressou com recurso especial no Superior Tribunal de Justiça, que a ele negou provimento.

Ao que parece, é contra esse decisum que se insurge o impetrante/paciente.

Alega, de início, que foi condenado sem prova material do delito, e que as únicas provas produzida na ação penal foram os depoimentos dos policiais que participaram da prisão de sua esposa.

Assevera, nesse contexto, que os crimes lhe foram imputados com base em escutas telefônicas não periciadas, o que lhe retirou a chance de se defender e comprovar a sua inocência.

Aduz, outrossim, que não lhe foi oportunizada a apresentação de defesa preliminar, conforme estabelecia o art. 38 da Lei 10.409/2002, causando sério prejuízo a sua defesa. Por essa razão, afirma que a decisão da Ministra Maria Thereza de Assis Moura do Superior Tribunal de Justiça não deve prosperar, pois o direito à ampla defesa é garantia fundamental, prevista em nossa Carta Magna.

Em pedido não muito objetivo, requer, liminarmente, a anulação do processo criminal, com a consequente extinção da punibilidade.

É o breve relatório. Decido.Embora o impetrante/paciente não tenha indicado, objetivamente,

qual decisão do Superior Tribunal de Justiça estaria a lhe causar constrangimento ilegal, em consulta ao sítio eletrônico daquela Corte é possível verificar que o tema debatido neste habeas corpus tem pertinência com a questão decidida no Recurso Especial 1.094.828/SP, Rel. Min. Ministra Maria Thereza de Assis Moura. Eis o teor desse decisum:

“Trata-se de recurso especial interposto por ALEXANDRE MAGNO RAMOS, com fundamento nas alíneas 'a' e 'c' do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal, manejado contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que rejeitou a preliminar arguida, porém deu provimento ao recurso para reduzir a pena para 3 anos e 6 meses de reclusão (fl. 300 e 342).

Sustenta o recorrente, às fls. 370/384, ter sido negada vigência ao artigo 38 da revogada Lei 10.409/02, haja vista a não observância do rito procedimental insculpido na referida norma. No mais, aponta divergência jurisprudencial.

As contrarrazões foram apresentadas às fls. 406/425.O Tribunal de origem admitiu o recurso às fls. 429/433.O Ministério Público Federal manifestou-se às fls. 443/448, pelo

conhecimento e provimento do recurso especial, nos seguintes termos: 'Recurso Especial. Tráfico de entorpecentes. Rito previsto na Lei nº 10.409/02. Inobservância. Ausência de defesa preliminar. Nulidade absoluta. Superveniência da Lei nº 11.343/06. Incidência na hipótese. Parecer pelo provimento do recurso'.

É o relatório.A insurgência não merece prosperar. Com efeito, verifica-se que o

acórdão recorrido encontra-se em consonância com o entendimento desta

Corte Superior de Justiça, no sentido de que a não observância do rito procedimental trazido na revogada Lei 10.409/02 apenas enseja nulidade se demonstrada a ocorrência de prejuízo concreto para o réu.

De fato, nos termos do que preconiza o artigo 563 do Código de Processo Penal, não há falar em nulidade se não restar demonstrado prejuízo para acusação ou para a defesa - pas de nullité sans grief -. Assim, tendo o Tribunal de origem afirmado que 'nenhum prejuízo decorrente do uso do procedimento da Lei nº 6.368, de 1976, foi apontado pela D. defesa' (fl. 303), não se verifica ofensa à norma insculpida no artigo 38 da Lei 10.409/02 nem a ocorrência de divergência jurisprudencial. Ao ensejo:

(…)Por fim, mister considerar que o artigo 38 da revogada Lei 10.409/02

disciplinava um rito anterior ao recebimento da denúncia, equiparado ao previsto no artigo 55 da Lei 11.343/06, visando evitar a instauração de processos temerários. No entanto, já tendo havido toda a instrução processual, resultando, inclusive, em uma sentença condenatória, tem-se que, ainda que tivesse sido apresentada a defesa preliminar, esta não teria o condão de modificar o desfecho do processo.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso especial, com fundamento no artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, combinado com o artigo 3º do Código de Processo Penal”.

Com essas obervações, tenho que a concessão de liminar em habeas corpus se dá de forma excepcional, nas hipóteses em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida. Em um primeiro exame, tenho por ausentes tais requisitos.

Além disso, o impetrante/paciente não juntou qualquer documento para comprovar os fatos narrados na inicial, o que recomenda o pedido de informações ao Tribunal apontado como coator, para melhor entendimento da questão.

Por fim, no caso concreto, a liminar pleiteada tem caráter satisfativo, confundindo-se com o próprio mérito da impetração, que será oportunamente examinado pela Turma julgadora.

Diante de tal quadro, e sem prejuízo de um exame mais aprofundado por ocasião do julgamento colegiado, indefiro a medida liminar.

Solicitem-se informações à Ministra Relatora do Recurso Especial 1.094.828/SP, para que encaminhe o inteiro teor dos autos eletrônicos daquele recurso.

Com as informações, ouça-se o Procurador-Geral da República.Oficie-se à Defensoria Pública da União, para acompanhar esta

impetração.Comunique-se o teor desta decisão ao impetrante/paciente no local

em que se encontra custodiado.Providencie a Secretaria a reautuação do feito, para conste como

autoridade coatora a Ministra Relatora do REsp 1.094.828/SP do Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se. Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.653 (295)ORIGEM : HC - 171495 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. AYRES BRITTOPACTE.(S) : WANDERLEY PARANHA DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Vistos, etc.A leitura da sentença penal condenatória evidencia que o paciente foi

preso em flagrante em 01 de julho de 2009 e que não lhe foi deferido o direito de aguardar, em liberdade, o julgamento de eventual recurso.

Com efeito, e considerando ainda a pena finalmente imposta oficie-se, de logo, ao Juízo de Direito das Execuções Criminais de Governador Valadares para que informe a este Supremo Tribunal se a pena imposta no processo-crime nº 010509310734-7 (2ª Vara Criminal de Governador Valadares) já foi integralmente cumprida.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.654 (296)ORIGEM : PROC - 00053380720064036181 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : KLEBER ERIBERTO DE PAULA MONTEIROIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 48: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 48

DESPACHO1. Não há pedido formal de concessão de liminar. Estando no

processo as peças indispensáveis à compreensão da controvérsia, colham o parecer da Procuradoria Geral da República.

2. Publiquem. Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.661 (297)ORIGEM : APCRIM - 993061109786 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXPACTE.(S) : ANDREY LUIZ SOUZA DE MACEDOPACTE.(S) : JORGE LUIZ CONTAR JUNIORIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO TRIPLAMENTE CIRCUNSTANCIADO E EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO (CP, ARTIGOS 157, § 2º, INCISOS I, II E IV, 158, § 1º). APELAÇÃO DA DEFESA PROVIDA PARA ABSOLVER OS PACIENTES DO CRIME DE EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO, MANTENDO A CONDENAÇÃO POR ROUBO. PENA-BASE FIXADA NO MÍNIMO LEGAL - QUATRO ANOS - CHEGANDO A SEIS ANOS EM RAZÃO DAS QUALIFICADORAS, EM REGIME INICIAL FECHADO. PRETENSÃO DE REGIME SEMIABERTO EM VIRTUDE DE O ACÓRDÃO TER CONSIDERADO FAVORÁVEIS TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS, O QUE PODE SER COMPROVADO COM A FIXAÇÃO DA PENA-BASE NO MÍNIMO LEGAL. IMPROCEDÊNCIA: EM QUE PESE A PENA-BASE TER SIDO FIXADA NO MÍNIMO LEGAL, O ACÓRDÃO AFIRMOU, INEQUIVOCAMENTE, QUE OS PACIENTES POSSUEM PERSONALIDADE DISTORCIDA E DESENFREADA, A DENOTAR MAIOR REPROVABILIDADE, POR ISSO QUE A INDEVIDA NÃO EXACERBAÇÃO DA PENA-BASE POR ESSA CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL, SOPESADA DESFAVORAVELMENTE, É MOTIVO DE IRRESIGNAÇÃO DA ACUSAÇÃO, E NÃO DA IMPETRANTE NO QUE OBJETIVA REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA MAIS FAVORÁVEL. UM ERRO NÃO JUSTIFICA O OUTRO! A PERSONALIDADE DO AGENTE É UMA DAS CIRCUNSTÂNCIAS ARROLADAS NO ARTIGO 59 DO CÓDIGO PENAL E, IN CASU, FOI TIDA NO ACÓRDÃO COMO DISTORCIDA E DESENFREADA, A RECLAMAR MAIOR REPROVABILIDADE E, CONSEQUENTEMENTE, A JUSTIFICAR A IMPOSIÇÃO DE REGIME MAIS GRAVOSO QUE O PREVISTO SEGUNDO A PENA APLICADA, CONSOANTE DISPÕE O § 3º DO ART. 33 DO CÓDIGO PENAL. AUSÊNCIA, PRIMA FACIE, DO FUMUS BONI IURIS. LIMINAR INDEFERIDA.

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, cuja ementa possui o seguinte teor:

“HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA. FORMA FECHADA. EMPREGO DE ARMA DE FOGO, CONCURSO DE AGENTES E RESTRIÇÃO DE LIBERDADE DAS VÍTIMAS. MODUS OPERANDI. GRAVIDADE CONCRETA. PERICULOSIDADE DO AGENTE. MODO MAIS SEVERO DE EXECUÇÃO DEVIDAMENTE JUSTIFICADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO VERIFICADO.

1. Embora a pena de cada paciente tenha sido definitivamente estabelecida em patamar inferior a 8 (oito) anos de reclusão, a fixação da forma fechada de execução encontra-se devidamente justificada pelas instâncias originárias, diante da gravidade concreta do delito cometido, evidenciada pelo modus operandi empregado, sobretudo em razão de haver ocorrido restrição de liberdade das vítimas por longo tempo, revelador da maior periculosidade dos agentes envolvidos.

2. Ordem denegada.”Os pacientes foram denunciados pela suposta prática dos crimes de

roubo triplamente circunstanciado (CP, art. 157, § 2º, incisos I, II e V – emprego de arma, concurso de duas ou mais pessoas e restrição de liberdade da vítima) e extorsão mediante sequestro, em concurso com duas ou mais pessoas, por duas vezes (CP, art. 158, § 1º), resultando a condenação de ambos ao cumprimento da pena de 10 (dez) anos de reclusão, em regime inicial fechado.

Acusação e defesa apelaram, tendo o Tribunal de Justiça de São Paulo desprovido o primeiro apelo e provido o segundo para absolvê-los do crime de extorsão, do que resultou a pena de 6 (seis) anos, em regime inicial fechado.

Daí a impetração de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça sob a alegação de que o regime de cumprimento da pena restou mais gravoso que o previsto tendo em conta o quantum da pena, que, sendo inferior a 8 (oito) anos de reclusão, deveria ser o semiaberto, consoante o disposto no art. 33, § 2º, alínea b, do Código Penal.

A impetrante sustenta que a imposição de regime mais gravoso que o previsto em lei, com fundamento apenas na gravidade in abstrato do crime, viola as Súmulas 718 e 719 do Supremo Tribunal Federal, in verbis:

Súmula 718. A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.

Súmula 719. A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea.

Afirma que a sentença e o acórdão da apelação valoram

favoravelmente as circunstâncias judicias, por isso resulta incongruente a imposição de regime inicial mais gravoso que o previsto segundo a pena aplicada.

Requer, liminarmente e no mérito, a concessão da ordem a fim de que os paciente passem a cumprir a pena no regime semiaberto ou, caso tenham progredido de regime, que sejam transferidos para o regime aberto.

É o relatório. DECIDO.Extraio do acórdão da apelação o seguinte:“ANDREY LUIZ SOUSA DE MACEDO e JORGE LUIZ CONTAR

JÚNIOR foram condenados a 10 anos de reclusão, em regime fechado, e 25 dias-multa, no mínimo legal, por infração aos artigos 157, § 2º, incisos I, II e V, e 158, § 1º, por duas vezes, c. c. O artigo 71, todos do Código Penal (fls. 183/192), porque na data de 15 de agosto de 2005, por volta das 20:00h, na Rua Munhoz Rocha Neto, no município e comarca de São Paulo, previamente ajustados e com unidade de desígnios, subtraíram, para eles, mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, o veículo Fiat/Pálio Weekend, placas CLC 2860/São Paulo, um aparelho celular e certa quantia em dinheiro, pertencentes à vítima Cláudia Gonçalves Patrício de Lima; logo em seguida, na Avenida Ricardo Jafet, no interior do Posto de Gasolina Texaco, constrangeram a mesma vítima, mediante ameaça exercida com emprego de arma de fogo com o fim de obter indevida vantagem econômica, a revelar a senha de seu cartão bancário para retirada de numerário no valor de R$ 380,00; e, a seguir, na Av. Marginal Direta Anchieta, nº 3.398, constrangeram-na, com intuito de obter indevida vantagem econômica: enquanto Andrey aguardou, no estacionamento do Hipermercado Carrefour, dentro do carro com os filhos da vítima Cláudia, Jorge a acompanhou até duas lojas de roupas para que efetuasse o pagamento de compras de mercadorias com o seu cartão de crédito.

(…)No caso, restou caracterizado crime único, no qual a restrição de

liberdade das vítimas funcionou como meio de execução do roubo, absorvido por este (RT 637/287).

Dessa forma, a r. Sentença deve ser alterada para, afastada a condenação pelo crime de extorsão, serem os réus/apelantes a esse propósito absolvidos, com fundamento no artigo 386, III, do Código de Processo Penal, mantendo-se o roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo, concurso de agentes e restrição da liberdade das vítimas.

(…)Finalmente, a dosimetria da pena do roubo merece ser mantida.Devido às peculiaridades do caso concreto, em especial pela

restrição de liberdade dos filhos da vítima Cláudia (Leonardo e Priscila, com 12 e 15 anos de idade), pelo período de aproximadamente duas horas, embora tenha se mostrado desnecessária tal conduta para a subtração, sob constante ameaça grave de uma arma (pistola Taurus calibre 380) de elevado poder letal, mantenho a elevação de metade da pena-base, por conta das qualificadoras, resultando na sanção definitiva de 6 anos de reclusão e 15 dias-multa, a unidade no seu valor de piso.

O regime prisional mais gravoso se mostra o mais adequado, também diante das peculiaridades do caso concreto, porquanto os apelantes revelaram personalidade distorcida e desenfreada, a denotar maior reprovabilidade.” [grifei]

Se é certo que a pena base foi fixada no mínimo legal, em quatro anos, chegando aos seis anos em razão das qualificadoras, não é certo que o acórdão tenha valorado favoravelmente as circunstâncias judiciais, como sustentado nas razões da impetração.

Deveras, o trecho acima grifado, extraído do acórdão da apelação, revela, inequivocamente, que os pacientes são dotados de “personalidade distorcida e desenfreada, a denotar maior reprovabilidade”, por isso que a indevida não exacerbação da pena-base por essa circunstância judicial, sopesada desfavoravelmente, é motivo de irresignação da acusação, e não da impetrante no que objetiva regime inicial de cumprimento da pena mais favorável. Um erro não justifica o outro!

A quaestio sub examine está disciplinada no artigo 33, § 2º, alínea b, e § 3º, do Código Penal, verbis:

Art. 33. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A detenção em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.

…§ 2º As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em

forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:

…b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro)

anos e não exceda a 8 (oito) anos, poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;

…§ 3º A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-

á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código. [grifei]A personalidade do agente é uma das circunstâncias arroladas no

artigo 59 do Código Penal e, in casu, repita-se, foi tida no acórdão como distorcida e desenfreada, a reclamar maior reprovabilidade e, consequentemente, a justificar a imposição de regime mais gravoso que o previsto segundo a pena aplicada.

Ex positis, INDEFIRO a liminar por não visualizar, prima facie, o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 49: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 49

fumus boni iuris.Solicitem-se informações.Recebidas, dê-se vista ao Ministério Público Federal. Publique-se. Int..Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.670 (298)ORIGEM : HC - 231952 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : GILBERTO CARLOS MENDONÇA CABRALIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 231.952 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES. 1. Noto a ausência das seguintes peças: o auto de prisão em

flagrante, a denúncia formalizada pelo Ministério Público e as iniciais dos habeas corpus impetrados no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e no Superior Tribunal de Justiça. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de liminar.

2. Solicitem informações ao Superior Tribunal de Justiça e ao Tribunal estadual.

3. À impetrante, para, querendo, antecipar-se nas providências.4. Publiquem. Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.672 (299)ORIGEM :PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : WALACE DE SOUZA MODESTOPACTE.(S) : ALISON ALVES DE SALESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra acórdão emanado do E. Superior Tribunal de Justiça, que, em sede de idêntico “writ” constitucional, denegou a ordem de “habeas corpus” que havia sido requerida em favor dos ora pacientes.

Busca-se, nesta sede processual, a concessão de medida cautelar para que seja deferida liberdade provisória a referidos pacientes.

O exame dos fundamentos em que se apóia a presente impetração parece descaracterizar, ao menos em juízo de estrita delibação, a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida nesta sede processual.

Cumpre assinalar, por relevante, que o deferimento da medida liminar, resultante do concreto exercício do poder cautelar geral outorgado aos juízes e Tribunais, somente se justifica em face de situações que se ajustem aos seus específicos pressupostos: a existência de plausibilidade jurídica (“fumus boni juris”), de um lado, e a possibilidade de lesão irreparável ou de difícil reparação (“periculum in mora”), de outro.

Sem que concorram esses dois requisitos - que são necessários, essenciais e cumulativos -, não se legitima a concessão da medida liminar.

Sendo assim, sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria, quando do julgamento final do presente “writ” constitucional, indefiro o pedido de medida cautelar.

2. Achando-se adequadamente instruída a presente impetração, ouça-se a douta Procuradoria-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.674 (300)ORIGEM : HC - 200185 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : JOSÉ CARLOS FERNANDES E FERNANDES

LORENZINIIMPTE.(S) : JOSÉ CARLOS FERNANDES E FERNANDES

LORENZINICOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 200.185 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado

por José Carlos Fernandes e Fernandes Lorenzini em seu próprio favor, no qual figura como autoridade coatora a relatora do RHC 30.266/RS, do Superior Tribunal de Justiça.

Consta da petição inicial que o paciente é réu de ação penal na qual lhe é imputada a prática de crimes contra a honra.

Objetivando o trancamento da referida ação penal, foi impetrado habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que denegou a ordem pretendida, e interposto o recurso ordinário em habeas corpus nº 30.266, cujo mérito ainda não foi apreciado pelo Superior Tribunal de Justiça.

No presente habeas corpus, o impetrante alega excesso de prazo para o julgamento do recurso ordinário em habeas corpus interposto ao STJ e falta de justa causa para a ação penal.

Por tais razões, requer, liminarmente, a suspensão da ação penal de origem até o julgamento do RHC 30.266 pelo STJ. No mérito, o impetrante requer o trancamento da ação penal e, subsidiariamente, seja determinado ao STJ que julgue imediatamente o referido recurso ordinário em habeas corpus.

É o relatório.Decido.No tocante ao pedido relativo ao trancamento da ação penal de

origem, não verifico qualquer excepcionalidade, ilegalidade ou teratologia que autorize a superação do entendimento sumulado no enunciado n° 691 deste Supremo Tribunal Federal e o julgamento do presente feito antes da necessária apreciação de tal pleito pelo colegiado da Corte Superior, razão pela qual não conheço da impetração nesse ponto.

Já em relação ao alegado excesso de prazo para o julgamento do recurso ordinário em habeas corpus interposto ao STJ, afigura-se necessária a oitiva da autoridade apontada como coatora, uma vez que a impetração não foi suficientemente instruída com documentos que comprovem, de plano, que a demora no julgamento do referido feito é injustificada.

Assim, conheço parcialmente da impetração e, nessa extensão, indefiro o pedido de liminar.

Solicitem-se informações à autoridade apontada como coatora, sobretudo quanto à previsão para o julgamento do RHC 30.266.

Recebidas as informações, dê-se vista à Procuradoria Geral da República.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.675 (301)ORIGEM : HC - 192526 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : RENATA ROLIM PEREIRAIMPTE.(S) : LUCIANA MARIA FABRI SANDOVAL VIEIRACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de RENATA ROLIM PEREIRA, contra acórdão proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça no HC nº 192.526/SP.

Extrai-se dos autos que a paciente foi condenada à pena de 2 anos e 11 meses de reclusão pela prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06, em regime inicial fechado, sendo-lhe vedada a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Quando da dosimetria da pena, foi aplicada a causa de diminuição prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 no patamar de 5/12.

Inconformada, a defesa interpôs apelação ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que negou provimento ao recurso, e impetrou habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem pretendida.

No presente habeas corpus, a impetrante requer a aplicação da minorante prevista do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 em seu patamar máximo, a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito e, subsidiariamente, a fixação do regime aberto para o início do cumprimento da reprimenda.

Para tanto, alega que a paciente preenche todos os requisitos objetivos e subjetivos para a obtenção de tais benefícios.

É o relatório.Decido.A matéria objeto desta impetração é tema de jurisprudência

consolidada desta Corte, fato este que possibilita a apreciação monocrática do mérito deste feito, conforme autoriza o caput do art. 192 do RISTF.

Em relação ao pleito inerente à aplicação da causa de diminuição prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006, é da jurisprudência deste Tribunal que “o magistrado não está obrigado a aplicar tal causa de diminuição em seu patamar máximo quando presentes os requisitos para a concessão de tal benefício, tendo plena liberdade para aplicar a redução no ‘quantum’ reputado adequado de acordo com as peculiaridades do caso concreto” (HC 99.440/SP, da minha relatoria, DJe-090 de 16.05.2011).

Não obstante a referida autonomia do magistrado, é indubitável que a fixação do quantum de redução deve ser suficientemente fundamentada, o que não se verifica no caso, conforme se observa no seguinte trecho da dosimetria da pena:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 50: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 50

“Como a lei não traz critérios para a quantificação da redução prevista nesta minorante, entendo que, em especial, devem as circunstâncias judiciais de que tratam o art. 42 da Lei nº 11.343/06 e o art. 59 do Código Penal definir o quantum da diminuição. Levando-se em conta os pontos considerados na fixação da pena-base, que deixo de repetir para não incorrer em tautologia, entendo que, neste momento, a pena deve ser reduzida em 5/12, ensejando uma pena final de 2 anos e 11 meses de reclusão e 291 dias-multa”.

Por tais razões, a impetração merece acolhimento nesse ponto.Do igual modo, no tocante ao regime inicial para o cumprimento de

pena decorrente da prática de crimes hediondos, a Segunda Turma deste Tribunal, em casos assemelhados, superou a obrigatoriedade do início do cumprimento de pena no regime fechado, prevista no § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, e determinou a fixação do regime inicial segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do Código Penal.

Nesse sentido, destaco o seguinte precedente:“O STF já teve a oportunidade, por ocasião da análise do julgamento

do HC n. 82.959/SP, rel. Min. Marco Aurélio, Dje 1º.9.2006, de declarar, incidenter tantum, a inconstitucionalidade da antiga redação do art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, a qual determinava que os condenados por crimes hediondos ou a eles equiparados deveriam cumprir a pena em regime integralmente fechado. Naquele caso, ficou assentado que essa imposição contraria o princípio constitucional da individualização da pena (CF, art. 5º, XLVI).

Pois bem. Sobreveio a Lei n. 11.464/2007 que, ao promover mudanças no já mencionado art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, determinou que a pena agora fosse cumprida no regime inicial fechado.

É aqui que faço uma indagação: Esse dispositivo, em sua nova redação, não continuaria a violar o princípio constitucional da individualização da pena? (…)

No ponto, destaco, ainda, à guisa de ilustração, julgado recente proferido pelo próprio STJ que, ao analisar o HC n. 149.807/SP lá impetrado, concluiu pela inconstitucionalidade desse dispositivo, ao fundamento de que, a despeito das modificações preconizadas pela Lei 11.464/2007, persistiria ainda a ofensa ao princípio constitucional da individualização da pena e, também, da proporcionalidade.

No caso concreto, com fundamento nessas considerações, entendo que o disposto na Lei dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado) há de ser superado. É que a paciente preenche os requisitos previstos no art. 33, § 2º, c, do CP, para o início do cumprimento de pena no regime aberto.

Ademais, em caso idêntico ao destes autos (condenação à pena de 1 ano e 8 meses de reclusão, sentenciado não reincidente e ausência de circunstâncias desfavoráveis), esta Segunda Turma do STF concedeu a ordem para que fosse modificado o regime inicial de cumprimento da pena. Eis a ementa desse julgado:

“Habeas Corpus. 2. Tráfico ilícito de entorpecentes. Paciente condenado à pena de um ano e oito meses de reclusão. 3. Pedido de fixação de regime aberto para o início do cumprimento da pena. Possibilidade. Paciente que cumpre os requisitos previstos no art. 33, § 2º, “c”, do Código Penal. 4. Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Possibilidade. Precedente do Plenário (HC n. 97.256/RS). 5. Necessidade de análise dos requisitos dispostos no art. 44 do CP. 6. Ordem deferida” (HC 105.779, de minha relatoria, 2ª Turma, decisão unânime, Dje 22.2.2011)” (HC 107.349/SP, rel. min. Gilmar Mendes, DJe nº 108, publicado em 06.06.2011).

Por fim, no que diz respeito à substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, o Plenário desta Corte, na sessão realizada em 1°.9.2010, ao julgar o HC 97.256/RS, rel. min. Ayres Britto, julgou inconstitucional o art. 44 da Lei nº 11.343/2006, na parte em que vedava a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos para os condenados por crime de tráfico de drogas.

Na mesma ocasião, o Tribunal entendeu pela remoção do óbice legal à conversão e atribuiu ao juízo da causa ou, caso transitada em julgado a condenação, ao juízo da execução o exame do preenchimento dos requisitos legais para a substituição da pena.

Diante do exposto, concedo a ordem, com base no caput do art. 192 do RISTF, para determinar ao juízo de origem ou, caso já transitada em julgado a condenação, ao juízo da execução que: (a) proceda a nova individualização da pena observando-se a adequada motivação do quantum de redução da pena previsto no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006; (b) realize, com urgência, nova fixação do regime inicial mediante estrita observância aos critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do Código Penal; e (c) examine se a paciente preenche os requisitos dispostos no art. 44 do Código Penal para a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.685 (302)ORIGEM : HC - 231951 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. AYRES BRITTO

PACTE.(S) : EVERTON SANTIAGO VILELAPACTE.(S) : HENRIQUE GUSTAVO QUEIROZ PEDROSAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 231.951 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida

liminar, impetrado contra decisão singular de ministro do Superior Tribunal de Justiça (HC 231.951). Decisão que indeferiu a medida liminar ali requestada, por entender ausentes os respectivos pressupostos.

2. Pois bem, antes mesmo do julgamento do mérito da ação constitucional manejada na Casa Superior de Justiça, o impetrante aduz a ilegalidade da fixação do regime inicialmente fechado para o cumprimento da pena de 5 anos e 6 meses de reclusão imposta aos pacientes. Ilegalidade consistente na falta de fundamentação válida para a eleição de regime prisional mais gravoso do que o determinado pela alínea b do § 2º do art. 33 do Código Penal.

3. Nessa contextura, o acionante tem por atendidos os pressupostos de mitigação do óbice da Súmula 691/STF. Mitigação que, em sede de provimento cautelar, objetiva a transferência dos pacientes para o regime semiaberto até o julgamento deste habeas corpus. No mérito, o pedido é de fixação do regime semiaberto para o início do cumprimento da pena privativa de liberdade.

4. Feita esta síntese do pedido, decido. Fazendo-o, pontuo que é firme a jurisprudência desta Suprema Corte no sentido da inadmissibilidade de impetração sucessiva de habeas corpus sem o julgamento de mérito do HC anteriormente impetrado (cf. HC 79.776, Rel. Min. Moreira Alves; HC 76.347-QO, Rel. Min. Moreira Alves; HC 79.238, Rel. Min. Moreira Alves; HC 79.748, Rel. Min. Celso de Mello; e HC 79.775, Rel. Min. Maurício Corrêa). Jurisprudência que deu origem à súmula 691/STF, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar.”

5. É certo que esse entendimento jurisprudencial sumular comporta relativização, mas apenas quando de logo avulta que o cerceio à liberdade de locomoção do paciente decorre de ilegalidade ou de abuso de poder (inciso LXVIII do art. 5º da CF/88). O que não me parece ser o caso dos autos. E a primeira dificuldade que encontro está na consideração de que a decisão adversada não se me afigura desarrazoada, ou por qualquer modo desfundamentada. O que já dificulta a superação da súmula 691/STF.

6. Acresce que a Constituição Federal de 1988, ao cuidar do habeas corpus (inciso LXVIII do artigo 5º), autoriza o respectivo manejo sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção. Mas a Constituição não para por aí e arremata o seu discurso normativo pela seguinte forma: por ilegalidade ou abuso de poder. Saltando aos olhos que ilegalidade e abuso de poder não se presumem, pois, aí, a presunção é exatamente inversa. E, nesse caso, ou os autos dão conta de uma vistosa violência indevida, de um cerceio absolutamente antijurídico por abuso de poder ou por ilegalidade, ou do habeas corpus não se pode socorrer o paciente. Ilegalidade ou abuso de poder que não sobressaem do exame prefacial das peças que estão a instruir este processo. Até porque, ao contrário do alegado, em linha de princípio, a eleição do regime inicial fechado está embasada, em circunstâncias do caso concreto, a saber: emprego de arma de fogo e concurso de pessoas. A dificultar, então, o pronto acatamento do pedido de dupla supressão de instância, formulado na inicial desta ação constitucional.

7. Por tudo quanto posto, nego seguimento ao habeas corpus (art. 38 da Lei nº 8.038/90 c/c § 1º do artigo 21 do RI/STF). O que não impede a rediscussão da matéria nas instâncias próprias.

Publique-se.Intime-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.686 (303)ORIGEM : HC - 231954 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : ADAM SHAMTE KIZUAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 231.954 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de ADAM SHAMTE KIZUA, contra decisão monocrática proferida pelo relator do HC nº 231.954/SP, do Superior Tribunal de Justiça.

Extrai-se dos autos que o paciente foi condenado à pena de 1 (um)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 51: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 51

ano e 8 (oito) meses de reclusão pela prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06, em regime inicial fechado, sendo-lhe vedada a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

Inconformada, a defesa impetrou sucessivos habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e ao Superior Tribunal de Justiça. Ambas as impetrações somente foram apreciadas em juízo preliminar e os pedidos de medida de urgência foram indeferidos.

No presente habeas corpus, a impetrante requer a superação do óbice da Súmula 691 desta Corte e a fixação do regime aberto para o início do cumprimento da pena, ao fundamento de que o magistrado sentenciante não teria apresentado qualquer fundamento idôneo que justifique a imposição do regime fechado.

É o relatório.Decido.A decisão atacada é de cunho monocrático e, como regra, diante do

que dispõe a Súmula 691 desta Corte, seria inviável o conhecimento do writ.Contudo, o caso apresenta peculiaridades que autorizam a superação

do óbice da Súmula 691 desta Corte e a aplicação do art. 192, caput, do RISTF.

No tocante ao regime inicial para o cumprimento de pena decorrente da prática de crimes hediondos, a Segunda Turma deste Tribunal, em casos assemelhados, superou a obrigatoriedade do início do cumprimento de pena no regime fechado, prevista no § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, e determinou a fixação do regime inicial segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do Código Penal.

Nesse ponto, destaco o seguinte precedente:“O STF já teve a oportunidade, por ocasião da análise do julgamento

do HC n. 82.959/SP, rel. Min. Marco Aurélio, Dje 1º.9.2006, de declarar, incidenter tantum, a inconstitucionalidade da antiga redação do art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, a qual determinava que os condenados por crimes hediondos ou a eles equiparados deveriam cumprir a pena em regime integralmente fechado. Naquele caso, ficou assentado que essa imposição contraria o princípio constitucional da individualização da pena (CF, art. 5º, XLVI).

Pois bem. Sobreveio a Lei n. 11.464/2007 que, ao promover mudanças no já mencionado art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, determinou que a pena agora fosse cumprida no regime inicial fechado.

É aqui que faço uma indagação: Esse dispositivo, em sua nova redação, não continuaria a violar o princípio constitucional da individualização da pena? (…)

No ponto, destaco, ainda, à guisa de ilustração, julgado recente proferido pelo próprio STJ que, ao analisar o HC n. 149.807/SP lá impetrado, concluiu pela inconstitucionalidade desse dispositivo, ao fundamento de que, a despeito das modificações preconizadas pela Lei 11.464/2007, persistiria ainda a ofensa ao princípio constitucional da individualização da pena e, também, da proporcionalidade.

No caso concreto, com fundamento nessas considerações, entendo que o disposto na Lei dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado) há de ser superado. É que a paciente preenche os requisitos previstos no art. 33, § 2º, c, do CP, para o início do cumprimento de pena no regime aberto.

Ademais, em caso idêntico ao destes autos (condenação à pena de 1 ano e 8 meses de reclusão, sentenciado não reincidente e ausência de circunstâncias desfavoráveis), esta Segunda Turma do STF concedeu a ordem para que fosse modificado o regime inicial de cumprimento da pena. Eis a ementa desse julgado:

“Habeas Corpus. 2. Tráfico ilícito de entorpecentes. Paciente condenado à pena de um ano e oito meses de reclusão. 3. Pedido de fixação de regime aberto para o início do cumprimento da pena. Possibilidade. Paciente que cumpre os requisitos previstos no art. 33, § 2º, “c”, do Código Penal. 4. Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Possibilidade. Precedente do Plenário (HC n. 97.256/RS). 5. Necessidade de análise dos requisitos dispostos no art. 44 do CP. 6. Ordem deferida” (HC 105.779, de minha relatoria, 2ª Turma, decisão unânime, Dje 22.2.2011)” (HC 107.349/SP, rel. min. Gilmar Mendes, DJe nº 108, publicado em 06.06.2011).

Por outro lado, ao compulsar os autos, verifico que o magistrado sentenciante, quando da dosimetria da pena, deixou de substituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos exclusivamente em decorrência da vedação prevista no art. 44 da Lei nº 11.343/06.

Ocorre que o Plenário desta Corte, na sessão realizada em 1°.9.2010, ao julgar o HC 97.256/RS, rel. min. Ayres Britto, julgou inconstitucional o art. 44 da Lei nº 11.343/2006 na parte em que vedava a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos para os condenados por crime de tráfico de drogas.

Na mesma ocasião, o Tribunal entendeu pela remoção do óbice legal à conversão e atribuiu ao juízo da causa ou, caso transitada em julgado a condenação, ao juízo da execução o exame do preenchimento dos requisitos legais para a substituição da pena.

Diante do exposto, considerando que o caso ora em exame é daqueles que autorizam a superação do entendimento firmado na Súmula n° 691 do STF, concedo a ordem, de ofício, com base no caput do art. 192 do RISTF, para determinar ao juízo de origem ou, caso já transitada em julgado a condenação, ao juízo da execução que realize, com urgência, nova fixação do regime inicial mediante estrita observância aos critérios previstos no

art. 33, §§ 2º e 3º, do Código Penal, e examine se o paciente preenche os requisitos dispostos no art. 44 do Código Penal para a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.690 (304)ORIGEM :PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : VALDIR JOSÉ LÚCIOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de VALDIR JOSÉ LÚCIO contra acórdão proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do HC 224.757/MS.

Consta dos autos que o paciente foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no art. 121, § 2°, inc. I, do Código Penal, uma vez que teria “atentado contra a vida de seu próprio irmão”. Posteriormente, a custódia foi convertida em prisão preventiva.

No presente habeas corpus, a impetrante alega falta de fundamentação para a custódia cautelar, razão pela qual requer a imediata soltura do ora paciente.

É o relatório.Decido.Ao compulsar os autos, verifico que a custódia cautelar do ora

paciente está suficientemente fundamentada na gravidade concreta do delito, na periculosidade real do agente e na presença dos requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, conforme se observa nos seguintes trechos das decisões proferidas nas instâncias inferiores:

“In casu, verifica-se que a prisão cautelar ainda se faz necessária, tendo em vista que o mesmo foi preso pela prática em tese do delito de tentativa de homicídio, cuja vítima era seu irmão, o qual foi atingido pelo disparo de arma de fogo na região da garganta, não vindo a óbito por circunstâncias alheias à vontade do indiciado, impondo-se a manutenção de sua prisão para a garantia da ordem pública.

Ressalta-se ainda que nenhuma prova há nos autos de que o indiciado possua endereço fixo e exerça atividade laboral lícita, de modo que a instrução criminal e a aplicação da lei penal restarão vulneradas com a concessão da liberdade provisória, já que nada o prende ao distrito da culpa”.

“Como se vê, acertado é o entendimento exarado pelo Juiz de primeiro grau, que ressalta a necessidade da medida constritiva diante das condições de admissibilidade do art. 313 do CPP e dos requisitos do art. 312, do mesmo diploma legal, notadamente, para assegurar a garantia da ordem pública, uma vez que o paciente é reincidente em crime doloso. A custódia cautelar é justificada diante do perigo de reiteração criminosa. In casu, o paciente foi condenado por receptação, cuja pena foi extinta em 08.04.2011, tendo voltado a delinquir 03 meses depois”.

Do exposto, indefiro a medida de urgência pretendida.Oficie-se ao Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Miranda/MS,

para que informe o andamento atualizado da ação penal na qual o paciente é réu.

Recebida as informações, dê-se vista dos autos à Procuradoria Geral da República.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 112.691 (305)ORIGEM : HC - 81050 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : WAGNER DE SOUZAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Oficie-se ao Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Três Lagoas/MS, sobretudo que preste informações atualizadas sobre a situação do ora paciente na ação penal na qual é réu e sobre eventual execução da pena que lhe foi imposta em tal ação penal.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 52: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 52

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.693 (306)ORIGEM : HC - 221483 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ADEMAR LEMPKE DO NASCIMENTOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo, em favor de ADEMAR LEMPKE DO NASCIMENTO, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental interposto pela defesa no HC 221.483/ES, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze.

Consta dos autos que o paciente foi condenado à pena de dois anos de reclusão, em regime aberto, pela prática do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, previsto no art. 14 da Lei 10.826/2003. A reprimenda corporal foi substituída por duas restritivas de direitos, a serem definidas pelo juízo da execução.

A impetrante relata ainda que, buscando a desclassificação para o delito de posse, previsto no art. 12 da mesma Lei, a defesa apelou para o Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, que negou provimento ao recurso, mantendo íntegra a sentença condenatória. Desse acordão foram opostos embargos de declaração, rejeitados, contudo.

Insistindo na tese de desclassificação delitiva, a Defensoria Pública estadual impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, ocasião em que o Ministro Relator negou seguimento à impetração. Interposto agravo regimental dessa decisão, a Quinta Turma daquela Corte negou provimento ao recurso, em acórdão assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. 1. JULGAMENTO POR DECISÃO MONOCRÁTICA DE RELATOR. OFENSA AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. ARTIGO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO ANALÓGICA. 2. DESCLASSIFICAÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE NA VIA ESTREITA DO WRIT. 3. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. ABOLITIO CRIMINIS TEMPORÁRIA. INEXISTÊNCIA. 4. RECURSO IMPROVIDO.

1. Nos termos do art. 557, caput, do Código de Processo Civil, c/c o art. 3º do Código de Processo Penal, é possível, em matéria criminal, que o relator negue seguimento ao recurso ou ao habeas corpus manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou jurisprudência dominante, sem que, em tese, se configure ofensa ao princípio da colegialidade, desde que o tema tratado seja exclusivamente de direito.

2. O habeas corpus é antídoto de prescrição restrita, que se presta a reparar constrangimento ilegal evidente, incontroverso, indisfarçável, que se mostra de plano ao julgador. Não se destina à correção de controvérsias ou de situações que, ainda que existentes, demandam para sua identificação, exame e correção, aprofundado exame de fatos e provas.

3. Na espécie, as instâncias ordinárias, soberanas na apreciação das provas, consignaram, com segurança, que o crime perpetrado pelo acusado foi o descrito no art. 14, caput, da Lei nº 10.826/2003, na modalidade 'adquirir'. Para afastar eventual constrangimento ilegal quanto a estas conclusões, seria indispensável a incursão aprofundada em matéria fático-probatória, o que é vedado na via estreita do habeas corpus.

4. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a abolitio criminis temporária, prevista nos arts. 5º, § 3º, e 30 da Lei n. 10.826/2003 e nos diplomas legais que prorrogaram os prazos previstos nesses dispositivos, abrangeu apenas a posse ilegal de arma de fogo, mas não o seu porte.

5. Agravo regimental a que se nega provimento” (grifos no original).É contra esse decisum que se insurge a impetrante.Sustenta, em síntese, que a arma de fogo em questão foi encontrada

na residência do paciente (em um guarda-roupas), após ser abordado por policiais militares, conduta que se amoldaria mais precisamente ao tipo penal previsto no art. 12 da Lei 11.826/2003 (posse irregular de arma de fogo de uso permitido), e não ao descrito no art. 14 do mesmo estatuto.

Aduz, para tanto, que, segundo o Estatuto do Desarmamento, “a posse consiste em manter no interior de residência (ou dependência desta) ou no local de trabalho a arma de fogo, enquanto o porte pressupõe que ela esteja fora da residência ou local de trabalho”. Registra que esse foi o entendimento do Superior Tribunal de Justiça no HC 90.027/MG.

Assevera, em reforço, que o verbo “adquirir”, constante da sentença condenatória, deve ser interpretado restritivamente, “sob pena de tipificar as condutas de todos aqueles que em algum momento adquiriram uma arma, legal ou ilegalmente, a título oneroso ou gratuito”.

Alega, outrossim, que, com o advento da Lei 10.826/2003, o crime de posse irregular de arma de fogo (art. 12) foi temporariamente descriminalizado, pois aquela legislação estabeleceu um prazo para regularização do registro da arma ou sua entrega à autoridade policial. Esse prazo, que inicialmente era até 23/12/2003, foi estendido para o dia 31/12/2009.

Requer, ao final, liminarmente, a suspensão do cumprimento da pena imposta ao paciente, até o julgamento final deste writ. No mérito, pede a

absolvição do paciente, com base no art. 386, III, do Código de Processo Penal.

É o breve relatório. Decido.A concessão de liminar em habeas corpus se dá de forma

excepcional, nas hipóteses em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida. Em um primeiro exame, tenho por ausentes tais requisitos.

No caso concreto, os argumentos da impetrante não são suficientes para, a priori, suspender o cumprimento da reprimenda imposta ao paciente, especialmente porque, em princípio, a conduta narrada na denúncia, e confirmada na sentença, amolda-se à infração descrita no art. 14 da Lei 10.826/2003, na modalidade “adquirir”. Assim, pelo menos neste exame preliminar, devem prevalecer os fundamentos do édito condenatório.

Diante de tal quadro, e sem prejuízo de um exame mais aprofundado por ocasião do julgamento colegiado, indefiro a medida liminar.

Dispenso as informações da autoridade apontada como coatora.Oficie-se, contudo, ao Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de

Serra/ES, para que informe se já foi iniciada a execução da reprimenda imposta ao paciente.

Com as informações, ouça-se o Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.708 (307)ORIGEM :PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : DEUSINALDO DE JESUS COSTAPACTE.(S) : DEUSIVALDO DE JESUS COSTAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO AI Nº 1.428.365 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de DEUSINALDO DE JESUS COSTA e DEUSIVALDO DE JESUS COSTA, contra decisão da Ministra Laurita Vaz, que negou seguimento ao AI 1.428.365/MA, do Superior Tribunal de Justiça.

A impetrante narra, de início, que os pacientes foram denunciados pela suposta prática do delito previsto no art. 289, § 1º (moeda falsa), do Código Penal. O juízo de primeiro grau aplicou o princípio da insignificância ao caso e proferiu sentença absolutória.

Informa, em seguida, que o Ministério Público Federal apelou da sentença e esta foi reformada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região para condenar ambos os pacientes à pena de três anos de reclusão, em regime inicial aberto, e ao pagamento de dez dias-multa.

Relata ainda que, inconformados, os réus interpuseram recurso especial, que não foi admitido pelo TRF da 1ª Região, sob a alegação de que o acórdão recorrido está em consonância com o entendimento do STJ.

Diz, mais, que os pacientes ajuizaram, então, agravo de instrumento para o Superior Tribunal de Justiça, que negou seguimento ao recurso.

É contra esse decisum que se insurge a impetrante.Alega, em suma, que a conduta praticada pelos pacientes, que

consistiu em colocar em circulação duas notas falsas no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), não apresenta lesividade suficiente para justificar a tipicidade penal do fato. Acrescenta, ainda, que o laudo pericial consignou a “péssima qualidade [das notas] quando comparadas às cédulas autênticas”.

Assevera, nessa esteira, que a conduta dos pacientes não atingiu o bem jurídico de maneira ofensiva ou concretamente perigosa para que se justifique a aplicação da pena.

Daí porque afirma que “a aplicação do Princípio da Insignificância aos crimes contra a fé pública deve ser analisada de forma criteriosa, observando o princípio da razoabilidade na análise do caso concreto”.

Requer, ao final, “seja concedida liminarmente a presente ordem de habeas corpus, para suspender o trâmite da ação penal a que respondem os pacientes, até decisão final desta Suprema Corte”. No mérito, pede o reconhecimento do princípio da insignificância para afastar a tipicidade da conduta dos pacientes.

É o breve relatório. Decido.A concessão de liminar em habeas corpus se dá de forma

excepcional, nas hipóteses em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida. Em um primeiro exame, tenho por ausentes tais requisitos.

Diante de tal quadro, e sem prejuízo de um exame mais aprofundado por ocasião do julgamento colegiado, indefiro a medida liminar.

Estando bem instruídos os autos, ouça-se o Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 53: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 53

TUTELA ANTECIPADA NO HABEAS CORPUS 112.713 (308)ORIGEM : HC - 231424 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : ALBERTO PEREIRAIMPTE.(S) : CÉSAR CASTELLUCCI LIMACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 231.424 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de antecipação de tutela, impetrado em favor de ALBERTO PEREIRA, contra decisão de indeferimento de liminar proferida pelo relator do HC 231.424/SC, do Superior Tribunal de Justiça.

O paciente foi preso preventivamente, em 27.09.2011, pela suposta prática do crime de associação para o tráfico transnacional de drogas.

No presente habeas corpus, os impetrantes alegam excesso de prazo na prisão preventiva do paciente e incompetência do juízo que a decretou. Por tais razões, requerem a superação do óbice da Súmula 691 deste Tribunal e o imediato relaxamento da custódia cautelar do paciente.

É o relatório.Decido.O presente writ não apresenta qualquer excepcionalidade que

autorize a superação do entendimento sumulado no enunciado n° 691 deste Supremo Tribunal Federal.

Ademais, ainda que fosse superado o óbice do enunciado da Súmula nº 691, melhor sorte não adviria à impetração, uma vez que a decisão monocrática impugnada mostra-se suficientemente fundamentada e não exibe manifesta ilegalidade ou teratologia, merecendo destaque os seguintes trechos:

“No que tange à alegação de que a custódia cautelar do paciente teria sido decretada por juiz incompetente, a Corte de origem destacou que "a prisão preventiva foi decretada por juiz competente, sendo que eventual alteração superveniente não modifica essa realidade, (...) afigurando-se prematura qualquer discussão envolvendo a previsão do resultado do julgamento" (fl. 41), circunstâncias que, em princípio, afastam a plausibilidade jurídica do direito tido como violado.

Quanto ao aventado excesso de prazo, o Tribunal impetrado destacou que "o réu foi preso preventivamente em 27 de setembro de 2011 e, após encerrado o inquérito, o Ministério Público Federal propôs o declínio de competência, pedido acatado em 22 de novembro, (...) elementos que, primo oculi, não evidenciam ilegalidade manifesta a ensejar qualquer providência sumária no âmbito deste writ.

Ademais, a documentação colacionada pelo impetrante não é suficiente para comprovar a alegada ilegalidade de que estaria sendo vítima o paciente, sobretudo porque não foi trazida à colação cópia da decisão que decretou a sua prisão preventiva, tampouco cópia do mandado que lhe deu cumprimento, de onde se poderia aferir desde quando, efetivamente, dura a custódia cautelar do investigado”.

Do exposto, não conheço da impetração, uma vez que não há no caso concreto qualquer excepcionalidade que poderia conduzir à superação do enunciado da súmula nº 691 desta Corte e ao conhecimento de ofício das alegações deduzidas antes da apreciação do competente órgão colegiado do Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.719 (309)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : DIOGO RODRIGUES DOS SANTOS PIRESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: A eventual concessão de provimento cautelar, no caso, culminaria por esgotar, em sua integralidade, o objeto do pleito ora formulado nesta sede processual, razão pela qual indefiro o pedido de medida liminar.

2. Ouça-se a douta Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.720 (310)ORIGEM : HC - 231423 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : RAFAEL CARLOS DA SILVA

IMPTE.(S) : CESAR CASTELLUCCI LIMACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 231423 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: A presente impetração é mera repetição do HC 112.713, também da minha relatoria, conforme certidão contida nestes autos.

Desse modo, considerando que este feito em nada inova na matéria ventilada no writ que lhe antecedeu na distribuição, o qual não foi conhecido ante o óbice da Súmula 691 desta Corte, imperiosa é a extinção do presente feito sem julgamento do mérito.

Por essas razões, nego seguimento ao pedido (art. 38 da Lei 8.038/1990 e art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.153 (311)ORIGEM : IP - 20090002142 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

ALAGOASINVEST.(A/S) : A C P DE LADV.(A/S) : EDUARDO ANTÔNIO LUCHO FERRÃO E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Cumpridas as diligências requeridas pelo Ministério Público Federal, retornem os autos àquele órgão.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.156 (312)ORIGEM : PROC - 094080001770 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : A C P DE LADV.(A/S) : EDUARDO ANTÔNIO LUCHO FERRÃO

DESPACHO: O Procurador-Geral da República ofereceu denúncia contra o investigado (fls. 47/50).

Notifique o acusado para, no prazo de 15 (quinze) dias, querendo, apresentar defesa preliminar (Lei nº 8.038/90, artigo 4º).

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.186 (313)ORIGEM : PROC - 129000001239200970 - MINISTÉRIO PUBLICO

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : VILSON COVATTI

(PG/STF-00091573/2011)DESPACHO: Defiro o pedido de prorrogação de prazo formulado

pela autoridade policial, em face da expressa concordância manifestada pela douta Procuradoria-Geral da República. Prazo:sessenta (60) dias.

Oficie-se, em conseqüência, ao Departamento de Polícia Federal, encaminhando-se-lhe cópia do presente despacho e da manifestação protocolada sob nº 0008083/2012.

Publique-se.Brasília, 22 de fevereiro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

INQUÉRITO 3.198 (314)ORIGEM : PROC - 5043201061900000 - TRIBUNAL REGIONAL

ELEITORALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : FERNANDO ANTÔNIO CECILIANO JORDÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 54: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 54

INVEST.(A/S) : ROBERTO PEIXOTO MEDEIROS DA SILVAADV.(A/S) : RENATO DE MORAESINVEST.(A/S) : JOSÉ ESSIOMAR GOMES DA SILVAINVEST.(A/S) : ARTUR OTÁVIO SCAPIN JORDÃO COSTAADV.(A/S) : JOÃO MESTIERI

DECISÃOCOMPETÊNCIA – PRERROGATIVA DE FORO –

DESDOBRAMENTO DO PROCESSO.TESTEMUNHAS – DESISTÊNCIA – HOMOLOGAÇÃO.PRESCRIÇÃO – EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE – MANIFESTAÇÃO

DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA – DECLARAÇÃO.1. A Assessoria prestou as seguintes informações:O Ministério Público Eleitoral formalizou denúncia contra Fernando

Antônio Ceciliano Jordão pela prática dos crimes previstos nos artigos 299 e 346, combinados com o 377, todos do Código Eleitoral, na forma do artigo 69 do Código Penal, bem como contra Artur Otávio Scapin Jordão Costa e José Essiomar Gomes pelo cometimento dos mesmos delitos do Código Eleitoral, realizados na forma do artigo 29, cabeça, do Código Penal, e contra Roberto Peixoto Medeiros da Silva em virtude da infração tipificada no artigo 346, em concurso de agentes, combinado com o artigo 377 do Código Eleitoral.

Consta na peça acusatória que os denunciados, durante a campanha eleitoral de 2008, cometeram os crimes de captação ilícita de sufrágio e utilização indevida da estrutura administrativa do Poder Executivo local. Segundo narra o Ministério Público, Fernando Jordão, prefeito de Angra dos Reis à época dos fatos, com o apoio de Roberto Peixoto, então Secretário de Integração Governamental, e com a prévia concordância e participação de Arthur Jordão e José Essiomar, candidatos aos cargos de prefeito e vice-prefeito do Município, respectivamente, dirigiu-se, no dia 14 de setembro de 2008, até Provetá, comunidade localizada em Ilha Grande, e prometeu transporte marítimo gratuito de passageiro para o continente, três vezes por semana, durante o período de 15 de setembro de 2008 até o final do ano, em troca dos votos dos eleitores inscritos naquela região.

Conforme aduz, Fernando Jordão, aproveitando-se do poder político e econômico que o cargo de prefeito lhe proporcionava e com o conhecimento e aquiescência dos demais denunciados, formalizou proposta comercial a um marinheiro da localidade – Mestre Ernani Brandão – para que transportasse os moradores pelo valor de R$ 9.000,00 (nove mil reais) a cada pacote mensal de 12 viagens. Diz que o transporte foi custeado pelos cofres públicos e serviu como moeda de troca para garantir a eleição dos outros denunciados para os cargos de chefia do Poder Executivo do Município.

Sustenta ser o conjunto probatório contra os acusados robusto. Ressalta os depoimentos prestados por Mestre Ernani e pelo respectivo sócio – Paulo Sérgio de Abreu – e os testemunhos de diversos moradores da comunidade que presenciaram as promessas e propagandas feitas pelos candidatos bem como utilizaram o transporte marítimo oferecido gratuitamente. Aponta a existência do Processo Administrativo nº 7.293, de 2008, que tinha Roberto Peixoto como ordenador de despesas, destinado ao aluguel de embarcação para realizar 6 viagens a Ilha Grande. Menciona o depósito no valor de R$ 6.004,96 efetuado pela Prefeitura Municipal na conta-corrente de Mestre Ernani, no dia 31 de outubro de 2008.

Requer, ao final, a condenação dos acusados.Artur Otávio Scapin Jordão, na resposta de folha 249 a 266, afirma ter

sido Ernani Brandão levado pelos advogados da coligação adversária a prestar depoimento falso à polícia. Alega que ele já era contratado da Prefeitura de Angra dos Reis para realizar transporte de materiais e servidores públicos entre a ilha e o continente. Assevera não conter a peça acusatória o relato do fato criminoso com todas as circunstâncias, pois não descreve o comportamento anímico do denunciado, nem individualiza a respectiva conduta. Anota não ter o Ministério Público demonstrado a participação do denunciado nem o nexo causal entre a conduta e o resultado. Salienta que Mestre Ernani nunca escondeu a frustração de não ter realizado com o Município de Angra dos Reis outros contratos. Ressalta, ainda, que integrava o grupo político adversário e tinha ódio do denunciado em razão do suposto não recebimento de verbas devidas. Pugna pela declaração de inépcia da denúncia ou pela rejeição desta, ante a falta de justa causa.

José Essiomar Gomes da Silva, à folha 273 à 284, apresenta os mesmos argumentos formulados por Artur Jordão. Repisa a alegação de inépcia da denúncia por ausência de individualização da conduta e reitera a inexistência de justa causa para a ação penal.

Fernando Antônio Ceciliano Jordão, à folha 308 à 327, assevera que a contratação de Ernani Brandão destinava-se ao transporte de materiais de construção para obras executadas em Provetá. Conforme aduz, Mestre Ernani não indica nenhuma pessoa da comunidade de Ilha Grande transportada em seu barco nem desmente o verdadeiro objeto do contrato pactuado com a Prefeitura. Anota que diversas testemunhas faltaram com a verdade, movidas por sentimento de vingança. Sustenta a inadequação típica da conduta quanto aos crimes versados no artigo 346, combinado com o artigo 377, do Código Eleitoral, pois não foi usado qualquer serviço da repartição municipal ou entidade mantida ou subvencionada pelo poder público. Subsidiariamente, afirma que o delito citado deve ser absorvido pela infração penal tipificada no artigo 299 do Código Eleitoral, já que constituiu meio para a suposta captação de votos.

Na resposta de folha 288 a 306, Roberto Peixoto Medeiros da Silva

requer a aplicação do rito previsto na Lei nº 9.099, de 1995, pois a pena cominada para o tipo de que trata o artigo 346 do Código Eleitoral é inferior a dois anos. No mais, reitera os mesmos argumentos apresentados por Fernando Jordão.

Na decisão de folha 511 a 513, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro declinou da competência em favor do Supremo, pois o primeiro denunciado, Fernando Antônio Ceciliano Jordão, encontra-se no efetivo exercício do mandato de Deputado Federal, desde 1º de março de 2011.

O Procurador-Geral da República, à folha 525 à 528, manifesta-se inicialmente pela declaração da extinção da punibilidade quanto ao crime versado no artigo 346 do Código Eleitoral, haja vista a prescrição. Segundo anota, os fatos ocorreram nos meses de setembro e outubro de 2008, a pena privativa de liberdade prevista é inferior a um ano e, nos termos da antiga redação do inciso VI do artigo 109 do Código Penal, a prescrição deu-se em outubro de 2010.

No tocante ao delito tipificado no artigo 299 do Código Eleitoral, ratifica os termos da denúncia. Desiste da oitiva de Sílvio Hudson Raimundo e de Humberto Martins Ramos Reis, de modo a adequar o rol de testemunhas presente na inicial ao número máximo de oito. Requer o recebimento da peça acusatória em relação aos três primeiros denunciados.

Os autos voltam conclusos.2. Cabe sanear o processo. A competência do Supremo é de direito

estrito. As balizas subjetivas e objetivas estão na Constituição Federal. Logo, não a alteram normas processuais comuns, como são as do Código de Processo Penal concernentes à conexão e à continência.

Quanto à prescrição, a passagem do tempo mostrou-se fatal ante a diminuta pena prevista para o tipo do artigo 346 do Código Eleitoral. Relativamente à desistência das testemunhas pelo autor do inquérito, há de ser homologada.

3. Procedam ao desdobramento dos autos, para permanecer no Supremo apenas o inquérito que envolve o detentor da prerrogativa de foro – Fernando Antônio Ceciliano Jordão. Remetam cópia da integralidade ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro.

4. Homologo a desistência da audição das testemunhas Sílvio Hudson Raimundo e Humberto Martins Ramos Reis.

5. No tocante ao investigado Fernando Antônio Ceciliano Jordão, declaro extinta a pretensão punitiva quanto ao crime do artigo 346 do Código Eleitoral.

6. Retifiquem a autuação, ante o desmembramento determinado.7. Publiquem.Brasília – residência –, 12 de março de 2012, às 11h35.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

INQUÉRITO 3.275 (315)ORIGEM : IP - 00152010 - DELEGADO DE POLÍCIAPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : PAULO CÉSAR JUSTO QUARTIEIROADV.(A/S) : TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃOINQUÉRITO – DILIGÊNCIAS.1. A Assessoria prestou as seguintes informações:O inquérito foi instaurado para apurar a suposta prática dos crimes

previstos nos artigos 251 do Código Penal (crime de explosão), 1°, inciso I, da Lei nº 8.176, de 1991 (crime contra a ordem econômica consistente na compra, distribuição e revenda de derivados de petróleo, em desacordo com as normas estabelecidas na forma da lei), e 350 do Código Eleitoral (inserir declaração falsa em documento particular para fins eleitorais) por Paulo César Justo Quartiero.

Consta que o investigado armazenou aproximadamente mil e quinhentos litros de gasolina e óleo diesel em local impróprio e sem obediência às normas estabelecidas, visando abastecer veículos utilizados na eleição de 2008, colocando em risco a vida, a integridade física e o patrimônio de terceiros. O conteúdo da nota fiscal apresentada pelo representante do partido político para justificar a compra do combustível divergiu da quantidade apreendida no local.

O Procurador-Geral, a fim de dar continuidade às investigações, requer a realização das seguintes diligências:

a) a requisição ao Tribunal Regional Eleitoral de Roraima de cópia integral da prestação de contas de Paulo César Justo Quartiero nas eleições de 2008;

b) seja oficiado ao Auto Posto Karakas para que preste informações acerca da venda de combustível consignada na Nota Fiscal n° 00676 e outras que tenham sido efetuadas no período de 01/10/08 a 31/10/08 a Paulo César Justo Quartiero e/ou seu comitê eleitoral. As informações prestadas deverão vir acompanhadas dos respectivos comprovantes de venda;

c) identificação e oitiva do gerente, à época dos fatos, do Auto Posto Karakas para que preste informações acerca da venda constante da nota fiscal n° 006756 e outras que tenham sido efetuadas no período a Paulo César Justo Quartiero e/ou seu comitê eleitoral;

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 55: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 55

d) oitiva do Deputado Federal Paulo César Justo Quartiero;e) identificação e oitiva de Vanderley, motorista do Arroz Acostumado,

mencionado às fls. 48.2. Cumpre aprofundar as investigações, porque voltadas ao

esclarecimento dos fatos.3. Defiro as diligências pleiteadas pelo Procurador-Geral da

República.4. Providenciem.5. Publiquem.Brasília – residência –, 11 de março de 2012, às 13h10.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

INQUÉRITO 3.275 (316)ORIGEM : IP - 00152010 - DELEGADO DE POLÍCIAPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : PAULO CÉSAR JUSTO QUARTIEIROADV.(A/S) : TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃOINQUÉRITO – AUTUAÇÃO – PUBLICIDADE – LANÇAMENTO DAS

INICIAIS DO INVESTIGADO – INADEQUAÇÃO.1. Vinga, no âmbito da Administração Pública – gênero –, o princípio

da publicidade, viabilizando o acompanhamento pelos cidadãos em geral e a cobrança de eficiência. O investigado é um homem público, detentor de mandato, aspecto a relativizar, até mesmo, a privacidade. Nada justifica lançar, na autuação, somente as iniciais do nome do envolvido.

A par desse aspecto, com o deslocamento dos autos do inquérito para o Supremo, veio a atuar o Ministério Público Federal. Então, cumpre registrá-lo como autor.

2. À Judiciária, para proceder ao conserto cabível.3. Publiquem.Brasília – residência –, 11 de março de 2012, às 13h.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

INQUÉRITO 3.290 (317)ORIGEM : INQUÉRITO - 364720116110000 - TRIBUNAL

REGIONAL ELEITORALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : J J DE C

INQUÉRITO. SUPOSTA PRÁTICA DOS CRIMES PREVISTOS NOS ARTIGOS 299 E 350 DO CÓDIGO ELEITORAL. DILIGÊNCIAS REQUERIDAS PELO TITULAR DA EVENTUAL AÇÃO PENAL. DEFERIMENTO.

DECISÃO: Trata-se de inquérito instaurado para apurar a suposta prática dos delitos tipificados nos artigos 299 e 350 do Código Eleitoral, consubstanciada no oferecimento de vales-abastecimento e vales-compra em troca de votos nas eleições de 2010.

2. O Ministério Público Federal, às fls. 148/154, visando o prosseguimento das investigações para melhor esclarecimento do quadro fático, requereu o seguinte:

a) Seja oficiado o Banco do Brasil para que cumpra a decisão proferida às fls. 06/09 que deferiu a quebra de sigilo bancário da empresa J. D. Campos Neto Treinamento Empresarial. Para viabilizar a execução da medida, o ofício deverá:

a.1) conter o teor da decisão judicial de forma que os dados bancários dos investigados, bem como os dados cadastrais da conta relacionada, sejam enviados diretamente à Assessoria de Pesquisa e Análise da Procuradoria Geral da República – ASSPA/PGR, no prazo de 30 dias, no modelo de leiaute e forma de validação e transmissão descritos no arquivo MI 001 – Leiaute de Sigilo Bancário, disponível no endereço eletrônico https://asspaweb.pgr.mpf.gov.br;

a.2) informar que o campo “Número do Caso” seja preenchido com a seguinte referência: “ASSPA#001 – MPF-000561-72” e que os dados bancários sejam submetidos ao programa “VALIDADOR BANCÁRIO MPF” e transmitidos por meio do programa “TRANSMISSOR BANCÁRIO MPF”, ambos disponíveis no endereço eletrônico https://asspaweb.pgr.mpf.gov.br;

a.3) comunicar que a ASSPA/PGR está autorizada a requerer diretamente os documentos suporte das transações financeiras realizadas no período de afastamento do sigilo bancário, bem como aqueles relacionados a cadastros e análise de compliance.

a.4) informar que os cadastros das contas investigadas (cadastro de abertura de conta, cartão de autógrafos, documentos apresentados pelo correntista, etc) deverão ser enviados à ASSPA/PGR, no endereço SAF SUL QUADRA 4 CONJUNTO C BLOCO B SALA 515 – BRASÍLIA-DF – CEP 70050-900.

a.5) em caso de dúvidas, o endereço eletrônico para contato com a

Assessoria de Pesquisa e Análise – ASSPA/PGR é [email protected];b) seja oficiada a Secretaria da Receita Federal do Brasil para que

encaminhe cópia completa do dossiê integrado da empresa J. D. de Campos Neto Treinamento Empresarial, conforme determinado na decisão de fls. 06/09;

c) seja oficiada a Junta Comercial do Estado de Mato Grosso para que encaminhe os atos constitutivos e eventuais alterações das empresas J. D. Campos Neto Treinamento Empresarial e Agropastoril Cedrobom Ltda.;

d) seja oficiado o Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Mato Grosso para que encaminhe os autos da Ação Cautelar nº 3869-10.2010.6.1.000, bem como a cópia integral da prestação de contas de Júlio José de Campos nas eleições de 2010;

e) seja oficiado o Departamento de Trânsito do Estado de Mato Grosso para que encaminhe a relação de veículos registrados em nome da empresa Agropastoril Cedrobom Ltda. No ano de 2010;

f) seja oficiado o Departamento de polícia Federal para que verifique a possibilidade de realizar a perícia grafoscópica dos documentos juntados no envelope de fls. 78 tomando como material gráfico padrão a assinatura constante da procuração de fls. 86;

g) a oitiva: g.1) do Deputado Federal Júlio José de Campos; g.2 de Júlio Domingos de Campos Neto; g.3) de Abel Felicíssimo da Costa, proprietário do supermercado Bom

Gosto (fls. 107);g.4) de Nelci Aparecida Teixeira Scacalossi e Nilson Roberto Teixeira,

sócios da empresa Posto América (fls. 69);g.5) de Reinaldo Queiroz Moya Ribeiro, vulgo “Vovô da VG”,

mencionado às fls. 63 (documento de fls. 69);g.6) de Cleide Maria Nunes dos santos, mencionado às fls. 61.h) identificação e oitiva dos proprietários dos veículos cujas placas

constam dos documentos de fls. 133/154.3. Defiro as diligências requeridas.4. Baixem os autos à Polícia Federal, que observará o prazo de 60

dias para a realização das oitivas das testemunhas indicadas na alínea “g”, indicada à folha 154.

Publique-se. Int.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.315 (318)ORIGEM : REPRESENTAÇÃO - 981858300000000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINVEST.(A/S) : P R G MADV.(A/S) : ALBERTO LOPES MENDES ROLLO

INQUÉRITO. DILIGÊNCIA. PRORROGAÇÃO DO PRAZO. ANUÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. DEFERIMENTO.

DECISÃO: O Ministério Público Federal, às fls. 224/225, manifesta-se favoravelmente ao pleito da autoridade policial (fls. 214-v), relacionado à dilação do prazo de 30 (trinta) dias para a conclusão das diligências.

Defiro o pedido.Oficie-se à Delegacia da Polícia Federal.Publique-se. Int.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.355 (319)ORIGEM : MI - 3355 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : JOSE VINICIUS BICALHO COSTAADV.(A/S) : JOSÉ VINÍCIUS BICALHO COSTA JR. E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: vistos, etc.Retifique-se a autuação, para que figure como impetrada, apenas, a

Presidente da República.Solicitem-se informações à autoridade impetrada. Publique-se.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.381 (320)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 56: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 56

ORIGEM : MI - 3381 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : SANDRA BONFATTI ABRAHÃO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SORAIA HERMES FASCIANIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

DESPACHO: vistos, etc.Solicitem-se informações à autoridade impetrada.Cite-se o Município de Belo Horizonte.Publique-se.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.580 (321)ORIGEM : MI - 3580 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : JORGE FELIX DOS SANTOSADV.(A/S) : EDSON CHAVES FILHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: vistos, etc. Trata-se de mandado de injunção, impetrado por servidor público, sob

alegação de mora legislativa na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. De saída, relembro que a Constituição, em tema de direitos e liberdades constitucionais, se desejou pleno-operante, isto é, investiu no chamado Princípio da Máxima Eficácia das Normas dela própria, Constituição. É o que se infere da interpretação conjugada de dois dispositivos emblemáticos da Carta de 1988. O primeiro é o § 1º do art. 5º. Dispositivo que foi inspirado no art. 18, nº 1 da Constituição Portuguesa de 1976, e que está assim vernacularmente posto:

“Art. 5º......................................§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm

aplicação imediata.”3. O segundo dispositivo é o mandado de injunção - justamente ele, o

mandado de injunção -, no art. 5º, inciso LXXI, assim redigido:“Art. 5º .....................................LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de

norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”

4. Entenda-se bem: ou a Constituição é aplicada por conter um dispositivo específico para um determinado direito ou liberdade, ou então é aplicada por merecimento do mandado de injunção. Quero dizer: ou a Constituição é plenamente eficaz à face de um dispositivo para tanto aparelhado, ou, se for o caso de ausência de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo de um direito ou liberdade constitucional, ela se torna eficaz pelo uso do mandado de injunção. Os dois dispositivos hão de ser interpretados casadamente e não isoladamente, pois cumprem a mesma função de tornar a Constituição plenamente operante nesse tema fundamental dos direitos e liberdades constitucionais, além de ostentar uma característica conjunta: um e outro são redigidos de modo clarissimamente ultrapassante do próprio conjunto normativo de que fazem parte; ou seja, têm a característica da ultra-aplicabilidade topográfica ou capitular, pois extravasam os diques do capítulo de que fazem parte para alcançar todo e qualquer direito constitucionalmente assegurado. Não apenas como um direito figurante do capítulo intitulado “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.”

5. Nesse contexto, o mandado de injunção, seja o individual, seja o coletivo, é uma ação constitucional, mas uma ação que se inscreve no sistema de freios e contrapesos para favorecer, justamente, o Poder Judiciário. Noutros termos, o mandado de injunção é um mecanismo extremamente prestigiador do Poder Judiciário, habilitando esse Poder a, heterodoxamente embora, atuar ali nos flancos, ou espaço vago deixado intencionalmente pelo Poder Legislativo. Por isso, diante desse vácuo legislativo, o Poder Judiciário fica autorizado a produzir a norma individual da sentença, naquela conhecida linha Kelseniana: toda decisão judicial é uma norma, não geral, não impessoal, não abstrata, mas individual, particular e concreta.

6. Com isso, o Poder Judiciário não estará legislando. Estará se debruçando sobre direitos que lhe são postulados em concreto e decidindo para o caso concreto mesmo.

7. Nesse caso, ao prestigiar o Poder Judiciário, a Constituição também dá uma resposta firme - como deve ser - à inércia do Poder Legislativo. Uma inação legislativa grave, porquanto paralisante da

Constituição naquilo em que ela se deseja mais eficaz: o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais.

8 Muito bem. Trago, agora, à colação estas palavras, com que prefaciei o livro “Mandado de Injunção”, do Professor Carlos Augusto Alcântara Machado:

“Em verdade, o presente livro resgata a grandiosidade operacional do mandado de injunção, instituto pelo qual a Magna Carta de Outubro colocou um providencial contraponto na inércia do Estado quanto à produção de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais(...)

(...) o Texto Magno de 1988 assim saiu de uma era constritiva de direitos subjetivos para uma era construtiva e não quis ficar na retórica: disse, em alto e bom som, que certas situações jurídicas ativas de berço constitucional teriam no Poder Judiciário a garantia de sua efetividade, via mandado de injunção, caso o Estado optasse pelo cruzar de braços quanto à edição daquelas normas gerais que se fizessem necessárias à viabilização do pleno exercício daquelas situações.

Assim prescrevendo, a nossa Lei Maior veio a positivar uma das mais importantes regras de hermenêutica: – hoje eu diria que a mais importante das regras de hermenêutica – a regra de que a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma. - essa é a regra das regras e a hermenêutica das hermenêuticas: a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma – Com o mérito suplementar de não confundir o exercício da função jurisdicional com a legislativa, pois o novo writ não significa jamais usurpação de competência legiferante. O Judiciário apenas resolve uma questão inter partes (não erga omnes, como é próprio da lei em sentido material) e por nenhuma forma inibe a verdadeira autoridade legiferante de vir a ocupar o espaço normativo até então deixado in albis. É ainda falar: o espaço de normatividade abstrata que é próprio de um poder não jurisdicional permanece à espera desse poder não jurisdicional, a despeito do provimento judicial do mandamus no caso concreto.”

9. Em síntese: somente cabe a impetração do mandado de injunção diante de uma norma constitucional de eficácia limitada. Pelo que não faz sentido que a decisão judicial também seja de eficácia limitada. Ora, a uma norma constitucional de eficácia limitada há de se seguir uma decisão judicial de eficácia plena, senão a Constituição estaria lavrando no campo da inocuidade absoluta em tema tão fundamental.

10. Estabelecidos os marcos teóricos da matéria, cumpre-me pontuar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre o inciso LXXI do art. 5º e sobre o § 4º do art. 40 da Constituição Federal, dando-lhes maior concretude. Ao fazê-lo, reconheceu a falta de lei específica sobre a aposentadoria especial do servidor público e determinou a adoção da disciplina própria dos trabalhadores em geral (art. 57 da Lei 8.213/91).

11. Prossigo para anotar que, na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, ao julgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário, resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes.

Ora, diante deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional, julgo parcialmente procedente o pedido para remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora, de modo a assegurar ao impetrante o direito de ter seu pedido de aposentadoria especial examinado pela autoridade competente, no bojo do respectivo processo administrativo e na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.609 (322)ORIGEM : MI - 3609 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : WALKIRIA LUCIA TOCALINOADV.(A/S) : MAURI BENEDITO GUILHERMEIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CAMPINASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS

DECISÃO: vistos, etc. Trata-se de mandado de injunção, impetrado por servidora pública,

sob alegação de mora legislativa na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. De saída, relembro que a Constituição, em tema de direitos e liberdades constitucionais, se desejou pleno-operante, isto é, investiu no chamado Princípio da Máxima Eficácia das Normas dela própria, Constituição. É o que se infere da interpretação conjugada de dois dispositivos emblemáticos da Carta de 1988. O primeiro é o § 1º do art. 5º. Dispositivo que foi inspirado no art. 18, nº 1 da Constituição Portuguesa de 1976, e que está

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 57: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 57

assim vernacularmente posto:“Art. 5º......................................§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm

aplicação imediata.”3. O segundo dispositivo é o mandado de injunção - justamente ele, o

mandado de injunção -, no art. 5º, inciso LXXI, assim redigido:“Art. 5º .....................................LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de

norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”

4. Entenda-se bem: ou a Constituição é aplicada por conter um dispositivo específico para um determinado direito ou liberdade, ou então é aplicada por merecimento do mandado de injunção. Quero dizer: ou a Constituição é plenamente eficaz à face de um dispositivo para tanto aparelhado, ou, se for o caso de ausência de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo de um direito ou liberdade constitucional, ela se torna eficaz pelo uso do mandado de injunção. Os dois dispositivos hão de ser interpretados casadamente e não isoladamente, pois cumprem a mesma função de tornar a Constituição plenamente operante nesse tema fundamental dos direitos e liberdades constitucionais, além de ostentar uma característica conjunta: um e outro são redigidos de modo clarissimamente ultrapassante do próprio conjunto normativo de que fazem parte; ou seja, têm a característica da ultra-aplicabilidade topográfica ou capitular, pois extravasam os diques do capítulo de que fazem parte para alcançar todo e qualquer direito constitucionalmente assegurado. Não apenas como um direito figurante do capítulo intitulado “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.”

5. Nesse contexto, o mandado de injunção, seja o individual, seja o coletivo, é uma ação constitucional, mas uma ação que se inscreve no sistema de freios e contrapesos para favorecer, justamente, o Poder Judiciário. Noutros termos, o mandado de injunção é um mecanismo extremamente prestigiador do Poder Judiciário, habilitando esse Poder a, heterodoxamente embora, atuar ali nos flancos, ou espaço vago deixado intencionalmente pelo Poder Legislativo. Por isso, diante desse vácuo legislativo, o Poder Judiciário fica autorizado a produzir a norma individual da sentença, naquela conhecida linha Kelseniana: toda decisão judicial é uma norma, não geral, não impessoal, não abstrata, mas individual, particular e concreta.

6. Com isso, o Poder Judiciário não estará legislando. Estará se debruçando sobre direitos que lhe são postulados em concreto e decidindo para o caso concreto mesmo.

7. Nesse caso, ao prestigiar o Poder Judiciário, a Constituição também dá uma resposta firme - como deve ser - à inércia do Poder Legislativo. Uma inação legislativa grave, porquanto paralisante da Constituição naquilo em que ela se deseja mais eficaz: o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais.

8 Muito bem. Trago, agora, à colação estas palavras, com que prefaciei o livro “Mandado de Injunção”, do Professor Carlos Augusto Alcântara Machado:

“Em verdade, o presente livro resgata a grandiosidade operacional do mandado de injunção, instituto pelo qual a Magna Carta de Outubro colocou um providencial contraponto na inércia do Estado quanto à produção de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais(...)

(...) o Texto Magno de 1988 assim saiu de uma era constritiva de direitos subjetivos para uma era construtiva e não quis ficar na retórica: disse, em alto e bom som, que certas situações jurídicas ativas de berço constitucional teriam no Poder Judiciário a garantia de sua efetividade, via mandado de injunção, caso o Estado optasse pelo cruzar de braços quanto à edição daquelas normas gerais que se fizessem necessárias à viabilização do pleno exercício daquelas situações.

Assim prescrevendo, a nossa Lei Maior veio a positivar uma das mais importantes regras de hermenêutica: – hoje eu diria que a mais importante das regras de hermenêutica – a regra de que a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma. - essa é a regra das regras e a hermenêutica das hermenêuticas: a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma – Com o mérito suplementar de não confundir o exercício da função jurisdicional com a legislativa, pois o novo writ não significa jamais usurpação de competência legiferante. O Judiciário apenas resolve uma questão inter partes (não erga omnes, como é próprio da lei em sentido material) e por nenhuma forma inibe a verdadeira autoridade legiferante de vir a ocupar o espaço normativo até então deixado in albis. É ainda falar: o espaço de normatividade abstrata que é próprio de um poder não jurisdicional permanece à espera desse poder não jurisdicional, a despeito do provimento judicial do mandamus no caso concreto.”

9. Em síntese: somente cabe a impetração do mandado de injunção diante de uma norma constitucional de eficácia limitada. Pelo que não faz sentido que a decisão judicial também seja de eficácia limitada. Ora, a uma norma constitucional de eficácia limitada há de se seguir uma decisão judicial de eficácia plena, senão a Constituição estaria lavrando no campo da inocuidade absoluta em tema tão fundamental.

10. Estabelecidos os marcos teóricos da matéria, cumpre-me pontuar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre o inciso LXXI do art.

5º e sobre o § 4º do art. 40 da Constituição Federal, dando-lhes maior concretude. Ao fazê-lo, reconheceu a falta de lei específica sobre a aposentadoria especial do servidor público e determinou a adoção da disciplina própria dos trabalhadores em geral (art. 57 da Lei 8.213/91).

11. Prossigo para anotar que, na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, ao julgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário, resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes.

Ora, diante deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional, julgo parcialmente procedente o pedido para remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora, de modo a assegurar à impetrante o direito de ter seu pedido de aposentadoria especial examinado pela autoridade competente, no bojo do respectivo processo administrativo e na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.622 (323)ORIGEM : MI - 3622 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : JOSÉ WILSON DE ASSIS TRIDAADV.(A/S) : FREDERICO CÂMARA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃO: vistos, etc. Trata-se de mandado de injunção, impetrado por servidor público, sob

alegação de mora legislativa na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. De saída, relembro que a Constituição, em tema de direitos e liberdades constitucionais, se desejou pleno-operante, isto é, investiu no chamado Princípio da Máxima Eficácia das Normas dela própria, Constituição. É o que se infere da interpretação conjugada de dois dispositivos emblemáticos da Carta de 1988. O primeiro é o § 1º do art. 5º. Dispositivo que foi inspirado no art. 18, nº 1 da Constituição Portuguesa de 1976, e que está assim vernacularmente posto:

“Art. 5º......................................§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm

aplicação imediata.”3. O segundo dispositivo é o mandado de injunção - justamente ele, o

mandado de injunção -, no art. 5º, inciso LXXI, assim redigido:“Art. 5º .....................................LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de

norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”

4. Entenda-se bem: ou a Constituição é aplicada por conter um dispositivo específico para um determinado direito ou liberdade, ou então é aplicada por merecimento do mandado de injunção. Quero dizer: ou a Constituição é plenamente eficaz à face de um dispositivo para tanto aparelhado, ou, se for o caso de ausência de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo de um direito ou liberdade constitucional, ela se torna eficaz pelo uso do mandado de injunção. Os dois dispositivos hão de ser interpretados casadamente e não isoladamente, pois cumprem a mesma função de tornar a Constituição plenamente operante nesse tema fundamental dos direitos e liberdades constitucionais, além de ostentar uma característica conjunta: um e outro são redigidos de modo clarissimamente ultrapassante do próprio conjunto normativo de que fazem parte; ou seja, têm a característica da ultra-aplicabilidade topográfica ou capitular, pois extravasam os diques do capítulo de que fazem parte para alcançar todo e qualquer direito constitucionalmente assegurado. Não apenas como um direito figurante do capítulo intitulado “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.”

5. Nesse contexto, o mandado de injunção, seja o individual, seja o coletivo, é uma ação constitucional, mas uma ação que se inscreve no sistema de freios e contrapesos para favorecer, justamente, o Poder Judiciário. Noutros termos, o mandado de injunção é um mecanismo extremamente prestigiador do Poder Judiciário, habilitando esse Poder a, heterodoxamente embora, atuar ali nos flancos, ou espaço vago deixado intencionalmente pelo Poder Legislativo. Por isso, diante desse vácuo legislativo, o Poder Judiciário fica autorizado a produzir a norma individual da sentença, naquela conhecida linha Kelseniana: toda decisão judicial é uma norma, não geral, não impessoal, não abstrata, mas individual, particular e concreta.

6. Com isso, o Poder Judiciário não estará legislando. Estará se

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 58: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 58

debruçando sobre direitos que lhe são postulados em concreto e decidindo para o caso concreto mesmo.

7. Nesse caso, ao prestigiar o Poder Judiciário, a Constituição também dá uma resposta firme - como deve ser - à inércia do Poder Legislativo. Uma inação legislativa grave, porquanto paralisante da Constituição naquilo em que ela se deseja mais eficaz: o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais.

8 Muito bem. Trago, agora, à colação estas palavras, com que prefaciei o livro “Mandado de Injunção”, do Professor Carlos Augusto Alcântara Machado:

“Em verdade, o presente livro resgata a grandiosidade operacional do mandado de injunção, instituto pelo qual a Magna Carta de Outubro colocou um providencial contraponto na inércia do Estado quanto à produção de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais(...)

(...) o Texto Magno de 1988 assim saiu de uma era constritiva de direitos subjetivos para uma era construtiva e não quis ficar na retórica: disse, em alto e bom som, que certas situações jurídicas ativas de berço constitucional teriam no Poder Judiciário a garantia de sua efetividade, via mandado de injunção, caso o Estado optasse pelo cruzar de braços quanto à edição daquelas normas gerais que se fizessem necessárias à viabilização do pleno exercício daquelas situações.

Assim prescrevendo, a nossa Lei Maior veio a positivar uma das mais importantes regras de hermenêutica: – hoje eu diria que a mais importante das regras de hermenêutica – a regra de que a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma. - essa é a regra das regras e a hermenêutica das hermenêuticas: a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma – Com o mérito suplementar de não confundir o exercício da função jurisdicional com a legislativa, pois o novo writ não significa jamais usurpação de competência legiferante. O Judiciário apenas resolve uma questão inter partes (não erga omnes, como é próprio da lei em sentido material) e por nenhuma forma inibe a verdadeira autoridade legiferante de vir a ocupar o espaço normativo até então deixado in albis. É ainda falar: o espaço de normatividade abstrata que é próprio de um poder não jurisdicional permanece à espera desse poder não jurisdicional, a despeito do provimento judicial do mandamus no caso concreto.”

9. Em síntese: somente cabe a impetração do mandado de injunção diante de uma norma constitucional de eficácia limitada. Pelo que não faz sentido que a decisão judicial também seja de eficácia limitada. Ora, a uma norma constitucional de eficácia limitada há de se seguir uma decisão judicial de eficácia plena, senão a Constituição estaria lavrando no campo da inocuidade absoluta em tema tão fundamental.

10. Estabelecidos os marcos teóricos da matéria, cumpre-me pontuar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre o inciso LXXI do art. 5º e sobre o § 4º do art. 40 da Constituição Federal, dando-lhes maior concretude. Ao fazê-lo, reconheceu a falta de lei específica sobre a aposentadoria especial do servidor público e determinou a adoção da disciplina própria dos trabalhadores em geral (art. 57 da Lei 8.213/91).

11. Prossigo para anotar que, na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, ao julgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário, resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes.

Ora, diante deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional, julgo parcialmente procedente o pedido para remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora, de modo a assegurar ao impetrante o direito de ter seu pedido de aposentadoria especial examinado pela autoridade competente, no bojo do respectivo processo administrativo e na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.644 (324)ORIGEM : MI - 3644 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : ROBERTO MASATO ANAZAWAADV.(A/S) : CLAUDIR CALIPOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL

DECISÃO: vistos, etc. Trata-se de mandado de injunção, impetrado por servidor público, sob

alegação de mora legislativa na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. De saída, relembro que a Constituição, em tema de direitos e liberdades constitucionais, se desejou pleno-operante, isto é, investiu no chamado Princípio da Máxima Eficácia das Normas dela própria, Constituição.

É o que se infere da interpretação conjugada de dois dispositivos emblemáticos da Carta de 1988. O primeiro é o § 1º do art. 5º. Dispositivo que foi inspirado no art. 18, nº 1 da Constituição Portuguesa de 1976, e que está assim vernacularmente posto:

“Art. 5º......................................§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm

aplicação imediata.”3. O segundo dispositivo é o mandado de injunção - justamente ele, o

mandado de injunção -, no art. 5º, inciso LXXI, assim redigido:“Art. 5º .....................................LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de

norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”

4. Entenda-se bem: ou a Constituição é aplicada por conter um dispositivo específico para um determinado direito ou liberdade, ou então é aplicada por merecimento do mandado de injunção. Quero dizer: ou a Constituição é plenamente eficaz à face de um dispositivo para tanto aparelhado, ou, se for o caso de ausência de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo de um direito ou liberdade constitucional, ela se torna eficaz pelo uso do mandado de injunção. Os dois dispositivos hão de ser interpretados casadamente e não isoladamente, pois cumprem a mesma função de tornar a Constituição plenamente operante nesse tema fundamental dos direitos e liberdades constitucionais, além de ostentar uma característica conjunta: um e outro são redigidos de modo clarissimamente ultrapassante do próprio conjunto normativo de que fazem parte; ou seja, têm a característica da ultra-aplicabilidade topográfica ou capitular, pois extravasam os diques do capítulo de que fazem parte para alcançar todo e qualquer direito constitucionalmente assegurado. Não apenas como um direito figurante do capítulo intitulado “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.”

5. Nesse contexto, o mandado de injunção, seja o individual, seja o coletivo, é uma ação constitucional, mas uma ação que se inscreve no sistema de freios e contrapesos para favorecer, justamente, o Poder Judiciário. Noutros termos, o mandado de injunção é um mecanismo extremamente prestigiador do Poder Judiciário, habilitando esse Poder a, heterodoxamente embora, atuar ali nos flancos, ou espaço vago deixado intencionalmente pelo Poder Legislativo. Por isso, diante desse vácuo legislativo, o Poder Judiciário fica autorizado a produzir a norma individual da sentença, naquela conhecida linha Kelseniana: toda decisão judicial é uma norma, não geral, não impessoal, não abstrata, mas individual, particular e concreta.

6. Com isso, o Poder Judiciário não estará legislando. Estará se debruçando sobre direitos que lhe são postulados em concreto e decidindo para o caso concreto mesmo.

7. Nesse caso, ao prestigiar o Poder Judiciário, a Constituição também dá uma resposta firme - como deve ser - à inércia do Poder Legislativo. Uma inação legislativa grave, porquanto paralisante da Constituição naquilo em que ela se deseja mais eficaz: o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais.

8 Muito bem. Trago, agora, à colação estas palavras, com que prefaciei o livro “Mandado de Injunção”, do Professor Carlos Augusto Alcântara Machado:

“Em verdade, o presente livro resgata a grandiosidade operacional do mandado de injunção, instituto pelo qual a Magna Carta de Outubro colocou um providencial contraponto na inércia do Estado quanto à produção de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais(...)

(...) o Texto Magno de 1988 assim saiu de uma era constritiva de direitos subjetivos para uma era construtiva e não quis ficar na retórica: disse, em alto e bom som, que certas situações jurídicas ativas de berço constitucional teriam no Poder Judiciário a garantia de sua efetividade, via mandado de injunção, caso o Estado optasse pelo cruzar de braços quanto à edição daquelas normas gerais que se fizessem necessárias à viabilização do pleno exercício daquelas situações.

Assim prescrevendo, a nossa Lei Maior veio a positivar uma das mais importantes regras de hermenêutica: – hoje eu diria que a mais importante das regras de hermenêutica – a regra de que a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma. - essa é a regra das regras e a hermenêutica das hermenêuticas: a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma – Com o mérito suplementar de não confundir o exercício da função jurisdicional com a legislativa, pois o novo writ não significa jamais usurpação de competência legiferante. O Judiciário apenas resolve uma questão inter partes (não erga omnes, como é próprio da lei em sentido material) e por nenhuma forma inibe a verdadeira autoridade legiferante de vir a ocupar o espaço normativo até então deixado in albis. É ainda falar: o espaço de normatividade abstrata que é próprio de um poder não jurisdicional permanece à espera desse poder não jurisdicional, a despeito do provimento judicial do mandamus no caso concreto.”

9. Em síntese: somente cabe a impetração do mandado de injunção diante de uma norma constitucional de eficácia limitada. Pelo que não faz sentido que a decisão judicial também seja de eficácia limitada. Ora, a uma norma constitucional de eficácia limitada há de se seguir uma decisão judicial de eficácia plena, senão a Constituição estaria lavrando no campo da inocuidade absoluta em tema tão fundamental.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 59: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 59

10. Estabelecidos os marcos teóricos da matéria, cumpre-me pontuar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre o inciso LXXI do art. 5º e sobre o § 4º do art. 40 da Constituição Federal, dando-lhes maior concretude. Ao fazê-lo, reconheceu a falta de lei específica sobre a aposentadoria especial do servidor público e determinou a adoção da disciplina própria dos trabalhadores em geral (art. 57 da Lei 8.213/91).

11. Prossigo para anotar que, na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, ao julgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário, resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes.

Ora, diante deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional, julgo parcialmente procedente o pedido para remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora, de modo a assegurar ao impetrante o direito de ter seu pedido de aposentadoria especial examinado pela autoridade competente, no bojo do respectivo processo administrativo e na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.657 (325)ORIGEM : MI - 3657 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : IVANIR PORTELA FONTESADV.(A/S) : VERA CALDASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

DECISÃO: vistos, etc. Trata-se de mandado de injunção, impetrado por servidora pública,

sob alegação de mora legislativa na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. De saída, relembro que a Constituição, em tema de direitos e liberdades constitucionais, se desejou pleno-operante, isto é, investiu no chamado Princípio da Máxima Eficácia das Normas dela própria, Constituição. É o que se infere da interpretação conjugada de dois dispositivos emblemáticos da Carta de 1988. O primeiro é o § 1º do art. 5º. Dispositivo que foi inspirado no art. 18, nº 1 da Constituição Portuguesa de 1976, e que está assim vernacularmente posto:

“Art. 5º......................................§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm

aplicação imediata.”3. O segundo dispositivo é o mandado de injunção - justamente ele, o

mandado de injunção -, no art. 5º, inciso LXXI, assim redigido:“Art. 5º .....................................LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de

norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”

4. Entenda-se bem: ou a Constituição é aplicada por conter um dispositivo específico para um determinado direito ou liberdade, ou então é aplicada por merecimento do mandado de injunção. Quero dizer: ou a Constituição é plenamente eficaz à face de um dispositivo para tanto aparelhado, ou, se for o caso de ausência de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo de um direito ou liberdade constitucional, ela se torna eficaz pelo uso do mandado de injunção. Os dois dispositivos hão de ser interpretados casadamente e não isoladamente, pois cumprem a mesma função de tornar a Constituição plenamente operante nesse tema fundamental dos direitos e liberdades constitucionais, além de ostentar uma característica conjunta: um e outro são redigidos de modo clarissimamente ultrapassante do próprio conjunto normativo de que fazem parte; ou seja, têm a característica da ultra-aplicabilidade topográfica ou capitular, pois extravasam os diques do capítulo de que fazem parte para alcançar todo e qualquer direito constitucionalmente assegurado. Não apenas como um direito figurante do capítulo intitulado “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.”

5. Nesse contexto, o mandado de injunção, seja o individual, seja o coletivo, é uma ação constitucional, mas uma ação que se inscreve no sistema de freios e contrapesos para favorecer, justamente, o Poder Judiciário. Noutros termos, o mandado de injunção é um mecanismo extremamente prestigiador do Poder Judiciário, habilitando esse Poder a, heterodoxamente embora, atuar ali nos flancos, ou espaço vago deixado intencionalmente pelo Poder Legislativo. Por isso, diante desse vácuo legislativo, o Poder Judiciário fica autorizado a produzir a norma individual da sentença, naquela conhecida linha Kelseniana: toda decisão judicial é uma norma, não geral, não impessoal, não abstrata, mas individual, particular e concreta.

6. Com isso, o Poder Judiciário não estará legislando. Estará se

debruçando sobre direitos que lhe são postulados em concreto e decidindo para o caso concreto mesmo.

7. Nesse caso, ao prestigiar o Poder Judiciário, a Constituição também dá uma resposta firme - como deve ser - à inércia do Poder Legislativo. Uma inação legislativa grave, porquanto paralisante da Constituição naquilo em que ela se deseja mais eficaz: o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais.

8 Muito bem. Trago, agora, à colação estas palavras, com que prefaciei o livro “Mandado de Injunção”, do Professor Carlos Augusto Alcântara Machado:

“Em verdade, o presente livro resgata a grandiosidade operacional do mandado de injunção, instituto pelo qual a Magna Carta de Outubro colocou um providencial contraponto na inércia do Estado quanto à produção de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais(...)

(...) o Texto Magno de 1988 assim saiu de uma era constritiva de direitos subjetivos para uma era construtiva e não quis ficar na retórica: disse, em alto e bom som, que certas situações jurídicas ativas de berço constitucional teriam no Poder Judiciário a garantia de sua efetividade, via mandado de injunção, caso o Estado optasse pelo cruzar de braços quanto à edição daquelas normas gerais que se fizessem necessárias à viabilização do pleno exercício daquelas situações.

Assim prescrevendo, a nossa Lei Maior veio a positivar uma das mais importantes regras de hermenêutica: – hoje eu diria que a mais importante das regras de hermenêutica – a regra de que a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma. - essa é a regra das regras e a hermenêutica das hermenêuticas: a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma – Com o mérito suplementar de não confundir o exercício da função jurisdicional com a legislativa, pois o novo writ não significa jamais usurpação de competência legiferante. O Judiciário apenas resolve uma questão inter partes (não erga omnes, como é próprio da lei em sentido material) e por nenhuma forma inibe a verdadeira autoridade legiferante de vir a ocupar o espaço normativo até então deixado in albis. É ainda falar: o espaço de normatividade abstrata que é próprio de um poder não jurisdicional permanece à espera desse poder não jurisdicional, a despeito do provimento judicial do mandamus no caso concreto.”

9. Em síntese: somente cabe a impetração do mandado de injunção diante de uma norma constitucional de eficácia limitada. Pelo que não faz sentido que a decisão judicial também seja de eficácia limitada. Ora, a uma norma constitucional de eficácia limitada há de se seguir uma decisão judicial de eficácia plena, senão a Constituição estaria lavrando no campo da inocuidade absoluta em tema tão fundamental.

10. Estabelecidos os marcos teóricos da matéria, cumpre-me pontuar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre o inciso LXXI do art. 5º e sobre o § 4º do art. 40 da Constituição Federal, dando-lhes maior concretude. Ao fazê-lo, reconheceu a falta de lei específica sobre a aposentadoria especial do servidor público e determinou a adoção da disciplina própria dos trabalhadores em geral (art. 57 da Lei 8.213/91).

11. Prossigo para anotar que, na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, ao julgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário, resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes.

Ora, diante deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional, julgo parcialmente procedente o pedido para remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora, de modo a assegurar à impetrante o direito de ter seu pedido de aposentadoria especial examinado pela autoridade competente, no bojo do respectivo processo administrativo e na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.658 (326)ORIGEM : MI - 3658 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : MARIA FERNANDA CAMPOS COUTOADV.(A/S) : VERA CALDASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

DECISÃO: vistos, etc. Trata-se de mandado de injunção, impetrado por servidora pública,

sob alegação de mora legislativa na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. De saída, relembro que a Constituição, em tema de direitos e liberdades constitucionais, se desejou pleno-operante, isto é, investiu no chamado Princípio da Máxima Eficácia das Normas dela própria, Constituição.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 60: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 60

É o que se infere da interpretação conjugada de dois dispositivos emblemáticos da Carta de 1988. O primeiro é o § 1º do art. 5º. Dispositivo que foi inspirado no art. 18, nº 1 da Constituição Portuguesa de 1976, e que está assim vernacularmente posto:

“Art. 5º......................................§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm

aplicação imediata.”3. O segundo dispositivo é o mandado de injunção - justamente ele, o

mandado de injunção -, no art. 5º, inciso LXXI, assim redigido:“Art. 5º .....................................LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de

norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”

4. Entenda-se bem: ou a Constituição é aplicada por conter um dispositivo específico para um determinado direito ou liberdade, ou então é aplicada por merecimento do mandado de injunção. Quero dizer: ou a Constituição é plenamente eficaz à face de um dispositivo para tanto aparelhado, ou, se for o caso de ausência de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo de um direito ou liberdade constitucional, ela se torna eficaz pelo uso do mandado de injunção. Os dois dispositivos hão de ser interpretados casadamente e não isoladamente, pois cumprem a mesma função de tornar a Constituição plenamente operante nesse tema fundamental dos direitos e liberdades constitucionais, além de ostentar uma característica conjunta: um e outro são redigidos de modo clarissimamente ultrapassante do próprio conjunto normativo de que fazem parte; ou seja, têm a característica da ultra-aplicabilidade topográfica ou capitular, pois extravasam os diques do capítulo de que fazem parte para alcançar todo e qualquer direito constitucionalmente assegurado. Não apenas como um direito figurante do capítulo intitulado “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.”

5. Nesse contexto, o mandado de injunção, seja o individual, seja o coletivo, é uma ação constitucional, mas uma ação que se inscreve no sistema de freios e contrapesos para favorecer, justamente, o Poder Judiciário. Noutros termos, o mandado de injunção é um mecanismo extremamente prestigiador do Poder Judiciário, habilitando esse Poder a, heterodoxamente embora, atuar ali nos flancos, ou espaço vago deixado intencionalmente pelo Poder Legislativo. Por isso, diante desse vácuo legislativo, o Poder Judiciário fica autorizado a produzir a norma individual da sentença, naquela conhecida linha Kelseniana: toda decisão judicial é uma norma, não geral, não impessoal, não abstrata, mas individual, particular e concreta.

6. Com isso, o Poder Judiciário não estará legislando. Estará se debruçando sobre direitos que lhe são postulados em concreto e decidindo para o caso concreto mesmo.

7. Nesse caso, ao prestigiar o Poder Judiciário, a Constituição também dá uma resposta firme - como deve ser - à inércia do Poder Legislativo. Uma inação legislativa grave, porquanto paralisante da Constituição naquilo em que ela se deseja mais eficaz: o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais.

8 Muito bem. Trago, agora, à colação estas palavras, com que prefaciei o livro “Mandado de Injunção”, do Professor Carlos Augusto Alcântara Machado:

“Em verdade, o presente livro resgata a grandiosidade operacional do mandado de injunção, instituto pelo qual a Magna Carta de Outubro colocou um providencial contraponto na inércia do Estado quanto à produção de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais(...)

(...) o Texto Magno de 1988 assim saiu de uma era constritiva de direitos subjetivos para uma era construtiva e não quis ficar na retórica: disse, em alto e bom som, que certas situações jurídicas ativas de berço constitucional teriam no Poder Judiciário a garantia de sua efetividade, via mandado de injunção, caso o Estado optasse pelo cruzar de braços quanto à edição daquelas normas gerais que se fizessem necessárias à viabilização do pleno exercício daquelas situações.

Assim prescrevendo, a nossa Lei Maior veio a positivar uma das mais importantes regras de hermenêutica: – hoje eu diria que a mais importante das regras de hermenêutica – a regra de que a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma. - essa é a regra das regras e a hermenêutica das hermenêuticas: a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma – Com o mérito suplementar de não confundir o exercício da função jurisdicional com a legislativa, pois o novo writ não significa jamais usurpação de competência legiferante. O Judiciário apenas resolve uma questão inter partes (não erga omnes, como é próprio da lei em sentido material) e por nenhuma forma inibe a verdadeira autoridade legiferante de vir a ocupar o espaço normativo até então deixado in albis. É ainda falar: o espaço de normatividade abstrata que é próprio de um poder não jurisdicional permanece à espera desse poder não jurisdicional, a despeito do provimento judicial do mandamus no caso concreto.”

9. Em síntese: somente cabe a impetração do mandado de injunção diante de uma norma constitucional de eficácia limitada. Pelo que não faz sentido que a decisão judicial também seja de eficácia limitada. Ora, a uma norma constitucional de eficácia limitada há de se seguir uma decisão judicial de eficácia plena, senão a Constituição estaria lavrando no campo da inocuidade absoluta em tema tão fundamental.

10. Estabelecidos os marcos teóricos da matéria, cumpre-me pontuar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre o inciso LXXI do art. 5º e sobre o § 4º do art. 40 da Constituição Federal, dando-lhes maior concretude. Ao fazê-lo, reconheceu a falta de lei específica sobre a aposentadoria especial do servidor público e determinou a adoção da disciplina própria dos trabalhadores em geral (art. 57 da Lei 8.213/91).

11. Prossigo para anotar que, na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, ao julgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário, resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes.

Ora, diante deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional, julgo parcialmente procedente o pedido para remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora, de modo a assegurar à impetrante o direito de ter seu pedido de aposentadoria especial examinado pela autoridade competente, no bojo do respectivo processo administrativo e na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.667 (327)ORIGEM : MI - 3667 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : EDUARDO VILAS BOAS VIEIRAADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE WIEBBELLING E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSLIT.PAS.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: vistos, etc. Trata-se de mandado de injunção, impetrado por servidor público, sob

alegação de mora legislativa na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. De saída, relembro que a Constituição, em tema de direitos e liberdades constitucionais, se desejou pleno-operante, isto é, investiu no chamado Princípio da Máxima Eficácia das Normas dela própria, Constituição. É o que se infere da interpretação conjugada de dois dispositivos emblemáticos da Carta de 1988. O primeiro é o § 1º do art. 5º. Dispositivo que foi inspirado no art. 18, nº 1 da Constituição Portuguesa de 1976, e que está assim vernacularmente posto:

“Art. 5º......................................§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm

aplicação imediata.”3. O segundo dispositivo é o mandado de injunção - justamente ele, o

mandado de injunção -, no art. 5º, inciso LXXI, assim redigido:“Art. 5º .....................................LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de

norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”

4. Entenda-se bem: ou a Constituição é aplicada por conter um dispositivo específico para um determinado direito ou liberdade, ou então é aplicada por merecimento do mandado de injunção. Quero dizer: ou a Constituição é plenamente eficaz à face de um dispositivo para tanto aparelhado, ou, se for o caso de ausência de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo de um direito ou liberdade constitucional, ela se torna eficaz pelo uso do mandado de injunção. Os dois dispositivos hão de ser interpretados casadamente e não isoladamente, pois cumprem a mesma função de tornar a Constituição plenamente operante nesse tema fundamental dos direitos e liberdades constitucionais, além de ostentar uma característica conjunta: um e outro são redigidos de modo clarissimamente ultrapassante do próprio conjunto normativo de que fazem parte; ou seja, têm a característica da ultra-aplicabilidade topográfica ou capitular, pois extravasam os diques do capítulo de que fazem parte para alcançar todo e qualquer direito constitucionalmente assegurado. Não apenas como um direito figurante do capítulo intitulado “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.”

5. Nesse contexto, o mandado de injunção, seja o individual, seja o coletivo, é uma ação constitucional, mas uma ação que se inscreve no sistema de freios e contrapesos para favorecer, justamente, o Poder Judiciário. Noutros termos, o mandado de injunção é um mecanismo extremamente prestigiador do Poder Judiciário, habilitando esse Poder a, heterodoxamente embora, atuar ali nos flancos, ou espaço vago deixado intencionalmente pelo Poder Legislativo. Por isso, diante desse vácuo legislativo, o Poder Judiciário fica autorizado a produzir a norma individual da sentença, naquela conhecida linha Kelseniana: toda decisão judicial é uma

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 61: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 61

norma, não geral, não impessoal, não abstrata, mas individual, particular e concreta.

6. Com isso, o Poder Judiciário não estará legislando. Estará se debruçando sobre direitos que lhe são postulados em concreto e decidindo para o caso concreto mesmo.

7. Nesse caso, ao prestigiar o Poder Judiciário, a Constituição também dá uma resposta firme - como deve ser - à inércia do Poder Legislativo. Uma inação legislativa grave, porquanto paralisante da Constituição naquilo em que ela se deseja mais eficaz: o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais.

8 Muito bem. Trago, agora, à colação estas palavras, com que prefaciei o livro “Mandado de Injunção”, do Professor Carlos Augusto Alcântara Machado:

“Em verdade, o presente livro resgata a grandiosidade operacional do mandado de injunção, instituto pelo qual a Magna Carta de Outubro colocou um providencial contraponto na inércia do Estado quanto à produção de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais(...)

(...) o Texto Magno de 1988 assim saiu de uma era constritiva de direitos subjetivos para uma era construtiva e não quis ficar na retórica: disse, em alto e bom som, que certas situações jurídicas ativas de berço constitucional teriam no Poder Judiciário a garantia de sua efetividade, via mandado de injunção, caso o Estado optasse pelo cruzar de braços quanto à edição daquelas normas gerais que se fizessem necessárias à viabilização do pleno exercício daquelas situações.

Assim prescrevendo, a nossa Lei Maior veio a positivar uma das mais importantes regras de hermenêutica: – hoje eu diria que a mais importante das regras de hermenêutica – a regra de que a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma. - essa é a regra das regras e a hermenêutica das hermenêuticas: a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma – Com o mérito suplementar de não confundir o exercício da função jurisdicional com a legislativa, pois o novo writ não significa jamais usurpação de competência legiferante. O Judiciário apenas resolve uma questão inter partes (não erga omnes, como é próprio da lei em sentido material) e por nenhuma forma inibe a verdadeira autoridade legiferante de vir a ocupar o espaço normativo até então deixado in albis. É ainda falar: o espaço de normatividade abstrata que é próprio de um poder não jurisdicional permanece à espera desse poder não jurisdicional, a despeito do provimento judicial do mandamus no caso concreto.”

9. Em síntese: somente cabe a impetração do mandado de injunção diante de uma norma constitucional de eficácia limitada. Pelo que não faz sentido que a decisão judicial também seja de eficácia limitada. Ora, a uma norma constitucional de eficácia limitada há de se seguir uma decisão judicial de eficácia plena, senão a Constituição estaria lavrando no campo da inocuidade absoluta em tema tão fundamental.

10. Estabelecidos os marcos teóricos da matéria, cumpre-me pontuar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre o inciso LXXI do art. 5º e sobre o § 4º do art. 40 da Constituição Federal, dando-lhes maior concretude. Ao fazê-lo, reconheceu a falta de lei específica sobre a aposentadoria especial do servidor público e determinou a adoção da disciplina própria dos trabalhadores em geral (art. 57 da Lei 8.213/91).

11. Prossigo para anotar que, na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, ao julgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário, resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes.

Ora, diante deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional, julgo parcialmente procedente o pedido para remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora, de modo a assegurar ao impetrante o direito de ter seu pedido de aposentadoria especial examinado pela autoridade competente, no bojo do respectivo processo administrativo e na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.672 (328)ORIGEM : MI - 3672 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : EUCLIDES VAZ BONATIADV.(A/S) : RENATA SILVA CASSIANO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: vistos, etc. Trata-se de mandado de injunção, impetrado por servidor público, sob

alegação de mora legislativa na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. De saída, relembro que a Constituição, em tema de direitos e liberdades constitucionais, se desejou pleno-operante, isto é, investiu no chamado Princípio da Máxima Eficácia das Normas dela própria, Constituição. É o que se infere da interpretação conjugada de dois dispositivos emblemáticos da Carta de 1988. O primeiro é o § 1º do art. 5º. Dispositivo que foi inspirado no art. 18, nº 1 da Constituição Portuguesa de 1976, e que está assim vernacularmente posto:

“Art. 5º......................................§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm

aplicação imediata.”3. O segundo dispositivo é o mandado de injunção - justamente ele, o

mandado de injunção -, no art. 5º, inciso LXXI, assim redigido:“Art. 5º .....................................LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de

norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”

4. Entenda-se bem: ou a Constituição é aplicada por conter um dispositivo específico para um determinado direito ou liberdade, ou então é aplicada por merecimento do mandado de injunção. Quero dizer: ou a Constituição é plenamente eficaz à face de um dispositivo para tanto aparelhado, ou, se for o caso de ausência de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo de um direito ou liberdade constitucional, ela se torna eficaz pelo uso do mandado de injunção. Os dois dispositivos hão de ser interpretados casadamente e não isoladamente, pois cumprem a mesma função de tornar a Constituição plenamente operante nesse tema fundamental dos direitos e liberdades constitucionais, além de ostentar uma característica conjunta: um e outro são redigidos de modo clarissimamente ultrapassante do próprio conjunto normativo de que fazem parte; ou seja, têm a característica da ultra-aplicabilidade topográfica ou capitular, pois extravasam os diques do capítulo de que fazem parte para alcançar todo e qualquer direito constitucionalmente assegurado. Não apenas como um direito figurante do capítulo intitulado “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.”

5. Nesse contexto, o mandado de injunção, seja o individual, seja o coletivo, é uma ação constitucional, mas uma ação que se inscreve no sistema de freios e contrapesos para favorecer, justamente, o Poder Judiciário. Noutros termos, o mandado de injunção é um mecanismo extremamente prestigiador do Poder Judiciário, habilitando esse Poder a, heterodoxamente embora, atuar ali nos flancos, ou espaço vago deixado intencionalmente pelo Poder Legislativo. Por isso, diante desse vácuo legislativo, o Poder Judiciário fica autorizado a produzir a norma individual da sentença, naquela conhecida linha Kelseniana: toda decisão judicial é uma norma, não geral, não impessoal, não abstrata, mas individual, particular e concreta.

6. Com isso, o Poder Judiciário não estará legislando. Estará se debruçando sobre direitos que lhe são postulados em concreto e decidindo para o caso concreto mesmo.

7. Nesse caso, ao prestigiar o Poder Judiciário, a Constituição também dá uma resposta firme - como deve ser - à inércia do Poder Legislativo. Uma inação legislativa grave, porquanto paralisante da Constituição naquilo em que ela se deseja mais eficaz: o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais.

8 Muito bem. Trago, agora, à colação estas palavras, com que prefaciei o livro “Mandado de Injunção”, do Professor Carlos Augusto Alcântara Machado:

“Em verdade, o presente livro resgata a grandiosidade operacional do mandado de injunção, instituto pelo qual a Magna Carta de Outubro colocou um providencial contraponto na inércia do Estado quanto à produção de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais(...)

(...) o Texto Magno de 1988 assim saiu de uma era constritiva de direitos subjetivos para uma era construtiva e não quis ficar na retórica: disse, em alto e bom som, que certas situações jurídicas ativas de berço constitucional teriam no Poder Judiciário a garantia de sua efetividade, via mandado de injunção, caso o Estado optasse pelo cruzar de braços quanto à edição daquelas normas gerais que se fizessem necessárias à viabilização do pleno exercício daquelas situações.

Assim prescrevendo, a nossa Lei Maior veio a positivar uma das mais importantes regras de hermenêutica: – hoje eu diria que a mais importante das regras de hermenêutica – a regra de que a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma. - essa é a regra das regras e a hermenêutica das hermenêuticas: a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma – Com o mérito suplementar de não confundir o exercício da função jurisdicional com a legislativa, pois o novo writ não significa jamais usurpação de competência legiferante. O Judiciário apenas resolve uma questão inter partes (não erga omnes, como é próprio da lei em sentido material) e por nenhuma forma inibe a verdadeira autoridade legiferante de vir a ocupar o espaço normativo até então deixado in albis. É ainda falar: o espaço de normatividade abstrata que é próprio de um poder não jurisdicional permanece à espera desse poder não jurisdicional, a despeito do provimento judicial do mandamus no caso concreto.”

9. Em síntese: somente cabe a impetração do mandado de injunção diante de uma norma constitucional de eficácia limitada. Pelo que não faz sentido que a decisão judicial também seja de eficácia limitada. Ora, a uma

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 62: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 62

norma constitucional de eficácia limitada há de se seguir uma decisão judicial de eficácia plena, senão a Constituição estaria lavrando no campo da inocuidade absoluta em tema tão fundamental.

10. Estabelecidos os marcos teóricos da matéria, cumpre-me pontuar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre o inciso LXXI do art. 5º e sobre o § 4º do art. 40 da Constituição Federal, dando-lhes maior concretude. Ao fazê-lo, reconheceu a falta de lei específica sobre a aposentadoria especial do servidor público e determinou a adoção da disciplina própria dos trabalhadores em geral (art. 57 da Lei 8.213/91).

11. Prossigo para anotar que, na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, ao julgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário, resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes.

Ora, diante deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional, julgo parcialmente procedente o pedido para remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora, de modo a assegurar ao impetrante o direito de ter seu pedido de aposentadoria especial examinado pela autoridade competente, no bojo do respectivo processo administrativo e na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.697 (329)ORIGEM : MI - 3697 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : MARIA APARECIDA DE CAMARGO MAIERADV.(A/S) : MARCO AURELIO FERNANDES DOS SANTOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSLIT.PAS.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃO: vistos, etc. Trata-se de mandado de injunção, impetrado por servidora pública,

sob alegação de mora legislativa na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. De saída, relembro que a Constituição, em tema de direitos e liberdades constitucionais, se desejou pleno-operante, isto é, investiu no chamado Princípio da Máxima Eficácia das Normas dela própria, Constituição. É o que se infere da interpretação conjugada de dois dispositivos emblemáticos da Carta de 1988. O primeiro é o § 1º do art. 5º. Dispositivo que foi inspirado no art. 18, nº 1 da Constituição Portuguesa de 1976, e que está assim vernacularmente posto:

“Art. 5º......................................§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm

aplicação imediata.”3. O segundo dispositivo é o mandado de injunção - justamente ele, o

mandado de injunção -, no art. 5º, inciso LXXI, assim redigido:“Art. 5º .....................................LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de

norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”

4. Entenda-se bem: ou a Constituição é aplicada por conter um dispositivo específico para um determinado direito ou liberdade, ou então é aplicada por merecimento do mandado de injunção. Quero dizer: ou a Constituição é plenamente eficaz à face de um dispositivo para tanto aparelhado, ou, se for o caso de ausência de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo de um direito ou liberdade constitucional, ela se torna eficaz pelo uso do mandado de injunção. Os dois dispositivos hão de ser interpretados casadamente e não isoladamente, pois cumprem a mesma função de tornar a Constituição plenamente operante nesse tema fundamental dos direitos e liberdades constitucionais, além de ostentar uma característica conjunta: um e outro são redigidos de modo clarissimamente ultrapassante do próprio conjunto normativo de que fazem parte; ou seja, têm a característica da ultra-aplicabilidade topográfica ou capitular, pois extravasam os diques do capítulo de que fazem parte para alcançar todo e qualquer direito constitucionalmente assegurado. Não apenas como um direito figurante do capítulo intitulado “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.”

5. Nesse contexto, o mandado de injunção, seja o individual, seja o coletivo, é uma ação constitucional, mas uma ação que se inscreve no sistema de freios e contrapesos para favorecer, justamente, o Poder Judiciário. Noutros termos, o mandado de injunção é um mecanismo extremamente prestigiador do Poder Judiciário, habilitando esse Poder a, heterodoxamente embora, atuar ali nos flancos, ou espaço vago deixado

intencionalmente pelo Poder Legislativo. Por isso, diante desse vácuo legislativo, o Poder Judiciário fica autorizado a produzir a norma individual da sentença, naquela conhecida linha Kelseniana: toda decisão judicial é uma norma, não geral, não impessoal, não abstrata, mas individual, particular e concreta.

6. Com isso, o Poder Judiciário não estará legislando. Estará se debruçando sobre direitos que lhe são postulados em concreto e decidindo para o caso concreto mesmo.

7. Nesse caso, ao prestigiar o Poder Judiciário, a Constituição também dá uma resposta firme - como deve ser - à inércia do Poder Legislativo. Uma inação legislativa grave, porquanto paralisante da Constituição naquilo em que ela se deseja mais eficaz: o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais.

8 Muito bem. Trago, agora, à colação estas palavras, com que prefaciei o livro “Mandado de Injunção”, do Professor Carlos Augusto Alcântara Machado:

“Em verdade, o presente livro resgata a grandiosidade operacional do mandado de injunção, instituto pelo qual a Magna Carta de Outubro colocou um providencial contraponto na inércia do Estado quanto à produção de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais(...)

(...) o Texto Magno de 1988 assim saiu de uma era constritiva de direitos subjetivos para uma era construtiva e não quis ficar na retórica: disse, em alto e bom som, que certas situações jurídicas ativas de berço constitucional teriam no Poder Judiciário a garantia de sua efetividade, via mandado de injunção, caso o Estado optasse pelo cruzar de braços quanto à edição daquelas normas gerais que se fizessem necessárias à viabilização do pleno exercício daquelas situações.

Assim prescrevendo, a nossa Lei Maior veio a positivar uma das mais importantes regras de hermenêutica: – hoje eu diria que a mais importante das regras de hermenêutica – a regra de que a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma. - essa é a regra das regras e a hermenêutica das hermenêuticas: a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma – Com o mérito suplementar de não confundir o exercício da função jurisdicional com a legislativa, pois o novo writ não significa jamais usurpação de competência legiferante. O Judiciário apenas resolve uma questão inter partes (não erga omnes, como é próprio da lei em sentido material) e por nenhuma forma inibe a verdadeira autoridade legiferante de vir a ocupar o espaço normativo até então deixado in albis. É ainda falar: o espaço de normatividade abstrata que é próprio de um poder não jurisdicional permanece à espera desse poder não jurisdicional, a despeito do provimento judicial do mandamus no caso concreto.”

9. Em síntese: somente cabe a impetração do mandado de injunção diante de uma norma constitucional de eficácia limitada. Pelo que não faz sentido que a decisão judicial também seja de eficácia limitada. Ora, a uma norma constitucional de eficácia limitada há de se seguir uma decisão judicial de eficácia plena, senão a Constituição estaria lavrando no campo da inocuidade absoluta em tema tão fundamental.

10. Estabelecidos os marcos teóricos da matéria, cumpre-me pontuar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre o inciso LXXI do art. 5º e sobre o § 4º do art. 40 da Constituição Federal, dando-lhes maior concretude. Ao fazê-lo, reconheceu a falta de lei específica sobre a aposentadoria especial do servidor público e determinou a adoção da disciplina própria dos trabalhadores em geral (art. 57 da Lei 8.213/91).

11. Prossigo para anotar que, na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, ao julgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário, resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes.

Ora, diante deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional, julgo parcialmente procedente o pedido para remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora, de modo a assegurar à impetrante o direito de ter seu pedido de aposentadoria especial examinado pela autoridade competente, no bojo do respectivo processo administrativo e na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.710 (330)ORIGEM : MI - 3710 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : ELI BARBOSA ALEIXOADV.(A/S) : CLAUDINEY ERNANI GIANNINI E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: vistos, etc.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 63: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 63

Trata-se de mandado de injunção, impetrado por servidor público, sob alegação de mora legislativa na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. De saída, relembro que a Constituição, em tema de direitos e liberdades constitucionais, se desejou pleno-operante, isto é, investiu no chamado Princípio da Máxima Eficácia das Normas dela própria, Constituição. É o que se infere da interpretação conjugada de dois dispositivos emblemáticos da Carta de 1988. O primeiro é o § 1º do art. 5º. Dispositivo que foi inspirado no art. 18, nº 1 da Constituição Portuguesa de 1976, e que está assim vernacularmente posto:

“Art. 5º......................................§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm

aplicação imediata.”3. O segundo dispositivo é o mandado de injunção - justamente ele, o

mandado de injunção -, no art. 5º, inciso LXXI, assim redigido:“Art. 5º .....................................LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de

norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”

4. Entenda-se bem: ou a Constituição é aplicada por conter um dispositivo específico para um determinado direito ou liberdade, ou então é aplicada por merecimento do mandado de injunção. Quero dizer: ou a Constituição é plenamente eficaz à face de um dispositivo para tanto aparelhado, ou, se for o caso de ausência de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo de um direito ou liberdade constitucional, ela se torna eficaz pelo uso do mandado de injunção. Os dois dispositivos hão de ser interpretados casadamente e não isoladamente, pois cumprem a mesma função de tornar a Constituição plenamente operante nesse tema fundamental dos direitos e liberdades constitucionais, além de ostentar uma característica conjunta: um e outro são redigidos de modo clarissimamente ultrapassante do próprio conjunto normativo de que fazem parte; ou seja, têm a característica da ultra-aplicabilidade topográfica ou capitular, pois extravasam os diques do capítulo de que fazem parte para alcançar todo e qualquer direito constitucionalmente assegurado. Não apenas como um direito figurante do capítulo intitulado “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.”

5. Nesse contexto, o mandado de injunção, seja o individual, seja o coletivo, é uma ação constitucional, mas uma ação que se inscreve no sistema de freios e contrapesos para favorecer, justamente, o Poder Judiciário. Noutros termos, o mandado de injunção é um mecanismo extremamente prestigiador do Poder Judiciário, habilitando esse Poder a, heterodoxamente embora, atuar ali nos flancos, ou espaço vago deixado intencionalmente pelo Poder Legislativo. Por isso, diante desse vácuo legislativo, o Poder Judiciário fica autorizado a produzir a norma individual da sentença, naquela conhecida linha Kelseniana: toda decisão judicial é uma norma, não geral, não impessoal, não abstrata, mas individual, particular e concreta.

6. Com isso, o Poder Judiciário não estará legislando. Estará se debruçando sobre direitos que lhe são postulados em concreto e decidindo para o caso concreto mesmo.

7. Nesse caso, ao prestigiar o Poder Judiciário, a Constituição também dá uma resposta firme - como deve ser - à inércia do Poder Legislativo. Uma inação legislativa grave, porquanto paralisante da Constituição naquilo em que ela se deseja mais eficaz: o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais.

8 Muito bem. Trago, agora, à colação estas palavras, com que prefaciei o livro “Mandado de Injunção”, do Professor Carlos Augusto Alcântara Machado:

“Em verdade, o presente livro resgata a grandiosidade operacional do mandado de injunção, instituto pelo qual a Magna Carta de Outubro colocou um providencial contraponto na inércia do Estado quanto à produção de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais(...)

(...) o Texto Magno de 1988 assim saiu de uma era constritiva de direitos subjetivos para uma era construtiva e não quis ficar na retórica: disse, em alto e bom som, que certas situações jurídicas ativas de berço constitucional teriam no Poder Judiciário a garantia de sua efetividade, via mandado de injunção, caso o Estado optasse pelo cruzar de braços quanto à edição daquelas normas gerais que se fizessem necessárias à viabilização do pleno exercício daquelas situações.

Assim prescrevendo, a nossa Lei Maior veio a positivar uma das mais importantes regras de hermenêutica: – hoje eu diria que a mais importante das regras de hermenêutica – a regra de que a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma. - essa é a regra das regras e a hermenêutica das hermenêuticas: a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma – Com o mérito suplementar de não confundir o exercício da função jurisdicional com a legislativa, pois o novo writ não significa jamais usurpação de competência legiferante. O Judiciário apenas resolve uma questão inter partes (não erga omnes, como é próprio da lei em sentido material) e por nenhuma forma inibe a verdadeira autoridade legiferante de vir a ocupar o espaço normativo até então deixado in albis. É ainda falar: o espaço de normatividade abstrata que é próprio de um poder não jurisdicional permanece à espera desse poder não jurisdicional, a despeito do provimento judicial do mandamus no caso concreto.”

9. Em síntese: somente cabe a impetração do mandado de injunção diante de uma norma constitucional de eficácia limitada. Pelo que não faz sentido que a decisão judicial também seja de eficácia limitada. Ora, a uma norma constitucional de eficácia limitada há de se seguir uma decisão judicial de eficácia plena, senão a Constituição estaria lavrando no campo da inocuidade absoluta em tema tão fundamental.

10. Estabelecidos os marcos teóricos da matéria, cumpre-me pontuar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre o inciso LXXI do art. 5º e sobre o § 4º do art. 40 da Constituição Federal, dando-lhes maior concretude. Ao fazê-lo, reconheceu a falta de lei específica sobre a aposentadoria especial do servidor público e determinou a adoção da disciplina própria dos trabalhadores em geral (art. 57 da Lei 8.213/91).

11. Prossigo para anotar que, na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, ao julgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário, resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes.

Ora, diante deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional, julgo parcialmente procedente o pedido para remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora, de modo a assegurar ao impetrante o direito de ter seu pedido de aposentadoria especial examinado pela autoridade competente, no bojo do respectivo processo administrativo e na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.730 (331)ORIGEM : MI - 3730 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : CÉSAR FRANCO BERNARDOADV.(A/S) : VERA LUCIA MARQUES CALDASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL

DECISÃO: vistos, etc. Trata-se de mandado de injunção, impetrado por servidor público, sob

alegação de mora legislativa na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. De saída, relembro que a Constituição, em tema de direitos e liberdades constitucionais, se desejou pleno-operante, isto é, investiu no chamado Princípio da Máxima Eficácia das Normas dela própria, Constituição. É o que se infere da interpretação conjugada de dois dispositivos emblemáticos da Carta de 1988. O primeiro é o § 1º do art. 5º. Dispositivo que foi inspirado no art. 18, nº 1 da Constituição Portuguesa de 1976, e que está assim vernacularmente posto:

“Art. 5º......................................§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm

aplicação imediata.”3. O segundo dispositivo é o mandado de injunção - justamente ele, o

mandado de injunção -, no art. 5º, inciso LXXI, assim redigido:“Art. 5º .....................................LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de

norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”

4. Entenda-se bem: ou a Constituição é aplicada por conter um dispositivo específico para um determinado direito ou liberdade, ou então é aplicada por merecimento do mandado de injunção. Quero dizer: ou a Constituição é plenamente eficaz à face de um dispositivo para tanto aparelhado, ou, se for o caso de ausência de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo de um direito ou liberdade constitucional, ela se torna eficaz pelo uso do mandado de injunção. Os dois dispositivos hão de ser interpretados casadamente e não isoladamente, pois cumprem a mesma função de tornar a Constituição plenamente operante nesse tema fundamental dos direitos e liberdades constitucionais, além de ostentar uma característica conjunta: um e outro são redigidos de modo clarissimamente ultrapassante do próprio conjunto normativo de que fazem parte; ou seja, têm a característica da ultra-aplicabilidade topográfica ou capitular, pois extravasam os diques do capítulo de que fazem parte para alcançar todo e qualquer direito constitucionalmente assegurado. Não apenas como um direito figurante do capítulo intitulado “Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.”

5. Nesse contexto, o mandado de injunção, seja o individual, seja o coletivo, é uma ação constitucional, mas uma ação que se inscreve no sistema de freios e contrapesos para favorecer, justamente, o Poder Judiciário. Noutros termos, o mandado de injunção é um mecanismo extremamente prestigiador do Poder Judiciário, habilitando esse Poder a, heterodoxamente embora, atuar ali nos flancos, ou espaço vago deixado

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 64: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 64

intencionalmente pelo Poder Legislativo. Por isso, diante desse vácuo legislativo, o Poder Judiciário fica autorizado a produzir a norma individual da sentença, naquela conhecida linha Kelseniana: toda decisão judicial é uma norma, não geral, não impessoal, não abstrata, mas individual, particular e concreta.

6. Com isso, o Poder Judiciário não estará legislando. Estará se debruçando sobre direitos que lhe são postulados em concreto e decidindo para o caso concreto mesmo.

7. Nesse caso, ao prestigiar o Poder Judiciário, a Constituição também dá uma resposta firme - como deve ser - à inércia do Poder Legislativo. Uma inação legislativa grave, porquanto paralisante da Constituição naquilo em que ela se deseja mais eficaz: o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais.

8 Muito bem. Trago, agora, à colação estas palavras, com que prefaciei o livro “Mandado de Injunção”, do Professor Carlos Augusto Alcântara Machado:

“Em verdade, o presente livro resgata a grandiosidade operacional do mandado de injunção, instituto pelo qual a Magna Carta de Outubro colocou um providencial contraponto na inércia do Estado quanto à produção de norma regulamentadora de que dependa o efetivo gozo dos direitos e liberdades constitucionais(...)

(...) o Texto Magno de 1988 assim saiu de uma era constritiva de direitos subjetivos para uma era construtiva e não quis ficar na retórica: disse, em alto e bom som, que certas situações jurídicas ativas de berço constitucional teriam no Poder Judiciário a garantia de sua efetividade, via mandado de injunção, caso o Estado optasse pelo cruzar de braços quanto à edição daquelas normas gerais que se fizessem necessárias à viabilização do pleno exercício daquelas situações.

Assim prescrevendo, a nossa Lei Maior veio a positivar uma das mais importantes regras de hermenêutica: – hoje eu diria que a mais importante das regras de hermenêutica – a regra de que a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma. - essa é a regra das regras e a hermenêutica das hermenêuticas: a Constituição deve ter o máximo de eficácia por si mesma – Com o mérito suplementar de não confundir o exercício da função jurisdicional com a legislativa, pois o novo writ não significa jamais usurpação de competência legiferante. O Judiciário apenas resolve uma questão inter partes (não erga omnes, como é próprio da lei em sentido material) e por nenhuma forma inibe a verdadeira autoridade legiferante de vir a ocupar o espaço normativo até então deixado in albis. É ainda falar: o espaço de normatividade abstrata que é próprio de um poder não jurisdicional permanece à espera desse poder não jurisdicional, a despeito do provimento judicial do mandamus no caso concreto.”

9. Em síntese: somente cabe a impetração do mandado de injunção diante de uma norma constitucional de eficácia limitada. Pelo que não faz sentido que a decisão judicial também seja de eficácia limitada. Ora, a uma norma constitucional de eficácia limitada há de se seguir uma decisão judicial de eficácia plena, senão a Constituição estaria lavrando no campo da inocuidade absoluta em tema tão fundamental.

10. Estabelecidos os marcos teóricos da matéria, cumpre-me pontuar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre o inciso LXXI do art. 5º e sobre o § 4º do art. 40 da Constituição Federal, dando-lhes maior concretude. Ao fazê-lo, reconheceu a falta de lei específica sobre a aposentadoria especial do servidor público e determinou a adoção da disciplina própria dos trabalhadores em geral (art. 57 da Lei 8.213/91).

11. Prossigo para anotar que, na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, ao julgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário, resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes.

Ora, diante deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional, julgo parcialmente procedente o pedido para remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora, de modo a assegurar ao impetrante o direito de ter seu pedido de aposentadoria especial examinado pela autoridade competente, no bojo do respectivo processo administrativo e na forma do art. 57 da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro AYRES BRITTO Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.778 (332)ORIGEM : MI - 3778 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : WILSON ANTUNES MALTAIMPTE.(S) : LUIZ FELIX DOS SANTOSIMPTE.(S) : CARLOS ALBERTO DE CAMPOSIMPTE.(S) : MIGUEL ROCHA VENENOIMPTE.(S) : OSVALDO MATEUSIMPTE.(S) : ADELSON MEDINA DA CRUZIMPTE.(S) : HAMILTON FERNANDES ANANIASIMPTE.(S) : REINALDO IAHN DE SOUZA

IMPTE.(S) : RICARDO VILLAS BOAS PEREIRAIMPTE.(S) : EDSON RICARDO DE LIMAIMPTE.(S) : MARCOS ANTONIO BARRANCOIMPTE.(S) : MARCOS CARRASCOIMPTE.(S) : MOACIR URBAN SORRENTINOIMPTE.(S) : ALMIRO LUIZ TAVARESADV.(A/S) : HERCULES AUGUSTUS MONTANHAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃO: Registro, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal, apreciando questão de ordem suscitada, em sessão plenária, no MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, reconheceu assistir, ao Relator da causa, competência para julgar, monocraticamente, em caráter definitivo, os mandados de injunção que objetivem garantir, ao impetrante, o direito à aposentadoria especial a que se refere o art. 40, § 4º, da Constituição da República.

O caso em exame ajusta-se aos pressupostos, que, estabelecidos na questão de ordem ora referida, legitimam a atuação monocrática do Relator da causa, razão pela qual passo a analisar, singularmente, a presente impetração injuncional.

Trata-se de mandado de injunção que objetiva a colmatação de alegada omissão estatal no adimplemento de prestação legislativa determinada no art. 40, § 4º, da Constituição da República.

A parte ora impetrante enfatiza o caráter lesivo da omissão imputada à Senhora Presidente da República, assinalando que a lacuna normativa existente, passível de integração mediante edição da faltante lei complementar, tem inviabilizado o seu acesso ao benefício da aposentadoria especial.

Sendo esse o contexto, cabe verificar se se revela admissível, ou não, na espécie, o remédio constitucional do mandado de injunção.

Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo texto constitucional.

Na realidade, o retardamento abusivo na regulamentação legislativa do texto constitucional qualifica-se - presente o contexto temporal em causa - como requisito autorizador do ajuizamento da ação de mandado de injunção (RTJ 158/375, Rel. p/ o acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE), pois, sem que se configure esse estado de mora legislativa – caracterizado pela superação excessiva de prazo razoável -, não haverá como reconhecer-se ocorrente, na espécie, o próprio interesse de agir em sede injuncional, como esta Suprema Corte tem advertido em sucessivas decisões:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. (...). PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO MANDADO DE INJUNÇÃO (RTJ 131/963 – RTJ 186/20-21). DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO/DEVER ESTATAL DE LEGISLAR (RTJ183/818-819). NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE MORA LEGISLATIVA (RTJ 180/442). CRITÉRIO DE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE INÉRCIA LEGIFERANTE: SUPERAÇÃO EXCESSIVA DE PRAZO RAZOÁVEL (RTJ 158/375). (...).”

(MI 715/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 378, de 2005)

Essa omissão inconstitucional, derivada do inaceitável inadimplemento do dever estatal de emanar regramentos normativos - encargo jurídico que não foi cumprido na espécie -, encontra, neste “writ” injuncional, um poderoso fator de neutralização da inércia legiferante e da abstenção normatizadora do Estado.

O mandado de injunção, desse modo, deve traduzir significativa reação jurisdicional autorizada pela Carta Política, que, nesse “writ” processual, forjou o instrumento destinado a impedir o desprestígio da própria Constituição, consideradas as graves conseqüências que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Fundamental, seja por ação do Estado, seja, como no caso, por omissão - e prolongada inércia - do Poder Público.

Isso significa, portanto, que o mandado de injunção deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Poder Público, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituição, à inadmissível condição subalterna de um estatuto subordinado à vontade ordinária do legislador comum.

Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as conseqüências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência - necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados - depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador.

É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir - simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional - a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 65: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 65

atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o conseqüente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 542/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

O exame dos elementos constantes deste processo, no entanto, evidencia que existe, na espécie, o necessário vínculo de causalidade entre o direito subjetivo à legislação, invocado pela parte impetrante, e o dever do Poder Público de editar a lei complementar a que alude o art. 40, § 4º, da Carta da República, em contexto que torna plenamente admissível a utilização do “writ” injuncional.

Registro, ainda, por necessário, que não se legitima a intervenção, neste processo injuncional, de qualquer dos entes federados regionais (Estados-membros e Distrito Federal) ou locais (Municípios), na condição de pessoas estatais interessadas, ou, quando for o caso, das respectivas autarquias e empresas governamentais, pelo fato – constitucionalmente relevante – de que a colmatação da omissão normativa, considerada a natureza da matéria a ser regulamentada (regime de aposentadoria especial), compete, exclusivamente, a instituições estruturadas no âmbito da União Federal (a Presidência da República e o Congresso Nacional), como tem acentuado, em inúmeras decisões, a propósito da questão pertinente à legitimação passiva “ad causam” nas ações de mandado de injunção, o Plenário desta Suprema Corte:

“Mandado de Injunção. (...). Natureza do mandado de injunção. Firmou-se, no STF, o entendimento segundo o qual o mandado de injunção há de dirigir-se contra o Poder, órgão, entidade ou autoridade que tem o dever de regulamentar a norma constitucional, não se legitimando ‘ad causam’, passivamente, em princípio, quem não estiver obrigado a editar a regulamentação respectiva. (...). Mandado de injunção não conhecido.”

(MI 352-QO/RS, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA - grifei)“AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO.

APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. LEGITIMIDADE PASSIVA.

1. Apenas a autoridade, órgão ou entidade que tenha o dever de regulamentar a norma constitucional dispõe de legitimidade passiva ‘ad causam’ no mandado de injunção.

2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.”(MI 1.525-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei)“AGRAVO REGIMENTAL. MANDADO DE INJUNÇÃO.

APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI8.213/1991. PRECEDENTES. LEGITIMIDADE PASSIVA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - A orientação do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que apenas a autoridade, órgão ou entidade que tenha o dever de regulamentar a norma constitucional dispõe de legitimidade passiva ‘ad causam’ no mandado de injunção. Precedentes.

.......................................................III - Agravo regimental a que se nega provimento.”(MI 2.814-AgR/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI - grifei)Passo, desse modo, a analisar a pretensão injuncional em causa.Cumpre assinalar, nesse contexto, que o Plenário do Supremo

Tribunal Federal, ao apreciar ação injuncional em que também se pretendia a concessão de aposentadoria especial, não só reconheceu a mora do Presidente da República (“mora agendi”) na apresentação de projeto de lei dispondo sobre a regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição, como, ainda, determinou a aplicação analógica do art. 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91, com o objetivo de colmatar a lacuna normativa existente:

“(...) APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.”

(MI 721/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Pleno – grifei)Registro, ainda, que esta Suprema Corte, em sucessivas decisões,

reafirmou essa orientação (MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – MI 796/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - MI 809/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 824/DF, Rel. Min. EROS GRAU – MI 834/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – MI 874/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 912/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO – MI1.967-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI970/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 1.059/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), garantindo, em conseqüência, aos servidores públicos que se enquadrem nas hipóteses previstas nos incisos I, II e III do § 4º do art. 40 da Constituição (pessoa

portadora de deficiência, exercício de atividades de risco ou execução de trabalhos em ambientes insalubres), o direito à aposentadoria especial:

“DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDORA PÚBLICA. ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES. APOSENTADORIA ESPECIAL. §4º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. MORA LEGISLATIVA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL.

1. Ante a prolongada mora legislativa, no tocante à edição da lei complementar reclamada pela parte final do § 4º do art. 40 da Magna Carta, impõe-se ao caso a aplicação das normas correlatas previstas no art. 57 da Lei nº 8.213/91, em sede de processo administrativo.

2. Precedente: MI 721, da relatoria do ministro Marco Aurélio.3. Mandado de injunção deferido nesses termos.”(MI 788/DF, Rel. Min. AYRES BRITTO - grifei)“MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO

SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA.

1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade.

2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial.

3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91.”

(MI 795/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei)“MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO - LEGITIMIDADE DA

UTILIZAÇÃO, POR ENTIDADES DE CLASSE E/OU ORGANISMOS SINDICAIS, DE REFERIDA AÇÃO CONSTITUCIONAL – DOUTRINA - PRECEDENTES (RTJ 166/751-752, v.g.) - SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA - DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO À APOSENTADORIA ESPECIAL (CF, ART. 40, § 4º, I) - INJUSTA FRUSTRAÇÃO DESSE DIREITO EM DECORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONAL, PROLONGADA E LESIVA OMISSÃO IMPUTÁVEL A ÓRGÃOS ESTATAIS DA UNIÃO FEDERAL - CORRELAÇÃO ENTRE A IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE LEGISLAR E O RECONHECIMENTO DO DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO - DESCUMPRIMENTO DE IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL LEGIFERANTE E DESVALORIZAÇÃO FUNCIONAL DA CONSTITUIÇÃO ESCRITA - A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO COMO ELEMENTO REVELADOR DO DESRESPEITO ESTATAL AO DEVER DE LEGISLAR IMPOSTO PELA CONSTITUIÇÃO - OMISSÕES NORMATIVAS INCONSTITUCIONAIS: UMA PRÁTICA GOVERNAMENTAL QUE SÓ FAZ REVELAR O DESPREZO DAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS PELA AUTORIDADE SUPREMA DA LEI FUNDAMENTAL DO ESTADO - A COLMATAÇÃO JURISDICIONAL DE OMISSÕES INCONSTITUCIONAIS: UM GESTO DE FIDELIDADE, POR PARTE DO PODER JUDICIÁRIO, À SUPREMACIA HIERÁRQUICO-NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - A VOCAÇÃO PROTETIVA DO MANDADO DE INJUNÇÃO - LEGITIMIDADE DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NORMATIVA (DENTRE ELES, O RECURSO À ANALOGIA) COMO FORMA DE SUPLEMENTAÇÃO DA ‘INERTIA AGENDI VEL DELIBERANDI’ - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – RECURSOS DE AGRAVO IMPROVIDOS.”

(MI 3.322-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Vale referir, em face da pertinência de que se reveste, fragmento da

decisão que o eminente Ministro EROS GRAU proferiu no julgamento do MI 1.034/DF, de que foi Relator:

“31. O Poder Judiciário, no mandado de injunção, produz norma. Interpreta o direito, na sua totalidade, para produzir a norma de decisão aplicável à omissão. É inevitável, porém, no caso, seja essa norma tomada como texto normativo que se incorpora ao ordenamento jurídico, a ser interpretado/aplicado. Dá-se, aqui, algo semelhante ao que se há de passar com a súmula vinculante, que, editada, atuará como texto normativo a ser interpretado/aplicado.

.......................................................34. A este Tribunal incumbirá - permito-me repetir - se concedida a

injunção, remover o obstáculo decorrente da omissão, definindo a norma adequada à regulação do caso concreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretação pelo seu aplicador.

35. No caso, o impetrante solicita seja julgada procedente a ação e, declarada a omissão do Poder Legislativo, determinada a supressão da lacuna legislativa mediante a regulamentação do artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, que dispõe a propósito da aposentadoria especial de servidores públicos.

.......................................................37. No mandado de injunção, o Poder Judiciário não define norma

de decisão, mas enuncia a norma regulamentadora que faltava para, no caso, tornar viável o exercício do direito da impetrante, servidora pública, à aposentadoria especial.

38. Na Sessão do dia 15 de abril passado, seguindo a nova orientação jurisprudencial, o Tribunal julgou procedente pedido formulado

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 66: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 66

no MI n. 795, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, reconhecendo a mora legislativa. Decidiu-se no sentido de suprir a falta da norma regulamentadora disposta no artigo 40, § 4º, da Constituição do Brasil, aplicando-se à hipótese, no que couber, o disposto no artigo 57 da Lei n. 8.213/91, atendidos os requisitos legais. Foram citados, no julgamento, nesse mesmo sentido, os seguintes precedentes: o MI n. 670, DJE de 31.10.08, o MI n. 708, DJE de 31.10.08; o MI n. 712, DJE de 31.10.08, e o MI n. 715, DJU de 4.3.05.” (grifei)

Cabe assinalar, de outro lado, que a douta Procuradoria- -Geral da República, ao pronunciar-se pela parcial procedência do pedido formulado no MI 1.001/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, reportou-se à manifestação que ofereceu no MI 758/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, em cujo âmbito foi suscitada controvérsia idêntica à ora veiculada nesta causa, formulando, então, parecer assim ementado:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. REGULAMENTAÇÃO DO ART. 40, § 4°, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDOR EXERCENTE DE ATIVIDADE INSALUBRE. EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL. MI N° 721. RECONHECIMENTO DA OMISSÃO LEGISLATIVA. SUPRIMENTO DA MORA COM A DETERMINAÇÃO DE APLICAÇÃO DO SISTEMA REVELADO PELO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, PREVISTO NA LEI Nº 8.213/91, ATÉ QUE SOBREVENHA A REGULAMENTAÇÃO PRETENDIDA. PARECER PELA PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO.” (grifei)

Cumpre ressaltar, finalmente, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em diversos precedentes firmados sobre a matéria (MI 1.115-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – MI 1.125-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - MI 1.189-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), salientou que, efetivada a integração normativa necessária ao exercício de direito pendente de disciplinação normativa, exaure-se a função jurídico-constitucional para a qual foi concebido (einstituído) o remédio constitucional do mandado de injunção, como se vê de decisão consubstanciada em acórdão assim ementado:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991. COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA.

1. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente.

2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.”(MI 1.286-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno – grifei)Isso significa, portanto, que não cabe deferir, nesta sede

injuncional, como reiteradamente acentuado por esta Suprema Corte (MI 1.312/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - MI 1.316/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – MI 1.451/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE, v.g.), “a especificação dos exatos critérios fáticos e jurídicos que deverão ser observados na análise dos pedidos concretos de aposentadoria especial, tarefa que caberá, exclusivamente, à autoridade administrativa competente ao se valer do que previsto no art. 57 da Lei 8.213/91 e nas demais normas de aposentação dos servidores públicos” (MI 1.277/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei).

Sendo assim, em face das razões expostas, e tendo em vista, ainda, os pareceres favoráveis que a douta Procuradoria-Geral da República tem formulado a respeito da mesma questão ora veiculada nesta decisão, concedo, em parte, a ordem injuncional, para, reconhecido o estado de mora legislativa, garantir, à parte impetrante, o direito de ter o seu pedido administrativo de aposentadoria especial concretamente analisado pela autoridade administrativa competente, observado, para tanto, o que dispõe o art.57 da Lei nº 8.213/91.

2. Defiro o pretendido benefício de gratuidade, considerando a afirmação feita pela parte impetrante, nos termos e para os fins a que se refere o art. 4º da Lei nº 1.060/50, na redação dada pela Lei nº 7.510/86, c/c o art. 21, XIX, do RISTF.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 19 de dezembro de 2011.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 4.545 (333)ORIGEM : MI - 4545 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : LAERTES SIMIONI DA CRUZADV.(A/S) : DANIELE CARVALHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DESPACHOMANDADO DE INJUNÇÃO – SITUAÇÃO FUNCIONAL –

ELUCIDAÇÃO 1. O impetrante informa exercer o cargo de assistente penitenciário

desde 18 de dezembro de 1990, encontrando-se em atividade na Secretaria de Justiça do Estado do Paraná até os dias atuais. Contudo, os documento juntados provam a alegação apenas até o ano de 2010. Esclareça o impetrante a situação funcional em que se encontra presentemente.

2. Publiquem.Brasília, 5 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.563 (334)ORIGEM : MI - 4563 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : VALTER MARTINS RICARDOADV.(A/S) : JOSÉ SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAMIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAIMPDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINAIMPDO.(A/S) : SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO

ESTADO DE SANTA CATARINA

DECISÃO: vistos, etc.Trata-se de mandado de injunção, com pedido de medida liminar, no

qual se pede a regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal. 2. Pois bem, feito este breve relato, já se percebe que a natureza

satisfativa da liminar impede o seu deferimento. Nesse mesmo sentido, lembro a decisão proferida no MI 777, da relatoria do Ministro Cezar Peluso, sobre o mesmo assunto. Pelo que indefiro o pedido.

3. Retifique-se a autuação, para que figurem como impetrados a Presidente da República, o Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado Federal e, na qualidade de interessado, o Estado de Santa Catarina.

Solicitem-se informações aos impetrados. Cite-se o Estado de Santa Catarina. Publique-se.

Brasília, 14 de março de 2012.Ministro AYRES BRITTO

Relator

MANDADO DE INJUNÇÃO 4.578 (335)ORIGEM : MI - 4578 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : TARCISIO CORREA SALESADV.(A/S) : VERA CALDASIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO – FIXAÇÃO DE CONDIÇÕES

NECESSÁRIAS AO EXERCÍCIO DE DIREITO – TOMADOR DE SERVIÇOS – LEGITIMAÇÃO PASSIVA.

1. A inicial está dirigida considerado ato omissivo do Presidente da República. O impetrante é servidor público vinculado à União, a qual, uma vez julgado procedente o pedido inicial, arcará com os ônus decorrentes da decisão. Então, cumpre observar o que normalmente se verifica em mandado de segurança, ou seja, a citação da União como litisconsorte passivo.

2. Solicitem informações ao impetrado, citando, para o conhecimento desta ação, a União. Retifiquem a autuação.

3. Com as manifestações, colham o parecer do Procurador-Geral da República.

4. Publiquem.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 27.284 (336)ORIGEM : MS - 59395 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 67: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 67

RELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : ADMILDE DE SOUZAADV.(A/S) : ADEMIR TOMAZ DE LIMAIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PROCEDIMENTO

DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 200710000003932)

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

(DECRETO JUDICIÁRIO Nº 27)

DESPACHO: Primeiramente, tendo em vista transcurso de tempo, informe o impetrante eventual realização do concurso público em apreço, bem como se ainda possui interesse no julgamento do presente writ, justificando-se.

Com o retorno, voltem-me conclusos.Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 27.352 (337)ORIGEM : MS - 75440 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES

DO BRASIL - ANOREG-BRADV.(A/S) : LEANDRO SALOMÃO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PROCEDIMENTO

DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 2007.10.00.001721-9)

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

DESPACHO: (PET SR/STF nº 4.147/2012)Defiro o pedido de vista como requerido à fl. 968.Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.568 (338)ORIGEM : PROC - 38441 - CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. AYRES BRITTOIMPTE.(S) : DEUSDETE COELHO FILHOADV.(A/S) : MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CORREGEDOR DO CONSELHO NACIONAL DE

JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: (Referente às Petições 4936/2011 e 80849/2011)Trata-se de mandado de segurança, aparelhado com pedido de

medida liminar, impetrado por Deusdete Coelho Filho contra ato do Conselho Nacional de Justiça. Ato consubstanciado em decisão do Corregedor Nacional de Justiça, datada de 09 de julho de 2010.

2. Argui o autor que o Conselho Nacional de Justiça, em 21 de janeiro de 2010 e nos termos do art. 2º da Resolução CNJ 80/2009, declarou a vacância da serventia extrajudicial de que é titular (Tabelionato Deusdete Coelho – 1º Ofício de Notas, Registro Civil, Protestos, de Registro de Pessoas Naturais e Jurídicas da Comarca de Boa Vista-PR), com o fundamento de que o impetrante não prestou concurso público. Declaração que o acionante impugnou, de acordo com o parágrafo único do art. 2º da mencionada resolução. Impugnação, porém, que foi desprovida.

3. Alega o impetrante violação a seu direito líquido e certo. É que o ato de sua designação para responder pelo Tabelionato Deusdete Coelho – 1º Ofício de Notas, registro Civil, Protestos, de Registro de Pessoas Naturais e Jurídicas da Comarca de Boa Vista-PR , datado de 30 de junho de 1993, não seria passível de anulação dezessete anos depois, quando já consumada a decadência de que trata o art. 54 da Lei 9.784/99. Isso em respeito aos princípios constitucionais da segurança jurídica e da boa-fé. Ademais, o CNJ seria incompetente para declarar a vacância dos serviços notariais e de registro. Isso porque a titularidade da serventia em questão estaria sendo discutida na Justiça Estadual. Daí requerer a concessão de liminar para suspender os efeitos do ato impugnado.

4. Pois bem, em decisão de 15 de dezembro de 2010, indeferi a liminar. Decisão que a impetrante requer seja agora reconsiderada.

5. Feito esse aligeirado relato da causa, passo à decisão. Fazendo-o, tenho que é de ser reconsiderada a decisão. Não sem antes pontuar que o

poder de cautela dos magistrados é exercido num juízo delibatório em que se mesclam num mesmo tom a urgência da decisão e a impossibilidade de aprofundamento analítico do caso. Se se prefere, impõe-se aos magistrados condicionar seus provimentos acautelatórios à presença, nos autos, dos requisitos da plausibilidade jurídica do pedido (fumus boni juris) e do perigo da demora na prestação jurisdicional (periculum in mora), perceptíveis de plano. Requisitos a ser aferidos primo oculi, portanto. Não sendo de se exigir, do julgador, uma aprofundada incursão no mérito do pedido ou na dissecação dos fatos que a este dão suporte, senão incorrendo em antecipação do próprio conteúdo da decisão definitiva.

6. No caso, verifico estarem presentes os requisitos para a concessão da liminar. É que a validade da Portaria 002/93, do Corregedor-Geral de Justiça do Estado de Roraima, que nomeou o impetrante como tabelião titular da serventia, já está em discussão no âmbito da Ação Civil Pública 010.03058638-1 e existe provimento judicial em favor do impetrante. Consta dos autos que o juiz de direito substituto da 2ª Vara Cível da Comarca de Boa Vista/RR concluiu: “ainda que não se tivesse constatado a prescrição da ação civil pública ou a decadência do direito de anular o ato em questão, o princípio da segurança das relações jurídicas deveria, no caso em tela, prevalecer, posto que preponderante”. Pelo que acolheu a preliminar de prescrição e declarou extinto o processo com julgamento do mérito. Título judicial que ainda não foi reformado (o acórdão do TJ/RR, que reformou a sentença e julgou procedente a ação civil pública foi anulado pelo STJ no Resp 727.208, encontrando-se o processo no aguardo de novo julgamento pelo TJ/RR). Sendo assim, e por não dispor o Conselho Nacional de Justiça de competência para anular decisões de conteúdo jurisdicional, é de ser deferida a liminar.

7. Ante o exposto, reconsidero minha decisão e defiro a liminar para suspender os efeitos da decisão do Corregedor Nacional de Justiça que incluiu o Tabelionato Deusdete Coelho – 1º Ofício de Notas, Registro Civil, Protestos, de Registro de Pessoas Naturais e Jurídicas da Comarca de Boa Vista-PR na lista definitiva de vacâncias. O que faço sem prejuízo: a) de u'a mais detida análise quando do julgamento do mérito; b) de eventual acórdão na Ação Civil Pública 010.03.058638-1 em desfavor do impetrante.

8. Encaminhe-se cópia desta decisão ao Procurador-Geral da República.

Comunique-se ao CNJ e ao TJ/RR. Intime-se.Publique-se.Brasília, 01 de fevereiro de 2012.

Ministro AYRES BRITTO

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 30.207 (339)ORIGEM : EDITAL - 12010 - MINISTÉRIO PUBLICO FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : ELIELSON DE SANTANA SILVAADV.(A/S) : EDUARDA PEREZ E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHO: Por meio da petição 11132/2012, o Ministério Público Federal reitera Ofício 1191/2011, em que solicita a indicação de endereço do impetrante para o cumprimento da medida liminar deferida.

Através da petição 73714/2011, o impetrante requer que a convocação para o novo teste de aptidão física seja expedida aos cuidados de sua patrona, Dra. Eduarda Perez, no seguinte endereço: Rua André Lessa Ribeiro da Fonte nº 25/26, Ed. Mediterrâneo, Sala 423, Pitangueiras, Lauro de Freitas, Bahia, CEP.: 42.700-000.

Do exposto, determino que a convocação do impetrante para o teste de aptidão física seja realizada no endereço acima referido, a ser entregue pessoalmente à sua patrona, Dra. Eduarda Peres, considerando-se esse o endereço do impetrante para essa finalidade, e valendo a convocação para todos os fins de direito.

Publique-se.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.131 (340)ORIGEM : MS - 31131 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : CREUSA BESBORODCOADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 68: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 68

Brasília, 13 de março de 2012Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.132 (341)ORIGEM : MS - 31132 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : DENIS TOLEDO MARTINSADV.(A/S) : SERGIO DE BRITO YANAGUIADV.(A/S) : MARCELO PIRES TORREÃOADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADOADV.(A/S) : GUSTAVO HENRIQUE LINHARES DIASIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.133 (342)ORIGEM : MS - 31133 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : FREDERICO PEDRO GOELZERADV.(A/S) : MARCELO PIRES TORREAOADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADOADV.(A/S) : GUSTAVO HENRIQUE LINHARES DIASADV.(A/S) : SERGIO DE BRITO YANAGUIIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.134 (343)ORIGEM : MS - 31134 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : MARIA APARECIDA ZANADV.(A/S) : MARCELO PIRES TORREAOADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADOADV.(A/S) : GUSTAVO HENRIQUE LINHARES DIASADV.(A/S) : SERGIO DE BRITO YANAGUIIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.135 (344)ORIGEM : MS - 31135 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : NEUSA IARA FERREIRA HEINRICHSADV.(A/S) : MARCELO PIRES TORREAOADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADOADV.(A/S) : GUSTAVO HENRIQUE LINHARES DIASADV.(A/S) : SERGIO DE BRITO YANAGUIIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.

Brasília, 13 de março de 2012Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.151 (345)ORIGEM : MS - 31151 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : ALCINO ALVES DE ARAÚJO FILHOADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADOIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.154 (346)ORIGEM : MS - 31154 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : DONIZETTI APARECIDA DA SILVAADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADOIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.155 (347)ORIGEM : MS - 31155 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : JORGE CRISTIANO PINHEIRO REISADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADOIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.157 (348)ORIGEM : MS - 31157 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : NOEMI CARDOSOADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADOIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.158 (349)ORIGEM : MS - 31158 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : ROMEU RODRIGUES DA VEIGA FILHOADV.(A/S) : MARCELO PIRES TORREÃO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 69: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 69

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.159 (350)ORIGEM : TC - 02684620067 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : ROSEMARY COMPARIM MONTANARIADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.160 (351)ORIGEM : MS - 31160 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : TARCISO TAVARESADV.(A/S) : MARCELO PIRES TORREÃO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.162 (352)ORIGEM : TC - 02684620067 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : ISABEL MARON DE SENNAADV.(A/S) : MARCELO PIRES TORREÃO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.163 (353)ORIGEM : MS - 31163 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : JOÃO GUILHERME CUNHA DE PONTESADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADOIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.165 (354)

ORIGEM : MS - 31165 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : NILO TROIANO CURYADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.166 (355)ORIGEM : MS - 31166 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : SERGIO DA SILVA DEL NEROADV.(A/S) : DANIEL FERNANDES MACHADO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.171 (356)ORIGEM : MS - 31171 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : DITMAR FRIEDRICH MÜLLERADV.(A/S) : MARCELO PIRES TORREÃO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 31.174 (357)ORIGEM : MS - 31174 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : ARIANA MAGALHÃES DE SOUSA CYPRIANOADV.(A/S) : MARCELO PIRES TORREÃO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Homologo o pedido de desistência, formulado antes do julgamento do mérito deste mandado de segurança.

Publique-se. Int.Arquive-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.200 (358)ORIGEM : TC - 00865820069 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DO

TRABALHO DA 3º REGIÃO - ASTTTERADV.(A/S) : MELISSA DIAS DE O SILVA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado pela Associação dos Servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região - ASTTTER, contra decisões proferidas pelo Tribunal de Contas da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 70: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 70

União, nos autos TC 008.658/2006-9, cujas ementas transcrevo a seguir:“RELATÓRIO DE AUDITORIA. PAGAMENTOS INDEVIDOS DE

GRATIFICAÇÕES EXTRAORDINÁRIA E JUDICIÁRIA APÓS A EDIÇÃO DA LEI N. 9.030/1995.

APLICAÇÃO DA SÚMULA/TCU N. 249. NÃO-SUJEIÇÃO DE SERVIDORES QUE EXERCEM FUNÇÕES DE CONFIANÇA OU CARGOS EM COMISSÃO AO CUMPRIMENTO DA JORNADA DE 40 HORAS SEMANAIS. DETERMINAÇÃO PARA DEVOLUÇÃO DE VALORES IRREGULARMENTE RECEBIDOS.

1. É ilegal o pagamento das gratificações judiciária e extraordinária a servidores ocupantes de cargos em comissão dos grupos DAS 4, 5 e 6, não-optantes pela remuneração do cargo efetivo, após o advento da Lei n. 9.030/1995.

2. Os servidores que exercem funções de confiança ou cargos em comissão estão sujeitos ao cumprimento de jornada de 40 horas semanais, por estarem submetidos a regime de integral dedicação ao serviço, nos termos do disposto no § 1º do art. 19 da Lei n. 8.112/1990”.

“PEDIDO DE REEXAME EM RELATÓRIO DE AUDITORIA. PESSOAL. PERCEPÇÃO DE REMUNERAÇÃO, POR ANALISTAS E TÉCNICOS JUDICIÁRIOS – MÉDICOS E ODONTÓLOGOS, CORRESPONDENTE A 20 HORAS SEMANAIS. AUSÊNCIA DE EFETIVO TRABALHO.

DETERMINAÇÃO DE REEMBOLSO AO ERÁRIO. CONHECIMENTO DO RECURSO. PROVIMENTO PARCIAL. CIÊNCIA AOS RECORRENTES E AO TRT/MG”.

Sustenta a impetrante, em suma, a existência de diversos pronunciamentos desta Corte, bem como do Conselho Nacional de Justiça, que já reconheceram o de direito à jornada diferenciada para analista e técnicos judiciários - especialidade medicina e odontologia, razão pela qual pleiteia a concessão da ordem.

Entendo necessária a vinda de prévias informações, antes de decidir o pleito liminar.

Isso posto, requisito-as à autoridade apontada como coatora.Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

MANDADO DE SEGURANÇA 31.202 (359)ORIGEM : PRD - 00023682620112000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : HÉLDER COSTA LOURENÇOADV.(A/S) : FERNANDO ANTONIO BARBOSA MACIEL E OUTRO(A/

S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de mandado de segurança, com pedido liminar, impetrado por Hélder Costa Lourenço, contra decisão do Conselho Nacional de Justiça, nos autos do Processo de Revisão Disciplinar 0002368-26.2011.2.00.0000, assim ementado:

“Revisão Disciplinar. Prescrição. Inocorrência. Pena aplicada corretamente.

I. A prescrição da pretensão disciplinar conta-se pelo prazo máximo previsto de cinco (5) anos e não pela pena concreta imposta, diante da impossibilidade de aplicar-se a chamada prescrição virtual ou em perspectiva. Considerados os marcos temporais acima, constatamos a inocorrência da prescrição da pretensão punitiva disciplinar pelo prazo prescricional máximo de cinco (5) anos.

II. Por outro lado, face à ausência de norma específica não se reconhece a prescrição retroativa da pretensão punitiva, considerada a sanção disciplinar aplicada, conforme precedentes desse Conselho da relatoria do Eminente Conselheiro Jorge Hélio Chaves de Oliveira na Revisão Disciplinar nº 0004230- 03.2009.2.00.0000.

III. No mérito, não é caso de revisão. A pena de advertência foi corretamente aplicada ao magistrado que, na condução de processo de réu preso, sem maior complexidade, deixou-o preso por mais de 14 (catorze) meses, sem o encerramento da instrução, inobstante (sic) não houvesse razão para isso, mesmo levada em conta à situação da vara, conforme se verifica de trechos do acórdão que o puniu.

IV. Julgado improcedente o pedido de Revisão Disciplinar formulado por Helder Costa Lourenço, Juiz de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de Maceió, Alagoas, contra decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, proferida nos autos do procedimento administrativo disciplinar nº 0588182009001, que lhe aplicou a pena de advertência por descumprir os deveres prescritos no inciso II do art. 35 da Lei Orgânica da Magistratura e art. 20 do Código de Ética da Magistratura Nacional em razão de atuação negligente no processo criminal nº 001.07.074197-3, por unanimidade”.

O impetrante, Juiz de Direito do Estado de Alagoas, respondeu a Processo Administrativo Disciplinar, em que lhe foi aplicada a penalidade de advertência.

Irresignado, propôs, então, no Conselho Nacional de Justiça, pedido

de revisão do Processo Disciplinar, que, como visto, foi rejeitado.Inconformado, o impetrante maneja este writ, sustentando, em

síntese:i) prescrição da pretensão disciplinar;ii) inexistência de culpa pelas acusações elencadas no processo

disciplinar; eiii) ausência de tipificação da infração suscitada no PAD.Requer, assim, o deferimento de medida liminar “suspendendo os efeitos da decisão oriunda do Pleno do CNJ que

confirmou a aplicação da pena de Advertência ao Impetrante e da decisão do próprio Tribunal de Justiça de Alagoas, pelo menos até o trânsito em julgado da presente ação” (grifos meus).

Pugna, ao final, para que seja concedida a ordem, a fim de “anular a decisão oriunda do CNJ que confirmou a aplicação da pena

de Advertência ao Impetrante, sendo declarada a prescrição da pretensão punitiva em desfavor do impetrante e, caso assim não entenda, que declare a absolvição deste pelas provas trazidas nos autos, determinando em ambos os casos o arquivamento do processo administrativo disciplinar n.º 05881-8.2009.001 que tramita no Tribunal de Justiça de Alagoas, bem como a exclusão de qualquer anotação da pena de advertência nos registros do impetrante”.

É o relatório necessário. Decido. Bem examinados os autos, entendo incabível este mandamus.A impetração volta-se contra decisão do Conselho Nacional de

Justiça que indeferiu pedido de revisão de processo administrativo disciplinar instaurado no Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, que culminou com a aplicação da pena de advertência ao impetrante.

O CNJ negou o pedido de revisão, não vislumbrando a prescrição da pretensão disciplinar, bem como por entender que a pena de advertência foi corretamente aplicada ao magistrado. Verifica-se que essa deliberação foi negativa, isto é, tão somente rejeitou o pedido de revisão do processo disciplinar.

Dessa forma, não há qualquer ilegalidade a ser combatida na espécie. Isso porque, em tais casos, se houver ilegalidade, esta teria sido praticada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas e não pelo Conselho Nacional de Justiça.

Com efeito, a pretensão do impetrante, como se percebe pelos pedidos formulados, é alcançar diretamente nesta Corte a revisão da sanção aplicada pelo Tribunal de Justiça alagoano.

Esse desiderato, todavia, não pode ser alcançado, pois a jurisprudência firmou-se no sentido de que as deliberações negativas do Conselho Nacional de Justiça, em função de não substituírem o ato originalmente questionado, não estão sujeitas à apreciação por intermédio de mandado de segurança impetrado diretamente no Supremo Tribunal Federal, na linha da interpretação conferida pelo Min. Sepúlveda Pertence à alínea r do inciso I do art. 102, da Constituição Federal, no julgamento do MS 26.710-MC/DF, cujo pequeno trecho transcrevo, por oportuno:

“Estou em que é de proceder a uma redução teleológica da letra dessa nova cláusula de competência do Supremo Tribunal, de modo a não convertê-lo, mediante o mandado de segurança, em verdadeira instância ordinária de revisão de toda e qualquer decisão do Conselho Nacional de Justiça.

É preciso distinguir entre as deliberações do CNJ que impliquem intervenção na órbita da competência ordinária confiada, em princípio, aos juízos ou tribunais submetidos ao seu controle daquelas que, pelo contrário, traduzam a recusa de intervir.

Quanto às primeiras, as positivas, não há dúvida de que o CNJ se torna responsável pela eventual lesão ou ameaça de lesão a direito consequentes, submetidas ao controle jurisdicional do Supremo Tribunal Federal: assim, por exemplo, as que avoquem processos disciplinares em curso nos tribunais, apliquem sanções administrativas, desconstituam ou revejam decisões deles ou lhes ordene providências.

Diversamente, com as da segunda categoria, as negativas, o Conselho não substitui por ato seu o ato ou omissão dos tribunais, objeto da reclamação, que, por conseguinte, remanescem na esfera de competência ordinária destes” (grifos no original).

Importa assinalar, a propósito, que tal entendimento foi ratificado pelo Plenário desta Corte, como se depreende do teor dos julgamentos dos Mandados de Segurança 29.118-AgR/DF. Rel. Min. Cármen Lúcia, 27.712-AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, e 28.202-AgR/DF, de minha relatoria.

Neste último caso, em que também se buscava a reforma de ato que rejeitou pedido de revisão de processo administrativo disciplinar, o acórdão foi assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. REVISÃO DE PROCESSO DISCIPLINAR. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. DELIBERAÇÃO NEGATIVA DO CNJ. IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO. AGRAVO DESPROVIDO. I - A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que as deliberações negativas do Conselho Nacional de Justiça não estão sujeitas a revisão por meio de mandado de segurança impetrado diretamente no Supremo Tribunal Federal. II - A Constituição Federal não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de modo claro e conciso as razões de seu

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 71: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 71

convencimento, tal como ocorreu. III – Agravo regimental a que se nega provimento” (grifei).

Confira-se, ainda, as decisões monocráticas que seguem: MS 27.895/GO e MS 28.792/DF, ambos de relatoria da Min. Ellen Gracie, MS 27.764/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, MS 28.933/GO, Rel. Min. Cármen Lúcia; MS 26.580/DF, Rel. Min. Celso de Mello, MS 26.252/DF, de minha relatoria.

Isso posto, por entender manifestamente incabível, nego seguimento a este writ (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 4.696 (360)ORIGEM : RCL - 150830 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE FORTALEZA (AÇÃO CAUTELAR INOMINADA Nº 2006.0018.8511-1)

INTDO.(A/S) : CRISTIANO DE OLIVEIRA CASTROADV.(A/S) : JOSÉ JOAQUIM MATEUS PEREIRA

DECISÃO: Trata-se de reclamação proposta pelo Estado do Ceará contra decisão da 2ª Vara da Fazenda Pública de Fortaleza que deferiu tutela antecipada para anular o resultado de exame psicotécnico e determinar o pagamento de vencimentos a candidatos reprovados naquela etapa do concurso público para soldado da Polícia Militar (processos 2006.0018.8511-1 e 2007.0019.4812-0).

Na inicial desta reclamação, o Estado do Ceará alega que a decisão impugnada viola o entendimento adotado por esta Corte no julgamento da ADC 4-MC, rel. min. Sydney Sanches, DJ 21.05.1999.

Naquele precedente, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade do art. 1º da Lei 9.494/1997, dispositivo que determina a aplicação das normas relativas à concessão de liminares em mandado de segurança ao instituto da tutela antecipada, impedindo que o acréscimo de valores aos vencimentos ou aos proventos dos servidores públicos seja determinado por meio deste.

Na decisão em que deferi a liminar (fls. 236-238), fiz notar que a decisão impugnada aparentemente violara o entendimento adotado por ocasião do julgamento da ADC 4-MC, uma vez que resultara em pagamento de vencimentos a candidatos que haviam sido reprovados em concurso público.

O juiz de direito da 2ª Vara da Fazenda Pública de Fortaleza prestou informações (fls. 252-253).

A Procuradoria Geral da República opinou pela procedência da reclamação (fls. 246-250).

Em maio de 2011, solicitei informações complementares a respeito do andamento da ação ao juízo reclamado.

A fls. 279-280, o juiz de direito da 2ª Vara da Fazenda Pública de Fortaleza informou que proferiu sentença de mérito na ação em que fora deferida a antecipação de tutela, julgando-a procedente.

É o relatório.Decido.Tendo em vista que a decisão reclamada não mais subsiste, em

razão do advento da decisão de mérito prolatada nos autos do processo em que foi proferida, é manifesta a perda de objeto da presente reclamação. Nesse sentido, v.g. , Rcl 1.459, rel. p/ acórdão min. Sepúlveda Pertence, Pleno, DJ de 03.12.2004; Rcl 2.663-AgR, rel. min. Carmen Lúcia, Primeira Turma, DJ de 21.09.2007.

Ante o exposto, julgo prejudicado o presente feito (art. 21, IX, RISTF). Publique-se. Arquive-se.Brasília, 12 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 7.242 (361)ORIGEM : RCL - 169181 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : FUNDAÇÃO CULTURAL DO PARÁ TANCREDO NEVES

- FCPTNADV.(A/S) : CARLOS FABRÍCIO CRESCENTE DIASRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DA

COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 00738.2007.001.08.00.4)

RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 6ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 01170.2007.006.08.00.0)

RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 11ª VARA DO TRABALHO DA

COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSOS NºS 00225.2008.011.08.00.1 , 01488.2008.011.08.00.8)

RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 9ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 00270.2008.009.08.00.0)

RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 8ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 00557.2008.008.08.00.3)

RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 13ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 00533.2008.013.08.00.0)

RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 15ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSOS NºS 01538.2008.015.08.00.2 , 01694.2008.015.08.00.3)

RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 16ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 01650.2008.016.08.00.0)

INTDO.(A/S) : LUIZ CARLOS DE LIMA JÚNIORADV.(A/S) : LUANA CONCEIÇÃO MAUESINTDO.(A/S) : EDILSON PINHEIRO NORONHA OU EDILSON N.

PINHEIRO NORONHAADV.(A/S) : JOSÉ ACREANO BRASIL JÚNIORINTDO.(A/S) : CARMEM BEATRIZ FISCHER CARDOSO OU CARMEM

BEATRIZ FISCHERADV.(A/S) : LUDYMILA ANDRADE REGISINTDO.(A/S) : CATIA HELENA FERREIRA FAVACHOADV.(A/S) : LUDYMILA ANDRADE REGISINTDO.(A/S) : ALESSANDRA COSTA DA SILVAADV.(A/S) : LUDYMILA ANDRADE REGISINTDO.(A/S) : ELISABETE RODRIGUES GONÇALVESADV.(A/S) : LUDYMILA ANDRADE REGISINTDO.(A/S) : JOÃO BENTO DE SOUSA NETOADV.(A/S) : DENISE CONCEIÇÃO BOTELHO XAVIERINTDO.(A/S) : LAYANE MARIA MARTINS AMORINADV.(A/S) : JOSÉ ACREANO BRASILINTDO.(A/S) : ALESSANDRA LEAL CARNEIROADV.(A/S) : ELIEZER FRANCISO DA SILVA CABRALINTDO.(A/S) : ADRIANO JORGE CARDOSO FIGUEIREDO

DECISÃO: Trata-se de reclamação constitucional proposta pela Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (FCPTN) contra decisões em que Varas do Trabalho de Belém-PA reconheceram a competência da Justiça do Trabalho para julgar ações propostas por servidores admitidos sob regime de contratação temporária.

A reclamante alega ofensa ao decidido por esta Corte na ADI 3.395-MC.

Deferi a liminar para suspender o andamento das ações trabalhistas até o julgamento final da presente reclamação (fls. 242-244).

Foram enviadas informações pela 6ª (fls. 225-225v), 9ª (fls. 227-233), 11ª (fls. 235-236), 13ª (fls. 219-220) e 15ª (fls. 239-239-v) Varas do Trabalho de Belém.

O Procurador-Geral da República manifestou-se pela procedência parcial do pedido, tendo em vista que cinco das dez decisões reclamadas teriam transitado em julgado antes da propositura da presente reclamação (fls. 299-301).

É o relatório.Decido.Com efeito, na linha do parecer do Procurador-Geral da República, a

presente reclamação encontra-se prejudicada em relação às ações trabalhistas 00738.2007.001.08.004, 01170-2007.006.08.00.0, 00225.2008.011.08.00.1, 00270.2008.009.08.00, uma vez que as decisões proferidas naqueles autos, de acordo com a consulta ao andamento dos processos disponível na Internet, transitaram em julgado antes do ajuizamento da presente reclamação.

As demais decisões reclamadas, ao concluírem que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações trabalhistas, não observaram o entendimento firmado por ocasião do julgamento da ADI 3.395-MC. Nesse sentido, em casos análogos ao presente, as seguintes decisões: Rcl 4.489, rel. p. acórdão min. Cármen Lúcia, Pleno, DJe 21.11.2008; Rcl 4.464, rel. p. acórdão min. Cármen Lúcia, Pleno, DJe 21.08.2009; Rcl 4.872, rel. p. acórdão min. Menezes Direito, Pleno, DJe 07.11.2008; Rcl 3.737, rel. min. Cármen Lúcia, Pleno, DJe 21.08.2009; e Rcl 4.824-AgR, rel. min. Menezes Direito, Pleno, DJe 30.04.2009.

Ante o exposto, com fundamento no art. 161, parágrafo único, do RISTF, conheço parcialmente da reclamação e, na parte conhecida, julgo procedente o pedido para cassar as decisões proferidas pela Justiça do Trabalho nas ações 00557.2008.008.08.00, 01488.2008.011.08.00.8, 01538.2008.015.08.00.2, 01694.2008.015.08.00.3, 01650.2008.016.08.00.0 e 00533.2008.013.08.00 e determinar a remessa daqueles autos à Justiça Comum.

Comunique-se.Publique-se.Arquive-se.Brasília, 14 de março de 2012

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 72: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 72

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 11.629 (362)ORIGEM : PROC - 200951010002523 - JUIZ FEDERAL DA 2º

REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : EDILZE MARIA DANTASPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 6ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO

JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIROINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida cautelar, em que se postula a cassação de sentença proferida pelo Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro no processo 2009.51.01.000252-3. Naquele feito, insurgia-se a ora Reclamante contra ato do Tribunal de Contas da União, alegadamente consubstanciado no Acórdão nº 1843/2006, no qual foi julgada ilegal a cumulação da pensão temporária, percebida pela Reclamante por morte de seu genitor, servidor público do Ministério da Saúde, desde 1951, com a remuneração relativa a cargo público efetivo exercido na Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro desde 1974.

Sustenta a Reclamante que cumulara o benefício com sua remuneração por 33 (trinta e três) anos até a suspensão do primeiro. Depreende-se dos documentos anexados que a pensão foi suspensa com base no disposto no art. 5º, parágrafo único, da Lei nº 3.353/58, que determina a perda da pensão pela filha solteira, maior de 21 (vinte e um) anos, quando ocupante de cargo público permanente. A sentença foi proferida no sentido da improcedência do pedido de restabelecimento do benefício.

Alega-se violação da Súmula Vinculante nº 3, decorrente de inobservância, no âmbito do TCU, do contraditório e da ampla defesa.

É o relatório. Passo a decidir.A questão em apreço, num juízo de cognição sumária, enseja a

incidência da Súmula Vinculante nº 3, verbis:“Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se

o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.”

In casu, verifica-se que a decisão do Tribunal de Contas da União não cuidava especificamente do benefício da Reclamante, mas da fiscalização ordinária das contas do Poder Executivo Federal, em que se recomendou ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão que se manifestasse sobre a forma mais rápida para suspensão dos benefícios tidos pelo TC como de percepção ilegal (dentre os quais o da Reclamante).

Em princípio, não se viabiliza o acolhimento da tese da Reclamante, segundo a qual o próprio TCU lhe deveria ter oferecido a oportunidade de formação do contraditório, de modo a permitir-lhe a ampla defesa. Com efeito, a adoção dessa sistemática no procedimentos de controle das Cortes de Contas em que não se cuide de um benefício individual, específico, mas da regularidade das contas de um órgão ou entidade da Administração Pública, importará numa inviabilização da atuação dos Tribunais de Contas que não encontra amparo na Súmula Vinculante nº 3 e nos recentes julgados do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, confira-se, verbis:

“ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - FISCALIZAÇÃO - SERVIDORES REQUISITADOS - DESNECESSIDADE DE PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO ADMINISTRATIVO-FISCAL. Tratando-se de atuação do Tribunal de Contas da União, considerado certo órgão da Administração Pública, não há como concluir pelo direito dos servidores requisitados de serem ouvidos no processo em que glosadas as requisições. JUSTIÇA ELEITORAL - CARGOS - PREENCHIMENTO - SERVIDORES REQUISITADOS - BALIZAMENTO NO TEMPO. Cumpre aos tribunais eleitorais preencher os cargos existentes no quadro funcional, fazendo cessar a prática das requisições, de modo a atender as balizas da Lei nº 6.999/82. O servidor não conta com o direito líquido e certo de permanecer no órgão cessionário, cabendo, isso sim, o retorno ao cedente.” (Pleno, MS 25198, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, j. 09.06.2005)

É cediço que o precedente transcrito é anterior à edição da Súmula Vinculante nº 3. No entanto, sua aplicabilidade ao caso vertente não é inequívoca, porquanto a repercussão do Acórdão nº 1843/2006 na esfera jurídica da Reclamante é indireta. Destarte, descabe, por ora, a suspensão da decisão reclamada em sede cautelar.

Diante do exposto, indefiro a liminar vindicada.Notifique-se a autoridade judiciária reclamada para a prestação de

informações.Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 11.968 (363)ORIGEM : MS - 20110444914 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : LUCIMAR MADELADV.(A/S) : LUIS CLEI ROSA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : RELATOR DO MS 20110444914 DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINAINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

ajuizada por LUCIMAR MADEL em face do JUIZ RELATOR DO MS Nº 20110444914 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA, cuja decisão teria afrontado a autoridade do Supremo Tribunal Federal e a eficácia do que decidido na ADI nº 4.167/DF.

Na peça vestibular, o reclamante narra que:a) “(...) é professor do ensino médio da rede pública estadual do

Estado de Santa Catarina e percebe piso salarial muito aquém do estabelecido pela Lei nº 11.738/08”;

b) impetrou mandado de segurança com o objetivo de assegurar o exercício de seus direitos de acordo com a Lei nº 11.738/08, que estabelece o piso salarial dos professores da rede pública de ensino básico, bem como o limite de 2/3 (dois terços) da carga horária em atividade de interação com os educandos;

c) a medida liminar postulada no MS nº 20110444914 foi indeferida sob o fundamento de a política salarial implementada pela referida lei ensejar grande impacto orçamentário, o que demandaria análise pelo Poder Executivo estadual e a elaboração de Lei complementar estadual.

Em suas razões, argumenta que:“A uma, o fato de alguns docentes estarem em greve e haver um

embate entre o Sindicato dos Trabalhadores em Ensino e o Governo Estadual, não justifica a espera pelo Reclamante do cumprimento da decisão proferida na ADI 4167/DF, pelo contrário, haja vista que o Governo Estadual teve tempo hábil para se adaptar à lei e por motivos que podem ir da negligência de seus representantes políticos à pura inabilidade destes em gerir a máquina estatal, não o fez, podemos concluir que se não for por meio de Vossa ordem direta, o Governo Estadual dificilmente implantará efetivamente o piso salarial previsto na Lei nº 11.738/08 para seus professores.

A duas, o tão assustador impacto econômico na economia do ente federativo já foi discutida no julgamento da ADI 4167/DF, a própria Lei nº 11.738/08 previa mecanismos de adaptação. Houve tempo hábil para que o Governo Estadual incluísse, previamente, em suas leis orçamentárias, suficiente dotação orçamentária, bem como autorização específica, nas respectivas leis de diretrizes orçamentárias. Desse modo, eventuais extrapolações dos limites de despesa com pessoal em decorrência da aplicação da Lei nº 11.738/08, só ocorreria se houvesse negligência ou inaptidão do Governo Estadual.

(…)A três, acerca da informação de que as negociações entre o Sindicato

dos Trabalhadores em Educação e o Poder Público se encontram em estágio avançado e de notícias recentes quanto ao envio de projeto de lei à Assembléia Legislativa, estas informações não se demonstram hábeis a fundamentar uma usurpação de competência e desautorizar a decisão plenária na ADI 4167/DF, pois projeto de lei ‘não’ é lei.

(…)A quatro, diante do cenário estadual, infere-se que a decisão do

Desembargador foi de cunho político, concluindo-se que o Desembargador Cláudio Barreto Dutra, do Grupo de Câmaras de Direito Público, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, não apresentou os fundamentos jurídicos necessários, se é que existem, para usurpar a competência deste verdadeiramente Egrégio Tribunal e, assim, tirar a autoridade da decisão plenária na ADI 4167/DF.”

Postula o deferimento do pedido liminar para suspender os efeitos da decisão reclamada, compelindo o governo do Estado a implementar a jornada de trabalho com reserva de carga horária para atividade extraclasse e o piso salarial da categoria no valor de “R$ 3.324,21(três mil trezentos e vinte e quatro reais e vinte e um centavos), devidamente atualizado, conforme interpretação literal da Lei nº 11.738/08, sob pena de seqüestro nas contas públicas” ou, sucessivamente, “R$ 2.471,45 (dois mil quatrocentos e setenta e um reais e quarenta e cinco centavos), devidamente atualizado, aplicando-se o Plano de Cargos e Salários, sob pena de seqüestro nas contas públicas

Ao final, requer seja julgada procedente a reclamação, tornando definitivo o provimento liminar.

Instada a se manifestar, a autoridade reclamada não apresentou informações no prazo legal, conforme certificou a coordenadoria de processos originários deste Tribunal.

É o relatório.O reclamante juntou documentos por meio eletrônico, de entre eles

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 73: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 73

cópia da íntegra do mandado de segurança impetrado na Justiça comum estadual em face do Governador do Estado de Santa Catarina e do Secretário Estadual de Educação.

Na petição inicial do mandamus, o ora reclamante sustenta que “[o] objetivo da impetração é concretizar o direito fundamental de o impetrante perceber, mensalmente, piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, definido na Lei 11.738/08 e de forma atualizada, bem como limitar sua jornada de trabalho ao limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempeno das atividades de interação com os educando (sic)” (grifos no original).

A autoridade reclamada, em sua decisão, reconheceu que não houve, “[no] Estado de Santa Catarina, a (...) implementação imediata do piso salarial”, o que teria dado ensejo à paralisação da categoria e ao início das negociações entre as entidades representativas dos profissionais da educação básica e o governo do Estado a fim de dar execução possível à lei ante o limite do orçamento público estadual.

Ficou consignado o envio de lei complementar ao Poder Legislativo estadual com o objetivo de estabelecer critérios de reajuste de vencimentos, o que, no entendimento do magistrado estadual, configurava atenuação do requisito do perigo da demora para concessão do pedido liminar.

Por esses fundamentos, a liminar foi indeferida pelo RELATOR DO MS Nº 20110444914 NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA, o que motivou o ajuizamento da presente reclamação constitucional por contrariedade ao entendimento dessa Suprema Corte firmado no julgamento da ADI nº 4.167/DF.

Na decisão apontada como paradigma de confronto pelo reclamante, esta Suprema Corte julgou improcedente o pedido de declaração de inconstitucionalidade da Lei nº 11.738/2008. Naquela oportunidade, por maioria de votos, o STF firmou entendimento assim ementado:

“CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. PACTO FEDERATIVO E REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA. PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. CONCEITO DE PISO: VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO GLOBAL. RISCOS FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO. JORNADA DE TRABALHO: FIXAÇÃO DO TEMPO MÍNIMO PARA DEDICAÇÃO A ATIVIDADES EXTRACLASSE EM 1/3 DA JORNADA. ARTS. 2º, §§ 1º E 4º, 3º, CAPUT, II E III E 8º, TODOS DA LEI 11.738/2008. CONSTITUCIONALIDADE. PERDA PARCIAL DE OBJETO. 1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008). 2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como instrumento de proteção mínima ao trabalhador. 3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008.” (ADI nº 4.167/DF, relator o Ministro Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, DJe de 24/5/2011).

No tocante à composição da jornada de trabalho dos professores da rede pública de educação básica, com a previsão de limite máximo em atividade de interação com os alunos, não foi alcançada a maioria absoluta para a declaração de constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma, ficando assentado, no acórdão, que “[a] eficácia erga omnes e [o] efeito vinculante da decisão em relação ao § 4º do art. 2º da Lei nº 11.738/2008 (…) não se aplicam ao juízo de improcedência”.

Nos debates para se chegar a essa conclusão, o Ministro Gilmar Mendes ressaltou:

“Gostaria de observar, neste caso específico, se houver alguma recalcitrância por parte de estados e municípios, certamente, haverá recurso judicial, medidas judiciais. Se algum juiz declarar a lei inconstitucional, a matéria subirá a tribunal e poderá vir ao Supremo, em RE, e aí o tema poderá ser solucionado, inclusive, com a composição completa do Tribunal.”

Não havendo decisão dessa Suprema Corte proferida em juízo abstrato de constitucionalidade com eficácia vinculante e efeito erga omnes, permanece a presunção relativa de constitucionalidade da norma inscrita no § 4º do art. 2º da Lei nº 11.738/2008, que assim dispõe:

“Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.”

Havendo descumprimento da lei, a pretensão de respeito ao limite máximo de 2/3 em atividade de interação com educandos na composição da jornada de trabalho do professor da educação básica deve ser deduzido nas vias ordinárias, valendo-se o jurisdicionado dos meios processuais ordinários para fazer subir a questão à apreciação dessa Suprema Corte, em respeito ao sistema de controle difuso de constitucionalidade das leis positivado no ordenamento jurídico brasileiro.

De acordo com a jurisprudência pacificada do STF, tenho afirmado a impossibilidade do uso da reclamação como meio de saltar graus jurisdicionais. Cito precedente, cuja ementa transcrevo parcialmente:

“(...)

- O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. - A reclamação, constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, "l", da Carta Política (RTJ 134/1033), não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual. Precedentes.” (Rcl nº 5.926/SC-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe-213 de 13/11/09).

Não conheço a reclamação nessa parte, portanto.Prossigo na análise da ação quanto à pretensão de que seja

implementado, liminarmente, o piso salarial nacional na retribuição paga pelo Estado de Santa Catarina ao reclamante pelo exercício do magistério na rede pública da educação básica.

O autor postula que seja deferido o pedido “para que o Governo do Estado implemente o piso salarial profissional nacional”, tendo apontado o valor de “R$ 3.324,21 (três mil trezentos e vinte e quatro reais e vinte e um centavos)” - que decorreria da interpretação literal da Lei nº 11.738/2008 – ou “R$ 2.471,45 (dois mil quatrocentos e setenta e um reais e quarenta e cinco centavos)” - que teria sido calculado pelo Ministério da Educação – aplicando-se o Plano de Cargos e Salários no último caso.

Em juízo de estrita delibação, próprio dos provimentos liminares, entendo que não há plausibilidade na tese jurídica defendida pelo autor quanto à violação do entendimento dessa Suprema Corte apontado como paradigma de confronto pelo reclamante.

A decisão reclamada foi proferida em juízo liminar, tendo o magistrado afastado a existência de periculum in mora por entender que o Poder Público estadual teria iniciado o processo legislativo para a edição de lei estadual apta a implementar, no âmbito do Estado, o piso salarial nacional aos profissionais da rede pública de ensino, nos termos da Lei nº 11.738/2008.

A autoridade reclamada, portanto, não firmou qualquer juízo de inconstitucionalidade sobre o piso profissional nacional dos professores, tendo negado o pedido do autor ante a iminência de ser editada norma estadual de adequação do Plano de Carreira e Salários dos professores do Estado de Santa Catarina à Lei nº 11.738/2008.

A necessidade de a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adequarem-se ao piso profissional está instituída no art. 6º da Lei 11.738/2008, nos termos:

“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar ou adequar seus Planos de Carreira e Remuneração do Magistério até 31 de dezembro de 2009, tendo em vista o cumprimento do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, conforme disposto no parágrafo único do art. 206 da Constituição Federal.”

O prazo para os entes da federação adequarem-se à nova lei, fixado em 31/12/2009, coincide com a data inscrita no § 2º do art. 3º da Lei 11.738/2008, em que se previu até quando o piso salarial nacional poderia compreender as vantagens pecuniárias, pagas a qualquer título ao professor (e não somente o vencimento inicial).

Ocorre que essa Suprema Corte não analisou a constitucionalidade dos dispositivos legais acima referidos; um, porque o STF declarou a perda de objeto da ADI nº 4.167/DF com relação ao art. 3º, por entender estarem exauridos os efeitos da norma quando do julgamento da ação, em 24/8/2011; dois, porque o art. 6º da Lei nº 11.738/2008 não foi sequer impugnado nesta Corte na ação de controle abstrato.

Nesse juízo sumário, entendo que a questão referente à incidência imediata da Lei nº 11.738/2008, independentemente de legislação específica do ente federado a que está vinculado o servidor público, e a adequação da nova legislação aos planos de carreira e salários preexistentes, demandam interpretação da norma analisada abstratamente por esta Corte.

Assim, o direito pretendido pelo reclamante encontra-se controvertido, incidindo, na espécie, vedação do art. 1º da Lei nº 9.494/97 (norma declarada válida pelo STF no julgamento da ADC nº 4/DF-MC), que excluiu, taxativamente, hipóteses de antecipação de tutela contra o Poder Público, a saber, quando o provimento do pedido liminar importe em equiparação, reclassificação, extensão de vantagens ou concessão de aumento a servidor público, ou o esgotamento do objeto da ação quando trate de alguma das matérias antes referidas.

No caso sob análise, o deferimento do pedido liminar implicaria em concessão de aumento ao reclamante, em clara afronta à Lei

Ademais, o pedido formulado na presente reclamação, tanto em sede de juízo sumário quanto no mérito, confunde-se com o objeto do próprio mandado de segurança impetrado no e. TJSC e a concessão da medida liminar pleiteada implicaria a satisfação da pretensão deduzida.

Na Corte, há decisões que referendam a impossibilidade de se deferir liminares com caráter exauriente em sede de reclamação:

“1. Pretendem os reclamantes a reconsideração da decisão de fl. 70, que indeferiu o pedido de liminar (fls. 96-97). Naquela oportunidade, afirmei que ‘toda medida liminar, que ostente natureza cautelar, visa, unicamente, a garantir o resultado final do procedimento em que é requerida, trate-se de causa ou recurso. No caso dos autos, o deferimento do requerido, a título de liminar, implicaria tutela satisfativa,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 74: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 74

que de certo modo exauriria o objeto da causa e, por conseqüência, usurparia ao órgão competente a apreciação da Reclamação.’ (fl. 70). O pedido de reconsideração da liminar fundamenta-se no fato de que a douta Procuradoria-Geral de Justiça se manifestou terminantemente favorável à liberação dos pacientes, ora reclamantes e que há parecer favorável do Ministério Público acerca de expedição de ofício ao Delegado a fim de justificar o uso de algemas. (fls. 96-97).

2. Não assiste razão aos reclamantes. Em primeiro lugar, reitero os argumentos anteriormente expedidos, no sentido de que o deferimento do requerido, a título de liminar, implicaria tutela satisfativa. Vê-se, ademais, que o parecer do Ministério Público estadual trazido às fls. 104-107 - em razão do qual se pleiteia a reconsideração da decisão de fl. 70 - se refere apenas a eventual excesso de prazo decorrente da prisão cautelar imposta ao reclamante, já impugnada por meio de habeas corpus impetrado perante o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Não há, pois, nenhuma alusão a eventual afronta ao enunciado da Súmula Vinculante nº 11.

3. Tenho por irretocável a decisão de fl. 70, razão pela qual indefiro o pedido de fl. 97. Publique-se. Brasília, 4 de março de 2010” (Rcl 8409, Relator Ministro Cezar Peluso, DJe-045 12/03/2010).

Com argumentos de similaridade patente, já se manifestou a Ministra Cármen Lúcia desse modo:

“6. Embora os argumentos dos Impetrantes possam produzir alguma impressão de plausibilidade jurídica, as razões que declinam não eliminam, na espécie, a natureza eminentemente satisfativa que a reveste. Assim, o objeto do pedido liminar confunde-se com o mérito da causa, o que determina seja a matéria submetida a uma necessária análise mais detida das razões do Superior Tribunal Militar para denegar o habeas corpus ali impetrado.

Por isso, é importante a análise do conteúdo integral do acórdão contra o qual incide a presente impetração.

Assim, indefiro a liminar” (HC nº 99.445 MC, Relatora Ministra Cármen Lúcia, DJe- 01/07/2009).

Não vislumbro, por assim, condições para o deferimento da liminar. Ante o exposto, indefiro a medida liminar requerida.Dê-se vista dos autos à douta Procuradoria-Geral da República, para

manifestação como custos legis. Publique-se. Int..Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 12.850 (364)ORIGEM : PROCESSO - 9501135993 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ANÁPOLISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLISRECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA

MUNICIPAL, DE REGISTROS PÚBLICOS E AMBIENTAL DA COMARCA DE ANÁPOLIS

INTDO.(A/S) : SALMA REGINA FLORENCIO DE MOURAINTDO.(A/S) : DEBORA MENDES DE MELO VARGASINTDO.(A/S) : NELCINHO JOSE DA SILVAINTDO.(A/S) : CESAR ANTONIO DIAS MARRAINTDO.(A/S) : RAIMUNDO LEONARDO PINTOINTDO.(A/S) : JOÃO CAETANO DA SILVAINTDO.(A/S) : JOSÉ ALVES FERREIRAINTDO.(A/S) : JOAO PEDRO NETOINTDO.(A/S) : CLEUSA RESENDE DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : ELIAS BATISTA DOS SANTOSINTDO.(A/S) : JUSTINO DA SILVA DE ALENCARINTDO.(A/S) : BRAGA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDAINTDO.(A/S) : TEREZINHA GOMES DE MORAISINTDO.(A/S) : AKIO KISHIMOTOINTDO.(A/S) : MARIA LINA DOS SANTOSINTDO.(A/S) : GERCI DE ALMEIDAINTDO.(A/S) : ROSALVA CHAGAS DOS SANTOS MORAISINTDO.(A/S) : JOSÉ RIBEIRO DOS SANTOSINTDO.(A/S) : RAQUEL JESUS PINTO FIDELES S. DA MATAINTDO.(A/S) : CARLOS JUNIO DA SILVAINTDO.(A/S) : MIGUEL BARBOSA DA SILVAINTDO.(A/S) : JUVENCIO NUNESINTDO.(A/S) : JOAO CONCEIÇÃO DE PINAINTDO.(A/S) : JOSE MARCOS DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : ANA LUPERCINOINTDO.(A/S) : LUZIA PEREIRA DA SILVAINTDO.(A/S) : MACIEL MONTEIRO DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : JOAQUIM GUILHERME VASCONCELOSINTDO.(A/S) : GERSON A. DA COSTAINTDO.(A/S) : DINAH ROCHA PEREIRAINTDO.(A/S) : GERALDO R. DOS SANTOSINTDO.(A/S) : SEBASTIÃO MARTINS DE SOUZAINTDO.(A/S) : LUIZ CARLOS DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : MONICA CRISTINA DE OLIVEIRA COSTA

INTDO.(A/S) : PEDRO VASCONCELOSINTDO.(A/S) : REGINA CELIA DA SILVA COSTAINTDO.(A/S) : JOAO RODRIGUES MENDESINTDO.(A/S) : SUELY ACRE CARVALHO FRANCAINTDO.(A/S) : RITA NUNES DE ALMEIDAINTDO.(A/S) : FRANCISCO TRISTÃO DIASINTDO.(A/S) : NADIR DE SOUSA SANTOSINTDO.(A/S) : ATAIDE F DA LUZINTDO.(A/S) : GERALDA ADRIANO DA SILVAINTDO.(A/S) : JANE DA SILVA BITENCOURTINTDO.(A/S) : ALEIXO LUIZ DA SILVAINTDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE PAIVA REISINTDO.(A/S) : JOÃO MANOEL DA SILVAINTDO.(A/S) : FRANCISCO HENRIQUE FILHOINTDO.(A/S) : A. G. M. DINIZ REPRESENTAÇÕES LTDAINTDO.(A/S) : OSANO GONÇALVES RAMOSINTDO.(A/S) : VERISSIMO MARIA DA CONCEIÇÃOINTDO.(A/S) : RAIMUNDO FELIX M CAVALCANTEINTDO.(A/S) : EDVALDO R. RIBEIROINTDO.(A/S) : FERNANDO LUIS KLEININTDO.(A/S) : LUCAS GONÇALVESINTDO.(A/S) : ALCIDES MIGUELINTDO.(A/S) : JR EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOSINTDO.(A/S) : JOSE EUGENIO NETOINTDO.(A/S) : MARIA CONCEIÇÃO RODRIGUES DA SILVAINTDO.(A/S) : ABEL DIAS BRANDAOINTDO.(A/S) : FLAVIA RODRIGUES DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : ANDREIA MARQUES DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : JOSE FRANCISCO DA COSTAINTDO.(A/S) : REGINA FERREIRA MUNDIM SILVEIRAINTDO.(A/S) : DIOMAR ARRUDAINTDO.(A/S) : JOANA BATISTA DE SA BRAGAINTDO.(A/S) : DOLORES ALVES BATISTAINTDO.(A/S) : JOSE BENTO DAS NEVESINTDO.(A/S) : JOSE DERIDIOINTDO.(A/S) : GERALDO DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : WILMA DE ARAUJOINTDO.(A/S) : HORACIO FRANCISCO DE ALMEIDAINTDO.(A/S) : FRANCISCO ANTONIO BARBOSA SPINOLAINTDO.(A/S) : FRANCISCO DA MOTA FERNANDESINTDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO ALVES CARDOSOINTDO.(A/S) : NELSON VARGAS MENDONÇAINTDO.(A/S) : DIRLENE LUIZ DOS SANTOSINTDO.(A/S) : MARIA AMÉLIA DA SILVAINTDO.(A/S) : ILDA ANDRADE DE MIRANDAINTDO.(A/S) : JOSÉ FERREIRA CARDOSOINTDO.(A/S) : FRANCISCO PEDRO DA COSTAINTDO.(A/S) : WALDEMAR MARTINSINTDO.(A/S) : WALDEMIRO GONÇALVESINTDO.(A/S) : ROBSON JOSÉ DA SILVAINTDO.(A/S) : GLEIDSON ADRIANO GONÇALVES DA SILVAINTDO.(A/S) : MARIA FATIMA GARCEZ MACHADOINTDO.(A/S) : DIVINA DE CARVALHOINTDO.(A/S) : SIMIRA MARIA DE ARAUJOINTDO.(A/S) : ANTONIO GERALDO MACIELINTDO.(A/S) : CLARICE DE SOUSAINTDO.(A/S) : GERACI AFONSO DE ALMEIDAINTDO.(A/S) : GERCIL ABRANTES RORIZINTDO.(A/S) : AMADEUS DIAS BARROSOINTDO.(A/S) : WILMAR RODRIGUESINTDO.(A/S) : AULIRO BATISTA DA SILVA

DECISÃO: Cuida-se de Reclamação, com pedido de medida liminar, contra sentenças proferidas pelo Juízo de Direito da Vara da Fazenda Pública Municipal, Registros Públicos e Ambiental da Comarca de Anápolis/GO.

Insurge-se contra diversas sentenças proferidas pelo indigitado Juízo, nas quais extinguiu, sem resolução de mérito, execuções fiscais ajuizadas pelo Reclamante, ao argumento de que se tratava de execuções fiscais de pequeno valor, para os quais a Lei Municipal nº 3.469/10 já teria autorizado a Municipalidade a não ingressar em juízo, no que teria sido corroborada pela Lei nº 10.522/02.

Sustenta que as mencionadas sentenças afrontam a autoridade da decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 591.033 (Rel. Min. ELLEN GRACIE), razão pela qual postula, em sede de medida liminar, a suspensão dos processos em que proferidas as sentenças de extinção das ações de execução fiscal lastreadas nos fundamentos acima referidos, inclusive daqueles em que ainda não ocorrida a intimação do Reclamante. No mérito, postula a cassação das sentenças.

É o relatório. Passo a decidir.O Reclamante afirma que houve descumprimento da decisão

proferida por esta Corte no julgamento do Recurso Extraordinário nº 591.033, Relatora a eminente Ministra ELLEN GRACIE.

Ocorre que, na linha do que vem sendo reiterado pela jurisprudência desta Corte, não se mostra cabível o manejo de reclamação nos casos em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 75: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 75

que o precedente paradigma, cuja autoridade se reputa violado, tenha sido proferido em sede de recurso extraordinário, e isso ainda que sob o regime da repercussão geral, conforme recentemente decidido pelo Pleno deste Casa, em 13 de abril de 2011, no julgamento da Reclamação nº 10.793/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE, cuja ementa passo a transcrever:

“RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE INOBSERVÂNCIA POR MAGISTRADO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA DA DECISÃO PROFERIDA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO JULGAMENTO DO MÉRITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.955-RG/RJ. INSTITUTO DA REPERCUSSÃO GERAL. COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE ORIGEM PARA SOLUCIONAR CASOS CONCRETOS. CORREÇÃO DA EVENTUAL DESOBEDIÊNCIA À ORIENTAÇÃO ESTABELECIDA PELO STF PELA VIA RECURSAL PRÓPRIA, EM JULGADOS DE MÉRITO DE PROCESSOS COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. RECLAMAÇÃO NÃO CONHECIDA. 1. As decisões proferidas pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal quando do julgamento de recursos extraordinários com repercussão geral vinculam os demais órgãos do Poder Judiciário na solução, por estes, de outros feitos sobre idêntica controvérsia. 2. Cabe aos juízes e desembargadores respeitar a autoridade da decisão do Supremo Tribunal Federal tomada em sede de repercussão geral, assegurando racionalidade e eficiência ao Sistema Judiciário e concretizando a certeza jurídica sobre o tema. 3. O legislador não atribuiu ao Supremo Tribunal Federal o ônus de fazer aplicar diretamente a cada caso concreto seu entendimento. 4. A Lei 11.418/2006 evita que o Supremo Tribunal Federal seja sobrecarregado por recursos extraordinários fundados em idêntica controvérsia, pois atribuiu aos demais Tribunais a obrigação de os sobrestarem e a possibilidade de realizarem juízo de retratação para adequarem seus acórdãos à orientação de mérito firmada por esta Corte. 5. Apenas na rara hipótese de que algum Tribunal mantenha posição contrária à do Supremo Tribunal Federal, é que caberá a este se pronunciar, em sede de recurso extraordinário, sobre o caso particular idêntico para a cassação ou reforma do acórdão, nos termos do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil. 6. A competência é dos Tribunais de origem para a solução dos casos concretos, cabendo-lhes, no exercício deste mister, observar a orientação fixada em sede de repercussão geral. 7. A cassação ou revisão das decisões dos Juízes contrárias à orientação firmada em sede de repercussão geral há de ser feita pelo Tribunal a que estiverem vinculados, pela via recursal ordinária. 8. A atuação do Supremo Tribunal Federal, no ponto, deve ser subsidiária, só se manifesta quando o Tribunal a quo negasse observância ao leading case da repercussão geral, ensejando, então, a interposição e a subida de recurso extraordinário para cassação ou revisão do acórdão, conforme previsão legal específica constante do art. 543-B, § 4º, do Código de Processo Civil. 9. Nada autoriza ou aconselha que se substituam as vias recursais ordinária e extraordinária pela reclamação. 10. A novidade processual que corresponde à repercussão geral e seus efeitos não deve desfavorecer as partes, nem permitir a perpetuação de decisão frontalmente contrária ao entendimento vinculante adotado pelo Supremo Tribunal Federal. Nesses casos o questionamento deve ser remetido ao Tribunal competente para a revisão das decisões do Juízo de primeiro grau a fim de que aquela Corte o aprecie como o recurso cabível, independentemente de considerações sobre sua tempestividade. 11. No caso presente tal medida não se mostra necessária. 12. Não-conhecimento da presente reclamação." (Rcl 10793, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 13/04/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-107 DIVULG 03-06-2011 PUBLIC 06-06-2011 RT v. 100, n. 910, 2011, p. 379-392)

Desta forma, e diante da autorização, constante da ata da sessão de julgamento da Reclamação nº 10.793/SP, para que a tese ali firmada seja aplicada monocraticamente em casos similares, não conheço da presente reclamação (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 12.936 (365)ORIGEM : Rcl - 12936 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ITAPUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAPUÍRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DA

COMARCA DE JAÚRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOINTDO.(A/S) : CONCEICAO APARECIDA COLOVATTO HEUBELADV.(A/S) : FERNANDO LIMA DE MORAES

DESPACHORECLAMAÇÃO – – AUSÊNCIA DE JUNTADA DE PEÇA.1. Noto a ausência de juntada do inteiro teor da sentença mediante a

qual condenado o Município de Itapuí ao pagamento de verbas trabalhistas, tendo em vista estar faltando uma página. Providencie a reclamante a citada peça, sob pena de indeferimento da inicial.

2. Publiquem.

Brasília, 13 de março de 2012.Ministro MARCO AURÉLIO

Relator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.165 (366)ORIGEM : RTOrd - 00010012320115040026 - JUIZ DO TRABALHO

DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : CENTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA ELETRONICA

AVANCADA S.AADV.(A/S) : RAFAEL BARRETO GARCIA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 26º VARA DO TRABALHO DE

PORTO ALEGREINTDO.(A/S) : LISIANE DUARTE DA SILVAADV.(A/S) : TIAGO SANGIOGO

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A., empresa pública federal, contra decisão em que a 26ª Vara do Trabalho de Porto Alegre reconheceu a competência da Justiça do Trabalho para julgar a ação 0001001-23.2011.5.04.0026 proposta por servidora que fora contratada por tempo determinado, na forma prevista no inc. IX do art. 37 da Constituição, na Lei 8.745/1993, e no diploma federal de criação da reclamante (§ 1º e seguintes do art. 17 da Lei 11.759/2008).

O reclamante alega que a decisão reclamada ofende ao decidido por esta Corte na ADI 3.395-MC.

Requer a concessão da medida liminar para suspender o trâmite da ação trabalhista em referência até o julgamento final da reclamação.

As informações enviadas pelo juízo trabalhista reclamado são no sentido de que as provas apresentadas nos autos da ação trabalhista indicam a contratação sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). São indícios da aplicação do regime trabalhista, informa a autoridade reclamada, a utilização dos termos “empregada” e “empregador” no contrato de trabalho firmado pelas partes.

É o breve relatório.Decido.No presente caso, a decisão reclamada aparentemente contraria a

orientação fixada na ADI 3.395-MC, na medida em que desconsidera vínculo de natureza jurídico-administrativa entre a reclamante e a autora da ação trabalhista. A contratação temporária de servidores pela reclamante, em virtude de excepcional interesse público, encontra-se prevista na lei de criação da Ceitec (Lei 11.579/2008).

Ante o exposto, defiro o pedido de medida liminar para suspender a ação 0001001-23.2011.5.04.0026 até o julgamento final da presente reclamação.

Comunique-se.Abra-se vista ao Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 12 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 13.225 (367)ORIGEM : AC - 3062 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : MARLENE AFONSO DE CASTRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ELIANE MARIA DE CASTRO ROCHARECLDO.(A/S) : RELATOR DA AC Nº 3062 DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALINTDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

(PETIÇÃO STF Nº 7608/2012)DESPACHO: 1. O Min. LUIZ FUX encaminha a esta Presidência os autos

da reclamação de que se cuida, ante os termos da Petição STF nº 7608/2012 (fl. 137), em que as reclamantes impugnam decisão de fls. 126-130, por mim proferida, na qual determinei a redistribuição do feito ao Min. LUIZ FUX, por prevenção.

A fixação da competência de um dentre todos os Ministros igualmente competentes desta Corte, para relatar causas e recursos, é assunto atinente à organização interna do Tribunal e, portanto, estranho ao interesse das partes.

A decisão que, reconhecendo ou não prevenção, atribui a relatoria das causas a determinado Ministro, em respeito às normas regimentais de organização interna e à legislação processual, não contém operação valorativa capaz de lesar direito da parte.

Cuida-se de ato privativo da Presidência como órgão supervisor da distribuição, e, como tal, de mero expediente, que atrai a incidência do art. 504 do Código de Processo Civil.

É o que já decidiu o Plenário desta Corte:“RECURSO. Agravo Regimental. Habeas Corpus. Decisão que

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 76: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 76

não reconhece a existência de prevenção. Ato de mero expediente. Falta de lesividade. Ato processual insuscetível de causar gravame às partes. Incidência do art. 504 do CPC. Agravo regimental não conhecido. É inadmissível agravo regimental contra despacho que não reconhece a existência de prevenção” (HC nº 89.965-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe de 7.2.2012).

2. Ante o exposto, determino o retorno dos autos ao Gabinete do Ministro LUIZ FUX.

Publique-se. Int..Brasília, 9 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.293 (368)ORIGEM :PROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : SUPERINTENDENCIA DE OBRAS DO PLANO DE

DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DA PARAIBA - SUPLAN/PB

ADV.(A/S) : TELSON LUIS CAVALCANTE FERREIRAADV.(A/S) : JOSE JULIO DOS REISRECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE JOÃO PESSOAINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DA SUPLAN -

ASSUPINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA SUPLAN -

ASSEASINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS ANS DA SUPLAN - ASSANSADV.(A/S) : KÁTIA ARAÇARI DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA

DECISÃO: Trata-se de pedido de liminar em reclamação constitucional proposta pela Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado da Paraíba (SUPLAN) em face de decisão proferida pela 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital (João Pessoa-PB) no processo 200.2002.381509-1.

A decisão reclamada determinou à reclamante o “ (…) cumprimento imediato e integral da decisão judicial, consubstanciada no pagamento dos servidores substituídos dos valores correspondentes à implantação da atualização do salário mínimo como menor salário no Plano de Cargos e Salários da categoria, no período de novembro de 2008 à outubro de 2010”.

A reclamante alega que a decisão reclamada viola a Súmula Vinculante 4.

De acordo com o relato contido na inicial, a decisão reclamada, proferida em sede de execução, fundamenta-se em sentença de conhecimento exarada por aquele órgão judiciário em ação promovida por associações de servidores da SUPLAN.

Na decisão originária, transitada em julgado, referida ação foi julgada procedente para condenar a SUPLAN a “(....) implantar, no Plano de Cargos e Salários de seus servidores, como piso, a remuneração mínima legal, ou seja, o salário mínimo nacional, procedendo, ainda, ao escalonamento conforme prevê o referido plano, bem como a pagar a diferença entre a remuneração recebida, inclusive o 13 º salário e o adicional de férias, e a que teriam recebido se sobre ela houvesse sido aplicado o escalonamento sobre o salário mínimo vigente à época, observado, contudo, a prescrição quinquenal”.

O pedido liminar é de suspensão da decisão reclamada. Segundo a reclamante, estão presentes os requisitos para a sua concessão, uma vez que, por um lado, a Súmula Vinculante 4 reconhece a impossibilidade de fixação de reajuste salarial por meio de decisão judicial e, por outro, não existem condições financeiras de atender ao disposto na ordem judicial reclamada, dada a ausência de previsão orçamentária.

As informações prestadas pelo juízo reclamado dão conta de que a reclamante já deu cumprimento à decisão judicial impugnada, tendo implantado o reajuste de acordo o previsto na sentença transitada em julgado, encontrando-se pendente, apenas, o pagamento dos valores retroativos, a ser efetuado mediante precatório.

É o relatório.Decido.As informações prestadas pelo juízo reclamado permitem afirmar a

prejudicialidade do pedido liminar, uma vez que a reclamante atendeu integralmente à ordem impugnada.

Julgo prejudicado, portanto, o pedido de liminar.No mérito, tudo recomenda uma pronta apreciação da matéria pelo

Plenário deste Supremo Tribunal Federal. Abra-se vista à Procuradoria Geral da República para manifestação.Publique-se. Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.340 (369)ORIGEM :PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE RIBEIRO GONÇALVESADV.(A/S) : BRUNO FERREIRA CORREIA LIMARECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

FLORIANOINTDO.(A/S) : RITA BORGES VIEIRA DA ROCHAADV.(A/S) : JOÃO EVANGELISTA PEREIRA DE ARAÚJO

Requisitem-se prévias informações.Após, será apreciado o pleito liminar.Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 13.374 (370)ORIGEM :PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A - FILIAL

PONTA GROSSAADV.(A/S) : JOSÉ ANTÔNIO CORDEIRO CALVO E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA

COMARCA DE PONTA GROSSARECLDO.(A/S) : SEGUNDA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS

ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DO ESTADO DO PARANÁ

INTDO.(A/S) : ANTONIO QUEIROZ BARBOSAADV.(A/S) : LEONARDO WERLANG

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, fundada no art. 105, I, f, da Constituição Federal, proposta por NET Serviços de Comunicação S/A, contra decisões proferidas pela 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado do Paraná, nos autos do Mandado de Segurança 0000037-55.2012.8.16.9000, e pelo Juiz titular do 1º Juizado Especial Cível de Ponta Grossa/PR, no autos da reclamação Cível 0011778-06.2011.8.16.0019.

A reclamante, alega, em sua própria síntese, que:“O Sr. ANTONIO QUEIROZ BARBOSA ajuizou reclamação cível

proposta para fins de condenar a Impetrante a cumprir a suposta oferta alegada pelo Reclamante, bem como, declarar indevidas as cobranças geradas a maior, com o seu respectivo ressarcimento e, ainda, condenação da Reclamante ao pagamento de indenização por danos morais.

Devidamente intimada a responder a demanda proposta, a Reclamante demonstrou que jamais houve cobrança indevida, bem como, que não houve oferta nos termos alegados pelo Reclamante.

Defendeu ainda que inexistiram fatos gravosos o suficiente para dar ensejo à indenização por danos morais, pois o sr. Antônio Queiroz Barbosa nem sequer logro êxito em provar o alegado.

Por fim, pugnou-se pela improcedência total da demanda e, sucessivamente, em entendendo o magistrado pela restituição dos valores cobrados, que esta se desse na forma simples, bem como, entendendo pela configuração de danos morais, que os valores fossem arbitrados com prudência e proporcionalidade.

Com base nos fatos mencionados, decidiu o Juiz de Primeiro Grau pela procedência do pedido, condenando a Impetrante a restituir os valores pagos pelo sr. Antônio Queiroz Barbosa, de forma dobrada, devendo o mesmo apresentar planilha para o cálculo do montante ressarcível.

Contudo, ante ao evidente equívoco na interpretação dos fatos pelo Magistrado a quo, não restou alternativa à Reclamante, senão interpor o Recurso Inominado à Colenda Turma Recursal Única do Estado do Paraná, objetivando a reforma da decisão prolatada.

Não obstante, conforme anteriormente mencionado, o Impetrado decidiu não receber o Recurso Inominado interposto, alegando insuficiência de preparo.

Inconformados com o flagrante abuso de direito e ilegalidade na decisão do magistrado de primeiro grau, os Reclamante impetraram Mandado de Segurança, requerendo que fosse aberto prazo ao Reclamante complementar as custas recursais e que o Recurso Inominado fosse recebido.

Ocorre que, em decisão sobre o Mandado de Segurança, o juiz relator não vislumbrou direito líquido e certo a ser tutelado pela via mandamental, devido a isso, com fundamento no artigo 10, da Lei 12.016/2009, indeferiu de plano a petição inicial”.

Sustenta, pois, a ocorrência de usurpação da competência desta Corte por violação aos incisos II e LV do art. 5º da Carta Maior, bem como ao princípio do duplo grau de jurisdição.

Pugna, por essa razão, pelo deferimento da liminar para que se determine a “suspensão do cumprimento de sentença no processo originário de nº 2010.0000007-3/0”. No mérito, requer seja o “Recurso Inominado processado e a matéria seja novamente examinada com a reparação da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 77: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 77

injustiça que foi praticada, mediante o exame da ilegalidade contida nas V. Decisões ora impugnadas”.

É o relatório necessário. Decido.Preliminarmente, observo que a reclamante aponta como dispositivo

autorizador desta reclamação o art. 105, I, f, da CF, no qual se prevê o cabimento de reclamação para a preservação da competência e garantia da autoridade das decisões do Superior Tribunal de Justiça - e não desta Corte.

Ainda que assim não o fosse, bem examinados os autos, vê-se que a pretensão não merece acolhida, pois o pedido formulado nesta reclamação não se enquadra em nenhuma das duas hipóteses permissivas inscritas no art. 102, I, l, da Constituição Federal, ou seja, não se presta a preservar a competência da Suprema Corte ou a garantir a autoridade de suas decisões.

Isso porque a reclamante, em sua petição, não aponta qualquer decisão proferida por este Tribunal que estaria sendo descumprida pelas autoridades reclamadas, tampouco indica qualquer situação que configure desrespeito à competência do Supremo Tribunal Federal.

Além disso, a reclamação não se presta a desbordar os caminhos recursais ordinários ou outras medidas processuais para afrontar atos tidos como ilegais ou abusivos. A via recursal escolhida está reservada àqueles casos em que se está a desafiar diretamente a autoridade da Suprema Corte, situação que não se evidencia na espécie.

Com efeito, não se pode ampliar o alcance da reclamação, sob pena de transformá-la em verdadeiro sucedâneo ou substitutivo de recurso, ajuizada diretamente no órgão máximo do Poder Judiciário.

Destaco, ainda, que o Plenário deste Tribunal reconheceu a validade constitucional da norma legal que inclui, na esfera de atribuições do Relator, a competência para negar seguimento, por meio de decisão monocrática, a recursos, pedidos ou ações, quando inadmissíveis, intempestivos, sem objeto ou que veiculem pretensão incompatível com a jurisprudência predominante desta Corte.

Nesse sentido, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, poderá o Relator:

“negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência dominante ou a Súmula do Tribunal, deles não conhecer em caso de incompetência manifesta, encaminhando os autos ao órgão que repute competente, bem como cassar ou reformar, liminarmente, acórdão contrário à orientação firmada nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil”.

Isso posto, nego seguimento a esta reclamação (RISTF, art. 21, § 1º). Prejudicado, pois, o exame da medida liminar.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 13.393 (371)ORIGEM :PROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : MILTON HISSACHI MITSUTAKEADV.(A/S) : MARIA DO CARMO EGUEZ CALDAS BEZERRARECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTAD

DE RONDÔNIAINTDO.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA

DESPACHO: Requisitem-se informações no prazo legal (RISTF, art. 157). Após o recebimento delas, abra-se vista ao procurador-geral da República.

Publique-se.Brasília, 09 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.394 (372)ORIGEM : RR - 00089201109003004 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 3º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃOINTDO.(A/S) : LEILIANO VIEIRA DE JESUSINTDO.(A/S) : HIGITERC - HIGIENIZAÇÃO E TERCEIRIZAÇÃO LTDA

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Estado de Minas Gerais contra o acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da Terceira Região no Processo 0089.2011-090-03-00-4, por violação da autoridade da Súmula Vinculante 10 e da decisão proferida na ADC 16.

O estado-reclamante narra ter a autoridade-reclamada condenado-o subsidiariamente ao pagamento de verbas trabalhistas ao interessado Leiliano Vieira de Jesus, em razão da inadimplência do segundo interessado, Higiterc

– Higienização e Terceirização Ltda.Segundo argumenta o estado-reclamante, ao reconhecer a

responsabilidade subsidiária da administração pública motivada pelo inadimplemento de empresa contratada, a autoridade-reclamada declarou a inconstitucionalidade do art. 71 da Lei 8.666/1993. Porém, esta Suprema Corte reconhecera a validade constitucional desse dispositivo, no julgamento da ADC 16.

Ademais, a autoridade-reclamada também teria violado a SV 10, ao declarar a inconstitucionalidade do art. 1º-F da Lei 9.494/1997, sem observar a regra do art. 97 da Constituição (reserva de Plenário), por condenar a administração pública ao pagamento de juros em patamar superior ao limite oficial.

Ante o exposto, pede-se a suspensão da eficácia do ato reclamado e, no mérito, sua cassação.

É o relatório.Decido o pedido de medida liminar.Sem prejuízo de novo exame por ocasião do julgamento de mérito,

considero ausentes os requisitos que ensejariam a concessão da medida liminar pleiteada.

Nesse momento de juízo inicial, próprio das medidas de urgência, ainda não é inconteste a aplicação do art. 1º-F da Lei 9.494/1997 ao quadro, na medida em que tal limitador de juros incide sobre as “condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua natureza e para fins de atualização monetária, remuneração do capital e compensação da mora”. Em sentido diverso, a administração foi condenada a salvaguardar a eficácia de crédito trabalhista, cujo sujeito passivo direito é pessoa jurídica de direito privado.

Como o responsável subsidiário é chamado a garantir crédito devido por terceiro, e não crédito próprio, há aparente divergência entre a situação ora examinada e a hipótese de incidência da norma legal que se tem por implicitamente declarada inconstitucional. Se a norma não incide por se constatar a ausência de um de seus pressupostos, não é caso de declaração incidental de inconstitucionalidade.

Na sessão do dia 24 de novembro de 2010, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADC 16, afirmou a constitucionalidade do § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993.

Na mesma assentada, a Corte deu provimento a diversos agravos regimentais em reclamações (v.g. RCL 8.150 e RCL 7.517) em que se discutia a ofensa à Súmula Vinculante 10, decorrente da aplicação do Enunciado 331, IV do TST, pelo Tribunal Superior do Trabalho e por Tribunais Regionais do Trabalho.

O Supremo Tribunal Federal afirmou que a decisão de órgão fracionário que aplica o Enunciado 331, IV do TST nega vigência ao § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993 e, portanto, ofende a Súmula Vinculante 10.

Porém, no caso em exame, a autoridade reclamada aponta ter concluído pela conduta culposa da reclamante, de modo determinante à frustração das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa-interessada.

Nesse sentido, transcrevo o seguinte trecho do ato reclamado:“Por fim, resta evidenciada a conduta culposa da 2ª reclamada, tanto

na escolha da 1ª ré, quanto na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora, visto que o inadimplemento das parcelas se deu no curso do contrato de trabalho sem qualquer interferência sua, ou notícia de que tivesse usado seu poder fiscalizador” (grifei – Doc. 05).

Diante do reconhecimento expresso de ato específico caracterizador de culpa, fica arrefecido o necessário fumus boni juris.

Ante o exposto, indefiro o pedido para concessão de medida liminar.

Solicitem-se informações, que deverão ser prestadas no prazo de dez dias.

Após, abra-se vista dos autos ao procurador-geral da República.Publique-se. Int..Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 13.405 (373)ORIGEM :PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A - FILIAL

LONDRINAADV.(A/S) : JOSE ANTONIO CORDEIRO CALVO E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁINTDO.(A/S) : BRUNO PULPOR CARVALHO PEREIRA

DECISÃO: Trata-se de reclamação proposta por Net Serviços de Comunicação S.A. - Filial Londrina contra decisão da Turma Recursal dos Juizados Especiais do Estado do Paraná que julgou prejudicado recurso extraordinário interposto nos autos da ação 0021188-74.2009.8.16.0014.

Segundo a reclamante, houve usurpação da competência desta Corte para apreciar o recurso.

A decisão que indeferiu o processamento do recurso extraordinário

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 78: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 78

menciona o entendimento desta Corte no sentido da inexistência de repercussão geral quanto à responsabilidade do fornecedor por dano material causado a consumidor (AI 765.567-RG, rel. min. Gilmar Mendes, DJe 01.10.2010; ARE 640.525-RG, rel. min. Cezar Peluso, DJe 31.08.2011).

Esta Corte, reunida em sessão plenária, concluiu que a reclamação não é o remédio adequado para apreciar a correção da aplicação de precedente em repercussão geral (Rcl 7.547 e Rcl 7.569, rel. min. Ellen Gracie, julgados em 19.11.2009, DJe 11.12.2009).

Ante o exposto, não conheço da presente reclamação.Publique-se. Arquive-se.Brasília, 12 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.414 (374)ORIGEM : RO - 00057001320105020070 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 2º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA UNIVERSIDADE DE SÃO

PAULO - USPRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃOINTDO.(A/S) : MANOEL WALTER ALVES FEITOSAADV.(A/S) : MARCIA RUBIA S CARDOSO ALVESINTDO.(A/S) : CORPORAÇÃO GUTTY DE SEGURANÇA

PATRIMONIAL E VIGILÂNCIA LTDA

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pela Universidade de São Paulo contra acórdão prolatado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, nos autos do Processo 0000057-74.2010.5.02.0070.

Narra a reclamante ter sido condenada subsidiariamente ao pagamento de verbas trabalhistas devida pela interessada, Corporação Gutty de Segurança Patrimonial e Vigilância Ltda., ao interessado Manual Walter Alves Feitosa.

Segundo argumenta a reclamante, ao condenar entidade pública ao pagamento subsidiário de valor devido por empresa contratada, a autoridade reclamada violou a autoridade da ADC 16 e da Súmula Vinculante 10 (declaração de inconstitucionalidade, por órgão fracionário, do art. 71, § 1º da Lei 8.666/1993).

Em especial, embora entenda exonerada do dever de fiscalizar o bom cumprimento das regras trabalhistas aplicáveis aos empregados terceirizados, a reclamante afirma ser equivocada a imputação da conduta culposa, nos seguintes termos:

“Cabe ressaltar, a propósito, que, conforme se depreende da decisão, o trabalhador não prestava serviços à USP quando da rescisão do contrato de emprego. Assim, logicamente, a Administração Pública não reunia condições de comprovar o cumprimento de obrigação trabalhista que não lhe dizia mais respeito. À evidência, o dever de fiscalização (se existente) só perdura enquanto houver prestação de serviços; cessada esta, cessa, também, o dever de fiscalização.

Dessa maneira, verifica-se que, em razão da mera inadimplência – referente apenas a estas poucas verbas: vale transporte, vale refeição e adicional por trabalho noturno referente ao mês de novembro de 2009 –, se reconheceu a responsabilidade do Poder Público.

Não se investigou se o inadimplemento teve como causa a falta ou a falha de fiscalização exercida pela Administração pública, o que caracteriza a afronta à autoridade da decisão proferida pelo . STF na ADC nº 16.” (Doc. 02).

Ante o exposto, pede-se a concessão de medida liminar para suspender os efeitos do acórdão reclamado e, no mérito, sua cassação.

É o relatório.Decido o pedido de medida liminar.Sem prejuízo de novo exame por ocasião do julgamento de mérito,

considero ausentes os requisitos que ensejariam a concessão da medida liminar pleiteada.

Na sessão do dia 24 de novembro de 2010, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADC 16, afirmou a constitucionalidade do § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993.

Na mesma assentada, a Corte deu provimento a diversos agravos regimentais em reclamações (v.g. RCL 8.150 e RCL 7.517) em que se discutia a ofensa à Súmula Vinculante 10, decorrente da aplicação do Enunciado 331, IV do TST, pelo Tribunal Superior do Trabalho e por Tribunais Regionais do Trabalho.

O Supremo Tribunal Federal afirmou que a decisão de órgão fracionário que aplica o Enunciado 331, IV do TST nega vigência ao § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993 e, portanto, ofende a Súmula Vinculante 10.

Porém, no caso em exame, a autoridade reclamada aponta ter concluído pela conduta culposa da reclamante, de modo determinante à frustração das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa-interessada.

Por oportuno, registro a seguinte passagem do acórdão reclamado: “[...] o reclamante trabalhou nas dependências da segunda

reclamada durante todo o liame empregatício com a primeira, sendo justificável o lapso temporal entre a ruptura contratual ocorrida entre as rés e a formalização da dispensa do autor

[…].Como já referido no tópico anterior, bem como pelo juízo prolator, o

fato de a prestação de serviços à segunda reclamada ter cessado em 28.11.2009 e a rescisão do contrato de trabalho ter ocorrido em 05.12.2009 não afasta a responsabilidade da recorrente pelo pagamento das verbas rescisórias, mormente porque, durante todo o liame laboral com a primeira ré, o reclamante prestou serviços nas dependências da segunda, sendo que o lapso entre a rescisão do contrato civil entre as co-rés e a dispensa do autor é justificável, ante os procedimentos necessários à ruptura.

Assim, não há que se falar em limitação da responsabilidade da recorrente apenas até 28.11.2009, tampouco há que se falar em julgamento ultra petita.

Ademais, as verbas rescisórias, incluindo o saldo de salário, são oriundas da relação de emprego havida com a prestadora de serviços, ainda que se refiram à ruptura do pacto laboral, razão pela qual mantenho a condenação subsidiária em relação a tais verbas.” (Doc. 07).

Como neste momento de juízo inicial, próprio das medidas de urgência, não está plenamente afastada a aplicabilidade da norma que obriga a administração a fiscalizar a boa execução do contrato, nem a possibilidade de exigir prestação de contas mesmo após o término da relação, falta ao argumento o necessário fumus boni juris.

Ante o exposto, indefiro o pedido para concessão da medida liminar.

Solicitem-se informações à autoridade reclamada, que deverão ser prestadas no prazo de dez dias.

Após, abra-se vista dos autos ao procurador-geral da República.Publique-se. Int..Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.416 (375)ORIGEM : IUJ - 00438006820105230000 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 23º REGIÃOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : SADIA S/AADV.(A/S) : INDALÉCIO GOMES NETO E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 23ª REGIÃOINTDO.(A/S) : ANTONIO RODRIGUES DOS SANTOSADV.(A/S) : ISRAEL MOREIRA DE ALMEIDA

DESPACHO: Requisitem-se as informações no prazo legal (RISTF, art. 157). Após o recebimento delas, decidirei sobre o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 13.422 (376)ORIGEM : PROC - 12003200701111004 - JUIZ DO TRABALHO DA

11º REGIÃOPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE MANAUSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUSRECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 11ª VARA DO TRABALHO DE

MANAUSINTDO.(A/S) : ALANKARDEC DOS SANTOS MATTOSADV.(A/S) : JULIANA CHAVES COIMBRA GARCIA

DESPACHO: Requisitem-se informações à autoridade reclamada, a serem prestadas em 10 (dez) dias.

Publique-se.Brasília, 13 de março de 2012

Ministro JOAQUIM BARBOSA

RelatorDocumento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.430 (377)ORIGEM : TST-AIRR - 9148820105140005 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : SEBASTIÃO FERNANDES DE OLIVEIRA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 79: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 79

INTDO.(A/S) : ROCHA SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida cautelar, na qual se alega que o ato ora impugnado teria transgredido a autoridade do julgamento que esta Suprema Corte proferiu, com efeito vinculante, no exame da ADC 16/DF, Rel. Min. CEZAR PELUSO.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento da ADC 16/DF, não obstante tenha confirmado a plena validade constitucional do § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/93 – por entender juridicamente incompatível com a Constituição a transferência automática, em detrimento da Administração Pública, dos encargos trabalhistas, fiscais, comerciais e previdenciários resultantes da execução do contrato, na hipótese de inadimplência da empresa contratada –, não deixou de assinalar que essa declaração de constitucionalidade não impediria, em cada situação ocorrente, o reconhecimento de eventual culpa “in omittendo” ou “in vigilando” do Poder Público.

O exame da decisão ora reclamada, ainda que efetuado em juízo de sumária cognição, parece evidenciar, considerada a situação concreta nela apreciada, que se reconheceu, na espécie, a responsabilidade subsidiária da parte ora reclamante, em decorrência de situação aparentemente configuradora de “culpa in vigilando”.

Cabe relembrar, no ponto, por relevante, decisões recentes proferidas por eminentes Ministros desta Suprema Corte em matéria idêntica à que ora se analisa (Rcl 11.487-MC/SE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – Rcl 11.698-MC/GO, Rel. Min. AYRES BRITTO– Rcl 11.712- -MC/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO, v.g.).

Não vislumbro, desse modo, a ocorrência do alegado desrespeito à autoridade da decisão que esta Corte proferiu, com eficácia vinculante, no julgamento da ADC 16/DF.

Sendo assim, em face das razões expostas, e considerando, ainda, recentes decisões por mim proferidas (Rcl 11.308-MC/AC, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 11.855-MC/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO), indefiro o pedido de medida cautelar.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 13.436 (378)ORIGEM : AIRR - 7519220105150066 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MARIA BARSANULFA DOS SANTOSADV.(A/S) : SÉRGIO TOZETTO

DESPACHORECLAMAÇÃO – CONTRADITÓRIO – INFORMAÇÕES –

PARECER DA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA.1. Deem ciência, via postal, desta reclamação, à interessada e

solicitem informações. Com o recebimento, colham o parecer da Procuradoria Geral da República.

2. Publiquem.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSOS

SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 641.435 (379)ORIGEM : AC - 200400366953 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁSAGDO.(A/S) : AXA SEGUROS BRASIL S/AADV.(A/S) : SERGIO BERMUDES

DECISÃO: Trata-se de petição de agravo regimental na qual se questiona o ato de fl. 313, que reconsiderou a decisão de fl. 292, julgou prejudicado o agravo regimental de fls. 297-299 e determinou a remessa dos autos à origem, com base no RE-RG 631.111, Rel. Min. Ayres Britto, para os fins do disposto no art. 543-B do CPC.

O agravante sustenta que, “antes de determinar o sobrestamento do feito, pela regra do artigo 543-B do Código de Processo Civil, esse egrégio Supremo Tribunal Federal deve avaliar se o agravo de instrumento preenche os requisitos legais para o seu conhecimento”. (fl. 317)

Aduz que, no caso em comento, restou configurada a ausência de

peça essencial à formação do instrumento, qual seja, a cópia dos atos constitutivos da seguradora agravada.

Decido.Inicialmente, registre-se que a cópia dos atos constitutivos da pessoa

jurídica não é peça obrigatória à formação do instrumento, segundo disposição do art. 525 do CPC.

Ainda que assim não fosse, cumpre destacar que o ato que determina a remessa dos autos à origem para a aplicação da sistemática da repercussão geral é ato de mero expediente e, por isso, não desafia impugnação.

O Plenário deste Tribunal decidiu não ser cabível recurso para o Supremo Tribunal Federal contra a aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem. Transcrevo a ementa do AI-QO 760.358, de minha relatoria, DJe 18.2.2010:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem” (grifei).

Com mais razão, não cabe recurso contra a aplicação da sistemática por Ministro deste Tribunal, diante da inexistência de conteúdo decisório. Nesse sentido, as seguintes decisões, entre outras: RE-AgR 593.078, Rel. Min. Eros Grau; DJe 19.12.2008; AI 705.038, Rel. Min Ellen Gracie; DJe 19.11.2008 e AI-AgR 696.454, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 10.11.2008. Transcrevo essa última decisão:

“O ato judicial que faz incidir a regra inscrita no art. 543-B do CPC não possui conteúdo decisório nem se reveste de lesividade, pois traduz mera conseqüência – admitida pela própria jurisprudência plenária do Supremo Tribunal Federal (AI 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE e RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO) – que resulta do reconhecimento da existência de repercussão geral de determinada controvérsia constitucional suscitada em sede recursal extraordinária, tal como sucede no caso ora em exame.

A ausência de gravame, no caso em análise, decorre da circunstância de que, julgado o mérito do apelo extremo em que reconhecida a repercussão geral, os demais recursos extraordinários, que se acham sobrestados, ‘serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se’ (CPC, art. 543-B, §3º- grifei).

A inadmissibilidade de recurso, em tal situação, deriva da circunstância – processualmente relevante – de que o ato em causa não consubstancia, seja a solução da própria controvérsia constitucional (a ser apreciada no RE 567.454/BA), seja a resolução de qualquer questão incidente.

Tratando-se, pois, de manifestação que não se ajusta, em face do seu próprio teor, ao perfil normativo dos atos de conteúdo sentencial (CPC, art. 162, §1º) ou de caráter decisório (CPC, art. 162, §2º), resulta evidente a irrecorribilidade do ato que meramente ordenou, como no caso, a devolução dos presentes autos ao órgão judiciário de origem, nos termos e para os fins do art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei n. 11.418/2006).

Sendo assim, e em face das razões, não conheço, por inadmissível, do presente recurso de agravo”. (destaquei)

No mesmo sentido pronunciei-me, ao negar a liminar no MS 28.551, DJe 13.5.2010:

“Registre-se que a devolução determinada pela Presidência e cumprida pela Secretaria Judiciária do STF não se reveste de ato jurisdicional, mas simples mecânica que permita aos órgãos de origem examinarem se o caso concreto é, ou não, semelhante a caso paradigma ou representativo da controvérsia já examinado pelo Pretório Excelso.

Nesse sentido, tanto o comando constitucional, inserido pela Emenda Constitucional n. 45/2004, quanto as disposições do Código de Processo Civil e do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal convergem para a racionalização do procedimento, de sorte que desobrigue o Tribunal e seus Ministros de examinar repetidas vezes a mesma questão constitucional.

Portanto, ausente o indispensável fumus boni juris para concessão da medida liminar pleiteada.

Indefiro o pedido de liminar”. (grifei)Assim, nada há a deferir.Determino a imediata baixa dos autos.Publique-se. Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro GILMAR MENDES

Relator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 80: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 80

Documento assinado digitalmente.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.056 (380)ORIGEM : MS - 10060060512 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAAGDO.(A/S) : FELIPE SOUSA DA COSTAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

DESPACHO: Vistos.Certifique-se o trânsito em julgado do acórdão de fls. 189 a 198,

baixando os autos à origem, a seguir.Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.150 (381)ORIGEM : PROC - 20055159001100101 - 1ª TURMA

REC.JUIZ.ESP.FED.-SEÇ.JUD.RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : LÉA PEDRO DA SILVAADV.(A/S) : PEDRO ANTONIO FELISARDO DE SOUSA

DECISÃOAGRAVO REGIMENTAL – JUÍZO DE RETRATAÇÃO –

GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA – GDATA – LEI Nº 10.404/2002 – PRECEDENTES DO PLENÁRIO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PROVIMENTO EM AUTOS DE AGRAVO PROVIDO.

1. À folha 105 proferi a seguinte decisão:GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-

ADMINISTRATIVA – GDATA – LEI Nº 10.404/2002 – PRECEDENTES DO PLENÁRIO – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONHECIMENTO E PROVIMENTO NOS AUTOS DE AGRAVO PROVIDO.

1. Em sessão realizada em 19 de abril de 2007, o Tribunal Pleno, julgando os Recursos Extraordinários nos 476.279-0/DF e 476.390-7/DF, decidiu a matéria versada neste processo. Na oportunidade, veio a prevalecer o entendimento segundo o qual a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico–Administrativa – GDATA, instituída pela Lei nº 10.404/2002, é devida aos servidores inativos, no valor correspondente a 37,5 pontos, de janeiro a maio de 2002. Para o período posterior a maio de 2002, concluiu o Colegiado que devem ser observados os termos do artigo 5º, parágrafo único, da referida Lei e, a partir de 25 de novembro de 2004, as alterações introduzidas pela Lei nº 10.971/2004, que implicaram a fixação do percentual de 30%.

2. Diante da sedimentação do entendimento, ressalvando a convicção pessoal, conheço deste agravo e o provejo, consignando o enquadramento do extraordinário no permissivo da alínea “a” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Ante os precedentes, aciono o disposto nos artigos 544, §§ 3º e 4º, e 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e julgo, desde logo, o extraordinário, conhecendo-o e provendo-o para, reformando o acórdão recorrido, assentar que a parcela, presente o direito de servidor aposentado, seja calculada considerados os parâmetros estabelecidos nos citados precedentes.

3. Publiquem.No agravo de folha 110 a 114, alude-se à impossibilidade de reforma

em prejuízo da União, haja vista a ausência de recurso interposto pela parte agravada em relação à decisão do Colegiado de origem. No mais, defende-se a necessidade de redistribuição dos ônus de sucumbência.

Conforme certificado à folha 120, a parte agravada não apresentou contraminuta.

2. Na interposição deste agravo, foram observados os pressupostos de recorribilidade. A peça está subscrita pelo Advogado-Geral da União e restou protocolada no prazo assinado em lei.

Conforme assentado na decisão agravada, em sessão realizada em 19 de abril de 2007, o Tribunal Pleno, julgando o Recurso Extraordinário nº 476.279-0/DF, decidiu a matéria versada neste processo. Na oportunidade, veio a prevalecer o entendimento segundo o qual a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico–Administrativa – GDATA, instituída pela Lei nº 10.404/2002, é devida aos servidores inativos, no valor correspondente a 37,5 pontos, de janeiro a maio de 2002. Para o período posterior a maio de 2002, concluiu o Colegiado que devem ser observados os termos do artigo 5º, parágrafo único, da referida Lei e, a partir de 25 de novembro de 2004, as alterações introduzidas pela Lei nº 10.971/2004, que implicaram a fixação do percentual de 60 pontos.

3. Reconsidero parcialmente o ato impugnado, e ressalvando a convicção pessoal, conheço deste agravo e o provejo, consignando o enquadramento do extraordinário no permissivo da alínea “a” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Ante os precedentes, aciono o disposto nos artigos 544, §§ 3º e 4º, e 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e julgo, desde logo, o extraordinário, conhecendo-o e provendo-o para, reformando a decisão recorrida, assentar que a parcela, presente o direito de servidor aposentado, seja calculada considerados os parâmetros estabelecidos no citado precedente, no que não implicar reforma em prejuízo da recorrente. Ante a sucumbência recíproca, distribuam-se os ônus respectivos.

4. Publiquem.Brasília, 8 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.295 (382)ORIGEM : AC - 493192 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : CISPER INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS GARCIA DE SOUZAAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: Conforme noticiado pela petição de fls. 103-105, verifico que ocorreu a perda superveniente do objeto do presente agravo de instrumento, por força de coisa julgada aperfeiçoada na decisão proferida no RE-AgR 354.853, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 30.9.2011.

Nesse sentido, entre outros, os seguintes precedentes: AI-AgR 727.250, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 29.10.2009; e RE-terceiro-AgR 599.922, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 19.05.2011.

Ante o exposto, com fulcro nos arts. 21, § 1º, do RISTF e 557, caput, do Código de Processo Civil, reconsidero a decisão de fls. 99-100 e julgo prejudicado o agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro GILMAR MENDES

RelatorDocumento assinado digitalmente

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 731.626

(383)

ORIGEM : AC - 70018765156 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : JOSÉ RENATO BORGESADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉADV.(A/S) : LARA CORRÊAAGDO.(A/S) : ENIO SCHENKELADV.(A/S) : PAULO LUIZ PEREIRA

DESPACHO: Vistos.O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico,

concluiu, no exame do RE nº 586.453/SE, Relatora a Ministra Ellen Gracie, pela existência da repercussão geral de uma das matérias constitucionais versadas nestes autos. Trata-se da discussão acerca da competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidades de previdência privada. Destarte, determino o sobrestamento do feito até o julgamento do RE nº 586.453/SE. Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.885 (384)ORIGEM : AMS - 200451010166509 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MARIA AUXILIADORA DE ALMEIDA SILVAADV.(A/S) : WANESSA LUIZA DE SOUZA SEABRA E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Vistos.Excluam-se dos autos as cópias endereçadas por engano (fls. 119 a

124 e 130 a 133), devolvendo-as ao peticionário.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 81: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 81

Indefiro o pedido de pronta execução da decisão de fls. 98 a 100, pois ela foi objeto de agravo regimental e, ainda, porque veio a altear situação fática que já perdurava havia vários anos, desde que prolatado o acórdão regional de fls. 62 a 69.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 524.821 (385)ORIGEM : AI - 200504010257145 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ILDO MEYERADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão do Min. Cezar Peluso que negou seguimento ao recurso extraordinário da União, assentando que a pretensão recorrente contrariava jurisprudência desta Corte.

Ocorre que, em data posterior ao julgamento monocrático, no exame do RE-QO-RG 591.085, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 20.2.2009, por meio eletrônico, o Plenário desta Corte submeteu a questão trazida na petição do extraordinário à sistemática da repercussão geral (Tema nº 147).

Desse modo, reconsidero a decisão agravada (fls. 217-219), julgo prejudicado o agravo interno (fls. 223-233), e determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 663.023 (386)ORIGEM : RESP - 924959 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES FEDERAIS DO RIO

GRANDE DO SUL - SINDISERF/RSADV.(A/S) : VALMIR FLORIANO VIEIRA DE ANDRADE

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2. Publiquem.Brasília, 23 de fevereiro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 595.530 (387)ORIGEM : AC - 10024031437551002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - MARCO

TÚLIO DE CARVALHO ROCHAAGDO.(A/S) : IVAN FERREIRA DO AMARAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIANA ELISA SANTOS OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DESPACHOREPRESENTAÇÃO PROCESSUAL – PROCURAÇÃO – JUNTADA –

INTIMAÇÕES.1.À folha 101, o agravado Messias Ferreira Maciel requer a juntada

de procuração e de substabelecimento bem como indica os nomes dos Drs. Leonel Martins Bispo e Luciano Alves da Costa para constar das futuras intimações.

2.O credenciamento de vários profissionais da advocacia não enseja as inserções pretendidas. A parte deve indicar a preferência no registro do nome de um deles. Não o fazendo, observar-se-á o que disposto no artigo 236 do Código de Processo Civil quanto às intimações e, no tocante à autuação, a regra do lançamento de nome seguido da expressão “e outros”. Procedam como consignado.

3.Publiquem.Brasília, 28 de fevereiro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 595.530 (388)ORIGEM : AC - 10024031437551002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - MARCO

TÚLIO DE CARVALHO ROCHAAGDO.(A/S) : IVAN FERREIRA DO AMARAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIANA ELISA SANTOS OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DESPACHO1.Baixem os autos à 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual e

Autarquias da Capital – Minas Gerais, para a apreciação do pedido formalizado às folhas 89 e 90, conforme determinei à folha 94.

2.A seguir, os autos deverão retornar a este Tribunal para o exame do recurso quanto aos demais agravados, caso tenham interesse. De qualquer modo, caberá ao Juízo comunicar ao Supremo os atos praticados.

3.Publiquem. Brasília, 28 de fevereiro de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 606.855 (389)ORIGEM : MS - 20043037183 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁAGDO.(A/S) : ANA DE FÁTIMA SANTANA DOS SANTOSADV.(A/S) : RAIMUNDA DE NAZARÉ GAMA GARCEZ

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 702.118 (390)ORIGEM : ERR - 69603420007 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : ROSILDA PINTO COSTAADV.(A/S) : JOSÉ RODRIGUES DE ARAÚJO

Decisão: Vistos.Estado do Amazonas interpõe agravo de instrumento contra a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 82: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 82

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 106 da Constituição Federal de 1967 e aos artigos 37, incisos II e IX e parágrafo 2º, e 114 da Constituição Federal de 1988 .

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Turma, do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“ESTADO DO AMAZONAS. CONTRATAÇÃO EM REGIME ESPECIAL. LEI ESTADUAL 1.674/84. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. A exigência de fundamentação do recurso de natureza extraordinária, como o de embargos, não importa somente na necessidade de indicação de ofensa a dispositivos de lei federal e/ou da Constituição da República ou de divergência jurisprudencial, na forma do art. 894 da CLT, mas também na imperatividade de a parte recorrente apresentar fundamentação objetiva capaz de desconstituir os fundamentos da decisão impugnada. Note-se que, a teor da Súmula 422 desta Corte, não se conhece de recurso para o TST "quando as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que fora proposta" Recurso de Embargos de que não se conhece” (fl. 104).

Decido.A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º

ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso.

Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo.

No caso em tela, o recurso extraordinário possui a referida preliminar e o apelo foi interposto contra acórdão publicado em 11/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral.

Os artigos 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil e 323, § 1º, in fine, do RISTF, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, prevêem que haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante desta Corte, o que, efetivamente, ocorre no caso dos autos.

Com efeito, a irresignação merece prosperar.No caso em tela, discute-se a competência da Justiça do Trabalho

para processar e julgar reclamação trabalhista ajuizada por servidor contratado pelo Estado de Amazonas, em caráter temporário.

O Plenário desta Corte, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395/DF, Relator o Ministro Cezar Peluso, deferiu liminar para que as ações envolvendo o Poder Público e seus servidores estatutários fossem processadas perante a Justiça Comum, excluída outra interpretação ao artigo 114, inciso I, da Constituição Federal, com a redação da Emenda Constitucional nº 45/2004.

Na Rcl nº 5.381/AM, o Plenário desta Suprema Corte fixou o entendimento no sentido de que se a contratação está regulada por uma lei especial, estadual, que, por sua vez, submete a contratação aos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos, verifica-se a relação de caráter jurídico-administrativo prevista na ADI nº 3.395/DF.

Já no julgamento do RE nº 573.202/AM, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, ocorrido em 21/8/08, também o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, vencido o Ministro Marco Aurélio, concluiu que a relação entre o servidor e o Estado é uma relação de Direito Administrativo, estando subordinada, em qualquer situação, à Justiça comum. O acórdão está assim ementado:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REGIME ESPECIAL. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA REGIDA POR LEGISLAÇÃO LOCAL ANTERIOR À CONSTITUIÇÃO DE 1988, EDITADA COM BASE NO ART. 106 DA CONSTITUIÇÃO DE 1967. ACÓRDÃO QUE RECONHECEU A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. I - Ao reconhecer a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar a reclamação trabalhista, o acórdão recorrido divergiu de pacífica orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal. II - Compete à Justiça Comum processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores submetidos a regime especial disciplinado por lei local editada antes da Constituição Republicana de 1988, com fundamento no art. 106 da Constituição de 1967, na redação que lhe deu a Emenda Constitucional no 1/69, ou no art. 37, IX, da Constituição de 1988. III - Recurso Extraordinário conhecido e provido.”

No mesmo sentido as seguintes decisões monocráticas: Rcl nº 7.476/MG, de minha relatoria, DJ de 12/2/09; Rcl nº 6.886/MG, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 12/2/09; e Rcl nº 6.159/GO, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 20/11/08.

Ante o exposto, nos termos do artigo 544, § 3º, do Código de

Processo Civil, com a redação da Lei nº 9.756/98, conheço do agravo e dou provimento ao recurso extraordinário para reconhecer a competência da Justiça comum estadual para o julgamento da presente ação.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 706.026 (391)ORIGEM : AC - 2654845000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : NEWTON ALVES MARTINS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : COSME LUIZ DA MOTA PAVANAGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE

PRESIDENTE PRUDENTEADV.(A/S) : JOÃO BAPTISTA MIMESSE GONÇALVES

DECISÃO:VISTOS.Newton Alves Martins e outros interpõem agravo de instrumento

contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 37 e 201 da Constituição Federal.

Insurgem-se, no apelo extremo, com fundamento nas alíneas “a” e “c” do permissivo constitucional, contra acórdão da Quinta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“Apelação Cível – Mandado de Segurança.Carteira de Previdência – Criação local de Fundo específico que

deveria ser regulado por Ato da Mesa da edilidade, além de regulamentar, em perfeito divórcio com a legislação local de criação estabeleceu que na indisponibilidade financeira do Fundo os valores necessários para cobertura das pensões seriam extirpados do orçamento – Ato de inovação do universo jurídico – Usurpação de competência do Plenário da Casa – Vício de competência do Plenário da Casa – Vício de competência – Ilegalidade do Ato da mesa diretiva,

Segurança denegada.Nega-se provimento ao recurso interposto” (fl. 71).Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em

4/8/06, conforme expresso na certidão de folha 76, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que os dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nº 282 e 356 desta Corte.

Ademais, no que se refere à alínea “c” do permissivo constitucional, verifica-se que o recurso extraordinário não merece prosperar, pois na instância judicante não houve julgamento declarando válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal. Nesse sentido, cite-se:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO COM BASE NAS ALÍNEAS C E D DO INCISO III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA DE CONFLITO DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. AGRAVO IMPROVIDO. I – O acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. II – A admissão do recurso extraordinário pela alínea d do inciso III do art. 102 da Constituição Federal pressupõe a ocorrência de conflito de competência legislativa entre os entes da Federação. Dessa forma, é incabível o apelo extremo, fundado no aludido dispositivo, cuja pretensão seja provocar o reexame da interpretação de norma infraconstitucional conferida pelo Juízo de origem. III – Agravo regimental improvido” (AI nº 769.919/RS AgR-segundo, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Dje de 27/9/11).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 714.138 (392)ORIGEM : AC - 70014377246 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : VINÍCIUS DE OLIVEIRA BERNIAGDO.(A/S) : GETÚLIO DO AMARAL NUNES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 83: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 83

ADV.(A/S) : CARLO ROSITO DA SILVAINTDO.(A/S) : SIRIO FUHRINTDO.(A/S) : OTAVIO RODRIGUES DA SILVAINTDO.(A/S) : TURIBIO DA COSTA LOPESINTDO.(A/S) : JOSSEM LUIZ NETTO CONCEIÇÃOINTDO.(A/S) : SILVIO PEDRO DE FREITASINTDO.(A/S) : HERMES LUIZ FERREIRAINTDO.(A/S) : NEMIAS GARCIA NUNESINTDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS BENETTI

Decisão:Vistos. Fundação Petrobrás de Seguridade Social - PETROS interpõe agravo

de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 84, inciso IV e 202, da Constituição Federal de 1988 e 81, inciso III, da Constituição Federal de 1967.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL – PETROS. AÇÃO CONDENATÓRIA. SUPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. RESTRIÇÃO ETÁRIA.

O decreto Regulamentar e o Regulamento do Plano de Benefícios contêm condição restritiva manifestamente inconstitucional ao exigir a idade mínima de 55 anos para repassar a complementação da aposentadoria.

PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. No tocante à prescrição qüinqüenal deve ser acolhida, uma vez que incide nas prestações previdenciárias não pagas ou pagas incorretamente, a contar do qüinqüênio anterior à propositura da ação. Teor da Súmula n 291 do STJ.

JUROS MORATÓRIOS. Devem ser elevados para o patamar legal previsto no novo Código Civil (art. 406 c/c o art. 161, § 1º do CTN), na ordem de 1% (um por cento) ao mês, a contar da citação.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Deve ser mantida a condenação estipulada na sentença, uma vez que foi fixada em consonância com o trabalho e zelo dos profissionais.

DESPROVIDO O RECURSO DA RÉ E DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO DOS AUTORES” (fl. 421).

Opostos embargos de declaração (fls. 432 a 435 e 437 a 447), foram parcialmente acolhidos, “para corrigir contradição apontada no acórdão, no sentido de esclarecer que o que restou indeferido na sentença foi o pedido quanto à restituição em dobro dos valores referentes às contribuições vertidas após a aposentadoria e os juros compensatórios, bem como corrigir o erro material para determinar que os autores foram condenados ao pagamento de 20% das custas processuais, tudo sem alteração substancial do julgamento” (fls. 491 a 495).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação. No que se refere aos artigos 84, inciso IV, da Constituição Federal de

1988 e 81, inciso III, da Constituição Federal de 1967, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios opostos pelo recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Demais disso, a análise da questão de mérito suscitada pela agravante demandaria o necessário reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como de normas infraconstitucionais utilizadas na fundamentação do acórdão recorrido (Decreto nº 81.240/78 e Lei nº 6.435/77), o que se mostra de inviável ocorrência no âmbito do recurso extraordinário, a teor do que dispõem as Súmulas 279 e 280 do STF. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. LIMITE ETÁRIO INSTITUÍDO PELO DECRETO 81.240/1978. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 454/STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela instância judicante de origem demandaria o reexame da legislação infraconstitucional pertinente e de cláusulas contratuais. Providências vedadas neste momento processual. 2. Agravo regimental desprovido” (RE nº 612.792/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 23/9/11) .

“CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA.

PETROS. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. LIMITE ETÁRIO, INSTITUÍDO PELO DECRETO 81.240/78, PARA OBTENÇÃO DO BENEFÍCIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRECEDENTES. 1. É inviável o processamento do extraordinário para debater matéria que demanda análise de legislação infraconstitucional. 2. Agravo regimental improvido” (AI nº 748.367/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 29/10/09).

No mesmo sentido, ainda, em casos semelhantes ao dos autos, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 834.394/RS, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 10/6/11, AI nº 815.640/MG, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 16/2/11, AI nº 795.846/SE, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 16/2/11, e AI nº 803.579/MG, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 14/10/10.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.910 (393)ORIGEM : PROC - 200551040040119 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONALADV.(A/S) : GUSTAVO DOMINGUES DE MORAESAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Vistos.Companhia Siderúrgica Nacional interpõe agravo de instrumento

contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, incisos XXXIII e XXXV, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado:

“AGRAVO INTERNO. PREVIDENCIÁRIO. CSN. LEGITIMIDADE. RELAÇÃO JURÍDICA TRABALHISTA ATRELADA À RELAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INSS. PERÍCIA MÉDICA. BENEFICIÁRIO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. BINÔMIO NECESSIDADE-UTILIDADE. FALTA DE INTERESSE DE AGIR.

1. Embora controvertida a questão da legitimidade da CSN para a causa, haja vista a complexidade de relações jurídicas envolvidas, é de se consentir com o argumento de que a relação jurídica de trabalho existente entre a Autora (CSN) e seu empregado estaria atrelada ao desdobramento da relação jurídica previdenciária entre o segurado e o INSS de modo a caracterizar a legitimidade ativa da CSN para o feito.

2. Não se consegue extrair qualquer utilidade da desejada prestação jurisdicional, uma vez que a realização de perícia médica que eventualmente confirme a incapacidade do empregado e mantenha a suspensão do contrato de trabalho poderá levar a nova ação de idêntico teor após decorridos dois anos, para a mesma finalidade, fazendo pressupor um efeito multiplicador inaceitável, sendo a CSN, apenas uma dentre inúmeros empregadores país afora na mesma situação fática.

3. Não existe qualquer ônus financeiro ou previdenciário para a CSN, em relação aos funcionários aposentados por invalidez; além disso, á CSN é permitido admitir empregado substituto que poderá ser demitido, sem indenização, no caso de retorno do segurado.

4. O art. 47 da Lei 8.213/91 consagrou a natureza provisória do beneficio, não existindo mais aposentadoria definitiva por invalidez; portanto, mesmo após cinco anos, o beneficio poderá ser cessado.

5. A realização de pericia médica é ato administrativo do INSS, competindo a ele, privativamente, e não ao magistrado, a detern1inação do momento em que se realizará este exame, sob pena de interferência indevida do Poder Judiciário nas decisões administrativas da Autarquia.

6. Ausente o interesse processual, impossibilitando o prosseguimento do feito.

7. Negado provimento ao agravo interno”.Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, haja vista que os incisos XXXIII

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 84: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 84

e XXXV do artigo 5º do texto constitucional, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que essas normas não foram objetos dos acórdãos recorridos. Incidência da Súmula n° 282 desta Corte. Anote-se que o fato do recorrente ter trazido as questões constitucionais no bojo dos embargos de declaração não é bastante para suprir o requisito do prequestionamento, a teor da Súmula nº 356/STF. Ocorre que, não obstante a oposição dos embargos, o recurso de apelação não suscitou os referidos dispositivos constitucionais, hipótese em que já não se prestam os embargos declaratórios opostos contra o acórdão de segundo grau a suscitá-los pela primeira vez. Nesse sentido:

“1. Recurso extraordinário: descabimento: dispositivo constitucional dado por violado (CF, art. 5º, II) não analisado pelo acórdão recorrido: incidência das Súmulas 282 e 356.

2. Embargos de declaração, prequestionamento e Súmula 356. Os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada.

3. Recurso extraordinário: inadmissibilidade: alegada violação a dispositivo constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta, que não enseja exame no recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636” (AI nº 596.757/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/11/06).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL.

1. Ao contrário do que sustenta o agravante, os embargos de declaração, para fins de prequestionamento, servem para suprir omissão do acórdão recorrido em relação à matéria suscitada no recurso cabível ou nas contra-razões e não para inovar matéria constitucional não debatida nos autos.

2. Ausente o prequestionamento do art. 129, III, da Constituição, dado como contrariado. Não prescinde desse requisito, inerente ao cabimento do recurso de natureza extraordinária, a circunstância de poder a ilegitimidade ativa ad causam ser analisada em qualquer grau de jurisdição.

3. Agravo regimental improvido” (RE nº 434.420/DF-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 14/6/05).

Ademais, o Tribunal de origem decidiu a controvérsia posta nestes autos com base na legislação infraconstitucional pertinente e no conjunto probatório carreado aos autos, cujo reexame é vedado em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Sobre o tema, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. ILEGITIMIDADE AD CAUSAM. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PEDIDO DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 736.487/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/10/09).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS E DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 587.112/CE-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 4/6/10).

Nesse mesmo sentido, as seguinte decisões monocráticas: AI nº 740.140/RJ, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 25/10/11; AI nº 737.446/RJ, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 17/11/11; e AI nº 738.672/RJ, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1/2/12.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.125 (394)ORIGEM : AC - 29223651 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : DIAGNÓSTICOS AMÉRICA S/AADV.(A/S) : RICARDO LACAZ MARTINS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de petição nº 70.863/2011, na qual se questiona ato que determinou a remessa dos autos à origem, com base no RE-RG 594.996, Rel. Min. Eros Grau, DJe 7.8.2009, para os fins do disposto no art. 543-B do CPC.

Após detida análise, observo que a vinculação ao precedente indicado está equivocada, tendo em vista que a matéria – do modo como que é trazida na petição de recurso extraordinário – é diversa da veiculada neste paradigma, pois diz respeito à incidência de ICMS na importação de

equipamento médico por sociedade civil não contribuinte do referido imposto, em período anterior ao advento da EC 33/2001.

Assim, reconsidero a decisão de fl. 125 e passo, desde logo, à análise do recurso.

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“MANDADO DE SEGURANÇA – Importação de bem por sociedade civil para prestação de serviços médicos. Exigência de pagamento do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro. Impossibilidade. A incidência de ICMS na importação de mercadoria tem como fato gerador operação de natureza mercantil ou assemelhada, sendo inexigível quando se tratar de bem importado por pessoa física ou por entidade prestadora de serviço (Súmula 660 do STF). Recursos oficial e voluntário improvidos” (fl. 12).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação ao artigo 155, I, “b” e § 2º, IX, “a”, do texto constitucional.

O cerne da controvérsia cinge-se à incidência do ICMS na importação de bens por sociedade civil não contribuinte do imposto em período anterior à Emenda Constitucional nº 33/2001.

Não assiste razão ao recorrente. Isso porque o acórdão recorrido decidiu em conformidade com a

jurisprudência desta Corte. Nesse sentido: RE-AgR 401.552, Rel. Min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ 15.10.2004 e o AI-AgR 435.574, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 9.5.2011, este último com acórdão assim ementado:

“IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS – ICMS – PESSOA NATURAL – SOCIEDADE CIVIL NÃO CONTRIBUINTE DO IMPOSTO – IMPORTAÇÃO DE BENS – NÃO INCIDÊNCIA – PERÍODO ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 33/2001. No período anterior à Emenda Constitucional nº 33/2001, não havia incidência do ICMS na importação de bens por pessoa natural ou sociedade civil não contribuinte do imposto”.

Incide, na espécie, a Súmula 660 do STF. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF

e 557, caput, do CPC).Publique-se. Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.448 (395)ORIGEM : AC - 5649145300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : FUNDAÇÃO COSIPA DE SEGURIDADE SOCIAL -

FEMCOADV.(A/S) : SÉRGIO LUIZ AKAOUI MARCONDESAGDO.(A/S) : MILTON JOSÉ DOS SANTOSADV.(A/S) : FILEMON FÁBIO DE OLIVEIRA

DECISÃO: Vistos.Fundação Cosipa de Seguridade Social - FEMCO interpõe agravo de

instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 2º e 5º, incisos II e XXXVI, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Décima Terceira Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“Ação de cobrança – Previdência Privada – Restituição de valores – Expurgos inflacionários – Critério de correção – Liame contratual entre entidade e o beneficiário – Situação que não se alonga à União Federal – Como se conta lapso prescricional – Recurso do autor provido – Recurso da ré não conhecido, com observação”.

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07. Assim, conforme decidido pelo Plenário desta Corte na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, aplica-se ao presente recurso o instituto da repercussão geral.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 85: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 85

alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Por outro lado, o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 582.504/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria constitucional versada nesse feito. A decisão do Plenário está assim ementada:

“RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Plano de previdência privada. Resgate das contribuições. Índices de correção. Questão infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto questão de resgate de contribuição de plano de previdência privada, versa sobre matéria infraconstitucional”.

Essa decisão, nos termos do artigo 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 11.418/06, “valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente”.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se. Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.896 (396)ORIGEM : AC - 10024056294457001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : ALEXSANDRA MAROTA CRISPIM PRATESAGDO.(A/S) : ALICE ROSA DA COSTAADV.(A/S) : JOSÉ ANTUNES DA SILVEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DE AGRAVO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 8 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.295 (397)ORIGEM : RMS - 24695 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : DOMINGOS PINTO DA ROCHAADV.(A/S) : ELIAS CAMILO JORGE JUNIORAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – PROCESSO VERSANDO A

MATÉRIA – BAIXA À ORIGEM.1. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 606.358/SP, da relatoria

da Ministra Ellen Gracie, concluiu pela repercussão geral do tema relativo à inclusão de vantagens pessoais no teto remuneratório estadual, após a edição da Emenda Constitucional nº 41/2003.

2. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, tendo a intimação do acórdão de origem ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto – evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas –, determino a devolução do processo ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil.

3. Publiquem.Brasília, 9 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.950 (398)ORIGEM : AC - 3198305700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MARIA REGINA BISPO DA SILVAADV.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO VENÂNCIO MARTINSAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PIRACICABAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL D0 MUNICÍPIO DE

PIRACICABA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDORA PÚBLICA MUNICIPAL. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ RELATIVA. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTS. 1º, III, 6º E 40, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279/STF.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes.

3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

5. In casu, o acórdão recorrido assentou: Ação ordinária movida por servidora municipal contra a Prefeitura de Piracicaba, objetivando a concessão de aposentadoria por invalidez. Afirmação de se encontrar incapacitada para o trabalho, em virtude de sequelas de paralisia infantil, com alterações secundárias da coluna e hipertensão arterial sistêmica não tratada. Hipótese em que a prova dos autos não comprova a apontada incapacidade total e permanente da autora para o exercício das atividades de seu cargo. Ademais, a legislação municipal ressalva a possibilidade de readaptação da servidora em outras funções. Remessa necessária não conhecida, por não atingido o limite do art. 475, § 2º, CPC. Recurso voluntário da Prefeitura, de seu turno, provido para julgar a ação improcedente.

6. Agravo de Instrumento a que se nega seguimento.DECISÃO: Cuida-se de agravo de instrumento interposto por MARIA

REGINA BISPO DA SILVA, contra decisão que não admitiu seu recurso extraordinário.

Em sede de apelação, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, julgou improcedente a ação, consignando:

Ação ordinária movida por servidora municipal contra a Prefeitura de Piracicaba, objetivando a concessão de aposentadoria por invalidez. Afirmação de se encontrar incapacitada para o trabalho, em virtude de sequelas de paralisia infantil, com alterações secundárias da coluna e hipertensão arterial sistêmica não tratada. Hipótese em que a prova dos autos não comprova a apontada incapacidade total e permanente da autora para o exercício das atividades de seu cargo. Ademais, a legislação municipal ressalva a possibilidade de readaptação da servidora em outras funções. Remessa necessária não conhecida, por não atingido o limite do art. 475, § 2º, CPC. Recurso voluntário da Prefeitura, de seu turno, provido para julgar a ação improcedente.

Não foram opostos embargos de declaração. Irresignada com o teor do acórdão prolatado, a recorrente interpôs

recurso extraordinário com fulcro no art. 102, III, a e d, da Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão geral e apontando como

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 86: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 86

violados os arts. 1º, III, 6º e 40, I, da Carta Federal. Brevemente relatados, DECIDO.O agravo de instrumento não merece prosperar. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

A violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Confira-se, à guisa de exemplos, os seguintes precedentes:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

(AI 775.275-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJ 28.10.2011)

Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público. Nomeação retroativa. Vencimentos atrasados. Indenização. Prequestionamento. Ausência. Ofensa reflexa. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando tema nele suscitado não está devidamente prequestionado. Incidência da Súmula nº 282/STF.

2. Inadmissível em recurso extraordinário o exame de ofensa reflexa à Constituição Federal. Incidência da Súmula nº 636/STF.

3. Agravo regimental não provido.(AI 595.651-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJ

25.10.2011)Demais disso, não se revela cognoscível, em sede de Recurso

Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto a referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ”. (in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.858 (399)ORIGEM : AI - 73266654 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CENTRO AUTOMOTIVO DAS HORTÊNSIAS LTDA

ADV.(A/S) : ELLEN CRISTINA SÉ ROSAAGDO.(A/S) : ASTER PETRÓLEO LTDA E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita:

“Medida cautelar – Sustação de protesto – Duplicatas mercantis por indicação – Indeferimento da caução ofertada – Exigência de caução em dinheiro, sob pena de revogação – Adequação – Negado provimento ao agravo” (fl. 75).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, II e XXXV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. REGIME DE TRABALHO. ALTERAÇÃO. ART. 207 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356. 1. Ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais dados como contrariados. Caso em que o aresto impugnado não abordou a questão constitucional disposta nos dispositivos tidos por violados (arts. 5º, LV; 93, IX e 207 da CF), tampouco foram opostos embargos de declaração, imprescindíveis a suprir eventual omissão. Incidência das Súmulas STF 282 e 356. 2. Agravo regimental improvido” (RE 363.743AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 790.032 (400)ORIGEM : RESP - 1030654 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ADMAR CARDOSO ALVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GISELE PASSOS TEDESCHI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : SÉRGIO LUIZ GUIMARÃES FARIAS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Admar Cardoso Alves e outros interpõem agravo de instrumento

contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso XXXVI, e 93, inciso IX, da Constituição Federal, haja vista não caracterizada a coisa julgada no caso em tela.

Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal do Estado do Paraná, assim ementado:

“AGRAVO. POUPANÇA. APADESCO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. IMPUGNAÇÃO. JUROS REMUNERATÓRIOS. COISA JULGADA. HONORÁRIOS.

A decisão que transitou em julgado na ACP nº 98.00.16021-3/PR, é inequívoca, quanto a incidência dos juros remuneratórios. A leitura do decisum não traz maiores dúvidas de que se foi a então ré condenada a “juros de 0,5% ao mês”, não se há de fazer esta restrição aos meses de jun/87 e jan/89, pois neste caso a decisão apontaria “juros de 0,5% nos (respectivos) meses”.

A incidência de juros remuneratórios na forma capitalizada, justifica-se, pois decorre da própria natureza do contrato de depósito em poupança. É que a característica básica do referido contrato é a renovação automática, a cada 30 dias, com a integração dos juros remuneratórios ao capital, ao final de cada período.

Via de regra, entendo que, havendo cumprimento espontâneo da obrigação, pelo devedor, no prazo de 15 dias da ciência da condenação, não são devidos honorários advocatícios no cumprimento da sentença. Contudo, tratando-se de execução de título proferido em sede de Ação Civil Pública, diante da inafastável necessidade de contratação de advogado para a execução, devem incidir honorários advocatícios na espécie”.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, haja vista que não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 87: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 87

recorrido. A jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão do recorrente, tendo o Tribunal de origem justificado suas razões de decidir.

Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 18/5/01).

Por outro lado, é pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de não admitir, em recurso extraordinário, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, por má interpretação, aplicação ou mesmo inobservância de normas infraconstitucionais. No caso em tela, para que se pudesse decidir de forma diversa do acórdão recorrido seria imprescindível a verificação dos limites objetivos da coisa julgada, ao que não se presta o recurso extraordinário, pois demandaria o reexame da legislação infraconstitucional. Sobre o tema, anote-se a seguinte passagem do voto do Ministro Celso de Mello, Relator, proferido no julgamento do AI nº 452.174/RJ-AgR:

“Cabe não desconhecer, de outro lado, com relação à suposta ofensa ao postulado da coisa julgada, a diretriz jurisprudencial prevalecente no Supremo Tribunal Federal, cuja orientação, no tema, tem enfatizado que a indagação pertinente aos limites objetivos da “res judicata” traduz controvérsia “que não se alça ao plano constitucional do desrespeito ao princípio de observância da coisa julgada, mas se restringe ao plano infraconstitucional, configurando-se, no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem ao cabimento do recurso extraordinário” (RE 233.929/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei).

Daí recente decisão desta Suprema Corte, que, em julgamento sobre a questão ora em análise, reiterou esse mesmo entendimento jurisprudencial:

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - POSTULADO CONSTITUCIONAL DA COISA JULGADA - ALEGAÇÃO DE OFENSA DIRETA - INOCORRÊNCIA - LIMITES OBJETIVOS - TEMA DE DIREITO PROCESSUAL - MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL - VIOLAÇÃO OBLÍQUA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- Se a discussão em torno da integridade da coisa julgada reclamar análise prévia e necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico, conformam o fenômeno processual da res judicata, revelar-se-á incabível o recurso extraordinário, eis que, em tal hipótese, a indagação em torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o exame, in concreto, dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduzirá matéria revestida de caráter infraconstitucional, podendo configurar, quando muito, situação de conflito indireto com o texto da Carta Política, circunstância essa que torna inviável o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.’

(RTJ 182/746, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Mostra-se relevante acentuar que essa orientação tem sido

observada em sucessivas decisões proferidas no âmbito desta Suprema Corte (AI 268.312-AgR/MG, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - AI 330.077-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI 338.927-AgR/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE - AI 360.269-AgR/SP, Rel. Min. NELSON JOBIM).

Sendo esse o contexto em que proferida a decisão em causa, não vejo como dele inferir o pretendido reconhecimento de ofensa direta ao que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Carta Política, pois - insista-se - a discussão em torno da definição dos limites subjetivos ou objetivos pertinentes à coisa julgada qualifica-se como controvérsia impregnada de natureza eminentemente infraconstitucional, podendo configurar, ‘no máximo, ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem a recurso extraordinário’ (RTJ 158/327, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei)” (DJ de 17/10/03).

No mesmo sentido, trago os seguintes precedentes:“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS

ADVOCATÍCIOS. DECISÃO BASEADA NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. LIMITES DA COISA JULGADA. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 desta Corte.

II - esta Corte tem se orientado no sentido de que a discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura da via extraordinária.

III - Agravo regimental improvido” (AI nº 601.325/PR-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ 17/8/07).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS MORATÓRIOS. TERMO INICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO.

1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito,

situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 3. O termo inicial da fluência dos juros moratórios, na repetição do

indébito, dá-se na data do trânsito em julgado da decisão [art. 167, parágrafo único, do CTN]. Precedentes.

4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 658.206/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ 28/9/07).

No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE nº 470.508/PR, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 1/3/06; e RE nº 454.216/PR, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 28/6/05.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.886 (401)ORIGEM : AC - 70016471567 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : INTERCOM ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : CELSO LUIZ BERNARDON E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DESPACHO: À Secretaria para que proceda à redistribuição dos autos, tendo em vista a declaração de impedimento do Min. LUIZ FUX (art. 67, §3º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 9 de março de 2012.

Ministro CEZAR PELUSO

PresidenteDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.130 (402)ORIGEM : AMS - 98943 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5º

REGIÃOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ANDRADE LIMA HOTÉIS S/AADV.(A/S) : DANIELLA MEDEIROS RÊGOAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Vistos.Andrade Lima Hotéis S/A interpõe agravo de instrumento contra

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 156, inciso III e 195, inciso I, alínea “b”, da Constituição Federal.

A agravante, no entanto, deixou de instruir os presentes autos com a cópia das contrarrazões ao recurso extraordinário, ou de certidão que lhe comprove a ausência. Incidência da Súmula nº 288/STF. Ressalte-se que esta Corte já consolidou entendimento no sentido de considerar a peça supracitada como imprescindível à instrução do agravo de instrumento, nesse sentido:

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Ausência de peça obrigatória à formação do instrumento de agravo (art. 544, § 1º, do CPC). Cópia das contrarrazões ao recurso extraordinário, ou de certidão que comprove sua ausência. 3. Ônus de fiscalização do agravante. Precedentes. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 581.812/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 15/2/12).

“Ementa: RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade. Peças obrigatórias. Falta. Não conhecimento. Agravo regimental improvido. Aplicação da súmula 288. É ônus da parte agravante promover a integral e oportuna formação do instrumento, sendo vedada posterior complementação” (AI nº 837.373/RJ-AgR, Tribunal Pleno Relator o Ministro Cezar Peluso, Dje de 14/9/11).

Ressalte-se, outrossim, que o Plenário desta Corte, na sessão de 8/10/08, ao julgar o RE nº 536.881/MG-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, ratificou a orientação de ser incabível neste Supremo Tribunal Federal o suprimento de eventuais falhas ou realização de diligências com o objetivo de viabilizar o conhecimento de recurso interposto nas demais instâncias.

Não conheço do agravo de instrumento.Publique-se. Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 823.380 (403)ORIGEM : PROC - 70032174369 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 88: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 88

RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : LETÍCIA PEDROLLI RENZ MAURER E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL ANTONIO BORDIN MAURER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE DISTRIBUIÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA - CEEE-DADV.(A/S) : ROSANGELA CURTINAZ BORTOLUZZI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.O Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por meio

eletrônico, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. O assunto corresponde ao tema 415 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata da discussão sobre a necessidade de lei complementar para determinar o repasse do PIS e da COFINS aos usuários dos serviços prestados por meio de regime de concessão e é objeto do ARE nº 638.550/RS, Relator o Ministro Gilmar Mendes, que está sendo processado neste Supremo Tribunal Federal.

Nas Questões de Ordem suscitadas no AI nº 715.423/RS e no RE nº 540.410/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal concluiu pela possibilidade da aplicação da norma do artigo 543-B do Código de Processo Civil aos recursos extraordinários e agravos de instrumento que tratem de matéria constitucional com repercussão geral reconhecida por esta Corte, independentemente da data de interposição do apelo extremo.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que sejam apensados aos autos originais, devendo ser aplicado, quanto ao apelo extremo ora admitido, o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.665 (404)ORIGEM : AMS - 200651010124354 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MORRO DO CONSELHO PARTICIPAÇÕES LTDAAGDO.(A/S) : ENATEC ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : MAURO ROBERTO GOMES DE MATTOS E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPEADV.(A/S) : FABRINI MUNIZ GALO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEELPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. LICITAÇÕES. ALEGADA INVIABILIDADE DE ADJUDICAÇÃO DE OBJETO DE LICITAÇÃO A EMPRESA QUE NÃO PARTICIPOU DE TODAS AS FASES DO CERTAME. SUBIDA DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

1. É admissível o provimento do agravo de instrumento para melhor exame do recurso extraordinário, ao arbítrio do Relator.

2. Agravo de instrumento provido, determinando-se a subida do recurso extraordinário.

3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. PORTARIA O MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA Nº 112/06. LEILÃO. VINCULAÇÃO AO EDITAL. 1. Como é de sabença geral, a licitação rege-se pelas normas contidas no instrumento convocatório. Este é o ato mediante o qual a Administração faz a convocação dos interessados a participar da licitação, segundo o artigo 41 da Lei nº 8.666/93 vincula a Administração e configura lei inte4rna para os licitantes. Os termos do Edital vinculam a Administração e os proponentes. 2. A jurisprudência dos Tribunais Superiores vêm firmando entendimento de que o controle judicial dos atos emanados pela Administração Pública não se presta apenas a dirige a própria natureza dos atos administrativos.

3. Apelação provida.”4. Dou provimento ao agravo de instrumento e determino a subida do

recurso extraordinário para melhor exame.DECISÃO: Cuida-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO,

com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 137/138, que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, ementado nos seguintes termos (fl. 62), verbis:

ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. PORTARIA O MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA Nº 112/06. LEILÃO. VINCULAÇÃO AO EDITAL.

1. Como é de sabença geral, a licitação rege-se pelas normas contidas no instrumento convocatório. Este é o ato mediante o qual a Administração faz a convocação dos interessados a participar da licitação,

segundo o artigo 41 da Lei nº 8.666/93 vincula a Administração e configura lei inte4rna para os licitantes. Os termos do Edital vinculam a Administração e os proponentes.

2. A jurisprudência dos Tribunais Superiores vêm firmando entendimento de que o controle judicial dos atos emanados pela Administração Pública não se presta apenas a dirige a própria natureza dos atos administrativos.

3. Apelação provida.Os embargos de declaração opostos foram parcialmente providos.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação aos arts. 2º, 5º, I, e 37, XXI, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo sob o fundamento de que a análise da controvérsia demanda o exame de matéria infraconstitucional.

É o relatório. DECIDO.É cediço ser admissível o provimento do agravo de instrumento para

melhor exame do recurso extraordinário, ao arbítrio do Relator. Destarte, dou provimento ao agravo de instrumento e determino a

subida do recurso extraordinário, para melhor exame.Publique-se.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.402 (405)ORIGEM : AMS - 200651010124354 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2º REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEELPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MORRO DO CONSELHO PARTICIPAÇÕES LTDAAGDO.(A/S) : ENATEC ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : MAURO ROBERTO GOMES DE MATTOS E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA - EPEADV.(A/S) : REGINA MARIA DE FREITAS CASTRO E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. LICITAÇÕES. ALEGADA INVIABILIDADE DE ADJUDICAÇÃO DE OBJETO DE LICITAÇÃO A EMPRESA QUE NÃO PARTICIPOU DE TODAS AS FASES DO CERTAME. SUBIDA DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

1. É admissível o provimento do agravo de instrumento para melhor exame do recurso extraordinário, ao arbítrio do Relator.

2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. PORTARIA DO MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA Nº 112/06. LEILÃO. VINCULAÇÃO AO EDITAL. 1. Como é de sabença geral, a licitação rege-se pelas normas contidas no instrumento convocatório. Este é o ato mediante o qual a Administração faz a convocação dos interessados a participar da licitação, segundo o artigo 41 da Lei nº 8.666/93 vincula a Administração e configura lei inte4rna para os licitantes. Os termos do Edital vinculam a Administração e os proponentes. 2. A jurisprudência dos Tribunais Superiores vêm firmando entendimento de que o controle judicial dos atos emanados pela Administração Pública não se presta apenas a dirige a própria natureza dos atos administrativos.

3. Apelação provida.”3. Agravo de instrumento provido, determinando-se a subida do

recurso extraordinário.DECISÃO: Cuida-se de agravo de instrumento interposto pela AGÊNCIA

NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 443/447, que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, ementado nos seguintes termos (fl. 1144), verbis:

ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. PORTARIA DO MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA Nº 112/06. LEILÃO. VINCULAÇÃO AO EDITAL.

1. Como é de sabença geral, a licitação rege-se pelas normas contidas no instrumento convocatório. Este é o ato mediante o qual a Administração faz a convocação dos interessados a participar da licitação, segundo o artigo 41 da Lei nº 8.666/93 vincula a Administração e configura lei inte4rna para os licitantes. Os termos do Edital vinculam a Administração e os proponentes.

2. A jurisprudência dos Tribunais Superiores vêm firmando entendimento de que o controle judicial dos atos emanados pela Administração Pública não se presta apenas a dirige a própria natureza dos atos administrativos.

3. Apelação provida.Os embargos de declaração opostos foram parcialmente providos.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação aos arts. 5º, XXXV, LV, 37, XXI, e 93, IX, da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 89: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 89

Constituição Federal.O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo sob o

fundamento de que a análise da controvérsia demanda o exame de matéria infraconstitucional.

É o relatório. DECIDO.É cediço ser admissível o provimento do agravo de instrumento para

melhor exame do recurso extraordinário, ao arbítrio do Relator. Destarte, dou provimento ao agravo de instrumento e determino a

subida do recurso extraordinário, para melhor exame.Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 840.215 (406)ORIGEM : AGREXT - 20085154001259002 - SEÇÃO JUD.EST.DO

RIO DE JANEIRO-JF DE 1ªINSTANCIAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : JESUS DE SOUZA BRAGAADV.(A/S) : GERALDO MARCELINO DE FREITAS JUNIORAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. RENDA MENSAL INICIAL. AUSÊNCIA DE PEÇAS ESSENCIAIS À COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. TRASLADO OBRIGATÓRIO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 288/STF.

1. O agravo é inadmitido por falta de peças obrigatórias previstas no artigo 544, § 1º, do CPC, incidindo a Súmula n. 288 do STF, verbis: “nega-se provimento ao agravo para subida de recurso extraordinário, quando faltar no traslado o despacho agravado, a decisão recorrida, a petição de recurso extraordinário ou qualquer peça essencial à compreensão da controvérsia”.

2. O ônus de fiscalizar a correta formação do instrumento é exclusivo do agravante (Precedente: AI n. 237.361-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 1º.10.99).

3. Deveras, não consta dos autos cópia do recurso extraordinário.4. In casu, o acórdão recorrido manteve a sentença que julgou

improcedente o pedido autoral de revisão da renda mensal inicial de benefício previdenciário da parte autora, por entender decaído o direito de ação.

5. Agravo de instrumento NÃO-CONHECIDO.DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto por JESUS DE

SOUZA BRAGA contra decisão que não admitiu seu recurso extraordinário.Verifica-se que o agravante deixou de trasladar peças essenciais à

formação do instrumento. Não consta dos autos cópia do recurso extraordinário denegado. Não tendo sido observado o disposto no artigo 544, § 1º, do CPC, vigente à época da interposição do agravo, incide a Súmula n. 288 desta Corte, verbis:

“Nega-se provimento ao agravo para subida de recurso extraordinário, quando faltar no traslado o despacho agravado, a decisão recorrida, a petição de recurso extraordinário ou qualquer peça essencial à compreensão da controvérsia.”

Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o comentário do ilustre professor Roberto Rosas, in Direito Sumular, 12ª edição, Editora Malheiros:

“O Código de Processo Civil (art. 544, § 1º) indica as peças para a formação do agravo de instrumento. Não basta somente a conclusão do acórdão no traslado (despacho do Min. Oswaldo Trigueiro no Ag. 52.299, DJU 1.4.1971). O art. 544 do Código de Processo Civil impõe o traslado das peças principais. O STF ratificou essa Súmula, cabendo à parte o dever de vigilância na formação do instrumento (Ag. 64.869, RTJ 87/855). É importante atentar-se para o trabalho lúcido de Machado Guimarães, apoiando a tese de Orosimbo Nonato pelo abrandamento do contido nesta Súmula (Instrumento de agravo. Peças necessárias, in Estudos de Direito Processual Civil, Rio, 1969, e RF 95; Marcos Afonso Borges, Comentários na Revista Brasileira de Direito Processual 17/130). A regra dessa Súmula não se aplica aos tribunais ordinários (RE 95.744, RTJ 101/1.317). Ver Lei 8.038, de 28.5.1990 (art. 28, § 1o). Essa Súmula foi reapreciada, mas mantida (Ag. 137.645-7, vencidos os Mins. Sepúlveda Pertence, Carlos Velloso, Ilmar Galvão e Marco Aurélio).

Nega-se provimento a agravo para subida de recurso extraordinário, quando faltar no translado o despacho agravado, a decisão recorrida, a petição de recurso extraordinário ou qualquer peça essencial à compreensão da controvérsia.

Ademais, este Tribunal firmou entendimento no sentido de que o ônus de fiscalizar a correta formação do instrumento é exclusivo do agravante [AI n. 237.361-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 1º.10.99].”

Ademais, esta Corte fixou entendimento no sentido de que o ônus de fiscalizar a correta formação do instrumento é exclusivo do agravante (AI n. 237.361-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 1º.10.99).

Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.805 (407)ORIGEM : PROC - 54352009 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : DAYANE SOUSA GOESAGDO.(A/S) : LOURIVAL DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ELIANE MENDES M AFFI

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. HONORÁRIOS. TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTS. 5º, XXXVI, LIV E LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279/STF.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes.

3. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes.

4. A Súmula 279/STF dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

5. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

6. In casu, o acórdão recorrido assentou: EXECUÇÃO – CERCEAMENTO DE DEFESA POR AUSÊNCIA DE PROVA PERICIAL CONTÁBIL – ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE EXECUÇÃO – MATÉRIA NÃO ARGUÍDA NA IMPUGNAÇÃO – IMPOSSIBILIDADE DE EXAME EM SEDE RECURSAL, SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA – PEDIDO PARA QUE SEJA PAGO DE ACORDO COM OS TRABALHOS DESPENDIDOS – MATÉRIA SUPERADA NO PROCESSO DE CONHECIMENTO – IMPERTINÊNCIA – FALTA DE PRESSUPOSTO RECURSAL – ARGUIÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO POR AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE CONDIÇÃO SUSPENSIVA – INOCORRÊNCIA – EXISTÊNCIA DE VÁRIAS EXECUÇÕES, COM DIVERSOS PEDIDOS DE DESISTÊNCIA E DE ENTABULAÇÃO DE ACORDOS SEM A DEVIDA PRESTAÇÃO DE CONTAS E PAGAMENTO DA CONDENAÇÃO - TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL – MÁ-FÉ IMPOSTA EM RAZÃO DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS RECONHECIDOS COMO PROTELATÓRIOS – OCORRÊNCIA – ARGUIÇÃO CONTRÁRIA À LEI 9.099/95, QUE DISPENSA QUALQUER INTIMAÇÃO OU CITAÇÃO PARA CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - SENTENÇA MANTIDA – RECURSO IMPROVIDO.

1. Não se pode falar em cerceamento de defesa por ausência de prova de fato que não foi objeto de embargos;

2. Também não há se falar em proporcionalidade de pagamento de acordo com os trabalhos, em razão de que encontra superado tal argumento por tratar-se de matéria de conhecimento;

3. Condição suspensiva superada pela inércia do executado recorrente e por recebimento de débito e extinção de feitos sem a prestação de contas e pagamento ao credor, ora recorrido

4. Age com evidente má-fé, quem argui fatos contrários a Lei dos Juizados que dispensa qualquer intimação ou citação para pagamento de condenação.

7. Agravo de instrumento a que se nega seguimento.DECISÃO: Cuida-se de agravo de instrumento interposto por BANCO

BRADESCO S/A, contra decisão que não admitiu seu recurso extraordinário. A 1ª Turma Recursal Cível dos Juizados Especiais do Tribunal de

Justiça do Estado do Mato Grosso negou provimento ao recurso, consignando:

EXECUÇÃO – CERCEAMENTO DE DEFESA POR AUSÊNCIA DE PROVA PERICIAL CONTÁBIL – ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE EXECUÇÃO – MATÉRIA NÃO ARGUÍDA NA IMPUGNAÇÃO – IMPOSSIBILIDADE DE EXAME EM SEDE RECURSAL, SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA – PEDIDO PARA QUE SEJA PAGO DE ACORDO COM OS TRABALHOS DESPENDIDOS – MATÉRIA SUPERADA NO PROCESSO DE CONHECIMENTO – IMPERTINÊNCIA – FALTA DE PRESSUPOSTO RECURSAL – ARGUIÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO POR AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE CONDIÇÃO SUSPENSIVA – INOCORRÊNCIA – EXISTÊNCIA DE VÁRIAS EXECUÇÕES, COM

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 90: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 90

DIVERSOS PEDIDOS DE DESISTÊNCIA E DE ENTABULAÇÃO DE ACORDOS SEM A DEVIDA PRESTAÇÃO DE CONTAS E PAGAMENTO DA CONDENAÇÃO - TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL – MÁ-FÉ IMPOSTA EM RAZÃO DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS RECONHECIDOS COMO PROTELATÓRIOS – OCORRÊNCIA – ARGUIÇÃO CONTRÁRIA À LEI 9.099/95, QUE DISPENSA QUALQUER INTIMAÇÃO OU CITAÇÃO PARA CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - SENTENÇA MANTIDA – RECURSO IMPROVIDO.

1. Não se pode falar em cerceamento de defesa por ausência de prova de fato que não foi objeto de embargos;

2. Também não há se falar em proporcionalidade de pagamento de acordo com os trabalhos, em razão de que encontra superado tal argumento por tratar-se de matéria de conhecimento;

3. Condição suspensiva superada pela inércia do executado recorrente e por recebimento de débito e extinção de feitos sem a prestação de contas e pagamento ao credor, ora recorrido

4. Age com evidente má-fé, quem argui fatos contrários a Lei dos Juizados que dispensa qualquer intimação ou citação para pagamento de condenação.

Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados. Irresignado com o teor do acórdão prolatado, o recorrente interpôs

recurso extraordinário com fulcro no art. 102, III, a, da Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão geral e apontando como violados os arts. 5º, XXXVI, LIV e LV, e 93, IX, da Carta Federal.

Brevemente relatados, DECIDO.O agravo de instrumento não merece prosperar. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

A violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Confira-se, à guisa de exemplos, os seguintes precedentes:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

(AI 775.275-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJ 28.10.2011)

Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público. Nomeação retroativa. Vencimentos atrasados. Indenização. Prequestionamento. Ausência. Ofensa reflexa. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando tema nele suscitado não está devidamente prequestionado. Incidência da Súmula nº 282/STF.

2. Inadmissível em recurso extraordinário o exame de ofensa reflexa à Constituição Federal. Incidência da Súmula nº 636/STF.

3. Agravo regimental não provido.(AI 595.651-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJ

25.10.2011)Demais disso, a jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de

que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 22/10/2010.

Por fim, não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como

provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ”. (in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Int..Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.475 (408)ORIGEM : AC - 1013302002873001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ROBERTO ALVES VIEIRAADV.(A/S) : EDILENE LÔBO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa seque transcrita:

“AÇÃO CIVIL PÚBLICA - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - RESSARCIMENTO AO ERÁRIO - É impróprio, anômalo e irregular, o dispêndio de recursos públicos para custeio de promoção pessoal do Chefe do Executivo. - Comprovado que o ato se enquadra em improbidade administrativa, aplicam-se as sanções previstas na Lei 8.429/92” (fl. 292).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXV, XLV e LV, e 37, § 1º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Ressalte-se, inicialmente, que o art. 5º, XLV, da Constituição Federal

não foi prequestionado. Assim, como tem consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, a alegada violação ao art. 5º, LV, da Constituição, em decorrência do julgamento antecipado da lide, se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que inviabiliza o extraordinário. Nesse sentido trago à colação julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“1. RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade. Intempestividade do recurso extraordinário. Interposição por meio de protocolo descentralizado. Possibilidade. Demonstrada a tempestividade do recurso, deve este ser apreciado. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Julgamento antecipado da lide. Alegação de ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição da República. Violação constitucional indireta. Embargos de declaração rejeitados. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (AI 605.287-AgR-ED/SP, REL. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma).

Cumpre destacar, por oportuno, que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que o indeferimento de diligência probatória, julgada desnecessária pelo Juízo a quo, não viola os princípios do contraditório e da ampla defesa. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 552.281/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 474.746-AgR/GO, Rel. Min. Ayres Britto; AI 378.628/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 697.623-AgR-ED-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 764.932-AgR/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 631.856-AgR/AM, Rel. Min. Menezes Direito; AI 602.998-AgR/MG, Rel. Min. Eros Grau; RE 599.606-AgR/PI, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 739.707-AgR/PR e RE 524.529-AgR/RJ, de minha relatoria.

É certo, ainda, que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem no concernente à ocorrência de improbidade

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 91: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 91

administrativa, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Por fim, observe-se que o julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes, entre outros: AI 747.611-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 657.164-AgR/AM, Rel. Min. Menezes Direito; AI 648.551-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 469.341-AgR/SP, Rel. Min. Ayres Britto; AI 690.551-AgR/RJ, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se. Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.485 (409)ORIGEM : AC - 20080110683950 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : ANA LÚCIA FIGUEIRÓADV.(A/S) : BRENO PESSOA CARDOSO BORGES

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE.1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso a este Tribunal. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

2. Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro processo.

3. Conheço do agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 9 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 544.818 (410)ORIGEM : AC - 70013077938 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : JOANES RODRIGUES FRAGAADV.(A/S) : DANIEL VON HOHENDORFF E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTÃOADV.(A/S) : DANIEL ROSSATO RODRIGUES E OUTRO(A/S)

DECISÃOADICIONAL DE INSALUBRIDADE – BASE DE CÁLCULO –

SALÁRIO MÍNIMO – INVIABILIDADE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1. Na sessão de 30 de abril de 2008, o Plenário, ao apreciar o

Recurso Extraordinário nº 565.714-1/SP, concluiu, sem discrepância de votos, não ser legítimo o cálculo do adicional de insalubridade com base no salário mínimo, por constituir fator de indexação, implicando a prática ofensa ao artigo 7º, inciso IV, da Carta Federal. Na assentada, foi aprovado o Verbete Vinculante nº 4 da Súmula deste Tribunal, com esta redação:

Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.

Restou decidido, ainda, mostrar-se inviável ao Judiciário substituir o indexador, sob pena de atuar como legislador positivo.

2. No mais, o Tribunal, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 578.657/RJ, da relatoria do Ministro Menezes Direito, assentou a ausência de repercussão geral da questão relativa à existência, ou não, da obrigação do pagamento das diferenças de remuneração decorrentes do exercício de função diversa daquela do cargo originário.

3. Ante o quadro, ressalvada a óptica pessoal, nego seguimento ao extraordinário.

4. Publiquem.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.875 (411)ORIGEM : MS - 305004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE TOCANTINS

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE TOCANTINSRECDO.(A/S) : MARIA DO CARMO COTAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.No caso, as razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos

estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal.

2. Nego seguimento ao extraordinário.3. Publiquem.Brasília, 9 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.905 (412)ORIGEM : MS - 20040023227 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO

ESTADO DO AMAZONASPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUSADV.(A/S) : ELOI PINTO DE ANDRADE JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GLADYS TEREZINHA NERY SANTANAADV.(A/S) : KARLA BRAGA AZIZE

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – PROCESSO VERSANDO A

MATÉRIA – SOBRESTAMENTO.1. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 606.358/SP, da relatoria

da Ministra Ellen Gracie, concluiu pela repercussão geral do tema relativo à inclusão de vantagens pessoais no teto remuneratório estadual, após a edição da Emenda Constitucional nº 41/2003.

2. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, tendo havido a intimação do acórdão em data anterior à vigência do sistema da repercussão geral, determino o sobrestamento deste processo.

3. À Assessoria, para o acompanhamento cabível.4. Publiquem.Brasília, 8 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.232 (413)ORIGEM : AC - 20070073028 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ADEMAR DA COSTA REGO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ ALEXANDRE SOBRINHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : LUIZ RICARDO CASTRO GUERRA E OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos.Ademar da Costa Rego e outros interpõem recurso extraordinário,

com fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, assim ementado:

“CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. APELÇAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. PREVIDÊNCIA PRIVADA. PRELIMINARES DE INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL E DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEIÇÃO. MÉRITO. AUXÍLIO CESTA-ALIMENTAÇÃO CONCEDIDOS AOS TRABALHADORES EM ATIVIDADE ATRAVÉS DE CONVENÇÃO COLETIVA. PRETENSÃO DE QUE TAL BENEFÍCIO SEJA ASSEGURADO AOS SERVIDORES INATIVOS VINCULADOS À CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASI – PREVI. NATUREZA INDENIZATÓRIA E TRANSITÓRIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 92: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 92

DO BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AOS INATIVOS. PRECEDENTES DESTA CORTE. NECESSIDADE DE CRITÉRIO QUE PRESERVE O EQUILÍBRIO FINANCEIRO E ATUARIAL DA INSTITUIÇÃO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO” (fl. 371).

Alegam os recorrentes contrariedade aos artigos 195, § 5º, e 202, da Constituição Federal.

Contra-arrazoado (fls. 519 a 532), o recurso extraordinário (fls. 433 a 441) foi admitido (fls. 533 a 537).

O Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em julgado (fls. 542 e 544), negou seguimento ao recurso especial interposto simultaneamente ao extraordinário.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.No caso em tela, o Tribunal de origem concluiu o que se segue,

quanto ao mérito da demanda: “Observa-se, desde logo, que a norma coletiva de trabalho firmada

entre a entidade sindical representativa da classe dos empregadores ativos do Banco do Brasil e o próprio empregador, determina o caráter indenizatório e transitório do auxílio cesta-alimentação, havendo previsão legal expressa de que tal benefício tem natureza meramente indenizatória, conforme cláusula quarta, caput, c/c o parágrafo quinto da cláusula terceira do Acordo Coletivo de Trabalho dos Empregadores do Banco do Brasil 2001/2005, in verbis:

….................................................................................................Por demais, o artigo 3º da Lei nº 6.321/76, que dispõe sobre o

Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT, prevê expressamente que os créditos decorrente do PAT têm natureza meramente indenizatória, não salarial:

…..................................................................................................Outrossim, a condição de entidade fechada de previdência

complementar (‘fundo de pensão’) está sujeita ao regime jurídico instituído pela Lei Complementar n 108/01, a qual, em seu artigo 3º, proíbe quaisquer espécies de repasse aos inativos de verbas deferidas aos participantes em atividade (…).

….................................................................................................Por sua vez, não possuindo caráter salarial, o auxílio cesta-

alimentação não integra o salário de contribuição, inexistindo, portanto, fonte de custeio para o benefício pleiteado pelos apelantes”(fls. 378 a 380 )

A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, consolidada a partir do exame do RE nº 590.005-RG/RS (Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 18/12/09), é no sentido de que a discussão travada nestes autos não possui repercussão geral, em virtude da ausência de matéria constitucional e por demandar o reexame dos fatos e provas dos autos. A ementa desse julgado restou assim redigida:

“RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Previdência privada. Complementação de aposentadoria. Extensão, a aposentados, de benefício concedido a trabalhadores em atividade. Questão infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto questão relativa à concessão, a beneficiários de plano de previdência privada complementar, de vantagem outorgada a empregados ativos, versa sobre matéria infraconstitucional”.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.094 (414)ORIGEM : ERR - 878200205701000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : LUIZ GOMES PALHA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MÁRCIA SANTOS DA SILVAADV.(A/S) : ALEXSSANDER TAVARES DE MATTOS E OUTRO(A/S)

DECISÃO

REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA – PROCESSOS VERSANDO A MATÉRIA – BAIXA À ORIGEM.

1. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 589.998-5/PI, concluiu pela repercussão geral do seguinte tema:

DIREITO DO TRABALHO. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT. DISPENSA IMOTIVADA DE SEUS EMPREGADOS. IMPOSSIBILIDADE. ITEM II DA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 247 DA SBDI – 1 DO TST. AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÕES SUFICIENTES PARA A RECUSA DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

2. Ante o quadro, considerado o fato de o recurso veicular a mesma matéria, tendo a intimação do acórdão de origem ocorrido posteriormente à data em que iniciada a vigência do sistema da repercussão geral, bem como presente o objetivo maior do instituto – evitar que o Supremo, em prejuízo dos trabalhos, tenha o tempo tomado com questões repetidas -, determino a devolução do processo ao Tribunal Superior do Trabalho. Faço-o com fundamento no artigo 328, parágrafo único, do Regimento Interno desta Corte, para os efeitos do artigo 543-B do Código de Processo Civil.

3. Publiquem.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.431 (415)ORIGEM : EIEXEC - 25609 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE TUPÃPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUPÃRECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE FERNANDO MOTTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LÍGIA REGINA GÍGLIO BIAZON

Trata-se de recurso extraordinário contra decisão que entendeu ilegítimas as taxas de limpeza de vias públicas, coleta de lixo, serviço de combate a incêndios e emolumentos instituídas pelo Município de Tupã.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 22, XXV, 30, III, 145, II, 146, III, a, e 156, I, da mesma Carta.

A pretensão recursal merece parcial acolhida.Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é

inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. É o caso dos autos, salvo em relação ao art. 145, II, da Constituição.

Além disso, inviável o recurso em relação às taxas de limpeza de vias públicas, de combate a incêndios e de emolumentos, dado que o recorrente não se desincumbiu do ônus de demonstrar o desacerto da decisão proferida pelo Juízo de origem. Com efeito, o Município limitou-se a afirmar que teria apenas exercitado sua competência, sem, contudo, refutar os fundamentos empregados pela decisão recorrida. Verifica-se, assim, a deficiente fundamentação do recurso extraordinário, o que faz incidir, no caso, a Súmula 284 do STF.

Por sua vez, quanto à taxa de coleta de lixo, a pretensão recursal merece acolhida. Isso porque o Plenário desta Corte, na Sessão do dia 29/10/2009, corroborado pela discussão que envolveu o julgamento do RE 576.321-RG-QO/SP, de minha relatoria, aprovou a Súmula Vinculante 19, cujo teor segue transcrito:

“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal”.

Ademais, no que diz respeito ao argumento da utilização de base de cálculo própria de impostos, esta Corte, em Sessão Plenária de 3/2/2010, ainda corroborada pela discussão que envolveu o julgamento do RE 576.321-RG-QO/SP, aprovou a Súmula Vinculante 29, com o seguinte teor:

“É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra”.

Por fim, cumpre esclarecer que na situação sob exame, o fato gerador da taxa de coleta de lixo guarda relação com os serviços públicos de coleta, remoção, tratamento e destinação de lixo domiciliar, impondo-se, dessa forma, o reconhecimento de sua legitimidade.

Isso posto, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe parcial provimento (CPC, art. 557, § 1º-A), apenas para reconhecer a constitucionalidade da taxa de coleta de lixo. Honorários a serem fixados pelo Juízo de origem, nos termos da legislação processual.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.998 (416)ORIGEM : ADI - 994092275997 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 93: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 93

RECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CATANDUVAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CATANDUVARECDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE

CATANDUVAADV.(A/S) : MARCIO TARCISIO THOMAZINI

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que julgou constitucional a Lei Complementar 486/2009 do Município de Catanduva, de iniciativa do poder legislativo local, que alterou o sistema tributário do município.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da citada lei municipal sob o argumento de que a matéria nela versada, alteração do prazo para impugnação do lançamento tributário, seria de iniciativa privativa do chefe do poder executivo.

A pretensão recursal não merece acolhida. O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência desta

Corte firmada no sentido de que a Constituição não veda a iniciativa do poder legislativo para legislar sobre matéria tributária.

Os dispositivos da Constituição referentes ao modelo federal de iniciativa legislativa reservada são normas de repetição obrigatória pelos Estados-membros, a fim de conferir eficácia ao princípio da separação de poderes e ao princípio federativo. Com esse entendimento: ADI 1.434/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; ADI 2.892/ES, Rel. Min. Carlos Velloso; ADI 2.705/DF, Rel. Min. Ellen Gracie.

Ocorre que esta Corte possui jurisprudência no sentido de que o disposto no art. 61, § 1º, II, b, da CF tem sua aplicação restrita ao processo legislativo no âmbito dos territórios federais. Ademais, a iniciativa reservada para as leis que estabeleçam as diretrizes orçamentárias, nos termos do art. 165, II, da Lei Maior, não se confunde e nem compreende a competência para iniciar o processo legislativo envolvendo direito tributário, inclusive quanto à concessão de benefícios fiscais.

Nesse sentido, transcrevo ementa da ADI 2.464/AP, Rel. Min. Ellen Gracie:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 553/2000, DO ESTADO DO AMAPÁ. DESCONTO NO PAGAMENTO ANTECIPADO DO IPVA E PARCELAMENTO DO VALOR DEVIDO. BENEFÍCIOS TRIBUTÁRIOS. LEI DE INICIATIVA PARLAMENTAR. AUSÊNCIA DE VÍCIO FORMAL. 1. Não ofende o art. 61, § 1º, II, b da Constituição Federal lei oriunda de projeto elaborado na Assembléia Legislativa estadual que trate sobre matéria tributária, uma vez que a aplicação deste dispositivo está circunscrita às iniciativas privativas do Chefe do Poder Executivo Federal na órbita exclusiva dos territórios federais. Precedentes: ADI nº 2.724, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 02.04.04, ADI nº 2.304, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 15.12.2000 e ADI nº 2.599-MC, rel. Min. Moreira Alves, DJ 13.12.02 2. A reserva de iniciativa prevista no art. 165, II da Carta Magna, por referir-se a normas concernentes às diretrizes orçamentárias, não se aplica a normas que tratam de direito tributário, como são aquelas que concedem benefícios fiscais. Precedentes: ADI nº 724-MC, rel. Min. Celso de Mello, DJ 27.04.01 e ADI nº 2.659, rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 06.02.04. 3. Ação direta de inconstitucionalidade cujo pedido se julga improcedente”.

Com esse mesmo raciocínio, menciono os seguintes julgados, entre outros: ADI 724-MC/RS, Rel. Min. Celso de Mello; ADI 3.809/ES, Rel. Min. Eros Grau; ADI 2.304-MC/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; ADI 2.392-MC/ES, Rel. Min. Moreira Alves; ADI 2.464-MC/AP, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 309.425-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.669 (417)ORIGEM : AC - 10313082654408001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICIPIO DE IPATINGAADV.(A/S) : SÉRGIO SOUZA DE RESENDERECDO.(A/S) : ELIANE BITENCOURT LOPES SILVARECDO.(A/S) : SILÉIA DORVALINA DE SOUZA ALMEIDAADV.(A/S) : HUMBERTO MARCIAL FONSECA

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário teve a repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, cujo paradigma é o RE-RG 565.714, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Registre-se que esta Corte, ao julgar o mérito do referido paradigma, consignou:

“CONSTITUCIONAL. ART. 7º, INC. IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NÃO-RECEPÇÃO DO ART. 3º, § 1º, DA LEI COMPLEMENTAR PAULISTA N. 432/1985 PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. INCONSTITUCIONALIDADE DE VINCULAÇÃO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE AO SALÁRIO MÍNIMO: PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DA MODIFICAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO

BENEFÍCIO POR DECISÃO JUDICIAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O sentido da vedação constante da parte final do inc. IV do art. 7º da Constituição impede que o salário-mínimo possa ser aproveitado como fator de indexação; essa utilização tolheria eventual aumento do salário-mínimo pela cadeia de aumentos que ensejaria se admitida essa vinculação (RE 217.700, Ministro Moreira Alves). A norma constitucional tem o objetivo de impedir que aumento do salário-mínimo gere, indiretamente, peso maior do que aquele diretamente relacionado com o acréscimo. Essa circunstância pressionaria reajuste menor do salário-mínimo, o que significaria obstaculizar a implementação da política salarial prevista no art. 7º, inciso IV, da Constituição da República. O aproveitamento do salário-mínimo para formação da base de cálculo de qualquer parcela remuneratória ou com qualquer outro objetivo pecuniário (indenizações, pensões, etc.) esbarra na vinculação vedada pela Constituição do Brasil. Histórico e análise comparativa da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Declaração de não-recepção pela Constituição da República de 1988 do art. 3º, § 1º, da Lei Complementar n. 432/1985 do Estado de São Paulo. 2. Inexistência de regra constitucional autorizativa de concessão de adicional de insalubridade a servidores públicos (art. 39, § 1º, inc. III) ou a policiais militares (art. 42, § 1º, c/c 142, § 3º, inc. X). 3. Inviabilidade de invocação do art. 7º, inc. XXIII, da Constituição da República, pois mesmo se a legislação local determina a sua incidência aos servidores públicos, a expressão adicional de remuneração contida na norma constitucional há de ser interpretada como adicional remuneratório, a saber, aquele que desenvolve atividades penosas, insalubres ou perigosas tem direito a adicional, a compor a sua remuneração. Se a Constituição tivesse estabelecido remuneração do trabalhador como base de cálculo teria afirmado adicional sobre a remuneração, o que não fez. 4. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento”. (RE 565.714, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO, DJe 6.11.2008 )

Extrai-se dos autos que em virtude da omissão legislativa acerca da base de cálculo do adicional de insalubridade e a proibição de sua fixação ao salário mínimo, o Tribunal a quo, cingindo-se a completar uma lacuna existente na legislação, determinou que a base de cálculo do referido adicional deveria ser fixada de acordo com os vencimentos básicos do servidor.

Registre-se que esse entendimento não contrariou a orientação firmada pelo STF.

Nessa esteira, confiram-se os seguintes precedentes: RE 645.081, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 15.11.2011; RE 637.335, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 2.8.2011.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, RISTF e 557, caput, do CPC).

Publique-se. Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.889 (418)ORIGEM : PROC - 20090456163 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : PLUMA CONFORTO E TURISMO S/AADV.(A/S) : MARCIO ARI VENDRUSCOLORECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina.

Desse mesmo acórdão, foi interposto recurso especial que, inadmitido na origem, resultou na interposição do Ag 1.414.120/SC.

Isso posto, tendo em vista a possibilidade de este recurso extraordinário ficar prejudicado com o julgamento do Ag 1.414.120/SC (CPC, 543, § 1º), determino o sobrestamento dos autos até decisão final do referido agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.471 (419)ORIGEM : EIEXEC - 9482002 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE ARAÇATUBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

ARAÇATUBARECDO.(A/S) : JOSÉ DOMINGOS CARLI

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão que negou provimento aos embargos infringentes, por entender que a embargante

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 94: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 94

não comprovou nos autos que as exigências legais para a constituição do título executivo foram cumpridas.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 30, III, e 145, II, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. É que, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é

inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, para divergir da decisão recorrida quanto à ausência de observância dos requisitos legais para a constituição do título executivo, seria necessário o reexame das normas infraconstitucionais pertinentes ao caso e o revolvimento do conjunto-fático probatório dos autos. Assim, eventual ofensa à Lei Maior seria meramente indireta e o exame do apelo extremo demandaria a análise de fatos e provas, o que é vedado pela Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.718 (420)ORIGEM : RESP - 1170055 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : JOSÉ MENDES DOS REISRECTE.(S) : LÉIA DA SILVA E SILVA MENDESADV.(A/S) : EDMAR TEIXEIRA DE PAULA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : INVESTCO S/AADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSAADV.(A/S) : DANIELLE LORENCINI GZONI RANGEL E OUTRO(A/S)

Petição 11148/2012-STF.José Mendes dos Reis e Léia da Silva e Silva Mendes, ora

recorrentes, requerem a desistência do recurso extraordinário por eles interposto.

Isso posto, ante a regularidade do pedido, homologo a desistência do recurso extraordinário (art. 21, VIII, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 648.239 (421)ORIGEM : AC - 2969144 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS PINHAISADV.(A/S) : INGER KALBEN SILVARECDO.(A/S) : COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA - COPELADV.(A/S) : BERENICE MULLER DA SILVA

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que reconheceu indevida a cobrança de IPTU sobre imóvel declarado de utilidade pública, para fins de desapropriação, nos termos da Lei Municipal 24/79.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 150, VI, a, § 2º e § 3º, 173, § 1º, II, e § 2º, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. É que o Tribunal de origem valeu-se de fundamentação

infraconstitucional suficiente para solucionar a questão posta nos autos, no caso, a circunstância de o imóvel em discussão ser abrangido pela isenção prevista na Lei Municipal 24/79. Assim, ante a impossibilidade de se afastar esse fundamento nesta instância recursal (Súmula 280 desta Corte), incide, na espécie, a Súmula 283 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI– Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 668.658 (422)ORIGEM : AC - 00870571 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECDO.(A/S) : RICARDO ALBUQUERQUE PAIVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ARY ARAÚJO DE SANTA CRUZ OLIVEIRA JÚNIOR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. EMPREGADO PÚBLICO. CELEBRAÇÃO DE ACORDO. SUPERVENIÊNCIA DO REGIME JURÍDICO ÚNICO. PERÍODO DE DECESSO REMUNERATÓRIO. DEMANDA QUE NECESSITA DA ANÁLISE DO ACORDO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. ÓBICE DA SÚMULA 454 DO STF. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA E DA LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULAS NS. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

2. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise de matéria infraconstitucional.

3. In casu, o acórdão recorrido assentou (fl. 475 – apenso – volume 2):

“DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ACORDO DE EQUIPARAÇÃO FIRMADO ANTERIORMENTE A INSTITUIÇÃO DO REGIME JURÍDICO ÚNICO. CONVERSÃO DE REGIME. SEM REPERCUSSÃO. ÕNUS DA PARTE RÉ EM PROVAR O PAGAMENTO. ART. 333, II, CPC. REEXAME NECESSÁRIO PROVIDO PARCIALMENTE RELATIVAMENTE AO PERCENTUAL DA VERBA ADVOCATÍCIA. PREJUDICADO O APELO VOLUNTÁRIO. DECISÃO UNÂNIME. 1.Os autos noticiam que os apelados foram contratados para exercerem o cargo de médico perante as instituições vinculadas à FESP e que sempre reivindicaram a equiparação salarial à carreira médica do Estado, tendo aqueles firmado um acordo com a Fundação demanda e o Governo do Estado, obtendo assim, a perseguida equiparação. A alegação de que o referido acordo fora firmado posteriormente à instituição do Regime Jurídico Único não pode receber amparo nesta instância. Inserta às fls. 280/281 dos autos encontra a cópia do pacto promovido pelos litigantes, dela se depreende que sua subscrição se deu em 24 de janeiro de 1990, ou seja, anterior à data da instituição do Regime Estatutário, Lei Complementar nº 03/90, de 22.08.90. Por sua vez, o fato dos recorridos terem passados a integrar o Regime Jurídico Único também não desnatura o pacto firmado, nem tampouco faz desaparecer todos os direitos adquiridos quando do regime anterior, como quer deixar ver o recorrente. 2.Assistiria razão se realmente o acordo tivesse sido firmado posteriormente à conversão do regime jurídico, pois como bem afirmou o apelante dependeria de reserva legal, sob pena de afronta a Constituição Federal. In casu, ao tempo da celebração, a relação empregatícia dos envolvidos na demanda, especificamente, a Fesp e os recorridos, submetia-se ao Regime Celetista e houve por bem à Fundação equiparar os salários de seus empregados, médicos, ao do Estado de Pernambuco, não havendo, assim, falar-se em ausência de direito à percepção da diferença não recebida no período reclamado na inicial 3.Em verdade, o não pagamento de tais verbas importa em evidente afronta aos princípios da dignidade da pessoa humana e da moralidade administrativa, e não possui qualquer respaldo no ordenamento jurídico. Entendimento diverso significaria admitir o locupletamento indevidamente da força de trabalho, em evidente enriquecimento ilícito. Ademais, trata-se de verba alimentar cuja satisfação não pode ficar a mercê do beneplácito do administrador público. Neste contexto, cabia aos demandados demonstrarem nos autos o pagamento dos valores cobrados, a fim de se desincumbirem da obrigação. Vale dizer, a teor do art. 333, II, é ônus do réu constituir prova dos fatos impeditivos, modificativos e extintivos do direito do autor, e, não o tendo feito, deve arcar com o pagamento da diferença das verbas salariais reclamadas, em face do reconhecimento da procedência do pedido inaugural. 4.À unanimidade de votos, foi dado provimento parcial ao reexame necessário para reduzir ao percentual de 10% os honorários advocatícios, restando prejudicado o apelo voluntário. ”

4. As cláusulas contratuais e a verificação de suas validades encerram reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incidindo, in casu, o óbice da súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Precedentes: RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11, e AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11.

5. In casu, para se chegar a conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido quanto ao direito dos servidores de receberem a diferença salarial do período pleiteado, bem como se houve, ou não, o devido decesso remuneratório, necessário seria o reexame da matéria fático-probatória, bem como da legislação local que o orientou, o que inviabiliza o extraordinário, a teor dos Enunciados das Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário” e “por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”.

6. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto pelo ESTADO

DE PERNAMBUCO, com fulcro no art. 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, para adversar acórdão do Tribunal de Justiça do Estado

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 95: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 95

de Pernambuco, assim ementado (fl. 475 – apenso – volume 2):“DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ACORDO DE

EQUIPARAÇÃO FIRMADO ANTERIORMENTE A INSTITUIÇÃO DO REGIME JURÍDICO ÚNICO. CONVERSÃO DE REGIME. SEM REPERCUSSÃO. ÔNUS DA PARTE RÉ EM PROVAR O PAGAMENTO. ART. 333, II, CPC. REEXAME NECESSÁRIO PROVIDO PARCIALMENTE RELATIVAMENTE AO PERCENTUAL DA VERBA ADVOCATÍCIA. PREJUDICADO O APELO VOLUNTÁRIO. DECISÃO UNÂNIME. 1.Os autos noticiam que os apelados foram contratados para exercerem o cargo de médico perante as instituições vinculadas à FESP e que sempre reivindicaram a equiparação salarial à carreira médica do Estado, tendo aqueles firmado um acordo com a Fundação demanda e o Governo do Estado, obtendo assim, a perseguida equiparação. A alegação de que o referido acordo fora firmado posteriormente à instituição do Regime Jurídico Único não pode receber amparo nesta instância. Inserta às fls. 280/281 dos autos encontra a cópia do pacto promovido pelos litigantes, dela se depreende que sua subscrição se deu em 24 de janeiro de 1990, ou seja, anterior à data da instituição do Regime Estatutário, Lei Complementar nº 03/90, de 22.08.90. Por sua vez, o fato dos recorridos terem passados a integrar o Regime Jurídico Único também não desnatura o pacto firmado, nem tampouco faz desaparecer todos os direitos adquiridos quando do regime anterior, como quer deixar ver o recorrente. 2.Assistiria razão se realmente o acordo tivesse sido firmado posteriormente à conversão do regime jurídico, pois como bem afirmou o apelante dependeria de reserva legal, sob pena de afronta a Constituição Federal. In casu, ao tempo da celebração, a relação empregatícia dos envolvidos na demanda, especificamente, a Fesp e os recorridos, submetia-se ao Regime Celetista e houve por bem à Fundação equiparar os salários de seus empregados, médicos, ao do Estado de Pernambuco, não havendo, assim, falar-se em ausência de direito à percepção da diferença não recebida no período reclamado na inicial 3.Em verdade, o não pagamento de tais verbas importa em evidente afronta aos princípios da dignidade da pessoa humana e da moralidade administrativa, e não possui qualquer respaldo no ordenamento jurídico. Entendimento diverso significaria admitir o locupletamento indevidamente da força de trabalho, em evidente enriquecimento ilícito. Ademais, trata-se de verba alimentar cuja satisfação não pode ficar a mercê do beneplácito do administrador público. Neste contexto, cabia aos demandados demonstrarem nos autos o pagamento dos valores cobrados, a fim de se desincumbirem da obrigação. Vale dizer, a teor do art. 333, II, é ônus do réu constituir prova dos fatos impeditivos, modificativos e extintivos do direito do autor, e, não o tendo feito, deve arcar com o pagamento da diferença das verbas salariais reclamadas, em face do reconhecimento da procedência do pedido inaugural. 4.À unanimidade de votos, foi dado provimento parcial ao reexame necessário para reduzir ao percentual de 10% os honorários advocatícios, restando prejudicado o apelo voluntário. ”

Opostos embargos de declaração, restaram acolhidos para o fim de prequestionamento, sendo-lhes negado provimento (fls. 17/19).

Nas razões do extraordinário, o Estado de São Paulo aponta violação aos artigos 5º, XXXVI, 39 e 169, da Constituição Federal. Alega que o acordo em que os ora recorridos fundamentam sua pretensão perdeu a validade, uma vez que os médicos deixaram de ser empregados regidos pela CLT e passaram a ser servidores regidos pelo Regime Jurídico Único, com a publicação da Lei Complementar Estadual nº 03/90, de agosto de 1990.

É o relatório. DECIDO.O recurso não merece acolhida. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

Quanto à alegada violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição, a jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação, em cada caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada não desafia a instância extraordinária, visto situar-se no âmbito infraconstitucional. Nesse sentido:

“DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, CAPUT, I, XXXV, XXXVI, LIV E LV, CF/1988. COISA JULGADA. LITISPENDÊNCIA. TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA PROFERIDA EM MANDADO DE SEGURANÇA. OFENSA INDIRETA. 1. Necessidade do revolvimento de legislação infraconstitucional para se concluir pela afronta à Constituição Federal. 2. Alegação de ofensa aos princípios da legalidade, da prestação jurisdicional, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, dos limites da coisa julgada, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa configura, quando muito, ofensa meramente reflexa à Constituição Federal. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI nº 692.591-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 13/06/2011).

Ademais, o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a verificação da validade de cláusulas contratuais encerra reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incide, no caso, o óbice da súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Não obstante o caso não se tratar exatamente de contrato, a certificação de validade do acordo celebrado segue a mesma interpretação.

Sobre o verbete sumular, assim discorre Roberto Rosas:

“O Código Civil não se estende além do art. 85 no tocante à interpretação dos atos jurídicos. Nele adota-se o princípio da manifestação da vontade acima do sentido literal da linguagem. Menos regras temos em relação à interpretação dos contratos. Mas podemos verificar que essa interpretação está no plano dos fatos, principalmente como deixa entrever Danz. Como observa Washington de Barros Monteiro, para chegarmos à interpretação do contrato é necessário reconstruir o ato volitivo em que se exteriorizou o negócio jurídico, pesquisando meticulosamente qual teria sido a real vontade do agente e, assim, corrigindo sua manifestação, verbal ou escrita, expressa erradamente ( Curso , v. 5/38). Portanto, os fatos voltariam a ser examinados no STF quando da apreciação do recurso extraordinário. Teríamos o STF como terceira instância, aliás entendida assim por João Mendes, contraditado por José Rodrigues de Carvalho ( Do Recurso Extraordinário , Paraíba, 1920, p. 14; RTJ 109/814). Ver súmula 5 do STJ. (ROSAS, Roberto, in , Direito Sumular, Malheiros).”

O Tribunal de origem, ao julgar a controvérsia, fundamentou (fls. 47 – apenso – volume 2):

“Com efeito, devidamente comprovada a relação laboral com o ente público, faz jus o servidor ou empregado público ao recebimento das vergas salariais impagas como contraprestação dos serviços prestados, nos exatos termos acordados.”

In casu, para se chegar a conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido quanto ao direito dos servidores de receberem a diferença salarial do período pleiteado, bem como se houve, ou não, o devido decesso remuneratório, necessário seria o reexame da matéria fático-probatória, bem como da legislação local que o orientou (Lei Complementar nº 03/90), o que inviabiliza o extraordinário, a teor dos Enunciados das Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário” e “por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”.

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário, com fundamento do artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 673.711 (423)ORIGEM : AMS - 200338000511235 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSÉ LAYRE RODRIGUESADV.(A/S) : NATÁLIA MARIA MARTINS DE RESENDE E OUTRO(A/

S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário que versa sobre cômputo do tempo de serviço exercido em condições especiais em período posterior à EC nº 20/98, para efeito de aposentadoria.

Por atacar acórdão anterior a 3 de maio de 2007, o presente recurso não se submete à sistemática da repercussão geral, razão por que a rejeição de repercussão geral da questão não pode implicar a devolução dos autos à origem para os fins do art. 543-B do CPC.

Verifica-se que o Supremo Tribunal Federal já apreciou a matéria dos autos no julgamento do AI-RG 841.047, DJe 1.9.2011 (Tema nº 405), oportunidade em que rejeitou a repercussão geral, tendo em vista a natureza infraconstitucional da questão posta, nos seguintes termos:

“EMENTA: RECURSO. Agravo de instrumento convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Aposentadoria. Tempo de serviço. Condições especiais. Cômputo. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto o cômputo, para efeito de aposentadoria, do tempo de serviço exercido em condições especiais, versa sobre tema infraconstitucional”.

Esse julgamento consolidou a jurisprudência da Corte no sentido de que o tema versado nos autos é infraconstitucional, motivo pelo qual nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1o do RISTF e 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 640.218 (424)ORIGEM : AC - 95732953 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : HERAL S/A INDÚSTRIA METALÚRGICAADV.(A/S) : ANA MARIA PARISIRECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 96: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 96

Trata-se de agravo contra decisão que, com apoio no art. 543-B, § 3º, do Código de Processo Civil, julgou prejudicado o recurso extraordinário, por ter sido o tema em análise definitivamente julgado pelo Supremo Tribunal Federal nos RE 585.535/SP e RE 584.100/SP.

No agravo, alegou-se, em suma, que o apelo extremo não poderia ter sido julgado prejudicado, ao argumento de que não há pronunciamento definitivo do STF sobre o tema em debate.

O recurso não merece acolhida. Isso porque o Plenário desta Corte, ao apreciar Questão de Ordem

suscitada no AI 760.358/SE, Rel. Min. Gilmar Mendes, decidiu não caber agravo ao Supremo Tribunal Federal em face de decisões que aplicam, nos termos do art. 543-B, § 3º, do CPC, a sistemática da repercussão geral, nos seguintes termos:

“EMENTA: Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem” (grifos meus).

Cumpre ressaltar, ainda, que no aludido julgamento esta Corte assentou que eventual agravo interposto na hipótese em exame não deve ser conhecido e os autos devem ser devolvidos ao Tribunal de origem para que examine o recurso pendente como agravo regimental.

Esse entendimento foi reafirmado pelo Plenário do STF no julgamento do AI 783.839-AgR/MG, Rel. Min. Cezar Peluso, cuja ementa segue transcrita:

“RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Agravo de instrumento. Interposição contra decisão que aplica entendimento do STF em questão de repercussão geral. Inadmissibilidade. Agravo regimental não provido. É inadmissível agravo de instrumento, ou reclamação, contra decisão de tribunal local que nega seguimento a extraordinário por ausência de repercussão geral, nos termos de precedente do Supremo”.

Isso posto, não conheço do recurso e, nos termos da jurisprudência desta Corte, determino a sua devolução ao Tribunal de origem para que o julgue como agravo regimental.

Publique-se. Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.614 (425)ORIGEM : AI - 7540575100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : CONGREGAÇÃO DE NOSSA SENHORA - CÔNEGAS

DE SANTO AGOSTINHOADV.(A/S) : GAMALIEL ROSSI SEVERINO

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto de acórdão que entendeu que a ora recorrida, entidade de educação de assistência social e sem fins lucrativos, faz jus à imunidade tributária pleiteada, sobretudo porque “na hipótese presente não há indícios de que o imóvel não está sendo utilizado às finalidades essenciais da entidade, que pudessem, de fato, levar ao não reconhecimento da imunidade” (fl. 89).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 150, VI, c, e § 4º, da mesma Carta, ao argumento de que

“os requisitos consignados nos incisos do artigo 14 do Código Tribunal Nacional teriam que estar devidamente comprovados para que o Poder Judiciário pudesse reconhecer a imunidade. Entretanto, não há nos autos nenhuma prova que demonstre que a entidade observa a todos eles” (fl. 110).

A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque a solução da controvérsia sobre o preenchimento dos

requisitos legais para concessão do benefício requerido demanda o revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Inviável, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes, cujas ementas transcrevo a seguir:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. IPTU. ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. IMUNIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. VALORES CONTROVERTIDOS. INADEQUAÇÃO DO MEIO ESCOLHIDO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. o Tribunal a quo, com base na análise do conjunto probatório constante dos autos, entendeu que a agravada é uma entidade de assistência social, sem fins lucrativos, e, por isso, goza da imunidade disposta no art. 150, VI, "c", e § 4º, da Constituição. Para se chegar a conclusão diversa, seria necessário reexaminar os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo com a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. O âmbito de cabimento da ação de consignação em pagamento deriva diretamente das normas processuais infraconstitucionais, de modo a não permitir o conhecimento do recurso extraordinário no ponto. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI 727.495-AgR/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa).

“TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMUNIDADE. IPTU. COMPROVAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DO IMÓVEL NAS FINALIDADES ESSENCIAIS DA ASSOCIAÇÃO. SÚMULA 279. AGRAVO IMPROVIDO I – Para dissentir do acórdão recorrido, no que tange à a solução da controvérsia sobre a comprovação da utilização do imóvel nas finalidades essenciais da associação, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. II – Agravo regimental improvido” (AI 805.758-AgR/PR, de minha relatoria).

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 378.136-AgR/DF e RE 601.343/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 659.920-AgR/RJ e AI 362.748-AgR/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 395.862-AgR/MG, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 499.859-AgR/MG, Rel. Min. Eros Grau.

Isso posto, nego seguimento ao recurso Publique-se. Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 648.367 (426)ORIGEM : AC - 10145095108398003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : FÍDIAS BRASIL DE MELLO JÚNIORADV.(A/S) : RITA APARECIDA MARTINS LEITE

Decisão:Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATO TEMPORÁRIO. PRORROGAÇÕES. VÍNCULO JURÍDICO-ADMINISTRATIVO. FÉRIAS E RESPECTIVO TERÇO. DÉCIMO TERCEIRO. PROPORCIONAIS. DIREITOS ASSEGURADOS. FGTS E DEMAIS VERBAS RESCISÓRIAS. ADICIONAL NOTURNO. REFLEXOS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. - Equipara-se a servidor público o contratado para atender temporariamente excepcional interesse público, cujos períodos contratuais foram sucessivamente prorrogados, fazendo jus ao recebimento de férias e terço, bem como décimo terceiro proporcional. Arts. 7°, 37, IX, e 39, § 3°, CF. - A contratação temporária e realizada sucessivamente pela Municipalidade tem natureza administrativa, e, por conseguinte, não há a incidência da legislação trabalhista, dai por que não são devidos o FGTS, a multa de 40%, o aviso prévio e o seguro desemprego. – O adicional noturno tem previsão constitucional e é extensível aos servidores públicos (arts. 7°, IX e 39, § 3°, CF) e a lei estadual não demanda regulamentação. - São cabíveis os reflexos do adicional noturno no décimo terceiro salário, eis que a Constituição expressamente prevê que essa verba é devida com base na remuneração integral do servidor. - Não há se falar em reflexo do adicional noturno nas férias e seu terço constitucional, que é calculada com base no salário normal do servidor - que não inclui verba de natureza transitória -, além de a legislação estadual não contemplar essa previsão, sendo certo que as disposições da CLT não se aplicam ao regime estatutário. - Para fazer jus a verbas extraordinárias - como horas extras laboradas, não fruição de intervalo para refeição e descanso, e adicional de insalubridade ou periculosidade -, deveria o recorrente produzir a competente prova dos fatos. - Caracterizada a sucumbência reciproca das partes, está autorizada a compensação das verbas honorárias nos termos da Súmula nº 306 do Superior Tribunal de Justiça”.

No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo 37, caput, da Constituição Federal.

Decido.Não merece prosperar a irresignação, haja vista que o acórdão

recorrido encontra respaldo na jurisprudência desta Corte, no sentido de ser devida a extensão dos direitos previstos no artigo 7º da Constituição Federal

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 97: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 97

ao servidor contratado temporariamente, com base no artigo 37, inciso IX, da Carta da República. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. DIREITOS SOCIAIS. DÉCIMO TERCEIRO E TERÇO DE FÉRIAS. APLICABILIDADE A CONTRATOS TEMPORÁRIOS SUCESSIVAMENTE PRORROGADOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº 649.393-AgR/MG, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Dje de 13/12/11).

“CONSTITUCIONAL. LICENÇA-MATERNIDADE. CONTRATO TEMPORÁRIO DE TRABALHO. SUCESSIVAS CONTRATAÇÕES. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ART. 7º, XVIII DA CONSTITUIÇÃO. ART. 10, II, ‘b’, do ADCT. RECURSO DESPROVIDO.

A empregada sob regime de contratação temporária tem direito à licença-maternidade, nos termos do art. 7º, XVIII, da Constituição e do art. 10, II, ‘b’, do ADCT, especialmente quando celebra sucessivos contratos temporários com o mesmo empregador.

Recurso a que se nega provimento” (RE nº 287.905/SC, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Dje de 30/6/06).

No mesmo sentido, ainda, os seguintes precedentes: ARE nº 663.104/PE, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 7/12/11 ; ARE nº 662.755/MG, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 22/11/11; ARE nº 644.527/MG, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 22/9/11.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília,14 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.498 (427)ORIGEM : AC - 200884000108924 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : JOSÉ LUIZ DE PAULAADV.(A/S) : JOÃO PAULO DOS SANTOS MELORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. MILITAR DAS FORÇAS ARMADAS. REMUNERAÇÃO MENOR QUE A DOS POLICIAIS MILITARES DO DISTRITO FEDERAL. VEDAÇÃO PELO ARTIGO 24 DO DECRETOLEI N.º 667/69.

INTEMPESTIVIDADE. ART. 508 DO CPC. INOBSERVÂNCIA. INCOGNOSCIBILIDADE DO APELO EXTREMO.

1. A tempestividade constitui requisito indispensável à admissibilidade dos recursos, devendo o recorrente, em se tratando de recurso extraordinário, obedecer ao prazo de 15 (quinze) dias, previsto no art. 508 do CPC.

2. Nos presentes autos, afigura-se intempestivo o apelo extremo, uma vez que o acórdão recorrido foi publicado no DJe do TRF5 em 16.9.2009 (fl. 74), ao passo que o recurso extraordinário foi protocolizado em 26.10.2009 (fl. 118), ou seja, após o transcurso do prazo legal.

3. Incidência do Enunciado da Súmula n.º 322 do Supremo Tribunal Federal, in verbis: “Não terá seguimento pedido ou recurso dirigido ao Supremo Tribunal Federal, quando manifestamente incabível, ou apresentado fora do prazo, ou quando for evidente a incompetência do Tribunal”.

4. In casu, o acórdão recorrido assentou:“ADMINISTRATIVO. MILITAR. Lei nº 8.162/91. Reajuste de soldo. Lei

nº 8.237/91 e MP nº 2.131/2000. Reestruturações remuneratórias. Impossibilidade de reajuste atinente a períodos anteriores. Inocorrência de violação aos princípios da irredutibilidade de vencimento e do direito adquirido. Apelo improvido”.

5. Recurso extraordinário com agravo não-conhecido. DECISÃO: Trata-se de agravo interposto por José Luiz de Paula, com o

objetivo de ver reformada a decisão de fls. 145 que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto contra acórdão da Quarta Turma Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. MILITAR. Lei nº 8.162/91. Reajuste de soldo. Lei nº 8.237/91 e MP nº 2.131/2000. Reestruturações remuneratórias. Impossibilidade de reajuste atinente a períodos anteriores. Inocorrência de violação aos princípios da irredutibilidade de vencimento e do direito adquirido. Apelo improvido” (fls. 69).

Nas razões do apelo extremo, sustenta, em síntese, a recepção do artigo 24 do Decreto-Lei n.º 667/69 pela Constituição Federal de 1988 e pede que a União seja condenada ao pagamento das “diferenças pecuniárias encontradas entre a remuneração dos militares do DF (soldo mais gratificações) e aquela paga ao recorrente” (fl. 132).

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo, por entender que o recurso extraordinário é intempestivo.

É o Relatório. DECIDO. A irresignação não merece prosperar.Ao contrário do que sustenta a recorrente nas razões do agravo de

instrumento, ao compulsar os autos verifica-se que o Recurso Extraordinário encontra-se manifestamente intempestivo.

Com efeito, a tempestividade constitui requisito indispensável à admissibilidade dos recursos, devendo o recorrente, em se tratando de recurso extraordinário, obedecer ao prazo de 15 (quinze) dias, previsto no artigo 508 do Código de Processo Civil, sob pena de o seu recurso não ser conhecido. O referido comando legal ostenta o seguinte teor, in verbis:

“Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de 15 (quinze) dias. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)”.

In casu, afigura-se intempestivo o apelo extremo, uma vez que o acórdão recorrido foi publicado no DJe do Tribunal Regional Federal da 5ª Região em 16.9.2009 (fl. 74), ao passo que o recurso extraordinário foi protocolizado em 26.10.2009 (fl. 118), ou seja, após o transcurso do prazo legal.

O Supremo Tribunal Federal consolidou entendimento segundo o qual “Não terá seguimento pedido ou recurso dirigido ao Supremo Tribunal Federal, quando manifestamente incabível, ou apresentado fora do prazo, ou quando for evidente a incompetência do Tribunal. Nesse sentido, confiram-se, à guisa de exemplo, os seguintes precedentes desta Corte Suprema, in litteris:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE. SÚMULA 322. Não terá seguimento pedido ou recurso dirigido ao Supremo Tribunal Federal, quando manifestamente incabível, ou apresentado fora do prazo legal. Agravo regimental improvido” (AI n.º 165.469 AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 27.10.1995).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO INTEMPESTIVIDADE NÃO CONHECIMENTO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os prazos recursais são peremptórios e preclusivos (RT 473/200 - RT 504/217 - RT 611/155 RT 698/209 RF 251/244). Com o decurso, in albis, do prazo legal, extingue-se, de pleno direito, quanto à parte sucumbente, a faculdade processual de interpor, em tempo legalmente oportuno, o recurso pertinente . - A tempestividade que se qualifica como pressuposto objetivo inerente a qualquer modalidade recursal constitui matéria de ordem pública, passível, por isso mesmo, de conhecimento ex officio pelos juízes e Tribunais. A inobservância desse requisito de ordem temporal, pela parte recorrente, provoca, como necessário efeito de caráter processual, a incognoscibilidade do recurso interposto” (AI n.º 793.174-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 3.12.2010)

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Decisão agravada que entendeu ser o recurso extraordinário intempestivo. Comprovação nos autos de interposição do recurso fora do prazo legal. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI n.º 595.707-AgR, Segunda Turma, Ministro Gilmar Mendes, DJ de 7.12.2006).

A propósito, cito as considerações do professor Roberto Rosas, in Direito Sumular, 14ª edição, Editora Malheiros, verbis:

“Aplica-se aqui o mesmo princípio relativo à inépcia da petição inicial. O Regimento do STF dispõe de maneira mais ampla além desses casos, possibilitando o não seguimento quando o pedido ou recurso contrariar a jurisprudência predominante do Tribunal (art. 21, § 1o).

A Lei 8.038/90 (art. 38) dispõe que o Relator “negará seguimento a pedido ou recurso manifestamente intempestivo, incabível ou improcedente, ou, ainda, que contrariar, nas questões predominantemente de direito, Súmula do respectivo Tribunal”.

Ex positis, não conheço do presente recurso extraordinário com agravo.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 657.411 (428)ORIGEM : ARE - 05018943120104058502 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAO - PEPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MOACIR VIEIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : FÁBIO CORRÊA RIBEIRO

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

JUROS DE MORA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. NÃO ESGOTAMENTO DA JURISDIÇÃO NA ORIGEM: INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra decisão da Turma Recursal do Juizado Especial Federal de Sergipe que afastou a incidência do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 98: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 98

art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 no caso, por considerar que ele não se aplica a débitos alimentares e por depender de regulamentação.

2. A Recorrente alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, inc. XXXV, LIV e LV, 37 e 97 da Constituição da República.

Sustenta que a decisão recorrida “há de ser reformada (...), tendo em vista que os juros de mora a serem aplicados contra a Fazenda Pública, com a aplicação do art. 1º-F na Lei 9.494/97, são de 6% ao ano, pouco importando a natureza da ação”.

Afirma que “a decisão recorrida está extrapolando sua competência constitucional e desrespeitando o que já foi decidido pelo STF, que declarou a constitucionalidade do artigo 1º-F da Lei nº 9.494/9”.

Assevera que, “ao entender de forma diversa, fixando o critério da natureza da ações para a aplicação da lei, [o juízo a quo,] além de causar grande prejuízo à União, está, inequivocamente, deixando de aplicar a norma legal e interpretando equivocadamente os seguintes institutos e dispositivos constitucionais: direito adquirido, ato jurídico perfeito, retroatividade da lei, princípio da isonomia e cláusula de reserva de plenário”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido ao fundamento de que, “com o recebimento do incidente de uniformização, fica demonstrada a ausência de decisão de última instância”.

4. No agravo interposto, a Recorrente alega que “a r. decisão proferida é de última instância, razão pela qual preenchido o requisito do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. O ‘pedido de uniformização de lei federal’ interposto no mesmo ato restringe-se a dirimir divergência jurisprudencial quanto a matéria dos juros no aspecto da lei federal, a qual não é objeto do presente recurso”.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. A Agravante interpôs recurso extraordinário contra acórdão proferido pela Turma Recursal e, simultaneamente, incidente de uniformização de lei federal.

Este Supremo Tribunal assentou que somente após o julgamento do incidente de uniformização de jurisprudência estaria esgotada a instância para a interposição do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 281 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO DE TURMA RECURSAL DE JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. INTERPOSIÇÃO SIMUTÂNEA DE PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO EXTEMPORÂNEO. AGRAVO IMPROVIDO. I - Esta Corte firmou entendimento no sentido de se considerar extemporâneo o recurso extraordinário interposto contra decisão proferida por Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais antes do julgamento de pedido de uniformização interposto contra essa mesma decisão. II – Ante a existência de incidente de uniformização pendente de julgamento, não há decisão de única ou última instância que dá ensejo a abertura da via extraordinária. Incidência da Súmula 281 do STF. III – Agravo regimental improvido” (RE 468.692-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 19.5.2011).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. (…) AGRAVO IMPROVIDO. (...) III - Esta Corte firmou entendimento no sentido de se considerar extemporâneo o RE interposto antes do julgamento do incidente de uniformização de jurisprudência. (...) - Agravo regimental improvido” (AI 687.601-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 26.6.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ESGOTAMENTO DA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. SÚMULA 281 DO STF. Consoante a jurisprudência sumulada do Supremo Tribunal Federal, ‘é inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada’ (Súmula 281 do STF). Admitido Incidente de Uniformização em face de acórdão de Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais, resta demonstrada a ausência de decisão de única ou última instância. Pelo que incabível, concomitantemente, a interposição do apelo extremo. Agravo Regimental desprovido” (RE 468.365-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJ 20.4.2007).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea b, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 22 de fevereiro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 658.429 (429)ORIGEM : AC - 00118873520088190021 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRO

RELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CLAÚDIO TEIXEIRA DE CARVALHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEILA LEIVA GUARDADORECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONTROLE JURISDICIONAL QUE AVALIA QUESTÕES EM CONCURSO PÚBLICO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.

DECISÃO: A matéria tratada nos autos - em que se discute à luz dos artigos 2º e 5º, caput, da Constituição Federal, a possibilidade, ou não, de o Poder Judiciário realizar controle jurisdicional do ato administrativo que, em concurso público, avalia as questões objetivas formuladas - teve sua repercussão geral reconhecida nos autos do RE 632.853, da Relatoria da Min. Gilmar Mendes, DJe de 02/03/12.

Destarte, presentes os demais requisitos para conhecimento do recurso, DOU PROVIMENTO ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, que, no entanto, deverá permanecer SOBRESTADO na origem para que se observe o disposto no art. 328, parágrafo único do RISTF c.c. art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 661.067 (430)ORIGEM : AC - 18137210 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO LUÍSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍSRECDO.(A/S) : DURVALINO DO ROSÁRIO FERREIRAADV.(A/S) : FRANCISCO FLORISMAR DE ALMEIDA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário com agravo contra decisão de inadmissibilidade de apelo extremo que impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE GRATIFICAÇÃO ESPECÍFICA POR LEI. SERVIDOR PÚBLICO. REDUÇÃO DE VENCIMENTOS. OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA IRREDUTBILIDADE SALARIAL. INTELIGÊNCIA DO ART. 37, XV, DA CF/88 IMPROVIMENTO.

1. A redução de vencimentos de servidor público por ato do chefe do Poder Executivo e em desacordo com a garantia constitucional da irredutibilidade salarial é nula de pleno direito.

2. A alteração de Estatuto de Servidor Público, sob o rótulo de modernização/reestruturação da Administração Pública, não fere direito adquirido do servidor, desde que se preserve o montante do vencimento até então percebido.

3. Apelação conhecida e improvida”. (fl. 188)No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102,

III, “a”, da Constituição Federal, o recorrente sustenta a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito, aponta violação ao artigo 37, XV, do Texto Constitucional.

O recorrente sustenta, em síntese, que inexiste direito adquirido a regime jurídico. Ademais, defende que não houve irredutibilidade de vencimentos, em razão do município ter criado uma vantagem residual para garantir qualquer tipo de redução de vencimentos.

Decido.Não assiste razão ao agravante.O acórdão recorrido está em sintonia com a pacífica jurisprudência

desta Corte no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, todavia a eventual reestruturação da carreira introduzida por ato legislativo superveniente com a consequente transformação, reclassificação ou extinção de cargos, deve observar o princípio da irredutibilidade salarial. Nesse sentido, confiram-se, entre inúmeros outros, os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. ADICIONAL DE INATIVIDADE. SUPRESSÃO. MP 2.131/2000. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. INEXISTÊNCIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. INOVAÇÃO DE MATÉRIA EM AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – Não há direito adquirido a regime jurídico-funcional pertinente à composição dos vencimentos nem à permanência do regime legal de reajuste de vantagem, desde que eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração, não acarretando decesso de caráter pecuniário. Precedentes. II – A verificação da efetiva ocorrência de redução remuneratória demanda o exame do conjunto fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 desta Corte. Precedentes. III – A questão relativa à alegação de ofensa ao princípio da isonomia, suscitada no agravo regimental, não foi examinada pelo Tribunal de origem, tampouco foi arguida

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 99: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 99

no recurso extraordinário. É incabível a inovação de fundamento em agravo regimental. Precedentes. IV – Agravo regimental improvido”. (ARE-AgR 639.736, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 6.9.2011)

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Militares. 3. Lei 8.237/91. 4. Nova estrutura remuneratória. 5. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. 6 Irredutibilidade de vencimentos. 7. Precedentes. 8. Agravo regimental a que se nega provimento”. (AI-AgR 834.563, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 1º.8.2011)

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Militar. Adicional de inatividade. Supressão. MP nº 2.131/00. Direito adquirido a regime jurídico. Impossibilidade. Princípio da irredutibilidade de vencimentos. Violação. Não ocorrência. Precedentes. 1. A supressão do adicional de inatividade pela Medida Provisória nº 2.131/2000 não afronta o princípio do direito adquirido. 2. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, devendo ser preservado o valor nominal da remuneração, sob pena de ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimento. 3. Agravo regimental não provido”. (RE-AgR 464.946, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe 5.8.2011)

Ademais, para se entender que não houve irredutibilidade de vencimentos, faz-se imprescindível a análise dos elementos fático-probatórios constantes dos autos, providência vedada na via do apelo extremo. Incide, portanto, o Verbete 279 da Súmula de Jurisprudência do STF. Nesse sentido, destaca-se o entendimento de ambas as Turmas desta Suprema Corte, conforme ementas:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. NATUREZA DAS GRATIFICAÇÕES DE RISCO DE VIDA E DE TEMPO INTEGRAL. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS E DA LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULAS N. 279 E N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”. (RE-AgR 637.858/PI, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 31.5.2011)

“ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR REFORMADO. SUPRESSÃO DO AUXÍLIO INVALIDEZ. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. LEI ESTADUAL 10.426/90. OFENSA REFLEXA À CF. FATOS E PROVAS. SÚMULAS STF 279 E 280. 1. Para se aferir a alegada afronta ao princípio da irredutibilidade de vencimentos, na hipótese, seria necessário o reexame de fatos e de provas, bem como a análise de legislação local (Lei 10.426/90), hipóteses inviáveis nesta via (Súmulas STF 279 e 280). 2. Agravo regimental a que se nega provimento”. AI-AgR 785.386/PE, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 13.6.2011)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, RISTF e 544, §4º, II, “b”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 663.401 (431)ORIGEM : APCRIM - 20110137648 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ANTONIO VOSSADV.(A/S) : RICARDO VIANNA HOFFMANNRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

Bem examinados os autos, verifico a existência de erro material na decisão de fl. 199 que negou seguimento ao agravo, pois a indicação das datas de publicação e de interposição do recurso não correspondem ao que efetivamente consta dos autos.

Assim, evidente a ocorrência de erro material a autorizar a retificação de ofício, torno sem efeito o julgado de fl. 199, e profiro nova decisão.

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, violação ao art. 5º, LVI e LXIII, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o agravo é intempestivo. A publicação da decisão agravada ocorreu em 16/8/2011 (fl. 186) e a peça recursal foi protocolada em 26/8/2011 (fl. 187-v). Segundo o teor da Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal, o prazo para a interposição de agravo de instrumento criminal é de cinco dias, o que fixa o termo final em 22/8/2011.

Tal entendimento, aliás, foi reafirmado pelo Plenário desta Corte ao resolver questão de ordem no julgamento do ARE 639.846-AgR-QO/SP, Red. p/ acórdão Min. Luiz Fux ( Informativo 644-STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.

Brasília, 15 de março de 2012.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 665.046 (432)ORIGEM : PROC - 20070012077401 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : IRISMAR CORREIA DE MELOADV.(A/S) : LEONARDO ARAÚJO DE SOUSARECDO.(A/S) : MAPFRE VERA CRUZ SEGURADORA S/AADV.(A/S) : EMANUEL MENDES GUEDES DIOGO

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o órgão judiciário de origem teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reiteradamente enfatizado que, em princípio, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição (RTJ 147/251 – RTJ 159/328 – RTJ 161/284 – RTJ 170/627-628 – AI 126.187-AgR/ES, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 153.310-AgR/RS, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – AI 185.669-AgR/RJ, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 257.310-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 254.948/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

A espécie ora em exame não foge aos padrões acima mencionados, refletindo, por isso mesmo, possível situação de ofensa indireta às prescrições da Carta Política, circunstância essa que impede – como precedentemente já enfatizado – o próprio conhecimento do recurso extraordinário (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

De outro lado, cabe ter presente que a verificação da procedência, ou não, das alegações deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que impede o conhecimento do apelo extremo, nos termos da Súmula 279/STF.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 10 de fevereiro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 666.787 (433)ORIGEM : AR - 20090020144714 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : ROSÂNGELA COSTA REISADV.(A/S) : FELIPE GUSTAVO DE ÁVILA CARREIRO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. INOVAÇÃO DA CAUSA DE PEDIR. VEDAÇÃO. NECESSIDADE DE PREQUESTIONAMENTO.

1. A alegação de violação literal de dispositivo de lei não pode ser ancorada em nova causa de pedir na ação rescisória, pois permitiria outro julgamento sob novo fundamento. Precedentes do STJ.

2. Ação Rescisória não admitida”. (fl. 313)O recorrente afirma que o Tribunal a quo teria contrariado o artigo 5º,

inciso XXXV, e o artigo 37, § 5º, da Constituição Federal. Argumenta o seguinte:“Ao deixar de examinar o mérito da ação rescisória ajuizada pelo

recorrente, o acórdão recorrido, de forma reflexa, acabou por violar o art. 37, § 5º, da Constituição, pois, indiretamente, reputou como prescrito dano ao erário (...)”. (fl. 330)

O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal de origem. Segundo os diversos fundamentos aduzidos na decisão agravada, o apelo extremo não pode ser admitido porque:

“(...) eventual apreciação da tese ventilada no apelo, tendente a demonstrar a presença dos requisitos para rescisão do julgado com fundamento no artigo 485, inciso V, do Código de Processo Civil, depende do exame de normas infraconstitucionais, não cabendo sua análise pelo Supremo Tribunal Federal (...)”. (fl. 346).

Decido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 100: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 100

O apelo não merece acolhida.A questão alusiva aos requisitos de admissibilidade de recursos de

outros tribunais reveste-se de índole infraconstitucional. Verifica-se que o Supremo Tribunal Federal já apreciou a questão no

julgamento do AI-RG 751.478, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 20.8.2010, oportunidade em que rejeitou a repercussão geral, tendo em vista a natureza infraconstitucional da questão posta, nos seguintes termos:

“DIREITO DO TRABALHO. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE AÇÃO RESCISÓRIA. MATÉRIA RESTRITA AO PLANO INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL”.

Ademais, o cerne da controvérsia – a prescrição nas ações de indenização – encontra-se regido por normas infraconstitucionais, o que impossibilita o manejo do recurso extraordinário.

Por derradeiro, enfatizo que é firme a jurisprudência desta Corte no sentido de que mera alegação de violação aos primados constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório é insuficiente para viabilizar o processamento de recurso extraordinário quando a norma constitucional for atingida apenas de forma reflexa. Nesse sentido os julgamentos do RE-AgR 559.816, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 4.5.2011; e AI-AgR 635.789, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 27.4.2011, cuja ementa transcrevo:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Ato jurídico perfeito. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas 636 e 279/STF. 2. Agravo regimental não provido.”

Ante ao exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, do RISTF e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 667.419 (434)ORIGEM : PROC - 18011 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHORECDO.(A/S) : LINDA LUIZA GONÇALVES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. ASTREINTES. FIXAÇÃO COM LIMITE DE INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. QUESTÃO QUE DEMANDA ANÁLISE DE DISPOSITIVOS DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

2. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário.

3. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”

4. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

5. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

6. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

7. In casu, o acórdão recorrido assentou: “PROCESSO CIVIL – ASTREINTES – FIXAÇÃO COM LIMITE DE INCIDÊNCIA – RAZOABILIDADE – AFASTAMENTO DA MULTA – IMPOSSIBILIDADE – NEGADO PROVIMENTO.”

8. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento. DECISÃO: Cuida-se de agravo nos próprios autos interposto pelo

BANCO BRADESCO S/A, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 78/80, que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do

permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pelo Colégio Recursal de Caraguatatuba do estado de São Paulo (fls. 63/66), assim ementado (fl. 64), verbis:

“PROCESSO CIVIL – ASTREINTES – FIXAÇÃO COM LIMITE DE INCIDÊNCIA – RAZOABILIDADE – AFASTAMENTO DA MULTA – IMPOSSIBILIDADE – NEGADO PROVIMENTO.”

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, alega violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal.

O órgão a quo negou seguimento ao apelo extremo, por entender que alegada ofensa a preceito constitucional somente se verifica de modo reflexo, ao que não se presta o recurso extraordinário, além de que a demanda necessitaria de reexame de matéria fático-probatória.

É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

Quanto ao mérito, melhor sorte não socorre ao agravante.Verifica-se, na espécie, que o dispositivo da Constituição Federal que

o agravante considera violado não foi debatido no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, que deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”

A respeito da aplicação das referidas súmulas assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).”

E:“Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (ROSAS, Roberto, in Direito Sumular, Malheiros).

Ainda nesse sentido:“Recurso extraordinário: prequestionamento explícito: exigibilidade. O

requisito do prequestionamento assenta no fato de não ser aplicável à fase de conhecimento do recurso extraordinário o princípio jura novit curia: instrumento de revisão in jure das decisões proferidas em única ou última instância, o RE não investe o Supremo de competência para vasculhar o acórdão recorrido, à procura de uma norma que poderia ser pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí a necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a quo sobre a questão suscitada no recurso extraordinário: Sendo o prequestionamento, por definição, necessariamente explícito, o chamado prequestionamento implícito não é mais do que uma simples e inconcebível contradição em termos”. (AI 253.566-AgR, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 03/03/00).

A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010.

A violação constitucional dependente da análise de malferimento de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 101: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 101

dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros.

Demais disso, não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ”. (in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.507 (435)ORIGEM : PROC - 201072590027980 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOSÉ VALDECIR ALVES DOS SANTOSADV.(A/S) : ENDRIGO WILSON CENZI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS. DESCARACTERIZAÇÃO. FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N.ºS 282 E 356. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS E DE ANÁLISE PRÉVIA DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL APLICADA NA ESPÉCIE: IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N.º 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (artigo 102, III, § 3º, da CF).

2. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. Incidência das Súmulas n.ºs 282 e 356 do STF, verbis: “É inadmissível o recurso

extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”.

3. A Súmula n.º 279/STF dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.

5. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário.

6. Precedentes: ARE n.º 664.339/SC, relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 8.2.2012; ARE 650.489/SC, relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8.8.2011; ARE n.º 649.342/SC, relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 25.8.2011

7. In casu, o acórdão recorrido assentou:“Com relação à utilização de EPI, a Turma Regional de Uniformização

firmou entendimento no sentido de que a simples menção da sua utilização não descaracteriza a especialidade, sendo necessária a comprovação por laudo técnico para demonstrar a neutralização/atenuação dos agentes nocivos (IUJEF 2008.72.51.007110-1, Turma Regional de Uniformização da 4ª Região, Relator Rodrigo Koehler Ribeiro, D.E. 17/12/2010”.

8. Agravo conhecido para negar seguimento ao recurso extraordinário.

DECISÃO: Trata-se de agravo nos autos principais interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, com o objetivo de ver reformada a decisão de fls. 186/187 que negou seguimento a recurso extraordinário interposto, com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, contra acórdão da Primeira Turma Recursal da Seção Judiciária de Santa Catarina, assim fundamentado:

“Com relação à utilização de EPI, a Turma Regional de Uniformização firmou entendimento no sentido de que a simples menção da sua utilização não descaracteriza a especialidade, sendo necessária a comprovação por laudo técnico para demonstrar a neutralização/atenuação dos agentes nocivos (IUJEF 2008.72.51.007110-1, Turma Regional de Uniformização da 4ª Região, Relator Rodrigo Koehler Ribeiro, D.E. 17/12/2010” (fl. 152).

O recorrente, nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, alega que o Tribunal a quo teria contrariado os artigos 1º, IV, 2º, 5º, caput , LIV e LV, 37, caput, 93, IX, 195, §5º, e 201, caput e § 1º, da Constituição da República.

Argumenta que:“(...) a decisão vergastada, ao reconhecer a especialidade do período

em questão, ignorando as informações apresentadas no Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP (baseado em LTCAT) que comprovaram que a parte autora não exerceu atividade sob condições especiais porque fez uso de equipamentos de proteção individual eficazes, violou o princípio da preservação do equilíbrio financeiro e atuarial ao conceder benefício previdenciário sem a correspondente fonte de custeio” (fl. 173).

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo, sob o fundamento de que “sendo certo que um dos requisitos para o juízo de admissibilidade do recurso extraordinário é a existência de controvérsia em torno da aplicação da Constituição Federal, o que, de fato, não ocorre no caso dos autos, uma vez que a discussão gira em torno da definição de critérios legais para a concessão de benefícios previdenciários, matéria de índole infraconstitucional, resta impossibilitado o trâmite do presente recurso”(fl. 186).

É o Relatório. DECIDO. A irresignação não merece prosperar.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (artigo 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (artigo 102, III, § 3º, da CF).

Verifica-se, na espécie, que os artigos da Constituição Federal que o agravante considera violados não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, que deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”

Ademais, in casu, para entender de forma diversa do Tribunal a quo e verificar se o recorrido exerceu atividade insalubre a justificar a conversão do tempo de serviço especial em comum ou analisar o preenchimento dos requisitos para a concessão da aposentadoria, faz-se imprescindível o revolvimento dos fatos e das provas constantes dos autos e o exame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Decreto n.º 4.882/2003), consoante se infere do voto condutor do acórdão objurgado.

Não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 102: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 102

probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.

Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula n.º 279/STF, qual seja:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).

Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).

A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ” (in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).

A violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerram violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: RE n.º 596.682 Relator o Ministro Carlos Britto, Dje de 21.10.10, e AI n.º 808.361, Relator o Ministro Marco Aurélio, Dje de 08.09.10, entre outros.

No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: ARE n.º 664.339/SC, relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 8.2.2012; ARE n.º 650.489/SC, relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8.8.2011; ARE n.º 649.342/SC, relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 25.8.2011, dentre outras.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, nos termos do artigo 544, § 4º, II, “b”.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 669.063 (436)ORIGEM : EDRR - 2648000520075080117 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLIRECDO.(A/S) : FRANCISCO CARLOS COUTINHOADV.(A/S) : MEIRE COSTA VASCONCELOS

Declaro meu impedimento para apreciar o presente agravo (RISTF, art. 277, caput , e CPC, art. 134, inciso III), ante minha anterior participação no feito.

À Secretaria Judiciária. Publique-se. Brasília, 09 de março de 2012.

Ministra Rosa Weber Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 670.628 (437)ORIGEM : AC - 200770000027105 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECDO.(A/S) : SONIA MARIA BORTOLETO DOMANSKIADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE KAMINSKI

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. NOVEL REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.322/2010 AO ART. 544 DO CPC. ADMINISTRATIVO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. TAXAS DE OCUPAÇÃO DE TERRENOS DE MARINHA. NULIDADE DO PROCEDIMENTO DE DEMARCAÇÃO DE TERRAS. REGISTRO EM CARTÓRIO. AUSÊNCIA. NOTIFICAÇÃO PESSOAL DE INTERESSADO CERTO E DETERMINADO. AUSÊNCIA. INTIMAÇÃO DO CONTRIBUINTE PELA VIA DO EDITAL. ADMISSIBILIDADE DO APELO INSTRUMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. REPRODUÇÃO DOS MESMOS FUNDAMENTOS EXPENDIDOS NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 287 DO STF.

1. O agravo de instrumento é inadmissível quando a sua fundamentação não impugna especificamente a decisão agravada. “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia”. (Súmula 287/STF).

2. Precedentes desta Corte: AI 841690 AgR, Relator: Min. Ricardo Lewandowski, DJe- 01/08/2011; RE 550505 AgR, Relator: Min. Gilmar Mendes, DJe- 24/02/2011; AI 786044 AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 25/06/2010.

3. In casu o acórdão recorrido assentou: DIREITO ADMINISTRATIVO. TAXA DE OCUPAÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. INEXIGIBILIDADE DO CRÉDITO. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO VICIADO. 1. Ao não chamar pessoalmente a parte autora para participar da demarcação, a ré violou os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, tornando viciado o procedimento administrativo. 2. Estando nulo o procedimento fulminando está, consequentemente, a validade do título que aparelha a execução. (fl. 269).

4. Agravo de instrumento não-conhecido.DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário com agravo interposto

pela UNIÃO, com fulcro no art. 544 do Código de Processo Civil, no intuito de ver reformada a r. decisão de fls. 310/312 que inadmitiu seu recurso extraordinário, sob os seguintes fundamentos: (i) o acórdão recorrido não declarou a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, razão porque se revela inadmissível o recurso extraordinário interposto com fulcro na alínea “b” do permissivo constitucional; (ii) aplicação da súmula 284/STF, ante a ausência de fundamentação clara e precisa acerca da suposta violação aos dispositivos constitucionais inumerados no apelo extremo; (iii) “a discussão travada nos autos diz respeito à legislação infraconstitucional, sendo eventual ofensa a dispositivos constitucionais indireta e reflexa, ao que não se presta o recurso extraordinário”.

Na petição de agravo, a ora recorrente alega que “o Tribunal a quo ignorou a voz da recorrente e preferiu simplesmente não ler o constante das decisões citadas, afirmando textualmente que não houve indicação dos dispositivos infraconstitucionais violados.”. No mais, reitera os mesmos fundamentos expendidos no recurso extraordinário.

Noticiam os autos que, em sede de apelação, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, à unanimidade, negou provimento ao recurso em julgado que produziu a seguinte ementa, in verbis:

DIREITO ADMINISTRATIVO. TAXA DE OCUPAÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. INEXIGIBILIDADE DO CRÉDITO. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO VICIADO. 1. Ao não chamar pessoalmente a parte autora para participar da demarcação, a ré violou os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, tornando viciado o procedimento administrativo. 2. Estando nulo o procedimento fulminando está, consequentemente, a validade do título que aparelha a execução. (fl. 269).

Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados.Irresignada com o teor do acórdão prolatado, a recorrente interpôs

recurso extraordinário com fulcro no art. 102, inciso III, alíneas "a" e “b”, da Constituição Federal, sustentando preliminarmente, estar caracteriza a necessária repercussão geral e, no mérito, apontando como violado o art. 20, incisos I e VII, da Constituição Federal. Aduz, em síntese, que a propriedade dos terrenos de marinha é da União e, por isso, “não se há de opor a tal propriedade, que é constitucionalmente estabelecida, a exigência de registro em cartório.” (fl. 303-v).

Brevemente relatados, DECIDO.Prima facie, o presente recurso não merece ser conhecido. Isso porque verifica-se da análise das razões do presente agravo que

a parte ora agravante não impugnou especificamente, um a um, os fundamentos da decisão agravada que pretendia ver reformada, notadamente no que pertine aos seguintes fundamentos: (i) o acórdão recorrido não declarou a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, razão porque se revela inadmissível o recurso extraordinário interposto com fulcro na alínea “b” do permissivo constitucional; (ii) “a discussão travada nos autos diz respeito à legislação infraconstitucional, sendo eventual ofensa a dispositivos constitucionais indireta e reflexa, ao que não se presta o recurso extraordinário”.

Ao assim proceder, deixou de afastar especificamente os fundamentos da decisão agravada, atraindo a inarredável incidência da Súmula 287/STF, que ostenta o seguinte teor, verbis: “Nega-se provimento ao

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 103: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 103

agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia".

Com efeito, em sua petição, a agravante não impugna especificamente os fundamentos da decisão agravada. Em sua peça, apenas fez referência ao preenchimento dos requisitos para a interposição do recurso extraordinário na tentativa de demonstrar violação ao texto da Carta Magna, com a indicação dos dispositivos tidos por violados, repisando, no mais os argumentos expendidos em seu apelo excepcional contudo, nada aludindo à deficiência na fundamentação de seu recurso, como consignado no juízo de admissibilidade.

Como de sabença, o agravo de instrumento interposto contra decisão denegatória do processamento de recurso extraordinário, que não impugna especificamente seus fundamentos, não merece conhecimento por tratar-se de petição recursal inepta, já que ausente um dos requisitos extrínsecos de admissibilidade dos recursos que é sua regularidade formal, tese esta já pacificada no âmbito deste Pretório Excelso.

Confiram-se, à guisa de exemplo, os seguintes precedentes, in verbis:

“Ementa: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287. TEMPESTIVIDADE DO AGRAVO. NÃO COMPROVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO IMPROVIDO. I – A agravante não observou o dever de atacar todos os fundamentos da decisão agravada, o que torna o recurso inviável. Incidência da Súmula 287 do STF. Precedentes. II – Omissis. (AI 841690 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 21/06/2011, DJe-146 DIVULG 29-07-2011 PUBLIC 01-08-2011 EMENT VOL-02556-10 PP-01927)

" Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação da Súmula 287. 3. Prescrição. Matéria infraconstitucional. Súmula 280. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 550505 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 08/02/2011, DJe-037 DIVULG 23-02-2011 PUBLIC 24-02-2011 EMENT VOL-02470-02 PP-00304)

"AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA CRIMINAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. DECISÃO MANTIDA. 1. Agravo regimental a que se nega provimento por deficiência em sua fundamentação (Súmula 287). 2. Não se admite o recurso extraordinário se ausente a preliminar de repercussão geral, incluído o que trata de matéria criminal. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido. (AI 786044 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 01/06/2010, DJe-116 DIVULG 24-06-2010 PUBLIC 25-06-2010 EMENT VOL-02407-09 PP-01910)

Nesse sentido é expressa a redação atual do art. 544, § 4º, I, parte final, do Código de Processo Civil, segundo o qual “no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, o julgamento do agravo obedecerá ao disposto no respectivo regimento interno, podendo o relator: I - não conhecer do agravo manifestamente inadmissível ou que não tenha atacado especificamente os fundamentos da decisão agravada” (grifo acrescentado).

Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento.Publique-se. Int..Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 670.808 (438)ORIGEM : AC - 10024096650072001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : LOURDES FÁTIMA ROCHAADV.(A/S) : CRISTIANO FRANCIS NOGUEIRA

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. NOVEL REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.322/2010 AO ART. 544 DO CPC. ADMINISTRATIVO. MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. EMPREGADO MUNICIPAL EFETIVADO COM A TRANSFORMAÇÃO DO REGIME JURÍDICO. CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO SOB O REGIME DE CLT PARA FINS DE AQUISIÇÃO DE FÉRIAS PRÊMIO. ADMISSIBILIDADE DO APELO INSTRUMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. REPRODUÇÃO DOS MESMOS FUNDAMENTOS EXPENDIDOS NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 287 DO STF.

1. O agravo de instrumento é inadmissível quando a sua fundamentação não impugna especificamente a decisão agravada. “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia”. (Súmula 287/STF).

2. Precedentes desta Corte: AI 841690 AgR, Relator: Min. Ricardo Lewandowski, DJe- 01/08/2011; RE 550505 AgR, Relator: Min. Gilmar Mendes, DJe- 24/02/2011; AI 786044 AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 25/06/2010.

3. In casu o acórdão recorrido assentou: ADMINISTRATIVO – REEXAME NECESSÁRIO – ART. 475, §2º DO CPC – SENTENÇA QUE NÃO ENCERRA VALOR CERTO – CONHECIMENTO – PRESCRIÇÃO – INOCORRÊNCIA – SERVIDOR PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE – FÉRIAS-PRÊMIO - CÔMPUTO DE TODO O TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO JUNTO AO MUNICÍPIO – POSSIBILIDADE – PROGRESSÃO AUTOMÁTICA- LEI MUNICIPAL 7.169/96 – EFETIVIDADE – NÃO COMPROVAÇÃO. – Na esteira do entendimento da Corte Especial do STJ, externado no julgamento de Resp 1.101.727-PR, é necessário o reexame de sentenças ilíquidas proferidas contra a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público (art. 475, § 2º, do CPC). O termo inicial do prazo prescricional da pretensão de conversão em espécie de férias-prêmio não gozadas é o ato de aposentadoria do servidor público, ou do seu afastamento do cargo por outro motivo. O servidor municipal regido pela CLT que veio posteriormente a ter seu regime jurídico de trabalho convertido para o estatutário, tem direito de acrescer ao seu tempo de serviço, para fins de concessão de férias-prêmio, o período exercido sob o regime celetista, a teor do que dispõe o artigo 56, III, da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte. O art. 91 da Lei Municipal 7.169/96 (Estatuto dos Servidores Públicos do Quadro Geral de Pessoal do Município de Belo Horizonte) estipula como requisitos para o benefício da progressão horizontal aos servidores do Município de Belo Horizonte o efetivo exercício no cargo, tempo de serviço exigido e avaliação sob os critérios da lei. O servidor não aprovado em concurso público não é efetivo, não sendo titular de cargo público, não integrando a carreira e tampouco podendo se valer, assim, do benefício da progressão horizontal, restrito aos servidores efetivados por concurso público. (fl. 264).

4. Agravo de instrumento não-conhecido.DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário com agravo interposto por

MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE, com fulcro no art. 544 do Código de Processo Civil, no intuito de ver reformada a r. decisão de fls. 316/319, que inadmitiu seu recurso extraordinário, sob os seguintes fundamentos: (i) aplicação das Súmulas 282/356 ante a ausência de prequestionamento; (ii) aplicação da Súmula 280/STF, porquanto a controvérsia foi decidida com base em lei local; (iii) aplicação da Súmula 636/STF, uma vez que ofensa reflexa ao texto da carta Magna não viabiliza o apelo excepcional e (iv) impossibilidade de análise do recurso no que pertine à alínea “c”, III, do art. 102 da CF/88, ante a ausência de pressuposto que o autorize .

Na petição de agravo, o ora recorrente alega estar prequestionada a matéria, razão porque não se aplica à espécie o teor das Súmulas 282 e 356/STF. No mais, reitera os fundamentos expendidos no recurso extraordinário.

Noticiam os autos que, em sede de apelação, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, à unanimidade, negou provimento ao recurso em julgado que produziu a seguinte ementa, in verbis:

ADMINISTRATIVO – REEXAME NECESSÁRIO – ART. 475, §2º DO CPC – SENTENÇA QUE NÃO ENCERRA VALOR CERTO – CONHECIMENTO – PRESCRIÇÃO – INOCORRÊNCIA – SERVIDOR PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE – FÉRIAS-PRÊMIO - CÔMPUTO DE TODO O TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO JUNTO AO MUNICÍPIO – POSSIBILIDADE – PROGRESSÃO AUTOMÁTICA- LEI MUNICIPAL 7.169/96 – EFETIVIDADE – NÃO COMPROVAÇÃO. –Na esteira do entendimento da Corte Especial do STJ, externado no julgamento de Resp 1.101.727-PR, é necessário o reexame de sentenças ilíquidas proferidas contra a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público (art. 475, § 2º, do CPC). O termo inicial do prazo prescricional da pretensão de conversão em espécie de férias-prêmio não gozadas é o ato de aposentadoria do servidor público, ou do seu afastamento do cargo por outro motivo. O servidor municipal regido pela CLT que veio posteriormente a ter seu regime jurídico de trabalho convertido para o estatutário, tem direito de acrescer ao seu tempo de serviço, para fins de concessão de férias-prêmio, o período exercido sob o regime celetista, a teor do que dispõe o artigo 56, III, da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte. O art. 91 da Lei Municipal 7.169/96 (Estatuto dos Servidores Públicos do Quadro Geral de Pessoal do Município de Belo Horizonte) estipula como requisitos para o benefício da progressão horizontal aos servidores do Município de Belo Horizonte o efetivo exercício no cargo, tempo de serviço exigido e avaliação sob os critérios da lei. O servidor não aprovado em concurso público não é efetivo, não sendo titular de cargo público, não integrando a carreira e tampouco podendo se valer, assim, do benefício da progressão horizontal, restrito aos servidores efetivados por concurso público. (fl. 264).

Não foram opostos embargos de declaração.Irresignado com o teor do acórdão prolatado, o recorrente interpôs

recurso extraordinário com fulcro no art. 102, inciso III, alíneas "a" e “c”, da Constituição Federal, sustentando preliminarmente, estar caracterizada a necessária repercussão geral e, no mérito, consigna que é de competência privativa da União legislar sobre direito do trabalho, conforme preceitua o art. 22, I, da CF/88, e que desse modo, lei municipal não pode criar direitos trabalhistas novos a empregados públicos celetistas.

Aduz vulnerado o princípio da legalidade alegando que, segundo o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 104: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 104

Estatuto do Servidor Público Municipal e a Lei Orgânica do Município, mais especificamente nos termos do art. 159 da Lei nº 7.169/96, a licença-prêmio é um direito cedido somente aos servidores estatutários. Sustenta a inconstitucionalidade formal do art. 19, § 2º, da Lei Municipal nº 5.809/90, a impossibilitar o cômputo do tempo de serviço sob o regime celetista para fins de concessão de férias-prêmio.

Por fim, aponta ofensa ao princípio da separação dos poderes, contido no art. 2º da Carta Magna, argumentando que o poder legislativo não pode criar despesas sem previsão orçamentária, conforme se extrai da norma dos arts. 84, XXIII e 169, § 1º, I e II, da Constituição Federal.

Brevemente relatados, DECIDO.Prima facie, o presente recurso não merece ser conhecido. Isso porque verifica-se da análise das razões do presente agravo,

que a parte ora agravante não impugnou especificamente, um a um, os fundamentos da decisão agravada que pretendia ver reformada, notadamente no que pertine aos seguintes fundamentos: (i) aplicação da súmula 280/STF, porquanto a controvérsia foi decidida com base em lei local; (ii) aplicação da súmula 636/STF, uma vez que ofensa reflexa ao texto da carta Magna não viabiliza o apelo excepcional e (iii) impossibilidade de análise do recurso no que pertine à alínea “c”, III do art. 102 da CF/88, ante a ausência de pressuposto que o autorize .

Ao assim proceder, deixou de afastar especificamente os fundamentos da decisão agravada, atraindo a inarredável incidência da Súmula 287/STF, que ostenta o seguinte teor, verbis: “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia".

Com efeito, em sua petição, a agravante não impugna especificamente os fundamentos da decisão agravada. Em sua peça, apenas fez referência ao preenchimento dos requisitos para a interposição do recurso extraordinário na tentativa de demonstrar violação ao texto da Carta Magna, com a indicação dos dispositivos tidos por violados, repisando, no mais os argumentos expendidos em seu apelo excepcional contudo, nada aludindo à deficiência na fundamentação de seu recurso, como consignado no juízo de admissibilidade.

Como de sabença, o agravo de instrumento interposto contra decisão denegatória do processamento de recurso extraordinário, que não impugna especificamente seus fundamentos, não merece conhecimento por tratar-se de petição recursal inepta, já que ausente um dos requisitos extrínsecos de admissibilidade dos recursos que é sua regularidade formal, tese esta já pacificada no âmbito deste Pretório Excelso.

Confiram-se, à guisa de exemplo, os seguintes precedentes, in verbis:

“Ementa: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287. TEMPESTIVIDADE DO AGRAVO. NÃO COMPROVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO IMPROVIDO. I – A agravante não observou o dever de atacar todos os fundamentos da decisão agravada, o que torna o recurso inviável. Incidência da Súmula 287 do STF. Precedentes. II – Omissis. (AI 841690 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 21/06/2011, DJe-146 DIVULG 29-07-2011 PUBLIC 01-08-2011 EMENT VOL-02556-10 PP-01927)

" Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação da Súmula 287. 3. Prescrição. Matéria infraconstitucional. Súmula 280. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 550505 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 08/02/2011, DJe-037 DIVULG 23-02-2011 PUBLIC 24-02-2011 EMENT VOL-02470-02 PP-00304)

"AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA CRIMINAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. DECISÃO MANTIDA. 1. Agravo regimental a que se nega provimento por deficiência em sua fundamentação (Súmula 287). 2. Não se admite o recurso extraordinário se ausente a preliminar de repercussão geral, incluído o que trata de matéria criminal. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido. (AI 786044 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 01/06/2010, DJe-116 DIVULG 24-06-2010 PUBLIC 25-06-2010 EMENT VOL-02407-09 PP-01910)

Nesse sentido é expressa a redação atual do art. 544, § 4º, I, parte final, do Código de Processo Civil, segundo o qual “no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, o julgamento do agravo obedecerá ao disposto no respectivo regimento interno, podendo o relator: I - não conhecer do agravo manifestamente inadmissível ou que não tenha atacado especificamente os fundamentos da decisão agravada” (grifo acrescentado).

Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento.Publique-se. Int..Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.578 (439)ORIGEM : PROC - 087100011078 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SANTA CATARINA

RELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : OLIVIO JUSTIADV.(A/S) : JORGE ALEXANDRE RODRIGUES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 201, § 2º, DA CF. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. A verificação da violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

3. A ofensa à Constituição que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal, e não a indireta, reflexa. Se, para demonstrar a contrariedade à Constituição, tem-se, antes, de demonstrar a afronta à legislação infraconstitucional, é esta que conta para a admissibilidade do recurso. Precedentes: RE n. 408.747-AgR, Segunda Turma, Relator Ministro CELSO DE MELLO, DJe de 25.10.10, RE n. 448.389-AgR, Segunda Turma, Relator Ministro EROS GRAU, DJe de 19.12.08 e RE n. 606.081-AgR, Primeira Turma Relator Ministro DIAS TOFFOLI, DJe de 27.8.10.

4. In casu, o acórdão recorrido assentou:REVISÃO DE BENEFÍCIO - AUXILIO ACIDENTE – PEDIDO DE

MAJORAÇÃO A RENDA MENSAL INICIAL PARA O VALOR DE UM SALÁRIO MÍNIMO – APLICAÇÃO DO ART. 201, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – IMPOSSIBILIDADE – BENESSE QUE POSSUI CARÁTER COMPLEMENTAR, E NÃO SUBSTITUTIVO À RENDA MENSAL DO TRABALHADOR – DECISÃO MANTIDA – RECURSO IMPORVIDO.

“O auxilio-acidente é devido como forma de indenização ao segurado, pela redução de sua capacidade laborativa. Não tem, portanto, caráter substitutivo do salário, razão pela qual não está inserido na regra do § 2º do art. 201 da Constituição Federal, ou seja, não precisa respeitar o valor do salário mínimo vigente.”

5. NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário com agravo. DECISÃO: Cuida-se de recurso extraordinário com agravo interposto por

OLIVIO JUSTI, com o objetivo de ver reformada a r. decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, conforme a seguinte ementa:

REVISÃO DE BENEFÍCIO - AUXILIO ACIDENTE – PEDIDO DE MAJORAÇÃO A RENDA MENSAL INICIAL PARA O VALOR DE UM SALÁRIO MÍNIMO – APLICAÇÃO DO ART. 201, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – IMPOSSIBILIDADE – BENESSE QUE POSSUI CARÁTER COMPLEMENTAR, E NÃO SUBSTITUTIVO À RENDA MENSAL DO TRABALHADOR – DECISÃO MANTIDA – RECURSO IMPORVIDO.

“O auxílio-acidente é devido como forma de indenização ao segurado, pela redução de sua capacidade laborativa. Não tem, portanto, caráter substitutivo do salário, razão pela qual não está inserido na regra do § 2º do art. 201 da Constituição Federal, ou seja, não precisa respeitar o valor do salário mínimo vigente.”

Os embargos de declaração opostos não foram providos. Nas razões do apelo extremo, sustenta, preliminarmente, estar

caracterizada a repercussão geral e, no mérito, aponta violação ao artigo 201, § 2º, da Constituição Federal.

Nas contrarrazões ao recurso, o INSS alega que o auxílio-acidente, de acordo com o art. 86 da Lei 8.213/91, é benefício previdenciário pago ao segurado como forma de indenização, sem caráter substitutivo do salário.

O Tribunal de origem negou seguimento ao recurso extraordinário por entender que se trata de matéria infraconstitucional.

É o Relatório. DECIDO. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos

demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

Prima facie, não merece prosperar o presente apelo. É que a controvérsia foi decidida à luz de interpretação de norma

infraconstitucional. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido o RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros.

Impende destacar que a ofensa à Constituição que autoriza admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal, e não a indireta, reflexa. Se, para demonstrar a contrariedade à Constituição, tem-se, antes, de demonstrar a afronta à legislação infraconstitucional, é esta que conta para a admissibilidade do recurso.

Nesse sentido é a jurisprudência desta Corte, como se colhe do seguinte aresto:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 105: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 105

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - AGRAVO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta , só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

(RE n. 408.747-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJe de 25.10.10)

Deveras, o Tribunal a quo se valeu da legislação infraconstitucional, in casu, a Lei 8.213/91, para afirmar o caráter indenizatório do auxílio-acidente, de forma a afastar a incidência do art. 201, § 2º, da Constituição Federal.

Nesse sentido, AI 763.372-AgR/RJ, rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, unânime, DJe 07.05.2010; e AI 743.968-AgR/RJ, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 19.06.2009, dos quais destaco, respectivamente, trechos do voto condutor do acórdão recorrido e da ementa desses julgados:

“No caso, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decidiu a controvérsia de índole eminentemente infraconstitucional em acórdão assim ementado (fls. 08):

‘AGRAVO INTERNO. DECISÃO MONOCRÁTICA EM APELAÇÃO CÍVEL QUE NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO, MANTENDO A SENTENÇA QUE INDEFERIU A PRETENSÃO DE RECEBIMENTO DO AUXÍLIO ACIDENTE EM VALOR NÃO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO. BENEFÍCIO QUE TEM CARÁTER SUPLEMENTAR E

VISA À INDENIZAÇÃO DO TRABALHADOR NOS CASOS DE OCORRÊNCIA DE LESÕES PROVOCADAS POR ACIDENTE DE QUALQUER NATUREZA QUE RESULTE EM REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORATIVA HABITUALMENTE DESENVOLVIDA PELO TRABALHADOR, NOS TERMOS DO ARTIGO 86 DA LEI Nº 8.213/91.

BENEFÍCIO DE NATUREZA DIVERSA DO AUXÍLIO-DOENÇA OU DA APOSENTADORIA, OS QUAIS SUBSTITUEM A RENDA DO SEGURADO, SENDO INAPLICÁVEL O ARTIGO 201, § 2º DA CRFB. JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE. IMPROVIMENTO DO RECURSO’.

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário com agravo.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.656 (440)ORIGEM : RR - 298009620095080103 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A -

ELETRONORTEADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ROGÉRIO FERREIRA MARINHOADV.(A/S) : MARCIA MARIA TEIXEIRA CIUFFI E OUTRO(A/S)

Decisão: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:

“RECURSO DE REVISTA. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. HORAS EXTRAS HABITUAIS. SUPRESSÃO PARCIAL. INDENIZAÇÃO. PRESCRIÇÃO.

1. De acordo com a jurisprudência desta Corte Superior, o valor da indenização prevista na Súmula nº 291 não se limita aos cinco anos anteriores à supressão, pois se extrai da referida Súmula que o cálculo da indenização deve levar em consideração todo o período do contrato de trabalho em que foram prestadas horas extras habituais. Prescrição afastada.

2. A jurisprudência da SBDI-1 do TST ainda consagra entendimento de que a expressão -supressão do serviço suplementar prestado com habitualidade-, consubstanciada na Súmula nº 291 do TST, refere-se à supressão total ou parcial, devendo-se indenizar o empregado pelo equivalente às horas extras suprimidas.

3. Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Recurso de revista conhecido e provido.” (fl. 434).No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos 5º, incisos

II, XXXV e LIV, 7º, incisos XVI e XXVI, 37, caput, e 93, inciso IX da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos

termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão recorrido. A jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisões suficientemente motivadas, não obstante contrárias à pretensão do recorrente, tendo as instâncias de origem justificado suas razões de decidir.

Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 18/5/01).

Por outro lado, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP – AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes ” (AI nº 360.265/RJ - AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ademais, haja vista que para acolher a pretensão da recorrente e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem acerca do cabimento das horas extras seria necessária interpretação de normas infraconstitucionais, bem como o reexame de aspectos fáticos e circunstanciais da lide, o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. INTERVALO INTRAJORNADA. HORAS EXTRAS. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 791.308/MG-AgR, Primeira Turma, Relator a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/9/10).

“ACÓRDÃO QUE DECIDIU CONTROVÉRSIA RELATIVA A HORAS EXTRAORDINÁRIAS COM BASE NA PROVA DOS AUTOS E NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. Questão restrita ao âmbito infraconstitucional, não ensejando apreciação em recurso extraordinário. Incidência, ainda, da Súmula 279. Agravo desprovido” (AI nº 310.217/PR-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJe de 22/6/01).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. INDENIZAÇÃO. SUPRESSÃO DE HORAS EXTRAS HABITUAIS. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. ANÁLISE DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 2. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 3. A decisão judicial tem que ser fundamentada (art. 93, IX), ainda que sucintamente, sendo prescindível que a mesma se funde na tese suscitada pela parte. Precedente: AI-QO-RG 791.292, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 13,08.2010. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou: “PRELIMINAR DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 106: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 106

NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. A manifestação do Tribunal Regional sobre os pontos suscitados no Recurso Ordinário significa prestação jurisdicional plena, não ensejando, pois, declaração de nulidade. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. O Tribunal Regional do Trabalho não examinou a questão relativa à inépcia da petição inicial, portanto o Recurso carece de prequestionamento (Súmula 297 desta Corte). PRESCRIÇÃO TOTAL. INDENIZAÇÃO PELA SUPRESSÃO DE HORAS EXTRAS HABITUAIS. A pretensão surge com a violação do direito que, na hipótese, ocorreu no momento em que houve a supressão das horas extras sem o respectivo pagamento indenizatório, de sorte que, como não houve renovação mês a mês da ofensa, a prescrição incidente é a total. Todavia, nos termos do art. 7º, inc. XXIX, da Constituição da República, a prescrição trabalhista, seja parcial ou total, possui prazo quinquenal; aplicando-se a prescrição bienal apenas quando houver extinção do contrato de trabalho. INDENIZAÇÃO PELA SUPRESSÃO DE HORAS EXTRAS HABITUAIS. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. ALCANCE. Não há confundir o período alcançado pela prescrição, dentro do qual são inexigíveis quaisquer pretensões, com o período utilizado para calcular o valor de pretensões reclamadas dentro do quinquênio legal. Assim, no tocante à indenização pela supressão das horas extras prestadas com habitualidade, desde que postulada antes do decurso de cinco anos do ato impugnado, deve-se considerar todo o período do contrato em que houve o trabalho extraordinário. Precedentes desta Corte. SERVIÇO SUPLEMENTAR PRESTADO COM HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. DIREITO À INDENIZAÇÃO. SÚMULA 291 DO TST. A indenização pela supressão de horas extras habituais, referida na Súmula 291 desta Corte, resulta da exegese de normas constitucionais e infraconstitucionais, razão pela qual não há falar em violação ao art. 5º, inc. II, da Carta Magna. Trata-se de um imperativo de equidade, destinado a corrigir uma situação injusta criada pelo próprio empregador que, ao transformar o extraordinário em ordinário, provocou uma adaptação do orçamento familiar do empregado a essa situação. Recurso de Revista de que não se conhece.” 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº 657.321/PA-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 1/3/12).

No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 640.292/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Dje de 24/9/08, AI nº 718.278/RS, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Dje de 12/2/10 e AI nº 641.512/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Dje de 22/10/08.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 7 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.678 (441)ORIGEM : AIRR - 924400920075020351 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM HOTÉIS,

APART-HOTÉIS, MOTÉIS, FLATS, PENSÕES, HOSPEDARIAS, POUSADAS, RESTAURANTES, CHURRASCARIAS, CANTINAS, PIZZARIAS, BARES, LANCHONETES, SORVETERIAS, CONFEITARIAS, DOCERIAS, BUFFETS, FEST-FOODS E ASSEMELHADOS D E SÃO PAULO E REGIÃO - SINTHORESP

ADV.(A/S) : AGILBERTO SERÓDIO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RESTAURANTE PARAÍSO JANDIRA LTDA - ME

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o recurso extraordinário a que se refere o presente agravo, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cabe referir, desde logo, que o tema concernente à alegada transgressão ao preceito inscrito no art. 7º, inciso XXVI, da Constituição, não se acha devidamente prequestionado.

E, como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 – RTJ 131/1391 – RTJ 144/300 – RTJ 153/989), incidem as súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

A configuração jurídica do prequestionamento decorre de sua oportuna formulação em momento procedimentalmente adequado. Não basta, no entanto, só argüir, previamente, o tema de direito federal para legitimar o uso da via do recurso extraordinário. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria constitucional questionada tenha sido efetivamente apreciada na decisão recorrida (RTJ 98/754 – RTJ 116/451).

Cumpre assinalar, de outro lado, que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ

120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o acesso à via recursal extraordinária.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 16 de fevereiro de 2012.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.893 (442)ORIGEM : AC - 200603959002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE ANÁPOLISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNÍCIPIO DE ANÁPOLISRECDO.(A/S) : JULIO RODRIGUES DE SIQUEIRAADV.(A/S) : ANTÔNIO FERNANDO RORIZRECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE MARIA IRANY DE ARAÚJO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ZULMAR FERREIRA MELAZZO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO ANULATÓRIA. AUSÊNCIA DE EFETIVO DEBATE PELO TRIBUNAL A QUO. FALTA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE NA VIA EXTRAORDINÁRIA.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. Os requisitos de admissibilidade consistentes na regularidade formal, no prequestionamento e na ofensa direta à Constituição Federal, quando ausentes, conduzem à inadmissão do recurso interposto.

3. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

4. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI n. 629.342-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 07.05.2010 e RE n. 561.980-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 08.04.2011.

5. In casu, o acórdão recorrido assentou:"DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. I –

PREQUESTIONAMENTO DE DISPOSITIVOS LEGAIS. IMPOSSIBILIDADE. O Poder Judiciário não possui atribuição de órgão consultivo, resultando incompatível a pretensão do recorrente de esmiuçar dispositivos citados no recurso. II – PEDIDO ADMINISTRATIVO DE SUPLEMENTAÇÃO DE ÁREA. ILEGITIMIDADE DO REQUERENTE EM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. CONDIÇÃO DE PROCURADOR DA TITULAR. Em que pese ter o outorgado formulado pedido administrativo de suplementação de área em seu nome, os documentos dos autos evidenciam ter agido ele na qualidade de procurador da titular do direito material percutido nos autos e, de consequência, a única legitimada para figurar na polarização passiva da demanda. III – ANULAÇÃO DE ATO JURÍDICO. IMPOSSIBILIDADE. CONFIGURAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS DE VALIDADE DO ATO INDIGITADO. PROVA. ÔNUS DO APLELANTE. Evidenciado nos autos que os pressupostos para a validade do ato jurídico foram observados, porquanto as partes eram plenamente capazes, o objeto do negócio lícito, assim como foi observada a forma prescrita em lei, não é possível a sua anulação. Mesmo porque o apelante não conseguiu provar a existência de qualquer vício ensejador da pretendida nulidade, em afronta ao primado do artigo 333, inciso I, do Código de Processo Civil, que determina que o ônus da prova incumbe ao autor quanto ao fato constitutivo do seu direito. Remessa Obrigatória e apelo conhecidos e improvidos.”

6. NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário com agravo.DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário com agravo interposto

pelo MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 356-358, que inadmitiu seu apelo extremo manejado com arrimo na alínea "a" do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, assim ementado (fls. 293-294) verbis:

"DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. I – PREQUESTIONAMENTO DE DISPOSITIVOS LEGAIS. IMPOSSIBILIDADE. O Poder Judiciário não possui atribuição de órgão consultivo, resultando

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 107: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 107

incompatível a pretensão do recorrente de esmiuçar dispositivos citados no recurso. II – PEDIDO ADMINISTRATIVO DE SUPLEMENTAÇÃO DE ÁREA. ILEGITIMIDADE DO REQUERENTE EM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. CONDIÇÃO DE PROCURADOR DA TITULAR. Em que pese ter o outorgado formulado pedido administrativo de suplementação de área em seu nome, os documentos dos autos evidenciam ter agido ele na qualidade de procurador da titular do direito material percutido nos autos e, de consequência, a única legitimada para figurar na polarização passiva da demanda. III – ANULAÇÃO DE ATO JURÍDICO. IMPOSSIBILIDADE. CONFIGURAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS DE VALIDADE DO ATO INDIGITADO. PROVA. ÔNUS DO APLELANTE. Evidenciado nos autos que os pressupostos para a validade do ato jurídico foram observados, porquanto as partes eram plenamente capazes, o objeto do negócio lícito, assim como foi observada a forma prescrita em lei, não é possível a sua anulação. Mesmo porque o apelante não conseguiu provar a existência de qualquer vício ensejador da pretendida nulidade, em afronta ao primado do artigo 333, inciso I, do Código de Processo Civil, que determina que o ônus da prova incumbe ao autor quanto ao fato constitutivo do seu direito. Remessa Obrigatória e apelo conhecidos e improvidos.”

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados ante a ausência de enquadramento nas hipóteses elencadas no artigo 535 do CPC.

Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, aponta violação ao artigo 37, caput, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo sob o fundamento de que a matéria não foi devidamente prequestionada.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

A irresignação não prospera.Verifica-se, na espécie, que o artigo da Constituição Federal que o

agravante considera violado não foi debatido no acórdão recorrido. Impende asseverar que a interposição do recurso extraordinário

impõe que o dispositivo constitucional tido por violado como meio de se aferir a admissão da impugnação tenha sido debatido no acórdão recorrido, sob pena de padecer o recurso da imposição jurisprudencial do prequestionamento.

Anote-se, por sua relevância, que a exigência do prequestionamento não é mero rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador a qualquer pretexto. Ele consubstancia a necessidade de obediência aos limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada pela Constituição Federal, em seu art. 102. Nesse dispositivo não há previsão de apreciação originária por este Pretório Excelso de questões como as que ora se apresentam. A competência para a apreciação originária de pleitos no C. STF está exaustivamente arrolada no antecitado dispositivo constitucional, não podendo sofrer ampliação na via do recurso extraordinário.

In casu, dessume-se dos autos que o recorrente furtou-se em prequestionar, em momento oportuno, o dispositivo constitucional apontado como violado nas razões do apelo extremo, atraindo, inarredavelmente, o óbice da ausência de prequestionamento, requisito essencial à admissão do mesmo.

Deveras, a simples oposição dos embargos de declaração, sem o efetivo debate, no Tribunal de origem, acerca da matéria versada pelos dispositivos constitucionais apontados como violados, não supre a falta do requisito do prequestionamento, viabilizador da abertura da instância extraordinária. Incidência do óbice erigido pelo enunciado da Súmula 282/STF, de seguinte teor: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada na decisão recorrida, a questão federal suscitada”.

Demais disso, a controvérsia foi decidida à luz de interpretação de normas infraconstitucionais. Esta Suprema Corte firmou jurisprudência nos termos da qual a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido, o RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10 e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros.

Releva anotar, que a postulação do ora agravante esbarra em outro óbice igualmente intransponível, qual seja, o veto erigido pelo Enunciado da Súmula 636 desta Corte, de seguinte teor verbis: “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.

Nesse sentido, colacionam-se julgados de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal, verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. COTEJO ENTRE O DECRETO 1.035/93 E A LEI 8.630/93. INCISO II DO ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA.

1. É de se aplicar a Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal: Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida .

2. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI n. 629.342-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 07.05.2010).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I - O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissível o RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF.

III - Agravo regimental improvido” (RE n. 561.980-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 08.04.2011).

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário com agravo com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Intimações necessárias.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.942 (443)ORIGEM : AC - 994061747616 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : RICARDO MANTESSO JUNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CÉLIA MOLLICA VILLARRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita:

“SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. Evolução Funcional. Engenheiros e arquitetos. Evolução funcional determinada pela Lei 12.568/98. Necessidade de regulamentação da norma, sob pena de ofensa ao principio constitucional da isonomia. Sentença de improcedência mantida. Recurso não provido” (fl. 206).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXVI, e 37, caput, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Isso porque o Tribunal de origem decidiu a causa nos seguintes termos:

“A controvérsia dos autos versa sobre a aplicabilidade imediata ou não da evolução funcional, prevista no art 43 na Lei Complementar Municipal 12568/98.

Neste sentido, cumpre enfatizar que não se pode interpretar um artigo a parte da lei.

Dessa forma, a LCM 12568/98 que dispôs sobre a inclusão das carreiras de Arquiteto, Engenheiro e Engenheiro Agrônomo no Quadro dos Profissionais do Desenvolvimento Urbano estabelece as novas normas funcionais para a carreira dos cargos acima mencionados

(...)Ora, o que se depreende da leitura dos artigos acima mencionados é

que estes critérios balizarão os inícios do trabalho das comissões que avaliaram a evolução funcional

Vale dizer, o artigo 43 da LCM 12568/98 não possui aplicabilidade imediata, trata-se, na verdade, de critérios de evolução funcionai que deverão ser respeitados pelas futuras comissões instituídas pelo Poder Executivo a fim de procederem à evolução funcional dos servidores

Dito de outro modo, os dispositivos legais acima mencionados exigem para o seu integral cumprimento uma normatização do poder executivo (decreto), não sendo, portanto, lei de aplicação imediata no que diz respeito à evolução funcionai dos servidores” (fls. 207-210).

Nesse contexto, resta claro que o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Lei 12.568/98 do Município de São Paulo). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo juízo a quo, o que inviabiliza o extraordinário, nos termos da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões entre outras: AI 731.071/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 818.253/SP, Rel. Min. Luiz Fux e AI 738.514/SP, de minha Relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.727 (444)ORIGEM : AIRR - 30478120105010000 - TRIBUNAL SUPERIOR

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 108: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 108

DO TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : RIO BRANCO ALIMENTOS S/AADV.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ LOUREIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ROBSON GONÇALVES DE CARVALHOADV.(A/S) : LEENA MARIA CUNHA PRUDENTE

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

DECISÃO: A controvérsia objeto dos presentes autos já foi analisada no RE 598.365 RG, Rel. Min. Ayres Britto, DJe de 25/03/2010, em que o Plenário desta Corte recusou o recurso extraordinário ante a ausência de repercussão geral, visto que a matéria está restrita a análise de norma infraconstitucional. O mencionado precedente está assim ementado:

PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao caso 'elemento de configuração da própria repercussão geral', conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608.

In casu, o acórdão recorrido assentou:Agravo de Instrumento. Nega-se provimento a agravo de instrumento

quando suas razões, mediante as quais se pretende demonstrar que o recurso de revista atende aos pressupostos de admissibilidade inscritos no art. 896 da CLT, não conseguem infirmar os fundamentos do despacho agravado.

Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento. Publique-se. Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.647 (445)ORIGEM : PROC - 5922011 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ITAÚ UNIBANCO S/AADV.(A/S) : ADAMS GIAGIO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SÉRGIO XAVIER DE CAMPOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FABRICIO PALERMO LÉO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRICO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PROCESSUAL CIVIL. EXCESSO DE EXECUÇÃO. NULIDADE DE CITAÇÃO. LIMITE DE ALÇADA DOS JUIZADOS ESPECIAIS NÃO ULTRAPASSADO. FALTA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL.

1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).

2. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração.

3. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem, respectivamente, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”.

4. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.

5. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010.

6. In casu, o acórdão recorrido assentou:"PLANO ECONÔMICO – REVELIA – EXECUÇÃO – IMPUGNAÇÃO

JULGADA IMPROCEDENTE – ALEGAÇÃO DE EXECESSO DE EXECUÇÃO

E REDISCUSSÃO DE MATÉRIA ANTERIORMENTE DECIDIDA – INADMISSIBILIDADE – RECURSO COM INTUITO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ CARACTERIZADA – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO IMPROVIDO.”

7. NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário com agravo.DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário com agravo interposto

pelo ITAÚ UNIBANCO S.A., com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 257-258 que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea "a" do permissivo Constitucional, contra acórdão prolatado pelo Colégio Recursal da 50ª Circunscrição Judiciária de São Paulo, Comarca de São João da Boa Vista assim ementado (fl. 197) verbis:

"PLANO ECONÔMICO – REVELIA – EXECUÇÃO – IMPUGNAÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE – ALEGAÇÃO DE EXECESSO DE EXECUÇÃO E REDISCUSSÃO DE MATÉRIA ANTERIORMENTE DECIDIDA – INADMISSIBILIDADE – RECURSO COM INTUITO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ CARACTERIZADA – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO IMPROVIDO.”

Não foram opostos embargos de declaração.Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão

geral e, no mérito, aponta violação aos artigos 5º, XXXVI, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por não vislumbrar ofensa direta à Constituição Federal.

É o relatório. DECIDO.Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).

A irresignação não prospera.Verifica-se, na espécie, que os artigos da Constituição Federal que o

agravante considera violados não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, que deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”

A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas:

“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'.

De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: “quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado”.

Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).”

E:“Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores

da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria.

A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).

O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (ROSAS, Roberto, in Direito Sumular, Malheiros).

Ainda nesse sentido:“Recurso extraordinário: prequestionamento explícito: exigibilidade. O

requisito do prequestionamento assenta no fato de não ser aplicável à fase de conhecimento do recurso extraordinário o princípio jura novit curia: instrumento de revisão in jure das decisões proferidas em única ou última instância, o RE não investe o Supremo de competência para vasculhar o acórdão recorrido, à procura de uma norma que poderia ser pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí a necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a quo sobre a questão suscitada no recurso extraordinário: Sendo o prequestionamento, por definição, necessariamente explícito, o chamado prequestionamento implícito não é mais do que uma simples e inconcebível contradição em termos”. (AI 253.566-AgR, rel. Min.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 109: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 109

Sepúlveda Pertence, DJ 03/03/00).Demais disso, a controvérsia foi decidida à luz de interpretação de

normas infraconstitucionais. Esta Suprema Corte firmou jurisprudência nos termos da qual a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros.

Ressalte-se, por sua relevância, que a jurisprudência deste Tribunal é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse sentido são os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE ADESÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta.” (AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010) (grifo nosso).

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula STF 279). 2. A ofensa aos postulados constitucionais da legalidade, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa ou indireta. Precedentes. 3. Decisão fundamentada contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido.” (AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010) (grifo nosso).

Registre-se, por derradeiro, que as alegações de nulidade da citação, excesso de execução, e que o valor da execução ultrapassa o limite de alçada dos Juizados Especiais Cíveis, foram adequadamente solucionadas pelas instâncias ordinárias, como se pode depreender desse passo do voto condutor do acórdão recorrido fl. 198 verbis:

“A alegação de nulidade do ato citatório é infundada e não merece acolhimento.

O banco recorrente possui abrangência nacional, com filiais em diversas cidades e Estados do país. A correspondência de citação foi enviada a um dos endereços da parte recorrente e seu recebedor devidamente identificado, logo, presume-se ter sido aquele citado. Nesse sentido o enunciado n. 5 do Forum Permanente de Juizados Especiais Cíveis e Criminais:

‘A correspondência ou contra-fé recebida no endereço da parte é eficaz para efeito de citação, desde que identificado o seu recebedor’.

Não há, ainda que se cogitar qualquer excesso de execução. O cálculo de fls. 106, espelha o valor correto do crédito exequendo e encontra-se em conformidade com o título executivo.

Eventual valor que tenha exasperado o limite de alçada dos Juizados Cíveis é proveniente de atualização monetária, juros moratórios e multa, que incidiram sobre o valor da condenação por inércia da parte recorrente e entendimento diverso seria premiar o devedor moroso”.

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário com agravo com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Intimações necessárias.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.964 (446)ORIGEM : PROC - 00347992320108260001 - TURMA RECURSAL

DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ADPM ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA "POLÍCIA MILITAR

DO ESTADO DE SÃO PAULO"ADV.(A/S) : MARIA ANGÉLICA DE LIRA RODRIGUES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EDMAR FERREIRA DE SOUZA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 9 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.975 (447)ORIGEM : PROC - 201101000511 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ARMANDO BATALHA DE GOES JÚNIORADV.(A/S) : ARMANDO BATALHA DE GOES JÚNIORRECDO.(A/S) : ANA CÁSSIA MENDONÇA COSTAADV.(A/S) : TATIANE GONÇALVES MIRANDA GOLDHAR E

OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – FORMALIDADE – INDICAÇÃO

DO PRECEITO DA CARTA TIDO POR MALFERIDO – REPERCUSSÃO GERAL – AUSÊNCIA DE CAPÍTULO PRÓPRIO NAS RAZÕES RECURSAIS – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O recorrente não indicou o dispositivo constitucional tido por malferido, limitando-se a discorrer sobre a controvérsia, abordando aspectos enfrentados pelo Colegiado. Pertinente, assim, o teor do Verbete nº 284 da Súmula desta Corte:

284 - É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.

2. Acresce que, na interposição do extraordinário cujo trânsito busca-se alcançar, não se observou a previsão do § 2º do artigo 543–A do Código de Processo Civil, introduzido mediante o artigo 2º da Lei nº 11.418, de 19 de dezembro de 2006. Deixou–se de aludir, em capítulo próprio nas razões recursais, à repercussão geral do tema controvertido, o que se mostra indispensável à valia do ato. O defeito formal é suficiente a obstaculizar a sequência do recurso.

3. Conheço deste agravo e o desprovejo.4. Publiquem.Brasília, 9 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.978 (448)ORIGEM : PROC - 201101001952 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO DE SERGIPE - DESOADV.(A/S) : HUGO MORAES PEREIRA DE LUCENA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA AUREA DOS SANTOSADV.(A/S) : RUY ELOY GUIMARÃES

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 110: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 110

jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.125 (449)ORIGEM : PROC - 988100007898 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : FIDELIDADE VIAGENS E TURISMO LTDAADV.(A/S) : PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ CLÉBER DO NASCIMENTOADV.(A/S) : DURVAL SILVÉRIO DE ANDRADE

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 8 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.424 (450)ORIGEM : PROC - 542270620098190038 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUSADV.(A/S) : FABRÍCIO LUIS DA SILVA CRUZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ALEXANDRE SIMÕES PEREIRA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência

sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de processo da competência da Corte.

Sob o ângulo da falta de fundamentação, verifica-se a não interposição de embargos declaratórios, ficando afastada a possibilidade de concluir-se pela ofensa ao artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.557 (451)ORIGEM : AMS - 4346202007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : EDVALDO SIMAS AMORIMADV.(A/S) : EDVALDO DO ESPÍRITO SANTO

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita, no que importa:

“APELAÇÃO CÍVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA – REVISÃO DE PROVENTOS - POLICIAL MILITAR – REESTRUTURAÇÃO DE POSTO E GRADUAÇÕES - VANTAGENS - EXTENSÃO AOS INATIVOS - PRINCÍPIOS DA ISONOMIA E DA LEGALIDADE - PRELIMINAR DE DACADÊNCIA REJEITADA. E PRESCRIÇÃO PARCIALMENTE ACOLHIDA - SENTENÇA REFORMADA – APELO PROVIDO.” (fl. 88).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXV, 40, §§ 2º e 8º, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Isso porque o Tribunal de origem decidiu a causa nos seguintes termos:

“Com efeito, ao reorganizar os postos e graduações da Polícia Militar, através da Lei Estadual n° 7.145/97, o Estado da Bahia deixou evidente a sua intenção de extinguir as graduações de Cabo e Subtenente enumerando, em seu art. 1º , inciso I, a seguinte escala hierárquica dos Oficiais: Coronel, Tenente Coronel, Major, Capitão e 1º Tenente.

(…)Prescreve o art. 51, II, e § 1º, 'c', da Lei Estadual nº3.933/81:'Art. 51 – São direitos dos policiais militares:I – (Omissis...)II – a percepção de provento correspondente ao grau hierárquico

superior ou melhoria do mesmo quando, ao ser transferido para a inatividade, contar 30 (trinta) ou mais anos de serviço'

A supracitada Lei Estadual criou essa vantagem, que deve ser estendida ao Impetrante, ora apelante, posto que quando se aposentou esta norma já existia. Ademais se fosse aplicada apenas quando um dos Subtenentes se aposentasse, se estaria ferindo o princípio constitucional da isonomia, já que nem todos farão jus ao benefício legal concedido, já que nem sempre a vacância do posto de Subtenente irá coincidir com as aposentadorias do Sargentos” (fls. 92-93).

Nesse contexto, resta claro que o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Lei 7.145/97 e Lei 3.933/81 do Estado da Bahia). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo juízo a quo, o que inviabiliza o extraordinário, nos termos da Súmula 280 do STF. Nesse sentido:

“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO MILITAR. ESTADO DA BAHIA. LEIS ESTADUAIS 3.933/1981 E 7.145/1997. EXTINÇÃO DE GRADUAÇÃO. ALEGADA VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 5º, XXXV E NO ARTIGO 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 40, §§ 3º E 8º, DA LEI MAIOR, COM A REDAÇÃO DADA PELA EMENDA 20/1998. REEXAME DE DIREITO LOCAL. ÓBICE DA SÚMULA 280/STF. PRECEDENTES. Agravo regimental a que se nega provimento”. (AI 671334 AgR/BA, Rel. Min. Joaquim Barbosa).

Cito, ainda, os seguintes precedentes, entre outros: AI 719.149/BA, Rel. Min. Joaquim Barbosa, RE 594.202/BA, Rel. Min. Ayres Britto e AI 768.533/BA, de minha relatoria.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 111: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 111

Quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que o julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes, entre outros: AI 747.611-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 657.164-AgR/AM, Rel. Min. Menezes Direito; AI 648.551-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 469.341-AgR/SP, Rel. Min. Ayres Britto; AI 690.551-AgR/RJ, de minha relatoria.

Por fim, A exigência do art. 93, IX, da Constituição não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador indique de forma clara as razões de seu convencimento, tal como ocorreu.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.631 (452)ORIGEM : AC - 006331220200980500010 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : CLÉSIO DOS SANTOS BARRETO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VONNAIRE SANTOS FONSECA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário com agravo interposto em face de decisão que inadmitiu o apelo extremo o qual impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia a seguir ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE LIMINAR. GRATIFICAÇÃO POR CONDIÇÕES ESPECIAIS DE TRABALHO-GCET. POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DA BAHIA. IMPROCEDÊNCIA DO PLEITO. AUSÊNCIA DE DIERITO À PERCEPÇÃO DA VANTAGEM, À FALTA DE ATENDIMENTO AOS REQUISITOS ESPECÍFICOS DA LEI 6.932/96, ART. 3º E SEUS INCISOS C/C A LEI N. 7.023/97. SENTENÇA CONFIRMADA. APELO NÃO PROVIDO.

Inexiste mínima prova do atendimento, pelos acionantes, aos requisitos específicos e condições legais que autorizam a percepção da verba. Como bem assinalou o a quo ‘a GCET é deferida ao servidor público em razão das atividades desempenhadas, as quais devem se enquadrar em uma das situações indicadas no art. 3º, da Lei 6.932/96’, ou seja, aludida vantagem atrela-se à prestação de serviço em condições não positivadas nestes autos”. (fl. 145)

No recurso extraordinário, aponta-se violação aos princípios da isonomia, legalidade e impessoalidade (arts. 5º, caput, e 37, caput, da CF).

Os recorrentes alegam que “trata-se de gratificação que tem como escopo as condições excepcionais na prestação dos serviços nas quais a parte recorrente encontra-se enquadrada”. (fl. 159)

Decido.Não assiste razão aos recorrentes.No caso, o Tribunal de origem, interpretando a legislação

infraconstitucional aplicável ao caso (Leis Estaduais 6.932/96, 7.032/97 e 6.677/96) e examinado o conjunto fático-probatório que permeia a lide, assentou que os autores não comprovaram o atendimento dos requisitos e condições legais que autorizam a percepção da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho – GCET.

Registre-se que para se entender de forma diversa do consignado pelo acórdão recorrido, imprescindível a análise e interpretação da legislação estadual aplicável á espécie, bem como o reexame dos fatos e provas constantes dos autos, providências vedadas no âmbito do recurso extraordinário, a teor do disposto nas Súmulas 280 e 279 do STF.

Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

SERVIDOR PÚBLICO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. GRATIFICAÇÃO DE PLANTÃO. CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS DA LC 03/90. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido entendeu que a incorporação da mencionada vantagem tem fundamento na Lei Complementar Estadual 03/90, bem como no preenchimento dos requisitos legais necessários para o seu recebimento. Para concluir em sentido diverso, faz-se necessária a análise de normas infraconstitucionais locais e o reexame das provas contidas nos autos, o que encontra óbice nas Súmulas 279 e 280 do STF. Precedentes. II – Agravo regimental improvido”. (AI-AgR 797.404, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJe 10.11.2010)

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Incorporação aos proventos de servidor inativo de verba referente à Gratificação de Representação de Gabinete. 3. Implementação dos requisitos estatuídos na Lei n. 10.722/82 do Estado do Ceará. 4. Necessário o reexame de fatos e provas e a análise de matéria infraconstitucional. 5. Incidência das Súmulas 279 e 280 do STF. 6. Agravo regimental a que se nega provimento”. (AI-AgR 779.070, de minha relatoria, Segunda Turma, 6.4.2011)

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, §1º, RISTF e

544, §4º, II, “b”, do CPC).Publique-se. Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.654 (453)ORIGEM : AC - 990101864525 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MARCO ANTONIO DE ARAÚJO SETAADV.(A/S) : FRANCISCO RUILOBA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita:

“MANDADO DE SEGURANÇA – ATRIBUIÇÃO DE AULAS A DOCENTE EM ETAPA PRELIMINAR – FASE EM QUE SOMENTE PODEM SER ATRIBUÍDAS AULAS A PROFESSORES PORTADORES DE DIPLOMA DE LICENCIATURA PLENA DA DISCIPLINA – AULAS RETIRADAS DEZ DIAS DEPOIS, ASSIM QUE CONSTATADO SER O IMPETRANTE PORTADOR DE LICENCIATURA CURTA – ATO LEGAL E EM CONSONÂNCIA COM O DISPOSTO NO ARTIGO 9º, DA RESOLUÇÃO SE 97/2008 – NÃO COMPROVAÇÃO DA ABERTURA DAS DEMAIS ETAPAS EM QUE PODERIAM SER ATRIBUÍDAS AULAS AOS DEMAIS DOCENTES - SENTENÇA MANTIDA” (fl. 138).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, II, XXXV e LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. Nesse sentido, anote-se:

“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA. SÚMULA 287 DO STF. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 e 356 DO STF. NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. INTERPOSIÇÃO PELA ALÍNEA "C" DO INCISO III, DO ART. 102 DA LEI MAIOR. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO PROTELATÓRIO. MULTA. AGRAVO IMPROVIDO. I - As razões do recurso não infirmam os fundamentos da decisão agravada, o que atrai a incidência da Súmula 287 do STF. II - Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF . III - A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. IV - O acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. V - Recurso Protelatório. Aplicação de multa. VI - Agravo regimental improvido” (AI 735.676-AgR/DF, de minha relatoria – grifos meus).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se. Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.769 (454)ORIGEM : AC - 024100917905 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : VANDERLI MACHADO LACERDAADV.(A/S) : VERÔNICA FELIX CORDEIRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário sob os fundamentos de que não está configurado o necessário prequestionamento da matéria, e de que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa.

O agravo não merece acolhida. É que o recorrente não atacou os fundamentos da decisão agravada. Incumbe ao recorrente o dever de impugnar, de forma específica, todos os fundamentos da decisão recorrida, sob pena de não seguimento do recurso. Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da Súmula 287 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 112: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 112

ambas as Turmas desta Corte:“PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE

INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO. SÚMULA 287 DO STF. NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS LOCAIS. SÚMULA 280 DO STF. INCIDÊNCIA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - A agravante não atacou todos os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF. (...) IV – Agravo regimental improvido” (AI 598.574-AgR/MG, de minha relatoria, Primeira Turma).

“AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO DE DESPACHO QUE INADMITIRA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. (...) O agravo de instrumento que visava destrancar o recurso extraordinário inadmitido não abordou as questões que fundamentaram a decisão agravada, fato impeditivo de sua análise, conforme disposto na Súmula 287 desta Corte. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 546.729-AgR/BA, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se. Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.932 (455)ORIGEM : AC - 7521211 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : EDEVIGUES MARQUES PEREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ELOISA FONTES TAVARES RIVANI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita:

“APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE NULIDADE E COBRANÇA - GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE EM UNIDADE PENAL OU CORRECIONAL INTRA MUROS (GADI) - INSTITUIÇÃO PELA LEI ESTADUAL N° 13.666/2002 - REGULAMENTAÇÃO PELO DECRETO N° 2.471/04 - SUBSTITUIÇÃO DAS VANTAGENS CORRESPONDENTES AO RISCO DE VIDA, ZONA E INSALUBRIDADE - POSSIBILIDADE - IRREDUTIBILIDADE DOS VENCIMENTOS - RESPEITADO - RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO” (fl. 739).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, XXXV e LIV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Isso porque, esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de contrariedade aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configuram ofensa constitucional indireta” (AI 777.240-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia).

Outrossim, quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que o julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes, entre outros: AI 747.611-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 657.164-AgR/AM, Rel. Min. Menezes Direito; AI 648.551-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 469.341-AgR/SP, Rel. Min. Ayres Britto; AI 690.551-AgR/RJ, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se. Brasília, 15 de março de 2012.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.141 (456)ORIGEM : MS - 201093346477 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : AGÊNCIA GOIANA DE COMUNICAÇÃO - AGECOM

ADV.(A/S) : ROSÂNGELA ALVES AIRES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ISABEL CAROLINA DIAS GARCIAADV.(A/S) : MARCOS CÉSAR GONÇALVES DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSINTDO.(A/S) : SECRETÁRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

ESTADO DE GOIÁS

DESPACHO: Encaminhem-se os autos à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro GILMAR MENDES

RelatorDocumento assinado digitalmente.

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.905 (457)ORIGEM : RESP - 993599 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : GENERAL ACCIDENT COMPANHIA DE SEGUROSAGTE.(S) : AMERICAN HOME ASSURANCE COMPANYAGTE.(S) : INTERAMERICANA COMPANHIA DE SEGUROS

GERAISAGTE.(S) : MOTOR UNION SEGUROS S/AAGTE.(S) : SEGURADORA OCEÂNICA S/AADV.(A/S) : GUSTAVO MIGUEZ DE MELLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2. Publiquem.Brasília, 12 de março de 2012.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.918 (458)ORIGEM : AC - 10024056456353003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : DOSDANT E SILVAADV.(A/S) : SEBASTIÃO HASENCLEVER BORGES NETO

Despacho: Idêntico ao de nº 457

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. DIAS TOFFOLI

AGRAVO DE INSTRUMENTO 720.638 (459)ORIGEM : PROC - 200551040042359 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL - CSNADV.(A/S) : GUSTAVO DOMINGUES DE MORAESADV.(A/S) : EYMARD DUARTE TIBÃESAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : LUIZ ALBERTO NOLASCO

DECISÃO: Vistos.Companhia Siderúrgica Nacional interpõe agravo de instrumento

contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, incisos XXXIII e XXXV, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado:

“I - A relação jurídica material que envolve o benefício de aposentadoria por invalidez é estabelecida apenas entre o segurado e o INSS, não existindo a relação direta entre a Autarquia e a CSN.

II – A realização de perícia médica é ato administrativo do INSS, competindo a ele, privativamente, a determinação do momento em que se realizará este exame.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 113: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 113

III – Não existe qualquer ônus financeiro ou previdenciário para a CSN, em relação aos funcionários aposentados por invalidez; além disso, à CSN é permitido admitir empregado substituto que poderá ser demitido, sem indenização, no caso de retorno do segundo.

IV – Ausente o interesse processual da CSN, que, por seu turno, é parte ilegítima para figurar no feito, mostra-se impossível o prosseguimento da ação.

V – Agravo Interno da Autora desprovido”.Opostos embargos de declaração, foram providos para sanar

omissão, mantendo-se, no entanto, o acórdão embargado.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, haja vista que os incisos XXXIII e XXXV do artigo 5º do texto constitucional, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que essas normas não foram objetos dos acórdãos recorridos. Incidência da Súmula n° 282 desta Corte. Anote-se que o fato do recorrente ter trazido as questões constitucionais no bojo dos embargos de declaração não é bastante para suprir o requisito do prequestionamento, a teor da Súmula nº 356/STF. Ocorre que, não obstante a oposição dos embargos, o recurso de apelação não suscitou os referidos dispositivos constitucionais, hipótese em que já não se prestam os embargos declaratórios opostos contra o acórdão de segundo grau a suscitá-los pela primeira vez. Nesse sentido:

“1. Recurso extraordinário: descabimento: dispositivo constitucional dado por violado (CF, art. 5º, II) não analisado pelo acórdão recorrido: incidência das Súmulas 282 e 356.

2. Embargos de declaração, prequestionamento e Súmula 356. Os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada.

3. Recurso extraordinário: inadmissibilidade: alegada violação a dispositivo constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta, que não enseja exame no recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636” (AI nº 596.757/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/11/06).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL.

1. Ao contrário do que sustenta o agravante, os embargos de declaração, para fins de prequestionamento, servem para suprir omissão do acórdão recorrido em relação à matéria suscitada no recurso cabível ou nas contra-razões e não para inovar matéria constitucional não debatida nos autos.

2. Ausente o prequestionamento do art. 129, III, da Constituição, dado como contrariado. Não prescinde desse requisito, inerente ao cabimento do recurso de natureza extraordinária, a circunstância de poder a ilegitimidade ativa ad causam ser analisada em qualquer grau de jurisdição.

3. Agravo regimental improvido” (RE nº 434.420/DF-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 14/6/05).

Ademais, o Tribunal de origem decidiu a controvérsia posta nestes autos com base na legislação infraconstitucional pertinente e no conjunto probatório carreado aos autos, cujo reexame é vedado em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Sobre o tema, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. ILEGITIMIDADE AD CAUSAM. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PEDIDO DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 736.487/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/10/09).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS E DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 587.112/CE-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 4/6/10).

Nesse mesmo sentido, as seguinte decisões monocráticas: AI nº 740.140/RJ, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 25/10/11; AI nº 737.446/RJ, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 17/11/11; e AI nº 738.672/RJ, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1/2/12.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 14 de março de 2012.

Ministro DIAS TOFFOLI

RelatorDocumento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.020 (460)ORIGEM : AC - 200551400042670 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : COMPANHIA SIDERÚGICA NACIONALADV.(A/S) : GUSTAVO DOMINGUES DE MORAESAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 459

Eu, IRON MESSIAS DE OLIVEIRA, Coordenador de Apoio Técnico, conferi. PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretária Judiciária.

Brasília, 16 de março de 2012.

ÍNDICE DE PESQUISA(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)(225) (226)A E I E C LTDA (18)A. G. M. DINIZ REPRESENTAÇÕES LTDA (364)ABEL DIAS BRANDAO (364)ADALMIR CAPARROS FAGÁ (279)ADAM SHAMTE KIZUA (303)ADAMS GIAGIO E OUTRO(A/S) (445)ADELICIO TEODORO (155)ADELSON MEDINA DA CRUZ (332)ADEMAR LEMPKE DO NASCIMENTO (306)ADEMILSON DA SILVA (153)ADEMIR CRUZ MARQUES (154)ADEMIR SANTOS LUCAS(8) (8)ADEMIR SOUZA E SILVA E OUTRO(A/S) (166)ADEMIR TOMAZ DE LIMA (336)ADOLFO HENRIQUE NUNES MONTEIRO (68)ADRIANO JORGE CARDOSO FIGUEIREDO (361)ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - MARCO TÚLIO DE CARVALHO ROCHA(387) (388)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO(1) (2) (19) (21) (22) (24) (37) (84) (100) (171)(180) (192) (212) (220) (248) (248) (249) (257) (258) (261)(262) (319) (320) (321) (322) (323) (324) (325) (326) (327)(328) (329) (330) (331) (332) (333) (334) (334) (335) (335)(336) (337) (338) (338) (340) (341) (342) (343) (344) (345)(346) (347) (348) (349) (350) (351) (352) (353) (354) (355)(356) (357) (358) (359) (362) (377) (378) (381) (384) (385)(386) (404) (405) (420) (427) (428)ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(102) (372) (426) (458)AÉLEM DAIANA RODRIGUES DE CARVALHO (245)AGILBERTO SERÓDIO E OUTRO(A/S) (441)AGUINALDO GARCIA MARQUES (16)AKIO KISHIMOTO (364)ALBERTO CÂMARA PINTO (50)ALBERTO DE MATTOS OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (49)ALBERTO LOPES MENDES ROLLO (318)ALBERTO PAVIE RIBEIRO E OUTRO(A/S) (144)ALBERTO PEREIRA (308)ALCIDES MIGUEL (364)ALCY NELSON DA SILVA NETO (133)ALEIXO LUIZ DA SILVA (364)ALESSANDRO MORAES BRAGA (102)ALEXANDRE MAGNO RAMOS(294) (294)ALEXANDRE SIMÕES PEREIRA (450)ALEXANDRE TEODORO DE SOUZA (11)ALEXSANDRA MAROTA CRISPIM PRATES (396)ALEXSSANDER TAVARES DE MATTOS E OUTRO(A/S) (414)ALÍRIO DE MOURA BARBOSA E OUTRO(A/S) (47)ALISON ALVES DE SALES (299)ALISSON TOMAZ COMIN E OUTRO(A/S) (127)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 114: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 114

ALMIR CAPARROS FAGÁ (279)ALMIR SOUSA DE FARIA E OUTRO(A/S) (41)ALYSSON SOUSA MOURÃO E OUTRO(A/S) (257)ALZIRA DIAS SIROTA ROTBANDE (58)AMADEUS DIAS BARROSO (364)AMERICAN HOME ASSURANCE COMPANY (457)ANA LUÍSA SOARES DE CARVALHO (235)ANA LUPERCINO (364)ANA MÁRCIA DA SILVA (292)ANA MARIA PARISI (424)ANA REGINA SHUENQUENER DE ARAÚJO (100)ANDRÉ AZAMBUJA DA ROCHA (207)ANDRÉ FELIZÁRIO JACINTO (166)ANDRÉ SALLES BARBOZA (188)ANDREA FERRAZ DO AMARAL DE TOLEDO SANTOS (225)ANDREI ZENKNER SCHIMIDT E OUTRO(A/S) (264)ANDREIA MARQUES DE OLIVEIRA (364)ANDREY LUIZ SOUZA DE MACEDO (297)ANGELA MARIA CYPRIANO (43)ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS (214)ANTHONY GONÇALVES E OUTRO(A/S)(60) (61)ANTONIO AUGUSTO VENÂNCIO MARTINS (398)ANTONIO CARLOS GARCIA DE SOUZA (382)ANTONIO CASTILHOS (33)ANTONIO CELSO NOGUEIRA LEIRIA (267)ANTÔNIO CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRA (273)ANTÔNIO FERNANDO RORIZ (442)ANTÔNIO GERALDO DE CASTRO E SILVA (263)ANTONIO GERALDO MACIEL (364)ANTONIO HENRIQUE PEREIRA DA SILVA (209)ANTÔNIO JOSÉ LOUREIRO DA SILVA E OUTRO(A/S) (444)ANTÔNIO JOSÉ QUEIROZ DE ANDRADE (205)ANTONIO MILHIM DAVID (280)ARMANDO BATALHA DE GOES JÚNIOR (447)ARNALDO ZANELA (4)ARNO JUNG E OUTRO(A/S) (77)ARY ARAÚJO DE SANTA CRUZ OLIVEIRA JÚNIOR (422)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS (250)ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SAO PAULO (259)ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO (260)ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA SUPLAN - ASSEAS (368)ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DA SUPLAN - ASSUP (368)ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL COMPACTO (5)ASTER PETRÓLEO LTDA E OUTRO(A/S) (399)ATAIDE F DA LUZ (364)AULIRO BATISTA DA SILVA (364)ÁUREO GÉLIO ANDRADE JÚNIOR (191)BENEDITO ANTONIO DIAS DA SILVA E OUTRO(A/S) (284)BERENICE MULLER DA SILVA (421)BRAGA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA (364)BRASIL TELECOM S/A (123)BRENO PESSOA CARDOSO BORGES (409)BRUNO FERREIRA CORREIA LIMA (369)BRUNO PULPOR CARVALHO PEREIRA (373)BRUNO RODRIGUES (23)BRUNO SACCANI (243)BRUNO SELIGMAN DE MENEZES (19)CAMARA MUNICIPAL DE ARAPORA (170)CARLO ROSITO DA SILVA (392)CARLOS ALBERTO DE CAMPOS (332)CARLOS ALBERTO DE PAIVA REIS (364)CARLOS ALBERTO FRENADES DIAS OU CARLOS ALBERTO FERNANDES DIAS

(244)

CARLOS ALBERTO ZAFRED MARCELINO (273)CARLOS AUGUSTO M VIEIRA DA COSTA (182)CARLOS AUGUSTO OLIVEIRA RAMALHO (228)CARLOS EDUARDO CANO (183)CARLOS EDUARDO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (288)CARLOS FABRÍCIO CRESCENTE DIAS (361)CARLOS GUILHERME M DE AZEVEDO (87)CARLOS HENRIQUE KAMINSKI (437)CARLOS HENRIQUE LOPES REIS (253)CARLOS HENRIQUE SILVESTRI LUHM E OUTRO(A/S) (65)CARLOS HENRIQUE WIEBBELLING E OUTRO(A/S) (327)CARLOS JUNIO DA SILVA (364)CARLOS RIBEIRO OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (52)CARLOS ROBERTO FORNES MATEUCCI (76)CARLOS VICTOR AZEVEDO SILVA E OUTRO(A/S) (206)CARMEN LÚCIA BENVEGNÚ (138)CARMINA FERREIRA CAMPOS VIEIRA (155)CELESTINO MOTTA (136)CÉLIA MOLLICA VILLAR(56) (443)

CELSO LUIZ BERNARDON E OUTRO(A/S) (401)CESAR ANTONIO DIAS MARRA (364)CESAR AUGUSTO BRASILINO LIMA (93)CESAR AUGUSTO MOREIRA E OUTRO(A/S) (15)CESAR CASTELLUCCI LIMA (310)CÉSAR CASTELLUCCI LIMA (308)CESAR EUGENIO DA SILVA (278)CÉSAR MONTEIRO BOYA E OUTRO(A/S) (31)CESAR RAMOS DA COSTA (14)CHRISTIANI A CAVANI E OUTRO(A/S) (190)CIRO CASTILHO MACHADO E OUTRO(A/S) (37)CLAITON LUIS BORK (109)CLAITON LUIS BORK E OUTRO(A/S) (129)CLARICE DE SOUSA (364)CLAUDINEY ERNANI GIANNINI E OUTRO(A/S) (330)CLÁUDIO MARCIO DE OLIVEIRA (83)CLAUDIR CALIPO (324)CLEBER LOPES DE OLIVEIRA (255)CLÊNIO PACHÊCO FRANCO JÚNIOR (220)CLEOMARA TERESINHA ANHALT E OUTRO(A/S) (128)CLEONICE LOURENÇO RODRIGUES DA SILVA (231)CLEUSA RESENDE DE OLIVEIRA (364)CORPORAÇÃO GUTTY DE SEGURANÇA PATRIMONIAL E VIGILÂNCIA LTDA

(374)

CORPORAÇÃO GUTTY DE SEGURANÇA PATRIMONIAL E VIGILÂNCIA S/C LTDA

(27)

COSME LUIZ DA MOTA PAVAN (391)CRISTIANO FRANCIS NOGUEIRA (438)DANIEL D'EMIDIO MARTINS (27)DANIEL FERNANDES MACHADO(341) (342) (343) (344) (345) (346) (347) (348) (353)DANIEL FERNANDES MACHADO E OUTRO(A/S)(340) (350) (354) (355)DANIEL RICARDO DAVI SOUSA E OUTRO(A/S) (170)DANIEL ROSSATO RODRIGUES E OUTRO(A/S) (410)DANIEL VALENTE DANTAS (264)DANIEL VON HOHENDORFF E OUTRO(A/S) (410)DANIELE CARVALHO E OUTRO(A/S) (333)DANIELLA MEDEIROS RÊGO (402)DANIELLE LORENCINI GZONI RANGEL E OUTRO(A/S) (420)DANILO SIMÕES MACHADO E OUTRO(A/S)(54) (55)DAYANE SOUSA GOES (407)DC COMICS (229)DEBORA MENDES DE MELO VARGAS (364)DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO (244)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL (275)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(154) (297) (298) (302) (303)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(271) (306)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (57)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL(12) (13) (17) (38) (79) (80) (81) (82) (94) (175)(240) (266) (269) (270) (272) (287) (289) (291) (292) (293)(295) (296) (299) (304) (305) (307) (309) (362) (411)DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO (380)DEIVISON DE OLIVEIRA BATISTA BENEDITO (175)DENISE CONCEIÇÃO BOTELHO XAVIER (361)DEUSINALDO DE JESUS COSTA (307)DEUSIVALDO DE JESUS COSTA (307)DIANSLEI GONÇALVES SANTANA (20)DINAH ROCHA PEREIRA (364)DINOR RODRIGO RADEL (114)DIOGO RODRIGUES DOS SANTOS PIRES (309)DIOMAR ARRUDA (364)DIONE DE NADAI (43)DIRLENE LUIZ DOS SANTOS (364)DIVINA DE CARVALHO (364)DOLORES ALVES BATISTA (364)DORIVAL MIGUEL (45)DURVAL SILVÉRIO DE ANDRADE (449)EDER PERO MARQUES E OUTRO(A/S) (191)EDGAR LENZI (182)EDIGARDO MARANHÃO SOARES (38)EDILENE LÔBO E OUTRO(A/S) (408)EDILSON SOARES (256)ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA (202)EDIVALDO JOSÉ DA SILVA (241)EDMAR FERREIRA DE SOUZA (446)EDMAR TEIXEIRA DE PAULA E OUTRO(A/S)(155) (420)EDSON CEZAR CAVALCANTE SILVA (98)EDSON CHAVES FILHO E OUTRO(A/S) (321)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 115: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 115

EDSON FERREIRA LIMA (96)EDSON JOSÉ DE MACEDO SANTOS (9)EDSON RICARDO DE LIMA (332)EDUARDA PEREZ E OUTRO(A/S) (339)EDUARDO ANTÔNIO LUCHO FERRÃO (312)EDUARDO ANTÔNIO LUCHO FERRÃO E OUTRO(A/S) (311)EDUARDO MORETH LOQUEZ E OUTRO (145)EDUARDO PIZZOLATTI MIRANDA RAMOS E OUTRO(A/S) (139)EDUARDO TOFOLI E OUTRO(A/S) (27)EDVALDO DO ESPÍRITO SANTO (451)EDVALDO R. RIBEIRO (364)ELCIO ROCHA GOMES E OUTRO(A/S) (62)ELIANDREZA ROCHA DA SILVA (292)ELIANE BITENCOURT LOPES SILVA (417)ELIANE MARIA DE CASTRO ROCHA (367)ELIANE MENDES M AFFI (407)ELIAS BATISTA DOS SANTOS (364)ELIAS CAMILO JORGE JUNIOR (397)ELIESER BRÍGIDO JOSINO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (142)ELIEZER FRANCISO DA SILVA CABRAL (361)ELIS CRISTINA UHRY LAUXEN E OUTRO(A/S) (6)ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO (146)ELLEN CRISTINA SÉ ROSA (399)ELOI JUNIOR HOLZSCHUCH (12)ELOI PINTO DE ANDRADE JÚNIOR E OUTRO(A/S) (412)ELOISA FONTES TAVARES RIVANI E OUTRO(A/S) (455)ELTON SILVA (30)ELTON TADEU HOLZSCHUCH (12)EMANUEL MENDES GUEDES DIOGO (432)EMERSON THADEU VITA FERREIRA (241)EMMANUEL BIAR DE SOUZA (106)ENDRIGO WILSON CENZI (435)ERALDO LACERDA JÚNIOR (143)ERIKA FERNANDES DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (75)ESTELA DRIZ LOURENÇO (108)EUGENIO OSVALDO GRANDINETTI (155)EURICO DOS SANTOS (247)EURIDES DOS SANTOS (247)EVERTON SANTIAGO VILELA (302)EWERTON LEITE MATTOS E OUTRO(A/S) (71)EYMARD DUARTE TIBÃES (459)F A P D (18)FABIANO LEONARDI ALVES (133)FÁBIO CORRÊA RIBEIRO (428)FÁBIO HENRIQUE GARCIA DE SOUZA E OUTRO(A/S) (29)FÁBIO MARTINS FERRO DA COSTA (263)FABIO MARTINS RIBEIRO (105)FABRÍCIO LUIS DA SILVA CRUZ E OUTRO(A/S) (450)FABRÍCIO NATAL DELL'AGNOLO E OUTRO(A/S) (130)FABRICIO PALERMO LÉO E OUTRO(A/S) (445)FABRICIO RAPHAEL DOS SANTOS BITTENCOURT (111)FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ (383)FABRINI MUNIZ GALO E OUTRO(A/S) (404)FELICIDADE JUVENTINA EMÍLIO (229)FELICÍSSIMO JOSÉ DE SENA E OUTRO(A/S) (250)FELIPE GUSTAVO DE ÁVILA CARREIRO (433)FELIPE LUCIANO PEROTTONI (215)FELIPE SÁ FERREIRA (91)FELIPE SARMENTO E OUTRO(A/S) (35)FERNANDA COSTA HUESO (153)FERNANDO ANTONIO BARBOSA MACIEL E OUTRO(A/S) (359)FERNANDO ANTÔNIO CECILIANO JORDÃO (314)FERNANDO C. QUEIROZ NEVES E OUTRO(A/S) (179)FERNANDO CARLOS LUZ MOREIRA (168)FERNANDO GARCIA CARVALHO DO AMARAL E OUTRO(A/S) (92)FERNANDO LIMA DE MORAES (365)FERNANDO LUIS KLEIN (364)FERNANDO NIEHUES BASCHIROTTO E OUTRO(A/S) (121)FERNANDO ROBERTO GOMES BERALDO (217)FERNANDO VIANNA PAES DE BARROS E OUTRO(A/S) (39)FILEMON FÁBIO DE OLIVEIRA (395)FLÁVIA ANDRADE GABRIEL NALETO (26)FLAVIA RODRIGUES DE OLIVEIRA (364)FLAVIANO DA GAMA FERNANDES (282)FLÁVIO DE ANDRADE PINTO (253)FRANCIS BULLOS (253)FRANCISCO ANTONIO BARBOSA SPINOLA (364)FRANCISCO DA MOTA FERNANDES (364)FRANCISCO DE OLIVEIRA E SILVA JUNIOR (150)FRANCISCO FLORISMAR DE ALMEIDA (430)FRANCISCO HENRIQUE FILHO (364)FRANCISCO HENRIQUE RICARDO DE MACEDO (256)FRANCISCO PEDRO DA COSTA (364)FRANCISCO RUILOBA E OUTRO(A/S) (453)

FRANCISCO TRISTÃO DIAS (364)FRANCISCO XAVIER AMARAL (238)FREDERICO CÂMARA E OUTRO(A/S) (323)FUNDAÇÃO GAMA (5)FUNDAÇÃO PRO SANGUE HEMOCENTRO DE SÃO PAULO (27)GALABIN PEPOV BOEVSKI (283)GAMALIEL ROSSI SEVERINO (425)GEAN DE CARVALHO (285)GENERAL ACCIDENT COMPANHIA DE SEGUROS (457)GEORGE SUETONIO RAMALHO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (248)GERACI AFONSO DE ALMEIDA (364)GERALDA ADRIANO DA SILVA (364)GERALDO DE OLIVEIRA (364)GERALDO MARCELINO DE FREITAS JUNIOR (406)GERALDO R. DOS SANTOS (364)GERCI DE ALMEIDA (364)GERCIL ABRANTES RORIZ (364)GERSON A. DA COSTA (364)GERSON JOÃO ZANCANARO E OUTRO(A/S) (211)GIAN CARLO POSSAN (227)GILBERTO CARLOS MENDONÇA CABRAL (298)GILBERTO CASSULI E OUTRO(A/S) (208)GILBERTO LINHARES TEIXEIRA (239)GILSON VITOR CAMPOS E OUTRO(A/S) (59)GIOVANA ABREU DA SILVA SEGER (116)GISELE PASSOS TEDESCHI E OUTRO(A/S) (400)GISLAINE RAMOS DE ARAÚJO (3)GLÁUCIO FERNANDES DA SILVA SOARES (3)GLAUCO HUMBERTO BORK (126)GLEIDSON ADRIANO GONÇALVES DA SILVA (364)GLYCIA DE ALMEIDA MARTINS RAPOSO (97)GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA (334)GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO(259) (260)GUSTAVO CESAR GANDOLFI (242)GUSTAVO DOMINGUES DE MORAES(393) (459) (460)GUSTAVO HENRIQUE LINHARES DIAS(341) (342) (343) (344)GUSTAVO MIGUEZ DE MELLO E OUTRO(A/S) (457)HAMILTON FERNANDES ANANIAS (332)HELDER VIEGAS MONTEIRO DE CARVALHO (3)HELENA DIAS LEÃO COSTA (4)HELIO BIALSKI E OUTRO(A/S) (11)HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDO (173)HENRIQUE ABI-ACKEL TORRES E OUTRO(A/S) (63)HENRIQUE FURQUIM PAIVA (193)HENRIQUE GUSTAVO QUEIROZ PEDROSA (302)HERCÍLIO SCHMIDT (160)HERCÍLIO SCHMIDT E OUTRO(A/S) (158)HERCULES AUGUSTUS MONTANHA (332)HERMES LUIZ FERREIRA (392)HIGITERC - HIGIENIZAÇÃO E TERCEIRIZAÇÃO LTDA (372)HORACIO FRANCISCO DE ALMEIDA (364)HORACIO LUIZ AUGUSTO DA FONSECA E OUTRO(A/S) (40)HUDSON HELY DE OLIVEIRA (266)HUGO HUMBERTO AGUILAR (291)HUGO MORAES PEREIRA DE LUCENA E OUTRO(A/S) (448)HUMBERTO MARCIAL FONSECA (417)IGOR CARNEIRO DE MATOS (147)IGOR TAMASAUSKAS (98)ILANA FRIED BENJÓ (253)ILDA ANDRADE DE MIRANDA (364)INDALÉCIO GOMES NETO E OUTRO(A/S) (375)INGER KALBEN SILVA (421)INSTITUTO DE RECURSOS HUMANOS DE PERNAMBUCO - IRH/PE

(39)

INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS (457)INTERAMERICANA COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS (457)IRIS MARIA TAVARES MONTEZ DA SILVA (282)ISRAEL ANTONIO DE FRANÇA (280)ISRAEL MOREIRA DE ALMEIDA (375)IURI DO CARMO RIBEIRO (64)IVANI MARQUES VIEIRA (84)J F A B (17)J J DE C (317)J V DE C (18)JADER DANIEL HOLZSCHUCH (12)JAIRO ANDRADE DE MIRANDA (192)JANAINA ROCHA MACHADO E OUTRO(A/S) (230)JANE CRISTINA FERREIRA CENTENO E OUTRO(A/S) (34)JANE DA SILVA BITENCOURT (364)JANICE MEDRADO FERREIRA (45)JAQUELINE OLIVEIRA DOS SANTOS (208)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 116: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 116

JAQUILENE VIEIRA REINERT HORN E OUTRO(A/S) (124)JARBAS FERNANDES DA CUNHA FILHO E OUTRO(A/S) (67)JEFERSON MARIN E OUTRO(A/S) (51)JEISON FRANCISCO MEDEIROS E OUTRO(A/S) (125)JHONATHAN HENRIQUE DA SILVA BORDIN (291)JOAB RIBEIRO COSTA E OUTRO(A/S) (95)JOANA BATISTA DE SA BRAGA (364)JOÃO AUGUSTO TONON MEDEIROS (230)JOÃO BAPTISTA MIMESSE GONÇALVES (391)JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA (274)JOÃO CAETANO DA SILVA (364)JOAO CONCEIÇÃO DE PINA (364)JOÃO DE ANDRADE (10)JOÃO ESTÊNIO CAMPELO BEZERRA E OUTRO(A/S) (181)JOÃO EVANGELISTA BATISTA (103)JOÃO EVANGELISTA PEREIRA DE ARAÚJO (369)JOÃO HENRIQUE ALVES DE ALENCAR (261)JOÃO HUMBERTO MARTORELLI (236)JOÃO JOAQUIM MARTINELLI(107) (436)JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO(A/S) (440)JOÃO JOSÉ DOS SANTOS (281)JOÃO MANOEL DA SILVA (364)JOÃO MESTIERI (314)JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO (427)JOAO PEDRO NETO (364)JOAO RODRIGUES MENDES (364)JOÃO SIGRI FILHO (28)JOAO SILVESTRE SOBRINHO (25)JOAQUIM DE SOUZA ROLIM JUNIOR (219)JOAQUIM GUILHERME VASCONCELOS (364)JOEL ELISEU GALLI (285)JONAS MODESTO DA CRUZ E OUTRO (145)JONAS PEREIRA ALVES (286)JORDANE MARQUES MORTARI E OUTRO(A/S) (118)JORGE ALEXANDRE RODRIGUES E OUTRO(A/S) (439)JORGE AMAURY MAIA NUNES E OUTRO(A/S) (257)JORGE LUIZ CONTAR JUNIOR (297)JORGE MARLEY ALCÂNTARA BARROS(268) (268)JOSÉ ACREANO BRASIL (361)JOSÉ ACREANO BRASIL JÚNIOR (361)JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S) (199)JOSÉ ALEXANDRE SOBRINHO E OUTRO(A/S) (413)JOSÉ ALVES FERREIRA (364)JOSÉ ANTÔNIO CORDEIRO CALVO E OUTRO(A/S)(30) (370)JOSE ANTONIO CORDEIRO CALVO E OUTRO(A/S) (373)JOSÉ ANTÔNIO DAL MOLIN (267)JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO ALMEIDA SILVA E OUTRO(A/S) (203)JOSÉ ANTUNES DA SILVEIRA E OUTRO(A/S) (396)JOSÉ AQUINO DE LIMA (222)JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS (148)JOSÉ AUGUSTO MAIA (3)JOSÉ AVELINO TRINDADE (83)JOSE BENTO DAS NEVES (364)JOSÉ CARLOS BENETTI (392)JOSÉ CARLOS FERNANDES E FERNANDES LORENZINI(300) (300)JOSÉ DANIEL MONTEIRO MOREIRA E OUTRO(A/S) (75)JOSE DERIDIO (364)JOSÉ DOMINGOS CARLI (419)JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO (434)JOSÉ EDUARDO FERREIRA NETTO (148)JOSÉ ESSIOMAR GOMES DA SILVA (314)JOSE EUGENIO NETO (364)JOSÉ FERNANDO DA ROSA (163)JOSÉ FERREIRA CARDOSO (364)JOSE FRANCISCO DA COSTA (364)JOSÉ GERALDO DANIELSKI (157)JOSÉ GERARDO GROSSI E OUTRO(A/S) (251)JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO E OUTRO(A/S) (236)JOSÉ JOAQUIM MATEUS PEREIRA (360)JOSE JULIO DOS REIS (368)JOSÉ LUIZ FERNANDES GAMA (71)JOSÉ MANUEL JORDÃO FILHO (3)JOSÉ MANUEL RODRIGUES LOPEZ E OUTRO(A/S) (178)JOSÉ MARCELO BRAGA NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (197)JOSE MARCOS DE OLIVEIRA (364)JOSÉ MARIA CAMPOS COUTO (97)JOSE MAURICIO NEVILLE DE CASTRO JUNIOR (152)JOSÉ MENDES DOS REIS (420)JOSÉ OMAR DE MELO JÚNIOR (66)JOSE ORLANDO GAMA MARTINS (246)

JOSÉ REIS ROCHA VIEIRA (72)JOSÉ RENATO BORGES (383)JOSÉ RIBEIRO DOS SANTOS (364)JOSÉ RODRIGUES DE ARAÚJO (390)JOSÉ SÉRGIO DA SILVA CRISTÓVAM (334)JOSÉ VINÍCIUS BICALHO COSTA JR. E OUTRO(A/S) (319)JOSMAR KASPROWICZ (114)JOSSEM LUIZ NETTO CONCEIÇÃO (392)JR EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS (364)JUAN JOSÉ CAMPOS ALONSO (172)JUÇARA ADELINA SOARES FLÔR (119)JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CIVEL DA COMARCA DE AVARE (25)JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE FORTALEZA (AÇÃO CAUTELAR INOMINADA Nº 2006.0018.8511-1)

(360)

JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE JOÃO PESSOA

(368)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL, DE REGISTROS PÚBLICOS E AMBIENTAL DA COMARCA DE ANÁPOLIS

(364)

JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PONTA GROSSA

(370)

JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE PONTA GROSSA

(30)

JUIZ DO TRABALHO DA 11ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSOS NºS 00225.2008.011.08.00.1 , 01488.2008.011.08.00.8)

(361)

JUIZ DO TRABALHO DA 13ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 00533.2008.013.08.00.0)

(361)

JUIZ DO TRABALHO DA 15ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSOS NºS 01538.2008.015.08.00.2 , 01694.2008.015.08.00.3)

(361)

JUIZ DO TRABALHO DA 16ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 01650.2008.016.08.00.0)

(361)

JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 00738.2007.001.08.00.4)

(361)

JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE JAÚ

(365)

JUIZ DO TRABALHO DA 26º VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE

(366)

JUIZ DO TRABALHO DA 6ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 01170.2007.006.08.00.0)

(361)

JUIZ DO TRABALHO DA 8ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 00557.2008.008.08.00.3)

(361)

JUIZ DO TRABALHO DA 9ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ (PROCESSO Nº 00270.2008.009.08.00.0)

(361)

JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE FLORIANO (369)JUIZ FEDERAL DA 6ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO

(362)

JUÍZA DO TRABALHO DA 11ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS (376)JULIANA CHAVES COIMBRA GARCIA (376)JULIANA GONÇALVES DE SOUZA GUIMARÃES (42)JUSTINO DA SILVA DE ALENCAR (364)JUVENCIO NUNES (364)KARLA BRAGA AZIZE (412)KARLO KOITI KAWAMURA(109) (113) (114) (115) (116) (134)KARLO KOITI KAWAMURA E OUTRO(A/S)(117) (118) (120) (122) (124) (125) (128) (130) (131) (132)(135) (136) (137) (138) (139) (141) (142) (157) (158) (161)(163) (164)KÁTIA ARAÇARI DE OLIVEIRA (368)KLEBER ERIBERTO DE PAULA MONTEIRO (296)KLÉBER LUIZ URIAS DE SALES (15)KRISTINE ELISA HUBBE ZUMBLICK (113)LARA CORRÊA (383)LARISSA CHAUL DE CARVALHO OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (46)LARISSA DE SOUZA PHILIPPI LUZ E OUTRO(A/S) (141)LARISSA LAFAIETE DE GODOI (145)LEANDRO BARROS PEREIRA E OUTRO(A/S) (283)LEANDRO NATAL FERNANDES (9)LEANDRO SALOMÃO E OUTRO(A/S) (337)LEENA MARIA CUNHA PRUDENTE (444)LEILA LEIVA GUARDADO (429)LEILIANO VIEIRA DE JESUS (372)LEOCÁDIA ALVES DA SILVA (146)LEONARDO ARAÚJO DE SOUSA (432)LEONARDO BOFF BACHA E OUTRO(A/S) (131)LEONARDO WERLANG (370)LÍGIA REGINA GÍGLIO BIAZON (415)LINDA LUIZA GONÇALVES (434)LINDOLFO CAVALCANTI ALBUQUERQUE NETO (39)LÍVIA BALBINO FONSECA SILVA E OUTRO(A/S) (198)LUANA CONCEIÇÃO MAUES (361)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 117: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 117

LUCAS ANDRADE DE OLIVEIRA (270)LUCAS GONÇALVES (364)LUCIANA D'ANGELO VENTURA DE OLIVEIRA (169)LUCIANA FARIAS (104)LUCIANA MARIA FABRI SANDOVAL VIEIRA (301)LUCIANE ELIZABETH DE SOUZA BARROS E OUTRO(A/S) (216)LUCIANO ALVES DANIEL (256)LUCIANO FREIRE FERREIRA (245)LUCIANO QUINTANILHA DE ALMEIDA (172)LUCIANO RANZANI TROGIANI E OUTRO(A/S) (64)LUCIO AUGUSTO MALAGOLI E OUTRO(A/S) (32)LUCIVALDO LAURINDO (286)LUDYMILA ANDRADE REGIS(361) (361) (361) (361)LUIS AUGUSTO DE OLIVEIRA AZEVEDO (36)LUIS CLEI ROSA E OUTRO(A/S) (363)LUÍS MAURICIO DAOU LINDOSO (103)LUÍS MAXIMILIANO LEAL TELESCA MOTA (221)LUÍS OTÁVIO CAMARGO PINTO (217)LUIZ ALBERTO NOLASCO (459)LUIZ BEZERRA DA COSTA (3)LUIZ CARLOS DA SILVA NETO E OUTRO(A/S)(210) (239)LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA (364)LUIZ CARLOS LOPES (195)LUIZ CARLOS ZACCHI E OUTRO(A/S)(117) (122)LUIZ DOMINGOS DA SILVA(277) (277)LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTO E OUTRO(A/S) (204)LUIZ FELIX DOS SANTOS (332)LUIZ FERNANDO FARIA MACEDO (212)LUIZ FERNANDO MAIA (218)LUIZ GOMES PALHA E OUTRO(A/S) (414)LUIZ GONZAGA MOREIRA CORREIA E OUTRO(A/S) (77)LUIZ GUSTAVO BATTAGLIN MACIEL E OUTRO(A/S) (16)LUIZ MÁRIO SEGANFREDDO PADÃO (221)LUIZ OTAVIO PINHEIRO BITTENCOURT (188)LUIZ OTÁVIO PINHEIRO BITTENCOURT (183)LUIZ PEREIRA DE SOUZA(276) (276)LUIZ RICARDO CASTRO GUERRA E OUTRO(A/S) (413)LUIZ RICCETTO NETO (259)LUZIA PEREIRA DA SILVA (364)M H B (18)MACIEL MONTEIRO DE OLIVEIRA (364)MAIARA CARVALHO DA MOTTA (105)MAICON APARECIDO SAIA APOLINARIO (151)MAICON RODRIGO ZANQUINI (242)MANOEL AUGUSTO FRAGA JALES (205)MARCELO ALEXANDRE OLIVEIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (78)MARCELO ANDERSON TAVARES PATRICIO (246)MARCELO ANTÔNIO RODRIGUES VIEGAS (42)MARCELO BENITES DOS SANTOS (223)MARCELO BRAGA RIOS E OUTRO(A/S) (184)MARCELO BUENO GAIO (218)MARCELO COSTA MASCARO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (58)MARCELO DAVIDOVICH E OUTRO(A/S) (214)MARCELO DE BRAGANÇA NUNES LEITE E OUTRO(A/S) (46)MARCELO JOSÉ DE SABOIA BANDEIRA DE MELLO (214)MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA (420)MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA E OUTRO(A/S) (338)MARCELO PIRES TORREAO(342) (343) (344)MARCELO PIRES TORREÃO (341)MARCELO PIRES TORREÃO E OUTRO(A/S)(349) (351) (352) (356) (357)MARCELO PUCCINI CAMINHA (235)MÁRCIA FANFA RIBAS (7)MARCIA MARIA TEIXEIRA CIUFFI E OUTRO(A/S) (440)MÁRCIA MARÍLIA DOERING (90)MARCIA RUBIA S CARDOSO ALVES (374)MARCIO ARI VENDRUSCOLO (418)MARCIO BROTTO DE BARROS E OUTRO(A/S) (101)MÁRCIO DELAMBERT MIRANDA FERREIRA(253) (254)MARCIO RODRIGO FRIZZO E OUTRO(A/S) (44)MARCIO RUBENS PASSOLD (91)MARCIO TARCISIO THOMAZINI (416)MARCO ANTONIO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (201)MARCO ANTONIO MUNDIM E OUTRO (145)MARCO AURELIO FERNANDES DOS SANTOS (329)MARCO AURÉLIO FUNCK SAVOIA E OUTRO(A/S) (26)MARCOS ANTONIO BARRANCO (332)

MARCOS CARRASCO (332)MARCOS CÉSAR GONÇALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (456)MARCOS FERRARI DE ALBUQUERQUE (140)MARCOS RODRIGUES PERUCCHI (161)MARCOS ROGÉRIO PALMEIRA (224)MARCUS ANSELMO COSTA PIZZOLO E OUTRO(A/S) (135)MARCUS VINICIUS BORGES EMMANUEL (152)MARCUS VINICIUS SOUZA MAMEDE (147)MARIA AMÉLIA DA SILVA (364)MARIA ANGÉLICA DE LIRA RODRIGUES E OUTRO(A/S) (446)MARIA CONCEIÇÃO RODRIGUES DA SILVA (364)MARIA CRISTINA LAPENTA (176)MARIA DO CARMO ALVES RIZZO (262)MARIA DO CARMO EGUEZ CALDAS BEZERRA (371)MARIA DO SOCORRO ALVES CARDOSO (364)MARIA DO SOCORRO MACEDO DOS SANTOS (256)MARIA DO SOCORRO S FEITOSA CARVALHO (185)MARIA EDUARDA FERREIRA RIBEIRO DO VALLE GARCIA (206)MARIA ELZA FERREIRA CRUZ E OUTRO(A/S) (213)MARIA FATIMA GARCEZ MACHADO (364)MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL (59)MARIA INÊS CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL E OUTRO(A/S)(62) (186)MARIA JOSÉ SILVA OLIVEIRA (180)MARIA LINA DOS SANTOS (364)MARIANA ELISA SANTOS OLIVEIRA E OUTRO(A/S)(387) (388)MÁRIO BARBOSA VILLAS BOAS (279)MARIO CESAR MACHADO MONTEIRO (253)MARIO CEZAR DE ALMEIDA ROSA (52)MARIO DAVID PRADO SÁ (21)MÁRIO LUIZ OLIVEIRA DA COSTA E OUTRO(A/S) (177)MÁRIO ROBERTO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (171)MAURI BENEDITO GUILHERME (322)MAURÍCIO PORTIERI PIGNATTI (233)MAURÍCIO STEGEMANN DIETER (229)MAURO COELHO TSE (253)MAURO DEL CIELLO (179)MAURO HAMILTOM PAGLIONE (148)MAURO ROBERTO GOMES DE MATTOS E OUTRO(A/S)(404) (405)MEIRE COSTA VASCONCELOS (436)MELISSA DIAS DE O SILVA E OUTRO(A/S) (358)MIGUEL ARCANJO NETO (29)MIGUEL BARBOSA DA SILVA (364)MIGUEL PEREIRA NETO E OUTRO(A/S) (190)MIGUEL ROCHA VENENO (332)MILER QUESADA CASQUET (290)MILTON LUIS DAUD (187)MINISTRA RELATORA DO RESP 1.094.828/SP DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(294)

MINISTRO RELATOR DO HC 227.326 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(246)

MÍRIAM PERON PEREIRA CURIATI (29)MOACIR URBAN SORRENTINO (332)MOISÉS CASTELO DE MENDONÇA (194)MONICA CRISTINA DE OLIVEIRA COSTA (364)MÔNICA DE AVELLAR SERTORIO GONÇALVES E OUTRO(A/S) (193)MORADORES DO BAIRRO PINHEIRINHO (274)MORRO DO CONSELHO PARTICIPAÇÕES LTDA(404) (405)MOSES MANSARAY (293)MOTOR UNION SEGUROS S/A (457)NADIR DE SOUSA SANTOS (364)NAHYANA VIOTT E OUTRO(A/S) (229)NATÁLIA MARIA MARTINS DE RESENDE E OUTRO(A/S) (423)NELCINHO JOSE DA SILVA (364)NELSON GOMES MATTOS JÚNIOR(115) (134) (162)NELSON GOMES MATTOS JÚNIOR E OUTRO(A/S) (132)NELSON VARGAS MENDONÇA (364)NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/S) (48)NEMIAS GARCIA NUNES (392)NIVALDO LEAL DE CARVALHO (50)NOHARA PASCHOAL (281)NORIVAL NUNES (171)ODETE VIEIRA FERNANDES DA SILVA (78)OSANO GONÇALVES RAMOS (364)OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) (197)OSVALDO MATEUS (332)OSWALDO PINHEIRO RIBEIRO JUNIOR (260)OTÁVIO ALVES FORTE (99)OTAVIO RODRIGUES DA SILVA (392)PATRÍCIA SILVA ESTEVES (178)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 118: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 118

PAULO CÉSAR COSTEIRA E OUTRO(A/S) (181)PAULO CÉSAR TONHA ALVES (275)PAULO CEZAR CAL GOMES (137)PAULO EMANUEL PERAZZO DIAS E OUTRO(A/S) (69)PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPES E OUTRO(A/S) (449)PAULO HENRIQUE MARQUES DE OLIVEIRA (193)PAULO LUIZ PEREIRA (383)PAULO MARCONDES BRINCAS(108) (133) (162)PAULO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)(111) (121) (123) (129) (140)PAULO ROGÉRIO SEHM (234)PEDRO ANTONIO FELISARDO DE SOUSA (381)PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)(59) (62)PEDRO SAAD ABUD E OUTRO(A/S) (193)PEDRO VASCONCELOS (364)PÉRICLES DE SOUZA LIMA (240)PERSONAL SERVICE TERCEIRIZAÇÃO LTDA (26)PGE-GO JOÃO FURTADO DE MENDONÇA NETO. (155)PGE-MT - WALDEMAR PINHEIRO DOS SANTOS (156)PIERPAOLO CRUZ BOTTINI E OUTRO(A/S) (98)PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS(322) (324) (325) (326) (327) (329) (331) (334) (335)PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE AVARÉ (25)PRESIDENTE DA REPÚBLICA(155) (323) (333) (335)PRESIDENTE DO CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGO DE AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

(257)

PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(334)

PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL(322) (323) (324) (325) (326) (327) (329) (331) (333) (334)PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(9) (10) (274) (278)PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

(25)

PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTAD DE RONDÔNIA

(371)

PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(166)

PRISCILA FELIPE DE SOUZA BATISTA E OUTRO(A/S) (31)PROCURADOR-GERAL D0 MUNICÍPIO DE PIRACICABA (398)PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(7) (34) (36) (48) (76) (86) (101) (106) (174) (187)(196) (198) (207) (208) (211) (215) (227) (234) (402) (437)(457) (460)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA(18) (20) (38) (89) (92) (93) (94) (95) (103) (165)(172) (203) (251) (252) (253) (254) (255) (256) (312) (313)(314) (315) (316) (317) (339)PROCURADOR-GERAL DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP (374)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS (311)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS (379)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS(209) (408)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO(3) (147)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA (23)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(431)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(83) (87) (166) (318)PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL (231)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL(103) (409) (433)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA(451) (452)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA(219) (368)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS (2)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS(99) (200) (456)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO (171)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL (171)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO(39) (66) (67) (68) (69) (146) (222) (422)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA(371) (377)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA(167) (380)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(223) (224) (232) (334) (363) (418)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

(73) (74) (148) (168) (176) (177) (189) (202) (378) (394)(424) (453)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE TOCANTINS (411)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS(105) (169) (390)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ(185) (194) (360)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(53) (54) (55) (454)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO (72)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ (389)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ(44) (201) (321) (328) (330) (333) (337) (455)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ (1)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(57) (60) (61) (382) (397) (429)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(6) (104) (237) (327) (401)PROCURADOR-GERAL DO MUNÍCIPIO DE ANÁPOLIS (442)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS (364)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARAÇATUBA (419)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARAGUAÍNA (41)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE(88) (184) (320) (438)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS (322)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE (49)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CATANDUVA (416)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GUARAPARI (63)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAPUÍ (365)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS (376)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MATÃO (28)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

(32)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS (430)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(27) (33) (40) (56) (149) (204) (323) (329) (332) (425)(443)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TUPÃ (415)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO (213)PROCURADOR-GERAL FEDERAL(1) (7) (22) (35) (51) (76) (79) (80) (81) (82)(85) (90) (96) (171) (173) (195) (208) (367) (393) (404)(405) (406) (423) (435) (439)PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL (459)PROCURADORIA-GERAL FEDERAL (186)R O A (17)RAFAEL ANTONIO BORDIN MAURER E OUTRO(A/S) (403)RAFAEL BARRETO GARCIA E OUTRO(A/S) (366)RAFAEL CARLOS DA SILVA (310)RAFAEL JOSÉ SANCHES (151)RAIMUNDA DE NAZARÉ GAMA GARCEZ (389)RAIMUNDO FELIX M CAVALCANTE (364)RAIMUNDO JOAQUIM DOS SANTOS (256)RAIMUNDO LEONARDO PINTO (364)RAMIRES NICASSIO (291)RAMON OSCAR LOPES (289)RAQUEL ELITA ALVES PRETO (189)RAQUEL JESUS PINTO FIDELES S. DA MATA (364)REGINA CELIA DA SILVA COSTA (364)REGINA FERREIRA MUNDIM SILVEIRA (364)REGINA MARIA DE FREITAS CASTRO E OUTRO(A/S) (405)REINALDO IAHN DE SOUZA (332)REINALDO JOSÉ CORNELLI (199)REINALDO MIRICO ARONIS (65)RELATOR DA AC Nº 3062 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (367)RELATOR DO AI Nº 1.428.365 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(307)

RELATOR DO AI Nº 20110020218194 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

(165)

RELATOR DO HABEAS CORPUS 159235 DO SUPERIOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(272)

RELATOR DO HABEAS CORPUS 233617 DO SUPERIOR TRIBUNAL JUSTIÇA

(285)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 108.084 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

(288)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 184.990 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(12)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 185.895 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(13)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 228.451 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(151)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 231.952 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(298)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 234.537 DO SUPERIOR (11)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 119: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 119

TRIBUNAL DE JUSTIÇARELATOR DO HAVEAS CORPUS Nº 112.091 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

(279)

RELATOR DO HC 184.557 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (269)RELATOR DO HC 209861 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (152)RELATOR DO HC 224190 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (153)RELATOR DO HC 227.043 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (150)RELATOR DO HC 227198 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (247)RELATOR DO HC Nº 166.580 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(245)

RELATOR DO HC Nº 176960 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(289)

RELATOR DO HC Nº 188848 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(242)

RELATOR DO HC Nº 210006 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(290)

RELATOR DO HC Nº 227.930 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(98)

RELATOR DO HC Nº 229.194 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(273)

RELATOR DO HC Nº 230.697 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(16)

RELATOR DO HC Nº 231.424 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(308)

RELATOR DO HC Nº 231.913 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(277)

RELATOR DO HC Nº 231.954 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(303)

RELATOR DO HC Nº 231423 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(310)

RELATOR DO HC Nº 232777 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(284)

RELATOR DO HC Nº 235.170 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(14)

RELATOR DO MS 20110444914 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(363)

RELATOR DO RESP Nº 1077899 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(154)

RELATORA DO HC 180366 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (265)RELATORA DO HC Nº 200.185 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(300)

RELATORA DO HC Nº 216392 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(210)

RELATORA DO HC Nº 231.951 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(302)

RELATORA DO HC Nº 234.224 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(283)

RENATA MOUTA PEREIRA PINHEIRO E OUTRO(A/S) (258)RENATA ROLIM PEREIRA (301)RENATA SERPA RODRIGUES NAZARIO E OUTRO(A/S) (252)RENATA SILVA CASSIANO E OUTRO(A/S) (328)RENATO CAMPOS ANDRADE E OUTRO(A/S) (238)RENATO DE MORAES (314)RENATO MARCONDES BRINCAS(114) (116) (126) (133) (159)RENATO MARCONDES BRINCAS E OUTRO(A/S)(110) (112) (119) (127) (143) (160)RENATO PEREIRA GOMES E OUTRO(A/S)(110) (120)RESTAURANTE PARAÍSO JANDIRA LTDA - ME (441)RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA E OUTRO(A/S) (232)RICARDO BONASSER DE SÁ (107)RICARDO CELSO BERRINGER FAVERY(83) (83)RICARDO LACAZ MARTINS E OUTRO(A/S) (394)RICARDO VIANNA HOFFMANN (431)RICARDO VILLAS BOAS PEREIRA (332)RITA APARECIDA MARTINS LEITE (426)RITA NUNES DE ALMEIDA (364)RIVALDO SIMÕES PIMENTA E OUTRO(A/S) (216)ROBERIO BRACALENZZI (272)ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S) (385)ROBERTO MÁRCIO CARRUSCA VIEIRA (88)ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S) (52)ROBERTO RIVERTON DE SOUZA VERAS (167)ROBERTO ZUMBLICK E OUTRO(A/S) (112)ROBSON JOSÉ DA SILVA (364)ROCHA SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA (377)RODRIGO BULHÕES PEDREIRA E OUTRO(A/S) (156)RODRIGO CORREA TERRA (13)RODRIGO DA SILVA CASTRO E OUTRO(A/S) (181)RODRIGO HENRIQUE ROCA PIRES (253)ROGÉRIO DANTAS MATTOS (193)ROGÉRIO RODRIGUES DA SILVA (265)

ROMMEU SILVA PATRIOTA (3)ROSALVA CHAGAS DOS SANTOS MORAIS (364)ROSÂNGELA ALVES AIRES E OUTRO(A/S) (456)ROSANGELA CURTINAZ BORTOLUZZI E OUTRO(A/S) (403)ROSÂNGELA RODRIGUES MAIA E OUTRO(A/S) (50)ROSELI CACHOEIRA SESTREM E OUTRO(A/S) (86)RUY ELOY GUIMARÃES (448)SALMA REGINA FLORENCIO DE MOURA (364)SAMUEL GAERTNER EBERHARDT (24)SANDRA RIBEIRO VENTORIM (53)SEBASTIÃO ALVES PEREIRA NETO E OUTRO(A/S) (5)SEBASTIÃO ELIZÁRIO (269)SEBASTIÃO ELIZIÁRIO (287)SEBASTIÃO FERNANDES DE OLIVEIRA (377)SEBASTIÃO HASENCLEVER BORGES NETO (458)SEBASTIÃO MARTINS DE SOUZA (364)SECRETÁRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DE GOIÁS (456)SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO (223)SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO(334) (363)SECRETÁRIO DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA DO CIDADÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(223)

SEGUNDA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DO ESTADO DO PARANÁ

(370)

SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA (265)SERGIO BERMUDES (379)SÉRGIO DE ARAÚJO LOPES (145)SERGIO DE BRITO YANAGUI(341) (342) (343) (344)SERGIO DE MELLO NUNES (243)SÉRGIO FARINA FILHO E OUTRO(A/S) (196)SÉRGIO GURGEL CARLOS DA SILVA (256)SÉRGIO LUIZ AKAOUI MARCONDES (395)SÉRGIO LUIZ DE CARVALHO PAIXÃO E OUTRO(A/S) (70)SÉRGIO LUIZ GUIMARÃES FARIAS E OUTRO(A/S) (400)SÉRGIO SOUZA DE RESENDE (417)SÉRGIO TOZETTO (378)SEVERINO MANOEL DE FRANÇA (3)SHLOMO AMIR (288)SÍLVIO GUILEN LOPES (290)SILVIO MESQUITA E OUTRO(A/S) (200)SILVIO PEDRO DE FREITAS (392)SIMIRA MARIA DE ARAUJO (364)SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DO DISTRITO FEDERAL - SINPOL/DF

(165)

SIRIO FUHR (392)SISSY BULOS LINS DOS SANTOS (253)SORAIA HERMES FASCIANI (320)SUELY ACRE CARVALHO FRANCA (364)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(8) (15) (17) (29) (144) (175) (239) (241) (243) (244)(263) (264) (266) (267) (268) (270) (271) (275) (276) (280)(281) (282) (286) (287) (291) (292) (293) (295) (296) (297)(299) (301) (304) (305) (306) (309)SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR (240)TALES LUIS TOMALUSKI E OUTRO(A/S) (89)TATIANA MARIA RAMOS VIRMOND (159)TATIANA SOARES DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S) (74)TATIANE GONÇALVES MIRANDA GOLDHAR E OUTRO(A/S) (447)TCHALLLES CORRÊA LINO (91)TELSON LUIS CAVALCANTE FERREIRA (368)TERESA CRISTINA DE MELO COSTA E OUTRO(A/S) (144)TEREZINHA GOMES DE MORAIS (364)THIAGO ANDERSON REIS FERREIRA (228)THIAGO NOGUEIRA SANDOVAL E OUTRO(A/S) (70)THIAGO PEREIRA MALAQUIAS (10)TIAGO SANGIOGO (366)TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)(315) (316)TRANSBRASIL S/A LINHAS AÉREAS (58)TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (257)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS (99)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS (170)TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE RORAIMA (167)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (168)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (169)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ(337) (373)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ (DECRETO JUDICIÁRIO Nº 27)

(336)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12A REGIAO (24)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO(28) (365)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 23ª REGIÃO (375)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 120: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 120

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO(26) (27) (374)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (372)TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO (267)TULIO FREITAS DO EGITO COELHO (234)TURIBIO DA COSTA LOPES (392)VALCY NAZARENO RORIZ (255)VALDINEI FRANCISCO (150)VALDIR JOSÉ LÚCIO (304)VALÉRIA MACEDO REBLIN E OUTRO(A/S) (164)VALÉRIO ALVARENGA DE CASTRO MONTEIRO (42)VALMIR FLORIANO VIEIRA DE ANDRADE (386)VANDA MARIA MOTA SOMMA (73)VANDER DE SOUZA SANCHES (249)VANDERLEI AMADEU GALENI (172)VANESSA DO AMARAL SERPA (253)VASCO F. FURLAN (123)VERA CALDAS(325) (326) (335)VERA LÚCIA DE SÁ (284)VERA LUCIA MARQUES CALDAS (331)VERISSIMO MARIA DA CONCEIÇÃO (364)VERÔNICA FELIX CORDEIRO E OUTRO(A/S) (454)VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR (233)VILSON COVATTI (313)VINÍCIUS DE OLIVEIRA BERNI (392)VIVIAN PIOVEZAN SCHOLZ TOHMÉ E OUTRO(A/S) (201)VONNAIRE SANTOS FONSECA E OUTRO(A/S) (452)WAGNER CRESPO NOGUEIRA (209)WAGNER DE SOUZA (305)WAGNER PAULO DA COSTA FRANCISCO (278)WALACE DE SOUZA MODESTO (299)WALDEMAR MARTINS (364)WALDEMIRO GONÇALVES (364)WALDIR DE OLIVEIRA MOREIRA E OUTRO(A/S) (237)WALDIR LUIZ BRAGA E OUTRO(A/S) (174)WALMIR LOPES GOMES (14)WANDERLEY PARANHA DA SILVA (295)WANDERSON RUELLA COSTA (271)WANESSA LUIZA DE SOUZA SEABRA E OUTRO(A/S) (384)WARNER BROS ENTERTAINMENT INC (229)WEBSTER ANDRADE (175)WELLINGTON MARQUES LIMA FILHO E OUTRO(A/S) (85)WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA (226)WILMA DE ARAUJO (364)WILMAR RODRIGUES (364)WILSON ANTUNES MALTA (332)XERXES FLAMARION SABINO (47)ZACARIAS FERNANDES MOÇA NETO (10)ZULMAR FERREIRA MELAZZO (442)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO

AÇÃO CAUTELAR 2.824 (248)AÇÃO CAUTELAR 2.915 (249)AÇÃO CAUTELAR 3.102 (1)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.965 (250)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.726 (2)AÇÃO PENAL 460 (251)AÇÃO PENAL 639 (252)AÇÃO PENAL 646 (255)AÇÃO PENAL 640 (253)AÇÃO PENAL 641 (254)AÇÃO PENAL 664 (256)AÇÃO PENAL 674 (3)AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 26.849 (257)AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.551 (171)AG.REG. NA SUSPENSÃO DE LIMINAR 97 (146)AG.REG. NA SUSPENSÃO DE LIMINAR 565 (147)AG.REG. NA SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.586 (148)AG.REG. NO AG.REG. NA PETIÇÃO 2.225 (145)AG.REG. NO AG.REG. NO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 2.595 (144)AG.REG. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 602.475

(176)

AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 489.283 (177)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 508.630 (173)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 593.514 (178)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 618.732 (179)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 644.884 (180)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 660.602 (174)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.056 (380)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.923 (181)

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.150 (381)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.622 (182)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.847 (183)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.018 (184)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 731.409 (185)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.680 (186)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.148 (187)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.189 (188)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.655 (189)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.301 (190)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.905 (457)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.268 (191)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.987 (192)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 775.125 (193)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 780.950 (194)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 785.112 (195)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 798.460 (196)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.127 (197)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.883 (198)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 812.808 (199)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 821.108 (200)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 823.618 (201)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.772 (202)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.396 (204)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.986 (205)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 840.361 (206)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 843.665 (207)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.326 (208)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.295 (382)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.899 (209)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 110.154 (210) AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 435.278 (211)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.621 (212)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.885 (384) AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 524.821 (385)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 548.959 (213)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.918 (458)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.961 (214)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.190 (215)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.350 (216)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 663.023 (386)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.029 (217)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.223 (218)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.605 (219)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 659.731 (220)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 660.434 (221)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 664.956 (222)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 665.154 (223)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 665.412 (224)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 670.505 (225)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 670.934 (226)AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 731.626

(383)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 595.530(387) (388)AGRAVO DE INSTRUMENTO 606.855 (389)AGRAVO DE INSTRUMENTO 702.118 (390)AGRAVO DE INSTRUMENTO 706.026 (391)AGRAVO DE INSTRUMENTO 714.138 (392)AGRAVO DE INSTRUMENTO 720.638 (459)AGRAVO DE INSTRUMENTO 724.693 (4)AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.910 (393)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.020 (460)AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.125 (394)AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.448 (395)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.896 (396)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.295 (397)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.950 (398)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.858 (399)AGRAVO DE INSTRUMENTO 790.032 (400)AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.886 (401)AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.130 (402)AGRAVO DE INSTRUMENTO 823.380 (403)AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.665 (404)AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.736 (96)AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.402 (405)AGRAVO DE INSTRUMENTO 840.215 (406)AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.636 (97)AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.805 (407)AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.475 (408)AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.485 (409)AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.739 (5)AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.814 (6)AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.825 (7)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 121: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 121

ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 229

(258)

DÉCIMA TERCEIRA EXTENSÃO NA SUSPENSÃO DE LIMINAR 539 (149)EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.125 (261)EMB.DECL. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.291

(259)

EMB.DECL. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.429

(260)

EMB.DECL. NA MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.484

(262)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 802.372

(227)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.600 (228)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.149 (229)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.850 (230)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.273 (231)EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 289.466

(232)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 660.147

(233)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 265.963 (236)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.797

(237)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 649.566

(238)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.602

(234)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.874

(235)

HABEAS CORPUS 101.220 (263)HABEAS CORPUS 103.275 (264)HABEAS CORPUS 105.579 (265)HABEAS CORPUS 107.955 (239)HABEAS CORPUS 108.977 (240)HABEAS CORPUS 109.079 (175)HABEAS CORPUS 109.444 (267)HABEAS CORPUS 109.625 (241)HABEAS CORPUS 110.320 (242)HABEAS CORPUS 110.466 (243)HABEAS CORPUS 110.508 (268)HABEAS CORPUS 110.518 (244)HABEAS CORPUS 111.200 (245)HABEAS CORPUS 111.393 (269)HABEAS CORPUS 111.694 (246)HABEAS CORPUS 111.797 (150)HABEAS CORPUS 111.804 (98)HABEAS CORPUS 111.821 (271)HABEAS CORPUS 111.930 (151)HABEAS CORPUS 112.105 (152)HABEAS CORPUS 112.107 (153)HABEAS CORPUS 112.108 (154)HABEAS CORPUS 112.167 (273)HABEAS CORPUS 112.269 (274)HABEAS CORPUS 112.362 (275)HABEAS CORPUS 112.455 (278)HABEAS CORPUS 112.488 (280)HABEAS CORPUS 112.486 (279)HABEAS CORPUS 112.575 (284)HABEAS CORPUS 112.613 (289)HABEAS CORPUS 112.654 (296)HABEAS CORPUS 112.670 (298)HABEAS CORPUS 112.685 (302)HABEAS CORPUS 112.691 (305)HABEAS CORPUS 112.739 (8)HABEAS CORPUS 112.749 (14)HABEAS CORPUS 112.748 (13)HABEAS CORPUS 112.747 (12)HABEAS CORPUS 112.740 (9)HABEAS CORPUS 112.746 (11)HABEAS CORPUS 112.745 (10)HABEAS CORPUS 112.754 (17)HABEAS CORPUS 112.752 (15)HABEAS CORPUS 112.753 (16)INQUÉRITO 3.156 (312)INQUÉRITO 3.153 (311)INQUÉRITO 3.186 (313)INQUÉRITO 3.198 (314)INQUÉRITO 3.275(315) (316)INQUÉRITO 3.290 (317)INQUÉRITO 3.315 (318)INQUÉRITO 3.415 (18)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.355 (319)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.381 (320)

MANDADO DE INJUNÇÃO 3.580 (321)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.609 (322)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.622 (323)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.644 (324)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.657 (325)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.658 (326)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.667 (327)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.672 (328)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.697 (329)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.710 (330)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.730 (331)MANDADO DE INJUNÇÃO 3.778 (332)MANDADO DE INJUNÇÃO 4.545 (333)MANDADO DE INJUNÇÃO 4.578 (335)MANDADO DE INJUNÇÃO 4.584 (19)MANDADO DE SEGURANÇA 27.284 (336)MANDADO DE SEGURANÇA 27.352 (337)MANDADO DE SEGURANÇA 30.207 (339)MANDADO DE SEGURANÇA 31.131 (340)MANDADO DE SEGURANÇA 31.133 (342)MANDADO DE SEGURANÇA 31.132 (341)MANDADO DE SEGURANÇA 31.135 (344)MANDADO DE SEGURANÇA 31.134 (343)MANDADO DE SEGURANÇA 31.151 (345)MANDADO DE SEGURANÇA 31.159 (350)MANDADO DE SEGURANÇA 31.158 (349)MANDADO DE SEGURANÇA 31.155 (347)MANDADO DE SEGURANÇA 31.154 (346)MANDADO DE SEGURANÇA 31.157 (348)MANDADO DE SEGURANÇA 31.163 (353)MANDADO DE SEGURANÇA 31.162 (352)MANDADO DE SEGURANÇA 31.160 (351)MANDADO DE SEGURANÇA 31.166 (355)MANDADO DE SEGURANÇA 31.165 (354)MANDADO DE SEGURANÇA 31.174 (357)MANDADO DE SEGURANÇA 31.171 (356)MANDADO DE SEGURANÇA 31.202 (359)MANDADO DE SEGURANÇA 31.215 (20)MANDADO DE SEGURANÇA 31.218 (22)MANDADO DE SEGURANÇA 31.217 (21)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.568 (338)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.200 (358)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 11.629 (362)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 11.968 (363)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.165 (366)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.293 (368)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.340 (369)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.394 (372)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.416 (375)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.414 (374)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 13.430 (377)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 108.730 (266)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 111.495 (270)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.099 (272)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.438 (276)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.453 (277)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.509 (247)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.517 (281)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.535 (283)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.531 (282)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.584 (285)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.599 (286)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.607 (287)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.608 (288)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.623 (290)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.624 (291)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.637 (292)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.641 (293)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.652 (294)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.653 (295)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.661 (297)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.672 (299)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.674 (300)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.675 (301)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.686 (303)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.690 (304)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.693 (306)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.708 (307)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.719 (309)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 112.720 (310)MEDIDA CAUTELAR NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.563 (334)PETIÇÃO 4.943 (23)QUESTÃO DE ORDEM NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 639.846

(172)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 122: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 122

RECLAMAÇÃO 271 (155)RECLAMAÇÃO 3.028 (156)RECLAMAÇÃO 4.696 (360)RECLAMAÇÃO 7.242 (361)RECLAMAÇÃO 12.850 (364)RECLAMAÇÃO 12.936 (365)RECLAMAÇÃO 13.225 (367)RECLAMAÇÃO 13.356 (99)RECLAMAÇÃO 13.374 (370)RECLAMAÇÃO 13.393 (371)RECLAMAÇÃO 13.405 (373)RECLAMAÇÃO 13.422 (376)RECLAMAÇÃO 13.436 (378)RECLAMAÇÃO 13.444 (24)RECLAMAÇÃO 13.445 (25)RECLAMAÇÃO 13.449 (29)RECLAMAÇÃO 13.448 (28)RECLAMAÇÃO 13.447 (27)RECLAMAÇÃO 13.446 (26)RECLAMAÇÃO 13.450 (30)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 513.098 (100)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 544.818 (410)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.875 (411)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.905 (412)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.232 (413)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.094 (414)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 609.816 (31)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.658 (101)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.431 (415)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.998 (416)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.001 (32)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.669 (417)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.889 (418)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.471 (419)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.718 (420)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 648.239 (421)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 652.448 (33)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 662.644 (102)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 664.124 (103)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 664.812 (104)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 668.208 (105)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 668.658 (422)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 672.128 (106)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 673.711 (423)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 676.600 (34)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 676.772 (35)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 676.928 (36)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 676.948 (37)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677.026 (38)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 640.218 (424)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.614 (425)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 648.367 (426)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 650.498 (427)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.403 (107)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 657.411 (428)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 658.429 (429)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 661.067 (430)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.770 (108)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 663.401 (431)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 665.046 (432)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 666.787 (433)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 667.419 (434)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.507 (435)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 669.063 (436)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 669.132 (109)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 670.628 (437)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 670.808 (438)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.578 (439)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.656 (440)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.678 (441)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.893 (442)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.942 (443)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.958 (110)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.995 (111)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.000 (112)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.005 (113)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.010 (114)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.032 (115)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.035 (116)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.506 (117)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.528 (118)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.536 (119)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.538 (120)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.540 (121)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.542 (122)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.552 (123)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.576 (125)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.575 (124)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 673.727 (444)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.336 (126)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.342 (128)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.340 (127)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.344 (157)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.356 (130)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.354 (158)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.352 (129)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.360 (131)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.362 (132)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.365 (133)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.372 (134)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.374 (159)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.378 (135)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.385 (136)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.384 (160)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.388 (161)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.394 (162)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.395 (137)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.398 (163)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.647 (445)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.791 (39)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.896 (138)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.906 (141)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.905 (140)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.908 (164)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.900 (139)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.910 (142)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.912 (143)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.964 (446)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.978 (448)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.975 (447)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.008 (40)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.125 (449)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.308 (41)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.367 (42)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.424 (450)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.557 (451)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.631 (452)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.654 (453)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.769 (454)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.786 (44)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.784 (43)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.861 (45)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.932 (455)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 675.951 (46)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.019 (47)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.135 (48)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.141 (456)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.229 (49)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.244 (50)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.306 (51)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.372 (52)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.399 (54)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.397 (53)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.400 (55)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.483 (56)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.506 (57)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.583 (58)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.598 (61)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.593 (60)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.591 (59)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.602 (62)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.622 (63)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.649 (65)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.640 (64)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.664 (68)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.665 (69)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.661 (66)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.662 (67)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.729 (70)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.769 (71)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.770 (72)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.796 (74)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.795 (73)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.841 (76)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.840 (75)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.855 (77)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.864 (78)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.871 (80)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724

Page 123: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · autor(a/s)(es) :estado do piauÍ proc.(a/s)(es) :procurador-geral do estado do piauÍ ... adv.(a/s) :sebastiÃo alves pereira

STF - DJe nº 57/2012 Divulgação: segunda-feira, 19 de março Publicação: terça-feira, 20 de março 123

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.872 (81)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.870 (79)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.875 (82)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.919 (83)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.942 (84)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.944 (85)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.977 (86)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.012 (87)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.023 (88)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.036 (89)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.037 (90)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.042 (92)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.040 (91)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.205 (93)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.676 (94)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.734 (95)SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 641.435 (379)SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.907 (203)SUSPENSÃO DE LIMINAR 564 (165)SUSPENSÃO DE LIMINAR 581 (166)SUSPENSÃO DE LIMINAR 596 (167)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.384 (168)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.576 (169)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 4.592 (170)TUTELA ANTECIPADA NO HABEAS CORPUS 112.713 (308)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 1831724