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livia-carvalho
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Material, gentilmente cedido pela Professora do Curso de Direito da Disciplina Direito Tributário, Geilsa Almeida.
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RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Noções - Integra a relação jurídica – tributária como
devedor de um tributo, sem possuir relação pessoal e direta com o respectivo fato gerador.
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇAO TRANSFERÊNCIA
SUCESSÃOSOLIDARIEDATERCEIROSINFRAÇÕES
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
POR SUBSTITUIÇÃO: Surge contemporaneamente à ocorrência do fato geradorPOR TRANSFERÊNCIA: num momento posterior, um evento definido em lei causa a modificação da pessoa que ocupa o pólo passivo da obrigação - Transferência da sujeição passiva a um responsável
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO
- Em nenhum momento, o dever de pagar o tributo recai sobre a figura do contribuinte.
- Exemplo: fonte pagadora dos rendimentos
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA REGRESSIVA - PARA TRÁS
- Pessoas ocupantes das posições anteriores são substituídas no dever de pagar tributo, por aquelas que ocupam as posições posteriores
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
A - produtor
A
A
C
C – supermercado
C
contribuinteB - industriaResponsavel
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO PROGRESSIVA – PARA FRENTE
- As pessoas ocupantes das posições posteriores das cadeias de produção e circulação são substituídas , no dever de pagar o tributo, por aquelas que ocupam as posições anteriores.
- arbitramento – por não ter certeza do valor exato.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
ARefinaria
CONTRIBUINTE - BRESPONSAVEL – B e C
RESPONSAVEL – C e consumidor
BDistribuidoras
B Distribuidoras
BDistribuidorasc
CPostos
CPostos
CPostos
CONSUMIDORES CONSUMIDORES CONSUMIDORES
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO PARA FRENTE – CONSTITUCIONALIDADE?
- Boa parte da doutrina: inconstitucional – fere os princípios da tipicidade, capacidade contributiva e o do não confisco
- STJ: Não ocorre o recolhimento do tributo antes da ocorrência do FG, mas o pagamento antecipado
- É objeto de previsão constitucional
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO PARA FRENTE: ART. 1507.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO PARA FRENTE: RESTITUIÇÃO
- Valores recolhidos antecipadamente nos casos de não ocorrência do fato gerador presumido
- E de ocorrência em valores menores que os presumidos : não haveria restituição e em caso de recolhimento a menor não haveria cobrança suplementar – Convênio ICMS 13\97 – pendente de julgamento no STF.
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
Marco temporal da transferência: é a data da ocorrência dos eventos previstos em lei:
- Definitivamente constituidos
- Em curso de constituiçao à data dos atos nela referidos
- Os constituidos posteriormente aos mesmos atos
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
DO ADQUIRENTE DE BENS IMÓVEISArt. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
ARREMATAÇÃO EM HASTA PÚBLICA
- Ocorre no processo de execução
- O arrematante adquire o imovel livre de quaisquer ônus.
- A sub-rogação ocorre sobre o preço – é real
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
DO ADQUIRENTE OU REMITENTE DE BENS MOVEIS
- A tranferencia ocorre com a tradição
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
Art. 131. São pessoalmente responsáveis: II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO
SUCESSÃO CAUSA MORTIS- Com a morte – abertura da sucessão- A formalização da transferência da
responsabilidade para os sucessores: conclusão do inventario ou arrolamento.
- Tributos devido até a data de sua morte: a responsabilidade é do espólio
- Com a prolação da sentença de partilha ou adjudicação: passa a ser dos sucessores e do cônjuge meeiro
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
Abrange todos os casos de operações entre empresas : fusão, cisão, incorporação,alienaçoes de filiais
Engloba creditos relativos a tributos e multas
As multas antes da sucessão se incorpora ao patrimonio do contribuinte, podendo ser exigido do sucessor
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADE NA FUSÃO, INCORPORAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO , CISÃO E EXTINÇÃO
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADEDA SOCIEDADERESULTANTE
DO ATO
FUSÃO TRANSFORMAÇÃO INCORPORAÇÃO CISÃO
TORNA-SERESPONSAVEL
PELOS TRIBUTOSDEVIDOS
ATÉ A DATA DO ATO
RESPONSABILIDASOLIDARIA
OU PELAS OBRIGAÇÕES
TRANSFERIDAS
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
EXTINÇÃO DA SOCIEDADEArt. 132.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE DE FUNDO DE COMÉRCIO OU ESTABELECIMENTO
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE DE FUNDO DE COMÉRCIO OU ESTABELECIMENTO
- Não é a empresa que é alienada mas o conjunto de bens.
- Alienante: existe independentemente da atividade que o mesmo continua a explorar
- Adquirente:apenas nos tributos relativos ao estabelecimento
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE DE FUNDO DE COMÉRCIO OU ESTABELECIMENTO – FALÊNCIA OU RECUPERAÇÃO JUDICIAL
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: (Parágrafo incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
I – em processo de falência; (Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.(Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE DE FUNDO DE COMÉRCIO OU ESTABELECIMENTO – FALÊNCIA OU RECUPERAÇÃO JUDICIAL
§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
Terceiros que falharam no cumprimento de um dever legal de gestão ou vigilância do patrimônio do contribuinte
Possuem vinculo juridico com a pessoa que deveria ocupar o pólo passivo
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
ATUAÇÃO REGULAR: sem agressão à lei, ao contrato social ou aos estatutosArt. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário: ADMINISTRADOR JUDICIAL VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
MULTAS:
- moratória: decorrentes de mero atraso
- Punitivas: decorrentes de atos ilicitos
Art. 134:
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratorias
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
ATUAÇÃO IRREGULAR: responsabilidade pessoal
- Terceiro responde sozinho com todo o seu patrimônio, ficando afastada qualquer possibilidade de atribuição da sujeição passiva à pessoa que, de outra forma , estaria na condição de contribuinte.
- O ato praticado não conteúdo ilicito, residindo o vicio na ausência de legitimação
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
ATUAÇÃO IRREGULAR: RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃOArt. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
São pessoas designadas como responsáveis que cometem infrações
Seriam na realidade contribuintes
Responsabilidade por substituição: já no momento da pratica da infração o sujeito passivo – da multa – é responsavel
Outras sanções: pena de perdimento de bens e proibição de gozo de regimes especiais de tributação : II e IE
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
Responsabilidade objetiva: regra – independe da analise de dolo ou culpa
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
Responsabilidade pessoal do agente: deve ser atribuída pessoalmente ao infratorDIREITO TRIBUTÁRIO – A REGRA: multa é aplicada contra a pessoa jurídica e não contra o agente que concretizou no mundo dos fatos, o ilícitoHá casos em que o ordenamento entrevê a necessidade de que o ato punitivo recaia pessoalmente sobre o agente responsável: art. 137A pessoa juridica: sujeito passivo do tributo, mas não da multa
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
- objetivo(formal)- descriçao da conduta, com o resultado e o nexo de causalidade
- subjetivo – dolo ou culpa no comportamento do agente
- Normativo (valorativo) – segurança nacional, mal injusto
- Infrações administrativas
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES- Punir aquele que age com o objetivo especifico de
prejudicar pessoas cujo interesses deveriam defender- A responsabilidade do agente é relativa a infração- A sujeiçao passiva quanto ao tributo continua sendo da
pessoa juridica.
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.
DENÚNCIA ESPONTÂNEA DE INFRAÇÕES
Medida de política tributária com o objetivo de atrair de volta à legalidade contribuintes que dela se afastaram, oferecendo em troca a garantia da não aplicaçao de medidas punitivas
Inspirado nos institutos da desistência voluntária e no arrependimento posterior do direito penal
DENÚNCIA ESPONTÂNEA DE INFRAÇÕES
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração
DENÚNCIA ESPONTÂNEA DE INFRAÇÕES
A confissão deve ser realizada antes que o Fisco tomo qualquer providência tendente a lançar o tributoO afastamento da espontaneidade depende de formal comunicação ao sujeito passivo do inicio do procedimento relacionada com a infraçãoCasos comuns de formalização: Termo de Inicio de Fiscalização e a Notificação para prestar esclarecimentosDescumpriemento de obrigações meramente formais – acessorias - não é aplicavel o instituto da denunciaApenas exclui a multa punitiva, mas não a moratória