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Faculdades Alves Faria –ALFA Curso:Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Técnicas Construtivas Profº: Marcos Vinícius Aluna:Hellen Ribeiro Tuma Turma: 4º período TÉCNICAS CONSTRUTIVAS NBR 15575/2013 NORMA DE DESEMPENHO ABNT NBR 15575/2013 DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS INTRODUÇÃO GERAL A revisão e instituição da Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais contribui de forma significativa para a padronização e modernização tecnológica das construções no Brasil. O texto institui um nível de desempenho mínimo ao longo de uma vida útil para os elementos principais na construção de edificações habitacionais como estrutura, vedações, instalações elétricas e hidrossanitárias, pisos, fachada e cobertura. Sua primeira versão, publicada em 2008, pegou as empresas de surpresa e impôs severas dificuldades aos construtores, aos projetistas e à indústria de materiais para se adequarem aos requisitos apresentados no documento, muitos deles inéditos à época. Em conjunto, as principais entidades da indústria da construção conseguiram estender o prazo de exigibilidade da NBR 15.575 - período em que os comitês técnicos reavaliaram as lacunas da norma e atualizaram as metodologias de avaliação de desempenho, e os fabricantes se mobilizaram para adequar seus produtos e processos de fabricação às exigências do texto. O texto é divido em 6 partes assim descritas: Parte 1: Requisitos Gerais Com um caráter de orientação geral, a parte 1 da NBR 15.575 funciona como um índice de referência remetendo, sempre que

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Técnicas construitivas

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Faculdades Alves Faria –ALFACurso:Arquitetura e Urbanismo

Disciplina: Técnicas ConstrutivasProfº: Marcos Vinícius

Aluna:Hellen Ribeiro TumaTurma: 4º período

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

NBR 15575/2013

NORMA DE DESEMPENHO ABNT NBR 15575/2013DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES HABITACIONAISINTRODUÇÃO GERAL

A revisão e instituição da Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais contribui de forma significativa para a padronização e modernização tecnológica das construções no Brasil.O texto institui um nível de desempenho mínimo ao longo de uma vida útil para os elementos principais na construção de edificações habitacionais como estrutura, vedações, instalações elétricas e hidrossanitárias, pisos, fachada e cobertura.

Sua primeira versão, publicada em 2008, pegou as empresas de surpresa e impôs severas dificuldades aos construtores, aos projetistas e à indústria de materiais para se adequarem aos requisitos apresentados no documento, muitos deles inéditos à época. Em conjunto, as principais entidades da indústria da construção conseguiram estender o prazo de exigibilidade da NBR 15.575 - período em que os comitês técnicos reavaliaram as lacunas da norma e atualizaram as metodologias de avaliação de desempenho, e os fabricantes se mobilizaram para adequar seus produtos e processos de fabricação às exigências do texto. O texto é divido em 6 partes assim descritas:Parte 1: Requisitos GeraisCom um caráter de orientação geral, a parte 1 da NBR 15.575 funciona como um índice de referência remetendo, sempre que possível, às partes específicas (estrutura, pisos, vedações verticais, coberturas e sistemas hidrossanitários). Ela também traz aspectos de natureza geral e critérios que envolvem a norma como um todo. Nessa parte, são apresentados o conceito de vida útil do projeto, definição de responsabilidades e parâmetros de desempenho mínimos (compulsório), intermediário e superior. 

Parte 2: estrutura

A segunda parte da Norma de Desempenho trata dos requisitos para os sistemas estruturais de edificações habitacionais. O texto estabelece quais são os critérios de estabilidade e resistência do imóvel, indicando, inclusive, métodos para medir quais os tipos de impacto que a estrutura deve suportar sem que apresente falhas ou rachaduras.

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Parte 3: sistemas de piso

A terceira parte da NBR 15.575 foi uma das que sofreu mais modificações durante o processo de revisão, que se estendeu de 2011 até fevereiro de 2013, quando a versão final foi publicada. O texto não normatiza somente os sistemas de pisos internos, como constava na versão original, mas também os externos. O novo texto da norma trouxe definições mais claras para coeficiente de atrito e resistência ao escorregamento. O escorregamento é um decréscimo intenso e rápido no valor do coeficiente de atrito entre o corpo em movimento e a superfície de apoio. O coeficiente de atrito, por sua vez, é uma propriedade intrínseca da interface dos materiais que estão em contato.Parte 4: Vedações VerticaisOs desempenhos estabelecidos para os sistemas de vedação vertical em uma edificação - basicamente, o conjunto de paredes e esquadrias (portas, janelas e fachadas) - referem-se a requisitos como estanqueidade ao ar, à água, a rajadas de ventos e ao conforto acústico e térmico.

Parte 5: cobertura

Entre os principais requisitos estão os que tratam da reação ao fogo dos materiais de revestimento e acabamento e da resistência ao fogo do sistema de cobertura. Nesse último item, a norma determina que a resistência ao fogo da estrutura da cobertura atenda às exigências da NBR 14.432, considerando um valor mínimo de 30 minutos.Parte 6: Sistemas hidrossanitáriosA parte 6 da NBR 15.575 compreende os sistemas prediais de água fria e de água quente, de esgoto sanitário e ventilação, além dos sistemas prediais de águas pluviais. O texto explora conceitos como a durabilidade dos sistemas, a previsão e antecipação de critérios para a manutenção da edificação e suas partes, bem como o funcionamento dos sistemas hidrossanitários. O texto também traz considerações sobre a separação física dos sistemas de água fria potável e não potável, em consonância com as tendências atuais de reuso de água.

Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 1: Requisitos Gerais

Parte 1 – Requisitos gerais

A primeira parte da norma é um apanhado geral que em seu texto conceitua as primícias no desempenho de uma edificação habitacional, avaliando e ressaltando em questão os primeiros itens a serem observados antes e durante a execução da edificação, bem como todos os requisitos para a implantação da obra, execução dos projetos, avaliações geográficas, estudos de impacto e todo tipo de estudo preliminar de obra. Esse item estabelece também condições mínimas no tratante à salubridade das edificações ressaltando a importância e aplicação desses itens na execução da construção. Além de estabelecer todos os parâmetros para a correta iniciação da obra,

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esse item prevê algumas especificações relevantes que não podem deixar de ser levada em consideração desde o início ao fim da obra.

1.1 - Implantação da obra

A NBR 15575 estabelece que, para edificações ou conjuntos habitacionais com local de implantação definido, os projetos devem ser desenvolvidos com base nas características geomorfológicas do local, avaliando-se convenientemente os riscos de deslizamentos, enchentes, erosões e outros. Devem ainda ser considerados riscos de explosões oriundas do confinamento de gases resultantes de aterros sanitários, solos contaminados, proximidade de pedreiras e outros, tomando-se as providências necessárias para que não ocorram prejuízos à segurança e à funcionalidade da obra.Os projetos devem ainda prever as interações com construções existentes nas proximidades, considerando-se as eventuais sobreposições de bulbos de pressão, efeitos de grupo de estacas, rebaixamento do lençol freático e desconfinamento do solo em função do corte do terreno. Do ponto de vista da segurança e estabilidade ao longo da vida útil da estrutura, devem ser consideradas as condições de agressividade do solo, do ar e da água na época do projeto, prevendo se, quando necessário, as proteções pertinentes à estrutura e suas partes.

1.2 - Saúde, higiene e qualidade do ar

1.2.1 - Condições gerais de salubridade / atendimento a Código SanitárioA construção habitacional deve prover condições adequadas de salubridade aos seus usuários, dificultando o acesso de insetos e roedores e propiciando níveis aceitáveis de material particulado em suspensão, micro-organismos, bactérias, gases tóxicos e outros. Gases de escapamento de veículos e equipamentos não podem invadir áreas internas da habitação. Para tanto, a NBR 15575 estabelece que deve ser atendida a legislação em vigor, incluindo-se normas da ANVISA, Códigos Sanitários e outros.

1.2.2 - Teor de poluentesEquipamentos acionados a gás natural ou GLP, particularmente aquecedores de acumulação, devem apresentar condições de queima de forma que os ambientes não apresentem teor de CO2 superior a 0,5 %, e de CO superior a 30 ppm.

1.2.3 - Estanqueidade a gases e insetos – sistemas prediais de esgotoO sistema de esgotos sanitários deve ser projetado de forma a não permitir aretrossifonagem ou quebra do selo hídrico em condições normais e continuadas de utilização.

1.2.4 - Riscos de contaminação do sistema de água potávelO sistema de água fria deve ser preservado contra o risco de contaminações, observando-se os seguintes cuidados:A) Deve haver total separação física de qualquer outra instalação que conduza fluidos;B) Tubos e componentes da instalação do sistema de água fria não podemtransmitir substancias tóxicas a água ou contaminá-la por meio de metais pesados;C) Tubos e componentes de instalação aparente devem ser fabricados com material lavável e impermeável para evitar a impregnação de sujeira ou desenvolvimento de

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bactérias ou atividades biológicas;D) Tanques de lavar roupa, pias de cozinha, lavatórios, válvulas de escoamento e outros não devem permitir a estagnação / empocamento de água;E) Tubos e componentes enterrados devem ser protegidos contra a açãode roedores e entrada de insetos, corpos estranhos e líquido que possam contaminar a água potável;F) Não pode haver risco de refluxo ou retrossifonagem de água encaminhada para as pecas sanitárias, nem risco de retrossifonagem da água de reservatórios domiciliares para a rede publica.

1.3 - Adequação ambiental1.3.1 - Disposições geraisEm função do estado da arte do conhecimento na área, e da própria disponibilidade de legislações especificas, a NBR 15575 não estabelece requisitos e critérios específicos de adequação ambiental, observando que “os empreendimentos e sua infra-estruturar (arruamento, drenagem, rede de água, gás, esgoto, telefonia, energia) devem ser projetados, construídos e mantidos de forma a minimizar as alterações no ambiente”.

1.3.2 - Racionalização do consumo de águaRecomenda-se dispor os sistemas hidrossanitários com aparelhos economizadores de água, ou seja, torneiras com crivos e/ou com fechamento automático e outros. As bacias sanitárias devem ser de volume de descarga reduzido (VDR), de acordo com as especificações da norma NBR 15097-1.

1.3.3 - Risco de contaminação do solo e do lençol freáticoA norma estabelece que não deva haver risco de os sistemas prediais de esgotos contaminarem o solo ou o lençol freático, sendo que os sistemas prediais de esgoto sanitário devem estar ligados a rede pública ou a um sistema localizado de tratamento e disposição de efluentes, atendendo as normas NBR 8160, NBR 7229 e NBR 13969.

1.3.4 – Utilização e reuso de águaA norma estabelece que “as águas servidas provenientes dos sistemas hidrossanitários devem ser encaminhadas as redes públicas de coleta e, na indisponibilidade dessas, deve-se utilizar sistemas que evitem a contaminação do ambiente local”. Recomenda ainda que as instalações hidrossanitárias privilegiem a adoção de soluções que minimizem o consumo de água e possibilitem o seu reuso, reduzindo a demanda e minimizando o volume de esgoto conduzido para tratamento.

Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 2: Desempenho Estrutural

Parte 2 – Desempenho Estrutural

Visto como parte bastante importante no desenvolvimento de uma edificação as estruturas não poderiam ser tratadas de forma diferenciada nessa norma, nessa segunda parte os revisores e autores suscitam os parâmetros cruciais para a projeção da estrutura, desde o projeto a execução, escolha de alternativas usuais e

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práticas, padrões específicos para cada particularidade em questão. Nesse item trata-se com vasta responsabilidade o estabelecimento de limites para o próprio dimensionamento estrutural quesito este muito discutido e ressaltado na hora da execução da edificação, visto as possibilidades de maiores economia, qualidade e vida útil da estrutura.São considerados na NBR 15575 os estados limites ultimo - ELU (paralisação do uso da construção por ruína, deformação plástica excessiva, estabilização ou transformação da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hipostático) e os estados limites de utilização – ELS. Estes implicam no prejuízo/comprometimento da utilização da obra por fissuração ou deformações excessivas, comprometimento da durabilidade da estrutura ou ocorrência de falhas localizadas que possam prejudicar os níveis de desempenho previstos para a estrutura e os demais elementos e componentes da edificação, incluindo as instalações hidrossanitárias e demais sistemas prediais.

2 – RESUMO

2.1 - Exigências gerais de segurança e utilizaçãoSob as diversas condições de exposição (peso próprio, sobrecargas de utilização, ação do vento e outras), a estrutura deve atender, durante a vida útil de projeto, aos seguintes requisitos:A) Não ruir ou perder a estabilidade de nenhuma de suas partes;B) Prover segurança aos usuários sob ação de impactos, vibrações e outras solicitações decorrentes da utilização normal da edificação, previsíveis na época do projeto;C) Não provocar sensação de insegurança aos usuários pelas deformações de quaisquer elementos da edificação, admitindo-se tal requisito atendido caso as deformações se mantenham dentro dos limites estabelecidos nesta Norma;D) Não repercutir em estados inaceitáveis de fissuras de vedaçõese acabamentos;E) Não prejudicar a manobra normal de partes moveis, tais como portas e janelas, nem repercutir no funcionamento anormal das instalações em face das deformações dos elementos estruturais;F) Atender as disposições das normas NBR 5629, NBR 11682 e NBR 6122 relativas as interações com o solo e com o entorno da edificação.

2.2 - ESTABILIDADE E RESISTÊNCIA DO SISTEMA ESTRUTURAL

Com relação ao projeto e à execução das estruturas convencionais, incluindoestruturas das coberturas, a NBR 15575 remete às normas brasileiras corres-NBR 8681 (Ações e segurança nas estruturas), NBR 6123 (Forças devidas ao6118 (Projeto de estruturas de concreto), NBR 14931 (Execução de estruturasde concreto), NBR 9062 (Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado), NBR 8800 (Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios), NBR 7190 (Projeto de estruturas de madeira), NBR 15961 (Alvenaria estrutural — Blocos de concreto), NBR15812 (Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos), etc.Para estruturas e materiais não cobertos pelas normas citadas, ou sempre que a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais e componentes

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que constituem o sistema não for conhecida e consolidada por experimentação, a NBR 15575 indica que, para edifícios habitacionais de até cinco pavimentos, a resistência do sistema estrutural deve ser estabelecida por meio de ensaios destrutivos e do traçado do correspondente diagrama cargax deslocamento conforme Figura 2, seguindo-se procedimento detalhado noAnexo A da Parte 2.

2.3 – DESLOCAMENTOS E ESTADOS DE FISSURAÇÃO DO SISTEMA ESTRUTURALSob a ação de cargas gravitacionais, temperatura, vento (NBR 6123), recalques diferenciais das fundações (NBR 6122) ou quaisquer outras solicitações passíveis de atuarem sobre a construção, conforme norma NBR 8681, os componentes estruturais não podem apresentar:• Deslocamentos maiores que os estabelecidos nas normas de projeto estrutural anteriormente mencionadas ou, na falta de norma brasileira específica, os valores indicados nas tabelas 3 ou 4 esta última incluindo as expectativas com relação a deformações ao longo do tempo;• Fissuras com aberturas maiores que os limites indicados nas NBR 6118, NBR 9062 ou outra norma específica para o método construtivo adotado, ou ainda abertura superior a 0,6 mm em qualquer situação.

Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas – SVVIE

1.RESUMO

A área de vedação hoje é muito ampla, a norma existe para que seja padronizado mantendo a qualidade, desenvolvimento e praticidade no mercado para que tenhamos uma boa estrutura em relação a vedação. A vedação pode ser entendida como sendo um subsistema do edifício constituído por elementos que compartimentam e definem os ambientes internos, controlando a ação de agentes indesejáveis. Pode-se dizer que seja o invólucro do edifício.

Considerando-se o aspecto funcional do edifício, pode-se dizer que as esquadrias e o revestimento vertical são partes inerentes à vedação vertical. Porém, do ponto de vista construtivo é natural que sejam abordados separadamente, em função principalmente da seqüência de execução destas atividades no conjunto dos serviços.Cabe observar ainda que, apesar do estudo em separado de cada um destes subsistemas, eles fazem parte de um conjunto maior que é o edifício; e assim sendo, possuem relações intrínsecas, que sempre devem ser observadas durante todas as etapas de produção.A principal função da vedação vertical está contida na sua própria definição, ou seja: é o subsistema do edifício constituído por elementos destinados à compartimentação e à definição vertical dos espaços internos, bem como, ao controle da ação de agentes indesejáveis.A importância das vedações verticais vai além do que seu custo representa no custo total do edifício, uma vez que as vedações determinam as diretrizes para o planejamento e programação da execução.

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2. INTRODUÇÃO

A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas requeridas específicas. A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas requeridas deve possibilitar o atendimento aos requisitos do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.

Todas as disposições contidas nesta Norma aplicam–se aos sistemas que compõem edificações habitacionais, projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções específicas do respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção.

Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada parte desta Norma.

Esta parte da ABNT NBR 15575 trata dos sistemas de vedações verticais internas e externas das edificações habitacionais, que, além da volumetria e da compartimentação dos espaços da edificação, integram-se de forma muito estreita aos demais elementos da construção, recebendo influências e influenciando o desempenho da edificação habitacional.

Mesmo sem função estrutural, as vedações podem atuar como contraventamento de estruturas reticuladas, ou sofrer as ações decorrentes das deformações das estruturas, requerendo assim uma análise conjunta do desempenho dos elementos que interagem. Podem também interagir com demais componentes, elementos e sistemas da edificação, tais como caixilhos, esquadrias, estruturas, coberturas, pisos e instalações. As vedações verticais exercem ainda outras funções, tais como estanqueidade à água, isolação térmica e acústica, capacidade de fixação de peças suspensas, capacidade de suporte a esforços de uso, compartimentação em casos de incêndio, etc.

Podem também assumir função estrutural, devendo atender à ABNT NBR 15575-2. Alguns critérios de desempenho definidos nesta parte da ABNT NBR 15575 fazem referência a SVVIE com função estrutural.

Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos são especificados em suas respectivas seções.

4. TERMOS E DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR15575-1, ABNT NBR 15575-2, ABNT NBR 15575-3 e os seguintes.

4.1 Sistemas de vedação vertical interno e externo SVVIE

Partes da edificação habitacional que limitam verticalmente a edificação e seus ambientes, tais como as fachadas e as paredes ou divisórias internas. 

4.2 ensaio de tipo

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Ensaios de conformidade de um sistema de vedação vertical interna ou externa, com base em amostras representativas que reproduzam as condições de projeto e de utilização. 

4.3 estado-limite último

Estado crítico em que o SVVIE não mais atende aos critérios de desempenho relativos à segurança, ou seja, é o momento a partir do qual ocorre rebaixamento perigoso dos níveis de segurança, com risco dec olapso ou ruína do SVVIE. A ruína pode ser caracterizada pela ruptura, pela perda de estabilidade, por deformações ou fissuras excessivas. 

4.4 estado-limite de serviço

Estado de solicitação do SVVIE a partir do qual começa a ser prejudicada a funcionalidade, a utilização e/ou a durabilidade do sistema, configurando-se, em geral, pela presença de deslocamentos acima delimites preestabelecidos, aparecimento de fissuras e outras falhas.

4.5 descolamento

Perda de aderência entre o 5. DESEMPENHO ESTRUTURAL

5.1 Requisito– Estabilidade e resistência estrutural dos sistemas de vedação internos e externos

Apresentar nível de segurança considerando-se as combinações de ações passíveis de ocorrerem durante a vida útil da edificação habitacional ou do sistema.

5.1.1 Critério – Estado-limite último

As vedações verticais internas e externas, com função estrutural, devem ser projetadas, construídas e montadas de forma a atender aos requisitos de 5.2 da ABNT NBR 15575-2 e às disposições aplicáveis das Normas Brasileiras que abordam a estabilidade e a segurança estrutural de vedações verticais externas e internas, conforme o caso.

5.1.1.1 Métodos de avaliação

Cálculos ou ensaios previstos em 572 da ABNT NBR 15575-2, quando se tratar de sistema estrutural. O ensaio previsto de compressão excêntrica, considerando três repetições, limita-se a SVVIE estruturais destinados a edificações habitacionais de até cinco pavimentos.

5.1.1.2 Premissas de projeto

com a altura prevista para o pé-direito e largura mínima de 1,20 m, ou de cinco vezes a espessura para paredes monolíticas.

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A resistência de painéis e trechos de paredes estruturais deve ser verificada a partir de três ensaios, para a solicitação Sd = g Sgk + q Sqk + w Swk; as cargas devidas ao vento devem ser consideradas somente se produzirem esforços de compressão em painéis e trechos de parede (no caso de sucção devem ser desconsideradas). No ensaio, a carga vertical no topo da parede deve ser prevista com a excentricidade acidental e(a) = b/30 1 cm, sendo “b” a espessura da parede, alem da eventualexcentricidade de projeto. Este modelo de ensaio aplica-se a sistemas destinados a edificações habitacionais de até cinco pavimentos.Para SVVE, inclusive para aqueles não estruturais, deve ser realizada verificação analítica ou ensaio de cargas laterais uniformemente distribuídas, visando simular as ações horizontais devidas ao vento, devendo-se considerar para efeito da avaliação a solicitação w Swk; no caso de ensaio, o corpo de prova deve ser constituído por um trecho representativo do SVVE, incluindo as fixações e vinculações típicas entre componentes.Quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais que constituem a parede não for conhecida e consolidada por experimentação, é permitido estabelecer uma resistência mínima de projeto através de ensaio destrutivo e traçado do diagrama carga x deslocamento, conforme previsto em 7.2 da ABNT NBR 15575-2.

5.1.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, bem como atende aos mesmos níveis descritos e correspondentes ao critério de 7.2 da ABNT NBR 15575-2.

5.2 Requisito– Deslocamentos, fissuras e ocorrência de falhas nos sistemas de vedações verticais internas e externas

Limitar os deslocamentos, fissuras e falhas a valores aceitáveis, de forma a assegurar o livre funcionamento de elementos e componentes da edificação habitacional.

5.2.1 Critério – Limitação de deslocamentos, fissuras e descolamentos

Os SVVIE, considerando as combinações de cargas, devem atender aos limites de deslocamentos instantâneos (dh) e residuais (dhr), sem apresentar falhas que caracterizem o estado-limite de serviço.

5.3 Requisito– Solicitações de cargas provenientes de peças suspensas atuantes nos sistemas de vedações internas e externas

Resistir às solicitações originadas pela fixação de peças suspensas (armários, prateleiras, lavatórios, hidrantes, quadros e outros).

5.3.1 Critério – Capacidade de suporte para as peças suspensas

Os SVVIE da edificação habitacional, com ou sem função estrutural, sob ação de cargas devidas a peças suspensas não podem apresentar fissuras, deslocamentos horizontais instantâneos (dh) ou deslocamentos horizontais residuas (dhr), lascamentos ou

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rupturas, nem permitir o arrancamento dos dispositivos de fixação nem seu esmagamento.

5.3.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto.

5.4 Requisito– Impacto de corpo mole nos sistemas de vedações verticais internas e externas, com ou sem função estrutural

Resistir aos impactos de corpo mole.

NOTA 1 Este requisito se traduz pela resistência dos SVVIE à energia de impacto dos choques acidentais gerados pela própria utilização da edificação ou choques provocados por tentativas de intrusões intencionais ou não. Os impactos com maiores energias referem-se ao estado-limite último.

5.4.1 Critério – Resistência a impactos de corpo mole

Sob ação de impactos progressivos de corpo mole, os SVVIE não podem:

a) sofrer ruptura ou instabilidade (impactos de segurança), que caracterize o estado-limite último, para as energias de impacto correspondentes indicadas nas Tabelas 3.b) Apresentar fissuras, escamações, delaminações ou qualquer outro tipo de falha (impactos de utilização) que possa comprometer o estado de utilização, observando-se ainda os limites dedeslocamentos instantâneos e residuais indicados nas Tabelas 3.c) Provocar danos a componentes, instalações ou aos acabamentos acoplados ao SVVIE.

5.4.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, além do que, quando ensaiado de acordo com a ABNT NBR 11675

5.5 Requisito– Cargas de ocupação incidentes em guarda-corpos e parapeitos de janelas

Resistir à ação das cargas de ocupação que atuam nos guarda-corpos e parapeitos da edificação habitacional.

O esforço aplicado é representado por:a) esforço estático horizontal;b) esforço estático vertical;c) resistência a impactos.

5.5.1 Critério – Ações estáticas horizontais, estáticas verticais e de impactos incidentes em guarda-corpos e parapeitos

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Os guarda-corpos de edificações habitacionais devem atender o disposto na ABNT NBR 14718,relativamente aos esforços mecânicos e demais disposições previstas.Os parapeitos de janelas devem atender aos esforços mecânicos, da mesma forma que os guardacorpos.No caso de impactos de corpo mole e corpo duro aplicam–se os critérios previstos em 5.4.1, 5.5.1 e 5.5.1.

5.5.1.1 Método de avaliação

Realização de ensaio de tipo, em laboratório ou em campo, de acordo com os métodos de ensaio indicados na ABNT NBR 14718.No caso de parapeitos, adotar as diretrizes gerais dos métodos previstos na ABNT NBR 14718 e os métodos para ensaios de impacto previstos nesta parte da ABNT NBR 15575 e normas complementares.

5.5.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve estabelecer os detalhes executivos e as cargas de uso previstas para casos especiais, bem como atender às dimensões estabelecidas na ABNT NBR 14718, no caso de guarda-corpos.

5.5.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende quando ensaiados de acordo com a ABNT NBR 14718, ou com suas diretrizes gerais ou com os demais métodos aqui previstos.

6.SEGURANÇA CONTRA INCENDIO 

6.1 Generalidades

Além dos requisitos e critérios considerados nesta parte da ABNT NBR 15575, devem ser atendidos osrequisitos e critérios pertinentes constantes na ABNT NBR 15575-1 e na ABNT NBR 15575-2.

6.2 Requisito– Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada

Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio e não gerarfumaça excessiva capaz de impedir a fuga dos ocupantes em situações de incêndio.

6.2.1 Critério – Avaliação da reação ao fogo da face interna dos sistemas de vedações verticaise respectivos miolos isolantes térmicos e absorventes acústicos

As superfícies internas das vedações verticais externas (fachadas) e ambas as

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superfícies das vedações verticais internas devem classificar-se como:

a) I, II A ou III A, quando estiverem associadas a espaços de cozinha;b) I, II A, III A ou IV A, quando estiverem associadas a outros locais internos da habitação, exceto cozinhas;c) I ou II A, quando estiverem associadas a locais de uso comum da edificação;d) I ou II A, quando estiverem associadas ao interior das escadas, porém com Dm inferior a 100.

Os materiais empregados no meio das paredes (miolo), sejam externas ou internas, devem ser classificados como I, II A ou III A.

6.2.1.1 Método de avaliação

O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como base da avaliação dos materiais empregados nas vedações verticais é o especificado na ABNT NBR 9442, conforme classificação dos materiais de acordo com a Tabela 5. Entretanto para as situações mencionadas a seguir, este método não é apropriado.

Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho.Parte 5: Requisitos para sistemas de coberturas

1.RESUMO

É visto como cobertura todo complexo que estende por cima de um imóvel, uma porcentagem que varia em termos financeiro, podendo ser o custo mais caro de um empreendimento. A norma busca atender a boa qualidade, e conforto padronizado para todos.

As coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando as características de função e estilo arquitetônico das edificações. As coberturas têm como função principal a proteção das edificações, contra a ação das intempéries, atendendo às funções utilitárias, estéticas e econômicas. Em síntese, as coberturas devem preencher as seguintes condições:

a)    funções utilitárias: impermeabilidade, leveza, isolamento térmico e acústico;

b)    funções estéticas: forma e aspecto harmônico com a linha arquitetônica, dimensão dos elementos, textura e coloração;

c)    funções econômicas: custo da solução adotada, durabilidade e fácil conservação dos elementos.

Para a especificação técnica de uma cobertura ideal, o profissional deve observar os fatores do clima (calor, frio, vento, chuva, granizo, neve etc.), que determinam os detalhes das coberturas, conforme as necessidades de cada situação.

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Entre os detalhes a serem definidos em uma cobertura, deverá ser sempre especificado, o sistema de drenagem das águas pluviais, por meio de elementos de proteção, captação e escoamento, tais como:

a)    detalhes inerentes ao projeto arquitetônico: rufos, contra-rufos, calhas, coletores e canaletas;

b)    detalhes inerentes ao projeto hidráulico: tubos de queda, caixas de derivação e redes pluviais.

De acordo com os sistemas construtivos das coberturas, ou seja, quanto às características estruturais determinadas pela aplicação de uma técnica construtiva e/ou materiais utilizados, podemos classificar as coberturas em coberturas naturais(minerais, vegetais, membranas, malhas metálicas, tipos casca).

2.INTRODUÇÃO

A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas específicas como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação, o conforto tátil e antropodinâmico dos usuários.

A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas prescritivas deve possibilitar o atendimento às exigências do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.

Todas as disposições contidas nesta Norma, aplicáveis a edifícios habitacionais de até cinco pavimentos e a sistemas, projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções específicas do respectivo Manual de operação, uso e manutenção.

Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada Parte desta Norma.

Objetivamente, esta Norma visa alavancar tecnicamente a qualidade requerida e a oferta de moradias, ao estabelecer regras para avaliação do desempenho de imóveis habitacionais, auxiliando nas análises que definem o financiamento de imóveis e possibilitando adequações nos procedimentos de execução, uso e manutenção dos imóveis.

Esta Parte 5 se refere às exigências dos usuários e aos requisitos referentes aos sistemas de coberturas.

Os Sistemas de Coberturas exercem funções importantes nos edifícios habitacionais, desde a contribuição para preservação da saúde dos usuários até a própria proteção do corpo da construção, interferindo diretamente na durabilidade dos demais elementos que a compõem.

Os sistemas de coberturas (SC) impedem a infiltração de umidade oriunda das

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intempéries para os ambientes habitáveis; previnem a proliferação de microorganismos patogênicos, e de diversificados processos de degradação dos materiais de construção – incluindo apodrecimento, corrosão, fissuras de origem higrotérmica e outros.Por esses motivos, os SC devem ser planejados e executados de forma a proteger os demais sistemas.

Sendo o SC a parte do edifício habitacional mais exposto à radiação direta do sol, ele exerce predominante influência na carga térmica transmitida aos ambientes (casas térreas e último pavimento de sobrados ou prédios), influenciando diretamente no conforto térmico dos usuários e no consumo de energia para acionamento de equipamentos de ventilação forçada e / ou condicionamento artificial do ar.

Os SC ao integrarem-se perfeitamente ao corpo dos edifícios habitacionais, interagem com os sistemas de instalações hidrossanitárias, sistemas de proteção de descargas atmosféricas, sistemas de isolação térmica e outros, necessariamente previstos em projeto.

As ações atuantes, particularmente vento, intensidade de chuvas e insolação, são as que exercem a maior influência e são determinantes nos projetos de SC.

Os aspectos relacionados à segurança de pessoas, devido serviços de execução ou manutenção dos SC serem exercidos em locais acima do solo e de acesso cuidadoso, constituem considerações adicionais previsíveis nos projetos.As disposições contidas nesta Norma, aplicáveis aos edifícios habitacionais até cinco pavimentos, referem-se aos sistemas de coberturas.

4. DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma aplicam-se os termos e definições da Partes 1 do PN 02:139.001 e os seguintes.

3.1 sistema de cobertura (SC)

Cobertura disposta no topo da construção, com as funções de assegurar estanqueidade às águas pluviais e salubridade, proteger demais sistemas do edifício habitacional ou elementos e componentes, da deteriorização por agentes naturais, e contribuir positivamente para o conforto termo-acústico do edifício habitacional

3.2 telhado

Elemento constituído pelos componentes telhas, peças complementares e acessórios, e estrutura suporte, indicados na Figuras 2

3.3 telhado de alpendre ou simplesmente alpendre

Telhado constituído ou formado por uma única água

3.4 telhado de duas águas

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Telhado formado por dois planos inclinados que concorrem na linha de cumeeira

3.5 telhado de quatro águas

telhado constituído por quatro planos inclinados, todos com forma de triângulos isósceles (formando uma pirâmide), ou dois trapézios com bases menores concorrentes (formando a linha de cumeeira) e dois triângulos opostos cujos lados concorrem com os lados inclinados dos trapézios (formando espigões)

3.6 telhado em arco

Telhado com águas côncavas, geralmente com forma de parábola

3.7 água, pano ou vertente

Cada um dos planos inclinados que constituem um telhado

3.8 água-mestra

Água principal de maior área, geralmente trapezoidal, existente em telhados de três ou quatro águas

3.9 ático ou desvão

Espaço compreendido entre o telhado e o forro (ou laje de forro inclinada)

3.10 caimento

Declividade da água

3.11 entreforro ou plenum ou ático

Espaço compreendido entre o forro e uma laje ou pano de telhado que lhe é paralelo

3.12 cobertura-terraço:

Cobertura de ambientes habitáveis que disponibiliza sua área, em parte ou em todo, por meio de acesso, para desenvolvimento de atividades.

3.13 laje plana

Laje de cobertura com declividade menor ou igual a 5%

3.14 lanternim

Trecho de telhado sobreposto e afastado das águas, destinado a ventilar e/ou iluminar o

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ambiente coberto

3.15 ponto

Relação entre a altura e a soma das larguras (em projeção) de duas águas simétricas em relação à linha de cumeeira.

3.16 selamento

Flecha ou deslocamento vertical ocorrido numa viga, numa tesoura ou num pano de telhado

3.17 sótão

Espaço ático acessível e passível de utilização pelos usuários do edifício habitacional

3.18 sub-cobertura

Manta impermeável aplicada sob o componente telhas, com a finalidade de impedir que pequenas infiltrações de água atinjam o forro ou a laje de coberturaNOTA Podem incorporar películas reflexivas ou isolantes, com a finalidade de melhorar o desempenho térmico da cobertura.

3.19 telheiro

Telhado com uma única água

3.20 teto

Superfície horizontal ou inclinada que delimita internamente a parte superior de um cômodo ou de uma casa

3.21 ensaio tipo

Ensaios de conformidade, de um SC, com base em amostras representativas do mesmo, em face de alterações havidas no projeto original

3.22 viga-calha

Viga com formato de canal aberto, destinada à captação e condução da água de chuva para fora dos limites do edifício habitacional

3.23 estrutura principal

Conjunto resistente apoiado diretamente nos pilares ou paredes do edifício habitacionalNOTA Pode ser constituídos por lajes, vigas, treliças e outros componentes ou sub-sistemas estruturais.

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3.24 estrutura secundária

Conjunto de componentes estruturais intercalados entre a estrutura principal e o telhado, normalmente constituído por terças, caibros e ripas

3.25 trama

Conjunto integrado pelas terças, caibros e ripas

3.26 tesoura

Elemento apoiado sobre pilares ou paredes, funcionando como sustentação da trama

Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – DesempenhoParte 6: Sistemas hidrossanitários.

1.RESUMO

A Norma de Desempenho contempla dois pontos a respeito dos produtos hidrossanitários que não eram considerados nas normas já existentes.

Trata dos sistemas hidrossanitários, lista os requisitos para os sistemas prediais de água fria e de água quente, de esgoto sanitário e ventilação, além dos sistemas prediais de águas pluviais. Para a engenheira Vera Hachich, sócia-gerente da Tesis e relatora do grupo de trabalho dessa parte da norma, os maiores esforços das construtoras e dos projetistas para atender aos requisitos de desempenho serão quanto à análise dos projetos. Essa análise deverá prever que o sistema hidrossanitário e seus componentes consigam atender aos critérios de desempenho e de durabilidade. As instalações hidrossanitárias são responsáveis diretas pelas condições de saúde e higiene requeridas para a habitação, além de apoiarem todas as funções humanas nela desenvolvidas (cocção de alimentos, higiene pessoal, condução de esgotos e águas servidas etc). As instalações devem ser incorporadas à construção de forma a garantir a segurança dos usuários, sem riscos de queimaduras.

4. Definições

Para os efeitos da presente norma aplicam-se as definições apresentadas nos Projetos 02:136.01.001/1 e as definições a seguir indicadas:

4.1 Corrente de fuga pelo aparelho elétrico de aquecimento de água

Corrente elétrica errática que os equipamentos elétricos podem transmitir ao usuário.

4.2 Fonte de abastecimento de água

Sistema destinado a fornecer água para o sistema.Nota: Pode ser a rede pública da concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de água.

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4.3 Ponto de utilização

Extremidade à jusante do sub-ramal a partir de onde a água passa a ser considerada água para uso.

4.4 Protetor térmico

Dispositivo que durante o funcionamento anormal do aparelho de aquecimento instantâneo de água limita atemperatura da água aquecida, sem poder ser ajustado ou alterado pelo usuário.

4.5 Refluxo de água

Escoamento de água ou outros líquidos e substâncias, proveniente de qualquer fonte que não a fonte deabastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a conduzir água desta fonte.

4.6 Retrossifonagem

Refluxo de água servida (proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou qualquer outro recipiente) parao interior de uma tubulação, devido à sua pressão ser inferior à atmosférica.

4.7 Separação atmosférica

Separação física (cujo meio é preenchido por ar) entre o ponto de utilização ou ponto de suprimento e o nível de transbordamento dos reservatórios, aparelhos sanitários ou outros componentes associados ao ponto de utilização.

4.8 Sistema de aquecimento instantâneo de água

Sistema onde a água a ser utilizada se aquece de forma instantânea pela sua passagem pela fonte de aquecimento, como por exemplo os seguintes aparelhos elétricos: chuveiros e torneiras, aquecedor de passagem a gás, etc.

4.9 Sistema de aquecimento de água por acumulação

Sistema onde a água é aquecida e armazenada em reservatórios térmicamente isolados para serposteriormente utilizada pelos usuários, como por exemplo os “boilers” e os aquecedores de cumulação agás.4.10 Sistema de aterramento

Conjunto de todos condutores e peças condutoras com os quais é feita a ligação elétrica com a terra.

4.11 Sistema hidrossanitário

Sistemas hidráulicos prediais destinados a suprir os usuários com água potável e reuso, e a coletar e afastar os esgotos sanitários, bem como coletar e dar destino às águas pluviais.

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4.12 TubulaçãoConjunto de componentes basicamente formado por tubos, conexões, válvulas e registros, destinado a conduzir água.

4.13 Exigências do usuário

Este item se encontra detalhado no projeto 02:136.01-001/1.

4.14 Calha

Canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz ao tubo de queda.

5. Segurança estrutural

5.1 Requisito – resistência mecânica dos sistemas hidrossanitários e das instalações Resistir às solicitações mecânicas durante o uso.

5.1.1 Critério – tubulações suspensas

Os fixadores ou suportes das tubulações, aparentes ou não, assim como as próprias tubulações, devem resistir, sem entrar em colapso, a 5 vezes o peso próprio das tubulações cheias d’água para tubulações fixas no teto ou em outros elementos estruturais, bem como não apresentar deformações que excedam 0,5 % dovão.Nota: Quando as tubulações estiverem sujeitas a esforços dinâmicos significativos, por exemplo tubulações de recalque ou água quente, estes devem ser levados em consideração.

5.1.1.1 Método de avaliação

Realização de Ensaio Tipo, em laboratório ou em campo, de acordo com o descrito a seguir realizado em protótipo, aplicando-se as cargas mencionadas no ponto médio entre dois fixadores ancorados conforme preconizado em projeto.Após 30 minutos de atuação da carga, registrar se houve ocorrência de colapso dos fixadores ou dos suportes, ou de ambos, bem como se houve colapso das tubulações, registrando as deformações.

5.1.1.2 Nível de desempenho: M.

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja atende, quando ensaiado, ao disposto em 5.1.1

5.1.2 Critério – tubulações enterradas

As tubulações enterradas devem manter sua integridade.

5.1.2.1 Método de avaliação

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Verificar em projeto a existência de berços e envelopamentos, ou berços ou envelopamentos consubstanciado em memórias de cálculo constantes no projeto ou em bibliografias.

5.1.2.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja atende, ao projeto.

5.1.3 Critério – tubulações embutidas

As tubulações embutidas não devem sofrer ações externas que possam danificá-las ou comprometer a estanqueidade ou o fluxo.

5.1.3.1 Método de avaliação

Verificar em projeto, nos pontos de transição entre elementos (parede x piso, parede x pilar ), a existência de dispositivos que assegurem a não transmissão de esforços para a tubulação.

5.1.3.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja atende, ao projeto.

5.2 Requisito – solicitações dinâmicas dos sistema hidrossanitários

Não provocar golpes e vibrações que impliquem em risco à sua estabilidade estrutural.02:6 136.01.001/6 :2006

5.2.1 Critério – sobrepressão máxima no fechamento de válvulas de descarga

As válvulas de descarga, metais de fechamento rápido e do tipo monocomando, não devem provocarsobrepressões no fechamento superiores a 0,2 MPa.

5.2.1.1 Método de Avaliação

As válvulas de descarga utilizadas nos sistemas hidrossanitários quando ensaiadas, devem atender o estabelecido na NBR 12905 e NBR 12904

5.2.1.2 Nível de Desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja atende aos valores indicados na NBR 12905 e NBR12904

5.2.2 Critério – altura manométrica máxima

O sistema hidrossanitário deve atender à altura manométrica máxima estabelecida na NBR 5626.

5.2.2.1 Método de avaliação

Page 21: Resenha - Canteiros e Fundaçoes

Verificar em projeto as alturas manométricas mais desfavoráveis para os componentes.

5.2.2.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja atende, aos valores estabelecidos na NBR5626.

5.2.3 Critério – sobrepressão máxima quando da parada de bombas de recalque

A velocidade do fluído deve ser inferior a 10 m / s.

5.2.3.1 Método de avaliação

Verificar a menção no projeto da velocidade do fluído prevista.O projeto pode estabelecer velocidades

5.2.3.2 Nível de desempenhoO nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja atende, aos valores estabelecidos para asvelocidades previstas em projeto.

5.2.4 Critério – resistência a impactos de tubulações parentes

As tubulações aparentes, fixadas até 1,5m acima do piso térreo, devem resistir aos impactos que possam ocorrer, durante a vida útil de projeto, conforme valores indicados na Tabela 6, sem sofrerem perda de funcionalidade (impacto de utilização) ou ruína (impacto limite).

5.2.4.1 Método de avaliação

Aplicar às tubulações, fixadas de acordo com as especificações de projeto, as energias de impacto estabelecidas na tabela 6, observando-se os detalhes do ensaio apresentados na tabela 7.A tubulação, quando em ensaiada, deve estar totalmente cheia de água nas instalações de água e vazias nas de gás, esgoto e águas pluviais.Após cada impacto, deve-se verificar a ocorrência ou não de vazamentos ou outros danos superficiais na tubulação.

5.2.4.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja atende, aos valores estabelecidos na tabela 6 quando as tubulações sào ensaidas conforme 5.2.4.1.6 Segurança contra incêndio

6.1 Requisito – combate a incêndio com água

Dispor de reservatório domiciliar de água fria, superior ou inferior, de volume de água necessário para o combatea incêndio, além do volume de água necessária para o consumo dos usuários aplicável para aqueles casos em que a edificação necessitar de sistema de hidrante.

6.1.1 Critério – reservação de água para combate a incêndio

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O volume de água reservado para combate a incêndio deve ser estabelecido segundo a Legislação Vigente, ou na sua ausência, segundo aa norma NBR 13714.

6.1.1.1 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja atende, aos valores estabelecidos na Legislação Vigente ou na NBR 13714.

6.2 Requisito - combate a incêndio com extintores

Dispor de extintores com selo de conformidade do INMETRO, nos casos em que a edificação necessitar de combate manual ao incêndio.

6.2.1 Critério – tipos e posicionamento de extintores

Os extintores devem ser classificados e posicionados de acordo com a norma NBR 12693.

6.2.1.1 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja atende, ao estabelecido na NBR 12693.

7 Conforto acústico

7.1 Requisito – limitação de ruídos

Não provocar ruídos desagradáveis aos seus usuários.

7.1.1 Critério – velocidade de escoamento da água

A velocidade de escoamento da água nas tubulações dos sistemas prediais de água fria, quente e pluviais não deve ser superior ao valor especificado pelas normas NBR 5626, NBR 7198 e NBR 10844 respectivamente.

7.1.1.1 Método de avaliação

Análise de projeto quanto ao atendimento das NBR’s5626, 7198 e 10844

7.1.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja atende, às velocidades prescritas em nas NBRs citadas em 7.1.1.1.

7.1.2 Critério – ruídos gerados por vibrações

As tubulações, equipamentos e demais componentes sujeitos a esforços dinâmicos, devem ser projetados para que não propaguem vibrações aos elementos das edificações.

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7.1.2.1 Método de avaliação

Análise de projeto quanto aos dispositivos previstos para eliminação de ruídos incluindo a avaliação da justificação técnica.

7.1.2.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, o projeto apresenta as justificações conforme 7.1.2.1.

8 Saúde, higiene e qualidade do ar

8.1 Requisito – contaminação da água a partir dos componentes das instalações

Evitar a introdução de substâncias tóxicas ou impurezas.

8.1.1 Critério – independência do sistema de água

O sistema de água fria deve ser separado fisicamente de qualquer outra instalação que conduza água não potável ou fluido de qualidade insatisfatória, desconhecida ou questionável.

Os componentes da instalação do sistema de água fria não devem transmitir à água substâncias tóxicas, ou contaminar a água por meio de metais pesados.

8.1.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto quanto ao atendimento às NBR 5626, NBR 5648, NBR 13206 e NBR 7542.Verificação da menção em projeto da utilização de componentes que assegurem a não existência de substâncias nocivas ou presença de metais pesados.

8.1.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja o projeto atende às NBR’s citadas em 8.1.1.1 bem como o projeto menciona a utilizaçào de componentes que atendem ao prescrito em 8.1.1.1

8.2 Requisito – contaminação biológica da água na instalação de água potável

Não utilizar material ou componente que permita o desenvolvimento de bactérias ou outras atividades biológicas, as quais provocam doenças.

8.2.1 Critério – risco de contaminação biológica das tubulações

Todo componente de instalação aparente deve ser fabricado de material lavável e impermeável para evitar a impregnação de sujeira ou desenvolvimento de bactérias ou atividades biológicas.

Page 24: Resenha - Canteiros e Fundaçoes

Aspectos sobre o atendimento, método de avaliação e níveis se encontram indicados no projeto.

8.2.2 Critério – risco de estagnação da água

Os componentes da instalação hidráulica não devem permitir o empoçamento de água.

8.2.2.1 Método de avaliação

Os tampos de pia de cozinha, pisos de banheira ou boxes, quando ensaiados de acordo com o método indicado no anexo B não devem permitir o empoçamento.

8.2.2.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja não permite o empoçamento de água.

8.3 Requisito – contaminação da água potável do sistema predial

Não ser passível de contaminação por qualquer fonte de poluição ou agentes externos .

8.3.1 Critério – tubulações e componentes de água potável enterradas

Os componentes do sistema de instalação enterrados devem ser protegidas contra a entrada de animais ou corpos estranhos, bem como de líquidos que possam contaminar a água potável, em conformidade com a NBR 5626 e a NBR 8160.

8.3.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto quanto ao atendimento das NBR 5626 e 8160.

8.3.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja o projeto atende às NBR’s citadas em 8.3.1.1.

8.4 Requisito – contaminação por refluxo de água

Não permitir o refluxo ou retrossifonagem.

8.4.1 Critério – separação atmosférica

A separação atmosférica por ventosas ( ou dispositivos quebradores de vácuo) devem atender às exigênciasda norma NBR 5626.

8.4.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto quanto ao atendimento à NBR 5626.

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8.4.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja o projeto atende às NBR’s citadas em 8.4.1.1.

8.5 Requisito – ausência de odores provenientes da instalação de esgoto

Não permitir o retorno de gases aos ambientes sanitários.

8.5.1 Critério – estanqueidade aos gases

O sistema de esgotos sanitários deve ser projetado de forma a não permitir a retrossifonagem ou quebra doselo hídrico.

8.5.1.1 Método de avaliação

Verficaçào do projeto quanto ao atendimento à NBR 8160.

8.5.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja o projeto atende às NBR’s citadas em 8.5.1.1.