Resolução-SMA-045

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  • 1.1.1 SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE GABINETE DA SECRETRIA

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    PUBLICADA NO DOE DE 24-06-2015 SEO I PG 43

    RESOLUO SMA N 45, DE 23 DE JUNHO DE 2015

    Define as diretrizes para implementao e operacionalizao da responsabilidade ps-consumo no Estado de So Paulo, e d providncias correlatas.

    A SECRETRIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso de suas atribuies legais, e Considerando a Lei Federal n 12.305, de 02 de agosto de 2010, que dispe sobre a Poltica Nacional de Resduos Slidos, e sua regulamentao por meio do Decreto Federal n 7.404, de 23 de dezembro de 2010; Considerando a Lei Estadual n 12.300, de 16 de maro de 2006, que dispe sobre a Poltica Estadual de Resduos Slidos, e sua regulamentao por meio do Decreto Estadual n 54.645, de 05 de agosto de 2009; Considerando o encerramento dos prazos estabelecidos pelas Resolues SMA n 38, de 02 de agosto de 2011; n11, de 09 de fevereiro de 2012; e n 115, de 03 de dezembro de 2013, e Considerando os resultados dos Sistemas de Logstica Reversa obtidos por meio dos Termos de Compromisso de Responsabilidade Ps-Consumo, decorrentes das Resolues SMA n 38, de 02 de agosto de 2011, e n 11, de 09 de fevereiro de 2012, firmados entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente; a Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB, e representantes do setor privado; RESOLVE: Artigo 1 - Ficam definidas as diretrizes para o aprimoramento, implementao e operacionalizao da responsabilidade ps-consumo no Estado de So Paulo, conforme dispe o artigo 53 da Lei Estadual n 12.300, de 16 de maro de 2006, e o artigo 19 do Decreto Estadual n 54.645, de 05 de agosto de 2009. Pargrafo nico - A logstica reversa, conforme definida no inciso XII, do artigo 3, da Lei Federal n 12.305, de 02 de agosto de 2010, integra e operacionaliza a responsabilidade ps-consumo para fins desta Resoluo. Artigo 2 - So obrigados a estruturar e implementar sistemas de logstica reversa, mediante retorno dos produtos e embalagens aps o uso pelo consumidor, de forma independente do servio pblico de limpeza urbana e de manejo dos resduos slidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos que, por suas caractersticas, exijam ou possam exigir sistemas especiais para acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento ou destinao final, de forma a evitar danos ao meio ambiente e sade pblica, mesmo aps o consumo desses itens.

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    Pargrafo nico - Fica inicialmente estabelecida a seguinte relao de produtos e embalagens comercializados no Estado de So Paulo sujeitos logstica reversa: I - Produtos que, aps o consumo, resultam em resduos considerados de significativo impacto ambiental: a) leo lubrificante usado e contaminado; b) leo Comestvel; c) Filtro de leo lubrificante automotivo; d) Baterias automotivas; e) Pilhas e Baterias portteis; f) Produtos eletroeletrnicos e seus componentes; g) Lmpadas fluorescentes, de vapor de sdio e mercrio e de luz mista; h) Pneus inservveis; e i) Medicamentos domiciliares, vencidos ou em desuso. II - Embalagens de produtos que componham a frao seca dos resduos slidos urbanos ou equiparveis, exceto aquelas classificadas como perigosas pela legislao brasileira, tais como as de: a) Alimentos; b) Bebidas; c) Produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosmticos; d) Produtos de limpeza e afins; e e) Outros utenslios e bens de consumo, a critrio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, ou da Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB. III - As embalagens que, aps o consumo do produto, so consideradas resduos de significativo impacto ambiental, tais como as de: a) Agrotxicos; e b) leo lubrificante automotivo. Artigo 3 - A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB podero, a seu critrio, celebrar Termos de Compromisso visando ao acompanhamento e implementao dos sistemas de logstica reversa.

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    1 - Os Termos de Compromisso em vigncia devem obrigatoriamente ser renovados, conforme modelo padronizado disponibilizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e pela Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB, de modo a contemplar o disposto nesta Resoluo. 2 - A homologao de Acordo Setorial Federal, ou outro instrumento legal equivalente, implicar, respeitadas as medidas de proteo ambiental, conforme garantidas no 2, do artigo 34, da Lei Federal n 12.305, de 02 de agosto de 2010, na reviso dos respectivos Termos de Compromisso visando sua compatibilizao ou complementao. 3 - Os sistemas de logstica reversa devero ser, preferencialmente, implementados por meio de entidade representativa do setor contemplando conjuntos de empresas, ou por pessoa jurdica criada com o objetivo de gerenciar o respectivo sistema. Artigo 4 - Para atendimento ao disposto no artigo 24, da Lei Federal n 12.305, de 02 de agosto de 2010; no artigo 19, da Lei Estadual n 12.300, de 16 de maro de 2006; e no artigo 11, do Decreto Estadual n 54.645, de 05 de agosto de 2009, a Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB exigir o cumprimento desta Resoluo como condicionante para a emisso ou renovao da licena de operao. 1 - A Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB, nos termos do inciso XVIII, do artigo 4, da Lei Estadual n 12.300, de 16 de maro de 2006, definir, em at 6 (seis) meses, as diretrizes e a progressividade das metas estruturantes e quantitativas para aplicao dessa exigncia. 2 - O acompanhamento e a comprovao do cumprimento a esta Resoluo pelas empresas signatrias ou aderentes de Termos de Compromisso firmados com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB se daro conforme definidos nos prprios instrumentos. 3 - Para as empresas no signatrias ou aderentes de Termos de Compromisso com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e a Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB, o acompanhamento e comprovao do cumprimento ao disposto nesta Resoluo sero regidos pelas regras e metas a serem definidas e divulgadas oportunamente pela Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB. 4- As metas s quais se refere o pargrafo anterior devero ser, no mnimo, proporcionais quelas dos Termos de Compromissos renovados, conforme previsto no 1, do artigo 3, desta Resoluo, para a respectiva categoria de resduos ps-consumo, em relao quantidade, em peso, de produto ou embalagem colocada no mercado paulista no ano anterior pela empresa ou conjunto de empresas em questo, bem como s estruturantes. Artigo 5 - A Comisso Estadual de Resduos Slidos dever, segundo calendrio prprio e por meio de seu Grupo de Apoio Executivo, coordenar a elaborao de propostas de regulamentao para: I - Formas de interao e participao dos Municpios, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logstica reversa dos produtos e embalagens a que se refere esta Resoluo;

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    II - Estmulo eliminao, reduo, reutilizao e reciclagem de resduos, principalmente embalagens; III - Tratamento tributrio e fiscal especfico para os resduos objeto dos sistemas de logstica reversa e para os produtos originados da reutilizao e reciclvel desses resduos; e IV - Restrio de venda de produtos de empresa instalada em outro estado da federao e no signatria ou aderente a um sistema de logstica reversa que atenda o Estado de So Paulo. Artigo 6 - A observncia ao disposto nesta Resoluo considerada obrigao de relevante interesse ambiental para os efeitos da Lei Federal n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Artigo 7 - O no cumprimento a esta Resoluo ensejar a aplicao das penalidades previstas na legislao ambiental, em especial as da Lei Estadual n 9.509, de 20 de maro de 1997; da Lei Estadual n 12.300, de 16 de maro de 2006; do Decreto Estadual n 54.645, de 05 de agosto de 2009, e do Decreto Federal n 6.514, de 22 de julho de 2008, alterado pelo Decreto Federal n 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Artigo 8 - Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao, revogando-se as Resolues SMA n 38, de 02 de agosto de 2011; n 11, de 09 de fevereiro de 2012, e n 115, de 03 de dezembro de 2013. (Processo SMA n 9.908/2011)

    PATRCIA IGLECIAS Secretria de Estado do Meio Ambiente