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RESÍDUOS SÓLIDOS DE OFICINA MECÂNICA E SEU IMPACTO AMBIENTAL Sarah Vitória Charles Barbosa ¹ ² Leandro Cristino Oliveira Pereira ² RESUMO Sustentabilidade passou a ser um dos principais temas de debates mundiais: é imprescindível criar diálogos e medidas acerca de como a evolução econômica está interferindo no planeta. Tendo em vista que as oficinas mecânicas fazem parte do maior setor de concentração empresarial do Brasil e que são produzidas mais de 33 milhões de toneladas de resíduos industriais por ano, o presente trabalho busca indicar formas de gerenciamento e seus benefícios, tanto socialmente quanto no âmbito corporativo, além de mostrar a construção histórica da consciência ambiental. 1. Introdução 1.1 Contextualização A partir da segunda metade do século XX, a preocupação com o futuro das pessoas e do nosso planeta aumentou consideravelmente: o “mal necessário” da Segunda Revolução Industrial (Goldemberg, 2004), deixou uma coletânea de legados nada agradáveis. Hoje, com o auxílio de filmes, séries e livros, vê- se cada vez mais um cenário distópico do que pode acontecer caso não sejamos conscientes na preservação e utilização da Terra. O presente trabalho busca mostrar quais os impactos dos resíduos sólidos gerados no contexto industrial e sugerir métodos de destinação e conscientização. O principal foco são aqueles produzidos por oficinas mecânicas, uma vez que fazem parte do maior setor empresarial brasileiro (Empresômetro, 2021). ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- (1) COTRIN Construtora Trindade (2) Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1

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RESÍDUOS SÓLIDOS DE OFICINA MECÂNICA E SEU IMPACTOAMBIENTAL

Sarah Vitória Charles Barbosa ¹ ²

Leandro Cristino Oliveira Pereira ²

RESUMOSustentabilidade passou a ser um dos principais temas de debates mundiais: éimprescindível criar diálogos e medidas acerca de como a evolução econômicaestá interferindo no planeta. Tendo em vista que as oficinas mecânicas fazemparte do maior setor de concentração empresarial do Brasil e que sãoproduzidas mais de 33 milhões de toneladas de resíduos industriais por ano, opresente trabalho busca indicar formas de gerenciamento e seus benefícios,tanto socialmente quanto no âmbito corporativo, além de mostrar a construçãohistórica da consciência ambiental. 1. Introdução

1.1 Contextualização

A partir da segunda metade do século XX, a preocupação com o futuro daspessoas e do nosso planeta aumentou consideravelmente: o “mal necessário”da Segunda Revolução Industrial (Goldemberg, 2004), deixou uma coletâneade legados nada agradáveis. Hoje, com o auxílio de filmes, séries e livros, vê-se cada vez mais um cenário distópico do que pode acontecer caso nãosejamos conscientes na preservação e utilização da Terra.

O presente trabalho busca mostrar quais os impactos dos resíduos sólidosgerados no contexto industrial e sugerir métodos de destinação econscientização. O principal foco são aqueles produzidos por oficinasmecânicas, uma vez que fazem parte do maior setor empresarial brasileiro(Empresômetro, 2021).

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(1) COTRIN Construtora Trindade

(2) Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

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1.2 Objetivos

Dentre os objetivos, indicar os principais resíduos gerados pelas atividades demanutenção em oficinas mecânicas, apontar o impacto ambiental e a importân-cia do correto descarte, e sugerir formas de conscientização sobre resíduos só-lidos, são os principais deste trabalho.

2. Histórico

Na Inglaterra, no século XVIII, iniciava-se um dos grandes marcos da história: aRevolução Industrial. O interesse mundial na indústria mecânica, na inovaçãotecnológica e no aumento da produção cresceu em disparada e, ao mesmotempo, houve uma explosão na forma como o ser humano utilizava o planeta.

A indústria precisava de organização para trabalhar de forma mais eficiente.Pensando nisso, o engenheiro americano Frederick Taylor (1856 – 1915)conhecido como o pai da administração científica — e também como “o inimigodo trabalho humano” (Wood Jr., T., 1992) — criou o sistema organizacionalconhecido hoje como Taylorismo, onde estabelece princípios para alcançar amáxima produtividade. Este método, além de representar uma das principaisrazões para o sucesso estadunidense no mundo industrial, abriu alas para maisum: o Fordismo.

Instalado em suas próprias fábricas por Henry Ford (1863 - 1947) por volta de1914, o Fordismo subiu nos ombros do Taylorismo e criou mais um boom daRevolução. As indústrias agora tinham maiores jornadas, trabalho sequenciadoe diminuição no tempo de execução — Time is Money! A produção em massacriou a necessidade de novos mercados e de integralidade do mundo,impulsionando a Globalização.

A partir daí, houve uma superação das distâncias: o mundo ficou maisacessível, as mercadorias transitavam pelo globo com maior facilidade. Achamada compressão do espaço-tempo, formulada por David Harvey, mostrou-se cada vez mais eficiente ao longo das três revoluções industriais e cada vezmais evidente nos dias atuais. Porém, as maravilhas proporcionadas ao mundotiveram sérias consequências, tanto no âmbito social quanto ecológico.Desastres ambientais começaram a eclodir e levantar dúvidas sobre se essaera realmente a melhor forma de evoluir.

Na segunda metade do século XX, a escassez de alguns recursos naturais e adegradação do ambiente colocou a conservação da natureza como principalpauta em discussões e no debate público. Em 1952, a cidade de Londres foiencoberta pela mistura de fumaça e fogo causada pela intensa poluição, ecausou cerca de quatro mil mortes (Hogan, D. J, 2007). As autoridadescomeçaram então a se preocupar com a saúde e qualidade do ar e, dois anosdepois, foi criada a Lei do Ar Puro na Inglaterra. O alvoroço começou:regulamentações e leis apareciam influenciadas por diferentes tipos dedesastres.

A consciência ambiental ganhou força em 1972 com a Conferência das NaçõesUnidas de Estocolmo, colocando o meio ambiente como uma questãofundamental no desenvolvimento econômico internacional. No Brasil, os vinte eseis princípios da Declaração de Estocolmo foram incluídos na Lei nº 6938, aPolítica Nacional do Meio Ambiente, de 1981. Vale ressaltar que a referida lei

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instituiu no país o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA),fundamentais para o licenciamento ambiental com o objetivo de rastrear eminimizar os danos. É a partir dele que se decide a possibilidade deimplantação de um empreendimento próximo a áreas de paisagem naturalconservada.

3. Resíduos De Oficina

Troca de óleo, filtros, peças, limpeza de mãos e até mesmo a lavagem do pisoapós as manutenções são atividades corriqueiras de toda oficina e que geramuma quantidade considerável de resíduos que, se não receberem a devidaatenção, podem prejudicar o meio ambiente e a saúde pública. A falta de umadestinação adequada de resíduos por diversos setores e, principalmente pelasgrandes empresas, pode acarretar em problemas ambientais gravíssimosdevido a periculosidade de determinados itens. Pensando nisso, criou-se umaespécie de manual: as normas técnicas.

Segundo a Norma Brasileira de Resíduos 10004 de 2004, que trata daclassificação dos mesmos, define-se como resíduo sólido:

“resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam deatividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial,agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição oslodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aquelesgerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bemcomo determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável oseu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ouexijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis emface à melhor tecnologia disponível. (ABNT/NBR 2004)”

A referida norma leva em conta o processo de origem de cada item e de seusconstituintes e, em seguida, os classifica em duas classes. Resíduos emClasse I – Perigosos são identificados por possuírem propriedades físicas,químicas ou infecciosas que podem ser prejudiciais à sociedade ou ao meioambiente. A NBR 10004 inclui em seus anexos A e B os possíveis resíduosque fazem parte dessa classe e, ainda, caso não estejam listados, é possívelidentificá-los por meio de características como inflamabilidade, corrosividade,reatividade, toxidade ou patogenicidade.

A segunda classificação são os Resíduos em Classe II - Não Perigosos, que sesubdividem em dois grupos: (i) Resíduos Classe II A - Não Inertes e (ii)Resíduos Classe II B - Inertes.

Não Inertes: destacam-se por possuírem propriedades tais como solubilidadeem água, combustibilidade ou biodegradabilidade. Além disso, eles não seenquadram nos Resíduos Classe I - Perigosos e tampouco nos ResíduosClasse II B - Inertes.

Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma representativa,segundo a NBR 1007:1990, e submetidos a contato dinâmico e estático comágua destilada ou desionizada, conforme NBR 10006:2004, não apresentaremnenhum de seus constituintes solubilizados, exceto aspecto, cor, turbidez,dureza e sabor. Todos os detalhes são descritos conforme Anexo G.

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Figura 1 - Caracterização e Classificação dos Resíduos

Fonte: ABNT, 2004.

Após a adequada separação, é necessário tomar cuidado com oarmazenamento e acondicionamento dos resíduos, com preocupação para nãohaver mistura entre as diferentes classes. A ABNT NBR 12235 de 1992 dispõede parâmetros gerais para tal, no que se trata de Resíduos Classe I -Perigosos.

“O acondicionamento de resíduos perigosos, como forma temporáriade espera para reciclagem, recuperação, tratamento e/ou disposição

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final, pode ser realizado em contêineres, tambores, tanques e/ou agranel. (ABNT/NBR, 1992)”

Figura 2 - Descarte em oficinas

Fonte: Ecopetro, 2018.

De forma semelhante, a ABNT NBR 11174 de 1990 separa diretrizes para oarmazenamento dos Resíduos Classe II - Não Perigosos, tanto inertes quantonão inertes. Em ambos os casos deve ser levado em conta o local, otreinamento do pessoal e principalmente a sinalização.

Ainda sobre a forma correta de separação dos resíduos, a Resolução doCONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) nº 275 de junho de 2001estabelece um código de cores padrão. De acordo com o anexo da resolução,publicado no site do Ministério do Meio Ambiente as cores são: (i) azul:papel/papelão; (ii) vermelho: plástico; (iii) verde: vidro; (iv) amarelo: metal; (v)preto: madeira; (vi) laranja: perigosos; (vii) branco: ambulatoriais/saúde; (vii)roxo: radioativos; (viii) marrom: orgânicos; (ix) cinza: não reciclável oumisturado, ou contaminado não passível de separação.

De acordo com o Instituto de Qualidade Automotiva (IQA) e com o InstitutoEstadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro (INEA), os principais resíduosgerados por oficinas mecânicas estão dispostos na imagem abaixo.

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Figura 3 - Resíduos característicos de oficinas

Fonte: INEA, 2011.

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4. A Pandemia E O Acréscimo De Resíduos

Em dezembro de 2019, com foco na cidade de Wuhan na China, iniciava-se umdos maiores eventos mundiais do século XXI: a pandemia da SARS-COV-2. Osprimeiros casos no Brasil começaram a surgir no final de fevereiro de 2020 e,consequentemente, medidas de distanciamento social começaram a sertomadas pelos governantes. Assim, o comércio de serviços precisou adquirirnovas formas de funcionamento.

Tratado desde o início como atividade essencial, os setores de manutenção,construção civil e mineração precisaram criar novos modos de manter asegurança entre os funcionários e colaboradores da empresa. O contexto depandemia fez com que surgisse em todos os locais uma nova categoria deresíduos, com alto potencial infeccioso.

Figura 4 - Descarte de máscaras

Fonte: PMC, acesso em 16/06/2021

A necessidade da discussão acerca dos resíduos gerados no contexto depandemia vem não só do risco de contágio do coronavírus como também dacomposição dos materiais de proteção. De acordo com o Anexo I da ResoluçãoCONAMA nº 358/2004, estes classificam-se como resíduos Grupo A, subgrupoA1:

“Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, porsuas características de maior virulência ou concentração, podemapresentar risco de infecção. (CONAMA, 2005)”

Ainda segundo a resolução, os resíduos assim classificados deverão sersubmetidos a processos de tratamento para redução da carga microbiana eencaminhados para local licenciado para sua disposição final. (CONAMA,2005) Outra forma de tratamento é a incineração.

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A primeira consequência a ser destacada no incorreto gerenciamento destesresíduos é a criação de novos focos da doença: toque ou reutilização demáscaras ou luvas descartáveis. Logo em seguida, a chegada desse tipo deresíduos em recursos hídricos, que pode afetar a qualidade da água, seringerido por organismos aquáticos e também impactar no sistema detratamento. Além do mais, por possuírem em sua maioria composição plástica,apresentam tempo de decomposição entre 300 a 400 anos. (O Regional, 2020)

Vale ressaltar que as intervenções não farmacológicas (INF) aplicadas nocombate a COVID-19 implicam também na utilização de álcool 70%, substânciacom alto índice de inflamabilidade. Segundo o Corpo de Bombeiros e oMinistério da Saúde, é necessário tomar precauções durante seu manuseio eacondicionamento. Destaca-se a importância de investimento na coletaseletiva, principalmente na pandemia, pois houve um aumento significativo naprodução de resíduos.

5. Para onde os resíduos vão?

5.1 Aterros Industriais

Existem diferentes tipos de aterros para resíduos industriais definidos. Dentreeles existem “Aterro industrial classe I para resíduos perigosos”, “Aterro classeII para resíduos não perigosos” e “Aterros de resíduos da construção civil". Osaterros têm como função de armazenar os sedimentos industriais variados.

Explicitando primeiramente o aterro industrial classe I para resíduos perigosos,existe uma rigorosa obediência às normas de técnicas nacionais relacionados àsegurança, o que traz uma garantia dos direitos à proteção do meio ambiente.Existem confinamentos de resíduos por geomembranas, drenagem, tratamentode efluentes, e poços de monitoramento do lençol freático, na qual algunsdesses são especificidades que evitam a poluição hídrica abaixo do solo. Todoesse foco ambiental é por conta de serem resíduos que degradam o meioambiente, por isso existem processos operacionais que apresentam umasupervisão ambiental, dentre eles estão incluídos o monitoramento das águassubterrâneas e superficiais, de poços testemunhos, percolados, estabilidade demaciço, temperatura de cargas recebidas, características físico-químicas dosresíduos recebidos. (Mazola, 2021, p.83)

É possível afirmar que pelo fato de existir a aglomeração de resíduos quetrazem malefícios deve-se dar atenção diferenciada perante a disposição finaldos sedimentos, porém é necessário que exista um conhecimento do resíduotratado nesse tipo de aterro. No processo de encaminhamento para o aterroindustrial classe I existe a fase chamada blindagem onde acontece a misturade outros materiais. (Mazola, 2021, p.84)

Já levando em conta o aterro classe II para resíduos não perigosos é possívelafirmar que são aterros onde existem técnicas de preenchimento de células emalgumas dimensões do espaço que são sistematicamente ocupadas porcompactação que preenche locais de criação para deposição desses resíduos,tal ação que evita a poluição hídrica, por isso deve haver um projeto que drenea água e evite sua poluição. (Mazola, 2021, p.84)

Explicitando o aterro de resíduos da construção civil é possível afirmar que éum aterro onde recebe os resíduos que mais prejudicam as civilizações nas

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questões ambientais, e nas principais metrópoles. Os resíduos entulhos deconstruções civis quando existe uma má administração e logística ambientalcausam diversos problemas como criadouros para o Aedes Aegypti, porexemplo.

Os aterros destinados a resíduos de construção civil têm como principalcaracterística a reserva dos resíduos de classe A (resíduos reutilizáveis) e visaa reciclagem de resíduos classe B que tem como principal representante osmateriais como plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e outros.

5.2 Siderúrgicas

A costumeira troca de peças, em sua maioria de ferro e alumínio, gera ochamado “ferro velho”. Pertencentes à Classe II B - Inertes, define-se comosucata todo material que não pode mais ser utilizado na sua destinação e quepossui potencial para servir de matéria-prima ou subproduto em outrosprocessos.

Figura 5 - Resíduos de sucata

Fonte: VG Resíduos, acesso em 14/05/2021.

De acordo com o jornal independente JOTA, a sucata metálica é responsávelpela movimentação de mais de 6 bilhões de reais e pela geração de renda paramais de 1,5 milhão de pessoas no Brasil. O ferro velho coletado em fábricas,oficinas e residências é classificado, separado de impurezas e embarcado paraas Usinas Siderúrgicas. Para se ter uma ideia, somente em 2019 foramreciclados 8 milhões de toneladas de aço, o que supriu mais de 50% do uso deenergia em usinas no mesmo ano (Instituto Aço Brasil, 2021). O investimentoneste setor reforça a importância da economia circular, onde o circuito fechado,desde a utilização de energia na fabricação de produtos até o consumo,baseado em reuso, reciclagem, redistribuição e remanufatura. (Andrade, 2021)

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Figura 6 - Economia circular

Fonte: Aterra Ambiental, 2021.

Além dos benefícios econômicos e ambientais, é necessário ressaltar que oresíduo metálico acomodado incorretamente e exposto a intempéries podegerar focos para proliferação de doenças, como as transmitidas pelo mosquitoAedes Aegypti.

6. Alternativas

Independente do segmento, os clientes estão cada vez mais exigentes comprodutos e serviços de empresas que se preocupem com o impacto ambiental.Mostrar dedicação nesse aspecto pode ser decisivo para a sobrevivência amédio e longo prazo (Hogan, D. J, 2007), além de ser fundamentado pela Leinº 12305, de 2010.

A Gestão Ambiental tornou-se de extrema importância para todos ossegmentos e, dessa forma, é razoável pensar que um ramo que estáintrinsecamente ligado à produção de resíduos necessita dela.

6.1 PGRS

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos especificado na PolíticaNacional de Resíduos Sólidos constitui-se em um documento de carátertécnico que relaciona a quantidade de cada tipo de resíduo, o tipo e as formascorretas para manejo, acondicionamento, transporte, tratamento, reciclagem edisposição final. Segundo o Artigo 20 da referida Lei, estão sujeitos àobrigatoriedade de elaboração PGRS:

“I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g”e “k” do inciso I do art. 13; II - os estabelecimentos comerciais e deprestação de serviços que: a) gerem resíduos perigosos; b) geremresíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por suanatureza, composição ou volume, não sejam equiparados aosresíduos domiciliares pelo poder público municipal; III - as empresasde construção civil, nos termos do regulamento ou de normasestabelecidas pelos órgãos do Sisnama; IV - os responsáveis pelosterminais e outras instalações referidas na alínea “j” do inciso I do art.13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelosórgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de

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transporte; V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, seexigido pelo órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa.(Lei 12305, 2010)”

BERTOLINI et al. acrescentam que, embora as oficinas mecânicas sejamresponsáveis por grande parte da produção de resíduos com potencial deafetar a qualidade de vida e meio ambiente, raramente apresentam em suagestão o PGRS. Entre as vantagens de elaboração do plano de gerenciamento,destacam-se:

Melhoria da visibilidade: como explicado anteriormente, cresce a preocupaçãoentre os consumidores acerca da responsabilidade ambiental. Assim, a açãoefetiva de práticas que reduzam o impacto causado pelas atividades essenciaisda manutenção torna-se imprescindível. Além da melhoria na credibilidade coma clientela, há também a formalização junto aos órgãos ambientais vigentes.

Redução de riscos: uma vez que as normas estabelecem procedimentoscorretos de manuseio, acondicionamento, sinalização, EPI’s e treinamentos, háredução significativa em possíveis acidentes.

Redução de custos: saber quantidades, periodicidade e destinação ajuda aevitar gastos desnecessários e a prever melhor organização do espaço etempo dos colaboradores da empresa.

Além dos benefícios citados, empresas que estão condizentes com as normasrecebem certificados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).O principal destaque vai para o ISO 14001, que leva em conta uso conscientede recursos, preservação da biodiversidade, entre outros.

6.2 Logística Reversa

Com cada vez mais vontade de mostrar ao público que possuem umaconsciência ecológica, grande parte do empresariado adota a chamadalogística reversa. O conceito surgiu com a Política Nacional de ResíduosSólidos, Lei nº12305 de 02 de agosto de 2010, onde define-se este fluxoinverso dos produtos como:

“instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizadopor um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados aviabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setorempresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclosprodutivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”

Sendo assim, podemos entender a logística reversa como um conjunto deações que visam a reintegração de resíduos, tanto com possibilidade de setornarem matéria-prima quanto com relação ao descarte correto. De acordocom Leite (2017), a instituição de práticas logísticas pode gerar ganho oureforço da competitividade.

Além de melhoria na imagem da empresa, preservação do meio ambiente emelhoria do processo produtivo, pode-se citar ganho econômico. Explicitando osetor de manutenção e autopeças, a utilização de itens com qualidade e valormais abaixo do que as originais pode gerar uma economia considerável. Sãoos chamados remanufaturados.

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Figura 7 - Ciclo de vida do produto

Fonte: Ouro Diesel, acesso em 16/06/2021.

Diferentemente de reciclagem ou reparação, a remanufatura é um processoindustrial que visa devolver ao mercado um produto usado com garantia dedesempenho e qualidade. Algumas vezes, o produto remanufaturado podeadquirir a condição de “novo” ou “melhor do que novo”. (RemanufacturingIndustries Council) De acordo com o diretor de vendas da Cummins Brasil -onde os produtos de remanufatura representam aproximadamente 25% dovolume de peças de reposição, itens remanufaturados custam cerca de 30%menos que os novos.

6.3 Gestão integrada

A importância da preocupação ambiental por uma empresa passa por diversosaspectos: competitividade de mercado, consciência e ética na utilização derecursos, entre outros. Porém, tão importante quanto os gestores acenderem oalerta para esse problema é incluir todos os colaboradores da empresa nessajornada. Para isso, surgem ferramentas de auxílio e conscientização cada vezmais acessíveis e de fácil implantação.

Desenvolvido pensando na integração entre o mercado e o cliente, o QSMS éum conceito da gestão integrada que busca unir as áreas de Qualidade,Segurança, Meio Ambiente e Saúde, de acordo com as demandas específicasde cada empresa. Entrelaçado com o sistema de logística, ter um setorespecializado na implantação dessa política ajuda a perceber as melhoresestratégias para produzir de forma sustentável.

A gestão da qualidade ainda apresenta uma ferramenta prática e eficiente naconscientização, principalmente para um ambiente como oficinas mecânicas,objeto de estudo deste trabalho. A ferramenta japonesa 5S começou a serutilizada no Brasil por volta da década de 90 e desde então é consideradacomo o primeiro passo para adquirir um Sistema de Qualidade e um dosprincipais auxílios na busca pela sustentabilidade. (NAPOLEÃO, 2018)

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Figura 8 - Programa 5S

Fonte: Metalúrgica Spirelle, acesso em 05/06/2021.

A forma prática de implantação do sistema para auxílio na correta forma deseparar e manusear os resíduos de uma oficina, pode se dar a partir deformulários com preenchimento online semanais/mensais (Google Forms,Microsoft Forms, etc.), desenvolvidos pelo setor QSMS da empresa e seusgestores. Perguntas como “há óleo no chão?”, “a área de convivência estálimpa?”, entre outras podem entrar nos conceitos do 5S e acostumar oscolaboradores e usuários com a alocação correta dos resíduos.

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7. Conclusões

Segundo estatísticas do Empresômetro, o setor de serviços possuiaproximadamente 56% das empresas do Brasil. A partir desses números, éimprescindível não se preocupar com os impactos que as atividades por elesexercidas causam para o ambiente e se há uma consciência sustentável.

Portanto, para chegar aos objetivos desse trabalho, que eram principalmenteanalisar o impacto dos resíduos sólidos com foco em oficinas, foi necessáriopassar por alguns passos. Foi percebido que cada resíduo possui umaclassificação, uma forma de descarte e também grande importância no cenáriode preocupação ambiental. Além dos característicos resíduos da atividade demanutenção, foi necessário inserir aqueles gerados pelo contexto da pandemiade SARS-COV-2, que mudou a forma com que o mundo age e pensa.

Também foi perceptível que o correto gerenciamento desses resíduos trazbenefícios não só ambientais como econômicos e socioeconômicos. Desde amelhora na visibilidade para o cliente, passando pela redução dos custos eindo até mesmo na geração de novas modalidades de emprego.

Foi sugerido também formas práticas de implantação da consciência ambientaldentro das oficinas e empresas como um todo. Afinal, cuidar do meio ambienteé uma responsabilidade global que deve ser sistematicamente observada porparte de instituições privadas.

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8. Bibliografia

ABNT. NBR 10004. [S. l.], 31 maio 2004. Disponível em: https://analiticaqmcresiduos.paginas.ufsc.br/files/2014/07/Nbr-10004-2004-Classificacao-De-Residuos-Solidos.pdf. Acesso em: 14 junho de 2021.

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