3
Sinopse - Abaixo as Regras Design gráfico e pós-modernismo - Rick Poynor Abaixo as Regras é a primeira pesquisa crítica abrangente que busca compreender o movimento internacional do pós-modernismo no design gráfico. O jornalista e crítico Rick Poynor recupera com detalhes as transformações cria- tivas ocorridas nos últimos 20 anos, organizando uma história complexa e multifacetada em temas-chave como: origens do design pós-moderno, teoria da desconstrução, questões de apropriação e autoria e revolução da tipografia digital. Cada tópico é exemplificado com amostras de trabalhos brilhantes, produzidos entre 1980 e 1990, que mudaram a maneira como o designer e seu público pensam a comunicação gráfica. Repleto de ilustrações, o livro é uma referência essencial para profissionais, professores e estudantes de design gráfico, publicidade e artes visuais. Princípios Universais do Design Autor: William Lidwell; Kristina Holden; Jill Butler Editora: Bookman Este é o primeiro guia de referência interdisciplinar da área. Amplamente ilustrado e fácil de consultar, este livro combina explicações claras e exemplos visuais de 125 conceitos relacionados ao design, à psicologia, à engenharia e à arquitetura. Da Regra 80/20 à Segmentação, da Preferência pelo Rosto de Bebê à Navalha de Occam, da Autossemelhança à Narração, os leitores ampliarão o conhecimento sobre temas instigantes e essenciais à criação. Kimberly Elam Professora, Ringling College of Art and Design, Estados Unidos " Princípios Universais do Design é uma ferramenta que preenche algumas lacunas, desmente mitos e oferece explicações bem fundamentadas para muitas escolhas que os designers e estudantes da área intuem, mas não compreendem por completo.Mostra-se evidente a ausência de disciplinas de psicologia e antropologia nos cursos de graduação e pós-graduação em Design. Na verdade, a prática sempre deixou de lado uma compreensão mais aprofundada sobre o comportamento humano e uma abordagem mais acadêmica para o design. Saí da faculdade com bastante conhecimento sobre a criação de formas, mas com pouquíssimo entendimento sobre percepção humana e produção de significados. Princípios Universais do Design é uma ferramenta que preenche algumas lacunas, desmente mitos e oferece explicações bem fundamentadas para muitas escolhas que os designers e estudantes da área intuem, mas não compreendem por completo. Durante muitos anos, fui admirador dos programas de compra e reforma de casas do canal HGTV e nunca vi alguém demonstrar desejo por tetos baixos, quartos com janelas pequenas ou vistas ruins. Princípios Universais do Design mostra por que as pessoas gostam de tetos altos e amplos (o Efeito Catedral) e janelas grandes com belas vistas da natureza (o Efeito Biofilia). Quem poderia adivinhar que os tetos altos estimulam a criatividade e que belas paisagens ajudam a recuperar nossa sensação de bem-estar? Nunca me ensinaram por que alguns produtos encontram eco entre muitas pessoas e em outras não, nem sabia que existe um método para calcular a resposta humana. Sempre senti que a combinação de um bom design com a alta qualidade superava tudo, e, apesar de essas duas qualidades serem parte substancial do contexto, os símbolos e significados mais profundos oferecem muito mais elementos a serem considerados. A densidade proposicional analisa o significado em termos de forma, sentido e suposição. Com esse princípio, é possível calcular a capacidade que um produto tem de ser bem recebido pelo público. Mais do que isso, permite que o profissional se comunique com o cliente a fim de apoiar as escolhas que foram feitas para o design. Princípios Universais do Design me ofereceu uma compreensão mais aprofundada da equação humana no design. Existe muito mais de concepção envolvendo o design do que veem os olhos no estilo da superfície. A motivação humana é misteriosa e cheia de instintos, percepções e influências inconscientes. Esta obra revela as forças que movem a motivação humana e permite uma compreensão do intuitivo. Esses princípios não são suposições. São reais, baseados em pesquisas sólidas. E funcionam. O MUNDO CODIFICADO Autor: Vilém Flusser Organização: Rafael Cardoso Tradução: Raquel Abi-Sâmara Introdução: Rafael Cardoso Idioma: Português A obra de Vilém Flusser (1920-1991) desvenda a tentativa milenar da humanidade de superar suas limitações físicas por meio da tecnologia. Nesse processo, o autor demonstra que os designers, embora tenham um papel central, caminham sobre um chão conceitual muito frágil. As teorias apresentadas destroem lugares comuns e verdades superficiais, além de lançarem luz sobre problemas que sequer começamos a enfrentar.

Resenhas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Resenhas

Citation preview

Page 1: Resenhas

Sinopse - Abaixo as Regras – Design gráfico e pós-modernismo - Rick Poynor

Abaixo as Regras é a primeira pesquisa crítica abrangente que busca compreender o movimento internacional do pós-modernismo no design gráfico. O jornalista e crítico Rick Poynor recupera com detalhes as transformações cria-tivas ocorridas nos últimos 20 anos, organizando uma história complexa e multifacetada em temas-chave como: origens do design pós-moderno, teoria da desconstrução, questões de apropriação e autoria e revolução da tipografia digital. Cada tópico é exemplificado com amostras de trabalhos brilhantes, produzidos entre 1980 e 1990, que mudaram a maneira como o designer e seu público pensam a comunicação gráfica. Repleto de ilustrações, o livro é uma referência essencial para profissionais, professores e estudantes de design gráfico, publicidade e artes visuais.

Princípios Universais do Design Autor: William Lidwell; Kristina Holden; Jill Butler Editora: Bookman Este é o primeiro guia de referência interdisciplinar da área. Amplamente ilustrado e fácil de consultar, este livro combina explicações claras e exemplos visuais de 125 conceitos relacionados ao design, à psicologia, à engenharia e à arquitetura. Da Regra 80/20 à Segmentação, da Preferência pelo Rosto de Bebê à Navalha de Occam, da Autossemelhança à Narração, os leitores ampliarão o conhecimento sobre temas instigantes e essenciais à criação. Kimberly Elam Professora, Ringling College of Art and Design, Estados Unidos " Princípios Universais do Design é uma ferramenta que preenche algumas lacunas, desmente mitos e oferece explicações bem fundamentadas para muitas escolhas que os designers e estudantes da área intuem, mas não compreendem por completo.”

Mostra-se evidente a ausência de disciplinas de psicologia e antropologia nos cursos de graduação e pós-graduação em Design. Na verdade, a prática sempre deixou de lado uma compreensão mais aprofundada sobre o comportamento humano e uma abordagem mais acadêmica para o design. Saí da faculdade com bastante conhecimento sobre a criação de formas, mas com pouquíssimo entendimento sobre percepção humana e produção de significados. Princípios Universais do Design é uma ferramenta que preenche algumas lacunas, desmente mitos e oferece explicações bem fundamentadas para muitas escolhas que os designers e estudantes da área intuem, mas não compreendem por completo. Durante muitos anos, fui admirador dos programas de compra e reforma de casas do canal HGTV e nunca vi alguém demonstrar desejo por tetos baixos, quartos com janelas pequenas ou vistas ruins. Princípios Universais do Design mostra por que as pessoas gostam de tetos altos e amplos (o Efeito Catedral) e janelas grandes com belas vistas da natureza (o Efeito Biofilia). Quem poderia adivinhar que os tetos altos estimulam a criatividade e que belas paisagens ajudam a recuperar nossa sensação de bem-estar? Nunca me ensinaram por que alguns produtos encontram eco entre muitas pessoas e em outras não, nem sabia que existe um método para calcular a resposta humana. Sempre senti que a combinação de um bom design com a alta qualidade superava tudo, e, apesar de essas duas qualidades serem parte substancial do contexto, os símbolos e significados mais profundos oferecem muito mais elementos a serem considerados. A densidade proposicional analisa o significado em termos de forma, sentido e suposição. Com esse princípio, é possível calcular a capacidade que um produto tem de ser bem recebido pelo público. Mais do que isso, permite que o profissional se comunique com o cliente a fim de apoiar as escolhas que foram feitas para o design. Princípios Universais do Design me ofereceu uma compreensão mais aprofundada da equação humana no design. Existe muito mais de concepção envolvendo o design do que veem os olhos no estilo da superfície. A motivação humana é misteriosa e cheia de instintos, percepções e influências inconscientes. Esta obra revela as forças que movem a motivação humana e permite uma compreensão do intuitivo. Esses princípios não são suposições. São reais, baseados em pesquisas sólidas. E funcionam.

O MUNDO CODIFICADO Autor: Vilém Flusser Organização: Rafael Cardoso Tradução: Raquel Abi-Sâmara Introdução: Rafael Cardoso Idioma: Português A obra de Vilém Flusser (1920-1991) desvenda a tentativa milenar da humanidade de superar suas limitações físicas por meio da tecnologia. Nesse processo, o autor demonstra que os designers, embora tenham um papel central, caminham sobre um chão conceitual muito frágil. As teorias apresentadas destroem lugares comuns e verdades superficiais, além de lançarem luz sobre problemas que sequer começamos a enfrentar.

Page 2: Resenhas

Flusser, filósofo nascido em Praga, na atual República Tcheca, passou cerca de 30 anos de sua vida no Brasil, onde engajou-se no debate filosófico, contribuindo com escritos para a Revista Brasileira de Filosofia e para os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. Os textos reunidos em O mundo codificado trazem a marca da melhor produção do autor: são curtos, rápidos, claros, precisos, incisivos, mas, como afirma Rafael Cardoso, organizador da edição, "que ninguém se engane com a aparência amena dessa água, cuja superfície transparente esconde a profundidade vivente de um oceano!". Essencial à formação de qualquer designer, o livro é referência obrigatória para se entender melhor a encruzilhada entre a materialidade temporal e a imaterialidade eternizada à qual nossa cultura parece estar chegando. O projeto gráfico arrojado tem um ar high-tech, com capa em PVC (plástico flexível) impressa em serigrafia transparente. 2ª reimpressão, 2010

SOBRE A FOTOGRAFIA – SUSAN SONTAG Este trabalho, realizado no âmbito do curso de pósgraduação em Fotografia da Universidade Cândido Mendes, tem como finalidade comentar o livro “Sobre fotografia”, de autoria de Susan Sontag. Publicada em 1977, essa obra reúne seis ensaios escritos na década de 70, muito discutidos e considerados como tendo grande importância no entendimento de questões relacionadas com a fotografia. O primeiro deles, denominado “Na Caverna de Platão”, trata dos usos que podem ser feitos da atividade fotográfica e da importância assumida pela fotografia na sociedade, a ponto de Sontag considerar que “Hoje, tudo existe para terminar numa foto”. “Estados Unidos, visto em fotos, de um ângulo sombrio”, é o título do segundo ensaio. Nele, Sontag aborda o ”nivelamento das discriminações entre o belo e o feio, entre o importante e o trivial” e comenta o trabalho de alguns dos mais importantes fotógrafos norte-americanos, como Walker Evans, Robert Frank, Lewis Hine e Diane Arbus. Salienta, ainda, a ligação entre os Estados Unidos e o surreal. A propósito disso, pode-se fazer uma analogia com o que acontece no Brasil, onde as coisas mais bizarras se materializam. No ensaio “Objetos de melancolia”, a escritora aborda o lado surrealista da fotografia, caracterizado, por exemplo,nas radiografias de Man Ray, nas fotomontagens de Alexander Rodchenko ou na múltipla exposição de Bragaglia. Salienta, também, o fato de que houve uma cooperação acidental ou quase mágica entre o fotógrafo e o assunto, nesses casos. Em “O Heroismo da Visão”, Sontag tece considerações a respeito da ligação entre a foto e o belo. A respeito do posicionamento do fotógrafo “entre o esforço para embelezar o mundo e o contra-esforço para rasgar-lhe a máscara”, ela chega a afirmar que não há diferença de valor. Na opinião do signatário isso pode ser realmente um dilema para o fotógrafo, muito embora, dependendo do seu estado de espírito e da situação que envolve a obtenção da fotografia, a vantagem do atendimento de cada objetivo possa ser óbvia. Após dirigir a discussão a outras questões, como por exemplo, a do “realismo” das fotos e seu relacionamento com o tempo, a escritora estabelece que o fotógrafo se identificou no humanismo porque ele mascara as confusões sobre a verdade e a beleza”. No ensaio “Evangelhos Fotográficos”, discorre-se a respeito dos questionamentos que a fotografia tem sofrido desde sua criação, quando o problema de uma possível concorrência com a pintura foi levantado, mas não se configurou. Por sua vez a escritora também questiona a atitude dos fotógrafos, muitas vezes defensivista, aoescrever manifestos sobre as virtudes da fotografia. Entretanto, de certa forma, a intelectual faz o mesmo ao vaticinar que “Hoje, toda a arte aspira a condição de fotografia.” No texto “O mundo-imagem”, a questão da representação da realidade pela fotografia é comentada, salientando-se que, por se constituir num registro de ondas de luz emanadas pelos objetos, ou seja, um vestígio material do tema, a fotografia assumiu o papel que a pintura exercia, no campo da documentação. Além disso, Sontag aborda a questão de estar um mundo-imagem substituindo o mudo real. Novamente é comentado o poder que a fotografia exercia à época de seus pensamentos, situação que ainda persiste. Ao longo desses ensaios, a autora é prolífera em exemplos históricos e apresenta opiniões sobre a fotografia de alguns escritores como Baudelaire, Valéry, Balzac, Zola, Mallarmé e Nabokov. Leva o leitor a refletir sobre o papel da imagem no mundo atual. Há que se considerar, ao ler o livro, alguns aspectos conjunturais da época em que foi escrito. Assim, por exemplo, somente quatro anos depois, em 1981, ocorreria o lançamento comercial do primeiro microcomputador, muito embora, alguns anos tenham trannscorrido antes que, dotados de interface gráfica que facilitouenormemente sua operação, tenha se tornado popular. Mas, foi somente vinte anos depois que ocorreu o impacto da massificação da produção e difusão que a fotografia digital e a internet proporcionam. Sontag, já naquela época, afirmava que a câmera havia aumentado nosso repertório visual ao mesmo tempo em que o diminuiu ao procurarmos apenas o que é fotogênico. Outra interessante idéia é a de que o conhecimento adquirido pelas fotografias confere uma sabedoria aparente, assim como também é aparente a

Page 3: Resenhas

apropriação do real pelo fotógrafo. Em resumo, a partir de pressupostos filosóficos, históricos, artísticos e sociais, Sontag avalia objetivamente o papel da fotografia desde a sua invenção até os dias atuais na sociedade moderna. Apesar de passados mais de 30 anos de sua publicação, o texto de Sontag é extremamente atual, pois se intensificou o bombardeio com imagens através de novas mídias, como a internet, o que amplificou o poder exercido pela fotografia na sociedade pósmoderna. A leitura de Sobre Fotografia constitui-se, também, em fonte de referências da história da Fotografia, já que as citações de Sontag tendem a induzir o leitor a nelas buscar conhecimentos específicos.`