17
ESPECIFICAÇÕES COMERCIAIS DE GLP, GASOLINA A UTOMOTIVA E ÓLEO DIESEL ANDRÉIA COSTA DE AZEVEDO PROCESSOS PETROQUÍMICOS PROFESSOR ÉMERSON PROCHNOW 2011/1

RESOLUÇÃO ANP Nº 18

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 1/17

 

ESPECIFICAÇÕES COMERCIAIS DE GLP,

GASOLINA AUTOMOTIVA E ÓLEO DIESEL

ANDRÉIA COSTA DE AZEVEDO

PROCESSOS PETROQUÍMICOS

PROFESSOR ÉMERSON PROCHNOW

2011/1

Page 2: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 2/17

 

ESPECIFICAÇÕES DO GLP

  As especificações comercias do GLP são definidas pela Resolução ANP Nº18, com trechostranscritos abaixo:

RESOLUÇÃO ANP Nº 18, DE 2.9.2004 - DOU 6.9.2004

Estabelece as especificações dos Gases Liquefeitos de Petróleo - GLP, de origem nacional ouimportada, comercializados pelos diversos agentes econômicos no território nacional,consoante as disposições contidas no Regulamento Técnico ANP nº 2/2004.

Parágrafo único. A presente Resolução aplica-se aos Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP aserem utilizados para fins industriais, residenciais e comerciais, nas aplicações previstas pelalegislação vigente, não se aplicando ao uso dos mesmos como matéria-prima em processosquímicos.

 Art. 2º. Para efeitos desta Resolução os Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP classificam-seem:

I - Propano Comercial - mistura de hidrocarbonetos contendo, predominantemente, propano e/

ou propeno.

II - Butano Comercial - mistura de hidrocarbonetos contendo, predominantemente, butano e/ oubuteno.

III - Propano / Butano - mistura de hidrocarbonetos contendo predominantemente, empercentuais variáveis, propano e/ou propeno e butano e/ou buteno.

IV - Propano Especial - mistura de hidrocarbonetos contendo no mínimo 90% de propano emvolume e no máximo 5% de propeno em volume.

 Art. 6º. Os Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP serão odorizados pelo Produtor ou Importador,de forma a tornar detectável qualquer vazamento, sempre que sua concentração na atmosfera

atingir 20% do limite inferior de inflamabilidade, conforme previsto pela NFPA 58 - Storage andHandling Liquefied Petroleum Gases´ -National Fire Protection Association.

Parágrafo único. A odorização será dispensada quando:

I - o produto apresentar um teor de enxofre decorrente do processo de produção que tornedetectáveis eventuais vazamentos, de acordo com o caput deste artigo;

II - o produto destinar-se a processo industrial incompatível com o uso de odorante, devendo oconsumidor solicitar expressamente o recebimento do produto não odorizado, ficando talsolicitação à disposição da ANP para qualquer verificação julgada necessária.

§ 3º Quando do recebimento do produto por poliduto pelo Distribuidor, devem ser realizadosadicionalmente àquelas análises previstas no caput deste artigo o ponto de ebulição 95%evaporados e o resíduo 100 mL evaporados a cada bombeio, cabendo para estas análisesespecíficas um acordo entre o produtor e distribuidor quanto à execução das mesmas.

 Art. 8º. A mistura propano/butano comercializada em botijão P-13 deve apresentar uma massaespecífica a 20ºC máxima de 550 kg/m³ na etapa de distribuição nos municípios cuja médiadas temperaturas mínimas se encontre abaixo de 10 ºC, nos meses de junho, julho e agosto(caso das cidades do RS).

Page 3: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 3/17

 

 ANEXO DA RESOLUÇÃO ANP Nº 18, REFERENTE AO GLP

REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 2/2004

1. Objetivo

Este Regulamento Técnico aplica-se aos Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP, de origem

nacional ou importada a serem comercializados em território nacional.

2. Normas Aplicáveis

  A determinação das características dos Gases Liqüefeitos de Petróleo - GLP será feitamediante o emprego das Normas Brasileiras (NBR) e Métodos Brasileiros (MB) da AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou de normas da Sociedade Americana para Testes eMateriais ³American Society for Testing and Materials´ (ASTM).

 A análise do produto deverá ser realizada em uma amostra representativa do mesmo segundométodo ASTM D 1265 - Amostragem de Gases Liqüefeitos de Petróleo (Sampling LiquefiedPetroleum (LP) Gases).

 As características constantes da Tabela de Especificação deverão ser determinadas de acordocom a publicação mais recente entre os seguintes métodos de ensaio:

2.1 PRESSÃO DE VAPOR A 37,8ºC

 ASTM D 1267 ± Método de ensaio para pressão de vapor de GLP

 ASTM D 2598 ± Prática de cálculo de propriedades físicas do GPL a partir de análise decomposição

 ASTM MB 205 ± Pressão de vapor de GLP.

2.2 PONTO DE EBULIÇÃO DOS 95% EVAPORADOS

 ASTM D 1837 ± Método de ensaio de volatilidade

 ASTM MB 285 ± Ponto de ebulição dos 95 % evaporados de GLP.

2.3 BUTANO E MAIS PESADOS OU PENTANO E MAIS PESADOS

 ASTM D 2163 ± Método de ensaio para análises de cromatografia

2.4 RESÍDUO 100mL EVAPORADOS

 ASTM D 2158 ± Método de ensaio para resíduos em GLP

Page 4: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 4/17

 

2.5 ENXOFRE TOTAL

2.6 H2S

 ASTM D 2420 - Método de ensaio para H2S em GLP

2.7 CORROSIVIDADE A 37,8ºC

 ASTM D 1838 ± Método de ensaio para corrosividade ao cobre

 ASTM MB281 ± Método de determinação da corrosividade em GLP.

2.8 MASSA ESPECÍFICA A 20ºC

 ASTM D 1657 ± Método de ensaio para massa específica por termohidrômetro de pressão

 ASTM D 2598 - Prática de cálculo de propriedades físicas do GLP

MB 903 ± Determinação de densidade por densímetro.

2.9 COMPOSIÇÃO

 ASTM D 2163 - Método de ensaio por cromatografia

2.10 UMIDADE

 ASTM D 2713 ± Método de ensaio para umidade

 ASTM MB 282 ± Método de ensaio para umidade em propano

Page 5: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 5/17

 

3. ESPECIFICAÇÕES

Os Gases Liquefeitos de Petróleo - GLP, especificados no presente Regulamento Técnico,deverão possuir as características expressas na Tabela I a seguir, conforme o tipo.

Tabela I - Especificações dos Gases Liquefeitos de Petróleo  

Page 6: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 6/17

 

 (1) Em caso de divergência de resultados prevalece o método da ASTM D 1267.

(2) O produto não deve originar um anel de óleo persistente quando 0,3ml da mistura desolvente/ resíduo é adicionado em um papel de filtro, em incrementos de 0,1ml e examinado aluz do dia, após 2 min, como descrito no método ASTM D 2158.

(3) Os limites de enxofre total incluem os compostos sulfurados usados para fins deodorização. Os métodos ASTM D 3246, D 4468, D 5504, D5623 e D 6667 poderão ser utilizados alternativamente e em caso de divergência de resultados, prevalece o método ASTMD 2784.

(4) Aplica-se à massa específica a 20ºC o limite superior de 550 kg/m³ na etapa de distribuiçãode mistura propano/butano envasilhada em botijão P-13 nos municípios cuja média dastemperaturas mínimas se encontre abaixo de 10ºC, nos meses de junho, julho e agosto.

(5) A presença de água livre deve ser determinada por inspeção visual das amostras durante adeterminação da massa específica ou por análise cromatográfica.

Page 7: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 7/17

 

ESPECIFICAÇÕES DA GASOLINA AUTOMOTIVA

 A especificação brasileira para a gasolina automotiva é estabelecida, atualmente, pelaportaria ANP n° 309 de 27 de dezembro de 2001, com trechos transcritos abaixo:

  Art. 1º Ficam estabelecidas, através da presente Portaria, as especificações das gasolinasautomotivas destinadas ao consumidor final, comercializadas pelos diversos agentes

econômicos em todo o território nacional, consoante as disposições contidas no RegulamentoTécnico ANP nº 5/2001, parte integrante desta Portaria.

 Art. 2º Para efeitos desta Portaria as gasolinas automotivas classificam-se em:

I - gasolina A - é a produzida no País, a importada ou a formulada pelos agentes econômicosautorizados para cada caso, isenta de componentes oxigenados e que atenda ao RegulamentoTécnico;

II - gasolina C - é aquela constituída de gasolina A e álcool etílico anidro combustível, nasproporções e especificações definidas pela legislação em vigor e que atenda ao RegulamentoTécnico.

 ANEXO DA RESOLUÇÃO ANP Nº 309, REFERENTE A GASOLINA AUTOMOTIVA

REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 5/2001

1. Objetivo

Este Regulamento Técnico aplica-se às gasolinas automotivas comercializadas em todo oterritório nacional e estabelece suas especificações.

2. Normas aplicáveis

  A determinação das características dos produtos será realizada mediante o emprego de

Normas Brasileiras (NBR) e Métodos Brasileiros (MB) da Associação Brasileira de NormasTécnicas (ABNT) ou de normas da American Society for Testing and Materials (ASTM).

Os dados de precisão, repetitividade e reprodutibilidade, fornecidos nos métodos relacionadosa seguir, devem ser usados somente como guia para aceitação das determinações emduplicata do ensaio e não devem ser considerados como tolerância aplicada aos limitesespecificados neste Regulamento.

  A análise do produto deverá ser realizada em amostra representativa do mesmo, obtidasegundo método ASTM D 4057 - Practice for Manual Sampling of Petroleum and PetroleumProducts.

 As características constantes da Tabela de Especificação deverão ser determinadas de acordo

com a publicação mais recente dos seguintes métodos de ensaio:

Page 8: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 8/17

 

Métodos de ensaio de derivados de petróleo (ASTM)

Page 9: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 9/17

 

 (1) De incolor a amarelada, isenta de corante.

(2) De incolor a amarelada se isenta de corante cuja utilização é permitida no teor máximo de 50 ppm com exceção da cor azul, restrita à gasolina de aviação

(3) A visualização será realizada em proveta de vidro, conforme a utilizada no MétodoNBR7148 ou ASTM D 1298.

(4) Límpido e isento de impurezas.

(5) Proibida a adição. Deve ser medido quando houver d úvida quanto à ocorrência de

contaminação.

(6) O AEAC a ser misturado às gasolinas automotivas para produção da gasolina Cdeverá estar em conformidade com o teor e a especificação estabelecidos pelalegislação em vigor.

(7) No intuito de coibir eventual p resença de contaminantes o valor da temperaturapara 90% de produto evaporado não poderá ser inferior à 155 ° C para gasolina A e145°C para gasolina C.

Page 10: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 10/17

 

(8) A Refinaria, a Central de Matérias -Primas Petroquímicas, o Importador e oFormulador deverão reportar o valor das octanagem MON e do IAD da mistura degasolina A, de sua produção ou importada, com AEAC no teor mínimo estabelecidopela legislação em vigor.

(9) Fica permitida a comercialização de gasolina automotiva com MON igual ou

superior a 80 até 30/06/2002.

(10) Índice antidetonante é a média aritmética dos valores das octanagensdeterminadas pelos métodos MON e RON.

(11) Para os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Riode Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás eTocantins, bem como para o Distrito Federal, admite -se, nos meses de abril anovembro, um acréscimo de 7,0 kPa ao valor máximo especificado para a Pressão deVapor.

(12) A Refinaria, a Central de Matérias -Primas Petroquímicas, o Importador e o

Formulador deverão reportar o valor do Período de Indução da mistura de gasolina A,de sua produção ou importada, com AEAC no teor máximo estabelecido pelalegislação em vigor.

(13) O ensaio do Período de Indução só deve interrompido após 7 20 minutos, quando

aplicável, em pelo menos 20% das bateladas comercializadas. Neste caso, e seinterrompido antes do final, deverá ser reportado o valor de 720 minutos.

(14) Os teores máximos de Enxofre, Benzeno, Hidrocarbonetos Aromáticos eHidrocarbonetos Olefínicos permitidos para a gasolina A referem -se àquela quetransformar-se-á em gasolina C através da adição de 22% 1% de álcool. No caso de

alteração legal do teor de álcool na gasolina os teores máximos permitidos para oscomponentes acima referidos serão automaticamente corrigidos proporcionalmente aonovo teor de álcool regulamentado.

(15) Utilização permitida conforme legislação em vigor, sendo proibidos os aditivos abase de metais pesados.

(16) Fica permitida alternativamente a dete rminação dos hidrocarbonetos aromáticos eolefínicos por cromatografia gasosa. Em caso de desacordo entre resultadosprevalecerão os valores determinados pelos ensaios MB424 e D1319.

PARÂMETROS DA GASOLINA AUTOMOTIVA

1.ÁLCOOL

 A especificação da ANP, atualmente, para a gasolina automotiva prevê uma adição de25% de álcool anidro (etanol)

2.COR

No caso da gasolina tipo A e tipo C, sem aditivo, a cor pode variar de incolor aamarelada. Quando a gasolina é aditivada, ela recebe um corante para diferenciá-la

Page 11: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 11/17

 

das demais, podendo apresentar qualquer cor, exceto azul (reservada para gasolinade aviação) e rosa (reservada para a mistura formada pelo metanol, etanol e gasolina-MEG). Alterações na cor da gasolina podem ocorrer devido à presença decontaminantes ou devido à oxidação de compostos instáveis nela presentes (olefinas ecompostos nitrogenados).

3.CORROSIVIDADE

No caso da gasolina, utiliza-se uma lâmina de cobre recentemente polida, que éimersa na amostra por três horas à temperatura de 50°C, em condições padronizadaspelo método NBR 14359. Decorrido o período de ensaio, a lâmina é lavada ecomparada com padrões especiais, sendo o resultado expresso em função dessacomparação.

4. DESTILAÇÃO

O ensaio de destilação, efetuado de acordo com o método NBR9619, propicia umamedida em termos de volatilidade, das proporções relativas de todos os

hidrocarbonetos componentes de uma gasolina. Consiste o ensaio em destilar 100 mLde gasolina, condensar o destilado e registrar as temperaturas nas quais as váriasporcentagens destilam.

 A especificação da gasolina assinala as temperaturas máximas nas quais 10%,50% e90% do combustível devem estar evaporados sob c ondições definidas, bem como oponto final de ebulição, que é a temperatura máxima observada durante a de stilação,e a porcentagem do resíduo. Convém lembrar que o 'evaporado por cento' é a somado 'recuperado por cento' e da 'perda por cento'.

Estas características da destilação, juntamente com a pressão de vapor definem econtrolam a partida do motor, seu aquecimento, aceleração, tendência ao

tamponamento e diluição do óleo do c árter e, economia de combustível, bem como atendência a provocar o congelamento no carburador, fenômeno que ocorre a baixastemperaturas em determinadas condições de umidade.

5.GOMA

Muitas vezes, as gasolinas são armazenadas por tempo relativamente longo edeverão manter-se estáveis, resistindo a quaisquer modificações tanto durante apermanência no tanque de estocagem como no tanque dos veículos, e até chegar aoscilindros do motor.

  A 'goma' é determinada pelo método NBR 14525 que coNsiste, essencialmente, na

determinação do resíduo que permanece após a evaporação da amostra com o auxíliode um jato de ar pré-aquecido e lavagem com heptano normal. Após a secagem epesagem o resíduo é expresso em mg/100 mL. A lavagem com heptano normal é feitapara eliminar qualquer produto não volátil como certos aditivos usados na: gasolina. A'goma' obtida é chamada 'goma lavada'.

O máximo de goma atual permitido pela especificação é de 5mg/100mL. Certasgasolinas contendo componentes provenientes de craqueamento térmico têm

Page 12: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 12/17

 

tendência a aumentar o teor de 'goma¶ relativamente rápido se sofrerem a adição deálcool.

6. ÍNDICE DE OCTANO

O índice de octano de uma gasolina é uma medida da sua qualidade a ntidetonante ou

capacidade de resistir à detonação e é determinado em um motor padrão queconsiste, essencialmente, de um motor monocilíndrico, com taxa de compressãovariável e que foi desenvolvido pelo Cooperative Fuel Research comitte - CFR.

Define-se índice de octano de um combustível como sendo a porcentagem, por volume, de isooctano (2,2,4. trimetilpentano) que se deve misturar com heptanonormal para se obter a mesma intensidade de detonação que a do combustível. Por convenção, ao isooctano foi dado o valor cem e ao heptano normal, o valor zero, dadoo seu baixo poder antidetonante.

 A 'escala de octanagem' foi criada pelo Dr. Graham Edgar, da Ethyl Corporation, em1926, e possibilitava a avaliação de combustíveis com índices de octano entre zero e

cem. Com o desenvolvimento de novos processos de refinação e o uso de aditivosquímicos para aumentar a octanagem, mais tarde a escala foi ampliada. para permitir testar combustíveis com índice de octano maior que cem.

  A ASTM padronizou vários métodos para det erminação do poder antidetonante decombustíveis.

No Brasil, o método especificado é o 'Motor, usando -se o MB-457, correspondente ao ASTM O 2700.

Os dois métodos diferem nas condições operacionais, sendo o método MON maissevero do que o RON. Sendo mais severo, o método MON, dá resultados mais baixos

do que o método RON. A diferença entre os dois resultados chama -se sensibilidade(S).

Foram desenvolvidas muitas correlações tentando traduzir os resultados de laboratórioem termos de desempenho na estrada (ín dice de octano na estrada), mas quandomuito, tais correlações representam, somente, o resultado médio obtido para umnúmero limitado de veículos, quando operados sob determinadas condiçõesespecíficas. A ASTM passou a usar uma correlação aproximada à qual chamou de'índice antidetonante' que é definida, em termos dos resultados obtidos nos métodosMON e RON, assim:

Indice-Antidetonante (IOM) = (MON + RON).

 A especificação brasileira usa o MON determinado no motor CFR.

7. PERÍODO DE INDUÇÃO

Para verificar a tendência à formação de goma durante a armazenagem, isto é, aestabilidade à goma, emprega -se o método NBR 14478.

Este método provoca o envelhecimento prematuro da gasolina ao submeter -se certaquantidade de amostra à ação de oxigênio, a pressão e temper atura determinadas. O

Page 13: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 13/17

 

método consiste em oxidar a amostra contida em um recipiente adequado, o qual écarregado com oxigênio até uma pressão de 7,0 Kgf/cm2 e aquecido em banho deágua a uma temperatura de 100°C.

O 'período de indução' é expresso em minuto s e a especificação exige que ele seja nomínimo de 360 minutos, para garantir um tempo razoável de armazenagem sem que

se forme uma quantidade apreciável de goma.

8. PRESSÃO DE VAPOR

  A pressão de vapor Reid da gasolina, quando medida à 37,8°C(100°F) em bombatendo uma relação de ar para líquido de 4/1, é conhecida como 'pressão de vapor Reid' (PVR).

 A pressão de vapor Reid é expressa em termos de pressão absoluta em kgf/cm2.

Para os produtos de petróleo, exceto para os hidrocarbonetos puros ou praticamentepuros, a pressão de vapor depende não somente da temperatura, mas também dasconcentrações relativas de cada hidrocarboneto presente. Para as gasolinas, dependeparticularmente das concentrações relativas dos hidrocarbonetos que têm pontos deebulição abaixo de 37,8°C.

O PVR tem grande importância em uma especificação de gasolina, uma vez que estáintimamente relacionada com as características de volatilidade do produto. Éimportante nas perdas por evaporação, no armazenamento e nos transportes, bemcomo no manuseio. Pressões de vapor elevadas e.temperaturas baixas do ponto 10%da curva de destilação levam à facilidade de partida do motor, entretanto, tambémaumentam a tendência ao tamponamento pelo vapor combustível - vapor lock -durantea operação do motor, aumentando a vaporização no sistema de alimentação docarburador.

FORMULAÇÕES DE GASOLINA

Exemplos de formulações possíveis de gasolina a partir de correntes dehidrocarbonetos diversas, conforme tabela abaixo:

 AmostraTipo A Tipo C Tipo A Tipo C Tipo A Tipo Cs/ etanol c/etanol s/ etanol c/ etanol s/etanol c/ etanol

Nafta (%vol) 40 31 50C5 (%vol) 30 23 30

C6C8 (%vol) 0 0 0C9 mono 12 9 12C7C8 18 14 8Etanol 0 20 0 23 0 18,6

MON Min 80 Min 80 83,4 81,8RON 97,9 94,8IAD Min 87 Min 87 90,6 88,3PVR (kPa) 45 a 62 Max 69 61 61,7

E10%(ºC) Max 70 Max 70 50,9 47,3

Page 14: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 14/17

 

E50% Max 130 Max 80 83,5 70,7E90% 155 a 190 145 a 190 160,1 156,7PFE (ºC) Max 220 Max 220 183,7 182,4

Res. dest. (%vol) Max 2 Max 2 0,7 0,8Goma(mg/100ml) Max 5 Max 5Benzeno (%vol) Max 2,7 Max 2,0Enxofre (%massa) Max 0,12 Max 0,10

Gasolina Premium: IAD > 91 alta octanagem

 A seguir estão anexados certificados de ensaio de taques contendo Gasolina tipo A eC nacional:

Page 15: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 15/17

 

ESPECIFICAÇÃO DO ÓLEO DIESEL

 As especificações comercias do Óleo Diesel são definidas pela Resolução ANP Nº42,com trechos transcritos abaixo:

RESOLUÇÃO ANP Nº 42, DE 16.12.2009 - DOU 17.12.2009 ± RETIFICADA DOU

14.1.2010  Art. 1º Ficam estabelecidas, consoante as disposições contidas no RegulamentoTécnico ANP nº 8/2009, parte integrante desta Resolução, as especificações do óleodiesel de uso rodoviário, para comercialização pelos diversos agentes econômicos emtodo o território nacional.

 Art. 2º Para efeitos desta Resolução os óleos diesel de uso rodoviário classificam-seem:

I - Óleo diesel A: combustível produzido por processos de refino de petróleo eprocessamento de gás natural destinado a veículos dotados de motores do cicloDiesel, de uso rodoviário, sem adição de biodiesel.

II - Óleo diesel B: combustível produzido por processos de refino de petróleo eprocessamento de gás natural destinado a veículos dotados de motores do cicloDiesel, de uso rodoviário, com adição de biodiesel no teor estabelecido pela legislaçãovigente.

  Art. 3º Fica estabelecido, para feitos desta Resolução, que os óleos diesel A e Bdeverão apresentar as seguintes nomenclaturas, conforme o teor máximo de enxofre:

a) Óleo diesel A S50 e B S50: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 50mg/kg.

b) Óleo diesel A S500 e B S500: comb ustíveis com teor de enxofre, máximo, de 500mg/kg.

c) Óleo diesel A S1800 e B S1800: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de1800 mg/kg.

Page 16: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 16/17

Page 17: RESOLUÇÃO ANP Nº 18

5/7/2018 RESOLUÇÃO ANP Nº 18 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resolucao-anp-no-18 17/17

 

(1) Poderão ser incluídas nesta especificação outras características, com seus respectivoslimites, para óleo diesel obtido de processo diverso de refino e processamento de gás natural oua partir de matéria prima distinta do petróleo.

(2) A partir de 1º de janeiro de 2014, o óleo diesel S1800 deixará de ser comercializado comoóleo diesel de uso rodoviário e será substituído integralmente pelo óleo diesel S500.

(3) A visualização deverá ser realizada em proveta de vidro de 1L.

(4) Usualmente de incolor a amarelada, podendo apresentar -se ligeiramente alterada para astonalidades marrom e alaranjada devido à coloração do biodiesel.

(5) Limite requerido antes da adição do corante. O corante vermelho, segundo especificaçãoconstante da Tabela III deste Regulamento Técnico, deverá ser adicionado ao óleo diesel AS1800 no teor de 20 mg/L pelas Refinarias, Centrais de Matérias -Primas Petroquímicas eImportadores.

(6) No percentual estabelecido pela legislação vigente. Será admitida var iação de 0,5%volume. A determinação do teor de biodiesel no óleo diesel B deverá ser realizada segundo anorma EN 14078.

(7) Aplicável apenas para o óleo diesel B.

(8) Aplicável apenas para óleo diesel A.

(9) Será admitida a faixa de 820 a 853 kg/m3 par a o óleo diesel B.

(11) Alternativamente, fica permitida a determinação do índice de cetano calculado pelo métodoNBR 14759 (ASTM D4737), para os óleos diesel A S500 e A S1800, quando o produto nãocontiver aditivo melhorador de cetano, com limite mínimo d e 45. No caso de não-conformidade,o ensaio de número de cetano deverá ser realizado. O produtor e o importador deverão informar 

no Certificado da Qualidade nos casos em que for utilizado aditivo melhorador de cetano.Ressalta-se que o índice de cetano não traduz a qualidade de ignição do óleo diesel contendobiodiesel e/ou aditivo melhorador de cetano.