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AT\1136561PT.docx AP102.164v04-00 PT PT ASSEMBLEIA PARLAMENTAR EURO–LATINO-AMERICANA RESOLUÇÃO: O trabalho informal e não declarado na União Europeia e nos países da América Latina e das Caraíbas com base no relatório da Comissão dos Assuntos Sociais, da Juventude e da Infância, dos Intercâmbios Humanos, da Educação e da Cultura Correlatores: Eduardo Cáceres (Parlatino) Thomas Mann (Parlamento Europeu) Quinta-feira, 21 de setembro de 2017 - São Salvador

RESOLUÇÃO: O trabalho informal e não declarado na União ... · G. Considerando que o trabalho informal pode estar associado a atividades ... mas sem registo, e que esta situação

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PT PT

ASSEMBLEIA PARLAMENTAREURO–LATINO-AMERICANA

RESOLUÇÃO:

O trabalho informal e não declarado naUnião Europeia e nos países da AméricaLatina e das Caraíbascom base no relatório da Comissão dos Assuntos Sociais, da Juventude e da Infância, dosIntercâmbios Humanos, da Educação e da Cultura

Correlatores: Eduardo Cáceres (Parlatino)Thomas Mann (Parlamento Europeu)

Quinta-feira, 21 de setembro de 2017 - São Salvador

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EUROLAT - Resolução de 21 de setembro de 2017 - São Salvador

[com base no relatório da Comissão dos Assuntos Sociais, da Juventude e da Infância, dosIntercâmbios Humanos, da Educação e da Cultura]

O trabalho informal e não declarado na União Europeia e nos países da América Latinae das Caraíbas

A Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana,

– Tendo em conta a Declaração Universal dos Direitos do Homem, adotada pelaAssembleia-Geral de Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948,

– Tendo em conta o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais eCulturais, adotado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 16 de dezembro de1966,

– Tendo em conta a resolução n.º 70/1 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 25de setembro de 2015, intitulada «Transformar o nosso mundo: a Agenda 2030 para oDesenvolvimento Sustentável», e o seu Objetivo de Desenvolvimento Sustentável n.º8 de promover o crescimento económico sustentado, inclusivo e sustentável, oemprego pleno e produtivo e o trabalho digno para todos»,

– Tendo em conta a Declaração de Bruxelas «Construir o nosso futuro comum: trabalharpara criar sociedades prósperas, coesas e sustentáveis para os nossos cidadãos», e oseu Plano de Ação, aprovados pela Cimeira CELAC-UE de Chefes de Estado,celebrada em 10 e 11 de junho de 2015,

– Tendo em conta a Resolução sobre trabalho digno e economia informal, adotada pelaConferência Internacional do Trabalho, em 20021,

– Tendo em conta a Recomendação n.º 204 sobre a transição da economia informal paraa economia formal, adotada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) emGenebra, em 12 de junho de 2015,

– Tendo em conta o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) intitulado«Experiências recentes de formalização em países da América Latina e das Caraíbas»,publicado em 4 de junho de 20142,

– Tendo em conta o relatório «Panorama Laboral Temático: transição para o setor

1 http://www.ilo.org/public/spanish/standards/relm/ilc/ilc90/pdf/pr-25res.pdf2 http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---americas/---ro-lima/documents/publication/wcms_245613.pdf

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formal na América Latina e nas Caraíbas», da Organização Internacional do Trabalho(OIT), publicado em 2014,

– Tendo em conta o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) intitulado«Panorama Laboral 2015 da América Latina e das Caraíbas», publicado em 10 dedezembro de 20151,

– Tendo em conta a Iniciativa para pôr termo à pobreza: a OIT e a Agenda 2030,elaborada na 105.ª Conferência Internacional (2016),

– Tendo em conta o «Programa de Promoção da economia formal na América Latina enas Caraíbas» (FORLAC), impulsionado pela Organização Internacional do Trabalho(OIT), em 20132,

– Tendo em conta a Resolução do Parlamento Latino-Americano e das Caraíbas sobre ascondições do trabalho informal e a integração social (Resolução AO/2011/03),adotada em 22 de setembro de 2011, em Aruba3,

– Tendo em conta a Resolução do Parlamento Europeu (2013/2111(INI)), de 14 dejaneiro de 2014, sobre a proteção social para todos, incluindo os trabalhadoresindependentes4,

– Tendo em conta a Resolução legislativa do Parlamento Europeu (P8_TA (2016)033)sobre a proposta de decisão do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece umaPlataforma Europeia para reforçar a cooperação na prevenção e dissuasão do trabalhonão declarado, aprovada em 2 de fevereiro de 20165,

– Tendo em conta o relatório «O combate ao trabalho não declarado nos 27 EstadosMembros da União Europeia e na Noruega: abordagens e medidas desde 2008»,publicado pelo Eurofound em 20136,

A. Considerando que, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), aeconomia informal se refere a «todas as atividades económicas dos trabalhadores e àsunidades económicas que - na lei ou na prática - não estão abrangidas ou estãoinsuficientemente abrangidas por disposições formais»;

B. Considerando que o trabalho informal constitui uma violação dos direitos humanos ese converteu numa das principais problemáticas que enfrenta o mercado de trabalho naatualidade, afetando tanto o bem-estar dos trabalhadores e das suas famílias, como oEstado, as empresas e a sociedade em geral;

1http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---americas/---ro-lima/documents/publication/wcms_435169.pdf2 https://www.oitcinterfor.org/hechos-noticias/forlac-programa-oit-formalizaci%C3%B3n-informalidad3 http://www.parlatino.org/pdf/organos-principales/asamblea/declaraciones-resoluciones-actuales/pma-2-12-2011/resoluciones/resolucion3-condiciones-informal-social.pdf4 http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+TA+P7-TA-2014-0014+0+DOC+XML+V0//PT5http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+TA+P8-TA-2016-0033+0+DOC+XML+V0//PT6 http://www.eurofound.europa.eu/sites/default/files/ef_files/pubdocs/2013/2431/es/1/EF132431ES.pdf

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C. Considerando que o relatório «Panorama Laboral 2015 da América Latina e dasCaraíbas», elaborado pela OIT, indica que, na América Latina e nas Caraíbas, existem130 milhões de trabalhadores no setor informal, ou seja, 47 % dos trabalhadores,distribuídos principalmente por três grupos: trabalhadores por conta própria (82,3 %),trabalhadores domésticos (77,5 %), trabalhadores de microempresas (58,6 %);

D. Considerando que a Resolução do Parlamento Europeu 2013/2111 estabelece que otrabalho não declarado prejudica a economia da União, originando uma concorrênciadesleal, colocando em perigo a sustentabilidade financeira dos modelos sociais egerando a crescente falta de proteção social e laboral dos trabalhadores;

E. Considerando que os jovens, os migrantes e as mulheres são os mais afetados pelotrabalho informal e que os migrantes e as mulheres enfrentam muitas vezesdesvantagens múltiplas, designadamente no tocante à remuneração;

F. Considerando que o trabalho não declarado representa uma parte significativa daeconomia da União Europeia e também dos países da América Latina e das Caraíbas;

G. Considerando que o trabalho informal pode estar associado a atividades ilícitas, comoa comercialização de bens roubados, a evasão fiscal, o trabalho escravo, as fábricasclandestinas, o tráfico de seres humanos, o contrabando e a contrafação de marcas,afetando sobretudo os grupos mais vulneráveis, como os migrantes, os jovens e asmulheres;

H. Considerando que na América Latina e Caraíbas cerca de 60 % do trabalho informalse concentra nas pequenas e médias empresas (PME) e que esta situação contribuipara a baixa produtividade laboral e o lento desenvolvimento económico dos países;

I. Considerando que os trabalhadores do setor informal são amiúde obrigados a aceitarcondições de trabalho precárias, ou inclusive perigosas, salários mais baixos e umaproteção nula ou muito reduzida em matéria de segurança social e laboral, o que ospriva de estabilidade económica, das prestações sociais, do direito à pensão e decuidados médicos adequados, além de que os impede de melhorar as suas capacidades,de aceder a oportunidades de capacitação e de ter uma vida digna;

J. Considerando que a OIT reconhece que o mercado de trabalho informal constitui umproblema que afeta especialmente, em termos qualitativos e quantitativos, ostrabalhadores migrantes e as suas famílias;

K. Considerando que o trabalho não declarado tem graves repercussões nos orçamentosnacionais, na sustentabilidade financeira dos sistemas de segurança social e noemprego, na produtividade e na concorrência;

L. Considerando que grande parte dos idosos que mantêm uma ocupação o fazem nocontexto da economia informal ou da economia formal, mas sem registo, e que estasituação é consideravelmente mais frequente entre as mulheres, as quais dispõem demenor cobertura (jurídica e de facto) dos regimes contributivos obrigatórios deproteção social, por, entre outras razões, não gozarem de um reconhecimento formaldo seu contributo para a economia da prestação de cuidados;

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M. Considerando que a formalização do emprego tem repercussões positivas, como arecuperação do exercício dos direitos fundamentais, o alargamento da capacidadeeconómica das empresas, o benefício que implica para o Estado o contributo dosassalariados e a competitividade justa;

N. Considerando que a Recomendação n.º 204 da OIT constitui um instrumento-chavepara os governos que oferece 12 princípios orientadores para promover a criação depostos de trabalho e empresas sustentáveis num ambiente formal e que avançapropostas para garantir os direitos dos trabalhadores e prevenir todo o tipo deinformalidade;

O. Considerando que, em 2014, o programa FORLAC (Programa de Promoção do SetorFormal na América Latina e nas Caraíbas) se consolidou como uma nova estratégiaregional para apoiar os países na aplicação de medidas de promoção do setor formalnas empresas e no emprego;

P. Considerando que o ponto 8 da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentávelrelativo ao trabalho digno e ao crescimento económico estabelece como prioridade apromoção do crescimento económico sustentado, inclusivo e sustentável, o empregopleno e produtivo, e o trabalho digno para todos, através da adoção de medidaseficazes que erradiquem o trabalho forçado, a escravidão e o tráfico de seres humanos;

Q. Considerando que as mulheres, os migrantes e outros grupos de trabalhadoresvulneráveis têm mais dificuldade em encontrar outras oportunidades do que outrosgrupos e se veem obrigados a aceitar trabalhos informais;

R. Considerando que a Resolução sobre trabalho digno e economia informal, adotadapela Conferência Internacional do Trabalho em 2002, apela a que se atenda àsnecessidades dos trabalhadores e das unidades económicas da economia informal,privilegiando uma abordagem integrada assente no trabalho digno;

1. Reconhece os progressivos avanços alcançados nos países da UE e da ALC emmatéria de regulação do trabalho não declarado e da redução do setor informal, tantoatravés de legislação como de medidas específicas;

2. Realça, no entanto, que subsistem ainda sérios desafios em matéria de trabalhoinformal e não declarado, o que constitui um dos maiores reptos à gestão das políticaspúblicas nos próximos anos em matéria laboral, social, fiscal e produtiva;

3. Assinala que a definição de informalidade logrou incorporar uma das vertentes doemprego precário, contemplando aqueles trabalhadores não sujeitos à legislação, paraalém do setor (formal ou informal) em que desenvolvem as suas atividades;

4. Sublinha que a economia informal, apesar de ser uma necessidade para muitas pessoasnos países em desenvolvimento, representa um importante obstáculo não só a que ostrabalhadores beneficiem de direitos, de proteção social e de condições de trabalhodignas, mas também um importante obstáculo para o desenvolvimento sustentável, asreceitas públicas, a solidez institucional e a concorrência leal nos mercados nacionais einternacionais;

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5. Exorta os diferentes governos a desenvolver e implementar políticas públicas elegislação, com vista a combater os fatores estruturais e de governação que propiciamo desenvolvimento do trabalho informal e de atividades ilícitas conexas, como acomercialização de bens roubados, a evasão fiscal, o trabalho escravo, as fábricasclandestinas, o tráfico de seres humanos, o contrabando, a contrafação de marcas e acorrupção dos funcionários públicos;

6. Insta os Estados a adotarem uma abordagem integral, coerente e coordenada, paralograrem uma transição bem-sucedida para a economia formal, e a elaboraremestratégias nacionais, quer no âmbito legislativo, quer na implementação de políticas,procurando melhorar as condições das pessoas que realizam trabalho informal;

7. Destaca que a educação e a formação da sociedade constituem eixos centrais para queos trabalhadores conheçam os seus direitos, as instâncias a quem dirigir-se paraapresentar queixas e denúncias, e contribuem para promover os impactos positivosgerados pela formalização do emprego, tanto para os trabalhadores, o Estado e asempresas, como para a economia no seu conjunto; nesse sentido, sugere a elaboraçãode campanhas de sensibilização e de regularização aplicando medidas de carátersocial;

8. Solicita a realização de campanhas de sensibilização e de programas de formaçãoespecíficos para dar resposta às circunstâncias e aos desafios próprios de grupos emsituação de vulnerabilidade, como é o caso dos migrantes, dos jovens e das mulheres;para o êxito dos programas de formação é igualmente importante ter em conta ascondições de vida dos trabalhadores no setor informal; as ofertas de formação paratrabalhadores do setor informal devem ter em consideração as diferenças entre aszonas urbanas e as zonas rurais;

9. Insiste na necessidade de consagrar uma atenção especial aos grupos particularmentevulneráveis, nomeadamente aos trabalhadores migrantes e às suas famílias, vistoserem os mais afetados pelo défice de trabalho digno na economia informal; exortaigualmente os Estados a adotarem políticas de migração laboral que tenham em contaas necessidades do mercado de trabalho, bem como os custos associados àqualificação dos trabalhadores, e que promovam o trabalho digno e os direitos dostrabalhadores migrantes;

10. Apela aos países para que adotem normas que permitam a formalização e aregularização do trabalho formal e para que levem a cabo reformas que simplifiquem aregularização e os procedimentos com base numa abordagem integral e nos seusmecanismos, enquadrados nas normas internas de cada Estado, no que diz respeito aostrâmites relativos à filiação nos serviços de segurança social, de cuidados médicos enos regimes de pensões;

11. Sublinha os desafios particulares enfrentados pelo trabalho formal, na sequência dadigitalização e do surgimento de novos modelos de relação de trabalho a elaassociados, tais como o trabalho remoto (click working), a terceirização aberta(crowdsourcing), a partilha de trabalhadores (pool working), etc., e a necessidade deter estes fatores, entre outros, em consideração nos esforços para formalizar asrelações de trabalho;

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12. Recorda aos Estados as tendências de envelhecimento populacional previstas e opossível impacto destas transformações demográficas no mercado de trabalho e, nessesentido, salienta a necessidade de visar especificamente os idosos na elaboração depolíticas públicas de formalização do trabalho;

13. Sugere que, nos instrumentos internacionais com fins comerciais ou de integração,sejam incluídas cláusulas de trabalho, devendo, contudo, a sua aplicação ter em contao reconhecimento das assimetrias. Essa inclusão deverá ser semelhante à «cláusulademocrática», impondo a suspensão de qualquer das partes em caso deincumprimento, e deverá permitir e incentivar a realização das economias formaispelas partes;

14. Propõe que sejam estabelecidos incentivos de natureza económica, fiscal e financeira,subsídios à contratação, investimento na capacitação laboral e reduções dos encargosdos empregadores e dos trabalhadores de forma gradual, com regimes preferenciaispara as micro, pequenas e médias empresas;

15. Sublinha a necessidade de que todas as medidas de promoção do emprego formal nãocontemplem qualquer tipo de flexibilização que atente contra os direitos dostrabalhadores, e que em todo o caso os trabalhadores sejam acautelados, em especial,relativamente a processos judiciais que estejam a decorrer, assim como em relação aospagamentos para a segurança social e aos efeitos do cálculo da antiguidade epermanência no emprego;

16. Propõe que, sem prejuízo de outras sanções, sejam criadas leis especiais quecondicionem o acesso ao crédito e a benefícios económicos, contributivos, fiscais etributários ao registo formal dos trabalhadores, como condição prévia e necessária,cujo incumprimento implique a perda automática de tais benefícios;

17. Apela aos países para que reforcem as estruturas e a capacidade do Estado para fazercumprir estas normas, fortalecendo as instituições responsáveis pela inspeção dotrabalho e da segurança social; apela ao mesmo tempo aos parlamentos para quepromovam, no âmbito das suas funções e competências, a formalização do trabalho,através do controlo e da legislação correspondente;

18. Insta os Estados a implementarem medidas especiais para a promoção do empregoformal entre grupos particularmente vulneráveis, como as mulheres, os migrantes e aspessoas com deficiência;

19. Assinala o papel e a responsabilidade dos empregadores no cumprimento da legislaçãolaboral de cada país, oferecendo trabalho digno que cumpra as normas definidas pelaOIT, bem como o seu dever ético para com o bem-estar dos trabalhadores;

* * *

Encarrega os seus copresidentes de transmitirem a presente resolução à presidência daCimeira UE-ALC, ao Conselho da União Europeia e à Comissão Europeia, aos parlamentosdos Estados-Membros da União Europeia e de todos os países da América Latina e dasCaraíbas, ao Parlamento Latino-Americano, ao Parlamento Centro-Americano, ao Parlamento

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Andino, ao Parlamento do Mercosul, ao Secretariado da Comunidade Andina, à Comissão dosRepresentantes Permanentes do Mercosul, ao Secretariado Permanente do SistemaEconómico Latino-Americano e aos secretários-gerais da Organização dos EstadosAmericanos e da União de Nações Sul-Americanas.