Resolução SEE Nº 2.197, de 26 de outubro de 2012

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    RESOLUO SEE N 2.197, DE 26 DE OUTUBRO DE 2012.

    Dispe sobre a organizao e ofuncionamento do ensino nas EscolasEstaduais de Educao Bsica de Minas

    Gerais e d outras providncias.

    A SECRETRIA DE ESTADO DE EDUCAO, no uso de sua competncia,tendo em vista o disposto na Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, nasResolues do Conselho Nacional de Educao n 4, de 13 de julho de 2010,n 7, de 14 de dezembro de 2010 e n 2, de 30 de janeiro de 2012, nosPareceres do Conselho Estadual de Educao n 1132, de 12 de dezembro de1997, e n 1158, de 11 de dezembro de 1998,RESOLVE:TTULO IDA ORGANIZAO E FUNCIONAMENTO ESCOLAR

    CAPTULO IDAS DISPOSIES PRELIMINARESArt. 1 A presente Resoluo estabelece as diretrizes para a organizao e ofuncionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educao Bsica de MinasGerais.Pargrafo nico. Estas diretrizes esto em consonncia com a legislaonacional, com os fundamentos e procedimentos definidos pelos ConselhosNacional e Estadual de Educao, com as normas do Sistema Estadual deEnsino de Minas Gerais e com a estratgia governamental de longo prazodefinida no Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado - PMDI 2011- 2030.Art. 2 O disposto nesta Resoluo, complementada, quando necessrio, pornormas especficas, aplica-se a todas as etapas e modalidades da EducaoBsica.Art. 3 As Escolas da Rede Estadual de Ensino adotaro, como norteadores desuas aes pedaggicas, os seguintes princpios:I - ticos: de justia, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito dignidade da pessoa humana e de compromisso com a promoo do bem detodos, contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestaes depreconceito de origem, gnero, etnia, cor, idade e quaisquer outras formas dediscriminao;II - Polticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de

    respeito ao bem comum e preservao do regime democrtico e dosrecursos ambientais; da busca da equidade e da exigncia de diversidade detratamento para assegurar a igualdade de direitos entre os alunos queapresentam diferentes necessidades;III - Estticos: do cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade;do enriquecimento das formas de expresso e do exerccio da criatividade; davalorizao das diferentes manifestaes culturais, especialmente, a da culturamineira e da construo de identidades plurais e solidrias.Pargrafo nico. Na Educao Bsica, as dimenses inseparveis do educar edo cuidar devero ser consideradas no desenvolvimento das aespedaggicas, buscando recuperar, para a funo social desse nvel da

    educao, a sua centralidade, que o educando.

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    Art. 11 A jornada escolar no Ensino Fundamental deve ser de, no mnimo, 4horas de trabalho dirio, excludo o tempo destinado ao recreio.Art. 12 Respeitados os dispositivos legais, compete escola proceder organizao do tempo escolar no ensino fundamental e mdio, assegurando adurao da semana letiva de 05 (cinco) dias.

    Art. 13 Poder ser organizado horrio escolar, com aulas geminadas de ummesmo Componente Curricular, para melhor desenvolvimento do processo deensino- aprendizagem.CAPTULO VDO ATENDIMENTO DA DEMANDA, DA MATRCULA, DA FREQUENCIA E DAPERMANNCIAArt. 14 O encaminhamento da populao em idade escolar ao EnsinoFundamental formalizado por meio do Cadastro Escolar, cujo processamentose faz mediante ao conjunta da Secretaria de Estado de Educao e dasSecretarias Municipais de Educao, obedecidos os critrios definidos emnorma especfica.

    Pargrafo nico. Ser garantida ao aluno do Ensino Fundamental, anos iniciaisou finais, a continuidade de seus estudos em outra Escola Pblica Estadual deEnsino Fundamental ou Ensino Mdio, quando a Escola onde iniciou seupercurso escolar no contar com todas as etapas da Educao Bsica.Art.15 Cabe Superintendncia Regional de Ensino a divulgao do calendriounificado para a realizao das matrculas nas Escolas Pblicas Estaduais.Art. 16 A Escola deve renovar ou efetivar a matrcula dos alunos a cada anoletivo, sendo vedada qualquer forma de discriminao, em especial aquelasdecorrentes da origem, gnero, etnia, cor e idade.Pargrafo nico. A matrcula dos alunos poder ocorrer em qualquer poca doano.Art. 17 O recurso da classificao tem por objetivo posicionar o aluno emqualquer ano da Educao Bsica, compatvel com sua idade, experincia,nvel de desempenho ou de conhecimento, nas seguintes situaes:I - por promoo, para alunos que cursaram, com aproveitamento, o anoanterior, na prpria Escola;II - por transferncia, para alunos procedentes de outra Escola situada no Pasou no exterior, considerando a idade e desempenho;III - independentemente de escolarizao anterior, mediante avaliao feitapela escola, que defina o grau de desenvolvimento e idade do aluno.Pargrafo nico. Os documentos que fundamentarem e comprovarem a

    classificao do aluno devero ser arquivados na pasta individual.Art. 18 A reclassificao o reposicionamento do aluno no ano diferente desua situao atual, a partir de uma avaliao de seu desempenho, podendoocorrer nas seguintes situaes:I - avano: propicia condies para concluso de anos da Educao Bsica,em menos tempo, ao aluno portador de altas habilidades comprovadas porinstituio competente;II - acelerao: a forma de reposicionar o aluno com atraso escolar emrelao sua idade, durante o ano letivo;III - transferncia: o aluno proveniente de Escola situada no Pas ou exteriorpoder ser avaliado e posicionado, em ano diferente ao indicado no seu

    histrico escolar da Escola de origem, desde que comprovados conhecimentose habilidades;

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    IV - frequncia: ao aluno com frequncia inferior a 75% da carga horriamnima exigida e que apresentar desempenho satisfatrio.Pargrafo nico. Os documentos que fundamentarem e comprovarem areclassificao do aluno devero ser arquivados na pasta individual.Art. 19 vedado escola pblica estadual:

    I - cobrar taxas, contribuies ou exigir pagamentos a qualquer ttulo;II - exigir das famlias a compra de material escolar mediante lista estabelecidapela Escola;III - impedir a frequncia s aulas ao aluno que no estiver usando uniforme ouno dispuser do material escolar;IV - vender uniformes.Art. 20 No ato da matrcula, a direo da Escola deve entregar, por escrito, aoaluno ou ao seu responsvel, cpia das vedaes previstas no art. 19, einform-los sobre os principais aspectos da organizao e funcionamento doEstabelecimento de Ensino.Art. 21 Ter sua matrcula cancelada o aluno que, sem justificativa, deixar de

    comparecer Escola, at o 25 (vigsimo quinto) dia letivo consecutivo, aps oincio das aulas, ou a contar da data de efetivao da matrcula, se esta ocorrerdurante o ano letivo. 1 Antes de efetuar o cancelamento da matrcula, a direo da Escola deveentrar em contato, por escrito, com o aluno ou seu responsvel, alertando-osobre a obrigatoriedade do cumprimento da frequncia escolar. 2 Configurados o cancelamento da matrcula, o abandono ou repetidas faltasno justificadas do aluno, a Escola deve informar o fato, por escrito, aoConselho Tutelar, ao Juiz Competente da Comarca e ao representante doMinistrio Pblico do Municpio. 3 O aluno que teve a sua matrcula cancelada poder retornar para amesma Escola, se houver vaga, ou para outra Escola pblica estadual.Art. 22 O controle de frequncia diria dos alunos de responsabilidade doprofessor, que dever comunicar direo da Escola eventuais faltasconsecutivas, para as providncias cabveis. 1 O estabelecimento de ensino, aps apurar a frequncia do aluno econstatar uma ausncia superior a 05 (cinco) dias letivos consecutivos ou10(dez) dias alternados no ms, deve entrar em contato, por escrito, com afamlia ou o responsvel pelo aluno faltoso, com vistas a promover o seuimediato retorno s aulas e a regularizao da frequncia escolar. 2 O dirigente do estabelecimento de ensino remeter ao Conselho Tutelar,

    ao Juiz Competente da Comarca e ao respectivo representante do MinistrioPblico a relao nominal dos alunos cujo nmero de faltas atingir 15(quinze)dias letivos consecutivos ou alternados e, tambm, ao rgo competente, nocaso de aluno cuja famlia beneficiada por programas de assistnciavinculados frequncia escolar.Art. 23 O descumprimento, pela Escola, dos dispositivos que obrigam acomunicao da infrequncia e da evaso escolar famlia, ao responsvel es autoridades competentes, implicar responsabilizao administrativa direo do estabelecimento de ensino.TTULO IIDAS ETAPAS E MODALIDADES DA EDUCAO BSICA

    CAPTULO IDAS ETAPAS DA EDUCAO BSICA

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    Art. 24 A Educao Bsica tem por finalidade desenvolver o educando,assegurar-lhe a formao comum indispensvel para o exerccio da cidadaniae fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.Art. 25 A transio entre as etapas da Educao Bsica Educao Infantil,Ensino Fundamental e Ensino Mdio deve assegurar formas de articulao

    das dimenses orgnica e sequencial que garantam aos alunos um percursocontnuo de aprendizagem, com qualidade.Art. 26 A Rede Estadual de Ensino oferece, com prioridade, o EnsinoFundamental e o Ensino Mdio, e atende Educao Infantil/ Pr-Escolasomente em Escolas Indgenas.SEO IDO ENSINO FUNDAMENTALArt. 27 O Ensino Fundamental, etapa de escolarizao obrigatria, devecomprometer-se com uma educao com qualidade social e garantir aoeducando:I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, com pleno domnio da

    leitura, da escrita e do clculo;II - a compreenso do ambiente natural e social, do sistema poltico, datecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;III - a aquisio de conhecimentos e habilidades, e a formao de atitudes evalores, como instrumentos para uma viso crtica do mundo;IV - o fortalecimento dos vnculos de famlia, dos laos de solidariedadehumana e de tolerncia recproca em que se assenta a vida social.Pargrafo nico. O Ensino Fundamental deve promover um trabalho educativode incluso, que reconhea e valorize as experincias e habilidades individuaisdo aluno, atendendo s suas diferenas e necessidades especficas,possibilitando, assim, a construo de uma cultura escolar acolhedora,respeitosa e garantidora do direito a uma educao que seja relevante,pertinente e equitativa.Art. 28 O Ensino Fundamental, com durao de nove anos, estrutura-se em 4(quatro) ciclos de escolaridade, considerados como blocos pedaggicossequenciais:I - Ciclo da Alfabetizao, com a durao de 3 (trs) anos de escolaridade, 1,2 e 3 ano;II - Ciclo Complementar, com a durao de 2 (dois) anos de escolaridade, 4 e5 ano;III - Ciclo Intermedirio, com durao de 2 (dois) anos de escolaridade,

    6 e 7 ano;IV - Ciclo da Consolidao, com durao de 2 (dois) anos de escolaridade,8 e 9 ano.Art. 29 Os Ciclos da Alfabetizao e Complementar devem garantir o princpioda continuidade da aprendizagem dos alunos, sem interrupo, com foco naalfabetizao e letramento, voltados para ampliar as oportunidades desistematizao e aprofundamento das aprendizagens bsicas, para todos osalunos, imprescindveis ao prosseguimento dos estudos.Art. 30 Os Ciclos Intermedirio e da Consolidao devem ampliar e intensificar,gradativamente, o processo educativo no Ensino Fundamental, bem comoconsiderar o princpio da continuidade da aprendizagem, garantindo a

    consolidao da formao do aluno nas competncias e habilidadesindispensveis ao prosseguimento de estudos no Ensino Mdio.

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    Art. 31 Os Componentes Curriculares obrigatrios do Ensino Fundamental queintegram as reas de conhecimento so os referentes a:I - Linguagens:a) Lngua Portuguesa;b) Lngua Materna, para populaes indgenas;

    c) Lngua Estrangeira moderna;d) Arte, em suas diferentes linguagens: cnicas, plsticas e, obrigatoriamente,a musical;e) Educao Fsica.II - Matemtica.III - Cincias da Natureza.IV - Cincias Humanas:a) Histria;b) Geografia;V - Ensino Religioso.SEO II

    DO ENSINO MDIOArt. 32 O Ensino Mdio, etapa conclusiva da Educao Bsica, possui duraode 3 (trs) anos e tem por finalidade:I - a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos noEnsino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;II - a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processosprodutivos, relacionando a teoria com a prtica;III - a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando paracontinuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar a novas condiesde ocupao ou de aperfeioamento posteriores;IV - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formaotica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico.Art. 33 As Escolas de Ensino Mdio devem prover ensino de qualidade, deforma a ampliar o acesso e as taxas de concluso e garantir a melhoria daeficincia no uso dos recursos disponveis e na proficincia dos alunos.Art. 34 O primeiro ano do Ensino Mdio deve assegurar a transio harmoniosados alunos provenientes do 9 ano do Ensino Fundamental, considerando oaprofundamento dos Componentes Curriculares dos anos finais do EnsinoFundamental e a incluso de novos Componentes Curriculares.Art. 35 Os Componentes Curriculares obrigatrios do Ensino Mdio queintegram as reas de conhecimento so os referentes a:

    I - Linguagens:a) Lngua Portuguesa;b) Lngua Materna, para populaes indgenas;c) Lngua Estrangeira moderna;d) Arte, em suas diferentes linguagens: cnicas, plsticas e, obrigatoriamente,a musical;e) Educao Fsica.II - Matemtica.III - Cincias da Natureza:a) Biologia;b) Fsica;

    c) Qumica.IV - Cincias Humanas:

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    a) Histria;b).Geografia;;c).Filosofia;d) Sociologia .Pargrafo nico. A organizao curricular do ensino mdio, que abrange as

    reas de conhecimento referentes a Linguagens, Matemtica, Cincias daNatureza e Cincias Humanas, deve garantir tanto conhecimentos e saberescomuns necessrios a todos os estudantes, quanto uma formao queconsidere a diversidade, as caractersticas locais e especificidades regionais.

    Art. 36 O currculo das Escolas participantes do Projeto Reinventando o EnsinoMdio ter carga horria de 3.000 (trs mil) horas, Contedos InterdisciplinaresAplicados e Contedos Prticos e incluir, no turno diurno, o sexto horrio.CAPTULO IIDAS MODALIDADES DA EDUCAO BSICAArt. 37 So modalidades da Educao Bsica:

    I - Educao de Jovens e Adultos;II - Educao Especial;III - Educao Profissional e Tecnolgica;IV - Educao do Campo;V - Educao Escolar Indgena e Educao Escolar Quilombola;Pargrafo nico. A cada etapa da Educao Bsica pode corresponder uma oumais das modalidades acima.SEO IDA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOSArt. 38 A Educao de Jovens e Adultos - EJA - destina-se queles que notiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Mdio na

    idade prpria.Art. 39 A Educao de Jovens e Adultos oferecida por meio de:I - curso presencial;II - curso com momentos presenciais e no presenciais;III - cursos de Educao Profissional;IV - Exames Supletivos para certificao de concluso do Ensino Fundamentale Mdio;V - Exames Especiais para certificao de concluso de Ensino Fundamental eMdio, em Bancas Permanentes de Avaliao, implantadas em CentrosEstaduais de Educao Continuada CESEC. 1 A idade mnima para matrcula em cursos de Ensino Fundamental e Mdio de 15 e 18 anos respectivamente; 2 A idade mnima para a realizao dos Exames Supletivos e ExamesEspeciais, no Ensino Fundamental e no Ensino Mdio 15 e 18 anoscompletos at a data da realizao da primeira prova, respectivamente.Art. 40 Os cursos presenciais da EJA podero ser oferecidos nas EscolasEstaduais, para atendimento demanda efetivamente comprovada, apsaprovao desta Secretaria, e tero a seguinte organizao:I - curso presencial dos anos finais do Ensino Fundamental, com durao de 02(dois) anos letivos, organizados em 04(quatro) perodos semestrais;II - curso presencial do Ensino Mdio, com durao de 01 (um) ano e meio,organizado em 03 (trs) perodos semestrais.Pargrafo nico. A nova organizao dos cursos presenciais de EJA serimplantada, gradativamente, a partir do ano de 2013.

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    Art. 41 Os Centros Estaduais de Educao Continuada - CESEC e os Postosde Educao Continuada PECON oferecem cursos com momentospresenciais e no presenciais de Educao de Jovens e Adultos anos finaisdo Ensino Fundamental, Ensino Mdio e de Educao Profissional.Pargrafo nico. Os cursos de Educao Bsica oferecidos pelo CESEC so

    desenvolvidos em regime didtico de matrcula por disciplina ou conjunto dedisciplinas, a qualquer poca do ano, sendo quesua organizao, estrutura e funcionamento incluem momentos presenciaise no presenciais, sem frequncia obrigatria.Art. 42 de competncia da SRE, nos limites de sua circunscrio, credenciar,mediante portaria, escolas estaduais que ministram os anos iniciais do EnsinoFundamental para proceder avaliao de candidato com 15 anos completosque requeira o comprovante de concluso do 5 ano do Ensino Fundamental.Art. 43 As Escolas Estaduais que funcionam nas unidades prisionais oferecemcursos presenciais na modalidade EJA e tm o seu funcionamentoregulamentado por normas especficas.

    SEO IIDA EDUCAO ESPECIALArt. 44 A Educao Especial, modalidade transversal a todas as etapas emodalidades de ensino, parte integrante da educao regular, destinadaaos alunos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altashabilidades/superdotao, devendo ser prevista no Projeto Poltico-Pedaggicoe no Regimento Escolar.Art. 45 O Projeto Poltico-Pedaggico da Escola e o Regimento Escolar devemcontemplar as condies de acesso, percurso e permanncia dos alunos comdeficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altashabilidades/superdotao nas escolas comuns do ensino regular, garantindo oprocesso de incluso.Art. 46 O Atendimento Educacional Especializado AEE, deve identificar,elaborar, organizar e oferecer os recursos pedaggicos e de acessibilidadeque eliminem as barreiras para a plena participao dos alunos,considerando suas necessidades especficas, em constante articulao com osdemais servios ofertados.SEO IIIDA EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICAArt. 47 A Educao Profissional e Tecnolgica integra-se aos diferentesnveis e modalidades de Educao e s dimenses do trabalho, da cincia e da

    tecnologia, e articula-se com o ensino regular e com as modalidadeseducacionais da Educao de Jovens e Adultos, Educao Especial eEducao a Distncia.Art. 48 Na modalidade de Educao Profissional e Tecnolgica, os cursosso oferecidos pela Rede Mineira de Formao Profissional Tcnicade Nvel Mdio da Secretaria de Estado de Educao, obedecidos os critriosdefinidos em norma especfica.Art. 49 Os Conservatrios Estaduais de Msica tem suas aes voltadas para aformao profissional de msicos, em nvel tcnico, a educao musical e adifuso cultural. 1 A Educao Musical abrange a formao inicial e sistemtica na rea da

    Msica pela oferta de cursos regulares a crianas, jovens e adultos.

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    2 A formao profissional de msicos em nvel tcnico abrange as funesde criao, execuo e produo prprias da arte musicalobjetivando:I - A capacitao de alunos com conhecimentos, habilidades gerais eespecficas para o exerccio de atividades artstico-musicais;

    II - a habilitao profissional em nvel tcnico para o exerccio competentede atividades profissionais na rea da msica;III - o aperfeioamento e a atualizao de msicos em seus conhecimentose habilidades, bem como a qualificao, a profissionalizao e a requalificaode profissionais da rea da msica para seu melhor desempenho no trabalhoartstico. 3 A difuso cultural dever ocorrer por meio de cursos livres, oficinas eatividades de conjunto, visando o enriquecimento da produo pedaggicae artstica dos Conservatrios e a preservao do patrimnio artstico-musicalregional.Art. 50 Os Conservatrios Estaduais de Msica oferecem:

    I - contedos especficos de Educao Musical para alunos que esto cursandoo Ensino Fundamental e Mdio;II - habilitaes profissionais para alunos que esto frequentando o EnsinoMdio ou j o concluram;III - cursos de extenso para a comunidade;IV - cursos de extenso em Educao Musical para professores da redepblica de ensino visando sua formao inicial e continuada. 1 Para ingresso nos cursos Tcnicos de Nvel Mdio, o aluno deveapresentar certificado de concluso do Ensino Fundamental e submeter- se aexame de capacitao, na forma regimental. 2 Os Conservatrios Estaduais de Msica devem articular com as Escolasde Ensino Fundamental e Mdio para o cumprimento do dispostonos incisos I a IV deste artigo. 3 Os cursos e aes de extenso devem atender, prioritariamente, os alunosda Rede Pblica da Educao Bsica e abranger Escolas localizadas emoutros municpios, alm do municpio sede do Conservatrio Estadual deMsica. 4 Os planos de trabalho dos Conservatrios Estaduais de Msica, apsparecer da Superintendncia Regional de Ensino, devem ser encaminhadosanualmente Subsecretaria de Desenvolvimento da Educao Bsica, paraaprovao.

    SEO IVDA EDUCAO DO CAMPOArt. 51 A Educao do Campo, tratada como educao rural na legislaobrasileira, incorpora os espaos da floresta, da pecuria, das minas e daagricultura, e se estende, tambm, aos espaos pesqueiros, caiaras,ribeirinhos, quilombolas e extrativistas, entre outros.Art. 52 As Escolas que oferecem a educao para a populao rural devemproceder s adaptaes necessrias s peculiaridades da vida rural e de cadaregio, observando os seguintes aspectos essenciais organizao da aopedaggica:I - contedos curriculares e metodologias apropriadas s reais necessidades

    e aos interesses dos estudantes da zona rural;

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    II - organizao escolar prpria, incluindo adequao do calendrio escolar sfases do ciclo agrcola e s condies climticas;III - adequao natureza do trabalho na zona rural.Art. 53 As Escolas Estaduais do campo podem adotar a metodologia daPedagogia da Alternncia, nos anos finais do Ensino Fundamental, Ensino

    Mdio e na Modalidade de Jovens e Adultos. 1 As Escolas do Campo que optarem por essa metodologia devemencaminhar seu Projeto Poltico-Pedaggico, Regimento Escolar, matrizcurricular e calendrio escolar devidamente aprovados pela comunidadeescolar e parecer da SRE com indicativo da viabilidade de sua organizao,para anlise da Subsecretaria de Desenvolvimento da Educao Bsica, at oms de maio do ano anterior quele em que se prope a sua implementao 2 Na elaborao do Projeto Poltico-Pedaggico, deve ser considerado quea escala de frias dos professores e dos demais servidores das Escolas doCampo deve se organizar preservando o funcionamento escolar, conforme aproposta apresentada no calendrio especfico, observando a impossibilidade

    de designao de servidores no ms de janeiro. 3 Para as Escolas do Campo que adotarem a metodologia da Pedagogia daAlternncia, consideram-se, tambm, dias letivos aqueles do tempo laboral oude atividade na comunidade, em que os alunos desenvolvem aes orientadaspor seus professores.SEO VDA EDUCAO ESCOLAR INDGENA E EDUCAO ESCOLARQUILOMBOLAArt. 54 A Educao Escolar Indgena e a Educao Escolar Quilombola decada povo ou comunidade so oferecidas em unidades educacionais inscritasnas suas terras e culturas e requerem pedagogia prpria em respeito sespecificidades tnico-culturais. 1 O atendimento escolar dos povos indgenas e comunidades quilombolasrequer respeito sua diversidade tnico-cultural, s condies de vida e ainda utilizao de pedagogias condizentes com as suas formas prprias deproduzir conhecimentos, observadas as Diretrizes CurricularesNacionais Gerais para a Educao Bsica. 2 As Escolas Indgenas devem oferecer ensino intercultural e bilngue comvistas afirmao e manuteno da diversidade tnica e lingustica. 3 As Escolas Quilombolas devem assegurar a seus alunos os direitosespecficos que lhes permitem valorizar e preservar a sua cultura e reafirmar

    o seu pertencimento tnico.Art. 55 As Escolas Indgenas e Escolas Quilombolas, em comum acordo comseus povos e suas comunidades, tm autonomia para definir outros dias derecesso escolar, observando suas tradies e aspectos culturais, desde queseja mantido o mnimo de 200 dias letivos e seja assegurado o transporteescolar onde se fizer necessrio.Pargrafo nico. As Escolas Indgenas e Quilombolas devem prever, em seucalendrio, dias ou perodos para atividades pedaggicas interdisciplinaresrelacionadas s suas tradies culturais, visando valorizao,reconhecimento, afirmao e manuteno de sua diversidade tnica.TTULO III

    DA ORGANIZAO CURRICULAR DA EDUCAO BSICA

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    Art. 56 O currculo da Educao Bsica configura-se como o conjunto devalores e prticas que proporcionam a produo e a socializao designificados no espao social, contribuindo, intensamente, para a construode identidades socioculturais do educando. 1 Na implementao do currculo, deve-se evidenciar a contextualizao e a

    interdisciplinaridade, ou seja, formas de interao e articulao entre diferentescampos de saberes especficos, permitindo aos alunos a compreenso maisampla da realidade. 2 A interdisciplinaridade parte do princpio de que todo conhecimentomantm um dilogo permanente com outros conhecimentos e acontextualizao requer a concretizao dos contedos curriculares emsituaes mais prximas e familiares aos alunos.Art. 57 O Plano Curricular do Ensino Fundamental e Ensino Mdio, expressoformal da concepo do currculo da escola, decorrente de seu Projeto Poltico-Pedaggico, deve conter uma Base Nacional Comum, definida nas diretrizescurriculares, e uma Parte Complementar Diversificada, definida a partir das

    caractersticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e daclientela. 1 Deve ser includo na Parte Diversificada, a partir do 6 ano do EnsinoFundamental, o ensino de, pelo menos, uma Lngua Estrangeira moderna, cujaescolha ficar a cargo da comunidade escolar. 2 A Lngua Espanhola, de matrcula facultativa ao aluno, ComponenteCurricular que deve ser, obrigatoriamente, ofertado no Ensino Mdio. 3 A Educao Fsica, componente obrigatrio de todos os anos do EnsinoFundamental e Mdio, ser facultativa ao aluno apenas nas situaes previstasno 3 do artigo 26 da Lei n 9394/96. 4 O Ensino Religioso, de matrcula facultativa ao aluno, ComponenteCurricular que deve ser, obrigatoriamente, ofertado no Ensino Fundamental. 5 A Msica constitui contedo obrigatrio, mas no exclusivo, doComponente Curricular Arte, o qual compreende tambm as artes visuais, oteatro e a dana. 6 A temtica Histria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena deve,obrigatoriamente,ser desenvolvida no mbito de todo o currculo escolar e, em especial, noensino de Arte, Literatura e Histria do Brasil.Art. 58 Alm da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada, devem serincludos, permeando todo o currculo, Temas Transversais relativos sade,

    sexualidade e gnero, vida familiar e social, direitos das crianas eadolescentes, direitos dos idosos, educao ambiental, educao em direitoshumanos, educao para o consumo, educao fiscal, educao para otrnsito, trabalho, cincia e tecnologia, diversidadecultural, dependncia qumica, higiene bucal e educao alimentar enutricional, tratados transversal e integradamente, determinados ou no por leisespecficas.Pargrafo nico. Na implementao do currculo, os Temas Transversaisdevem ser desenvolvidos de forma interdisciplinar, assegurando, assim, aarticulao com a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada.Art. 59 Na organizao curricular do ensino fundamental e do ensino mdio

    deve ser observado o conjunto de Contedos Bsicos Comuns (CBC) a serem

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    ensinados, obrigatoriamente, por todas as unidades escolares da rede estadualde ensino.TTULO IVDA ORGANIZAO EM CICLOS NO ENSINO FUNDAMENTALCAPTULO I

    DOS CICLOS DA ALFABETIZAO E COMPLEMENTARArt. 60 Considerando que o processo de alfabetizao e o zelo com oletramento so a base de sustentao para o prosseguimento de estudos, comsucesso, as Escolas devem organizar suas atividades de modo a asseguraraos alunos um percurso contnuo de aprendizagens e a articulao do Ciclo daAlfabetizao com o Ciclo Complementar.Art. 61 O Ciclo da Alfabetizao, a que tero ingresso os alunos com seis anosde idade, ter suas atividades pedaggicas organizadas de modo a assegurarque, ao final de cada ano, todos os alunos tenham garantidos, pelo menos, osseguintes direitos de aprendizagem:I - 1 Ano:

    a) desenvolver atitudes e disposies favorveis leitura;b) conhecer os usos e funes sociais da escrita;c) compreender o princpio alfabtico do sistema da escrita;d) ler e escrever palavras e sentenas.II - 2 Ano:a) ler e compreender pequenos textos;b) produzir pequenos textos escritos;c) fazer uso da leitura e da escrita nas prticas sociais.III - 3 Ano:a) ler e compreender textos mais extensos;b) localizar informaes no texto;c) ler oralmente com fluncia e expressividade;d) produzir frases e pequenos textos com correo ortogrfica. 1 Ao final do Ciclo da Alfabetizao, todos os alunos devem ter consolidadoas capacidades referentes leitura e escrita necessrias para expressar-se,comunicar-se e participar das prticas sociais letradas, e ter desenvolvido ogosto e apreo pela leitura. 2 Ao final do Ciclo da Alfabetizao, na rea da Matemtica, todos os alunosdevem compreender e utilizar o sistema de numerao, dominar os fatosfundamentais da adio e subtrao, realizar clculos mentais com nmerospequenos, dominar conceitos bsicos relativos a grandezas e medidas, espao

    e forma e resolver operaes matemticas com autonomia.Art. 62 O Ciclo Complementar, com o objetivo de consolidar a alfabetizao eampliar o letramento, ter suas atividades pedaggicas organizadas de modo aassegurar que todos os alunos, ao final de cada ano, tenham garantidos, pelomenos, os seguintes direitos de aprendizagem:I - 4 ano:a) produzir textos adequados a diferentes objetivos, destinatrios e contextos;b) utilizar princpios e regras ortogrficas e conhecer as excees;c) utilizar as diferentes fontes de leitura para obter informaes adequadasa diferentes objetivos e interesses;d) selecionar textos literrios segundo seus interesses.

    II - 5 Ano:

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    a) produzir, com autonomia, textos com coerncia de ideias, correoortogrfica e gramatical;b) ler, compreendendo o contedo dos textos, sejam informativos, literrios, decomunicao ou outros. 1 Ao final do Ciclo Complementar, todos os alunos devero ser capazes de

    ler, compreender, retirar informaes contidas no texto e redigir com coerncia,coeso, correo ortogrfica e gramatical. 2 Ao final do Ciclo Complementar, na rea da Matemtica, todos os alunosdevem dominar e compreender o uso do sistema de numerao,os fatos fundamentais da adio, subtrao, multiplicao e diviso, realizarclculos mentais, resolver operaes matemticas mais complexas, terconhecimentos bsicos relativos a grandezas e medidas, espao e forma e aotratamento de dados em grficos e tabelas.Art. 63 A programao curricular dos Ciclos da Alfabetizao e Complementar,tanto no campo da linguagem quanto no da Matemtica, deve ser estruturadade forma a, gradativamente, ampliar capacidades e conhecimentos, dos mais

    simples aos mais complexos, contemplando, de maneira articulada esimultnea, a alfabetizao e o letramento.Art. 64 Na organizao curricular dos ciclos dos anos iniciais do EnsinoFundamental, os Componentes Curriculares devem ser abordados a partir daprtica vivencial dos alunos, possibilitando o aprendizado significativo econtextualizado:I - Os eixos temticos dos Componentes Curriculares Cincias, Histria eGeografia devem ser abordados de forma articulada com o processo dealfabetizao e letramento e de iniciao Matemtica, crescendo emcomplexidade ao longo dos Ciclos.II - A questo ambiental contempornea deve ser abordada partindo darealidade local, mobilizando as emoes e a energia das crianas para apreservao do planeta e do ambiente onde vivem.III - O Componente Curricular Arte deve oportunizar aos alunos momentos derecreao e ludicidade, por meio de atividades artsticoculturais.VI - O Ensino Religioso deve reforar os laos de solidariedade na convivnciasocial e de promoo da paz.Art. 65 A Escola deve, ao longo de cada ano dos Ciclos da Alfabetizao eComplementar, acompanhar, sistematicamente, a aprendizagem dos alunos,utilizando estratgias e recursos diversos para sanar as dificuldadesevidenciadas no momento em que ocorrerem e garantir a progresso

    continuada dos alunos.CAPTULO IIDOS CICLOS INTERMEDIRIO E DA CONSOLIDAOArt. 66 A passagem dos alunos dos ciclos dos anos iniciais para os ciclos dosanos finais do Ensino Fundamental dever receber ateno especial da Escola,a fim de se garantir a articulao sequencial necessria, especialmente entre oCiclo Complementar e o Ciclo Intermedirio, em face das demandasdiversificadas exigidas dos alunos, pelos diferentes professores, emcontraponto unidocncia dos anos iniciais.Pargrafo nico. A Escola dever, ainda, articular com a Rede Municipal deEnsino, para evitar obstculos de acesso aos ciclos dos anos finais do Ensino

    Fundamental, dos alunos que se transfiram de uma rede para outra, paracompletar esta etapa da Educao Bsica.

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    - conhecer e identificar os elementos constitutivos da dana, utilizando asmltiplas linguagens corporais, possibilitando a superao dos preconceitos,bem como conhecer e identificar diversos jogos e brincadeiras da nossa e deoutras culturas;- compreender os riscos e benefcios das atividades e prticas esportivas na

    promoo da sade e qualidade da vida.II - Matemtica:- comparar, ordenar e operar com nmeros naturais, inteiros, racionais,interpretando e resolvendo situaes-problema;- Identificar e resolver situaes-problema que envolvam proporcionalidadedireta e inversa; porcentagem e juros; equaes de primeiro e segundo graus;sistemas de equaes de primeira grau; converso de medidas; clculo depermetro, de rea, de volume e capacidade; probabilidade; utilizao delinguagem algbrica;- reconhecer as principais relaes geomtricas entre as figuras planas;- interpretar e utilizar informaes apresentadas em tabelas e grficos.

    III - Cincias da Natureza:- compreender a inter-relao dos seres vivos entre si e com o meio ambiente;- identificar os conhecimentos fsicos, qumicos e biolgicos presentes nocotidiano;- compreender o processo de reproduo na evoluo e diversidade dasespcies, a sexualidade humana, mtodos contraceptivos e doenassexualmente transmissveis;- compreender o efeito das drogas e suas consequncias no convvio social.IV - Cincias Humanas:a) Histria:- compreender as relaes da natureza com o processo sociocultural, poltico eeconmico, no passado e no presente;- reconhecer e compreender as diferentes relaes de trabalho na realidadeatual e em outros momentos histricos;- compreender o processo de formao dos povos, suas lutas sociais econquistas, guerras e revolues, assim como cidadania e cultura no mundocontemporneo;- realizar, autonomamente, trabalhos individuais e coletivos usando fonteshistricas.b) Geografia:- compreender as relaes de apropriao do territrio, associadas ao exerccio

    da cidadania, importncia da natureza para o homem, bem como s questessocioambientais;- compreender as formaes socioespaciais do campo e da cidade, sua relaocom a modernizao capitalista, bem como o papel do Estado e das classessociais, a cultura e o consumo na interao entre o campo e a cidade;- compreender o processo de globalizao, os problemas socioambientais enovos modos de vida, dentro de uma perspectiva de desenvolvimento humano,social e econmico sustentvel.V- Ensino Religioso:- compreender a religiosidade como fenmeno prprio da vida e da histriahumana, desenvolvendo um esprito de fraternidade e tolerncia em relao s

    diferentes religies;

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    - refletir sobre os princpios ticos e morais, fundamentais para as relaeshumanas, orientados pelas religies, e agir segundo esses princpios.Art. 68 Nos ciclos finais do Ensino Fundamental, os alunos devero, ainda, sercapazes de ler e compreender textos de diferentes gneros, inclusive osespecficos de cada Componente Curricular, e produzir, com coerncia e

    coeso, textos da mesma natureza, utilizando-se dos recursos gramaticais elingusticos adequados.TTULO VDA AVALIAO DA APRENDIZAGEMArt. 69 A avaliao da aprendizagem dos alunos, realizada pelos professores,em conjunto com toda a equipe pedaggica da escola, parte integrante daproposta curricular e da implementao do currculo, redimensionadora daao pedaggica, deve:I - assumir um carter processual, formativo e participativo;II - ser contnua, cumulativa e diagnstica;III - utilizar vrios instrumentos, recursos e procedimentos;

    IV - fazer prevalecer os aspectos qualitativos do aprendizado do aluno sobre osquantitativos;V - assegurar tempos e espaos diversos para que os alunos com menorrendimento tenham condies de ser devidamente atendidos ao longo do anoletivo;VI - prover, obrigatoriamente, intervenes pedaggicas, ao longo do anoletivo, para garantir a aprendizagem no tempo certo;VII - assegurar tempos e espaos de reposio de temas ou tpicos dosComponentes Curriculares, ao longo do ano letivo, aos alunos com frequnciainsuficiente;VIII - possibilitar a acelerao de estudos para os alunos com distoro idade-ano de escolaridade.Art. 70 Na avaliao da aprendizagem, a Escola dever utilizar procedimentos,recursos de acessibilidade e instrumentos diversos, tais como a observao, oregistro descritivo e reflexivo, os trabalhos individuais e coletivos, os portiflios,exerccios, entrevistas, provas, testes, questionrios, adequando-os faixaetria e s caractersticas de desenvolvimento do educando e utilizando acoleta de informaes sobre a aprendizagem dos alunos como diagnsticopara as intervenes pedaggicas necessrias.Pargrafo nico. As formas e procedimentos utilizados pela Escola paradiagnosticar, acompanhar e intervir, pedagogicamente, no processo de

    aprendizagem dos alunos, devem expressar, com clareza, o que esperado doeducando em relao sua aprendizagem e ao que foi realizado pela Escola,devendo ser registrados para subsidiar as decises e informaes sobre suavida escolar.Art. 71 A anlise dos resultados da avaliao interna da aprendizagemrealizada pela Escola e os resultados do Sistema Mineiro de AvaliaodaEducao Pblica - SIMAVE-, constitudo pelo Programa de Avaliao da RedePblica de Educao Bsica - PROEB -, pelo Programa de Avaliao daAlfabetizao - PROALFA - e pelo Programa de Avaliao da AprendizagemEscolar - PAAE - devem ser consideradospara elaborao, anualmente, pela Escola, do Plano de Interveno

    Pedaggica (PIP).

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    Art. 72 A progresso continuada, com aprendizagem e sem interrupo, nosCiclos da Alfabetizao e Complementar est vinculada avaliao contnua eprocessual, que permite ao professor acompanhar o desenvolvimento edetectar as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelo aluno, nomomento em que elas surgem, intervindo de imediato, com estratgias

    adequadas, para garantir as aprendizagens bsicas.Pargrafo nico. A progresso continuada nos anos iniciais do EnsinoFundamental deve estar apoiada em intervenes pedaggicas significativas,com estratgias de atendimento diferenciado, para garantir a efetivaaprendizagem dos alunos no ano em curso.Art. 73 As Escolas e os professores, com o apoio das famlias e dacomunidade, devem envidar esforos para assegurar o progresso contnuo dosalunos no que se refere ao seu desenvolvimento pleno e aquisio deaprendizagens significativas, lanando mo de todos os recursos disponveis, eainda:I - criando, ao longo do ano letivo, novas oportunidades de aprendizagem para

    os alunos que apresentem baixo desempenho escolar;II - organizando agrupamento temporrio para alunos de nveis equivalentes dedificuldades, com a garantia de aprendizagem e de sua integrao nasatividades cotidianas de sua turma;III - adotando as providncias necessrias para que a operacionalizao doprincpio da continuidade no seja traduzida como promooautomtica dealunos de um ano ou ciclo para o seguinte, e para que o combate repetnciano se transforme em descompromisso com o ensino-aprendizagem.Art. 74 A progresso parcial, que dever ocorrer a partir do 6 ano do ensinofundamental, deste para o ensino mdio e no ensino mdio, o procedimentoque permite ao aluno avanar em sua trajetria escolar, possibilitando-lhenovas oportunidades de estudos, no ano letivo seguinte, naqueles aspectosdos Componentes Curriculares nos quais necessita, ainda, consolidarconhecimentos, competncias e habilidades bsicas.Art. 75 Poder beneficiar-se da progresso parcial, em at 3 (trs)ComponentesCurriculares, o aluno que no tiver consolidado as competncias bsicasexigidas e que apresentar dificuldades a serem resolvidasno ano subsequente. 1 O aluno em progresso parcial no 9 ano do Ensino Fundamental tem suamatrcula garantida no 1 ano do Ensino Mdio nas Escolas da Rede PblicaEstadual, onde deve realizar os estudos necessrios superao das

    deficincias de aprendizagens evidenciadas nos tema(s) ou tpico(s) no(s)respectivo(s) componente(s) curricular(es). 2 Ao aluno em progresso parcial devem ser assegurados estudosorientados, conforme Plano de Interveno Pedaggica elaborado,conjuntamente, pelos professores do(s) Componente(s) Curricular(es) do anoanterior e do ano em curso, com a finalidade de proporcionar a superao dasdefasagens e dificuldades em temas e tpicos, identificadas pelo professor ediscutidas no Conselho de Classe. 3 Os estudos previstos no Plano de Interveno Pedaggica devem serdesenvolvidos, obrigatoriamente, pelo(s) professor(es) do(s) Componente(s)Curricular(es) do ano letivo imediato ao da ocorrncia da progresso parcial.

    4 O cumprimento do processo de progresso parcial pelo aluno poderocorrer em qualquer poca do ano letivo seguinte, uma vez resolvida a

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    dificuldade evidenciada no(s) tema(s) ou tpico(s) do(s) ComponentesCurricular(es).Art. 76 A Escola deve utilizar-se de todos os recursos pedaggicos disponveise mobilizar pais e educadores para que sejam oferecidas aos alunos do 3 anodo Ensino Mdio condies para que possam ser vencidas as dificuldades

    ainda existentes, considerando que o aluno s concluir a Educao Bsica,quando tiver obtido aprovao em todos os Componentes Curriculares.Art. 77 exigida do aluno a frequncia mnima obrigatria de 75% da cargahorria anual total.Pargrafo nico. No caso de desempenho satisfatrio do aluno e de frequnciainferior a 75%, no final do perodo letivo, a Escola deve usar o recurso dareclassificao para posicionar o aluno no ano seguinte de seu percursoescolar.Art. 78 A Escola deve oferecer aos alunos diferentes oportunidades deaprendizagem definidas em seu Plano de Interveno Pedaggica, ao longo detodo o ano letivo, aps cada bimestre e no perodo de frias, a saber:

    I - estudos contnuos de recuperao, ao longo do processo de ensinoaprendizagem,constitudos de atividades especificamente programadas para o atendimentoao aluno ou grupos de alunos que no adquiriram as aprendizagens bsicascom as estratgias adotadas em sala de aula;II - estudos peridicos de recuperao, aplicados imediatamente aps oencerramento de cada bimestre, para o aluno ou grupo de alunos que noapresentarem domnio das aprendizagens bsicas previstas para o perodo;III - estudos independentes de recuperao, no perodo de frias escolares,com avaliao antes do incio do ano letivo subsequente, quando asestratgias de interveno pedaggica previstas nos incisos I e II no tiveremsido suficientes para atender s necessidades mnimas de aprendizagem doaluno.Pargrafo nico. O plano de estudos independentes de recuperao, para oaluno que ainda no apresentou domnio no(s) tema(s) ou tpico(s)necessrio(s) continuidade do percurso escolar, deve ser elaborado peloprofessor responsvel pelo Componente Curricular e entregue ao aluno, noperodo compreendido entre o trmino do ano letivo e o encerramento do anoescolar.Art. 79 A Escola deve garantir, no ano em curso, estratgias intervenopedaggica, para atendimento dos alunos que, aps todas as aes de ensino-

    aprendizagem e oportunidades de recuperao previstas no art. 78, aindaapresentarem deficincias em capacidades ou habilidades no(s)Componente(s) Curricular(es) do ano anterior.Art. 80Art. 80 A promoo e a progresso parcial dos alunos do Ensinoundamental e do Ensino Mdio devem ser decididas pelos professores eavaliadas pelo Conselho de Classe, levando-se em conta o desempenhoglobal do aluno, seu envolvimento no processo de aprender e no apenasa avaliao de cada professor em seu Componente Curricular, de formaisolada, considerando-se os princpios da continuidade da aprendizagemdo aluno e da interdisciplinaridade.Pargrafo nico. Os Componentes Curriculares cujos objetivos educacionais

    colocam nfase nos domnios afetivo e psicomotor, como Arte, EnsinoReligioso e Educao Fsica, devem ser avaliados para que se verifique em

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    que nvel as habilidades previstas foram consolidadas, sendo que a nota ouconceito, se forem atribudos, no podero influir na definio dos resultadosfinais do aluno.Art. 81 Os resultados da avaliao da aprendizagem devem ser comunicadosem at 20 dias aps o encerramento de cada 1(um) dos 4(quatro) bimestres,

    aos pais, conviventes ou no com os filhos, e aos alunos, por escrito, tilizando-se notas ou conceitos, devendo ser informadas, tambm, quais estratgias deatendimento pedaggico diferenciado foram e sero oferecidas pela Escola.Pargrafo nico. No encerramento do ano letivo e aps os estudosindependentes de recuperao, a Escola deve comunicar aos pais, conviventesou no com os filhos, ou responsveis, por escrito, o resultado final daavaliao da aprendizagem dos alunos, informando, inclusive, a situao deprogresso parcial , quando for o caso.TTULO VIDO DESEMPENHO DA ESCOLA E DA PUBLICIDADE DOS ATOSArt. 82 A Escola deve divulgar, amplamente, os dados e informaes relativos

    a:I - medidas, projetos, propostas e aes desenvolvidas e previstas pela Escolapara melhorar sua atuao e seus resultados educacionais; II - indicadores eestatsticas do desempenho escolar dos alunos e resultados obtidos pelaEscola nas avaliaes externas.Pargrafo nico. Considera-se relevante para o cumprimento do que

    estabelece o caput deste artigo, informar:I - nmero de alunos matriculados por ciclo ou ano escolar;II - resultado do desempenho dos alunos de acordo com a etapa e modalidadesda Educao Bsica;III - medidas adotadas no sentido de melhorar o processo pedaggico egarantir o sucesso escolar;IV - percentual de alunos em abandono por ano e as medidas para evitar aevaso escolar;V - taxas de distoro idade/ano de escolaridade e as medidas adotadas parareduzir esta distoro.Art. 83 Compete Escola manter atualizados os dados da Secretaria Escolar edo Sistema Mineiro de Administrao Escolar SIMADE, bem como o RegistroEstatstico Escolar Nacional Anual, e organizados de acordo com as normasestabelecidas pelos respectivos Sistemas.TTULO VII

    DA EDUCAO EM TEMPO INTEGRALArt. 84 A Educao em Tempo Integral tem por finalidade ampliar a jornadaescolar, os espaos educativos, a quantidade e a qualidade do tempo dirio deescolarizao.Pargrafo nico. A jornada escolar ampliada deve ter a durao mnima de 3(trs) horas dirias durante todo o ano letivo e contemplar a formao alm daEscola, com a participao da famlia e da comunidade.Art. 85 As atividades da jornada ampliada podem ser desenvolvidas dentro doespao escolar, conforme a disponibilidade da Escola, ou fora dele, emespaos distintos da cidade ou do entorno em que est situada a unidadeescolar, mediante as parcerias estabelecidas.

    Art. 86 A composio curricular da Educao em Tempo Integral deve serorganizada contemplando os seguintes campos de conhecimento:

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    I - Acompanhamento Pedaggico;II - Cultura e Arte;III - Esporte e Lazer;IV - Cibercultura;V - Segurana Alimentar Nutricional;

    VI - Educao Socioambiental;VII - Direitos Humanos e Cidadania.Pargrafo nico. Os campos de conhecimento da Educao em Tempo Integraldevem estar integrados aos Componentes Curriculares das reas deconhecimento do Ensino Fundamental e Mdio.TTULO VIIIDAS DISPOSIES FINAISArt. 87 As Superintendncias Regionais de Ensino promovero junto sEscolas, no primeiro bimestre de cada ano letivo, um levantamentoda situao dos alunos cuja trajetria escolar esteja comprometida pordistoro idade/ano de escolaridade, defasagens de aprendizagem e situao

    de progresso parcial, com o objetivo de propor medidas imediatas deinterveno pedaggica que assegurem aos alunos condies de prosseguirseus estudos com sucesso.Pargrafo nico. Os alunos com distoro idade/ano de escolaridade deveroser atendidos pela escola utilizando-se das seguintes estratgias:I - reclassificao conforme previsto no artigo 18 desta Resoluo;II - organizao de turmas especficas para que possam acelerar aprendizagem e ser inseridos nas turmas adequadas sua idade;III - encaminhamento Educao de Jovens e Adultos - EJA, desde queatendidas as exigncias de idade.Art. 88 Os projetos e aes propostos pela unidade de ensino devem serdesenvolvidos de maneira integrada ao Projeto Poltico-Pedaggico e estaralinhados com as diretrizes da Secretaria de Estado de Educao.Pargrafo nico. A direo da Escola poder buscar parcerias para odesenvolvimento de suas aes e projetos junto a associaes diversas,instituies filantrpicas, iniciativa privada, instituies pblicas e comunidadeem geral, propondo Secretaria de Estado de Educao, quando for o caso, aassinatura de convnios ou instrumentos jurdicos equivalentes para viabilizaras referidas parcerias.Art. 89 Esta Resoluo entra em vigor a partir do ano letivo de 2013.Art. 90 Revogam-se a Resoluo SEE n 521, de 02 de fevereiro de 2004, a

    Resoluo SEE n1086, de 16 de abril de 2008, a Resoluo SEE n 820, de24 de outubro de 2006, a Resoluo SEE n 159, de 16 de novembro de 1999e as demais disposies em contrrio.SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAO, em Belo Horizonte, aos 26 deoutubro de 2012.(a) ANA LCIA ALMEIDA GAZZOLASecretria de Estado de Educao