A teoria de igualdade de recursos trata sobre a questão de

igualdade de quaisquer recursos que os indivíduos possuam privadamente.

Entretanto, o poder político e o poder sobre recursos públicos e privados é

tratado de forma diferenciada, pois nas teorias econômicas avançadas, a

gerência sobre recursos públicos faz parte de seus recursos privados. Quem tem

poder de influência sobre decisões acerca de um produto, é mais rico que a

pessoa sem poder de influência. Logo, uma teoria geral da igualdade de

integrar recursos privados e poder político.

A divisão igualitária de recursos necessita de um mercado

econômico para analisar a sociedade e poder instituir as políticas necessárias

para se alcançar essa igualdade. Esse mercado, entretanto, apesar de pregar a

liberdade, necessita de uma política sensata e moderada que imponha algumas

restrições para atingir a igualdade.

Em qualquer teoria de igualdade de recursos, deve-se ter um

mercado econômico com um sistema de atribuição de preços a uma grande

variedade de bens e serviços em seu núcleo. Para demonstrar essa questão,

faremos um exercício simples. Digamos que um grupo de náufragos vá para uma

ilha deserta com recursos abundantes. Todos os recursos serão divididos

igualmente entre eles. Será feito entre eles o “teste de cobiça”, em que

ninguém pode preferir o quinhão do outro.

Será dividido entre eles porções relativamente iguais de recursos,

de modo a satisfazer igualmente a todos. Mesmo com essa divisão igualitária,

alguém pode não ficar satisfeito, se receber uma quantidade de recurso que

não gosta. Logo, mesmo não desejando o quinhão alheio, este náufrago ficará

insatisfeito com o seu próprio quinhão.