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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES
ACADÊMICA :JOSIARA RODRIGUES PINHO
RESENHA SOBRE O TEMA: OBJETIVOS DA CONTABILIDADE, USOS DA
INFORMAÇÃO CONTÁBIL E CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE.
ABORDAGENS METODOLÓGICAS DA CONTABILIDADE.
Os objetivos da Contabilidade
O objetivo da Contabilidade é fornecer informação estruturada de natureza econômica,
financeira e subsidiariamente, física, de produtividade e social aos usuários internos e
externos à entidade objeto da Contabilidade. Fornecer informação estruturada significa
que a Contabilidade não fornece dados e informações de forma dispersa e apenas
seguindo as solicitações imediatas dos interessados,mas sim de maneira estruturada com
planejamento contábil em que um sistema de informação é desenhado,colocado
em funcionamento e periodicamente revisto,tendo em vista parâmetros próprios.
Assim as operações da entidade à qual se está aplicando a Contabilidade são estudadas
minuciosamente, sendo então desenhado o Plano e Manual de Contas para a
contabilização sistemática das operações rotineiras da entidade, ao mesmo tempo em
que são delineados os principais tipos de relatórios (demonstrações) que devem sair do
processo contábil. Esses relatórios devem atender às necessidades:
1.Dos usuário externos(bancos,eventuais investidores etc.) e
2.Dos usuários internos à entidade (administradores,funcionários etc.).Os usuários
externos utilizam as demonstrações contábeis como o Balanço Patrimonial(posição das
contas num determinado momento), Demonstração de Resultado do Exercício (uma
demonstração de fluxos econômicos), Demonstração de Origens e Aplicações de
Recursos e Fluxo de Caixa.Os usuários internos utilizam além das demonstrações
acima, utilizam também relatórios: Comparações entre custos orçados (ou padrão) e
reais; Relatórios para decisões especiais do tipo:a.Fabricar versus adquirir,b.Orçamento
de capital,c.Expansão da fábrica,d.Criação de divisões,e.Relatórios sobre mix de
produtos e serviços etc.
De maneira geral pode-se dizer que um sistema de informação contábil será tão
avançado quanto mais for capaz de produzir todos os relatórios gerenciais (além dos
tradicionais) da forma mais automática e repetitiva possível,com o menor grau de
trabalho adicional por parte do contador.Nesse caso,tem-se um sistema contábil que
atende às decisões de natureza operacional,tática e,no limite,estratégica.O campo de
atuação da Contabilidade, na verdade seu objeto, é o patrimônio de toda e qualquer
entidade; ela acompanha a evolução qualitativa e quantitativa desse patrimônio.
Objetivo principal da contabilidade: permitir que os usuários avaliem a situação
financeira e econômica da entidade e possam inferir sobre as tendências futuras da
mesma.
Os objetivos da contabilidade devem contribuir para o processo decisório dos usuários,
não se justificando por si mesma. Antes, deve ser um instrumento útil à tomada de
decisões. Para tal, devem ser observados dois pontos: 1-As empresas devem evidenciar
ou divulgar todas aquelas informações que contribuem para a adequada avaliação de sua
situação patrimonial e de resultados,permitindo inferências em relação ao futuro. As
informações que não estiverem explícitas nas demonstrações devem constar em
Notas Explicativas ou Quadros Complementar.2- A contabilidade tem íntimo
relacionamento do com os aspectos jurídicos os quais, muitas vezes não conseguem
retratar a essência econômica. Visando bem informar, a contabilidade deve seguir a
essência ao invés da forma. Exemplo: Uma empresa faz a venda de um ativo, assumindo
o compromisso de efetuar sua recompra por certo valor em determinada data.
Obedecendo a essência ao invés da forma, deve-se registrar na contabilidade uma
operação de financiamento (essência) e não de compra de venda (forma).
Finalidade Social do Contador
No que se refere à Contabilidade Geral ou Financeira, o trabalho do contador tem
alcance social em termos amplos, além de estritamente econômico. Afinal, informando
à sociedade quão bem (ou mal) certa entidade utiliza os recursos conferidos pelos sócios
ou pelo povo.A contabilidade é o melhor intérprete desse desempenho,pois verifica o
volume dos (e se necessário quais)produtos e serviços que a entidade repassou à
sociedade, se o fez os preços razoáveis,com boa qualidade, se é moderna,competitiva
etc..
Qualidade e característica da informação contábil
O processo decisório decorrente das informações apuradas pela Contabilidade não se
restringem apenas aos limites da empresa, aos administradores e gerentes (usuários
internos), mas também a outros segmentos, quais sejam usuários externos como:
Investidores: é através dos relatórios contábeis que se identifica a situação econômica da
empresa,assim o investidor tem às mãos os elementos necessários para decidir sobre as
melhores alternativas de investimentos.
Fornecedores de bens e serviços a crédito: usam os relatórios para analisar a capacidade
de pagamento da empresa compradora.
Bancos: utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, limite de crédito etc...
Governo: não só usa os relatórios com a finalidade de arrecadação de impostos como
também para dados estatísticos, sentido de melhorar redimensionar a economia (IBGE,
por exemplo).
Sindicatos: utilizam os relatórios para determinar a produtividade do setor, fator
preponderante para reajuste de salários.
Outros interessados: funcionários (usuário interno),órgãos de classes,pessoas e diversos
institutos,como a CVM,o CRC etc.
A informação contábil, como todo bem econômico, tem um custo e esse custo deve ser
sempre comparado com os benefícios esperados da informação. Uma das formas
de avaliar a qualidade da informação contábil, sua utilidade (benefício),quando
comparada com o custo,é analisar algumas qualidade ou características que deve
possuir, tais como: compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade
e tempestividade.
Compreensibilidade informação contábil precisa ser compreensiva, completa, e
retratar todos os aspectos contábeis de determinada operação ou conjunto de eventos
ou operações.
Relevância- Para o (IASC) instituto Internacional Accounting Standards Committee ,
a relevância é uma das características ou qualidades mais importantes da informação
contábil.A fim de ser útil a informação precisa ser relevante para as necessidades de
tomada de decisões dos usuários.A informação possui a qualidade da relevância
quando ela influencia as decisões econômicas dos usuários ajudando os a avaliar
eventos passados,presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo suas avaliações
passadas.
Confiabilidade- Para que seja útil, a informação precisa ser confiável.A
informação possui a qualidade da confiabilidade quando ela está livre de erros materiais
e vieses e pode ser aceita pelos usuários como representar ou que poderia razoavelmente
se esperar que representasse.
Comparabilidade- Os usuários precisam ter condições de comparar
as demonstrações contábeis de uma entidade através dos anos a fim de identificar
tendências em sua situação patrimonial e financeira e em seu desempenho.Os usuários
também precisam ter condições de comparar as demonstrações contábeis de diferentes
entidades a fim de avaliar sua situação patrimonial e financeira em termos
comparativos,seu desempenho e as mudanças na situação financeira.
Tempestividade- Existem algumas variáveis que restringem a utilidade e a plena
potencialidade das qualidades da informação acima descritas. São a tempestividade e
a relação custo/benefício.Pode-se afirmar que relevância,principalmente é afetada pela
tempestividade,no sentido de que muito pouco adianta ter informação relevante e
fidedigna se ela “passou do ponto”,ou melhor,da hora
Campo de atuação da Contabilidade
Contabilidade Fiscal: auxilia na elaboração de informações para os órgãos
fiscalizadores, do qual depende todo o planejamento tributário da entidade.
Contabilidade Pública: é o principal instrumento de controle e fiscalização que o
governo possui sobre todos os seus órgãos. Estes estão obrigados à preparação de
orçamentos que são aprovados oficialmente, devendo a Contabilidade pública registrar
as transações em função deles, atuando como instrumento de acompanhamento dos
mesmos. A Lei nº 4.320/64, constituindo-se na carta magna da legislação financeira do
País, estatui normas gerais para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços
públicos.
Contabilidade Gerencial: auxilia a administração na otimização dos recursos disponíveis
na entidade, através de um controle adequado do patrimônio.
Contabilidade Financeira: elabora e consolida as demonstrações contábeis para
disponibilizar informações aos usuários externos.
Contabilidade e Auditoria: compreende o exame de documentos, livros e registros,
inspeções e obtenção de informações, internas e externas, relacionadas com o controle
do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão destes registros e das demonstrações
contábeis deles decorrentes.
Perícia Contábil: elabora laudos em processos judiciais ou extrajudiciais sobre
organizações com problemas financeiros causados por erros administrativos.
Análise Econômica e Financeira de Projetos: elabora análises, através dos relatórios
contábeis, que devem demonstrar a exata situação patrimonial de uma entidade.
Contabilidade Ambiental: informa o impacto do funcionamento da entidade no meio
ambiente, avaliando os possíveis riscos que suas atividades podem causar na qualidade
de vida local.
Contabilidade Atuarial: especializada na Contabilidade de empresas de previdência
privada e em fundos de pensão.
Contabilidade Social: informa sobre a influência do funcionamento da entidade na
sociedade, sua contribuição na agregação de valores e riquezas, além dos custos sociais.
Contabilidade Agribusiness: atua em empresas com atividade agrícola de
beneficiamento in-loco dos produtos naturais.
Abordagens Metodológicas da Contabilidade
Entre as várias abordagens a ser estudada sob a teoria contábil é importante definir
apenas um modelo para definir o modelo contábil. A discussão estará baseada pelos
conceitos de Hendriksen e Iudícibus (2004, p. 26)
Abordagem ética
Segundo esta abordagem, a Contabilidade deve ser mostrada de forma justa, utilizando
a verdade e a clareza, pois como afirma Iudícibus (2004, p. 26) “a contabilidade deveria
se apresentar-se como justa e não enviesada para todos os interessados”.
Essa clareza e justiça são relativos, pois como afirma Hendriksen (1997, p.38), o que
vem a ser justo, verdadeiro ou não enviesado, nem sempre são unânimes.
Abordagem Comportamental
Nesta abordagem, as informações contábeis devem ser feitas adequadamente, de modo
que os usuários reajam para tomar a decisão correta. Segundo Iudicíbus (2004, p. 26)19
As informações contábeis deveriam ser feitas „‟sob medida‟‟, de forma que os usuários
reagissem para tomar a decisão correta. Esta aborgadem atinge os campos da Psicologia,
da Sociologia e da Economia. É dada ênfase à forma pela qual os relatórios contábeis
são utilizados mais do que ao desenvolvimento lógico dos demonstrativos.
A abordagem macroeconômica
Existe uma semelhança entre a abordagem macroeconômica e a teoria do
Comportamento, mas, porém ambas estabelecem objetivos econômicos definidos. De
acordo com Iudícibus (2004, p. 27) Esta abordagem é semelhante à teoria do
comportamento, porém fixa-se em objetivos econômicos definidos. Utiliza-se do
approach da teoria do comportamento para atingir determinados fins
macroeconômicos. Por exemplo, durante períodos de recessão, os relatórios contábeis
poderiam ser elaborados obedecendo a um conjunto de princípios que favorecessem
uma retomada do processo econômico, por meio da distribuição de mais dividendos ou
de maiores gastos de capital.
A abordagem sociológica
A abordagem sociológica está sendo bastante pesquisada na atualidade, dada a
amplitude de interesses que procura atingir sindicatos de empregados, governos e
outros, abrangendo desde como fazer e o que fazer com os gastos societários de
natureza política até a Contabilidade Social, e a variante institucional.
A abordagem sistêmica
A abordagem sistêmica pode ser conceituada como método de identificar, mensurar e
comunicar informação econômica, financeira, física e social, a fim de permitir decisões
e julgamentos adequados por parte dos usuários da informação.
Podemos conceitualizar, segundo Iudícibus (2004, p. 28) esta abordagem como “método
de identificar, mensurar e comunicar informação econômica, financeira, física e social,
a fim de permitir decisões e julgamentos adequados por parte dos usuários da
informação”.
Dedução e indução
A dedução é o processo de iniciar com objetivos e postulados e, destes, derivar
princípios lógicos que forneçam as bases para as aplicações práticas ou concretas.
Segundo Hendriksen a estrutura do processo dedutivo deveria incluir os seguintes
aspectos:
a) Formulação de objetivos gerais ou específicos dos relatórios contábeis;
b) Declaração dos postulados de Contabilidade concernentes ao ambiente
c) Econômico, político ou sociológico no qual a Contabilidade precisa operar;
d) Um conjunto de restrições a fim de guiar o processo de raciocínio;
e) Uma estrutura, um conjunto de símbolos ou framework (contexto), no qual as idéias
podem ser expressas e sumarizadas;
f) O desenvolvimento de um conjunto de definições;
g) A formulação dos princípios ou declarações gerais de políticas, derivados do
processo lógico; e a aplicação dos princípios a situações específicas e o
estabelecimento de métodos de procedimentos e normas.
O processo indutivo esta relacionado em reter conclusões generalizadas por meio de
observações e mensurações parciais detalhadas. A aplicação na contabilidade a indução
é feita pela observação e análise de informações financeiras relativas a empresas e
entidades, segundo Iudícibus: O processo indutivo. Este processo consiste em obter
conclusões generalizantes a partir de observações e mensurações parciais detalhadas.
Muitas descobertas no campo da /física e em outras ciências foram possíveis pelo uso
do processo indutivo. Em contabilidade, por exemplo, a aplicação da indução seria feita
pela observação e análise de informações financeira relativas a empresas e entidades
(2004, p.30). Entretanto, algum tipo de pensamento dedutivo sempre estará implícito o
pensamento indutivo que estará à escolha do que observar que evidenciará as noções
previamente concebidas do que é ou não relevante.