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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL AA ANO LXII - 204 - SÁBADO, 10 DE NOVEMBRO DE 2007 - BRASÍLIA-DF

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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

AA

ANO LXII - Nº 204 - SÁBADO, 10 DE NOVEMBRO DE 2007 - BRASÍLIA-DF

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MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2007/2008)

PRESIDENTE ARLINDO CHINAGLIA – PT - SP

1º VICE-PRESIDENTE NARCIO RODRIGUES – PSDB-MG

2º VICE-PRESIDENTE INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR - PE

1º SECRETÁRIO OSMAR SERRAGLIO – PMDB - PR

2º SECRETÁRIO CIRO NOGUEIRA – PP - PI

3º SECRETÁRIO WALDEMIR MOKA – PMDB - MS

4º SECRETÁRIO JOSE CARLOS MACHADO – DEM - SE

1º SUPLENTE MANATO – PDT - ES

2º SUPLENTE ARNON BEZERRA – PTB - CE

3º SUPLENTE ALEXANDRE SILVEIRA – PPS - MG

4º SUPLENTE DELEY – PSC - RJ

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

SEÇÃO I

SUMÁRIO

1 – ATA DA 314ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATU-RA, EM 09 DE NOVEMBRO DE 2007

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expediente

MENSAGEM

Nº 791/2007 – do Poder Executivo – Solicita seja considerada sem efeito, e portanto, cancelada, a urgência pedida com apoio no § 1º do art. 64 da Constituição para o Projeto de Lei nº 1935 de 2007, que “Institui o Programa Bolsa-Formação, detina-do à qualificação profissional dos integrantes das carreiras já existentes das polícias militar e civil, do corpode bombeiro, dos agentes penitenciários, dos agentes carcerários e dos peritos”, enviados à Câmara dos deputados com a Mensagem nº 615, de 2007. ................................................................. 60467

OFÍCIOS

Nº 471/07 – Do Senhor Deputado Mário Ne-gromonte, Líder do PP, solicitando tornar sem efei-to a indicação do Deputado Roberto Balestra para integrar a Comissão de Meio Ambiente e Desen-volvimento Sustentável e indicando a Deputada Rebecca Garcia para a referida vaga. ................... 60467

N° 479/07 – Do Senhor Deputado Leonardo Picciani, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando a apreciação do PL nº 5.939-C/05. ............................................. 60467

Nº 318/07 – Do Senhor Deputado Wellington Fagundes, Presidente da Comissão de Desenvol-vimento Econômico, Indústria e Comércio, comu-nicando a apreciação do PL nº 658/07. ................. 60468

Nº 631/07 – Do Senhor Deputado Gastão Viei-ra, Presidente da Comissão de Educação e Cultura, comunicando a apreciação do PL nº 7.402/06. ..... 60468

Nº 257/07 – Do Senhor Deputado Nelson Mar-quezelli, Presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, comunicando que o PL nº 24-A/07 passou a ser da competência do Plenário por ter recebido pareceres divergentes. .... 60468

Nº 274/07 – Do Senhor Deputado Sabino Castelo Branco, Vice- Presidente, no exercício da

Presidência da Comissão de Trabalho, de Adminis-tração e Serviço Público, comunicando a apreciação do PL nº 6.742/06. ................................................. 60468

Nº 212/07 – Do Senhor Deputado Ricardo Izar, Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamen-tar, solicitando a colaboração do Departamento de Polícia Federal com vistas à reinquirição do Senhor Odair Silva, a fim de instruir os autos do processo nº 05/07, originário da Representação nº 12/07, relativa ao Senhor Deputado Mário de Oliveira.................... 60468

Nº 214/07 – Do Senhor Deputado Ricardo Izar, Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, solicitando a perícia do Departamento de Polícia Federal em arquivos de mídia DVD re-lacionados ao Inquérito nº 093/07, a fim de instruir os autos do processo nº 05/07 originário da Repre-sentação nº 12/07, relativa ao Sr. Deputado Mário de Oliveira. ............................................................. 60469

RELATÓRIOS DE VIAGEM

OF. S/Nº/07 – Do Senhor Rubens Foizer Filho, Chefe de Gabinete da Presidência da Câmara dos Deputados, de 09.11.07, encaminhando relatórios de viagem dos Deputados Dr. Rosinha, Luiz Couto, Janete Rocha Pietá, Cláudio Diaz, Eduardo Amorim, Cleber Verde, Darcísio Perondi, Afonso Hamm, Dr. Rosinha, Dr. Ubiali, Dr. Rosinha, Fábio Ramalho, Rocha Loures, Marco Maia, Miguel Martini, Rocha Loures e Dr. Rosinha. ............................................ 60469

PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 174/2007 – Do Sr. José Fernando Apare-cido de Oliveira – Revoga os §§ 2º, 3º, 4º e 5º do art. 53 da Constituição Federal, extinguindo a imu-nidade parlamentar formal. .................................... 60497

Nº 182/2007 – Do Senado Federal – Altera os arts. 17, 46 e 55 da Constituição Federal, para assegurar aos partidos políticos a titularidade dos mandatos parlamentares e estabelecer a perda dos mandatos dos membros do Poder Legislativo e do Poder Executivo que se desfiliarem dos partidos pelos quais forem eleitos. ...................................... 60500

PROJETOS DE LEI

Nº 1.828/2007 – Do Senado Federal – Altera a Lei nº 10.779, de 25 de novembro de 2003, e a Lei nº 7.679, de 23 de novembro de 1988, para dispor

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60464 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

sobre o início do pagamento do seguro-desemprego ao pescador artesanal, e dá outras providências. ..... 60500

Nº 2.254/2007 – Do Sr. Arnaldo Faria de Sá – Dispõe sobre a Regulamentação de Diversões e Jogos Eletrônicos. ................................................. 60501

Nº 2.302/2007 – Do Sr. Zequinha Marinho – Dispõe sobre a demarcação das terras indígenas e altera o art. 19 da Lei nº 6.001, de 1973. ........... 60505

Nº 2.311/2007 – Do Sr. Edio Lopes – Regu-lamenta a demarcação das terras indígenas, nos termos estabelecidos pelo art. 231, da Constituição Federal, e altera a Lei nº 6.001, de1973. ............... 60506

PROJETOS DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 393/2007 – Do Sr. Zequinha Marinho – Sus-ta os efeitos do Decreto do Presidente da República, de 19 de abril de 2007, sem número, que homolo-ga a demarcação administrativa da Terra Indígena Apyterewa, localizada no Município de São Félix do Xingu, no Estado do Pará. .................................... 60507

Nº 394/2007 – Da Comissão de Ciência e Tecno-logia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária e Cultural Quixa-bense a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Quixabá, Estado de Pernambuco. ....... 60511

Nº 395/2007 – Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Energia FM de São José dos Campos Ltda., originariamente deferida ao Sistema Paulistânia de Comunicações e Radiodifusão Ltda., para explorar serviço de radiodi-fusão sonora em freqüência modulada, no município de São José dos Campos, Estado de São Paulo. ... 60512

Nº 396/2007 – Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que autoriza a Sociedade Amigos do Rio Acima do Município de Vargem – S.A.R.A a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Vargem, Estado de São Paulo. ......................... 60513

REQUERIMENTOS

Nº 1.980/07 – Do Senhor Deputado Nelson Meurer, Presidente da Comissão Especial destina-da a proferir parecer ao PLP nº 1/07, solicitando a prorrogação do prazo da referida Comissão. ........ 60515

Nº 1.950/07 – Do Senhor Deputado Bruno Araújo, solicitando a retirada de tramitação do PL nº 1.853/07. ........................................................... 60515

Nº 1.957/07 – Do Senhor Deputado Barbosa Neto, solicitando a retirada de tramitação do PL nº 1.415/07. ................................................................ 60518

SESSÃO ORDINÁRIA DE 09-11-07IV – Pequeno ExpedienteJANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB – AP) – Ma-

téria a respeito da divulgação pela Internet dos valores pagos aos Senadores a título de verba indenizatória,

de autoria de Rosa Costa, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Importância da transparência nas contas públicas para o combate à corrupção. Defesa de aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 217, de 2004, a respeito do assunto. Vulnerabilida-de do sistema eletrônico de votação. Tramitação na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática do Projeto de Lei nº 970, de 2007, sobre a obrigatoriedade da impressão do voto. ................. 60518

JAIR BOLSONARO (PP – RJ) – Necessidade de reajuste nos soldos dos integrantes das Forças Armadas brasileiras. .............................................. 60520

NILSON MOURÃO (PT – AC) – Realização do VI Encontro Nacional do Movimento Fé e Política sob o tema Pelos Caminhos da América Latina – A Construção de uma Nova Terra, em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. ............. 60521

MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE) – Expectativa quanto à nomeação de Francilene Brito Bessa para a Defensoria Pública-Geral do Estado do Ceará. ................................................... 60521

INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE) – Exposição do Consultor Legislativo Fábio Luís Mendes ao Conse-lho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Casa a respeito da prática de crimes digitais no Brasil. Ava-liação da matéria pelo Conselho, com vistas à inclusão do delito nas legislações penal e civil. Estabelecimento de acordo com o Senado Federal para a votação do substitutivo apresentado pelo Senado Eduardo Azere-do ao Projeto de Lei nº 84, de 1999, acerca dos crimes praticados na área de informática. Realização, pela Casa, de sessão solene ao ensejo do transcurso do 19º aniversário de promulgação da Constituição Federal. Pedido de exaltação à figura do Deputado Ulysses Guimarães durante a sessão solene. Necessidade de regulamentação de dispositivos da Carta Magna. ....... 60522

ROBERTO BRITTO (PP – BA) – Regozijo com a aprovação, pela Casa, do Projeto de Lei Complementar nº 1, de 2003, sobre a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, acerca da destinação de recursos à saúde. Urgência de reajuste da tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde – SUS. Defasagem salarial dos profissionais do setor. ......... 60524

V – Grande ExpedienteMAURO BENEVIDES (Bloco/ – CE. Pela or-

dem.) – Realização, pela Casa, de sessão solene ao ensejo do transcurso do 19º aniversário de pro-mulgação da Constituição Federal. ....................... 60524

BETINHO ROSADO (DEM – RN) – Transcurso do 137º aniversário de emancipação político-admi-nistrativa do Município de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte. Protesto contra a recusa pela PE-TROBRAS do pagamento de royalties de petróleo ao Município e ao Estado do Rio Grande do Norte. 60525

RODOVALHO (DEM – DF. Como Líder.) – Anúncio da apresentação do Projeto de Lei nº 1.703, de 2007, sobre a concessão de incentivo fiscal a em-presas pela contratação de mão-de-obra carcerária.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60465

Propósito de apresentação de projeto de lei a respeito da instalação de lavanderias em presídios. ............. 60528

ROBERTO BRITTO (PP – BA) – Regulamen-tação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, so-bre a destinação de recursos à saúde. Responsabi-lidade do Governo Federal e da população brasileira no efetivo combate aos mosquitos transmissores da dengue. Lançamento pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, de campanha preventiva contra a doença. Redução dos casos de dengue no Estado da Bahia a partir do envolvimento da comunidade com as ações efetuadas pela Secretaria da Saúde. Anúncio de realização de audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família destinada à discussão sobre o aumento dos casos de dengue no País. ..... 60529

ALCENI GUERRA (DEM – PR. Pela ordem.) – Razões do baixo número de transplantes reali-zados no Brasil. Defesa da cobertura de cirurgias de transplantes de órgãos pelos planos de saúde. Insuficiência dos recursos orçamentários destina-dos ao Ministério da Saúde. ................................. 60532

NILSON MOURÃO (PT – AC) – Crescimento econômico, elevação do nível de emprego e melhor distribuição de renda no País no Governo Lula da Silva. Auto-suficiência do Brasil em produção de petróleo. Descoberta, pela PETROBRAS, de megacampo de petróleo na Bacia de Santos, Estado de São Paulo. Declarações da Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sobre a importância estratégica para o País das grandes reservas de petróleo e gás. Potencial pe-trolífero brasileiro na área pré-sal. Visita do orador à Plataforma 33, da PETROBRAS, na Bacia de Cam-pos, Estado do Rio de Janeiro. Excelência da tecno-logia de prospecção de petróleo e gás desenvolvida pela empresa brasileira. Perspectiva de existência de jazidas de petróleo no Estado do Acre. ..................... 60533

SANDRA ROSADO (Bloco/PSB – RN. Pela or-dem.) – Transcurso do 137º aniversário da emancipa-ção político-administrativa do Município de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte. Atividades econômi-cas desenvolvidas na municipalidade. Pioneirismo de Mossoró na realização de campanhas pela abolição da escravatura. Anúncio de realização, pela Casa, de sessão solene ao ensejo do transcurso do 80º aniversário do primeiro voto feminino no País. ........ 60536

PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Cumprimentos à Deputada Sandra Rosado pelo discurso proferido. .. 60536

ULDURICO PINTO (Bloco/PMN – BA – Como Líder) – Apoio a uma eventual candidatura do Go-vernador do Estado do Estado da Bahia Jaques Wagner para a Presidência da República. Baixos investimentos realizados pelos bancos oficiais na Região Nordeste. Proposta de aplicação de maiores recursos pelo BNDES na Região. Estudo da Orga-nização Internacional do Trabalho – OIT acerca da situação da juventude na América Latina e no Caribe. Realização pela Casa de sessão solene ao ensejo do transcurso do 19º aniversário de promulgação da

Constituição Federal. Necessidade de regulamenta-ção de dispositivos da Carga Magna. ...................... 60537

DÉCIO LIMA (PT – SC.Pela ordem.) – Elogio ao Presidente em exercício dos trabalhos, Deputado Uldurico Pinto. Nomeação do Desembargador Jorge Mussi, do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, para o cargo de Ministro do Superior Tri-bunal de Justiça. ................................................... 60538

PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Leitura de Atos da Presidência sobre a criação de Comissões Especiais destinadas ao exame dos Projetos de Lei de nºs 215, de 2007, sobre a instituição do Código Federal de Bem-Estar Animal; 1.627, de 2007, a respeito da disposição dos sistemas de atendimen-to socioeducativo de menores infratores; 2.377, de 2003, acerca da disposição de linhas de crédito fe-derais direcionadas às atividades turísticas; 2.633, de 2003, relativo à alteração de dispositivos da Lei nº 9.472, de 1997, sobre a organização dos serviços de telecomunicações, a criação e funcionamento de órgão regulador e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995. .. 60539

DR. TALMIR (PV – SP) – Saudação ao Presi-dente em exercício dos trabalhos, Deputado Alceni Guerra. Visita de Deputados a famílias em lixão nas proximidades do Congresso Nacional, em Brasília, Distrito Federal. Possibilidade de enriquecimento do País com a descoberta de reservas de petróleo. Defesa da preservação de organizações não-go-vernamentais idôneas, ao ensejo da realização da CPI das ONGs. Morosidade na apreciação do Es-tatuto da Pessoa com Deficiência e de convenção da Organização das Nações Unidas sobre direitos das pessoas com deficiência. Inclusão de aidéti-cos entre os portadores de deficiência. Debate na Comissão de Seguridade Social e Família sobre a garantia de vagas para pessoas com deficiência em empresas. Relevância de emendas individuais para ONGs com vistas à capacitação de pessoas com deficiência. Defesa do aumento do repasse de recursos públicos para o setor de saúde. Redução da taxa de natalidade da população brasileira. Re-alização de evento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB preparatório da Campanha da Fraternidade 2008. Apresentação de projeto de lei sobre a instituição do Dia do Nascituro. Incons-titucionalidade do uso da pílula do dia seguinte. Comentários sobre declaração do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, acerca da legalização do aborto como meio de redução da criminalidade. Equívoco da defesa do aborto como método de erradicação da pobreza. Defesa da ins-talação de aterros sanitários e da regulamentação da atividade dos catadores de lixo. Mensagem do Cardeal François-Xavier Nguyen Van Thuán sobre as bem-aventuranças do político. Precedência da fidelidade aos princípios religiosos, morais e éti-cos sobre a fidelidade ao partido político. Defesa da adoção de medidas voltadas para a melhoria

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60466 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

das condições de trabalho dos funcionários e o aperfeiçoamento da acessibilidade de portadores de deficiência nas dependências da Câmara dos Deputados. Necessidade de políticas públicas efi-cazes no Brasil para diminuição do consumo de fumo e de álcool e redução do número de acidentes automobilísticos. .................................................... 60540

ULDURICO PINTO (Bloco/PMN – BA. Pela or-dem.) – Associação ao pronunciamento do Deputado Dr. Talmir com respeito à melhoria das condições de trabalho dos funcionários da Casa e à construção de rampa para portadores de necessidades especiais em circulação pelas dependências da Câmara dos Deputados. Transcurso do Dia Mundial do Diabetes. 60547

PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Leitura de Atos da Presidência sobre a criação de Comissões Especiais destinadas ao exame dos Projetos de Lei de nºs 4.305, de 2004, sobre a profissão de Agen-te de Segurança Privada; 4.846, de 1994, relativo às restrições ao consumo de bebidas alcoólicas; e 5.186, de 2005, acerca da alteração da Lei nº 9.615, de 1998, relativa à instituição de normas gerais do desporto. ................................................................ 60547

Apresentação de proposições: ULDURICO PINTO E COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUS-TIÇA E DE CIDADANIA. ........................................ 60547

VI – Comunicações ParlamentaresFRANK AGUIAR (PTB – SP) – Transcurso do

Dia da Cultura. Participação no encontro de diver-sidade cultural Teia 2007, em Belo Horizonte, Es-tado de Minas Gerais. Lançamento da Frente Par-lamentar Mista em Defesa da Cultura. Empenho do Governo Federal na implementação de programas destinados ao setor. Relevância do Plano Nacional de Cultura. ............................................................. 60548

PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Leitura de Atos da Presidência sobre a criação da Comissões Especiais destinadas ao exame do Projeto de Lei de nºs 6.264, de 2005, do Senado Federal, referen-te à instituição do Estatuto da Igualdade Racial, e 6.461, de 2005, acerca de criação da Sociedade Empresária Desportiva, com regime tributário es-pecífico................................................................... 60548

MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE) – Transcurso do 174º aniversário de emancipação político-administrativa do Município de Jaguaribe, Estado do Ceará. ................................................... 60549

VII – EncerramentoDISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPU-

TADO JOSEPH BANDEIRA (PT-BA) NO PERÍODO

DESTINADO AO GRANDE EXPEDIENTE DA SES-SÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 309, REALIZADA EM 5 DE NOVEMBRO DE 2007 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: Homenagem à memória do poeta Rui Barbosa, ao ensejo do 158º aniversário do seu nascimento. .... 60568

2 – ATA DA 315ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, SOLENE, VESPERTINA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LE-GISLATURA, EM 09 DE NOVEMBRO DE 2007.

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expedienteSESSÃO SOLENE DE 9-11-07IV – HomenagemTranscurso do 19º aniversário de promulga-

ção da Constituição Federal. ................................. 60575PRESIDENTE (Arnon Bezerra) – Composi-

ção da Mesa Diretora dos trabalhos. Transcurso do 19º aniversário de promulgação da Constituição Federal. .................................................................. 60575

Orador: MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE). ..................................................................... 60576

PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Início das comemorações dos 20 anos de promulgação da Constituição Federal. ........................................ 60578

Oradores: ZEQUINHA MARINHO (Bloco/PMDB – PA), DÉCIO LIMA (PT – SC), ALCENI GUERRA (DEM – PR), JOFRAN FREJAT (PR – DF), OSÓRIO ADRIANO (DEM – DF. Pela ordem.), FRANK AGUIAR (PTB – SP), DR. TALMIR (PV – SP), ULDURICO PINTO (Bloco/PMN – BA), RO-DOVALHO (DEM – DF. Pela ordem.). .................... 60579

PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Agradeci-mento aos Parlamentares e convidados presentes. 60590

V – Encerramento 3 – PARECERES – Projetos de Lei nºs 5.939-

D/05, 6.742-A/06, 7.402-A/06 e 658-A/07. ............ 60591

SEÇÃO II

4 – MESA5 – LÍDERES E VICE-LÍDERES6 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO7 – COMISSÕES

SUPLEMENTO

Atos do Presidente sairão publicados em Su-plemento a este Diário.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60467

Ata da 314ª Sessão, em 9 de novembro de 2007Presidência dos Srs. Inocêncio Oliveira, 2º Vice-Presidente

Nilson Mourão, Rodovalho, Uldurico Pinto, Alceni Guerra, § 2º, do art. 18 do Regimento Interno.

I – ABERTURA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – De-

claro aberta a sessão.Sob a proteção de Deus e em nome do povo

brasileiro iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da

sessão anterior.

II – LEITURA DA ATAO SR. JAIR BOLSONARO, servindo como 2°

Secretário, procede à leitura da ata da sessão antece-dente, a qual é, sem observações, aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Pas-sa-se à leitura do expediente.

O SR. JAIR BOLSONARO, servindo como 1° Secretário, procede à leitura do seguinte

III – EXPEDIENTE

MENSAGEM N° 791, DE 2007 (Do Poder Executivo)

Aviso Nº 1.052/2007 – C. Civil

Solícita seja considerada sem efeito, e portanto, cancelada, a urgência pedida com apoio no § 1° do art. 64 da Constitui-ção para o Projeto de Lei nº 1.935 de 2007, que “Institui o Programa Bolsa-Formação, destinado à qualificação profissional dos integrantes das carreiras já existentes das polícias militar e civil, do corpo de bombei-ro, dos agentes penitenciários, dos agen-tes carcerários e dos peritos”, enviados à Câmara dos deputados com a Mensagem nº 615, de 2007.

Despacho: Publique-se. Esclareço, por oportuno, que o PL nº 1.935/2007 passa a tramitar sob o regime de prioridade (art. 151, 11, “a”, RICD) e continuará sujeito a aprecia-ção do plenário.

Senhores Membros do Congresso Nacional, dirijo-me a Vossas Excelências a fim de solicitar seja consi-derada sem efeito, e, portanto, cancelada, a urgência pedida com apoio no § 1º do art. 64 da Constituição para o Projeto de Lei nº 1.935, de 2007, que “Institui o

Programa Bolsa-Formação, destinado à qualificação profissional dos integrantes das carreiras já existentes das polícias militar e civil, do corpo de bombeiro, dos agentes penitenciários, dos agentes carcerários e dos peritos”, enviado à Câmara dos Deputados com a Men-sagem nº 615, de 2007.

Brasília, 22 de outubro de 2007.

Of. Nº 471

Brasília, 7 de novembro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Solicito tornar sem efeito a indicação do Deputado

Roberto Balestra PP/GO como Suplente na Comis-são de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CMADS, e indicar para a referida vaga a Deputada Rebecca Garcia – PP/AM.

Atenciosamente, Deputado Mário Negromonte, Líder do PP Presidência/SGM.

Defiro. Publique-se.Em 9-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF. N° 479-PP/2007 – CCJC

Brasília, 31 de outubro de 2007.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimen-

to ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei n° 5.939-C/2005.

Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido.

Cordialmente, – Deputado Leonardo Picciani, Presidente.

Publique-se.Em 9-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

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60468 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Ofício-Pres n° 318/07

Brasília, 24 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Em cumprimento ao disposto no art. 58 do Regi-

mento Interno, comunico a Vossa Excelência a apre-ciação do Projeto de Lei n° 658/07, por este Órgão Técnico.

Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e do parecer a ele oferecido.

Respeitosamente, – Deputado Wellington Fagun-des, Presidente.

Publique-se.Em 9-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Of.Pres – N° 631/07-CEC

Brasília, 24 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorArlindo Chinaglia Presidente da Câmara dos Deputados Edifício PrincipalAssunto: Comunica apreciação de Proposição.

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, para as provi-

dências regimentais cabíveis, que o Projeto de Lei n° 7.402, de 2006, foi apreciado, nesta data, por este Órgão Técnico.

Atenciosamente, – Deputado Gastão Vieira, Pre-sidente

Publique-se.Em 9-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Of. Pres. N° 257/07/CTASP

Brasília, 24 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAssunto: proposição com pareceres divergentes

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Projeto de

Lei nº 24-A, de 2007, doSr. Dr. Rosinha, que “Dispõe sobre a responsa-

bilidade das empresas pela lavagem dos uniformes usados por seu empregados”, despachado às Comis-sões para apreciação conclusiva, nos termos do art. 24, II, do Regimento Interno da Casa, decaiu dessa condição, por ter recebido pareceres divergentes nas

Comissões de Seguridade Social e Família e de Tra-balho, de Administração e Serviço Público, que lhe apreciaram o mérito, passando doravante a tramitar sujeito à apreciação do Plenário, com base na alínea g, inciso II do referido art. 24.

Atenciosamente, – Deputado Nelson Marque-zelli, Presidente.

Defiro. Publique-se.Em 9-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Of. Pres. N° 274-A/07/CTASP

Brasília, 31 de outubro de 2007

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAssunto: Publicação de proposição apreciada.

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento

ao disposto no art. 58 doRegimento Interno, a apreciação do Projeto de

Lei n° 6.742/2006 por este órgão técnico.Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação

do referido projeto e do parecer a ele oferecido.Atenciosamente, – Deputado Sabino Castelo

Branco, Vice-Presidente no exercício da Presidên-cia.

Defiro. Publique-se.Em 9-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Ofício Nº CEDPA/P- 212/2007

Brasília, 24 de outubro de 2007

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da

Câmara dos Deputados, no uso de suas atribuições regimentais, instaurou processo disciplinar para apurar a conduta do Deputado Mário de Oliveira pelos fatos denunciados pelo PTC na Representação nº 12/2007 – Processo nº 5/2007.

Contudo, o processo político-disciplinar aqui ins-taurado obedece a rito próprio e específico, regulado pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar e tam-bém pelo Regulamento Interno do Conselho, que não prevê, por exemplo, a condução coercitiva das teste-munhas.

Tendo em vista que a principal testemunha do processo tem se negado sistematicamente a compa-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60469

recer a este Colegiado, e por ser o seu depoimento imprescindível à apuração dos fatos, solícito a Vossa Excelência, com fundamento no art. 21 do Regulamen-to deste Conselho, a gentileza de requerer a colabo-ração do Departamento de Polícia Federal no sentido de promover a reinquirição do senhor Odair da Silva, principal testemunha do caso, o qual pode ser encon-trado no endereço abaixo indicado:

R. Antônio Moura da Silva, 59 – Jardim RecordTaboão da Serra/SP.Fone: 11-4139.0007Atenciosamente, Deputado Ricardo Izar, Pre-

sidente .

Publique-se.Em 9-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Of. Nº 214 -CEDPA/P-/2007

Brasília, 29 de outubro de 2007

Exmo. Sr.Deputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Ao cumprimentá-lo cordialmente, comunico a Vossa

Excelência que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, em reunião ordinária realizada em 23 de agosto de 2007, aprovou requerimento do procurador do Representado Deputado Mário de. Oliveira(Representação nº 12/2007)

no sentido de que seja realizado perícia nos arquivos con-tidos na mídia DVD relacionadas ao Inquérito Policial nº 93/2007, enviado pela Delegacia Seccional de Polícia de Osasco, 7º Distrito Policial de Osasco – SP, investigações estas que resultaram na instauração de processo disciplinar nº 5/2007, contra o deputado Mário de Oliveira.

Desta forma, solicito a Vossa Excelência, com fun-damento no art. 21 do Regulamento deste Conselho, a gentileza de requerer ao Departamento de Polícia Federal a realização de perícia na mídia DVD – 2 arquivos MPG, com duração total de 17 minutos e 43 segundos, divididos em dois documentos: a) Acariação.mpg(7’18”) e b) Depoi-mento.mpg(10’25”), com objetivo de testar a autenticidade da gravação, existência de truncagem ou montagem.

Atenciosamente, Deputado Ricardo Izar, Presi-dente.

Publique-se.Em 9-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF S/Nº 07

Em 9 de novembro de 2007

Ao Sr. Secretário-Geral da MesaAssunto: Publicação de relatórios de viagem.

De ordem do Sr. Presidente, encaminho a V.Sa., para publicação no Diário da Câmara dos Deputados – DCD, relatórios de viagem conforme tabela anexa.

Atenciosamente, – Rubens Foizer Filho, Chefe-de-Gabinete.

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60470 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

RELATÓRIO DA REUNIÃO PARA DEBATER O REGIMENTO INTERNO DO PARLAMENTO DO MERCOSUL, NA CIDADE DE BUENOS AIRES

I – INTRODUÇÃO

Nos dias 17 e 18 abril de 2007 estive em Buenos Aires para debater uma proposta de Regimento Inter-no do Parlamento do Mercosul (PM). Esta reunião foi organizada pela Comissão de Assuntos Institucionais. Acompanhou-me nesta viagem o consultor Elir Cana-nea, da Câmara dos Deputados.

Viajei, a partir de Curitiba, para Buenos Aires no dia 16 e desta cidade viajei a Santiago, (Chile) para cumprir uma agenda de reuniões junto a Fundação Friedrich Ebert nos dias 19 e 20. De Santiago voltei para Curitiba. As despesas da viagem de Buenos Ai-res/ Santiago/Curitiba foram de responsabilidade da Fundação.

Das atividades da Fundação Friedrich Ebert apre-sentarei um relatório separado, logo após este.

II – PROGRAMA DE TRABALHO

Dia 17 de abril.

Horário:11:00 às 13:00 horas reunião de trabalho13:00 às 15:00 horas almoço15:00 às 18:00 horas reunião de trabalhoLocal:Salão de Honra da Câmara dos Deputados da Nação – primeiro andar.

Dia 18 de abril.

Horário: A partir das 9:30 horas até o final dos trabalhos.Local:Anexo do Senado da Nação.

III – DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

Deu-se início a reunião debatendo o porquê de dividir as reuniões. Uma comissão se reuniu em Mon-tevidéu para debater o orçamento do Parlamento do Mercosul e a proposta de Regimento Interno (RI) e outra comissão em Buenos Aires para fazer o mesmo debate sobre RI.

Também propus, por discordar do teor, que a Ata da reunião anterior fosse lida ao final dos traba-lhos. Após leitura da mesma e algum debate, minha proposta foi aceita.

Passou-se em seguida a debater o Regimento para o primeiro dia de sessão. Vários parlamentares paraguaios e argentinos defendem que deveria ser

chamada de “Reglamento de I Sesion Constitutiva”, coisa que nós brasileiros somos contra.

Entendemos que não há Sessão Constitutiva do Parlamento do Mercosul. Houve sim a sessão de instalação do PM em Brasília no dia 14 de dezembro de 2006 e que agora teremos a Primeira Sessão ou a Sessão Inaugural, tanto é que o Senador Alfonso Nuñez do Paraguai é chamado de presidente do PM. Depois de debater chegamos a conclusão que a ses-são será chamada de “Primeira Sessão”.

Após definir que esta será a Primeira Sessão, passamos a manhã toda debatendo as Regras da Primeira e da Segunda Sessão. A primeira será a da posse dos parlamentares e a segunda a da eleição da Mesa Executiva.

Após dois dias de debates concluímos:Muitos artigos sofrerão nova redação;A questão de gênero deve estar presente em

toda a redação.No segundo dia (18 de abril) debatemos o

Funcionamento do PM (das sessões preparatórias, eleição de autoridades do Parlamento, dos parla-mentares e do presidente e dos vice-presidentes); Quorum para a Instalação e para a Tomada de De-cisões; Debates; Votações; e, Regulamentação do Artigo 4º, inciso IX do Protocolo Constitutivo do Par-lamento do Mercosul.

Um dos debates mais importantes deste dia disse respeito a participação cidadã através das audiências públicas. O debate se deu de como e onde poderão ocorrer audiências. As mais importantes decisões fi-caram para serem tomadas na próxima reunião em Buenos Aires dia 23 de abril próximo.

IV – COMENTÁRIOS

A reunião de Buenos Aires foi tensa durante os dois dias. A razão ou razões não consigo identificar. Acredito que seja por problemas internos da delega-ção argentina e, que busca um bode expiatório, no caso o Brasil. Esta situação não é nova, vem desde o final de 2006.

Nesta reunião não foi diferente, pois bastou que eu questionasse já no início da reunião o porquê de dividir as reuniões, a agressividade e as cobranças já se fizeram presentes.

Ambas aumentaram quando propus que a Ata da reunião anterior fosse lida ao final, pois não só discordava no mérito, como também não esteve pre-sente nenhum deputado do Brasil, portanto não tem que aprovar Ata, uma vez que no Mercosul se constrói por consenso.

Outra polêmica que se prolongou demais (qua-tro reuniões) é de como deve ser chamada a Sessão

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60471

do dia 7 de maio de 2007. Sessão Inaugural, Sessão Constitutiva ou Primeira Sessão?

Nós do Brasil defendemos que não poderia ser chamada de Sessão Constitutiva, pois a sessão de instalação do PM foi realizada em Brasília no dia 14 de dezembro de 2006 e que agora teremos uma ou-tra sessão, que não é a constitutiva, tanto é que o Senador Alfonso Nuriez do Paraguai é chamado de presidente do PM.

A reunião do dia 18 foi realizada em uma sala de reuniões sem mesa o que foi muito desconfortável e informal. Foi tão informal que não estava presente o secretário da SAPP (Edgard Lugo) para fazer as ano-tações necessárias e a Ata.

As propostas apresentadas de RI eram incom-pletas, tecnicamente mal elaboradas e davam ao Parlamento um hermetismo que afasta o cidadão e a cidadã do mesmo. Se aprovado, como apresentado ou mesmo depois das poucas correções aceitas pe-los demais pares das reuniões, o PM será limitador da participação popular e seus parlamentares pouco trabalharão fora de Montevidéu.

A proposta sobre Audiência Pública apresen-tada de RI é autoritária e não permite o exercício da democracia. Se aprovada será um péssimo indício: teremos um Parlamento de costas para os anseios e as necessidades do povo.

Durante a reunião do dia 18 anotei: “Debate dos mais difíceis. Há um equívoco quanto o que é audi-ência pública. Não está primeiro se dando o conceito,

para a partir dele definir objetivos, critérios, princípios, etc. Defendo que toda audiência pública deveria ser aprovada na Comissão e não no Plenário do PM. Se para realizar uma audiência pública é necessário a aprovação do Plenário do PM diminuem as possibi-lidades das audiências”.

Ao longo dos dois dias de trabalho cobrei a falta de documentos escritos em português. Todos estavam em espanhol. Solicitei que para o dia 7 de maio todos os documento estejam em duas versões (português e espanhol).

Infelizmente concluo que nas três reuniões an-teriores que participei perdi tempo: foram inócuas ou pouco foi decidido. Tudo poderia ser resolvido em dois dias de trabalho.

Documento constante em outro idioma, encon-tra-se arquivado na Coordenação de Arquivo do Cen-tro de Documentação e Informação da Câmara dos Deputados – Art. 98 do Regimento Interno.

Ora, em nenhum momento nos foi dito que o debate não valia e que era mera sugestão. Na Ata está transcrito a vontade de quem fez ou de quem mandou que assim fosse feita. Ficou-me novamente a sensação que tive ao findar a reunião para deba-ter o Regimento Interno do Parlamento do Mercosul, em Montevidéu, ocorrida no dia 19 de março p.p., ou seja, a de ter “sido usado”.

Esse o teor do meu relatório. – Deputado Dr. Rosinha.

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60472 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Relatório de viagem em Missão Oficial ao Estado do Maranhão para acompanhar, in loco, os desdobramentos das investigações dos assassinatos dos ex-Prefeitos Bar-tolomeu de Aguiar, do município de Presidente Vargas, João Leocádio, do município de Buriti Bravo e do cantor e compositor Geremias da Silva, O Gerô, de são Luís.

I – INTRODUÇÃO

No dia 20 de abril de 2007 foram realizadas duas au-diências públicas com o objetivo de acompanhar, in loco, os desdobramentos das investigações dos assassinatos dos ex-Prefeitos João Leocádio, do município de Buriti Bravo, Bartolomeu Santos Aguiar, do município Presidente Var-gas e do cantor e compositor Geremias Pereira da Silva, O Gerô, em São Luís. Além de mim, estiveram presentes representando a Câmara Federal, o Deputado Domingos Dutra (PT/MA) e a Deputada Janete Pietá (PT/SP).

II – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Na primeira audiência pública, realizada entre às 9h e 15h do dia 20, na sede da Igreja Batista do muni-cípio de Presidente Vargas, o promotor de justiça Bene-dito Coroba avaliou como positiva a visita da comissão de deputados federais, na medida em que possibilitou a manifestação de determinados segmentos da sociedade acerca do assassinato do Prefeito Raimundo Bartolomeu, o Bertim. Fizeram uso da palavra também o advogado da família de Bertim, Carlos Sérgio Barros e o delegado Sólon Pinheiro, que preside o inquérito policial acerca do assassinato do prefeito. Foram ouvidos ainda policiais, juízes e promotores que investigam a morte de Bertim. Houve também um encontro com familiares da vítima.

O delegado Sólon Pinheiro disse que as investi-gações ainda estavam em curso e se absteve de res-ponder a algumas perguntas, sob o argumento de que poderia haver prejuízo às investigações. No entanto, o delegado assegurou que o inquérito já estava pratica-mente concluído, provando que os acusados presos foram os executores do crime: o soldado PM Raimundo

Nonato Gomes Salgado e os sargentos Benedito Ma-noel Martins Sento e José Evangelista Santos.

Na segunda audiência pública, realizada às 19h30, no auditório Fernando Falcão da Assembléia Legislativa do Estado, estivemos com a secretária de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal, e com a mesa diretora da As-sembléia Legislativa. Para esse momento também foram convidadas autoridades judiciárias e policiais de Buriti Bravo e São Luís, para tratar dos homicídios do prefeito João Leocádio e do poeta Gerô. Os familiares destas duas vítimas da violência também foram convidados.

Para saber mais...O prefeito de Buriti Bravo, João Leocádio, foi morto,

supostamente vítima de assassinato, no dia 10 de março de 2006, depois de vencer as eleições municipais com muitas dívidas de campanha e por isso estava sendo pressionado pelos credores e aliados políticos, que bus-cavam empregos e altos salários, segundo depoimentos da viúva, Arlete Leocádio, da irmã Luciana Leocádio e do secretário de saúde, Odson Vieira, que chegaram a citar nomes de pessoas que estariam cobrando, por isso cogita-se que ele foi vítima de homicídio.

O compositor e poeta popular Jeremias Pereira da Silva, o Gerô, foi assassinado no dia 22 de março deste ano. O artista foi espancado até morrer pelos policiais militares de nomes Paulo e Expedito, do 9° Batalhão da Polícia Militar do Maranhão e morreu ao dar entra-da no Hospital Djalma Marques (Socorrão I), devido aos ferimentos resultantes da tortura – várias costelas quebradas e órgãos internos com graves lesões. Os policiais confundiram Gerô com um assaltante. O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público do estado, que designou o promotor Cláudio Cabral, da Promotoria de Investigação Criminal. “O Ministério Pú-blico investiga junto com as polícias Militar e Civil”.

Este é o relatório. – Deputado Luiz Couto, Presiden-te da Comissão de Direitos Humanos e Minorias – CD.

Ao Exmo Sr. – Arlindo Chinaglia, Presidente da Câmara dos Deputados.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60473

Relatório de Audiências Públicas no Maranhão

I – Parte – Audiência em Presidente Vargas

Roteiro da Viagem:

5h30 – saída do hotel até a Assembléia Legisla-tiva para ida ao Município de Presidente Vargas

Ficamos das 9h às 15h em Audiência Pública na Igreja Evangélica Batista

Almoço na PrefeituraRetorno

II – Parte – Audiência na Assembléia Legislativa do Maranhão, em São Luís

Audiência Pública na Assembléia Legislativa sobre o assassinato do prefeito de Buriti Bravo e do artista popular Gerô – das 19h do dia 21 de abril às 0h30 do dia 22-4-07,

Introdução

Os dados presentes neste relatório não são con-clusivos, porém poderão contribuir com o objetivo de aprofundar e sugerir pistas para desvendar as mortes dos prefeitos de Presidente Vargas, de Buriti Bravo e do Artista Popular Gerô. A morte do Artista Popular Gerô, se enquadra em outro tipo pois são conhecidos os sol-dados torturadores, sendo necessário apenas apressar o processo para punição de todos os culpados.

Nosso lema: “A justiça deve ser feita e os culpados severamente punidos, porque assim será restaurada a Justiça e o direito do cidadão”. O povo Maranhense repudiou esses episódios trágicos com um histórico de violência e desrespeito ao direito humano sagra-do e vida.

Faz-se necessário romper com o ciclo histórico de violência e morte, que parece ter muito a ver com a forma de financiamento de campanha.

No caso do Prefeito de Presidente Vargas, ressalto observações importantes dessa Caravana:

Realização de Audiência Pública que permita à sociedade questionar as atividades do estado e ex-pressar seu posicionamento.

- Constatação de quadro de extrema miséria na cidade. Município de 15 mil habitantes, que nas últimas eleições teve seis candidatos disputando o cargo de prefeito.

No caso de Buriti Bravo o prefeito assassinado rompeu o ciclo da oligarquia local, sendo portanto, em tese, um período para possível desvendamento da questão do uso da máquina municipal.

Em Presidente Vargas ocorreu:- Assalto ao pagamento do Bolsa Família.- Desmando no trato do dinheiro público, através

de cheques em branco repassados a terceiros.O prefeito morreu pobreSuspeição de ter sumido do carro uma lista de

40 pessoas envolvidas em suposto empréstimo que envolvia movimentação imobiliária fraudulenta com o Banco do Rio Grande do Sul Banco Motoni.

Pelos relatos percebemos que não há muita distância das relações entre o dinheiro público e as relações privadas.

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) realizou audiência pública, no dia 20-4-07, no Estado do Maranhão, nas cidades de Presidente Vargas e em São Luís (na Assembléia Legislativa do estado). Presentes pela Comissão de Direitos Hu-manos: Presidente da CDHM, Deputado Luís Couto, Deputada Janete Rocha Pietá e o Deputado Domingos Dutra, autor do pedido de audiência.

I – Audiência na Cidade de Presidente Vargas

Autoridades presentes: Deputado Federal Carlos Brandão; Luís Gonzaga Coqueiro Sobrinho – Prefei-to Municipal; Vereadora Raimunda Cruz Rodrigues (Doquinha); Vereador Ilson de Jesus Mendes Silva (Presidente); Vereador Antônio Uchôa Frazão Filho; Vereador Periguary Gonçalves Martins; Deputada

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60474 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Estadual Maria Helena; Deputado Estadual Rubens Pereira Júnior.

Entidades Presentes: Associação das Quebradei-ras de Coco; Sindicato dos Trabalhadores Rurais STR; Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.

Demais entidades presentes – Representantes das Igrejas Católica, Assembléia de Deus, Adventis-ta e Batista

Ex-prefeitos presentes: José Bezerra Frazão; Manuel Mendonça Nicácio; Sebastião Figueiredo Mendes.

Outras presenças:

Dr. Roberto Oliveira, Juiz da Comarca de Vargem Grande; Dr. Benedito Coroba, Promotor da Comarca de Vargem Grande; Dr. Solon Pinheiro, Delegado; Sra. Ivete Pereira Almeida, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.

Tema Central da Audiência:

O assassinato do prefeito de Presidente Vargas, Raimundo Bartolomeu dos Santos (Bertim), ocorrido em 7 de março de 2007, dentro do seu veículo, no povoado Cigana, município de Itapecuru Mirim, com dois tiros na cabeça. A vítima foi algemada. A única testemunha do assassinato foi o Secretário de Espor-tes do Município, Senhor Pedro Albuquerque.

Dados Importantes:

Envolvimento de 4 policiais militares do estado – três executores presos, um está solto.

Utilização de cheques assinados e em branco da prefeitura por terceiros.

Antecedente: em 10 de março de 2005 foi também assassinado no município de Buriti, o Prefeito João Henrique Borges Leocádio, com um tiro no ouvido, no povoado de Gameleira.

Quadro político de grandes disputas entre o pre-feito e alguns vereadores.

A descrição e a reconstituição do crime suge-rem emboscada e o local do crime, totalmente ermo, sugere que a vítima tinha relação de confiança com os executores.

Quanto à algema, entendemos que ela deva ser averiguada por ser possível descobrir sua origem através da numeração da cunhagem.

- Importância de garantir a vida de “Pedro Poti” – vítima e testemunha viva (que foi visitada pelos Depu-tados Dutra e Luís Couto, durante a 2a audiência; esta parlamentar não pôde acompanhar a visita por estar secretariando a referida audiência).

Local da Audiência: Templo da Igreja Evangélica Batista, com a presença do padre da Igreja Católica da cidade.

A igreja estava superlotada e a audiência foi transmitida ao vivo pela rádio da cidade. O delegado Solom Pereira, responsável pelo inquérito, apresentou relatório da peça de 300 páginas, incluindo os laudos do Instituto de Criminalística. A partir daí, tirou-se a

resolução de ouvir, em caráter reservado, o Senhor Pedro Poti.

Foram levantadas as seguintes indagações:O envolvimento do Coronel Uchoa: todo mês, fa-

miliares (esposa e irmã) recebiam salários da Prefei-tura e as ligações com “empresa de segurança”, que supostamente vendia porta para dar segurança aos moradores da cidade.

- Segundo o chefe de gabinete, Senhor Benedito Fasão, o prefeito se comunicava pouco com o secre-tariado, além de ter voltado a beber.

- Pela família falou o irmão, Bispo Santos Aguiar, que pediu Justiça.

A família quer justiça. Que os mandantes sejam presos.

O Promotor de Justiça da Comarca de Vargem Grande, Dr. Benedito Coroba, instaurou inquérito civil público para investigar denúncias de irregularidades com recursos da prefeitura e solicitou a quebra do sigi-lo bancário da prefeitura do município, requisitando as movimentações bancárias de 2005 a março de 2007.

- Houve denúncia de que verba do município de Presidente Vargas foi desviada para outro município, Mata Roma, em 2006.

Foi ressaltado, também, a ousadia do crime reali-zado à margem da rodovia federal, que tem um trânsito razoável. A todos parece que o crime não é isolado, e que há ligação e conexões com a “corrupção e o cri-me organizado”.

Cabe ao Inquérito Civil Público verificar todos os convênios feitos pelo município no período, para fazer a listagem dos beneficiados e os perdedores neste período.

Com relação ao município de Mata Roma, existe envolvimento do Senhor Josa (irmão do Deputado Paulo Neto), que foi candidato a prefeito de Mata Roma, que fica a 150Km de Presidente Vargas. O referido senhor tinha supostamente em seu poder os talões de cheque da prefeitura já assinados, que usava livremente.

Acusação de desvios de recursos públicos da prefeitura de Presidente Vargas para a campanha elei-toral de Mata Roma.

Há também suposta compra de terreno com seis cheques de R$30.000,00, com endosso do Deputado Solinei Silva, além do envolvimento do Sr. Paulo Negro, que comprou carro do Deputado Solinei e o alugava para a prefeitura. Esses fatos deverão ser apurados.

- Dr. Carlos Sérgio Carvalho Barros – Advogado da família: É necessário pressa para que a investiga-ção vá a fundo.

Bertin era pessoa humilde que tinha sonho de ser Prefeito, e que foi envolvido, vítima de uma série de circunstâncias pelas quais pagou com a sua própria vida. Era um lavrador, não sabia usar a internet.

Pela Sociedade Civil falaram:

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60475

A população trouxe vários cartazes que foram apre-sentados e lidos. A Igreja estava lotada e várias pessoas assistiram em pé do lado de fora através das janelas.

Anexa, segue Carta Aberta da População de Presidente Vargas, lida pela Senhora Ivete Pereira de Almeida.

O senhor Alex Barros Campos pede socorro, pois a cidade vive momento difícil com desvio de verbas e o acompanhamento da Fazenda Salvador, que tem 750 famílias na área reivindicando a conquista da terra.

- O Padre Francisco Rodrigues Lopes prestou solidariedade à família do prefeito e clamou por Jus-tiça e Paz.

- O Pastor Carlos da Silva Brandão apoiou a fa-mília e colocou a Igreja a serviço da Justiça, para que o Bem prevaleça.

Encerramento e encaminhamentos:A Audiência Pública durou seis horas e houve

participação efetiva de todas as partes presentes.Observações retiradas da audiência:

“Só a Democracia pode fazer a socieda-de crescer. O poder é do povo”. A audiência contribuiu para clarear alguns fatos ou relacio-ná-los com o geral.

O quadro de fundo da cena da morte do Prefeito mostra as entranhas do Poder.

O Poder da informação, conhecimento.O poder que vem pela riqueza.O poder que vem pelo voto.O poder da participação popular.Na conclusão dos trabalhos:1 – O povo clama pela elucidação do crime e que

a cidade seja resgatada no seu direito de receber o que lhe é de direito.

2 – A família clama por justiça e que o sangue derramado não seja em vão. Que a verdade seja ven-cedora e esclareça as macabras ligações.

3 – O crime não foi isolado e há extrema relação entre “corrupção” X apoio eleitoral e o crime organi-zado ou a cobrança de “benefício” para setores que deram apoio eleitoral.

4 – É necessário que uma força-tarefa dissolva essa “quadrilha” que utiliza o dinheiro público.

II – Parte – Audiência em São Luís na Assembléia Legislativa

Autoridades presentes: Deputados Federais Luís Couto, Janete Rocha Pietá, Carlos Brandão e Domin-gos Dutra; Deputados Estaduais Maria Helena e Ru-bens Pereira Júnior.

Família do Prefeito

– Sebastião Leocardio – Pai– Isabel Borges – Mãe– Luciana Borges– Arlete Borges– Luciano Coimbra– Petrônio Alves Macedo – Advogado da Famí-

lia do Prefeito

Família do Gerô

– Rosane Rodrigues– Marilene Rodrigues– Gerderson Rodrigues

Outros

– Dr. Sálvio Dino Secretário de Estado de Direi-tos Humanos

– Dr. Francisco das Chagas B. Souza – Procu-rador Geral de Justiça

– Coronel Getúlio da Silva Pereira – Secretário Adj. da Secretaria de Segurança Pública e Cidadania

– Dr. Clésio Munis – Representando a Secretária de Segurança Pública

– Dr. Joviano Furtado Mendonça – Delegado de Polícia

– Dr. Edilúcia do Carmo Chaves – Delegada de Polícia

– Luís Antônio Pedrosa – Presidente do Conse-lho Estadual de Direitos Humanos

– Leda C. Batista – Comissão de Justiça e Paz – Grupos de Mulheres da Ilha

– Cecília Aparecida Amim Castro – Comissão de Justiça e Paz e Comitê de Combate a Tortura

– Valdina Barros – Centro de Defesa Marcos Passarine

– Rádio Bacanga FM 106.3 – “A 1ª Comunitária de São Luís”

– Os repórteres: Emiliano Brito e Eduardo Neto

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60476 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Diniz – Jornal do ônibus– Bené Moraes – Jornal o EstadoSolon Pinheiros – Delegado– Dr. Douglas Martins – Juiz da Comarca de

Pedreiras– Deputado Rubens Pereira – Secretário Adjun-

to da Casa Civil– Eva Maria Silva Leocádio– Dr. Daniel Brandão – Delegado– Carlos Antônio Souza – Assessor Jurídico da

Secretaria de Igualdade Racial– Magno Cruz – Centro de Cultura Negra– Roberval Souza Costa – Movimento de mo-

radia– Plácido Francisco Pacheco

Assuntos

1º – Assassinato do prefeito de Buriti Bravo, Se-nhor João Henrique Leocádio (PDT), em 10 de março de 2005, com um tiro no ouvido, no povoado de Ca-meleira, a 4Km de Buriti Bravo.

2º – Assassinato do artista popular, cantor e compositor Jeremias Pereira da Silva (Gerô), em 22 de março de 2007, vítima de espancamento pela Po-lícia Militar.

Assassinato do Prefeito João Henrique Leocá-dio:

Constatação: alteraram o local do crime. E insi-nuação de suicídio.

Testemunhas estão sendo ameaçadas de morte.Morosidade da Justiça.Quadro do município com o Prefeito João Hen-

rique Leocádio.Auditoria sobre a administração que não tinha

nem três meses.Característica igual do crime do município de

Presidente Vargas com características de encomenda, e por motivação política.

Encaminhamento:

Conversar com o governador e buscar criar me-canismo para desmontar os esquemas de corrupção.

Criar “Força Tarefa” para enfrentar as verdadeiras “máfias” que se montam no Estado. Nesse caso, a morte do prefeito foi a forma de impedir que se desvenda o quadro em que se encontrava a prefeitura. O prefeito não pertencia à oligarquia local que predominava.

Clamor da família por justiça.

III – Audiência Pública - caso Gerô

Fatos:Assassinato brutal de Jeremias Pereira Silva

– Gerô – agredido e espancado até a morte por sol-dados da Polícia Militar do Maranhão.

Poeta e compositor negro, acusado de assalto, o compositor protesta verbalmente. E aí começa a sucessão de agressões que o levam à morte, em 22-3-2007, com a participação de 8 soldados, dos quais somente 4 estão sendo julgados.

– As fotos da autópsia demonstram, de forma contundente, que Gerô sofreu uma destruição de vá-rios órgãos internos.

– Na audiência questionou-se se houve configu-ração de racismo.

– A Drª Edilucia não considera poder responder esta afirmação.

– A maior parte dos populares presentes consi-deram e relatam que existe discriminação racial e que quase sempre afrodescendentes são agredidos.

– Além disso, é inconteste que o assassinato re-presentou um crime de, no mínimo, tortura.

– Magno Cruz, representante do Centro de Cul-tura Negra, “considera que não é um caso isolado; é uma questão contínua de agressões aos afrodescen-dentes”

– Raimundo Cintran cita o poema de Wilmar Al-ves: “A Polícia mata negros na Periferia”.

– Vários se posicionaram a favor de manter a pensão à viúva, que está sendo questionada.

– Uma analogia de que todo camburão é o novo Navio Negreiro.

Houve omissão de vários soldados que viram e não tomaram providências.

– Luís Antônio Pedrosa afirma que a Lei do Racis-mo tem que ser aperfeiçoada. Que quatro estão sendo julgados e que todos os oito devem ser julgados.

– Marilene (a viúva) e Gederson (filho) disseram que a família deixou a casa por questão de segurança. E esperam que os criminosos sejam punidos.

Encaminhamento

1 – A Justiça tem que ser feita. Uma vez julga-dos, os criminosos não devem ser mantidos na cor-poração militar.

2 – Quadro grave de preconceito racial na relação dos jovens da periferia e o tratamento com os militares em serviço de ronda.

3 – Os oito soldados devem ser julgados.4 – A Tortura deve ser banida.Observações:

1) As audiências populares deveriam ser feitas em dias separados, pois a 2a audiência fi-cou muito prejudicada pelo cansaço e estresse da população que esperou a Comissão de Direi-tos Humanos e Minorias por mais de 4 horas e o próprio cansaço da Comissão, pois a Cidade de Presidente Vargas dista 150 km de São Luís.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60477

2) A Assembléia Legislativa nos cedeu ônibus e taquígrafos

3) Não recebemos o texto da Taquigrafia – portanto, este relatório é complementar às notas taquigraficas.

4) Agradecimento ao apoio da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legisla-tiva de São Luís do Maranhão.

No retorno, esta relatora encontrou na Revista Caros Amigos n° 121 a Carta da Estudante Luana Nasaneto, Bauru/SP, publicado na coluna Caros Lei-tores, página 5:

“De como ser negro no Brasil – No do-mingo 25 de março à noite senti na pele a realidade da truculência da polícia de Bauru, SP, realidade essa que já era clara para mui-tos, mas ainda desconhecida para mim. Éra-mos eu e mais quatro amigos angolanos no carro tentando achar o caminho da chácara que ficava nos limites entre Bauru e Agudos. Depois de nos perdermos, após tentativas frustradas de encontrar o caminho, notamos que havia policiais atrás do carro em que es-távamos, sinalizando para que reduzíssemos. Ao pararmos, policiais abordaram o carro de maneira brutal, apontando-nos armas de alto calibre e gritando: “Todo mundo prá fora do carro com a mão na cabeça”. Era uma situa-

ção inédita para mim. A brutalidade foi tama-nha, que a única coisa que me veio à mente foram aqueles episódios da polícia de São Paulo, que mata pessoas que julgam culpa-das e as desovam em algum lugar. Tremia, chorava. Um dos policiais voltou-se para mim e disse que, se estava chorando, deveria ter alguma culpa. Depois de passar por revsita, como os demais garotos, vasculharam minha bolsa, averiguaram se tinha passagem policial e ainda mexeram na foto de meu namorado e perguntaram “se esse maluco estava pre-so”. Ao se assegurarem de que não tínhamos nada, que éramos todos estudantes da Unesp e os garotos participantes de um convênio en-tre a universidade e Angola, desculparam-se alegando que tudo era apenas procedimento de rotina. E tudo isso só me fez pensar como a humilhação pública de cinco negros em um carro à noite e a morte de um dentista negro “confundido” com um assaltante viraram pre-texto e sinônimo de procedimento de rotina em grande parte da ação policial do Brasil”.

Nada mais havendo a tratar, dou por encerrado este relatório, que segue por mim assinado.

Brasília, 28 de junho de 2007. – Deputada Jane-te Rocha Pietá.

Anexo: material recebido durante as audiências

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60478 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

RELATÓRIO DE VIAGEM

Objetivo: Reunião da Comissão Parlamentar Con-junta do Mercosul com vista à preparação da sessão de instalação do Parlamento do Mercosul que ocorrerá em 7 de maio de 2007.

Local: Buenos Aires, Argentina.Saída: 22 de abril de 2007, domingo.Retorno: 24 de abril de 2007, terça-feira.Meio de Transporte: AviãoAtividades Realizadas: A delegação brasileira esteve

representada pelo Senador Sérgio Zambiasi e o Deputado

Cláudio Diaz. Durante os dois dias de trabalho foram ana-lisadas as propostas encaminhadas pelas subcomissões para o organograma, para o orçamento, para o protocolo da sessão de instalação, bem como, para o regimento in-terno do Parlamento do Mercosul em conjunto

com as delegações do Uruguai, Paraguai, Vene-zuela e da Argentina.

Após calorosa discussão foram sugeridas altera-ções as quais serão encaminhadas aos demais parla-mentares do Parlamento do Mercosul.

– Deputado Cláudio Diaz – PSDB/RS.

Relatório de Viagem

Deputado Eduardo Alves do Amorim – SEPresidente da Comissão de Legislação Partici-

pativa

Evento:

51º Congresso Estadual de MunicípiosLocal de Realização:Convention Center – Campos do Jordão/SP

Período:

24 a 26 de abril de 2007

Atividades desenvolvidas:

Atendendo a convite da Associação Paulista de Municípios e da União de Vereadores do Esta-do de São Paulo, participamos do referido evento

mediante palestra apresentada dia 25/04, às 10h, sobre o tema “ Participação popular e cidadania no processo legislativo: a Comissão de Legislação Participativa” .

Resultados alcançados:

Foram distribuídos Informativos da CLP entre os participantes do evento.

Também foram mantidos contatos com vereado-res paulistas a fim de possibilitar a instalação de CLP nos municípios do Estado de São Paulo. A organiza-ção do evento estimou a presença de mais de oito mil participantes entre prefeitos(as), vice-prefeitos(as) e vereadores(as).

– Deputado Eduardo Amorim, Presidente da Comissão.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60479

RELATÓRIO DA VIAGEM A CAMPINA GRANDE PELA COMISSÃO DE SEGURIDADE

SOCIAL E FAMÍLIA

A Comissão chegou por volta de 01:30 horas da manhã do dia 17-5-2007 e ao amanhecer foram con-duzidos ao Instituto de Previdência Social de Campina

Grande, para ouvir e discutir com Prefeitos e Secretá-rios Municipais de Saúde a respeito de aplicação de recursos na Saúde.

E ficou patenteado a urgência de regulamentar a Emenda 29 da Constituição Federal, disciplinando com clareza o que é ações a serviço da Saúde.

– Deputado Federal Cleber Verde.

Relatório de Viagem a Campina Grande – PB

1. Dia 16 às 21h procedeu o embarque para cidade de Campina Grande – PB; às 2h do dia 17 chegada em Campina Grande – PB;

2. Às 9h deslocamento ao local onde foi realiza-do seminário sobre a regulamentação da PEC nº 29 e Repasses obrigatórios do Governo do estado para os municípios referente ao Samu e a farmácia Básica.

3. Foi feito a composição da mesa com a presen-ça do Sr. Prefeito Municipal Venesiano Vital do Rego, Deputado Federal Vital do Rego, Deputado Darcísio Perondí, Deputado Cleber Verde e Deputado Riba-mar Alves;

4. Vital do Rego, do município de Campina Gran-de, que discorreu da difícil situação por que passa o município uma vez que o Governador do estado não aplica nenhum centavo na saúde do município, que o município é o segundo maior do estado que funciona como pólo regional. Havendo uma sobrecarga de pa-cientes, que o município tem se estruturado na área de saúde, que tem cobertura de cerca de 78% com pro-grama da saúde, que todas equipes foram montadas por meio de concurso público, que todos os agentes comunitários de saúde são contratados via sistema celetista, que a regulamentação da PEC nº 29 será um grande avanço, pois obrigará o estado a gastar os 15% constitucionais em ações específicas de saúde;

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60480 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

enfatizou a discriminação por parte do Governo do es-tado quanto aos repasses para manutenção do Samu e da Farmácia Básica, ficando os encargos financei-ros unicamente com a prefeitura, o que tem causado sérios prejuízos à comunidade.

5. Foi chamado para usar da palavra o Sr. Secre-tário Municipal de Saúde Dr. Metuselá Lameque J. da Costa Agra de Mello, o qual enalteceu os avanços da saúde na atual administração, mostrando as reformas de prédios de centros de saúde e a construção de no-vos postos, apresentou os números de atendimentos realizados na atual gestão e descobriu sobre a falta de empenho e a aplicação dos 155 constitucionais por parte do estado; fez, também, severas críticas à discriminação que a prefeitura vem sofrendo por parte do Governo do estado.

6. Em seguida usou da palavra a Prefeita de Piancó Drª Flávia Serra Galdino, que fez uma re-trospectiva do SUS; denunciou que há mais de 2 meses que o estado está sem a comissão bipartite, que a CGU esteve investigando a saúde do estado e encontrou várias irregularidades (conforme rela-tório da CGU), mostrou as dificuldades que enfren-ta na sua cidade com a discriminação do Governo do estado para com os adversários políticos, pe-nalizando a comunidade; falou da importância da regulamentação da PEC nº 29 e pediu ajuda para intermediarmos junto ao Governo do estado os re-passes para os municípios;

7. Falou em seguida o Deputado Ribamar Al-ves, que discorreu sobre a importância desse que é o maior plano de saúde do mundo, que atende 180 milhões de brasileiros, que tem uma filosofia perfeita, mas infelizmente tem encontrado dificuldade na apli-cação dos percentuais constitucionais por boa parte dos governadores e até mesmo pelo Governo Federal

que sistematicamente tem contigenado recursos da área de saúde causando prejuízos irreparáveis para a comunidade, falou da importância da aprovação do PLP que regulamenta a PEC nº 29 e conclamou a to-dos para juntos, deputados, comunidade, entidades representantes de classe, prefeitos, etc., a pressionar o presidente da Câmara dos Deputados para colocar imediatamente na pauta de votação esse importante projeto; falou ainda da importante luta realizada e a frente parlamentar de saúde na busca de alternativas que consigam sanar os graves problemas que a saúde pública enfrenta no Brasil;

8. Logo depois passou a usar da palavra o Depu-tado Cleber Verde que solidarizou-se com a causa e colocou-se a disposição da luta em prol da aprovação e regulamentação da PEC, falou também de sua luta em favor da previdência e dos aposentados;

9. Por último usou da palavra o Deputado Darcí-sio Perondi, que fez uma retrospectiva desde quando iniciou-se a luta na constituinte pela descentralização da saúde; falou da sua experiência da luta pelo fortale-cimento do SUS, da sua luta pela melhoria da tabela de pagamento, da qualidade dos serviços oferecidos pelo SUS e principalmente, pela necessidade imperiosa de se aprovar o PLP que regulamenta a PEC nº 29;

10. A reunião se mostrou muito proveitosa e es-clarecedora, tendo o seu encerramento acontecido às 13h com saldo positivo pela forma como se procedeu as discussões e a conclusão de que é imprescindível a união de todas as forças possíveis para pressionar o congresso a aprovar imediatamente a regulamenta-ção da PEC nº 29;

11. O retorno para Brasília – DF se deu através, do Aeroporto de João Pessoa às 16h do mesmo dia.

Brasília, 27 de maio de 2007. – Deputado Dar-císio Perondi.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60481

Relatório da Audiência Pública de Irrigaçãoem Petrolina (Processo /2007)

Participante: Deputado Afonso HammTrata-se de participação em Encontro na cida-

de de Petrolina – Pernambuco, no dia 24 de agosto, com a finalidade de apresentar o Projeto de Lei n° 6.381/2005, que trata da Política Nacional da Irrigação. O encontro foi realizado no Auditório Paulo Coelho do SEST/SENAT. O Deputado Federal Afonso Hamm (PP – RS), que é relator do projeto representou oficialmente a Comissão da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Rural da Câmara dos Deputados.

A audiência foi coordenada pelo Deputado Fer-nando Coelho Filho – PSB/PE e contou com a participa-ção dos Deputados Federais Jorge Khoury – DEM/BA; Gonzaga Patriota – PSB/PE e Edson Duarte – PV/BA. Igualmente, participaram do evento o Secretário em exercício de Desenvolvimento de Pernambuco, o Prefeito Municipal de Petrolina, bem como o Chefe do CPATSA da Embrapa, empresários e outras lideranças locais.

Durante o evento, a participação dos deputados fe-derais foi decisiva para a pontuação das prioridades da agricultura irrigada, sobretudo no Vale do São Francisco. De modo geral, foram levantadas as seguintes preocupa-ções: resolver a questão do endividamento relativo a custeio e investimento, que afeta grande número de produtores; garantir tratamento diferenciado para a agricultura irrigada na região do Semi-Árido; privilegiar a modernização dos equipamentos de irrigação; reservar parte significativa dos novos perímetros para irrigantes familiares; e também per-mitir a redução da tarifa de energia elétrica.

Na qualidade de Relator do Projeto de Lei, fizemos breve apresentação dos termos, bem como da tramitação da proposição, e adiantamos alguns pontos discutidos em outros encontros, que pretendemos alterar quando da apresentação de nosso relatório. Assim, ressaltamos a necessidade da redução da tarifa de energia elétrica, que representa um dos principais fatores de custeio da

fruticultura irrigada. Além disso, reiteramos a necessidade de redução de juros para financiamentos de projetos irri-gados e da desoneração dos equipamentos de irrigação. A renovação dos equipamentos foi apontada como um fator imprescindível para a redução do volume de água bombeada e da energia consumida nas operações de recalque e aplicação de água nos cultivos.

De modo geral, o evento foi muito rico, sobretudo pela participação dos técnicos e produtores locais. De forma resumida, foram apresentados os seguintes an-seios: necessidade de apoio à Embrapa no tocante ao desenvolvimento científico e tecnológico; necessidade de recursos para assegurar assistência técnica e exten-são rural sobretudo nos perímetros públicos; maiores cuidados com a defesa sanitária; disponibilidade de recursos para recuperação da infra-estrutura dos pe-rímetros públicos; necessidade de apoio às estruturas de logística e comercialização, de modo a diminuir a fragilidade do produtor nas etapas pós-colheita.

Em seguida, o representante da Vale Export, uma das associações de produtores locais, fez uma explana-ção acerca do endividamento dos irrigantes da região de Juazeiro e Petrolina. Ele apontou a necessidade de aporte de novos recursos, em condições favoreci-das para renegociar as dívidas e liberar as garantias dos produtores locais, de modo que possam contratar novos créditos de custeio e investimento. No total, foi apresentado um estoque de dívida junto aos bancos federais com valor aproximado de R$100 milhões.

Instadas por nós, as associações locais apre-sentaram uma proposta por escrito, na forma de uma resolução do Conselho Monetário Nacional, nos ter-mos que seriam suficientes, no entendimento dos produtores, para resolver os problemas de solvência da atividade de fruticultura irrigada. O documento já foi entregue, na última semana, ao presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes.

– Afonso Hamm, Deputado Federal.

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60482 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

RELATÓRIO DA V SESSÃO DO PARLAMENTO DO MERCOSUL

Realizada nos dias 3 e 4 de setembro de 2007Montevidéu – Uruguai

I – Introdução

Viajei para Montevidéu na tarde do dia 2 e voltei para o Brasil na tarde do 4 de setembro.

Assumo neste relatório o apresentado pelo grupo de assessores que nos acompanhou a Montevidéu e a Ata da V Sessão.

II – Relatório das Atividades

Reunião de trabalho com o Embaixador Regis Arslanian.

Em continuidade ao trabalho do Delegado Per-manente do Brasil junto ao Mercosul e à ALADI, Em-baixador Regis Arslanian, a delegação parlamentar brasileira reuniu-se para um café da manhã de tra-balho, no próprio Hotel em que os parlamentares se hospedavam, essencialmente para discutir livremen-te a agenda do Mercosul, e trocar informações que pudessem ser úteis para os debates e deliberações parlamentares no decorrer da reunião plenária do Par-lamento do Mercosul.

Essa reunião matinal foi coordenada pelo Embai-xador Regis Arslanian, pelo Vice-presidente do Parla-mento do Mercosul, Parlamentar Dr. Rosinha e pelo Presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, Parlamentar Geraldo Mesquita Junior.

Esse encontro foi aberto com um informe do Par-lamentar Dr. Rosinha sobre a reunião da Mesa Diretora, realizada no dia anterior, para a preparação do orça-mento do Parlamento para o ano de 2008. O Parlamen-tar apresentou a configuração a que se chegou para o organograma do Parlamento e para a execução do or-çamento de 1 milhão de dólares que se pretende para o ano de 2008, a ser rateado igualitariamente entre os quatro países, como está previsto no Protocolo Consti-tutivo do Parlamento para a etapa de transição.

Em seguida, a discussão foi norteada pela apre-sentação da Carta de Montevidéu, que vem sendo di-vulgada mensalmente pela Delegação do Brasil, veicu-lando informações importantes e análise da conjuntura da integração. Especialmente esse número da Carta foi dedicado ao Parlamento do Mercosul, com um amplo e informativo texto sobre a nova instituição, incluindo um relato sobre suas atividades já em curso.

Na Carta, fica reconhecido que “a criação do Parlamento do MERCOSUL reflete a importância atri-buída pelos Estados Partes ao fortalecimento da de-mocracia, da participação cidadã e da legitimidade

social do processo de integração e de suas normas. Traduz, igualmente, a relevância da cooperação in-terparlamentar para avançar na harmonização das legislações nacionais e tornar ágil a incorporação de normativa do Mercosul aos ordenamentos jurídicos internos de cada país”.

Também com base na Carta de Montevidéu, seguiu-se um debate sobre a situação econômica do Bloco, com enfoque nas assimetrias e nas responsa-bilidades de cada país.

Sobre a adesão da Venezuela, informa a Carta:Está prevista, para os dias 1° e 2 de outubro, a

realização da primeira reunião do Grupo de Trabalho ad hoc que deverá – no prazo de 180 dias, prorrogável por igual período – dar continuidade às negociações relativas à adesão da Venezuela ao Mercosul.

Esse Grupo ad hoc foi criado, pela Decisão n° 12, na Quinta Reunião Extraordinária do CMC, em 22 de maio passado, em Assunção, a fim de prosseguir com as tarefas pendentes do Grupo de Trabalho criado pelo Protocolo de Adesão, firmado em 4 de julho de 2006.

As negociações para a adesão da Venezuela têm-se concentrado em quatro vertentes: i) adoção da Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e da Tarifa Externa Comum (TEC); II) incorporação da normativa MERCOSUL; III) adesão a compromissos e negociações externas do MERCOSUL; e iv) cronogra-mas de liberalização comercial intrazona. Para avan-çar neste último eixo, realizam-se também encontros bilaterais entre a Venezuela e os Estados Partes do MERCOSUL.

No último dia 21 de agosto, foi apresentado pa-recer favorável do Relator (Dep. Dr. Rosinha – PT-PR) à aprovação pelo Congresso Nacional brasileiro do Protocolo de Adesão da Venezuela ao MERCOSUL.

Também constou das discussões o tema sobre a implementação do Fundo de Convergência Estrutu-ral, a partir do informe da Carta de Montevidéu, que registrou que a partir de 3 de setembro começou a funcionar, na Secretaria do MERCOSUL, a Unidade Técnica FOCEM, responsável pela avaliação técnica e acompanhamento da execução e das auditorias dos projetos. Para integrá-la, foram contratados, por con-curso público, quatro técnicos seniores.

A título de informação sobre o FOCEM, retire-se ainda da Carta de Montevidéu o seguinte excerto que foi objeto da apreciação durante a reunião com o Embaixador Regis Arslanian:

Na XXXIII Reunião do CMC, no dia 28 de junho, em Assunção, aprovou-se o projeto Rota 12: trecho de conexão Rota 54-Rota 55, orçado em US$4.371.000,00 e pelo qual está prevista a recuperação de treze quilô-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60483

metros da estrada n° 12, localizada no Departamento de Colônia, no Sudoeste do Uruguai. Trata-se do 15° projeto-piloto do FOCEM, o 6° dos quais em benefício do Uruguai, que obteve aprovação de todos os seus projetos apresentados ao Fundo.

Todos os quinze projetos-piloto aprovados já contam com Convênios de Execução (COF) assina-dos entre os Estados Beneficiários e a Secretaria do MERCOSUL.

As contribuições ao FOCEM relativas a 2007 totalizam US$75 milhões. Os recursos já disponíveis para utilização em projetos aprovados e no custeio da Unidade Técnica FOCEM somam US$61,25 mi-lhões (dos quais US$50 milhões se referem a 2006 e US$11,25 milhões à primeira parte de 2007).

A reunião se encerrou com a apresentação pelo Parlamentar Cláudio Diaz dos trabalhos até então rea-lizados pela Comissão Especial sobre a Febre Aftosa. Fez um relato das atividades já desenvolvidas, de reu-niões com o Ministro da Agricultura Reinhold Stepha-nes e técnicos do Ministério. Constatou-se que há uma concepção equivocada junto aos demais países sobre a participação do Brasil na prevenção e no combate à febre aftosa, que muitas vezes pode ser entendido como intervencionismo. A sugestão é que se façam gestões indiretas, de forma a não caracterizar cobranças exter-nas, mas compartilhando responsabilidades e que o Parlamento do Mercosul possa ser o fórum negociador de forma a permitir um tratamento mais eficaz dessas assimetrias científico-tecnológicas.

Instaurou-se um debate sobre esse tema, princi-palmente entre os Parlamentares Cláudio Diaz e Max Rosenmann e o Embaixador Regis Arslanian, onde foi defendida uma atuação mais incisiva do Brasil no tratamento da questão, tanto no âmbito interno, junto aos Ministérios competentes, inclusive o Ministério das Relações Exteriores, como no externo, para um trata-mento mais igualitário quando crises de febre aftosa também surjam em outros países do bloco.

V Sessão do Parlamento do Mercosul

A V Sessão do Parlamento do Mercosul teve a seguinte agenda:

DIA 3 DE SETEMBRO

10:00h – Sessão Especial para discutir a proposta de modificação do Art. 134 do Regimento Interno do Parlamento do Mercosul

11:00h – Quinta Sessão Ordinária do Parlamen-to do Mercosul

DIA 4 DE SETEMBRO

09:30h – Continuação da Quinta Sessão Ordi-nária do Parlamento do Mercosul

ORDEM DO DIA

1. Leitura e Discussão da Ata da 4ª Sessão do Parlamento do Mercosul, nos dias 6 E 7 de agosto de 2007 (R.I. Art. 123.A)*

2. Leitura de Assuntos Encaminhados (R.I. Art. 123.C)*

3. Informe da Presidência Pro Tempore (PCPM art. 4.7)*

4. Debates (R.I. art. 123.e.2.3)*5. Discussão e Votação da Ordem do Dia (R.I.

art. 123.f*Constituição das Comissões (R.I. art. 43.i)No primeiro dia, 3 de setembro, realizou-se a

sessão especial para a alteração do Regimento na cláusula sobre a queda de quorum durante o anda-mento de uma sessão.

Iniciou-se logo em seguida a sessão ordinária, e sendo a primeira após a aprovação do Regimento Interno, foi aberta com a tomada de compromisso de todos os Parlamentares presentes, nos termos esta-belecidos no Regimento.

Foi, em seguida, lida a lista de assuntos apresen-tados, que incluiu propostas de projetos de normas, de declarações, de seminários, de comissões especiais, que foram despachados às comissões corresponden-tes e constam da lista em anexo.

Discutiu-se, em seguida, duas propostas de te-mas para Debate Proposto (art. 123 do Regimento), uma sobre liberdade de imprensa na Venezuela e ou-tra sobre o conflito Argentina-Uruguai em torno das “papeleras”. As duas propostas foram rejeitadas, em benefício de uma terceira, apresentada pelo Parlamen-tar Aloizio Mercadante, de que se estabelecesse como tema do Debate Proposto a situação da integração no Mercosul em geral, de maneira compreensiva, poden-do cada Parlamentar inscrito abordar o tema como lhe aprouver. Por ser o autor da proposta vencedora, o Parlamentar Aloizio Mercadante teve a precedência para usar a palavra e pelo tempo de 15 minutos, no que se constituiu no primeiro discurso político realiza-do no Parlamento do Mercosul.

A continuação do Debate Proposto sobre a si-tuação da integração deu-se na parte da tarde, com participação de Parlamentares dos demais países e logo após iniciou-se a apreciação do ponto único da ordem do dia, que foi a constituição das Comissões Permanentes. Aprovou-se a indicação preliminar dos componentes das Comissões, com a possibilidade de subseqüentes ajustes e encerrou-se o primeiro dia de sessão, decidindo-se que as bancadas fariam reuniões particulares para decidir sobre seus nomes para as presidências das comissões que seriam ra-tificados na continuação da sessão no dia 4 de se-

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60484 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

tembro, da qual constaria também a parte de Tema Livre, que não ocorreu no início da sessão, como re-gimentalmente previsto, e o informe do Conselho do Mercado Comum. Ademais, ficou marcada reunião da Mesa Diretora para as 18h do dia 3, para dar conti-nuidade à discussão sobre o orçamento e estrutura administrativa.

A Representação Brasileira reuniu-se e decidiu pleitear a presidências das seguintes Comissões: Assuntos Econômicos, Financeiros, Comerciais, Fiscais e Monetários; Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Esportes e, caso o Brasil ficasse com a presidência de uma terceira comissão, até que a Venezuela seja aceita como membro pleno, esta seria a de Desenvolvimento Regional Sustentável, Ordenamento Territorial, Habitação, Saúde, Meio Ambiente e Turismo. A delegação brasileira também decidiu pleitear as Vice-Presidências das Comissões de Assuntos Interiores, Segurança e Defesa e com a de Infra-Estrutura, Transportes, Recursos Energé-ticos e Agricultura, Pecuária e Pesca.

Na reunião da Mesa Diretora, no dia 3 de setem-bro, discutiu-se e distribuiu-se as Presidências e Vice-Presidências das Comissões Técnicas do Parlamento do Mercosul, e chegou-se à decisão final quanto à dis-tribuição das dez Comissões pelos países membros: o Brasil e o Uruguai ocuparão, cada um, a Presidência de três Comissões, ate que a Venezuela seja aceita como membro pleno do bloco, quando, então, o Brasil e o Uruguai lhes passarão a presidência de duas das Comissões que lhes couberam nesse acordo de dis-tribuição; a Argentina e o Paraguai receberam, cada qual, a Presidência de duas Comissões.

A reunião da bancada brasileira, no café da ma-nhã no dia 4 de setembro, chegou consensualmente aos nomes do Deputado Cesar Schirmer para presidir a Comissão de Assuntos Econômicos, Financeiros, Comerciais, Fiscais e Monetários, da Senadora Ma-risa Serrano para presidir a Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Esportes, o Deputado José Carlos Toffano para presidir a Comissão de De-senvolvimento Regional Sustentável, Ordenamento Territorial, Habitação, Saúde, Meio Ambiente e Turis-mo. Com direito a duas vice-presidências, a bancada indicou o Senador Romeu Tuma para a da Comissão de Assuntos Interiores, Segurança e Defesa e o Se-nador Inácio Arruda para a de Infra-Estrutura, Trans-portes, Recursos Energéticos e Agricultura, Pecuária e Pesca.

A sessão plenária do Parlamento reiniciou-se às 10h do dia 4, com realização do Tema Livre (espécie de Pequeno Expediente, onde cada Parlamentar pode

abordar o tema que desejar, por 5 minutos), com a participação de 8 parlamentares.

Em seguida, houve a ratificação pelo Plenário da divisão das Comissões Permanentes, Presidências e Vice-Presidências, por país, dando-se por encerrada a ordem do dia da sessão.

Foi, na sequência, dada a palavra ao Ministro do Trabalho do Uruguai, para fazer um informe sobre as atividades da Presidência Pro Tempore do Mer-cosul, que é exercida, até dezembro de 2007, pelo Uruguai.

Ao final da sessão, o Parlamentar Cesar Schir-mer fez um informe sobre a presença na audiência da sessão de representantes da União de Parlamentares do Mercosul (UPM) e da Seção da Força Sindical do Rio Grande do Sul, nomeando-os. Ao mesmo tempo comunicou e convidou a todos para o Seminário sobre o Bioma Pampa, a ser realizado em Rivera, nos dias 8 e 9 de novembro de 2007.

Também antes do encerramento, o Parlamentar Aloizio Mercadante repetiu a proposta para que as datas das sessões sejam estabelecidas alternativa-mente para segundas e terças-feiras e sextas-feiras e sábados, de forma que não reste apenas à dele-gação brasileira prejuízo por estar ausente em dias de sessões deliberativas do Congresso Nacional. O Presidente Roberto Conde assegurou que a Mesa Di-retora iria analisar a proposta e comunicaria a todos a deliberação que for tomada.

Ao meio-dia do dia 4 de setembro, o Presidente Roberto Conde encerrou a Sessão, marcando, prelimi-narmente, a 6ªSessão para os dias 1º e 2 de outubro de 2007, podendo a data ser modificada com comu-nicação prévia a todos.

A Delegação Brasileira foi formada pelos seguin-tes parlamentares e técnicos:

Senadores: Sérgio Zambiasi, Pedro Simon, Geral-do Mesquita Junior, Efraim Morais, Marisa Serrano, Aloi-zio Mercadante, Inácio Arruda, Eduardo Azeredo;

Deputados: Cezar Schirmer, Dr. Rosinha, Ge-orge Hilton, Max Rosenmann, Cláudio Diaz, Geraldo Thadeu, Germano Bonow, Vieira da Cunha e José Paulo Tóffano;

Servidores: Antonio Ferreira Costa Filho, Hum-berto Napoli Licursi, Elbio Fernando da Rosa e Fran-cisco Eugênio Arcanjo.

Documento constante em outro idioma, encontra-se arquivado na Coordenação de Arquivo do Centro de Documentação e Informação da Câmara dos De-putados – Art. 98 do Regimento Interno.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60485

RELATÓRIO DE VIAGEM REALIZADA NO DIA 10 DE SETEMBRO DO CORRENTE ANO,

EM DILIGÊNCIA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

No dia 10 de setembro do ano de 2007, a Co-missão Parlamentar de Inquérito para Investigar as Causas, Conseqüências e Responsáveis pela Crise do Sistema de Tráfego Aéreo Brasileiro, desencade-ada após o acidente aéreo ocorrido no dia 29 de se-tembro de 2006, envolvendo um Boeing 737-800, da Gol (vôo 1907), e um Jato Legacy, da América Exce-laire, com mais de uma centena de vítimas, realizou diligência ao Aeroporto de Jacarepaguá e Aeroporto Internacional de Antônio Carlos Jobim / Galeão, no qual fui convidado à participar.

A diligência iniciou às 9 horas, no Aeroporto de Jacarepaguá, situado na Av. Airton Sena, nº 2.541, Barra da Tijuca Rio de Janeiro.

Às 15 horas do mesmo dia, estivemos no Aero-porto Internacional de Antônio Carlos Jobim / Galeão, onde foi dada continuidade à diligência.

Estiveram presentes os Senhores Deputados Edson Santos, Filipe Pereira, Otávio Leite, Sabino Castelo Branco, Solange Amaral e o Senhor Pedro Azambuja, Superintendente do Aeroporto Internacio-nal de Antônio Carlos Jobim / Galeão.

A diligência proporcionou conhecimentos que, brevemente, vamos disseminar para todos os mem-bros da Comissão Parlamentar de Inquérito para In-vestigar as Causas, Conseqüências e Responsáveis pela crise do Sistema de Tráfego Aéreo Brasileiro. – Deputado Marco Aurélio Ubiali.

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60486 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

RELATÓRIO DA PARTICIPAÇÃO NO III FÓRUM IBERO-AMERICANO EM SANTIAGO DO

CHILE E DA REUNIÃO DA MESA DIRETIVA DO PARLAMENTO DO MERCOSUL.

I. Introdução

Nos dias 11 e 12 de setembro foi realizado em Valparaíso, Chile, o III Fórum Parlamentar Ibero-Ame-ricano. Participei do referido Fórum representando o Parlamento do Mercosul. Registro que não tinha ne-nhum parlamentar brasileiro representando o Congres-so Nacional do nosso País.

Viajei para Valparaíso, a partir de Brasília, no dia 10 de setembro. Voltei deste evento no dia 13.

Abaixo apresento a programação que nos foi envia-da, compreendendo o período de 10 a 12 de setembro.

Mesa Diretiva

Aproveitando a oportunidade deste Fórum o Pre-sidente Roberto Conde aproveitou e convocou uma reunião da Mesa Diretiva do Parlamento do Mercosul para o dia 10 de setembro à noite.

Com a ausência da representação da Argentina e o atraso na chegada do representante do Paraguai tal reu-nião foi adiada para o dia 12 às 07:30 horas da manhã.

II. Resumo Histórico do Fórum

1. A Comunidade Ibero-Americana de Nações (CIN) surgiu na década de 1970 por iniciativa da Es-panha e hoje conta com 22 países.

2. A primeira cúpula de Chefes de Estado e de Governo da CIN foi realizada no México em 1991 e, desde então se reúne anualmente.

3. Em 2005 o Parlamento Espanhol tomou a ini-ciativa de criar o Fórum Ibero-Americano. O Primeiro Fórum Parlamentar Ibero-Americano realizou-se em Bilbao, na Espanha, em outubro daquele ano.

4. O Segundo Fórum ocorreu em Montevidéu nos dias 25 e 26 de setembro de 2006. Nesta sessão do Fórum, além da Carta foi aprovado o Estatuto.

5. O Fórum se reúne 2 meses antes do Encontro de Presidentes e debate e elabora um documento a ser entregue aos mesmos.

III. Programação

Dia 10 de setembro:

Chegada das delegações no Aeroporto Interna-cional “Arturo Merino Benítez”, de Santiago.

Dia 11 de setembro:

09h 00 min – translado das delegações dos ho-téis para o Congresso Nacional.

09h 30 min – chegada das delegações ao Con-gresso Nacional.

10h 00 min – abertura do Plenário.. Mesa n° 1: “Governabilidade, democracia e

proteção social”.. Mesa n° 2: “Integração e proteção social”.. Mesa n° 3: “Legitimidade das instituições de-

mocráticas”.12h 15 min – Chegada da Excelentíssima Presiden-

ta da República do Chile, Drª Michelle Bachelet Jeria.12h 20 min – Inauguração do III Fórum Parla-

mentar Ibero-americano.. Interpretação do Hino Nacional do Chile. Palavras do senhor Enrique V. Iglesias, Secre-

tário Geral de SEGIB.. Palavras do senhor Patrício Walker Prieto, pre-

sidente da Câmara de Deputados.Palavras do senhor Eduardo Frei Ruiz-Tagle,

presidente do Senado.. Palavras da Dra Michelle Bachelet Jeria, Presi-

denta da República.13h 00 min – Encerramento da cerimônia de

abertura.13h 15 min – Foto oficial do III Fórum, nas esca-

darias do Congresso.13h 30 min – Translado ao Palácio Presidencial

de Cerro Castillo.13h 50 min – Recepção oferecida pela Presi-

denta da República.15h 30 min – Translado do Palácio Presidencial

ao Congresso Nacional.15h 45 min – Trabalho das Mesas Temáticas:. Mesa n° 1: “Governabilidade, democracia e

proteção social”.. Mesa n° 2: “Integração e proteção social”.. Mesa n° 3: “Legitimidade das instituições de-

mocráticas”.18h 30 min – Término das reuniões de trabalho

e translado das delegações para os hotéis.20h 00 min – Translado das delegações dos ho-

téis para o Café Turri de Valparaíso.20h 30 min – Recepção Oficial de Boas-Vindas.23h 00 min – Translado dos Delegados para os

hotéis.

Dia 12 de setembro:

09h 00 min – Translado das delegações dos ho-téis ao Congresso Nacional.

09h 30 min – Reuniões de Trabalho.. Mesa n° 1: “Governabilidade, democracia e

proteção social”.. Mesa n° 2: “Integração e proteção social”.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60487

. Mesa n° 3: “Legitimidade das instituições de-mocráticas”.

12h 50 min – Término das Reuniões de Trabalho.13h 00 min – Cerimônia de Encerramento do

11 Fórum:. Apresentação das Comissões. Declaração Final13h 45 min – Almoço oferecido pelos Presiden-

tes da Câmara e do Senado15h 45 min – Saída das delegações para os

hotéis.

IV. Atividades

As atividades foram desenvolvidas nos Grupos de Trabalho. Já por ocasião da inscrição fiz a opção de trabalhar como tema “Integração e proteção social”. Os três Grupos trabalharam em um texto inicial, que era a base para a Declaração de Valparaíso.

Cada um dos Grupos tinha um coordenador e Secretários Redatores (funcionários do Parlamento Chileno) designados para executarem as tarefas.

Os discursos das autoridades e a Carta de Valpa-raíso estarão a disposição no site www.foro-chile.cl

Método

Creio que não havia um método comum e cada um dos Grupos fez a opção de trabalho. Nosso Gru-po fez um debate geral do texto proposto. Após esse debate foi escolhido uma Comissão, da qual fiz par-te, para trabalhar com os Secretários Redatores uma proposta de texto. Fizemos este trabalho no próprio dia 11 de setembro e, no dia seguinte, 12, relemos as emendas e após debatê-las fizemos uma proposta de redação.

No dia 12, os coordenadores de cada Grupo se reuniram e fizeram uma redação final que foi levada ao Plenário para votação.

Mesa Diretiva do Parlamento do Mercosul

A Mesa Diretiva do Parlamento do Mercosul reu-niu-se no dia 13 de setembro na cidade de Viña del Mar, com a seguinte pauta:

1. Consideração da Ata da reunião do dia 13 de agosto de 2007;

2. Aprovação da Ordem do Dia da VI Sessão Plenária (1° de outubro de 2007);

3. Disposições Internas. Designar o Secretário de Relações Internacio-

nal e Integração;. Designar o encarregado do Departamento de

Comissões;. Autorização para as Comissões reunirem-se em

locais distintos da sede do Parlamento.

4. Relacionamento InternacionalLida e aprovada a Ata, passamos a debater a

Pauta da próxima Sessão doParlamento do Mercosul inicialmente marcada

para os dias 1 e 2 de outubro. A princípio definimos:1. Tomada de Compromissos de Parlamentares;2. Leitura dos assuntos que deram entrada;3. Tema livre;4. Debate Proposto;5. Discussão e votação da Ordem do Dia:. Informe dos Convênios de Cooperação;. Projeto de Declaração apresentado pela Comis-

são de Cidadania e Direitos Humanos;. Reunião de Cochabamba.. Nesta reunião também definimos:. que até o dia 21/09 podemos incluir outros temas;. que o presidente deve cobrar o cumprimento

o artigo 96;. que no dia 17 de dezembro deste ano os euro-

peus estarão em Brasília e que devemos retomar os debates anteriores;

. que haverá reunião do Euro-Lat em Portugal no próximo mês de novembro. Devemos fazer um bom de-bate sobre este tema e decidir se devemos participar. Para quê participar?

. que a delegação do Parlamento do Mercosul a Cochabamba deve ser composta de 4 ou 5 parlamen-tares de cada País.

Nesta reunião estiveram presentes:

1. Roberto Conde (Uruguay) Deputado, Presi-dente do Parlamento do MERCOSUL/ [email protected]

2. Florisvaldo Fier, (Brasil), Deputado Dr. Rosinha, Vice-presidente do Parlamento do MERCOSUR / dep.dr.rosinhacamara.gov.br

3. Edgar Fabián Lugo Garay (Paraguay), Secre-tário do Parlamento do MERCOSUR / [email protected]

4. Héctor Lacognta (Paraguay) Deputado, Inte-grante do Parlamento do MERCOSUR, que represen-tava neste momento ao parlamentar Alfonso Nunes.

V. Comentários

Foi um encontro pouco produtivo. A abertura ocor-reu com atraso, iniciando-se somente às 10:15 horas. Foi composta uma Mesa onde usaram da palavra os Presidentes da Câmara e do Senado do Chile. Logo em seguida foi feita a foto oficial.

A Presidenta Dra Michelle Bachelet Jeria, chegou às 12:15 horas. Após rápidos cumprimentos foi compos-ta a Mesa e dela fizeram uso da palavra os senhores Enrique V. Iglesias, Secretário Geral de SEGIB; Patrício

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60488 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Relatório de Viagem Deputado Fábio Ramalho

Encaminho a Vossa Excelência relatório que presta contas da viagem que realizei entre os dias 10 e 15 de setembro último, para participar, juntamente com o nobre colega, Deputado Paes Landin, da VII Sessão do fórum de Parlamentares da Convenção das Nações Unidas Para a Luta Contra a Desertificação – UNCCD, ocorrida nos dias 12 e 13 de setembro de 2007, no Congresso dos Deputados, na cidade de Madri – Espanha.

Toda a programação se deu através de várias reuniões e palestras proferidas por representantes dos diversos continentes, dotados de profundo conhe-cimento sobre o assunto, em especial sobre o Tratado de Paris, de 1997, ratificado pelo Brasil, onde ficou ex-plicitado a criação de um órgão específico para com-bate a Desertificação na África e nas partes áridas e semi áridas do resto do mundo.

A presença de um grande número de ONG e as muitas representações governamentais, demostrando excessiva preocupação com a seca e com a pobreza, em conseqüência direta da Desertificação, deixou claro que, apesar da existência da Convenção que conta com 10 anos de vigência, registra relevante frustração com as políticas públicas em relação ao combate à Desertificação.

A Conferência, em sua abrangência quase univer-sal, chama atenção para aspectos sociais muito preocu-

pantes, e nós, parlamentares presentes, não pudemos deixar de pensar o Nordeste brasileiro daqui a algumas décadas, se Conferências como estas não produzirem consciência da situação, convertida em ações, por parte de todos os países do mundo, mas principalmente, na elaboração de políticas públicas pelos países que de-têm a maior parte das riquezas do mundo.

Quero também ressaltar aqui, o tratamento cordial e acolhedor que recebemos da Comunidade de Madri, através da presidente regional, Srª Esperanza Aguirre. Participamos de solenidade presidida pela mesma, que contou com a presença da Ministra do Meio Ambiente da Espanha, Srª Cristina Narbosa Ruiz. A solenidade demonstrou claramente a preocupação daquele país europeu e da Comunidade de Madri com a questão do meio ambiente em toda a sua abrangência e inques-tionável importância.

Em resumo à Vossa Excelência quero afirmar que avalio como muito positiva para este Parlamento e para o Brasil, essa interação na discussão e na busca de políticas adequadas, através de conferências como essa, que nos torna a todos - países de culturas tão diferentes, únicos num mesmo ideal.

Agradeço a Esta Casa pela oportunidade enri-quecedora de ter participado da VIII Conferência In-ternacional da Convenção das Nações Unidas para a Luta Contra a Desertificação.

Atenciosamente, – Deputado Fábio Ramalho.

Walker Prieto, presidente da Câmara de Deputados; Eduardo Frei Ruiz-Tagle, presidente do Senado; e a Presidenta, Dra Michelle Bachelet Jeria, Presidenta da República. Esta solenidade de abertura foi` encerrada às 13:10 horas. Logo após nos dirigimos ao Palácio Presidencial de Cerro Castillo para o almoço.

Minha preocupação é que perdemos praticamente a manhã toda. Ao contrário do previsto iniciamos os Grupos de Trabalho somente na parte da tarde, às 15: 45 horas.

As principais idéias deste Grupo de Trabalho estão refletidas no documento final no site: www.foro-chile.cl.

Chamo a atenção que 11 de setembro, dia da abertura, era também a data do golpe de Estado de Pinochet no Chile. Tanto o Presidente da Câmara como o do Senado do Chile fizeram referência a isso, em seus discursos. O mesmo também foi condenado pela Presidente Michelle Bachelet.

Este o teor do meu relatório, – Deputado Dr. Rosinha.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60489

RELATÓRIO DE VIAGEM

SEMINÁRIO SOBRE A CRISE DO SISTEMA AÉREO – DIAGNÓSTICOS E SOLUÇÕES

LEGISLATIVAS

DADOS DA VIAGEM

Assunto: Seminário sobre a Crise do Sistema Aéreo –Diagnósticos e Soluções Legislativas

Data: 14 de setembro de 2007Local: Assembléia Legislativa do Estado de São

Paulo – Auditório Teotônio VilelaParticipante: Deputado Rocha LouresComitiva: Deputados Antonio Carlos Mendes

Thame, Beto Mansur, Carlos Zarattini, Marcelo Cas-tro, Marco Maia, Miguel Martini, Pepe Vargas e Rocha Loures

ROTEIRO DA VIAGEM

Dia 17/06 10h.31 – Abertura do Seminário pelo Deputado Estadual Vaz de Lima, Presidente da As-sembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

10h.40 – Painel sobre o Futuro do Sistema de Tráfego Aéreo e sua Regulação.

Palestrantes: Luiz Alberto dos Santos, Repre-sentante do Governo Federal – Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República; e Brigadeiro Adyr da Silva, Presidente da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial;

Moderador: Deputado Rocha Loures;

Relator: Deputado Pepe Vargas;Debatedores: Leonel Rossi Junior, Diretor de

Assuntos Internacionais da Associação Brasileira das Agências de Viagens da ABAV Nacional; e Enrico Fermi T. Fontes, Presidente da Associação Brasileira da Indús-tria de Hotéis do Rio Grande do Norte que representou o Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da ABIH Nacional, Eraldo Alves da Cruz.

13h.06 – Encerramento do 1° Painel e suspensão dos trabalhos para almoço.

14h.52 – Reabertura dos trabalhos do Seminário pelo Presidente, Deputado Rocha Loures.

14h.56 – Painel sobre o Sistema de Tráfego Aé-reo – Quem Controla?

Palestrantes: Marcos Pó, Coordenador-Adjunto do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC; e Roberto Augusto Casteilanos Pfeiffer, Diretor Exe-cutivo do PROCON/SP;

Moderador: Deputado Miguel Martini;Relator: Deputado Pepe Vargas;Debatedores: Roberto de Almeida Dultra, Presi-

dente da Associação Brasileira de Turismo Receptivo Bito; Cláudio Magnavita, Presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – ABRAJET; e Apóstole Lázaro Chryssafidis, Presidente da Associa-ção Brasileira de Transportes Aéreos – ABETAR.

15h.53 – O Deputado Miguel Martini assume a Presidência.

17h.08 – Encerramento do Seminário pelo Presi-dente, Deputado Miguel Martini. – Deputado Rocha Loures, Presidente da Subcomissão.

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60490 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

OF.GAB. MM n° 030/2007

Brasília, 7 de novembro de 2007

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosBrasília – DF

Senhor Presidente,Encaminho anexo o Relatório da Viagem a São

Paulo, Seminário sobre a Crise do Sistema Aéreo – Diagnósticos e Soluções Legislativas.

Sem mais para o momento, desde já agradeço e subscrevo-me com protestos de estima e consideração.

Atenciosamente, – Deputado Marco Maia, PT/RS.

RELATÓRIO DE VIAGEM

SEMINÁRIO SOBRE A CRISE DO SISTEMA AÉREO – DIAGNÓSTICOS E SOLUÇÕES

LEGISLATIVAS

DADOS DA VIAGEM

Assunto: Seminário sobre a Crise do Sistema Aéreo – Diagnósticos e Soluções Legislativas

Data: 14 de setembro de 2007Local: Assembléia Legislativa do Estado de São

Paulo – Auditório Teotônio VilelaParticipante: Deputado Marco MaiaComitiva: Deputados Antonio Carlos Mendes Tha-

me, Beto Mansur, Carlos Zarattini, Marcelo Castro, Marco Maia, Miguel Martini, Pepe Vargas e Rocha Loures

ROTEIRO DA VIAGEM

Dia 17-6 – 10h31 – Abertura do Seminário pelo Deputado Estadual Vaz de Lima, Presidente da As-sembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

10h40 – Painel sobre o Futuro do Sistema de Tráfego Aéreo e sua regulação.

Palestrantes: Luiz Alberto dos Santos, Repre-sentante do Governo Federal – Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República; e Brigadeiro Adyr da Silva, Presidente da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial;

Moderador: Deputado Rocha Loures;Relator: Deputado Pepe Vargas;Debatedores: Leonel Rossi Junior, Diretor de

Assuntos Internacionais da Associação Brasileira das Agências de Viagens da ABAV Nacional; e Enrico Fermi T. Fontes, Presidente da Associação Brasileira da Indús-tria de Hotéis do Rio Grande do Norte que representou o Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da ABIH Nacional, Eraldo Alves da Cruz.

13h06 Encerramento do 1° Painel e suspensão dos trabalhos para almoço.

14h52 – Reabertura dos trabalhos do Seminário pelo Presidente, Deputado Rocha Loures.

14h56 – Painel sobre o Sistema de Tráfego Aé-reo – Quem Controla?

Palestrantes: Marcos Pó, Coordenador-Adjunto do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC; e Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer, Diretor Exe-cutivo do Procon/SP;

Moderador: Deputado Miguel Martini;Relator: Deputado Pepe Vargas;Debatedores: Roberto de Almeida Dultra, Presi-

dente da Associação Brasileira de Turismo Receptivo – BITO; Cláudio Magnavita, Presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – ABRAJET; e Apóstole Lázaro Chryssafidis, Presidente da Associa-ção Brasileira de Transportes Aéreos – ABETAR.

15h53 – O Deputado Miguel Martini assume a Presidência.

17h08 – Encerramento do Seminário pelo Pre-sidente, Deputado Miguel Martini.

– Deputado Marco Maia, Deputado Federal.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60491

RELATÓRIO DE VIAGEM

SEMINÁRIO SOBRE A CRISE DO SISTEMA AÉREO – DIAGNÓSTICOS E SOLUÇÕES

LEGISLATIVAS

DADOS DA VIAGEM

Assunto: Seminário sobre a Crise do Sistema Aéreo – Diagnósticos e Soluções Legislativas

Data 14 de setembro de 2007Local: Assembléia Legislativa do Estado de São

Paulo – Auditório Teotônio VilelaParticipante: Deputado Miguel MartiniComitiva: Deputados Antonio Carlos Mendes

Thame, Beto Mansur, Carlos Zarattini, Marcelo Cas-tro, Marco Maia, Miguel Martini, Pepe Vargas e Rocha Loures

ROTEIRO DA VIAGEM

Dia 17-6 – 10h31 – Abertura do Seminário pelo Deputado Estadual Vaz de Lima, Presidente da As-sembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

10h40 – Painel sobre o Futuro do Sistema de Tráfego Aéreo e sua Regulação.

Palestrantes: Luiz Alberto dos Santos, Repre-sentante do Governo Federal – Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República; e Brigadeiro Adyr da Silva, Presidente da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial;

Moderador: Deputado Rocha Loures;

Relator: Deputado Pepe Vargas;Debatedores: Leonel Rossi Junior, Diretor de

Assuntos Internacionais da Associação Brasileira das Agências de Viagens da ABAV Nacional; e Enrico Fermi T. Fontes, Presidente da Associação Brasileira da Indús-tria de Hotéis do Rio Grande do Norte que representou o Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da ABIH Nacional, Eraldo Alves da Cruz.

13h06 – Encerramento do 1° Painel e suspensão dos trabalhos para almoço.

14h52 – Reabertura dos trabalhos do Seminário pelo Presidente, Deputado Rocha Loures.

14h56 – Painel sobre o Sistema de Tráfego Aéreo – Quem Controla?

Palestrantes: Marcos Pó, Coordenador-Adjunto do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC; e Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer, Diretor Executivo do Procon/SP;

Moderador: Deputado Miguel Martini;Relator: Deputado Pepe Vargas;Debatedores: Roberto de Almeida Dultra, Presi-

dente da Associação Brasileira de Turismo Receptivo – BITO; Cláudio Magnavita, Presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – ABRAJET; e Apóstole Lázaro Chryssafidis, Presidente da Associa-ção Brasileira de Transportes Aéreos – ABETAR.

15h53 – O Deputado Miguel Martini assume a Presidência.

17h08 – Encerramento do Seminário pelo Presi-dente, Deputado Miguel Martini.

– Deputado Federal Miguel Martini.

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60492 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

RELATÓRIO DE VIAGEM 17-9-2007

Comissão Mista de Mudanças Climáticas São Paulo

Audiência Pública: Mudanças Climáticas – A responsabilidade do Setor Industrial

Como parte do cronograma de trabalho da Co-missão Mista de Mudanças Climáticas, a audiência pública aconteceu na sede da Fiesp, na cidade de São Paulo no dia 17 de setembro do ano corrente.

Integrante da Comissão, o Deputado Rocha Loures, participou do evento que, ao discutir o papel do setor industrial na questão do aquecimento global, revelou a disposição e preocupação do empresariado em avançar em tecnologia, bem como em projetos que possam diminuir os possíveis malefícios da ati-vidade industrial.

A audiência pública, iniciada às 8h30 min, con-tou com a palestra dos senhores:

Marco Antonio Fujíhara – Membro do Conselho Superior da Fiesp

José Borges Matias – Rhodia – Vice-Presidente América Latina

Ângela Martins de Souza – coordenadora de emissões atmosféricas da Petrobras.

Após as apresentações, os deputados partici-param de um almoço oferecido pela diretoria de meio ambiente da Federação. Á tarde, a comissão visitou projeto ambiental do Aterro Sanitário Bandeirantes.

DESLOCAMENTO DO PARLAMENTAR16-9 Curitiba-São Paulo18-9 São Paulo-Brasília

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60493

RELATÓRIO DA VI SESSÃO ORDINÁRIA DO PARLAMENTO DO MERCOSUL

8 DE OUTUBRO DE 2007

I. INTRODUÇÃO

Foi realizada no dia 8 de outubro de 2007 na ci-dade de Montevidéu, sede do Parlamento do Merco-sul, a VI Sessão Ordinária do Parlamento. Este breve relatório é praticamente o mesmo apresentado pela assessoria técnica do Congresso Nacional que viajou com os parlamentares.

II. ATIVIDADES DA REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA

As atividades tiveram início às 8h30, no Hotel NH Colúmbia, com café da manhã de trabalho da Repre-sentação Brasileira no Parlamento do Mercosul, para discutir assuntos da pauta e estabelecer algumas po-sições comuns.

Foram discutidos os seguintes temas: a criação do Parlamento da Unasul e o cumprimento da Cláusula Transitória Segunda do Protocolo Constitutivo do Par-lamento do Mercosul, que determina que o Parlamento deverá enviar proposta de “representação cidadã”, para ser aprovada pelo Conselho do Mercado Comum até 31 de dezembro de 2007.

III. ATIVIDADES NO PARLAMENTO

Em seguida, a Representação Brasileira rumou para o Palácio Legislativo. A sessão iniciou-se com a chamada dos parlamentares e a leitura dos nomes, de cada um, e a que Comissão participa. Foi designado o local de cada uma das Comissões. As mesmas foram instaladas às 11 horas. Foi dado posse aos seus membros e em seguida foi eleita a respectiva Mesa Diretora. Em cada uma das Comissões foi debatido o plano de trabalho.

A Representação Brasileira preside três comis-sões e ocupa a vice-presidência em outras duas. A Parlamentar do Mercosul Marisa Serrano foi eleita para presidir a Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Esporte. O Parlamentar Cézar Schirmer presidirá a Comissão de Assuntos Econômicos, Fi-nanceiros, Comerciais, Fiscais e Monetários e o Parla-mentar José Paulo Tóffano, a Comissão de Desenvolvi-mento Regional Sustentável, Ordenamento Territorial, Moradia, Saúde, Meio Ambiente e Turismo.

As vice-presidências das Comissões de Assuntos Interiores, Segurança e Defesa e de Infra-Estrutura, Transportes, Recursos Energéticos, Agricultura, Pecuária e Pesca são ocupadas pelos Parlamentares do Mercosul Romeu Tuma e Inácio Arruda, respectivamente.

Todas as Comissões trabalharam até a hora do almoço e às 14 horas, deu-se início à VI Sessão Ple-nária do Parlamento do Mercosul.

No início da sessão foi lida a Ata da V Sessão Ordinária, realizada em 3 de setembro de 2007, que foi votada e aprovada. Em seguida o secretário passou a ler as proposições que deram entradas. Uma delas (anexa) foi apresentada por mim.

Em seguida, foram aprovadas as seguintes De-clarações do Parlamento do Mercosul: “Declaração de Respaldo às Gestões do Presidente Hugo Chávez Frias, em sua condição de mediador, às negociações de um Acordo Humanitário na República da Colôm-bia” e “Declaração de Reconhecimento da Importân-cia de Ernesto Che Guevara na Reafirmação dos Ideais de Democracia, Justiça, Paz e Solidariedade entre os Povos”.

O Presidente do Parlamento do Mercosul, Parla-mentar Roberto Conde, apresentou, em seguida, re-latório sobre o seminário “Alternativas para um Parla-mento da Unasul”, realizado em 5 de outubro de 2007, em Cochabamba, Bolívia. O tema foi amplamente de-batido, vez que muitos dos parlamentares presentes informaram não ter tido conhecimento prévio do do-cumento firmado, naquela ocasião, pelos Presidentes do Parlamento do Mercosul e do Parlamento Andino. Argumentou-se que o Parlamento do Mercosul acaba de ser criado e instalado, e que a criação de um outro órgão parlamentar em nível regional poderá contribuir para o enfraquecimento do Parlamento do Mercosul. O Presidente Roberto Conde explicou as origens da iniciativa, e decidiu-se que a assinatura de qualquer documento subseqüente dependerá de sua prévia aprovação pelo Parlamento do Mercosul.

Deu-se início, em seguida, à discussão e votação da Ordem do Dia. Dela constava Projeto de Disposição que determinava a criação de comissão especial para realizar diagnóstico sobre a situação atual do Merco-sul. Porém o referido Projeto deixou de ser votado por falta de quorum, tendo em vista que a Representação da Argentina retirou-se, alegando a próxima saída de seu vôo de retorno a Buenos Aires.

A VI Sessão do Parlamento do Mercosul foi en-cerrada às 18h45min.

IV. REPRESENTAÇÃO

A Representação Brasileira, esteve composta dos seguintes Parlamentares do Mercosul: Geraldo Mes-quita Júnior (Presidente da Representação Brasileira), Pedro Simon, Adelmir Santana, Romeu Tuma, Marisa Serrano, Eduardo Azeredo, Sérgio Zambiasi, Cristovam Buarque, Inácio Arruda, Cezar Schirmer, Dr. Rosinha,

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George Hilton, Cláudio Diaz, Geraldo Thadeu, Matteo Chiarelli, Beto Albuquerque, José Paulo Tóffano.

V. COMENTÁRIOS

Faço dois breves comentários por entender que são importantes. Primeiro, a retirada dos parlamenta-res da Argentina, pela terceira vez em seis sessões do Parlamento do Mercosul, é preocupante. Demonstra a falta de compromisso dos mesmos com uma proposta inovadora que é um Parlamento para representar os povos de um Bloco econômico-político. Durante a ses-são fiz as observações, apesar de criticado por tê-las feito, porque entendia necessárias.

Segundo, a postura dos parlamentares brasileiros em relação ao Parlamento do Mercosul. Entendo que foi muito positiva a defesa que os brasileiros fizeram do Parlamento do Mercosul e os cuidados que deve ter ao construir um novo espaço parlamentar como o da União das Nações Sul Americana (UNASUL).

VI. ANEXO

A Cláusula segunda das disposições transitórias do Protocolo constitutivo do Parlamento do Mercosul estabelece que até 31 de dezembro de 2007 deve ser definida a proporcionalidade, de cada país, da repre-sentação parlamentar no Parlamento do Mercosul. An-teriormente já tinha apresentado proposta de trabalho para construir esta proporcionalidade e nesta VI Sessão apresento uma proposta para ser debatida.

MERCOSUL/PM/PROJETO DE NORMA N° /2007

VISTOA Cláusula Transitória Segunda do Protocolo

Constitutivo do Parlamento do Mercosul determina ao Parlamento a adoção de proposta, por maioria quali-ficada, dirigida ao Conselho do Mercado Comum, re-lativa “...à integração do Parlamento de acordo com o critério de representação cidadã aplicável a partir da segunda etapa de transição ...”.

VISTOOs Artigos 1º e 2º do Protocolo Constitutivo do

Parlamento do Mercosul que definem o Parlamento como órgão de representação dos povos da região.

VISTOO Art. 4º, inciso 13, do Protocolo Constitutivo do

Parlamento do Mercosul e o Art. 95 de seu Regimen-to Interno.

VISTOQue é evidente que a fórmula paritária vigente

para a Primeira Etapa de Transição gera enorme so-bre-representação dos Estados com menor população, em detrimento daqueles mais povoados.

CONSIDERANDO

Que deve buscar-se um projeto baseado em cri-tério demográfico, que associado às formas de maioria adotadas pelo Art. 15 do Protocolo, permita composi-ções políticas variadas e múltiplas entre os represen-tantes dos países de maior e menor população, des-cartando o predomínio de um ou mais Estados sobre os demais, porém atenuando a sobre-representação nos países de menor população por meio de maior representatividade em países de maior índice demo-gráfico.

CONSIDERANDOQue o objetivo central da conformação do Par-

lamento do Mercosul é garantir a representação dos cidadãos da região, razão pela qual foi adotado critério de representação cidadã, distinto do sistema de pa-ridade da representação dos Estados Partes vigente nas demais instituições do bloco.

VISTOQue o critério definitivo que determinará o nú-

mero de parlamentares por país, segundo o conceito da representação cidadã, entrará em vigor a partir dos prazos estabelecidos no segundo parágrafo da Dispo-sição Transitória Segunda do Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul, e será estabelecido por con-senso do Conselho do Mercado Comum, por proposta do Parlamento, adotada por maioria qualificada.

VISTOQue o critério utilizado para a definição do núme-

ro de membros de uma Casa Legislativa nacional, que representa o povo, é, naturalmente, o demográfico. E que uma das variáveis que inevitavelmente deverão ser consideradas com vistas à adoção de um critério definitivo de representação para o Parlamento do Mer-cosul, será a diferença de tamanho das respectivas populações dos países membros.

Entretanto, se por um lado a igualdade plena do número de parlamentares por Estado Parte afetaria a qualidade representativa do Parlamento, por outro a proporcionalidade plena refletiria a enorme assime-tria populacional existente na região, favorecendo o predomínio de um ou mais Estados Partes sobre os demais.

Por essa razão, opta-se pela adoção de critério de proporcionalidade atenuada, em que se parte de um piso e se agregam cadeiras por cada grupo po-pulacional superior ao piso, em intervalos cada vez maiores para propiciar a pretendida atenuação na proporcionalidade.

VISTOQue o Parlamento Europeu adotou, para a distri-

buição de assentos em sua primeira eleição, fórmula chamada de “proporcional regressiva”, baseada em

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proposta do Relatório de 1973 do deputado socialista holandês Schelto Patjin, que adotava os seguintes cri-térios, os quais expomos como exemplo e adotamos sua metodologia na presente proposta.

CONSIDERANDOQue mesmo com a proporcionalidade, a eventual

supremacia numérica de bancada de um Estado Parte não acarreta a indesejável hegemonia no Parlamento, tendo em vista o sistema de maiorias que se construiu no Protocolo Constitutivo do Parlamento, em que ma-térias mais sensíveis dependerão de maiorias especial e qualificadas em que a ausência de votos de todos os Parlamentares de um Estado Parte impedirão sua aprovação, significando verdadeiramente um contra-peso institucional para assimetria populacional.

O CONSELHO DO MERCADO COMUM DECIDE:

Art. 1° A integração do Parlamento do Mercosul, de conformidade com um critério de representação cida-dã, previsto na Disposição Transitória Segunda do seu Protocolo Constitutivo, se fará da seguinte maneira:

Os Estados Partes com até 10 milhões de habi-tantes contarão com o piso de 18 assentos;

Os Estados Partes com mais de 10 até 40 milhões de habitantes contarão com o piso e mais 1 assento para cada 2 milhões de habitantes;

Os Estados Partes com mais de 40 até 100 milhões de habitantes contarão com o piso, os assentos previstos para o intervalo estabelecido no número 2 e mais um assento para cada 2,5 milhões de habitantes.

Os Estados Partes com mais 100 milhões de habi-tantes contarão com o piso, os assentos previstos para os intervalos estabelecidos nos números 2 e 3 e mais um assento para cada 5 milhões de habitantes.

Art. 2° O ingresso de qualquer novo Estado Par-te no Mercosul implicará a revisão, pelo Conselho do Mercado Comum, por proposta do Parlamento, do nú-mero de cadeiras correspondentes à representação de cada pais membro no Parlamento do Mercosul, para vigorar nas eleições subseqüentes.

Art. 3° O Conselho do Mercado Comum, por pro-posta do Parlamento, revisará o número dos assentos por Estado Parte até 31 de dezembro de 2013, para vigorar a partir das eleições de 2014.

Montevidéu, de outubro de 2007

ANEXO 1

Habitantes por Parlamentar do Mercosul de cada Estado Parte na Primeira Etapa de Transição (repre-sentação paritária)

Fontes: World population propects: the 2006 re-vision. Highlights. New York: United

Nations, Population Division, 2007. In http://www.ibge.gov.br/paisesat/. Acesso em 19-9-2007.

Números aproximados. Nota: a Venezuela tem o status de “membro pleno em processo de adesão”.

ANEXO 2

(Quadro de assentos com a população atual dos Estados Parte)

Habitantes por Parlamentar do Mercosul de cada Estado Parte, (segundo proposta da representação brasileira).

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ANEXO 3

Proposta de proporcionalidade do Parlamento Europeu segundo o Relatório Patjin, de 1973.

1) Os Estados com menos de um milhão de habitantes dispõem de 6 assentos;

2) Cada Estado contando entre 1 mi-lhão e 2,5 milhões de habitantes dispõe de 12 assentos;

3) Até o número de 5 milhões de habi-tantes, cada Estado obtém um assento suple-mentar por cada 500.000 habitantes;

4) Além de 5 milhões de habitantes e até 10 milhões de habitantes, cada Estado obtém um assento suplementar por cada 750.000 habitantes;

5) Além de 10 milhões de habitantes, e até 50 milhões de habitantes, cada Estado obtém um assento suplementar por cada 1 milhão de habitantes;

6) Além de 50 milhões de habitantes, cada Estado dispõe de um assento suplemen-tar por cada 1,5 milhão de habitantes.

Justificação

A Cláusula Transitória Segunda do Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul determina ao Parlamento a adoção de proposta, por maioria qua-lificada, dirigida ao Conselho do Mercado Comum, relativa “...à integração do Parlamento de acordo com o critério de representação cidadã aplicável a partir da segunda etapa de transição ...”.

Cabe esclarecer, preliminarmente, as razões pelas quais os negociadores do Protocolo Constitu-tivo do Parlamento do Mercosul optaram por estabe-lecer duas etapas de transição até que se lograsse a conformação definitiva do órgão.

Com efeito, os temas concernentes à sua com-posição e à eleição direta foram os que suscitaram as maiores dificuldades para se atingir um consenso, apresentando-se, a solução tendente à adoção de prazos, como a de maior viabilidade prática e política naquele momento.

Assim, a Cláusula Transitória Primeira define como “primeira etapa de transição” o período com-preendido entre 31 de dezembro de 2006 e 31 de dezembro de 2010, quando todos os Estados Partes já deverão ter realizado eleições gerais em âmbito nacional, ocasião em que deverão eleger também, por meio de sufrágio direto, universal e secreto, de acordo com mecanismos previstos pela respectiva legislação eleitoral, os Parlamentares do Mercosul e seus suplentes (Art. 6 do Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul).

A “segunda etapa de transição” refere-se ao período compreendido entre 1º de janeiro de 2011

e 31 de dezembro de 2014, quando todos os Parla-mentares integrantes do Parlamento do Mercosul já terão sido eleitos de acordo com o estabelecido no Art. 6º, supra mencionado.

O mesmo dispositivo determina que:Por proposta do Parlamento, o Conselho do

Mercado Comum estabelecerá o “Dia do Mercosul Cidadão”, para a eleição dos parlamentares, de forma simultânea em todos os Estados Partes, por meio de sufrágio direto, universal e secreto dos cidadãos.

A primeira eleição simultânea em todos os Es-tado Partes, conforme prevista no artigo 6º, deverá realizar-se-á durante o ano de 2014, segundo o dis-posto na Cláusula Transitória Terceira .

A adoção do chamado critério de representa-ção cidadã, especificado no Art. 5º do Protocolo para vigorar a partir da segunda etapa de transição, obe-dece à mesma lógica adotada pelos negociadores, ante a resistência apresentada por alguns países membros ao princípio da representação proporcional. Optou-se, portanto, por critérios atenuados de pro-porcionalidade, dada a impossibilidade de se adotar regime de proporcionalidade plena, tendo em vista a enorme disparidade existente entre as populações dos Estados Partes.

Consideraram os negociadores que a repre-sentação dos cidadãos do Mercosul, função primor-dial do Parlamento, resultaria irremediavelmente comprometida caso se optasse pela paridade entre o número de representantes dos Estados membros, sistema, aliás, já vigente nos demais órgãos intergo-vernamentais do bloco.

Portanto, a Cláusula Transitória Segunda atribui, ao Parlamento, mandato para propor ao Conselho do Mercado Comum critério de representação cidadã (leia-se: com proporcionalidade, ainda que atenuada) para o órgão, a ser aprovado pelo Conselho até 31 de dezembro de 2007. A proposta a ser encaminha-da ao Conselho, na forma de projeto de norma do Mercosul, consoante o disposto no inciso 13 do Art. 4º do Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mer-cosul, e do art. 95 do seu Regimento Interno, deverá ser aprovada pelo Parlamento por maioria qualificada, isso é, pelo “(...) voto afirmativo da maioria absoluta de integrantes da representação parlamentar de cada Estado Parte”. (Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul, art. 15, inciso 5).

Tendo em vista o prazo de até 31 de dezembro estipulado pelo Protocolo para que o Conselho se manifeste sobre o tema em apreço, a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul apresenta a pre-sente proposta de Projeto de Norma Mercosul para a representação, com modelo semelhante, porém sim-plificado, àquele adotado pelo Parlamento Europeu. – Deputada Parlamentar Dr. Rosinha.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60497

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 174, DE 2007

(Do Sr. José Fernando Aparecido de Oliveira e outros)

Revoga os §§ 2º, 3º, 4º e 5º do art. 53 da Constituição Federal, extinguindo a imu-nidade parlamentar formal.

Despacho: Apense-se a Pec 119/2007 Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-

ciação do Plenário

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-nado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto cons-titucional:

Art. 1º. Revogam-se os §§ 2º, 3º, 4º e 5º do art. 53 da Constituição Federal.

Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vi-gor na data de sua publicação.

Justificação

A presente Proposta de Emenda à Constituição tem como objetivo extinguir a imunidade parlamentar quanto ao processo e julgamento dos membros do Congresso Nacional perante o Poder Judiciário – dita formal ou processual.

Em nossa história recente, graves escândalos ligando parlamentares a toda sorte de crimes e à in-cúria com a coisa pública prejudicaram seriamente a imagem do Parlamento perante a população, desmora-lizando-o e a seus integrantes. Hoje, o termo “político” é quase sinônimo de indivíduo desonesto, rapace e ímprobo. Esse quadro lamentável corrói a credibilida-de e a legitimidade do Congresso Nacional junto ao povo, titular da soberania, comprometendo os enormes avanços já feitos na construção de uma sociedade

democrática livre, justa e solidária, como prescreve a Constituição de 1988.

Nesse contexto, a imunidade parlamentar formal surge como instituto que contribui significativamente para a impunidade, servindo de instrumento a um con-denável esprit de corps que impede a rápida e eficiente investigação de crimes e a punição de parlamentares neles envolvidos.

Nascida como reação aos desmandos da ditadu-ra militar, no intuito de fortalecer o Poder Legislativo, a imunidade parlamentar desvirtuou-se a ponto de não serem poucos os exemplos de parlamentares que dela se serviram para não responder por seus atos perante a Justiça. No ano de 2006, segundo informação do jornal Valor Econômico, quase 120 Deputados e Senadores estão sob inquérito ou respondem a processos penais no STF (edição de 05/07/06, editorial, p. A-10). O número se revela ainda mais assombroso quando se tem em conta que trata-se do Parlamento brasileiro, instância máxima representativa de toda a Nação e, como tal, idealmente um celeiro de valores e figuras eminentes.

Transmudada de garantia de exercício do mandato em abrigo seguro contra as penas da lei, a imunida-de parlamentar merece ser retirada do quadro cons-titucional brasileiro. Nossa proposta vem se juntar à Emenda Constitucional Nº 35, de 2001, representando na verdade sua evolução dentro da vida institucional brasileira. Nossa democracia é hoje vibrante e plena-mente consolidada, prescindindo de institutos como o aqui discutido.

Certos da relevância da matéria, e convictos de estar contribuindo para o aprimoramento da vida repu-blicana, apresentamos esta Proposta à apreciação de nossos ilustres Pares, pugnando pela sua aprovação.

Sala das Sessões, 17 de outubro de 2007. – Depu-tado José Fernando Aparecido de Oliveira.

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Proposição: PEC 0174/07Autor: José Fernando Aparecido de Oliveira e OutrosData de Apresentação: 17-10-07Ementa: Revoga os §§ 2°, 3°, 4° e 5° do art. 53 da Constituição Federal, extinguindo a imunidade parla-mentar formal.Possui Assinaturas Suficientes: SIMTotal de Assinaturas:Confirmadas: 174Não Conferem: 009Fora do Exercício: 001Repetidas: 003Ilegíveis: 000Retiradas: 000Total: 187

Assinaturas Confirmadas

1 – OSVALDO REIS (PMDB – TO)2 – FERNANDO DE FABINHO (DEM – BA)3 – CLÓVIS FECURY (DEM – MA)4 – LELO COIMBRA (PMDB – ES)5 – RAUL JUNGMANN (PPS – PE)6 – MÁRIO DE OLIVEIRA (PSC – MG)7 – MILTON MONTI (PR – SP)8 – MÁRIO HERINGER (PDT – MG)9 – TADEU FILIPPELLI (PMDB – DF)10 – VITOR PENIDO (DEM – MG)11 – MENDES RIBEIRO FILHO (PMDB – RS)12 – MARCELO TEIXEIRA (PR – CE)13 – DR. TALMIR (PV – SP)14 – LUCIANA GENRO (PSOL – RS)15 – RIBAMAR ALVES (PSB – MA)16 – ELISEU PADILHA (PMDB – RS)17 – GILMAR MACHADO (PT – MG)18 – EDUARDO SCIARRA (DEM – PR)19 – VICENTE ARRUDA (PR – CE)20 – NEILTON MULIM (PR – RJ)21 – ROGERIO LISBOA (DEM – RJ)22 – EDUARDO BARBOSA (PSDB – MG)23 – FÁBIO FARIA (PMN – RN)24 – VANDERLEI MACRIS (PSDB – SP)25 – JOSÉ FERNANDO APARECIDO DE OLIVEIRA (PV – MG)26 – AELTON FREITAS (PR – MG)27 – LUIZ BASSUMA (PT – BA)28 – PEDRO NOVAIS (PMDB – MA)29 – NEUCIMAR FRAGA (PR – ES)30 – PAULO PIAU (PMDB – MG)31 – FELIPE BORNIER (PHS – RJ)32 – EDUARDO VALVERDE (PT – RO)33 – ARIOSTO HOLANDA (PSB – CE)34 – EUNÍCIO OLIVEIRA (PMDB – CE)35 – PAULO HENRIQUE LUSTOSA (PMDB – CE)

36 – POMPEO DE MATTOS (PDT – RS)37 – CEZAR SCHIRMER (PMDB – RS)38 – EUGÊNIO RABELO (PP – CE)39 – DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP)40 – ASSIS DO COUTO (PT – PR)41 – PEPE VARGAS (PT – RS)42 – MARCELO CASTRO (PMDB – PI)43 – JURANDIL JUAREZ (PMDB – AP)44 – MOISES AVELINO (PMDB – TO)45 – JAIR BOLSONARO (PP – RJ)46 – MAURO NAZIF (PSB – RO)47 – MANATO (PDT – ES)48 – RODRIGO DE CASTRO (PSDB – MG)49 – JORGE BITTAR (PT – RJ)50 – CARLOS ALBERTO LERÉIA (PSDB – GO)51 – JOÃO MAGALHÃES (PMDB – MG)52 – AYRTON XEREZ (DEM – RJ)53 – GLADSON CAMELI (PP – AC)54 – EUDES XAVIER (PT – CE)55 – PEDRO WILSON (PT – GO)56 – MARCONDES GADELHA (PSB – PB)57 – WILSON BRAGA (PMDB – PB)58 – JAIME MARTINS (PR – MG)59 – BETO ALBUQUERQUE (PSB – RS)60 – GERALDO THADEU (PPS – MG)61 – WELLINGTON ROBERTO (PR – PB)62 – LUIZ BITTENCOURT (PMDB – GO)63 – GERALDO PUDIM (PMDB – RJ)64 – ANDRÉ DE PAULA (DEM – PE)65 – SANDES JÚNIOR (PP – GO)66 – ELIENE LIMA (PP – MT)67 – VIGNATTI (PT – SC)68 – OSMAR JÚNIOR (PCdoB – PI)69 – NELSON BORNIER (PMDB – RJ)70 – CRISTIANO MATHEUS (PMDB – AL)71 – DAMIÃO FELICIANO (PDT – PB)72 – SILVINHO PECCIOLI (DEM – SP)73 – FÉLIX MENDONÇA (DEM – BA)74 – BILAC PINTO (PR – MG)75 – GIACOBO (PR – PR)76 – JERÔNIMO REIS (DEM – SE)77 – SANDRO MABEL (PR – GO)78 – ULDURICO PINTO (PMN – BA)79 – ZEQUINHA MARINHO (PMDB – PA)80 – CARLOS ALBERTO CANUTO (PMDB – AL)81 – WALDIR MARANHÃO (PP – MA)82 – CHICO DA PRINCESA (PR – PR)83 – SEVERIANO ALVES (PDT – BA)84 – CIRO PEDROSA (PV – MG)85 – PAES LANDIM (PTB – PI)86 – RATINHO JUNIOR (PSC – PR)87 – REINALDO NOGUEIRA (PDT – SP)88 – LEONARDO VILELA (PSDB – GO)

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60499

89 – DR. NECHAR (PV – SP)90 – RAUL HENRY (PMDB – PE)91 – DELEY (PSC – RJ)92 – PEDRO EUGÊNIO (PT – PE)93 – PINTO ITAMARATY (PSDB – MA)94 – BARBOSA NETO (PDT – PR)95 – ARNON BEZERRA (PTB – CE)96 – RÔMULO GOUVEIA (PSDB – PB)97 – PRACIANO (PT – AM)98 – LUIZ CARLOS BUSATO (PTB – RS)99 – PROFESSORA RAQUEL TEIXEIRA (PSDB – GO)100 – JÚLIO CESAR (DEM – PI)101 – ENIO BACCI (PDT – RS)102 – FERNANDO MELO (PT – AC)103 – NELSON TRAD (PMDB – MS)104 – BERNARDO ARISTON (PMDB – RJ)105 – RENATO MOLLING (PP – RS)106 – WALTER PINHEIRO (PT – BA)107 – WALTER IHOSHI (DEM – SP)108 – MARCELO ORTIZ (PV – SP)109 – FERNANDO CORUJA (PPS – SC)110 – DAGOBERTO (PDT – MS)111 – LUIZ SÉRGIO (PT – RJ)112 – PAULO ROCHA (PT – PA)113 – NELSON MARQUEZELLI (PTB – SP)114 – REGIS DE OLIVEIRA (PSC – SP)115 – ANTÔNIO CARLOS BIFFI (PT – MS)116 – OSÓRIO ADRIANO (DEM – DF)117 – MARCOS MONTES (DEM – MG)118 – MARCIO JUNQUEIRA (DEM – RR)119 – RICARDO TRIPOLI (PSDB – SP)120 – EDUARDO GOMES (PSDB – TO)121 – WALDIR NEVES (PSDB – MS)122 – CEZAR SILVESTRI (PPS – PR)123 – MATTEO CHIARELLI (DEM – RS)124 – VIRGÍLIO GUIMARÃES (PT – MG)125 – SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP)126 – WOLNEY QUEIROZ (PDT – PE)127 – VICENTINHO (PT – SP)128 – VANDER LOUBET (PT – MS)129 – THELMA DE OLIVEIRA (PSDB – MT)130 – VALTENIR PEREIRA (PSB – MT)131 – CIDA DIOGO (PT – RJ)132 – DEVANIR RIBEIRO (PT – SP)133 – JOÃO MATOS (PMDB – SC)134 – WILLIAM WOO (PSDB – SP)135 – PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC)136 – SÉRGIO MORAES (PTB – RS)137 – DOMINGOS DUTRA (PT – MA)138 – MANUELA D’ÁVILA (PCdoB – RS)139 – JOSÉ OTÁVIO GERMANO (PP – RS)140 – JOÃO PAULO CUNHA (PT – SP)

141 – MOACIR MICHELETTO (PMDB – PR)142 – CARLITO MERSS (PT – SC)143 – RODRIGO ROLLEMBERG (PSB – DF)144 – INDIO DA COSTA (DEM – RJ)145 – JULIO SEMEGHINI (PSDB – SP)146 – DANIEL ALMEIDA (PCdoB – BA)147 – JOSÉ PAULO TÓFFANO (PV – SP)148 – RAFAEL GUERRA (PSDB – MG)149 – OTAVIO LEITE (PSDB – RJ)150 – RUBENS OTONI (PT – GO)151 – LEONARDO MONTEIRO (PT – MG)152 – JÚLIO DELGADO (PSB – MG)153 – ODAIR CUNHA (PT – MG)154 – REBECCA GARCIA (PP – AM)155 – AFONSO HAMM (PP – RS)156 – EDSON DUARTE (PV – BA)157 – ANSELMO DE JESUS (PT – RO)158 – AUGUSTO CARVALHO (PPS – DF)159 – CHICO ALENCAR (PSOL – RJ)160 – LINDOMAR GARÇON (PV – RO)161 – FLÁVIO DINO (PCdoB – MA)162 – PAULO ABI – ACKEL (PSDB – MG)163 – FERNANDO CHUCRE (PSDB – SP)164 – EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ)165 – CARLOS WILLIAN (PTC – MG)166 – VALADARES FILHO (PSB – SE)167 – MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR – AL)168 – TATICO (PTB – GO)169 – FRANCISCO RODRIGUES (DEM – RR)170 – FERNANDO DINIZ (PMDB – MG)171 – ÁTILA LINS (PMDB – AM)172 – DÉCIO LIMA (PT – SC)173 – RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB – CE)174 – FERNANDO FERRO (PT – PE)

Assinaturas que Não Conferem

1 – VITAL DO RÊGO FILHO (PMDB – PB)2 – B. SÁ (PSB – PI)3 – ZÉ GERARDO (PMDB – CE)4 – EDMAR MOREIRA (DEM – MG)5 – ZÉ GERALDO (PT – PA)6 – PAULO PEREIRA DA SILVA (PDT – SP)7 – FERNANDO GABEIRA (PV – RJ)8 – JOSÉ EDUARDO CARDOZO (PT – SP)9 – COLBERT MARTINS (PMDB – BA)

Assinaturas de Deputados(as) fora do Exercício

1 – ROBERTO BALESTRA (PP – GO)

Assinaturas Repetidas

1 – JAIME MARTINS (PR – MG)2 – LEONARDO VILELA (PSDB – GO)3 – ZEQUINHA MARINHO (PMDB – PA)

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60500 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N° 182, DE 2007

(Do Senado Federal) PEC N° 23/07

Ofício N° 1.494/2007 (SF)

Altera os arts. 17, 46, e 55 da Consti-tuição Federal, para assegurar aos partidos políticos a titularidade dos mandatos par-lamentares e estabelecer a perda dos man-datos dos membros do Poder Legislativo e do Poder Executivo que se desfiliarem dos partidos pelos quais forem eleitos.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Apensem-se a esta a PEC 85/1995 E suas Apensadas, e a PEC 124/2007.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do plenário.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-nado Federal, nos termos do § 3° do art. 60 da Cons-tituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

Art. 1° Os arts. 17, 46, e 55 da Constituição Fe-deral passam a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 17. ....... ........................ ..................V – titularidade dos mandatos parlamen-

tares...................... ......................... ................§ 5° Perderá automaticamente o mandato

o membro do Poder Legislativo ou do Poder Executivo que se desfiliar do partido pelo qual tenha sido eleito, salvo no caso de extinção, incorporação ou fusão do partido político.

§ 6° A perda do mandato de ocupan-te de cargo eletivo do Poder Executivo será declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de Presidente ou Vice-Pre-sidente da República; pelo Tribunal Regional Eleitoral, quando se tratar de Governador ou Vice-Governador de Estado ou do Distri-to Federal; e pelo Juiz Eleitoral, quando se tratar de Prefeito ou Vice-Prefeito, mediante comunicação do órgão de direção partidária do respectivo nível.

§ 7° A comunicação prevista no § 6° será acompanhada de documento comprobatório da desfiliação, observado o disposto nos arts. 79, 80, e 81, desta Constituição, para os casos de Presidente ou Vice-Presidente da República, e, para os demais casos, também o dispos-to na respectiva Constituição estadual ou Lei Orgânica municipal.” (NR)

“Art. 46. ...... ........................... ................§ 3° Cada Senador será eleito com dois

suplentes do mesmo partido.” (NR)“Art. 55. ... ........................... ...................VII – que se desfilar do partido político

pelo qual tenha sido eleito, salvo no caso de extinção, incorporação ou fusão.

..................... ......................... ................§ 5° No caso previsto no inciso VII, a per-

da do mandato será declarada pela Mesa da Casa respectiva, no prazo máximo de três ses-sões ordinárias ou extraordinárias, mediante comunicação do órgão de direção nacional do partido político, acompanhada de documento comprobatório da desfiliação.” (NR)

Art. 2° Esta Emenda Constitucional entra em vi-gor na data de sua publicação, aplicando-se a partir da primeira eleição subseqüente.

Senado Federal, 22 de outubro de 2007. – Senador Tião Viana, Presidente do Senado Federal Interino.

(*) PROJETO DE LEI Nº 1.828, DE 2007 (Do Senado Federal)

PLS Nº 199/2005 Ofício (SF) Nº 1.160/2007 Ofício (SF) Nº 1.579/2007

(Encaminha novos autógrafos)

Altera a Lei nº 10.779, de 25 de no-vembro de 2003, e a Lei nº 7.679, de 23 de novembro de 1988, para dispor sobre o início do pagamento do seguro-desem-prego ao pescador artesanal, e dá outras providências.

Despacho: Às Comissões De: Agricultu-ra, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimen-to Rural; Trabalho, de Administração e Serviço Público; Seguridade Social e Família; Finan-ças e Tributação (Art. 54 RICD); Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II (*) Republicado em virtude de alteração no texto (9-11-07)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º O § 2º do art. 1º da Lei nº 10.779, de 25

de novembro de 2003, passa a vigorar com a seguin-te redação:

“Art.1º ....................................................§ 2º O período de defeso de atividade

pesqueira é o fixado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, em relação à espécie

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60501

marinha, fluvial ou lacustre, a cuja captura o pescador se dedique, e deverá ser comunicado, oficialmente, 15 (quinze) dias antes da data do seu início, ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador – Codefat e ao Mi-nistério do Trabalho e Emprego.” (NR)

Art. 2º A Lei nº 10.779, de 2003, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 2º-A e 2º-B:

“Art. 2º-A. O pagamento da primeira par-cela do benefício, de que trata esta Lei, será efetuado ao pescador artesanal no primeiro dia do período de defeso decretado pelo Ins-tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-cursos Naturais Renováveis – Ibama e o das parcelas subseqüentes, a cada intervalo de 30 (trinta) dias.

Parágrafo único. O pescador fará jus ao pagamento integral das parcelas subseqüentes para cada mês, por fração igual ou superior a 15 (quinze) dias, desde que satisfeitas as condições estabelecidas nesta Lei.”

“Art. 2º-B. O benefício do seguro-desem-prego será requerido pelo pescador artesanal, nos órgãos competentes, a partir da data de publicação do ato normativo que estabelecer o início do período de defeso, até o seu final, não podendo ultrapassar o prazo de 180 (cen-to e oitenta) dias.”

Art. 3º O art. 2º da Lei nº 7.679, de 23 de novembro de 1988, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2º ................................................... Parágrafo único. O ato normativo a que

se refere o caput será publicado com antece-dência mínima de 15 (quinze) dias em rela-ção à data de início do período de proibição da pesca.” (NR)

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, 26 de outubro de 2007. – Senador Tião Viana, Presidente do Senado Federal Interino.

PROJETO DE LEI Nº 2.254, DE 2007 (Do Sr. Arnaldo Faria de Sá)

Dispõe sobre a Regulamentação de Diversões e Jogos Eletrônicos.

Despacho: Apense-se à(Ao) Pl-1986/2003.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário

O Congresso Nacional decreta:

CAPÍTULO I Disposições Iniciais

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a exploração de diver-sões de probabilidades em todo o território nacional.

§ 1º Para os fins desta Lei, consideram-se diversões de probabilidades a realização de jogos em equipamentos de figuras rota-tivas virtuais, ou cartelas virtuais ou figuras rotativas eletromecânicas ou, ainda, qualquer outro meio virtual ou eletromecânico em que o apostador para obter êxito tenha que atingir uma determinada combinação de símbolos e/ou figuras, em ambiente físico.

§ 2° A probabilidade de que trata o § 1º será realizada sobre conjunto de coincidências, distribuídos aleatoriamente (saída) em 70% (setenta por cento), em média, da entrada, ou seja, do total de apostas arrecadadas.

§ 3° O acumulado de cada unidade in-dividual deverá ser estabelecido por órgãos competentes da administração federal.

Art. 2º A exploração de diversões de probabilida-des constitui serviço público de competência dos Es-tados e do Distrito Federal e será executada, direta ou indiretamente, pelo órgão da administração designado pelo Poder Executivo Estadual, nos termos desta Lei e do respectivo regulamento.

§ 1º A execução é direta quando efe-tuada sob responsabilidade do órgão da ad-ministração Estadual competente e por sua conta e risco.

§ 2º A execução é indireta quando efetua-da sob responsabilidade de sociedade empre-sária autorizada pelo órgão da administração Estadual competente, por sua conta e risco.

Art. 3° A Diversão de Probabilidades somente poderá ser explorada nas modalidades eletrônicas, off-line ou on-line.

CAPÍTULO II Da Autorização e Fiscalização de Diversões

de Probabilidades

Art. 4º O pedido de autorização deverá ser instru-ído com os seguintes documentos e informações:

I – cópia dos atos constitutivos da socie-dade, e alterações posteriores, devidamente arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis constituída especialmente para o ramo de exploração de diversões eletrônicas e jogos de probabilidade, além da prova de

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60502 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

capital social integralizado de, no mínimo, R$ 100.000,00 (cem mil reais);

II – comprovar que a empresa a ser au-torizada a explorar o ramo de jogos eletrôni-cos tenha em seu ativo, no mínimo, 100 (cem) máquinas já certificadas, com 100% (cem por cento) de componentes nacionais.

III – prova de que a maioria do capital votante da sociedade é de titularidade de bra-sileiros;

IV – comprovante de inscrição no Ca-dastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do Ministério da Fazenda;

V – comprovante de inscrição Estadual, ou no Distrito Federal, e Municipal;

VI – comprovação de regularidade junto à Receita Federal, Estadual ou Distrital e Mu-nicipal e INSS.

VII – apresentação de certidões dos dis-tribuidores cíveis, trabalhistas, criminais e dos cartórios de protesto, em nome da sociedade;

VIII – certidão emitida pelo órgão de pro-teção do consumidor da Unidade da Federação onde for sediada a empresa, declarando que não existem reclamações procedentes contra a sociedade empresária;

IX – comprovação da certificação do equi-pamento a ser autorizado, pela ABRAJOGOS – Associação Brasileira para a regulamentação e regularização de maquinas e equipamentos de diversões eletrônicas e jogos eletrônicos de Probabilidades, abrangendo todos os as-pectos de funcionalidade dos equipamentos e sistemas operacionais a serem utilizados na exploração da atividade;

§ único – A certificação deverá ser acom-panhada por um laudo pericial, técnico ou por laudo técnico feito por empresa especializada, atestando a probabilidade em porcentagens contida no software.

X – documentos de identificação pessoal dos sócios;

XI – certidões dos distribuidores crimi-nais, relativas a todos os sócios;

Art. 5º A exploração da Diversão de Probabili-dades, quando não efetuada diretamente pelo órgão da administração Estadual competente, fica sujeita à sua fiscalização, inclusive por entidade não governa-mental nomeada e especializada para este fim, cujo procedimento deverá a ser regulamentado através de instrumento próprio do Poder Executivo.

Art. 6o A fiscalização da exploração da Diversão de Probabilidades será efetuada pelo órgão da adminis-

tração estadual competente, sob a forma de inspeção, auditoria operacional, auditoria de sistemas, audito-ria de gestão e de auditorias contábeis e financeiras, abrangendo, em especial:

I – controle e investigação das ativida-des relacionadas com a Diversão de Proba-bilidades

II – exame de documentos, locais, es-tabelecimentos e dependências relacionados com a exploração da atividade;

III – verificação da regularidade opera-cional das máquinas, equipamentos e progra-mas de computador utilizados nos processos relacionados à referida exploração;

§ 1º A sociedade empresária autorizada a explorar da Diversão de Probabilidades deve prestar todos os esclarecimentos, bem como exibir para exame ou perícia, sempre que so-licitado, livros, comprovantes, balancetes, ba-lanços e quaisquer elementos necessários ao exercício da fiscalização.

§ 2º Os procedimentos de auditoria men-cionados no caput deste artigo poderão ser realizados nas dependências da sociedade empresária autorizada e nas dependências da empresa responsável por sua escritura-ção contábil.

§ 3º O órgão da administração estadu-al competente poderá editar regulamentação complementar relativa aos processos e proce-dimentos referentes à fiscalização.

Art. 7º O órgão da administração estadual compe-tente poderá, a qualquer tempo, mediante provocação, solicitar a ABRAJOGOS que determine a elaboração de diagnóstico técnico, visando a mensurar a idonei-dade do sistema e a segurança do equipamento que demonstrar duvida em seu funcionamento, de forma a coibir quaisquer interferências eletroeletrônicas ou manipulação humana que alterem ou distorçam a na-tureza aleatória dos eventos.

Paragrafo único. será colocado um lacre invio-lável em dispositivos como discos rígidos, eprom´s, flash proms, memórias flash, pen drives ou quais-quer outros dispositivos que possam armazenar programas e ou dados, no ato da perícia realizada nos equipamentos e expedida nova certificação de regularidade de funcionamento, sendo esta a con-clusão do órgão técnico.

Art. 8º A sociedade empresária autorizada de-verá manter a disposição do órgão da administração estadual competente, durante dez anos, toda a docu-mentação relativa à prestação de contas.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60503

CAPÍTULO III Das Condições para a Exploração da Diversão de

Probabilidade

Art. 9º a Diversão de Probabilidade deverá ser realizado em salas próprias, com utilização de proces-so isento de contato humano, que assegure integral lisura dos resultados.

§ 1º Todas as pessoas que ingressarem nos estabelecimentos onde são mantidas as maquinas de Diversão de Probabilidades, de-verão ter a maioridade civil.

§ 2° Os jogos de Diversão de Probabili-dades deverão assegurar, aleatoriamente, em ciclo temporal, na forma estabelecida em re-gulamento, o pagamento de premiação bruta correspondente a 70% (setenta por cento) do valor total das apostas neles efetuadas, con-siderando-se premiação bruta o somatório de todos os prêmios distribuídos durante o ciclo temporal.

§ 3º A única atividade admissível con-comitantemente com a atividade de Diversão de Probabilidade é a atividade de serviço de bares, restaurantes e similares.

§ 4º O certificado de autorização ficará exposto em quadro específico, na entrada do estabelecimento.

§ 5º Nos estabelecimentos onde forem instaladas as maquinas de Diversão de Pro-babilidades , serão afixadas mensagens, em destaque, sobre a possibilidade de vício em razão de não ser observada a moderação na prática da atividade.

§ 6º O órgão da administração estadual competente deverá repassar as informações recebidas na forma do parágrafo anterior aos órgãos fazendários federais, estaduais e muni-cipais, de acordo com o numero da maquina.

§ 7º Todo equipamento deverá ter fixado em seu corpo o seu numero de série, nome do proprietário, CNPJ da empresa, tensão de funcionamento e consumo em watts.

CAPÍTULO IV Da Destinação dos Recursos

Art. 10. A destinação dos recursos líquidos, ou seja, o movimento de entrada de dinheiro menos o movimento de saída que se resume no pagamento do prêmio, arrecadado em cada período de 30 dias, con-vencional será efetuada da seguinte forma:

I – 25% (vinte e cinco por cento) para o estabelecimento locatário (bar, lanchonete, pa-

daria), que será responsável pelas suas des-pesas e impostos ( prefeitura, administração, aluguel, etc..), bem como o respectivo alvará de funcionamento.

II – 50% (cinqüenta por cento) para a empresa locadora, que será responsável pelos impostos inerentes à propriedade dos equipa-mentos, pagamentos de prêmios, manutenção, normatização e outros.

O empresário locador que será responsável pelo custeio das despesas de operação, administração, ma-nutenção do estabelecimento, bem como a respectiva licença do Poder Publica para exploração da atividade, além da arrecadação dos tributos incidentes;

III – 05% (cinco por cento) para o órgão da administração federal competente para a fiscalização da atividade.

IV – 05% (cinco por cento) para o órgão da administração estadual competente para a fiscalização da atividade.

V – 15% (quinze por cento) destinado a instituições filantrópicas de assistência a Ido-sos, crianças, pessoas portadoras de deficiên-cias físicas, psicológicas e entidades ligadas à preservação do meio ambiente.

Art. 11. Os prêmios oferecidos aos apostadores serão exclusivamente em dinheiro.

CAPÍTULO V Das Infrações Administrativas

Art. 12. O descumprimento de qualquer das obri-gações previstas nesta Lei e em sua regulamentação constitui infração administrativa.

Art. 13. As infrações estarão sujeitas à aplicação das penalidades administrativas descritas abaixo, sem prejuízo das sanções de natureza penal previstas nesta Lei e na legislação vigente:

I – advertência;II – multa simples;III – multa diária;IV – apreensão de equipamentos ;V – suspensão temporária de funciona-

mento;§ 1° As penalidades previstas nesta Lei

podem ser aplicadas independentemente do cancelamento do Certificado de Autorização.

§ 2° As multas serão fixadas em valor de no mínimo R$ 1.000,00 (um mil reais) e no máximo R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em conformidade com o disposto na regulamen-tação desta Lei.

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60504 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

§ 3° Na fixação do valor da multa serão considerados, cumulativos ou alternativamente, dentre outros critérios, os seguintes:

I – a primariedade do infrator;II – a gravidade da falta e os efeitos ge-

rados, ou que possam gerar, em relação a terceiros;

III – a reincidência em infração da mes-ma natureza;

IV – a contumácia na prática de infrações administrativas.

§ 4° As multas podem ser aplicadas cumulativamente com outras penalidades.

§ 5° A multa diária será mantida até que seja corrigida a falta que deu causa a sua aplicação, não podendo ultrapassar sessen-ta dias, após o que será aplicada à pena de suspensão temporária de funcionamento, por prazo não superior a trinta dias.

§ 6° As multas podem ser aplicadas às pessoas físicas que, na qualidade de sócios ou encarregados da administração do estabe-lecimento, tenham concorrido direta ou indire-tamente para o cometimento de infrações.

Art. 14. O produto das multas aplicadas por in-fração desta Lei será destinado à construção e manu-tenção de presídios e ao aparelhamento dos órgãos de segurança pública estaduais.

Art. 15. Manter, em local previamente estabele-cido , maquinas de Diversão de Probabilidades, sem a autorização prevista nesta Lei.

Art. 16. Permitir que menores de dezoito anos utilizem tais maquinas;

Art. 17. Adulterar, fraudar, manipular ou contro-lar, por qualquer meio, o resultado da Diversão de Probabilidades

CAPÍTULO VI Da Tributação

Art. 18. 05% (cinco por cento) de ISS sobre o lu-cro sobre o lucro presumido (estimado em R$ 45,00 por maquina), ICMS, imposto de renda, confins ..... ( o normal de diversões eletrônicas), que será recolhi-do pelo estabelecimento onde estarão instalados os equipamentos.

CAPITULO VII Disposições Finais

Art. 19. Os valores expressos nesta Lei estarão sujeitos à revisão anual, segundo critérios fixados em seu regulamento.

Art. 20. Revoga-se o artigo 59 da Lei n° 9.615, de 24 de março de 1998 (Lei Pelé).

Art. 21. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Justificação

A ABRAJOGOS é uma entidade criada com es-copo de defender os interesses do setor discrimina-do por leis leoninas, que atribuída à iniciativa privada torna-se ilegais, e que se praticadas pelo governo tornam-se legais, a ABRAJOGOS também conta com projetos sociais para atender entidades voltadas ao idoso, pessoas com deficiências físicas, psicológicas e organizações voltadas ao meio ambiente.

A ABRAJOGOS entende que o jogo pode e deve ser considerado como uma grande fonte de rendi-mentos ao País, assim como qualquer outro ramo de atividade; e não compreende como há pessoas da so-ciedade que sem informações sobre o funcionamento correto e técnico dos equipamentos, que terão de ser 100% (cem por cento) fabricados no País, tratam o setor de uma forma discriminada. O jogo nos países mais ricos do mundo faz parte da economia, entrando como segundo ou terceiro lugar como fonte de ren-dimento; dentre eles estão os seguintes países : ES-TADOS UNIDOS, ALEMANHA, FRANÇA, ESPANHA, JAPÃO, CANADA, ITALIA e grande parte dos nossos países vizinhos e parceiros do MERCOSUL, tais como : ARGENTINA, CHILE, VENEZUELA,URUGUAI, entre outros, trazendo grandes ganhos financeiros para os referidos países.

A categoria emprega a nível Brasil, aproxi-madamente milhares de pessoas, direta e indire-tamente, que hoje não tem expectativas de vida, uma vez que se encontram desempregadas, e que a um curto espaço de tempo estarão em estado de miserabilidade.

Os postos de trabalho que o setor gera, com-preende: Segundo levantamento realizado entre associados em torno de 300 (trezentos) mil postos de trabalho, divididos em empresas de: Fabrican-tes de Equipamentos; Distribuidores; Operadores; Marcenarias; Serralherias; Componentes Eletrôni-cos; Informática; Software; Hardware; Fabricantes e técnicos de Monitores e LCDs, Técnicos em Ele-trônica, Manutenção; Contabilidade; Advocacia; Te-lefonia Móvel, Corretores de Imóveis entre Outros setores indiretamente.

A regulamentação da lei, fará com que as empre-sas do setor e outras ligadas indiretamente, recolham milhares tributos aos cofres e saindo de uma vez por todas da clandestinidade e restringindo a corrupção.

Sala das Sessões, 18 de outubro de 2007. – Arnal-do Faria de Sá, Deputado Federal – São Paulo.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60505

PROJETO DE LEI Nº 2.302, DE 2007 (Do Sr. Zequinha Marinho)

Dispõe sobre a demarcação das ter-ras indígenas e altera o art. 19 da Lei nº 6.001, de 1973.

Despacho: Apense-se à(Ao) Pl-490/2007.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a demarcação das

terras indígenas, e altera o art. 19 da Lei n° 6.001, de 1973.

Art. 2° O art. 19 da Lei n° 6.001, de 19 de de-zembro de 1973, passa a vigorar com a seguinte re-dação:

“Art. 19 A demarcação de área indíge-na, como tal definida pelo § 1° do art. 231, da Constituição Federal, será feita por lei.

§ 1° A demarcação, a que se refere o caput deste artigo, será fundamentada em es-tudos de identificação e delimitação da área indígena, respeitadas as áreas, também identi-ficas e delimitadas, que sejam de propriedade privada, como, também, aquelas ocupadas de boa-fé por não índios.

§ 2° Comporão os estudos de identifica-ção e delimitação os relatórios, as pesquisas de campo, os levantamentos da população indíge-na e dos não índios, os mapas de ocupação de ambas as populações e outros que se fizerem necessários, que só terão valor probatório legal após divulgação e debate em audiência pública, com assinatura de presença pelos participantes, registrada eletronicamente em áudio e vídeo, transcrita em ata infra-assinada por, no mínimo, metade mais um dos participantes.

§ 3º A Audiência Pública referida no pa-rágrafo anterior, terá data de realização previa-mente marcada, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias, ser amplamente divulgada nos meios de comunicação das localidades atingidas e no Diário Oficial da União, na forma de Convo-cação, sendo os interessados envolvidos, indivi-dualmente ou organizados na forma de associa-ções de moradores, cooperativas ou sindicatos, convocados oficialmente à participar.

§ 4º A falta da convocação oficial não impede a participação de terceiro(s), que com-provem o seu interesse.

§ 5° Não terão valor probatório legal os depoimentos que não forem tomados em au-diência pública, registrados eletronicamente em audio e video, transcritos para o vernáculo e para os quais não tenha sido dada a devida publicidade.

§ 6° Respondem os profissionais signa-tários dos relatórios e estudos pela autentici-dade e veracidade das pesquisas de campo, levantamentos de dados e informações men-cionadas.

§ 7° Os relatórios e estudos deverão con-siderar, respeitar e preservar as propriedades privadas e as áreas ocupadas de boa-fé, sendo vedadas a desintrusão, desocupação ou desa-propriação dessas propriedades e áreas, salvo pelo devido processo legal, assegurado aos proprietários e ocupantes o direito de perma-necer na propriedade ou área até o trânsito em julgado das ações judiciais pertinentes.

§ 8° É vedada a ampliação de área indí-gena, salvo em terras públicas da União, res-peitadas as disposições deste artigo.

Art.3° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-blicação.

Justificação

A Constituição Federal confere à União a com-petência para demarcar as terras indígenas, conforme disposição expressa do art. 231.

Na falta de lei infraconstitucional que regulamente a política indigenista, nos moldes estabelecidos pela Constituição de 1988, apresentamos o presente Pro-jeto de Lei, que tem por objetivo regulamentar as de-marcações das terras indígenas, assim consideradas aquelas definidas pelo § 1° do art. 231.

Continua em vigor o Estatuto do Índio, Lei n° 6.001, de 1973, que foi recepcionada, exceto os dis-positivos que colidem com a nova Carta. O processo administrativo de demarcação é regido pelo Decreto 1.775, de 1996. Daí a necessidade de atualizar a legis-lação indígena, adequando-a à nova Constituição.

Embora não existam normas legais reguladoras específicas do art. 231, sabemos que os atos nor-mativos do Poder Executivo devem se subordinar ao ordenamento constitucional, visto que somente a Lei pode criar direitos e obrigações. Ademais, a Adminis-tração Pública não tem competência para restringir ou extinguir direitos, pois a Constituição assegura que ninguém será privado de seus bens sem o devido pro-cesso legal.

Por fim, o art. 231 outorga à União a competência para demarcar as terras indígenas e o art. 48 dispõe

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que ao Congresso Nacional cabe dispor sobre todas as matérias de competência da União. E, de acordo com o art. 49, é da competência exclusiva do Con-gresso Nacional “zelar pela preservação de sua com-petência legislativa, em face da atribuição normativa dos outros Poderes”.

Temos, portanto, a satisfação de oferecer o pre-sente Projeto de Lei à apreciação dos nobres pares, no aguardo de sua breve aprovação com os devidos aperfeiçoamentos, caso se faça necessário.

Sala das Sessões, 29 de outubro de 2007. – Depu-tado Zequinha Marinho.

PROJETO DE LEI Nº 2.311, DE 2007 (Do Sr. Edio Lopes)

Regulamenta a demarcação das terras indígenas, nos termos estabelecidos pelo art. 231, da Constituição Federal, e altera a Lei nº 6.001, de1973.

Despacho: Apense-se à(Ao) Pl-490/2007.

Apreciação: Proposição Sujeita à Aprecia-ção Conclusiva pelas comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta Lei regulamenta a demarcação das

terras indígenas, nos termos estabelecidos pelo art. 231, da Constituição Federal.

Art. 2° O art. 19 da Lei n° 6.001, de 19 de de-zembro de 1973, passa a vigorar com a seguinte re-dação:

“Art. 19 As demarcações das terras indíge-nas, definidas nos termos do § 1° do art. 231 da Constituição Federal, serão demarcadas por lei.

§ 1° São passíveis de demarcação as terras indígenas:

I – habitadas por índios, em caráter per-manente;

I – utilizadas para suas atividades pro-dutivas;

III – imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar;

IV – necessárias a sua reprodução físi-ca e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.

§ 2° A demarcação de área indígena resultará de prévios estudos de identificação e delimitação, observados os seguintes cri-térios:

I – demonstração objetiva e inequívoca de que a área em estudo atende aos requisitos estabelecidos pelo § 1° deste artigo;

II – os relatórios, as pesquisas de campo, os levantamentos da população indígena, os mapas de ocupação indígena e audiências pú-blicas destinadas a ouvir a sociedade envolvida são peças essenciais para o estudo de área;

III – os profissionais signatários dos re-latórios e estudos, a que se refere o inciso II, responderão, administrativa e judicialmente, pela autenticidade e veracidade das respecti-vas pesquisas de campo e levantamentos de dados e informações.

IV – As informações orais, porventura reproduzidas ou mencionadas nos relatórios e estudos, não produzirão efeitos probató-rios, salvo quando realizadas em audiências públicas, ou registradas eletronicamente em audio e video, com a devida transcrição em vernáculo.

§ 3° Na demarcação de área indígena, será garantido às partes interessadas o direito ao contraditório e à ampla defesa.

§ 4° As partes interessadas terão amplo acesso a todos os documentos a que se refe-rem os incisos I a IV do § 2° deste artigo.

§ 5° Em nenhuma hipótese, a demarca-ção de terras indígenas poderá extinguir ou restringir direitos e garantias fundamentais, sem o devido processo legal.

§ 6° Incidindo a demarcação sobre áreas ocupadas por cidadãos não-índios, ser-lhes-á assegurado o direito de permanecer na área até o pagamento integral do que lhes for devi-do, a título de indenização, nas desocupações amigáveis. Havendo litígio, a desocupação da área far-se-á após o trânsito em julgado da respectiva ação judicial.

§ 7° É vedada a ampliação de área indí-gena, salvo em terras públicas da União, res-peitadas as disposições deste artigo.

Art.3° Esta lei entra em vigor na data de sua pu-blicação.

Justificação

Desde a promulgação da Constituição Federal, em 1988, o art. 231, que dispõe sobre a política indigenista nacional, não foi regulamentado por lei. Hoje, ainda se encontra em vigor a Lei n° 6.001, de 1973, nas dispo-sições que não colidem com a nova Carta. O processo administrativo de demarcação das terras indígenas é regulado pelo Decreto n° 1.775, de 1996.

Existe, portanto, uma lacuna na legislação infra-constitucional, com grande prejuízo para as comuni-dades indígenas e para a sociedade não índia envol-

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vida. A apresentação desta proposição tem portanto o escopo de suprir a falta de uma regulamentação que dê suporte legal para as demarcações das terras indígenas.

Atualmente, o Poder Executivo edita um decreto para homologar a demarcação realizada pelo Ministé-rio da Justiça, através da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, órgão federal que lhe é subordinado.

Por falta de regulamentação, o processo de de-marcação das terras indígenas rege-se por decreto. Com apoio no Decreto n° 1.775, de 1996, a demarca-ção é fundamentada em trabalhos desenvolvidos por “antropólogo de qualificação reconhecida”, que elabo-rará o estudo antropológico de identificação, segundo estabelecido no art. 2° do mencionado Decreto.

Assim, sem amparo em regulamento legal, são estabelecidos os limites das terras indígenas.

A falta de regulamentação do art. 231 gerou um vácuo no sistema jurídico, não faltando, por isso, in-terpretações reconhecidamente equivocadas do texto constitucional.

No entanto, não há hierarquia entre os direitos assegurados pela Constituição Federal, sabendo-se que a ausência de norma reguladora não afasta a aplicação do princípio da reserva legal. Pois, somen-te a LEI cria direitos e obrigações, cabendo ao Poder Público a ELA se subordinar.

Destarte, cabe ao Poder Executivo regulamentar as normas legais, sendo-lhe, no entanto, vedado le-gislar, sob pena de usurpar a competência legislativa que é outorgada ao Congresso Nacional. Da mesma forma, não há previsão constitucional para a extinção e ou restrição de direitos e garantias fundamentais, sem a instauração do devido processo legal. O devido processo legal é garantia constitucional.

A regulamentação da demarcação das terras indígenas, nos termos estabelecidos pelo art. 231 da Constituição Federal, visa, primordialmente, oferecer à Administração Pública a necessária diretriz para a execução dos processos administrativos, a partir de um marco legal, promovendo, assim, a segurança jurídica das partes envolvidas.

Por fim, o Projeto de Lei submete a matéria à apreciação do Congresso Nacional, que deverá debater, discutir e votar as leis, que tenham por objetivo demar-car as terras indígenas. De fato, de acordo com o art. 231, a competência para demarcar as terras indígenas é da União. E, segundo o art. 48, cabe ao Congresso Nacional dispor sobre todas as matérias de competên-cia da União. No mais, por imposição do art. 49, é da competência exclusiva do Congresso Nacional “zelar pela preservação de sua competência legislativa, em face da atribuição normativa dos outros Poderes”.

Ademais, as demarcações das terras indígenas, pela sua complexidade, envolvem questões que extra-polam os limites de competência do órgão federal de assistência aos índios, refletindo em outras esferas do Poder Público, no desenvolvimento social e econômi-co dos Municípios e Estados envolvidos e nos direitos e garantias fundamentais. Portanto, é o Congresso Nacional o foro competente para examinar, debater e votar sobre matéria tão complexa, pois são os Depu-tados e Senadores detentores da legítima represen-tação popular.

Diante do exposto, tenho o prazer de encaminhar a presente proposição, a fim de que seja apreciada, debatida e, se necessário, aperfeiçoada pelos ilustres parlamentares, e, por fim, aprovada.

Sala das Sessões, 30 de outubro de 2007. – Depu-tado Édio Lopes.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 393, DE 2007

(Do Sr. Zequinha Marinho)

Susta os efeitos do Decreto do Presi-dente da República, de 19 de abril de 2007, sem número, que homologa a demarcação administrativa da Terra Indígena Apyterewa, localizada no Município de São Félix do Xingu, no Estado do Pará.

Despacho: Às Comissões de Agricul-tura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvi-mento Rural; Direitos Humanos e Minorias e Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1o Ficam sustados os efeitos do Decreto do Presidente da República, de 19 de abril de 2007, sem número, que homologa a demarcação administrativa da Terra Indígena Apyterewa, localizada no Município de São Félix do Xingu, no Estado do Pará.

Art. 2º. Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Em 19 de abril de 2007, o Sr. Presidente da República assinou Decreto pelo qual homologou a demarcação administrativa da terra indígena Apyte-rewa, localizada no Município de São Félix do Xingu, no Estado do Pará.

O ato do Presidente da República deveria ter como objetivo promover o deslinde das terras indígenas, nos termos estabelecidos pela Constituição Federal,

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ou seja, as terras de ocupação indígena. No entanto, sob o pretexto de assegurar o direito dos índios, incluiu no perímetro da demarcação as terras ocupadas por agricultores, provocando inúmeros prejuízos sociais e econômicos na região afetada.

A extensão da área demarcada é de 773 mil hec-tares. Entretanto, a demarcação incidiu, também, sobre uma área de intensa pressão demográfica, compreen-dida pela região do “PAREDÃO” (Vila Taboca), “Viado Queimado”, “Barra Mansa” e “São Francisco”. Essas terras são de ocupação de não índios, de cidadãos carentes e agricultores “sem-terra” assentados pelo INCRA, onde vivem, há vários anos.

Durante o trâmite do processo administrativo de demarcação, até a publicação do Decreto do Presidente da República, foram realizadas várias reuniões, com a participação de representantes da FUNAI e do Ministé-rio da Justiça, das autoridades locais, das populações não indígenas, Prefeitos, Deputados e Senadores, com o objetivo de negociar uma solução justa e duradoura, não apenas para os índios, mas, também, para mais de 2000 famílias de agricultores atingidos.

Foram realizadas inúmeras reuniões com as au-toridades envolvidas. No Ministério da Justiça, ainda na gestão do Ministro Márcio Thomaz Bastos, e, ago-ra, na gestão do Ministro Tarso Genro, Deputados e Senadores tentaram, incessantemente, negociar com os Senhores Ministros a solução do conflito, a fim de que prevalecesse o bom senso. Os próprios índios já tinham se colocado à disposição de um acordo para a manutenção das famílias de colonos que lá estão, há anos.

As negociações não foram consideradas. Pelo contrário, foram cometidas arbitrariedades, acordos foram quebrados, e os agentes públicos envolvidos na execução dos atos necessários e preparatórios não observaram os princípios constitucionais da isenção, da impessoalidade e da legalidade. Sob o pretexto de reconhecer os direitos assegurados aos indígenas, violaram os direitos individuais dos cidadãos não in-dígenas, que, também, têm seus direitos individuais assegurados pela Constituição.

As terras indígenas, assim consideradas, são aquelas definidas no art. 231, § 1º, nos seguintes ter-mos:

“Art. 231. ........ ........................ ...............§ 1° São terras tradicionalmente ocu-

padas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais neces-sários a seu bem-estar e as necessárias à

sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.”

O texto constitucional, ao estabelecer, no art. 231, as características das terras indígenas, ou seja, aque-las atribuições que as distinguem das demais terras, está, implicitamente, reconhecendo, também, que as demais terras não são objeto de demarcação.

Portanto, à luz de uma correta exegese, o texto constitucional não autoriza a demarcação das terras que, embora no passado pré-colombiano tenham sido por eles, índios, ocupadas, atualmente não preencham os requisitos e as condições estabelecidas no art. 231, em especial em seu parágrafo primeiro.

Dito isto, fica claro que a Constituição Federal não deu ao Poder Executivo, muito menos ao Ministé-rio da Justiça e à Fundação Nacional do Índio – FU-NAI, a legitimidade para demarcar áreas a seu bel prazer. Foram estabelecidos parâmetros que devem ser considerados como referenciais para o processo de demarcação.

Outrossim, a demarcação da Terra indígena Apyte-rewa resulta de um processo administrativo eivado de vícios, desde o Laudo Antropológico, que não resiste à mais superficial análise, dadas as suas imperfeições, imprecisões, erros e equívocos, até as restrições de direitos e garantias fundamentais, que são assegura-dos pelo art. 5° da Constituição, em especial os se-guintes:

“Art. 5º.. .......................................... .......XI – a casa é asilo inviolável do indi-

víduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (nosso grifo)

XXII – é garantido o direito de proprie-dade;

XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa jul-gada.

LIV – ninguém será privado de liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; (nosso grifo)

LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”

Neste sentido, há de se realçar o caráter arbitrário do Poder Executivo, que, por ato unilateral, restringiu e extinguiu direitos individuais, sem respeitar o consa-grado princípio do devido processo legal.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60509

De fato, a exorbitância do poder regulamentar, a que se refere o art. 49, inciso V, da Constituição Fe-deral, não se limita ao seu aspecto formal. O Poder Executivo exorbita, também, quando, agindo na esfe-ra de sua competência, viola garantias fundamentais e os direitos individuais do cidadão. Nossa assertiva tem apoio no seguinte acórdão do Supremo Tribunal Federal, que extraímos da brilhante Justificação apre-sentada pelo ilustre Deputado Miro Teixeira, no Projeto de Decreto Legislativo n° 5, de 2007, de sua autoria, que se encontra em tramitação nesta Casa Legislativa, nos seguintes termos:

“A RESERVA DE LEI EM SENTIDO FOR-MAL QUALIFICA-SE COMO INSTRUMENTO CONSTITUCIONAL DE PRESERVAÇÃO DA INTEGRIDADE DE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS”.

O princípio da reserva de lei atua como expres-siva limitação constitucional ao poder do Estado, cuja competência regulamentar, por tal razão, não se re-veste de suficiente idoneidade jurídica que lhe permita restringir direitos ou criar obrigações.

Nenhum ato regulamentar pode criar obrigações ou restringir direitos, sob pena de incidir em domínio constitucionalmente reservado ao âmbito de atuação material da lei em sentido formal.

O abuso de poder regulamentar, especialmente nos casos em que o Estado atua “contra legem” ou “praeter legem”, não só expõe o ato transgressor ao controle jurisdicional, mas viabiliza, até mesmo, tal a gravidade desse comportamento governamental, o exercício, pelo Congresso Nacional, da competência extraordinária que lhe confere o arte 49, inciso V, da Constituição da República e que lhe permite “sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (...)”. Doutrina. Precedentes. (RE 318.873-AgR/SC, ReI. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). Plausibilidade jurídica da impugnação à validade cons-titucional da Instrução Normativa STN n” 01/2005.” (AC - AgR-QO 1033 / DF - DISTRITO FEDERAL - QUES-TÃO DE ORDEM NO AG.REG. NA AÇÃO CAUTELA R - Relator(a): Min. CELSO DE MELLO - Julgamento: 25/05/2006 Órgão Julgador: Tribunal Pleno - Publica-ção - DJ 16-06-2006 PP-00004 - EMENT VOL-02237-01 PP-00021)

Em seu voto, o Ministro CELSO DE MELLO ex-põe percuciente análise das limitações à função re-gulamentar do Poder Executivo, a qual, segundo essa ótica, deve ser posta em contraste com os direitos e garantias fundamentais:

“Demais disso, cumpre reconhecer que a imposição estatal de restrições de ordem jurí-

dica, quer se concretize na esfera judicial, quer se efetive no âmbito estritamente administrati-vo, para legitimar-se em face do ordenarnento constitucional, supõe o efetivo respeito, pelo Poder Público, da garantia indisponível do ‘due process of law’, assegurada à generalidade das pessoas pela Constituição da República (art. 5º LIV), eis que o Estado, em tema de li-mitação de direitos, não pode exercer a sua autoridade de maneira arbitrária”.

Cumpre ter presente, bem por isso, que o Estado, em tema de restrição à esfera jurídica de qualquer pes-soa, física ou jurídica, não pode exercer a sua autorida-de de maneira abusiva ou arbitrária, desconsiderando, no exercício de sua atividade, o postulado da plenitu-de de defesa, pois o reconhecimento da legitimidade ético-jurídica de qualquer medida imposta pelo Poder Público - de que resultem, como no caso, conseqüên-cias gravosas no plano dos direitos e garantias (mesmo aqueles titularizados por pessoas estatais) - exige a fiel observância do princípio constitucional do devido processo legal (CF, art. 5º, LV).

A jurisprudência dos Tribunais, notadamente a do Supremo Tribunal Federal, tem reafirmado a essencia-lidade desse princípio, nele reconhecendo uma insu-primível garantia, que, instituída em favor de qualquer pessoa ou entidade (pública ou privada), rege e condi-ciona o exercício, pelo Poder Público de sua atividade, ainda que em sede materialmente administrativa, sob pena de nulidade da própria medida restritiva de direi-tos, revestida, ou não, de caráter punitivo (...).

“RESTRIÇÃO DE DIREITOS E GARAN-TIA DO “DUE PROCESS OF LAW LAW”. (...)

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reafirmado a essencialidade desse princípio, nele reconhecendo uma insuprimível garantia, que, insti-tuída em favor de qualquer pessoa ou entidade, rege e condiciona o exercício, pelo Poder Público, de sua atividade, ainda que em sede materialmente adminis-trativa. sob pena de nulidade do próprio ato punitivo ou da medida restritiva de direitos. (...)

Esse entendimento – que valoriza a perspectiva constitucional que deve orientar o exame do tema em causa - tem o beneplácito de autorizado magistério doutrinário (...). Não se pode perder de perspectiva, portanto, considerada a essencialidade da garantia constitucional da plenitude de defesa e do contraditó-rio, que a Constituição da República estabelece, em seu art. 5°, incisos LIV e L V, que ninguém pode ser privado de sua liberdade, de seus bens ou de seus direitos sem o devido processo legal, notadamente

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naqueles casos em que se viabilize a possibilidade de imposição, a determinada pessoa ou entidade, de sanções ou de medidas gravosas consubstanciadoras de limitação de direitos. (...)”.

O princípio da proporcionalidade, implícito na ordem constitucional em vigor, é visto como faceta do due process of law em sentido material (art. 5º, LIV, da Constituição), como consta do seguinte julgado do STF:

“No tocante ao “caput” do já referido artigo 33 da mesma Medida Provisória e reedições sucessivas, basta, para considerar relevante a fundamentação jurídica do pedido, a alegação de ofensa ao princípio constitucional do devido processo legal em sentido material (art. 5º, LIV, da Constituição) por violação da razoabilidade e da proporcionalidade em que se traduz esse princípio constitucional” (ADI-MC 1922 / DF - DISTRITO FEDERAL - MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONA-LIDADE - Relator(a): Min. MORElRA AL VES - Julgamento: 06/10/1999 - Órgão Julgador: Tribunal Pleno Publicação - DJ 24-11-2000 PP-00089 - EMENT VOL-02013-01 PP-00032)

Portanto, tendo havido, no ato regulamen-tar questionado, violação ao princípio da pro-porcionalidade, o devido processo legal objetivo foi desrespeitado e ocorreu, em conclusão, a exorbitância do poder regulamentar.

Em outro acórdão, o STF decidiu que o Poder Público não pode agir imoderada e abu-sivamente mesmo quando edita Lei em senti-do estrito, sob pena de inconstitucionalidade. Se nem sequer a Lei propriamente dita pode ofender o princípio da razoabilidade, muito menos o ato regulamentar ou infralegal pode fazê-Io. A seguir, parte da ementa do acórdão cujos fundamentos são inteiramente aplicáveis à espécie vertente:

“TRIBUTAÇÃO E OFENSA AO PRINCÍ-PIO DA PROPORCIONALIDADE. - O Poder Público, especialmente em sede de tributação, não pode agir imoderadamente, pois a ativi-dade estatal acha-se essencialmente condi-cionada pelo princípio da razoabilidade, que traduz limitação material à ação normativa do Poder Legislativo. - O Estado não pode legis-lar abusivamente. A atividade legislativa está necessariamente sujeita à rígida observância de diretriz fundamental, que, encontrando su-porte teórico no princípio da proporcionalidade, veda os excessos normativos e as prescrições irrazoáveis do Poder Público. O princípio da

proporcionalidade, nesse contexto, acha-se vocacionado a inibir e a neutralizar os abusos do Poder Público no exercício de suas funções, qualificando-se como parâmetro de aferição da própria constitucionalidade material dos atos estatais. - A prerrogativa institucional de tribu-tar, que o ordenamento positivo reconhece ao Estado, não lhe outorga o poder de suprimir (ou de inviabilizar) direitos de caráter funda-mental constitucionalmente assegurados ao contribuinte. É que este dispõe, nos termos da própria Carta Política, de um sistema de proteção destinado a ampará-Io contra even-tuais excessos cometidos pelo poder tribu-tante ou, ainda, contra exigências irrazoáveis veiculadas em diplomas normativos editados pelo Estado.” (ADI-MC-QO 2551 / MG - MINAS GERAIS - QUESTÃO DE ORDEM NA MEDIDA CAUTELAR NA Ação DIRETA DE INCONS-TITUCIONALIDADE - Relator(a): Min. CELSO DE MELLO - Julgamento: 02/04/2003 Órgão Julgador: Tribunal Pleno - Publicação DJ 20-04-2006 PP.00005 EMENT VOL-02229-0 1 PP-00025).”

A jurisprudência formada, como se pode concluir, respalda a tese de que a FUNAI e o Ministério da Jus-tiça, órgãos subordinados à Presidência da República, agiram arbitrariamente, usurpando a competência le-gislativa e judiciária, uma vez que a demarcação ora questionada violou direitos individuais, sem socorrer ao exame do Poder Judiciário, através do devido pro-cesso legal.

Por fim, a demarcação de uma extensa área de 773 mil hectares ultrapassa os limites da proporcionalidade, um dos princípios que devem ser considerados pela Adminis-tração Pública. O ato presidencial foi, portanto, altamente lesivo aos justos interesses econômicos e sociais do Esta-do do Pará e de sua população, pois, além das arbitrarie-dades e ilegalidades e do abuso de Poder, a demarcação extinguiu as áreas de agricultura familiar, fundamentais para a sobrevivência de centenas de famílias.

Diante do exposto, amparados no art. 49, V, da Constituição Federal, e convictos de que o Poder Exe-cutivo exorbitou de seu poder regulamentar, e incorpo-rou, em seu ato, todas as arbitrariedades e todos os vícios do processo de demarcação da Terra Indígena Apyterewa, estamos encaminhando à apreciação dos nobres pares o presente Projeto de Decreto Legisla-tivo, com o objetivo de sustar os efeitos do mencio-nado Decreto do Presidente da República, de 19 de abril de 2007.

Sala das Sessões, 5 de dezembro de 2007. – Deputado Zequinha Marinho.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60511

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 394, DE 2007

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 196/2004 MSC Nº 170/2004

Aprova o ato que autoriza a Associa-ção Comunitária e Cultural Quixabense a executar, pelo prazo de dez anos, sem di-reito de exclusividade, serviço de radiodi-fusão comunitária na cidade de Quixabá, Estado de Pernambuco.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva (Parecer 09/90 – Ccjr)

O CONGRESSO NACIONAL decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria

nº 212, de 12 de junho de 2003, que autoriza a Asso-ciação Comunitária e Cultural Quixabense a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Qui-xabá, Estado de Pernambuco.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Julio Semeghini, Presidente.

TVR Nº 196, DE 2004 (MENSAGEM Nº 170, DE 2004)

Submete à apreciação do Congres-so Nacional o ato constante da Portaria nº 212, de 12 de junho de 2003, que auto-riza a Associação Comunitária e Cultural Quixabense a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Quixabá, Estado de Pernambuco.

Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática

I – Relatório

De conformidade com o art. 49, inciso XII, combi-nado com o § 1º do art. 223, da Constituição Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República sub-mete à consideração do Congresso Nacional, acompa-nhado da Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato que autoriza a Asso-ciação Comunitária e Cultural Quixabense a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária.

Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para a devida apreciação, uma vez que o ato somen-te produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.

Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame desta Comissão, nos termos do inciso II, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.

II – Voto do Relator

A autorização do Poder Público para a execução de serviço de radiodifusão comunitária é regulada pela Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. No proces-so em questão, a Associação Comunitária e Cultural Quixabense atendeu aos requisitos da legislação es-pecífica e recebeu autorização para executar serviço de radiodifusão comunitária.

A análise deste processo deve basear-se no Ato Normativo nº 01, de 1999, desta Comissão. Ve-rificada a documentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por este diplo-ma regulamentar.

O ato de outorga obedece aos princípios de cons-titucionalidade, especialmente no que se refere aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e atende às formalidades legais, motivos pelos quais somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na for-ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre-sentamos.

Sala da Comissão, 02 de outubro de 2007. – Depu-tado Jorge Bittar, Relator.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2007

Aprova o ato que autoriza a Associa-ção Comunitária e Cultural Quixabense a executar, pelo prazo de dez anos, sem di-reito de exclusividade, serviço de radiodi-fusão comunitária na cidade de Quixabá, Estado de Pernambuco.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria

nº 212, de 12 de junho de 2003, que autoriza a Asso-ciação Comunitária e Cultural Quixabense a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Qui-xabá, Estado de Pernambuco.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 02 de outubro de 2007. – Depu-tado Jorge Bittar, Relator.

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60512 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-ção e Informática, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do Relator, Deputado Jorge Bittar, à TVR nº 196/2004, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Julio Semeghini - Presidente, José Rocha, Paulo

Bornhausen e Bilac Pinto - Vice-Presidentes, Cristia-no Matheus, Dr. Nechar,Edigar Mão Branca, Eduardo Sciarra, Elismar Prado, Emanuel Fernandes,Enio Bacci, Eunício Oliveira, Gustavo Fruet, Jorge Bittar, Jorginho Maluly, José Aníbal, Leandro Sampaio, Luiza Erundi-na, Maria do Carmo Lara, Miguel Martini, Nazareno Fonteles, Paulo Henrique Lustosa, Paulo Roberto, Roberto Rocha, Rodrigo Rollemberg, Sandes Júnior, Silas Câmara, Uldurico Pinto, Valadares Filho, Vic Pi-res Franco, Walter Pinheiro, Zequinha Marinho, Cida Diogo, Eduardo Cunha, Frank Aguiar, João Carlos Ba-celar, Júlio Cesar, Juvenil Alves, Luiz Carlos Busato e Rebecca Garcia.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Julio Semeghini, Presidente.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 395, DE 2007

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 65/2007 MSC Nº 188/2007

Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Energia FM de São José dos Campos Ltda., originariamente deferida ao Sistema Paulistânia de Comunicações e Radiodifusão Ltda., para explorar servi-ço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de São José dos Campos, Estado de São Paulo.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva (Parecer 09/90 - Ccjr)

O CONGRESSO NACIONAL decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria

nº 2037, de 08 de outubro de 2002, que renova, a partir de 30 de setembro de 1998, a permissão outor-gada à Energia FM de São José dos Campos Ltda., originariamente deferida ao Sistema Paulistânia de Comunicações e Radiodifusão Ltda., para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modu-

lada, no município de São José dos Campos, Estado de São Paulo.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – De-putado Julio Semeghini, Presidente.

TVR Nº 65, DE 2007 (MENSAGEM Nº 188, DE 2007)

Submete à apreciação do Congres-so Nacional o ato constante da Portaria nº 2037, de 08 de outubro de 2002, que re-nova a permissão outorgada à Energia FM de São José dos Campos Ltda., originaria-mente deferida ao Sistema Paulistânia de Comunicações e Radiodifusão Ltda., para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no muni-cípio de São José dos Campos, Estado de São Paulo.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório

De conformidade com o art. 49, inciso XII, combi-nado com o § 1º do art. 223, da Constituição Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República sub-mete à apreciação do Congresso Nacional o ato que renova a permissão outorgada à Energia FM de São José dos Campos Ltda., originariamente deferida ao Sistema Paulistânia de Comunicações e Radiodifusão Ltda., para explorar, pelo prazo de dez anos, sem di-reito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada.

Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para a devida apreciação, uma vez que o ato somen-te produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.

Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame desta Comissão, nos termos do inciso II, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.

II – Voto do Relator

O processo de renovação de outorga requerida pela Energia FM de São José dos Campos Ltda., origi-nariamente deferida ao Sistema Paulistânia de Comu-nicações e Radiodifusão Ltda., executante de serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, en-contra-se de acordo com a prática legal e documental

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60513

atinente ao processo renovatório e os documentos juntados aos autos indicam a regularidade na execu-ção dos serviços de radiodifusão.

Todas as exigências do Ato Normativo nº 01, de 2007, desta Comissão, foram atendidas e os documen-tos juntados aos autos indicam a regularidade na exe-cução dos serviços. Cumpre ressaltar que o processo em exame faz parte do conjunto de proposições refe-rentes à apreciação dos atos de outorga, renovação de outorga e perempção de outorga para exploração de serviços de radiodifusão que foram retirados de tramitação do Congresso Nacional em 29 de julho de 2006, por solicitação do Ministério das Comunicações, em deferimento à Mensagem Presidencial nº 474, de 23 de junho de 2006.

O ato de renovação de outorga obedece aos princípios de constitucionalidade, especialmente no que se refere aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e atende às formalidades legais, motivos pe-los quais somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na forma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apresentamos.

Sala da Comissão, 04 de outubro de 2007. – Depu-tado Cristiano Matheus, Relator.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2007

Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Energia FM de São José dos Campos Ltda., originariamente deferida ao Sistema Paulistânia de Comunicações e Radiodifusão Ltda., para explorar servi-ço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de São José dos Campos, Estado de São Paulo.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria nº

2037, de 08 de outubro de 2002, que renova, a partir de 30 de setembro de 1998, a permissão outorgada à Energia FM de São José dos Campos Ltda., originaria-mente deferida ao Sistema Paulistânia de Comunicações e Radiodifusão Ltda., para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodi-fusão sonora em freqüência modulada, no município de São José dos Campos, Estado de São Paulo.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 04 de outubro de 2007. – Depu-tado Cristiano Matheus, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-ção e Informática, em reunião ordinária realizada hoje,

aprovou, contra o voto do Deputado Walter Pinheiro, o parecer favorável do Relator, Deputado Cristiano Ma-theus, à TVR nº 65/2007, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Julio Semeghini - Presidente, José Rocha,

Paulo Bornhausen e Bilac Pinto - Vice-Presiden-tes, Cristiano Matheus, Dr. Nechar, Edigar Mão Branca, Eduardo Sciarra, Elismar Prado, Emanuel Fernandes, Enio Bacci, Eunício Oliveira, Gustavo Fruet, Jorge Bittar, Jorginho Maluly, José Aníbal, Leandro Sampaio, Luiza Erundina, Maria do Car-mo Lara, Miguel Martini, Nazareno Fonteles, Paulo Henrique Lustosa, Paulo Roberto, Roberto Rocha, Rodrigo Rollemberg, Sandes Júnior, Silas Câmara, Uldurico Pinto, Valadares Filho, Vic Pires Franco, Walter Pinheiro, Zequinha Marinho, Cida Diogo, Eduardo Cunha, Frank Aguiar, João Carlos Bace-lar, Júlio Cesar, Juvenil Alves, Luiz Carlos Busato e Rebecca Garcia.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Julio Semeghini, Presidente.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 396, DE 2007

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 1.318/2007 MSC Nº 43/2007

Aprova o ato que autoriza a Sociedade Amigos do Rio Acima do Município de Var-gem - S.A.R.A a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Vargem, Estado de São Paulo.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva (Parecer 09/90 - CCJR)

O CONGRESSO NACIONAL decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Porta-

ria nº 334, de 7 de julho de 2006, que autoriza a Sociedade Amigos do Rio Acima do Município de Vargem - S.A.R.A a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de ra-diodifusão comunitária no município de Vargem, Estado de São Paulo.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

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60514 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Sala da Comissão, 01 de novembro de 2007. – Deputado Julio Semeghini, Presidente.

TVR Nº 1.318, DE 2007

Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 334, de 7 de julho de 2006, que autoriza a Socie-dade Amigos do Rio Acima do Município de Vargem - S.A.R.A a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no mu-nicípio de Vargem, Estado de São Paulo.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório

De conformidade com o art. 49, inciso XII, combi-nado com o § 1º do art. 223, da Constituição Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República sub-mete à consideração do Congresso Nacional, acom-panhado da Exposição de Motivos do Senhor Minis-tro de Estado das Comunicações, o ato que autoriza a Sociedade Amigos do Rio Acima do Município de Vargem - S.A.R.A a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária.

Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para a devida apreciação, uma vez que o ato somen-te produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.

Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame desta Comissão, nos termos do inciso II, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.

II – Voto do Relator

A autorização do Poder Público para a execução de serviço de radiodifusão comunitária é regulada pela Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. No processo em questão, a Sociedade Amigos do Rio Acima do Município de Vargem - S.A.R.A atendeu aos requisitos da legislação específica e recebeu autorização para executar serviço de radiodifusão comunitária.

A análise deste processo deve basear-se no Ato Normativo nº 01, de 1999, desta Comissão. Ve-rificada a documentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por este diplo-ma regulamentar.

O ato de outorga obedece aos princípios de cons-titucionalidade, especialmente no que se refere aos artigos 220 a 223 da Constituição Federal, e atende

às formalidades legais, motivos pelos quais somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na for-ma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apre-sentamos.

Sala da Comissão, 25 de outubro de 2007. – Depu-tado Raul Jungmann, Relator.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2007

Aprova o ato que autoriza a Sociedade Amigos do Rio Acima do Município de Var-gem - S.A.R.A a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Vargem, Estado de São Paulo.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Porta-

ria nº 334, de 7 de julho de 2006, que autoriza a Sociedade Amigos do Rio Acima do Município de Vargem - S.A.R.A a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de ra-diodifusão comunitária no município de Vargem, Estado de São Paulo.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Julio Semeghini, Presidente.

III – Parecer Da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-ção e Informática, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do Rela-tor, Deputado Raul Jungmann, à TVR nº 1.318/2007, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.

Estiveram presentes os Senhores DeputadosJulio Semeghini - Presidente, José Rocha, Paulo

Bornhausen e Bilac Pinto - Vice-Presidentes, Cristia-no Matheus, Dr. Nechar, Edigar Mão Branca, Eduar-do Sciarra, Elismar Prado, Emanuel Fernandes, Enio Bacci, Eunício Oliveira, Gustavo Fruet, Jorge Bittar, Jorginho Maluly, José Aníbal, Leandro Sampaio, Lui-za Erundina, Maria do Carmo Lara, Miguel Martini, Nazareno Fonteles, Paulo Henrique Lustosa, Paulo Roberto, Roberto Rocha, Rodrigo Rollemberg, San-des Júnior, Silas Câmara, Uldurico Pinto, Valadares Filho, Vic Pires Franco, Walter Pinheiro, Zequinha Marinho, Cida Diogo, Eduardo Cunha, Frank Aguiar, João Carlos Bacelar, Júlio Cesar, Juvenil Alves, Luiz Carlos Busato e Rebecca Garcia.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – De-putado Julio Semeghini, Presidente.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60515

REQUERIMENTO Nº 1.980, DE 2007

Solicita prorrogação do prazo da Co-missão.

Excelentíssimo Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regi-

mentais, seja prorrogado por 5 (cinco) Sessões Or-dinárias, o prazo da Comissão Especial Destinada a Proferir Parecer ao Projeto de Lei Complementar n° 1, DE 2007, DO Poder Executivo, que “Acresce Dis-positivo à Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000” (Limite de despesa com pessoal).

Sala das Comissões, 7 de novembro de 2007. – Deputado Nelson Meurer, Presidente.

Publique-se.Em, 9-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

REQUERIMENTO Nº 1.950, DE 2007 (Do Sr. Bruno Araujo )

Solicita a retirada do Projeto de Lei n° 1.853/2007.

Senhor Presidente:Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do

art. 104, caput, do Regimento Interno, a retirada do Projeto de Lei n° 1.853/2007, de minha autoria, que “altera a Lei nº 11.345, de 14 de setembro de 2006, que dispõe sobre a instituição de concurso de prog-nóstico destinado ao desenvolvimento da prática desportiva, a participação de entidades desportivas da modalidade de futebol nesse concurso e o parce-lamento de débitos tributários e para com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço — FGTS; altera as Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, e 10.522, de 19 de julho de 2002; e dá outras providências”, para destinar recursos para o Fundo Nacional de Segu-rança Pública, tendo sido procurado pela Caixa Eco-nômica Federal e acolhendo os argumentos a mim apresentados, conforme nota técnica a seguir:

Nota Técnica

Assunto: Projeto de Lei n° 1.853/2007Autor: Deputado Bruno AraújoRelator: Deputado José AnibalComissão: Cspcco

1. Trata-se do Projeto de Lei n° 1.853/2007, de autoria do Deputado Federal Bruno Araújo, que alte-ra a Lei no 11.345, de 14 de setembro de 2006, que “dispõe sobre a instituição de concurso de prognóstico destinado ao desenvolvimento da prática desportiva, a participação de entidades desportivas da modalida-de futebol nem concurso e o parcelamento de débitos

tributários e para com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; altera as Leis n°s 8.212, de 24 de julho de 1991, e 10.522, de 19 de julho de 2002; e dá outras providências”, para destinar recursos para o Fundo Nacional de Segurança Pública.

2. A espeito da proposição em referência, apre-sentamos as considerações a seguir:

Como forma de viabilizar o repasse de recursos para o mencionado Fundo, o autor do Projeto de Lei em tela propõe a redução do percentual de premiação da Timemania de 46% para 44% da arrecadação, con-forme transcrito abaixo.

“Art. 2° .. ............................................. ...I – 44% (quarenta e quatro por cento),

para o valor do prêmio;.............................. ......................... .......IX – 2% (dois por cento) para o Fundo

Nacional de Segurança Pública - FNSP, espe-cificamente para as ações voltadas à formação, capacitação, e qualificação dos efetivos; à cons-trução, reorganização e ampliação da estrutu-ra física dos órgãos operativos e de apoio; às ações no campo da logística relativas à frota, aos armamentos, munições, agentes químicos, meios de comunicação do sistema e equipa-mentos de proteção individual; à modernização tecnológica relacionada ao sistema de comuni-cações, ao controle de efetivo, do armamento e de munições, da informação (inteligência), e dos serviços, principalmente dos inquéritos e todo protocolo burocrático da polícia judiciária e do sistema penitenciário; e, à cidadania, me-diante a realização permanente de campanhas de informação, educação e apoio ao sistema, à ampliação e qualificação de programas de proteção às vítimas e testemunhas e de resso-cialização de presos e apreendidos..”

4. Inicialmente cumpre esclarecer que a redução do percentual destinado ao valor do prêmio oferecido pela Timemania resultará em perda de atratividade do produto, haja vista que a premiação é o fator principal levado em consideração pelo apostador ao adquirir produtos de loteria.

4.1 Tal medida pode comprometer a viabilidade desta nova Loteria Federal, acarretando redução na arrecadação e, conseqüentemente, redução nos re-cursos repassados aos beneficiários legais.

5. Neste particular, é importante destacar que o percentual destinado a prêmios pelas Loterias Federais brasileiras – que é o menor dentre os praticados pelo mercado mundial de jogos – encontra-se já em pata-mares mínimos, conforme demonstrado a seguir:

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60516 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

5.1 As experiências de países que são líderes mundiais em arrecadação no segmento de loterias, como é o caso dos Estados Unidos e da Espanha, demonstram um incremento significativo de suas ar-recadações, a partir do aumento do percentual desti-

nado a prêmios (Payout), conforme demonstrado no Anexo – Estudo de Payout.

5.2 Trata-se de um “ciclo virtuoso” que configu-ra um dos principais fatores de sucesso dos jogos lotéricos no mundo, conforme abaixo:

5.2.1 Exemplo recente deste fenômeno foi o concurso 898 da Mega-Sena que, em razão de estar com a premiação acumulada de concursos anteriores, distribuiu no sorteio do dia 1° de setembro o maior prêmio do ano de 2007 e segundo maior da história das Loterias Federais – mais de R$55,5 milhões.

5.2.2 Graças à atratividade da premiação ofe-recida no referido concurso, as vendas no mês de agosto tiveram um incremento de 23% em relação ao mesmo período no ano de 2006, beneficiando di-retamente os programas sociais do Governo Federal que recebem recursos das Loterias Federais.

5.2.3 Tal episódio ratifica a necessidade de preservarmos o potencial de premiação das Lote-rias Federais e, em particular, da Timemania, cuja estimativa anual de arrecadação de R$500 milhões somente será possível de ser alcançada, caso se mantenha o percentual de premiação originalmente definido na lei que criou essa nova loteria, a saber:

46% da arrecadação para a premiação bruta (prêmio líquido equivalente a 32,2% da arrecadação).

6. Diante do exposto, verifica-se a inadequação da conversão em lei do Projeto de Lei n° 1.853/2007.

Gerência Nacional de Relacionamento Parla-mentar - GEREP

Brasília, 8 de outubro de 2007.

Anexo – Estudo de Payout

Loteria de Massachusets

A Loteria de Massachusets é uma das maiores em arrecadação nos Estados Unidos, com vendas de US$4.382,25 milhões em 2004. Conforme demonstrado no gráfico, entre os anos de 1983 e 1994, o percentu-al destinado ao prêmio subiu de 50% para 70,8% da arrecadação total. No mesmo período, as vendas da Loteria Instantânea saltaram de meros US$50 mil para mais de US$1,5 milhão, aumento de 3.000%. Essa ocorrência reforça a relação direta entre o aumento do payout e o crescimento das vendas:

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60517

Loteria da Espanha

A Loterias y Apuestas del Estado, da Espanha,

é uma das maiores do mundo e apresenta payout mé-

dio de 58%, conforme abaixo. Além disso, o Governo Espanhol isenta de imposto de renda as Loterias Ofi-ciais o que alavanca fortemente a arrecadação para benefício do próprio estado.

No exercício de 2003, as Loterias y Apuestas del Estado, vinculadas diretamente ao Ministério de Eco-nomia e Fazenda, realizaram transferências ao Tesou-

ro Público e a outros Entes da Espanha, no total de 2.522.990.925,44 euros, de acordo com o relatório Me-mória de Loterias y Apuestas Del Estado – 2003.

LOTERIA DA FRANÇA

A Loteria Oficial francesa, La Française dês Jeux, também uma das maiores do mundo, é outro

exemplo de grande sucesso, com payout que chega a 68,03%, como pode ser observado no quadro se-guinte:

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60518 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

LOTERIA DE PORTUGAL

O quadro a seguir apresenta o payout da Lote-ria e Portugal, que ainda é superior ao das Loterias Federais brasileiras

Sala das Sessões, 31 de outubro de 2007. – Deputado Bruno Araújo.

Defiro a retirada do PL n. 1.853/2007, nos termos do art. 104, do Regimento Interno. Oficie-se e, após, publique-se.

Em, 9-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-sidente.

REQUERIMENTO Nº 1.957, DE 2007 (Do Sr. Barbosa Neto)

Solicita a retirada do Projeto de Lei n° 1.415/2007

Senhor Presidente:Requeiro a V. Exa, nos termos do art. 104, caput,

do Regimento Interno, a retirada do Projeto de Lei n° 1.415/2007, de minha autoria, que “Proíbe a utiliza-ção do termo “seminovo” ou similar, na veiculação de peças publicitárias”.

Sala das Sessões, 1º de novembro de 2007. _ Deputado Barbosa Neto.

Defiro a retirada do PL nº 1.415/2007, nos termos do art. 104 c/c o art. 114, VII, do Regimento Interno. Oficie-se e, após, publi-que-se.

Em, 9-11-07. – Arlindo Chinaglia, Pre-sidente.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Finda a leitura do expediente, passa-se ao

IV – PEQUENO EXPEDIENTEConcedo a palavra à Sra. Deputada Janete Ca-

piberibe.A SRA. JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB – AP.

Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e

Srs. Deputados, a jornalista Rosa Costa, em matéria do jornal O Estado de S. Paulo publicada ontem, dia 8 de novembro, relata que o Senado Federal vai pu-blicar na Internet os valores pagos aos Senadores a título de verba indenizatória, como esta Casa já faz há mais tempo.

A transparência nas contas públicas é impres-cindível no combate à corrupção e no mau uso do dinheiro público.

Há 3 anos, o Senado aprovou, por unanimidade, projeto do Senador João Capiberibe que obriga a ex-posição das contas públicas na Internet, sem qualquer restrição de acesso.

Em agosto, a proposta foi incluída na pauta de votação da Câmara.

Ao aprovarmos o Projeto de Lei Complementar nº 217, de 2004, o Congresso renovará seu fôlego de legislador e, sob a presidência do nosso colega, o Presidente Arlindo Chinaglia, poderá consolidar seu compromisso de combater a corrupção e a malversa-ção dos recursos públicos.

Espero que, em breve, a sociedade brasileira, junto com os mecanismos institucionais já existentes, possa antecipar-se e coibir o roubo e o mau uso do dinheiro público.

Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que autorize a transcrição nos Anais da Casa da referida matéria.

Sras. e Srs. Deputados, abordo agora outro tema. Acadêmicos, políticos e a sociedade civil preocupam-se há um bom tempo com estas questões: falta de trans-parência, insipiência da fiscalização, inexistência de auditoria e recontagem relativamente ao sistema ele-trônico de votação. Esses motivos são suficientes para que tenhamos dúvidas quanto à votação eletrônica e sua vulnerabilidade a fraudes, como em qualquer sis-tema informatizado. A legislação atual dá ao eleitor o direito de suspeitar se o voto que digitou na urna ele-trônica foi contado mesmo para seu candidato.

Aproximamo-nos de novo período eleitoral. O TSE trabalha nas resoluções, nos equipamentos e nos programas para a captação e finalização dos vo-tos e resultados.

A necessidade de aperfeiçoamento revela, por si, a possibilidade de novos mecanismos de segurança e a vulnerabilidade do processo de votação. E a socieda-de brasileira está disposta a contribuir para melhorar esse momento importante do exercício democrático. Além da motivação pela cidadania, há outros fatos que impulsionam essa ação.

No Amapá e em Alagoas, a insegurança e a falta de confiança afastaram do voto eletrônico nações onde a democracia está consolidada há mais tempo.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60519

No Reino Unido, uma organização não governa-mental acompanhou, no ano passado, uma votação eletrônica com caráter experimental. Concluiu que o voto eletrônico é um sistema similar a uma “caixa-preta”, que impede os eleitores de ver como os seus votos foram gravados ou contados.

Para os avaliadores, torna impossível a vigilância e deixa as eleições vulneráveis ao erro e à fraude. A Comissão Eleitoral pretende parar todos os projetos pilotos relacionados ao voto eletrônico.

Na Califórnia, Estados Unidos, o voto eletrônico foi rejeitado. A Irlanda rejeitou as urnas eletrônicas por considerá-las inseguras. Québec, no Canadá, e a Itália decidiram suprimir o uso de computadores nas eleições. Recentemente, a Alemanha começou a questionar a utilização de urnas eletrônicas.

Há poucos dias, a Holanda deu significativo e preocupante passo no que se refere ao processo ele-trônico de votação: é o primeiro país do mundo a banir o voto eletrônico do processo eleitoral.

A decisão dos holandeses foi tomada depois que um grupo de hackers, em dezembro passado, mostrou que podem fraudar as eleições. O Governo daquele país tomou a iniciativa de criar 2 comissões para anali-sar os processos eleitorais. Uma delas apontou o voto em papel preferível ao voto eletrônico, por considerar o processo mais transparente, além de permitir a re-contagem, caso necessário. Eles consideram que a existência de fraudes na votação em cédulas pode ser verificada, o que não é possível na votação eletrônica, de modo que poderia resultar em fraude ainda maior.

Mas há soluções que incluem o avanço tecnoló-gico, ao mesmo tempo em que asseguram a confiabi-lidade e a transparência por métodos conhecidos.

A Câmara Federal dos Estados Unidos está para votar projeto de lei que obriga a impressão do voto pelas urnas eletrônicas. Mantém o processo de vota-ção eletrônica, ao mesmo tempo em que documenta o voto em papel.

Na Comissão de Ciência e Tecnologia desta Casa já tramita uma proposta idêntica de minha autoria, o Projeto de Lei nº 970, de 2007. O voto eletrônico não será substituído, mas materializado – escrito ou impres-so – para possibilitar a conferência pelo eleitor antes de ser computado pela máquina de votar.

Amparada em estudos de instituições da socieda-de civil e partidos políticos, apresentei esse mecanis-mo de aperfeiçoamento do voto eletrônico, para inibir a incidência de fraudes. A simultaneidade dos votos vai desfazer algumas incertezas.

Pelo projeto, será obrigatória a auditoria em 2% das seções de cada zona eleitoral, em, no mínimo, 3 seções por município, escolhidas por sorteio. Em caso

de incompatibilidade nos resultados eletrônico e im-presso, os votos poderão ser recontados. Dessa ma-neira, manteremos o processo eletrônico, sua agilidade e praticidade, acrescentando a ele a confiabilidade, a transparência e a segurança.

Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que autorize a divulgação deste pronunciamento pelos órgãos de comunicação da Casa.

Muito obrigada.

MATÉRIA A QUE SE REFERE A ORA-DORA:

Senado vai pôr gastos com parlamentares na internet.

Na tentativa de melhorar a imagem do Senado, os integrantes da Mesa Diretora decidiram ontem, por unanimidade, abrir a caixa preta da verba indenizatória. Trata-se da quantia mensal de R$ 15 mil destinados ao pagamento de despesas do parlamentar no exer-cício do mandato em seu Estado. Os valores gastos por cada senador, de acordo com o presidente inte-rino, Tião Viana (PT-AC), estarão disponíveis no site do Senado nos próximos dias, a exemplo do que já ocorre na Câmara.

Como a verba é recebida mediante reembolso. O parlamentar deve apresentar notas fiscais compro-vando seus gastos, como aluguel de imóvel para es-critório político, veículos, combustíveis, equipamentos, material de expediente para escritório, entre outros. O salário de senador, sem a verba indenizatória, é de R$ 16,5 mil.

A verba foi criada há quatro anos, justamente para acalmar pressões por aumento de salário, e vem alimentando uma série de suspeitas de uso de notas frias para justificar o seu recebimento. Funcionaria, na prática, como complemento salarial.

Levantamento do Estado sobre a verba indeni-zatória da Câmara, publicado em abril, revelou que, só nos dois primeiros meses da atual legislatura, os deputados declararam gasto de R$ 2,5 milhões com combustíveis. Daria para comprar gasolina suficiente para dar 255 voltas ao redor da Terra.

CONTRAViana explicou que a idéia da Mesa, apoiada pe-

los líderes, é de conversar com o presidente da Câ-mara, Arlindo Chinaglia (PT – SP), sobre a extinção do benefício. Segundo ele, há um sentimento contrá-rio à verba indenizatória: “Pode simular uma situação de mascarar salário, o que é ruim para a instituição”, justificou. Hoje, porém, só dois senadores não usam a verba: Marco Maciel (DEM – PE) e Jefferson Péres (PDT – AM).

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60520 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

“Tenho certeza de que a grande maioria encara essa divulgação como um grande passo em favor da imagem do Legislativo e do próprio Parlamentar”, destacou o presidente interino da Casa. Para ele, quanto mais transparente for o Senado, mais credibilidade terá.

Primeiro-secretário, o senador Efraim Moraes (DEM-PB) acredita que o melhor para as duas Casas seria equiparar o salário dos parlamentares ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de R$ 24,5 mil . “É o que determina a Constituição, na parte em que trata do teto salarial”, explicou.

Pela sua avaliação, o acréscimo sala-rial – sem o desconto do Imposto de Renda – acabaria gerando uma economia anual para o Senado de R$ 50 a R$ 60 milhões. “Espe-ro que as Mesas das duas Casas cheguem a um consenso sobre a vantagem desta medi-da”, disse.

Para Viana, a verba nunca deveria ter existido. “Mas também acho que não se pode aniquilar o direi-to de um parlamentar de ter seu movimento próprio em visita a seu Estado”, ressalvou o petista. “O par-lamentar sério trabalha aqui no Congresso e trabalha no Estado, visitando os municípios, discutindo com a população e colhendo subsídios para o debate no processo legislativo.”

O SR. JAIR BOLSONARO (PP – RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na semana passada, convocamos o Ministro Nelson Jobim para comparecer a uma audiência pública na Comissão de Defesa Nacional. O tema era o reajuste dos militares.

Como autor do requerimento, fiz-lhe uma sauda-ção, lembrando que, no tempo em que era Presidente do Supremo Tribunal Federal, ele elaborou o projeto do novo plano de carreira para os integrantes do tribunal e o enviou à Câmara dos Deputados. Como estava de-morando a sua tramitação, ele veio a esta Casa e se encontrou com o Presidente à época, Deputado João Paulo Cunha. Em questão de dias, o projeto foi coloca-do em votação e aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal em tempo recorde.

Até pensei, naquela época, que precisávamos de um Ministro da Defesa como Nelson Jobim para resolver a questão salarial dos militares das Forças Armadas. Por incrível que possa parecer, ele acabou assumindo o cargo de Ministro da Defesa.

O Ministro veio à Comissão na semana passada, depois de 4 meses à frente do Ministério, já bastante atrasado, porque eu havia conversado com ele por aproximadamente 5 vezes para tratar desse assunto.

A sua proposta era ainda tímida, mas servia como um alento aos integrantes das Forças Armadas.

Ele prometeu que, até a quarta-feira desta se-mana, procuraria o Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para dizer à tropa se havia ou não condi-ções de conceder o reajuste emergencial retroativo a setembro deste ano. Lamentavelmente, não tivemos uma resposta no tocante a isso.

Neste exato momento, o Ministro está na Escola Superior de Guerra, proferindo uma palestra. Espero que alguns alunos da ESG o questionem sobre esse aspecto e não se atenham apenas a perguntas que não levam a nada, até porque sabemos como as per-guntas de alunos são feitas nessas escolas.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na audi-ência pública da semana passada, fizemos algumas comparações. Com o novo reajuste, já praticamente concedido à Polícia Militar, a quem saúdo pela ma-neira como seus profissionais zelam pela sua farda e agem no Distrito Federal, um major da Polícia Mi-litar está ganhando o equivalente ao que recebe um general-de-exército, um almirante-de-esquadra e um tenente-brigadeiro-do-ar; um primeiro-tenente da PM está ganhando mais do que um coronel do Exército, e um segundo-sargento da PM está ganhando mais do que um capitão do Exército.

Alguns têm-se perguntado se o Ministro Nelson Jobim está esperando o dia 24, quando vai à Acade-mia Militar das Agulhas Negras – AMAN para assistir a mais uma Cerimônia de Declaração de Aspirantes, para dizer aos aspirantes o seguinte: “Parabéns, vocês agora já estão ganhando menos do que um soldado da PM de Brasília”.

Isso é humilhante, já que quem paga a PM do Distrito Federal é o próprio Governo Federal. Não sei se o atual Governo está rindo deste meu discurso.

Brevemente, tendo em vista a falta de atrativo para a carreira de integrante das Forças Armadas, haverá a declaração de aspirantes de filhos de integrantes do MST. Em breve, generais do MST proporão, quem sabe, a mudança da cor da nossa farda, optando-se pelo vermelho.

Também o Ministro Nelson Jobim, quem sabe, vai dizer aos cadetes em Resende: “Meus parabéns. Vocês estão ajudando o Brasil a economizar, pois ganham 5 vezes menos do que um cadete da PM”.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nós da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Na-cional fazemos a nossa parte. Parece que nosso tra-balho não surte efeito, mas o faço com muita honra, com muito orgulho.

Na semana que vem, apresentarei requerimento para convocar o Sr. Paulo Bernardo, Ministro do Plane-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60521

jamento, à nossa Comissão, a fim de que ali explique se o Ministro Nelson Jobim o procurou realmente para tratar desse assunto, para sabermos em que pé estão as tratativas com os Comandantes militares.

Temos a convicção de que os Comandantes estão trabalhando nesse sentido. Só que parece que estão esperando terminar o ano para recomeçar em 2008 com um novo Ministro estudando a questão salarial dos integrantes das Forças Armadas.

Quero dizer também, Sr. Presidente, para com-provar o desestímulo relacionado à carreira, que, des-de o início do ano passado, 333 capitães e tenentes pediram demissão das Forças Armadas. Todos são militares de carreira. Portanto, jovens com 23, 24, 25 anos de idade já começam a sair das Forças Armadas porque descobriram que estão sendo enganados, que entraram para a carreira enganados.

A prova dessa enganação é a Medida Provisória nº 2.215. O Ministro Jobim não explicou se fará gestões para que ela seja votada com emendas. Essa medida provisória praticamente desestimula qualquer jovem militar a prosseguir na carreira.

Hoje em dia, Sr. Presidente, temos assistido tam-bém, não só na Academia Militar das Agulhas Negras, mas também na Escola Naval, onde tenho compare-cido, aos cadetes do segundo ano, do terceiro ano e do quarto ano já pensando em fazer concurso público para carreiras típicas de Estado ou até para a Polícia Militar do Distrito Federal, para o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal ou para a Polícia Rodoviária Fe-deral. Nessas instituições começam ganhando o que terminariam ganhando em fim de carreira no posto de capitão-de-mar-e-guerra ou no de coronel.

Muito obrigado.O SR. NILSON MOURÃO (PT – AC. Sem revisão

do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro com muita alegria no plenário da Casa a rea-lização neste fim de semana do VI Encontro Nacional do Movimento Fé e Política, que se realizará em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.

Já estão inscritos na Secretaria mais de 4 mil par-ticipantes do Brasil inteiro. Uma importante delegação chegará do Estado do Acre depois de percorrer mais de 4 mil quilômetros de ônibus. Militantes católicos, evan-gélicos, irmãos de muitas tradições espirituais estão atravessando o Brasil para participar do VI Encontro Nacional, que traz como tema Pelos Caminhos da Amé-rica Latina – A Construção de uma Nova Terra.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Movi-mento Fé e Política procura reunir pessoas que, ao mesmo tempo que têm fé nas mais diferentes tradi-ções espirituais, querem dar sua contribuição para

construção de uma sociedade mais humana e mais solidária.

Já houve um tempo – e creio que esta seja tam-bém a visão de algumas pessoas no dia de hoje – em que não se via nenhuma relação entre a fé e as trans-formações sociais, entre a fé e o engajamento, entre a fé e a vida. Havia uma fé descolada da vida, uma fé em que se depositava todas as esperanças num outro mundo. Vivia-se em função de uma promessa do outro mundo. Creio que essa é uma visão empobrecida de todas as tradições espirituais. Quer sejamos cristãos, evangélicos, católicos, ortodoxos, quer sejamos de outras tradições que vêm do judaísmo, do islamismo, das religiões nascidas na Índia, como o budismo, te-mos a firme convicção de que a fé inteira, a fé integral deve se realizar nas suas ações. O Movimento Fé Política quer contribuir com isso reunindo pessoas do Rio Grande do Sul até o Acre presentes nas mais di-ferentes ações, nos movimentos sociais, nas ONGs, com participação política direta dos Parlamentos, para darem sua contribuição.

Hoje, mais do que nunca, temos um mundo que, ao lado do grande crescimento tecnológico, dos grandes avanços da ciência, relega milhões de seres humanos à pobreza. É um mundo excludente. Não conseguimos sequer resolver, Sra. Presidente Janete Capiberibe, o problema da fome. Milhões de seres humanos morrem de fome. Temos o problema da paz entre os homens, os problemas da solidariedade, da habitação, da saúde, do transporte coletivo. Não conseguimos sequer resolver os problemas mais elementares da vida humana. Ao mesmo tempo que cresce a riqueza, o poder, cresce o desperdício, como se esta fosse, Sr. Presidente, a última palavra sobre a existência humana.

Sr. Presidente, não cremos nisso. Cremos no crescimento integral do homem e da mulher. Quere-mos num mundo mais justo, mais solidário, com mais valores humanos, com mais humanismo. Queremos reduzir as desigualdades sociais e regionais, a desi-gualdade entre os países. Queremos ver um planeta preservado.

Por isso, registro com a maior alegria o VI En-contro do Movimento Fé e Política, a ser realizado neste final de semana em Nova Iguaçu, e desejo-lhe êxito pleno.

Muito obrigado. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobre Depu-tado Inocêncio Oliveira, Sras. e Srs. Deputados, teles-pectadores da TV Câmara, estava sendo aguardada para a manhã de hoje a nomeação da nova Defensora Pública Geral do Estado do Ceará, Dra. Francilene Bri-to Bessa, após haver sido sabatinada na Assembléia

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60522 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Legislativa, quando demonstrou, inequivocamente, os abalizados conhecimentos jurídicos, ao lado de plena consciência das imensas responsabilidades da respec-tiva categoria perante a comunidade cearense.

Integrante de lista tríplice, na qual foi a primeira colocada, o Governador Cid Gomes submeteu a indi-cação ao exame do Poder Legislativo, à imprescindível chancela, o que ocorreu ontem, quando a aceitação registrou-se praticamente por unanimidade, em autên-tica consagração aos méritos incontáveis e à projeção nacional que alcançou, deixando à mostra a sua in-tegração a justas postulações de dedicados colegas, consubstanciadas na PEC n.º 487, que tramita na Câ-mara dos Deputados, com apreciação prevista para a próxima semana, numa linha consensual, virtualmente acertada, entre as Lideranças partidárias, sob a coor-denação do próprio Presidente Arlindo Chinaglia.

Recorde-se que, durante as audiências públicas levadas a efeito ao ensejo da tramitação da palpitan-te temática, a Dra. Francilene foi uma das expositoras mais destacadas, demonstrando à exaustão pleno conhecimento da nobre missão confiada àqueles que têm o encargo de patronear causas dos carentes, em todas as instâncias judiciais.

Ao registrar a aprovação do nome da aludida candidata pela Assembléia – que já tive a honra de presidir, antes de alçar-me ao Senado Federal, desejo cumprimentar os Defensores Públicos do meu Estado diante do auspicioso acontecimento, que assinalará fase bem mais alvissareira aos que compõem a pres-tigiosa classe.

Por sua vez, a Dra. Francilene defrontar-se-á com o novo desafio, cujo cabal cumprimento amplia-rá o alentado currículo profissional que possui como defensora pública, agora em cargo de maior preemi-nência e relevância.

Portanto, Sr. Presidente, nós esperamos que logo mais o Sr. Governador Ciro Gomes, após publicada a manifestação da Assembléia Legislativa do Ceará, assine o ato que nomeia Defensora-Geral do Estado a Dra. Francilene Brito Bessa.

Quase sempre, naqueles momentos de grande de-cisão da categoria aqui em Brasília, ela se faz presente, numa integração que objetiva, sobretudo, esclarecer a justeza das postulações submetidas a esta Casa por uma proposta de emenda à Constituição da lavra do Deputado Roberto Freire, em Comissão que teve a mim como Vice-Presidente e ao Deputado Nelson Pellegrino como Relator. Nessa condição, presidi várias de suas audiências públicas, uma delas para ouvir a Dra. Fran-cilene Brito Bessa, que ofereceu a todos os Parlamen-tares presentes dados importantes sobre a atuação da Defensoria Pública em prol dos carentes, daqueles que

realmente precisam do amparo da Defensoria para fazer valer seus direitos em todas as instâncias.

Portanto, nós esperamos que essa nomeação seja hoje publicada no Diário Oficial do Estado, e já aqui aplaudimos a iniciativa, na convicção de que a Dra. Francilene cumprirá a nova missão com a competência, o patriotismo e o espírito público que possui e demons-trou ao largo de suas atividades profissionais.

Muito obrigado.

Durante o discurso do Sr. Mauro Bene-vides, o Sr. Inocêncio Oliveira, 2º Vice Presi-dente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Nilson Mourão, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Mourão) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Inocêncio Oliveira.

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica, que tenho a honra de presidir há cerca de 3 anos e que tem como membro o ilustre Deputado Mauro Benevides, presente à sessão, ouviu, recente-mente, numa das suas sessões de trabalho, a exposição do Consultor Legislativo Sr. Fábio Luís Mendes sobre crimes digitais no Brasil – o Conselho tem como Se-cretário-Executivo o Sr. Ricardo Rodrigues, Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados.

Ao abordar os crimes digitais no Brasil, o Sr. Fá-bio Luís Mendes destacou que, com a introdução do computador e a utilização da Internet em nossa vida diária, novos rumos de interação social foram criados que podem levar ao Bem e ao Mal. Protegidos pelo anonimato das comunicações, grupos delinqüentes agem em conjunto, ou individualmente, contra pes-soas e instituições, usando a prática de clonagem de cartões, invasão de contas bancárias e transferência de numerário e outras práticas criminosas.

O Conselho vai preparar uma avaliação sobre o assunto, com o objetivo de sugerir uma reformulação da legislação penal e civil que inclua mais detalhada-mente esses crimes e os tipifique em toda a sua gra-dação punitiva pela Justiça.

A legislação brasileira está defasada nesse par-ticular, e o País vem se transformando em laborató-rio para a prática desses crimes em escala mundial, principalmente considerando a cotação do real, moeda forte, que hoje figura nas bolsas de câmbio de todos os mercados internacionais. Mais ainda: há vandalismo on line, que abrange sexo e violência, com incitação aos grupos mais jovens da população, sempre permeáveis às influências e que são, hoje em dia, os “navegadores” mais assíduos da Internet, a toda hora.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60523

O consultor mostrou que o principal desafio é pro-duzir leis que devem ser suficientemente abrangentes para deter atividades ilegais, mas simultaneamente permissivas, a fim de reconhecer os usos legítimos dos sistemas informatizados.

Há mais de 15 projetos de lei sobre o assunto em tramitação na Casa, sendo que o PL nº 84/99, de au-toria do ex-Deputado Luiz Piauhylino, foi aprovado por unanimidade pelo Plenário da Câmara em novembro de 2003 e, no momento, tramita no Senado. Estamos fazendo um acordo com o Senado Federal para votar o substitutivo do Senador Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, que propõe alterações de algumas leis vigentes, entre outras, as do Código Penal, do Código do Consumidor e do Código Penal Militar.

Em 2007, estima-se que as vendas de micro-computadores no País deverão alcançar mais de 10 milhões de aparelhos, 25% a mais do que em 2006, quando foram adquiridos 8 milhões. Isso seguramente vai estimular o crescimento de crimes digitais, “profis-sionalizando” até os crimes on line. Corremos o risco hoje, nobre Deputado Nilson Mourão, que preside esta sessão, e nobre Deputada Janete Capiberibe, uma das grandes representantes do Amapá nesta Casa, de comprar um computador e ele já vir contaminado por um vírus. Por isso, quero fazer um apelo à popu-lação para que não compre computador clandestino, para que procure empresas idôneas e exija nota fis-cal correta.

A Convenção de Budapeste, aprovada em 2001, com a presença de 40 países, dispõe sobre a “caça” a esses criminosos, mas o Brasil dela ainda não partici-pa, à falta de uma legislação específica sobre crimes eletrônicos. Vale salientar que, por não participar da referida Convenção, o Brasil não pode vender seus produtos cibernéticos no exterior. Os debates no CA-EAT, Sr. Presidente, ajudarão nesse combate.

Vale a pena referir que a Índia, apenas de sof-twares, vende no mercado externo cerca de 10 bilhões de dólares, e os crimes digitais mais freqüentes são realizados nos Estados Unidos, na China, lógico, pelo tamanho enorme de produção, na Índia e em um país que para mim foi uma surpresa, a Nigéria, paraíso usado para fazer propaganda anti-racista e, ao mesmo tempo, contra os negros dos Estados Unidos.

Vale também salientar, Presidente Nilson Mou-rão, Deputada Janete Capiberibe, Deputado Mauro Benevides, Deputado Jair Bolsonaro e Deputado Ro-berto Britto, que chega neste instante, a quem inscre-vo para fazer seu Pequeno Expediente logo após a minha participação, que no Brasil, nos últimos 6 me-ses, ocorreram mais de 90 mil crimes digitais. Repito:

mais de 90 mil crimes digitais ocorreram no Brasil nos últimos 6 meses!

Nos Estados Unidos, no ano passado, foram ven-didos mais de 1 bilhão de produtos que não existiam. Até terrenos na Lua foram vendidos, além de carros que tinham saído de série. Isso num país como os Es-tados Unidos, cuja legislação coíbe os crimes digitais. Por isso tentaremos aprovar esse projeto no Brasil.

Estamos em contato direto com a Comissão de Ciência Tecnologia, Comunicação e Informática, tão bem presidida pelo Deputado Julio Semeghini, para que juntos possamos ouvir, na próxima semana, o Senador Eduardo Azeredo, que elaborará um projeto básico que possa ser aprovado no Senado Federal e, retornando a esta Casa, aqui tenha imediata aprovação, a fim de que o Brasil se credencie a aderir à Convenção de Budapeste e, se for o caso, mais tarde, aperfeiçoar essas medidas legais, com o objetivo de proteger os operadores brasileiros de informática.

Queremos também instituir mecanismos de as-sistência mútua com as outras nações signatárias da Convenção, tudo isso com o propósito de prevenir e punir crimes cibernéticos – as diversas formas de por-nografia, a pedofilia, as práticas de simulação e engodo, as vendas de produtos que não existem, os furtos de contas correntes, a clonagem de cartões de crédito, as fraudes de documentos etc.

Convém também destacar, Sr. Presidente, Depu-tado Nilson Mourão, Deputada Janete Capiberibe, Deputado Roberto Britto, Deputado Jair Bolsonaro, que hoje, às 15h, o meu grande amigo Deputado Mauro Benevides, Vice-Presidente da Assembléia Nacional Constituinte – tive o privilégio de ser Primeiro-Secretário quando S.Exa. foi um grande Presidente do Senado e do Congresso Nacional – lembrará os 19 anos da Cons-tituição cidadã, num preito de muita justiça à memória de Ulysses Guimarães, uma das maiores referências de homem público que o Brasil já produziu.

Deputado Mauro Benevides, precisamos cada vez mais fazer com que as leis complementares e ordi-nárias que regulamentam dispositivos da Constituição sejam elaboradas. A melhor Constituição do Brasil não pode deixar de ser regulamentada.

Gostaria que nesta sessão fosse exaltada a figura de Ulysses Guimarães, o grande responsável por ter-mos aprovado, em tempo recorde, uma Constituição condizente com as necessidades do Brasil naquele momento.

Não venham criticar a Constituição brasileira e dizer que ela consagra muitas benesses e poucos de-veres. Não! A Constituição brasileira foi fruto de uma época, reflete um momento, fez justiça a quem nunca teve justiça neste País, procurou dar mais a quem tem

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60524 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

menos. A Constituição conta com capítulos formidáveis, que nenhuma outra do mundo tem, como o referente ao meio ambiente

Precisamos regulamentar os dispositivos, meu caro Deputado Nilson Mourão.

Pela primeira vez, graças ao Presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva, aqueles que nunca tiveram vez estão tendo vez no Brasil.

Viva o Brasil, viva a Constituição cidadã, viva aqueles que desejam um Brasil melhor. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Nilson Mourão) – Passo a Presidência dos trabalhos ao Segundo Vice-Presidente da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, ilustre Deputado Inocêncio Oliveira.

O Sr. Nilson Mourão, § 2° do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-dência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oli-veira, 2º Vice-Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Con-cedo a palavra ao Sr. Deputado Roberto Britto.

O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta semana, esta Casa, cumprindo desejo do nosso Presidente, Deputado Arlindo Chinaglia, e do nosso Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou a Emenda Constitucional nº 29, de 2000, que estava há 7 anos sem definição.

Para nossa satisfação, tivemos a oportunidade de aprovar a Lei Complementar nº 1, de 2003, que regulamenta a Emenda Constitucional nº 29. Ficamos extremamente felizes, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, porque foi dada uma oportunidade ao nosso competente Ministro José Gomes Temporão de, com mais recursos para a saúde, efetivamente tentar resol-ver os problemas da saúde, que, sabemos, não são muito fáceis de resolver, porque saúde é um problema em qualquer circunstância.

Tivemos a honra, e Deus nos deu a oportunidade, de ser Prefeito durante 8 anos no nosso município de origem, Jequié, no Estado da Bahia, e sabemos exa-tamente o que é administrar a saúde. Conhecemos os problemas do município e sabemos que, quando co-meçamos a resolver um, surge outro maior ainda.

O nosso Ministro já tem um programa para que esses recursos sejam implementados. Por certo, havere-mos de ter uma melhor qualidade de saúde para o nos-so povo tão sofrido, que passa por graves problemas, como assistimos constantemente nos noticiários.

Temos um problema muito sério e grave: a tabela do SUS. Não entendemos como, desde a implantação do Plano Real até hoje, o IPC aumenta 480% e a ta-bela SUS aumenta simplesmente 36%. Vejam que a

diferença é muito grande. Não quero que os médicos tenham esse faturamento, mas que recebam um mí-nimo de respeito. Entendemos que profissionais bem remunerados têm um estímulo a mais para trabalhar. Não que a saúde do cidadão não seja importante. Pelo contrário. O que vemos hoje são médicos abnegados, verdadeiros sacerdotes, na acepção da palavra, usan-do e doando tudo de si para que a saúde esteja cada vez melhor.

Sr. Presidente, com a oportunidade que tivemos de aprovar a Emenda Constitucional nº 29, tenho cer-teza de que – volto a repetir, tamanha a importância que o assunto tem o Ministro José Gomes Temporão terá a oportunidade de usar os recursos necessários da melhor maneira para o Brasil.

Assim, cumpre-se aquilo o que o Presidente Lula falou em seus discursos nas campanhas eleitorais: que haveria melhora para a saúde no Brasil. E temos certeza de que assim haverá de ser.

Se possível, Sr. Presidente, gostaríamos de que este nosso breve pronunciamento fosse divulgado pelos meios de comunicação da Casa. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – V.Exa. será atendido, nobre Deputado Roberto Britto.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Pas-sa-se ao

V – GRANDE EXPEDIENTE

O SR. MAURO BENEVIDES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Pre-sidente, no momento em que o nobre Deputado Beti-nho Rosado assoma à tribuna, com o consentimento de V.Exa. e a concordância de S.Exa., quero realçar que, logo mais, às 15h, será realizada neste plenário sessão solene destinada a registrar o transcurso do 19º aniversário da Carta Cidadã, promulgada a 5 de outubro de 1988, da qual é primeiro signatário o sau-doso Ulysses Guimarães, reconstrutor do Estado De-mocrático de Direito.

Vice-Presidente da Assembléia Nacional Consti-tuinte, coube-me a iniciativa de requerer o evento, mar-cado para esta data pelo Presidente Arlindo Chinaglia, sem prejuízos das atividades ordinárias da Casa.

Acredito que à aludida solenidade estarão pre-sentes alguns constituintes, além de autoridades e representantes de Brasília, uma vez que foi no bojo da Lei Maior que se garantiu a autonomia política da Capital da República e do Estado do Tocantins.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60525

Espero, pois, que os Parlamentares, particular-mente Senadores e Deputados do Distrito Federal, aqui se façam presentes, reconhecendo a importância da Carta Cidadã no que concerne à emancipação da sede dos 3 Poderes da República.

Recorde-se que o texto aprovado naquela me-morável tarde de 1988 foi um marco em nossos fastos historiográficos, merecendo, por isso, o registro que ora me senti no dever de destacar desta tribuna.

Espero, por isso, que o acontecimento sirva tam-bém como reverência ao esforço despendido com vistas à reimplantação do Estado Democrático de Di-reito, considerada exigência inarredável de todos os segmentos da sociedade civil organizada.

Logo em seguida, começará a ser cumprido ca-lendário de episódios excepcionais, objetivando realçar um dos mais auspiciosos instantes da historiografia do País.

Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Conce-

do a palavra ao Deputado Betinho Rosado, Parlamentar de vários mandatos, professor de agronomia e um dos grandes nomes da agronomia norte-rio-grandense e de todo o Nordeste, conhecedor profundo dessa área. Não sei se S.Exa. falará sobre esse assunto, mas há de brindar-nos com uma grande elocução.

Concedo a palavra por 25 minutos ao meu amigo Deputado Betinho Rosado.

O SR. BETINHO ROSADO (DEM – RN. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente Deputado Inocêncio Oliveira, muito obrigado. Minhas palavras nesta manhã de 9 de novembro serão absolutamente valorizadas pela presença de V.Exa. na Presidência dos trabalhos da Casa.

O assunto que comentarei é o aniversário da minha cidade de Mossoró, à qual dirijo estas minhas palavras. Hoje, dia 9 de novembro, Mossoró comemo-ra sua emancipação política, ocorrida há 137 anos, em 1870. O vigário Antônio Joaquim foi o autor da lei provincial que transformou a Vila de Santa Luzia em cidade. Os primeiros registros da povoação de Mos-soró datam do ano de 1633, quando as atividades de exploração de sal do Rio Grande do Norte, das vár-zeas do Piranhas e do Apodi começaram a produzir o para abastecer o Brasil. Atualmente, as regiões de Açu e Mossoró respondem por 95% do sal marinho produzido no Brasil.

A Assembléia Provincial elevou a povoação à ca-tegoria de vila por volta de 1852 (a lei, segundo Câmara Cascudo, é de março de 1850). O povoado virou vila, que posteriormente foi elevada à categoria de cidade, um século depois que os portugueses colonizadores, com a ajuda dos paiacus, combateram e venceram os

índios monxorós, primeiros habitantes daquela nossa região, que foram obrigados a retirar-se dali.

O dia de hoje é importante para nossa cidade, mas Mossoró, diferente como é, não comemora como data maior do Município a da sua emancipação política, e sim a da libertação dos escravos na região, ocorrida em 30 de setembro de 1883. Foi pelo seu sentimento libertário, que está presente no coração de cada cida-dão mossoroense e permeia todas as suas ações e idéias, que Mossoró, repito, elegeu como data de maior importância para a cidade não a da sua emancipação política, mas sim a da libertação dos escravos.

O movimento libertário que culminou no dia 30 de setembro de 1983 com a libertação dos escravos de Mossoró começou no Estado do Ceará, nas cidades de Redenção, Acopiara e Aracoiaba. Essas foram as primeiras cidades do Brasil a libertar os escravos.

O Sr. Mauro Benevides – Permite-me V.Exa. um aparte, Deputado Betinho Rosado? Eu estava apres-tando-se a aparteá-lo exatamente para, primeiro, cum-primentar Mossoró pelo transcurso de seu aniversário, que V.Exa., filho ilustre daquela região, destaca neste momento; segundo, para dizer que esse impulso da libertação dos escravos, que vincula Mossoró a Re-denção, mostra que os anseios dos mossoroenses e dos cearenses de Redenção se irmanaram em perfeita sintonia em defesa daquilo que significou um marco indestrutível em busca da liberdade para os negros, que estavam sofrendo toda sorte de vicissitudes na-quele momento. Quero também registrar esse fato e agradecer a referência que V.Exa. faz ao Município de Redenção, que, por coincidência, represento nesta Casa, pois fui favorecido generosamente com mais de 3 mil votos naquela cidade para eu retornar a esta Casa e exercer meu 11º mandato parlamentar. Por-tanto, cumprimento Mossoró, cidade que tive o prazer de visitar 2 vezes, primeiro para assistir à posse de D. Eliseu Mendes, um dos bispos de Mossoró, depois para fazer uma palestra, na condição de Presidente do Banco do Nordeste, na ESAM, oportunidade em que pude expor minhas idéias acerca do desenvolvimento da Região nordestina. Portanto, meus cumprimentos a V.Exa., ilustre representante do Rio Grande do Norte e intérprete particularmente dos anseios libertários do povo de Mossoró no Congresso Nacional.

O SR. BETINHO ROSADO – Muito obrigado, Deputado Mauro Benevides. Pela votação que V.Exa. obteve na cidade de Redenção, pudemos constatar que o sentimento libertário de 1881, quando houve a libertação dos escravos lá de Redenção, ainda está presente na região, pois seus eleitores, de forma ma-joritária, enviaram V.Exa. para bem representar nesta

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Casa aquele Município e o valoroso e aguerrido Es-tado do Ceará.

É preciso que nos recordemos de que esse mo-vimento que se iniciou em Redenção foi representado nesta Casa por Almino Afonso, avô do ex-Deputado, ex-Senador e ex-Governador Almino Afonso, nosso colega há 1 ou 2 Legislaturas. Almino Afonso, agindo como um Bolívar de sua época, saiu libertando es-cravos nos Municípios do interior do Ceará e do Rio Grande do Norte. Mossoró foi a quarta cidade a libertar os escravos no Brasil. As primeiras 3 foram aquelas cidades do Ceará que já citei, nas quais os movimen-tos libertários foram liderados por Almino Afonso avô, cujo neto nasceu no Rio Grande do Norte, Estado que lhe prestou homenagem dando seu nome a um Município lá do alto oeste, perto, portanto, da nossa querida Mossoró.

Mas se Mossoró libertou em 1883 seus escra-vos foi porque esse sentimento de liberdade já estava presente desde a fundação da cidade. Ainda em 1875, de certa forma reproduzindo o movimento intitulado Quebra-Quilos, da Paraíba, as mulheres de Mossoró foram aos cartórios e rasgaram as listas de convoca-ção para a Guerra do Paraguai, em que constavam os nomes de seus filhos e maridos. Essas mulheres, em atitude absolutamente independente, disseram que não poderiam permitir o sacrifício da vida de seus filhos e maridos naquela guerra porque, mais importante que fosse, tratava-se de uma guerra e como tal deveria ser rejeitada. Esse ato de bravura das mulheres mossoro-enses já revelava que o sentimento libertário estava presente em Mossoró desde sua fundação, como mos-tram também os vários episódios que vou relatar.

Encerrado o Século XIX, Mossoró, que havia sido palco do motim das mulheres e libertara pioneiramen-te seus escravos, inicia o Século XX com a permissão de voto às mulheres. A primeira eleitora sul-americana inscrita para votar foi a Profa. Celina dos Guimarães Viana, da cidade de Mossoró. A Profa. Celina e outras 8 mulheres, na eleição de 1927, obtiveram seu título de eleitoras, votaram separadamente dos homens e, é claro, nenhum desses votos foi computado naquela eleição, mas o caminho foi aberto, e com o apoio do Governador Juvenal Lamartine, e impulsionado por uma feminista chamada Bertha Lutz, o Rio Grande do Norte tornou-se pioneiro também no que tange à participação da mulher na política. É, portanto, nossa conterrânea a primeira eleitora sul-americana, que vo-tou em 1927 mas não teve computado o seu voto, que foi tomado em separado. Mas logo depois, em 1928, nós norte-rio-grandenses elegemos a primeira Pre-feita do Brasil e cerca de 9 Vereadoras, que tomaram

posse em Câmara Municipais, uma delas a da cidade de Pau dos Ferros.

Vejam, senhores: em 1928 Mossoró já se ante-cipava ao Brasil, que só permitiu o voto feminino e a eleição de mulheres em 1934, por força de um decreto de Getúlio de 1931, o que permitiu que o Rio Grande do Norte também elegesse sua primeira Deputada Esta-dual, D. Maria do Céu Benevides Pereira Fernandes.

Sras. e Srs. Deputados, D. Maria do Céu, cidadã mossoroense, foi a primeira Deputada Estadual eleita deste País, em 1934. A participação das mulheres na política, que hoje é uma realidade no Brasil, começou, portanto, Presidente Inocêncio Oliveira, no Rio Grande do Norte, quando Alzira Soriano foi eleita Prefeita da cidade de Lages, em 1928. E na cidade de Mossoró estendemos esse pioneirismo para a área da repre-sentação estadual, com o título da Profª. Celina dos Guimarães Viana.

Para ilustrar o sentimento libertário da cidade de Mossoró, cito ainda a resistência ao bando de Lampião. No início do século, quando aquele grupo de cangacei-ros assolava e amedrontava todo o Nordeste, a primeira resistência às suas investidas registrou-se na cidade de Mossoró. No dia de Santo Antônio, em 13 de junho de 1927, a cidade rechaçou o ataque de Lampião graças à bravura de seus cidadãos, que montaram trincheiras na cidade e enfrentaram à bala o bandido.

Lampião morreu em Sergipe 11 anos depois de passar por Mossoró, assassinado numa tocaia.

Esses episódios da história da nossa cidade mos-tram, de forma muito clara, a vontade que Mossoró tem de cultivar suas liberdades. A escravidão hoje não é física, não se caracteriza mais pela posse de um ser vivo por outro, mas ainda se faz presente muitas ve-zes na vida econômica e social, e há uma luta muito grande de todas as famílias mossoroenses, de todos os potiguares de Mossoró, para se libertar desse cati-veiro econômico e social. Daí por que a Prefeitura e as forças econômicas da cidade lutam pelo crescimento e pelo desenvolvimento local. Entendem todos que o caminho da viabilidade social se apóia na melhora eco-nômica. E a vida econômica da cidade volta-se para o social, para que se possa, na junção do econômico com o social, oferecer uma vida melhor às famílias potiguares de Mossoró.

Nossa cidade tem, como já registramos aqui, sua economia baseada em 3 ou 4 importantes setores de produção. Um deles é o de extração do sal marinho, a primeira atividade econômica da cidade de Mossoró, que não é a maior, mas é secular; desenvolve-se das várzeas dos Rios Piranhas e Apodi, de onde se reti-ram cerca de 5 milhões de toneladas de sal marinho, o que representa, como dissemos, 95% do consumo

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de sal marinho do Brasil. Além do sal, indústria impor-tante da nossa cidade, mais recentemente, há cerca de 27 anos, começamos a fazer a extração de petró-leo, a maior riqueza do nosso Estado, tão grande que a PETROBRAS no Rio Grande do Norte alcança uma receita maior do que a de todo o Estado. Em 2006 o Orçamento do nosso Estado somava R$ 3,8 bilhões, enquanto a receita estimada da PETROBRAS, pelo volume produzido de barril de petróleo, cotado em US$ 60 – hoje está cotado em US$ 95 no mercado internacional, e o dólar em R$ 2,00_–, era de R$ 5 bi-lhões, portanto maior do que o Orçamento do Estado. O negócio do petróleo no Rio Grande do Norte, repito, supera o Orçamento do Estado.

Lamentavelmente, muito pouco desse fabuloso resultado fica para o Estado. A PETROBRAS, junto com a ANP, num conluio contra o Rio Grande do Nor-te, recusa-se a pagar a participação especial devida ao Município de Mossoró e ao Estado do Rio Grande do Norte por conta da exploração do petróleo. Veja, Sr. Presidente, que temos o petróleo mais barato do Brasil. Extrair um barril de petróleo em terra na bacia potiguar não custa mais do que R$ 7,00, e a PETRO-BRAS vende esse petróleo pela cotação do mercado internacional, por US$ 90. Ora, se a extração custa R$ 7,00 e o preço de venda é de US$ 90, há uma margem de lucro bruto de mais de US$ 80 por barril, mas a PE-TROBRAS e a ANP recusam-se a pagar a participação especial pelos campos de petróleo de alta rentabilida-de prevista no art. 52 da Lei nº 9.478/97. Onde mais há rentabilidade tão alta como na bacia potiguar? Lá um barril de petróleo é produzido com uma margem bruta de lucro de quase US$ 80, mas a PETROBRAS e a ANP ignoram esse fato e com isso o Rio Grande do Norte perde recursos absolutamente importantes para seu crescimento e seu desenvolvimento.

Concedo o aparte ao Deputado Roberto Britto. O Sr. Roberto Britto – Deputado Betinho Rosado,

parabenizo V.Exa. pelo brilhante pronunciamento, em que apresenta todo esse histórico de Mossoró. Tenho grande admiração por homens como V.Exa., nos quais o sentimento de nativo aflora à pele. Esse é um dos grandes sentimentos que o homem deve cultivar, prin-cipalmente o homem público. V.Exa. demonstra vasto conhecimento a respeito de seu Município, e esse sen-timento de nativo é essencial para o homem público. Parabéns a V.Exa. pela aula sobre Mossoró.

O SR. BETINHO ROSADO – Muito obrigado, Deputado.

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA – Permite-me V.Exa. um aparte, nobre Deputado?

O SR. BETINHO ROSADO – Pois não, Deputado Inocêncio Oliveira.

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA – Meu caro Depu-tado Betinho Rosado, V.Exa. cita o exemplo de Mossoró, cidade da nossa sofrida Região Nordeste privilegiada por ser o maior produtor de sal e o maior produtor de petróleo do Brasil. Dizem até que a cidade de Mosso-ró é como uma tábua de pirulitos, por possuir muitos postos. V.Exa. fala da grande injustiça quanto aos royal-ties que não são pagos. Mais do que isso, V.Exa. dá uma aula, como professor da Faculdade de Agronomia da Universidade do Rio Grande do Norte, mostrando a potencialidade de Mossoró e do Estado, e quero acrescentar que isso se repete em outros Estados. Pernambuco, por exemplo, em determinadas áreas é muito injustiçado, assim como o Ceará. Da Bahia não podemos dizer o mesmo, porque aquele é um Estado muito heterogêneo. Bahia nem é bem Nordeste, mas quase Sudeste. A Bahia hoje ocupa o 6º lugar em PIB per capita do Brasil.

O SR. BETINHO ROSADO – A Bahia desgar-rou-se, Deputado Inocêncio Oliveira.

O Sr. Inocêncio Oliveira – Cresceu tanto que di-zem até que baiano tem vergonha de ser nordestino. Nós não temos. Temos é orgulho de sermos nordes-tinos. Nós nordestinos temos orgulho não de sermos pobres, mas de termos coragem para enfrentar a po-breza. Não saímos dessa condição porque o Governo nunca investiu como deveria. Em 1907 o orçamento de Pernambuco era equivalente ao do Estado de São Paulo, quando o Brasil ainda era tipicamente rural. Per-nambuco tinha açúcar e São Paulo café para expor-tar. Então vieram os primeiros imigrantes japoneses, italianos e alemães, e o Brasil optou por fazer de São Paulo o grande mentor do desenvolvimento nacional. Se tivesse optado por Pernambuco, o Nordeste seria o Sudeste de hoje e o Sudeste o Nordeste de hoje. O discurso de V.Exa. é uma conclamação para que nós nordestinos reflitamos sobre todas as injustiças que ainda são cometidas contra o País. O Presidente Lula tem procurado resgatar parte dessa injustiça. Somos de partidos diferentes, mas lutamos pelo mesmo ideal. Divergimos em alguns pontos, mas ambos agimos em defesa do Nordeste. O Rio Grande do Norte, Deputado Betinho, tem procurado sair desse estágio por meio de suas adutoras, lá popularmente conhecidas como co-bras pretas, e de tantas outras obras, e tenho a abso-luta certeza de que brevemente será um dos grandes Estados viáveis de todo o Nordeste. Meus parabéns a V.Exa., que engrandece a representação do Rio Gran-de do Norte e da Região Nordeste.

O SR. BETINHO ROSADO – Muito obrigado pelo aparte, Deputado Inocêncio Oliveira.

O Sr. Roberto Britto – Deputado Betinho, não quero polemizar com nosso ilustre Vice-Presidente,

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o eterno Presidente Inocêncio Oliveira, mas quero fazer meu protesto e dizer que a Bahia tem honra de ser nordestina. Sou baiano e sinto-me honrado por ser nordestino. Sou de Jequié, Município conhecido como a Cidade Sol, e ali somos criados à base de carne de bode, e estamos acostumados com a seca do Nor-deste. Por isso, meu querido Inocêncio, temos grande honra, sim, de sermos nordestinos. Não tenha a menor dúvida disso. Muito obrigado, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Depu-tado Betinho, concedo mais 5 minutos a V.Exa. para que conclua seu discurso, já que os apartes tomaram boa parte do seu tempo.

O SR. BETINHO ROSADO – Agradeço a V.Exa. Caro colega, tenha a absoluta certeza de que,

quando eu e o Deputado Inocêncio conversamos so-bre a Bahia, falávamos apenas sobre a parte desen-volvimentista e econômica do Estado. Culturalmente a Bahia vai ser sempre nordestina. Mas o Estado, como o maior pólo petroquímico do Brasil e com suas fábri-cas de automóvel, cresceu e desenvolveu-se de tal forma que se desgarrou do Nordeste. A Bahia possui um PIB que se assemelha ao dos Estados da Região Sudeste, e em breve terá melhor qualidade de vida do que a média nordestina.

Voltemos à nossa cidade de Mossoró. Citei o sal, o petróleo da bacia potiguar – lamentavelmente, se acabar a exploração petrolífera ou de gás, acabarão todas as ações a ela ligadas, porque nada está sendo feito em prol dessa riqueza no Estado –, além de ou-tras frentes, como o pólo cerâmico, setor que é uma realidade no Município. Ali foram instaladas 4 empre-sas cerâmicas de bom porte, às quais se associam às do Vale do Açu, região irmã, próxima a Mossoró, onde a cerâmica vermelha cresce, ganha agilidade e principalmente qualidade para chegar aos mercados do País.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, se falei das riquezas de Mossoró, se falei do esforço da Pre-feita Fafá Rosado no sentido de dotar a cidade de infra-estrutura urbana e apoiar seu desenvolvimento, posso dizer que, de todas essas riquezas materiais, a maior, a mais importante, aquela que transforma Mossoró, que escreveu o seu passado e vai escrever o seu futuro é exatamente a gente e a família potiguar daquela localidade.

Muito obrigado. (Palmas.)Durante o discurso do Sr. Deputado Betinho Ro-

sado, assumem sucessivamente a Presidência os Srs. Alexandre Silveira, § 2º do art. 18 do Regimento Inter-no, e Inocêncio Oliveira, 2º Vice-Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Conce-do a palavra ao nobre Deputado Rodovalho, para uma Comunicação de Liderança, pelo Democratas.

O SR. RODOVALHO (DEM – DF. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, assessores que conosco estão nesta ma-nhã de sexta-feira, todos os que nos assistem pela TV Câmara ou nos ouvem pela Rádio Câmara, ocupo a tribuna nesta manhã para informar que protocolei o Projeto de Lei nº 1.703/07, o qual estabelece con-cessão de incentivo fiscal às empresas que firmarem convênios com presídios para emprego de mão-de-obra carcerária.

Sabemos que, infelizmente, a situação da po-pulação carcerária piorou nos últimos anos em todo o Brasil, o que ajudou a elevar os níveis de violência na sociedade brasileira. A maioria dos presídios das nossas metrópoles está superlotada.

Audiência pública foi realizada há 2 semanas na Comissão de Segurança Pública para tratar da superpopulação carcerária que hoje ronda o Distrito Federal. Sabemos que o Distrito Federal tem capaci-dade reduzida para abrigar esses presos que estão cumprindo pena em regime fechado e até em regime semi-aberto.

Essa superpopulação causa vários problemas. Os familiares dos presos vivem de uma forma absolu-tamente intranqüila, porque sabem que essa superlo-tação gera revoltas e rebeliões nos cárceres.

Sr. Presidente, o objetivo do Projeto de Lei nº 1.703 não é outro senão o de fazer com que alguns desses homens e mulheres que cumprem pena te-nham o apoio de empresas responsáveis e dispostas a oferecer um ambiente de trabalho para ajudar na re-cuperação, reinserção e reeducação dessas pessoas que, infelizmente, por uma circunstância da vida, por uma força maior do que a sua própria vontade, caíram na marginalidade e estão cumprindo pena.

Existem, sim, na maior parte dos presídios, ele-mentos perigosos, que estão cumprindo pena por te-rem transgredido severamente as leis brasileiras. Es-sas pessoas merecem estar ali, até porque precisam assumir a responsabilidade pelos atos que os levaram àquele lugar.

Devemos reconhecer que o mercado de traba-lho não está fácil para ninguém hoje. Há alta margem de pessoas desempregadas aqui fora. As empresas sensíveis que derem chance ao homem ou à mulher que cometeram um tropeço na vida precisam, sim, ser bonificadas de alguma forma em seu Imposto de Renda. Por isso, sugeri a dedução de até 15% no lucro tributável, para fins de cálculo no Imposto de Renda,

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60529

do montante dos salários pagos aos detentos contra-tados no período base.

Sr. Presidente, essa proposta incentivará empre-sas a contratarem com mais entusiasmo presidiários de nosso País, contribuindo de forma decisiva para dar-lhes dignidade, oportunidade de emprego, de tra-balho, de renda e de reinserção social e esperança a seus familiares.

Sabemos muito bem que a pior situação em que um homem ou uma mulher saudável pode cair é estar recluso atrás daqueles muros, daquelas grades, sem esperança, muitos sem poder estudar ou trabalhar.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, está em estudo projeto de lei que cria parceria no Governo, especialmente entre a Secretaria de Saúde e a de Segurança Pública, para a instalação de lavanderias dentro de presídios, a fim de que os presos que não podem, de forma alguma, sair da prisão tenham con-dições de trabalhar no próprio ambiente onde estão reclusos, cumprindo pena.

Deputado Alceni Guerra, esses 2 projetos de lei visam à reinserção social do preso, à criação de condi-ções para que o homem ou a mulher reclusos possam trabalhar e para que as empresas que os contratarem recebam, por sua vez, por esse ato de caridade, por esse ato de responsabilidade social, a contrapartida de dedução de até 15% no lucro tributável, para fins de Imposto de Renda. V.Exa., Deputado Alceni Guerra, que já foi Ministro da Saúde, sabe do custo com lavanderias e da importância desse trabalho. Há grandes problemas na Secretaria de Saúde gerados pela simples falta, nos centros cirúrgicos, de lençóis, de equipamentos e de roupas próprias para procedimentos cirúrgicos. Se fossem instaladas lavanderias dentro dos presídios, todo mundo ganharia, inclusive o Estado.

Por isso, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, peço o apoio desta Casa, de suas Comissões, para que esses projetos sejam apreciados com muito cari-nho, com muito amor.

Era o que eu tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Dando

continuidade ao Grande Expediente, concedo a pala-vra ao ilustre Deputado Roberto Britto, pelo PP. S.Exa. dispõe de 25 minutos.

O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a semana passada foi rica para o setor de saúde, pois aprovamos a Lei Complementar nº 1, que vai regula-mentar o que regulamentou a Emenda nº 29. Com isso, se não conseguimos os recursos que gostaríamos de obter, conseguimos obter os recursos para, pelo me-nos, minorar o sofrimento daqueles que necessitam da área de saúde.

Vou tratar agora, neste Grande Expediente, de um tema também relacionado à saúde e que é preocu-pação de todos os Congressistas, mas principalmente sua, cidadãos e cidadãs brasileiras.

O Sr. Mauro Benevides – V.Exa. permite um apar-te, nobre Deputado Roberto Britto? No momento em que V.Exa. inicia seu pronunciamento e se reporta ao grande acontecimento que foi a aprovação da regu-lamentação da Emenda nº 29, o que esperamos é que essa regulamentação seja cumprida fielmente pelo Poder Executivo, pois representou um esforço extraordinário de pressão legítima, normal num regi-me democrático, para que se garantissem à Saúde os recursos ponderáveis em condições de atender à realidade brasileira. Portanto, no momento em que V.Exa. começa a se reportar a esse tema, permito-me, ao aparteá-lo, destacar que, com um esforço ingente que resultou frutífero, esperamos que o Poder Execu-tivo tenha a sensibilidade para garantir os recursos que nós asseguramos através daquela regulamenta-ção. Cumprimentos a V.Exa. pela presença à tribuna na manhã de hoje.

O SR. ROBERTO BRITTO – Nobre Deputado Mauro Benevides, V.Exa. é decano no Congresso Na-cional. É uma honra e glória para todos nós tê-lo como colega, V.Exa. que também é nosso professor devido a sua vasta experiência, não só no Legislativo, mas também no Judiciário.

Tenho certeza absoluta de que o nosso Ministro da Saúde, Temporão, irá usar muito bem os recursos destinados para a área da saúde, com a aprovação da Lei Complementar nº 1, que regulamenta a Emen-da nº 29.

Mas eu dizia que irei tratar de um tema de saú-de por demais importante e que hoje está em pauta em todos os jornais do Brasil. É o antigo problema da dengue. Sabemos perfeitamente que a dengue é pro-vocada por arbovírus, de cujo surgimento não se tem notícia. Sabemos somente que surgiu na Ásia e que há 30 anos começou a ser descoberto aqui no Brasil.

Há mais ou menos 30 anos é que começamos a entrar em contato mais direto com a dengue. Sabemos que o vírus habita as regiões tropicais e subtropicais, e o Brasil inclui-se entre essas regiões. Sabemos tam-bém que em cerca de 100 países existe a presença do vírus da dengue e com isso aqueles problemas que todos nós conhecemos.

Esse vírus é transmitido através da fêmea do mosquito Aedes Aegypti, que também está sendo en-contrado no Ceará. Já é do conhecimento dos biólogos um novo mosquito que, provavelmente, também esteja transmitindo a dengue: o Aedes Albopictus. Esse Ae-des é um mosquito mais novo em relação ao Aedes

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60530 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Aegypti, que é do conhecimento de todos. Ele é muito parecido com o Aedes Aegypti, que tem aquelas man-chas pretas e brancas; na minha terra chamam-no de mosquito “oncinha”. Apenas a boca desse novo mos-quito é diferente, mas é muito parecido com o Aedes Aegypti. Isso nos traz uma preocupação muito grande, porque esse Aedes Albopictus tem um característica diferente. Enquanto a fêmea do Aedes Aegypti pica durante o amanhecer e anoitecer, o Aedes Albopictus pica durante todo o dia e também apresenta-se nas regiões frias, nos Estados do Sul, a grandes altitudes, nas cidades serranas do Rio de Janeiro. Enfim, traz preocupação para todos nós, Parlamentares, e para todos os brasileiros, pois hoje, praticamente, toda a população brasileira está exposta a esses mosquitos transmissores da dengue.

Do ponto de vista clínico, a dengue começa com febre alta – isso é sabido por todos. Os jornais mos-tram todos os dias. Há dor muscular, artralgia (aquela dor nas juntas, nas articulações), que depois evolui e pode apresentar pequeno sangramento. Em torno de 10 dias os sintomas desaparecem. Durante esse período, lá pelo quarto, quinto dia, começam a apare-cer eritemas, umas manchas vermelhas na pele, com prurido ou coceira. É isso que a diferencia das outras eczematoses, como rubéola e sarampo. A coceira dá uma característica à dengue.

Se fosse somente isso, tudo bem, mas o proble-ma é que a dengue pode evoluir – e graças a Deus não são todos os casos – para a dengue hemorrágica. Essa , sim, é extremamente perigosa, e, se não hou-ver um atendimento médico preciso, o paciente pode vir a falecer. Este ano, em 9 meses, já perdemos 121 pacientes vítimas da dengue hemorrágica.

O grande problema da dengue hemorrágica não é nem a hemorragia que ela causa; o grande proble-ma é que ela pode causar uma brusca hipotensão, ou queda da pressão arterial, à qual o paciente pode não resistir e vir a falecer. Então, ao contrário do que se diz de que o maior perigo da dengue hemorrágica seja o sangramento, seu maior perigo está na hipotensão, que pode ocasionar, em muitos pacientes, o óbito.

Daí a grande preocupação com a doença, sobre-tudo por parte do Ministério da Saúde. Recentemente, em Belo Horizonte, o Ministro Temporão lançou cam-panha de prevenção da dengue, uma campanha por demais importante, campanha de que todos os brasi-leiros deveriam participar.

Neste instante, desta tribuna, conclamo todos os brasileiros que nos dão a honra de sua audiência na TV Câmara e também na Rádio Câmara, bem como no programa A Voz do Brasil, a participarem do combate à dengue. É preciso que todos participem. É preciso

que o povo brasileiro entenda que, sem a participação de todos, a dengue ainda irá matar muitas pessoas. É preciso que o brasileiro entenda que o Governo tem, sim, a responsabilidade de combater a doença, mas que a maior responsabilidade é sua, dona-de-casa, pais, jovens, crianças, adolescentes, que por vezes facilitam a reprodução do mosquito transmissor da dengue.

O Deputado Alceni Guerra, querido companheiro, ex-Ministro da Saúde, sabe perfeitamente dos proble-mas causadores da dengue. Os governos têm envidado esforços, mas sem a participação da população jamais conseguiremos acabar com ela. Se acabarmos com os meios pelos quais os mosquitos se reproduzem, certamente não teremos essas imensas populações de mosquitos.

Devemos tomar cuidado com caixas d’água a céu aberto, algo muito comum no País, pois água limpa e parada é tudo o que a fêmea do Aedes Aegypti neces-sita para colocar seus ovos. Tudo o que ela precisa é de tranqüilidade e água limpa para reproduzir e criar novos mosquitos para atacar as donas-de-casa.

Uma tampinha de garrafa com água é o suficiente para que tenhamos um foco de dengue. Precisamos ter cuidado com nossas plantas, como a linda bromélia, por exemplo, da qual todos gostam. Precisamos co-locar água sanitária nos recipientes das plantas para que não haja dengue. Se não tivermos cuidado com os canteiros em que colocamos água para a sobrevivên-cia das plantas de nossa casa, criaremos um perigoso inimigo, pois essa doença pode ser fatal.

Querida dona-de-casa, queridas crianças que nos assistem pela TV Câmara, cuidem de sua saúde prevenindo-se contra a dengue. Essas ações tão im-portantes por certo irão diminuir o índice de dengue no País.

Ano passado, quando entrei nessa área, falava-se da campanha de prevenção da dengue, lançada recentemente em Belo Horizonte pelo Ministro José Gomes Temporão. S.Exa. conclamava, exatamente como estou fazendo agora, a todas as pessoas a fa-zerem parte dessa campanha, porque o problema é seu, é meu, é de todos nós brasileiros. Precisamos to-mar uma atitude firme, com a participação de todos, e não deixar coleções de água limpa para que a fêmea da dengue possa reproduzir-se. Só assim poderemos dizimar a dengue.

Temos um problema grave, meu querido ex-Mi-nistro Alceni Guerra, referente exatamente àquele fu-macê. Eles usam o Temefoz, uma substância que mata o mosquito e a larva da dengue. Já se sabe de casos de resistência ao Temefoz, ou fumacê, como todos nós do interior o conhecemos.

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Portanto, estamos diante de um inimigo que vem adquirindo resistência contra o Temefoz, que durante muito tempo nos ajudou a debelar o mosquito e larva da dengue.

É preciso que tenhamos a consciência da presen-ça de um inimigo com resistência e do aparecimento de outro inimigo, o Aedes Albopictus, resistente às regiões altas e baixas, ao frio e ao calor. A doença deixou de ser tropical, o que nos preocupa.

Precisamos que nossos técnicos do Ministério da Saúde, com urgência, comecem a elaborar um programa com medicamentos mais eficientes, com medicamentos que efetivamente matem a larva e o mosquito da dengue. Por certo, teremos a participação da comunidade e do Governo, a participação de todos nós. Teremos, enfim, um inimigo sob controle.

Concedo o aparte ao nobre Deputado Nilson Mourão.

O Sr. Nilson Mourão – Ilustre Deputado Roberto Britto, quero cumprimentar V.Exa. pelo brilhante pro-nunciamento que V.Exa. faz nesta manhã de sexta-fei-ra. Acredito que V.Exa. abordou o problema da forma mais feliz possível. Só conseguiremos êxito nessa ba-talha a que V.Exa. se referiu se os Governos Federal e Estaduais, Prefeituras e comunidade unirem esforços. Sem uma ação educativa na comunidade, há possi-bilidade de que não sejamos bem sucedidos nessa batalha contra a dengue. Parabenizo V.Exa. pelo opor-tuno pronunciamento que faz neste momento, ilustre Deputado Roberto Britto.

O SR. ROBERTO BRITTO – Muito obrigado.Ouço o grande Deputado Alceni Guerra. O Sr. Alceni Guerra – Deputado Roberto Britto,

ouço com atenção o discurso de V.Exa., como ouço todos, desde que V.Exa. chegou a esta Casa. Sempre brilhante, conciso, com uma atuação impecável, V.Exa. liderou a Frente Parlamentar da Saúde na aprovação do Projeto de Lei Complementar 1, que regulamentou a Emenda nº 29. Felicito V.Exa. pela magnífica atua-ção naquele episódio. Ouvia com atenção V.Exa. falar a respeito da dengue e gostaria de mencionar uma ação que o Governo fez, em 1991, no Rio de Janeiro. Capital e municípios estavam infectados pela dengue. Seria realizada a Eco-92, depois chamada Rio-92, com dezenas de Chefes de Estado e Chefes de Governo presentes. Eu era Ministro da Saúde. Tínhamos que tomar uma providência urgente. Não podíamos expor o País e as nossas deficiências graves a centenas de Chefes de Estado, com seus convidados e acompa-nhantes. Era Governador do Rio de Janeiro o Sr. Leonel Brizola, o Prefeito era Marcelo Alencar, eu era Ministro da Saúde e o Presidente da República era Fernando Collor. Durante todo o período em que foi realizada a

Rio-92 não se registrou um único caso de dengue no Rio de Janeiro. O que aconteceu? Vontade política. Nós eliminamos a dengue, naquele período, no Rio de Janeiro. Quando vejo um município de São Paulo, Estado riquíssimo, infectado pela dengue, não tenho dúvida de que devemos punir o Prefeito. Temos que sair dessa fase de ensinamentos, Deputado Nilson Mourão, e passar a punir. Sem punição não erradicaremos a dengue. O Deputado Roberto Britto foi Prefeito de uma importante cidade da Bahia e eu fui Prefeito de uma importante cidade do Paraná. Sabemos o que é lidar com epidemias e endemias. Para completar o aparte que V.Exa. me deu a honra de realizar, citou um último exemplo. Ninguém usava cinto de segurança no Brasil, apesar das campanhas, até que uma lei nos obrigou, por punição, a usá-lo. A lei entrou em vigor, e não há hoje no Brasil motorista que não use o cinto de seguran-ça. Devemos fazer o mesmo com no caso da dengue: punir Prefeito, Governador, Secretários de Saúde dos locais em que existam casos de dengue e moradores que se exponham à dengue. Somente com medidas coercitivas e punitivas é que erradicaremos a dengue no Brasil. Chega de só ensinar; precisamos também punir. Assim é que se eliminam graves problemas em qualquer país do mundo. Agradeço a V.Exa., Deputado Roberto Britto, por me conceder este aparte.

O SR. ROBERTO BRITTO – Muito obrigado, nobre Deputado Alceni Guerra, ex-Ministro da Saúde. V.Exa., abrilhantando meu pronunciamento, tratou de um tema sobre o qual eu gostaria de me pronunciar nesta Casa – e o farei –, qual seja, o uso do cinto de segurança. Em 1977 e 1978, fui médico residente em ortopedia no Hospital Clínicas e num pronto socorro de Salvador. O meu trabalho de residência foi exatamente sobre o uso do cinto de segurança, problema com o qual, já naquela época, eu me preocupava muito. E V.Exa. lembra-se hoje de que praticamente todos os brasileiros estão sendo salvos por uma lei como essa, o que mostra a impor-tância deste Congresso Nacional, que tem elaborado tantas leis essenciais para o nosso País.

Dando prosseguimento ao meu discurso a res-peito da dengue, quero dizer que existe atualmente no País uma preocupação muito grande. Este ano, em apenas 9 meses, já houve aumento de 50% nos casos de dengue em relação ao ano anterior – e isso nos preocupa. Aquilo que para nós era uma endemia, hoje já é uma epidemia. Estamos diante de uma epi-demia de dengue no País. Em apenas 9 meses, 1.076 pessoas foram acometidas de dengue hemorrágica, sendo que 121 vieram a falecer desse mal.

E pasmem V.Exas.: a Região Sul está batendo re-cordes de dengue no País! Em 9 meses apenas, houve um aumento de 828,16% dos casos de dengue, em re-

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lação ao mesmo período do ano anterior. Isso é preocu-pante para todos nós, para o Ministério da Saúde, para os gestores da Região Sul, porque, como bem disse o Deputado Alceni Guerra, havendo vontade do Prefeito, do Governador, do Ministério da Saúde, haveremos de diminuir o número de casos da doença.

O meu Estado – graças a Deus, temos um grande Secretário de Saúde, o meu colega médico, Dr. Jorge Solla –, apresentou um índice de queda de 2,68% em relação ao ano anterior. Isso prova que a comunidade baiana e o Governo da Bahia, em geral, têm investido no combate ao mosquito da dengue. Se não houve uma queda substancial, como gostaríamos, pelo me-nos houve queda e, com isso, a diminuição dos casos de dengue.

Preocupado com esse problema, requeri audiên-cia pública para o dia 27 deste mês, terça-feira, às 14h, na Comissão de Seguridade Social e Família, para que possamos ouvir profissionais da área e discutir esse problema tão grave.

O problema é grave, é verdade, mas todos nós e todos os que estão na platéia neste instante, parti-cipando da convivência agradável nesta Casa, nesta manhã de sexta-feira, todos nós brasileiros somos res-ponsáveis. É preciso a participação de todos para que este País, num futuro muito próximo, esteja totalmente isento do mosquito da dengue. (Muito bem!)

Durante o discurso do Sr. Roberto Brito, o Sr. Ino-cêncio Oliveira, 2º Vice-Presidente, deixa a cadeira da presidência que é ocupada pelo Sr. Uldurico Pinto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Uldurico Pinto) – Concedo, pela ordem, a palavra ao Sr. Deputado Alceni Guerra, médico, ex-membro da Assembléia Nacional Consti-tuinte, pós-graduado em Pediatria. S.Exa. fez curso de aperfeiçoamento em Crescimento e Desenvolvimento na Universidade de Buenos Aires, foi chefe dos mé-dicos residentes no Hospital das Clínicas, Ministro da Criança, Ministro da Saúde, Presidente da Comissão Executiva do CAIC, Presidente do Clube Pinheiros de Pato Branco, Chefe da Casa Civil do Governo do Pa-raná e é membro permanente da Câmara Setorial da Indústria Elétrica, Eletrônica e do Setor de Telecomu-nicações. Portanto, trata-se de uma pessoa que muito nos honra, um dos homens mais íntegros do País.

O SR. ALCENI GUERRA (DEM – PR. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente Uldurico Pinto. Considero esses elogios curriculares parte da generosidade da alma de V.Exa., sempre presente na grande amizade que cultivamos há tantos anos.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o assunto saúde, que o Deputado Roberto Britto trouxe à pauta, merece mais uma inserção nesta manhã.

Tivemos ontem, na Comissão de Seguridade Social e Família, a oportunidade de ouvir excelentes exposições de renomados especialistas e autoridades do Brasil sobre a nossa política de transplantes. Fiquei impressionado com um dado: na Espanha, são realiza-dos 40 transplantes por milhão de habitantes, enquanto no Brasil, país que tem uma estrutura de saúde muito superior à da Espanha, muito mais abundante, muito mais presente, chegamos apenas a 5 por milhão.

E eu me perguntava por que não conseguimos passar da casa dos 5 por milhão, sabedor que, do transplante de córnea ao transplante de coração, de rim e de pâncreas, há grande necessidade no País de uma política efetiva de transplantes. Assistia , embe-vecido, às exposições, mas me dando conta de que transplante é uma prática simples de ser feita. Cida-des pequenas como minha Pato Branco, no sudoeste do Paraná, devem estar perto do seu milésimo trans-plante, principalmente transplante de rim. Ali já se faz transplante de coração e brevemente se fará trans-plante de fígado.

Portanto, por que este País está tão atrasado numa questão de vital importância para nossa popu-lação?

Não falemos, Deputado Roberto Brito, no trans-plante de córnea, tão simples, tão necessário e tão difundido neste País, mas que está nessa estatística de 5 por milhão. Esse tipo de transplante enriquece nossa estatística, porque é relativamente simples de ser feito, mas continuamos lá embaixo, com esses 5 por milhão.

Permito-me, depois dessas 24 horas em que passei refletindo, externar aqui o diagnóstico de al-guém apaixonado pela questão da saúde, como eu me considero.

Dois são os problemas. Em relação a um de-les, muito podemos ajudar nesta Casa: o problema do financiamento. Em qualquer país o transplante é remunerado tanto no serviço público quanto no servi-ço privado com 5 vezes mais recursos financeiros do que no Brasil.

Estamos de novo frente ao problema do financia-mento. Eu disse ao Ministro José Gomes Temporão e ao Presidente Arlindo Chinaglia – V.Exa. estava presente – que estávamos sendo tímidos na regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Conseguimos um gran-de avanço, mas é pouco pelo tanto que precisamos. Sem recursos, o SUS está morrendo. O transplante é apenas um pequeno item entre às necessidades do SUS. Estamos oferecendo ao Ministro Temporão re-

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cursos insuficientes. A Emenda Constitucional nº 29 não é suficiente para dar ao Ministério os recursos de que ele precisa. Temos de ter coragem nesta Casa. E já tivemos ao colocar 120 bilhões de reais no Plano Plurianual para suprir as necessidades do SUS. Temos de ter a coragem de emendar o Orçamento e consignar os recursos de que o Ministério da Saúde realmente necessita. É nosso dever.

Portanto, o primeiro diagnóstico em relação aos transplantes diz respeito ao financiamento.

O segundo é a vergonha. Pessoas que ocupam há meio século postos de comando na saúde do Brasil devem constatar que a saúde complementar é neces-sária para a política de saúde. Temos de brigar para que ela preencha essa lacuna dos transplantes.

Sr. Presidente Deputado Uldurico Pinto, Sr. Depu-tado Nilson Mourão, temos 35 milhões de brasileiros usuários de planos de saúde. Tenho plena consciên-cia de que, enquanto não retirarmos do SUS 35 mi-lhões de pessoas e colocá-las nos planos de saúde, na saúde complementar, não o estaremos ajudando a sobreviver.

Precisamos perder a vergonha. Precisamos ter a coragem de apoiar esse setor da saúde complementar. Precisamos perder a vergonha herdada dos nossos sanitaristas antigos, que consideravam um pecado mortal o setor privado atuar na saúde. Vivemos num mercado livre. Temos de obrigar os planos de saúde a realizar os transplantes. Temos de apoiá-los. Temos de lhes destinar incentivos fiscais.

Portanto, precisamos do financiamento e preci-samos perder a vergonha que temos em relação ao setor privado da saúde.

Como em qualquer mercado livre do mundo, o setor saúde precisa do dinheiro do mercado. Assim sendo, temos de ter a coragem de colocar salutares doses de financiamento para nosso SUS tradicional, para o Ministro Temporão, tão elogiado nesta manhã. Os recursos que lhe demos por meio da regulamenta-ção da Emenda nº 29 não serão suficientes para fazer uma bela gestão frente ao Ministério da Saúde.

Ao finalizar, cumprimento os Deputados aqui presentes. Vejo que esta manhã está sendo generosa com a saúde. Abordamos temas da saúde em todos os níveis.

E deixo meu apelo, Sr. Presidente, para que te-nhamos a coragem de financiar adequadamente o setor saúde, perdendo a vergonha de apoiar o setor privado, tão essencial para todos.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Uldurico Pinto) – Passo a

palavra ao Sr. Deputado Nilson Mourão. S.Exa. dispõe de 25 minutos na tribuna.

O SR. NILSON MOURÃO (PT – AC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores que estão nas galerias do ple-nário e que nos assistem pela TV e Rádio Câmara, o Governo do Presidente Lula vem acumulando ao longo de sua trajetória grandes êxitos e, diria, até extraordiná-rias vitórias. O Presidente Lula, como homem que veio do Nordeste, como operário metalúrgico acostumado a enfrentar desafios, encarou alguns deles na sociedade brasileira; e hoje vemos que S.Exa. vai acumulando vitó-rias uma após outra: crescimento econômico, elevação do nível de emprego, distribuição de renda.

Vimos ontem uma ampla matéria mostrando a distribuição de renda no Brasil. Os ricos continuam ri-cos, mas os pobres não continuam mais pobres. Essa é a diferença. Os ricos continuam mais ricos, mas os pobres aumentaram sua renda, assim como a classe média, invertendo uma tendência de décadas. Gera-mos quase 200 mil novos empregos formais por mês. Políticas sociais estendem-se pelo Brasil inteiro como uma grande rede que se vai aperfeiçoando. Existem, claro, limitações, problemas, mas que vão melhorando com a gestão. A produção agrícola cresce a cada ano, como também os investimentos em infra-estrutura.

Sabemos que o Programa de Aceleração do Cres-cimento – PAC é uma verdadeira epopéia no nosso País. Ele proporciona a construção de novos portos e aeroportos, a pavimentação de rodovias, a construção de novas rodovias e ferrovias, enfim, todos aqueles in-vestimentos estruturais que precisam ser feitos para que nosso País cresça.

Oontem, o Presidente Lula, juntamente com a Ministra Dilma Rousseff, outros Ministros e o Presidente da PETROBRAS, Sérgio Gabrielli, comunicou ao povo brasileiro a descoberta de um megacampo de petróleo na bacia de Santos.

O Presidente Lula teve a grande alegria de co-memorar ainda no primeiro mandato a autonomia do Brasil na área de petróleo. Nosso País, que importava muito petróleo para sustentar nossa demanda, hoje já tem autonomia.

Importamos ainda petróleo, mas com outra fi-nalidade: refinar e melhorar a qualidade do petróleo brasileiro.

O fato é que esse megacampo encontrado na ba-cia de Santos é a maior descoberta da PETROBRAS em toda a sua história, a ponto de a Ministra Dilma Rousseff dizer com todo o entusiasmo: “Nós saímos de uma situação de um país que estava se tornando auto-suficiente para nos transformarmos num país exportador, no patamar em que estão países como a Venezuela e os árabes”.

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60534 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Sabemos que as reservas de petróleo no mundo são lideradas pela Rússia, seguida do Irã, da Arábia Saudita, do Qatar, dos Emirados Árabes Unidos, do Iraque, do Kuwait e da Venezuela. A posição do Bra-sil é 24ª. Com essa grande descoberta, nosso País passa a ocupar a 9ª posição no ranking dos grandes países que detêm esse recurso natural estratégico para o mundo.

A PETROBRAS anunciou a descoberta de uma reserva de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo de boa qualidade, com gás abaixo da camada. A conclusão é resultado dos testes que foram feitos em um poço na área Tupi, localizada na bacia de Santos. Atualmente, o total da reserva de PETROBRAS soma 13 bilhões de barris. Ou seja, a nova descoberta pode representar um aumento de 50% nas reservas atuais.

“Uma reserva dessas transforma o País em ex-portador de petróleo”, disse a Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. De acordo com S.Exa., o Brasil era um produtor médio, com auto-suficiência recente, e agora passa para o primeiro patamar de produtores. A Minis-tra comparou o futuro do Brasil nessa área com o de grandes produtores, como árabes e venezuelanos. De acordo com S.Exa., se ficar comprovado depois que as reservas chegam a 6 bilhões de barris, isso corres-ponderá a 40% de todas as reservas já descobertas na história do País.

A PETROBRAS produz cerca de 1,8 bilhão de barris de petróleo por dia, satisfazendo a demanda brasileira. Mas a companhia ainda precisa importar petróleo leve para misturar com o produto local, mais pesado, no processo de refino. A empresa informou ainda que fez uma avaliação regional do potencial pe-trolífero brasileiro na área pré-sal, ou seja, reservatórios que se encontram abaixo de uma extensa camada de sal, nas bacias do Sul e do Sudeste. A empresa disse que os valores recuperáveis estimados de óleo e gás para o reservatório de pré-sal, se confirmados, elevarão significativamente a quantidade de óleo existente em bacias brasileiras, colocando o Brasil entre os países com grandes reservas de petróleo e gás no mundo.

Os poços que atingiram o pré-sal e que foram testados pela PETROBRAS mostram até agora alta produtividade de petróleo leve e de gás natural. Es-ses poços se localizam nas bacias do Espírito Santo, de Campos e de Santos. A camada chamada pré-sal, mais profunda do que (até o momento) as exploradas pela PETROBRAS, estende-se por 800 quilômetros, no litoral do Espírito Santo e de Santa Catarina.

A maior parte dos analistas tem mantido reco-mendações de compra para o PETROBRAS, devido às perspectivas de produção, apesar dos problemas que a empresa vem enfrentando nos últimos meses

com plataformas e equipamentos, que a fizeram ficar aquém das metas de produção de petróleo e gás.

A esperada entrada em produção de 3 novas pla-taformas nos próximos dias, com capacidade total de 460 mil barris/dia, deve melhorar o cenário. Mais 3 pla-taformas devem iniciar operações no ano que vem.

Geólogos têm comentado, já há algum tempo, sobre a possibilidade de existência de grandes re-servas na camada de pré-sal abaixo das principais áreas de produção de petróleo no Brasil, na Bacia de Campos e na promissora Bacia de Santos. Se confir-madas as projeções de reservas existentes embaixo da camada de sal, a partir do que foi descoberto no Campo de Tupi, na Bacia de Santos, o Brasil passaria para o seleto grupo que detém as maiores reservas mundiais de petróleo e gás no mundo. A estimativa é do Presidente da PETROBRAS, Sérgio Gabrielli. Se-gundo ele, o País ficaria numa posição entre a Vene-zuela e a Nigéria. Hoje o Brasil ocupa, como já disse, a 24ª posição.

Por essas projeções, as reservas do País salta-riam para algo em torno de 70 bilhões a 100 bilhões de barris de óleo equivalente. Hoje, pelo critério do SPE, a PETROBRAS tem 14,4 bilhões de barris em reservas.

A maior reserva é a da Rússia, com 379 bilhões de barris. O Irã vem em seguida, com 314 bilhões de barris. A Nigéria possui 69 bilhões, e a Venezuela, 100 bilhões. Se confirmada, portanto, essa descoberta, o Brasil passa a ter entre 80 bilhões e 100 bilhões de barris em reserva de petróleo.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tive a hon-ra de ter sido convidado pela direção da PETROBRAS para visitar a Plataforma 33, na Bacia de Campos. Ilustre Deputado Alceni Guerra, fiquei impressionado com a tecnologia que a PETROBRAS desenvolveu na área de prospecção e extração de petróleo em águas profundas. É uma tecnologia extraordinária. Com toda a certeza, é a empresa que detém a melhor tecnologia no mundo para prospecção e exploração de petróleo em alto-mar.

Não me surpreendeu, portanto, Sr. Presidente, a descoberta desse megacampo, de importância vital e essencial para a economia brasileira.

Concedo, com a maior honra e o maior prazer, um aparte ao ilustre Deputado Alceni Guerra.

O Sr. Alceni Guerra – Deputado Nilson Mourão, eu me congratulo com V.Exa. pelo anúncio que traz e que todos os jornais hoje noticiam na primeira página. Mas quero fazer um pequeno comentário, se V.Exa. me permite. Na primeira vez em que fui surpreendido por essa euforia, estava dentro de um ônibus, indo para a minha aula em Curitiba. Lia no jornal Gazeta do Povo

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60535

matéria em que o General Ernesto Geisel anunciava uma enorme descoberta de petróleo pela PETROBRAS. Dizia ele, com certeza, que seríamos auto-suficientes em breve. Depois ouvi o mesmo anúncio nos Gover-nos Sarney, Fernando Collor de Mello, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Hoje, permita-me V.Exa. uma expressão médica: considero-me vacinado contra a euforia da PETROBRAS. Quando atravesso a fron-teira com a Argentina – moro bem perto –, compro gasolina da PETROBRAS argentina a 50% do preço que compro no Brasil. Ou seja, metade do preço, com a mesma composição acionária vendida no Brasil. Por isso me permito colocar em sua alma um sonho maior, algo que o Presidente Lula, e somente ele, pode fa-zer. O Presidente tem sido um herói no mundo ao de-fender, com vigor, a política brasileira do etanol e do álcool. Coloco-me no seu Estado, o Acre, onde deve começar o projeto, que virá por Mato Grosso, entrará por Goiás, subirá por Tocantins, pelo Maranhão, até chegar ao porto de São Luís. O Governo não precisa-rá investir 1 centavo nesse projeto. Empresas priva-das querem fazer esse alcoolduto para produzir, sabe V.Exa. quanto, nesse trajeto com áreas já abertas e agricultáveis, Deputado Nilson Mourão? Vinte bilhões de litros de álcool, para exportarmos por um porto que está a 5 mil quilômetros da Costa Leste dos Es-tados Unidos. O que isso vai gerar dentro do Brasil? Um boom econômico. Vai gerar a poupança de que o Presidente precisa para nos fazer crescer a 10% ao ano novamente. O Brasil tem uma poupança interna hoje de 21%. Com esse projeto, chegará à poupança da Argentina e do Chile. Mais de 30% para enriquecer. Sou tão vacinado com a euforia da PETROBRAS, que me permito ser eufórico com o Presidente em outros projetos: dos biocombustíveis, do etanol brasileiro, no projeto de sermos os líderes mundiais para sempre, porque só nós temos área para fazer isso. Os outros países não têm. Temos a tecnologia e temos a área. Então me considero feliz com o contentamento de V.Exa., mas, confesso-lhe, vacinado contra a euforia da PETROBRAS. A primeira vez em que ouvi isso foi da boca do General brasileiro que presidia a Nação no tempo da ditadura. O General Ernesto Geisel en-tão dizia que em breve seríamos ricos exportadores, auto-suficientes e não sei mais o quê. E agora, de novo, ontem, ouço uma Ministra, candidata à Presidência da República, dizer que vamos ser exportadores de pe-tróleo. Prefiro nosso biocombustível, Deputado Nilson Mourão. Parabéns a V.Exa. pelo discurso.

O SR. NILSON MOURÃO – Obrigado, ilustre Depu-tado Alceni Guerra, pelo brilhante e sábio aparte ao meu pronunciamento, que acolho com o maior prazer.

Mas, com todo o respeito que tenho por V.Exa., grande debatedor de plenário, gostaria de divergir em apenas 2 pontos. O primeiro é que os anúncios que têm sido feitos pelo Presidente Sergio Gabrielli têm se confirmado. O anúncio feito no primeiro mandato do Governo do Presidente Lula, o da nossa auto-suficiên-cia, já é um fato concreto. Nós hoje produzimos todo o petróleo que consumimos. Todo. A importação que fazemos é muito mais com a finalidade de refinar nosso petróleo, por suas propriedades e qualidades. Mas que temos autonomia atualmente, sim, temos. Naturalmen-te, não é uma obra só do Governo do Presidente Lula, mas de todos os que V.Exa. acabou de citar.

O segundo diz respeito àquilo que V.Exa. dis-se, no final do seu breve aparte, sobre a candidatura da Ministra Dilma à Presidência da República. Ilustre Deputado, S.Exa. tem todo o mérito, pela sua qualida-de e competência, mas em momento algum a Ministra Dilma tratou dessa questão. Ela é uma excelente Mi-nistra, está procurando fazer seu trabalho, e eu fico até contente por V.Exa. tê-la lançado como candidata aqui no plenário desta Casa, muito embora o Partido dos Trabalhadores vá gastar muitas reuniões e conversas para escolher seu candidato.

Retomo, ilustre Deputado, o fio do meu discurso, que me leva a me associar a V.Exa. no que se refere ao entusiasmo que tem pelo etanol. De fato, o Presi-dente Lula está sendo um grande líder no mundo ao buscar novas alternativas de combustíveis, em virtude do esgotamento dos combustíveis fósseis.

Sr. Presidente, há muito anos, a ciência divulga continuamente que estamos esgotando nossas reser-vas de petróleo. À medida que o tempo passa, fala-se do esgotamento das reservas. No entanto, novos campos são descobertos – e novos campos são descobertos permanentemente. Isso no Brasil.

Esse megacampo recém-descoberto – e creio que é real e será confirmado – vai nos dar a possibilidade da exploração, do consumo e da comercialização do petróleo por muitos anos. Contudo, temos de procurar alternativas – V.Exa. tem razão quanto a isso –, inclusive na área de combustíveis limpos, como o etanol.

Finalizando, Sr. Presidente, gostaria de dizer que o Acre também se prepara para prospectar petróleo. Meu Estado, por meio de iniciativa do ilustre Senador Tião Viana, que preside o Senado Federal interinamente, conseguiu convencer a Agência Nacional de Petróleo a realizar estudos para verificar se no Acre eventu-almente encontram-se jazidas. Há várias no Estado do Amazonas, no lado peruano e no lado boliviano, e, muito provavelmente, haverá no Acre, também. E, caso existam, iremos explorá-las para o bem do povo brasileiro e do povo acreano.

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60536 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Encerro meu pronunciamento, associando-me ao entusiasmo do Presidente Lula, da Ministra Dilma Rousseff e do Presidente da PETROBRAS com o im-portante anúncio da descoberta desse megacampo de petróleo.

Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados.

O SR. PRESIDENTE (Uldurico Pinto) – Para-béns, Deputado Nilson Mourão, pelo excelente pro-nunciamento.

O SR. PRESIDENTE (Uldurico Pinto) – Antes de passar a palavra à Deputada Sandra Rosado, ex-Prefeita de Mossoró – município que é o maior produ-tor de sal e de petróleo em terra do Brasil –, bacharel em Direito, administradora, radialista, apresentadora de um programa, ex-Deputada Estadual no segundo mandato de Deputada Federal, tendo realizado exce-lentes trabalhos nesta Casa, convido o Deputado Al-ceni Guerra para presidir a sessão, pois estou inscrito e serei o próximo orador.

Concedo a palavra, pela ordem, à Deputada Sandra Rosado.

A SRA. SANDRA ROSADO (Bloco/PSB – RN. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Agradeço ao Sr. Presidente, Deputado Uldurico Pinto, do PMN da brava Bahia, as palavras.

Saúdo o Deputado Alceni Guerra, que agora as-sume a direção dos trabalhos, os Srs. Parlamentares e os que assistem à TV Câmara.

Hoje, 9 de novembro de 2007, é o aniversário de 137 anos da minha cidade, Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte.

A partir da Lei Provincial nº 620, de 9 de novem-bro de 1870, de autoria do vigário Antônio Joaquim Rodrigues, à época Deputado da Província, a então Vila de Santa Luzia de Mossoró foi elevada à condi-ção de cidade.

Existe uma polêmica em torno da data, mas his-toriados como Francisco Fausto de Souza, Câmara Cascudo e Vingt-un Rosado ratificam que a data de hoje representa, sim, o aniversário da cidade, pois sua emancipação política aconteceu 18 anos antes, com a Lei Provincial nº 246, de 15 de março de 1852, sancio-nada por José Joaquim da Cunha, então Presidente da Província do Rio Grande do Norte. A conquista da representação política local se deu em 24 de janeiro do ano seguinte, com Antônio Freire de Carvalho, eleito o primeiro Presidente da Intendência Mossoroense.

Hoje a cidade de Mossoró é um pólo desenvolvi-mentista da região oeste potiguar, destacando-se no cenário nacional por suas riquezas naturais, como o petróleo, o sal e frutas, e por um passado ilustrado pela resistência e busca constante da liberdade.

Entre as várias histórias que retratam a bravura do povo mossoroense está a de 1873, quando Mosso-ró encampou um movimento conhecido como o Motim das Mulheres. Eram mães, destemidas e determina-das, com panelas nas mãos, protestando contra o alis-tamento militar de seus filhos e maridos, que depois do episódio não mais foram obrigados a ir para uma guerra que não lhes dizia respeito.

Aliás, nós mulheres participamos efetiva e ativa-mente da vida política de Mossoró.

Mossoró foi ainda a primeira cidade do Rio Grande do Norte a fazer campanhas sistemáticas pela aboli-ção da escravatura. A união da sociedade em torno da idéia fez com que em 1883, 5 anos antes da Lei Áurea, Mossoró libertasse todos seus escravos.

E no dia 19 de setembro de 2005 esta Casa, em reconhecimento ao fato, atendeu requerimento de mi-nha autoria e, em sessão solene, homenageou os 122 anos da abolição da escravatura em Mossoró.

A data também serviu para enaltecer o pionei-rismo e a bravura dos filhos da Terra de Santa Luzia, que ficou ainda mais evidente em 13 de junho de 1927, quando os mossoroenses resistiram à invasão do ban-do do cangaceiro Lampião.

No mesmo ano, a cidade ficou marcada na his-tória política do nosso País com a primeira eleitora da América Latina, a Profa. Celina Guimarães Viana, que teve o direito ao voto assegurado.

Mais uma vez esta Casa homenageará a cidade de Mossoró. No próximo dia 19, em sessão solene re-querida por mim vão ser comemorados os 80 anos do feito de Celina Guimarães, que nos abriu portas para a entrada da mulher na política.

Essa é a prova de que o povo libertário e pro-gressista de Mossoró se destaca nas mais diferentes áreas econômicas. Apesar das notícias de descoberta de petróleo em Santos, somos ainda o maior produtor de petróleo em terra do Brasil, o maior produtor de sal marinho e responsável por crescimento reconhecido na fruticultura e na carcinicultura.

Nesta data, nós filhos e filhas de Mossoró, terra tão gloriosa, temos mais é que nos orgulhar dos 137 anos de história política e crescimento de uma cida-de que merece o nosso respeito e o de toda a Nação brasileira.

Daqui mando meu abraço carinhoso e fraterno aos meus conterrâneos mossoroenses, que continua-rão, sem recuo, nessa luta pelo crescimento e desen-volvimento da nossa querida cidade.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Sra. Depu-

tada, esta Presidência compartilha com V.Exa. o sen-timento por Mossoró.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60537

Confesso-lhe um episódio da minha vida política. Quando passava por Mossoró, na condição de Minis-tro da Criança, para lançar uma fábrica de CIACs, era Prefeita uma mulher, Rosalba Ciarlini Rosado, que hoje é Senadora. A então Prefeita me contou alguns episódios do valor da mulher de Mossoró. Dois episó-dios foram contados com muito orgulho: a luta contra o alistamento obrigatório de seus filhos e a expulsão de Lampião da cidade pelas mulheres de Mossoró, que o fizeram com armas na mão.

Fiquei impressionado com a história, Deputada Sandra Rosado, sabendo que, realmente, em Mos-soró, há sempre mulheres de muito valor, a exemplo de V.Exa.

Parabéns pelo pronunciamento e pela maravi-lhosa cidade que é Mossoró. Quero cumprimentá-la em nome desta Casa e de todos os brasileiros. Temos orgulho de Mossoró.

Durante o discurso da Sra. Sandra Ro-sado, o Sr. Uldurico Pinto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-dência, que é ocupada pelo Sr. Alceni Guerra, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Uldurico Pinto para uma Comunicação de Liderança pelo Bloco Parlamentar PSB/PDT/PCdoB/PMN/PHS/PRB. O nobre Deputado é médico, foi meu colega na Constituinte e vem de uma cidade que, a exemplo de Mossoró, enche-nos de orgulho. Costumo dizer que Teixeira de Freitas é a Maringá do Nordeste, a Maringá dos anos 60 ou 70. Trata-se de uma belíssima cidade, que espero que V.Exa. tenha daqui a algum tempo o prazer de dizer que é tão grande ou maior do que Maringá, Município cujo crescimento nós paranaenses promovemos com tanto sacrifício.

O SR. ULDURICO PINTO (Bloco/PMN – BA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden-te, Sras. e Srs. Deputados, como hoje foi lançada uma candidatura à Presidência da República, vou aproveitar para lançar outras candidaturas: a de V.Exa. – que foi Ministro da Criança e tem vários títulos que honram o Estado do Paraná e nosso País – ao Governo do Pa-raná e a do Governador Jaques Wagner à Presidência da República.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje apre-sentei nesta Casa um projeto importante para o Nor-deste. Fez-se uma constatação muito grave em relação ao BNDES, nos sucessivos Governos deste País: o Nordeste, que abriga em torno de 27% da população brasileira e gera cerca de 14% do PIB, recebe apenas 8% dos investimentos do BNDES. A rigor, o BNDES

retira recursos do Nordeste para aplicá-los nas Regiões mais ricas do País, especialmente o Sudeste, e isso é muito grave. Em reunião da bancada do Nordeste com o Presidente do BNDES, fiquei assustado com a confirmação desses dados. Houve um ano em que o empréstimo à EMBRAER representou o dobro do que foi emprestado ao Nordeste.

Estou apresentando esse projeto de lei para que os bancos oficiais, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, especificamente, e o BNDES, apli-quem nas Regiões mais pobres do País o equivalente à sua população mais 10%, o que seria em torno de 37%. Mesmo os países mais desenvolvidos, a exemplo dos Estados Unidos, têm leis, mecanismos e instru-mentos que proíbem a retirada de recursos das regiões mais pobres para as mais ricas. Eu levei um susto ao constatar que o Nordeste, nos sucessivos Governos, tem sido exportador de capital para as Regiões mais ricas do Brasil.

Sr. Presidente, antes de passar ao objeto princi-pal do meu pronunciamento de hoje, reforço as can-didaturas do Deputado Alceni Guerra ao Governo do Paraná e do Governador Jaques Wagner à Presidência do Brasil, lançadas neste momento por mim.

Sras. e Srs. Deputados, hoje eu venho falar sobre a juventude do nosso País e da América Latina. Gostaria de comentar a publicação de estudo da Organização Internacional do Trabalho – OIT sobre a juventude da América Latina e Caribe. São números que mostram uma realidade muito preocupante, na qual precisamos intervir imediatamente.

O estudo, intitulado Juventude e Trabalho De-cente, traz uma radiografia dos 106 milhões de jovens, entre 15 e 24 anos, que em 2005 viviam nas regiões analisadas, com enfoque na inserção no mercado de trabalho. Do total dos jovens, 48 milhões trabalhavam, 10 milhões estavam desocupados e 48 milhões estavam inativos. A pesquisa mostrou ainda que, no conjunto, 48 milhões eram estudantes e 22 milhões não estudavam nem trabalhavam. Outro dado significativo: 30 milhões de jovens trabalhavam na informalidade no período analisado. Entre os que trabalhavam, a remuneração era em média 56% inferior à dos adultos.

Ainda que 31% dos jovens que trabalhavam pos-suíssem escolaridade superior à dos adultos, e apesar de serem responsáveis por 20% do emprego, eles re-cebiam apenas 10% da renda do trabalho.

Entre os 48 milhões que trabalhavam, 31 milhões encontravam-se em situação precária e não contavam com qualquer amparo de seguridade social. Dos que estavam desocupados e não estudavam, 72% eram do sexo feminino.

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60538 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

O que temos em mãos é um diagnóstico dramáti-co, relativo a uma situação já bastante conhecida: uma parte da sociedade é organizada e conta com amplos direitos e garantias; outra parte permanece à margem dos benefícios do progresso material e cultural.

No caso do diagnóstico da OIT, o enfoque dado aos jovens mostra que os problemas que temos hoje tenderão a crescer e a se aguçar no futuro, quando esse enorme contingente de cidadãos entrarem na idade adulta e depois na velhice.

Por enquanto, com idade entre 15 e 24 anos, eles ainda têm energia e flexibilidade para se adaptar com relativa facilidade a novas condições de estudo e trabalho. Ainda há tempo para eles: basta que tenham oportunidades para se desenvolver. Mas se nada for feito, se não encontrarmos novos caminhos de inclusão dessas pessoas no mundo do trabalho organizado e socialmente garantido, se fracassarmos agora, os de-safios no futuro serão quase intransponíveis.

O estudo aponta políticas públicas como a princi-pal via de acesso a soluções consistentes e duradou-ras. O Estado precisa atuar, criando condições para a inserção desses jovens no mercado de trabalho. Aban-donados à própria sorte, tendo que disputar com unhas e dentes uma brecha nas ruas, eles serão obrigados a aceitar condições de trabalho cada vez mais precárias ou a ingressar na criminalidade. Essa é a realidade, e é ela que precisamos enfrentar.

A sociedade deve pressionar os governantes para que reconheçam como obrigação prioritária do Esta-do a proteção aos jovens e a criação de articulações sociais capazes de oferecer a eles oportunidades de trabalho para que possam construir suas famílias e viver com dignidade.

Não existe outro caminho para transformarmos o Brasil numa Nação justa e soberana.

Para concluir, Sr. Presidente, gostaria de reite-rar à Nação brasileira o convite para assistir hoje, às 15h, à comemoração dos 19 anos da Constituição brasileira.

Eu e o Deputado Alceni Guerra fomos ambos membros da Assembléia Nacional Constituinte. Se-gundo o nobre Deputado Mauro Benevides, dos mais de 500 Deputados desta Casa, menos de 50, portanto menos de 10%, foram Constituintes. Desses alguns fa-leceram, outros não conseguiram reeleger-se, outros sequer se candidataram.

Constatamos, lamentavelmente, que muitos arti-gos da Constituição até hoje não foram regulamentados, muitos deles importantíssimos, como o que prevê que, em caso de inovação tecnológica que gere desemprego, alguma compensação seja dada ao trabalhador. Tam-pouco foi regulamentada a situação dos quilombolas.

Aliás, há muitas situações no País que ainda persistem, 19 anos depois de promulgada a Constituição.

Vamos comemorar e avaliar os 19 anos da Cons-tituição brasileira, que representou um grande avanço para o País, hoje, em sessão solene, sob a Presidên-cia do Deputado Arlindo Chinaglia e de nosso querido Deputado Mauro Benevides, o mais velho dos Cons-tituintes. Também contaremos com a presença do fu-turo Governador do Paraná e ex-Chefe da Casa Civil Deputado Alceni Guerra.

Por fim, insisto no lançamento do nome de Ja-ques Wagner, Governador da Bahia, como candidato a Presidente do Brasil.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Parabéns,

Deputado Uldurico Pinto, por seu excelente pronuncia-mento. Cumprimento-o e manifesto minha satisfação por ver que V.Exa. quer lançar seu Governador como candidato à Presidência da República. Aproveito para dizer que, como seu velho amigo Constituinte, eu também quero vê-lo um dia no Governo da Bahia, de preferência – quem sabe? – brevemente, porque a Bahia merece.

O SR. DÉCIO LIMA – Sr. Presidente, peço a pa-lavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Uldurico Pinto) – Tem V.Exa. a palavra, Deputado Décio Lima, ilustre advogado de Blumenau, Deputado Federal pelo PT.

O SR. DÉCIO LIMA (PT – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é um prazer subir à tribuna da Câmara dos Deputados no momento em que V.Exa., com dignidade e honra, preside a sessão. Sabemos que V.Exa. é admirado pelo povo do Paraná e tem suas digitais marcadas na história recente da nos-sa República pela larga contribuição que deu quando de sua gestão à frente do Ministério da Saúde. Todos nós povo brasileiro orgulhamo-nos do seu trabalho. E faço este registro com imparcialidade, até porque so-mos adversários do ponto de vista ideológico: V.Exa. é do Democratas e eu do Partido dos Trabalhadores. Mas saiba V.Exa. que sua conduta pública é motivo de orgulho para o povo brasileiro e principalmente para os Parlamentares nesta Casa.

Neste momento, quero deixar registrada a satis-fação do povo de Santa Catarina com a indicação do querido Desembargador Dr. Jorge Mussi, de formação acadêmica e conduta incontestáveis, para o Superior Tribunal de Justiça. O povo de Santa Catarina está ex-tremamente feliz com essa indicação. Ao mesmo tem-po, externamos nossa gratidão ao Presidente Lula pelo reconhecimento desse ilustre catarinense que passa a freqüentar aquela Casa Jurídica tão importante, o Superior Tribunal de Justiça.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60539

Quero deixar consignada nos Anais desta Casa a feliz escolha do Presidente Lula e também parabeni-zar o Desembargador pela carreira fulminante que fez na vida acadêmica e jurídica, pois o Dr. Jorge Mussi foi Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça de San-ta Catarina.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho exatamente prestar minha homenagem ao mais novo Ministro do Superior Tribunal de Justiça, nosso queri-do Dr. Jorge Mussi.

Refiro-me aqui, nobres colegas, a uma pessoa de espírito republicano, formação acadêmica jurídica incontestável e com vida dedicada à justiça e ao direi-to do povo catarinense e brasileiro. O Desembargador Jorge Mussi foi presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina e goza de unanimidade no mundo jurí-dico no Estado, bem como no STJ, onde pela segunda vez liderou a lista de indicação.

A indicação do companheiro Jorge foi com cer-teza uma conquista para o País, mas principalmente para o Estado de Santa Catarina, que finalmente se vê representado no STJ.

É com profunda alegria, Sr. Presidente, que dou as boas vindas ao amigo à esta Capital, sabedor que sou do trabalho maravilhoso que será concebido por esse novo Ministro que em todos os momentos de sua vida priorizou a justiça brasileira.

O Presidente Lula, ao fazer a indicação, tinha a convicção de que estava fazendo uma escolha que tra-ria para o Brasil a colaboração de um conhecedor das leis brasileiras e de alguém que vê na Justiça um meio de promover o bem social. Parabéns, Jorge Mussi!

E aproveito para agradecer, em nome do povo catarinense, a deferência do nosso Presidente da Re-pública ao Estado de Santa Catarina. Com a presente indicação, S.Exa. brinda a presença do povo do meu Estado nos espaços da Nação e da República.

Por fim, sinto-me orgulhoso e representado, ten-do participado deste momento histórico e dado minha modesta contribuição para ele, juntamente com minha companheira, a Deputada Ana Paula Lima.

Era o que tinha a dizer.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Esta Mesa

cumprimenta V.Exa. pelo pronunciamento de V.Exa. e o Presidente Lula por essa feliz indicação.

O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Passo a ler os seguintes:

Atos da PresidênciaNos termos do inciso II do art. 34 do Regimento

Interno, esta Presidência decide criar Comissão Es-pecial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei

nº 215, de 2007, do Sr. Ricardo Tripoli, que ‘institui o Código Federal de Bem-Estar Animal’.

A Comissão será composta de 17 membros titu-lares e de igual número de suplentes, mais 1 titular e 1 suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designados de acordo com os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 9 de novembro de 2007. – Arlindo Chi-naglia, Presidente da Câmara dos Deputados.

Nos termos do inciso II do art. 34 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Es-pecial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 1627, de 2007, do Poder Executivo, que ‘dispõe sobre os sistemas de atendimento socioeducativo, regulamenta a execução das medidas destinadas ao adolescente, em razão de ato infracional, altera dis-positivos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.’

A Comissão será composta de 17 membros titu-lares e de igual número de suplentes, mais 1 titular e 1 suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designadas de acordo com os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 9 de novembro de 2007. – Arlindo Chi-naglia, Presidente da Câmara dos Deputados.

Nos termos do inciso II do art. 34 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Es-pecial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 2.377, de 2003, do Sr. Carlos Eduardo Cadoca, que ‘dispõe sobre linhas de crédito federais direcionadas às atividades turísticas que menciona e dá outras pro-vidências.’

A Comissão será composta de 17 membros titu-lares e de igual número de suplentes, mais 1 titular e 1 suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designadas de acordo com os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 9 de novembro de 2007. – Arlindo Chi-naglia, Presidente da Câmara dos Deputados.

Nos termos do inciso II do art. 34 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Es-pecial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 2.633, de 2003, do Sr. Ivan Ranzolin, que ‘altera dispositivos da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, que dispõe sobre a organização dos serviços de tele-comunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 08, de 1995’.

A Comissão será composta de 17 membros titu-lares e de igual número de suplentes, mais 1 titular e 1 suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas

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60540 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

não contempladas, designados de acordo com os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 9 de novembro de 2007. – Arlindo Chi-naglia, Presidente da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Dando continuidade ao Grande Expediente, concedo a pala-vra ao ilustre Deputado Dr. Talmir, que disporá de 25 minutos na tribuna.

O SR. DR. TALMIR (PV – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ci-dadãos do povo presentes nas galerias, é com imensa satisfação que ocupo a tribuna desta Casa.

Inicialmente saúdo V.Exa., Sr. Presidente, médi-co pediatra como eu – exerço a profissão há 30 anos. Somos companheiros de luta nesta Casa em prol da saúde, em prol de melhores condições sociais para as crianças e para essa população tão carente.

Ontem, aqui em Brasília, logo depois da audiên-cia pública sobre a situação das famílias que vivem nos lixões, fomos até o lixão próximo à Câmara dos Deputados e ficamos chocados em ver crianças pe-rambulando por aquela área, suscetíveis a adquirirem alguma doença de pele, algum tipo de verminose ou doenças mais graves como leptospirose e leishmanio-se. Vimos ali inúmeras famílias acampadas.

Nós nos felicitamos nesses dias pela descoberta de petróleo. Viva o petróleo. Será que nos tornaremos um país rico, como os da Arábia, e ingressaremos no rol dos 10 países mais ricos em petróleo? Será que teremos, de fato, no Brasil, os marajás? Seremos, sim, um dos países mais ricos em petróleo, no entanto, essa realidade deverá confirmar-se a partir de 2010.

Mas preocupa-me muito a exclusão social. Sou pediatra, e Adriana, minha esposa, assistente social. Acompanhamos o que ocorre no País há mais ou me-nos 20 anos.

Vários conselhos foram fundados: o Conselho Mu-nicipal da Pessoa Portadora de Deficiência, o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, o Conselho Municipal da Saúde. Percebemos que a estratégia do Governo para debelar, de fato, a exclusão social, in-felizmente, está equivocada. Isso está ligado ao seg-mento que representamos. E verifico que as ONGs e entidades filantrópicas estão muito sacrificadas. As organizações não-governamentais têm em seu quadro idealistas, voluntários, e muitos deles fazem parte de diretorias. A ata e o balanço devem ser transparentes. Sabemos, sim, que é necessária a instalação de uma CPI das ONGs. Contudo, aquelas ONGs que são idô-neas, transparentes não podem ser penalizadas.

Esperamos que o Executivo veja com bons olhos todo esse trabalho, porque são justamente as ONGs

que atendem à população quando não encontra no serviço público a ajuda necessária.

Minha esposa e eu fundamos a Associação do Rosário e trabalhamos com pessoas portadoras de al-gum tipo de deficiência. Sabemos que esse segmento é muito importante. Numa população de 24 milhões de pessoas, 14,5% da sociedade é constituída de defi-cientes, conforme dados do IBGE.

Temos o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto do Idoso aprovados, que são muito impor-tantes. Onde está o estatuto da pessoa com deficiên-cia? Onde está a ratificação da convenção da ONU? Discutiremos nesta Casa a convenção da ONU, que será encaminhada à Comissão de Relações Exteriores e, depois, à Comissão de Seguridade Social e Famí-lia, à Comissão de Direitos Humanos e à Comissão de Constituição e Justiça. Mas por que essa demora? Por que a pessoa com deficiência é tão excluída des-se processo?

Percebemos um movimento na sociedade con-trário a esse estatuto. Dizem não ser necessário um estatuto da pessoa portadora de algum tipo de defici-ência. Alguns dizem que basta a Constituição, e é de total relevância o Estatuto da Criança e do Adolescen-te e o Estatuto do Idoso. Com certeza, o estatuto da pessoa portadora de algum tipo de deficiência deverá assegurar aos necessitados algum tipo de atendimento dos seus direitos.

Por deficiente devem ser entendidos não só os deficientes físicos, mas também os deficientes men-tais, auditivos, visuais, múltiplos e orgânicos. No caso dos que têm deficiências orgânicas, cite-se a pessoa aidética, portadora da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

Na minha cidade, Presidente Prudente, na época em que eu era Presidente do CONDEF, aprovamos, juntamente com meus pares, a entrada da Associação Prudentina de Proteção à Aids – APPA.

Os aidéticos têm necessidades, são pessoas carentes. O Brasil é hoje reconhecido pela Organiza-ção Mundial da Saúde no que se refere ao coquetel anti-AIDS, e as pessoas portadoras do HIV são excluí-das da sociedade. Os aidéticos têm deficiência quanto ao sistema imunológico. Uma gripe em uma pessoa com essa enfermidade pode, por exemplo, desenca-dear uma pneumonia; uma doença de pele pode virar um câncer.

Enfim, é necessário entendermos que as pessoas portadoras de algum tipo de deficiência precisam ser mais bem inseridas na sociedade.

Nesta semana, na Comissão de Seguridade So-cial e Família desta Casa, foi muito debatida a impor-tância de se assegurarem vagas para os deficientes

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60541

nas empresas do País. Louvamos os empresários que, além da cota previamente estipulada para contratações, ainda garante aos deficientes a sua capacitação.

Queremos que as pessoas portadoras de algum tipo de deficiência possam capacitar-se por intermédio das ONGs. Por isso é importante que o Poder Executi-vo, os Parlamentares assegurem emendas individuais em favor dessas ONGs que trabalham com deficientes e suas famílias. Sabemos que, no caso, as Prefeituras são responsáveis pelos trâmites, mas o Poder Muni-cipal deve olhar toda a história e a longa caminhada das instituições.

Não poderíamos deixar de falar, Dr. Alceni Guerra, também membro desta Casa, sobre a importância de o dinheiro da CPMF ser destinado à área da saúde, como queria o Dr. Adib Jatene.

Além disso, destaco a importância da regulamen-tação da Emenda Constitucional nº 29, que foi muito pouco discutida pelo Plenário. Que o Governo possa daqui a um tempo debater novamente essa emenda e assegurar, após 2010, 2011, o aumento do percentual destinado à saúde! Sabemos que, no mínimo, seriam necessários 20 bilhões para sanar as dificuldades das Santas Casas, das unidades básicas de saúde do País. Sabemos da precariedade do atendimento. As Santas Casas estão fechando. Não podemos deixar que essas entidades filantrópicas continuem sendo fechadas, elas que sempre asseguraram historicamente o atendimen-to à saúde no País.

Ouço o aparte do Deputado Uldurico Pinto.O Sr. Uldurico Pinto – Sr. Presidente, caro orador,

Deputado Dr. Talmir, cumprimento V.Exa. pelo pronun-ciamento e o parabenizo por sua luta em defesa da saúde pública e também pelo grande trabalho realizado na área de defesa, proteção e apoio às pessoas por-tadoras de necessidades especiais. Quero comunicar o apoio à criação do estatuto de apoio aos portadores de necessidades especiais. O Estatuto da Criança e do Adolescente, fruto do grande trabalho do Parlamento brasileiro, até hoje ainda não está sendo utilizado em sua totalidade. Temos de cobrar isso das autoridades e acompanhar a aplicação dos recursos. O Estatuto do Idoso não é cumprido em grande parte, mas tem de ser estimulado e fiscalizado. Esse estatuto sobre o qual V.Exa. tem trabalhado com afinco, de proteção e apoio às pessoas portadoras de necessidades es-peciais, é extremamente importante para o País. É preciso avançar na sua discussão, porque o tema é extremamente sério. Em relação à CPI sobre as ONGs, é muito importante que a Comissão saiba separar as ONGs que desenvolvem trabalho sério, transparente, honesto daquelas que fazem uso de picaretagem, pas-sam a mão no dinheiro público. Dirigentes desse tipo

de ONG têm de ir para a cadeia, ser processados. É preciso tomar as providências judiciais cabíveis. Temos de separar o joio do trigo, as pessoas que fazem tra-balho sério e transparente das desonestas. Parabéns a V.Exa. Tenho certeza de que o povo brasileiro apóia o estatuto em defesa da pessoa portadora de neces-sidades especiais. Parabéns a V.Exa., em nome da sociedade brasileira.

O SR. DR. TALMIR – Deputado Uldurico Pinto, agradeço suas considerações. V.Exa. é mais um com-panheiro na luta pela causa social, tão importante em relação às minorias do País.

Na verdade, este termo, minoria, eu contesto, por-que 24 milhões de pessoas, 14,5%, não representam uma minoria. Quanto a Comissão desta Casa, deverí-amos mudar o termo. Deveríamos estabelecer o nome de Comissão de Direito à Vida e Direitos Humanos e esquecer a palavra minorias, porque a maioria da po-pulação hoje está penalizada.

Sr. Presidente, desde 1974, após a Conferên-cia Mundial sobre População, em Bucareste, foi per-guntado aos países se eles queriam ou não reduzir a natalidade. O Brasil disse que não reduziria, porque estava na época do milagre econômico. Foi colocada uma venda nos olhos dos nossos governantes, e aqui entraram diversas multinacionais que fizeram, sim, o controle de natalidade de maneira tão abrupta que, hoje, a população brasileira tem uma taxa de fecundidade abaixo de 2%, um número ínfimo, que não assegura crescimento populacional.

Então, a população brasileira envelhece, e a criança e o jovem começam a ir para uma escala dife-rente. Não há mais aqui aquele poderio da juventude, que atemorizava até os países europeus ou da Amé-rica do Norte, como se tivesse mais força que uma bomba atômica.

Segundo a teoria populacional de Malthus, um economista anglicano, quanto menor a população de um país, mais rico ele será. E foi justamente o con-trário que ocorreu em nosso País. A taxa de natalida-de no Brasil – 7 filhos por casal – reduziu para 1,9%. Houve drástica redução dessa taxa, e temos diversos dados que comprovam que a pobreza continua e que a dívida externa é muito alta. Desejamos muito que, com o petróleo e outras iniciativas, acabemos com a exclusão social neste País.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de parabenizar a CNBB, que realizará neste final de semana a sua 31ª assembléia ligada ao setor vida e família. E entre nós estará Dom Orlando Brandes, Ar-cebispo de Londrina, que fez algumas considerações importantes ligadas ao setor vida e família.

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60542 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Apresentei nesta Casa projeto de lei que estabe-lecerá 8 de outubro como o Dia do Nascituro.

Dom Orlando Brandes afirma, em mensagem, que “o prodígio da vida é admirável, causa assombro, gratidão e reverência. Nosso corpo e nossa alma estão em potência nesta semente original. Uma vez concebi-do, o ser humano tem direito à vida, aos cuidados de todos. Este ser humano tem o direito de nascer”.

Dom Orlando Brandes, Dom Petrini, Dom An-tônio, Bispo do Rio de Janeiro, que é médico, estão aqui em Brasília neste final de semana com diversos coordenadores de todo o País discutindo a Campanha da Fraternidade 2008, que diz respeito justamente à defesa da vida.

Neste ano a Campanha da Fraternidade da CNBB discutiu o meio ambiente e a Amazônia. Sou do Parti-do Verde, e nossa convicção é a de querer assegurar a proteção do meio ambiente e também a proteção do ser humano.

Se sou contra o desmatamento da floresta ama-zônica e a poluição do Rio Tietê, devo ser contra tam-bém a destruição do organismo humano, que pode ser ocasionada pelo alcoolismo, pelo tabagismo. Sabemos que um terço dos cânceres de pulmão são causados pelo cigarro.

E o que dizer também de outros produtos nocivos ao organismo do ser humano? Dentre esses produtos nocivos, um que está sendo distribuído no Brasil é a pílula do dia seguinte, que contém levonorgestrel, cuja ação evita que a criança se implante no útero. Trata-se de uma pílula que vai contra o art. 5º da Constituição, que diz que a vida humana é inviolável. Essa pílula não deveria existir no nosso País. Ela é permitida na Inglaterra e na França porque lá existe a lei do aborto. Não é o caso do Brasil.

Tenho certeza de que, algum dia, mulheres vão pedir indenização às multinacionais que estão aqui vendendo esse produto, bem como ao Governo, que está distribuindo essa pílula.

Em se tratando de proteção do meio ambiente e do ser humano, é importante analisarmos tudo o que é contrário à natureza dos humanos.

Comentarei um pouco sobre o que disse o Go-vernador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. S.Exa. de-fende o aborto para que crianças não nasçam no País no meio da pobreza e se tornem marginais.

A maioria da população brasileira é considerada como integrante desse segmento de pobreza. O jornal Correio Braziliense publicou hoje matéria intitulada O inimigo é a pobreza: desafio regional. O Brasil está entre os países com população pobre e indigente. A solução não é eliminar a criança que porventura nas-ça pobre, pensando que ela um dia poderá tornar-se

um marginal violento, um criminoso. É justamente o contrário, precisamos acreditar que poderão vir a ser pessoas ilustres, como Chico Buarque de Holanda, Oscar Niemeyer. Não é por meio do aborto, no caso dos pobres, que erradicaremos a pobreza no Brasil, mas, sim, por meio de uma administração feita corre-tamente neste País.

Foi demonstrado que o Brasil, apesar de ter di-minuído drasticamente a população, estar com baixo índice de natalidade, tem um crescimento econômico pífio, não mais do que 4%, ao passo que alguns paí-ses que aumentaram o índice de natalidade têm de-monstrado crescimento de mais de 10%. Não vamos, neste momento, questionar a administração dos outros países, mas o nosso caso é de administração, sim. Na Europa, a média, por quilômetro quadrado, é de 400 habitantes, e a renda per capita é 5 vezes maior que a do Brasil. Neste País, a média, por quilômetro qua-drado, é de 19 habitantes, e a nossa renda per capita, reforçando o que acabo de dizer, é, no mínimo, 5 vezes menor do que a dos países europeus. É uma questão de organização de governo.

Eu me candidatei e fui eleito Deputado Federal pelo Partido Verde para colaborar com o País. Nesta Casa há pessoas maravilhosas, como os Deputados Alceni Guerra e Uldurico Pinto, aqui presentes, e muitos outros pares; no entanto, a população está descrente. Muitos hoje estão pensando que seria melhor que, na semana que vem, emendássemos o feriado da quin-ta-feira, de modo a não termos trabalho na sexta-feira. Infelizmente, parece que só temos alegria quando é feriado, porque realmente há uma descrença na me-lhoria de vida para o povo que está excluído.

Nesse ponto, volto mais uma vez à situação dos lixões no País. Devemos pensar na instalação de ater-ros sanitários e na elaboração de uma política que re-gulamente a atividade dos catadores de lixo, para que, por meio de cooperativas e associações, eles possam organizar-se.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro, como mensagem a todos, as bem-aventuranças do po-lítico, deixadas pelo Cardeal François-Xavier Nguyen Van Thuán:

“Bem-aventurado o político que tem elevado co-nhecimento e profunda consciência de seu papel, (...) arte nobre e difícil. Em pleno fenômeno de globaliza-ção, esta afirmação se encontra ao considerar que a debilidade e a fragilidade dos mecanismos econômicos de dimensões planetárias podem ser respondidas so-mente com a força da política, isto é, com uma arqui-tetura política global que seja forte e esteja fundada em valores globalmente compartilhados.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60543

Bem-aventurado o político cuja pessoa reflete a credibilidade. Em nossos dias, os escândalos no mun-do da política, ligados sobretudo ao elevado custo das eleições, multiplicam-se, fazendo perder credibilidade a seus protagonistas. Para superar essa situação, é ne-cessária resposta forte, resposta que implique reforma e purificação, a fim de reabilitar a figura do político.

Bem-aventurado o político que trabalha para o bem comum e não para seu próprio interesse. Para viver essa bem-aventurança, que o político olhe para sua consciência e pergunte: estou trabalhando para o povo ou para mim? Estou trabalhando para a nossa pátria, para elevar a nossa cultura? Estou trabalhando para honrar a moralidade? Estou trabalhando para a humanidade?

Bem-aventurado o político que se mantém fiel-mente coerente, com uma coerência constante entre sua fé e sua vida de pessoa comprometida na políti-ca; com coerência firme entre suas palavras e suas ações; com coerência que honra e respeita as pro-messas eleitorais.

(...) .........................................................

Bem-aventurado o político que está comprometido na realização de uma mudança radical e a faz lutando contra a perversão intelectual; o faz sem chamar de bem o que é mal e não relega a religião ao privado; es-tabelece as prioridades de suas eleições baseando-se em sua fé; tem uma carta magna: o Evangelho.

(...) ........................................................ ”

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu me assusto quando as pessoas se elegem e dizem: “Sou fiel ao meu partido. Vou votar conforme o meu partido pede”. E se esquecem da sua fé, da sua personalidade e do que vem de berço. Isso me surpreende muito.

Eu, que sou cristão, entendo que a primeira fide-lidade que devemos ter é a Jesus Cristo. Agora, fico surpreso quando vejo, nesta Casa, pessoas de seg-mentos religiosos importantes – o Estado é laico, sim, mas deve respeitar as religiões – não se basearem em seus princípios morais e éticos, que vêm de berço.

Sr. Presidente, parabenizo V.Exa. por presidir os trabalhos neste momento. Eu me senti muito mais à vontade, porque somos lutadores pela mesma causa na Comissão de Direitos Humanos e na de Segurida-de Social e Família.

Meus agradecimentos ao Deputado Uldurico Pin-to, que fez um aparte ao meu pronunciamento.

Agradeço à minha família, à minha esposa, Adria-na, aos meus 4 filhos, Mariana, Isabela, Júlia e André.

Agradeço aos funcionários desta Casa, que sem-pre nos cumprimentam pelos corredores. Quisera um

dia esses funcionários tivessem um pouco mais de regalias. Dentro da liberdade que tenho agora de me expressar, quero falar que questiono muito o fato de alguns funcionários ficarem no plenário de pé. Somos médicos e sabemos que uma pessoa de pé o dia intei-ro pode ter problemas de coluna. Então, esta Casa há que estudar um meio de proporcionar mais conforto a esses assessores tão importantes para nós.

Também quero encontrar nesta Casa, no próximo ano, melhores adaptações para pessoas com defici-ência, principalmente neste plenário. Essas escadas deveriam deixar de existir para que uma bela rampa, com 10% no máximo de elevação, seja construída, a fim de facilitar a locomoção das pessoas com defici-ência que nesta Casa exercem seus mandatos e de favorecer que outras pessoas com deficiência se can-didatem e possam demonstrar sua eficiência aqui, já que são pessoas normais como nós.

Nós, sim, devemos entender que não somos su-per-homens nem deuses, somos seres imperfeitos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.Tenham todos um bom dia e um ótimo final de

semana.O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Parabéns

pelo pronunciamento, Dr. Talmir. Bem-aventurada a Casa que tem a oportunidade de contar com um Depu-tado com a serenidade de V.Exa.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR:

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Brasil tem hoje uma população de quase 24,5 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência. São brasileiros que enfrentam no dia-a-dia, além das difi-culdades impostas pelos precários sistemas de saúde, educação, segurança e assistência social, diferentes barreiras para garantirem a própria sobrevivência e receberem o respeito da sociedade.

Não desenvolvemos ainda uma cultura de acei-tação dos deficientes. Não estamos habituados a en-xergá-los como cidadãos, com direitos plenos e com potencial produtivo igual ao de uma pessoa sem de-ficiência. No mercado de trabalho, eles são, quase sempre, preteridos. Enfrentam semelhantes dificulda-des nas instituições de ensino, o que acaba servindo de desestímulo para que muitos se capacitem e se profissionalizem.

Muitas associações e conselhos de defesa dos direitos dos deficientes cobram medidas eficazes de inclusão social, abertura de postos de trabalho e cur-sos técnicos. Essas instituições, por estarem muito próximas dos grupos que auxiliam, têm, portanto, co-nhecimento de causa e devem estar sempre presen-

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tes nos debates promovidos pelos responsáveis pelas políticas públicas voltadas para os portadores de ne-cessidades especiais.

Exemplo da falta de atenção do Poder Público para com os deficientes está visível na maior parte das cidades brasileiras. Poucas são as que estão prepara-das para o livre trânsito, sem obstáculos arquitetônicos, dos que são usuários de cadeiras de rodas, muletas e andadores. Os avisos sonoros e a sinalização tátil, que orientam os deficientes visuais, são raros em se-máforos e vias públicas. Nos transportes coletivos, o acesso para quem tem dificuldade de locomoção é um verdadeiro martírio.

A vontade e a iniciativa para vencer tais carências devem partir dos 3 níveis de administração: federal, estadual e municipal. No mês passado, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um plano de gover-no que prevê investimentos de cerca de 2,4 bilhões de reais, até 2010, em ações voltadas para a inclusão dos deficientes. Educação, saúde, habitação e trans-porte acessível deverão ser as áreas prioritárias para o aporte de recursos. Se bem conduzido, permitirá o fim das filas por órteses e próteses no Sistema Único de Saúde. Atualmente, há uma demanda reprimida de cerca de 1 milhão de pessoas que buscam os aparelhos na rede pública. A falta de acesso impede a inclusão social dessa parcela da população.

Mas é na prevenção de acidentes e doenças específicas que está uma grande fonte para reduzir o percentual de brasileiros portadores de deficiência. Bons resultados, certamente, seriam alcançados se a população se conscientizasse sobre os riscos dos acidentes que causam lesões traumáticas e doenças que podem provocar deficiência, como a mielomenin-gocele.

As campanhas de vacinação contra a poliomie-lite são o grande exemplo de que, com seriedade e boa vontade, foi possível afastar de todos o risco da paralisia infantil. Em relação à mielomeningocele, a aprovação de lei que obriga o enriquecimento de toda a farinha de trigo comercializada no Brasil com ferro e ácido fólico já representou um grande avanço, com efeitos que poderão ser sentidos em breve.

Preocupa, no entanto, o número elevado de le-sões causadas por acidentes. Um levantamento feito pela Associação de Assistência à Criança Deficiente – AACD mostra que 73,4% dos deficientes tratados na Clínica de Lesão Medular da instituição adquiriram o problema por acidentes de carro, armas de fogo e queda. Desse universo, 43,5% dos pacientes sofreram lesões em razão de acidentes por armas de fogo. Os dados estatísticos também mostram que 83,5% dos

pacientes são do sexo masculino e 68,3% estão pa-raplégicos.

A ação do Poder Público, com o envolvimento da sociedade, no sentido de orientar sobre os perigos e conseqüências de acidentes que podem ser evitados é fundamental para alterarmos esse quadro.

Sr. Presidente, a este Parlamento, como foro da representação popular, cabe a promoção de debates sobre as medidas que podem ser tomadas em prol dos deficientes. Aqui estão matérias que, se transformadas em normas jurídicas, serão de grande impacto social. É o caso do Projeto de Lei nº 7.699, de 2006, de autoria do Senador Paulo Paim, instituindo o Estatuto do Por-tador de Deficiência, já aprovado no Senado Federal. Tenho defendido a retomada das discussões sobre a proposição, com envolvimento direto dos grandes be-neficiários da lei.

Outra matéria relevante para os deficientes, esta pronta para apreciação deste plenário, é o Projeto de Lei Complementar nº 277, de 2005, que regulamenta o texto constitucional no que se refere à concessão de aposentadorias aos portadores de deficiência. A apro-vação dessa proposição, apresentada pelo Deputado Leonardo Mattos e relatada, na Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania, pelo Deputado Marcelo Ortiz, fará justiça àqueles que hoje estão à margem dos sistemas de assistência social e previdenciário brasileiros. Além disso, será um grande estímulo para que os deficientes desenvolvam suas potencialidades no mercado de trabalho e não se sintam compelidos a passar a vida sob as graças precárias do paterna-lismo estatal.

Para tanto, é fundamental o apoio a grupos mais vulneráveis, com a efetivação de justiça social. No exa-to instante de oferecimento de acesso a necessidades primárias a quem não as tem, caminhamos rumo à justiça social tão almejada. Dentro da questão da de-sigualdade social cabe aqui algumas reflexões:

Conviver com nossos inúmeros bolsões de mi-séria como se eles não existissem significa, em última instância, não atingir o âmago do problema!

A cidadania, na sua acepção mais ampla, so-mente ocorrerá quando do silêncio se fizer voz. Vozes de homens e mulheres distanciados de necessidades fundamentais. Negar moradias condignas, negar as-sistência médica, negar nutrição de qualidade traduz impedir o exercício de uma cidadania substantiva.

Fugir dessa realidade estrutural – de negações de direitos – no debate acerca da legalização, por exemplo, do aborto é não perceber a extensão da tarefa que cabe ao Poder Público! Diante de tantas negações, afirmemos, com a pujança necessária, o reconhecimento mais amplo de direitos humanos;

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afirmemos a centralidade ocupada pela necessidade de melhores condições de saúde; afirmemos, afinal, a eqüidade e a justiça como norteadores de futuras e desejáveis ações.

Nobres Parlamentares e queridos brasileiros, no contexto de violência hoje vivenciada, inoportuna seria a institucionalização da violência em seu estado mais puro, representada pelo aborto livre. O caminho a ser trilhado, ainda que tenhamos que remover inúmeros obstáculos, é a fraternidade e o respeito à vida humana. Preocupante caminho será percorrido na hipótese de ser retirado da pro-teção legal o direito à vida de seres frágeis e indefesos.

Felizmente, iniciativas legislativas surgem, no Brasil e no mundo, justamente para conferir proteção ao nascituro, sobretudo no que tange aos direitos de personalidade. O Estatuto do Nascituro, apresentado nesta Casa de leis em 2005, apresenta em sua jus-tificação a adoção, nos Estados Unidos, da Lei dos Nascituros Vítimas de Violência. Na mesma direção, cita-se o exemplo da Itália, que em março de 2004 aprovou norma disciplinadora de uma série de direitos destinados à criança por nascer.

Nesse cenário internacional, em que a temática ingressou com vigor na agenda legislativa dos países mencionados, a iniciativa surgida no Parlamento bra-sileiro reveste-se de extrema relevância, pela sua am-plitude, podendo, inclusive, tornar-se marco histórico em nossa legislação.

Ainda com foco na proteção da vida, trago para o debate outro assunto nuclear. Refiro-me aos preocupan-tes mecanismos de controle demográfico, merecedores, ao certo, de acurado exame. Num primeiro momento, podemos sair na defesa do falacioso raciocínio de que o planeta, frente ao crescimento demográfico intenso, poderá sofrer fortes conseqüências, com o aumento da pobreza e da miséria.

Estudos da ONU, ao tratarem de efeitos decor-rentes do crescimento populacional sobre o meio am-biente, a pobreza e as assimetrias sociais, demonstram – para a perplexidade de muitos – que a ineficácia na esfera econômica, conjugada a injustiças sociais, exer-ce papel fundamental, antes atribuído exclusivamente à densidade demográfica.

No último século, dados evidenciam que a popula-ção mundial aumentou 4 vezes, em proporção bem me-nor comparativamente ao crescimento do PIB mundial. Disso resulta inarredável constatação: se essa enor-me riqueza produzida fosse distribuída de forma justa, grande parte das mazelas da atualidade provavelmen-te estaria resolvida ou minorada. A cada dia, analistas percebem que políticas econômicas responsáveis por concentrar renda e por promover forte exclusão social são merecedoras de contundentes críticas.

Em relação às legítimas preocupações sobre a devastação do meio ambiente, levantamentos da ONU sinalizam o nefasto poder exercido pelos atuais padrões de produção e consumo, e não necessariamente ao crescimento e distribuição das populações. Não pode-mos esquecer que o desenvolvimento econômico de alguns países ocorreu a partir de destruições ambien-tais em grandes proporções. Por essa razão, fala-se com tanta ênfase em consciência ecológica. Existe um passado não distante que nos obriga a tanto!

Essa alteração no enfoque analítico muito sim-boliza, pois, há alguns anos, programas de controle da população eram enfatizados nas grandes conferências mundiais realizadas. Assim, a discussão sobre a ex-plosão demográfica deixa de ser o centro do debate e cede lugar, por exemplo, sobre o que é arcaico ou moderno na interpretação do direito à informação e educação da população – basicamente saúde repro-dutiva –, como aconteceu na Conferência Internacional sobre a População e o Desenvolvimento, realizada na cidade do Cairo, em 1994.

Na elaboração de estratégias para conter o cres-cimento da população mundial, sobretudo em países subdesenvolvidos, agências da ONU, com a colabora-ção de organizações não-governamentais, tais como a Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF), cuja filial no Brasil é a Bem-Estar Familiar no Brasil – BEMFAM, desempenham função central.

Nobres colegas, meu firme posicionamento crí-tico a esse tipo de ingerência funda-se na crença de que não podemos ser meros executores e devemos ser definidores das políticas demográficas que mais nos convêm.

E na definição de políticas, ainda que de outra natureza, temos exemplos diversos. O trabalho reali-zado pelo Ministério da Saúde no combate ao tabagis-mo e ao alcoolismo, a partir de competentes estudos técnicos, é digno de efusivo elogio.

Todos os anos, milhões de pessoas morrem no mundo inteiro vítimas do uso do tabaco, muitas delas no auge da produtividade. O tabagismo se relaciona a mais de 50 tipos de doenças, como câncer de pulmão, de boca e de faringe, cardiopatias e até impotência sexual. E em função de sofisticadas estratégias mer-cadológicas, com intensas campanhas publicitárias por parte de grandes companhias de tabaco, esse sério problema de saúde atinge pessoas de todas as faixas etárias.

Admitam ou não os fumantes e a própria indús-tria, o cigarro é uma poderosa droga, responsável por provocar dependência e imensos transtornos. Felizmen-te, a veiculação de propaganda de cigarros na mídia é proibida no Brasil, mas necessitamos, e as estatís-

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ticas do número elevado de usuários assim revelam, de medidas ainda mais firmes.

A dependência química gerada é tão forte que, não raras vezes, na aquisição de cigarros, muitos deixam in-clusive de gastar o já escasso dinheiro com alimentação, educação e sustento da família. Essa realidade torna frágil não somente o usuário, mas todo o núcleo familiar, que vê seu alimento básico substituído por maços de cigarro. Num país onde a pobreza atinge patamares elevados, famílias são ainda mais pauperizadas no exato instante em que o vício do tabagismo bate à porta!

Ao tirar a saúde e os alimentos de milhões de tra-balhadores fumantes, o cigarro também reduz chances de trabalho pelo negativo impacto causado na força laborativa. Além disso, o gasto governamental no trata-mento de doenças causadas pelo fumo tem reflexos na área da saúde em seu conjunto, justamente por afetar os investimentos necessários para o setor.

O cigarro causa prejuízo ao Brasil: essa realidade não podemos refutar!

Uma das estratégias da Organização Mundial da Saúde para controlar o uso do fumo é o Dia Mun-dial sem Tabaco, celebrado no dia 31 de maio. Todos os anos um tema é adotado pelos países membros para divulgação da data, de forma a suscitar deba-tes e soluções possíveis. Neste ano, o tema definido foi Ambientes livres da fumaça ambiental do tabaco, escolha que possibilitou alertar sobre os reais riscos dessa exposição. Ambientes livres totalmente dessa fumaça, além de representarem incentivo aos fuman-tes que desejam deixar ou reduzir o fumo, ajudam a impedir que surjam usuários em potencial.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o que justifica negar o direito daqueles que não fumam a respirar o ar isento de fumaça do tabaco? A resposta a esse questionamento está no cerne do problema vi-venciado por fumantes passivos.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, o fumante passivo tem em torno de 30% a mais de chances de desenvolver câncer, se compa-rado a uma pessoa que não tem contato algum com a fumaça do cigarro. O dado revela que o fumo recru-desce o risco de doenças não exclusivamente entre fumantes, mas entre aqueles expostos, muitas vezes de forma involuntária, à fumaça do cigarro.

Além do tabagismo, a utilização indevida do álcool insere-se num dos graves problemas de saúde pública a serem enfrentados. O álcool, ingerido em grandes quan-tidades, atinge o organismo de forma preocupante. De fato, nas funções mentais, prejudica significativamente a percepção e a memória e, a partir do consumo por longos períodos, pode inclusive ocasionar a morte de

células. Acrescidos a tais efeitos de ordem orgânica, aspectos sociais também se revelam perturbadores.

Encontramos a evidência maior disso no aumento de níveis de violência doméstica nos casos em que o agressor encontra-se sob o efeito etílico. Nessa pers-pectiva, pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas – CEBRID constatou que, em 52% dos casos de violência ocorridos em 2.372 domicílios de diferentes municípios do Estado de São Paulo, o universo analisado de agressores enquadrava-se em padrões de elevada alcoolização.

E o problema assume dimensões ainda maiores, pois o consumo de bebidas por jovens apresenta au-mento em proporções a serem urgentemente avalia-das. Indivíduos cada vez mais jovens estão expostos à nocividade do álcool e muitos deles morrem quando ocorre a combinação desse efeito nocivo à utilização de veículos. Ainda segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2005, das 35 mil pessoas mortas no Brasil e vítimas de acidentes automobilísticos, mais de 80% eram do sexo masculino, com significativa parcela des-se universo sendo composta por jovens.

Diante dos inúmeros acidentes automobilísticos que acontecem de norte a sul do País, devemos lem-brar o custo social gerado. Dados recentes do IPEA, acerca de danos do alcoolismo à sociedade brasileira, trazem-nos números assustadores. O custo anual dos acidentes de trânsito em nossas rodovias corresponde, aproximadamente, a 22 bilhões de reais. E o acidente de trânsito custa, em média, entre 3 mil e 45 mil reais, na hipótese de ocorrência de internações.

Nesse cenário de inúmeros problemas ocasio-nados pelo abusivo uso do álcool e do cigarro, a so-ciedade civil e o Poder Público buscam alternativas de ações, sempre com foco na minoração dos índices ainda encontrados.

Por acreditar no poder transformador de práticas educacionais, organizações não-governamentais inves-tem na disponibilização de informações relativas às con-seqüências do uso desses produtos. E auxiliam ainda mais, oferecendo apoio àqueles que querem finalmente se libertar da aprisionadora dependência química.

Quanto à atuação governamental, ainda que existam políticas públicas bem direcionadas para a di-minuição desses graves problemas de saúde pública, ocasionados tanto pela utilização abusiva do álcool quanto do tabaco, necessitamos de medidas ainda mais eficazes, sob o risco de que vidas sejam ceifadas de forma prematura.

Sras. e Srs. Deputados, as mudanças que condu-zem a tão desejada valorização da vida humana reve-lam-se gradativas, mas necessárias. Seja no combate ao alcoolismo e ao tabagismo, seja no posicionamento

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60547

crítico frente à legalização do aborto e a medidas de controle demográfico não delineadas por nós, ou ainda na defesa do meritório Estatuto do Nascituro, temos campos diversos de ação parlamentar.

Estejamos convictos de que em todo esse proces-so de mudança paradigmática, o atuar transformador de nosso Parlamento ganhará centralidade maior.

Muito obrigado.O SR. ULDURICO PINTO – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Tem V.Exa.

a palavra.O SR. ULDURICO PINTO (Bloco/PMN – BA. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a ob-servação do Deputado Dr. Talmir em relação aos fun-cionários desta Casa é importante. Além da remunera-ção – e vamos nos empenhar carinhosamente junto ao Presidente Arlindo Chinaglia pela liberação, para todos os servidores da Casa, de percentual já aprovado pela Mesa –, nós que somos médicos sabemos da impor-tância dessa rampa mencionada por S.Exa. Precisamos dar exemplos para o País. Infelizmente, hoje a Câmara dos Deputados não dispõe de uma rampa de acesso para portadores de necessidades especiais.

Parabéns ao Deputado Dr. Talmir!Quero registrar ainda que no dia 14 de novem-

bro se comemora o Dia Mundial do Diabetes. V.Exa., Deputado Alceni Guerra, que preside a sessão neste momento, juntamente com o Deputado Dr. Talmir, ambos médicos, devem marcar presença nas comemorações dessa data, na qual vamos alertar o País, incluindo o próprio Ministério da Saúde e todas as entidades res-ponsáveis pelas condutas e pelos investimentos em favor dos nossos diabéticos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Passo a

ler os seguintes

ATO DA PRESIDÊNCIA

Nos termos do inciso II do art. 34 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Es-pecial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 4.305, de 2004, do Sr. Eduardo Valverde, que “dispõe

sobre a profissão de Agente de Segurança Privada e dá outras providências”.

A Comissão será composta de 17 membros titu-lares e de igual número de suplentes, mais um titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designados de acordo com os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 9 de novembro de 2007. – Arlindo Chi-naglia, Presidente da Câmara dos Deputados.

ATO DA PRESIDÊNCIA

Nos termos do inciso II do art. 34 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Es-pecial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 4.846, de 1994, do Sr. Francisco Silva, que “estabelece medidas destinadas a restringir o consumo de bebidas alcoólicas e dá outras providências”.

A Comissão será composta de 17 membros titu-lares e de igual número de suplentes, mais um titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designados de acordo com os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 9 de novembro de 2007. – Arlindo Chi-naglia, Presidente da Câmara dos Deputados.

ATO DA PRESIDÊNCIA

Nos termos do inciso II do art. 34 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Es-pecial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 5.186, de 2005, do Poder Executivo, que “altera a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, que institui normas gerais sobre desporto e dá outras providências”.

A Comissão será composta de 17 membros titu-lares e de igual número de suplentes, mais um titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designados de acordo com os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 9 de novembro de 2007. – Arlindo Chi-naglia, Presidente da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Apresen-tação de proposições.

Os Senhores Deputados que tenham proposições a apresentar queiram fazê-lo.

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O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Vai-se passar ao horário de

VI – COMUNICAÇÕES PARLAMENTARESTem a palavra o Sr. Deputado Frank Aguiar, pelo

PTB.O SR. FRANK AGUIAR (PTB – SP. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta semana está repleta de acontecimentos voltados para as mais variadas manifestações culturais do País.

Comemoramos na última segunda-feira o Dia da Cultura. Anteontem, participei em Belo Horizonte da abertura do maior encontro da diversidade cultural bra-sileira, TEIA 2007, com o tema Tudo de Todos. O evento está promovendo atividades de entretenimento, além de oferecer espaço para debates, dando mais visibilidade aos Pontos de Cultura, favorecendo sua articulação e intercâmbio de experiências, de modo que a sociedade brasileira possa participar de forma mais atuante na definição das políticas públicas de cultura.

Ontem, aqui, consagramos uma nova história nes-te Parlamento, com o lançamento da Frente Parlamen-tar Mista em Defesa da Cultura, que se constitui num importante marco para a cultura brasileira. Acredito na força desse movimento, como suporte parlamentar para o acompanhamento sistemático das ações de políticas públicas, do fomento a mecanismos de preservação e difusão cultural, proposições legislativas e tantas outras atividades que venham ao encontro dos interesses da grande diversidade cultural brasileira.

Será um espaço fértil para as mais diversas dis-cussões sobre a cultura e suas manifestações, um lugar propício para as discussões de forma densa e diversificada, uma vez que vivemos neste País com grande diversidade cultural.

Por outro lado, tenho acompanhado de perto o esforço do Governo brasileiro na implementação de políticas e programas na área da cultura, aumentando os recursos orçamentários do Ministério da Cultura, na promoção de novos instrumentos de financiamento e na criação de projetos e programas de incentivo às di-versas manifestações da cultura brasileira. Tudo isso é muito importante, mas não devemos nos acomodar. A Frente Parlamentar tem o dever de incentivar, mostrar caminhos e buscar novas alternativas para o desen-volvimento da cultural deste imenso Brasil. É o que se espera de uma Frente como essa.

Não posso deixar de dar destaque ao Plano Nacional de Cultura, um instrumento inédito para o planejamento das atividades culturais do País. Como relator desse Plano aqui na Câmara, sinto-me honra-do em poder contribuir para um projeto que será de relevante importância para definição do papel do Es-

tado no setor cultural. Ele será estruturado sob uma concepção aberta e participativa, visando garantir di-reitos da população ao acesso e à produção de bens culturais, apoiar a expressão simbólica das diversas manifestações da vida cultural brasileira e fomentar a sustentabilidade de produção dessas atividades.

Para que essa participação popular se manifeste, a partir do próximo mês, em conjunto com o Ministério da Cultura, em 12 Estados brasileiros, realizaremos seminários regionais, onde será dada oportunidade a todos os segmentos culturais brasileiros para discutir, acrescentar e implementar mudanças significativas para melhoria do Plano. Com isso, terei subsídios suficientes para fazer meu relatório e, em seguida, submetê-lo à aprovação do Plenário desta Casa.

Para finalizar minhas palavras, posso dizer que, por mais romântica que seja minha visão, creio que o País passa por uma fase boa na valorização da cultura nacional. Mas não podemos ficar só nisso. Essa Frente Parlamentar, que hoje dá seu primeiro passo em defesa da cultura brasileira, deve merecer o compromisso de todos nós. Que não fique só na ação desse lançamen-to festivo, mas que se torne um fórum permanente de debates e discussões em torno dos problemas e das causas que, muitas vezes, emperram o desenvolvimento de ações concretas das nossas atividades culturais.

Podemos mostrar alternativas, acompanhar ações governamentais e defender os interesses da cultura brasileira de maneira efetiva. Conclamo todos da nova Diretoria e membros efetivos dessa Frente Parlamen-tar a que, juntos, possamos dar nossa contribuição e empenho em favor da cultura brasileira. Estarei sempre à disposição para colaborar.

Desejo a todos um bom final de semana. Estou indo de viagem ao Amazonas para meus shows de fim de semana. E assim segue minha vida, com muita alegria no coração!

Muito obrigado!O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Atos da

PresidênciaNos termos do inciso II do art. 34 do Regimento

Interno, esta Presidência decide criar Comissão Es-pecial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 6.264, de 2005, do Senado Federal, que ‘institui o Estatuto da Igualdade Racial’.

A Comissão será composta de 17 membros titu-lares e de igual número de suplentes, mais um titular e um suplente, mais um titular e um suplente, atenden-do ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designados de acordo com os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 9 de novembro de 2007. – Arlindo Chi-naglia, Presidente da Câmara dos Deputados.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60549

ATO DA PRESIDÊNCIA

Nos termos do inciso II do art. 34 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Es-pecial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 6.461, de 2005, do Sr. Silvio Torres, que ‘institui a Sociedade Empresária Desportiva, com regime tribu-tário específico’.

A Comissão será composta de 17 membros titu-lares e de igual número de suplentes, mais um titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designados de acordo com os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 9 de novembro de 2007. – Arlindo Chi-naglia, Presidente da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Conce-do a palavra ao ilustre Deputado Mauro Benevides, pelo PMDB.

O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em meio à festiva programação, Jaguaribe, um dos mais tradicionais municípios cea-renses, comemorou ontem 174 anos de emancipação política, ensejando a que os respectivos habitantes extravasassem o justificado sentimento de alegria por tudo quanto aquela próspera comuna empreendeu em favor do desenvolvimento do Ceará, do Nordeste e do País.

O Prefeito José Sérgio Pinheiro elaborou ex-tenso roteiro de eventos significativos, a fim de que fique evidente o empenho dos atuais gestores para que a cidade e seus distritos acompanhem a pros-peridade da região, caracterizada como celeiro de produção de laticínios em toda a faixa geográfica que tem como referencial o rio de igual denomina-ção e cujas águas atingem o mar à altura da cida-de de Aracati.

Na época de inverno copioso, as águas da-quele manancial portentoso geram inundações em larga escala, o que exige das autoridades gover-namentais ações destinadas a atender aos que se sentem ameaçados pelo excesso e impetuosidade das correntes que alcançam algumas comunas do próspero vale.

Os distritos de Nova Floresta e Feiticeiro contri-buem, igualmente, para intensificar a produção agrícola, ali representando algo de ponderável, o que favorece a expansão das atividades agropastoris.

Certa vez, na qualidade de Presidente do Ban-co do Nordeste, realizei, na sede, um encontro de gerentes daquele estabelecimento de crédito oficial, a fim de que melhor se direcionassem as aplicações, sobretudo para maior estímulo das culturas nativas e

outras modalidades tendentes a aperfeiçoar o esforço levado a cabo com vistas a garantir emprego direto a milhares de habitantes.

Ao registrar, desta tribuna, o magno aconteci-mento, desejo saudar os 174 anos de Jaguaribe, au-gurando-lhe uma contribuição sempre crescente ao progresso não apenas do Ceará, mas igualmente do Nordeste e do próprio País.

Na expressão clássica do saudoso Demócrito Ro-cha, o rio Jaguaribe “é uma artéria aberta”, por onde correm os sonhos do povo alencarino.

Muito obrigado.

VII – ENCERRAMENTOO SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Nada

mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão, lem-brando que segunda-feira, dia 12 de novembro, às 10h, haverá sessão solene em homenagem aos 35 anos de existência da Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE.

O SR. PRESIDENTE (Alceni Guerra) – Encerro a sessão, convocando sessão ordinária para segun-da-feira, dia 12 de novembro, às 14h e sessão extra-ordinária, às 18h, com as seguintes

ORDENS DO DIA

SESSÃO ORDINÁRIA AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS

2. PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O RICD

Prazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Art. 216, § 1º, do RICD).

Nº 94/07 (Marcelo Teixeira) – Acrescenta o inciso XX-A ao art. 32 do Regimento Interno, criando a Comissão Permanente do Nordeste e Desenvolvimento Local.ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

II – RECURSOS

1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE CO-MISSÃO – ART. 24, II, DO RICD

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS), ou com o art. 133 (PARECERES CONTRÁRIOS), todos do RICD.Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).

1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS

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60550 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 267/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Cultural Filadélfia-ACCFI a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Tucuruí, Estado Estado do Pará.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 278/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática) – Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio e TV Difusora do Ma-ranhão Ltda para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens, no município de São Luís , Estado do Maranhão.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 309/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Baionense de Rádio Difusão Comuni-tária-ABARCO a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Baião, Estado Estado do Pará.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 354/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Cidade de Sumé Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, no município de Sumé, Es-tado da Paraíba.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 355/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Santiago FM Ltda. para explorar ser-viço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no município de Laranjeiras do Sul, Estado do Paraná.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 363/2007 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária para o Desen-volvimento de Santana dos Garrotes – PB a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Santana dos Garrotes, Estado da Paraíba.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

PROJETO DE LEI

Nº 2.334/2003 (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABA-LHO) – Dispõe sobre a criação de cargos de provimento efetivo e funções comissionadas no Quadro Perma-nente de Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região e dá outras providências.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 5.800/2005 (Manoel Salviano) – Altera a Medida Provisória nº 2.134-31, de 21 de junho de 2001, que altera a Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, que define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

Nº 5.971/2005 (Senado Federal – Iris de Araújo) – Al-tera o art. 36 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comér-cio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, para proibir a captação de receitas con-tendo prescrições magistrais e oficinais por outros estabelecimentos de comércio de medicamentos que não as farmácias e vedar a intermediação de outros estabelecimentos.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-11-07

Nº 7.258/2006 (Celso Russomanno) – Altera a Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, que “dispõe so-bre o Código Brasileiro de Aeronáutica”, para definir a abrangência da franquia de bagagem.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 7.299/2006 (Beto Albuquerque) – Inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodoviário que menciona.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 742/2007 (Elismar Prado) – Inclui, no art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, novo inciso que torna obrigatória a aplicação de tinta fosforescente nas portas de saída de emergência nos veículos de transporte de passageiros.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 913/2007 (Carlos Alberto Leréia) – Dá nova redação ao art. 585 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo Civil.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60551

Nº 1.399/2007 (Juvenil Alves) – Altera dispositivo da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo Civil.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS

PROJETO DE LEI

Nº 315/2007 (Izalci) – Proíbe a comercialização de produtos destinados a crianças sem o selo do Institu-to Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro, e dá outras providências.ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

1.3 PROPOSIÇÕES COM TRAMITAÇÃO CONJUN-TA QUE RECEBERAM PARECERES FAVORÁVEIS A UMAS E CONTRÁRIOS A OUTRAS, NÃO DIVER-GENTES.

PROJETO DE LEI

No 274/2003 (Sarney Filho) – Acrescenta parágrafo ao art. 25 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, referente à destinação de bens apreendidos. COM PARECER FAVORÁVEL: PL no 274/2003, PRIN-CIPAL.COM PARECER CONTRÁRIO: PL no 2100/2003, APEN-SADO.DECURSO: 1a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART. 54 DO RICD C/C ART. 132, § 2º DO RICD

(MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁ-RIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD)

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – PEC: art. 202, § 1º do RICD.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD.

Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).

2.1 – PELA INCONSTITUCIONALIDADE E/OU INJU-RIDICIDADE OU INADMISSIBILIDADE

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

No 331/2002 (Mendes Ribeiro Filho) − Dispõe sobre a criação do Fundo de Aperfeiçoamento Profissional da Defensoria Pública da União – FUNADP, constituído pelos honorários de sucumbência, devidos aos Defen-sores Públicos da União nas ações em que participem, assim como pelas receitas que especifica.

COM PARECER PELA INCONSTITUCIONALIDADE E INJURIDICIDADE: PLP 124/2004, apensado. (VIDE ITEM 2.2)DECURSO: 1a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

2.2 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU OR-ÇAMENTÁRIA

PROJETO DE LEI

Nº 5.607/2005 (Carlos Alberto Leréia) – Altera a Lei nº 9.496, de 11 de setembro de 1997, para autorizar a amortização de até cinco por cento do valor refinancia-do pelos Estados e pelo Distrito Federal junto à União, conforme os critérios e os limites anuais definidos pelo Ministério da Fazenda, mediante a execução de des-pesas de capital em universidades estaduais.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

No 331/2002 (Dep. Mendes Ribeiro Filho) − Dispõe sobre a criação do Fundo de Aperfeiçoamento Profissional da Defensoria Pública da União – FUNADP, constituído pelos honorários de sucumbência, devidos aos Defen-sores Públicos da União nas ações em que participem, assim como pelas receitas que especifica.COM PARECER PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA: PLP 124/2004, apensado. (VIDE ITEM 2.1)DECURSO: 1a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Nº 349/2006 (Vander Loubet) – Cria o Sistema Nacional de Rastreamento Animal – SINARA, estabelece norma relativa à rotulagem da carne e dos produtos à base de carne e determina outras providências.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDADE – ART. 164, § 1º, DO RICD

(SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, APÓS OUVIDA A CCJC, NOS TERMOS DO ART. 164, §§ 2º e 3º DO RICD)

Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (Art. 164, § 2º, do RICD).

PROJETO DE LEI

Nº 3.613/2000 (Ricardo Izar) – Dispõe sobre a venda fracionada de medicamentos nas farmácias.ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

Nº 5.909/2001 (Senado Federal – ERNANDES AMO-RIM) – Acrescenta parágrafo ao art. 11 da Lei nº 6.360,

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60552 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

de 23 de setembro de 1976, que “dispõe sobre a vi-gilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamen-tos, as drogas, os insumos farmacêuticas e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências”, para determinar que medicamentos em determinadas apresentações sejam vendidos à granel, na quantidade indicada na prescrição.ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

Nº 1.761/2003 (Coronel Alves) – Estabelece a obri-gatoriedade das farmácias, drogarias e congêneres a venderem comprimidos e pílulas por unidade e dá outras providências.ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

Nº 2.073/2003 (Carlos Nader) – “Adiciona-se o art. 83-A, à Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e dá outras providências”. ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

Nº 2.728/2003 (Carlos Eduardo Cadoca) – Dispõe so-bre a venda fracionada de medicamentos. ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

Nº 2.935/2004 (Vieira Reis) – Dispõe sobre a obriga-toriedade da venda de medicamentos a granel no co-mércio varejista.

ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

Nº 3.323/2004 (Alexandre Cardoso) – Dispõe sobre a obrigação de a indústria farmacêutica produzir medica-mentos em embalagens individualizadas para atender às prescrições de medicamentos que especifica.

ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

Nº 4.693/2004 (Zequinha Marinho) – Dispõe sobre a construção de eclusas simultaneamente à implantação de barragens em rios navegáveis.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 6.110/2005 (Reinaldo Betão) – Torna obrigatória a construção de eclusas em usinas hidrelétricas que venham a interromper, com suas barragens, o tráfego normal de hidrovias. DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 803/2007 (Vicentinho Alves) – Estabelece a obri-gatoriedade de construção de eclusas e escadas para peixes nas implantações de usinas e barragens de cursos de água. DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

Nº 1.340/2007 (Senado Federal – Paulo Octávio) – Dis-põe sobre a obrigatoriedade de inclusão, nas cédulas brasileiras, de elemento que possibilite a sua identifi-cação por pessoas com deficiência visual.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-11-07

Nº 2.083/2007 (Celso Russomanno) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre a notificação do condutor acerca da necessidade de renovação da Carteira Nacional de Habilitação.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 16-11-07

PROJETO DE RESOLUÇÃO (CD)

Nº 58/2007 (Angela Portela) – Institui Grupo de Traba-lho destinado a elaborar programação alusiva aos 20 anos de promulgação da Constituição Federal, a serem comemorados em 05 de outubro de 2008.ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

4. DEVOLVIDO(S) AO(S) AUTOR(ES)

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RCP: art. 35, §§ 1º e 2º, do RICD.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 137, § 1º, do RICD.

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões.

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 177/2007 (Manuela D’ávila) – Acrescente-se o art. 217-A à Constituição Federal para assegurar recursos mínimos, de 1% (um por cento) anualmente, na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios para a promoção do desporto.DECURSO: 4a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13-11-07

PROJETO DE LEI

Nº 2.227/2007 (Luiz Carlos Hauly) – Fixa reserva de car-gos públicos para mulheres e dá outras providências.DECURSO: 4a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 13-11-07

Nº 2.251/2007 (Jovair Arantes) – Altera a Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965, que institui o Código Eleitoral.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-11-07

Nº 2.322/2007 (Jorge Tadeu Mudalen) – Acrescenta dispositivo à Lei nº 8.112, de 1990, para permitir a con-cessão de título aos militares profissionais de saúde que

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60553

exercerem suas atividades nos hospitais administrados pelas Forças Armadas em regiões de fronteira.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 14-11-07

5. CONTRA O PARECER DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR

5.1 – PELO ARQUIVAMENTO DA REPRESENTAÇÃO, POR INÉPCIA OU AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA.

SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, NOS TERMOS DO ART. 132, § 2º DO RICD.

(NOS TERMOS DO ART. 14, § 4º, VIII, DO CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR, C/C O ART. 58 DO RICD)

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 SESSÕES.

REPRESENTAÇÃO

Nº 14/2007 (PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE) – contra o Dep. Paulo Sérgio Paranhos Magalhães (DEM/BA), por quebra da ética e do decoro parlamentar.

(Publicada no DCD nº 202-Suplemento de 8/11/2007)DECURSO: 1a. SESSÃOÚLTIMO DIA: 19-11-07

III – DIVERSOS

1. PRAZO PARA RECEBIMENTO DE SUGESTÕES A PROJETO DE CONSOLIDAÇÃO: art. 212, § 2º, do RICD ( 30 dias).

PROJETO DE LEI

Nº 1.987/2007 (Cândido Vaccarezza) – Consolida os dispositivos normativos que especifica referente ao Di-reito Material Trabalhista e revoga as leis extravagantes que especifica e os artigos 1º ao 642 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.(Publicado no DCD nº 196, Suplemento, de 30/10/2007 e DOU de 30/10/2007, Seção 3)DECURSO: 14º. DIAÚLTIMO DIA: 28-11-07

Nº 678/2007 (Bonifácio de Andrada) – Consolida a le-gislação educacional brasileira em complementação à Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que esta-belece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências.(Publicado no DCD nº 196-A, Suplemento, de 30/10/2007 e DOU de 30-10-07, Seção 3)DECURSO: 14º DIAÚLTIMO DIA: 28-11-07

Nº 679/2007 (Bonifácio de Andrada) – Consolida a le-gislação ambiental brasileira. (Publicado no DCD nº 196-B, Suplemento, de 30/10/2007 e DOU de 30-10-07, seção 3)DECURSO: 14o. DIAÚLTIMO DIA: 28-11-07

ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDE EXPE-DIENTE DO MÊS DE NOVEMBRO DE 2007

Dia 12, 2ª-feira15:00 RUBENS OTONI (PT – GO)15:25 ALINE CORRÊA (PP – SP)15:50 PROFESSOR VICTORIO GALLI (PMDB – MT)16:15 FLÁVIO BEZERRA (PMDB – CE)16:40 NILSON MOURÃO (PT – AC)

Dia 13, 3ª-feira15:00 JOSÉ ROCHA (PR – BA)15:25 FELIPE MAIA (DEM – RN)

Dia 14, 4ª-feira15:00 MOREIRA MENDES (PPS – RO)15:25 FELIPE BORNIER (PHS – RJ)

Dia 16, 6ª-feira10:00 JOÃO PIZZOLATTI (PP – SC)10:25 CIRO NOGUEIRA (PP – PI)10:50 NEUCIMAR FRAGA (PR – ES)11:15 GLADSON CAMELI (PP – AC)11:40 PROFESSORA RAQUEL TEIXEIRA (PSDB – GO)

Dia 19, 2ª-feira15:00 EDIGAR MÃO BRANCA (PV – BA)15:25 FÁTIMA BEZERRA (PT – RN)15:50 JOÃO DADO (PDT – SP)16:15 LEO ALCÂNTARA (PR – CE)16:40 MARCELO ORTIZ (PV – SP)

Dia 20, 3ª-feira15:00 ZONTA (PP – SC)15:25 LEONARDO PICCIANI (PMDB – RJ)

Dia 21, 4ª-feira15:00 JOSEPH BANDEIRA (PT – BA)15:25 SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP)

Dia 22, 5ª-feira15:00 JACKSON BARRETO (PMDB – SE)15:25 LEONARDO MONTEIRO (PT – MG)

Dia 23, 6ª-feira10:00 REBECCA GARCIA (PP – AM)10:25 FÁBIO RAMALHO (PV – MG)10:50 MARIA LÚCIA CARDOSO (PMDB – MG)11:15 ELIENE LIMA (PP – MT)11:40 AUGUSTO FARIAS (PTB – AL)

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60554 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Dia 26, 2ª-feira15:00 BETO ALBUQUERQUE (PSB – RS)15:25 LAERTE BESSA (PMDB – DF)15:50 THELMA DE OLIVEIRA (PSDB – MT)16:15 HUGO LEAL (PSC – RJ)16:40 ONYX LORENZONI (DEM – RS)

Dia 27, 3ª-feira15:00 IRAN BARBOSA (PT – SE)15:25 ROBERTO ROCHA (PSDB – MA)

Dia 28, 4ª-feira15:00 ZEQUINHA MARINHO (PMDB – PA)15:25 WILLIAM WOO (PSDB – SP)

Dia 29, 5ª-feira15:00 CEZAR SILVESTRI (PPS – PR)15:25 RAFAEL GUERRA (PSDB – MG)

Dia 30, 6ª-feira10:00 BETINHO ROSADO (DEM – RN)10:25 JOÃO CARLOS BACELAR (PR – BA)10:50 COLBERT MARTINS (PMDB – BA)11:15 EDUARDO LOPES (PSB – RJ)11:40 DR. TALMIR (PV – SP)

SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

MATÉRIA SOBRE A MESA

Requerimento nº 3.181/05, do Sr. Marcelo Ortiz e outros, nos termos do art. 155 do RICD, solicitando urgência para apreciação do Projeto de Lei nº 5.471, de 2005, que cria cargos de Juiz do Trabalho Subs-tituto no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, São Paulo.

Requerimento nº 1.036/07, do Sr. Dr. Rosinha e outros, solicita, nos termos do art. 155, do Regimento Interno, urgência para apreciação do Projeto de Lei nº 1.154, de 1995, do Sr. Edinho Araújo, que dispõe sobre a comprovação do exercício de atividade rural pelos trabalhadores que especifica para fins de concessão de benefícios previdenciários. (Prorroga o prazo de aplicação gradual do redutor do FPM dos municípios; altera a Lei Complementar nº 91, de 1997, com reda-ção dada pela Lei Complementar nº 106, de 2001. ) Está apensado ao PLP 26/03.

Requerimento nº 1.974/07, da Sra. Rebecca Gar-cia e outros, solicita, nos termos do art. 155, do Regi-mento Interno, urgência para apreciação do Projeto de Lei Complementar nº 125, de 2007, da Sra. Rebecca Garcia, que prorroga os efeitos da Lei Complementar nº 106, de 23 de março de 2001.

Recurso nº 305/06, do Sr. Gastão Vieira, que re-corre do Ato da Presidência que determinou a apen-

sação do Projeto de Lei nº 7.398, de 2006, ao Projeto de Lei nº 4.212 de 2004. (Altera dispositivos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e dá outras providências. Fixando normas para a educação superior das instituições públicas e privadas de ensiNº)

Recurso nº 313/06, do Sr. Arlindo Chinaglia – Re-quer que seja submetido ao Plenário o Projeto de Lei nº 5.238/05, do Tribunal Superior do Trabalho. (Cria Cargos em Comissão e Funções Comissionadas no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, e dá ou-tras providências.)

Recurso nº 314/06, do Sr. Arlindo Chinaglia – Re-quer que seja submetido ao Plenário o Projeto de Lei nº 2.550/03, do Tribunal Superior do Trabalho. (Dispõe sobre a criação de cargos efetivos e em comissão e funções comissionadas no Quadro de Pessoal do Tri-bunal Regional do Trabalho da 1ª Região. )

Recurso nº77/07, do Sr. José Múcio Monteiro e outros, nos termos do art. 58, § 2º,I da Constituição Federal, e dos artigos 24,II e 132, § 2º do Regimento Interno, requeremos que seja submetido ao Plenário o Projeto de Lei Nº 2.549 de 2003, do Tribunal Supe-rior do Trabalho, que “dispõe sobre a criação de um cargo em comissão e de funções comissionadas no Quadro de Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região”.

Recurso nº 90/07, do Sr. Régis de Oliveira e ou-tros, contra a apreciação conclusiva da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, sobre o Proje-to de Lei nº 836, de 2003, que disciplina o funciona-mento de bancos de dados e serviços de proteção ao crédito e congêneres e dá outras providências. Tendo apensado o Recurso nº 92/07, do Sr. Silvio Costa. (Cadastro Positivo)

Recurso nº123/07, do Sr. Julio Semeghini, re-corre do indeferimento de solicitação de inclusão da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e In-formática no despacho de tramitação do Projeto de Lei nº 2.105, de 2007, que institui o Regime de Tributação Unificada – RTU na importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai. O PL 2.105/07 tem RQU aprovado.

Recurso nº 126/07, do Sr. Roberto Santiago, que contra o despacho que reviu a distribuição inicial do Projeto de Lei n° 115, de 2007, regula o exercício do trabalho em empresas de transporte de passageiros sobre trilhos, e dá outras providências, para pedir a exclusão da Comissão de Desenvolvimento UrbaNº

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60555

URGÊNCIA (Art. 62, § 6º da Constituição Federal)

Discussão

1 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 394, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 394, de 2007, que dá nova redação ao § 3º do art. 5º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 4-10-07PRAZO NA CÂMARA: 18-10-07SOBRESTA A PAUTA EM: 5-11-07 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 22-12-07 (+ 27

dias)

2

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 395, DE 2007 (Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 395, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 3.256.764.118,00, para os fins que espe-cifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 11-10-07

PRAZO NA CÂMARA: 25-10-07SOBRESTA A PAUTA EM: 12-11-07

(46º DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 22-12-07 (+ 34

dias)

URGÊNCIA (Artigo 64, § 2º da Constituição Federal, c/c art. 204,

I, do Regimento Interno)

Discussão

3 PROJETO DE LEI Nº 2.105-A, DE 2007

(DO PODER EXECUTIVO)

Discussão, em turno único, do Proje-to de Lei nº 2.105-A, de 2007, que institui o

Regime de Tributação Unificada – RTU na importação, por via terrestre, de mercado-rias procedentes do Paraguai. Pendente de pareceres das Comissões: de Desenvolvi-mento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

SOBRESTA A PAUTA EM: 10-11-07 (46º dia)

URGÊNCIA (Art. 62, da Constituição Federal)

Discussão

4 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 396, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 396, de 2007, que dá nova redação aos arts. 1º e 2º da Lei nº 10.841, de 18 de fevereiro de 2004, que autoriza a União a permutar Certificados Financeiros do Tesouro. Pendente de parecer da Co-missão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 17-10-07

PRAZO NA CÂMARA: 31-10-07SOBRESTA A PAUTA EM: 18-11-07

(46º DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 22-12-07 (+ 40

dias)

5 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 397, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 397, de 2007, que revoga a Medida Provisória nº 385, de 22 de agosto de 2007, que acrescenta parágrafo único ao art. 1º da Lei nº 11.368, de 9 de novembro de 2006, para estender ao trabalhador rural enquadrado como contribuinte individual o prazo previsto no art. 143 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Pendente de pare-cer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 22-10-07

PRAZO NA CÂMARA: 5-11-07SOBRESTA A PAUTA EM: 23-11-07

(46º DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 22-12-07 (+ 45

dias)

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60556 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

6 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 398, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 398, de 2007, que institui os princípios e objetivos dos serviços de radiodifusão pública explorados pelo Po-der Executivo ou outorgados a entidades de sua administração indireta, autoriza o Poder Executivo a constituir a Empresa Brasil de Comunicação – EBC, e dá outras providências. Pendente de parecer da Co-missão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 24-10-07

PRAZO NA CÂMARA: 7-11-07SOBRESTA A PAUTA EM: 25-11-07 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 22-12-07 (+ 47

dias)

7 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 399, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 399, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor da Presidência da República e dos Ministérios das Relações Exteriores, dos Transportes, do Meio Am-biente e da Integração Nacional, no valor global de R$ 456.625.000,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 30-10-07

PRAZO NA CÂMARA: 13-11-07SOBRESTA A PAUTA EM: 1-12-07 (46º

DIA)PERDA DE EFICÁCIA: 22-12-07 (+ 53

dias)

URGÊNCIA (Art. 155 do Regimento Interno)

Votação

8 PROJETO DE LEI Nº 1.210-C, DE 2007

(Do Sr. Regis de Oliveira e Outros)

Continuação da votação, em turno úni-co, do Projeto de Lei nº 1.210-C, de 2007, que dispõe sobre as pesquisas eleitorais, o voto de legenda em listas partidárias pre-

ordenadas, a instituição de federações par-tidárias, o funcionamento parlamentar, a propaganda eleitoral, o financiamento de campanha e as coligações partidárias, al-terando a Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), Lei n º 9.096, de 19 de setembro de 1995 (Lei dos Partidos Po-líticos) e a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das Eleições); tendo pareceres dos Relatores designados em Plenário pelas Comissões: de Finanças e Tributação, pela compatibilidade e adequação orçamentária ou financeira, com emenda (Relator: Dep. Pepe Vargas); e de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa e, no mé-rito, pela aprovação (Relator: Dep. Ronaldo Caiado). EMENDAS DE PLENÁRIO: tendo pareceres dos Relatores designados em Plenário pelas Comissões: de Finanças e Tributação, pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronun-ciamento quanto à adequação financeira e orçamentária das Emendas de Plenário de nºs 1 a 9, 11 a 21, 23 a 28, 30, 31, 33 a 38, 40, 41, 44 a 48, 51, 53, 54, 56 a 66, 71, 73, 74, 76 a 78, 80 a 82, 86 a 101, 104, 107, 109, 110, 112 a 114, 116 a 119, 121 a 123, 125 a 131, 133 a 135, 137 a 154, 156 a 161, 163 a 170, 172 a 176, 178, 180 a 185, 188, 189, 191 a 195, 197 a 202, 204 a 209, 211, 212, 214 a 216, 218 a 226, 228, 229, 231, 233, 236 a 250, 252 a 264, 266, 267, 269, 291, 292, 294, 295, 299 a 301, 303, 304, 306, 308 a 315, 317 a 324, 327 a 330, 335 a 340 e 346; pela adequação financei-ra e orçamentária das de nºs 10, 22, 32, 42, 43, 49, 50, 52, 55, 68 a 70, 72, 75, 83, 84, 103, 105, 106, 108, 111, 120, 124, 155, 162, 171, 177, 179, 186, 187, 190, 196, 203, 210, 213, 217, 227, 230, 232, 234, 251, 265, 268, 270 a 290, 293, 296 a 298, 302, 305, 307, 316, 325, 326, 331, 333, 334, 341 e 345; e pela incom-patibilidade financeira e orçamentária das Emendas de Plenário de nºs 29, 39, 67, 79, 85, 102, 115, 132, 136, 332 (Relator: Dep. Pepe Vargas); e de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juri-dicidade e técnica legislativa das Emendas de Plenário de nºs 1 a 18, 20 a 34, 36 a 131, 135 a 141, 143 a 147, 149 a 164, 166 a 168, 170 a 174, 176 a 184, 186 a 197, 200 a 204, 206, 207, 209 a 239, 241 a 255, 257 a 309 e

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60557

311 a 346; pela inconstitucionalidade das de nºs 19, 35, 132 a 134, 142, 148, 165, 169, 175, 185, 198, 199, 205, 208, 240, 256 e 310; e, no mérito pela aprovação das Emendas de Plenário de nºs 7, 11, 12, 14, 16, 18, 21, 28, 30, 31, 42, 47, 52, 53, 57, 61, 62, 64, 70, 74, 75, 81, 92, 112 a 114, 122, 128, 129, 154, 174, 176, 177, 179 a 183, 188, 189, 192, 193, 203, 220, 233, 241, 248, 250, 252, 254, 255, 263, 264, 267, 268, 271, 279, 289, 290, 291, 293, 306, 311, 312, 322 e 333, na forma do Substitutivo apresentado; e pela rejeição das de nºs 1 a 6, 8 a 10, 13, 15, 17, 20, 22 a 27, 29, 32 a 34, 36 a 41, 43 a 46, 48 a 51, 54 a 56, 58 a 60, 63, 65 a 69, 71 a 73, 76 a 80, 82 a 91, 93 a 111, 115 a 121, 123 a 127, 130, 131, 135 a 141, 143 a 147, 149 a 153, 155 a 164, 166 a 168, 170 a 173, 178, 184, 186, 187, 190, 191, 194 a 197, 200 a 202, 204, 206, 207, 209 a 219, 221 a 232, 234 a 239, 342 a 247, 249, 251, 253, 257 a 262, 265, 266, 269, 270, 272 a 278, 280 a 288, 292, 294 a 305, 307 a 309, 313 a 321, 323 a 332 e 334 a 346 (Relator: Dep. Ronaldo Caiado).

9 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 322-A, DE 2006

(Da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados)

Votação, em turno único, do Projeto de Resolução nº 322-A, de 2006, que alte-ra a Resolução nº 17, de 1997, que dispõe sobre o Conselho de Altos Estudos e Ava-liação Tecnológica da Câmara dos Depu-tados e dá outras providências. Pendente de parecer da Mesa Diretora às EMENDAS DE PLENÁRIO.

Discussão

10 PROJETO DE LEI Nº 717-A, DE 2003 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 717-A, de 2003, que dispõe sobre a sujeição dos produtos importados às normas de certificação de conformidade da Regulamentação Técnica Federal e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Defesa do Consumidor pela aprovação deste e do de nº 3.116/04, apen-sado, com substitutivo (Relator: Dep. Dr.

Rosinha); da Comissão de Desenvolvimen-to Econômico, Indústria e Comércio, pela aprovação deste e rejeição do de nº 3.116/04, apensado (Relator: Dep. Ronaldo Dimas); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania pela constitucionalidade, ju-ridicidade e técnica legislativa deste e do de nº 3.116/04, apensado, com substitutivos (Relator: Dep. Léo Alcântara)

Tendo apensado o PL de nº 3.116/04.

11 PROJETO DE LEI Nº Nº 3.653-B, DE 1997

(Do Sr. Arlindo Chinaglia)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 3.653-B, de 1997, que dispõe sobre as perícias oficiais e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público pela aprovação deste, com substitutivo (Rela-tor: Dep. Luciano Castro); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e das Emendas apresentadas nesta Comissão, com substitutivo; e pela constitu-cionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição do Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (Relator: Dep. Fernando Coruja). Pendente de parecer da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Tendo apensado o PL nº 244/07.

12 PROJETO DE LEI Nº 552-A, DE 2007

(Do Tribunal Superior do Trabalho)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 552-A, de 2007, que dispõe sobre a criação de cargos de provimento efetivo e funções comissionadas no Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região; tendo parecer da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovação (Rela-tor: Dep. Nelson Pellegrino). Pendente de pareceres das Comissões: de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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60558 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

13 PROJETO DE LEI Nº 1.291, DE 2007

(Do Senado Federal)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 1.291, de 2007, que altera dispositi-vos das Leis nº 8.212 e nº 8.213, ambas de 24 de julho de 1991. Pendente de pareceres das Comissões: de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

14 PROJETO DE LEI Nº 939-B, DE 2007

(Da Procuradoria-geral da República)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 939-B, de 2007, que dispõe sobre a estrutura organizacional e funcional do Conselho Nacional do Ministério Público e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovação (Relator: Dep. Nelson Marquezelli); e da Comissão de Finanças e Tributação, pela adequação finan-ceira e orçamentária (Relator: Dep. Carlos Willian). Pendente de parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

15 PROJETO DE LEI Nº 940-B, DE 2007

(Da Procuradoria-geral da República)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 940-B, de 2007, que dispõe sobre a remuneração dos membros do Conselho Nacional do Ministério Publico; tendo pa-receres: da Comissão de Trabalho, de Ad-ministração e Serviço Público, pela apro-vação (Relator: Dep. Nelson Marquezelli); e da Comissão de Finanças e Tributação, pela adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação (Relator: Dep. Carlos Willian). Pendente de parecer da Comissão Constituição e Justiça e de Cidadania.

URGÊNCIA (Artigo 151, I, “j” do Regimento Interno)

Discussão

16 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 2.368-A, DE 2006 (Da Comissão de Relações Exteriores

e de Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.368-A, de 2006,

que aprova o texto do Acordo de Comércio Preferencial entre o Mercosul e a República da Índia e Anexos, celebrado em Nova Delhi, em 25 de janeiro de 2004 e 19 de março de 2005; tendo pareceres: da Comissão Desen-volvimento Econômico, Indústria e Comér-cio, pela aprovação (Relator: Dep. Vanderlei Macris); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Dep. José Eduardo Cardozo).

17 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 62-A, DE 2007 (Da Comissão de Relações Exteriores

e de Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Proje-to de Decreto Legislativo nº 62-A, de 2007, que aprova o texto do Protocolo de Emenda ao Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Co-mércio – TRIPS – da Organização Mundial do Comércio, adotado pelo Conselho-Geral daquela Organização, em 6 de dezembro de 2005; tendo pareceres: da Comissão de Seguridade Social e Família pela apro-vação (Relator: Dep. Chico D’Angelo); da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, pela aprovação (Re-lator: Dep. Lúcio Vale); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Dep. Renato Amary).

18 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 2.629-B, DE 2007 (Da Comissão de Relações Exteriores

e de Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.629-B, de 2007, que aprova o texto do Acordo de Cooperação Econômica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Repú-blica da Hungria, celebrado em Brasília, em 5 de maio de 2006; tendo pareceres: da Co-missão de Desenvolvimento Econômico, In-dustria e Comércio, pela aprovação (Relator: Dep. Antônio Andrade); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Dep. Cezar Schirmer).

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60559

PRIORIDADE

Discussão

19 PROJETO DE LEI Nº 4.942-D, DE 2001

(Do Tribunal Superior do Trabalho)

Discussão, em turno único, do Pro-jeto de Lei nº 4.942-D, de 2001, que cria funções comissionadas e cargos de pro-vimento efetivo no Quadro de Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região da Justiça do Trabalho e dá outras provi-dências; tendo pareceres: da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Pú-blico, pela aprovação (Relator: Dep. Luiz Antônio Fleury); da Comissão de Finanças e Tributação, pela adequação financeira e orçamentária (Relator: Dep. Milton Monti); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, pela constitucionalidade, ju-ridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. José Roberto Batochio).

20 PROJETO DE LEI Nº 6.600-A, DE 2002

(Do Tribunal Superior do Trabalho)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 6.600-A, de 2002, que dispõe sobre a criação de cargos de provimento efetivo no Quadro de Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região; tendo pareceres: da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovação (Relator: Dep. Homero Barreto); da Comissão de Finan-ças e Tributação, pela adequação financeira e orçamentária (Relator: Dep. Paulo Rubem Santiago); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionali-dade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda (Relator: Dep. Zenaldo Coutinho).

21 PROJETO DE LEI N.º 5.471-A, DE 2005

(Do Tribunal Superior do Trabalho)

Discussão, em turno único, do Pro-jeto de Lei nº 5.471-A, de 2005, que cria cargos de Juiz do Trabalho Substituto no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, São Paulo; tendo pareceres: da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público pela aprovação (Relator: Dep. Jo-

vair Arantes); da Comissão de Finanças e Tributação pela adequação financeira e orçamentária(Relator: Dep. João Paulo Cunha); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com emenda (Relator: Dep. José Eduardo Cardozo).

22 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 69, DE 2007 (Da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados)

Discussão, em turno único, do Proje-to de Resolução nº 69, de 2007, que altera dispositivo da Resolução nº 1, de 2007, e dá outra providência.

MATÉRIA SUJEITA A DISPOSIÇÕES ESPECIAIS (Art. 202, c/c art. 191 do Regimento Interno)

Discussão

23 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 349-C, DE 2001 (Do Sr. Luiz Antonio Fleury e Outros)

Discussão, em segundo turno, da Pro-posta de Emenda à Constituição nº 349-B, de 2001 , que dá nova redação ao art. 47, aos incs. III, IV e XI do art. 52, § 2º do art. 55 e § 4º do art. 66 da Constituição Federal, abolindo a votação secreta no âmbito do Poder Legislativo.

24 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 334-B, DE 1996 (Do Sr. Aldo Arantes e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Pro-posta de Emenda à Constituição nº 334-B, de 1996, que veda a nomeação de parentes de au-toridades para cargos em comissão e funções de confiança; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade desta, e das de nºs 101/99, 558/97, 549/02, 128/03 e 193/03, apensadas (Relator: Dep. Sérgio Miranda); e da Comissão Especial pela aprovação desta, e das de nºs 101/99, 558/97, 549/02 e 128/03, apensadas, e pela aprovação parcial da emenda nº1 e da PEC 193/03, apensada, nos termos do substitutivo (Relator: Dep. Arnaldo Faria De Sá).

Tendo apensadas as PEC’s nºs 558/97, 101/99, 128/03, 549/02 e 193/03.

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60560 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

25 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 333-B, DE 2004 (Do Sr. Pompeo de Mattos e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Propos-ta de Emenda à Constituição nº 333-B, de 2004, que modifica a redação do art. 29-A e acrescen-ta art. 29-B à Constituição Federal para dispor sobre o limite de despesas e a composição das Câmaras de Vereadores e dá outras pro-vidências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade desta e das de nºs 375/2005, 396/2005, 397/2005, 449/2005 e 468/2005, apen-sadas (Relator: Dep. Roberto Magalhães); e da Comissão Especial, pela aprovação desta e das de nºs 375/2005, 396/2005, 397/2005 e 468/2005, apensadas; pela admissibilidade das emendas apresentadas e, no mérito, pela aprovação das de nºs 02, 04, 05 e 07, com substitutivo; pela rejeição da PEC nº 449/2005, apensada, e das emendas nºs 01, 03 e 06 (Relator: Dep. Luiz Eduardo Greenhalgh).

Tendo apensadas as PEC’s nºs 375/2005, 396/2005, 397/2005, 449/2005 e 468/2005.

26 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 487-B, DE 2005 (Do Sr. Roberto Freire e Outros)

Continuação da discussão, em primei-ro turno, da Proposta de Emenda à Consti-tuição nº 487-B, de 2005, que dispõe sobre a Defensoria Pública, suas atribuições, ga-rantias, vedações e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania, pela ad-missibilidade (Relatora: Dep. Juíza Denise Frossard); e da Comissão Especial pela aprovação desta e pela admissibilidade da emenda nº 01, e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo, nos termos do parecer do relator, que apresentou complementação de voto (Relator: Dep. Nelson Pellegrino).

Tendo apensada a PEC n° 144/07.

ORDINÁRIA Discussão

27 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 54-A, DE 2007

(Do Sr. Nilson Mourão)

Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 54-A, de 2007, que cria o

Grupo Parlamentar Brasil / Países Árabes; tendo parecer da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, pela aprovação (Relator: Dep. Narcio Rodrigues).

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

I – COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.720/07 – do Sr. Ribamar Al-ves – que “prevê a criação do distrito agropecuário do Vale do Pindaré”. RELATOR: Deputado DOMINGOS DUTRA.

PROJETO DE LEI Nº 2.230/07 – do Sr. Marcos Mon-tes – que “dispõe sobre o pagamento de indenização no caso de abate de animais acometidos pela Anemia Infecciosa Eqüina (AIE)”. RELATOR: Deputado MOACIR MICHELETTO.

PROJETO DE LEI Nº 2.270/07 – do Sr. Adão Pretto – que “altera dispositivos da Lei nº 8.315, de 23 de de-zembro de 1991, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado MOACIR MICHELETTO. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.424/05 – do Senado Federal – Flexa Ribeiro – (PLS 110/2005) – que “altera a Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o novo Código Florestal, para permitir a reposição florestal e a recomposição da reserva legal mediante o plantio de palmáceas em áreas alteradas”. (Apensados: PL 6840/2006 e PL 1207/2007) RELATOR: Deputado HOMERO PEREIRA.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60561

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 5.082/05 – do Sr. Givaldo Ca-rimbão – que “disciplina a obrigatoriedade de trans-missão direta das sessões das Câmara Municipais pelas emissoras de radiodifusão sonora, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JÚLIO CESAR.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 1.705/07 – do Sr. Rodovalho – que “altera o caput do art. 232 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal”. RELATOR: Deputado NEUCIMAR FRAGA.

PROJETO DE LEI Nº 2.181/07 – do Sr. Rogerio Lis-boa – que “altera dispositivos da Lei n° 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, possibili-tando ao assistido da Defensoria Pública de posse de documento particular elaborado por Defensor Público a realização de inventário, partilha, separação consen-sual e divórcio consensual por via administrativa”. RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO.

B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 1.547/91 – VICTOR FACCIONI – que “acrescenta ao Código de Defesa do Consumidor, dispositivo relativo à prescrição de débito”. (Apensa-dos: PL 370/1999, PL 584/1999, PL 664/1999 (Apen-sado: PL 6719/2002), PL 2551/2000, PL 2760/2000, PL 2986/1997, PL 3056/2000, PL 3216/1997, PL 3240/2000, PL 3241/2000, PL 3443/1997, PL 3646/1997 (Apensa-do: PL 5271/2005), PL 3919/1997, PL 4401/1998, PL 4457/1998, PL 4892/1999, PL 7004/2002, PL 7245/2002, PL 1363/2003, PL 2008/2003, PL 2291/2003, PL 2435/2003 (Apensado: PL 3591/2004), PL 2731/2003, PL 3048/2004, PL 4866/2005, PL 5029/2005, PL

5242/2005, PL 5379/2005, PL 5407/2005, PL 5513/2005 e PL 5896/2005) RELATOR: Deputado ANTONIO CARLOS MAGA-LHÃES NETO.

PROJETO DE LEI Nº 6.341/02 – do Sr. Celso Rus-somanno – que “institui o Dia Nacional do Caminho-neiro”. RELATOR: Deputado SANDES JÚNIOR.

PROJETO DE LEI Nº 3.003/04 – do Sr. Tadeu Filippelli – que “dispõe sobre a alteração da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GERALDO PUDIM.

PROJETO DE LEI Nº 4.448/04 – da Sra. Marinha Raupp – que “dá nova redação aos arts. 71, 72 e 124 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para permitir a concessão de salário-maternidade à segurada de-sempregada”. RELATORA: Deputada SANDRA ROSADO.

PROJETO DE LEI Nº 5.669/05 – do Sr. Geraldo Re-sende – que “denomina Hospital Universitário Doutor Antônio Alves Duarte o Hospital Universitário da Uni-versidade Federal da Grande Dourados, localizado em Dourados, Estado do Mato Grosso do Sul”. RELATOR: Deputado COLBERT MARTINS.

PROJETO DE LEI Nº 6.070/05 – do Sr. Celso Russo-manno – que “altera o Inciso III do art. 162 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Có-digo de Trânsito Brasileiro”. RELATORA: Deputada SANDRA ROSADO.

PROJETO DE LEI Nº 6.238/05 – do Sr. Celso Russo-manno – que “acrescenta inciso ao § 2º do art. 26 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990”. RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 6.244/05 – da Sra. Sandra Ro-sado – que “fixa critério para instituição de datas co-memorativas”. RELATOR: Deputado BETO ALBUQUERQUE.

PROJETO DE LEI Nº 6.981/06 – do Sr. Zezéu Ribeiro – que “assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social”. RELATOR: Deputado CHICO LOPES.

PROJETO DE LEI Nº 258/07 – do Sr. Colbert Martins – que “denomina “Viaduto Engenheiro Civil J.J. Lopes de Brito” o viaduto localizado no Km 519,5 do Anel de Contorno sobre a BR-324, no Município de Feira de Santana, Estado da Bahia”. RELATOR: Deputado VITAL DO RÊGO FILHO.

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60562 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

PROJETO DE LEI Nº 444/07 – da Sra. Sandra Rosa-do – que “altera a redação do inciso IX do art. 22, da Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trân-sito Brasileiro”. RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 944/07 – do Sr. Sebastião Bala Rocha – que “altera o art. 19 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências”. RELATOR: Deputado WOLNEY QUEIROZ.

PROJETO DE LEI Nº 1.080/07 – do Sr. Rodovalho – que “institui a “Semana Nacional da Família””. RELATOR: Deputado NEUCIMAR FRAGA.

PROJETO DE LEI Nº 1.104/07 – do Sr. Alexandre Sil-veira – que “altera Lei nº 8.501, de 1992, que “Dispõe sobre a utilização de cadáver não reclamado, para fins de estudos ou pesquisas científicas e dá outras providências.”” RELATOR: Deputado FERNANDO CORUJA.

PROJETO DE LEI Nº 1.273/07 – do Sr. Alexandre Sil-veira – que “inclui as vacinas contra meningites pneu-mocócicas e meningocócicas no Calendário Básico de Vacinação da Criança”. (Apensados: PL 1460/2007, PL 1539/2007 e PL 1793/2007) RELATOR: Deputado MOREIRA MENDES.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 4.198/01 – do Sr. Alberto Fraga – que “altera a redação do art. 18 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil, au-mentando o valor da multa ao litigante de má-fé, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado FELIPE MAIA.

PROJETO DE LEI Nº 5.983/05 – do Sr. Inaldo Leitão – que “dá nova redação aos arts. 178, 330 e 511 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil – , e dá outras providências”. (Apensa-do: PL 7462/2006) RELATOR: Deputado MAURÍCIO RANDS.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 815/07 – do Sr. Sandes Júnior – que “acrescenta artigo à Lei nº 8.078, de 11 de se-tembro de 1990, que institui o Código de Defesa do Consumidor”. (Apensado: PL 1451/2007) RELATORA: Deputada LUCIANA COSTA. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 813/07 – do Sr. Sandes Júnior – que “altera o art. 47 inserindo parágrafo único e dá nova redação ao § 2º do art. 52 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990”. RELATOR: Deputado CHICO LOPES.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.190/07 – do Sr. Márcio Fran-ça – que “obriga as montadoras de veículos a ofere-cer modelos já adaptados a compradores portadores de deficiência com isenção de IPI, conforme a Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995”. RELATOR: Deputado VICENTINHO ALVES.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.761/07 – do Sr. Osmar Serraglio – que “dispõe sobre o exercício da atividade de Franquia Empresarial Postal e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ROCHA LOURES.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60563

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 4.646/04 – do Senado Federal – José Jorge – (PLS 147/2004) – que “altera o art. 56 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que es-tabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional”. (Apensado: PL 3674/2004) RELATORA: Deputada FÁTIMA BEZERRA. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 12-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 2.081/03 – do Sr. João Campos – que “modifica a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que “dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adoles-cente e dá outras providências”, limitando a veiculação de espetáculo ou programa impróprio em local público ou em veículo de transporte público”. RELATORA: Deputada MARIA DO ROSÁRIO.

PROJETO DE LEI Nº 3.961/04 – do Senado Federal – Edu-ardo Azeredo – (PLS 287/2003) – que “permite a utilização dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para pagamento de parcelas de anuidade escolar do trabalhador ou de seus filhos dependentes, de até 24 (vinte e quatro) anos de idade”. (Apensados: PL 2752/2003 (Apensados: PL 2979/2004 e PL 2765/2003 (Apensa-do: PL 3286/2004)), PL 4454/2004, PL 4897/2005, PL 5371/2005, PL 6382/2005, PL 6436/2005, PL 6580/2006, PL 6961/2006, PL 7312/2006, PL 7595/2006, PL 110/2007, PL 253/2007 e PL 1447/2007) RELATORA: Deputada MARIA DO ROSÁRIO.

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária e do Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 300/07 – do Sr. Carlito Merss – que “estende os incentivos estabelecidos pela Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, ao setor de jogos eletrônicos. “ RELATOR: Deputado SILVIO TORRES.

PROJETO DE LEI Nº 538/07 – da Sra. Bel Mesquita – que “cria o Programa de Financiamento da Casa Própria Rural e dá outras providências”. RELATOR: Deputado FÉLIX MENDONÇA.

PROJETO DE LEI Nº 1.101/07 – do Senado Federal – Marconi Perillo – (PLS 135/2007) – que “altera a Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, para prever o financiamento, pelo Fundo Nacional de Segurança Pú-blica, de sistemas de investigação, nas modalidades que cita, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ARMANDO MONTEIRO.

PROJETO DE LEI Nº 1.236/07 – do Sr. Eduardo Gomes – que “dispõe sobre novos investimentos em geração de energia elétrica por meio de pequenas centrais hi-drelétricas e fontes alternativas”. RELATOR: Deputado ALFREDO KAEFER.

B – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária (art. 54):

PROJETO DE LEI Nº 164/07 – da Sra. Vanessa Gra-zziotin – que “dispõe sobre a imunização de mulheres na faixa etária de 9 a 26 anos com a vacina contra o papilomavírus humano (HPV), na rede pública do Sis-tema Único de Saúde de todos os estados e municí-pios brasileiros”. RELATOR: Deputado COLBERT MARTINS.

PROJETO DE LEI Nº 200/07 – do Sr. Sandes Júnior – que “altera a Lei nº 8.900, de 30 de junho de 1994 que dispõe sobre o benefício do seguro-desemprego e altera dispositivo da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado TARCÍSIO ZIMMERMANN.

PROJETO DE LEI Nº 319/07 – do Supremo Tribunal Federal – que “altera os dispositivos da Lei nº 11.416, de 15 de dezembro de 2006”. RELATOR: Deputado AELTON FREITAS.

PROJETO DE LEI Nº 777/07 – do Sr. Paulo Piau – que “cria Programa de Fornecimento de Leite a Famílias Ca-rentes e de Baixa Renda e dá outras providências”. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAULY.

PROJETO DE LEI Nº 971/07 – TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – que “dispõe sobre a criação e trans-

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60564 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

formação de funções comissionadas no Quadro de Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região e dá outras providências”. RELATOR: Deputado SILVIO COSTA.

PROJETO DE LEI Nº 1.343/07 – do Sr. Jurandy Loureiro – que “dispõe sobre a criação do “Cadastro Nacional de Pessoas Albergadas”” RELATOR: Deputado FILIPE PEREIRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.355/07 – TRIBUNAL SUPE-RIOR DO TRABALHO – que “cria cargos de provimento efetivo e funções comissionadas no Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região, sediado em Vitória – ES, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado LUIZ PAULO VELLOZO LU-CAS.

PROJETO DE LEI Nº 1.652/07 – TRIBUNAL SUPE-RIOR DO TRABALHO – que “dispõe sobre a criação de cargos efetivos no Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região e dá outras providências”. RELATOR: Deputado CARLOS SOUZA.

PROJETO DE LEI Nº 1.933/07 – TRIBUNAL SUPE-RIOR DO TRABALHO – que “cria cargos de provi-mento efetivo e em comissão no Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região e dá outras providências”. RELATOR: Deputado AELTON FREITAS. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária e do Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 1.669/03 – do Sr. Walter Pinheiro – que “autoriza entidades filantrópicas a explorar lote-ria de números e dá outras providências”. (Apensado: PL 2539/2003) RELATOR: Deputado LUIZ FERNANDO FARIA.

PROJETO DE LEI Nº 5.583/05 – do Sr. Carlos Souza – que “altera a redação do art. 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, para tornar obrigatória a licitação para escolha de empresa ou instituição a ser contratada para a realização de concursos públicos”. RELATOR: Deputado ARNALDO MADEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 6.524/06 – do Sr. Carlos Souza – que “altera os percentuais e a forma de aplicação

do benefício fiscal de que trata a Medida Provisória nº 2.199-14, de 2001”. RELATOR: Deputado ANDRE VARGAS.

PROJETO DE LEI Nº 182/07 – do Sr. Takayama – que “dispoe sobre bloqueio judicial de conta bancária”. RELATOR: Deputado COLBERT MARTINS.

PROJETO DE LEI Nº 833/07 – da Sra. Solange Amaral – que “dispõe sobre a disponibilização do percentual de 0,5% da alíquota do IPI e do IR para aplicação em programas de atendimento social para a população de idosos desempregados no País”. RELATOR: Deputado VIRGÍLIO GUIMARÃES.

PROJETO DE LEI Nº 1.799/07 – do Sr. Professor Se-timo – que “dispõe sobre a obrigatoriedade da apre-sentação de documento de identidade na realização de pagamentos com cartão de crédito”. RELATOR: Deputado MAX ROSENMANN.

PROJETO DE LEI Nº 2.098/07 – do Sr. Rocha Lou-res – que “dispõe sobre a alíquota da COFINS não-cumulativa estabelecida na Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003”. RELATOR: Deputado JOÃO DADO.

PROJETO DE LEI Nº 2.160/07 – do Sr. Arnon Bezerra – que “acrescenta o § 3º-A ao art. 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, que dispõe sobre a legis-lação do imposto de renda pessoa física”. RELATOR: Deputado JOÃO MAGALHÃES.

PROJETO DE LEI Nº 2.213/07 – do Senado Federal- Francisco Dornelles – (PLS 7/2007) – que “altera a Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para incluir o nascituro no rol de dependentes que possibilitam dedução na base de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Física”. (Apensado: PL 1617/2007) RELATOR: Deputado JOÃO DADO.

B – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária (art. 54):

PROJETO DE LEI Nº 4.657/04 – do Sr. Paulo Bauer – que “acrescenta art. à Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, de forma a regulamentar o julgamento das penalidades decorrentes de infrações cometidas por veículos de socorro e fiscalização, quando em serviço de urgência”. (Apensado: PL 5778/2005) RELATOR: Deputado JOÃO DADO.

PROJETO DE LEI Nº 5.789/05 – do Sr. Félix Mendonça – que “dispõe sobre a criação da Universidade Federal de Irecê, na Região Setentrional da Bahia”. RELATOR: Deputado PAULO RENATO SOUZA.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60565

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.223/07 – do Sr. Sebastião Bala Rocha – que “altera o art. 50, § 2º, inciso II da Lei nº 9.478, de 1997, que dispõe sobre a política energéti-ca nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Ener-gética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JUVENIL ALVES.

PROJETO DE LEI Nº 2.243/07 – do Sr. Dr. Talmir – que “altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas de-rivadas de condutas e atividades lesivas ao meio am-biente, e dá outras providências”. RELATORA: Deputada MARINA MAGGESSI.

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.248/07 – do Sr. Raul Hen-ry – que “dispõe sobre a diluição dos custos de aquisição de parcela da energia elétrica gerada pela Termopernambuco S/A com os consumidores finais do Sistema Interligado Nacional, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GERVÁSIO SILVA.

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 5.653/05 – do Sr. Neucimar Fra-ga – que “institui Programa de Atendimento e Atenção ao Cidadão Brasileiro no Exterior e dá outras provi-dências”. RELATORA: Deputada ÍRIS DE ARAÚJO.

PROJETO DE LEI Nº 915/07 – do Sr. João Bittar – que “altera a Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, Lei do Serviço Militar”. (Apensado: PL 2132/2007) RELATOR: Deputado JAIR BOLSONARO.

PROJETO DE LEI Nº 2.275/07 – do Sr. Matteo Chia-relli – que “altera a Lei nº 6.634, de 2 de maio de 1979, que dispõe sobre a faixa de fronteira, altera o Decreto-lei nº 1.135, de 3 de dezembro de 1970, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VIEIRA DA CUNHA. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 14-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 6.906/06 – do Sr. Jair Bolsonaro – que “altera a redação das alíneas “a” e “d” do inci-so VI, do art. 2º, da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que “dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inci-so IX do art. 37 da Constituição Federal, e dá outras providências””. RELATOR: Deputado FLÁVIO BEZERRA.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.336/96 – do Sr. Fernando Ferro – que “dispõe sobre a obrigatoriedade da realização de avaliação periódica de saúde e análise laboratorial para trabalhadores expostos a produtos agrotóxicos, seus componentes e afins”. RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ.

PROJETO DE LEI Nº 898/99 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “revoga dispositivos da Lei nº 9.796, de

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60566 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

5 de maio de 1999, que “dispõe sobre a compensa-ção financeira entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes de previdência dos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-pios nos casos de contagem recíproca do tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, e dá outras providências”, estende sua aplicação à compensação financeira entre os regimes próprios de previdência social dos servidores de que trata, e dá outras provi-dências”. (Apensado: PL 3907/2000) RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ.

PROJETO DE LEI Nº 3.604/04 – do Sr. Celso Russo-manno – que “altera a Lei nº 10.098, de 19 de dezem-bro de 2000, que “estabelece normas gerais e critérios básicos de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ.

PROJETO DE LEI Nº 2.154/07 – do Sr. Dr. Talmir – que “dispõe sobre a criação de código de acesso telefônico para recebimento de denûncias de abortos clandestinos”. RELATOR: Deputado JOSÉ LINHARES.

PROJETO DE LEI Nº 2.233/07 – do Sr. Cristiano Ma-theus – que “altera o art. 4º da Lei nº 11.345, de 14 de setembro de 2006, para ampliar os parcelamentos de débitos com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS das entidades sem fins econômicos para tre-zentas e sessenta prestações mensais”. RELATORA: Deputada CIDA DIOGO.

PROJETO DE LEI Nº 2.285/07 – do Sr. Sérgio Bar-radas Carneiro – que “dispõe sobre o Estatuto das Famílias” RELATORA: Deputada RITA CAMATA.

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHÃ (DIA 13-11-07)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 4.891/05 – do Sr. Nelson Mar-quezelli – que “regula o exercício das profissões de Árbitro e Mediador e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JOVAIR ARANTES.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 4.673/04 – da Sra. Maria do Ro-sário – que “reconhece a profissão de Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras provi-dências”. (Apensado: PL 5127/2005) RELATORA: Deputada MARIA HELENA.

PROJETO DE LEI Nº 1.629/07 – do Sr. Antonio José Medeiros – que “estabelece incentivo fiscal às empre-sas que contratarem empregadas mulheres chefes de família e dá outras providências”. RELATOR: Deputado EUDES XAVIER. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 13-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 6.770/06 – do Sr. Edson Ezequiel – que “acrescenta dispositivo à Lei nº 8.036, de 1990, para permitir o saque do saldo da conta vinculada ao FGTS pelo trabalhador que permanecer trabalhando após completar 65 anos de idade”. (Apensados: PL 948/2007, PL 1357/2007 e PL 1844/2007) RELATOR: Deputado SANDRO MABEL.

PROJETO DE LEI Nº 557/07 – do Sr. Tarcísio Zimmer-mann – que “”Altera o caput do art. 13 da Lei nº 10.192, de 14 de fevereiro de 2001, e seu § 2º.”” RELATOR: Deputado TADEU FILIPPELLI.

PROJETO DE LEI Nº 1.036/07 – do Sr. Magela – que “dispõe sobre a profissão de Instrutor de Formação de Condutores de Veículos Automotores ora denominado de Instrutor de Trânsito”. RELATOR: Deputado DANIEL ALMEIDA.

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60567

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.876/07 – do Sr. Geraldo Re-sende – que “torna obrigatória construção de área destinada à prática desportiva nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, da rede pública e pri-vada, em todo o território nacional”. RELATOR: Deputado FÁBIO FARIA.

II – COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1921, DE 1999, DO SENADO FEDERAL, QUE INSTITUI A TARIFA

SOCIAL DE ENERGIA ELÉTRICA PARA CONSUMIDORES DE BAIXA RENDA

E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-07

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.921/99 – do Senado Federal – Ge-raldo Melo e José Agripino – (PLS 118/1999) – que “institui a tarifa social de energia elétrica para consumidores de baixa renda e dá outras providências”. (Apensados: PL 1946/1999, PL 2406/2000, PL 2987/1997 (Apensados: PL 1631/1999, PL 4083/1998 e PL 96/2003), PL 3124/2000 (Apensado: PL 4616/2004), PL 3134/2000, PL 4068/2001, PL 4328/2001, PL 4366/2001, PL 4746/2001, PL 6202/2002, PL 6247/2002, PL 3430/2004, PL 5963/2005, PL 6737/2006 (Apensado: PL 1001/2007), PL 7229/2006, PL 414/2007, PL 1178/2007 e PL 1928/2007) RELATOR: Deputado CARLOS ZARATTINI.

III – COMISSÕES MISTAS

COMISSÃO MISTA DE PLANOS, ORÇAMENTOS PÚBLICOS E FISCALIZAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 DIAS ÚTEIS)

Decurso: 4º diaÚltimo dia: 13-11-07

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO, referente ao Aviso nº 28/2007-CN, que “encaminha ao Congresso Nacional cópia do Acórdão nº 1617, de 2007 – TCU (Ple-nário), bem como dos respectivos Relatório e Voto que o fundamentaram relativo a Levantamento de Auditoria realizado nas obras de “Construção de Trecho Rodoviário – Diamantino – Sapezal – Comodoro – na BR-364 – no Estado de Mato Grosso”, (TC nº 012.540/2007-3)”.RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (8 DIAS)

Decurso: 6º diaÚltimo dia: 14-11-07

PROJETO DE LEI Nº 30/2007-CN, que “estima a re-ceita e fixa a despesa da União para o exercício finan-ceiro de 2008.”RELATOR-GERAL: Deputado JOSÉ PIMENTEL

IV – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES

ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES

EM 9-11-07:

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania: PROJETO DE LEI Nº 2.276/2007 PROJETO DE RESOLUÇÃO (CD) Nº 95/2007

Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indús-tria e Comércio: PROJETO DE LEI Nº 270/2003 PROJETO DE LEI Nº 2.254/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.256/2007

Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: PROJETO DE LEI Nº 3.009/1997

Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Na-cional: PROJETO DE LEI Nº 2.279/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.288/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.292/2007

Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado: PROJETO DE LEI Nº 3.700/1997 PROJETO DE LEI Nº 3.760/2004 PROJETO DE LEI Nº 2.287/2007

Comissão de Viação e Transportes: PROJETO DE LEI Nº 668/2007 PROJETO DE LEI Nº 2.261/2007

(Encerra-se a sessão às 12 horas e 14 minutos.)

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60568 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO JOSEPH BANDEIRA NO PERÍO-DO DESTINADO AO GRANDE EXPEDIENTE DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 309, REALIZADA EM 5 DE NOVEMBRO DE 2007 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO:

O SR. JOSEPH BANDEIRA (PT – BA) – Sr. Pre-sidente, Sras. e Srs. Deputados, radiouvintes, telespec-tadores, 5 de novembro é o dia santo em que a Bahia, novamente fecundada pelo espírito do tempo, 158 anos atrás, deu outra vez à luz o Brasil, em novo avatar da nacionalidade, com o nascimento de Rui Barbosa.

Ofensa grave ao País seria, portanto, se os con-gressistas baianos não providenciassem aqui, neste recinto sagrado, que já foi, por grandes numes da po-lítica brasileira, denominado Altar da Pátria, dar pros-seguimento ao costumeiro, público e solene culto de devoção à memória do homem que encarna até hoje, no completo exemplo de sua vida, as melhores tradições e as maiores dimensões do patriotismo nacional.

Investido pela primeira vez da responsabilidade de um mandato legislativo, tomei-me de alvoroço ao per-ceber que a data, este ano, me ensejava a expectativa de poder cumprir com o meu dever, já que coincidiria com uma sessão ordinária de debates. Como, porém, não estava inscrito para o Grande Expediente, e não me bastava apenas a possibilidade de fazer um mero registro no horário destinado às breves comunicações – porque se me tornava imperioso um documento es-crito, um papel forte, um artigo de fé, um texto para os Anais –, procurei o nobre Deputado Paulo Magalhães, amigo e conterrâneo. Segundo eu fora informado antes, o preclaro colega, ainda que sorteado para ocupar, nesta tarde, a concorrida tribuna, não poderia fazer-se presen-te, por motivo incontornável de caráter superior.

Num grande gesto de generosidade para comigo, resolveu o ilustre Parlamentar baiano designar-me para substituí-lo, motivo pelo qual devo fazer-lhe esta decla-ração de reconhecimento, repetindo o filósofo grego Antístenes: “A gratidão é a memória do coração”.

Eis-me então aqui, Sr. Presidente, ainda que sem os necessários dons, nem da palavra nem do pensamento, tentando cumprir o dificílimo ofício, em face de tão grande responsabilidade. Mesmo assim, conquanto seriamente intimidado, urge, a esta altura, que eu enfim comece a cuidadosa leitura da minha modesta homenagem.

Rui não é só um homem, mas toda uma nação. Desde Vieira, a palavra falada ou escrita nunca atingiu, neste País, mais altas alturas. Desde os Inconfidentes, de antes e de sempre, das Minas Gerais ou de quaisquer outras minas de todos os Estados de espírito nacional,

em qualquer lugar e em qualquer época, a paixão da Pátria jamais logrou entre nós tão universal respeito.

Assim como são das águias os alcantis, a ele pertence o direito ao elogio sem medidas, conquistado nas batalhas da moral e da inteligência. Pertence-lhe, igualmente, por herança, na sentença da história, boa parte do espólio das mais valorosas vitórias da demo-cracia e do liberalismo, à luz do seu exemplo.

Primeiro o advogado, que pelo próprio desem-penho define para sempre a Advocacia, em nome do Direito, como a irrecusável missão de pedir ao julgador a justiça. Concomitantemente, em nome da Advocacia, exerce o direito intransigente de julgar, a um só tempo, a mesma justiça, ao correr do desempenho de quem quer que seja o julgador.

Ensina-nos ele:

“Na missão do advogado também se desenvolve uma espécie de magistratura. As duas se entrelaçam, diversas nas funções mas idênticas no objeto e na resultante: a justiça. Com o advogado, justiça militante. Justiça im-perante, no magistrado.

Legalidade e liberdade são as tábuas da lei da vocação do advogado. Nelas se encerra, para eles, a síntese de todos os mandamen-tos. Não desertar a justiça nem cortejá-la. Não lhe faltar com a fidelidade nem lhe recusar o conselho. Não transfugir da legalidade para a violência nem trocar a ordem pela anarquia. Não antepor os poderosos aos desvalidos nem recusar patrocínio a estes contra aqueles. Não servir sem independência à justiça nem quebrar da verdade ante o poder. Não colaborar em per-seguição ou atentados nem pleitear pela iniqüi-dade ou imoralidade. Não se subtrair à defesa das causas impopulares nem à das perigosas quando justas. Onde apurável um grão que seja de verdadeiro direito, não regatear ao atribulado o consolo do amparo judicial.”

Continua o mestre, tomando a Jesus como exem-plo de réu em juízo, demoradamente debruçando-se, numa das semanas santas de sua própria vida, sobre as cenas da Paixão, sublinhando a força da autoridade dos 4 Evangelhos. Suas palavras, então, têm a verti-gem da eternidade:

“Para os que vivemos a pregar à Repúbli-ca o culto da justiça, como supremo elemento preservativo do regime, a história da paixão, que hoje se consuma, é como que a interfe-rência do testemunho de Deus no nosso curso de educação constitucional.

O quadro da ruína moral daquele mundo parece condensar-se no espetáculo da sua justi-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60569

ça, degenerada, invadida pela política, joguete da multidão, escrava de César. Por seis julgamentos passou Cristo: três às mãos dos judeus, três às dos romanos e em nenhum teve um juiz. Aos olhos dos seus julgadores, refulgiu sucessivamente a inocência divina, e nenhum ousou estender-lhe a proteção da toga. Não há tribunais que bastem para abrigar o Direito, quando o dever se ausenta da consciência dos magistrados.”

Mas, por obrigatória necessária seqüência de racio-cínio, força é ouvir agora o jornalista, cuja pena sempre foi transformada em invencível arma que repetidamente brandiu em todos os combates. No destemor, que às ve-zes raivava pela temeridade, com que abalou e confundiu, da Tribuna da Imprensa, a Idade Média do Império e a Modernidade da alvorecente República, era então habi-tual vê-lo e ouvi-lo, trovejando, a intimidar os poderosos e desmascarar os farsantes dos Três Poderes.

Eis o seu elogio ao jornalismo:

“Em um desses processos famosos, cujos autos a história arquiva, o interrogatório come-çou por este diálogo entre o réu e o Presidente do Tribunal: ‘Acusado, vosso nome?’ ‘Francisco Renato, Visconde de Chateaubriand’. ‘Vossa profissão?’ ‘Jornalista’.

É deste modo que se qualificava, em 1833, à barra do júri, o grande poeta, o grande artista, o grande regenerador literário, o maior dos moder-nos escritores franceses, o homem que escrevera O Gênio do Cristianismo, traduzira Milton e arros-tara Bonaparte. Tão múltipla era sua atividade, em tantas esferas da inteligência era primaz o escri-tor e o historiador, o diplomata, o administrador, o antigo par de França, tantos títulos tinha e de todos se esqueceu, para se condecorar, perante os seus juízes, com o de simples jornalista.”

A lição parece estar terminada quando arremata:

“A imprensa é a vista da Nação. Por ela é que a nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebem onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cer-ceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interes-sa, e se acautela do que a ameaça.”

Mas é ainda o catedrático da vida quem nos ad-verte, em conclusão:

“Quando a palavra escrita era uma cla-reira entre florestas obscuras, os quadrilheiros da pena podiam empunhar dali o cetro sobre a sociedade indefesa contra os botes da som-

bra. Então as ciladas à reputação do indivíduo eram mortais... Os espadachins literários não se extinguiram, mas já não reinam. Toda a gen-te simples mostra o dedo, mais receosa dos gabos que dos doestos. Sua simpatia ofende, seus ultrajes glorificam.

Da altura, a que eles podem pretender, te-remos a medida, recordando o que de agresso-res públicos recebeu o patriarca da liberdade na América do Norte. Tais foram, que Washington declarava se sentiria mais feliz morrendo que con-tinuando no goverNº Acusado monstruosamente de fraudar o Tesouro, nivelado aos traficantes mais vulgares pela imputação de ter assentado onde se assentou a capital, para valorizar as ter-ras de sua propriedade particular nas margens do Potomac, o primeiro dos americanos queixa-va-se de ter passado por vilipêndios só cabíveis ‘a um Nero, a um criminoso notório, a um larápio vulgar’. Nunca houve nação mais prostituída por um homem, disse um deles, do que a nação americana foi prostituída por Washington.

Desde então, as oposições desvairadas e as informações gratuitas têm sido sempre as mesmas no atrevimento e na impotência.”

Mas o incomparável advogado, o exemplar jor-nalista era, principalmente, em verdade, na síntese da personalidade gigantesca, desde o começo de sua saga gloriosa, por vocação e paixão, um político – o maior dos homens públicos brasileiros.

Por isso, no apreço dos contemporâneos, na ad-miração da posteridade, nas consumições da enorme rotina dos quefazeres, nas consumações do gênio multifário, do inumerável talento, jamais dessedentado em sua sede de justiça, nunca farto em sua fome de liberdade, com o permanente derramar-se da força da natureza, transfigurada em cultura na usina do pensa-mento, Rui se destacaria ainda mais como Deputado Provincial e Deputado Geral ou Conselheiro do Impé-rio, Ministro e Senador da República.

O Sr. Vicentinho – Deputado, concede-me um aparte?

O SR. JOSEPH BANDEIRA – Concedo um aparte a V.Exa., Deputado Vicentinho, com muita honra.

O Sr. Vicentinho – Deputado Joseph Bandeira, meu companheiro de bancada e de partido, V.Exa. está fazendo algo que raramente se vê na política hoje em dia: homenagear um cidadão que foi desta Casa, um ci-dadão de grande importância não só para a Bahia, mas para o Brasil e para o mundo. Quiçá os nossos políticos estivessem à altura de Rui Barbosa. Quiçá tivéssemos a capacidade de convencimento que teve o hoje homena-geado por V.Exa.. Deputado Joseph Bandeira. Temos um

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60570 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

amigo em comum, o companheiro Bagaço, que, quando V.Exa. foi Prefeito de uma cidade maravilhosa, foi seu secretário. Junto comigo, ele foi diretor de Sindicato e chegamos a ser cassados pela ditadura militar nos Anos 80. Deputado, V.Exa. sabe muito bem da importância da memória desta Casa. Que os nossos telespectadores, os nossos ouvintes, o povo do Brasil o ouça com muita atenção, porque aqui estamos aprendendo sobre a elo-qüência, a persistência e a capacidade do grande Rui Barbosa, que V.Exa. neste momento dignifica mais ainda com suas palavras. Parabéns, nobre Deputado Joseph Bandeira! Espero, até o final de seu pronunciamento, ainda ouvir uma poesia de autoria de V.Exa.

O Sr. Mauro Benevides – Permite-me V.Exa. um aparte?

O SR. JOSEPH BANDEIRA – Permito-o com desvanecimento, nobre Deputado Mauro Benevides, decano desta Casa. Antes, porém, agradeço ao emi-nente Deputado Vicentinho o aparte anterior.

O Sr. Mauro Benevides – Deputado Joseph Bandei-ra, eu comentava há poucos instantes, simultaneamente com os Deputados Vicentinho e Vital do Rêgo Filho, que V.Exa. proferia na tarde de hoje uma peça verdadeiramente magistral, em enaltecimento ao grande baiano e brasileiro Rui Barbosa. Eu me permitiria até dizer a V.Exa. que há alguns anos, naquele impulso, naquele entusiasmo natural da juventude, eu ainda era capaz de recitar 2, 3 ou 4 pá-ginas da Oração aos moços. Quando cheguei ao Senado Federal, tive o privilégio de adotar uma providência que já tinha sido recomendada por um outro baiano eminen-te, Luiz Viana Filho, que era a reposição do busto de Rui Barbosa diante da própria Mesa Diretora, para que nós tivéssemos sempre por inspiração o grande brasileiro que pontificou, aqui, na grande campanha civilista. E, lá fora, em Haia, ele foi realmente aquela águia que se caracte-rizou pela sua competência, pela sua ilustração, pela sua dedicação à causa do direito e da justiça. Portanto, quero, neste aparte, associar-me à homenagem brilhante que V.Exa. tributa neste instante ao grande baiano e brasileiro eminente Rui Barbosa. Congratulações a V.Exa.

O SR. JOSEPH BANDEIRA – Muito Obrigado, caro Deputado Mauro Benevides.

O Sr. Vital do Rêgo Filho – V.Exa. me concede um aparte?

O SR. JOSEPH BANDEIRA – Antes de conce-der um aparte ao nobre Deputado paraibano Vital do Rêgo Filho, que ainda há pouco aparteava o Deputado e Governador de Pernambuco Roberto Magalhães, com muito brilho e muita competência, quero dizer-lhe, Deputado Mauro Benevides, que o gesto de V.Exa. no Senado Federal, e o de outros Senadores eminentes, geraram, na sessão de 03 de março de 1997, uma verdadeira agitação cívica, principalmente depois do discurso extraordinário que foi pronunciado pelo Se-

nador Epitácio Cafeteira, que exigia e acabou obten-do, através de imediata deliberação da Mesa, então presidida pelo nobre Senador baiano Antonio Carlos Magalhães, fosse dado cumprimento à Resolução nº 9, de 1948, que estabelecia o seguinte:

Artigo 1º – É autorizada a Comissão Diretora a con-tratar, com escultor idôneo, a execução em bronze de um busto de Rui Barbosa, para ser colocado na Sala das

Sessões do Senado, sob a arcada existente embai-xo da imagem de Jesus Cristo, em altura de onde domine a cadeira da Presidência e seja visível do recinto.

Parágrafo único. A solenidade da inauguração realizar-se-á em sessão extraordinária, com a presen-ça das mais altas autoridades da República. Senado Federal, 19 de outubro de 1948.”

Foi assim que a estátua de Rui Barbosa, que desde os anos 1970 já existia em lugar de destaque no velho prédio da Liga das Nações em Genebra, e que, no entanto, encontrava-se, no Senado brasileiro, no final de um corredor do plenário, como que esque-cida, foi alçada àquelas alturas, mais adequadas aos vôos de sua soberba inteligência, de onde sobrancei-ramente olha, com o seu olho de águia, para todas as dimensões do Brasil, e engrandece a Pátria e o Senado Federal, sob o signo do seu exemplo.

Concedo o aparte ao nobre Deputado Vital do Rêgo Filho.

O Sr. Vital do Rêgo Filho – Deputado Joseph Bandeira, depois de ouvir a oração entoada com o bri-lhantismo que caracteriza seu vernáculo, sua história política, sua paixão quando se refere a um dos maiores brasileiros da história desta República, o humanista, o homem das letras, que deu exemplo a este Parla-mento, ao Congresso Nacional, que sempre será Rui Barbosa, seria um gesto de atrevimento a ele referir-me, pois ouvir V.Exa. é melhor. Ao lado dos seus pa-res, referindo-se ao Brasil, V.Exa. está-nos dando uma lição de história, mas também ensinando a perpetuar nossas memórias. Quantas horas varamos aqui pelas madrugadas, discutindo muitos assuntos, mas pouco nos ocupando com o nosso passado, com a recupe-ração da nossa história, lembrando os grandes vultos que engrandeceram o País? Mas V.Exa. o faz com bri-lho, neste momento, quando enaltece a figura de Rui Barbosa, o melhor de todos os brasileiros, no aspecto jurídico, para mim, e humanitário para todos nós.

O SR. JOSEPH BANDEIRA – Agradeço ao no-bre Deputado Vital do Rêgo Filho e o elogio pela forma brilhante com que se houve em sua intervenção. Aliás, quando cheguei a esta Casa, consultei testemunhas históricas sobre o desempenho legislativo de muitos Parlamentares que aqui já tiveram assento, e todos que ouvi foram unânimes em apontar o pai de V.Exa. como

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um dos maiores oradores que o Brasil já ouviu. V.Exa. herdou o dom, com todo esse talento. Parabéns!

Com a palavra o Deputado Uldurico Pinto. O Sr. Uldurico Pinto – Sr. Presidente, caro colega

Deputado Joseph Bandeira, V.Exa. se refere, em seu pro-nunciamento, a Rui Barbosa, maior jurisconsulto do País, e vemos a sua importância nos dias de hoje, já que conti-nua contemporâneo para a nossa geração. Rui Barbosa é símbolo da nacionalidade, da competência, da oratória e sobretudo da razão. V.Exa. é considerado um dos melho-res oradores da Bahia. Está disparado, em primeiro lugar, nas pesquisas em Juazeiro. Estamos até com ciúmes de Juazeiro, que convoca V.Exa. para lá, em decorrência do grande trabalho que V.Exa. tem feito, demonstrando alti-vez, competência, seriedade. Solidarizo-me com V.Exa. por esse grande discurso. Um abraço fraterno de toda a Câmara dos Deputados. Foi muito importante V.Exa., considerado um dos melhores oradores da Bahia, fazer esse pronunciamento sobre Rui Barbosa.

O SR. JOSEPH BANDEIRA – Obrigado a V.Exa., mas eu declino de qualquer merecimento ante tantos elogios, creditando-os apenas à sua costumeira ge-nerosidade.

Concedo aparte ao Deputado Alceni Guerra.O Sr. Alceni Guerra – Deputado Bandeira, con-

fesso-me agradavelmente surpreso com o discurso de V.Exa. Não temos convivência, eu num extremo do País, V.Exa. no Nordeste. Eu o vi subir à tribuna e fazer esse brilhante discurso e resolvi usar meu viés de médico, minha mente de médico. Sempre que se aproxima o dia 11 de julho, meu aniversário, costumo me dar um presente especial, independente das lembranças que ganho da família, dos amigos. Este ano me convidei e convidei amigos e amigas de quem gosto, para almoçar no hospital Sarah Kubitschek, que é um dos meus mais agradáveis feitos na passagem pelo Ministério da Saú-de, e seguramente é a unidade de saúde que melhor funciona no Brasil. E almocei lá sem dizer que era meu aniversário. Mantive-me quieto, para me homenagear. Amanhã será o aniversário de V.Exa. Tenho certeza de que, inconscientemente, V.Exa. se deu este prazer, este presente de falar com tanto carinho, com tanta paixão, de um homem por quem todos nós, brasileiros, somos apaixonados. Parabéns a V.Exa. por este presente que se concedeu a si mesmo. Obrigado.

O SR. JOSEPH BANDEIRA – Deputado Alceni Guerra, famoso é um dos poemas que se atribui a D. Pe-dro II. Então na Europa, ele se sentia injustiçado por ter perdido a Coroa e o Império. E ele termina seu magnífi-co soneto com uma frase extraordinária: “Serenamente espero/ a justiça de Deus, na voz da história”.

V.Exa. é um dos exemplos de homens a quem a histó-ria faz justiça. Eu sei dos feitos de V.Exa. e, sem que V.Exa. me conhecesse, eu já o reconhecia como um dos homens

talhados para servir, com grandeza de alma, os grandes interesses nacionais. E agora V.Exa., nesta Casa, torna-se ainda maior. E eu me sinto feliz por isso, incorporando ao meu modesto pronunciamento o aparte de V.Exa.

Mas, Sr. Presidente, como o tempo rapidamente se esvai, porque a vida é transitória, em função des-sa urgência prossigo, para que não tenha que pedir a V.Exa. que tome como lido todo o pronunciamento, na hipótese de que me falte o tempo para conclui-lo.

O SR. PRESIDENTE (João Oliveira) – V.Exa. terá todo o tempo necessário para concluir o seu discurso.

O SR. JOSEPH BANDEIRA – Agradecendo, mais uma vez, a V.Exa., Sr. Presidente, continuo, enfatizan-do agora a atuação parlamentar do homem sábio, e a sabedoria deste homem no Parlamento Nacional, onde inesperadamente surge, no horizonte daqueles instantes extraordinários do crepúsculo do Império, na antemanhã republicana, como o Profeta da Abolição e da Federação, o apóstolo da legalidade e da civilidade. Nada seme-lhante, desde então; nunca se viu, nem jamais se ouviu no Brasil Republicano, que ele ajudou, como poucos, a sonhar, e como ninguém a construir.

Treinado e aperfeiçoado na erística dos pretórios, na dialética jornalística, a inspiração vulcânica, a elo-qüência transcendental, a facúndia retórica, a coragem desmedida, a exemplaridade do cidadão em todas as grandezas e pormenores do exercício da cidadania, as-sinalariam, indelevelmente, sua passagem pelo Poder Legislativo, com avalanches extracomunais de força, beleza, talento, genialidade.

Fez-se assim a lenda viva, que todavia não des-mereceu qualquer momento da história de sua labuta. O homem comum passou comumente a ser tomado por incomum. Alargava-se a medida nacional de sua dimensão, a grandeza internacional do seu prestígio. Mas Rui sempre esteve à altura de qualquer desafio.

Nas refregas das mudanças abruptas, que sa-cudiram o País e o planeta, nos ritos de passagem do século XIX para o século XX, ninguém foi mais capaz do que ele de incorporar o espírito das nações.

Quase ninguém então percebia, ou fazia ques-tão de não perceber, que as hostilidades multilaterais crescentes, a Leste e a Oeste, mais cedo ou mais tarde acabariam por despertar o monstro da Guerra Mundial, que já estremunhava naqueles momentos vesperais, entre os séculos XIX e XX. Em 1871, o exército do Kaiser marchara triunfalmente sobre Paris, humilha-da, depois que a França capitulara ante a Alemanha. Duas gerações depois, porque as guerras são sem-pre absurdas conseqüências de guerras anteriores, os franceses buscariam resgatar sua vaidade nacional à força, na hora em que fosse propícia qualquer hipótese de revanche, e acalmar assim seu histórico orgulho, nas conseqüentes represálias.

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Longamente acalentada, a desforra francesa fatal-mente ocorreria, com a ajuda da Inglaterra e da Rússia. A Alemanha, de fato, esboça de repente, querendo ou sem querer, uma atitude inexplicável, que pareceu claro intuito de retomar as interrompidas hostilidades, ao mover o grosso de suas tropas pelo território da Bélgica, em 1914, como se pretendesse atravessá-la, na direção da fronteira franca. Lastimável, também, foi a retorsão dos ofendidos.

Tratados entre a Bélgica, invadida, e a Inglaterra, outra vez temerosa, bem como entre a Rússia, expansio-nista, e a França, novamente ameaçada, estabeleceram o pretexto à constituição forçosa de um Front comum de resistência, por necessária guarda dos interesses nacionais e internacionais em jogo. Cada um desses países sentia-se, então, para garantir as retaguardas, no direito de também dar início a ações imprescindíveis na vanguarda, para confirmar e garantir as alianças.

De outra parte, já há décadas, no Oriente, o pode-rio Otomano esfacelava-se. Na imensa fronteira russa, o clima das relações entre os impérios era de permanente conflito. Além do mais, as comunidades internacionais dos judeus e dos árabes, temporariamente pacificadas pelos ingleses, imaginavam-se merecedoras de cons-tituírem-se em Estados Nacionais.

No caldeirão dos conflitos de etnia, ferviam, por igual, desde há muito, pressentimentos de catástrofe, convocando, no Ocidente, as nações chamadas gran-des, para inadiáveis e urgentes conferências de paz. Uma primeira houve, no México, em 1899. A segunda fora agendada para 1907, em Haia, a capital antiga da Holanda. Inescapável tornou-se a constituição de Tribunais de Justiça Internacional. Entre os 44 países que compareceram à segunda, era convidado o Brasil. Rui foi escolhido nosso representante plenipotenciário, com credenciais de Ministro Extraordinário das Rela-ções Exteriores. Então o mundo o conheceu.

Infelizmente a humanidade avança de queda em queda. Nem poderia ser diferente, enquanto os canhões forem chamados de as últimas razões dos reis. Os pa-íses mais poderosos sempre foram e continuam sendo os que tiveram e têm os maiores exércitos. Também esta concepção deformada de grandeza forçava por prevalecer na Conferência de Haia, que se realizava, todavia, contraditoriamente, para que o mundo afinal atingisse, com a paz entre os povos, um novo mar-co civilizatório. O paradoxo não intimidaria Rui. Era a igualdade entre as nações que estava em jogo. E não deve conviver a igualdade com a desigualdade. Privi-légios não podem ter assento à mesa das reuniões entre os iguais.

Então o pequenino representante de um pequeno país iria ensinar a grandeza dos ideais mais altos da humanidade aos grandalhões dos países grandes.

E eis o seu testemunho:

“Como conciliar as convenções de Haia com a violação do território de nações neu-tras? Com o uso de gases asfixiantes e jatos de petróleo inflamado? Com o emprego de projéteis explosivos e o envenenamento das fontes? Com a imposição de requisições e indenizações exorbitantes às regiões ocupa-das? Com o bombardeio de aldeias, cidades, vilas, povoações e casas indefesas? Com o fogo dirigido contra edifícios consagrados aos cultos, às artes, às ciências, à caridade, monumentos históricos, hospitais e enferma-rias? Com o fato de forçar os prisioneiros a participarem das operações militares contra sua pátria ou a servirem de escudo vivo ao inimigo? Com o sistema de obrigar os reféns a responderem por atos de hostilidade a que são alheios e não podem evitar?”

Quem é das alturas já nasce com asas. Nostál-gica do azul, a águia baiana facilmente transfigurou-se, na Europa, em Águia de Haia, ao proferir, em 09 de Outubro de 1907, perante as delegações dos 44 Estados Nacionais participantes, a lição imorredoura da igualdade universal. Era uma espécie de milagre, que na voz de um dos delegados mais eminentes, a destacar-se das murmurações de espanto que corriam o auditório maravilhado, transformava-se numa síntese do assombro mundial: “Eis o mundo novo fazendo-se ouvir pelo velho mundo”.

Foi a consagração. No retorno, último dia daquele ano, o Brasil esperava-o, em peso, no cais do Rio de Ja-neiro. Era uma espécie de apoteose revivida, segundo o paradigma romano, do general vitorioso que retornava à pátria coberto de glória. Era o mito vivo ao alcance dos olhos, dos ouvidos e das mãos das multidões.

O desdobrar dos acontecimentos confirmaria, pouco mais tarde, que toda a razão na Conferência de Haia as-sistia assinaladamente a Rui Barbosa. Ouviram-se então, em 1914, os canhões de agosto, de Bárbara Tucman. A grande guerra desabou do Ocidente para o Oriente. Os Balcãs tornaram-se estações do inferNº Estados multir-raciais antigos desagregaram-se. Novos países surgiriam em seu lugar, sem, no entanto, unidade nacional. Ruíram o Império Otomano e o Império Austro-Húngaro. A Ingla-terra, a França e a Itália perderiam, consequentemente, as colônias que ainda restavam. Desenhava-se um novo mapa, no Oriente Médio e no Oriente próximo. Nasceu o Iraque. À revelia dos palestinos, estava feito o acordo, entre Inglaterra, França e Estados Unidos, para a criação de Israel, que se materializaria em 1948. A vitória dos alia-dos de 1914 não era vitória coisa nenhuma. De 1939 a

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1945, a Segunda Guerra, e sua desgraça, ressuscitaria, ainda mais terríveis, todos os seus demônios.

Mas voltemos a Versalhes. Em 1918, nas tratativas de paz daquela primeira concertação do novo mundo vi-torioso, Rui, porém, não se faria presente, mesmo o Brasil devendo-lhe, por obrigação irrecusável, tal homenagem, que ao Governo de então faltou a grandeza de necessa-riamente lhe fazer. Rui não teve tempo, igualmente, para acompanhar os desdobramentos daquele temerário Tra-tado, que decerto geraria frutos bons, como a idéia de uma Liga das Nações. Mas frutos maus, em muito maior quantidade, também seriam colhidos, como, por exemplo, a humilhação da Alemanha, a falta de controle de armamen-tos, a ausência de um projeto mundial de ajuda financeira às nações destruídas, a invigilância multilateral dos países vencedores sobre os vencidos, o aprofundamento dos temas concernentes à efetiva segurança internacional, a ausência, enfim, da construção de instrumentos necessá-rios às garantias dos pequenos contra os grandes, como Rui antes veementemente verberara.

À míngua de meios e modos para o cerceamento de quaisquer hipóteses de beligerância, o futuro seria ainda muito mais doloroso que o passado. Rui, todavia, por sentença do destino, ainda que já pressentisse, nos escombros fumegantes do presente, a possibilidade de nova arregimentação das forças destrutivas do passa-do, que ainda não estavam saciadas, adormeceu em Cristo a 1º de março de 1923.

Não é demais lembrar, no entanto, que, ainda du-rante a primeira conflagração mundial, o velho paladino da liberdade e da igualdade tornar-se-ia o primeiro de-fensor mundial da entrada do Brasil naquele conflito. Era imperioso contrastar a Alemanha, antes que ela, por sua incontrolável vocação para a beligerância, fosse capaz de deflagrar ainda maiores desassossegos. Gritou tão alto contra a neutralidade brasileira, encarnou tanto a vontade nacional que, praticamente sozinho, obrigou o Brasil a declarar guerra aos alemães. Foi então endeusado pela opinião pública, especialmente a mocidade brasileira, em megapasseatas de apoio à sua pregação, e em so-lidariedade a esta já vitoriosa luta que começara tão so-litária. Todos os grandes países do mundo, oficialmente, prestaram-lhe depois homenagens inesquecíveis.

Também não é exagero dizer que o herói nacional internacionalizou-se. Titã divinizado, ascendera ao Olim-po das grandes personalidades mundiais, sem todavia olvidar-se da rotina política interna, na qual pontificaria por algum tempo ainda. No Senado Federal, aperfeiçoa-ria o dever de sonhar, por direito, com vôos ainda muito mais altos, que só não aconteceriam pela falta de espaço na curvatura do universo da política brasileira.

Ser Presidente da República, mais do que pura e simples ambição, sempre foi, legitimamente, um dos ide-

ais maiores de sua missão civilizadora. O testemunho de suas palavras e de seus atos demonstrará sempre que ele nunca perdera o foco sobre o inarredável objetivo de urgentemente republicanizar a República. Da tentação à tentativa, o caminho da Presidência tornar-se-ia uma gaiola pequena demais para conter suas grandes asas. Salvou-se, assim, de diminuir-se na estima e na admiração dos brasileiros, justamente porque nunca teve que sentar naquela fatal cadeira, tão parecida com as demais.

Mesmo tendo sido o vencedor moral dos 2 plei-tos que disputara, as oligarquias, em que sempre se tornaram os Estados Federados, e até mesmo os par-tidos políticos, como até hoje ainda acontece, nunca estiveram ao nível da magnitude do fenômeno que ele encarnava. Melhor assim: permanece sozinho no pan-teão nacional, como o maior brasileiro do século XX. Homem do século, em um século de grandes homens. Atlas da Igualdade. Prometeu da Liberdade.

Depois de morto, mas muito mais ainda enquanto vivo, no Campo de Marte, em que foi sua cotidiana labu-ta, ou no Olimpo de sua sabedoria jupiteriana, exarada no imenso rio de fogo das palavras, turbilhonando entre as dilatadas margens dos continentes de seu amor ao Brasil – sentença de bronze, confirmada em todas as instâncias dos seus deveres patrióticos – bem que, por sua vida e lida, Rui Barbosa mereceria, e são muitos os que acham que já mereceu, se se quisesse em síntese defini-lo, o elogio com que a Fernando Pessoa aprouve homenagear o Padre Antônio Vieira: “Imperador da língua portuguesa”.

Imperador da língua brasileira, também se lhe poderia creditar integralmente o merecimento exato para receber a dedicatória em que Luís de Camões, cantando o ilustre peito lusitano, na gloriosa visão do passado e na vidência profética do futuro, homena-geou, para a imortalidade, a todos os construtores de nações, mormente à descendência lusíada, no epiní-cio triunfal do seu cântico dos cânticos, cantando “As armas e os varões assinalados”.

Seu nome soa ainda hoje como hino, e a paisa-gem completa de sua vida, como inspiradora bandeira de lutas. No incêndio dos seus ideais incandesceu-se a memória de sucessivas gerações. Extáticos ante esta montanha de patriotismo, ainda hoje cada um de nós surpreende-se, de repente, meditando sobre a urgên-cia de lhe continuarmos, sem trégua, a incansável luta, quando e onde for necessário, guerreiros do direito, he-róis da democracia, mártires, se preciso, da liberdade. “Liberdade, liberdade/esta palavra tremenda/que não há ninguém que a explique/e ninguém que não a en-tenda”, como cantada, pouco mais tarde, por Cecília Meireles, no Romanceiro da Inconfidência.

Apenas o contato direto com a grandeza pode ensejar o conhecimento do que a torna tão grande. Só

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o fogo pode ensinar os segredos da comburência e da combustão. Ouçam e vejam os que duvidem de que os terremotos da palavra e do pensamento possam esca-var abismos nas entranhas do tempo e da história:

“Liberdade, entre tantos, que te trazem na boca sem te sentirem no coração, eu pos-so dar testemunho da tua identidade, definir a expressão do teu nome, vingar a pureza do teu evangelho. Entre as mais belas tradições da tua austeridade oscilou o meu berço; mi-nha juventude embebeu-se na corrente mais cristalina da tua verdade; a pena das minhas lides aparou-se no fio penetrante do teu amor, e nunca se imbuiu num sofisma, ou se dissimu-lou num subterfúgio, para advogar uma causa que te não honrasse. De posto em posto, a minha ascensão na vida pública se graduou invariavelmente pela das tuas conquistas; as vicissitudes da minha carreira acompanharam o diagrama das alternativas do teu curso; con-tra os dois partidos, que dividiam o Império, lutei pela tua realidade sempre desmentida; renunciei, por ti, as galas do poder, suspiradas por tantos, com que ele me acenou; sozinho, sem chefes, nem soldados, tive por ti a fé que transpõe montanhas; ousei pôr na funda de jornalista pequenino a pedra de que zombaram os gigantes. Quando a República principiou a desgarrar do teu rumo, enchi do teu clamor a imprensa, o parlamento, os tribunais.”

E quando lhe perguntaram, nas memoráveis cam-panhas para a Presidência da República, que mudaram a forma e a substância da política no país, Qual era o seu programa – o que é a prova definitiva de que foi ele o verdadeiro vencedor moral daqueles confrontos entre o passado e o futuro, nos quais, lastimavelmente, o passado, mais uma vez, imaginou-se triunfante – só ele poderia responder, como o fez, transformando suas lições em um novo evangelho

“O meu programa está na minha vida.Creio na liberdade onipotente, criadora

das nações robustas; creio na lei, emanação dela, o seu órgão capital, a primeira das suas necessidades; creio que, neste regime, não há outros poderes soberanos, pois soberano é o Direito, interpretado pelos tribunais; creio que a própria soberania popular necessita de limites, e que estes limites vêm a ser as suas constituições por ela mesma criadas, nas suas horas de inspiração jurídica, em garantia con-tra os seus impulsos de paixão desordenada; creio que a república decai, porque se deixou

estragar, confiando-se às usurpações da força; creio que a federação perecerá, se continuar a não saber acatar e elevar a justiça; creio no governo do povo pelo povo; creio, porém, que o governo do povo pelo povo tenha a base da sua legitimidade na cultura da inteligência nacional, pelo desenvolvimento nacional do ensino, para o qual as maiores liberalidades do Tesouro constituirão sempre o mais repro-dutivo emprego da riqueza pública; creio na tribuna sem fúrias e na imprensa sem restri-ções, porque acredito no poder da razão e da verdade; creio na moderação e na tolerância, no progresso e na tradição, no respeito e na disciplina, na impotência fatal dos incompeten-tes e no valor insuprível das capacidades.

Rejeito as doutrinas de arbítrio; abomino as ditaduras de todo o gênero, militares ou cientí-ficas, coroadas ou populares; detesto os estados de sítio, as suspensões de garantias, as razões de Estado, as leis de salvação pública.

Toda a civilização, pois, se encerra na liberdade, toda a liberdade na segurança dos direitos individuais. Liberdade e segurança le-gal são termos equivalentes e substituíveis um pelo outro. O estado social que não se estriba nesta verdade é um estado social de opressão: a opressão das maiorias pelas minorias, ou opressão das minorias pelas maiorias, duas expressões em substância irmãs da tirania, uma e outra ilegítimas, uma e outra absurdas, uma e outras barbarizadoras.”

Quem mais do que Rui, de fato, e de direito, ousa-ria ir tão longe, sem temer o abismo da soberba, sem prevaricar na obrigação de ser humilde, sem resvalar das alturas do patriotismo, sem abjurar a religião da humanidade?

“Quando me consulto no mais recolhido exame, forcejando atinar em que teria eu mere-cido algum apreço com meus compatrícios, não acho a meu crédito senão três modestas verbas. Caso, postos de parte os descontos humanos, houvessem de condensar numa síntese o meu curriculum vitae, e do meu naufrágio salvassem alguns restos, tudo se teria, talvez, resumido com dizer: Estremeceu a Pátria, viveu no tra-balho, e não perdeu o ideal”. (Palmas).

Era o que tinha a dizer.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60575

I – ABERTURA DA SESSÃO (15H13MIN)

O SR. PRESIDENTE (Arnon Bezerra) – Declaro aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

II – LEITURA DA ATAO SR. PRESIDENTE (Arnon Bezerra) – Fica dis-

pensada a leitura da ata da sessão anterior.O SR. PRESIDENTE (Arnon Bezerra) – Passa-

se à leitura do expediente.

III – EXPEDIENTENão há expediente a ser lido.O SR. PRESIDENTE (Arnon Bezerra) – Finda a

leitura do expediente, passa-se à

IV – HOMENAGEMO SR. PRESIDENTE (Arnon Bezerra) – Sessão

solene em homenagem ao 19º aniversário da Carta Cidadã. Esta sessão foi requerida pelo nobre Depu-tado Mauro Benevides, segundo signatário da Carta Cidadã.

Convido para compor a Mesa o Dr. Osmar Alves de Melo, Conselheiro da OAB, representante da Or-dem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal. (Palmas.)

Convido o Sr. José Ernanne Pinheiro, Padre As-sessor da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. (Palmas.)

Convido o Sr. Luiz Gonzaga de Assis, Vice-Pre-sidente da Casa do Ceará em Brasília, que nos honra muito com a presença. (Palmas.)

Convido a Sra. Tereza Fátima Bezerra, profes-sora da Fundação Leandro Bezerra, de Juazeiro do Norte. (Palmas.)

Convido o Sr. Sávio Bezerra, Vereador do PTB de Juazeiro do Norte, representando aqui a União dos Vereadores do Estado do Ceará. (Palmas.)

Convido todos a ouvirem, de pé, o Hino Nacio-nal brasileiro.

(É executado o Hino Nacional.)O SR. PRESIDENTE (Arnon Bezerra) – Sras. e

Srs. Deputados, senhoras e senhores convidados, cha-

mar de Carta Cidadã a atual Constituição não é simples exercício de retórica nem apenas merecida e saudosa homenagem ao autor da expressão, o inesquecível Deputado Ulysses Guimarães. É o reconhecimento, passados 19 anos, de que o texto produzido pela As-sembléia Nacional Constituinte ampliou o conceito de cidadania, abriu novas perspectivas para os brasileiros em geral e projetou o País melhor que, mesmo com dificuldades e eventuais desencantos, paulatinamente estamos construindo.

Tachada de detalhista, acusada de definir mais direitos do que deveres, suspeita de tornar o País in-governável, ao longo do tempo a nossa Constituição tem justificado sua forma, desmentido os pessimistas e demonstrado a importância das garantias conferidas ao cidadão e à coletividade.

Sob a Carta Cidadã que supostamente Ievaria o Brasil a um colapso institucional, estamos vivendo já o mais longo período de estabilidade da nossa histó-ria republicana. Explicitando direitos, a Carta protege o indivíduo e a sociedade, estabelecendo a harmonia entre os Poderes, afasta qualquer pretensão de retorno ao regime de arbítrio que durou mais de 2 décadas.

É no dia-a-dia, na rotina do brasileiro, entretanto, que a Constituição mais tem produzido efeitos, embora nem sempre sejam claramente percebidos por todos. A universalização da saúde, com a criação do SUS, por exemplo, resulta de decisão dos Constituintes. Apesar dos atuais problemas de recursos e gestão, que precisam ser enfrentados e resolvidos, o Sistema Único representou grande avanço em relação ao qua-dro anterior, no qual expressiva parcela da população só podia contar com a caridade para receber algum tipo de tratamento.

A elaboração do Código de Defesa do Consumi-dor foi outra determinação constitucional, e é impossí-vel ignorar o quanto isso modernizou as relações de consumo no País, com reflexos positivos também no aumento da competitividade de nossas empresas.

A proteção integral e prioritária à criança e ao adolescente, hoje assegurada por estatuto específico, decorre do art. 227 da Carta Cidadã, que, nesse senti-do, se antecipou até mesmo à Convenção Internacio-nal dos Direitos da Criança, aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1989.

Ata da 315ª Sessão, Solene, Vespertina, em 09 de novembro de 2007

Presidência dos Srs. Arnon Bezerra, 2º Suplente de Secretário Mauro Benevides, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

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60576 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

A ampliação da assistência judiciária gratuita, com a organização da Defensoria Pública para assegurar o acesso pleno à Justiça, igualmente é conquista de-rivada da Constituição.

Não vou estender-me em exemplos, Sras. e Srs. Deputados, caros convidados, embora pudesse citar muitas outras inovações introduzidas a partir da extra-ordinária reorganização vivida pelo Brasil há 19 anos. Do benefício da prestação continuada à fixação da jor-nada de trabalho em 44 horas semanais, da licença à gestante às melhorias para o trabalhador doméstico, há inúmeras práticas que hoje se tornaram comuns, mas há apenas 20 anos nem sequer tinham adequa-do amparo legal.

Pressionados pelo cotidiano, com suas naturais tensões, dúvidas e obstáculos a superar, muitas vezes não nos damos conta de tudo isso. Entretanto, no mo-mento em que comemoramos mais um aniversário da Carta Cidadã, podemos refletir um pouco para constatar que ela realmente mudou o País, como pretendiam os Constituintes, e que o saldo é muito positivo: o Brasil está melhor, e, em grande parte, pelas boas escolhas feitas em 1988.

Para a nossa alegria, senhoras e senhores, es-tão conosco alguns Parlamentares Constituintes, cujos nomes, no decorrer desta sessão, serão registrados, como o Deputado Mauro Benevides, segundo signa-tário da Magna Carta e autor do requerimento de re-alização desta sessão de homenagem, e o Deputado Alceni Guerra .

O SR. PRESIDENTE (Arnon Bezerra) – Conce-do a palavra ao Deputado Mauro Benevides, autor do requerimento que ensejou a realização desta sessão solene.

O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE. Sem revisão do orador. ) – Sr. Presidente, Deputado Arnon Bezerra, neste momento representante do Pre-sidente da Casa, Deputado Arlindo Chinaglia, que está em São Paulo devido a compromisso inadiável; Dr. Osmar Alves de Melo, representante da Presidência da OAB-DF; Padre José Ernanne Pinheiro, represen-tante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB; Dr. Luiz Gonzaga de Assis, Presidente em exercício da Casa do Ceará na Capital da República; Ilma. Sra. Tereza Fátima Bezerra, dirigente da Fun-dação Leandro Bezerra, em Juazeiro do Norte; Sr. Vereador Sávio Bezerra, representante da União dos Vereadores do Ceará em nosso Estado; Sras. e Srs. Deputados; ilustres convidados; senhoras e senhores telespectadores da TV Câmara, no dia 5 de outubro comemoramos o transcurso dos 19 anos da Carta Ci-dadã, promulgada pelo saudoso líder Ulysses Silveira Guimarães, responsável maior por nosso reencontro

com o Estado Democrático de Direito, após período de transição entre o autoritarismo e a égide da normalida-de, buscada, incessantemente, por todas as correntes de pensamento do País.

Recordo, com emoção, sucessivos lances da Assembléia, desde sua instalação, em 1° de fevereiro de 1987, com magnífico discurso do então Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Moreira Alves, que declarou formalmente instalada a Constituinte, garantindo a participação dos que, na condição de Senadores ou Deputados, aqui chegaram investidos do poder originário, conferido em urnas livres, num instante histórico, de inapagável significação para a nacionalidade.

Já convivêramos no passado com a Carta imperial de 1824, pela qual foi responsável o Imperador Pedro I, após dissolução da Assembléia, que se preparava na ocasião para legar ao Brasil a primeira Constitui-ção; com a republicana, de 1891, no grande ímpeto de democratização que passáramos a evidenciar, du-rante a qual Rui Barbosa tornou-se figura paradigmal, liderando a eletrizante campanha civilista.

No que concerne à Carta Cidadã, referencial de lutas incessantes contra diversificadas modalidades de conspurcação das liberdades públicas, os fatos são mais recentes e nos remetem a campanhas indeléveis na fase que antecedeu a sua promulgação, em tarde festiva de 5 de outubro de 1988, neste mesmo plená-rio, da qual fui partícipe, ao lado de Ulysses, Sarney e tantos outros vultos preeminentes que dignificaram e enobreceram a vida política brasileira.

O Plenário deve ter percebido que suprimi refe-rências a outras Cartas passadas, como a Carta de 1891; a Carta de 1934; a Carta do Estado Novo, de 1937; a Carta de 1946; e a Carta de 1967, outorgada pelo Presidente Castello Branco, o grande ideólogo do movimento de 31 de março.

Ao empalmar o primeiro volume da Lei Funda-mental, sob profunda emoção dos presentes e de mi-lhões de telespectadores, a voz tonitruante de Ulysses ergueu-se, numa modulação mais compassada, porém vibrante, anunciando que aquela era a Carta Cidadã, assim interpretada porque nela estavam contidas as mais diversificadas aspirações, que, na época, con-substanciavam as reivindicações da coletividade.

José Sarney, ao meu lado, não escondia justifi-cada emoção, já que colaborara, na transitoriedade da investidura, como o fiador de um quadro de nor-malidade que passaria a viver a Nação, sem mais a presença do grande estadista Tancredo de Almeida Neves, vitimado alguns dias depois de eleito, como-vendo o povo brasileiro.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60577

Em revista para os que conviveram com tais fatos antecedentes ao 5 de outubro, sucediam-se campa-nhas como a da autonomia política das Capitais, a da eleição direta de Governador, a da anistia ampla, ge-ral e irrestrita, bem como as de outros anseios que se corporificavam na convocação da Assembléia Consti-tuinte – autêntico símbolo de uma porfia seqüenciada, no curso da qual foram tantos os que demandaram a eternidade, como o saudoso pregoeiro da liberdade, Senador Teotônio Vilela, o qual, no Vale do Anhanga-baú, em São Paulo, perante, quem sabe, 1 milhão de pessoas, permitiu que de suas mãos ganhasse o es-paço um pássaro que identificava, numa simultaneida-de inapagável, a ânsia incontida de paz e a amplitude democrática para o nosso País.

Se tudo isso é passado recente, do qual me or-gulho de haver sido partícipe na qualidade de Senador pelo Ceará integrante dos quadros do MDB/PMDB, sinto-me no dever de rememorar neste instante al-guns dos percalços que tiveram de ser ultrapassados para que se chegasse à etapa decisiva, ansiada por variados segmentos da sociedade brasileira: o texto de uma nova Constituição, capaz de consubstanciar tudo aquilo que significasse a aspiração maior dos nossos compatrícios.

Acusam-na de ter sido excessivamente detalhis-ta, por incorporar múltiplas inovações que melhor es-tariam em procedimentos ordinários, dispensando-se a preeminência de uma Lei Maior, tradicionalmente destinada à consignação de diretrizes basilares, que espelhem postulados a serem desdobrados em leis complementares ou ordinárias. Mas o ímpeto incon-trolável dos Constituintes motivou o Relator-Geral, Bernardo Cabral, a admitir emendas originárias de Comissões Temáticas e da de Sistematização, em meio à condescendência que objetivava garantir pe-renidade a inúmeras propostas que os subscritores gostariam de ver consagradas no bojo do documento que se buscava redigir, tendentes a beneficiar o povo, por seus diversos estamentos sociais.

Houve um instante, Sras. e Srs. Deputados e ilustres convidados, que a continuidade dos trabalhos experimentou obstáculos quase insuperáveis. O bloco denominado Centrão, liderado por Roberto Cardoso Al-ves, passou a impor alterações no Regimento Interno da Constituinte, sem as quais os trabalhos sofreriam embargos permanentes, numa linha obstrucionista que, naturalmente, procrastinaria o término de elaboração da nova Carta.

Designado por Ulysses, na minha condição de 1º Vice-Presidente, coube-me a Relatoria das inova-ções sugeridas, o que me compeliu a admitir conces-sões inevitáveis, sob pena de frustrar-se o esforço até

então levado a efeito para dotar o Brasil de uma Lei Maior, aguardada com inusitada ansiedade por todos os agrupamentos da sociedade, na época congregada em movimentos articulados e atuantes.

O assessoramento competente do saudoso Mi-nistro Paulo Afonso Martins de Oliveira, então Se-cretário-Geral da Mesa, e a coadjuvação valiosa do Deputado Bonifácio de Andrada, representante de Cardoso Alves, e dos demais seguidores ensejaram a redação de formulação básica submetida a Ulysses, que se recuperava de angioplastia a que se submetera no INCOR, o que me compeliu a substituí-lo na Pre-sidência da Assembléia Nacional Constituinte, sem, naturalmente, o engenho e a arte que caracterizavam a sua marcante personalidade de escol.

Superado o entrave, a Assembléia Nacional Cons-tituinte voltou à normalidade, permitindo-nos assistir a páginas primorosas de oratória parlamentar, entre as quais algumas de extraordinária significação, pela beleza vernacular, embasada na surpreendente ade-são à tese que dominava os pruridos de integração de nossa juventude. Foi quando o Senador Afonso Arinos, do alto de uma existência octogenária, defendeu com rara acuidade a participação dos moços no processo eleitoral, assegurando aos maiores de 16 anos o voto nas disputas eleitorais que passariam a se registrar entre nós. Os aplausos estrepitosos que recolheu o consagraram como vulto estelar de tais debates, nos quais já pontificara ao patrocinar outros itens de enor-me repercussão para os destinos do País.

Muitos episódios poderiam ser alinhados no es-paço ora a mim atribuído, que deve ser entendido como homenagem aos 19 anos da Carta Cidadã, que estará sendo referenciada, apesar de já emendada 58 vezes, objetivando o aprimoramento de seu texto original.

Vivenciamos, então, uma página inolvidável em registros inapagáveis, cuja relembrança na tarde de hoje, Sr. Presidente Arnon Bezerra, deve ser entendida como reverência aos que integraram a Assembléia, a começar pelo bravo Ulysses Guimarães, que, no dia 12 de outubro de 1992, deixou o convívio de sua fa-mília e amigos diletos, ficando conosco o encargo de defender a Carta Cidadã, legado maior da existência como líder inconteste, de visão aquilina para interpre-tar, de forma sapiencial, os sentimentos mais puros da nacionalidade.

Sr. Presidente, Deputado Arnon Bezerra , demais Sras. e Srs. Deputados, digníssimas autoridades, se-nhoras e senhores convidados, menciono, pois, a Cons-tituição do País, na defesa da qual sempre estivemos posicionados, por ser esse um dever inalienável, que se enraíza em nobres sentimentos cívicos.

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60578 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

A prerrogativa de emendá-la e a normalidade ex-perimentada no Brasil invalidam qualquer tese esdrúxu-la, como a que circulou recentemente, de convocar-se uma Constituinte objetivando promover-se a frustrada reforma política. Altere-se a atual sistemática eleitoral e partidária, mas nunca no circuito equivocado de uma Assembléia exclusiva, a exemplo do que afoitamente se cogitou, sem embasamento doutrinário que a pudesse justificar. Na defesa dessa exegese correta, estaremos convictamente filiados, desqualificando tentativas com tão despropositada finalidade.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, essa longa retrospectiva, tendo fundamentação histórica, a Assembléia Nacional Constituinte de 1987/1988, reveste-se de inquestionável atualidade, exatamente porque veio a lume, agora, com maior intensidade, a idéia despropositada, do ponto de vista doutrinário, da Constituinte exclusiva, destinada a processar uma reforma política, reclamada por todo o povo brasileiro. Inclusive, eminente colega nosso do Congresso, no âmbito de sua agremiação, em setembro passado pa-troneou a idéia, defendendo-a formalmente diante de correligionários e do próprio Presidente da República, que prestigiava o aludido conclave.

Embora entendamos que a reformulação da sis-temática eleitoral e partidária deva assumir conotação prioritária – seguidas vezes defendida desta tribuna, com apartes solidários de meus ilustres pares –, nun-ca me arrisquei a conduzir o debate de modo a situá-lo em termos de nova Assembléia, com o aludido e específico objetivo, como agora vem de sugerir um dirigente de entidade partidária. Além dessa temática complexa, aquele eminente companheiro abraçou a tese do unicameralismo, rompendo tradição imperan-te nas origens históricas estruturais, o que suscitou, desde logo, contestação de alguns Senadores, sob a alegação de que a outra Casa busca o equilíbrio pari-tário no âmbito da Federação. Não creio que venham a prosperar as formulações ora cogitadas nem quan-to à Constituinte exclusiva, nem quanto à extinção do Senado Federal.

Com alguma anterioridade, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados, Dr. Osmar Alves de Melo – V.Sa. bem o sabe, no que concerne à Assembléia exclusiva, também se posicionou contrariamente à inovação, desestimulando alguns de seus integrantes que esposavam ponto de vista assemelhado, agora novamente aflorado com inadequação doutrinária.

Ao recordar a Carta Cidadã, que completou re-centemente 19 anos de vigência, pretendi retratar o panorama vivenciado pelo País antes de 1987 e 1988, quando a ruptura institucional, ocorrida durante fase

vintenária, havia sido a razão primordial para a convo-cação da Assembléia Nacional Constituinte.

No que tange ao unicameralismo, deixarei para outra oportunidade o exame do alvitre então veiculado, cuja viabilidade não aponta para nenhuma sinalização de êxito, já que romperia uma formatação congressual que, do século passado, chegou ao novo milênio, guar-dando o fácies federativo de forma exemplar.

Se tivermos que proceder a uma reforma política ampla, que o façamos dentro dos atuais parâmetros le-gais, buscando, nas leis ordinárias ou complementares – e até mesmo nas propostas de emenda à Constituição –, o balizamento destinado a enquadrá-la, fazendo-a vigorar a latere do texto de 5 de outubro de 1988.

Acredito que até mesmo o Chefe da Nação, que chegou, em ocasião passada, a admitir tal incongru-ência jurídica, dela se afastou, por aconselhamento de lúcidos consultores mais próximos de seu gabinete, afeitos a debate dessa amplitude e abrangência.

A Constituição de 5 de outubro de 1988 poderá recepcionar, se necessário for, as inovações reformis-tas, acrescendo o elenco de emendas já incorporadas à redação primitiva. No nosso entender, será essa a melhor alternativa para o que aspiram concretizar ou-tros idealizadores da sugestão – como todos nós – por novos cânones na legislação eleitoral vigorante.

Eu não poderia concluir este pronunciamento sem citar, com a emoção que não posso esconder neste instante, trecho do antológico discurso de Ulysses na promulgação da Carta Cidadã. É com sincera e visí-vel emoção que vou reproduzir agora, no final deste discurso, as palavras do grande e saudoso Ulysses Guimarães.

Disse ele:

“A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca”.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Muito obrigado, senhoras e senhores. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Arnon Bezerra) – Neste instante, convido o nobre Deputado Mauro Benevides para presidir os trabalhos, uma vez que foi o autor do requerimento de realização desta sessão em home-nagem aos 19 anos da nossa Constituição.

O Sr. Arnon Bezerra, 2º Suplente de Secretário, dei-xa a cadeira da presidência que é ocupada pelo Sr. Mauro Benevides, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Antes de conceder a palavra aos oradores inscritos, convi-do os presentes para assistirem à exibição do vídeo elaborado para registrar este evento e assinalar as

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60579

comemorações dos 20 anos da nova Carta, dentro da programação estabelecida pelo Presidente Arlindo Chinaglia, com a colaboração dos membros da Mesa Diretora e das Lideranças partidárias.

Portanto, vamos assistir à exibição do vídeo pre-parado pela TV Câmara, por meio de seus técnicos especializados.

(Exibição de vídeo. Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Com

a exibição desse vídeo, inicia-se o cumprimento da programação elaborada pela equipe técnica da Casa, com a chancela da Mesa Diretora e do próprio Presi-dente Arlindo Chinaglia.

A partir de hoje, essa programação será executa-da, principiando por esta comemoração, em homena-gem ao 19º aniversário da Carta Magna, que ocorreu no dia 5 de outubro, e passará a ser cumprida integral-mente, com outros eventos que objetivam consolidar na alma e no sentimento do povo brasileiro a neces-sidade de defender a nossa Carta, que é o repositório das aspirações legítimas de todos nós.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Zequinha Marinho, que falará pelo seu partido, o PMDB, por delegação do Líder Deputado Henrique Eduardo Alves, que se encontra no seu Estado.

O SR. ZEQUINHA MARINHO (Bloco/PMDB – PA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ilustres convidados, estamos come-morando o 19º aniversário da Constituição de 1988. É bom, portanto, recordar as palavras de Ulysses Guima-rães proferidas em 2 de fevereiro de 1987, por ocasião da instalação da Assembléia Nacional Constituinte:

“A Constituição deve ser e será o instru-mento jurídico para o exercício da liberdade e da plena realização do homem brasileiro. Do homem brasileiro como ser concreto, e não do homem abstrato, ente imaginário que habita as estatísticas e os compêndios acadêmicos. (...) O homem, qualquer homem, é portador do universo inteiro, na irrepetível e singular experiência de vida.”

O pranteado Ulysses acabou por cumprir o pro-metido.

O art. 5º da Magna Carta, intitulado Dos Direi-tos e Deveres Individuais e Coletivos, que não fica atrás nem mesmo do Bill of Rights da Constituição norte-americana é prova disso e um fato que só vem enaltecer as letras jurídicas desta Nação.

Ainda, a cidadania, a nacionalidade e a sobera-nia, por exemplo, só tiveram a ganhar com inovações

constitucionais, como o habeas data e o mandado de injunção, que a nova Carta prevê.

Entre tantos outros passos, na mesma linha, pode-se citar a propriedade privada urbana, que teve definida sua função social.

E, por outra, pode-se constar também que a Cons-tituição de 1988 é a primeira a permitir a participação popular. Foram 122 proposições, com 12 milhões de assinaturas.

O Senhor Constituição, Ulysses Guimarães, alcu-nhou a Constituição de 1988 de Constituição Cidadã, Constituição Federativa, Constituição Representati-va e Participativa, Constituição do Governo Síntese Executivo/Legislativo e Constituição Fiscalizadora. Em suma, uma Constituição democrática, no sentido defendido por Lincoln, uma Carta do povo, pelo povo e para o povo.

E o herói da elaboração do Estatuto Maior expli-ca-lhe os epítetos, ao referir que a Constituição mudou na elaboração (por exemplo, os direitos do cidadão vêm em primeiro lugar), mudou na definição dos po-deres (por exemplo, ao restaurar a Federação), mudou quando quis mudar o homem em cidadão. E cidadão de verdade, esclareceu Ulysses, com toda a razão, só é quem ganha justo e suficiente salário, lê e escreve, mora, tem hospital e remédio, lazer. Isso está contido no discurso da promulgação.

Pode-se, portanto, considerar a Constituição um manifesto de luta contra os bolsões de miséria que assolam o País, começando-se pelo fato de que, ao contrário das 7 Constituições Federais brasileiras a ela anteriores, começa com o homem.

Com tudo isso, talvez o maior elogio ao trabalho de todos os competentes e esforçados Constituintes, que Ulysses Guimarães tão bem capitaneou, sejam as palavras de Luís Barroso:

“Ao longo da história brasileira, sobremodo nos períodos ditatoriais, reservou-se ao Direito Constitu-cional um papel menor, marginal. (...). A Constituição de 1988 teve o mérito de criar um ambiente propício (...) à difusão de um sentimento (...), de acatamento e afeição em relação à Lei Maior.”

No pouco conhecido escrito que seria o prefácio da Carta Magna, intitulado A Constituição Coragem, nas 2 primeiras frases, pontifica Ulysses:

“O homem é problema da sociedade bra-sileira: sem salário, analfabeto, sem saúde, sem casa, portanto sem cidadania. A Consti-tuição luta contra os bolsões de miséria que envergonham o País.”

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60580 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Sem Ulysses, talvez não tivéssemos, especial-mente, em termos de direitos do cidadão, a Constitui-ção que temos.

Ante o burburinho do plenário, a frase que o ines-quecível Parlamentar mais gostava de pronunciar era: “Vamos votar, meus amigos, vamos votar.”

O resultado aí está.Que as comemorações, em 2008, o Ano da Cons-

tituição Cidadã, como instituído pela Casa, se façam à altura de seu inigualável significado para os brasi-leiros.

Para finalizar, agradeço a oportunidade ao meu partido e ao meu Líder, Deputado Henrique Eduardo Alves, e faço uma homenagem à Assembléia Consti-tuinte de 1986, na figura do Deputado Mauro Benevi-des, que preside a sessão neste momento. S.Exa. foi e continua sendo um baluarte na história recente do País. Que Deus continue a iluminar a sua vida, para que S.Exa. permaneça sendo para nós, jovens inician-tes da Casa, referencial de atuação, de dinamismo, de ética e de idealismo por este País.

Parabéns à Constituição pelo 19º de aniversá-rio.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – A

Presidência cumprimenta o nobre Deputado Zequinha Marinho e, sobretudo, agradece a S.Exa. as encomiás-ticas referências feitas a mim próprio, reconhecendo o modesto esforço que despendi para corresponder às expectativas do povo brasileiro na elaboração da Carta de 5 de outubro de 1988.

Agradeço ao eminente companheiro de partido, que tão bem representou nossa legenda na tribuna da Casa na tarde de hoje.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Con-cedo a palavra ao ilustre representante de Santa Ca-tarina, Deputado Décio Lima, pela bancada do Partido dos Trabalhadores, da qual, sem dúvida, é uma das figuras mais preeminentes.

O SR. DÉCIO LIMA (PT – SC. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente Mauro Bene-vides, em nome do qual saúdo a Mesa, neste momento rico e importante. Colegas Deputados e Deputadas, queridos convidados, que têm hoje a oportunidade de aqui estar conosco neste momento, quando, com emoção e entusiasmo, com os valores mais puros da alma humana, promovidos pela paixão, pelo amor, pelo perdão, estamos aqui iniciando o processo de come-moração dos 20 anos da nossa Carta Magna.

Sr. Presidente, após ouvir as palavras do Depu-tado Zequinha Marinho, a aula magna proferida por V.Exa. e de assistir ao vídeo que nos foi apresentado, só podemos dizer, Deputado Mauro Benevides, que

V.Exa. nos dá a oportunidade de voltar 19 anos atrás, naquele dia mais importante da história da Repúbli-ca e do nosso País: 5 de outubro de 1988, data em que o Brasil foi presenteado com a sua Constituição Cidadã.

Mais do que homenagear, a Carta Magna, que teve as digitais e a dedicação de V.Exa., ao lado da figura que marcou a vida republicana do País, Ulysses Guimarães, mais do que comemorar a existência desta querida Constituição, que representa tantas lutas do povo brasileiro, deve-se neste momento homenagear a gente brasileira, homens e mulheres nesta Nação.

A Constituição de 1988, além de trazer aquilo que é mais valoroso no sentimento, no coração do povo brasileiro, que é o caminho que trilhamos, ten-do a democracia como valor universal, foi produzida pelas lutas dos homens e mulheres que, ao longo de 21 anos, estavam submetidos e tutelados pelo regime autoritário.

Mais do que homenagear a nossa Constituição, neste exato momento, estamos homenageando a his-tória da nossa própria geração, do nosso povo, de to-dos nós que, na adversidade política, rompemos com o arbítrio e construímos a paz, a harmonia social e o debate democrático.

Portanto, este momento é significativo para aque-les que não estiveram neste plenário, que não tiveram o privilégio de V.Exa., meu querido Deputado Mauro Benevides, mas que assistiram nas ruas, nas praças, ao início de um novo período da história republicana do País.

A Constituição pode não ser a perfeita, como de-clarou Ulysses Guimarães, naquele momento em que a proclamou, mas, sem dúvida nenhuma, é paradigma para o mundo. A Constituição americana, que existe há 200 anos, teve apenas 27 mudanças ao longo desses anos. A nossa nem fez 20 anos e já a alteramos e a emendamos 58 vezes.

Disse-me o insigne e ilustre Deputado Mauro Be-nevides que tramita nesta Casa cerca de 200 emendas à Constituirão a fim de aperfeiçoá-la e melhorá-la. Este é o fundamental valor desta Carta, que não é rígida, não consegue ser ultrapassada, mas lapidada pelos homens e mulheres que representam o povo brasileiro nesta Casa, no Congresso Nacional. Ela nasceu não do ódio, mas – corrija-me Deputado Mauro Benevides – da conhecida Emenda nº 19, da Carta de 1967, alterada pela Carta de 1969. Ou seja, rompeu com o arbítrio, num gesto de amor, porque não precisamos ir às ruas matar brasileiros e nos colocar numa guerra civil.

Nasceu ela, portanto, derivada de um momento de arbítrio, mas de um profundo gesto de amor, perdão e anistia. Criou-se nela fundamental conceito que di-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60581

verge de todas as Cartas que conhecemos no mundo, como a inglesa, que não é escrita, oriunda do Direito consuetudinário, que pode ser transitória, alterada e seguir os tempos da modernidade e os das mudanças que todos proclamamos no dia-a-dia, nas nossas vidas, na conduta da política do povo brasileiro.

Recordo-me aqui da Proclamação da República, assinada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. O art. 1º estabelecia: “Fica criada provisoriamente a República”. Essa transitoriedade, esse caráter provisório é o que há, sem dúvida, de mais belo na democracia brasileira, que não é dogmática, que se permite a autocrítica, o questionamento e as mudanças permanentes.

Querido Deputado Mauro Benevides, V.Exa. nos dá oportunidade de voltar 19 anos no tempo e também de homenagear todo o povo brasileiro, aqueles que se foram, como Ulysses Guimarães, aqueles que lutaram nas trincheiras pelas liberdades democráticas, como Vladimir Herzog, as personagens citadas por Ulysses Guimarães nesse vídeo, como Carlos Marighella e tantos idealistas que, de uma forma ou de outra, não desistiram de perseguir o legado da democracia do povo brasileiro.

Parabéns, Sr. Presidente Mauro Benevides, Srs. Deputados, senhoras e senhores convidados, povo brasileiro!

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – A

Presidência cumprimenta o Deputado Décio Lima pelo seu brilhante pronunciamento, sobretudo pela reme-moração que fez dos episódios que assinalaram a luta em favor da normalização político-institucional do País. Mais uma vez, o ilustre representante de Santa Catarina brinda este Plenário com pronunciamento à altura de seu fulgurante talento.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Con-cedo a palavra a um homem que compôs a Assem-bléia Nacional Constituinte, sem dúvida um dos Par-lamentares mais atuantes a partir de 1987, que voltou a esta Casa, após breve interregno, com aquela mes-ma disposição e garra que construíram em torno da sua personalidade de escol um vulto de preeminência inquestionável na vida pública do Estado do Paraná e do País, o Constituinte e Deputado Alceni Guerra. (Palmas.)

O SR. ALCENI GUERRA (DEM – PR. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Mauro Be-nevides, saúdo V.Exa., com o prazer de sempre, bem como os ilustres componentes da Mesa, as autoridades presentes, os Deputados, os colegas Constituintes.

Minhas senhoras e meus senhores, recebi on-tem de minha equipe um presente com um pouco de maldade a este pobre Constituinte: pela primeira vez,

em 19 anos e 9 meses, escutei – e reescutei agora – discurso que pronunciei, nesta tribuna, no dia 25 de fevereiro de 1988.

Subi à tribuna às gargalhadas do Plenário. Minha emenda propunha uma coisa simples para este mé-dico pediatra: a licença-paternidade. A emenda tinha sido unanimemente rejeitada. Deputado Jofran Fre-jat, V.Exa. se lembra? Unanimidade e risos. Ulysses Guimarães, jocosamente, ao anunciar a votação da emenda aditiva à licença-maternidade, disse “saúdo o homem gestante”, provocando outra enorme gar-galhada. Logo depois, fez outra observação jocosa, o que me obrigou a vir à tribuna.

Durante quase 20 anos, recusei-me a ouvir aque-le discurso, porque sabia que havia me emocionado e ao Plenário. Sabia que tinha colocado a chorar mais de uma centena de Deputados. O próprio Presidente Lula, recentemente, confessou-me que chorou copio-samente no discurso que fiz sobre a emenda. Não me lembro se o Deputado Uldurico Pinto chorou, mas, com certeza, também se emocionou.

Desci desta tribuna sob aplausos. A emenda foi aprovada com quase 400 votos. Durante esses 20 anos, diariamente, sou abraçado e ouço alguém dizer: “Muito obrigado! Fiquei alguns dias em casa com minha famí-lia, porque nasceu meu filho ou minha filha”. A emenda se tornou o símbolo da minha vontade de impor uma idéia que veio da minha profissão de pediatra.

Antes, porém, havia passado por momentos tão importantes quanto esse. O Deputado Arnon Bezer-ra, médico como eu, ao abrir a solenidade, lembrou-se da importância do Sistema Único de Saúde, SUS, que aqui criamos. Deputado, sempre que posso, para exemplificar a importância do SUS, criado por nós na Constituinte, digo a mesma frase: neste ano, o SUS atenderá 4 bilhões de vezes os brasileiros. Não estou falando em 4 milhões, mas em 4 mil milhões. Foi ape-nas um ato na Constituinte, mas criamos o Sistema Único de Saúde.

Fui nomeado Relator da Subcomissão das Mi-norias e vivi lá situações impactantes na minha vida. Descobri que para relatar a Comissão das Minorias eu precisava perder algo que não sabia que tinha: o preconceito. Eu não me considerava preconceituoso, até o dia em que fui atender às reclamações e pon-derações dos homossexuais. Um representante dos homossexuais veio me colocar na lapela um triângulo rosa, o símbolo da luta dos homossexuais por seus di-reitos – o mesmo símbolo colocado pelos nazistas na época da guerra. Mas, quando ele se aproximou para me colocar o distintivo, eu disse: “Por favor, não. Moro numa cidade machista, Pato Branco, e se aparecer no jornal, hoje à noite, com o triângulo rosa, nem con-

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60582 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

seguirei voltar para lá”. Dei-lhe uma senhora manifes-tação de preconceito. Entendi depois, envergonhado, que tinha sido preconceituoso contra os homossexu-ais, mas acho que conseguimos abrir caminhos para a defesa dos seus direitos.

Lembro-me também, senhores e senhoras, co-legas Parlamentares, do dia em que estive fechado, numa sala de Comissão, com 100 índios armados com tacapes. Eu e o Relator ficamos ali uma manhã inteira com 100 índios, nada amistosos, armados de enormes bordunas, que chamamos de tacapes. Simplesmente, eles queriam de volta a governabilidade do País, em cuja origem as terras lhes pertenciam. Claro que não podíamos fazer isso! Saíram dali satisfeitos, porque herdaram da Constituição Cidadã 100 milhões de hec-tares de terras, identificados e repassados.

Lembro-me do preconceito racista daqueles que se julgam vítimas do racismo, mas acho que os aten-demos também.

Lembro-me ainda da lição que eu, imaturo e ca-tólico praticante, recebi, na Comissão das Minorias, dos judeus ortodoxos. Aprendi a compreendê-los. E, na Constituição Cidadã, estão os artigos que separam nosso Estado laico, mas dão às minorias religiosas os direitos adquiridos naquela Carta.

Vejo diversos colegas médicos aqui, Deputados, e não poderia terminar sem uma reflexão específica da minha profissão. Sempre que sou chamado, Deputado Dr. Talmir, a uma revisão anual, de um cidadão qualquer, de um paciente qualquer, procuro olhar não as van-tagens que adquiriu durante o tratamento, mas o que sobrou de problemas que ainda podemos abordar.

Quero finalizar esta minha saudação à nossa Constituição Cidadã e aos nossos Constituintes di-zendo que nela cometemos um grave equívoco: não sabemos que forma de governo temos hoje. Retiro de Miguel Reale as palavras: “Não é nem uma Consti-tuição parlamentarista, nem uma Constituição presi-dencialista, sequer faz coabitar as vantagens de um e de outro, porque outorgamos ao Sr. Presidente, nós Constituintes, no fim do período constituinte, o direito de editar medidas provisórias”. Só a nossa Constitui-ção, no regime presidencialista, tem isso no mundo. E ficamos aqui a semana toda assistindo ao mais ilustre legislador do País ter, cito de novo Miguel Reale, “não a primazia, mas quase o monopólio de legislar”.

Lembro-me que, há poucas noites, votamos aqui 4 medidas provisórias, a primeira para revogar uma delas, ela mesma; a segunda para revogar outra me-dida provisória; a terceira para revogar outra medida provisória; e a quarta para revogar a revogação da pri-meira, tornando efetiva a medida provisória que havía-mos revogado. Autoria de quem? Do Sr. Presidente da

República. Estou falando contra o Presidente? Abso-lutamente, é um homem que eu admiro. Estou falando contra a nossa inépcia de Constituintes ao delegarmos – permitam-me usar uma palavra comum no sul – esta barbaridade de quesito da medida provisória.

Somos aqui vassalos do Poder Executivo, votando só o que o Chefe do Poder Executivo quer. Raramente votamos algo de nossa iniciativa. Erramos nesse ponto na Constituição e temos de corrigi-la, Deputado Mauro Benevides. V.Exa. é o primeiro a se referir assim com generosidade à nossa capacidade de reformar essa Constituição. Temos de reformá-la.

Em 1933 – não gosto quando ouço essa expres-são dos gaúchos, “exilado em Pernambuco”; Pernam-buco não é lugar para se estar exilado, é lugar para se estar abençoado –, o Presidente Getúlio Vargas havia permitido que Borges de Medeiros não se retirasse do País e ficasse em Pernambuco. Lá, ele cunhou a ex-pressão “presidencialismo de gabinete”. O Presidente da República com o Poder Moderador. Acho que pode-mos pensar nisso. Não podemos, Deputado Uldurico Pinto, afrontar a vontade do povo brasileiro, que deseja eleger o seu Presidente da República. Precisamos ter um governo de gabinete. Um governo não digo só de Parlamentares, mas aprovado pelos Parlamentares, comprometido com o Parlamento, que seja da essên-cia do Parlamento.

Aí podemos ter medidas provisórias. O que acon-tecerá quando um Parlamento não aprovar uma medida provisória, algo corriqueiro em um regime parlamenta-rista? Cai o goverNº É a diferença entre quem governa com o Parlamento e quem governa sem o Parlamento. O que nos sobrou nesse mar de medidas provisórias? O que fazemos aqui com nosso poder fiscalizador? CPIs e CPIs, denúncias e denúncias, somos craques nisso. Somos historicamente bem-sucedidos em CPIs. O que é necessário fazer para quem tem tal poder fiscaliza-tório, para quem tem tal poder de CPIs, que só tem esse poder? O que é necessário fazer? Desmoralizá-lo. Um poder desmoralizado por denúncias – às vezes inconseqüentes – todos os dias tem menos autoridade perante a população. Quem precisa desmoralizar, em primeiro lugar, é o Poder Executivo, que tem medo de um Parlamento forte. Vamos descendo nessa cadeia até chegarmos ao crime organizado, que também não pode ter um Parlamento forte. Se formos ater-nos só a esse poder, o fiscalizatório, o denunciatório, teremos de conviver permanentemente com graves acusações, com falsas acusações, com ridículas acusações para nos desmoralizar.

Como podemos sair desse impasse? Reformando a nossa Carta. Ou tiramos dela as medidas provisórias ou o presidencialismo imperial que temos hoje.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60583

Faço essa reflexão sobre a nossa Constituição. Comecei elogiando tudo que nela podia elogiar. Sin-to-me gratificado por Deus pela oportunidade de ter sido Constituinte e feito coisas belíssimas no texto da Constituição. No entanto, quero apresentar aqui o erro que cometemos e precisamos corrigir. Faço isso em homenagem a Ulysses Guimarães, a nossa Constitui-ção-Cidadã, a todos os Constituintes e Parlamentares presentes e a V.Exa., Deputado Mauro Benevides. V.Exa. foi um lutador na Constituinte, continua sendo. Todos os dias ouvimos suas sábias palavras.

Obrigado por esta iniciativa, Deputado Mauro Benevides. Muito obrigado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – A Pre-sidência cumprimenta o nobre Deputado Alceni Guerra. Posso lhe dizer que falou em nome dos Constituintes de 1987/1988. S.Exa. foi uma das figuras mais proje-tadas da nossa Assembléia e autor da licença-pater-nidade, que teve tanta repercussão em nosso País e praticamente o consagrou como responsável por essa inovação na estrutura constitucional brasileira.

O pronunciamento do Deputado Alceni Guerra foi praticamente um depoimento que prestou a esta Casa sobre fatos que, ao lado de Ulysses Guimarães naquela ocasião, acompanhei tão de perto e dos quais ofereço o meu testemunho de uma autenticidade in-questionável, sobretudo os aplausos que estrugiram no plenário da Assembléia quando se proclamou a vitória da sua iniciativa naquela emenda inserida no texto constitucional. Cumprimento V.Exa. e agradeço as referências que também me foram dirigidas.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – O próximo orador inscrito é o Deputado Jofran Frejat. Logo em seguida, falará o Deputado Osório Adriano, em nome da representação do seu partido, já que o Deputado Alceni Guerra falou em nome dos Consti-tuintes de 1987/1988.

Estão inscritos ainda para falar vários Srs. Depu-tados. A todos será assegurada a palavra para que esta solenidade represente realmente a deflagração da grande programação estabelecida para realçar a festa vintenária da Carta de 5 de outubro de 1988.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Com a palavra o nobre Deputado Jofran Frejat, que falará em nome do seu partido, o PR.

O SR. JOFRAN FREJAT (PR – DF. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Mauro Benevides, Sras. e Srs. Deputados, autoridades que compõem a Mesa, senhoras e senhores convidados, o recente estabelecimento do processo democrático em nosso País se deu por intermédio da instalação da Assembléia Nacional Constituinte, que funcionou em 1987 e 1988, a qual tive o privilégio de integrar, como

legislador Constituinte, bem como sua conseqüente consolidação, após a promulgação da Constituição Cidadã de 1988.

Chamava-me a atenção, então médico no Distrito Federal e Secretário de Saúde, uma frase de Tancredo Neves. S.Exa. dizia que conhecia pessoas cassadas, mas cidade cassada, a única que conhecia era Brasí-lia, porque aqui não havia eleições.

Durante a elaboração da nossa Carta Magna, apresentei 161 propostas, das quais 43 foram aco-lhidas em seus mais diversos capítulos, entre elas a constituição do Sistema Único de Saúde. Destaco também aquelas que estabeleceram a autonomia po-lítica do Distrito Federal, obedecendo àquela frase de Tancredo segundo a qual esta era uma cidade cassa-da: a Emenda nº 379, apresentada em 1º de junho de 1987, estabeleceu eleição direta para Governador e Vice-Governador do Distrito Federal, e a Emenda nº 170, de 9 de junho do mesmo ano, fixou a composição da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Nesta oportunidade, por iniciativa do Deputado Mauro Benevides, àquela época Senador Constituin-te, comemora-se o 19º aniversário da promulgação da Carta Cidadã. Ressalto que um grande passo foi dado para que hoje gozemos do Estado de Direito que se es-tabeleceu no Brasil, após longo período de arbítrio.

Em que pesem a ausência de sua complemen-tação, e mesmo as diversas emendas a ela incorpo-radas, e até seu detalhismo, não se pode deixar de comemorar o avanço, as garantias proporcionadas à Nação pela promulgação da Carta de 1988.

Tornou-se o Brasil um País plural, aberto, infenso em grande parte ao viés ideológico que o dominou du-rante muito tempo – até na própria Constituinte –, que permite definir com clareza os direitos e os deveres, os limites e as responsabilidades dos seus cidadãos.

Pena, de outra parte, que o Parlamento brasileiro, que teve a ousadia de elaborar Constituição tão rica, apresente-se hoje submisso, acovardado mesmo, acei-tando passivamente essa avalanche de medidas provi-sórias, muitas delas de duvidosa constitucionalidade, e omisso, deixando a Justiça ultrapassar os limites da interpretação da lei para formulá-las e aplicá-las sob o olhar passivo desta Casa.

É preciso reagirmos a isso, ou então não somos um Poder.

Não se utiliza sequer o instrumento legal do man-dado de injunção, mas a formulação e aplicação pura a simples daquilo que nós deixamos de elaborar.

Mesmo assim, com todos esses desvios e pas-sividades, penso que o exemplo dado pelos Consti-tuintes deve ser comemorado neste 19º aniversário da Constituição. Que esse feito sirva de estímulo à atual

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60584 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

e às futuras Legislaturas, para que tenham coragem de dizer inclusive “não”.

Pela sua coragem, responsabilidade e determina-ção é que nos orgulhamos dos Constituintes de 1987 e 1988, entre os quais me incluo. Hoje nos rejubilamos pelo 19º aniversário da nossa Carta Magna.

Sr. Presidente, ouvi e registrei o discurso dos meus antecessores. O Deputado Alceni Guerra foi meu colega na época da Constituinte. Atuamos, empolga-dos, em várias Comissões – tive a satisfação de ser Presidente da Subcomissão da União, Distrito Federal e Territórios, por isso tive facilidade para apresentar algumas emendas. Hoje constatei a insatisfação dos Parlamentares diante da situação em que nos encon-tramos nesta Casa. Somos, na verdade, apertadores de botão. Aqui dizemos “sim” e, muitas poucas vezes, “não” àquilo que vem do Poder Executivo. Não nos rebelamos contra a intromissão de outro Poder nesta Casa.

Ora, é simples: no momento em que deixamos que outros façam o nosso trabalho, a população en-tende que esta Casa não tem nenhuma validade, ne-nhuma importância. Afinal, que importância tem uma Casa onde se entra empurrando a porta e cuja cozinha e quarto são utilizados sem que se peça permissão e sem que se diga ao menos “obrigado”?

Isto aqui é um Poder. Temos de ter coragem, como tivemos na época da Constituição de 1988, quando re-agimos a diversos setores, de direita ou de esquerda, que quiseram mudar a Constituição para implantar um sistema socialista ou mesmo um parlamentarismo no Brasil. Muitos Constituintes lutaram por isso. A medida provisória é decorrência da nossa divisão em presi-dencialistas e parlamentaristas. Os parlamentaristas preferiram acabar com o decreto-lei e instituir a medida provisória. Nós nos submetemos.

Lamentavelmente, por sermos um Poder coletivo, aberto, somos os mais vigiados e os mais denegridos. Se 1 ou 2 ou 10 ou 20 Parlamentares cometem equí-vocos e irregularidades, a tendência é dizerem que esta Casa não presta. A tendência é generalizar. Eu, que sou médico, conheço isso muito bem. Quem vai a um hospital e é mal atendido pelo porteiro diz que o hospital não presta. Aqui vale a mesma coisa.

Temos de expurgar os maus e acabar com as irregularidades, mas também temos de nos compor-tar como um Poder. Não podemos abrir mão desta prerrogativa.

Faço um apelo, um chamamento a esta Casa: assim como os Constituintes de 1987 e 1988, posi-cionemo-nos como um Poder. As novas Legislaturas não podem abrir mão da responsabilidade que lhes

foi conferida pelo povo. O povo espera essa resposta, que não demos até agora.

Sr. Presidente, cumprimento-o não apenas pela iniciativa de propor esta homenagem, mas também pelo seu trabalho à época da Constituinte, quando V.Exa. era Senador e eu iniciava a minha caminhada no Poder Legislativo como Deputado Federal. Esta ses-são solene é importante para que todos se lembrem de que tivemos a coragem de fazer a Constituição Cidadã, que tanto nos traz à lembrança o trabalho de Ulysses Guimarães.

Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – A

Presidência cumprimenta o nobre Deputado Jofran Frejat, que participou das lutas na Assembléia Nacio-nal Constituinte e depois foi convocado para exercer funções executivas no Governo do Distrito Federal, uma vez que Brasília teve sua autonomia consagrada no texto da Carta de 1988. Jofran Frejat exerceu a Se-cretaria de Saúde do Distrito Federal e soube fazê-lo com excepcional brilhantismo.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao nobre Deputado Osó-rio Adriano, que falará em nome da representação do Democratas.

O SR. OSÓRIO ADRIANO (DEM – DF. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, meu ilustre amigo Deputado Mauro Benevides; ilustres componentes da Mesa, nossos companheiros de tan-tos anos de lutas; Sras. e Srs. Deputados; caros con-vidados, os discursos que ouvimos foram todos muito bonitos, mas quero elogiar de maneira especial os 2 últimos, proferidos pelo ilustre Deputado Alceni Guer-ra e pelo meu companheiro de Brasília, o Deputado Jofran Frejat. Ambos teceram críticas ao exagero na edição de medidas provisórias. Estamos irmanados nessas críticas. Mas precisamos fazer de fato alguma coisa. Precisamos agir, tomar uma providência. Esta Casa não pode mais aceitar o que vem acontecendo aqui todos os dias: nós não legislamos mais, legisla o Executivo. Não podemos aceitar essa intromissão indevida, que encontra amparo na Constituição, mas não nos moldes em que está sendo perpetrada.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, comemo-ramos nesta sessão solene o 19° aniversário da atual Constituição Brasileira, proclamada em 5 de outubro de 1988.

Na memória de todos nós continua viva a emoção daquele momento histórico em que o saudoso Depu-tado Ulysses Guimarães, tendo em suas mãos, levan-tadas num gesto extremamente simbólico, o exemplar da nossa Constituição, anunciava à Nação a Consti-tuição Cidadã.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60585

O Presidente estampou aqui aquele momento histórico. Parabéns! Foi muito feliz.

A Constituição de 1988 é de fato um marco histó-rico, que veio definir os rumos de um novo Brasil, saído de um período político marcado pelo autoritarismo e pelo total desrespeito aos mais sagrados direitos do cidadão para reencontrar o real destino de nação de-mocrática e progressista.

Essa não foi uma conquista fácil. A Constituição de 1988 foi o resultado das grandes lutas de nosso povo, desenvolvidas por várias décadas, sob a liderança de personalidades de indomável espírito democrático, entre os quais foram expoentes máximos Tancredo Neves, Ulysses Guimarães e Aureliano Chaves, além dos nobres Constituintes, muitos dos quais ainda se encontram nesta Casa, dando sua contribuição pes-soal para a consolidação de nossas instituições. Cito o Presidente desta sessão, Mauro Benevides, segun-do signatário da Constituição de 1988, na condição de 1º Vice-Presidente da Assembléia Nacional Cons-tituinte; cito o Deputado Jofran Frejat e o Deputado Alceni Guerra.

Não podemos deixar de nos referir a outros gran-des brasileiros que precederam, na história, esses grandes líderes e que também contribuíram para a construção de um Brasil forte, progressista, integrado e soberaNº Dessa plêiade de heróis da Pátria, destaco com grande emoção a figura de Juscelino Kubitschek de Oliveira, construtor de Brasília e de um novo Brasil.

A cada dia que passa, a cada ano que transcor-re daquele evento histórico que foi a promulgação da nossa Constituição, mais compreendemos a sua im-portância para a formação da nossa nacionalidade e para o desenvolvimento cultural, econômico e social do nosso povo. Mas também cresce a consciência da necessidade de preservarmos os seus ditames.

Hoje homenageamos todos aqueles que contri-buíram e continuam contribuindo para que vivamos em um país onde todos tenham a liberdade de ir e vir, de manifestar os seus ideais, de ter os seus conceitos culturais, políticos ou religiosos e de ter a igualdade de oportunidade para exercer suas atividades no con-certo da sociedade.

Temos, entretanto, que estar sempre atentos e vi-gilantes diante das ameaças que eventualmente surgem a esses princípios democráticos e humanísticos.

A busca da justiça social e a luta pelo progresso e superação das desigualdades, sejam elas individu-ais, regionais ou entre coletividades, sempre devem estar presentes nas ações e manifestações de todos os democratas e progressistas.

Sr. Presidente, as comemorações que hoje faze-mos, e que sempre deveremos fazer, em homenagem

à criação e aos criadores da nossa Carta Magna, são demonstrações inequívocas de que os Parlamentares brasileiros, os democratas de todos os partidos, estarão permanentemente vigilantes e dispostos a continuar a grande batalha dos Constituintes de 1988 pelo engran-decimento do nosso País e da Nação brasileira.

Saúdo, portanto, todos os Constituintes e todos os presentes, que tiveram o trabalho ou a honra de vir aqui nos ajudar a fazer esta homenagem a um ato tão importante quanto foi a Constituição de 1988.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – A Pre-

sidência cumprimenta o Deputado Osório Adriano, ilus-tre representante de Brasília no Congresso Nacional, que levou em conta também a circunstância de que a autonomia política de Brasília foi conseqüência da promulgação da Carta de 5 de outubro de 1988.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Frank Aguiar, ilus-tre piauiense que migrou para São Paulo, onde se tornou, ao lado da expressão artística que encarna, representante político com destacada atuação nesta Casa. (Palmas.)

O SR. FRANK AGUIAR (PTB – SP. Sem revisão do orador.) – Querido Presidente, Deputado Mauro Be-nevides, autor do requerimento de realização de tão marcante solenidade, a quem aproveito para saudar, bem como a todos os componentes da Mesa; Sras. e Srs. Deputados; senhoras e senhores convidados, ain-da que eu dissesse todas as palavras disponíveis nos mais sofisticados dicionários da língua portuguesa, não conseguiria expressar a importância que a promulgação da Constituição Federal de 1988 teve para os cidadãos brasileiros, até então desamparados, sem instrumento normativo que lhes garantisse direitos fundamentais e colocasse um fim ao arbítrio de ditadores.

Trago à lembrança as palavras de colega de saudosa memória, que tanto dignificou a Câmara dos Deputados e provou o quanto um Parlamentar compro-metido com o seu País é fundamental para a construção de nação livre e soberana, com instituições honradas e consolidadas.

Suas palavras foram:

“Repito: essa será a Constituição Cidadã, porque recuperará como cidadãos milhões de brasileiros, vítimas da pior das discriminações: a miséria.

Cidadão é o usuário de bens e serviços do desenvolvimento. Isso hoje não acontece com milhões de brasileiros, segregados nos guetos da perseguição social.

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60586 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

Esta Constituição, o povo brasileiro me autoriza a proclamá-la, não ficará como bela estátua inacabada, mutilada ou profanada.

O povo nos mandou aqui para fazê-la, não para ter medo.

Viva a Constituição de 1988! Viva a vida que ela vai defender e se-

mear!”

Essas foram palavras do discurso pronunciado pelo Presidente Ulysses Guimarães na sessão da Assembléia Nacional Constituinte de 27 de julho de 1988.

Nossa Constituição não traz só regras de con-dutas, direitos e imposições ao Estado, mas diversos princípios e compromissos programáticos, que lançam para todos nós a imensa responsabilidade de imple-mentá-los, sob pena de transformá-los em promessas esquecidas.

Demos as mãos uns aos outros e caminhemos rumo a esta missão: tornar os compromissos trazidos pela Constituição Federal uma realidade vista por to-dos os cidadãos brasileiros.

Pela voz do Dr. UlyssesO brasileiro se libertou. Ele fez com que se visseQue liberdade não é favorE que para que o Brasil evoluíssePrecisávamos de uma Constituição com amor.Daí surgiu a Constituição Federal.Com toda sua garantia,Foi um marco especialQue pôs um fim à tirania.E hoje todos aprendemos A lutar com galhardia.Parabéns ao povo brasileiro e viva a Constitui-

ção de 1988!O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Nos-

sos cumprimentos ao Deputado Frank Aguiar, que reformulou a programação de visita a seu Estado e a outras Unidades federativas para compartilhar co-nosco deste momento de tanta significação histórica, a comemoração dos 19 anos da Carta e o início da programação vintenária, que vai identificar ainda mais nossa Lei Maior com o povo brasileiro.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Dr. Talmir, que fa-lará pelo PV.

O SR. DR. TALMIR (PV – SP. Sem revisão do ora-dor.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores, em nome do Partido Verde, do Presidente José Luiz de França Penna e do nosso Líder aqui nes-ta Casa, Deputado Sarney Filho, quero cumprimentar o nobre Deputado Mauro Benevides pela iniciativa de

requerer esta sessão solene. Quero saudar o nobre Deputado Alceni Guerra, Constituinte e ex-Ministro, as autoridades presentes neste plenário, minhas filhas, Isabela e Júlia, também presentes neste plenário, e todos os cidadãos brasileiros.

Esta sessão assinala o 19º aniversário do texto constitucional de 1988.

Deputado Mauro Benevides, parabenizo-o, de igual maneira, por sua trajetória de lutas democráticas, entre as quais se destaca a participação nos traba-lhos de construção da vigente Constituição brasileira, enquanto 1º Vice-Presidente da Assembléia Nacional Constituinte.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores, a passagem do dia 5 de outubro, data da promulgação da Constituição Federal, remete-nos à reflexão sobre a importância desse acontecimento no calendário cívico nacional. Nesse sentido, a Câmara dos Deputados, como palco e agente de decisões político-administrativas de nossa Nação, tem o dever de promover uma agenda que resgate não somente o real significado do ordenamento constitucional para o País, mas todo o processo histórico que redundou na Carta Cidadã.

Diante dessa preocupação, instituiu-se o ano de 2008 como o Ano da Constituição Cidadã, de forma a priorizar uma série de eventos alusivos à comemo-ração dos 20 anos da promulgação da Constituição Federal de 1988. Hoje, com esta sessão solene, mais uma ação está sendo desencadeada.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores, a história do Brasil tem sido construída com muitas lutas: luta pela liberdade e pela igualdade de direitos; luta contra a injustiça e a exploração dos mais vulneráveis; lutas que indicam o caminho da con-solidação de um Estado Democrático de Direito.

A dimensão essencial de um Estado Democrático de Direito o faz subordinado ao império da Iei. Dizer que um Estado está sujeito à lei significa que o Poder Político não é um poder livre e desvinculado de toda e qualquer legislação. Ao contrário, é dizer que a lei conforma o poder, organiza-o e sujeita-o a um conjunto de regras e princípios jurídicos. Todavia, regras e prin-cípios jurídicos que realizem o princípio da igualdade e da justiça não apenas pelo seu caráter puramente formal ou abstrato, mas pela busca da equalização das condições dos socialmente desiguais. Isso significa, concretamente, que o Estado deve ser construído em alicerces voltados para o respeito às normas legais que realmente influem na realidade social, em espe-cial voltados para o respeito a uma Constituição, ao estatuto jurídico fundamental da sociedade.

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60587

A noção de Constituição como corpo de leis reu-nidas em um documento escrito, com autoridade supe-rior às leis ordinárias, deu-se a partir do final do século XVIII como resultado do movimento constitucionalista. A origem desse movimento está ligada às Constituições escritas dos Estados Unidos da América, em 1787 – após a Independência das 13 Colônias –, e da França, em 1791, a partir da Revolução Francesa.

O texto constitucional formal veio como instru-mento de proteção da sociedade, e nele devem restar previstos os direitos básicos do cidadão e a estrutura fundamental do Estado, sem o quê não há que se fa-lar em Estado.

No Brasil, para chegarmos até a atual Consti-tuição Federal, foram vários os momentos políticos e econômicos pelos quais passamos, necessitando que nossos ordenamentos jurídicos evoluíssem, adequan-do-se aos novos interesses coletivos e individuais, re-fletidos pelas mudanças sociais.

Em sua história, o Brasil adotou 7 Constituições: uma no período monárquico (a de 1824) e 6 no perí-odo republicano (as de 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988).

A Constituição de 1988 encerrou um ciclo de ins-tabilidade da República que somou 7 dissoluções do Congresso Nacional, além do golpe militar. Após 21 anos de regime autoritário, de 1964 a 1985, e a Cam-panha Diretas Já, em 1984, que reivindicava eleições diretas em todos os níveis, a Nação clamava por uma nova Constituição que promovesse a transição para a democracia.

Foi então que o País Iançou os pilares de uma nova ordem jurídica. Exatamente há 20 anos, em 1987, foi instalada a Assembléia Nacional Constituinte, presi-dida pelo Deputado Ulysses Guimarães. A Assembléia, cujos trabalhos foram abertos pelo então Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Moreira Alves, foi composta de 559 Constituintes (487 Deputados e 72 Senadores), representantes dos 23 Estados que existiam à época e do Distrito Federal.

Depois de 578 dias de trabalho, incontáveis deba-tes em 24 Subcomissões, relatadas aqui pelo Deputado Alceni Guerra, 8 Comissões Temáticas, Comissão de

Sistematização e Plenário, o estudo de 39 mil emendas e 2 turnos de votação, foi promulgada, em 5 de outubro de 1988, a Constituição brasileira, batizada pelo Deputado Ulysses Guimarães de Carta Cidadã.

A Constituição de 1988 inaugurou um novo or-denamento jurídico, que tem como corolário o Estado Democrático de Direito. Para sua concretização, a Lei Maior normatizou princípios democráticos que, por lon-go tempo, foram negligenciados por regimes ditatoriais no Brasil. Como não poderia deixar de ser, a Carta

largamente ampliou as garantias individuais frente ao Estado, como os direitos à liberdade de associação, de manifestação, entre outros direitos fundamentais.

A Constituição de 1988, desde logo, consagrou cláusulas transformadoras com o objetivo de alterar re-lações econômicas, políticas e sociais, dentro de uma concepção mais avançada sobre os fins do Estado, do poder, da sociedade e da economia, entre elas, o art. 5º, do direito inalienável à vida como cláusula pétrea, tanto é que o aborto só passa no Brasil se alterarmos a Constituição, nossa Carta Magna, assim dizia Ulys-ses Guimarães.

O conteúdo material da Constituição ampliou-se consideravelmente pela inclusão de temas novos. Na Ordem Econômica, introduziram-se as regras, os novos títulos que designam a política urbana, agrícola e fun-diária, o sistema financeiro nacional. Na Ordem Social, a temática inovadora acha-se distribuída no Capítulo da Seguridade Social e Assistência Social.

Constituem matérias novas os temas relativos à ciência e tecnologia, comunicação, meio ambiente, criança, adolescente e idosos. Alargou-se por igual o tratamento dispensado aos povos indígenas.

Não há um grande Estado sem adequada orienta-ção político-jurídica, e essa somente será concretizada na plena democracia, por obra da vontade do titular do poder constituinte, o povo. Podemos dizer que a Constituição de 1988 é fruto do nosso anseio por de-mocracia e veio para garanti-la e consolidá-la.

Portanto, a Câmara dos Deputados espera que esta sessão solene constitua oportunidade para refle-xão crítica sobre a democracia que a Nação brasileira espera ainda aperfeiçoar, e que as homenagens ao transcurso do 19º aniversário da Carta Cidadã sirvam para que as novas gerações conheçam um pouco da história constitucional brasileira.

Sr. Presidente, o Partido Verde, considerado um partido internacional, tem a grata satisfação de parti-cipar desta sessão solene e parabeniza mais uma vez V.Exa. por estar presidindo esta sessão solene.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Agra-

deço ao nobre Deputado Dr. Talmir, que representou o Partido Verde e acaba de proferir brilhante pronun-ciamento, numa retrospectiva dos fatos políticos que culminaram com a proclamação da Carta de 5 de ou-tubro de 1988.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Con-cedo a palavra ao Deputado Uldurico Pinto, um dos Parlamentares mais atuantes deste plenário, ilustre representante da Bahia. Destaco que na manhã de hoje S.Exa., cumprindo um roteiro de trabalho, ocupou a tribuna, no Grande Expediente, destacou a impor-

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60588 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

tância deste evento nesta tarde e se comprometeu a comparecer a esta sessão para proferir pronunciamento que caracteriza sempre sua atuação marcante como representante da Bahia nesta Casa do povo.

O SR. ULDURICO PINTO (Bloco/PMN – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Mauro Benevides, Parlamentar que mais ocupa a tribuna da Câmara dos Deputados e que, com sua experiência, humildade, simplicidade e sobretudo sua altivez, fala constantemente para o povo do Ceará; Sr. Osmar Alves de Melo, Conselheiro da OAB-DF; Padre José Ernan-ne Pinheiro, Assessor da CNBB; Sr. Luiz Gonzaga de Assis, Vice-Presidente da Casa do Ceará em Brasília; Sra. Tereza Fátima Bezerra, professora da Fundação Leandro Bezerra, de Juazeiro do Norte; Sr. Sávio Be-zerra, Vereador do PTB de Juazeiro do Norte, repre-sentante da União dos Vereadores do Ceará; Sras. e Srs. Deputados; senhoras e senhores que estão aqui nos honrando nesta data histórica para o povo brasi-leiro, em 5 de outubro de 1988, há 19 anos, era pro-mulgada a atual Constituição brasileira. Naquela data, este Plenário vivia a retomada do grande momento democrático da Nação, quando o saudoso Presidente da Assembléia Nacional Constituinte, Ulysses Guima-rães, promulgou a Constituição Cidadã.

Como um dos Parlamentares que teve o privilé-gio de participar dos trabalhos de elaboração e reda-ção da nossa Carta Magna – estava no meu primeiro mandato como Deputado Federal – lembro-me das lutas travadas para trazer à luz as reivindicações dos setores da sociedade.

Não se pode negar os avanços trazidos pela Cons-tituição de 1988, em razão do incansável trabalho dos Parlamentares e dos cidadãos brasileiros, por meio dos mais diversos segmentos da sociedade civil, que trou-xeram a esta Casa os seus anseios e necessidades que contribuiriam para a modernização e desenvolvimento do País. Mas ainda há muito o que fazer.

Há um consenso entre historiadores e cientistas políticos ao afirmar que os fatos mais importantes da história política deste Pais aconteceram durante as Constituições de 1987 e de 1988.

A Constituição de 1988 encerrou um ciclo de ins-tabilidade da República que somou 7 dissoluções do Congresso Nacional, além do golpe militar. Após 20 anos de regime militar, entre 1964 e 1985, e a cam-panha Diretas Já, em 1984, que reivindicava eleições diretas em todos os âmbitos, a Nação clamava por uma nova Constituição que promovesse a transição da democracia.

A Constituição Cidadã, assim chamada pelo Pre-sidente Ulysses Guimarães, inaugurou novo período jurídico constitucional, ao restaurar o Estado Demo-

crático de Direito e a ampliar as liberdades civis, os direitos e garantias fundamentais.

O Código de Defesa do Consumidor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, entre outros, são inspi-rações diretas da Constituição de 1988.

Portanto, no momento em que cumprimentamos todos os que participaram da Constituinte, externamos nosso compromisso de seguir aprimorando, aperfei-çoando a Carta Magna, que deve ser o espelho da sociedade, do nosso pensamento, como Nação que quer ser justa, ética e moderna.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhores convidados, num breve levantamento desse período, lembro que 4 Constituintes faleceram durante o funcio-namento da Assembléia Nacional Constituinte, como o próprio Deputado Ulysses Guimarães, exibido nesse vídeo, elaborado pela Casa. Vários outros faleceram; outros não se candidataram; outros se candidataram e perderam. São 42 Deputados Constituintes ou melhor 43, pois um deles é o Presidente da República, mas no plenário não estão todos presentes.

Provocando a minha memória, lembro que iniciei minha vida política escrevendo nos muros deste País pela convocação de uma Assembléia Nacional

Constituinte. Fui vice-presidente do diretório aca-dêmico da Universidade Federal de Medicina de Minas Gerais, trabalhei e militei em Goiás, Tocantins, Minas Gerais e em outros Estados, organizando movimentos de trabalhadores e defendendo direitos humanos.

Também me lembro que o Deputado Ulysses Guimarães me pediu para localizar o Deputado Be-nedito Barbosa, do Pará, para desempatar a votação de importante artigo para o povo brasileiro na sessão da Comissão de Sistematização. Não sei por que mas o Senador Mário Covas e o Deputado Ulysses Gui-marães me escolheram para localizar esse Deputado e trazê-lo imediatamente de Belém. Lembro-me que ordenei e a Líder atendeu ao pedido. Localizamos o Deputado e o trouxemos. Viemos num avião – digo sempre que usei um avião uma vez na vida, mas o fiz em nome da Assembléia Nacional Constituinte – que ia de Belém para São Luís e voltou para Belém. O Deputado chegou a tempo da realização da sessão, às 4h da manhã. Houve o desempate na Comissão de Sistematização a votação de importante artigo para o povo brasileiro.

Sr. Presidente, vi o Deputado Ulysses Guimarães, num gesto de grandeza, pedir publicamente descul-pas ao Deputado Alceni Guerra. O grande Deputado Ulysses Guimarães ficou ainda maior, pois com altivez, dignidade e humildade pediu desculpas a um colega devido a uma brincadeira de mau gosto que fez perante o Parlamento brasileiro. O Deputado Alceni Guerra fez

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60589

o Plenário chorar e aprovou uma lei para que os pais brasileiros tivessem direito à licença paternidade por 5 dias. Essa foi uma homenagem às mães, ao nasci-turo, ao próprio pai e à Nação brasileira. Trata-se de uma bonita lei que não podia ser objeto de brincadeira. Presenciei este Plenário chorar, e o grande Ulysses Guimarães ficar ainda maior.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores, vi e vivi a criação do mandato de injunção, uma lei que obriga a cumprir outras leis. Aliás, muito pouco usado neste País.

Eu vi e vivi a criação do habeas data, uma lei atra-vés da qual o cidadão tem o direito de saber quais os dados que o Estado tem a seu respeito. Qualquer um de nós pode saber o que o Estado tem de dados sobre nós. Um dia, quis usar o habeas data em minha defe-sa e fiquei assustado porque o juiz o negou. Foi uma lei que eu mesmo ajudei a criar e faz parte da história jurídica, do Parlamento, do povo brasileiro.

Sr. Presidente, vi e vivi a criação do Estatuto em Defesa da Criança e do Adolescente e da Comissão de Defesa do Consumidor. Vi e vivi a aprovação dos direitos dos índios e dos quilombolas. Vi e vivi a Constituinte itinerante. Tivemos várias reuniões. Eu era Vice-Presi-dente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Saímos pelo País afora nas Assembléias Legislativas de São Paulo, do Rio de Janeiro e de vários outros lugares para ouvir a sociedade, autorizados pela As-sembléia Nacional Constituinte. Vi e vivi a aprovação do art. 7º, inciso XXVII, sobre a proteção ao trabalha-dor, que até hoje não foi regulamentado.

Dezenove anos depois, ainda há vários artigos da Constituição Federal que não foram regulamenta-dos. Uma empresa com inovações tecnológicas pode utilizar um robô e demitir muitos funcionários. A parte mais frágil dessa relação entre empresa e trabalha-dor é o trabalhador. Há o artigo que reza sobre essa questão, mas até hoje não foi regulamentado, lamen-tavelmente.

Vi e vivi a organização dos Parlamentares pro-gressistas, dos setores mais reacionários na época.

Vi a Deputada Abigail Feitosa, da Bahia, lutar para fixar recursos para a saúde e sofrer críticas e deboches, mas vi e vivi a aprovação da Emenda nº 29, que, com todos os defeitos, foi um avanço na regulamentação de mais recursos para a saúde.

Sr. Presidente, agradeço a Deus, ao povo bra-sileiro, especialmente ao povo baiano por estar aqui presente. Vi e vivi. Estou aqui.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – A

Presidência cumprimenta o nobre Deputado Uldurico Pinto, que, na manhã de hoje, fez um pronunciamento

inicial sobre esta solenidade e agora, nessa retrospec-tiva, aponta fatos extremamente importantes que se vinculam ao processo político-institucional vivenciado pelo País.

O Deputado Uldurico Pinto tem uma tradição de luta em favor das liberdades públicas, como deixou patente agora no seu pronunciamento. E neste plená-rio está sempre atuando, no Pequeno Expediente, no Grande Expediente, trazendo para todos nós a certeza de que nos transmite uma lição permanente de brasili-dade, defendendo seus ideais e sabendo fazê-lo com a dignidade que o credencia como um dos mais presti-giosos representantes do povo brasileiro nesta Casa.

O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao nobre Deputado Rodo-valho, que já nesta semana, na última segunda-feira, foi responsável por uma sessão solene das mais con-corridas, quando homenageou os microempresários brasileiros. A solenidade teve a participação dos re-presentantes da categoria recentemente favorecidos por uma lei que os beneficiou graças ao trabalho e ao empenho das nossas lideranças que permitiram con-cretizar essa iniciativa.

O SR. RODOVALHO (DEM – DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados; assessores que nos auxiliam; convidados presentes nesta sessão; brasileiros que nos assistem pela TV Câmara e nos ouvem pela Rádio Câmara pelo Brasil afora; Sr. Presidente, nobre Deputado Mauro Benevides, a quem cumprimento pela iniciativa desta sessão tão importante, trazendo mais um marco na história do País; Dr. Osmar Alves de Melo, Conselheiro da OAB, representando a OAB do Brasil; Padre José Ernanne Pinheiro, Assessor da CNBB; Dr. Luiz Gon-zaga de Assis, Vice-Presidente da Casa do Ceará, em Brasília; Dra. Tereza Fátima Bezerra, Professora da Fundação Leandro Bezerra, de Juazeiro do Norte; Dr. Sávio Bezerra, Vereador do PTB, de Juazeiro do Norte, representando a União dos Vereadores do Ceará.

Gostaria de dizer, nesta tarde, poucas palavras a respeito deste momento tão importante que vivencia-mos nesta Casa. Dos 590 Parlamentares, entre efetivos e suplentes que participaram da elaboração da atual Constituição, 42 ainda estão no exercício do manda-to da Câmara dos Deputados. Um deles é V.Exa., 1º Vice-Presidente da Assembléia Nacional Constituin-te, que hoje viveu momento tão importante, dando continuidade a essa história viva, trazendo ao Brasil essa herança, esse legado tão importante, chamado Constituição Cidadã.

Após 21 anos de regime militar e a campanha das Diretas Já, a Nação clamava por uma Carta Magna

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60590 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

que promovesse a transição para a democracia com eleições diretas em todos os níveis.

A aproximação do dia 05 de outubro do próximo ano de 2008, remete-nos a uma reflexão sobre a im-portância dessa data histórica que assinala os 20 anos da Constituição de 1988. Nesse sentido, a Câmara dos Deputados promoverá uma agenda que refletirá, após esse período de 20 anos, o real significado desse ordenamento constitucional para o País. Haverá uma série de eventos, publicações e outras ações, que já começaram a partir de 04 de outubro passado, esten-dendo-se até o próximo aNº

Sr. Presidente, uma Nação, como já sabemos, é constituída por uma Carta Magna praticamente sa-grada e por instituições muito bem estabelecidas. As nações desenvolvidas nos mostram que quanto mais evoluído é um povo e quanto mais amadurecida é uma nação, mais Estado esta nação tem e menos goverNº Quanto mais subdesenvolvido ou incipiente é o estágio de um país, mais interferência ele possui do governo e mais frágeis são suas instituições e sua Carta, cha-mada Constituição.

Sr. Presidente, o Deputado Alceni Guerra usou da tribuna há alguns instantes, falando e abrindo a sua alma e o seu coração sobre a necessidade de cami-nharmos para frente. Acredito que a geração de 1988, que trouxe a Carta Cidadã, foi de uma grandeza, um pioneirismo e uma valentia elogiáveis. Comandada pelo nosso herói, Dr. Ulysses Guimarães, nosso eterno Pre-sidente, a Carta Cidadã surgiu para garantir direitos e abrir caminhos até então inexistentes.

Estamos em 2007. As necessidades, a socieda-de e o mundo mudaram. A realidade hoje é outra, e o mundo muda numa velocidade tremenda, o que nos traz a responsabilidade agora de ter a coragem que as gerações passadas tiveram para criar a Constitui-ção Cidadã. Que tenhamos coragem para fazer as mudanças que por acaso se fizerem necessárias. Não podemos fazer de uma Constituição uma peça estática. Ela reflete a fotografia de um momento. A sociedade, nas circunstâncias da época, tem suas demandas e aspirações. Hoje o mundo mudou. Precisamos refor-mar esta Carta, atualizá-la. Precisamos de reformas como essas que estão aí praticamente a entrar na nossa pauta, como a reforma política, muito bem lem-brada pelo nosso nobre Deputado Jofran Frejat, para que não permitamos a interferência de outros Poderes no quesito de nossas responsabilidades. Existe nesta Casa a responsabilidade, o compromisso, a serieda-de, a maturidade – falo não apenas pela Câmara dos Deputados, mas pelo Congresso brasileiro – de poder fazer o desenho constitucional de que este País neces-sita. Não podemos abrir mão dele. Não nos podemos

jamais omitir para que outros Poderes possam ocupar de alguma forma o espaço que nos é sagrado, que nos foi devotado pelo povo por meio do voto.

Sr. Presidente, comemoramos a nossa Carta Cidadã, mas precisamos caminhar para frente. Hoje temos um Brasil praticamente no apartheid. Temos 2 Nações que choram em um só País. De um lado, temos uma Nação rica, privilegiada. Do outro lado, temos uma Nação sofrendo necessidades, lutando para ser integrada socialmente e eliminar as barrei-ras e dificuldades. Esta Carta precisa ser revista sob a ótica da perspectiva atual da vida e das instituições que nos governam.

Portanto, Sr. Presidente, neste momento, gostaria de agradecer a Deus, a sociedade, a toda esta Nação que luta e faz com que o Brasil seja o País maravilho-so que é. Contudo, temos enormes demandas. Que tenhamos a coragem, a honradez para promover as mudanças que se fazem necessárias. Temos respostas a dar ao nosso povo. Espero que não nos omitamos. A omissão é o maior de todos os pecados. A omissão é a arma do covarde. Esta Casa tem aqui homens e mulheres responsáveis, cidadãos à altura para enfren-tar essa demanda e com coragem para mudar o que precisa ser mudado neste País, para que o Brasil de amanhã seja melhor do que o Brasil de hoje e não seja apenas saudosista. O passado é maravilhoso quando ele apenas nos ensina a história. O presente e o futuro precisam sempre ser melhores do que o passado.

Muito obrigado e parabéns a V.Exa. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Sras.

e Srs. Deputados, ilustres convidados, chegamos aos instantes finais desta sessão. O apelo do nobre Depu-tado Rodovalho, o último a ocupar a tribuna na sessão de hoje, será certamente acolhido por todos nós que compomos a Câmara dos Deputados – 513 Depu-tados que compõem este plenário. Na tarde de hoje, ouvimos todas essas manifestações que certamente haverão de nos conduzir para que corrijamos algu-mas imperfeições da própria Carta. Ainda mais porque nós, Constituintes, já admitíramos que, no período de 5 anos, se processaria a revisão da Carta. Se é certo que a revisão de 1993 não foi aquela que garantiu a aplicabilidade de numerosos dispositivos que com-põem o texto da Carta Cidadã, mas se fez algo para aprimorar o seu texto.

Contudo, é indispensável que envidemos esforços objetivando tornar a aplicabilidade de numerosos dis-positivos que aí estão à espera da nossa argúcia, da nossa sensibilidade e, sobretudo, do esforço comum de Senadores e Deputados, para que terminemos a elaboração da Carta. Se 58 emendas já foram acres-centadas ao texto original, outros dispositivos precisam

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60591

também receber uma reformulação e haveremos de fazê-lo. Nessa comemoração dos 20 anos que a par-tir de hoje se inicia, realizaremos esse trabalho. Será um trabalho ingente, hercúleo mesmo, mas vai coroar o esforço dos Constituintes de 1987/1988, para que a nossa Carta continue a ser respeitada. Como dizia Ulysses Guimarães, descumpri-la nunca. Então, vamos envidar esforços para atender a esse objetivo que se ouviu na manifestação de tantos oradores.

Agradeço ao nobre Deputado Arnon Bezerra, que, como membro da Mesa, representou nesta solenida-de o Presidente Arlindo Chinaglia e transferiu a mim, por uma faculdade regimental e tradição da Casa, a prerrogativa de conduzir esses trabalhos.

Tantas e seguidas vezes ocupei esta cadeira para substituir o grande brasileiro Ulysses Guimarães – nas ausências momentâneas; por 15 dias, quando por razões de saúde foi submetido àquela angioplas-tia em São Paulo; e durante o período em que S.Exa. assumiu a Presidência da República, substituindo o grande brasileiro José Sarney, responsável pela tran-sição indiscutivelmente tranqüila vivenciada pelo País que nos permitiu o almejado reencontro com o Estado Democrático de Direito.

Agradeço a todos por terem vindo abrilhantar esta solenidade e, sobretudo, aos 10 Deputados que, ao ocuparem a tribuna, trouxeram a certeza de que iremos batalhar em conjunto para aprimorar nossa Carta e fazê-la respeitada por todos os segmentos da sociedade brasileira.

V – ENCERRAMENTOO SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Nada

mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.O SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) – Está

encerrada a sessão.

(Encerra-se a sessão às 17 horas e 18 minutos.)

PARECERES

PROJETO DE LEI Nº 5.939-D, DE 2005 (Do Poder Executivo)

Mensagem Nº 604/2005 Aviso Nº 983/2005 – C. Civil

Acrescenta o inciso XXVII ao art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Cons-tituição Federal, institui normas para licita-ções e contratos da Administração Pública e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Relações Exteriores e de

Defesa Nacional, pela aprovação (relator: DEP. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO); da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovação (relator: DEP. CORONEL ALVES); da Comissão de Finanças e Tributação, pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não ca-bendo pronunciamento quanto à adequa-ção financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação (relator: DEP. GUILHERME CAMPOS; e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionali-dade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda (relator: DEP. WILLIAM WOO).

Despacho: Às Comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação (Mérito E Art. 54, RICD) e Constitui-ção e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão De Constitui-ção e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

O presente projeto é de iniciativa do Ministério da Defesa e tem por objetivo acrescentar dispositivo à Lei 8.666/93 (Lei de Licitações) para tornar dispensável a licitação “na aquisição de bens e contratação de servi-ços para atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente justificadas, quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante, e ratificadas pelo Comandante da Força”.

Tramitando inicialmente na CREDN, o projeto foi aprovado por unanimidade, conforme parecer do relator, Deputado Antônio Carlos Pannunzio. Em seguida, na CTASP, o projeto recebeu nova aprovação unânime de acordo com o parecer do Deputado Coronel Alves.

Por fim, a Comissão de Finanças e Tributação en-tendeu, também por unanimidade, pela “não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação do Projeto de Lei nº 5.939-B-05, nos termos do parecer do relator, Deputado Guilherme Campos”.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Tendo em vista as atribuições regimentais da CCJC (art. 32, IV, alínea a do Regimento Interno),

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60592 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

cabe inicialmente ressaltar que, do ponto de vista da constitucionalidade formal, o projeto não apresenta quaisquer vícios, visto que compete à União legis-lar privativamente sobre normas gerais de licitação e contratação, consoante o exposto no art. 22, XXVII, da Constituição Federal.

Em segundo lugar, a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, demonstra que a iniciativa legisla-tiva do Ministério da Defesa no presente Projeto de Lei não se encontra eivada de qualquer vício. Para melhor expor tal compreensão, cabe colacionar o artigo 11 e 15, inciso II, da referida Lei Complementar:

“Art. 11. Compete ao Estado-Maior de Defesa elaborar o planejamento do emprego combinado das Forças Armadas e assessorar o Ministro de Estado da Defesa na condução dos exercícios combinados e quanto à atuação de forças brasileiras em operações de paz, além de outras atribuições que lhe forem estabele-cidas pelo Ministro de Estado da Defesa.”

“Art. 15 O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na parti-cipação em operações de paz, é de respon-sabilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de subordinação:

...............................................................II – diretamente ao Ministro de Estado

da Defesa, para fim de adestramento, em ope-rações combinadas, ou quando da participa-ção brasileira em operações de paz.” (grifos aditados)

Há que se fazer, no entanto, apenas uma ressal-va quanto à sua redação. Conforme bem observado pelo Deputado Coronel Alves em seu parecer, o inciso proposto pelo presente projeto de lei deve ser renu-merado de XXVII para XXIX, pois a Lei 11.196/05 e a Medida Provisória 352/07, convertida na Lei 11.484/07, já acrescentaram os incisos XXVII e XXVIII ao art. 24 da Lei 8.666/93.

Isto posto, meu parecer é pela constitucionali-dade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa com a emenda anexa.

Sala das Comissões, 17 de outubro de 2007. – Deputado William Woo, Relator.

EMENDA DO RELATOR

Art. 1º. Renumere-se, no art. 1º do PL nº 5.939 de 2005, o inciso XXVII, a ser acrescido ao artigo 24 da Lei 8.666/93, para XXIX.

Art. 2º. Dê-se à ementa do Projeto de Lei nº 5.939 de 2005 a seguinte redação:

“Acrescenta o inciso XXIX ao art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que re-gulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constitui-ção Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.”

Sala da Comissão, 17 de outubro de 2007. – Depu-tado William Woo, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda (apresentada pelo Relator), do Projeto de Lei nº 5.939-C/2005, nos termos do Parecer do Relator, Deputado William Woo.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Leonardo Picciani – Presidente, Mendes Ribeiro Filho, Neucimar Fraga e Marcelo Itagiba – Vice-Presidentes, Antonio Carlos Magalhães Neto, Bonifácio de Andrada, Cândido Vaccarezza, Colbert Martins, Edmar Morei-ra, Edson Aparecido, Efraim Filho, Felipe Maia, Flávio Dino, Francisco Tenorio, Geraldo Pudim, Gerson Pe-res, Indio da Costa, João Paulo Cunha, José Genoíno, José Mentor, Magela, Maurício Quintella Lessa, Mauro Benevides, Mendonça Prado, Moreira Mendes, Nelson Pellegrino, Nelson Trad, Odair Cunha, Paes Landim, Paulo Magalhães, Paulo Maluf, Paulo Teixeira, Pro-fessor Victorio Galli, Regis de Oliveira, Renato Amary, Roberto Magalhães, Sérgio Barradas Carneiro, Silvi-nho Peccioli, Valtenir Pereira, Vicente Arruda, Vilson Covatti, Vital do Rêgo Filho, Wolney Queiroz, Alexan-dre Silveira, André de Paula, Antônio Carlos Biffi, Beto Albuquerque, Chico Lopes, Eduardo Cunha, Fernando Coruja, George Hilton, Gonzaga Patriota, Hugo Leal, Iriny Lopes, Luiz Couto, Paulo Bornhausen, Ricardo Tripoli, Rubens Otoni, Severiano Alves e Veloso.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Depu-tado Leonardo Picciani, Presidente.

PROJETO DE LEI Nº 6.742-A, DE 2006 (Do Sr. Vicentinho)

Autoriza o Poder Executivo a criar a Fundação Universidade Federal do Pontal – UNIPONTAL, região oeste de São Paulo, e dá outras providências; tendo parecer da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovação (relator: DEP. NELSON MARQUEZELLI).

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60593

Despacho: Às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educa-ção e Cultura; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD); e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público

I – Relatório

O Projeto sob comento concede autorização, ao Poder Executivo, para instituir a Fundação Universida-de Federal do Pontal – UNIPONTAL, com sede e foro no Município de Pirapozinho, Estado de São Paulo (art. 1º), bem como para praticar os atos necessários à implementação de tal providência (art. 6º).

A instituição terá por objetivo ministrar ensino superior de graduação e pós-graduação; desenvolver a pesquisa em diversas áreas do conhecimento; e promover a extensão universitária (art. 2º). O estatuto da UNIPONTAL deverá ser aprovado pela autoridade competente e a inscrição de seu ato constitutivo, no registro civil das pessoas jurídicas, lhe conferirá per-sonalidade jurídica (art. 3º).

O patrimônio da Fundação será formado por do-ações da União, dos Estados, dos Municípios e de en-tidades públicas ou particulares, bem como pelos bens e direitos que vier a adquirir (art. 4º), enquanto seus recursos financeiros provirão do orçamento federal; de auxílios e subvenções; da remuneração por serviços prestados; de operações creditícias e financeiras; e de outras receitas eventualmente auferidas (art. 5º).

Na justificação da proposta seu Autor informa que a região oeste do Estado de São Paulo, com po-pulação estimada em 2 milhões de habitantes, tem notória vocação comercial e agropecuária. Todavia, seu desenvolvimento econômico é comprometido pelo baixo volume de investimentos, especialmente no setor industrial. Tal situação poderia ser revertida ou amenizada mediante facilitação do acesso ao ensino público e gratuito.

Apresentada na legislatura anterior e arquivada ao término da mesma, a proposição foi desarquivada, a requerimento do Autor, no início da legislatura em cur-so. O prazo regimentalmente determinado transcorreu sem que fossem apresentadas emendas ao projeto.

II – Voto do Relator

Trata-se de autorização legislativa para que o Poder Executivo crie a Universidade Federal do Pontal – UNIPONTAL, sediada em Pirapozinho – SP.

Preliminarmente, cumpre ressaltar que a esta Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público cabe analisar, estritamente, o mérito da pro-posição, enquanto o exame dos aspectos de constitu-cionalidade, legalidade, juridicidade, regimentalidade e de técnica legislativa compete, privativamente, à Co-missão de Constituição e Justiça e de Cidadania. E o Regimento Interno desta Casa Legislativa preceitua, em seu art. 55, caput, que “a nenhuma Comissão cabe manifestar-se sobre o que não for de sua atribuição específica.” Por conseguinte, seguindo rigorosamente essa disposição regimental, restringimo-nos a discutir a conveniência e a oportunidade da proposta.

A descentralização da oferta de ensino público e gratuito é uma tendência irreversível, posto que, à toda evidência, contribui para a redução da desigual-dade social.

No caso específico, o Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística – IBGE estima a população de Pirapozinho, onde será sediada a universidade, em cerca de 23.000 habitantes. Contudo, a instituição de ensino proposta atenderá à população de inúmeros Municípios situados no Pontal do Paranapanema, es-pecialmente aqueles mais próximos como, por exem-plo, Anhumas, Regente Feijó, Presidente Prudente e Álvares Machado. Ainda mais porque a UNIPONTAL seria instalada à margem da Rodovia Assis Chateau-briand (SP-425).

Pelo exposto, voto pela aprovação integral do Projeto de Lei nº 6.742, de 2006.

Sala da Comissão, 10 de julho de 2007. – Depu-tado Nelson Marquezelli, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 6.742/2006, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Nelson Marquezelli.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Nelson Marquezelli – Presidente, Sabino Castelo

Branco, Wilson Braga e Paulo Rocha – Vice-Presiden-tes, Andreia Zito, Daniel Almeida, Edgar Moury, Edi-nho Bez, Eudes Xavier, José Carlos Vieira, Manuela D’ávila, Marco Maia, Mauro Nazif, Milton Monti, Ro-berto Santiago, Sandro Mabel, Tarcísio Zimmermann, Vicentinho, Carlos Alberto Canuto, Eduardo Barbosa, Eduardo Valverde, Iran Barbosa, João Oliveira, Nelson Pellegrino e Vanessa Grazziotin.

Sala da Comissão, 31 de outubro de 2007. – Deputado Sabino Castelo Branco, Presidente em exercício.

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60594 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

PROJETO DE LEI Nº 7.402-A, DE 2006 (Do Sr. Antônio Carlos Biffi)

Institui o dia 8 de julho como o Dia dos Trabalhadores em Massas Alimentícias; tendo parecer da Comissão de Educação e Cultura, pela aprovação (relator-substituto: DEP. SEVERIANO ALVES).

Despacho: Às Comissões de Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cida-dania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Educação e Cultura Parecer Vencedor

I – Relatório

O projeto de Lei em análise, de autoria do nobre Deputado Antônio Carlos Biffi, visa instituir o Dia dos Trabalhadores em Massas Alimentícias .

A tramitação dá-se conforme o disposto no art.24, II do Regimento Interno das Câmara dos Deputados.

A apreciação é conclusiva por parte desta Co-missão de Educação e Cultura.

Cumpridos os procedimentos e esgotados os pra-zos, não foram apresentadas emendas à proposição.

É o Relatório.

II – Voto do Relator

O nobre Deputado Dr. Ubiali, designado relator da matéria, em seu parecer, pronunciou-se pela rejei-ção do projeto, argumentando que “a criação de datas referentes a categorias profissionais ou grupos so-ciais, não é recomendada pela Súmula nº01/07 desta Comissão de Educação e Cultura-CEC, uma vez que face à amplitude do território brasileiro e diversidade dos Estados e Municípios, os costumes e as datas tradicionais podem diferir” e ainda que “a agenda das políticas públicas a serem examinadas pela Comissão de Educação e Cultura e pelo Plenário da Câmara dos Deputados perde o foco em temas prioritários como o acompanhamento da execução do Plano Nacional de Educação-PNE, a Reforma Universitária, o aper-feiçoamento das medidas do chamado Plano de De-senvolvimento da Educação-PDE e sua articulação com o PNE, o acompanhamento desta fase inicial de implementação do FUNDEB, e assim por diante.”

Muito embora, durante a discussão da matéria, não se tenha tirado a razão dos argumentos do nobre relator, com o fim de manter a coerência nas aprecia-ções das proposições ocorridas nesta data, o plenário julgou por bem rejeitar o parecer daquele parlamentar, já que projetos similares haviam sido aprovados pela Comissão.

Isto posto, tendo sido designado relator-substituto, para redigir o parecer vencedor, voto pela aprovação do Projeto de Lei nº 7.402, de 2006.

Sala da Comissão, 24 de outubro de 2007. – De-putado Severiano Alves, Relator-Substituto.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Educação e Cultura, em reunião extraordinária realizada hoje, concluiu pela aprovação do Projeto de Lei nº 7.402/06, nos termos do parecer vencedor do relator-substituto, Deputado Severiano Alves. O parecer do Deputado Dr. Ubiali passou a constituir voto em separado.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Gastão Vieira,Presidente; Maria do Rosário e

Osvaldo Reis – Vice-Presidentes; Alex Canziani, Alice Portugal, Angelo Vanhoni, Antonio Bulhões, Antônio Carlos Biffi, Ariosto Holanda, Átila Lira, Carlos Abica-lil, Clodovil Hernandes, Fátima Bezerra, Iran Barbosa, João Matos, Joaquim Beltrão, Lelo Coimbra, Lobbe Neto, Nice Lobão, Nilmar Ruiz, Paulo Renato Souza, Paulo Rubem Santiago, Professor Ruy Pauletti, Pro-fessor Setimo, Professora Raquel Teixeira, Raul Henry, Rogério Marinho, Severiano Alves, Waldir Maranhão, Angela Portela e Raimundo Gomes de Matos.

Sala da Comissão, 24 de outubro de 2007. – Depu-tado Gastão Vieira, Presidente.

VOTO EM SEPARADO

I – Relatório

O projeto de Lei em análise, de autoria do nobre Deputado Antônio Carlos Biffi, visa instituir o Dia dos Trabalhadores em Massas Alimentícias .

A tramitação dá-se conforme o disposto no art.24, II do Regimento Interno das Câmara dos Deputados.

A apreciação é conclusiva por parte desta Co-missão de Educação e Cultura.

Cumpridos os procedimentos e esgotados os pra-zos, não foram apresentadas emendas à proposição.

É o Relatório.

II – Voto

Embora seja louvável a iniciativa de homenagear os trabalhadores em massas alimentícias, acreditamos que a instituição de data comemorativa pelo Estado não é a maneira mais adequada de fazê-lo.

Tem sido recorrente a solicitação de elaboração de parecer favorável a proposições como a ora em exame.

Cabe destacar que a criação de datas referen-tes a categorias profissionais ou grupos sociais, não é recomendada pela Súmula nº01/07 desta Comissão de Educação e Cultura-CEC, uma vez que face à am-plitude do território brasileiro e diversidade dos Esta-

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Novembro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sábado 10 60595

dos e Municípios, os costumes e as datas tradicionais podem diferir. Ao mesmo tempo, da aprovação da lei não resultam maiores conseqüências jurídicas, em termos de incentivos ou sanções. Freqüentemente, a temática pode ter melhor encaminhamento no plano local e sob a iniciativa dos fóruns próprios da catego-ria. Neste sentido, várias categorias adotam datas co-memorativas, muitas vezes indicadas nas agendas e calendários comercializados ao fim de cada ano, sem a necessidade de lei editada pelo Estado.

Há que se considerar, ainda, que a agenda das políticas públicas a serem examinadas pela Comissão de Educação e Cultura e pelo Plenário da Câmara dos Deputados perde o foco em temas prioritários como o acompanhamento da execução do Plano Nacional de Educação-PNE, a Reforma Universitária, o aper-feiçoamento das medidas do chamado Plano de De-senvolvimento da Educação-PDE e sua articulação com o PNE, o acompanhamento desta fase inicial de implementação do FUNDEB, e assim por diante.

Diante do exposto, votamos pela rejeição do PL nº 7.402,de 2006.

Sala da Comissão, de setembro de 2007. – Depu-tado Dr Ubiali.

PROJETO DE LEI Nº 658-A, DE 2007 (Do Sr. Rodovalho)

Dispõe sobre o regime previdenciário e tributário do trabalhador por conta de pe-quena renda e dos nanoempreendedores, institui o Sistema Integrado de Pagamento de Tributos e Contribuições dos Trabalha-dores Independentes de Baixa Renda SIM-PLESMENTE TRABALHADOR e dá outras providências; tendo parecer da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, pela rejeição (relator: DEP. FER-NANDO LOPES e relator-Substituto: DEP. EVANDRO MILHOMEN).

Despacho: Às Comissões de Desen-volvimento Econômico, Indústria e Comércio; Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD); e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Publicação do Parecer da Comissão de Desenvol-vimento Econômico, Indústria e Comércio

Na reunião ordinária da Comissão de Desenvol-vimento Econômico, Indústria e Comércio, realizada no dia 24 de outubro de 2007, acatei o parecer do re-lator, Deputado Fernando Lopes, o qual transcrevo a seguir:

I – Relatório

Em 27 de junho de 2007, apresentamos Voto ao projeto em tela, ao qual constava como apenso o Pro-jeto de Lei nº 808, também de 2007.

Ocorre que, em 17 de julho, a Mesa Diretora da Câmara deferiu o requerimento do autor da proposi-ção apensa, no sentido de separar a tramitação dos projetos. Em decorrência desse fato, submetemos no-vamente nosso Voto a este Colegiado, agora apenas quanto ao projeto principal.

Reafirmando os termos do relatório anterior, tra-ta-se de proposta para dar tratamento diferenciado, simplificado e favorecido aos trabalhadores por conta própria de baixa renda e aos nanoempreendedores, quanto a tributos e contribuições previdenciárias, me-diante a instituição de um sistema integrado de paga-mento denominado Simplesmente Trabalhador.

O art. 2º define o trabalhador independente como aquele não vinculado a relações de subordinação e dependência a um empregador. O art. 3º estabelece a linha de abrangência da atuação do trabalhador in-dependente, que pode se dar tanto individualmente, recebendo de 2 ou mais clientes, podendo contar com apoio de auxiliares não remunerados, quanto na condi-ção de empreendedor, ao explorar atividade econômica e contando com auxiliares remunerados.

O art. 4º define como baixa renda, para o tra-balhador por conta própria, a receita bruta inferior ao limite de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Fí-sica. Já para o nanoempreendedor, tal renda é multi-plicada pelo número de pessoas remuneradas, até o limite de cinco.

O art. 5º fixa a adesão ao sistema como opcional e estabelece os impostos e contribuições abrangidos: Imposto de Renda da Pessoa Jurídica; Imposto de Renda da Pessoa Física; Imposto sobre Produtos In-dustrializados; Imposto sobre Exportação; Contribuição para o PIS/PASEP; Contribuição Social sobre o Lucro; Contribuição para o Financiamento da Seguridade So-cial; Contribuição Provisória sobre Movimentação Fi-nanceira; Contribuição para a Seguridade Social, tanto a parte da pessoa jurídica quanto a da pessoa física.

O art. 6º faculta a inclusão do ICMS e do ISS no sistema integrado desde que se assine convênio entre a União e os respectivos Estados e Municípios.

O art. 7º define a alíquota de 1,33% incidente sobre a receita bruta trimestral de cada trabalhador independente, sendo 0,13% destinada ao PIS/PASEP e 1,20% a Contribuição para a Seguridade Social a cargo da pessoa jurídica. O trabalhador independen-te também pode optar pela participação no FGTS, acrescentando uma contribuição de 8% sobre a sua remuneração.

O art. 11. estabelece as vedações para se aderir ao sistema: trabalhador por conta própria que, como

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60596 Sábado 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2007

pessoa física, seja obrigado a apresentar declaração anual de Imposto de Renda; o nanoempreendedor que tenha auferido, no ano anterior, receita bruta igual ou superior a R$ 60 mil; o nanoempreendedor cujo ne-gócio seja constituído sob a forma de sociedade por ações; o nanoempreendedor que participe com mais de 10% do capital de outra empresa.

O argumento principal do autor é de que a redu-ção de encargos incentivaria a formalização de uma série de atividades, que atualmente operam na infor-malidade.

No prazo regimental de cinco sessões não foram apresentadas emendas. Além desta Comissão, o projeto será apreciado pela Comissão de Trabalho, de Adminis-tração e Serviço Público, pela Comissão de Finanças e Tributação, inclusive no mérito, e pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Reafirmamos o entendimento que manifestamos no Voto apresentado em 27 de junho último. Naquela ocasião registramos que inúmeras vezes esta Casa e esta Comissão, em particular, enfatizaram o importante avanço, para as micro e pequenas empresas, repre-sentado pela instituição do Supersimples, por meio da Lei Complementar nº 123, de 2006. Ela aumentou a abrangência do Simples, ao incluir tributos estaduais e municipais, ampliou os segmentos beneficiados e unificou em uma única lei o tratamento favorecido às empresas de pequeno porte, constituindo um verdadeiro microsistema jurídico aplicável ao segmento.

Mais recentemente, a Lei Complementar nº 127, de 14 de agosto de 2007, aperfeiçoou alguns pontos da Lei Complementar nº 123, particularmente na con-tribuição para o INSS, parte do empregador, de alguns setores, na incidência de ICMS nas fronteiras dos Es-tados, entre outros ajustes pontuais.

Faltou, contudo, tratamento mais favorável aos empreendedores extremamente pequenos, o que o projeto em tela denomina de “nanoempreendedores”. O Supersimples tratou da mesma forma empresas que faturam R$ 10 mil ou R$ 100 mil anuais, em ambos os casos aplicando a alíquota de 4% sobre a receita bruta anual, sendo o percentual de 1,25 destinado ao ICMS (no caso do comércio). Retirando o tributo estadual, uma vez que a proposta em discussão não o contempla diretamente (depende de convênio, nos moldes do antigo Simples), a alíquota vigente passível de comparação com a alíquota proposta é de 2,75%, que é alta se comparada aos 1,33% de alíquota para os que faturarem menos de R$ 16 mil em 2007, como proposto pelo projeto em análise.

Cabe lembrar que, em 2004, foi apresentado o Projeto de Lei Complementar nº 210, de 2004, que

abrangia exatamente essa categoria, no caso, empresas com faturamento até R$ 30 mil anuais, com alíquota de 3% sobre a receita bruta. Ao longo da tramitação, após intensas negociações, optou-se pela sua incorporação ao Supersimples, com alíquota de 4% para faturamento até R$ 120 mil anuais, conforme afirmado anteriormente. Basicamente, argumentou-se que uma alíquota menor seria quase uma isenção, o que não satisfaria as ne-cessidades atuariais da Previdência Social.

Parece-nos que o caminho de retirar os “nanoem-preendedores” do Supersimples, colocando-os numa lei à parte, não seria o melhor. Uma opção mais interes-sante consistiria na instituição de uma nova alíquota, mais baixa, para as faixas de faturamento até R$ 16 mil, dentro da Lei Complementar nº 123, de 2006. Para tanto, seria necessário um projeto de lei complementar e não de lei ordinária, como a proposição em epígra-fe. Naturalmente esse tipo de questão será analisado com muito mais competência pela douta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Questões jurídicas à parte, no mérito, não nos parece a solução mais adequada o tratamento sepa-rado, uma vez que a Lei Complementar nº 123, de 2006, foi resultado de um grande esforço para unifi-car um regime mais favorecido em diversos campos, incluindo o tributário, o trabalhista, o previdenciário, o acesso a compras públicas, a redução de burocracia, entre outros temas. Abrir outras frentes representa-ria, em nosso juízo, um retrocesso, razão por que não acompanhamos a presente proposição.

Ante o exposto, reafirmamos a nossa manifesta-ção anterior, votando pela rejeição do Projeto de Lei nº 658, de 2007.

Sala da Comissão, 24 de outubro de 2007. – Depu-tado Fernando Lopes, Relator, Deputado Evandro Milhomen, Relator Substituto.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, em reunião ordinária realizada hoje, rejeitou o Projeto de Lei nº 658/2007, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Fernando Lopes, e do Relator-Substituto, Deputado Evandro Milhomen.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Wellington Fagundes – Presidente, Albano Franco,

Antônio Andrade e Vanderlei Macris – Vice-Presiden-tes, Dr. Adilson Soares, Dr. Ubiali, Evandro Milhomen, Fernando de Fabinho, João Maia, Jurandil Juarez, Mi-guel Corrêa Jr., Osório Adriano, Renato Molling, Carlos Eduardo Cadoca, Celso Maldaner, Leandro Sampaio, Rocha Loures e Vicentinho Alves.

Sala da Comissão, 24 de outubro de 2007. – Depu-tado Wellington Fagundes, Presidente.

SEÇÃO II

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MESA DIRETORAPresidente:ARLINDO CHINAGLIA - PT - SP1º Vice-Presidente:NARCIO RODRIGUES - PSDB - MG2º Vice-Presidente:INOCÊNCIO OLIVEIRA - PR - PE1º Secretário:OSMAR SERRAGLIO - PMDB - PR2º Secretário:CIRO NOGUEIRA - PP - PI3º Secretário:WALDEMIR MOKA - PMDB - MS4º Secretário:JOSÉ CARLOS MACHADO - DEM - SE1º Suplente de Secretário:MANATO - PDT - ES2º Suplente de Secretário:ARNON BEZERRA - PTB - CE3º Suplente de Secretário:ALEXANDRE SILVEIRA - PPS - MG4º Suplente de Secretário:DELEY - PSC - RJ

LÍDERES E VICE-LÍDERES

Bloco PMDB, PSC, PTCLíder: HENRIQUE EDUARDO ALVES

Vice-Líderes:Edinho Bez, Elcione Barbalho, Fátima Pelaes, Lelo Coimbra,Leonardo Quintão, Maria Lúcia Cardoso, Natan Donadon, TadeuFilippelli, Vital do Rêgo Filho, Bernardo Ariston, Colbert Martins,Edson Ezequiel, Cezar Schirmer, Celso Maldaner, Filipe Pereira,Hugo Leal, Francisco Rossi, Rita Camata, Marcelo GuimarãesFilho, Darcísio Perondi, Mauro Benevides, Pedro Novais, MendesRibeiro Filho, Eunício Oliveira e Rocha Loures.

PTLíder: LUIZ SÉRGIO

Vice-Líderes:Andre Vargas, Anselmo de Jesus, Carlos Zarattini, DalvaFigueiredo, Décio Lima, Domingos Dutra, Elismar Prado, EudesXavier, Magela, Iriny Lopes, José Eduardo Cardozo, JosephBandeira, Leonardo Monteiro, Marco Maia, Maurício Rands,Nazareno Fonteles, Nelson Pellegrino, Reginaldo Lopes,Vicentinho, Tarcísio Zimmermann e Devanir Ribeiro.

Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN, PHS, PRBLíder: PAULO PEREIRA DA SILVA

Vice-Líderes:Márcio França (1º Vice), Rodrigo Rollemberg, Dr. Ubiali, ManoelJunior, Rogério Marinho, Ribamar Alves, Marcelo Serafim, CiroGomes, Silvio Costa, Reinaldo Nogueira, Miro Teixeira, BrizolaNeto, Barbosa Neto, Mário Heringer, Marcos Medrado, RenildoCalheiros, Flávio Dino e Perpétua Almeida.

DEMLíder: ONYX LORENZONI

Vice-Líderes:Antonio Carlos Magalhães Neto (1º Vice), Guilherme Campos,José Carlos Aleluia, Ronaldo Caiado, Abelardo Lupion, RobertoMagalhães, Claudio Cajado, André de Paula, Marcio Junqueira,João Oliveira, Fernando de Fabinho, Paulo Bornhausen, Indio daCosta, Eduardo Sciarra e Dr. Pinotti.

PSDBLíder: ANTONIO CARLOS PANNUNZIO

Vice-Líderes:Leonardo Vilela (1º Vice), Arnaldo Madeira, Bruno Rodrigues,Carlos Brandão, Emanuel Fernandes, Gustavo Fruet, Jutahy

Junior, Lobbe Neto, Luiz Paulo Vellozo Lucas, Paulo RenatoSouza, Raimundo Gomes de Matos, Rodrigo de Castro, VanderleiMacris e Eduardo Gomes.

PRLíder: LUCIANO CASTRO

Vice-Líderes:José Carlos Araújo (1º Vice), Aelton Freitas, Gorete Pereira,Sandro Mabel, Vicentinho Alves, José Rocha, Lincoln Portela, LeoAlcântara, Lucenira Pimentel, Maurício Quintella Lessa e Dr.Adilson Soares.

PPLíder: MÁRIO NEGROMONTE

Vice-Líderes:Benedito de Lira (1º Vice), Antonio Cruz, José Linhares, LuizFernando Faria, Pedro Henry, Rebecca Garcia, Ricardo Barros,Roberto Balestra (Licenciado), Simão Sessim, Vadão Gomes eVilson Covatti.

PTBLíder: JOVAIR ARANTES

Vice-Líderes:Sérgio Moraes (1º Vice), Arnaldo Faria de Sá, Pastor ManoelFerreira, Armando Abílio e Paes Landim.

PVLíder: SARNEY FILHO

Vice-Líderes:Edson Duarte, Roberto Santiago, Antônio Roberto e José PauloTóffano.

PPSLíder: FERNANDO CORUJA

Vice-Líderes:Arnaldo Jardim (1º Vice), Moreira Mendes, Geraldo Thadeu eRaul Jungmann.

Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD

PSOLRepr.:

PTdoBRepr.: VINICIUS CARVALHO

PRTBRepr.: JUVENIL ALVES

Liderança do GovernoLíder: JOSÉ MÚCIO MONTEIRO

Vice-Líderes:Beto Albuquerque, Henrique Fontana, Wilson Santiago, MiltonMonti e Ricardo Barros.

Liderança da MinoriaLíder: ZENALDO COUTINHO

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DEPUTADOS EM EXERCÍCIO

RoraimaAngela Portela - PTEdio Lopes - PMDBFrancisco Rodrigues - DEMLuciano Castro - PRMarcio Junqueira - DEMMaria Helena - PSBNeudo Campos - PPUrzeni Rocha - PSDB

AmapáDalva Figueiredo - PTDavi Alcolumbre - DEMEvandro Milhomen - PCdoBFátima Pelaes - PMDBJanete Capiberibe - PSBJurandil Juarez - PMDBLucenira Pimentel - PRSebastião Bala Rocha - PDT

ParáAsdrubal Bentes - PMDBBel Mesquita - PMDBBeto Faro - PTElcione Barbalho - PMDBGerson Peres - PPGiovanni Queiroz - PDTJader Barbalho - PMDBLira Maia - DEMLúcio Vale - PRNilson Pinto - PSDBPaulo Rocha - PTVic Pires Franco - DEMWandenkolk Gonçalves - PSDBWladimir Costa - PMDBZé Geraldo - PTZenaldo Coutinho - PSDBZequinha Marinho - PMDB

AmazonasÁtila Lins - PMDBCarlos Souza - PPMarcelo Serafim - PSBPraciano - PTRebecca Garcia - PPSabino Castelo Branco - PTBSilas Câmara - PSCVanessa Grazziotin - PCdoB

RondôniaAnselmo de Jesus - PTEduardo Valverde - PTErnandes Amorim - PTBLindomar Garçon - PVMarinha Raupp - PMDBMauro Nazif - PSBMoreira Mendes - PPSNatan Donadon - PMDB

AcreFernando Melo - PTFlaviano Melo - PMDBGladson Cameli - PPHenrique Afonso - PTIlderlei Cordeiro - PPSNilson Mourão - PTPerpétua Almeida - PCdoBSergio Petecão - PMN

TocantinsEduardo Gomes - PSDBJoão Oliveira - DEMLaurez Moreira - PSBLázaro Botelho - PPMoises Avelino - PMDB

Nilmar Ruiz - DEMOsvaldo Reis - PMDBVicentinho Alves - PR

MaranhãoCarlos Brandão - PSDBCleber Verde - PRBClóvis Fecury - DEMDavi Alves Silva Júnior - PDTDomingos Dutra - PTFlávio Dino - PCdoBGastão Vieira - PMDBJulião Amin - PDTNice Lobão - DEMPedro Fernandes - PTBPedro Novais - PMDBPinto Itamaraty - PSDBProfessor Setimo - PMDBRibamar Alves - PSBRoberto Rocha - PSDBSarney Filho - PVSebastião Madeira - PSDBWaldir Maranhão - PP

CearáAníbal Gomes - PMDBAriosto Holanda - PSBArnon Bezerra - PTBChico Lopes - PCdoBCiro Gomes - PSBEudes Xavier - PTEugênio Rabelo - PPEunício Oliveira - PMDBFlávio Bezerra - PMDBGorete Pereira - PRJosé Airton Cirilo - PTJosé Guimarães - PTJosé Linhares - PPJosé Pimentel - PTLeo Alcântara - PRManoel Salviano - PSDBMarcelo Teixeira - PRMauro Benevides - PMDBPaulo Henrique Lustosa - PMDBRaimundo Gomes de Matos - PSDBVicente Arruda - PRZé Gerardo - PMDB

PiauíAlberto Silva - PMDBÁtila Lira - PSBB. Sá - PSBCiro Nogueira - PPJúlio Cesar - DEMMarcelo Castro - PMDBMussa Demes - DEMNazareno Fonteles - PTOsmar Júnior - PCdoBPaes Landim - PTB

Rio Grande do NorteBetinho Rosado - DEMFábio Faria - PMNFátima Bezerra - PTFelipe Maia - DEMHenrique Eduardo Alves - PMDBJoão Maia - PRRogério Marinho - PSBSandra Rosado - PSB

ParaíbaArmando Abílio - PTBDamião Feliciano - PDTEfraim Filho - DEMLuiz Couto - PTManoel Junior - PSB

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Marcondes Gadelha - PSBRômulo Gouveia - PSDBVital do Rêgo Filho - PMDBWalter Brito Neto - PRBWellington Roberto - PRWilson Braga - PMDBWilson Santiago - PMDB

PernambucoAna Arraes - PSBAndré de Paula - DEMArmando Monteiro - PTBBruno Araújo - PSDBBruno Rodrigues - PSDBCarlos Eduardo Cadoca - PSCCarlos Wilson - PTEdgar Moury - PMDBEduardo da Fonte - PPFernando Coelho Filho - PSBFernando Ferro - PTGonzaga Patriota - PSBInocêncio Oliveira - PRJosé Mendonça Bezerra - DEMJosé Múcio Monteiro - PTBMarcos Antonio - PRBMaurício Rands - PTPaulo Rubem Santiago - PTPedro Eugênio - PTRaul Henry - PMDBRaul Jungmann - PPSRenildo Calheiros - PCdoBRoberto Magalhães - DEMSilvio Costa - PMNWolney Queiroz - PDT

AlagoasAugusto Farias - PTBBenedito de Lira - PPCarlos Alberto Canuto - PMDBCristiano Matheus - PMDBFrancisco Tenorio - PMNGivaldo Carimbão - PSBJoaquim Beltrão - PMDBMaurício Quintella Lessa - PROlavo Calheiros - PMDB

SergipeAlbano Franco - PSDBEduardo Amorim - PSCIran Barbosa - PTJackson Barreto - PMDBJerônimo Reis - DEMJosé Carlos Machado - DEMMendonça Prado - DEMValadares Filho - PSB

BahiaAlice Portugal - PCdoBAntonio Carlos Magalhães Neto - DEMClaudio Cajado - DEMColbert Martins - PMDBDaniel Almeida - PCdoBEdigar Mão Branca - PVEdson Duarte - PVFábio Souto - DEMFélix Mendonça - DEMFernando de Fabinho - DEMGuilherme Menezes - PTJoão Almeida - PSDBJoão Carlos Bacelar - PRJoão Leão - PPJorge Khoury - DEMJosé Carlos Aleluia - DEMJosé Carlos Araújo - PRJosé Rocha - PR

Joseph Bandeira - PTJusmari Oliveira - PRJutahy Junior - PSDBLídice da Mata - PSBLuiz Bassuma - PTLuiz Carreira - DEMMarcelo Guimarães Filho - PMDBMarcos Medrado - PDTMário Negromonte - PPMaurício Trindade - PRNelson Pellegrino - PTPaulo Magalhães - DEMRoberto Britto - PPSérgio Barradas Carneiro - PTSérgio Brito - PDTSeveriano Alves - PDTTonha Magalhães - PRUldurico Pinto - PMNVeloso - PMDBWalter Pinheiro - PTZezéu Ribeiro - PT

Minas GeraisAdemir Camilo - PDTAelton Freitas - PRAlexandre Silveira - PPSAntônio Andrade - PMDBAntônio Roberto - PVAracely de Paula - PRBilac Pinto - PRBonifácio de Andrada - PSDBCarlos Melles - DEMCarlos Willian - PTCCiro Pedrosa - PVEdmar Moreira - DEMEduardo Barbosa - PSDBElismar Prado - PTFábio Ramalho - PVFernando Diniz - PMDBGeorge Hilton - PPGeraldo Thadeu - PPSGilmar Machado - PTHumberto Souto - PPSJaime Martins - PRJairo Ataide - DEMJô Moraes - PCdoBJoão Bittar - DEMJoão Magalhães - PMDBJosé Fernando Aparecido de Oliveira - PVJosé Santana de Vasconcellos - PRJúlio Delgado - PSBJuvenil Alves - PRTBLael Varella - DEMLeonardo Monteiro - PTLeonardo Quintão - PMDBLincoln Portela - PRLuiz Fernando Faria - PPMárcio Reinaldo Moreira - PPMarcos Montes - DEMMaria do Carmo Lara - PTMaria Lúcia Cardoso - PMDBMário de Oliveira - PSCMário Heringer - PDTMauro Lopes - PMDBMiguel Corrêa Jr. - PTMiguel Martini - PHSNarcio Rodrigues - PSDBOdair Cunha - PTPaulo Abi-ackel - PSDBPaulo Piau - PMDBRafael Guerra - PSDBReginaldo Lopes - PT

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Rodrigo de Castro - PSDBSaraiva Felipe - PMDBVirgílio Guimarães - PTVitor Penido - DEM

Espírito SantoCamilo Cola - PMDBIriny Lopes - PTJurandy Loureiro - PSCLelo Coimbra - PMDBLuiz Paulo Vellozo Lucas - PSDBManato - PDTNeucimar Fraga - PRRita Camata - PMDBRose de Freitas - PMDBSueli Vidigal - PDT

Rio de JaneiroAlexandre Santos - PMDBAndreia Zito - PSDBArnaldo Vianna - PDTAyrton Xerez - DEMBernardo Ariston - PMDBBrizola Neto - PDTCarlos Santana - PTChico Alencar - PSOLChico D'angelo - PTCida Diogo - PTDeley - PSCDr. Adilson Soares - PRDr. Paulo César - PREdmilson Valentim - PCdoBEdson Ezequiel - PMDBEdson Santos - PTEduardo Cunha - PMDBEduardo Lopes - PSBFelipe Bornier - PHSFernando Gabeira - PVFernando Lopes - PMDBFilipe Pereira - PSCGeraldo Pudim - PMDBHugo Leal - PSCIndio da Costa - DEMJair Bolsonaro - PPJorge Bittar - PTLeandro Sampaio - PPSLéo Vivas - PRBLeonardo Picciani - PMDBLuiz Sérgio - PTMarcelo Itagiba - PMDBMarina Maggessi - PPSMiro Teixeira - PDTNeilton Mulim - PRNelson Bornier - PMDBOtavio Leite - PSDBPastor Manoel Ferreira - PTBRodrigo Maia - DEMRogerio Lisboa - DEMSilvio Lopes - PSDBSimão Sessim - PPSolange Almeida - PMDBSolange Amaral - DEMSuely - PRVinicius Carvalho - PTdoB

São PauloAbelardo Camarinha - PSBAldo Rebelo - PCdoBAline Corrêa - PPAntonio Bulhões - PMDBAntonio Carlos Mendes Thame - PSDBAntonio Carlos Pannunzio - PSDBAntonio Palocci - PTArlindo Chinaglia - PT

Arnaldo Faria de Sá - PTBArnaldo Jardim - PPSArnaldo Madeira - PSDBBeto Mansur - PPCândido Vaccarezza - PTCarlos Sampaio - PSDBCarlos Zarattini - PTCelso Russomanno - PPCláudio Magrão - PPSClodovil Hernandes - PRDevanir Ribeiro - PTDr. Nechar - PVDr. Pinotti - DEMDr. Talmir - PVDr. Ubiali - PSBDuarte Nogueira - PSDBEdson Aparecido - PSDBEmanuel Fernandes - PSDBFernando Chucre - PSDBFrancisco Rossi - PMDBFrank Aguiar - PTBGuilherme Campos - DEMIvan Valente - PSOLJanete Rocha Pietá - PTJilmar Tatto - PTJoão Dado - PDTJoão Paulo Cunha - PTJorge Tadeu Mudalen - DEMJorginho Maluly - DEMJosé Aníbal - PSDBJosé Eduardo Cardozo - PTJosé Genoíno - PTJosé Mentor - PTJosé Paulo Tóffano - PVJulio Semeghini - PSDBLobbe Neto - PSDBLuciana Costa - PRLuiza Erundina - PSBMarcelo Ortiz - PVMárcio França - PSBMichel Temer - PMDBMilton Monti - PRNelson Marquezelli - PTBPaulo Maluf - PPPaulo Pereira da Silva - PDTPaulo Renato Souza - PSDBPaulo Teixeira - PTRegis de Oliveira - PSCReinaldo Nogueira - PDTRenato Amary - PSDBRicardo Berzoini - PTRicardo Izar - PTBRicardo Tripoli - PSDBRoberto Santiago - PVSilvinho Peccioli - DEMSilvio Torres - PSDBVadão Gomes - PPValdemar Costa Neto - PRVanderlei Macris - PSDBVicentinho - PTWalter Ihoshi - DEMWilliam Woo - PSDB

Mato GrossoCarlos Abicalil - PTEliene Lima - PPHomero Pereira - PRPedro Henry - PPProfessor Victorio Galli - PMDBThelma de Oliveira - PSDBValtenir Pereira - PSBWellington Fagundes - PR

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Distrito FederalAugusto Carvalho - PPSJofran Frejat - PRLaerte Bessa - PMDBMagela - PTOsório Adriano - DEMRodovalho - DEMRodrigo Rollemberg - PSBTadeu Filippelli - PMDB

GoiásCarlos Alberto Leréia - PSDBChico Abreu - PRÍris de Araújo - PMDBJoão Campos - PSDBJovair Arantes - PTBLeandro Vilela - PMDBLeonardo Vilela - PSDBLuiz Bittencourt - PMDBMarcelo Melo - PMDBPedro Chaves - PMDBPedro Wilson - PTProfessora Raquel Teixeira - PSDBRonaldo Caiado - DEMRubens Otoni - PTSandes Júnior - PPSandro Mabel - PRTatico - PTB

Mato Grosso do SulAntônio Carlos Biffi - PTAntonio Cruz - PPDagoberto - PDTGeraldo Resende - PMDBNelson Trad - PMDBVander Loubet - PTWaldemir Moka - PMDBWaldir Neves - PSDB

ParanáAbelardo Lupion - DEMAffonso Camargo - PSDBAirton Roveda - PRAlceni Guerra - DEMAlex Canziani - PTBAlfredo Kaefer - PSDBAndre Vargas - PTAngelo Vanhoni - PTAssis do Couto - PTBarbosa Neto - PDTCezar Silvestri - PPSChico da Princesa - PRDilceu Sperafico - PPDr. Rosinha - PTEduardo Sciarra - DEMGiacobo - PRGustavo Fruet - PSDBHermes Parcianello - PMDBLuiz Carlos Hauly - PSDBLuiz Carlos Setim - DEMMarcelo Almeida - PMDBMax Rosenmann - PMDBMoacir Micheletto - PMDBNelson Meurer - PPOdílio Balbinotti - PMDBOsmar Serraglio - PMDBRatinho Junior - PSCRicardo Barros - PPRocha Loures - PMDBTakayama - PSC

Santa CatarinaAngela Amin - PPCarlito Merss - PTCelso Maldaner - PMDB

Décio Lima - PTDjalma Berger - PSBEdinho Bez - PMDBFernando Coruja - PPSGervásio Silva - PSDBJoão Matos - PMDBJoão Pizzolatti - PPJosé Carlos Vieira - DEMNelson Goetten - PRPaulo Bornhausen - DEMValdir Colatto - PMDBVignatti - PTZonta - PP

Rio Grande do SulAdão Pretto - PTAfonso Hamm - PPBeto Albuquerque - PSBCezar Schirmer - PMDBClaudio Diaz - PSDBDarcísio Perondi - PMDBEliseu Padilha - PMDBEnio Bacci - PDTGermano Bonow - DEMHenrique Fontana - PTIbsen Pinheiro - PMDBJosé Otávio Germano - PPLuciana Genro - PSOLLuis Carlos Heinze - PPLuiz Carlos Busato - PTBManuela D'ávila - PCdoBMarco Maia - PTMaria do Rosário - PTMatteo Chiarelli - DEMMendes Ribeiro Filho - PMDBOnyx Lorenzoni - DEMPaulo Pimenta - PTPaulo Roberto - PTBPepe Vargas - PTPompeo de Mattos - PDTProfessor Ruy Pauletti - PSDBRenato Molling - PPSérgio Moraes - PTBTarcísio Zimmermann - PTVieira da Cunha - PDTVilson Covatti - PP

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COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Presidente: Marcos Montes (DEM)1º Vice-Presidente: Assis do Couto (PT)2º Vice-Presidente: Waldir Neves (PSDB)3º Vice-Presidente: Dilceu Sperafico (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAdão Pretto Airton Roveda

Afonso Hamm Antonio José Medeiros(Licenciado)

Anselmo de Jesus Armando AbílioAssis do Couto Benedito de LiraBeto Faro Camilo ColaCelso Maldaner Darcísio Perondi vaga do PV

Dilceu Sperafico Ernandes AmorimDomingos Dutra Fernando MeloEdio Lopes Lázaro BotelhoFlaviano Melo Marcelo MeloHomero Pereira Moises AvelinoJusmari Oliveira Nilson MourãoLeandro Vilela vaga do PV Paulo PimentaLuis Carlos Heinze SuelyMoacir Micheletto Vadão GomesNelson Meurer Vander LoubetOdílio Balbinotti VelosoPaulo Piau vaga do PSDB/DEM/PPS Vignatti

Roberto Balestra (Licenciado) (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Tatico (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Valdir Colatto (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Zé Gerardo 1 vagaZonta

PSDB/DEM/PPS

Abelardo Lupion Alfredo Kaefer vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Claudio Diaz Antonio Carlos Mendes ThameDavi Alcolumbre vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMNBetinho Rosado vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Duarte Nogueira Carlos MellesJerônimo Reis Cezar SilvestriJoão Oliveira Eduardo Sciarra

Leonardo Vilela Félix Mendonça vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Luiz Carlos Setim Francisco RodriguesMarcos Montes Jorginho MalulyRonaldo Caiado Lael VarellaWaldir Neves Lira MaiaWandenkolk Gonçalves Moreira Mendes(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Rômulo Gouveia

Silvio LopesThelma de Oliveira

PSB/PDT/PCdoB/PMNB. Sá Enio BacciDagoberto Giovanni QueirozFernando Coelho Filho Mário HeringerOsmar Júnior Reinaldo NogueiraPompeo de Mattos Sandra Rosado(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga) Valadares Filho

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)Secretário(a): Moizes Lobo da Cunha

Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 36Telefones: 3216-6403/6404/6406FAX: 3216-6415

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DEDESENVOLVIMENTO REGIONAL

Presidente: Vanessa Grazziotin (PCdoB)1º Vice-Presidente: Marcelo Serafim (PSB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Sebastião Bala Rocha (PDT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAsdrubal Bentes Átila Lins vaga do PSDB/DEM/PPS

Carlos Souza Bel MesquitaDalva Figueiredo Fátima PelaesElcione Barbalho Gladson CameliHenrique Afonso Joseph BandeiraJosé Guimarães Lúcio ValeLuciano Castro vaga do PSDB/DEM/PPS Marinha RauppNatan Donadon Mauro LopesRebecca Garcia Neudo Campos(Dep. do PV ocupa a vaga) Paulo Rocha(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) Zé Geraldo

1 vaga Zequinha MarinhoPSDB/DEM/PPS

Jairo Ataide Abelardo LupionLira Maia Ilderlei Cordeiro(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Marcio Junqueira

(Dep. do PRB ocupa a vaga) Moreira Mendes(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) Urzeni Rocha

1 vaga(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNMarcelo Serafim Giovanni QueirozMaria Helena Mauro NazifSebastião Bala Rocha vaga do

PSDB/DEM/PPS Perpétua Almeida

Sergio Petecão vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Vanessa GrazziotinPV

Lindomar Garçon vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PRBMarcos Antonio vaga do PSDB/DEM/PPS

Secretário(a): Iara Araújo Alencar AiresLocal: Anexo II - Sala T- 59Telefones: 3216-6432FAX: 3216-6440

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO EINFORMÁTICA

Presidente: Julio Semeghini (PSDB)1º Vice-Presidente: José Rocha (PR)2º Vice-Presidente: Paulo Bornhausen (DEM)3º Vice-Presidente: Bilac Pinto (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBeto Mansur Carlos ZarattiniBilac Pinto Cida DiogoCristiano Matheus vaga do

PSDB/DEM/PPS Eduardo Cunha

Elismar Prado Fernando FerroEunício Oliveira Frank AguiarGuilherme Menezes Gerson PeresJader Barbalho Ibsen Pinheiro

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Jorge Bittar João Carlos BacelarJosé Rocha Joaquim BeltrãoMaria do Carmo Lara José Eduardo CardozoNazareno Fonteles Luiz Carlos BusatoPaulo Henrique Lustosa Paulo Piau vaga do PSDB/DEM/PPS

Paulo Roberto Rebecca GarciaRatinho Junior Ricardo BarrosSandes Júnior Sabino Castelo BrancoSilas Câmara vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Takayama

Walter Pinheiro Waldir MaranhãoWladimir Costa Wilson BragaZequinha Marinho Wilson Santiago(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) (Dep. do PV ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) (Dep. do PRTB ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

PSDB/DEM/PPSBruno Rodrigues Alceni GuerraEduardo Sciarra vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Davi Alcolumbre

Emanuel Fernandes José Mendonça BezerraGustavo Fruet Júlio CesarJorginho Maluly Lobbe Neto

José Aníbal Moreira Mendes vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Julio Semeghini Nilmar RuizLeandro Sampaio Professora Raquel TeixeiraManoel Salviano vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Rafael Guerra

Paulo Bornhausen Raul JungmannRoberto Rocha vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Rodrigo de Castro

Rômulo Gouveia vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Zenaldo Coutinho

Vic Pires Franco(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)(Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. do PHS ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNEnio Bacci Ana ArraesLuiza Erundina Ariosto HolandaRodrigo Rollemberg Barbosa NetoUldurico Pinto Djalma BergerValadares Filho Márcio França(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Marcos Medrado

PV

Dr. Nechar vaga do PSDB/DEM/PPS Edson Duarte vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Edigar Mão Branca Fábio RamalhoPHS

Miguel Martini vaga do PSDB/DEM/PPS

PRTBJuvenil Alves vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de OliveiraLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 49Telefones: 3216-6452 A 6458FAX: 3216-6465

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

Presidente: Leonardo Picciani (PMDB)1º Vice-Presidente: Mendes Ribeiro Filho (PMDB)2º Vice-Presidente: Neucimar Fraga (PR)3º Vice-Presidente: Marcelo Itagiba (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBenedito de Lira Alexandre SantosCândido Vaccarezza Antonio BulhõesCezar Schirmer vaga do PSDB/DEM/PPS Antônio Carlos BiffiColbert Martins Aracely de PaulaGeraldo Pudim Arnaldo Faria de SáGerson Peres Carlos AbicalilIbsen Pinheiro Carlos WillianJoão Paulo Cunha Décio LimaJosé Eduardo Cardozo Dilceu SperaficoJosé Genoíno Domingos DutraJosé Mentor Eduardo CunhaLeonardo Picciani Eduardo da FonteMagela Fátima BezerraMarcelo Guimarães Filho Fernando DinizMarcelo Itagiba George HiltonMaria Lúcia Cardoso Hugo LealMaurício Quintella Lessa Iriny LopesMaurício Rands João MagalhãesMauro Benevides vaga do PSOL Jofran FrejatMendes Ribeiro Filho José PimentelMichel Temer Laerte Bessa vaga do PV

Nelson Pellegrino Luiz CoutoNelson Trad Maria do RosárioNeucimar Fraga Odílio BalbinottiOdair Cunha Pastor Manoel FerreiraPaes Landim Ricardo BarrosPaulo Maluf Rubens OtoniPaulo Teixeira Sandes JúniorProfessor Victorio Galli Sandro MabelRegis de Oliveira Tadeu FilippelliSérgio Barradas Carneiro VelosoVicente Arruda vaga do PSDB/DEM/PPS Wladimir Costa

Vilson Covatti (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Vital do Rêgo Filho vaga do PV

Wilson Santiago(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

PSDB/DEM/PPSAntonio Carlos Magalhães Neto vaga

do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Albano Franco

Bonifácio de Andrada Alexandre SilveiraBruno Araújo André de PaulaEdmar Moreira Ayrton XerezEdson Aparecido Fernando Coruja

Efraim Filho Humberto Souto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Felipe Maia Jerônimo ReisIndio da Costa João AlmeidaJutahy Junior João CamposMendonça Prado José AníbalMoreira Mendes José Carlos AleluiaPaulo Magalhães Matteo ChiarelliRenato Amary Mussa DemesRoberto Magalhães Paulo BornhausenSilvinho Peccioli Pinto ItamaratyZenaldo Coutinho Ricardo Tripoli(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Sebastião Madeira

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Solange Amaral

1 vaga William WooPSB/PDT/PCdoB/PMN

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Ciro Gomes Beto AlbuquerqueFlávio Dino Chico LopesFrancisco Tenorio Edmilson ValentimMárcio França Gonzaga PatriotaMarcos Medrado Pompeo de MattosSandra Rosado Rogério MarinhoValtenir Pereira Severiano AlvesWolney Queiroz Vieira da Cunha

PVMarcelo Ortiz Sarney Filho(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/

PTC/PTdoB ocupa a vaga)PSOL

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Chico Alencar

Secretário(a): Rejane Salete MarquesLocal: Anexo II,Térreo, Ala A, sala 21Telefones: 3216-6494FAX: 3216-6499

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDORPresidente: Cezar Silvestri (PPS)1º Vice-Presidente: Carlos Sampaio (PSDB)2º Vice-Presidente: Giacobo (PR)3º Vice-Presidente: Walter Ihoshi (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio Cruz Aníbal Gomes vaga do PV

Eduardo da Fonte Celso RussomannoFernando Melo Devanir RibeiroGiacobo vaga do PSDB/DEM/PPS Leandro VilelaJosé Carlos Araújo Marcelo Guimarães FilhoLeo Alcântara vaga do PSDB/DEM/PPS Maria do Carmo LaraLuciana Costa vaga do PSDB/DEM/PPS Maurício TrindadeLuiz Bassuma Max RosenmannLuiz Bittencourt Miguel Corrêa Jr.Nelson Goetten Paes LandimRicardo Izar Ratinho JuniorTonha Magalhães (Dep. do PSOL ocupa a vaga)Vinicius Carvalho(Dep. do PHS ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSCarlos Sampaio Bruno AraújoCezar Silvestri Efraim FilhoWalter Ihoshi Fernando de Fabinho(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Leandro Sampaio

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Nilmar Ruiz

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Paulo Abi-ackel

PSB/PDT/PCdoB/PMNAna Arraes Givaldo CarimbãoBarbosa Neto Sérgio BritoChico Lopes Silvio CostaJúlio Delgado vaga do PV

PV

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PSOL

Ivan Valente vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PHSFelipe Bornier vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque SantosLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152Telefones: 3216-6920 A 6922FAX: 3216-6925

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Presidente: Wellington Fagundes (PR)1º Vice-Presidente: Albano Franco (PSDB)2º Vice-Presidente: Antônio Andrade (PMDB)3º Vice-Presidente: Vanderlei Macris (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Andrade Aline CorrêaDr. Adilson Soares vaga do PHS Antonio PalocciEdson Ezequiel vaga do PSDB/DEM/PPS Armando MonteiroFernando Lopes Carlos Eduardo CadocaJoão Maia Celso MaldanerJurandil Juarez João Paulo Cunha

Lúcio Vale Nelson Marquezelli vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Miguel Corrêa Jr. PracianoReginaldo Lopes Rocha LouresRenato Molling Vicentinho Alves

Wellington Fagundes (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

PSDB/DEM/PPSAlbano Franco Emanuel FernandesFernando de Fabinho Guilherme CamposOsório Adriano Jairo AtaideRodrigo de Castro vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Leandro Sampaio

Vanderlei Macris Luiz Paulo Vellozo Lucas(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Waldir Neves vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PSB/PDT/PCdoB/PMNDr. Ubiali Fernando Coelho Filho

Evandro Milhomen(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PHS(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Miguel Martini

Secretário(a): Lin Israel Costa dos SantosLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33Telefones: 3216-6601 A 6609FAX: 3216-6610

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANOPresidente: Zezéu Ribeiro (PT)1º Vice-Presidente: Angela Amin (PP)2º Vice-Presidente: Luiz Carlos Busato (PTB)3º Vice-Presidente: Edson Santos (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Chico da PrincesaChico Abreu vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Hermes ParcianelloEdson Santos José GuimarãesEliene Lima vaga do PSDB/DEM/PPS Luiz Bittencourt

Jackson Barreto vaga do PSDB/DEM/PPS Paulo Roberto vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

João Leão Paulo Rubem SantiagoJosé Airton Cirilo Pedro EugênioLázaro Botelho Pedro Henry

Luiz Carlos Busato Rose de Freitas vaga do

PSDB/DEM/PPS

Marcelo Melo Sérgio Moraes

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Marinha Raupp (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Zezéu Ribeiro (Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. do PV ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSFernando Chucre André de PaulaSolange Amaral Carlos Brandão(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Gustavo Fruet vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Renato Amary

1 vaga Rogerio Lisboa(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNAdemir Camilo Davi Alves Silva Júnior

Laurez Moreira(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

1 vaga

PVJosé Paulo Tóffano vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBRoberto Santiago vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Romulo de Sousa MesquitaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188Telefones: 3216-6551/ 6554FAX: 3216-6560

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIASPresidente: Luiz Couto (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Pedro Wilson (PT)3º Vice-Presidente: Pastor Manoel Ferreira (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBIriny Lopes Adão PrettoJanete Rocha Pietá Dalva FigueiredoJoseph Bandeira vaga do

PSDB/DEM/PPS Filipe Pereira

Lincoln Portela vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Henrique Afonso

Lucenira Pimentel José LinharesLuiz Couto Jusmari Oliveira vaga do PHS

Pastor Manoel Ferreira Paulo Henrique LustosaPedro Wilson VicentinhoSuely vaga do PHS (Dep. do PV ocupa a vaga)Veloso 1 vaga(Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSGeraldo Thadeu Affonso CamargoMatteo Chiarelli Claudio CajadoPinto Itamaraty Eduardo Barbosa(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

João Almeida

1 vaga Otavio LeitePSB/PDT/PCdoB/PMN

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Janete Capiberibe

1 vaga Sueli VidigalPHS

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)

PRBLéo Vivas 1 vaga

PVAntônio Roberto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBDr. Talmir vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PSOLChico Alencar vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Márcio Marques de AraújoLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185Telefones: 3216-6571FAX: 3216-6580

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURAPresidente: Gastão Vieira (PMDB)1º Vice-Presidente: Maria do Rosário (PT)2º Vice-Presidente: Frank Aguiar (PTB)3º Vice-Presidente: Osvaldo Reis (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani vaga do PSDB/DEM/PPS Angela AminAngelo Vanhoni Angela PortelaAntonio Bulhões Beto MansurAntônio Carlos Biffi Elcione BarbalhoCarlos Abicalil Eliene LimaClodovil Hernandes Elismar PradoFátima Bezerra Flávio BezerraFrank Aguiar Gilmar MachadoGastão Vieira Jilmar Tatto

Iran Barbosa Márcio Reinaldo Moreira vaga do

PSDB/DEM/PPS

João Matos Mauro BenevidesJoaquim Beltrão vaga do PSDB/DEM/PPS Mauro LopesLelo Coimbra Neilton MulimMaria do Rosário Pedro WilsonOsvaldo Reis Professor Victorio GalliPaulo Rubem Santiago Reginaldo LopesProfessor Setimo Ricardo IzarRaul Henry vaga do PSDB/DEM/PPS Saraiva FelipeWaldir Maranhão(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSClóvis Fecury Andreia ZitoLobbe Neto Bonifácio de AndradaNice Lobão Dr. PinottiNilmar Ruiz João OliveiraPaulo Renato Souza Jorginho MalulyProfessor Ruy Pauletti Lira MaiaProfessora Raquel Teixeira Paulo Magalhães(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Raimundo Gomes de Matos

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal Dr. UbialiAriosto Holanda Eduardo LopesÁtila Lira Luiza ErundinaRogério Marinho Ribamar AlvesSeveriano Alves vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PV(Dep. do PSOL ocupa a vaga) Marcelo Ortiz

PSOLIvan Valente vaga do PV

Secretário(a): Iracema Marques

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Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 170Telefones: 3216-6622/6625/6627/6628FAX: 3216-6635

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃOPresidente: Virgílio Guimarães (PT)1º Vice-Presidente: Eduardo Cunha (PMDB)2º Vice-Presidente: Antonio Palocci (PT)3º Vice-Presidente: Pedro Eugênio (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAcélio Casagrande (Licenciado) Andre VargasAelton Freitas Bilac PintoAntonio Palocci Carlito MerssArmando Monteiro Carlos SantanaEduardo Cunha Carlos Souza vaga do PSOL

Filipe Pereira Carlos WillianJoão Magalhães Cezar SchirmerJosé Pimentel Colbert MartinsLuiz Fernando Faria GiacoboMarcelo Almeida Leonardo Quintão

Max Rosenmann Maurício Quintella Lessa vaga do

PV

Pedro Eugênio Nelson BornierPedro Novais Paulo MalufRocha Loures Renato MollingVignatti Ricardo BerzoiniVirgílio Guimarães Sérgio Barradas Carneiro(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) Tarcísio Zimmermann

Zonta(Dep. do PSDB/DEM/PPS

ocupa a vaga)PSDB/DEM/PPS

Alfredo Kaefer Bruno Araújo

Arnaldo Madeira Eduardo Gomes vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Carlos Melles João BittarFélix Mendonça Jorge KhouryFernando Coruja Julio SemeghiniGuilherme Campos vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Luiz Paulo Vellozo Lucas

José Carlos Aleluia vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Paulo Renato Souza

Júlio Cesar Rodrigo de CastroLuiz Carlos Hauly Rodrigo MaiaLuiz Carreira Silvinho Peccioli

Mussa Demes(Dep. do

PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupaa vaga)

Silvio TorresPSB/PDT/PCdoB/PMN

João Dado Ciro GomesManoel Junior Fábio FariaSilvio Costa Júlio Delgado vaga do PSDB/DEM/PPS

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) Mário Heringer

(Dep. do PRB ocupa a vaga)PV

Fábio Ramalho(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSOL

Luciana Genro(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PRBMarcos Antonio vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Marcelle R C CavalcantiLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136

Telefones: 3216-6654/6655/6652FAX: 3216-6660

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLEPresidente: Celso Russomanno (PP)1º Vice-Presidente: Márcio Reinaldo Moreira (PP)2º Vice-Presidente: Perpétua Almeida (PCdoB)3º Vice-Presidente: Leonardo Quintão (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Aníbal Gomes CândidoVaccarezza

Carlos Willian vaga do PSDB/DEM/PPS Eduardo daFonte

Celso Russomanno Eugênio RabeloFernando Diniz vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Flaviano MeloLeonardo Quintão Geraldo PudimMárcio Reinaldo Moreira João MagalhãesMário Negromonte José Mentor

Olavo Calheiros Luis CarlosHeinze

Paulo Pimenta MauroBenevides

Pedro Fernandes VirgílioGuimarães

Praciano Wladimir CostaRubens OtoniVadão GomesWellington Roberto vaga do PSDB/DEM/PPS

PSDB/DEM/PPSAyrton Xerez Alfredo KaeferHumberto Souto Claudio CajadoSebastião Madeira Duarte Nogueira(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)

Indio da Costa

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) Manoel Salviano(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)

Solange Amaral

PSB/PDT/PCdoB/PMNDamião Feliciano vaga do PSDB/DEM/PPS B. SáManato João DadoPerpétua Almeida Julião Amin(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)Secretário(a): Maria Linda MagalhãesLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161Telefones: 3216-6671 A 6675FAX: 3216-6676

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVAPresidente: Eduardo Amorim (PSC)1º Vice-Presidente: Carlos Willian (PTC)2º Vice-Presidente: Silvio Lopes (PSDB)3º Vice-Presidente: Eduardo da Fonte (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCarlos Willian Alex CanzianiEduardo Amorim Fernando FerroEduardo da Fonte Jaime MartinsFátima Bezerra Leonardo MonteiroJackson Barreto 6 vagasJosé Airton CiriloJurandil JuarezMaria Lúcia CardosoPedro Wilson1 vaga

PSDB/DEM/PPSGeraldo Thadeu Eduardo Sciarra

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Guilherme Campos Fernando de FabinhoJoão Oliveira 3 vagasOtavio LeiteSilvio Lopes

PSB/PDT/PCdoB/PMNEduardo Lopes Paulo Pereira da SilvaLuiza Erundina Sandra Rosado

PVDr. Talmir 1 vagaSecretário(a): Miriam Cristina Gonçalves QuintasLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122Telefones: 3216-6692 / 6693FAX: 3216-6700

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL

Presidente: Nilson Pinto (PSDB)1º Vice-Presidente: Fábio Souto (DEM)2º Vice-Presidente: Ricardo Tripoli (PSDB)3º Vice-Presidente: Gervásio Silva (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBernardo Ariston Homero PereiraLeonardo Monteiro Iran BarbosaMário de Oliveira Max Rosenmann(Dep. do PV ocupa a vaga) Moacir Micheletto(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) Paulo Teixeira

(Dep. do PRTB ocupa a vaga) Rebecca Garcia(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) (Dep. do PV ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) (Dep. do PV ocupa a vaga)

1 vaga(Dep. do

PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga)

PSDB/DEM/PPSFábio Souto Antonio Carlos Mendes Thame

Gervásio Silva Arnaldo Jardim vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Jorge Khoury vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Augusto Carvalho

Marina Maggessi Germano BonowNilson Pinto Luiz CarreiraOnyx Lorenzoni Wandenkolk GonçalvesRicardo Tripoli vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Rodovalho vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PSB/PDT/PCdoB/PMNGivaldo Carimbão Arnaldo ViannaJanete Capiberibe Rodrigo RollembergReinaldo Nogueira vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBSergio Petecão vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PVEdson Duarte vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Roberto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Sarney Filho Dr. Nechar vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Fernando GabeiraPRTB

Juvenil Alves vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Aurenilton Araruna de AlmeidaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 142Telefones: 3216-6521 A 6526FAX: 3216-6535

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Presidente: José Otávio Germano (PP)1º Vice-Presidente: Eduardo Valverde (PT)2º Vice-Presidente: Neudo Campos (PP)3º Vice-Presidente: Vitor Penido (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Alexandre Santos Aelton Freitas vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Andre Vargas Beto FaroBel Mesquita Chico D'angeloCarlos Alberto Canuto DeleyEduardo Valverde Edinho BezErnandes Amorim João MaiaFernando Ferro João MatosJoão Pizzolatti Jorge BittarJosé Otávio Germano José Santana de VasconcellosNeudo Campos Luiz BassumaRose de Freitas Luiz Fernando FariaSimão Sessim Marinha RauppVander Loubet Nelson MeurerVicentinho Alves Paulo Henrique LustosaZé Geraldo Tatico(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga) Valdir Colatto

Walter PinheiroPSDB/DEM/PPS

Arnaldo Jardim Felipe MaiaBetinho Rosado vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Gervásio Silva

Carlos Alberto Leréia João AlmeidaEduardo Gomes José Carlos AleluiaLuiz Paulo Vellozo Lucas Leandro SampaioMarcio Junqueira Nilson PintoPaulo Abi-ackel RodovalhoRogerio Lisboa Urzeni RochaSilvio Lopes 1 vagaVitor Penido

PSB/PDT/PCdoB/PMNArnaldo Vianna Brizola NetoEdmilson Valentim Giovanni QueirozJulião Amin Jô Moraes

Sérgio Brito(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PVJosé Fernando Aparecido deOliveira Ciro Pedrosa

Secretário(a): Damaci Pires de MirandaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56Telefones: 3216-6711 / 6713FAX: 3216-6720

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESANACIONAL

Presidente: Vieira da Cunha (PDT)1º Vice-Presidente: Marcondes Gadelha (PSB)2º Vice-Presidente: José Mendonça Bezerra (DEM)3º Vice-Presidente: Augusto Carvalho (PPS)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAracely de Paula Arnon BezerraÁtila Lins Carlos WilsonAugusto Farias Colbert MartinsCarlito Merss Edio LopesDr. Rosinha Edson EzequielFlávio Bezerra Geraldo ResendeGeorge Hilton Henrique FontanaÍris de Araújo Leonardo MonteiroJair Bolsonaro MagelaJoão Carlos Bacelar Marcelo CastroLaerte Bessa Maurício Rands

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Nilson Mourão Paes LandimRicardo Berzoini Regis de OliveiraTakayama (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)2 vagas (Dep. do PSOL ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)PSDB/DEM/PPS

André de Paula Arnaldo JardimAntonio CarlosMendes Thame Arnaldo Madeira

Augusto Carvalho Humberto Souto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Claudio Cajado Jutahy JuniorFrancisco Rodrigues Luiz Carlos Hauly

João Almeida Marina Maggessi vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

José MendonçaBezerra Matteo Chiarelli

Raul Jungmann Professor Ruy PaulettiWilliam Woo Roberto Magalhães

Vic Pires FrancoWalter Ihoshi

PSB/PDT/PCdoB/PMNAldo Rebelo Laurez MoreiraEduardo Lopes Manoel JuniorMarcondes Gadelha Marcelo SerafimVieira da Cunha Severiano Alves

PVFernando Gabeira José Fernando Aparecido de Oliveira

PSOLLuciana Genro vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Fernando Luiz Cunha RochaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737FAX: 3216-6745

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AOCRIME ORGANIZADO

Presidente: João Campos (PSDB)1º Vice-Presidente: Pinto Itamaraty (PSDB)2º Vice-Presidente: Raul Jungmann (PPS)3º Vice-Presidente: Laerte Bessa (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Afonso HammFernando Melo Alex CanzianiJosé Eduardo Cardozo Iriny LopesLaerte Bessa José GenoínoLincoln Portela Marcelo AlmeidaMarcelo Itagiba Mauro LopesPaulo Pimenta Mendes Ribeiro FilhoRita Camata Neilton Mulim vaga do PV

Sérgio Moraes Neucimar Fraga(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) Paulo Rubem Santiago

Pedro ChavesPSDB/DEM/PPS

Alexandre Silveira vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio Carlos Magalhães

NetoEdmar Moreira Carlos SampaioGuilherme Campos José AníbalJoão Campos Vic Pires FrancoMarina Maggessi William WooPinto ItamaratyRaul Jungmann vaga do PV

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Ademir CamiloVieira da Cunha Valtenir Pereira

PV(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)Secretário(a): Kátia da Consolação dos Santos VianaLocal: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 166-CTelefones: 3216-6761 / 6762FAX: 3216-6770

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIAPresidente: Jorge Tadeu Mudalen (DEM)1º Vice-Presidente: Alceni Guerra (DEM)2º Vice-Presidente: Ribamar Alves (PSB)3º Vice-Presidente: Cleber Verde (PRB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Angela Portela Acélio Casagrande (Licenciado)vaga do PSDB/DEM/PPS

Armando Abílio vaga do PSDB/DEM/PPS Antonio BulhõesArnaldo Faria de Sá Clodovil HernandesChico D'angelo Dr. RosinhaCida Diogo Gorete PereiraDarcísio Perondi Guilherme MenezesEduardo Amorim Íris de AraújoGeraldo Resende vaga do

PSDB/DEM/PPS Janete Rocha Pietá

Henrique Fontana Lelo CoimbraJofran Frejat Lucenira Pimentel vaga do PSOL

José Linhares Luciana CostaMarcelo Castro Nazareno FontelesMaurício Trindade Pastor Manoel FerreiraNeilton Mulim vaga do PSOL Professor SetimoPepe Vargas Simão SessimRita Camata Vital do Rêgo FilhoRoberto Britto 3 vagasSaraiva FelipeSolange Almeida1 vaga

PSDB/DEM/PPSAlceni Guerra Affonso CamargoDr. Pinotti André de PaulaEduardo Barbosa Efraim FilhoGermano Bonow Geraldo ThadeuJoão Bittar Indio da CostaJorge Tadeu Mudalen Leandro SampaioRafael Guerra Leonardo VilelaRaimundo Gomes de Matos Nice Lobão(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Thelma de Oliveira

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PSB/PDT/PCdoB/PMN

Jô Moraes Alice PortugalMário Heringer ManatoRibamar Alves Marcondes Gadelha(Dep. do PRB ocupa a vaga) Sebastião Bala Rocha

PVDr. Talmir Dr. Nechar

PSOL(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PRB

Cleber Verde vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Wagner Soares PadilhaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 145Telefones: 3216-6787 / 6781 A 6786FAX: 3216-6790

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO ESERVIÇO PÚBLICO

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Presidente: Nelson Marquezelli (PTB)1º Vice-Presidente: Sabino Castelo Branco (PTB)2º Vice-Presidente: Wilson Braga (PMDB)3º Vice-Presidente: Paulo Rocha (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBEdgar Moury Átila LinsEdinho Bez Augusto Farias

Eudes Xavier Carlos AlbertoCanuto

Gorete Pereira Eduardo ValverdeMarco Maia Filipe PereiraMauro Mariani (Licenciado) Iran BarbosaMilton Monti vaga do PSDB/DEM/PPS Jovair ArantesNelson Marquezelli Laerte BessaPaulo Rocha Luciano CastroPedro Henry Nelson PellegrinoSabino Castelo Branco vaga do PSDB/DEM/PPS Pepe VargasSandro Mabel vaga do PSDB/DEM/PPS 2 vagasTadeu FilippelliTarcísio ZimmermannVicentinhoWilson Braga

PSDB/DEM/PPS

Andreia Zito Carlos AlbertoLeréia

José Carlos Vieira Cláudio MagrãoRodrigo Maia Eduardo BarbosaThelma de Oliveira Fábio Souto(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga) Indio da Costa

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

João Campos

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

João Oliveira

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Marcio Junqueira

PSB/PDT/PCdoB/PMNDaniel Almeida Maria Helena

Manuela D'ávila vaga do PSDB/DEM/PPS Sebastião BalaRocha

Mauro Nazif VanessaGrazziotin

Paulo Pereira da SilvaPV

Roberto Santiago Edigar MãoBranca

Secretário(a): Anamélia Ribeiro Correia de AraújoLocal: Anexo II, Sala T 50Telefones: 3216-6805 / 6806 / 6807FAX: 3216-6815

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTOPresidente: Lídice da Mata (PSB)1º Vice-Presidente: Brizola Neto (PDT)2º Vice-Presidente: Sueli Vidigal (PDT)3º Vice-Presidente: Fábio Faria (PMN)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Arnon Bezerra Alex Canziani vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Carlos Eduardo Cadoca Antonio CruzCarlos Wilson Asdrubal BentesDeley Cida DiogoEugênio Rabelo Edinho BezFátima Pelaes Edson SantosFrancisco Rossi Eudes XavierGilmar Machado Joaquim Beltrão

Hermes Parcianello José RochaJurandy Loureiro vaga do

PSDB/DEM/PPS Jurandil Juarez

Marcelo Teixeira vaga do

PSDB/DEM/PPS Odair Cunha

Pedro Chaves vaga do PSDB/DEM/PPS

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSOtavio Leite Andreia Zito(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) Bruno Rodrigues

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) Eduardo Sciarra

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Luiz Carlos Setim

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Marcos Montes

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Silvio Torres

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardo Camarinha Valadares Filho

Brizola Neto(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Djalma Berger vaga do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PRB ocupa a vaga)Fábio Faria vaga do PSDB/DEM/PPS

Lídice da MataSueli Vidigal vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PRBMarcos Antonio vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): James Lewis Gorman JuniorLocal: Anexo II, Ala A , Sala 5,TérreoTelefones: 3216-6831 / 6832 / 6833FAX: 3216-6835

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTESPresidente: Eliseu Padilha (PMDB)1º Vice-Presidente: José Santana de Vasconcellos (PR)2º Vice-Presidente: Mauro Lopes (PMDB)3º Vice-Presidente: Hugo Leal (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlberto Silva Angelo VanhoniAline Corrêa vaga do PSDB/DEM/PPS Anselmo de Jesus

Camilo Cola Cristiano Matheus vaga do

PSDB/DEM/PPS

Carlos Santana Edinho BezCarlos Zarattini João LeãoChico da Princesa João MagalhãesDécio Lima José Airton Cirilo

Devanir Ribeiro Jurandy Loureiro vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Dr. Paulo César Marcelo CastroEliseu Padilha Marco MaiaGladson Cameli Marinha RauppHugo Leal Milton Monti

Jaime Martins vaga do PSDB/DEM/PPS Nelson Goetten vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Jilmar Tatto Osvaldo ReisJosé Santana de Vasconcellosvaga do PSDB/DEM/PPS Pedro Fernandes

Mauro Lopes Rita CamataMoises Avelino Roberto Britto

Nelson Bornier Silas Câmara vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

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Ricardo Barros Solange AlmeidaZezéu Ribeiro

PSDB/DEM/PPSAffonso Camargo Arnaldo JardimAlexandre Silveira Cezar SilvestriCarlos Brandão Claudio CajadoIlderlei Cordeiro Claudio DiazLael Varella Edson AparecidoUrzeni Rocha Fernando Chucre(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Vanderlei Macris

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Vitor Penido

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PSB/PDT/PCdoB/PMN

Beto Albuquerque (Dep. do PHS ocupa a vaga)

Davi Alves Silva Júnior(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Giovanni Queiroz(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Gonzaga Patriota(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PVCiro Pedrosa José Paulo Tóffano

PHSFelipe Bornier vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Ruy Omar Prudencio da SilvaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 175Telefones: 3216-6853 A 6856FAX: 3216-6860

COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 22-A, DE

1999, DO SENHOR ENIO BACCI, QUE "AUTORIZA ODIVÓRCIO APÓS 1 (UM) ANO DE SEPARAÇÃO DE FATO OUDE DIREITO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS", ALTERANDO O

DISPOSTO NO ARTIGO 226, § 6º, DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL.

Presidente: José Carlos Araújo (PR)1º Vice-Presidente: Cândido Vaccarezza (PT)2º Vice-Presidente: Geraldo Pudim (PMDB)3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (DEM)Relator: Joseph Bandeira (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Angela PortelaCândido Vaccarezza Carlos ZarattiniGeraldo Pudim Luciano CastroJosé Carlos Araújo Mendes Ribeiro FilhoJoseph Bandeira Reginaldo LopesMarcelo Guimarães Filho Roberto BrittoMaria Lúcia Cardoso 3 vagasRebecca GarciaSérgio Barradas Carneiro

PSDB/DEM/PPSBruno Araújo Bonifácio de AndradaFernando Coruja Otavio LeiteJutahy Junior 3 vagasMendonça PradoRoberto Magalhães

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Valadares Filho 2 vagasWolney Queiroz

PVRoberto Santiago 1 vaga

PSOLLuciana Genro Chico AlencarSecretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308-A, DE

2004, DO SR. NEUTON LIMA, QUE "ALTERA OS ARTS. 21, 32E 144, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CRIANDO AS POLÍCIAS

PENITENCIÁRIAS FEDERAL E ESTADUAIS".Presidente: Nelson Pellegrino (PT)1º Vice-Presidente: Neucimar Fraga (PR)2º Vice-Presidente: William Woo (PSDB)3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (DEM)Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAfonso Hamm Arnon BezerraArnaldo Faria de Sá Eduardo ValverdeFernando Melo Fernando FerroIriny Lopes Francisco RossiLaerte Bessa José GuimarãesMarcelo Itagiba Leonardo PiccianiNelson Pellegrino Lincoln PortelaNeucimar Fraga 2 vagasVital do Rêgo Filho

PSDB/DEM/PPSJairo Ataide Alexandre SilveiraMendonça Prado Ayrton XerezRaul Jungmann Edson AparecidoRodrigo de Castro Pinto ItamaratyWilliam Woo 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Sueli VidigalJoão Dado 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Dr. Talmir

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Mário Dráusio Oliveira de A. CoutinhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6203 / 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 471-A, DE

2005, DO SR. JOÃO CAMPOS, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AOPARÁGRAFO 3º DO ARTIGO 236 DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL", ESTABELECENDO A EFETIVAÇÃO PARA OSATUAIS RESPONSÁVEIS E SUBSTITUTOS PELOS SERVIÇOS

NOTARIAIS, INVESTIDOS NA FORMA DA LEI.Presidente: Sandro Mabel (PR)1º Vice-Presidente: Waldir Neves (PSDB)2º Vice-Presidente: Roberto Balestra (PP)3º Vice-Presidente: Tarcísio Zimmermann (PT)Relator: João Matos (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáAndre Vargas Dr. RosinhaJoão Matos João Carlos BacelarJosé Genoíno Luiz BassumaLeonardo Quintão Moacir MichelettoNelson Bornier Nelson MeurerRoberto Balestra (Licenciado) Nelson Trad

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Sandro Mabel Odair CunhaTarcísio Zimmermann Regis de Oliveira

PSDB/DEM/PPSGervásio Silva Carlos Alberto LeréiaHumberto Souto Raul JungmannJoão Campos Zenaldo CoutinhoJorge Tadeu Mudalen 2 vagasWaldir Neves

PSB/PDT/PCdoB/PMNDagoberto Djalma BergerGonzaga Patriota Valadares Filho

PVMarcelo Ortiz Ciro Pedrosa

PHSMiguel Martini Felipe BornierSecretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6207/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 483-A, DE2005, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA O ART. 89 DO

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAISTRANSITÓRIAS", INCLUINDO OS SERVIDORES PÚBLICOS,CIVIS E MILITARES, CUSTEADOS PELA UNIÃO ATÉ 31 DE

DEZEMBRO DE 1991, NO QUADRO EM EXTINÇÃO DAADMINISTRAÇÃO FEDERAL DO EX - TERRITÓRIO FEDERAL

DE RONDÔNIA.Presidente: Mauro Nazif (PSB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Eduardo Valverde (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAnselmo de Jesus Lucenira PimentelEduardo Valverde Marcelo MeloErnandes Amorim Sabino Castelo BrancoFátima Pelaes Valdir ColattoGorete Pereira Zequinha MarinhoMarinha Raupp 4 vagasNatan DonadonRebecca Garcia1 vaga

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito Carlos Alberto LeréiaJorginho Maluly Eduardo BarbosaMoreira Mendes Ilderlei CordeiroUrzeni Rocha 2 vagas1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNMaria Helena Sebastião Bala RochaMauro Nazif 1 vaga

PVLindomar Garçon Antônio Roberto

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Maria de Fátima MoreiraLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6204/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 549-A, DE2006, DO SR. ARNALDO FARIA DE SÁ, QUE "ACRESCENTAPRECEITO ÀS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS,

DISPONDO SOBRE O REGIME CONSTITUCIONAL PECULIARDAS CARREIRAS POLICIAIS QUE INDICA".

Presidente: Vander Loubet (PT)1º Vice-Presidente: Marcelo Itagiba (PMDB)

2º Vice-Presidente: William Woo (PSDB)3º Vice-Presidente: José Mentor (PT)Relator: Regis de Oliveira (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Angelo VanhoniDécio Lima Eliene LimaJair Bolsonaro José Otávio GermanoJosé Mentor Marcelo MeloLaerte Bessa Marinha RauppMarcelo Itagiba Sandro MabelNeilton Mulim Valdir ColattoRegis de Oliveira 2 vagasVander Loubet

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira Abelardo LupionJoão Campos Carlos SampaioJorginho Maluly Pinto ItamaratyRogerio Lisboa 2 vagasWilliam Woo

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Flávio DinoVieira da Cunha João Dado

PVMarcelo Ortiz Dr. Talmir

PRBLéo Vivas Cleber VerdeSecretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6206/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1 DE 2007, DO PODER EXECUTIVO,

QUE "DISPÕE SOBRE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO APARTIR DE 2007 E ESTABELECE DIRETRIZES PARA A SUA

POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DE 2008 A 2023".Presidente: Júlio Delgado (PSB)1º Vice-Presidente: Paulo Pereira da Silva (PDT)2º Vice-Presidente: Íris de Araújo (PMDB)3º Vice-Presidente: Felipe Maia (DEM)Relator: Roberto Santiago (PV)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Aline Corrêa

Edgar Moury Carlos AlbertoCanuto

Geraldo Resende vaga do PSDB/DEM/PPS Dr. Adilson SoaresÍris de Araújo Eudes XavierMarco Maia José GuimarãesPedro Eugênio Nelson PellegrinoPedro Henry 3 vagasReinhold Stephanes (Licenciado)Sandro MabelTarcísio Zimmermann

PSDB/DEM/PPSFelipe Maia Andreia ZitoFrancisco Rodrigues Efraim FilhoJosé Aníbal Fernando Chucre

Paulo Renato Souza Fernando deFabinho

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNJúlio Delgado Daniel AlmeidaPaulo Pereira da Silva Sergio Petecão

PVRoberto Santiago Lindomar Garçon

PRBLéo Vivas 1 vaga

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Secretário(a): Valdivino Tolentino Filho

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1610, DE 1996, DO SENADO

FEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE A EXPLORAÇÃO E OAPROVEITAMENTO DE RECURSOS MINERAIS EM TERRASINDÍGENAS, DE QUE TRATAM OS ARTS. 176, PARÁGRAFO

PRIMEIRO, E 231, PARÁGRAFO TERCEIRO, DACONSTITUIÇÃO FEDERAL".

Presidente: Edio Lopes (PMDB)1º Vice-Presidente: Bel Mesquita (PMDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Eduardo Valverde (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAdão Pretto Dalva FigueiredoBel Mesquita Ernandes AmorimEdio Lopes Fernando FerroEduardo Valverde Homero PereiraJosé Otávio Germano Jurandil JuarezLúcio Vale Simão SessimMendes Ribeiro Filho VignattiPaulo Roberto 2 vagasPaulo Rocha

PSDB/DEM/PPSMarcio Junqueira Arnaldo JardimMoreira Mendes Paulo Abi-ackelSilvio Lopes Pinto ItamaratyUrzeni Rocha 2 vagasVitor Penido

PSB/PDT/PCdoB/PMNMaria Helena João DadoPerpétua Almeida 1 vaga

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira Fernando Gabeira

PHSFelipe Bornier Miguel MartiniSecretário(a): Maria Terezinha Donati-Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6225FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1921, DE 1999, DO SENADO

FEDERAL, QUE INSTITUI A TARIFA SOCIAL DE ENERGIAELÉTRICA PARA CONSUMIDORES DE BAIXA RENDA E DÁ

OUTRAS PROVIDÊNCIAS.Presidente: Leandro Sampaio (PPS)1º Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: João Pizzolatti (PP)Relator: Carlos Zarattini (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlexandre Santos Adão PrettoCarlos Zarattini Carlos Alberto CanutoErnandes Amorim Neudo CamposFernando Ferro Nilson MourãoJackson Barreto Pedro FernandesJoão Pizzolatti Tonha MagalhãesMoises Avelino 3 vagasPedro WilsonVicentinho Alves

PSDB/DEM/PPSEdson Aparecido Arnaldo JardimJosé Carlos Aleluia Augusto CarvalhoLeandro Sampaio Bruno AraújoLuiz Carlos Hauly Fernando de FabinhoSilvinho Peccioli 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Ana Arraes Chico LopesSueli Vidigal Dagoberto

PVFábio Ramalho Roberto Santiago

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6214FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3057, DE 2000, DO SENHOR BISPO

WANDERVAL, QUE "INCLUI § 2º NO ART. 41, DA LEI Nº 6.766,DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979, NUMERANDO-SE COMO

PARÁGRAFO 1º O ATUAL PARÁGRAFO ÚNICO",ESTABELECENDO QUE PARA O REGISTRO DE

LOTEAMENTO SUBURBANO DE PEQUENO VALORIMPLANTADO IRREGULARMENTE ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE

1999 E REGULARIZADO POR LEI MUNICIPAL, NÃO HÁNECESSIDADE DE APROVAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO POR

OUTRO ÓRGÃO.Presidente: Maria do Carmo Lara (PT)1º Vice-Presidente: Marcelo Melo (PMDB)2º Vice-Presidente: Angela Amin (PP)3º Vice-Presidente: Jorge Khoury (DEM)Relator: Renato Amary (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Alex CanzianiCarlos Eduardo Cadoca Beto MansurJosé Eduardo Cardozo Celso RussomannoJosé Guimarães Edson SantosLuiz Bittencourt Homero PereiraLuiz Carlos Busato José Airton CiriloMarcelo Melo Joseph BandeiraMaria do Carmo Lara Marcelo AlmeidaRicardo Izar Zezéu Ribeiro

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Bruno AraújoAyrton Xerez Cezar SilvestriFernando Chucre Eduardo SciarraJorge Khoury Gervásio SilvaRenato Amary Ricardo Tripoli vaga do PSOL

Solange AmaralPSB/PDT/PCdoB/PMN

Arnaldo Vianna Chico LopesMarcelo Serafim Gonzaga Patriota

PVJosé Paulo Tóffano Sarney Filho

PSOL

Ivan Valente (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

Secretário(a): Leila Machado CamposLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6212FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 334, DE 2007, DO SENADOFEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE A IMPORTAÇÃO,EXPORTAÇÃO, PROCESSAMENTO, TRANSPORTE,ARMAZENAGEM, LIQUEFAÇÃO, REGASEIFICAÇÃO,

DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE GÁS NATURAL",ALTERANDO A LEI Nº 9.478, DE 1997, NO QUE DIZRESPEITO AO GÁS NATURAL, INCLUINDO O GÁS

CANALIZADO.Presidente: Max Rosenmann (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:

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Relator: João Maia (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáAndre Vargas Beto MansurBel Mesquita Carlos ZarattiniFernando Ferro Dalva FigueiredoJoão Maia Dr. RosinhaMarcelo Guimarães Filho Geraldo PudimMax Rosenmann João Carlos BacelarNelson Meurer Marinha RauppVander Loubet Paes Landim

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Edson AparecidoArnaldo Madeira João AlmeidaEduardo Sciarra Jorge KhouryJosé Carlos Aleluia Leandro SampaioLuiz Paulo Vellozo Lucas Luiz Carreira

PSB/PDT/PCdoB/PMNBrizola Neto Edmilson ValentimRodrigo Rollemberg Francisco Tenorio

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira Ciro Pedrosa

PSOLIvan Valente 1 vagaSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6205FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3937, DE 2004, DO SR. CARLOS

EDUARDO CADOCA, QUE "ALTERA A LEI Nº 8.884, DE 11 DEJUNHO DE 1994, QUE TRANSFORMA O CONSELHO

ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA (CADE) EMAUTARQUIA, DISPÕE SOBRE A PREVENÇÃO E AREPRESSÃO ÀS INFRAÇÕES CONTRA A ORDEM

ECONÔMICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Vignatti (PT)1º Vice-Presidente: João Magalhães (PMDB)2º Vice-Presidente: Eduardo da Fonte (PP)3º Vice-Presidente: Silvinho Peccioli (DEM)Relator: Ciro Gomes (PSB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAugusto Farias João MaiaCarlos Eduardo Cadoca Marcelo Guimarães FilhoCezar Schirmer Paes LandimEduardo da Fonte Ricardo BarrosEduardo Valverde Vadão GomesJoão Magalhães 4 vagasMiguel Corrêa Jr.Sandro MabelVignatti

PSDB/DEM/PPSAntonio Carlos Mendes Thame Fernando de FabinhoCezar Silvestri Luiz Paulo Vellozo LucasEfraim Filho Waldir NevesLuiz Carlos Hauly Walter IhoshiSilvinho Peccioli 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNCiro Gomes Evandro MilhomenDr. Ubiali Fernando Coelho Filho

PVAntônio Roberto Dr. Nechar

PHSMiguel Martini Felipe BornierSecretário(a): Heloisa Pedrosa Diniz.Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216.6201FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 694, DE 1995, QUE "INSTITUI ASDIRETRIZES NACIONAIS DO TRANSPORTE COLETIVO

URBANO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Aline CorrêaChico da Princesa Carlito MerssJackson Barreto Edinho BezJosé Airton Cirilo Gilmar MachadoMauro Lopes Jurandy LoureiroPedro Chaves Jusmari OliveiraPedro Eugênio Paulo TeixeiraPedro Fernandes 2 vagasPraciano

PSDB/DEM/PPSAffonso Camargo Claudio DiazArnaldo Jardim Fernando ChucreCarlos Sampaio Geraldo ThadeuEduardo Sciarra Nilmar RuizJosé Carlos Vieira Vitor Penido

PSB/PDT/PCdoB/PMNChico Lopes Julião AminMarcelo Serafim Silvio Costa

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira 1 vaga

PSOL1 vaga 1 vagaSecretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 7.709, DE 2007, DO PODER

EXECUTIVO, QUE "ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI Nº 8.666,DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37,INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA

LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA,E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Tadeu Filippelli (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Márcio Reinaldo Moreira (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBJosé EduardoCardozo Hugo Leal

Márcio ReinaldoMoreira José Santana de Vasconcellos

Milton Monti Lelo CoimbraPaes Landim Leo Alcântara vaga do PSOL

Paulo Teixeira Luiz CoutoPedro Chaves Maurício RandsPepe Vargas Pedro EugênioRita Camata Renato MollingTadeu Filippelli Vital do Rêgo Filho

1 vagaPSDB/DEM/PPS

Arnaldo Madeira Arnaldo JardimHumberto Souto Bruno AraújoJorge Khoury Carlos Alberto LeréiaJorginho Maluly Eduardo SciarraLuiz Carlos Hauly Marcos Montes

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Osmar JúniorJulião Amin Valtenir Pereira

PV

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Dr. Talmir Roberto SantiagoPSOL

Luciana Genro(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Secretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6215FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINA A PROFERIR PARECER AOPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 1, DE 2007, DO

PODER EXECUTIVO, QUE "ACRESCE DISPOSITIVO À LEICOMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000".

(PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO - PAC)Presidente: Nelson Meurer (PP)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Pimentel (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArmando Monteiro Fátima BezerraEduardo Valverde Gorete PereiraFlaviano Melo Luiz Fernando FariaJosé Pimentel Paes LandimLeonardo Quintão Rocha LouresLúcio Vale 4 vagasMauro BenevidesNelson MeurerPaulo RubemSantiago

PSDB/DEM/PPSAlfredo Kaefer Claudio DiazAugusto Carvalho Silvio LopesMussa Demes 3 vagasZenaldo Coutinho1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal Pompeo de MattosArnaldo Vianna (Dep. do PRB ocupa a vaga)

PVFernando Gabeira Edson Duarte

PHSFelipe Bornier Miguel Martini

PRBMarcos Antonio vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6218FAX: 32166225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR ASSOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS

PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOSDEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES

PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMOSOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE

SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NARESOLUÇÃO N º 29, DE 1993.

Presidente: Paulo Teixeira (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDBColbert Martins

PTPaulo Teixeira

PSDBPaulo Abi-ackel

Secretário(a): -Local: Anexo II, CEDI, 1º PisoTelefones: 3216-5600FAX: 3216-5605

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COM AFINALIDADE DE INVESTIGAR A REALIDADE DO SISTEMA

CARCERÁRIO BRASILEIRO, COM DESTAQUE PARA ASUPERLOTAÇÃO DOS PRESÍDIOS, CUSTOS SOCIAIS E

ECONÔMICOS DESSES ESTABELECIMENTOS, APERMANÊNCIA DE ENCARCERADOS QUE JÁ CUMPRIRAM

PENA, A VIOLÊNCIA DENTRO DAS INSTITUIÇÕES DOSISTEMA CARCERÁRIO, A CORRUPÇÃO, O CRIME

ORGANIZADO E SUAS RAMIFICAÇÕES NOS PRESÍDIOS EBUSCAR SOLUÇÕES PARA O EFETIVO CUMPRIMENTO DA

LEI DE EXECUÇÕES PENAIS.Presidente: Neucimar Fraga (PR)1º Vice-Presidente: Bruno Rodrigues (PSDB)2º Vice-Presidente: Maria Lúcia Cardoso (PMDB)3º Vice-Presidente: Luiz Carlos Busato (PTB)Relator: Domingos Dutra (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAfonso Hamm Arnaldo Faria de SáCida Diogo José LinharesDomingos Dutra Lincoln PortelaIriny Lopes Luiz CoutoJosé Otávio Germano Mauro LopesJusmari Oliveira Paulo Rubem SantiagoLuciana Costa Pedro EugênioLuiz Carlos Busato 5 vagasMarcelo ItagibaMaria do Carmo LaraMaria Lúcia CardosoNeucimar Fraga

PSDB/DEM/PPSAyrton Xerez Alexandre SilveiraBruno Rodrigues João CamposCarlos Sampaio José Carlos VieiraJorginho Maluly Roberto RochaPaulo Abi-ackel William WooPinto Itamaraty 2 vagasRaul Jungmann

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardo Camarinha Valtenir PereiraFrancisco Tenorio 2 vagasPompeo de Mattos

PVDr. Talmir Fernando Gabeira

PHSFelipe Bornier 1 vagaSecretário(a): Sílvio Sousa da SilvaLocal: Serviço de CPIs - Anexo II, Sala 151-BTelefones: 3216-6267/6252FAX: 3216-6285

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA AINVESTIGAR AS CAUSAS, AS CONSEQÜÊNCIAS E OS

RESPONSÁVEIS PELA MORTE DE CRIANÇAS INDÍGENASPOR SUBNUTRIÇÃO DE 2005 A 2007.

Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Carlos Biffi Aníbal GomesCarlos Souza Bernardo AristonDr. Rosinha Joaquim BeltrãoEdio Lopes Jusmari OliveiraGeraldo Resende 8 vagas

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Janete Rocha PietáJoão MagalhãesJosé GuimarãesPastor Manoel FerreiraRebecca GarciaVicentinho AlvesVital do Rêgo Filho

PSDB/DEM/PPSDavi Alcolumbre Antonio Carlos Mendes ThameFrancisco Rodrigues Bruno AraújoIlderlei Cordeiro Vanderlei MacrisSebastião Madeira 4 vagasUrzeni RochaWaldir Neves1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNDagoberto 3 vagasMarcelo SerafimOsmar Júnior

PVEdson Duarte Edigar Mão Branca

PRBCleber Verde 1 vagaSecretário(a): -

GRUPO DE TRABALHO PARA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS.Coordenador: Cândido Vaccarezza (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio PalocciAsdrubal BentesCândido VaccarezzaJosé MentorMauro BenevidesNelson MarquezelliPaulo MalufRegis de OliveiraRita CamataSandro MabelSérgio Barradas Carneiro

PSDB/DEM/PPSArnaldo JardimBruno AraújoBruno RodriguesJosé Carlos AleluiaMatteo ChiarelliRicardo Tripoli

PSB/PDT/PCdoB/PMNCiro GomesFlávio DinoMiro Teixeira

PVMarcelo OrtizSecretário(a): Luiz Claudio Alves dos SantosLocal: Anexo II, Ala A, sala 153Telefones: 3215-8652/8FAX: 3215-8657

GRUPO DE TRABALHO PARA EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO À EVENTUAL INCLUSÃO EM ORDEM DO DIA DEPROJETOS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, SOBRE DIREITOPENAL E PROCESSO PENAL, SOB A COORDENAÇÃO DO

SENHOR DEPUTADO JOÃO CAMPOS.Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de SáJosé Eduardo CardozoMarcelo ItagibaNeucimar FragaVinicius Carvalho

PSDB/DEM/PPS

João CamposRaul JungmannRoberto Magalhães

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardo CamarinhaFlávio DinoVieira da CunhaSecretário(a): .

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PODER LEGISLATIVO SENADO FEDERAL SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREÇO DE ASSINATURA

SEMESTRAL

Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – s/o porte (cada) R$ 58,00 Porte do Correio R$ 488,40 Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – c/o porte (cada) R$ 546,40

ANUAL

Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – s/o porte (cada) R$ 116,00 Porte do Correio R$ 976,80 Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – c/o porte (cada) R$ 1.092,80

NÚMEROS AVULSOS

Valor do Número Avulso R$ 0,50 Porte Avulso R$ 3,70

ORDEM BANCÁRIA

UG – 020055 GESTÃO – 00001

Os pedidos deverão ser acompanhados de Nota de empenho, a favor do

FUNSEEP ou fotocópia da Guia de Recolhimento da União-GRU, que poderá ser retirada no SITE: http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru/gru–simples.asp Código de Recolhimento apropriado e o número de referência: 20815-9 e 00002 e o código da Unidade Favorecida – UG/GESTÃO: 020055/00001 preenchida e quitada no valor correspondente à quantidade de assinaturas pretendidas e enviar a esta Secretaria. OBS: NÃO SERÁ ACEITO CHEQUE VIA CARTA PARA EFETIVAR ASSINATURA DOS DCN’S.

Maiores informações pelo telefone (0XX–61) 3311-3803, FAX: 3311-1053, Serviço de Administração Econômica Financeira/Controle de Assinaturas, falar com, Mourão ou Solange. Contato internet: 3311-4107

SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES PRAÇA DOS TRÊS PODERES, AV. N/2, S/Nº – BRASÍLIA–DF

CNPJ: 00.530.279/0005–49 CEP 70 165–900

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