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PRISCILA DOS ANJOS BORGES A IMPORTÂNCIA DOS PROCESSOS EMPRESARIAIS Resenha crítica realizada por meio da leitura do artigo: As empresas são grandes coleções de processos, vinculada aos trabalhos da disciplina Administração Geral, ministrada pelo Profº Me. Flávio Oliva, do curso de graduação de Tecnologia em Gestão Empresarial da Faculdade de Tecnologia de Presidente Prudente.

Resenha crítica

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PRISCILA DOS ANJOS BORGES

A IMPORTÂNCIA DOS PROCESSOS EMPRESARIAIS

Resenha crítica realizada por meio da leitura do artigo: As empresas são grandes coleções de processos, vinculada aos trabalhos da disciplina Administração Geral, ministrada pelo Profº Me. Flávio Oliva, do curso de graduação de Tecnologia em Gestão Empresarial da Faculdade de Tecnologia de Presidente Prudente.

Presidente Prudente

2012

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A IMPORTÂNCIA DOS PROCESSOS EMPRESARIAIS

Ao realizar a leitura do texto As Empresas são grandes coleções de

processos, podemos realizar uma discussão interessante, diante de alguns

pontos centrais, como a conceituação dos processos nas empresas, como são

organizados, os tipos de processos, suas características essenciais, sua

importância, e por fim como a tecnologia influencia esses processos.

Ao falarmos em processos, encontramos diversos conceitos e

definições, entretanto podemos tomar como ponto de partida a visão de

Hammer e Champy (1994) apud Gonçalves (2000) onde descrevem processo

como “um grupo de atividades realizadas numa sequencia lógica com o

objetivo de produzir um bem ou um serviço que tem valor para um grupo

específico de clientes".

Assim, são apresentadas três categorias básicas de processos

empresariais: os processos de negócio, os processos organizacionais e os

processos gerenciais.

Os processos de negócio são aqueles que caracterizam a atuação da

empresa e que são suportados por outros processos internos, resultando no

produto ou serviço que é recebido por um cliente externo e são ligados à

essência do funcionamento da organização (Dreyfuss, 1996 apud Gonçalvez,

2000). Eles são típicos da empresa em que operam e são muito diferentes de

uma organização para outra.

Gonçalves afirma que os processos organizacionais são centralizados

na organização e viabilizam o funcionamento coordenado dos vários

subsistemas da organização em busca de seu desempenho geral, garantindo o

suporte adequado aos processos de negócio, geralmente produzem resultados

imperceptíveis para os clientes externos, mas são essenciais para a gestão

efetiva do negócio. O suprimento de material é um processo organizacional nas

empresas não fabris.

Ainda de acordo com Gonçalves, os processos gerenciais incluem as

ações que os gerentes devem realizar para dar suporte aos demais processos

de negócio. A avaliação da qualidade do atendimento aos pedidos dos clientes

é um processo gerencial típico em diversas organizações.

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Os processos organizacionais e gerenciais são processos de informação

e decisão. Eles podem ser verticais e horizontais. Os processos verticais se

referem ao planejamento e ao orçamento empresarial e se relacionam com a

alocação de recursos escassos (fundos e talentos). Os processos horizontais

tem como base o fluxo do trabalho. Para Galbraith (1995) apud Gonçalvez

(2000), o trabalho nesses processos podem ser realizados de muitas maneiras,

gerando outros processos horizontais, como o processo voluntário que parte da

iniciativa dos envolvidos; o processo formal que é definido e regulamentado

pela organização; e o processo coordenado onde equipes de trabalho se

organizam de maneira complexa e formal.

Além disso, os processos nas empresas podem ser ainda internos, onde

são iniciados, executados e finalizados dentro da mesma empresa, ou

externos, envolvendo diversas empresas.

Graham, (1994) apud Gonçalvez (2000) relata que

“(...) a definição dos processos básicos é essencial para algumas estratégias de aperfeiçoamento do funcionamento das empresas, já que grupos serão alocados a eles, tanto para execução como para gestão. Os times horizontais, por exemplo, são criados a partir de unidades que naturalmente se aproximam para completar uma parte do trabalho a ser feito ou um processo dentro da empresa.”.

Dreyfuss (1996) apud Gonçalvez (2000) descreve que identificar o

processo é de grande relevância numa organização, sendo necessária a

definição básica das pessoas e demais recursos da empresa.

Nem todos os processos têm a mesma importância para as empresas,

tanto sob o ponto de vista dos resultados gerados como dos recursos

envolvidos.

Uma vantagem específica pode ser obtida e explorada pelas empresas que decidem investir no aperfeiçoamento de processos cuidadosamente escolhidos. A experiência tem mostrado que o aperfeiçoamento de processos errados pode levar ao paradoxo dos processos: as empresas podem ter mau desempenho e até mesmo falir ao mesmo tempo que esforços de melhoria de processos estão sendo feitos para melhorar dramaticamente a eficiência por meio da economia de tempo e dinheiro e melhorando a qualidade do produto e o serviço ao cliente. Muitas vezes, os resultados são dramáticos em termos de processos individuais, mas os resultados globais são decepcionantes (Hall et al., 1993).

Gonçalves (1993) apud Gonçalvez (2000) ressalta a importância da

tecnologia nessa relação do trabalho por processo:

O impacto da tecnologia na realização do trabalho abrange desde alterações na forma de realização do trabalho individual até a maneira

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pela qual as empresas trabalham juntas em processos interorganizacionais, passando pela redefinição da maneira pela qual os grupos de pessoas realizam suas tarefas grupais, e ainda considera a tecnologia (...) a ferramenta do redesenho de processos por excelência.

Kanter (1997) apud Gonçalvez (2000) diz que , quando utilizadas de

forma consistente na empresa, permitem que as pessoas assumam mais

responsabilidades, adotem mecanismos mais eficazes de participação na

realização do trabalho e empreguem melhores meios de comunicação e

produção.

Entre todas as tecnologias empregadas nas empresas, a tecnologia de

informação (TI) tem importância especial para a abordagem de processos,

Além da sua utilização na automatização de tarefas e na própria execução dos

processos.

Assim, diante de tudo o que foi exposto pelo autor, é possível fazer

algumas considerações, aonde percebemos que o processo é o modo

sistemático de fazer algo, um conjunto de atividades e tarefas para atingir o

objetivo comum da organização, e que sua utilização pelas empresas

contribuem para o aumento da demanda de mercado, exigindo assim o

desenvolvimento de novos produtos e serviços de forma mais ágil e rápida.

Entretanto, para que isso ocorra com eficiência e eficácia, é importante

primeiramente definir quais são os processos mais relevantes para a

organização e aqueles que os suportam. Assim, é preciso compreender como

se deve atuar e quais os diferenciais atuais e desejados para o futuro.

Portanto, é essencial pensarmos na prioridade dos processos dentro da

empresa, permitindo que se faça uma análise de todo o potencial possível,

sendo assim, identificar os atributos dos processos, que se resume em medir,

atuar e melhorar. Tão importante quanto mapear os processos é definir os

indicadores de desempenho, além dos modelos de controle a serem utilizados.

Gonçalves (1997) apud Gonçalvez (2000) relata que o futuro vai

pertencer às empresas que conseguirem explorar o potencial da centralização

das prioridades, as ações e os recursos nos seus processos. As empresas do

futuro deixarão de enxergar processo apenas na área industrial, serão

organizadas em torno de seus processos não fabris essenciais e centrarão

seus esforços em seus clientes.

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A intenção de se trabalhar com processos é de garantir um modelo de

operação que não leve a perda de esforço e de eficiência, ou que gere altos

custos ou ofereça riscos ao negócio. A preocupação maior é assegurar

melhores resultados, e a possibilidade de atingir os objetivos almejados. É

necessária maior percepção das relações entre processos. Nesse sentido, não

basta controlar os resultados dos processos, é preciso treinar e integrar as

pessoas visando gerar fluxo de atividades mais equilibrado e controlado, com o

foco na demanda do mercado.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

GONÇALVES, José Ernesto L. As empresas são grandes coleções de processos. RAE Revista de Administração de Empresas. São Paulo: Jan/Mar/ 2000 v.40. n.1. p.6-19.