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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL 1 RESOLUÇÃO Nº 1.242, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011. Estabelece as Diretrizes de Educação Profissional do Sistema Prisional. O SECRETÁRIO DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL, no uso de suas atribuições que lhe conferem o inciso III, § 1º, do art. 93 da Constituição do Estado de Minas Gerais, as Leis Delegadas nº 179, de 01 de janeiro de 2011 e nº 180, de 20 de janeiro de 2011, RESOLVE estabelecer as seguintes Diretrizes de Educação Profissional do Sistema Prisional: TÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS Art. 1º A Educação Profissional do Sistema Prisional EPSP é um processo formativo, de essência específica e profissionalizante, desenvolvido de forma integrada pelo ensino, treinamento e pesquisa, que visa à promoção efetiva da qualificação técnica do servidor penitenciário e à construção de sua identidade profissional, baseado no senso de respeito às leis, à dignidade humana, como também a promoção e proteção dos direitos humanos. § 1º O ensino constitui um processo de aprendizagem dinâmico e participativo, intermediado por professor ou monitor, em atividades curriculares e complementares, tendo como foco o respeito à integridade intelectual do discente na construção de sua competência profissional. § 2º Entende-se como competência a capacidade de adquirir conhecimentos, habilidades e atitudes, adotando-as no desempenho da função. § 3º O treinamento é um evento de educação continuada e compreende as atividades desenvolvidas posteriormente às de ensino, de maneira a fomentar a ampliação e atualização, em curto prazo, de conhecimentos, habilidades e atitudes relativas à prática profissional, de acordo com as atividades, cargos e funções existentes. § 4º São consideradas atividades de pesquisa, todas aquelas que se desenvolvem por meio de levantamento de dados estatísticos, troca de experiências, que estimulam a construção do saber, agregam novos conhecimentos e direcionamentos para a evolução do Sistema Prisional.

RESOLUÇÃO Nº 1.242, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011. · Art. 1º A Educação Profissional do Sistema Prisional – EPSP – é um processo formativo, de ... unidades prisionais, construindo

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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

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RESOLUÇÃO Nº 1.242, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.

Estabelece as Diretrizes de Educação

Profissional do Sistema Prisional.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL, no uso de suas atribuições que lhe

conferem o inciso III, § 1º, do art. 93 da Constituição do Estado de Minas Gerais, as Leis Delegadas nº

179, de 01 de janeiro de 2011 e nº 180, de 20 de janeiro de 2011, RESOLVE estabelecer as seguintes

Diretrizes de Educação Profissional do Sistema Prisional:

TÍTULO I

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Art. 1º A Educação Profissional do Sistema Prisional – EPSP – é um processo formativo, de

essência específica e profissionalizante, desenvolvido de forma integrada pelo ensino, treinamento e

pesquisa, que visa à promoção efetiva da qualificação técnica do servidor penitenciário e à construção

de sua identidade profissional, baseado no senso de respeito às leis, à dignidade humana, como

também a promoção e proteção dos direitos humanos.

§ 1º O ensino constitui um processo de aprendizagem dinâmico e participativo, intermediado

por professor ou monitor, em atividades curriculares e complementares, tendo como foco o respeito à

integridade intelectual do discente na construção de sua competência profissional.

§ 2º Entende-se como competência a capacidade de adquirir conhecimentos, habilidades e

atitudes, adotando-as no desempenho da função.

§ 3º O treinamento é um evento de educação continuada e compreende as atividades

desenvolvidas posteriormente às de ensino, de maneira a fomentar a ampliação e atualização, em curto

prazo, de conhecimentos, habilidades e atitudes relativas à prática profissional, de acordo com as

atividades, cargos e funções existentes.

§ 4º São consideradas atividades de pesquisa, todas aquelas que se desenvolvem por meio de

levantamento de dados estatísticos, troca de experiências, que estimulam a construção do saber,

agregam novos conhecimentos e direcionamentos para a evolução do Sistema Prisional.

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Art. 2º A EPSP será planejada e supervisionada pela Escola de Formação da Secretaria de

Estado de Defesa Social - EFES, em parceria com a Subsecretaria de Administração Prisional -

SUAPI, em consonância com a Matriz Curricular Nacional para a Educação em Serviços

Penitenciários do Departamento Penitenciário Nacional e com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. Será desenvolvida nos ambientes de trabalho ou em instituições de interesse da SEDS, com

a finalidade de proporcionar aos agentes públicos a qualificação para o exercício de seus cargos e

funções.

Art. 3º A EPSP é pautada nos princípios educativos e no respeito à dignidade da pessoa

humana, na garantia dos direitos e liberdades constitucionais, sendo vedada no ambiente educacional

(local onde são desenvolvidas as atividades de ensino e treinamento), qualquer demonstração, conduta

ou postura violenta ou discriminatória de qualquer natureza.

§ 1º Qualquer conduta aética ou incompatível com a carreira do agente público, deve ser

coibida.

§ 2º Todos os responsáveis pela EPSP devem fiscalizar e adotar medidas pertinentes para

orientar a conduta dos docentes, discentes e integrantes da administração pública quando no exercício

das atividades de EPSP.

Art. 4º As atividades de ensino e treinamento terão planejamento específico, obedecendo o

preconizado nestas diretrizes.

TÍTULO II

PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO SISTEMA PRISIONAL (EPSP)

Art. 5º A Educação Profissional do Sistema Prisional fundamenta-se em:

I - integração e articulação com as instituições do Sistema de Defesa Social, órgãos públicos

nacionais e internacionais, universidades e organizações da sociedade civil, como forma de fortalecer a

educação profissional;

II - pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;

III - valorização da cultura profissional e da construção de uma identidade específica do

servidor penitenciário, voltada para o respeito dos direitos das pessoas;

IV - estímulo à reflexão do servidor penitenciário sobre o seu papel social e profissional como

cidadão e agente público;

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V - garantia do padrão de qualidade;

VI - formação profissional sólida e atualizada, que aproxime a teoria e a prática e permita o

desenvolvimento das capacidades e potencialidades do agente público penitenciário;

VII - valorização da experiência extraescolar;

VIII - valorização dos profissionais de educação profissional.

Parágrafo único. A EPSP, pautada em princípios pedagógicos orientados por uma prática

participativa e democrática, deverá estabelecer um diálogo sistemático com os profissionais das

unidades prisionais, construindo e implementando propostas pedagógicas adequadas e inovadoras,

contribuindo assim, de modo mais efetivo, para a melhoria das condições do atendimento, interferindo

positivamente nos resultados finais.

TÍTULO III

ESTRUTURA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO SISTEMA PRISIONAL

Art. 6º O Sistema de EPSP é assim composto:

I - Subsecretaria de Promoção da Qualidade e Integração do Sistema de Defesa Social, por

meio da Escola de Formação da Secretaria de Estado de Defesa Social (EFES), que é a unidade central

e gestora;

II - Subsecretaria de Administração Prisional, através das Unidades Prisionais e respectivas

Coordenadorias de Treinamento das Unidades Prisionais.

Parágrafo único. O Coordenador de Treinamento das Unidades Prisionais receberá orientação

técnica da EFES, tendo como atribuição:

I - manter interlocução com o Núcleo de Treinamento Prisional, garantindo o preenchimento

de vagas e cumprimento do prazo previsto para indicação e participação nos cursos propostos para a

unidade prisional;

II - manter arquivada toda documentação de cursos e treinamentos ministrados internamente

na unidade;

III - participar de reuniões com equipes da EFES.

Art. 7º A Escola de Formação da Secretaria de Estado de Defesa Social tem a seguinte

estrutura:

I - Superintendência;

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II - Núcleo de Treinamento Prisional - NTP;

III - Núcleo de Treinamento das Medidas Socioeducativas - NTS;

IV - Núcleo de Ensino Integrado - NEI.

§ 1º O NTP é responsável pela formação, treinamento, capacitação, acompanhamento e

avaliação do agente público que atua no sistema prisional, com vistas a habilitá-lo para o exercício da

função, baseado no senso de respeito às leis, à dignidade humana, à promoção e proteção dos Direitos

Humanos.

§ 2º O NTS é responsável pela formação, treinamento, capacitação, acompanhamento e

avaliação do agente público que atua no sistema socioeducativo, com vistas a habilitá-lo para o

exercício da função, baseado no senso de respeito às leis, à dignidade humana, à promoção e proteção

dos Direitos Humanos da criança e do adolescente.

§ 3º O NEI é responsável pelas atividades de ensino e treinamento integrado para os agentes

públicos do Sistema de Defesa Social.

TÍTULO IV

MODALIDADES DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO SISTEMA PRISIONAL

Art. 8º A EPSP é desenvolvida por meio das seguintes modalidades:

I - presencial: pressupõe a presença física simultânea do discente e do docente no mesmo

ambiente;

II - semipresencial: implementada com a conjugação de atividades didáticas, módulos ou

unidades de ensino-aprendizagem presenciais obrigatórias e outras formas de orientação pedagógica

que se concentram na mediação de recursos didáticos organizados em diferentes suportes

informacionais que utilizam, de forma adequada, tecnologias de comunicação remota sem,

necessariamente, a presença física simultânea do discente e do docente, no mesmo ambiente físico.

III - à distância: modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos

processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e

comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou

tempos diversos.

IV - continuada: implementada num processo contínuo que considera a evolução permanente

das capacidades, motivações e aspirações, visando ampliar e atualizar as competências desenvolvidas e

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adquiridas pelos agentes públicos nas atividades de ensino, treinamento, capacitação e outras formas

de qualificar-se para a ocupação e desempenho de suas atividades profissionais.

TITULO V

ENSINO

Art. 9º O Ensino tem por finalidade formar, habilitar e qualificar os agentes públicos para o

exercício de seu cargo ou função, e compreende:

I - Curso de Habilitação de Diretores (CHD): desenvolvido na modalidade presencial, tem por

finalidade habilitar Diretores para exercerem cargos, nos diversos níveis das Unidades Prisionais;

II - Curso de Formação Técnico-Profissional de Agentes de Segurança Penitenciário (CFTP):

realizado na modalidade presencial, visa formar Agentes de Segurança Penitenciários, aprovados em

concurso público, habilitando-os para o exercício de suas atividades profissionais;

III - Curso Introdutório: realizado na modalidade presencial, destinado a habilitar, para as

respectivas funções, candidatos aprovados na fase de seleção de processo seletivo simplificado para

contratação temporária de excepcional interesse público, observada a legislação vigente.

TITULO VI

TREINAMENTO

Art. 10. O treinamento é um evento de educação continuada e compreende as atividades

desenvolvidas posteriormente às de ensino, de maneira a fomentar a aquisição ou atualização, em curto

prazo de conhecimentos, habilidades e atitudes relativas à prática profissional. No Sistema Prisional

será desenvolvido por meio de dois tipos: Extensivo e Intensivo.

CAPITULO I

TREINAMENTO EXTENSIVO

Art. 11. O Treinamento Extensivo consiste na transmissão de orientações e recomendações

atualizadas acerca de qualidades específicas exigidas no trabalho, de modo a estimular e promover a

efetividade operacional e administrativa, que compreende:

I - Treinamento Operacional (TO);

II - Treinamento Técnico (TT);

III - Treinamento de Educação Física (TEF);

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IV - Treinamento de Defesa Pessoal (TDP).

Seção I

Treinamento Operacional

Art. 12. O Treinamento Operacional será desenvolvido por meio de exposições teóricas,

preferencialmente aliadas a demonstrações práticas, com a finalidade de preparar o pessoal a ser

escalado no turno de serviço e deverá abordar assuntos técnico-operacionais.

§ 1º O TO será aplicado diariamente, com duração de 30 (trinta) minutos, e terá participação

obrigatória de todos os agentes públicos a serem empenhados em quaisquer atividades operacionais.

§ 2º A Unidade Prisional, por meio da coordenadoria de treinamento, elaborará calendário

mensal contendo os assuntos a serem ministrados e os responsáveis por ministrá-los.

§ 3º O registro do TO contendo data, assunto e participantes ficará a cargo dos responsáveis

pelo treinamento e será objeto de análise por ocasião de supervisões e auditorias.

Seção II

Treinamento Técnico

Art. 13. O Treinamento Técnico (TT) será aplicado a todos os agentes públicos, independente

da atividade que exerçam, visando cuidar da correção de desvios e abordar assuntos técnicos de cada

área de atuação.

Art. 14. O TT será aplicado bimestralmente a todos os agentes públicos, com duração mínima

de 90 (noventa) minutos.

Parágrafo único. Visando a padronização de ações, a Subsecretaria de Administração

Prisional – SUAPI – definirá os dias e horários para sua execução e elaborará calendário bimestral

contendo os assuntos a serem ministrados.

Seção III

Treinamento de Educação Física

Art. 15. O Treinamento de Educação Física (TEF) será desenvolvido por meio de atividades

práticas sob a coordenação de um professor ou monitor em educação física, objetivando adquirir a

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higidez e condicionamento físico, capaz de conferir ao agente público resistência à fadiga e capacidade

de atuação em situações diversas, observando os princípios gerais do condicionamento físico.

§ 1º O monitor será capacitado pela EFES desde que atenda os requisitos mínimos para

matrícula no curso.

§ 2º O treinamento será executado, no mínimo, uma vez por semana, na própria Unidade onde

o agente exerce as suas funções, com duração mínima de 50 (cinquenta) minutos.

§ 3º O Diretor-Geral deverá designar monitores para ministrar o treinamento e fiscalizará sua

execução.

§ 4º Para matrícula no TEF, os agentes deverão apresentar relatório médico atestando

capacidade para realização de atividades físicas.

§ 5º O treinamento deverá ser acompanhado pela coordenadoria de treinamento da unidade, a

partir das orientações contidas no plano de treinamento, elaborado pela EFES.

Seção IV

Treinamento de Defesa Pessoal

Art. 16. O Treinamento de Defesa Pessoal (TDP) será desenvolvido por meio de atividades

práticas de técnicas de imobilização, de condução e de defesa contra golpes mais comuns.

§ 1º O TDP será aplicado trimestralmente, a todo pessoal operacional, em dias e horários que

permitam adequação da jornada de trabalho.

§ 2º Os participantes do TDP deverão estar trajando, preferencialmente, o uniforme

operacional, com o fito de aproximar o treinamento ao máximo da realidade vivenciada.

CAPITULO II

TREINAMENTO INTENSIVO

Art. 17. O Treinamento Intensivo compreende:

I - Treinamento Básico (TB);

II - Treinamento com Armas de Fogo (TCAF);

III - Treinamento com Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (TIMPO)

IV - Treinamento Complementar (TC).

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Seção I

Treinamento Básico

Art. 18. O Treinamento Básico (TB) compreende o processo de atualização intensiva das

técnicas e doutrinas voltadas à prática prisional, será executado trienalmente, na modalidade

presencial, por todos os agentes públicos, independente da atividade que exerçam, com foco na

assimilação dos conhecimentos básicos ligados às respectivas atividades.

§ 1º O TB dos agentes públicos da RMBH será realizado na EFES e para os do interior do

Estado, nas próprias unidades prisionais.

§ 2º Serão matriculados no treinamento todos os agentes públicos lotados nas unidades

prisionais da SUAPI que tenham completado pelo menos um ano de efetivo exercício no cargo ou

função.

§ 3º Ao final do treinamento será aplicada uma prova escrita, contendo 20 (vinte) questões de

múltipla escolha para os agentes de segurança penitenciários e 10 (dez) questões para os demais

cargos/funções de nível médio.

§ 4º O discente que for reprovado na avaliação escrita fará avaliação especial no prazo de até

30 (trinta) dias após a publicação do resultado e, se persistir a reprovação:

I - se efetivo, ficará impedido de participar de Treinamentos Complementares fora da SEDS;

II - se contratado, não poderá ter o contrato administrativo prorrogado, conforme §3º e §4º do

Art. 2º do Decreto nº 45.155, de 21/08/2009.

Seção II

Treinamento com Armas de Fogo

Art. 19. O Treinamento com Arma de Fogo (TCAF) é destinado ao Agente de Segurança

Penitenciário Efetivo e tem como objetivo aprimorar o domínio técnico de manejo do armamento e a

execução correta e segura do tiro.

Art. 20. O treinamento será desenvolvido:

I - Anualmente para:

a) Os Agentes do Comando de Operações Especiais (COPE), observadas as armas de porte e

portáteis utilizadas nas atividades operacionais da Unidade;

b) Os Agentes das Unidades Prisionais, empregados nas atividades de escoltas e de

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segurança externa (muralhas e portarias), abrangendo as armas de porte (revólver cal .38 e pistola .40)

e portáteis (fuzil cal 5,56mm e carabina cal.40).

II – Para os Agentes que não exercem as atividades mencionadas no inciso anterior, o

treinamento será realizado trienalmente, somente com armas de porte (revólver cal. 38 e pistola

cal.40).

Art. 21. O TCAF compreende as fases teórica e prática.

§ 1º O conteúdo programático da fase teórica deverá constar sobre:

I - manejo, montagem, desmontagem, fundamentos do tiro, regras de segurança e posições de

tiro.

II - diretrizes sobre o uso da força pelos encarregados da aplicação da lei, enfatizando que:

a) os agentes de segurança pública não deverão disparar armas de fogo contra pessoas, exceto

em casos de legítima defesa própria ou de terceiro;

b) não é legítimo o uso de armas de fogo contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que,

mesmo na posse de algum tipo de arma, não represente risco imediato de morte ou de lesão grave aos

agentes de segurança pública ou terceiros;

c) não é justificável o disparo de arma de fogo contra veículo, a não ser que represente um

risco imediato de morte ou de grave ferimento aos agentes ou a terceiros;

d) em qualquer situação, a implementação do uso da força deverá estar em conformidade com

os princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência;

e) os chamados “disparos de advertência” não são considerados práticas aceitáveis, em razão

da imprevisibilidade de seus efeitos.

§ 2 º A fase prática será constituída de tiro seco (tiro sem munição), prática de tiro rápido

(tiro de defesa) e tiro com armas de precisão.

Art. 22. Será considerado aprovado no TCAF, o agente de segurança penitenciário que

obtiver o aproveitamento mínimo de 60% (sessenta por cento) dos pontos distribuídos, na prova

prática, por tipo de arma.

§ 1º O agente que não obtiver aprovação deverá, no mesmo dia, ser reavaliado e se persistir a

reprovação será submetido a outro treinamento.

§ 2º O agente que for reprovado no treinamento não poderá ser escalado em atividade que

exija o emprego de arma de fogo para a qual não esteja habilitado.

Art. 23. Sempre que um novo tipo de arma de fogo for adquirido deverá ser estabelecido

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um módulo de treinamento específico com vistas à habilitação dos agentes de segurança

penitenciários.

Seção III

Treinamento com Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo

Art. 24. O Treinamento com Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (TIMPO) é

destinado aos Agentes do COPE e das unidades prisionais empenhados em realizar escoltas externas à

Unidade, na segurança externa (muralhas e portarias) e dos Grupos de Intervenções Táticas (GIT)

tendo como objetivo aperfeiçoar os conhecimentos acerca dos procedimentos que serão empregados

em intervenções que demandem o uso da força, visando preservar vidas e minimizar danos à

integridade física das pessoas.

Art. 25. Instrumento de menor potencial ofensivo é o conjunto de armas e munições,

projetado e empregado, especificamente, para conter, debilitar ou incapacitar pessoas,

temporariamente, e que possibilitam preservar vidas e minimizar danos à integridade física das

pessoas.

Art. 26. Sempre que um novo tipo de instrumento de menor potencial ofensivo for adquirido

deverá ser estabelecido um módulo de treinamento específico com vistas à habilitação dos agentes de

segurança penitenciários.

Seção IV

Treinamento Complementar

Art. 27. O Treinamento Complementar (TC) visa à capacitação e habilitação dos agentes

públicos, que nestas diretrizes são considerados eventos:

I - cursos e treinamentos não previstos como ensino;

II - seminários, congressos e eventos similares.

Art. 28. É vedado, sem prévia avaliação da EFES, realizar treinamento complementar ou

designar agentes públicos para frequentar treinamentos em instituições fora do Sistema de Defesa

Social do Estado de Minas Gerais quando na matriz curricular do treinamento houver assuntos de

técnica prisional, doutrina de emprego de força e inteligência de segurança prisional.

Art. 29. As Unidades levantarão as necessidades de TC a serem realizados fora da SEDS, seja

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junto aos demais órgãos do Sistema de Defesa Social de Minas Gerais ou em outras instituições, em

qualquer Estado da Federação ou fora do País e as encaminharão à Subsecretaria de Administração

Prisional – SUAPI, que as consolidarão e remeterão à Subsecretaria de Promoção da Qualidade e

Integração do Sistema de Defesa Social – SUPID, com antecedência mínima de 45 dias.

§ 1º As propostas de TC fora da SEDS, para serem analisadas, não poderão contrariar as

disposições destas Diretrizes e deverão conter as seguintes informações:

a) programação (período, jornada e frequência do evento);

b) conteúdo programático;

c) razão social ou personalidade jurídica da instituição responsável pelo evento;

d) endereço, CEP, telefone, fax e e-mail;

e) CNPJ e inscrição estadual;

f) público alvo e pré-requisitos;

g) custos de passagens, diárias de viagens, materiais didáticos e honorários;

h) despesas para o discente;

i) formas de pagamento;

J) previsão na proposta orçamentária;

k) necessidade ou não de processo de licitação ou ato de inexigibilidade/dispensa de licitação.

§ 2º Após analisar as propostas, a SUPID, através da EFES, encaminhará ao Subsecretário de

Administração Prisional, com antecedência mínima de 10(dez) dias do evento, parecer sobre a

viabilidade e o interesse do evento para a SEDS.

§ 3º A designação do servidor para participar do evento será procedida conforme Art. 34 e 35

destas Diretrizes.

§ 4º Excepcionalmente, havendo comprovado interesse da SEDS na participação de agentes

públicos em eventos, a SUPID/EFES analisará e encaminhará propostas para decisão do Secretário de

Defesa Social, sem necessariamente cumprir os prazos estabelecidos neste artigo.

Art. 30. De acordo com a disponibilidade de recursos orçamentários e com o interesse da

SEDS, o agente público poderá participar de Treinamento Complementar no País (fora da SEDS,

dentro e fora do Estado), e no exterior, observadas a duração e a viabilidade em conformidade com as

seguintes disposições:

I - com ônus total: os custos com o treinamento, vencimentos e indenizações correrão por

conta da SEDS;

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II - com ônus parcial: apenas parte dos custos será paga pela SEDS;

III - sem ônus: o agente público arcará com todos os custos decorrentes do treinamento.

§ 1º Nos casos em que houver ônus para a SEDS, serão observadas as normas que regem as

licitações, contratos administrativos e disponibilidade de recursos.

§ 2º Entende-se por duração do evento o período entre a data de início e término,

compreendido em dias corridos, inclusive os não letivos, como finais de semana e feriados.

Art. 31. A desistência por motivo não justificável ou o desligamento por motivo disciplinar

do agente público matriculado ou inscrito em evento, implicará o ressarcimento por ele ao erário, dos

custos assumidos pela SEDS, além de outras medidas administrativas cabíveis.

Parágrafo único. A adoção das medidas administrativas estabelecidas neste artigo ficará a

cargo do Subsecretário de Administração Prisional.

Subseção I

Treinamento Complementar na SEDS

Art. 32. Os agentes públicos serão indicados para participar de TC pelo Diretor Geral da

Unidade Prisional.

§ 1º A realização de eventos de TC na Unidade Prisional deverá ser precedida de parecer da

EFES, realizado a partir do envio do plano de treinamento respectivo, contendo todos os dados sobre o

evento.

§ 2º Ao final do TC, a coordenação do evento deverá elaborar relatório contendo as seguintes

informações: período e duração do evento, carga-horária prevista e ministrada, público participante,

organizadores, corpo docente, cópia de designação, aspectos positivos, negativos e sugestões.

§ 3º O relatório mencionado no parágrafo anterior deverá ser encaminhado à EFES, até 5

(cinco) dias úteis após o término do evento, para avaliação e controle, ficando a segunda via arquivada

na unidade executora do TC.

Subseção II

Treinamento Complementar Fora da SEDS

Art. 33. O Treinamento realizado fora da Secretaria de Estado de Defesa Social será

planejado e implementado com base nos seguintes princípios:

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I - qualificação: consiste na capacitação e habilitação do profissional para o exercício de

atividades no Sistema Prisional;

II - incentivação: visa sensibilizar e motivar o agente público, propiciando-lhe recursos e

condições adequadas a sua participação em cursos, estágios e similares, para a melhoria de sua

capacidade profissional;

III - antecipação: é a adoção de medidas necessárias para que os órgãos envolvidos

disponham do tempo mínimo indispensável para atender às exigências das normas, viabilizem os

recursos orçamentários e financeiros, identifiquem o candidato mais qualificado e adotem outras

providências pertinentes;

IV - aplicabilidade: é a designação do agente público que atua ou venha atuar em setores

específicos, nos quais sejam aplicados os conhecimentos adquiridos no TC;

V - isonomia: é a oferta igualitária de eventos de interesse do Sistema Prisional a todos os

agentes públicos de acordo com os objetivos estabelecidos;

VI - afinidade: é o interesse em todo evento cujo conteúdo programático ou tema em

discussão se relacione com as atividades desenvolvidas pelo Sistema Prisional ou contribua para a

formação ou aprimoramento profissional de seus integrantes.

Art. 34. Em eventos dentro do Estado, a designação dos participantes será procedida pelo

Subsecretário de Administração Prisional e nos eventos no País, fora do Estado, a designação dos

participantes será procedida pelo Secretário de Estado de Defesa Social.

Art. 35. Em eventos no exterior, a designação será procedida pelo Governador do Estado.

Art. 36. Na designação de agentes públicos para participar de eventos fora do Estado e no

exterior, deverá ser observado:

§ 1º Após concluir um evento com duração de até 10 (dez) dias, o agente público somente

poderá participar de outro evento depois de decorridos 6 (seis) meses.

§ 2º Após concluir um evento com duração de 11 (onze) a 30 (trinta) dias, o agente público só

poderá participar de outro evento depois de decorrido um ano.

§ 3º Depois de concluir um evento com duração acima de 30 (trinta) dias, o agente público só

poderá participar de outro evento, depois de decorridos 2 (dois) anos.

§ 4º A designação de que trata este artigo será publicada no Diário Oficial do Estado.

§ 5º Quando a participação ocorrer sem ônus para o Estado, não haverá necessidade de

autorização do Governador.

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TÍTULO VII

INSCRIÇÃO, SELEÇÃO E MATRÍCULA

Art. 37. Para os efeitos da EPSP, os Agentes Públicos candidatos aos cursos de ensino e aos

de treinamentos fora da SEDS, ou para eles convocados, devem preencher os seguintes requisitos

básicos, além dos específicos a cada concurso, processo seletivo interno e externo ou exame:

I - não ter sido sancionado, nos últimos 24 (vinte e quatro) meses, pela prática de transgressão

disciplinar de natureza grave transitada em julgado;

II - estar aprovado no Treinamento Básico (TB);

III - não estar submetido a Processo Administrativo Disciplinar (PAD);

IV - não estar em gozo de LIP - Licença para tratar de interesse particular;

V - não estar condenado, por sentença irrecorrível à pena privativa de liberdade, restritiva de

direitos ou quaisquer outras condenações na esfera penal e administrativa.

Parágrafo único. As condições previstas nos incisos anteriores serão exigidas na data da

matrícula e averiguadas e conferidas pela Superintendência de Recursos Humanos da SEDS, sob pena

de eliminação do candidato classificado e preenchimento da vaga por outro aprovado, na ordem de

classificação.

TÍTULO VIII

ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

CAPÍTULO I

CURRÍCULO

Art. 38. Currículo é o conjunto das atividades de ensino e aprendizagem e das experiências

vivenciadas pelo discente sob a direção da escola, e compreende a composição e a dinâmica de Ensino

da EPSP, observadas as respectivas normas e a legislação da educação vigente.

Parágrafo único. Na organização do currículo serão considerados os conhecimentos,

habilidades e valores básicos para o desenvolvimento das competências exigidas pelo cargo/função.

Art. 39. A orientação didático-pedagógica curricular contempla três dimensões a serem

focadas no desenvolvimento de competências: saber (conhecimento); saber fazer (habilidades) e querer

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fazer (atitudes).

Art. 40. São competências pessoais e profissionais esperadas dos discentes, observadas as

áreas de atuação:

I - basear suas atitudes na ética e legalidade de acordo com a legislação específica,

respeitando os princípios dos Direitos Humanos;

II - ter aptidão para buscar, incentivar, manter e preservar a harmonia e o bom convívio social

no ambiente de trabalho;

III - ter conhecimento da legislação e procedimentos referentes ao seu trabalho e sua

aplicabilidade no contexto;

IV - ser capaz de situar a sua atividade no contexto mais amplo da unidade em que trabalha e

do sistema penitenciário como um todo;

V - ter capacidade de atuar em ambientes adversos e situações imprevistas, agindo de forma

equilibrada;

VI - gerenciar conflitos, privilegiando técnicas de verbalização ao uso da força;

VII - valorizar a saúde física e mental, bem como a qualidade de vida no ambiente de

trabalho;

VIII - ter capacidade para trabalhar em grupo e lidar com o diferente;

IX - comunicar com eficiência em cada contexto de trabalho;

X - estar em constante vigilância e agir conforme a prioridade de cada urgência e emergência.

CAPÍTULO II

DOCUMENTOS ESCOLARES

Art. 41. Para execução das atividades de ensino, a EFES utiliza-se dos documentos descritos,

que deverão ser mantidos arquivados, para fins de supervisão e análise pelos órgãos competentes:

I - plano de curso ou de treinamento;

II - ato de matrícula;

III - controle das aulas ministradas;

IV - registro de atividades extraclasse;

V - controle de frequência (talão de controle de aula – TCA);

VI - quadro de atividades e docentes;

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16

VII - avaliação do treinamento;

VIII - atas de abertura e fechamento de envelopes de provas

IX - caderno de prova e folha de resposta;

IX - ato de resultado final;

XI - controle dos discentes matriculados mediante decisão judicial.

Art. 42. Ao Superintendente da EFES compete a responsabilidade pela expedição e assinatura

de diplomas e certificados e analisar e decidir em primeira instância sobre recursos, pedidos,

requerimentos e solicitações relativas às atividades escolares, fazendo publicar a decisão

fundamentada.

Parágrafo único. O prazo para recursos referentes ao processo de ensino e aprendizagem será

estipulado de acordo com cada Edital, Instrumento Convocatório ou Plano de Curso.

CAPÍTULO III

PLANEJAMENTO ESCOLAR

Art. 43. O ano escolar abrange o período de planejamento didático, de matrículas, os dias

letivos e os recessos escolares.

Art. 44. O dia letivo será composto de até 10 (dez) aulas de 50 (cinquenta) minutos cada, e a

carga-horária semanal será de até 50 (cinquenta) aulas, além de outras atividades complementares,

podendo ser alterada mediante autorização do Superintendente da EFES.

§ 1º 01 (uma) hora aula equivale a 01 (uma) aula.

§ 2º O dia letivo compreenderá atividades curriculares escolares e/ou complementares, estas

últimas com programação específica.

Art. 45. As Unidades Prisionais deverão elaborar os respectivos Planos de Treinamentos e

remetê-los à SUAPI, que após análise os encaminhará à EFES.

Art. 46. É competência da EFES validar ou alterar os Planos de Cursos ou Treinamentos, de

acordo com as diretrizes e práticas pedagógicas.

Art. 47. As visitas programadas de estudos a organizações congêneres ou a Instituições

Públicas ou Privadas, do país ou de outras nações, poderão ser realizadas como atividade de ensino e

tem como objetivo a obtenção de novos conhecimentos e a troca de experiências e valores.

§ 1º Poderão ser realizadas visitas profissionais com a finalidade de intercâmbio sócio-

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17

desportivo-cultural, associadas aos interesses profissionais da SEDS.

§ 2º As propostas de visitas a outros Estados da Federação deverão ser remetidas à EFES no

prazo mínimo de 30 (trinta) dias de antecedência, e a outros países com antecedência mínima de 120

(cento e vinte) dias, para análise e posterior decisão do Secretário de Estado de Defesa Social.

§ 3º Deverão constar nos programas de visitas os Países ou Estados a serem visitados, os

objetivos da visita, as atividades a serem realizadas, datas, nomes dos participantes, contatos

realizados, órgãos com os quais deverão ser mantidos contatos, entendimentos preliminares da

delegação, transporte a ser utilizado, estimativa de custos e outras informações necessárias.

§ 4º Após análise da EFES e autorização do Secretário de Estado de Defesa Social deverá ser

elaborada Ordem de Serviço regulando os detalhes do evento.

CAPÍTULO IV

ESTÁGIO CURRICULAR

Art. 48. Estágio é ato educativo desenvolvido no ambiente de trabalho, que prepara o discente

para o desempenho de suas atividades. Visa propiciar ao discente o contato com a realidade

profissional, na medida em que possibilita a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos em sala

de aula e os resultantes da experiência concreta da função.

Parágrafo único. Sempre que possível os discentes serão acompanhados por um coordenador,

que deverá ser habilitado para orientar os estagiários, no âmbito da dimensão pedagógica “saber-

fazer”.

Art. 49. O estágio curricular tem como objetivos:

I - propiciar ao discente o contato com a realidade do cargo ou função, possibilitando-lhe a

aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos e a aquisição de conhecimentos oriundos da

experiência concreta do cargo ou função;

II - avaliar a aplicabilidade e adequabilidade dos conhecimentos adquiridos no decorrer do

curso, visando o seu aprimoramento;

III - promover as correções e orientações necessárias ao aperfeiçoamento da formação do

discente.

Art. 50. Os estágios serão realizados nas Unidades Prisionais mediante planejamento,

observadas as matrizes curriculares dos cursos.

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18

Art. 51. O estágio terá caráter eliminatório, de acordo com o respectivo Edital e Plano de

Curso.

CAPÍTULO V

FREQUÊNCIA

Art. 52. Será considerada atividade escolar, para efeito de frequência, aquela programada,

com previsão de carga horária definida.

§ 1º Frequência, no âmbito escolar, é a assiduidade do discente nos locais onde serão

desenvolvidas as atividades curriculares e é considerada ato de serviço, tendo o discente a obrigação

de participar de todas as atividades previstas.

§ 2º Todas as faltas deverão ser registradas através do talão de controle de aulas (TCA) ou

lista de presença, sendo obrigatório o seu preenchimento, ao final de cada aula.

Art. 53. A frequência mínima exigida para aprovação será a seguinte:

I - cursos de formação e habilitação: 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária

prevista;

II - curso introdutório para candidatos a contratos administrativos:

a) candidatos a Agentes de Segurança Penitenciário: 80% (oitenta por cento) do total da carga

horária das disciplinas teóricas e 90% (noventa por cento) do total da carga horária das disciplinas

práticas;

b) candidatos às demais funções de nível fundamental, médio e superior: 80% (oitenta por

cento) do total da carga horária das disciplinas teóricas.

III - treinamentos complementares, estágios e atividades práticas: 90% (noventa por cento)

do total da carga horária prevista;

IV - cursos e treinamentos fora da SEDS: serão definidas pelas instituições

que os promoverem.

Art. 54. O Superintendente da EFES poderá abonar as faltas em cursos e treinamentos

realizados pela EFES, que forem decorrentes das seguintes situações:

I - em razão de alteração temporária do estado físico, de problemas de saúde própria, ou de

dependentes do discente;

II - atendendo a requisições judiciais;

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19

III - quando não estiverem enquadradas nas situações citadas, mas forem ensejadas por fatos

que devidamente apurados tornaram impedimento, resultando na ausência.

Art. 55. Não serão abonadas faltas decorrentes de situações para as quais o discente tenha

dado causa, ou que tenha deixado de adotar providências, cuidado e/ou cautela para que não ocorresse.

CAPÍTULO VI

PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Art. 56. O processo de avaliação da EPSP é holístico, permanente, integral e sistemático,

embasado em metodologia de cunho qualitativo e quantitativo, que visa mensurar o desenvolvimento

das suas atividades educacionais, tendo em vista o aprimoramento do processo ensino-aprendizagem.

§ 1º O processo de avaliação do ensino e aprendizagem abrange os corpos docente, discente,

administrativo e a infraestrutura da Escola.

§ 2º A avaliação do corpo docente deverá acatar os seguintes fundamentos:

I - conhecimento prévio do professor sobre os quesitos a partir dos quais será avaliado;

II - precaução contra revanchismo ou avaliação tendenciosa ou parcial;

III - acessibilidade do professor aos resultados da avaliação;

IV - oportunidade ao avaliado de aprimorar-se nos quesitos em que seu desempenho tenha

sido considerado insuficiente.

§ 3º A avaliação do discente é um processo que abrange a mensuração dos aspectos morais,

institucionais, sociais e cognitivos, e tem como finalidades:

I - mensurar o alcance dos objetivos educacionais da Escola, a partir da verificação da

aquisição das competências necessárias ao cargo ou função;

II - verificar a necessidade de correções de natureza pedagógica no processo ensino e

aprendizagem;

III - identificar e avaliar os aspectos morais, comportamentais e sociais;

IV - avaliar o aspecto cognitivo na forma de avaliação da aprendizagem.

§ 4º A avaliação de desempenho do corpo administrativo atenderá às prescrições legais

vigentes na SEDS.

§ 5º O processo de avaliação da infraestrutura deve contar com a participação dos integrantes

dos corpos docente, administrativo e discente.

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20

Art. 57. Na avaliação de aprendizagem serão atribuídas notas de 0 (zero) a 10 (dez) pontos e

conceitos, de acordo com as diretrizes do Plano de Treinamento e programa de matérias pertinentes a

cada curso.

Parágrafo único - O discente que não comparecer a quaisquer das provas, testes ou avaliações,

ou ainda, deixar de entregar trabalhos, ou não participar de quaisquer de suas etapas, na data prevista

sem motivo justificado, conforme descrito no referido plano de trabalho, instrumento convocatório ou

edital, receberá nota zero.

Seção I

Condições de Aprovação

Art. 58. Será considerado aprovado no curso ou treinamento o discente que obtiver:

I - conceito apto, ou mínimo de 60% (sessenta por cento) de aproveitamento na avaliação

escrita;

II - frequência mínima prevista no Art. 53 destas Diretrizes.

Seção II

Avaliação em Segunda Chamada

Art. 59. O discente que faltar a qualquer avaliação escrita ou prática, por motivo justificado,

poderá realizá-la em segunda chamada, mediante requerimento, desde que previsto no Edital e Plano

de Curso/Treinamento.

Parágrafo único. O pedido de avaliação em segunda chamada deve ser apresentado dentro do

prazo de 02 (dois) dias úteis, contados após cessado o motivo que impediu o comparecimento do

discente às atividades escolares.

Art. 60. O discente que faltar à avaliação em segunda chamada, sem motivo justificado,

receberá a nota zero e será submetido à avaliação especial, desde que descrito no plano de curso ou

treinamento.

Art. 61. Caso o discente não consiga o aproveitamento na avaliação em segunda chamada, ou

não possa realizá-la, terá direito à realização da especial, desde que previsto no Edital e no Plano de

Curso/Treinamento.

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21

Seção III

Avaliação Especial

Art. 62. Será considerado em avaliação especial o discente que, mesmo tendo obtido a

frequência regular, não alcançar a nota mínima para aprovação, ou não realizar a avaliação em

segunda chamada, ou nesta não conseguir o necessário aproveitamento, conforme estabelecido no

Edital e no Plano de Curso/Treinamento.

Parágrafo único. A avaliação especial valerá 10 (dez) pontos, porém, caso o discente obtenha

nota superior a 6(seis), para fins de aprovação será computada a nota 6 (seis).

CAPÍTULO VII

CANCELAMENTO DE MATRÍCULA E DESLIGAMENTO DE CURSO

Art. 63. Terá sua matrícula cancelada e será desligado do curso ou treinamento o discente

que:

I - a qualquer tempo, abandonar ou não cumprir as atividades de avaliação previstas;

II - tiver acumulado 03 (três) ou mais pontos em transgressões disciplinares;

III - solicitar o seu desligamento do curso;

IV - atuar de maneira fraudulenta na realização das avaliações.

Parágrafo único. O desligamento será formalizado através de Ato da autoridade competente.

Art. 64. O uso de meios fraudulentos refere-se a toda ação que o discente utilize para obter de

forma indevida a solução de questões propostas nas avaliações, trabalhos escolares, provas práticas e

atividades de pesquisa, com intuito de alcançar vantagens no desempenho escolar.

CAPÍTULO VIII

CORPO DOCENTE

Seção I

Seleção, Contratação e Designação

Art. 65. Poderão atuar como professores os agentes públicos da Secretaria de Estado de

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22

Defesa Social, convidados dos demais órgãos que integram o Sistema de Defesa Social, de outros

órgãos públicos e da sociedade civil.

§ 1º Para a indicação de docentes deverão ser observadas a formação e a experiência

profissional em relação à disciplina que irá ministrar.

§ 2º A formação mínima exigida para os professores será de nível médio.

§ 3º A seleção de docentes para ministrar aula em qualquer assunto que englobe o uso da

força deverá levar em conta análise criteriosa de seu currículo formal e tempo de serviço, áreas de

atuação, experiências anteriores em atividades fim, registros funcionais, formação em direitos

humanos e nivelamento em ensino.

Art. 66. A seleção para designação de docentes da EPSP será procedida com base na

qualificação dos docentes, após análise de currículos por comissão composta por, no mínimo, três

membros, a saber:

I - Diretor do Núcleo de Treinamento Prisional;

II – Um servidor da EFES;

III – Um representante da SUAPI, designado pelo Subsecretário.

§ 1º Os trabalhos da Comissão serão registrados em ata.

§ 2º Não poderá fazer parte da comissão examinadora aquele cujo cônjuge ou parente

consanguíneo ou afim, em linha direta ou colateral, até o quarto grau, for candidato à designação.

Art. 67. A atividade de docência será considerada ato de serviço para os agentes públicos da

Secretaria de Estado de Defesa Social.

Seção II

Honorários-Aula para Docência

Art. 68. O pagamento de honorários-aula relativos às atividades de ensino e treinamentos será

realizado de acordo com a legislação vigente.

Art. 69. Os professores contratados e designados receberão o valor dos honorários-aula,

multiplicado pela respectiva carga horária das disciplinas que ministrarem.

Art. 70. O pagamento dos honorários será realizado diretamente ou por intermédio de

empresa executora, mediante comprovação da carga horária ministrada.

Art. 71. Os professores que aplicarem as avaliações farão jus aos honorários correspondentes

à duração da prova.

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23

Art. 72. Quando duas ou mais turmas forem unidas em um mesmo horário, para receber aula

do mesmo professor, a este serão devidos honorários correspondentes ao número de horas aula

ministradas, sem nenhuma vinculação ao número de turmas e/ou discentes.

Art. 73. É autorizado o pagamento de honorários-aula para agentes públicos, desde que não

haja prejuízos de suas atividades laborais.

CAPÍTULO IX

COLEGIADOS

Art. 74. Os Colegiados são órgãos de caráter consultivo nos assuntos referentes a questões

regimentais do ensino e treinamento.

Art. 75. A EFES contará, em sua estrutura, com um Colegiado, que será convocado quando a

situação exigir, presidido pelo Diretor do Núcleo de Treinamento Prisional, para analisar e emitir

parecer sobre recursos, questões regimentais, elaboração de textos e provas.

Parágrafo único. A composição e o funcionamento do Colegiado da EFES serão definidos no

Regimento da EFES.

Art. 76. O Colegiado tem por finalidade analisar, avaliar e emitir parecer sobre questões

relativas ao corpo discente e ao processo de ensino e aprendizagem.

Parágrafo único - Nos casos de reprovação ou desligamento por falta de aproveitamento

escolar, o discente não será submetido ao Colegiado, considerando que lhe serão assegurados o

contraditório e a ampla defesa.

Art. 77. Os pareceres do Colegiado serão submetidos à apreciação do Superintendente da

EFES, para homologação.

CAPÍTULO X

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 78. As atividades de ensino executadas pela EPSP contarão com uma supervisão de

ensino e uma coordenação de curso.

Art. 79. A supervisão de ensino será exercida pelo diretor do Núcleo de Treinamento

Prisional.

§ 1º Para cada curso ou treinamento será designado um coordenador.

§ 2º As atribuições do supervisor de ensino e coordenador de curso ou treinamento serão

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24

definidas no Regimento da EFES.

TÍTULO IX

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 80. Excepcionalmente, poderá ser realizado Treinamento com Armas de Fogo – TCAF –

para os agentes penitenciários contratados com base na Lei 18.185/2009, que irão desempenhar as

funções de escoltas e de segurança externa das Unidades Prisionais, compreendendo as muralhas e

portarias.

§ 1º O treinamento de que trata o caput deste artigo será realizado somente nas Unidades

Prisionais que não tiverem o número suficiente de agentes de segurança penitenciário efetivos. Neste

caso, o diretor deverá formalizar pedido à Superintendência de Segurança Prisional, que, após análise,

poderá solicitar à EFES o planejamento e a implementação do treinamento.

§ 2º O número de agentes a ser submetido ao treinamento não poderá exceder a 30% (trinta

por cento) do quadro da unidade, ressaltando que o quantitativo de agente de segurança penitenciário

feminino não excederá a 10% (dez por cento) desse total.

Art. 81. As atividades de ensino e treinamento da EPSP serão executadas mediante

planejamento específico.

Art. 82. Deverá ser desenvolvido sistema informatizado com a finalidade de modernizar e

dinamizar o controle e o gerenciamento dos cursos e treinamentos da EPSP.

Art. 83. Todas as unidades prisionais da SUAPI deverão manter em seu quadro de pessoal,

multiplicadores em Procedimento Operacional Padrão, Defesa Pessoal e Educação Física.

Art. 84. A implementação destas Diretrizes far-se-á gradativamente, de acordo com as

disponibilidades de recursos orçamentários, financeiros, humanos e institucionais.

Art. 85. Os casos omissos serão resolvidos pelo Superintendente da Escola de Formação da

Secretaria de Defesa Social.

Art. 86. Estas diretrizes entram em vigor a partir de 01 de Janeiro de 2012, e revogam-se as

disposições em contrário.

Belo Horizonte, 18 de novembro de 2011.

LAFAYETTE LUIZ DOORGAL DE ANDRADA

Secretário de Estado de Defesa Social

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25

Anexo Único - Matrizes Curriculares

1. Curso de Habilitação de Diretores Gerais

ÁREA TEMÁTICA DISCIPLINAS CARGA

HORÁRIA

CARGA HORÁRIA

TOTAL

Missão Institucional

Ética e Cidadania 04

16

Direitos Humanos 10

Sistema de Defesa Social 02

Linguagem e Informação Redação Oficial 04

10

Comunicação Operacional 06

Cultura Jurídica

Direito Administrativo 06

40

Direito Constitucional 04

Direito Penal 06

Direito Processual Penal 04

Lei de Execução Penal 10

Legislação Jurídica Especial 10

Saúde

Plano Nacional de Saúde no Sistema Prisional 02

06

Proteção e Promoção da Saúde 02

Doenças Transmissíveis e Biossegurança 02

Gestão Organizacional

Administração Financeira e Orçamentária 10

46

Gestão da Qualidade e Procedimento Operacional

Padrão 12

Gestão de Pessoas 08

Gestão Pública Contemporânea 04

Licitações e Contratos 06

Processo Administrativo Disciplinar 06

Técnica Operacional

Introdução à Atividade de Inteligência Prisional e de

Segurança Pública 06

28

Uso Progressivo da Força 06

Imobilização Tática 04

Técnica de Algemação 04

Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo 08

Atividades

Complementares Estágio Supervisionado 20

32

À disposição da Direção de Ensino 12

CARGA HORÁRIA TOTAL 178

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26

3. Curso de Habilitação de Diretores de Atendimento

ÁREA TEMÁTICA DISCIPLINAS CARGA

HORÁRIA

CARGA

HORÁRIA

TOTAL

Missão Institucional

Ética e Cidadania 02

11

Direitos Humanos 07

Sistema de Defesa Social 02

Linguagem e Informação Redação Oficial 02 02

Cultura Jurídica

Direito Penal 04

15

Lei de Execução Penal 07

Legislação Jurídica Especial 04

Saúde

Plano Nacional de Saúde no Sistema Prisional 06

18

Proteção e Promoção da Saúde 08

Doenças Transmissíveis e Biossegurança 04

Gestão do Atendimento

Comissão Técnica de Classificação 10

52

Procedimento de Gestão em Ressocialização 20

Estrutura e Atribuições da SAPE 07

Sistema de Informações Penitenciarias - Infopen 04

Gestão de Pessoas 07

Administração Financeira e Orçamentária 04

Atividades Complementares Estágio Supervisionado 25 30

À disposição da direção de Ensino 05

CARGA HORÁRIA TOTAL 128

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

27

4. Curso de Habilitação de Diretores de Segurança

ÁREA TEMÁTICA DISCIPLINAS CARGA

HORÁRIA

CARGA

HORÁRIA

TOTAL

Missão Institucional

Ética e Cidadania 02

11

Direitos Humanos 07

Sistema de Defesa Social 02

Linguagem e Informação

Redação Oficial 02

05

Comunicação Operacional 03

Cultura Jurídica

Direito Administrativo 03

16

Direito Constitucional 03

Direito Penal 04

Direito Processual Penal 03

Legislação Jurídica Especial 03

Saúde

Plano Nacional de Saúde no Sistema Prisional 02

06

Promoção e Proteção a Saúde 02

Doenças Transmissíveis e Biossegurança 02

Desenvolvimento Pessoal Relações Humanas 04 04

Técnica Operacional

Introdução à Atividade de Inteligência Prisional e

de Segurança Pública 06

36

Procedimento Operacional Padrão 20

Uso Progressivo da Força 03

Imobilização Tática 02

Técnica de Algemação 02

Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo 03

Atividades Complementares

Estágio Supervisionado 20

32

À disposição da direção de Ensino 12

CARGA HORÁRIA TOTAL 110

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

28

5. Curso de Formação Técnico Profissional de Agente de Segurança Penitenciário – CFTP

ÁREA TEMÁTICA DISCIPLINAS CARGA

HORÁRIA

CARGA HORÁRIA

TOTAL

Desenvolvimento Pessoal

Ética e Cidadania 08

50

Direitos Humanos 16

Relações Humanas 06

Educação Física 20

Cultura Jurídica

Direito Administrativo 06

52

Direito Constitucional 06

Direito Penal 08

Direito Processual Penal 06

Lei de Execuções Penais 16

Legislação Jurídica Especial 10

Saúde

Drogadição e Dependência Química 06

24

Doenças Transmissíveis e Biossegurança 08

Prontosocorrismo 10

Linguagem e Informação Redação Oficial 04

10

Comunicação Operacional 06

Gestão

Introdução à Atividade de Inteligência Prisional e de

Segurança Pública

06

57

Sistema de Defesa Social 04

Procedimento Operacional Padrão 26

Gestão em Ressocialização 10

Gerenciamento de Crise 08

Sistema de Informações Penitenciárias - Infopen 03

Técnica Operacional

Técnicas de Manejo e Emprego do Bastão Tonfa 14

82

Uso Progressivo da Força 14

Técnicas de Algemação 08

Técnicas de Escolta 20

Defesa Pessoal 20

Segurança Eletrônica 06

Armamento e Tiro e

Instrumentos de Menor

Potencial Ofensivo

Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo 15 85

Armamento e Tiro 70

Atividades Complementares Estágio Supervisionado 180

200

À Disposição da Direção de Ensino 20

CARGA HORÁRIA TOTAL 560

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29

6. Curso Introdutório para candidatos a Contrato no Sistema Prisional

6.1 Agente de Segurança Penitenciário

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA

Abertura 01

Comissão Técnica de Classificação 02

Direito Aplicado 08

Direitos Humanos 03

Sistema de Informações Penitenciárias 01

Modelo de Gestão Prisional – Teoria 11

Modelo de Gestão Prisional – Prática 10

Relações Humanas 02

Redação Oficial 01

Sistema de Defesa Social 01

Treinamento com Armas de Fogo - TCAF ¹ 27

Avaliação Escrita 02

CARGA HORÁRIA TOTAL 69

¹ - O treinamento com armas de fogo (TCAF) é destinado somente para os Agentes Penitenciários que irão desempenhar as funções de escoltas e de

segurança das unidades prisionais, observado o Plano de Curso Introdutório.

6.2 Curso Introdutório/Técnicos de Nível Superior

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA

Abertura 01

Direito Aplicado 02

Plano Nacional de Saúde no Sistema Prisional 02

Procedimento de Gestão para Ressocialização 03

Sistema de Defesa Social 01

CARGA HORÁRIA TOTAL 09

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

30

6.3 Curso Introdutório/Técnicos de Nível Médio

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA

Abertura 01

Comissão Técnica de Classificação 02

Direito Aplicado 08

Direitos Humanos 03

Plano Nacional de Saúde no Sistema Prisional 02

Procedimento de Gestão para Ressocialização 03

Sistema de Defesa Social 01

Relações Humanas 02

Avaliação Escrita 01

CARGA HORÁRIA TOTAL 23

6.4 Curso Introdutório/Auxiliar Administrativo

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA

Abertura 01

Administração das Unidades Prisionais 02

Comissão Técnica de Classificação 02

Direito Aplicado 08

Direitos Humanos 03

Sistema de Informações Penitenciárias 01

Relações Humanas 02

Redação Oficial 01

Sistema de Defesa Social 01

Avaliação Escrita 01

CARGA HORÁRIA TOTAL 22

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

31

6.5 Curso Introdutório/Eletricista, Bombeiro, Motorista e Oficial de Serviços Gerais

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA

Abertura 01

Administração das Unidades Prisionais 02

Direito Aplicado 04

Direitos Humanos 03

Modelo de Gestão Prisional – Teoria 02

Relações Humanas 02

Sistema de Defesa Social 01

Avaliação Escrita 01

CARGA HORÁRIA TOTAL 16

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

32

7. Curso de Atualização de Diretores Gerais

MÓDULO DISCIPLINAS CARGA

HORÁRIA

CARGA

HORÁRIA

TOTAL

Jurídico

Direitos Humanos 03

38

Crimes contra a Administração Pública 04

Direito Administrativo 04

Direito constitucional 04

Lei de Execução Penal – Lei 7210/1984 04

Lei de Improbidade Administrativa – Lei 8429/1992 04

Estatuto do Servidor Público Estadual – Lei 869/1951 04

Legislação Jurídica Especial 09

Avaliação 02

Gestão

Políticas de Defesa Social, PMDI e Projetos Estruturadores 04

38

Gestão da Qualidade e Procedimento Operacional Padrão 12

Gestão de Pessoas 08

Gestão Estratégica, Acordo de Resultados e Gestão Penitenciaria 08

Gestão Pública Contemporânea 04

Avaliação 02

Operacional

Procedimentos Administrativos e Normas Operacionais 16

38

Gestão de Crise 04

Atribuições da Direção 08

Comissão Técnica de Classificação e Procedimentos

Disciplinares 02

Diretrizes Integradas de Ações e Operações do Sistema de

Defesa 03

Diretrizes para as Áreas de Atendimento e Segurança 03

Avaliação 02

Complementar

À disposição da Direção de Ensino 06 06

CARGA HORÁRIA TOTAL 120

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33

8. Curso de Atualização de Diretores Administrativos

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Abertura 01

Direitos Humanos 03

Psicologia das Relações Humanas 03

Redação Oficial 02

Ética e Cidadania 02

Direito Aplicado 08

Licitações e Contratos 04

Gestão de Pessoas 04

Administração Financeira e Orçamentária 05

CARGA HORÁRIA TOTAL 32

9. Curso de Atualização de Diretores de Atendimento

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Abertura 01

Direitos Humanos 03

Psicologia das Relações Humanas 03

Redação Oficial 02

Procedimento de Gestão em Ressocialização 05

Ética e Cidadania 02

Direito Aplicado 08

Gestão de Pessoas 04

Administração Financeira e Orçamentária – AFO 04

CARGA HORÁRIA TOTAL 32

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

34

10. Curso de Atualização de Diretores de Segurança

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Abertura 01

Direitos Humanos 03

Psicologia das Relações Humanas 03

Redação Oficial 01

Modelo de Gestão Prisional – Teoria 05

Ética e Cidadania 02

Atividade de Inteligência Prisional e de Segurança Pública 06

Gestão de Material 02

Direito Aplicado 08

Atividades da Corregedoria 04

Encerramento 01

CARGA HORÁRIA TOTAL 36

11. Treinamento Básico – TB -

11.1 Agente de Segurança Penitenciário

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Atividades de Inteligência 02

Direito Aplicado 06

Direitos Humanos 04

Emprego do Bastão Tonfa 03

Ética e Cidadania 02

Procedimento Operacional Padrão 06

Redação Oficial 01

Relações Humanas 02

Técnicas de Algemação 02

Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo 02

Avaliação escrita 02

CARGA HORÁRIA TOTAL 32

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

35

11.2 Treinamento Básico -Técnicos de Nível Superior

DISCIPLINA CARGA HORÁRIA

Ética e Cidadania 02

Direito Aplicado 02

Plano Nacional de Saúde no Sistema Prisional 02

Procedimento de Gestão para Ressocialização 03

CARGA HORÁRIA TOTAL 09

11.3 Treinamento Básico - Técnicos de Nível Médio

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Direito Aplicado 02

Direitos Humanos 02

Procedimento de Gestão para Ressocialização 04

Ética e Cidadania 02

Comissão Técnica de Classificação 02

Plano Nacional de Saúde no Sistema Prisional 02

Relações Humanas 02

Avaliação escrita 01

CARGA HORÁRIA TOTAL 17

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

36

11.4 Treinamento Básico - Auxiliar Administrativo

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Administração da Unidade Prisional 03

Direito Aplicado 02

Direitos Humanos 02

Ética e Cidadania 02

Redação Oficial 02

Comissão Técnica de Classificação 02

Relações Humanas 02

Avaliação escrita 01

CARGA HORÁRIA TOTAL 17

11.5 Treinamento Básico - Bombeiro, Eletricista, Motorista e Oficial de Serviços Gerais

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Direito Aplicado 02

Direitos Humanos 02

Ética e Cidadania 02

Relações Humanas 02

Avaliação escrita 01

CARGA HORÁRIA TOTAL 09

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

37

12. Curso de Cinotécnia

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Aula Inaugural 01

Direitos Humanos 02

Adestramento Nível I 20

Adestramento Nível II 16

Adestramento Nível III 16

Emprego do Cão no Sistema Prisional 05

Legislação Jurídica Especial 03

Noções Básicas de Saúde Veterinária 08

Pedagogia Canina 03

Prontosocorrismo 04

Psicologia Canina 02

CARGA HORÁRIA TOTAL 80

13. Curso de Capacitação em Defesa Pessoal para Monitores

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Aula inaugural 01

Técnicas de Defesa Pessoal 34

Didática 05

Direitos Humanos 06

Ética e Cidadania 02

Imobilização Tática 04

Técnicas de Algemação 04

Técnicas de Emprego do Bastão Tonfa 06

Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo 10

Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública 08

CARGA HORÁRIA TOTAL 80

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

38

14. Curso de Capacitação de Monitor em Educação Física

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Aula Inaugural 01

Teoria do Treinamento 05

Didática 06

Métodos e Processos do Treinamento 14

Fisiologia do Exercício 04

Cinesiologia 05

Nutrição 06

Biomecânica 05

Musculação 10

Desportos Diversos 04

Organização Esportiva 04

Promoção e Proteção à Saúde 04

Prontosocorrismo 06

Noções de Saúde e Doenças Infecto Contagiosas 02

Doenças Transmissíveis e Biossegurança 02

Relações Humanas 02

CARGA HORÁRIA TOTAL 80

15. Curso de Capacitação em Arma de Fogo

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Aula Inaugural 01

Manutenção de Armas Longas e de Porte 06

Treinamento com Armas de Fogo 30

Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo 10

Administração de Armas e Munições 08

Treinamento de Tiro 20

Armamento Utilizado no Sistema Prisional 05

CARGA HORÁRIA TOTAL 80

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

39

16. Curso de Direção Defensiva

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Aula inaugural 01

Prontosocorrismo 08

Direção Defensiva Teórica 10

Regras de Circulação 10

Psicologia do Trânsito 03

Meio Ambiente 02

Legislação de Trânsito 08

Responsabilidade Civil e Penal em Acidentes de Trânsito 04

Direção Defensiva Prática de Automóveis 12

Direção Defensiva Prática para Motocicletas 08

Noções de Mecânica 04

Manutenção Veicular 04

CARGA HORÁRIA TOTAL 74

17. Curso de Capacitação em Escolta

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

Aula Inaugural 01

Relações Humanas 02

Comunicações Operacionais 07

Direitos Humanos 04

Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo 07

Uso da força pelos Agentes de Segurança Pública 05

Técnicas de Escolta 18

Técnicas de algemação 06

Treinamento com Armas de Fogo 30

CARGA HORÁRIA TOTAL 80

LAFAYETTE LUIZ DOORGAL DE ANDRADA

Secretário de Estado de Defesa Social