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Para responder às questões de 01 a 07, leia a crônica “Anúncio de João Alves”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente em 1954. Figura o anúncio em um jornal que o amigo me man- dou, e está assim redigido: À procura de uma besta. – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho- escura com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de quatro a seis centímetros, produzido por jumento. Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações. Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. a) João Alves Júnior. Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha apa- recido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária. Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta. Não disseste que todos os seus cascos estavam fer- rados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros loco- motores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo na- turalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento. Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comér- cio”, isto é, do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal. Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – e declaração final: quem a apreender ou U U N N E E S S P P - - N N O O V V E E N N B B R R O O / / 2 2 0 0 1 1 6 6

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Page 1: Resolução Comentada - UNESP/2017 - Curso Objetivo...Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária. Reparo

Para responder às questões de 01 a 07, leia a crônica“Anúncio de João Alves”, de Carlos Drummond deAndrade (1902-1987), publicada originalmente em 1954.

Figura o anúncio em um jornal que o amigo me man-dou, e está assim redigido:

À procura de uma besta. – A partir de 6 de outubrodo ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes característicos: calçada eferrada de todos os membros locomotores, umpequeno quisto na base da orelha direita e crinadividida em duas seções em consequência de umgolpe, cuja extensão pode alcançar de quatro a seiscentímetros, produzido por jumento.

Essa besta, muito domiciliada nas cercanias destecomércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo meinduz ao cálculo de que foi roubada, assim que hãosido falhas todas as indagações.

Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e afizer entregue aqui ou pelo menos notícia exataministrar, será razoavelmente remunerado. Itambédo Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. a) JoãoAlves Júnior.

Cinquenta e cinco anos depois, prezado João AlvesJúnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha apa-recido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado,repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé.Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se nãopara ser imitado, ao menos como objeto de admiraçãoliterária.

Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem.Não escreveste apressada e toscamente, como seria deesperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, poiso animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 denovembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes,procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depoisum raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, etraçaste um belo e nítido retrato da besta.

Não disseste que todos os seus cascos estavam fer-rados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros loco-motores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelhae essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo na-turalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comér-cio”, isto é, do povoado e sua feirinha semanal, inferisteque não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, nãoo afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a essecálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança(ou não avançava) aquilo que não seja a evidênciamesma. É cálculo, raciocínio, operação mental edesapaixonada como qualquer outra, e não denúnciaformal.

Finalmente – deixando de lado outras excelências detua prosa útil – e declaração final: quem a apreender ou

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pelo menos “notícia exata ministrar”, será“razoavelmente remunerado”. Não prometes recompensatentadora; não fazes praça de generosidade ou largueza;acenas com o razoável, com a justa medida das coisas,que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas eentregues.

Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta,meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criaçãovolta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro epropriedade, num dia remoto, e o jornal aguardou ealguém hoje a descobre, e muitos outros são informadosda ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animaisperdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não háessa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essamoderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo,esse amor à tarefa bem-feita, que se pode manifestar atémesmo num anúncio de besta sumida.

(Fala, amendoeira, 2012.)

1Na crônica, João Alves é descrito como

a) rústico e mesquinho.

b) calculista e interesseiro.

c) generoso e precipitado.

d) sensato e meticuloso.

e) ingênuo e conformado.

ResoluçãoO personagem João Alves é caracterizado pelo narra -dor da crônica como um homem “sensato”, pois ape -nas redigiu o anúncio no jornal sobre odesa pa recimento de sua “besta” após fazer indaga çõese concluir que o animal poderia ter sido roubado.Segundo o narrador, a redação do anúncio de JoãoAlves também revela que este era um homem“meticuloso”, visto que ele descreveu detalhadamentea “besta” desaparecida, inclusive “o pequeno quistona orelha”.

Resposta: DD

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2O humor presente na crônica decorre, entre outros fatores,do fato de o cronista

a) debruçar-se sobre um antigo anúncio de bestadesaparecida.

b) esforçar-se por ocultar a condição rural do autor doanúncio.

c) duvidar de que o autor do anúncio seja mesmo JoãoAlves.

d) empregar o termo “besta” em sentido tambémmetafórico.

e) acreditar na possibilidade de se recuperar a besta deJoão Alves.

ResoluçãoO que promove o humor é o fato de o narradordedicar-se à análise do discurso de um anúncio antigosobre o desaparecimento de uma “besta”.

Resposta: AA

3O cronista manifesta um juízo de valor sobre a sua própriaépoca em:

a) “Não escreveste apressada e toscamente, como seriade esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste,pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 denovembro recorreste à Cidade de Itabira.” (3.ºparágrafo)

b) “Cinquenta e cinco anos depois, prezado João AlvesJúnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenhaaparecido, já é pó no pó.” (2.º parágrafo)

c) “Figura o anúncio em um jornal que o amigo memandou, e está assim redigido:” (1.º parágrafo)

d) “Já não há essa precisão de termos e essa graça nodizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica.Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem-feita, que sepode manifestar até mesmo num anúncio de bestasumida.” (7.º parágrafo)

e) “Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta,meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criaçãovolta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoroe propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou ealguém hoje a descobre, e muitos outros sãoinformados da ocorrência.” (7.º parágrafo)

ResoluçãoO narrador expressa sua avaliação crítica aocomparar o anúncio antigo com os anúncios de suaépoca. Isso se explicita nos três últimos períodos doúltimo parágrafo: “Se lesses os anúncios de objetos eanimais perdidos, na imprensa de hoje ficarias triste.”

Resposta: DDUUNNEESSPP -- NNOO VV EE NN BB RR OO//22001166

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4“Cinquenta e cinco anos depois, prezado João AlvesJunior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenhaaparecido, já e pó no pó.” (2º parágrafo)

Em relação ao período do qual faz parte, a oraçãodestacada exprime ideia de

a) comparação. b) concessão.

c) consequência. d) conclusão.

e) causa.

ResoluçãoA oração “mesmo que tenha aparecido” é adverbialconcessiva. A locução “mesmo que” poderia sersubstituída, sem alteração do sentido, por embora,ainda que, posto que.

Resposta: BB

5Está empregado em sentido figurado o termo destacadono seguinte trecho:

a) “Formulaste depois um raciocínio: houve roubo.” (3.ºparágrafo)

b) “Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem.”(3.º parágrafo)

c) “Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem.”(3.º parágrafo)

d) “Não disseste que todos os seus cascos estavamferrados;” (4.º parágrafo)

e) “Não disseste que todos os seus cascos estavamferrados;” (4.º parágrafo)

ResoluçãoOcorre metáfora em “limpeza”, pois o termo, nessecontexto, significa que a linguagem de João Alvesprima por correção, clareza e objetividade.

Resposta: CC

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6Em “Contudo, não o afirmas em tom peremptório: ‘tudome induz a esse cálculo’?” (5.º parágrafo), o termo desta-cado pode ser substituído, sem prejuízo de sentido para otexto, por:

a) incisivo.

b) irônico.

c) rancoroso.

d) constrangido.

e) hesitante.

Resolução“Peremptório” significa “absoluto, categórico,decisivo, incisivo”. Dessa forma, o narrador afirmaque, de forma calculada, João Alves não afirma tersido a besta “roubada”.

Resposta: AA

7Com base no último parágrafo, a principal qualidade atri-

buída pelo cronista a João Alves é

a) a prudência.

b) o discernimento.

c) a concisão.

d) o humor.

e) a dedicação.

ResoluçãoO cronista atribui a João Alves a qualidade de sercioso, em função do “amor à tarefa bem-feita”.

Resposta: EE

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Para responder às questões de 08 a 11, leia o excerto deAuto da Barca do Inferno do escritor português GilVicente (1465?-1536?). A peça prefigura o destino dasalmas que chegam a um braço de mar onde se encontramduas barcas (embarcações): uma destinada ao Paraíso,comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno,comandada pelo diabo.

Vem um Frade com uma Moça pela mão [...]; e ele

mesmo fazendo a baixa1 começou a dançar, dizendo

FRADE: Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;

Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;

Tã-tã-ta-ri-rim-rim-rã, huha!

DIABO: Que é isso, padre? Quem vai lá?

FRADE: Deo gratias2! Sou cortesão.

DIABO: Danças também o tordião3?

FRADE: Por que não? Vê como sei.

DIABO: Pois entrai, eu tangerei4

e faremos um serão.

E essa dama, porventura?

FRADE: Por minha a tenho eu,

e sempre a tive de meu.

DIABO: Fizeste bem, que é lindura!

Não vos punham lá censura

no vosso convento santo?

FRADE: E eles fazem outro tanto!

DIABO: Que preciosa clausura5!

Entrai, padre reverendo!

FRADE: Para onde levais gente?

DIABO: Para aquele fogo ardente

que não temestes vivendo.

FRADE: Juro a Deus que não te entendo!

E este hábito6 não me val7?

DIABO: Gentil padre mundanal8,

a Belzebu vos encomendo!

FRADE: Corpo de Deus consagrado!

Pela fé de Jesus Cristo,

que eu não posso entender isto!

Eu hei de ser condenado?

Um padre tão namorado

e tanto dado à virtude?

Assim Deus me dê saúde,

que eu estou maravilhado!

DIABO: Não façamos mais detenção

embarcai e partiremos;

tomareis um par de remos.

FRADE: Não ficou isso na avença10.

DIABO: Pois dada está já a sentença!

FRADE: Por Deus! Essa seria ela?UUNNEESSPP -- NNOO VV EE NN BB RR OO//22001166

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Não vai em tal caravela

minha senhora Florença?

Como? Por ser namorado

e folgar c’uma mulher?

Se há um frade de perder.

com tanto salmo rezado?!

DIABO: Ora estás bem arranjado!

FRADE: Mas estás tu bem servido.

DIABO: Devoto padre e marido.

haveis de ser cá pingado11...

(Auto da Barca do Inferno, 2007.)

1 baixa: dança popular no século XVI.2 Deo gratias: graças a Deus.3 tordião: outra dança popular no século XVI.4 tanger: fazer soar um instrumento.5 clausura: convento.6 hábito: traje religioso.7 val: vale.8 mundanal: mundano.9 detença: demora.10 avença: acordo.11 ser pingado: ser pingado com gotas de gordurafervendo (segundo o imaginário popular, processo detortura que ocorreria no inferno).

8No excerto, o escritor satiriza, sobretudo.

a) a compra do perdão para os pecados cometidos.

b) a preocupação do clero com a riqueza material.

c) o desmantelamento da hierarquia eclesiástica.

d) a concessão do perdão a almas pecadoras.

e) o relaxamento dos costumes do clero.

ResoluçãoNo diálogo entre o Frade e o Diabo, ficam evidentesos costumes dissolutos e sensuais não só do Frade, mastambém dos demais clérigos do convento. Conclui-se,portanto, o relaxamento dos costumes do clero, que seafastou da espiritualidade, preferindo os prazeresmundanos.

Resposta: EE

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9No excerto, o traço mais característico do diabo é

a) o autoritarismo, visível no seguinte trecho: “Nãofaçamos mais detença”.

b) a curiosidade, visível no seguinte trecho: “Dançastambém o tordião?”.

c) a ironia, visível no seguinte trecho: “Que preciosaclausura!”.

d) a ingenuidade, visível no seguinte trecho: “Fizestebem, que é lindura!”.

e) o sarcasmo, visível no seguinte trecho: “Pois dada estájá a sentença!”.

ResoluçãoA ironia fica evidente na fala do Diabo que, em umafrase exclamativa, diz o contrário do que pensa em“preciosa clausura”, quando em verdade, depois detodas as informações dadas pelo Frade, o Diabo deduzque o clero é uma instituição corrompida e promíscua.

Resposta: CC

10Com a fala “E eles fazem outro tanto!”, o frade sugereque seus companheiros de convento

a) consideravam-se santos.

b) estavam preocupados com a própria salvação.

c) estranhavam seu modo de agir.

d) comportavam-se de modo questionável.

e) repreendiam-no com frequência.

ResoluçãoNesse diálogo, o Frade evidencia que os religiososdesse convento eram tão mundanos quanto ele, eramtodos ligados aos prazeres terrenos. Essecomportamento desvinculado da castidade e da vidaespiritualizada é equivocado, questionável.

Resposta: DD

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11Assinale a alternativa cuja máxima está em conformidadecom o excerto e com a proposta do teatro de Gil Vicente.

a) “O riso é abundante na boca dos tolos.”

b) “A religião é o ópio do povo.”

c) “Pelo riso, corrigem-se os costumes.”

d) “De boas intenções, o inferno está cheio.”

e) “O homem é o único animal que ri dos outros.”

ResoluçãoNo teatro de Gil Vicente e nesse excerto, o humor é omeio pelo qual se manifesta a crítica social. Isso fezcom que ele fosse comparado ao teatrólogo latinoPlauto, cuja máxima era: ridendo castigat mores(rindo, castiga os costumes).

Resposta: CC

Leia o soneto XLVI, de Cláudio Manual da Costa (1729-1789), para responder às questões 12 e 13.

Não vês, Lise, brincar esse menino

Com aquela avezinha? Estende o braço

Deixa-a fugir, mas apertando o laço

A condena outra vez ao seu destino.

Nessa mesma figura, eu imagino

Tens minha liberdade, pois ao passo

Que cuido que estou livre do embaraço,

Então me prende mais meu desatino.

Em um contínuo giro o pensamento

Tanto a precipitar-me se encaminha,

Que não vejo onde pare o meu tormento.

Mas fora menos mal esta ânsia minha,

Se me faltasse a mim o entendimento.

Como falta a razão a esta avezinha.

(Domício Proença Filho (org). A poesia

dos Inconfidentes, 1996.)

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12O tom predominante no soneto é de

a) resignação.

b) nostalgia.

c) apatia.

d) ingenuidade.

e) inquietude.

ResoluçãoEmbora esse soneto seja de um autor árcade, não hánesse texto o equilíbrio emocional da maioria dospoemas dessa escola. Nota-se a inquietude de quemama, como explicita a passagem no fecho do poema:“Mas fora menos mal esta ânsia minha”. Essedesequilíbrio emocional mostra não só a influência dapoética camoniana, como também a da barroca nostextos de Cláudio Manuel da Costa.

Resposta: EE

13No soneto, o menino e a avezinha, mencionados na pri-meira estrofe, são comparados, respectivamente,

a) ao eu lírico e a Lise.

b) a Lise e ao eu lírico.

c) ao desatino e ao eu lírico.

d) ao desatino e à liberdade.

e) a Lise e à liberdade.

ResoluçãoO menino e a avezinha são, respectivamente,comparados a Lise, a dominadora, e ao eu lírico,aprisionado amorosamente pela musa.

Resposta: BB

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14Os parnasianos brasileiros se distinguem dos

românticos pela atenuação da subjetividade e dosentimentalismo, pela ausência quase completa deinteresse político no contexto da obra e pelo cuidado daescrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico.

(Antônio Cândido,

Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)

A referida “atenuação da subjetividade e do senti -mentalismo” está bem exemplificada na seguinte estrofedo poeta parnasiano Alberto de Oliveira (1859-1937):

a) Quando em meu peito rebentar-se a fibra,

Que o espírito enlaça à dor vivente,

Não derramem por mim nem uma lágrima

Em pálpebra demente.

b) Erguido em negro mármor luzidio,

Portas fechadas, num mistério enorme,

Numa terra de reis, mudo e sombrio,

Sono de lendas um palácio dorme.

c) Eu vi-a e minha alma antes de vê-la

Sonhara-a linda como agora a vi;

Nos puros olhos e na face bela,

Dos meus sonhos a virgem conheci.

d) Longe da pátria, sob um céu diverso

Onde o sol como aqui tanto não arde,

Chorei saudades do meu lar querido

– Ave sem ninho que suspira à tarde. –

e) Eu morro qual nas mãos da cozinheira

O marreco piando na agonia…

Como o cisne de outrora… que gemendo

Entre os hinos de amor se enternecia.

ResoluçãoA “atenuação da subjetividade” ocorre nos versos dopoema Fantástica, do parnasiano Alberto de Oliveira.Nota-se, nesses versos, a descrição com contençãoemocional, uma das características da estéticaparnasiana que se opunha ao passionalismoromântico. Nas demais alternativas, o eu lírico impõea subjetividade tanto pelo emprego do pronome deprimeira pessoa (“eu”, “meus”, “mim” etc.), comopela densidade emocional.

Resposta: BB

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Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo SérgioPinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder àsquestões de 15 a 17.

De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos.Evite falar com estranhos. À noite, não saia paracaminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairrofor deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas docarro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho.Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.

É provável que você já esteja exausto de ler e ouvirvárias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia deintegrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguropor ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimentocomum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. Asnoções de segurança e de vida comunitária foramsubstituídas pelo sentimento de insegurança e peloisolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser vistocomo parceiro ou parceira em potencial; o desconhecidoé encarado como ameaça. O sentimento de insegurançatransforma e desfigura a vida em nossas cidades. Delugares de encontro, troca, comunidade, participaçãocoletiva, as moradias e os espaços públicos transformam-se em palco do horror, do pânico e do medo.

A violência urbana subverte e desvirtua a função dascidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas– especialmente as dos jovens e dos mais pobres –,dilacera famílias, modificando nossas existênciasdramaticamente para pior. De potenciais cidadãos,passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diantedesse quadro de insegurança e pânico, denunciadodiariamente pelos jornais e alardeado pela mídiaeletrônica? Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, nademocracia e no Estado de direito?

(Violência urbana, 2003.)

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15O modo de organização do discurso predominante noexcerto é

a) a dissertação argumentativa.

b) a narração.

c) a descrição objetiva.

d) a descrição subjetiva.

e) a dissertação expositiva.

ResoluçãoTrata-se de dissertação argumentativa, visto que oautor manifesta sua opinião e analisa o ambiente deinsegurança em que vivem os cidadãos nas cidades dopaís.

Resposta: AA

16O trecho “As noções de segurança e de vida comunitáriaforam substituídas pelo sentimento de insegurança e peloisolamento que o medo impõe.” (2.º parágrafo) foiconstruído na voz passiva. Ao se adaptar tal trecho para avoz ativa, a locução verbal “foram substituídas” assumea seguinte forma:

a) substitui.

b) substituíram.

c) substituiriam.

d) substituiu.

e) substituem.

ResoluçãoA locução verbal “foram substituídas” está na vozpassiva analítica. Na passagem para a ativa,desaparece o auxiliar ser (“foram”) e o verbo substituirfica no pretérito imperfeito, tempo em que está oauxiliar, e no plural, porque “sentimento deinsegurança” e “isolamento”, que eram agentes dapassiva, passam a sujeito composto na ativa.

Resposta: BB

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17As palavras do texto cujos prefixos traduzem ideia denegação são

a) “desvirtua” e “transforma”.

b) “evite” e “isolamento”.

c) “desfigura” e “ameaça”.

d) “desconhecido” e “insegurança”.

e) “subverte” e “dilacera”.

Resolução

Os prefixos “des” e “in” têm sentido de negação.

Resposta: DD

18Trata-se de uma obra híbrida que transita entre aliteratura, a história e a ciência, ao unir a perspectivacientífica, de base naturalista e evolucionista, àconstrução literária, marcada pelo fatalismo trágico e poruma visão romântica da natureza. Seu autor recorreu aformas de ficção, como a tragédia e a epopeia, paracompreender o horror da guerra e inserir os fatos em umenredo capaz de ultrapassar a sua significação particular.

(Roberto Ventura. “Introdução”. In: Silviano Santiago(org.). Intérpretes do Brasil, vol. 1, 2000. Adaptado.)

a) Capitães da Areia, de Jorge Amado.

b) Vidas secas, de Graciliano Ramos.

c) Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto.

d) Os sertões, de Euclides da Cunha.

e) Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa.

ResoluçãoOs Sertões (1902) analisam as várias circunstânciasque envolveram a Guerra de Canudos (1893-1897) nosertão da Bahia. Nessa obra, Euclides da Cunha une aperspectiva do cientificismo determinista à construçãoliterária ao abordar esse fato histórico e trágico. Nesselivro, relacionam-se o estudo sociológico, geográfico ecultural, denunciando as mazelas do regimerepublicano, recém-instaurado, que massacrou ossertanejos.

Resposta: DD

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19Carpe diem: Esse conhecido lema, extraído das Odes

do poeta latino Horácio (65 a.C.-8 a.C.). sintetizaexpressivamente o seguinte motivo: saber aproveitar tudoo que se apresente de positivo (mesmo que pouco) etransitório.

(Renzo Tosi. Dicionário de sentenças

latinas e gregas. 2010. Adaptado.)

Das estrofes extraídas da produção poética de FernandoPessoa (1888-1935), aquela em que tal motivo se mani-festa mais explicitamente é:a) Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.

Mudo, mas não mudo muito.A cor das flores não é a mesma ao solDe que quando uma nuvem passaOu quando entra a noiteE as flores são cor da sombra.

b) Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,E deseja o destino que deseja;

Nem cumpre o que deseja,Nem deseja o que cumpre.

c) Como um ruído de chocalhosPara além da curva da estrada,Os meus pensamentos são contentes.Só tenho pena de saber que eles são contentes,Porque, se o não soubesse,Em vez de serem contentes e tristes,Seriam alegres e contentes.

d) Tão cedo passa tudo quanto passa!Morre tão jovem ante os deuses quanto

Morre! Tudo é tão pouco!Nada se sabe, tudo se imagina.Circunda-te de rosas, ama, bebe

E cala. O mais é nada.

e) Acima da verdade estão os deuses.A nossa ciência é uma falhada cópiaDa certeza com que elesSabem que há o Universo.

ResoluçãoA tópica do carpe diem manifesta-se maisexplicitamente na ode de Ricardo Reis, o heterônimopessoano cuja poética é de contenção emocional e detemática próximas dos ideais da antiguidade clássica,retomados ao longo da trajetória literária,principalmente a do Arcadismo. O lema de aproveitara vida é mais evidente na exortação presente nos doisúltimos versos: “Circunda-te de rosas, ama, bebe / ECala. O mais é nada.”

Resposta: DDUUNNEESSPP -- NNOO VV EE NN BB RR OO//22001166

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20O quadro não se presta a uma leitura convencional, no

sentido de esmiuçar os detalhes da composição em buscade nuances visuais. Na tela, há apenas formas brutas,essenciais, as quais remetem ao estado natural, primitivo.Os contornos inchados das plantas, os pés agigantadosdas figuras, o seio que atende ao inexorável apelo dagravidade: tudo é raiz. O embasamento que vem dofundo, do passado, daquilo que vegeta no substrato do ser.As cabecinhas, sem faces, servem apenas de contraponto.Estes não são seres pensantes, produtos da cultura e dorefinamento. Tampouco são construídos; antes nascem,brotam como plantas, sorvendo a energia vital do sol delimão. À palheta nacionalista de verde planta, amarelo sole azul e branco céu, a pintora acrescenta o ocreavermelhado de uma pele que mais parece argila. Amensagem é clara: essa é nossa essência brasileira – sol,terra, vegetação. É isto que somos, em cores vivas e sema intervenção erudita das fórmulas pictóricas tradicionais.

(Rafael Cardoso.

A arte brasileira em 25 quadros. 2008. Adaptado.)

Tal comentário aplica-se à seguinte obra de Tarsila doAmaral (1886-1973):

a)

(Antropofagia, 1929.)

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b)

(Abaporu, 1928.)

c)

(A negra, 1923.)

d)

(Sol poente, 1929.)

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e)

(São Paulo, 1924.)

ResoluçãoO texto de Rafael Cardoso faz referências ao quadroAntropofagia. As passagens “contornos inchados dasplantas”, “o seio que atende ao inexorável apelo dagravidade” e, principalmente, “as cabecinhas semface” relacionam-se, inequivocamente, a caracterís -ticas presentes nessa tela.

Resposta: AA

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Examine a tira e o texto, para responder às questões de21 a 23.

(http://lolalollipopcom. Adaptado.)

21According to the cartoon, Lola

a) has already slept for seven hours.

b) will sleep until 7 am.

c) is planning to go to bed at midnight.

d) used to sleep for nine hours.

e) went to sleep at 10 pm.

ResoluçãoDe acordo com o cartum, Lola foi dormir às 10 danoite. Tradução do 1.º quadrinho:“Lola! É meia-noite! O que você está fazendoacordada?”Tradução do 2.º quadrinho:“... Mas você acabou de ir para a cama há duashoras!”

Resposta: EE

“A study from Brigham Young University reported thatteenagers ___23___ sleep seven hours, compared tonine hours of sleep, perform better academically. Thisstudy contradicts federal guidelines, stating teenagersshould sleep as much as they need to.” –THESTATECOLUMN.COM

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22Lola thinks that

a) she is a genius.

b) it is wise to go to bed no later than midnight.

c) the less she sleeps, the more intelligent she’ll become.

d) she’ll please her mother if she gets better grades.

e) her mom wants her to sleep for at least nine hours.

ResoluçãoLola acha que quanto menos ela dormir, maisinteligente ficará.Encontra-se a informação no 3.º quadrinho:“... Imagine what a GENIUS I’ll be from only getting2 instead of 7!”

Resposta: CC

23Assinale a alternativa que completa corretamente a lacu-

na numerada no texto.

a) which.

b) when.

c) while.

d) whoever.

e) who.

Resolução

“... teenagers who sleep seven hours, compared to nine

hours of sleep, perform...”

Resposta: EE

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Leia o texto para responder às questões de 24 a 29.

Question: Is there anything I can do to train

my body to need less sleep?

Karen Wenntraub

June 17. 2016

Many people think they can teach themselves to needless sleep, but they’re wrong, said Dr. Sigrid Veasey, aprofessor at the Center for Sleep and CircadianNeurobiology at the University of Pennsylvania’sPerelman School of Medicine. We might feel that we’regetting by fine on less sleep, but we’re deluding ourselves,Dr. Veasey said, largely because lack of sleep skews ourself-awareness. “The more you deprive yourself of sleepover long periods of time, the less accurate you are ofjudging your own sleep perception,” she said.

Multiple studies have shown that people don’tfunctionally adapt to less sleep than their bodies need.There is a range of normal sleep times, with most healthyadults naturally needing seven to nine hours of sleep pernight, according to the National Sleep Foundation. Thoseover 65 need about seven to eight hours, on average, whileteenagers need eight to 10 hours, and school-age childrennine to 11 hours. People’s performance continues to bepoor while they are sleep deprived, Dr. Veasey said.

Health issues like pain, sleep apnea or autoimmunedisease can increase people’s need for sleep, said AndreaMeredith, a neuroscientist at the University of MarylandSchool of Medicine. A misalignment of the clock thatgoverns our sleep-wake cycle can also drive up the needfor sleep, Dr. Meredith said. The brain’s clock can getmisaligned by being stimulated at the wrong time of day,she said, such as from caffeine in the afternoon or evening,digital screen use too close to bedtime, or even exercise ata time of day when the body wants to be winding down.

(http://well.blogs.nytimes.com. Adaptado.)

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24No primeiro parágrafo, a resposta da Dra. Sigrid Veaseyà questão “Is there anything I can do to train my body toneed less sleep?” indica que

a) é incorreto pensar que seja possível aprender a dormirmenos que o necessário.

b) leva um longo tempo para o corpo se acostumar commenos horas de sono.

c) a maioria das pessoas não percebe a sua realnecessidade de descanso.

d) é ilusório pensar que dormir em demasia melhora orendimento quando se está acordado.

e) algumas pessoas conseguem dormir cada vez menossem prejuízo à saúde.

ResoluçãoLê-se a informação no seguinte trecho:“Many people think they can teach themselves to needless sleeps, but they’re wrong, said...”

Resposta: AA

25No trecho do primeiro parágrafo “We might feel thatwe’re getting by fine on less sleep”, o termo em destaquepode ser substituído, sem alteração de sentido, por

a) could.

b) ought to.

c) will.

d) should.

e) has to.

Resolução

might = could = poderíamos

Resposta: AA

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26No trecho do primeiro parágrafo “The more you depriveyourself of sleep over long periods of time, the lessaccurate you are of judging your own sleep perception”,os termos em destaque indicam

a) finalidade.

b) preferência.

c) proporcionalidade.

d) exclusão.

e) substituição.

Resolução“Quanto mais você se privar do sono durante longosperíodos de tempo, menos ...” indica proporcio na li -dade.

Resposta: CC

27According to the information presented in the secondparagraph, one can say that

a) most people, no matter their age, sleep from seven tonine hours.

b) people need less sleep as they age.

c) teenagers belong to the age group that needs moresleep.

d) elderly people should sleep more than they actually do.

e) an average of seven hours sleep is enough.

ResoluçãoDe acordo com a informação encontrada no 2.ºparágrafo, pode-se dizer que as pessoas necessitam demenos sono à medida que envelhecem.“Those over 65 need about seven to eight hours,...”

Resposta: BB

28No trecho do segundo parágrafo “Those over 65 needabout seven to eight hours, on average, while teenagersneed eight to 10 hours”, o termo em destaque tem sen-tido de

a) durante.

b) como.

c) ao longo de.

d) já que.

e) enquanto.

Resolução

while = enquanto

Resposta: EEUUNNEESSPP -- NNOO VV EE NN BB RR OO//22001166

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29De acordo com o terceiro parágrafo, o relógio cerebralque regula o ciclo de sono e de vigília pode ficar alteradodevido

a) ao barulho de televisão na hora de dormir.

b) a algumas doenças crônicas.

c) ao excesso de ingestão de cafeína ao longo do dia.

d) a estímulos em horários inadequados.

e) à falta de exercícios físicos.

ResoluçãoO relógio cerebral que regula o ciclo do sono e devigília pode ficar alterado devido a estímulos emhorários inadequados.Lê-se no texto:“The brain’s clock can get misaligned by beingstimulated at the wrong time of day.”

Resposta: DD

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30Observe o cartum.

(www.systemcomic.com. Adaptado.)

A alternativa que completa corretamente a lacuna donúmero 4 do cartum, sem prejuízo de sentido, é

a) It’s too hot in here.

b) I don’t want to be tired all day.

c) Otherwise, I’ll miss the bus.

d) I’m quite hungry.

e) Breakfast smells good.

ResoluçãoA alternativa que completa corretamente a lacuna donúmero 4 do cartum é:“I don’t want to be tired all day” (= Eu não quero ficarcansado o dia todo).

Resposta: BB

______________________ _______________________

1. I was having a really 1. I don’t want to be

good dream. late for work.

2. Still so sleepy!

3. It’s not even daylight

yet.

4. ____________________

5. I’ve just got comfortable.

6. It’s cold out there but

warm in bed.

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31Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentaçãopolítica, os Gregos tinham uma profunda consciência depertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tãomais extraordinário, considerando-se a ausência dequalquer autoridade central política ou religiosa e o livreespírito de invenção de uma determinada comunidadepara resolver os diversos problemas políticos ou culturaisque se colocavam para ela.

(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia. 1998. Adaptado.)

O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial dahistória grega da Antiguidade:

a) a predominância da reflexão política sobre odesenvolvimento das belas-artes.

b) a fragilidade militar de populações isoladas empequenas unidades políticas.

c) a vinculação do nascimento da filosofia com aconstituição de governos tirânicos.

d) a existência de cidades-estados conjugada a padrõescivilizatórios de unificação.

e) a igualdade social sustentada pela exploraçãoeconômica de colônias estrangeiras.

ResoluçãoA questão refere-se ao “mundo grego” – territóriosque se estendiam da Sicília e do Sul da Itália à ÁsiaMenor e ao Mar Negro, tendo ao centro a Gréciapropriamente dita. Esse vasto conjunto não possuíaunidade política, devido ao fato de ser constituído porum grande número de cidades-Estado; mas possuíauma forte identidade cultural, responsável pelaconsciência de que todos os cidadãos das diversas pólistinham os mesmos padrões civilizatórios, conhecidosgenericamente sob o nome de “helenismo” (ou seja,próprio dos helenos/gregos).

Resposta: DD

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32A Igreja foi responsável direta por mais uma transfor -mação, formidável e silenciosa, nos últimos séculos doImpério: a vulgarização da cultura clássica. Essa façanhafundamental da Igreja nascente indica seu verdadeirolugar e função na passagem para o Feudalismo. A condi -ção de existência da civilização da Antiguidade em meioaos séculos caóticos da Idade Média foi o caráter deresistência da Igreja. Ela foi a ponte entre duas épocas.

(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao

Feudalismo, 2016. Adaptado.)

O excerto permite afirmar corretamente que a Igreja cristã

a) tornou-se uma instituição do Império Romano esobreviveu à sua derrocada quando da invasão dosbárbaros germânicos.

b) limitou suas atividades à esfera cultural e evitouparticipar das lutas políticas durante o Feudalismo.

d) manteve-se fiel aos ensinamentos bíblicos e proibiurepresentações de imagens religiosas na Idade Média.

d) reconheceu a importância da liberdade religiosa naEuropa Ocidental e combateu a teocracia imperial.

e) combateu o universo religioso do Feudalismo e propa -gou, em meio aos povos sem escrita, o paganismogreco-romano.

ResoluçãoDurante o Baixo Império (séculos IV e V), a IgrejaCristã tornou-se um sustentáculo do Estado Romano,por abranger uma parcela cada vez maior dapopulação, possuindo uma estrutura simultaneamentemonolítica e com grande capilaridade, além de darlegitimidade ao Império depois que o Edito deTessalônica (380) uniu Igreja e Estado. Quando daderrocada do mundo romano diante das invasõesbárbaras, a resiliência (mais do que “resistência”) dasinstituições cristãs proporcionou-lhes condições parainfluenciar os conquistadores, de forma a lançar asbases da Europa Cristã medieval.

Resposta: AA

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33

(Andrea Mantegna. Lamentação sobre o Cristo morto, 1480.

Pinacoteca de Brera, Milão).

A pintura representa no martírio de Cristo os seguintesprincípios culturais do Renascimento italiano:

a) a imitação das formas artísticas medievais e a ênfase nanatureza espiritual de Cristo.

b) a preocupação intensa com a forma artística e aausência de significado religioso do quadro.

c) a disposição da figura de Cristo em perspectivageométrica e o conteúdo realista da composição.

d) a gama variada de cores luminosas e a concepçãootimista de uma humanidade sem pecado.

e) a idealização do corpo do Salvador e a noção de umadivindade desvinculada dos dramas humanos.

ResoluçãoA alternativa escolhida refere-se a técnicas e estilo dapintura renascentista – no caso, a “perspectivageométrica e o conteúdo realista da composição” (ahumanização da figura de Jesus morto). Obs.:Podem ser entendidos como “princípios culturaisdo Renascimento”, entre outros, a influência clássica,o individualismo, o naturalismo e o racionalismo (esteúltimo associado ao espírito crítico).

Resposta: CC

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34Em meados do século o negócio dos metais não ocupariasenão o terço, ou bem menos, da população. O grossodessa gente compõem-se de mercadores de tenda aberta,estalajadeiros, taberneiros, advogados, médicos, cirur -giões-barbeiros, burocratas, clérigos, mestres-escolas,tropeiros, soldados da milícia paga. Sem falar nosescravos, cujo total, segundo os documentos da época,ascendia a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente provocava a formação de grandescurrais; a própria lavoura ganhava alento novo.

(Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”.

História geral da civilização brasileira, vol. 2, 1960. Adaptado.)

De acordo com o excerto, é correto concluir que aextração de metais preciosos em Minas Gerais no séculoXVIII

a) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreasde extração e favoreceu a independência colonial.

b) bloqueou a possibilidade de ascensão social na colôniae forçou a alta dos preços dos instrumentos demineração.

c) provocou um processo de urbanização e articulou aeconomia colonial em torno da mineração.

d) extinguiu a economia colonial agroexportadora eincorporou a população litorânea economicamenteativa.

e) restringiu a divisão da sociedade em senhores eescravos e limitou a diversidade cultural da colônia.

ResoluçãoO texto transcrito, ao mencionar a grande variedadede atividades propiciadas pela mineração, apontapara uma sociedade essencialmente urbana, com umentorno de propriedades ligadas à agropecuária, emúltima análise destinadas ao abastecimento dascidades e vilas locais. Convém acentuar que aarticulação da mineração brasileira do século XVIIIvai além do que o texto deixa transparecer, pois MinasGerais, no período citado, tornou-se centroconsumidor de produtos originários das diversasregiões da colônia, inclusive importações realizadaspelo Rio de Janeiro.

Resposta: CC

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35No movimento de Independência atuam duas tendênciasopostas: uma, de origem europeia, liberal e utópica, queconcebe a América espanhola como um todo unitário,assembleia de nações livres; outra, tradicional, que rompelaços com a Metrópole somente para acelerar o processode dispersão do Império.

(Octavio Paz. O labirinto da solidão, 1999. Adaptado.)

O texto refere-se às concepções em disputa no processode Independência da América Latina. Tendo em vista asituação política das nações latino-americanas no séculoXIX, é correto concluir que

a) os Estados independentes substituíram as rivalidadespela mútua cooperação.

b) os países libertos formaram regimes constitucionaisestáveis.

c) as antigas metrópoles ibéricas continuavam gover -nando os territórios americanos.

d) o conteúdo filosófico das independências sobrepôs-seaos interesses oligárquicos.

e) as classes dirigentes nativas foram herdeiras da antigaordem colonial.

ResoluçãoApesar do conteúdo ideológico liberal presente nosmovimentos de independência da América Hispânica,foi a elite criolla (aristocracia rural) que, além deconduzir o processo da emacipação, assumiu ocontrole político dos novos Estados. É interessanteobservar que, na sociedade colonial, a relevância doscriollos encontrava um contraponto nos chapetonesnascidos na metrópole e radicados nas colônias. Coma independência, os chapetones vieram a desaparecer,o que proporcionou à aristocracia rural, o controle dopoder político.

Resposta: EE

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36A expansão territorial dos Estados Unidos, no séculoXIX, foi o resultado da compra da Luisiania francesa pelogoverno central, da anexação de territórios mexicanos, dadistribuição de pequenos lotes de terra para colonospioneiros, da expansão de redes de estradas de ferro,assim como da anexação de terra indígenas. Esseprocesso expansionista foi ideologicamente justificadopela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual

a) o direito pertence aos povos mais democráticos elaboriosos.

b) o mundo deve ser transformado para o engrandeci -mento da humanidade.

c) o povo americano deve garantir a sobrevivênciaeconômica das sociedades pagãs.

d) as terras pertencem aos seus descobridores e primeirosocupantes.

e) a nação deve conquistar o continente que a Providêncialhe reservou.

ResoluçãoA doutrina do “Destino Manifesto”, largamenteapregoada desde meados do século XIX, afirmava queos Estados Unidos (ou o povo norte-americano) eramprotegidos por Deus. Portanto, seu “destinomanifesto” (isto é obvio, evidente, claramentemanifestado) seria se transformaram em uma grandepotência continental, triunfando sobre todos os seusinimigos.

Resposta: EE

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37Art. 3.º – O governo paraguaio se reconhece obrigado àcelebração do Tratado da Tríplice Aliança de 1º de maiode 1865, entendendo-se estabelecido desde já que anavegação do Alto Paraná e do Rio Paraguai nas águasterritorais da república deste nome fica franqueada aosnavios de guerra e mercantes das nações aliadas, livresde todo e qualquer ônus, e sem que se possa impedir ouestorvar-se de nenhum modo a liberdade dessa navegaçãocomum.

(“Acordo Preliminar de Paz Celebrado entre Brasil, Argentina e

Uruguai com o Paraguai (20 junho 1870)”. In: Paulo Bonavídes e

Roberto Amaral (org.).

Textos políticos da história do Brasil, 2002. Adaptado.)

O tratado de paz imposto pelos países vencedores daguerra contra o Paraguai deixa transparente um dosmotivos da participação do Estado brasileiro no conflito:

a) o domínio de jazidas de ouro e prata descobertas nasprovíncias centrais.

b) o esforço em manter os acordos comerciais celebradospelas metrópoles ibéricas.

c) a garantia de livre trânsito nas vias de acesso aprovíncias do interior do país.

d) o projeto governamental de proteger a nação comfronteiras naturais.

e) o monopólio governamental do transporte demercadorias a longa distância.

ResoluçãoConsiderando a dificuldade de comunicaçõesterrestres entre o Rio de Janeiro e as províncias doCentro-Oeste no século XIX, os contatos entre essesdois pontos do território brasileiro eram realizadospor via marítimo-fluvial. Nessa rota, os rios Paraná eParaguai tinham enorme importância, ainda queparte deles fluísse por territórios sob jurisdiçãoargentina ou paraguaia. Esse quadro evidenciavaclaramente o contraste entre as posições do ImperioBrasileiro e da República do Paraguai: o primeiro,defendendo a livre-navegação daqueles rios; asegunda, pretendendo dominar a bacia do Paraná-Paraguai em busca de uma saída para o mar.

Resposta: CC

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Leia o texto para responder às questões 38 e 39.

A industrialização contemporânea requer investimentosvultosos. No Brasil, esses investimentos não podiam serfeitos pelo setor privado, devido à escassez de capital quecaracteriza as nações em desenvolvimento. Além disso,o crescimento econômico do Brasil, um recém-chegadoao processo de modernização, processou-se em condiçõessocioeconômicas diferentes. Um efeito internacional dedemonstração, na forma de imitação de padrões de vida,entre países ricos e pobres, e entre classes ricas e pobresdentro das nações, resultou em pressões significativassobre as taxas de crescimento para diminuir a diferençaentre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Emvista das aspirações de melhores padrões de vida, ogoverno desempenhou um papel importante nocrescimento econômico recente do Brasil.

(Carlos Manuel Pelaez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil. 1981. Adaptado.)

38De acordo com o texto, uma das particularidades doprocesso de industrialização brasileira é

a) o controle das matérias-primas industriais pelas naçõesimperialistas do planeta.

b) a escassez de mão de obra devido à sobrevivência dapequena propriedade rural.

c) o domínio da política por setores sociais ligados aospadrões da economia colonial.

d) a emergência da industrialização em meio a economiasinternacionais já industrializadas.

e) a existência prévia de um amplo mercado consumidorde produtos de luxo.

ResoluçãoEmbora a gênese da indústria brasileira remonte aoséculo XIX (alvará de liberdade industrial de 1808,efeitos protecionistas da Tarifa Alves Branco de 1844,Era Mauá desde 1850 e investimentos doscafeicultores do Oeste Paulista no final do século), aindustrialização como processo mais consistente sópode ser considerada a partir da Era Vargas, iniciadaem 1930. Comparando-se esses dados com oindustrialismo dos grandes centros capitalistas,conclui-se claramente que o fenômeno industrial, noBrasil, deve ser visto como tardio.

Resposta: DD

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39Os impasses do desenvolvimento industrial brasileiro,apontados pelo texto, foram enfrentados no governoJuscelino Kubitschek (1956-1961) com o Plano de Metas,cujo objetivo era promover a industrialização por meio

a) da associação de esforços econômicos entre o Estado,o capital estrangeiro e as empresas nacionais.

b) da valorização da moeda nacional, da estatização defábricas falidas e da contenção de salários.

c) da criação de indústrias têxteis estatais e do aumentode impostos sobre o grande capital nacional.

d) do emprego de empresas multinacionais submetidas àsevera lei da remessa de lucros, juros e dividendos parao exterior.

e) do combate à seca no Nordeste e do aumento do saláriomínimo, com controle da inflação.

ResoluçãoA alternativa convalida a interpretação dada pelopróprio Juscelino Kubitschek a seu projeto desen -volvimentista por ele chamado de “capitalismo as so -cia do”, visto que resultaria da união de esforços entreo capital externo e o nacional; ao Estado caberiasuper visionar o processo e fornecer a necessária infra-estrutura. Os críticos do desenvolvimentismo jusce -linista preferiam falar em “capitalismo dependente”,levando em conta a desproporção entre as partesenvolvidas.

Resposta: AA

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40Observe o cartaz, relativo ao plebiscito realizado emjaneiro de 1963.

(www.projetomemoria.art.br)

O cartaz alude à situação histórica brasileira marcada por

a) estabilidade política, crescimento da economiaagroindustrial e baixas taxas de inflação.

b) renúncia presidencial, debates sobre sistema degoverno e projetos de reforma social.

c) ascensão de governos conservadores, despolitizaçãoda sociedade e abolição de leis trabalhistas.

d) deposição do presidente da República, privatizaçõesde empresas estatais e adoção do neoliberalismo.

e) autoritarismos governamentais, restrições à liberdade deexpressão e cassações de mandatos de parlamentares.

ResoluçãoO referendo de 6 de janeiro de 1963 constituiu umatentativa de encerrar a crise iniciada em agosto de1961, quando Jânio Quadros renunciou à Presidênciada República. Na época, formou-se uma situação deconfronto entre partidários e adversários da posse dovice presidente João Goulart (Jango), aparentementesolucionada com a instituição do sistemaparlamentarista. O resultado do referendo (NÂO aoparlamentarismo), ao restabelecer o presidencialismoe ampliar os poderes de Jango, contribuiu na verdadepara acirrar as tensões político-sociais (oposiçãoconservadora às “reformas de base” defendidas porGoulart), o que levaria ao Golpe de 64.

Resposta: BBUUNNEESSPP -- NNOO VV EE NN BB RR OO//22001166

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41

(wvvw.contramare.net)

O artista Artur Barrio nasceu em Portugal e mudou-separa o Brasil em 1955, dedicando-se à pintura a partir de1965. Em 1969, começa a criar as Situações: trabalhos degrande impacto, realizados com materiais orgânicos comolixo, papel higiênico, detritos humanos e carne putrefata,com os quais realiza intervenções no espaço urbano. Nomesmo ano, escreve um manifesto no qual contesta ascategorias tradicionais da arte e sua relação com omercado, e a conjuntura histórica da América Latina. Em1970, na mostra coletiva Do corpo à terra, espalha asTrouxas ensanguentadas em um rio em Belo Horizonte.

(http://enciclopedia.itaucultura|.org.br. Adaptado.)

Relacionando-se a imagem, as informações contidas notexto e o contexto do ano da mostra coletiva Do corpo àterra, é correto interpretar a intervenção Trouxas ensan -guentadas como uma

a) denúncia da situação política e social do Brasil.

b) revelação da pobreza da população brasileira.

c) demonstração do caráter perdulário das sociedades deconsumo.

d) crítica à falta de planejamento das cidades latino-americanas.

e) melhoria, por meio da arte, das áreas degradadas dascidades.

ResoluçãoAs Trouchas ensanguentadas confeccionadas elançadas em um córrego de Belo Horizonte pelo artistaplástico Artur Barrio constituíam uma denúnciametafórica das violências praticaddas pela ditaduramilitar brasileira contra os oposicionistas por elaperseguidos, torturados, assassinados e eventualmente“desaparecidos”. O melhor indício para o candidatorelacionar o contexto histórico e a intervenção deBarrio é a referência a 1970 (início do governo Médicie auge da repressão política no Brasil). Obs.: visando escapar à ação dos agentes da repressão,Barrio fotografava suas intervenções (possivelmentepara futura divulgação) e em seguida as abandonava,para não ser identificado.

Resposta: AAUUNNEESSPP -- NNOO VV EE NN BB RR OO//22001166

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42Com o fim da Guerra Fria, os EUA formalizaram suaposição hegemônica. Sem concorrência e se expandindopara as antigas áreas de predomínio socialista, o capita -lismo conheceu uma nova fase de expansão: tornou-semundializado, globalizado. O processo de globalizaçãocriou uma nova divisão internacional do trabalho,baseado numa redistribuição pelo mundo de fábricas,bancos e empresas de comércio, serviços e mídias.

(Loriza L. de Almeida e Maria da Graça M. Magnoni (orgs.).

Ciências humanas: filosofia, geografia,

história e sociologia, 2016. Adaptado.)

Dentre as consequências do processo de globalização, écorreto citar

a) o nascimento do governo universal e democrático.

b) a pacificação das relações internacionais.

c) o enfraquecimento dos estados-nações.

d) a abolição da exploração social do trabalho.

e) o nivelamento econômico dos países.

ResoluçãoComo consequência do processo de globalização,temos, a partir da década de 1990, o enfraquecimentodos Estados-nações, com o crescimento do mundomultipolar.

Resposta: CC

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43

(wvvw.bp.com. Adaptado.)

Os fluxos de importação e de exportação expressos nomapa evidenciam

a) a ausência de países integrantes do G4 nas importaçõesde petróleo.

b) a ausência de países integrantes do G7 nas exportaçõesde petróleo.

c) o predomínio dos países membros do NAFTA nasexportações de petróleo.

d) a ausência de países integrantes do BRICS nasimportações de petróleo.

e) o predomínio dos países membros da OPEP nasexportações de petróleo.

ResoluçãoOs fluxos do comércio do petróleo mostram grandeparticipação dos países membros da OPEP, como aÁrabia Saudita, o Iraque, o Irã, os Emirados ÁrabesUnidos, a Venezuela. Os países do NAFTA não têmpredomínio das exportações mundiais (Canadá eMéxico). Dos países do G7, temos o Canadá, os EUA eo Reino Unido como exportadores.A Índia e a China, dos BRICS, aparecem comoimportadores de petróleo.

Resposta: EE

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44

(Caulos. Só dói quando eu respiro, 2012.)

O processo ironizado na charge, em que cada participanteda reunião acrescenta um item à imagem do operário,refere-se

a) à tomada de decisões no âmbito coletivo, que integraos operários no planejamento fabril e valoriza otrabalho.

b) à alienação do trabalho, que fragmenta as etapasprodutivas e controla os movimentos dostrabalhadores.

c) ao aumento das exigências contratuais, que elevam odesemprego estrutural e alimentam as instituições dequalificação profissional.

d) à substituição do trabalhador na linha de montagem,que mecaniza as fábricas e evita a especializaçãoprodutiva.

e) ao desenvolvimento de novas técnicas, quecomplexificam a produção e selecionam osprofissionais com domínio global sobre o produto.

ResoluçãoO processo na charge refere-se alienação do trabalho,que fragmenta as etapas produtivas e controla osmovimentos dos trabalhadores.

Resposta: BBUUNNEESSPP -- NNOO VV EE NN BB RR OO//22001166

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45Criado em resposta às crises econômicas do final dadécada de 1990, o G-20 reflete o contexto de

a) unilateralidade da antiga ordem mundial, marcada pelasupremacia britânica no Conselho de Segurança dasNações Unidas.

b) bipolaridade da antiga ordem mundial, caracterizadapela estabilidade financeira dos países desenvolvidos esubdesenvolvidos.

c) multipolaridade da antiga ordem mundial, marcadapelo fortalecimento da cooperação entre blocoseconômicos.

d) multipolaridade da nova ordem mundial, caracterizadapela diversidade de interesses das economiasindustrializadas e emergentes.

e) bipolaridade da nova ordem mundial, caracterizadapelo controle estadunidense e soviético das instituiçõesfinanceiras internacionais.

ResoluçãoO G20 é formado pelos países do G7, pela UE e por 12países emergentes, sendo criado no período da novaordem, marcada pela multipolaridade.

Resposta: DD

46Alguns estudos recentes mostram que, de fato, há umamudança ocorrendo na equação das migrações internas ena conformação das redes urbanas, com um novo papel deprotagonismo regional dessas cidades médias, cujapopulação e PIB crescem mais do que as grandes cidadesbrasileiras.

(João S. W. Ferreira e Luciana Ferrara. “A formulação de uma novamatriz urbana no Brasil”. In: Tarcísio Nunes et. al. (orgs.).

Habitação social e sustentabilidade urbana, 2015. Adaptado.)

Assinale a alternativa que indica corretamente o fenôme -no urbano caracterizado no excerto.

a) Verticalização.

b) Segregação socioespacial.

c) Gentrificação.

d) Favelização.

e) Desmetropolização.

ResoluçãoAs cidades médias têm apresentado maior crescimentourbano, o que indica uma desmetropolização.

Resposta: EE

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47Simulações de custos de transporte

(Confederação Nacional do Transporte. Entraves logísticos aoescoamento de soja e milho, 2015.)

Examinando a imagem e considerando as característicasdos meios de transporte rodoviário, ferroviário e hidroviá -rio, é correto afirmar que

a) a escolha dos meios de transporte de cargas restringe-se à relação entre a capacidade e o custo dodeslocamento.

b) a otimização do custo-benefício no transporte decargas relaciona-se diretamente à escolha exclusiva deum tipo de modal.

c) a falta de flexibilidade no transporte de cargas traduza dependência nacional por técnicas estrangeiras.

d) a multimodalidade no transporte de cargas mantémrelação com o custo final da tonelada por quilômetropercorrido.

e) a escolha dos modais para o transporte de cargasobedece a determinações políticas para oestabelecimento das rotas.

ResoluçãoAs simulações de custos de transporte entre Lucas doRio Verde (MT) e áreas portuárias mostram amultimodalidade no transporte de cargas, relacionadacom o custo final da tonelada por km.

Resposta: DD

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48

(Frank Press et. el. Para entender a Terra, 2006.)

A estratificação observada na imagem constitui umafeição comum em rochas de origem

a) extrusiva.

b) sedimentar.

c) intrusiva.

d) metamórfica.

e) ígnea.

ResoluçãoA estratificação observada na imagem indica umarocha de origem sedimentar.

Resposta: BB

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49Efeitos do fenômeno climático em dezembro,

janeiro e fevereiro

(www.cptec.inpe.br)

O mapa apresenta os efeitos do fenômeno climático deinteração atmosfera-oceano denominado

a) El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas doOceano Pacífico nas proximidades do equador.

b) Alísios de Nordeste, caracterizado pela atuação emescala local e em curto período de tempo sobre aságuas do Oceano Pacífico.

c) La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águassuperficiais do Oceano Pacífico na costa peruana.

d) Zona de Convergência Intertropical, caracterizado pelaformação de núcleos de aumento nas temperaturassuperficiais do Oceano Pacífico.

e) Zona de Convergência do Atlântico Sul, caracterizadopela diminuição da temperatura e da umidade noequador.

ResoluçãoO fenômeno climático observado no mapa-múndi, queocorre de dezembro a fevereiro, é o El Niño,responsável pela ocorrência das chuvas e das secas emvárias partes do mundo.

Resposta: AA

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50Leia os excertos do geógrafo Aziz Nacib Ab’Sáber

Excerto 1

Domínio com fortíssima e generalizada decomposição derochas, densas drenagens perenes, extensivamamelonização, agrupamentos eventuais de “pães deaçúcar”, planícies de inundação meândricas.

Excerto 2

Domínio com planaltos de estrutura complexa, planaltoscom vertentes em rampas suaves, ausência quasecompleta de mamelonização, drenagens espaçadas poucoramificadas.(“Domínios morfoclimáticos e províncias fitogeográficas do Brasil”.

In: A obra de Aziz Nacib Ab’Sáber, 2010. Adaptado.)

Os domínios morfoclimáticos caracterizados nos excertos1 e 2 referem-se, respectivamente,

a) ao cerrado e à caatinga.

b) à caatinga e aos mares de morros.

c) ao amazônico e às pradarias.

d) aos mares de morros e ao cerrado.

e) às araucárias e às pradarias.

ResoluçãoO excerto 1 indica o domínio dos Mares de Morros, eo excerto 2 indica o domínio dos planaltos comcerrado.

Resposta: DD

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51A Pegada Hídrica é uma ferramenta de gestão de recursoshídricos que indica o consumo de água doce com base emseus usos direto e indireto. “Precisamos desconstruir apercepção de que a água vem apenas da torneira [um usodireto] e que simplesmente consertar um pequenovazamento é o bastante para assumir uma atitudesustentável”, ressalta Albano Araujo, coordenador daEstratégia de Água Doce da Nature Conservancy.

(www.wwf.org.br. Adaptado.)

Considerando o excerto e os conhecimentos acerca doconsumo de água no planeta, é correto afirmar que o usoindireto de água doce corresponde

a) à comercialização de água sob a forma de produtofinal.

b) ao emprego de água extraída de reservas subterrâneaspara o abastecimento público.

c) à quantidade de água utilizada para a fabricação debens de consumo.

d) ao aproveitamento doméstico da água resultante deprocessos de despoluição.

e) à distribuição de água oriunda de represas distantes doconsumidor final.

ResoluçãoO uso indireto de água doce corresponde à quantidadede água utilizada para a fabricação de bens deconsumo.

Resposta: CC

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52A fotografia mostra a elevada concentração de aguapésem um trecho da Rio Tietê, localizado a montante dabarragem de Barra Bonita (SP).

(g1.globo.com)

O desenvolvimento acelerado dessas plantas constitui umindicador de

a) assoreamento, oriundo do depósito de rejeitos demineração e da diminuição da matéria orgânica emsuspensão.

b) eutrofização, decorrente do aprofundamento dos leitose da intermitência dos corpos d’água.

c) eutrofização, resultante do despejo de esgotos e dadescarga de fertilizantes agrícolas.

d) assoreamento, proveniente do aumento da precipitaçãomédia e da ocorrência da chuva ácida.

e) lixiviação, derivada do turbilhonamento do fundo delagos e da oxigenação da água.

ResoluçãoA concentração de aguapés, no médio Tietê, éconsequência do processo de eutrofização, resultantedo despejo de esgotos e da descarga de fertilizantesagrícolas.

Resposta: CC

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53O governo americano está sendo processado, pelaprimeira vez, por quem nem nasceu ainda. Quem assinao processo, em nome das “futuras gerações”, também nãoestá por aqui há muito tempo: são 21 crianças eadolescentes de 8 a 19 anos que registraram uma açãocontra Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.Eles acreditam que os governantes não estão fazendo osuficiente para salvar o planeta do aquecimento global.Um dos argumentos do grupo é que as autoridadesconhecem os danos potenciais dos combustíveis fósseishá décadas: já se sabia que reduzir a emissão desses gasesera necessário para dar condições razoáveis de vida agerações futuras – e por isso eles acusam o Estado deestar infringindo seus direitos constitucionais.

(www.super.abril.com.br. 26.04.2016. Adaptado.)

Tal denúncia relaciona-se, em larga medida, ao nãocumprimento dos objetivos propostos no

a) Tratado de Madri.

b) Tratado de Roma.

c) Protocolo de Quioto.

d) Tratado de Assunção.

e) Protocolo de Cartagena.

ResoluçãoOs EUA assinaram, mas não ratificaram o Protocolode Quioto, estabelecido em 1997, no Japão.

Resposta: CC

54A escala cartográfica define a proporcionalidade entre asuperfície do terreno e sua representação no mapa,podendo ser apresentada de modo gráfico ou numérico.

A escala numérica correspondente à escala gráficaapresentada é:

a) 1:184 500 000.

b) 1:615 000.

c) 1:1 845 000.

d) 1:123 000 000.

e) 1:61 500 000.

ResoluçãoNa escala gráfica dada, temos 1 cm equivalente a 615 km, ou seja, a escala numérica corresponde 1 cma 61 500 000 cm.

Resposta: EE

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55Texto 1

Estamos em uma situação aterradora: dos lados da direitae da esquerda há ausência de pensamento. Você conversacom alguém da direita e vê que ele é capaz de dizer quatrofrases contraditórias sem perceber as contradições. Vocêconversa com alguém da extrema esquerda e vê ototalitarismo que também opera com a ausência dopensamento. Então nós estamos ensanduichados entreduas maneiras de recusar o pensamento.

(Marilena Chaui. “Sociedade brasileira: violência e autoritarismopor todos os lados”. Cult. Fevereiro de 2016. Adaptado.)

Texto 2

O fenômeno dos coletivos é um traço regressivo noembate com a solidão do homem moderno. É umatentativa, canhestra e primitiva, de “voltar ao úteromaterno” para ver se o ruído insuportável da realidadedisforme do mundo se dissolve porque grito palavras deordem ou faço coisas pelas quais eu mesmo não souresponsabilizado, mas sim o “coletivo”, essa “pessoa”indiferenciada que não existe.

(Luiz Felipe Pondé. “Sapiens x abelhas”.

Folha de S.Paulo. 23.05.2016. Adaptado.)

Sobre os textos, é correto afirmar que

a) os textos 1 e 2 criticam o individualismo moderno,enfatizando a importância da valorização das tradiçõespopulares e comunitárias.

b) os textos 1 e 2 criticam as tendências totalitárias nocampo da consciência política, em seus aspectosirracionalistas e psicológicos.

c) os textos 1 e 2 analisam um fenômeno que espelha arealização dos ideais iluministas de autonomia doindivíduo e de emancipação da humanidade.

d) os textos 1 e 2 valorizam a importância do sentimentoe das emoções como meios de agregação dosindivíduos no interior de coletividades políticas.

e) o texto 1 critica a alienação da consciência política,enquanto o texto 2 valoriza a inserção dos indivíduosem coletivos.

ResoluçãoOs dois textos citam as tendências totalitárias em queo indivíduo se encontra, oprimido por discursos nãoraciocinados em matéria de consciência política.Chauí reconhece o totalitarismo da extrema esquerdaque “opera com ausência de pensamento”; e Pondéidentifica a condição em que se gritam palavras deordem ou se fazem coisas pelas quais não se éresponsabilizado, imputando-as à indiferenciadapessoa coletiva que não existe.

Resposta: BBUUNNEESSPP -- NNOO VV EE NN BB RR OO//22001166

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56Em maio deste ano, a divulgação do vídeo de uma moçadesacordada, vítima de um estupro coletivo, provocougrande indignação na população. Num primeiromomento, prevaleceu a revolta diante da barbárie e apercepção de que o machismo, base da chamada “culturado estupro”, persiste na sociedade. Passado o primeiromomento, as opiniões divergentes começaram a surgir.Entre os que não veem o machismo como propulsor decrimes desse tipo estão aqueles (e aquelas!) queconsideraram os autores do ato uns “monstros”, o que fazdo episódio um caso isolado, perpetrado por pessoas más.Houve quem analisasse o fato do ponto de vista dapsicologia, sugerindo que, num estupro coletivo, o queimporta é o grupo, não a mulher (como ocorre nos trotescontra calouros e na agressão entre torcidas de futebol).Mais uma vez, temos uma reflexão que se propõe explicaros fatos à luz do indivíduo e seu psiquismo. Outrosdeslocam o problema para as classes sociais menosfavorecidas.

São os que costumam ficar horrorizados com a existênciade favelas, ambientes onde meninas dançam com poucaroupa ao som das letras machistas do funk.

(Thaís Nicoleti. “Discursos em torno da ‘cultura do estupro’”.www.uol.com.br, 09.06.2016. Adaptado.)

Considerando o conjunto dos argumentos mobilizados notexto para explicar a violência contra a mulher nasociedade atual, é correto afirmar que

a) a “cultura do estupro” é um conceito educacionalrelacionado sobretudo com o baixo nível deescolarização da população.

b) as origens e responsabilidades por tais acontecimentosdevem ser atribuídas tanto aos agentes quanto àsvítimas da agressão.

c) a “cultura do estupro” é um conceito científico,relacionado com desvios comportamentais de naturezapsiquiátrica.

d) os episódios de barbárie social são provocadosexclusivamente pelas desigualdades materiais geradaspelo capitalismo.

e) a abordagem opõe um enfoque antropológico, baseadoem questões de gênero, a argumentos de naturezamoral, psicológica e social.

ResoluçãoO texto apresenta diversos pontos de vista queinterpretam o fenômeno do estupro. O conceito decultura do estupro é uma construção das ciênciassociais (antropologia); mas a autora cita outrasopiniões que foram aparecendo, após a reflexão sobrea questão de gênero, com argumentos de naturezamoralista, psicológica e de classe.

Resposta: EEUUNNEESSPP -- NNOO VV EE NN BB RR OO//22001166

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57Quando estou dentro do cinema, tudo me parece perfeito,como se eu estivesse dentro de uma máquina desensações programadas. Mergulho em suspense, emmedo, em vinganças sem-fim, tudo narrado como umaventania, como uma tempestade de planos curtos, tudotocado por orquestras sinfônicas plagiando Beethoven ouRavel para cenas românticas, Stravinski para violências eguerras. Não há um só minuto sem música, tudo feito paranão desgrudarmos os olhos da tela. A eficiência técnicame faz percorrer milhares de anos-luz de emoções eaventuras aterrorizantes, que nos exaurem como sefôssemos personagens, que nos fazem em pedaçosespalhados pela sala, junto com os copos de Coca-Cola esacos de pipocas. Somos pipocas nesses filmes.

(Arnaldo Jabor. “A guerra das estrelas”. O Estado de S.Paulo, 18.11.2014. Adaptado.)

Esse texto pode ser corretamente considerado

a) uma crítica de natureza estética aos apelos técnicos esensacionalistas no cinema.

b) uma análise elogiosa do alto grau de perfeição técnicadas imagens do cinema.

c) um ponto de vista valorizador da presença da músicaerudita no cinema atual.

d) um elogio ao cinema como mercadoria deentretenimento da indústria cultural.

e) uma crítica ao caráter culturalmente elitista das obrascinematográficas atuais.

ResoluçãoJabor critica como a forma de ir ao cinema se tornouum evento estético, utilizando a eficiência técnica (amúsica perfeitamente encaixada nas cenas) paraentreter os espectadores.

Resposta: AA

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58O alvo dos ataques extremistas é o Iluminismo. E a

melhor defesa é o próprio Iluminismo. “Por mais que seusvalores estejam sendo atacados por elementos comofundamentalistas americanos e o islamismo radical, isto é,pela religião organizada, o Iluminismo continua sendo a

força intelectual e cultural dominante no Ocidente. OIluminismo continua oferecendo uma arma contra ofanatismo”. Estas palavras do historiador britânicoAnthony Pagden chegam em um momento em quealgumas forças insistem em dinamitar a herança doSéculo das Luzes. “O Iluminismo é um projetoimportante e em incessante evolução. Proporciona umaimagem de um mundo capaz tanto de alcançar certo graude universalidade quanto de libertar-se das restrições dotipo de normas morais oferecidas pelas comunidadesreligiosas e suas análogas ideologias laicas: ocomunismo, o fascismo e, agora, inclusive, ocomunitarismo”, afirma Pagden.

(Winston Manrique Sabogal. “O Iluminismo continua oferecendo

uma arma contra o fanatismo”. www.unisinos.br. Adaptado.)

No texto, o Iluminismo é entendido como

a) um impulso intelectual propagador de ideologiaspolíticas e religiosas contrárias à hegemonia doOcidente.

b) um movimento filosófico e intelectual de valorizaçãoda razão, da liberdade e da autonomia, restrito aoséculo XVIII.

c) uma tendência de pensamento legitimadora dodomínio colonialista e imperialista exercido pelasnações europeias.

d) um projeto intelectual eurocêntrico baseado emimagens de mundo dotadas de universalidadeteológica.

e) uma experiência intelectual racional e emancipadora,de origem europeia, porém passível de universalização.

ResoluçãoO Iluminismo aparece como alvo dos extremistas etambém a melhor defesa contra eles, pois representa avalorização da razão e a possibilidade de emancipaçãoda condição universal do homem.

Resposta: EE

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59A genuína e própria filosofia começa no Ocidente. Só noOcidente se ergue a liberdade da autoconsciência. Noesplendor do Oriente desaparece o indivíduo; só noOcidente a luz se torna a lâmpada do pensamento que seilumina a si própria, criando por si o seu mundo. Que umpovo se reconheça livre, eis o que constitui o seu ser, oprincípio de toda a sua vida moral e civil. Temos a noçãodo nosso ser essencial no sentido de que a liberdade pes-soal é a sua condição fundamental, e de que nós, porconseguinte, não podemos ser escravos. O estar às ordensde outro não constitui o nosso ser essencial, mas sim onão ser escravo. Assim, no Ocidente, estamos no terrenoda verdadeira e própria filosofia.

(Hegel. Estética, 2000. Adaptado.)

De acordo com o texto de Hegel, a filosofia

a) visa ao estabelecimento de consciências servis erepresentações homogêneas.

b) é compatível com regimes políticos baseados nacensura e na opressão.

c) valoriza as paixões e os sentimentos em detrimento daracionalidade.

d) é inseparável da realização e expansão de potenciaisde razão e de liberdade.

e) fundamenta-se na inexistência de padrões universaisde julgamento.

ResoluçãoHegel defende no texto a razão (a lâmpada dopensamento) como conquista do Ocidente e comogarantia da condição de liberdade, em que estar àsordens dos outros não constitui o nosso ser essencial.

Resposta: DD

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60Nossa felicidade depende daquilo que somos, de nossa

individualidade; enquanto, na maior parte das vezes,levamos em conta apenas a nossa sorte, apenas aquilo quetemos ou representamos. Pois, o que alguém é para simesmo, o que o acompanha na solidão e ninguém lhepode dar ou retirar, é manifestamente mais essencial paraele do que tudo quanto puder possuir ou ser aos o|hos dosoutros. Um homem espiritualmente rico, na mais absolutasolidão, consegue se divertir primorosamente com seuspróprios pensamentos e fantasias, enquanto um obtuso,por mais que mude continuamente de sociedades,espetáculos, passeios e festas, não consegue afugentar otédio que o martiriza.

(Schopenhauer. Aforismos sobre a sabedoria de vida, 2015.

Adaptado.)

Comm base no texto, é correto afirmar que a ética deSchopenhauer

a) corrobora os padrões hegemônicos de comportamentoda sociedade de consumo atual.

b) valoriza o aprimoramento formativo do espírito comocampo mais relevante da vida humana.

c) valoriza preferencialmente a simplicidade e ahumildade, em vez do cultivo de qualidadesintelectuais.

d) prioriza a condição social e a riqueza material como asdeterminações mais relevantes da vida humana.

e) realiza um elogio à fé religiosa e à espiritualidade emdetrimento da atração pelos bens materiais.

ResoluçãoNo texto o filósofo entende que a felicidade resultadaquilo que somos em caráter e personalidade,resultando no que chama de homens espiritualmentericos.

Resposta: BB

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61O quadro apresenta alguns dos sinais clínicos que ajudama distinguir os casos de dengue, de zika e de chikungunya.

(Pesquisa Fapesp, janeiro de 2016. Adaptado.)

As diferenças no quadro clínico de cada uma dessasdoenças devem-se

a) às características dos diferentes vetores dos agentescausadores da dengue, da zika e da chikungunya.

b) às características e estratégias infecciosas dosdiferentes agentes causadores da dengue, da zika e dachikungunya.

Variações sutis

Sintomas Dengue Zika Chikungunya

FebreSuperior a

38°C por 4 a7 dias

Ausente ouaté 38°C por

1 a 2 dias

Superior a38°C por 2 a 3 dias

Manchasvermelhas

na pele(exantema)

Surgem apartir do

quarto dia em30% a 50%dos casos

Surgem noprimeiro ousegundo diaem mais de

90% dos casos

Surgem entreo segundo eo quinto dia

em 50% dos casos

Dor nosmúsculos

Muitofrequente

FrequentePouco

frequente

Dor nasarticulações

Poucofrequente e

leve

Frequente e de leve amoderada

Muitofrequente e

de moderadaa intensa

Inchaço nasarticulações

RaroFrequente

e leve

Frequente ede moderado

a intenso

Conjuntivite RaraOcorre em50% a 90%dos casos

Ocorre em30% dos

casos

CefaleiaMuito

frequente emuito intensa

Frequente e deintensidademoderada

Frequente e deintensidademoderada

Coceira LeveModerada a

intensaLeve

Hipertrofiados gânglios

Leve Intensa Moderada

Tendência asangramento

Moderada Ausente Leve

Acometi -mento

neurológicoRaro

Mais frequentedo que emdengue e

chikungunya

Raro (ocorreprincipalmente

em recém--nascidos)

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c) às características climáticas das diferentes regiões geo -gráficas onde ocorrem a dengue, a zika e a chikun -gunya.

d) aos diferentes modos de transmissão dos agentescausadores da dengue, da zika e da chikungunya.

e) às diferenças na resposta imunológica dos infectadosem resposta ao mesmo agente causador da dengue, dazika e da chikungunya.

ResoluçãoDengue, zika e chikungunya são três tipos (sorotipos)de vírus transmitidos ao homem pela picada de fêmeascontaminadas do mosquito Aedes aegypti.

Resposta: BB

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62Em uma materia sobre o papel das plantas na redução daconcentração atmosférica dos gases do efeito estufa, cons -ta a seguinte informação:

O vegetal “arranca” o carbono, que é o C do CO2, parausar de matéria-prima para o seu tronco, e devolve para aatmosfera o O2, ou seja, oxigênio.

(Superinteressante, maio de 2016. Adaptado.)

Tal informação refere-se à

a) respiração celular e está correta, uma vez que, nasmitocôndrias, o carbono do CO2 é disponibilizado paraa síntese de tecidos vegetais e o O2 é devolvido para aatmosfera.

b) fotossíntese e está correta, uma vez que, através desse

processo, a planta utiliza o carbono na síntese de seustecidos, devolvendo para a atmosfera o oxigênio doCO2.

c) fotossíntese e está incorreta, uma vez que o carbono doCO2 é utilizado na síntese de carboidratos que serãoconsumidos na respiração celular, mas não comomatéria-prima do tronco.

d) fotossíntese e está incorreta, uma vez que o oxigênioliberado para atmosfera provém da reação de decom -posição da água, e não do CO2 que a planta capta daatmosfera.

e) respiração celular e está incorreta, uma vez que o O2liberado para atmosfera tem origem na quebra decarboidratos na glicólise, da qual também resulta ocarbono que irá compor os tecidos vegetais.

ResoluçãoNo fenômeno da fotossíntese, a planta utiliza água egás carbônico. Nesse processo, ocorre fotólise da água,o que resulta na liberação do O2 e na liberação do hi -dro gênio, que será utilizado na síntese de compostosorgânicos como polissacarídeos (celulose), com ponen -tes da matéria-prima de troncos, e glicose, que seráutilizada na respiração celular.

Resposta: DD

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63As chamadas Doenças Sexualmente Transmissíveis(DSTs) também são transmitidas por outras vias, além darelação sexual. O quadro apresenta algumas DSTs.

Suponha que Júlio adquiriu uma DST através de trans -fusão sanguínea, que Paulo adquiriu uma DST ainda noventre materno e que Adriano teve uma DST que só seadquire por relação sexual.

As DSTs de Júlio, Paulo e Adriano podem ser respec -tivamente,

a) cancro mole, aids e condiloma acuminado.

b) condiloma acuminado, gonorreia e sífilis.

c) aids, sífilis e cancro mole.

d) gonorreia, condiloma acuminado e aids.

e) sífilis, cancro mole e gonorreia.

ResoluçãoDoenças sexualmente transmissíveis (DSTs):– transfusão sanguínea – AIDS– contaminação materna fetal – sífilis– contato sexual apenas – cancro mole

Resposta: CC

DSTAgente

InfecciosoSintomas

Sífilisbactéria

Treponemapallidum

Lesões nos órgãosgenitais, na pele e nasmucosas. Pode afetar o

sistema nervoso.

Cancro mole(cancro venéreosimples, cavalo)

bactériaHaemophilus

ducreyi

Lesões nos órgãosgenitais, mais

frequentemente nohomem.

Aids(síndrome da

imunodeficiênciaadquirida)

vírus daimunodeficiênciahumana – HIV

Ataque às células dosistema imunitário

ocasionandoimunodeficiência e

infecções oportunistas.

Gonorreia(blenorragia)

bactériaNeisseria

gonorrhoeae

Ardor ao urinar esecreção uretral de cor

amarelada.Nos bebês, pode levar à

cegueira.

Condilomaacuminado

(crista de galo,HPV)

papiloma vírushumano – HPV

Lesões em forma decrista nos órgãos

genitais. Pode levar aocâncer nos órgãosgenitais e no ânus.

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64Em cada um dos gráficos A e B, há três curvas, porémapenas uma delas, em cada grático, representa correta -mente o fenômeno estudado.

No gráfico A, o fenômeno estudado é a atividade doslisossomos na regressão da cauda de girinos na metamor -fose. No gráfico B, o fenômeno estudado é a atividadedos peroxissomos na conversão dos lipídios em açúcaresque serão consumidos durante a germinação das se -mentes.

A curva que representa corretamente o fenômeno descritopelo gráfico A e a curva que representa corretamente ofenômeno descrito pelo gráfico B são, respectivamente,

a) 1 e 1. b) 3 e 3. c) 3 e 1.

d) 1 e 2. e) 2 e 2.

ResoluçãoQuanto maior a atividade lisossômica, tanto menorserá o comprimento da cauda do girino. Do mesmomodo, maior atividade dos peroxissomos implicamenor quantidade de lipídios das sementes.

Resposta: AA

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65Uma gimnosperma conhecida como cedrinho (Cupressuslusitanica) é uma opção de cerca-viva para quem desejadelimitar o espaço de uma propriedade. Para isso, mudasdessa espécie são plantadas a intervalos regulares. Podasperiódicas garantem que o espaço entre as mudas sejapreenchido, resultando em uma cerca como a ilustrada naimagem.

(www.mariplantas.com.br)

Para se obter uma cerca-viva de altura controlada, quecrie uma barreira física e visual, deve-se

a) estimular a produção de auxinas pelas gemas lateraisdas plantas, podando periodicamente a gema apical.

b) estimular a produção de auxinas pela gema apical dasplantas, podando periodicamente as gemas laterais.

c) inibir a produção de auxinas pela gema apical e pelasgemas laterais das plantas, podando periodicamente asgemas laterais e a gema apical.

d) inibir a produção de auxinas pela gema apical dasplantas, podando periodicamente as gemas laterais.

e) inibir a produção de auxinas pelas gemas laterais dasplantas, podando periodicamente a gema apical.

ResoluçãoO controle de crescimento das cercas-vivas pode serfeito por podas das gemas apicais do eixo principal edos ramos laterais.

Resposta: AA

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66A enxertia consiste em implantar parte de uma planta vivaem outra planta de igual ou diferente espécie.

A planta introduzida (enxerto) produz folhas, flores e fru -tos, enquanto a planta receptora (porta-enxerto) captaágua e nutrientes do solo.

A figura esquematiza uma das técnicas indicadas para aenxertia entre espécies de hortaliças, tais como pepino,abóbora, melão e melancia.

(Roberta Marins Peil. “A enxertia na produção de mudas de

hortaliças”. Ciência rural, novembro/dezembro de 2003.)

Suponha que um enxerto de pepino (Cucumis sativus)tenha sido introduzido em um porta-enxerto de abóbora

(Cucurbita moschata).

Os frutos produzidos por essa enxertia serão

a) pepinos cujas sementes darão origem a exemplares deCucurbita moschata.

b) híbridos estéreis com características de Cucumissativus e de Cucurbita moschata.

c) abóboras cujas sementes darão origem a exemplaresde Cucumis sativus.

d) abóboras cujas sementes darão origem a exemplaresde Cucurbita moschata.

e) pepinos cujas sementes darão origem a exemplares deCucumis sativus.

ResoluçãoNo fenômeno da enxertia, os frutos serão produzidospela planta enxertada, no caso o pepino (Cucumissativus) e não pelo porta-enxerto, no caso a abóbora.

Resposta: EE

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67Uma professora de Biologia explicava a seus alunos queo daltonismo para a cor verde é determinado por um generecessivo ligado ao sexo.

Paulo e Luísa, um casal de gêmeos que estudava na mes -ma sala, disseram que eram daltônicos para a cor verde.A professora perguntou se outras pessoas da famíliatambém eram daltônicas e os gêmeos responderam queoutras duas pessoas tinham o mesmo tipo de daltonismo.Para descobrir quais eram essas pessoas, a professora fezmais algumas perguntas aos gêmeos e descobriu que elesnão tinham outros irmãos, que seus pais eram filhosúnicos e que seus avós ainda eram vivos.

As outras duas pessoas daltônicas da família eram

a) o pai e o avô materno dos gêmeos.

b) a mãe e a avó materna dos gêmeos.

c) a mãe e a avó paterna dos gêmeos.

d) o pai e a mãe dos gêmeos.

e) o avô materno e a avó paterna dos gêmeos.

Resolução

Alelos ligados ao sexo: d(daltonismo) e D(nor mali -

dade)

Além dos gêmeos, são também daltônicos, o pai e o avômaterno dos gêmeos.

Resposta: AA

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68Na figura estão representados exemplares de peixes, deaves e de mamíferos.

(http://biologoemcena.blogspot.com.br)

As semelhanças de formato dos corpos e dos membroslocomotores nos animais representados decorrem

a) da mutação que ocorre nos indivíduos em resposta àsexigências adaptativas de ambientes com diferentescaracterísticas, o que leva à irradiação adaptativa.

b) da ação da seleção natural atuando sobre indivíduosem ambientes com diferentes características, o queleva à convergência adaptativa.

c) da ação da seleção natural atuando sobre indivíduosem ambientes com as mesmas características, o queleva à convergência adaptativa.

d) da mutação que ocorre casualmente em indivíduos quevivem em ambientes com as mesmas características, oque leva à irradiação adaptativa.

e) da ação da deriva genética, que permite a fixação dediferentes fenótipos em ambientes com diferentescaracterísticas, o que leva à convergência adaptativa.

ResoluçãoEm ambientes com as mesmas características, a sele -ção natural atua sobre os indivíduos, acarretando aconvergência adaptativa.

Resposta: CC

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69Analise o quadro 1, que apresenta diferentes soluçõesaquosas com a mesma concentração em mol/L e à mesmatemperatura.

QUADRO 1

O quadro 2 apresenta o resultado das misturas, devolumes iguais, de cada duas dessas soluções.

QUADRO 2

De acordo com essas informações, os precipitados for -mados, ppt 1 e ppt 2, são, respectivamente,

a) BaCrO4 e NaNO3

b) BaCrO4 e Ag2CrO4

c) Ba(NO3)2 e AgNO3

d) Na2CrO4 e Ag2CrO4

e) NaNO3 e Ag2CrO4

Resolução

São reações de dupla-troca:2+ 1+

1 + 2: Ba(NO3)1–2 + Na2(CrO4)2–→ BaCrO4 + 2 NaNO3

↓ insolúvel solúvelprecipitado

Todo sal que contém cátion de metal alcalino é solúvel.Como na reação de 1 com 4 não há formação deprecipitado, conclui-se que o NaNO3 (4) é solúvel.

1+ 1+2 + 3: Na2(CrO4)2– + 2 Ag(NO3)1– →

1+→ Ag2(CrO4)2– + 2 NaNO3

insolúvel solúvelprecipitado

Solução Nome Fórmula

1 nitrato de bário Ba(NO3)2

2 cromato de sódio Na2CrO4

3 nitrato de prata AgNO3

4 nitrato de sódio NaNO3

Mistura Resultado

1 + 2 formação de precipitado (ppt 1)

1 + 3 não ocorre formação de precipitado

1 + 4 não ocorre formação de precipitado

2 + 3 formação de precipitado (ppt 2)

2 + 4 não ocorre formação de precipitado

3 + 4 não ocorre formação de precipitado

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Portanto: ppt 1: BaCrO4

ppt 2: Ag2CrO4

Resposta: BB

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70O esquema representa um calorímetro utilizado para adeterminação do valor energético dos alimentos.

(http://quimica2bac.wordpreess. Adaptado.)

A tabela nutricional de determinado tipo de azeite de olivatraz a seguinte informação: “Uma porção de 13 mL (1 co -lher de sopa) equivale e 108 kcal.”

Considere que o ca lor especí f ico da água seja1 kcal . kg–1 . °C–1 e que todo o calor liberado na com -bustão do azeite seja transferido para a água. Ao seremqueimados 2,6 mL desse azeite, em um calorímetro con -tendo 500 g de água inicialmente a 20,0°C e à pressãoconstante, a temperatura da água lida no termômetrodeverá atingir a marca de

a) 21,6 ºC. b) 33,2 ºC. c) 45,2 ºC.

d) 63,2 ºC. e) 52,0 ºC.

Resolução

Quantidade de calor liberada na queima de 2,6 mL de

azeite:

liberam13 mL –––––––– 108 kcal

2,6 mL ––––––– x

x = = 21,6 kcal

Temperatura da água lida no termômetro:Q = m . c . Δθ

21,6 kcal = 0,500 kg . 1 kcal . kg1– . °C–1 . (θf – 20,0°C)

21,6 = 0,500 . θf – 10,0

θf = 63,2°C

Resposta: DD

2,6 mL . 108 kcal–––––––––––––––

13 mL

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71Em um experimento, um estudante realizou, nas Con-dições Ambiente de Temperatura e Pressão (CATP), aeletrólise de uma solução aquosa de ácido sulfúrico,utilizando uma fonte de corrente elétrica contínua de0,200 A durante 965 s. Sabendo que a constante deFaraday é 96 500 C/mol e que o volume molar de gás nasCATP é 25 000 mL/mol, o volume de H2 (g) desprendidodurante essa eletrólise foi igual a

a) 30,0 mL.

b) 45,0 mL.

c) 10,0 mL.

d) 25,0 mL.

e) 50,0 mL.

Resolução

Ionização do ácido sulfúrico:

H2SO4→← 2 H+ (aq) + SO4

2– (aq)

No catodo (polo negativo), ocorre a semirreação:

2 H+ (aq) + 2 e– → 1 H2 (g)↓ ↓

2 mol –––––– 1 mol de H2de elétrons

Carga elétrica que passa pelo sistema:

Q = i . t = 0,200 A . 965 s = 193 C

Volume de H2 nas CATP:

2 F ––––––– 1 mol de H2

�2 . 96 500 C ––––––– 25 000 mL

193 C –––––– x

x = = 25,0 mL

Resposta: DD

193 C . 25 000 mL––––––––––––––––

2 . 96 500 C

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Leia o texto para responder às questões 72 e 73.

(www.hospitalardistribuidora.com.br)

O g|uconato de cálcio (massa molar = 430 g/mol) é ummedicamento destinado principalmente ao tratamento dadeficiência de cálcio. Na forma de solução injetável 10%,ou seja, 100 mg/mL, este medicamento é destinado aotratamento da hipocalcemia aguda.

(www.medicinanet.com.br. Adaptado.)

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72O número total de átomos de hidrogênio presentes naestrutura do gluconato de cálcio é

a) 14.

b) 20.

c) 16.

d) 10.

e) 22.

Resolução

Fórmula estrutural do gluconato de cálcio:

Fórmula molecular:Ca2+ (C6H11O7)2 ou CaC12H22O14

Na estrutura do gluconato de cálcio, há 22 átomos de

hidrogênio.

Resposta: EE

HO

CH2

CH

OH

CH

CH

OH

CH

C

O

O-

OHOH

(2

( Ca2+

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73Considere que a constante de Avogadro seja 6,0 x 1023 mol–1

e que uma pessoa receba uma dose de 10 mL de umasolução injetável de gluconato de cálcio a 10%. O númerototal de íons Ca2+ que entrará no organismo dessa pessoaapós ela receber essa dose será

a) 7,1 × 1022.

b) 1,0 × 1023.

c) 5,5 × 1025.

d) 1,4 × 1021.

e) 4,3 × 1024.

Resolução

A concentração em porcentagem (massa/volume) é

10%.

Em 100 mL de solução há 10 g de gluconato de cálcio,

portanto, 100 mg/mL

Em 10 mL, há 1000 mg ou 1 g de gluconato de cálcio

Em 430 g de gluconato de cálcio há 6,0 . 1023 íons Ca2+.

Em 1,0 g de gluconato de cálcio há y íons de Ca2+.

y =

y = 0,014 . 1023 íons Ca2+

y = 1,4 . 1021 íons Ca2+

Resposta: DD

1,0 g . 6,0 . 1023 íons Ca2+––––––––––––––––––––––

430 g

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Leia o texto para responder às questões 74 e 75.

O estireno, matéria-prima indispensável para a produçãodo poliestireno, é obtido industrialmente pela desidro -genação catalítica do etilbenzeno, que se dá por meio doseguinte equilíbrio químico:

74O etilbenzeno e o estireno

a) são hidrocarbonetos aromáticos.

b) apresentam átomos de carbono quaternário.

c) são isômeros funcionais.

d) apresentam átomos de carbono assimétrico.

e) são isômeros de cadeia.

Resolução

O etilbenzeno e o estireno não são isômeros, não apre -sentam carbono assimétrico e não têm carbonoquater nário. São hidrocarbonetos aromáticos, poisapresentam núcleo benzênico.

Resposta: AA

C

C

HC

C

C

C

H

H

CH2

CH3

etilbenzeno

C H8 10

C

C

C

C

C

C

H

H

CH

CH2

estireno

C H8 8

H

H

H

H

H

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75Analisando-se a equação de obtenção do estireno econsiderando-se o princípio de Le Chatelier, é corretoafirmar que

a) a entalpia da reação aumenta com o emprego docatalisador.

b) a entalpia da reação diminui com o emprego docatalisador.

c) o aumento de temperatura favorece a formação deestireno.

d) o aumento de pressão não interfere na formação deestireno.

e) o aumento de temperatura não interfere na formaçãode estireno.

Resolução

De acordo com o Princípio de Le Chatelier, o aumentode temperatura desloca o equilíbrio no sentido dareação endotérmica (formação do estireno).O aumento de pressão desloca o equilíbrio no sentidoda contração de volume (formação do etilbenzeno).O catalisador diminui a energia de ativação, nãoalterando a entalpia da reação.

Resposta: CC

etilbenzeno1 mol de gás

V

(g)

estireno2 mol de gases

2V

(g)

endo

exo

+ H (g) H = +121 kJ/mol2 �

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76Analise o quadro, que mostra seis classes de enzimas e

os

tipos de reações que catalisam.

(Anita Marzzoco e Bayardo Baptista Torres.

Bioquímica básica,1999. Adaptado.)

A enzima álcool desidrogenase catalisa a transformaçãode etanol em acetaldeído e a enzima sacarase catalisa areação de sacarose com água, produzindo glicose efrutose. Portanto, essas duas enzimas pertencem, respecti -vamente, às classes

a) 6 e 5. b) 1 e 3. c) 4 e 5.

d) 1 e 2. e) 3 e 6.

Resoluçãoenzima álcool

I) H3C —CH2 — OH ⎯⎯⎯⎯⎯⎯→etanol desidrogenase

acetaldeído

enzimaII) C12H22O11 + H2O ⎯⎯⎯⎯→ sacarase

⎯→ C6H12O6 + C6H12O6

glicose frutose

A reação I é de oxidorredução. Portanto, a enzima é da

classe 1 (oxidorredutase).

A reação II é hidrólise. Logo, a enzima é da classe 3.

Resposta: BB

Classe de enzima Tipo de reação que catalisa

1. óxido-redutases óxido-redução

2. transferases transferência de grupos

3. hidrolases hidrólise

4. liasesadição de grupos a duplasligações ou remoção de gru pos,formando dupla ligação

5. isomerases rearrajos intramoleculares

6. ligases

condensação de duas molé -culas, associada à hidrólise deuma ligação de alta energia (emgeral, do ATP)

O→ H3C — C + H2

H

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Número Atômico

Massa Atômica

Símbolo

( ) = n.º de massa doisótopo mais estável

90

232Th

96

(247)Cm

91

231Pa

97

(247)Bk

92

238U

98

(251)Cf

101

(258)Md

93

(237)Np

99

(252)Es

102

(259)No

94

(244)Pu

100

(257)Fm

103

(262)Lr

89

(227)Ac

95

(243)Am

1

2

3 4 6 8 10 11 12

13 14 1615 17

181

1,01H

3

6,94Li

53

127I

50

119Sn

51

122Sb

52

128Te

87

(223)Fr

88

(226)Ra

77

192Ir

54

131Xe

81

204Tl

55

133Cs

82

207Pb

56

137Ba

57-71

Série dosLantanídios

89-103Série dosActinídios

72

178Hf

84

(209)Po

73

181Ta

85

(210)At

74

184W

86

(222)Rn

75

186Re

76

190Os

83

209Bi

80

201Hg

79

197Au

78

195Pt

Série dos Lantanídios

58

140Ce

64

157Gd

59

141Pr

65

159Tb

60

144Nd

66

163Dy

69

169Tm

61

(145)Pm

67

165Ho

70

173Yb

62

150Sm

68

167Er

71

175Lu

57

139La

63

152Eu

Série dos Actinídios

105

(262)Db

107

(264)Bh

108

(277)Hs

109

(268)Mt

110

(271)Ds

111

(272)Rg

106

(266)Sg

104

(261)Rf

2

4,00He

5

10,8B

6

12,0C

8

16,0O

9

19,0F

15

31,0P

18

39,9Ar

31

69,7Ga

34

79,0Se

37

85,5Rb

40

91,2Zr

43

(98)Tc

46

106Pd

49

115In

10

20,2Ne

14

28,1Si

17

35,5Cl

30

65,4Zn

33

74,9As

36

83,8Kr

39

88,9Y

42

95,9Mo

45

103Rh

48

112Cd

13

27,0Al

16

32,1S

29

63,5Cu

32

72,6Ge

35

79,9Br

38

87,6Sr

41

92,9Nb

44

101Ru

47

108Ag

7

14,0N

23

50,9V

24

52,0Cr

25

54,9Mn

26

55,8Fe

12

24,3Mg

20

40,1Ca

19

39,1K

27

58,9Co

28

58,7Ni

21

45,0Sc

22

47,9Ti

4

9,01Be

11

23,0Na

(IUPAC, 22.06.2007.)

975

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77Em um edifício em construção, João lança para José umobjeto amarrado a uma corda inextensível e de massadesprezível, presa no ponto O da parede. O objeto élançado perpendicularmente à parede e percorre,suspenso no ar, um arco de circunferência de diâmetroigual a 15 m, contido em um plano horizontal e emmovimento uni forme, conforme a figura. O ponto O estásobre a mes ma reta vertical que passa pelo ponto C, pontomédio do segmento que une João a José. O ângulo �,formado entre a corda e o segmento de reta OC, éconstante.

Considerando sen � = 0,6, cos � = 0,8, g = 10m/s2 edesprezando a resistência do ar, a velocidade angular doobjeto, em seu movimento de João a José é igual a

a) 1,0 rad/s.

b) 1,5 rad/s.

c) 2,5 rad/s.

d) 2,0 rad/s.

e) 3,0 rad/s.

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Resolução

1) Ty = P = mg

2) Tx = Fcp = m �2 R

3) tg θ = =

�2 =

� =

Resposta: AA

m �2 R–––––––

mgTx–––Ty

g tg θ–––––––

R

g tg θ� = ––––––

R

rad�––––�s10 . 0,75––––––––

7,5

� = 1,0rad/s

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78Na linha de produção de uma fábrica, uma esteira rolantemovimenta-se no sentido indicado na figura 1, e comvelocidade constante, transportando caixas de um setor aoutro. Para fazer uma inspeção, um funcionário detémuma das caixas, mantendo-a parada diante de si poralguns segundos, mas ainda apoiada na esteira que con -tinua rolando, conforme a figura 2.

No intervalo de tempo em que a esteira continua rolandocom velocidade constante e a caixa é mantida parada emrelação ao funcionário (figura 2), a resultante das forçasaplicadas pela esteira sobre a caixa está corretamenterepresentada na alternativa

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Resolução

A esteira aplica sobre a caixa uma força →FN que vai

equilibrar o peso da caixa e uma força de atrito →Fat

que vai equilibrar a força aplicada pela mão da pes -soa.A força

→Fe que a esteira aplica na caixa é a resultante

entre a força →FN e a força

→Fat

Resposta: CC

→Fe =

→FN +

→Fat

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79Um garoto arremessa uma bola com velocidade inicialinclinada de um ângulo � com a horizontal. A bola aban -dona a mão do garoto com energia cinética E0 e percorreuma trajetória parabólica contida em um plano verticalrepresentada parcialmente na figura.

Desprezando-se a resistência do ar, a energia cinética dabola no ponto mais alto de sua trajetória é

a) E0 . sen �

b) E0 . cos �

c) E0 . cos2�

d) E0 . sen2�

e)

Resolução

1) E0 =

2) No ponto mais alto da trajetória, a velocidade dabola é horizontal e é dada por:

V0x = V0 cos �

E = = cos2 �

E0

Resposta: CC

E0 . sen2�–––––––––

2

m V02

––––––2

mV02

––––––2

m V0x2

––––––2

E = E0 cos2 �

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80Dentro de uma piscina, um tubo retilíneo luminescente,com 1 m de comprimento, pende, verticalmente, a partirdo centro de uma boia circular opaca, de 20 cm de raio.A boia flutua, em equilíbrio, na superfície da água dapisci na, como representa a figura.

Sabendo que o índice de refração absoluto do ar é 1,00 eque o índice de refração absoluto da água da piscina é1,25, a parte visível desse tubo, para as pessoas que esti -verem fora da piscina, terá comprimento máximo igual a

a) 45 cm. b) 85 cm. c) 15 cm.

d) 35 cm. e) 65 cm.

Resolução(I) Os pontos do bastão luminescente visíveis por ob -

servadores externos são aqueles localizados abaixodo ponto P, indicado no esquema abaixo.

Lei de Snell: nágua sen L = nAr sen 90°

1,25 sen L = 1,00 ⇒ sen L =

Da qual:

(II) sen2 L + cos2 L = 1,0 ⇒ (0,8)2 + cos2 L = 1,0

1,00––––1,25

sen L = 0,8

cos L = 0,6

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(III) No triângulo retângulo PQS:

tg L = ⇒ =

= ⇒ 80 – 0,8y = 12

80 – 12 = 0,8y ⇒

O comprimento y é visível por observadoresexternos, situados no ar.

Resposta: BB

R––––––––PQ

sen L––––––cos L

R––––––––PQ

20–––––––100 – y

0,8–––0,6

y = 85cm

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81Radares são emissores e receptores de ondas de rádio etêm aplicações, por exemplo, na determinação develocidades de veículos nas ruas e rodovias. Já os sonaressão emissores e receptores de ondas sonoras, sendo uti -lizados no meio aquático para determinação da profun -didade dos oceanos, localização de cardumes, dentreoutras aplicações.

Comparando-se as ondas emitidas pelos radares e pelossonares, temos que:

a) as ondas emitidas pelos radares são mecânicas e asondas emitidas pelos sonares são eletromagnéticas.

b) ambas as ondas exigem um meio material para sepropagarem e, quanto mais denso for esse meio,menores serão suas velocidades de propagação.

c) as ondas de rádio têm oscilações longitudinais e asondas sonoras têm oscilações transversais.

d) as frequências de oscilação de ambas as ondas nãodependem do meio em que se propagam.

e) a velocidade de propagação das ondas dos radares pelaatmosfera é menor do que a velocidade de propagaçãodas ondas dos sonares pela água.

Resoluçãoa) Falsa.

b) Falsa. As ondas de rádio se propagam no vácuo.

c) Falsa. As ondas de rádio são transversais e as on -das sonoras na água são mistas: longitudinais etransversais.

d) Verdadeira. A frequência é característica da ondanão dependendo do meio de propagação.

e) Falsa. As ondas dos radares são eletromagnéticase as ondas sonares são mecânicas.

A velocidade das ondas eletromagnéticas no ar émuito maior que a velocidade das ondas sonorasna água.

Resposta: DD

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82Três esferas puntiforrnes, eletrizadas com cargas elétricasq1 = q2 = +Q e q3 = –2Q, estão fixas e dispostas sobreuma circunferência de raio r e centro C, em uma regiãoonde a constante eletrostática é igual a k0, conforme re -presentado na figura.

Considere VC o potencial eletrostático e EC o módulo do

campo elétrico no ponto C devido às três cargas. Osvalores de VC e EC são, respectivamente,

a) zero e

b) e

c) zero e zero

d) e

e) zero e

Resolução1) O potencial eletrostático é grandeza escalar e é

dado pela soma algébrica dos potenciais elétricosparciais gerados pelas cargas q1, q2 e q3.

VC = V1 + V2 + V3

VC = + +

2) O campo elétrico é grandeza vetorial e é dado pelasoma vetorial dos campos elétricos gerados pelascargas q1, q2 e q3.

C

r

r

q1 q3

q2

4 . k0 . Q–––––––––

r2

k0 . Q––––––

r2

4 . k0 . Q–––––––––

r

2 . k0 . Q–––––––––

r2

2 . k0 . Q–––––––––

r

4 . k0 . Q–––––––––

r2

k0 (–2Q)–––––––

rk0 Q–––––

rk0 Q–––––

r

VC = 0

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→EC =

→E1 +

→E2 +

→E3

Os campos →E1 e

→E2 serão opostos e admitem resul -

tante nula.→EC =

→E3

A notação q3 = –2Q não garante que q3 seja nega -

tiva e, portanto, na expressão do módulo de →EC

devemos colocar �Q�

Resposta: EE

Cr

q = +Q2

q = -2Q3q = +Q1

E2

E1

E3

2k0 �Q��→EC� = ––––––

r2

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83Um motor elétrico é constituído com uma espira retan -gular feita com um fio de cobre esmaltado semirras padoem uma extremidade e totalmente raspado na outra,apoia da em dois mancais soldados aos polos A e B deuma pilha. Presa a essa espira, uma hélice leve pode girarlivremente no sentido horário ou anti-horário. Um ímã éfixo à pilha com um de seus polos magnéticos (X) voltadopara cima, criando o campo magnético responsável pelaforça magnética que atua sobre a espira, conforme ilustra -do na figura.

(wwwfeiradeciencias.com.br. Adaptado )

Se A for um polo _________, B um polo _________ e Xum polo _________, dado um impulso inicial na espira,ela mantém-se girando no sentido _________.

Assinale a alternativa que completa, correta e respecti -vamente, as lacunas do texto.

a) negativo – positivo – sul – horário

b) negativo – positivo – norte – anti-horário

c) positivo – negativo – sul – anti-horário

d) positivo – negativo – norte – horário

e) negativo – positivo – norte – horário

mancal

ímã

XB

base

extremidadesemirraspada

A

espiramancal

hélice

anti-horáriohorário

extremidaderaspada

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Resolução

O polo N colocado para cima produz um campo mag -nético ascendente.Sendo A um polo negativo e B um polo positivo, a cor -rente elétrica deverá ir de B para A passando na espiracomo se indica na figura.Usando-se a regra da mão esquerda nos lados hori -zontais da espira, obtém-se as forças

→F1 e

→F2 de sen -

tidos opostos, as quais produzem na hélice rotação nosen tido horário.

Resposta: EE

B

A

hélice

horário

i

i

�F1

�B

�F2

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84O hexágono marcado na malha quadriculada sobre a foto -grafia representa o contorno do câmpus da Unesp de RioClaro, que é aproximadamente plano.

A área aproximada desse câmpus, em km2, é um número

pertencente ao intervalo

a) [0,8 ; 1,3[

b) [1,8 ; 2,3[

c) [2,3 ; 2,8[

d) [1,3 ; 1,8[

e) [0,3 ; 0,8[

ResoluçãoNa malha consideremos cada lado do quadradinhocom medida 1 unidade (uma unidade equivale a 160 m).A figura a seguir mostra as coordenadas aproximadasdos vértices do hexágono.

160 m

160 m

UnespRio Claro

UnespRio Claro

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A área S do hexágono é a soma das áreas dostriângulos I, II, III e IV da figura. Assim,

S = + +

+ + =

= – + – + – + – =

= + + + = = 41,125 unidades de

área

Como cada quadradinho da grade corresponde no

local a um quadrado de área igual a

160 m . 160 m = 25 600 m2 = 0,0256 km2, a área do

hexágono real que representa o câmpus da Unesp de

Rio Claro, em km2, é

Sreal = 41,125 . 0,0256 = 1,0528, pertencente ao in -

tervalo [0,8; 1,3[.

Resposta: AA

UnespRio Claro

UnespRio Claro

II

IIII

IIIIII

IVIV

(5;1)(5;1)

(6;10)(6;10)

(5;4)(5;4)

212

212(( ((5

252

;;

1212(( ((7

272

;;

44 ((172

172

;;((

4

6

5

17–––2

10

4

1

1

1

1–––2

1––2

4

5

7––217–––24

1

1

1

1–––2

21–––2

5

5

5––2

1

4

1

1

1

1–––2

5

6

21–––2

4

10

5––2

1

1

1

1–––2

33–––2

1––2

69–––2

1––2

21–––2

1––2

83–––4

1––2

329––––

833–––4

69–––4

21–––4

83–––8

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85Três cubos laranjas idênticos e três cubos azuis idênticosestão equilibrados em duas balanças de pratos, tambémidênticas, conforme indicam as figuras.

A massa de um cubo laranja supera a de um cubo azul emexato

a) 1,3 kg.

b) 1,5 kg.

c) 1,2 kg.

d) 1,4 kg.

e) 1,6 kg.

Resolução

Se a for a massa do cubo azul e � a do cubo laranja,

ambas em kg, então:

⇔ ⇒ � – a = 1,4

Resposta: DD

2 kg3 kg

a = 0,2� = 1,6�� + 2a = 2

a + 3 = 2��

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86Uma companhia de engenharia de trânsito divulga oíndice de lentidão das ruas por ela monitoradas de duasformas distintas, porém equivalentes. Em uma delas,divulga-se a quantidade de quilômetros congestionadose, na outra, a porcentagem de quilômetros congestionadosem relação ao total de quilômetros monitorados.

O índice de lentidão divulgado por essa companhia no dia10 de março foi de 25% e, no mesmo dia e horário deabril, foi de 200 km. Sabe-se que o total de quilômetrosmonitorados pela companhia aumentou em 10% de mar-ço para abril, e que os dois dados divulgados, coinciden -temente, representavam uma mesma quantidade dequilômetros congestionados na cidade. Nessas condiçõeso índice de congestionamento divulgado no dia 10 deabril foi de, aproximadamente,

a) 25%.

b) 23%.

c) 27%.

d) 29%.

e) 20%.

ResoluçãoSeja t o total de quilômetros monitorados em 10 demarço.Como a quantidade de quilômetros congestionados em10 de março, coincidentemente, foi de 200 km,

25% . t = 200 ⇒ . t = 200 ⇔ t = 800

O total de quilômetros monitorados em 10 de abril foi1,10t = 1,10 . 800 = 880 e os mesmos 200 km

correspondem a � 0,227 � 23% desse total

monitorado.

Resposta: BB

25––––100

200––––880

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87A figura indica o empilhamento de três cadeiras idênticase perfeitamente encaixadas umas nas outras, sendo h aaltura da pilha em relação ao chão.

(www.habto.com. Adaptado.)

A altura, em relação ao chão, de uma pilha de n cadeirasperfeitamente encaixadas umas nas outras, será igual a1,4 m se n for igual a

a) 14.

b) 17.

c) 13.

d) 15.

e) 18.

ResoluçãoDa primeira cadeira até o chão, tem-se 48 cm. Daúltima cadeira até o topo da pilha, tem-se 44 cm e, emuma pilha de n cadeiras, existem (n – 1) intervalos(entre elas) de 3 cm cada um.Assim, a altura em centímetros da pilha é dada por h = 48 + (n – 1) . 3 + 44 ⇔ h = 3n + 89Desta forma, como 1,4 m = 140 cm, temos:h = 3n + 89 = 140 ⇔ n = 17

Resposta: BB

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88No universo dos números reais, a equação

= 0

é satisfeita por apenas

a) três números.

b) dois números.

c) um número.

d) quatro números.

e) cinco números.

Resolução

= 0 ⇔

⇔ ⇔

⇔ ⇔ x = 8

Resposta: CC

(x2 – 13x + 40) (x2 – 13x + 42)–––––––––––––––––––––––––––

���������������� x2 – 12x + 35

x2 – 13x + 40 = 0 ou x2 – 13x + 42 = 0e

x2 – 12x + 35 > 0�x = 5 ou x = 6 ou x = 7 ou x = 8

ex < 5 ou x > 7�

(x2 – 13x + 40) (x2 – 13x + 42)–––––––––––––––––––––––––––

���������������� x2 – 12x + 35

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89Na figura, o losango FGCE possui dois lados sobrepostosaos do losango ABCD e sua área é igual à área indicadaem verde.

Se o lado do losango ABCD mede 6 cm, o lado dolosango FGCE mede

a) 2���5 cm.

b) 2���6 cm.

c) 4���2 cm.

d) 3���3 cm.

e) 3���2 cm.

Resolução

Se SABCD for a área do losango ABCD de lado AB e

SFGCE a área do losango FGCE de lado FG, então:

SABCD = 2 SFGCE ⇔ = 2 ⇔ = ���2

⇔ = ���2 ⇔ FG = 3���2

Resposta: EE

AB––––FG

SABCD–––––––SFGCE

6––––FG

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90Em um jogo de tabuleiro, o jogador desloca seu peão nascasas por meio dos pontos obtidos no lançamento de umpar de dados convencionais e não viciados. Se o jogadorobtém números diferentes nos dados, ele avança um totalde casas igual à soma dos pontos obtidos nos dados, en -cer rando-se a jogada. Por outro lado. se o jogador obtémnúmeros iguais nos dados, ele lança novamente o par dedados e avança seu peão pela soma dos pontos obtidosnos dois lançamentos, encerrando-se a jogada.

A figura a seguir indica a posição do peão no tabuleirodesse jogo antes do início de uma jogada.

Iniciada a jogada, a probabilidade de que o peão encerrea jogada na casa indicada na figura com a bomba é iguala

a)

b)

c)

d)

e)

Resolução

O peão chegará à casa que contém a bomba nos

seguintes 3 casos possíveis:

1) Se os números encontrados nos dois dados forem

1;5 ou 2;4 ou 4;2 ou 5;1 e a probabilidade disso

acontecer é .

2) Se os números encontrados no primeiro lança -

mento forem 1;1 e neste caso, ao jogar novamente

os dados, devem-se obter 1;3 ou 2;2 ou 3;1. A

probabilidade disso acontecer é

. =

3) Se forem encontrados no primeiro lançamento osnúmeros 2;2 e ao jogar novamente os dois dados,deve-se obter 1;1. A probabilidade é:

. =

37––––324

49––––432

23––––144

23––––135

23––––216

4–––36

3–––––1296

3–––36

1–––36

1–––––1296

1–––36

1–––36

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A probabilidade pedida é, pois,

+ + = =

= =

Resposta: AA

144 + 3 + 1––––––––––

1296

1–––––1296

3–––––1296

4–––36

37–––––324

148–––––1296

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