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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO-SENSU EM
EDUCAÇÃO FÍSICA
RESPOSTA AFETIVA NO EXERCÍCIO INTERVALADO DE
ALTA INTENSIDADE EM HOMENS FISICAMENTE
ATIVOS E INSUFICIENTEMENTE ATIVOS
Danniel Thiago Frazão
NATAL – RN
2015
ii
RESPOSTA AFETIVA NO EXERCÍCIO INTERVALADO DE ALTA
INTENSIDADE EM HOMENS FISICAMENTE ATIVOS E
INSUFICIENTEMENTE ATIVOS
DANNIEL THIAGO FRAZÃO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para
obtenção do grau de Mestre em Educação Física.
ORIENTADOR: Prof. Dr. EDUARDO CALDAS COSTA
iii
UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede
Catalogação da Publicação na Fonte
Frazão, Danniel Thiago.
Resposta afetiva no exercício intervalado de alta intensidade em homens fisicamente ativos
e insuficientemente ativos / Danniel Thiago Frazão. - Natal, RN, 2016.
125 f.: il.
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Caldas Costa.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências
da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Educação Física.
1. Atividade física – Dissertação. 2. Prazer - Dissertação. 3. Insuficientemente ativos -
Dissertação. 4. Percepção de esforço - Dissertação. 5. Resposta afetiva - Dissertação. 6. Afeto -
Dissertação. I. Costa, Eduardo Caldas. II. Título.
RN/UF/BCZM CDU 796
iv
AGRADECIMENTOS
À Deus por todas as bênçãos.
À minha família, pelo incentivo, amor e ensinamentos, em especial aos
meus pais Elza Maria de Lima Frazão e Marcos Antônio Alves Frazão, e minha
irmã Dannyela Priscylla Frazão, por sempre acreditarem e apoiarem meus
sonhos.
Aos meus amigos, pelo apoio e paciência nos momentos em que
precisei me ausentar do nosso convívio habitual durante esses dois anos.
À UFRN pela estrutura e fontes de conhecimento disponibilizado.
À família GPEACE, foram tantas horas de laboratório juntos. Passamos
a trabalhar juntos diariamente, e o melhor de tudo, conquistar objetivos juntos.
Cada um de vocês contribuiu direta ou indiretamente para que essa jornada
fosse menos árdua. À todos meu muito obrigado principalmente, por me
apoiar nos momentos de enfermidade e internamento hospitalar, me deram
forças pra superar cada dia de batalha.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Eduardo Caldas, pelas orientações,
dedicação, paciência e, principalmente, pela amizade durante todo o processo
que me ajudou a se tornar um ser melhor e com uma visão mais madura da
vida.
E a todos, de uma maneira geral, que contribuíram para realização deste
trabalho.
v
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ......................................................................................... vii
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................ viii
LISTA DE ANEXOS ........................................................................................... ix
LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS ............................................x
RESUMO ........................................................................................................... xi
ABSTRACT ...................................................................................................... xiii
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 2
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 3
3. OBJETIVOS ................................................................................................... 4
3.1. Objetivo Geral .................................................................................................................... 4
3.2. Objetivos específicos .......................................................................................................... 4
4. HIPÓTESES ................................................................................................... 5
5. REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................... 6
5.1.1. Resposta afetiva .............................................................................................................. 6
5.1.2. Aspectos fisiológicos relacionados à intensidade do exercício ....................................... 7
5.1.3. Aspectos psicológicos relacionados à intensidade do exercício ................................... 10
5.1.4. Pensamentos associativos / dissociativos ..................................................................... 11
5.1.5. Perfil psicológico ........................................................................................................... 13
5.1.6. Tolerância e preferência pela intensidade do exercício ............................................... 15
5.1.7. Influência do nível de atividade física ........................................................................... 17
5.1.8. Exercício intervalado de alta intensidade ..................................................................... 19
5.1.9. Exercício intervalado de alta intensidade e de baixo volume ....................................... 20
5.1.10 Respostas afetivas aos exercícios. ................................................................................ 23
5.1.11. Respostas afetivas ao exercício intervalado de alta intensidade ................................ 25
6. METODOLOGIA ........................................................................................... 29
vi
6.1. Sujeitos ............................................................................................................................. 29
6.2. Desenho do estudo .......................................................................................................... 30
7. PROCEDIMENTOS ...................................................................................... 32
7.1. Avaliação do nível de atividade física ............................................................................... 32
7.2. Teste de esforço máximo ................................................................................................. 32
7.3. Percepção subjetiva de esforço ....................................................................................... 33
7.4. Resposta afetiva ............................................................................................................... 34
7.5. Exercício intervalado de alta intensidade ........................................................................ 34
7.6. Análise estatística ............................................................................................................ 35
8. RESULTADOS ............................................................................................. 38
9. DISCUSSÃO ................................................................................................ 47
10. CONCLUSÃO ............................................................................................. 53
11. REFERÊNCIAS .......................................................................................... 55
12. ANEXOS .................................................................................................... 70
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Características, nível de atividade física e dados do teste de esforço
máximo e dos sujeitos.
Tabela 2 - Resposta afetiva média, menor resposta afetiva, maior resposta
afetiva e resposta afetiva na maior percepção de esforço durante uma sessão
de exercício intervalado de alta intensidade em homens fisicamente ativos e
insuficientemente ativos.
Tabela 3 - Análise categórica da sessão de exercício intervalado de alta
intensidade de acordo com a resposta afetiva.
Tabela 4 - Frequência de respostas afetivas positivas no começo, meio e final
da sessão de exercício intervalado de alta intensidade em homens fisicamente
ativos e insuficientemente ativos.
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Resposta da frequência cardíaca durante uma sessão de exercício
intervalado de alta intensidade em homens fisicamente ativos e
insuficientemente ativos.
Figura 2 - Resposta afetiva durante uma sessão de exercício intervalado de
alta intensidade em homens fisicamente ativos e insuficientemente ativos.
Figura 3 - Percepção subjetiva de esforço durante uma sessão de exercício
intervalado de alta intensidade em homens fisicamente ativos e
insuficientemente ativos.
Figura 4 - Análise de correlação entre a resposta afetiva e percepção subjetiva
de esforço durante uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade.
Painel A = grupo fisicamente ativo; Painel B = grupo insuficientemente ativo.
Nota: para essa análise foi utilizada a média da resposta afetiva e da
percepção subjetiva na sessão.
Figura 5 - Análise de correlação entre a resposta afetiva e frequência cardíaca
durante uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade. Painel A =
grupo fisicamente ativo; Painel B = grupo insuficientemente ativo. Nota: para
essa análise foi utilizada a média da resposta afetiva e da percepção subjetiva
de esforço durante a sessão.
ix
LISTA DE ANEXOS
Anexo 2 - Termo de consentimento livre e esclarecido
Anexo 2 - Termo de consentimento livre e esclarecido
Anexo 3 – Questionário Médico
Anexo 4 – Questionário de Prontidão para Atividade Física
Anexo 5 – Questionário Internacional de Atividade Física – Versão curta
Anexo 6 – Artigo publicado
x
LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS
ACSM – American College of Sports Medicine;
bpm – Batimentos por minuto;
CPF – Córtex pré-frontal;
EMC – Exercício moderado contínuo;
EEG – Eletroencefalografia;
VA – Valência afetiva;
EIAI – Exercício intervalado de alta intensidade;
FC – Frequência cardíaca;
FCmáx - Frequência cardíaca máxima;
FS – Feeling Scale;
HIIT – High-intensity interval training;
H0 – Hipótese nula;
H1 – Hipótese alternativa;
IMC – Índice de massa corporal;
IPAQ – International Physical Activity Questionnaire;
LL – Limiar de lactato;
LV – Limiar ventilatório;
NIRS – Near-infrared spectroscopy;
PAR-Q – Questionário de prontidão para a atividade física;
PCR – Ponto de compensação respiratória;
PSE – Percepção subjetiva de esforço;
SIT – Sprint Interval Training;
SPSS – Statistical Package for the Social Sciences;
VME – Velocidade máxima na esteira.
xi
RESUMO
RESPOSTA AFETIVA NO EXERCÍCIO INTERVALADO DE ALTA
INTENSIDADE EM HOMENS FISICAMENTE ATIVOS E
INSUFICIENTEMENTE ATIVOS
Autor: Danniel Thiago Frazão
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Caldas Costa
Introdução: a resposta afetiva (sensação de prazer/desprazer) durante o
exercício físico tem impacto sobre a participação futura em atividade física.
Apesar dos benefícios fisiológicos do exercício intervalado de alta intensidade
(EIAI), pouco se sabe sobre as respostas afetivas durante este tipo exercício,
especialmente em indivíduos com diferentes níveis de atividade física.
Objetivo: analisar a resposta afetiva durante uma sessão de EIAI em homens
fisicamente ativos e insuficientemente ativos. Métodos: cinquenta e oito
homens (25,3 ± 3,6 anos) participaram deste estudo: i) ativos (n = 29) e ii)
insuficientemente ativos (n = 29). Cada sujeito realizou os seguintes
procedimentos: i) triagem inicial e avaliação física, ii) teste de esforço máximo,
e iii) uma sessão de EIAI. O protocolo de EIAI consistiu de 10 x 60s a 90% da
velocidade máxima atingida no teste de esforço em esteira (VME) intercalados
por 60s de recuperação ativa a 30% da VME. A resposta afetiva (escala de
valência afetiva, (VA -5/+5), percepção subjetiva de esforço (PSE, 6-20) e
frequência cardíaca (FC) foram registradas durante os últimos 10s de cada
estímulo. A ANOVA mista two-way, grupos x estímulos, com medidas repetidas
no segundo fator, o teste t para amostras independentes, o teste do qui-
quadrado e o coeficiente de correlação de Pearson foram usados para análise
dos dados. Resultados: o grupo insuficientemente ativo apresentou menor
resposta afetiva ao longo do tempo comparado ao grupo fisicamente ativo
(estímulo 4 ao 10) (p<0,05). O grupo insuficientemente ativo apresentou menor
resposta afetiva média, mínima, máxima e correspondente a maior PSE
(p<0,05). Além disso, 37,9% e 84,8% do grupo insuficientemente ativo e ativo,
respectivamente, reportaram a sessão como prazerosa (p<0,05). Não houve
xii
diferença na PSE e FC entre os grupos (p>0,05). Houve correlação negativa
entre a PSE e resposta afetiva no grupo fisicamente ativo (r = -0,74; p<0,05) e
insuficientemente ativo (r = -0,51; p<0,05). Conclusões: o nível de atividade
física influencia a resposta afetiva no EIAI. Homens insuficientemente ativos
reportam menos prazer/mais desprazer no EIAI comparado aos fisicamente
ativos. Independente do nível de atividade física, indivíduos que percebem o
EIAI mais intenso, reportam menor resposta afetiva.
Palavras-chave: Níveis de atividade física, insuficientemente ativos, afeto,
resposta afetiva, aderência, prazer, percepção de esforço.
xiii
ABSTRACT
AFFECTIVE RESPONSE TO HIGH-INTENSITY INTERVAL EXERCISE IN
PHYSICALLY ACTIVE AND INSUFFICIENTLY ACTIVE MEN
Author: Danniel Thiago Frazão
Adviser: Eduardo Caldas Costa
Introduction: Affective response (feeling of pleasure/displeasure) during
exercise has impact on future physical activity participation. Despite the
physiological benefits of high-intensity interval exercise (HIIE), little is known on
affective response during this exercise, mainly in individuals with different
physical activity status. Objective: To analyze the affective response during a
bout of HIIE in physically and insufficiently active men. Methods: Fifty-eight
men (aged 25.3 ± 3.6 years) volunteered to participate of this study: i) active (n
= 29) and ii) insufficiently active (n = 29). Each individual undertook the
following procedures: i) initial screening and physical evaluation, ii) maximal
exercise test, and iii) a bout of HIIE. The HIIE protocol consisted of 10 x 60s
work bouts at 90% of maximal treadmill velocity (MTV) interspersed with 60s of
active recovery at 30% of MTV. Affective response (Feeling Scale, -5/+5), rating
of perceived exertion (Borg’s RPE, 6-20), and heart rate (HR) were recorded
during the last 10s of each work bout. A two-factor mixed-model ANOVA,
groups x work bouts, with repeated measures in the second factor,
independent-samples t test, chi-squared test, and Pearson’s product-moment
correlation were used to data analysis. Results: Insufficiently active group
displayed lower affective response over time (work bout 4 to 10) than the active
group (p<0.05). The insufficiently active group displayed lower values of mean,
lowest, and highest affective response, as well as lower values of affective
response at the highest RPE than the active group (p<0.05). Moreover, 37.9%
and 84.8% of insufficiently active and active groups, respectively, reported the
HIIE as unpleasant (p<0.05). There were no differences in the RPE and HR
between the groups (p>0.05). There was a negative correlation between RPE
and affective response in the active (r = -0.74) and insufficiently active (r = -0.51)
groups. Conclusions: The physical activity status influences the affective response
during HIIE. Insufficiently active men report less pleasure/more displeasure during HIIE
compared to the active men. Independent of physical activity status, individuals who
perceive the HIIE harder report lower affective response.
Keywords: physical activity status, insufficiently active, adherence, affect, affective
response, pleasure, dual mode model, perceived exertion.
1. INTRODUÇÃO
O treinamento intervalado de alta intensidade (TIAI) de baixo volume baseado no
teste de Wingate gera adaptações cardiovasculares e metabólicas1–3 de magnitude
similar ou superior ao treinamento aeróbio contínuo com intensidade moderada, porém
mais tempo-eficiente4,5. Entretanto, este modelo de TIAI exige elevado nível de
motivação dos indivíduos, equipamento especializado, é questionável quanto a sua
segurança, praticidade e tolerabilidade, especialmente para indivíduos não ativos
fisicamente6–8. Recentemente, um novo modelo TIAI de baixo volume com protocolo de
10x60s com intensidade ~90% FCmáx foi proposto como alternativa ao modelo TIAI
baseado em Wingate9. Este novo modelo tem sido eficiente para melhorar da
capacidade cardiorrespiratória, metabolismo oxidativo e metabolismo da glicose10–12.
A literatura atual tem apresentado diversos benefícios para aptidão física e
parâmetros de saúde decorrentes do TIAI13–15. No entanto, o protocolo TIAI tem sido
debatido entre pesquisadores em relação a aplicabilidade para populações que
apresentam dificuldade em aderir a programas de exercício físico7,16. A teoria do modo
duplo é uma das teorias apresentadas nesse debate e postula que, exercício realizado
com intensidade acima do limiar ventilatório (LV) gera respostas homogêneas de afeto
negativo (desprazer)17,18. Tais sensações de desprazer induzidas pelo exercício são
importantes e podem influenciar negativamente a participação futura dos indivíduos no
exercício19. Williams et al.20 mostraram que entre adultos previamente sedentários, a
resposta afetiva ao exercício de intensidade moderada prediz a participação após 6 e 12
meses. Recentemente, a revisão sistemática de Rhodes et al.21 demonstrou que
mudança positiva na resposta afetiva básica durante exercício de intensidade moderada
está ligada a um comportamento mais fisicamente ativo futuro.
2. JUSTIFICATIVA
A maioria dos estudos que analisaram a influência da resposta afetiva sobre o
comportamento futuro de atividade física utilizaram exercício contínuo de intensidade
moderada22,23. Adicionalmente, a teoria do modo duplo é baseada em padrão de
exercícios com intensidade incremental e contínuo18,24,25. No entanto, a resposta afetiva
avaliada por meio do afeto básico (prazer/desprazer) tem sido bastante analisada
durante o EIAI, nos últimos anos. Neste momento, os resultados são controversos.
Alguns estudos apresentam respostas afetivas positivas durante o EIAI26,27,28. Por outro
lado, outros apresentam respostas afetivas negativas29,30.
Buchheit et al.31 apontam nove variáveis para manipular o EIAI. Assim, apesar da
característica de alta intensidade do EIAI, os protocolos adotados nos estudos podem
gerar respostas afetivas distintas, devido às diferenças nas variáveis que modificam as
respostas metabólicas e esforço percebido. Outro aspecto principal é o nível de
atividade física dos indivíduos que pode modificar as respostas afetivas durante o
exercício. Estudos prévios demonstraram que indivíduos ativos reportam sensação de
prazer mais positiva que seus pares sedentários durante exercícios com intensidade
moderada e intensa32–36. Dentre os estudos que analisaram a resposta afetiva durante o
EIAI, o nível de atividade física dos participantes varia de sedentários a ativos
recreacionalmente26,27,30,37. Os estudos que encontram resposta afetivas positivas foram
realizados com indivíduos ativos recreacionalmente27,28. Do nosso conhecimento,
nenhum estudo até o momento comparou a resposta afetiva entre indivíduos com níveis
diferentes de atividade física durante EIAI.
3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral
Comparar as respostas afetivas durante uma sessão exercício intervalado de
alta intensidade entre homens ativos e insuficientemente ativos fisicamente.
3.2. Objetivos específicos
- Verificar uma possível correlação entre percepção subjetiva do esforço e
resposta afetiva entre homens ativos e insuficientemente ativos fisicamente durante uma
sessão de exercício intervalado de alta intensidade.
- Analisar uma possível correlação entre frequência cardíaca e resposta afetiva
entre homens ativos e insuficientemente ativos fisicamente durante uma sessão de
exercício intervalado de alta intensidade.
4. HIPÓTESES
H0: Não há diferença na resposta afetiva entre homens ativos e insuficientemente
ativos fisicamente durante uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade.
H1: Há diferença na resposta afetiva entre homens ativos e insuficientemente
ativos fisicamente durante uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade.
5. REVISÃO DA LITERATURA
5.1.1. Resposta afetiva
O afeto é caracterizado como um estado de prazer ou desprazer sentido com
algum grau de ativação38. Dentro de um amplo contexto, exemplos considerados de
afeto são estados de prazer, desgosto, tensão, calma, energia e fadiga39. Assim,
pesquisas realizadas no início dos anos 90, observaram que, em psicologia geral, na
maioria das vezes, os termos afeto, humor e emoção são usados como sinônimos, sem
qualquer tentativa de diferenciação conceitual40. Entretanto, mesmo que estas variáveis
possuam similaridades, elas devem ser conceituadas de forma que suas características
possam ser identificadas e medidas com precisão, e esta organização teórica favorece a
sistemática progressão das pesquisas41.
No tocante a especificidade, o termo afeto básico refere-se ao núcleo da valência
da resposta intrapessoal ou experiencial de tudo (ou seja, positivas ou negativas /
agradáveis ou desagradáveis), incluindo emoções e estados de espírito17.
Visto que, em geral, existem hipóteses conflitantes a respeito da relação entre exercício
e resposta afetiva, como reflexo da confusão a respeito das distinções conceituais entre
os fenômenos afetivos, a mensuração e operacionalização de respostas afetivas para o
exercício tornou-se uma importante fonte de controvérsia ao longo dos anos17,41,42.
Neste sentido, as respostas afetivas associadas ao exercício vêm sendo
estudadas extensivamente em psicologia da saúde17. As respostas afetivas ao exercício
são influenciadas por um conjunto de fatores cognitivos, tais como auto-eficácia física e
influências interoceptivas (muscular ou respiratória), aos quais chegam aos centros
afetivos do cérebro via rotas subcorticais. Além disso, o equilíbrio entre estes dois
fatores determinantes, onde a hipótese de mudança em função da intensidade do
exercício, com fatores cognitivos sendo dominantes nas baixas intensidades, e
estímulos interoceptivos que ganham relevância com intensidades que abordam os
limites funcionais do indivíduo17.
Em particular, apesar de sua importância parecer ter sido negligenciada em
estudos prévios, o elemento da resposta afetiva atualmente se torna uma componente
chave da experiência com exercício, e como estudos recentes têm mostrado, pode
também estar relacionada com a participação em atividades físicas43. Ao participar em
exercício, é comum a experiência de alterações no humor. Algumas pessoas acham
exercício prazeroso, enquanto outros acham que ele seja desagradável. Além disso, o
sentimento pode flutuar ao longo do tempo. Ou seja, o sujeito pode sentir-se bem ou mal
algumas vezes durante o exercício.
Diante disso, o exercício possui ambos os componentes de respostas objetivas e
subjetivas. Pesquisas centrando-se na dimensão subjetiva levaram à noção de que
saber o que as pessoas pensam estar fazendo bem pode ser mais importante do que
saber o que eles estão fazendo (Hardy e Rejeski 1989)44. Assim, para entender
completamente o comportamento de exercício, uma compreensão de como a pessoa se
sente pode ser tão importante quanto o que ela sente. Neste sentido, Hardy e Rejeski
(1989)44 desenvolveram uma "escala de sentimento" (ES) para avaliar as respostas
afetivas durante o exercício. Ao invés de lidar com diversas categorias de emoção (por
exemplo, raiva, alegria, depressão, ansiedade, vigor), a escala foi projetada para avaliar
o núcleo de emoções: prazer/desprazer (afeto básico).
A escala de sentimento ao classificar um par de adjetivos se afirma como um
instrumento de medida simples de afeto básico, uma importante ferramenta para avaliar
as respostas durante a tarefa. No entanto, pesquisas futuras podem acolher a inclusão
de outros adjetivos afetivos significativos. Isto iria aumentar a variância da medição,
melhorando a sensibilidade do instrumento44.
5.1.2. Aspectos fisiológicos relacionados à intensidade do exercício
Estudos prévios tem reconhecido a importância de definir a intensidade do
exercício de acordo com um perfil metabólico fixo, ou seja, o limiar ventilatório (LV) ou
limiar de lactato (LL), em vez de ser definida utilizando uma porcentagem da capacidade
máxima45. Isto assegura que a intensidade do exercício seja fisiologicamente
equivalente entre os indivíduos e elimina um fator que pode confundir a relação entre
intensidade do exercício e afeto45.
A intensidade do exercício influencia a resposta do afeto básico prazer/desprazer)
que são reguladas no cérebro pelo córtex pré-frontal (CPF) e regiões subcorticais,
incluindo a amígdala46. Estudos prévios mostraram que respostas na escala de valência
afetiva (VA) variam entre as diferentes intensidades de exercício; especificamente, à
medida que aumenta de intensidade durante o exercício, o afeto torna-se mais negativo,
principalmente em intensidades acima do LV17,47–51. Portanto, acima do LV, este declínio
na resposta afetiva tende a ser homogênea entre os indivíduos.
Um ponto importante é que há uma diferença substancial nas respostas afetivas
entre pessoas para a mesma intensidade de exercício, particularmente quando a
intensidade é inferior ou por volta do LV17, 47, 52, 50, 51. Nessas intensidades, os indivíduos
experimentam um aumento nas respostas da ES durante o exercício, e alguns
indivíduos experimentam uma diminuição da sensação de prazer enquanto outros
permanecem estáveis.
Em intensidades abaixo do LV, os indivíduos são capazes de manter a ativação
do CPF, e assim minimizar as respostas afetivas negativas impulsionadas por entradas
sensoriais (estímulos interoceptivos). Esses estímulos fornecem ao cérebro informações
que incluem sensações dos nociceptores (dor), metaborreceptores (químicos),
termorreceptores (temperatura), mecanorreceptores e barorreceptores (toque, pressão,
tensão)53.
Intensidades acima do LV, próximo ao ponto de compensação respiratória (PCR),
a concorrência entre o córtex pré-frontal e regiões subcorticais, que recebem
informações sensoriais do corpo, tornam-se cada vez mais desafiadoras54. Nesta
intensidade, a capacidade do indivíduo manter a ativação CPF torna-se ameaçada54.
Um trabalho recente, utilizando eletroencefalografia (EEG)55 e espectroscopia no
infravermelho próximo (NIRS)56, mostrou uma redistribuição de ativação cerebral no
CPF e regiões motoras quando a intensidade de exercício é aumentada, desde
influências do exercício na ativação do CPF, uma vez que podem ser usadas para
manipular a entrada sensorial do corpo (presumivelmente para a amígdala), a fim de
examinar o papel do CPF na regulação de respostas afetivas. No entanto, apesar das
investigações precedentes, ainda é demonstrada a presença da inter-individualidade
nas respostas psicofisiológicas.
Explicações possíveis para esta variabilidade individual na resposta afetiva são
apresentadas na teoria do modo duplo17. O modelo propõe a interação de processos
cognitivos e estímulos interoceptivos na geração de uma resposta afetiva. Em
intensidades em torno do LV, a resposta afetiva é susceptível de ser influenciada
principalmente por processos cognitivos e pela avaliação da experiência no exercício
executado17. Sugerindo assim que, os indivíduos avaliam o exercício de forma diferente,
e essa individualidade cognitiva poderia explicar a variabilidade nas respostas afetivas
em uma específica intensidade do exercício50.
Se este for o caso, quando um exercício é de intensidade prescrita, há um risco
de que alguns indivíduos podem não apresentar uma resposta afetiva agradável porque
eles avaliam a intensidade mais negativamente. Para tentar reduzir estas diferenças
interindividuais na resposta afetiva, os pesquisadores utilizaram um protocolo onde
indivíduos são convidados a auto-regular a sua intensidade de exercício50,52,57 e
escolherem uma intensidade que eles prefiram. A lógica é que as pessoas vão usar o
processo cognitivo de avaliação e a resposta afetiva resultante de auto-regular a
intensidade do exercício, e que gerem (ou sustentem) uma resposta afetiva positiva.
A base destes dados pode estar pautada no processamento de estímulos
interoceptivos relacionados ao exercício no cérebro, aos quais envolvem construções
que são distintas em termos de anatomia e design dos mecanismos responsáveis pela
transformação de estímulos exteroceptiva. Desta forma, os estímulos interoceptivos são
processados por um sistema de várias camadas cada vez mais complexas e
hierarquicamente organizadas, que se estendem a partir do tronco cerebral para o
córtex somatossensorial58.
Nesse contexto, monitorar respostas psicofisiológicas se mostra
fundamentalmente importante, como o uso de escalas de avaliação para regular a
intensidade do exercício, aos quais são muito comuns na prescrição do exercício. A
PSE é um exemplo de um meio de regulagem psicofisiológica da intensidade do
exercício59,60 e útil na determinação de protocolos61. Dishman62 destacou a utilidade da
escala PSE59 como uma ferramenta para ajudar indivíduos a auto-regular a intensidade
do exercício e apoiar a motivação. Além disso, pesquisas tem demonstrado que após
um período mínimo de treinamento, os indivíduos são capazes de usar a escala de PSE
de forma confiável para auto-regular a intensidade do exercício45,63–67.
Portanto, o uso da escala PSE para auto-regular a intensidade não assegura uma
resposta afetiva positiva. A escala PSE é considerada uma medida válida e confiável
para mensurar como o indivíduo está se sentindo durante o exercício em termos de
esforço e tensão de trabalho físico59.
5.1.3. Aspectos psicológicos relacionados à intensidade do exercício
A relação entre exercício físico e aspectos psicológicos tem cada vez mais
atraído a atenção dos pesquisadores nos últimos anos, apesar das vantagens gerais
dos exercícios físicos em termos de saúde física já estarem bem estabelecidas, o
equivalente as respostas psicológicas revelam uma relação mais complexa,
demonstrando assim uma necessidade de mais estudos que abordem essa temática.
Mediante a importância de compreender a relação entre variáveis psicológicas e
o exercício físico, no sentido de procurar novas formas de abordar o desenvolvimento
mais positivo destes constructos através da atividade física para o entendimento desta
relação, estudos prévios mostram que durante o exercício até em torno do limiar
ventilatório, as respostas afetivas são principalmente geradas através de um processo
de avaliação cognitiva que pode envolver fatores, tais como a auto-eficácia, benefícios
percebidos, fatores de personalidade e foco de atenção17,50,51. Neste sentido, a auto-
eficácia é apontada como um dos principais fatores, sendo definida como a crença na
própria capacidades para executar uma tarefa especificamente delineada18.
Observada ser um fator que está recebendo cada vez mais atenção, a variância
nas respostas afetivas pode ser explicada por mudanças da auto-eficácia influenciada
pela função da intensidade do exercício17. Esta questão é particularmente relevante
quando associada às respostas afetivas com o exercício moderado, porque tem sido
sugerido que a auto-eficácia se torna um moderador saliente do afeto quando a
intensidade de exercício apresenta um desafio considerável, como por exemplo, 70% da
frequência cardíaca máxima68, mas, se a intensidade for demasiadamente elevada, por
causa da sua influência, os sinais fisiológicos são enfraquecidos, e substituídos por um
processamento cognitivo de acordo com McAuley et al.69.
Contudo, os dados sobre esta questão são inconsistentes. Treasure e Newbery70
mostraram que a auto-eficácia esta relacionada com exaustão física quando a
intensidade for de 70 - 75%, mas não quando ela foi de 45 - 50% da frequência cardíaca
de reserva. Por outro lado, Tate et al.71 descobriram que a auto-eficácia esta
relacionada com escores na escala de excitação durante o exercício, realizada em 55%,
mas não a 70% da capacidade aeróbica máxima. Finalmente, em adultos mais velhos
foi verificado que as mudanças na auto-eficácia não foram relacionadas a mudanças no
afeto em condições de exercício com intensidade moderada, mas foram relacionadas a
mudanças no afeto em uma condição da intensidade máxima de exercício69.
Além disso, seria interessante investigar como outros processos cognitivos
sociais podem estar relacionados a pratica dos exercícios físicos, e como respostas
afetivas podem estar relacionadas à eficácia.
5.1.4. Pensamentos associativos / dissociativos
Com base em anteriores afirmações onde o foco de atenção manipula a
consciência do exercitador com consequentes efeitos sobre as respostas de esforço e
desempenho no exercício72–74. Apontando esta outra variável psicológica como
susceptível de influenciar na prática de atividade física e outras variáveis, o foco de
atenção, ou seja, a representação dos pensamentos associativos, é colocada como
uma distinção entre duas grandes variantes: de associação e dissociação, aos quais
foram realçadas por Morgan e Pollock75, e desde então se tornaram conceito dominante
no foco de atenção ao esforço físico.
Associação e dissociação (A / D) descrevem estratégias cognitivas que indicam a
extensão em que os atletas concentram a sua atenção no feedback físico76. Como
originalmente definido por Morgan e Pollock75, associação foi considerada como uma
atenção interna, onde os atletas buscam monitorar a entrada sensorial e ajustar o seu
esforço a sua conformidade. Dissociação, por sua vez, refere-se a qualquer pensamento
que sirva para desviar a atenção de sensações internas e direciona uma estimulação a
distração externa76.
A maioria das pesquisas sobre estratégias cognitivas em exercício estão
centradas na relação entre A / D e algum tipo de variável relacionado com a tarefa, tais
como desempenho e classificação esforço da percebido (PSE). Ao examinar cognições
durante o exercício, os investigadores tendem a distinguir entre pensamento associativo
e pensamento dissociativo, de acordo com Welch et al.51. Assim, diante desta
concepção, e com a noção de que a teoria do modo duplo apoia que dentro de
intensidades graves de exercícios, o domínio de estímulos interoceptivos se tornam
mais influentes nas respostas afetivas, foi levantada a hipótese que o foco de atenção
dos praticantes se tornaria cada vez mais associativo, já que os sujeitos se tornam mais
conscientes das suas respostas fisiológicas ao trabalho físico que eles estão fazendo e
das sensações associadas51.
Contudo, evidências científicas referentes ao efeito de A / D no esforço percebido
e sustentado tem sido demonstradas inconsistentes. Em alguns estudos, a dissociação
estava relacionada com valores mais baixos de percepção esforço77–79, e maior
atividade de resistência80; enquanto outros não sustentam este efeito81–83. Todavia, uma
das principais limitações que afetam grande parte desses resultados investigados tem
sido a incapacidade de controlar adequadamente a intensidade da carga de trabalho84.
Dois estudos foram destinados a examinar o foco de atenção durante uma tarefa
de preensão manual isométrica (n = 35) e uma tarefa de ciclismo estacionário (n = 13), e
ao verificar o efeito da intensidade de trabalho sobre foco de atenção. Com base no
modelo de Tenenbaum85,86 foi levantada a hipótese de que durante a baixa a
intensidade do exercício, o foco de atenção seria diferente entre os participantes. Com a
intensidade aumentada, a atenção dos participantes foi esperada mudar para um foco
associativo com variação mínima entre os participantes.
Os resultados revelaram que o foco de atenção diferiu significativamente durante
os estágios de exercício em ambas as tarefas de preensão manual e ciclo, nas duas
tarefas, o foco de atenção era predominantemente dissociativa durante a baixa fase
inicial / exercício de intensidade, e se tornou cada vez mais associativa com a
intensidade da tarefa aumentada. Assim, a noção de que a atenção dos participantes
seria principalmente associativa durante a alta intensidade do exercício foi apoiada em
ambas as tarefas. Estes resultados são consistentes com Tenenbaum85,86 ao modo de
postular a relação entre esforço físico e alocação de atenção76.
Os dados estão de acordo com estudos anteriores sobre o foco de atenção e em
execução e desempenho. Masters e Ogles87 concluem que um foco de atenção
associativa é geralmente correlacionado com performances mais elevadas, enquanto
que o oposto é verdadeiro para a dissociação, e que os corredores geralmente preferem
dissociação em treinamento de corridas e de associação em corridas76. Ademais,
aumentar a intensidade do exercício força o cérebro a concentrar nos sinais de esforço,
porque aqueles são considerados mais relevantes para terminar o exercício com
sucesso76, 88.
5.1.5. Perfil psicológico
Definido como o conjunto de características psicológicas que determinam os
padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém.
Investigações reconhecem que os indivíduos não reagem com um comportamento
uniforme as diferentes intensidades dos exercícios e uma abordagem nomothetic
(Tendência a generalizar) não detecta estas diferenças interindividuais89. Por isso, deve-
se considerar a utilização de uma abordagem idiográfica (uma descrição do indivíduo)
para ilustrar completamente o indivíduo diante de uma experiência afetiva única ao
exercício e fornecer explicações para estas diferenças interindividuais90.
Intensidades em torno do limiar de lactato, os estímulos interoceptivos tem um
impacto menor, e a avaliação cognitiva do indivíduo diante da intensidade torna-se o
principal determinante da resposta afetiva aguda ao exercício. Curiosamente, abaixo do
limiar de lactato, o modelo sugere que os processos cognitivos tem apenas uma
influência moderada na resposta afetiva, com fatores interoceptivos tendo pouca
influência17. O processo cognitivo de avaliação é exclusivo para cada indivíduo e propõe
que é susceptível de ser influenciado por fatores como variáveis da personalidade17,24.
Portanto, as sensações e respostas afetivas irão variar muito entre os indivíduos
durante intensidades abaixo e no limiar de lactato, pois vão interpretar o exercício de
formas diferentes. Assim, quando a intensidade do exercício aumenta, há uma alteração
na influência relativa que os processos cognitivos e estímulos interoceptivos têm na
formação da resposta afetiva90. Sheppard e Parfitt91 examinaram a relação entre
intensidade do exercício e respostas afetivas em duas populações sedentárias
diferentes, através de um teste de esforço progressivo máximo (TEM). Todos os
participantes (homens e meninos) completaram dois TEMs, com uma semana de
intervalo. Durante o teste e no final, os participantes relataram a valência afetiva. Foi
mostrado um declínio significativo após o limiar ventilatório (LV) em ambos os grupos.
No entanto, os dados dos homens mostraram um declínio significativo na valência
afetiva desde o início do exercício até o ponto de LV, padrão não presente nos meninos.
Os dados mostram que o exercício acima do LV provoca diminuição significativa
da valência afetiva, embora seja importante reconhecer que fatores como as diferenças
interindividuais sobre variações na magnitude das respostas foram grandes. Meninos e
homens demonstraram responder afetivamente de forma semelhante na intensidade
acima do LV, mas não inferior a LV.
Rose e Parfitt50 analisaram resposta afetiva de 19 mulheres sedentárias que em
quatro sessões de exercício em diferentes intensidades (abaixo do limiar de lactato,
limiar de lactato, acima do limiar de lactato, auto-selecionada) no laboratório. Os
resultados apresentaram uma variabilidade individual nas respostas afetivas durante os
testes. Apesar dos praticantes se exercitarem com a mesma intensidade metabólica
relativa, os indivíduos tiveram uma experiência afetiva original, mesmo na condição
auto-selecionada: a variabilidade individual nas respostas afetivas foi reduzida, mas não
eliminada.
Neste sentido, a preferência e tolerabilidade aos exercícios com intensidades
mais altas também parecem determinar a resposta afetiva aos exercícios, independente
do nível de atividade física92,93. Mesmo em intensidade mais baixas, há grande
heterogeneidade das respostas afetivas individuais93,94, possivelmente influenciada por
fatores relacionados ao perfil psicológico.
5.1.6. Tolerância e preferência pela intensidade do exercício
O papel das características relacionadas à excitação e modulação sensorial no
contexto do exercício pode ser devido a dois motivos relacionados: (a) que os fatores
aos quais influenciam a modulação de estímulos, tais como interoceptivos induzidos
pelo exercício, são pelo menos em parte distintos daqueles que influenciam a
modulação de estímulos exteroceptivos e sociais; e (b) que atualmente medidas
disponíveis de aplicação geral das referidas características se concentram fortemente
em resposta a estímulos sociais e exteroceptivos, enquanto grande parte tem ignorando
respostas a estímulos interoceptivos.
Assim, Ekkekakis et al.93 recomendaram duas novas construções, ou seja, "a
preferência pela intensidade do exercício" (ou intensidade-preferência) e "a tolerância à
intensidade do exercício" (ou tolerância a intensidade), definindo a preferência para a
intensidade do exercício como uma predisposição para selecionar um determinado nível
de intensidade do exercício, quando dada a oportunidade (por exemplo, quando
engajar-se em exercícios auto-selecionados ou não vigiados). Ademais, a tolerância a
intensidade do exercício foi definida como um traço que influencia a capacidade de
continuar a se exercitar em um imposto nível de intensidade, mesmo quando a atividade
se torna desconfortável ou desagradável93.
Orientações para a prescrição de exercício emitidas pelo American College of
Sports Medicina95, abordam o nível adequado de intensidade de exercício, focado
principalmente em considerações fisiológicas, onde, “as preferências individuais para
exercício devem ser consideradas para melhorar a probabilidade de que o indivíduo irá
aderir ao programa de exercícios”. Contudo, uma dada intensidade relativa pode ser
demasiadamente baixa para alguns indivíduos e demasiadamente elevada para outros,
e rígidas prescrições desta natureza, teoricamente, não facilitaria a adesão exercício96.
Grandes diferenças inter-individuais também são observados na tolerância ao
exercício exibida por participantes quando a intensidade da atividade física é imposta.
Em um estudo envolvendo 30 minutos de bicicleta ergométrica a uma intensidade
imposta de 60% VO2max estimado, 44% dos participantes relataram uma melhora
progressiva, enquanto 41% relataram um declínio progressivo na valência afetiva89.
Alguns fatores podem estar relacionados à preferência e tolerância aos exercícios
no contexto da variabilidade inter-individual, como por exemplo, sinais musculares e
respiratórios podem diferir um pouco nas respostas a estímulos exteroceptivos por
exemplo, visual, auditiva, tátil93.
A base desta afirmação pode estar pautada no processamento de estímulos
interoceptivos relacionados ao exercício no cérebro, que envolvem construções distintas
em termos de anatomia e design dos mecanismos responsáveis pela transformação de
estímulos exteroceptivos. Por conseguinte, os estímulos interoceptivos são processados
por um sistema de várias camadas cada vez mais complexas e hierarquicamente
organizadas, que se estendem a partir do tronco cerebral para o córtex
somatossensorial58.
Como uma extensão do ponto anterior, especula-se que a preferência pela
tolerância e intensidade do exercício tem substratos anatômicos e fisiológicos distintos.
No entanto, o estado atual do conhecimento neste campo ainda não está claro. Rhodes
et al.97 identificaram o giro dentado do hipocampo como uma área que pode estar
relacionada com a auto-selecção de intensidade de execução de exercício em
camundongos. Simonen et al.98 focaram na dopamina como um fator que pode regular a
quantidade de exercício voluntário, uma vez que parece ser o denominador comum do
movimento e de recompensa. Nesta mesma linha, especula-se que a preferência pela
tolerância da intensidade do exercício deve estar intimamente ligada às respostas
afetivas aos exercícios93.
Assim, áreas do cérebro envolvidas em tais respostas devem ser relevantes para
as diferenças individuais na intensidade de preferência e tolerância à intensidade.
Diante disto, é também possível que as áreas que receberem aferentes estímulos
interoceptivos e são envolvidas nas respostas afetivas, tais como a insula, a amígdala, e
o núcleo accumbens, podem estar envolvidas na preferência pela intensidade do
exercício, enquanto que as áreas envolvida na analgesia induzida pelo stress, tais como
a substância cinzenta periaquedutal, pode estar envolvida na tolerância para a
intensidade do exercício93.
É importante enfatizar que não devemos considerar essas características como
as únicas determinantes e influenciadoras na valência afetiva, ou mesmo na adesão e
aderência aos programas de exercícios físicos. Outros fatores, incluindo físicos (por
exemplo: condicionamento físico, idade, saúde status), experiencial (como:
aprendizagem de habilidades de enfrentamento, histórico de exercícios), e situacional
(exemplo: ansiedade física social) também são susceptíveis de serem importantes e
merecem ser mais investigados para o melhor de nossos conhecimentos.
5.1.7. Influência do nível de atividade física
Investigações sobre as respostas psicológicas ao exercício têm estado na
vanguarda das ciências do exercício nos últimos anos. Em particular, a exploração de
respostas afetivas a sessões de exercício agudo tem sido de especial interesse, visto
que, há evidências onde a situação da resposta afetiva é um forte preditor da
quantidade de tempo que as pessoas, posteriormente, optam por passar na situação de
exercício51. Assim, acredita-se que uma maior compreensão do afeto em definições do
exercício acabará por proporcionar uma passo importante para resolver o problema
adesão89.
A ligação entre intensidade do exercício e respostas afetivas tem sido um tema
popular de investigação bastante abordada, e que tem atraído algumas conclusões
universalmente aceitas51. Durante décadas de pesquisas acerca dos resultados
psicológicos do exercício, tal temática levou pesquisadores a tentar tirar conclusões
sobre a relação entre a dose adequada de exercícios aeróbicos, por exemplo, modelo
do exercício, intensidade, duração e respostas afetivas. Inicialmente, Raglin e Morgan99
recomendaram que a intensidade deveria ser de 60% da potência aeróbica máxima.
Dishman100 propôs que a intensidade do exercício deve ser pelo menos 70% VO2max e
20min de duração para obter benefícios afetivos. Berger101, 102 defendeu em
investigações precedentes que o exercício em intensidade "moderada" por pelo menos
20-30 min, resulta em benefícios para a saúde mental.
Embora, uma dose precisa ainda é o assunto de alguns debates, os
investigadores são em grande parte unânimes em suas conclusões que, para a maioria
das pessoas, o exercício aeróbico está associado com o aumento do humor positivo e,
geralmente, faz você se sentir melhor103,104. No entanto, estas parecem sinopses
prematuras, uma vez que a literatura é abundante de metodologias ainda inconsistentes.
Em investigações prévias, a resposta afetiva durante o exercício resultou em
achados pouco contraditórios, principalmente quanto ao nível de atividade física do
indivíduo. Por exemplo, Parfitt, Markland, e Holmes32 relataram que ao contrário de
indivíduos altamente ativos, os indivíduos com baixa atividade foram significativamente
mais negativos nas suas respostas em intensidade "alta" do que em intensidade "baixa".
No entanto, Boutcher et al.105 identificaram que indivíduos treinados/experientes
relataram mais afeto positivo durante tanto intensidade "moderada" como "grave" em
comparação com participantes destreinados. Reed et al.35 descobriram que os
participantes ativos apresentaram resposta afetiva significativamente mais positiva
durante e imediatamente após exercício aeróbio com intensidade igual a 50% VO2max
comparado aos participantes sedentários. Dentro de um contraste, Daley e Welch106 não
encontraram nenhuma diferença nas respostas afetivas entre mulheres ativas e inativas
durante e após a exercício independente da intensidade. Uma das possíveis explicações
para a inconsistência dos resultados pode ser que o momento em que a resposta afetiva
foi medida durante exercício, variou de um estudo para o outro.
Da mesma forma, investigações precedentes reconheceram que os indivíduos
não reagem com um comportamento uniforme às diferentes intensidades dos
exercícios89. Portanto, as sensações e respostas afetivas irão variar muito entre os
indivíduos durante intensidades abaixo e no limiar de lactato, porque eles vão interpretar
o exercício de formas diferentes. Adicionalmente, quando a intensidade do exercício
aumenta, há uma alteração na influência relativa que os processos cognitivos e
estímulos interoceptivos têm na formação da resposta afetiva90.
5.1.8. Exercício intervalado de alta intensidade
Kemi e Wisløff107 descrevem o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT)
como um método de treinamento caracterizado por curtos e repetidos estímulos
vigorosos, executados perto ou no máximo consumo de oxigênio, e intercalados por
períodos de descanso ou de baixa intensidade do exercício. O High Intensity Interval
Training, abreviado da língua inglesa para HIIT ou HIT é também chamado de exercício
intervalado de alta intensidade ou mesmo SIT (Sprint Interval Training), ou ainda
definido como um método de treinamento que envolve a execução de curtos e repetidos
estímulos de alta intensidade (acima da máxima fase estável de lactato) intercalados
com períodos de recuperação (ativa ou passiva)8.
Weston et al.12, referem-se ao protocolo SIT, como exercício que envolve
intensidades “all out” ou supramáximas de esforços, no qual as intensidades alvo
provocam > 100% VO2pico. Em contraste, HIIT pode ser descrito como protocolo em
que a intensidade de treino é “perto da máxima", ou seja, entre 80-100% FC máx. HIIT
de baixo volume é descrito como episódios de intervalos curtos (~ 30-60s), com uma
intensidade entre 80-100% da FCmáx durante uma sessão de exercícios de curta
duração, geralmente de 20 minutos, incluindo os períodos de recuperação. O presente
estudo irá empregar a terminologia proposta por Weston et al.12.
Seus estímulos de alta intensidade ou “tiros” são frequentemente encontrados na
literatura pela utilização do termo sprints. Geralmente, os períodos de alta intensidade
podem durar de 10 segundos a 5 minutos, com intensidade acima do limiar
anaeróbio108. Em se tratando dos períodos de intervalos de recuperação ou repouso,
momentos destinados à recuperação entre os estímulos de trabalho, podem ser
realizados de forma passiva (sem nenhum esforço de forma estacionaria) ou ativa
(quando existe a execução dos movimentos, porém de baixa a moderada intensidade),
estes intervalos são observados na literatura com momentos que variam de ~8
segundos com cerca de 60 repetições na sessão109, até períodos mais longos, na ordem
de 4,5 minutos6.
5.1.9. Exercício intervalado de alta intensidade e de baixo volume
Preocupações presentas relacionadas com a tolerabilidade, segurança e
praticidade dos protocolos HIIT, levaram investigadores a desenvolverem uma versão
mais prática, com o objetivo de manter os benefícios fisiológicos e tempo eficiência de
HIIT tradicional, ao mesmo tempo, aborda preocupações relacionadas com a
tolerabilidade9,13. Estes protocolos mais prático HIIT envolvem intensidades que são
menos graves, mas ainda próximas da capacidade máxima e envolvem uma relação de
a 1:1 entre os “tiros e os intervalos de recuperação27. Ademais, o protocolo modificado
HIIT de baixo volume deve ser geralmente bem tolerado, ao passo que os sujeitos não
relatem qualquer sensações de tonturas, dores de cabeça leve, ou náusea que
ocasionalmente são experimentadas por indivíduos, após HIIT baseado no Teste
Wingate13,110.
Diante disso, alguns protocolos têm sido utilizados como modelos mais seguros,
práticos e bem toleráveis para ambos os indivíduos saudáveis e pacientes clínicos8,9 e
apresentado bons resultados, como o HIIT de baixo volume, o qual se refere à sessão
de treinamento de exercício que é relativamente breve e que consiste em ≤10 min de
exercício intenso dentro de uma sessão de treinamento com duração de ≤30 min
incluindo aquecimento, períodos de recuperação entre os intervalos e
desaquecimento8, (ou seja, 10 x 60s de tiros a 90-100% de potência máxima ou
frequência cardíaca com recuperação ativa de 60 segundos)9.
Investigações recentes têm demonstrado a eficácia destes protocolos HIIT para
melhorar fatores de risco cardiometabólico em uma variedade de populações13, 10, 11.
Little et al.13 investigaram com o objetivo de determinar a performance e as adaptações
metabólicas a um modelo mais prático de HIIT baixo volume, onde sete homens (21 ±
0,4 anos, VO2pico = 46 ± 2 ml.kg-1.min-1) realizaram seis sessões de treinamento
(ciclismo) durante 2 semanas. Cada sessão HIIT consistia de 8-12 × 60 s a ~ 100% do
pico de potência atingido no fim do teste de rampa VO2pico (355 ± 10W) intercaladas
por intervalos de 75 s em uma intensidade baixa (30W) para a recuperação, cada
sessão de treinamento variou ~20 a 29 min. Resultando em HIIT de baixo volume com
estímulo potente para aumentar a capacidade mitocondrial do músculo esquelético de
forma significativa, como melhorias no desempenho funcional.
Hood et al.11 analisaram o efeito do HIIT de baixo volume submáximo se este é
mais prático na capacidade oxidativa do músculo esquelético e na sensibilidade à
insulina em adultos de meia-idade. Sete indivíduos sedentários saudáveis (três
mulheres), com média de 45 ± 5 anos de idade, índice de massa corporal de 27 ± 5
kg.m-2, e consumo máximo de oxigênio VO2pico de 30 ± 3 mL.kg-1.min-1 realizaram seis
sessões de treinamento (ciclismo) durante 2 semanas. Cada sessão envolveu 10 × 1-
min a 60% de potência de pico atingida durante um teste de rampa VO2pico,
intercalados por 1 min de recuperação entre os “tiros”. Os achados apontaram aumento
na capacidade muscular oxidativa, como refletido pelo conteúdo de proteína de citrato
sintase com um aumento de ~35%, e com base no modelo de avaliação da homeostase,
o índice da sensibilidade à insulina melhorou em ~35% após o treinamento. Little et al.10
constataram que indivíduos com diabetes tipo 2 perceberam uma única sessão HIIT de
baixo volume como muito agradável, e mostraram ainda que duas semanas deste
protocolo, dentro de 24h baixou a concentração média de glicose no sangue e a
glicemia pós-prandial, e aumentou capacidade mitocondrial do músculo esquelético em
indivíduos com diabetes tipo 2.
Visto que o HIIT de baixo volume é eficaz em inúmeras populações saudáveis,
aliás, Currie et al.15 investigaram a sua eficácia na reabilitação cardíaca até então não
estabelecida. Foram, avaliados os efeitos de 2 sessões por semana durante 12
semanas (ciclismo), em 22 pacientes com doença arterial coronariana (DAC) que
executaram sessões HIT de baixo volume compostas por 10 minutos somando
aquecimento e desaquecimento em movimento de baixa intensidade, mais 10 repetições
de 1 minuto a 89% do pico de potência separados por 1 min de intervalos com 10% do
pico de potência por sessão. Este estudo demonstrou melhorias induzidas pelo HIIT de
baixo volume na aptidão física, função artéria braquial e endotelial, sem eventos
adversos nos indivíduos.
Bayati et al.14 avaliaram o impacto de dois protocolos de HIIT de baixo volume. 24
homens jovens ativos foram submetidos a 3 sessões de ciclismo por semana durante 4
semanas, um protocolo (G1) consistiu de 3-5 “tiros” de 30s “all-out” com 4 min de
recuperação, em um segundo protocolo (G2) de 6-10 “tiros” de a 125% da potência
máxima com recuperação de 2 min. Foram observadas melhoras significantes no
VO2max, pico de potência e recuperação do lactato sanguíneo em ambos protocolos
HIIT de baixo volume. Embora essas formas de HIIT de baixo volume tenham sido
construídas em torno de intensidades que forneçam boa vantagem fisiológica, pesquisas
ainda necessitam avaliar de forma mais clara as respostas obtidas a partir desta
estratégia de treinamento físico.
5.1.10 Respostas afetivas aos exercícios.
Em investigações prévias, Rose e Parfitt et al.36 compararam as respostas
motivacionais e afetivas ao exercício prescrito e intensidade auto-selecionada, perto de
limiar ventilatório, entre mulheres fisicamente ativas e sedentárias. Nos exercícios
compostos de 30 min na esteira em dias separados, a intensidade foi fixada em uma
sessão e auto-selecionada na outra. A intensidade do exercício, eficácia, e percepção
de competência, autonomia e respostas afetivas foram avaliadas. Os resultados
mostraram que as mulheres mais ativas fisicamente apresentaram mais afeto positivo
durante os exercícios e maior competência do que mulheres sedentárias, enquanto o
grupo sedentário reportou mais respostas positivas na condição de exercício auto-
selecionado frente a prescrita. Rose e Parfitt et al.36,50 relataram que durante intensidade
auto-selecionada, o indivíduo usa o seu processo de avaliação cognitiva para a resposta
afetiva resultante ao longo do exercício, assim guiando sua escolha para uma
intensidade que resulte em uma resposta afetiva positiva e não coloque acima o limite
fisiológico em desafio, assim, investigações destacam que a prescrição da intensidade
do exercício não preferencial representa um risco para respostas afetivas e,
potencialmente, para a futura adesão exercício22,36,111.
Em investigações de Parfitt et al.112, onde o objetivo foi medir a intensidade do
exercício associada às respostas afetivas de "bom" a "muito bom”, foi dividido em 2
partes: o Estudo 1, onde 8 mulheres ativas concluíram 20 min de exercício regulado
pelo afeto para sentir "bom" ou "razoavelmente bom" (ordem contrabalançadas) seguido
de uma sessão de replicação de intensidade. No estudo 2, 10 mulheres concluíram os 3
ensaios de exercício para sentir-se "bom" (n = 5), ou 3 ensaios para se sentir "muito
bom" (n = 5). Cada teste consistiu de uma sessão regulada pelo afeto seguido de uma
sessão de replicação. Ao longo dos estudos, a intensidade para se sentir "bastante
bom" foi significativamente maior do que sentir-se "bom". Ambas as intensidades
ficavam perto do limiar ventilatório. Os resultados sugerem que as mulheres podem usar
afeto para regular intensidade do exercício em uma intensidade que conferiria benefícios
saúde e aptidão física.
Parfitt et al.113 compararam os efeitos de 20 minutos de exercício em esteira em
um exercício prescrito intensidade (65% VO2max) e um exercício de intensidade
preferida sobre afeto psicológico e prazer ao exercício em indivíduos aptos
aerobicamente. Afeto e prazer foram medidos antes, durante e após as sessões. Os
resultados indicaram que não houve diferença no afeto psicológico ou prazer entre as
duas sessões de exercício, embora a taxa de trabalho tenha apresentado maior na
condição preferencial, indicando que os valores pré-exercício de afeto desempenham
um papel influente na resposta afetiva ao exercício.
Evidências mostram que aspectos da personalidade estão associados com
participação em atividade física. Na hipótese de Schenneider et al.114, entre
adolescentes com ativação comportamental (AC), direciona a experimentar emoções
positivas; e inibição comportamental (IC), orienta respostas comportamentais a ameaças
a novos estímulos. Esses aspectos de personalidade estão associados com o nível de
aptidão física, prazer ao exercício, tolerância e persistência em exercícios de alta
intensidade e resposta afetiva a uma sessão de exercício agudo. Diante disso, 146
adolescentes saudáveis executaram duas tarefas de 30 min de exercício na bicicleta
ergométrica a uma intensidade moderada. Questionários avaliaram IC/AC, Prazer ao
exercício, preferência e tolerância para atividade de alta intensidade. Os resultados
evidenciaram que IC foi negativamente correlacionada com a tolerância ao exercício de
alta intensidade e adolescentes com altos escores do IC relataram a ES mais negativas
em resposta ao exercício em ambas as intensidades moderadas e vigorosas. AC foi
positivamente correlacionada com o Prazer ao exercício, e adolescentes com altas
pontuações AC relataram a ES mais positiva ao exercício moderado. A associação entre
AC e o afeto foi atenuada para exercícios vigorosos. Estes resultados sugerem que os
AC pode desempenhar um papel relativamente maior em termos de prazer subjetivo ao
exercício.
Sheppard e Parfitt91 examinaram a relação entre intensidade do exercício e
respostas afetivas em duas populações sedentárias diferentes (homens e meninos)
através de um teste de esforço progressivo máximo (TEM). Todos os participantes
completaram dois TEM, com uma semana de intervalo. Durante o teste e no final, os
participantes relataram a valência afetiva. Foi mostrado um declínio significativo após o
limiar ventilatório (LV) em ambos os grupos. No entanto, os dados dos homens
mostraram um declínio significativo na valência afetiva desde o início do exercício até o
ponto de LV, padrão não presente nos meninos. Os dados apontam que o exercício
acima do LV provoca diminuição significativa da valência afetiva, embora seja
importante reconhecer que as diferenças interindividuais e variações na magnitude das
respostas eram grandes. Meninos e homens demonstraram responder afetivamente de
forma semelhante na intensidade acima do LV, mas não inferior a LV.
A discussão corrobora com estudos prévios, onde mostram que durante o
exercício até em torno do limiar ventilatório, as respostas afetivas são principalmente
geradas por um processo de avaliação cognitiva que pode envolver fatores, tais como a
auto-eficácia, benefícios percebidos, fatores de personalidade e foco de atenção17,50,51.
5.1.11. Respostas afetivas ao exercício intervalado de alta intensidade
Treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) tem sido apontado a partir de
estudos prévios como uma estratégia de tempo eficiente para muitos benefícios
fisiológicos conhecidos, mas as pesquisas que investigam os aspectos psicológicos
deste treinamento ainda são muito limitadas. Diante disso a resposta afetiva ao
exercício se torna um importante aspecto da experiência de exercício que recebeu
significativa atenção de pesquisas nos últimos anos27. Afeto é também definido como a
resposta geral da valência de prazer / desprazer41.
As investigações nesta área levaram ao desenvolvimento da teoria do modo
duplo, que descreve a resposta afetiva ao exercício contínuo em intensidades
variadas115. Esta teoria sugere que intensidades moderadas abaixo do limiar anaeróbio
produzem respostas afetivas consistentemente positivas, são sustentáveis e adaptáveis,
e são mais propensas a facilitar manutenção comportamental; intensidades bem acima
do limiar anaeróbio produzem consistentemente respostas mais negativas ligadas a
acidose metabólica e significativo desconforto de esforço, são nocivas, mal-adaptativas,
e podem desencorajar a manutenção do comportamento; e intensidades pesadas e
ligeiramente acima do limiar anaeróbio e posicionadas entre moderada e grave
intensidades, produzem reações emocionais variadas de agradáveis a desagradáveis,
porque a sustentabilidade desta intensidade de exercício gera uma resposta incerta e,
portanto, são influenciadas pelo afeto, auto-eficácia e motivação pessoal27.
Assim, considerando que os estímulos do HIIT ocorrem acima do limiar
anaeróbio, seria plausível observar respostas afetivas negativas dos indivíduos ao
realizarem esse tipo de exercício. Entretanto, os resultados de estudos prévios são
controversos, onde alguns mostram resposta afetivas diferentes durante o HIIT. Por
exemplo, Wisløff et al.4 e Tjonna et al.116 relataram que os comentários informais de
pacientes com insuficiência cardíaca e síndrome metabólica indicam que o HIIT foi
percebido como motivador, enquanto o exercício contínuo moderado, como "muito
chato". Os dados de Bartlett et al.117 demonstraram que os homens recreacionalmente
ativos tem percebido o HIIT como mais agradável do que uma corrida contínua
moderada, apesar das classificações mais elevados de percepção de esforço (PSE)
durante o HIIT. Little et al.10 constataram que indivíduos com diabetes tipo 2 tem
percebido uma única sessão HIIT de baixo volume muito agradável e manifestaram a
intenção de realizá-la no futuro. Kemi e Wisloff.107 apontaram em suas investigações
que HIIT foi mais motivador do que o exercício contínuo com intensidades mais baixas,
entre ambos os participantes saudáveis e aqueles com doença cardíaca cardiovascular,
principalmente por causa dos efeitos fisiológicos do HIIT (ou seja, a melhoria da
capacidade de exercício), foram notados mais rapidamente pelos participantes e o
tempo total de exercício foi reduzida. Portanto, observa-se um papel motivacional do
HIIT em uma série de estudos4,107,116–118, incluindo uma revisão sistemática12. Esses
estudos indicam que HIIT é percebido como mais motivante e agradável em
comparação com o exercício contínuo com intensidades mais baixas.
Outros sustentam que HIIT ou STI (treinamento intervalado a sprint) são
inapropriados para a população sedentária. Estes modelos de exercício são
susceptíveis de provocar um alto grau de influência negativa, que podem levar a uma
resposta de esquiva com a perspectiva de sessões futuras7. Na verdade, orientações de
exercícios do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) afirmam que os
sentimentos induzidos pelo exercício de fadiga e afeto negativo podem agir como um
impedimento à participação contínua119. Em apoio, Oliveira et al.29 descobriu que jovens
do sexo masculino relataram maior PSE e resposta afetiva positiva mais baixa
(sensação de desprazer) durante o HIIT em comparação com o exercício contínuo.
Estes resultados são consistentes com a teoria do "modo-duplo", o que uma relação
negativa entre a intensidade do exercício e a sensação de prazer, e as respostas
homogêneas de descontentamento são esperadas durante o exercício realizado acima
do limiar ventilatório (LV)17,18,24. Este parece ser paradoxal a estudos anteriores que
mostram que HIIT é percebido como motivador e agradável pelos
participantes4,10,12,107,116–118.
Para o melhor de nosso conhecimento, apenas cinco estudos investigaram a
resposta afetiva durante HIIT27–29,37,120. Oliveira et al.29 analisaram as respostas afetivas,
PSE, e excitação (ES) durante uma única sessão de HIIT e exercício contínuo. Sete
indivíduos completaram a sessão HIIT, que consistia em ~7 "tiros" de 2min, com 100%
do VO2pico intercaladas com ~60s de recuperação passiva. O exercício contínuo foi
realizado com uma carga equivalente a 85% do ponto de compensação respiratória.
Apesar da mesma porcentagem média de VO2pico (HIIT: ~73%; contínuo: ~72%)
durante todas as sessões, os autores observaram valores mais elevados de PSE e ES,
e menores valores ES durante a sessão HIIT, em comparação com o exercício contínuo.
Nas investigações de Jung et al.28 foram comparadas as respostas afetivas, auto-
eficácia, intenções, prazer e preferências de exercícios, entre exercício contínuo
moderado, exercício vigoroso contínua, e HIIT em homens e mulheres insuficientemente
ativos. O protocolo HIIT foi muito semelhante ao utilizado no presente estudo (10 x 60
com 100% de potência máxima com a recuperação de 60 segundos com 20% de
potência de pico), contudo, em uma bicicleta ergométrica. Em relação à resposta afetiva
e PSE, apesar da queda da sensação de prazer e aumento de esforço ao longo do
tempo em todos os protocolos, os indivíduos perceberam os exercícios como vigorosos
tanto o contínuo como o HIIT sendo mais intenso e menos agradável em relação ao
exercício contínuo de intensidade moderada (CMI). HIIT foi relatado ser menos
agradável do que CMI durante e após o exercício. Curiosamente, os indivíduos
relataram menos intenções na auto eficácia, prazer, e de preferência ao exercício
vigoroso contínuo em relação ao HIIT e exercício moderado contínuo.
Mais recentemente, Martinez et al.27 investigaram as respostas afetivas e de
prazer em sessões contínuas e HIIT, onde 20 adultos (11 homens e 9 mulheres)
insuficientemente ativos sobrepesados e obesos, foram submetidos a quatro ensaios
contrabalançados: um ensaio de 20 min de exercício contínuo pesado (10% de
diferença entre o limiar anaeróbio e da capacidade máxima), e três ensaios de 24 min
de HIIT com razão 1:1, que utilizaram períodos de 30 s, 60 s, e 120-s, os “tiros” foram a
60% da diferença entre limiar anaeróbio e da capacidade máxima, a recuperação
realizada a 10-20% da máxima capacidade. Os resultados mostraram que os dois
protocolos de “tiros” e curta duração do HIIT foram mais agradáveis, preservaram mais o
afeto do que HIIT de maior duração e exercício contínuo pesado. Saanijoki et al.37
avaliaram se as emoções negativas e de desagrado sentidas no exercício vigoroso
podem desencorajar a adesão ao exercício físico regular. Foram quantificadas as
respostas afetivas ao HIIT, em comparação com exercício de intensidade moderada
contínuo (IM). Vinte e seis homens saudáveis e sedentários de meia-idade (idade 47 ± 5
anos) foram divididos para sessões HIIT (n = 13, 4-6 x 30 s de esforço “all-out” de
ciclismo a ~180% da carga de trabalho de pico com 4 min de recuperação) e IM (n = 13,
40-60 min contínuos a 60% da carga de trabalho de pico), realizando 6 sessões dentro
de 2 semanas. Assim, tanto a percepção de esforço como as respostas de afeto
negativas foram maiores durante o HIIT, o que aumentou a experiência de emoções
negativas e esforço em homens sedentários de meia-idade, podendo influenciar
negativamente na adesão aos exercícios físicos.
Apesar da necessidade contínua de estudos futuros sobre o HIIT e as respostas
afetivas, estes estudos fornecem uma base para mais investigações interessadas em
examinar diferentes populações com o objetivo de melhorar a tolerabilidade ao
exercício, prazer, e, finalmente, adesão como um importante alvo para os esforços de
promoção da saúde.
6. METODOLOGIA
6.1. Sujeitos
Participaram do estudo cinquenta e oito homens (entre 18 e 35 anos), de forma
voluntária. Os sujeitos foram recrutados via convites pessoais ou impressos ambientes
da universidade, bem como através de e-mail e redes sociais. Todos os participantes
responderam a um questionário de histórico médico e um questionário prontidão para
atividade física (PAR-Q) antes do início do estudo. Os critérios de inclusão foram: i) ser
classificado como aparentemente saudáveis; ii) não apresentar contraindicações para o
exercício; iii) não apresentar lesões musculoesqueléticas. Os critérios de exclusão
foram: i) apresentar resposta positiva no PAR-Q; ii) índice de massa corporal (IMC)
maior ou igual 30 kg/m2; iii) não apresentar nível de atividade física similar nos últimos
três meses; iv) não conseguir completar a sessão de EIAI. Os participantes foram
informados sobre todos os procedimentos do estudo e assinaram o termo de
consentimento informado para participação no estudo. O estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CAAE:
28710414.1.0000.5537), de acordo com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional
de Saúde.
6.2. Desenho do estudo
Foi realizado um ensaio transversal, no qual dois grupos com diferentes níveis de
atividade física realizaram uma sessão de EIAI a fim de analisar e comparar a resposta
afetiva à esse tipo de exercício. Nesse sentido, os participantes foram separados em
dois grupos: i) fisicamente ativos (n = 29) e ii) insuficientemente ativos (n = 29). A
classificação do nível de atividade física foi baseada nas diretrizes do ACSM19, usando a
versão curta do Questionário Internacional de Atividade Física (International Physical
Activity Questionnaire, IPAQ)121.
Cada indivíduo realizou os seguintes procedimentos: i) triagem inicial e avaliação
física; ii) teste de esforço máximo; iii) uma única sessão de EIAI. Os procedimentos
foram separados por 72h. Inicialmente, os indivíduos responderam o questionário de
histórico médico e prontidão para atividade física (PAR-Q). Nesse mesmo dia, foi
realizada a avaliação física, onde foram avaliados a massa corporal (kg), estatura (m) e
pressão arterial de repouso (mmHg). A pressão arterial foi mensurada utilizando um
aparelho oscilométrico (Omron® HEM-780-E, Kyoto, Japão)122, respeitando os
procedimentos para essa medida123. Ao final, foi marcado o teste de esforço com cada
participante. Nesse momento, foram dadas orientações para que os sujeitos evitassem
atividade física vigorosa, produtos com cafeína e consumo de álcool 24h antes do teste
de esforço assim como nas sessão de EIAI. Ademais, foi solicitados que os indivíduos
mantivessem um bom padrão de sono e os mesmos hábitos alimentares.
Figura 1. Fluxograma das etapas do estudo.
Nota: PAR-Q = Questionário de prontidão para atividade física, IPAQ = Questionário
internacional de atividade física
7. PROCEDIMENTOS
7.1. Avaliação do nível de atividade física
A classificação do nível de atividade física foi baseada nas diretrizes da ACSM19
usando a versão curta do IPAQ, como previamente descrito121. O grupo fisicamente
ativo incluiu sujeitos que realizaram 150 minutos de atividade física moderada em, pelo
menos, cinco dias da semana e/ou 75 minutos de atividade física vigorosa em, pelo
menos, três dias da semana. O grupo insuficientemente ativo incluiu sujeitos que não
atingiam nenhum dos critérios acima detalhados. O IPAQ traz questões referentes a
semana anterior em relação ao momento de aplicação do questionário. Assim, os
sujeitos foram questionados individualmente se o padrão reportado na semana anterior
era o mesmo dos último três meses, a fim de caracterizar melhor o nível de atividade
física. Caso houvesse dúvida ou diferença nesse padrão, o sujeito não era excluído do
estudo. Apesar de ser um instrumento em que o indivíduo auto-reporta o nível de
atividade física, o IPAQ apresenta boa confiabilidade teste-reteste e validade de critério
(contra o acelerômetro)124.
7.2. Teste de esforço máximo
O protocolo de EIAI foi realizado na esteira. Dessa forma, para individualizar o
protocolo de exercício, os indivíduos realizaram um teste de esforço máximo em esteira,
a fim de determinar a velocidade máxima atingida e a frequência cardíaca máxima
(FCmáx). Todos os voluntários tinham experiência prévia em se exercitar na esteira,
portanto, não houve necessidade de uma sessão de adaptação. O teste foi padronizado
de acordo com o nível de atividade física do sujeitos. Inicialmente, os indivíduos
realizavam uma caminhada à 4km/h na esteira (Inbrasport®, Porto Alegre, BRA) como
aquecimento. O grupo insuficientemente ativo iniciava o teste com uma velocidade de
4km/h e 1% de inclinação, com incrementos fixos de 1km/h por minuto até a exaustão
voluntária. O grupo fisicamente ativo iniciava o teste com velocidade de 6km/h e 1% de
inclinação e eram dados os mesmos incrementos fixos de 1km/h por minuto até a
exaustão voluntária. A velocidade máxima atingida na esteira (VME) foi definida como a
velocidade alcançada durante o último estágio completo antes da exaustão voluntária. A
definição desses protocolos de teste de esforço ocorreu após estudo piloto prévio com
outros voluntários com o mesmo perfil da amostra do estudo.
A FC foi monitorada continuamente durante o teste de esforço através de
cardiofrequencímetro (Polar Electro®, Oy, Kempele, Finlândia). Nos últimos 10
segundos de cada estágio a FC e a percepção subjetiva do esforço (PSE), através da
escala de Borg (6-20)60, foram registradas. Todos os participantes receberam instruções
padronizadas sobre a escala de PSE125 antes do teste. Todos os testes foram realizados
entre 8-12 e 8-14 minutos para o grupo insuficientemente ativo e fisicamente ativo,
respectivamente. Além disso, todos os indivíduos atingiram ≥ 95% da FC máxima
prevista para idade (220 – idade) no momento de exaustão voluntária.
7.3. Percepção subjetiva de esforço
A PSE também foi avaliada durante a sessão de EIAI, utilizando a escala de Borg
(6-20)60. Mais uma vez, antes da sessão de EIAI, instruções padronizadas sobre a
escala de PSE125 foram dadas aos participantes. O esforço percebido foi definido como
a intensidade subjetiva de esforço, tensão e/ou fadiga que as pessoas podem sentir
durante o exercício84. As âncoras verbais inferior e superior da PSE foram
estabelecidas durante o teste de esforço máximo. A classificação 6 (“nenhum esforço”)
foi atribuída a situação de repouso e a classificação 20 (“esforço máximo”) foi atribuída à
maior intensidade do exercício. Durante a sessão de EIAI a PSE foi registrada durante
os últimos 10s de cada estímulo.
7.4. Resposta afetiva
A escala de Valência Afetiva (VA)44 é uma escala bipolar de 11 pontos, variando
de +5 a -5, comumente usada para medir o afeto básico (prazer/desprazer) durante o
exercício17,18,36. Esta escala apresenta as seguintes âncoras verbais: -5 = muito ruim; -3
= ruim; -1 = razoavelmente ruim; 0 = neutro; 1 = razoavelmente bom; 3 = bom; e 5 =
muito bom. Estudos anteriores recomendam esta escala para medir a resposta afetiva
durante o exercício112,126. Os participantes receberam instruções padronizadas sobre a
escala de VA antes da sessão de EIAI, de acordo com Hardy e Rejeski44: “Ao realizar
exercício é bastante comum experimentar mudanças de humor. Alguns indivíduos
acham o exercício prazeroso, enquanto outros acham desprazeroso. Além disso, a
sensação pode variar ao longo do tempo. Ou seja, é possível sentir como “bom” ou
“ruim” diversas vezes durante o exercício. Os cientistas desenvolveram uma escala para
medir essas respostas”. Nesse momento, a escala de VA era apresentada aos
indivíduos que eram instruídos a escolher um “descritor/número” que representasse sua
sensação em determinado momento do exercício, quando eles fossem questionados.
Durante a sessão de EIAI os indivíduos foram questionados sobre a sensação de
prazer/desprazer 10 vezes, especificamente durante os 10s finais de cada estímulo de
alta intensidade.
7.5. Exercício intervalado de alta intensidade
O protocolo de EIAI foi adaptado de Gibala et al.9, que tem sugerido que 10
estímulos de 60s em alta intensidade (~90% da FCmáx) intercalados por 60s de
recuperação ativa é mais prático e tolerável, portanto, mais viável que o EIAI envolvendo
esforços máximos ou supramáximos9. Assim, esse protocolo foi adaptado de forma que
fosse utilizado um percentual da VME atingida no teste de esforço para reproduzir o
estresse fisiológico do protocolo de EIAI proposto por Gibala et al.9. Assim, o protocolo
utilizado no presente estudo foi dividido em três partes: i) aquecimento: cinco minutos a
50% da VME; ii) parte principal: 10 estímulos de 60s a 90% da VME intercalados por
60s de recuperação ativa a 30% da VME; iii) desaquecimento: cinco minutos a 50% da
VME. Portanto, toda a sessão, incluindo aquecimento e desaquecimento durou 30
minutos. Durante toda a sessão de exercício a FC foi monitorada através de
cardiofrequencímetro (Polar Electro®, Oy, Kempele, Finlândia) e nos últimos 10s de
cada estímulo os sujeitos eram questionados em relação a PSE e afeto básico
(sensação de prazer/desprazer). A ordem de apresentação da escala de PSE e VA foi
aleatória.
7.6. Análise estatística
Os dados estão expressos em média e desvio padrão (DP). A normalidade foi
testada pelo teste de Shapiro-Wilk. Para comparar as características dos sujeitos entre
os grupos, a resposta afetiva média, mais alta, mais baixa e correspondente a PSE mais
alta, além da FC média durante a sessão de EIAI foi utilizado o teste t para amostras
independentes. Para análise de tamanho do efeito foi utilizado o d de Cohen. A ANOVA
mista two-way, grupos (ativos vs. Insuficientemente ativo) x estímulos (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,
8, 9 e 10), com medidas repetidas no segundo fator foi utilizada para comparar a
resposta afetiva, PSE e FC. Quando a esfericidade foi violada, os graus de liberdades
foram ajustados pelo correção de Greenhouse-Geisser Épsilon. O Eta quadrado parcial
(η2p) foi usado para determinar o tamanho do efeito dessas análises. Quando
necessário, o pós-teste de Tukey foi utilizado para localizar as diferenças identificadas
na ANOVA mista two-way. O teste qui-quadrado foi utilizado para analisar uma possível
diferença de distribuição de sujeitos entre os grupos fisicamente ativo e
insuficientemente ativo que apresentaram resposta afetiva média positiva e negativa, os
quais foram categorizados, respectivamente, em sessão prazerosa e desprazerosa. O
teste qui-quadrado também foi utilizado para analisar uma possível diferença na
frequência de respostas afetivas positivas em diferentes momentos da sessão de EIAI
entre os grupos: início da sessão (estímulos 1, 2 e 3); meio da sessão (estímulos 4, 5, 6
e 7); fim da sessão (estímulos 8, 9 e 10). Assim, foram analisadas 87 respostas em cada
grupo no início e fim da sessão em cada grupo (i.e., 29 sujeitos por grupo, 29 respostas
por estímulo. Portanto, três estímulos geraram 87 respostas). No meio da sessão foram
analisadas 116 respostas afetivas por grupo, pois foram considerados quatro estímulos
(i.e., 29 sujeitos por grupo, 29 respostas por estímulo. Portanto, quatro estímulos
geraram 116 respostas). Por fim, o coeficiente de correlação de Person foi utilizado para
analisar possíveis correlações entre a resposta afetiva com a FC e PSE. O nível de
significância adotado para as análises foi 5% (p < 0,05). Todos os dados foram
analisados o pacote estatístico SPSS® versão 20,0 para Windows (SPSS, Inc.,
Chicago, IL).
O poder estatístico do estudo foi calculado a posteriori considerando os
resultados do desfecho primário do estudo, ou seja, a análise comparativa da resposta
afetiva entre os grupos. Para tal, foi utilizada o software G*Power versão 3.1.9.2. Nesse
sentido, o poder estatístico alcançado, baseado no tamanho amostral do estudo (n =
58), alfa de 0,05 e no tamanho do efeito observado foi: 98% e 97%, respectivamente,
para a interação grupo e estímulos e para o efeito principal do grupo na ANOVA mista
two-way. No teste t para amostras independentes foram observados poder de 100%,
76%, 100% e 100%, respectivamente, para a resposta afetiva média, mais alta, mais
baixa e correspondente a PSE mais alta.
8. RESULTADOS
A Tabela 1 mostra os dados referentes as características, nível de atividade
física dos sujeitos e resultados do teste de esforço máximo. Como esperado, o grupo
fisicamente ativo apresentou melhor desempenho no teste de esforço máximo em
comparação (p < 0,05). Em relação as outras características, não houve diferente entre
os grupos.
Tabela 1. Características e nível de atividade física da amostra do estudo (n = 58)
Características Ativos
(n = 29)
Insuficientemente Ativos
(n = 29)
Idade (anos) 25,7 ± 3,5 25,0 ± 3,6
Estatura (cm) 176,0 ± 6,0 175,0 ± 6,0
Massa corporal (kg) 76,7 ± 10,1 76,5 ± 9,8
Índice de massa corporal (kg/m²) 24,7 ± 2,5 25,1 ± 2,9
Frequência cardíaca máxima (bpm) 191,1 ± 11,6 192,4 ± 8,0
Velocidade máxima no teste (km/h) 15,9 ± 1,6* 13,9 ± 1,3
Escore IPAQ (MET.min.sem-1)
Caminhada
Atividade física moderada
Atividade física vigorosa
Atividade física total
290 ± 290*
1034 ± 696*
1101 ± 935*
2425 ± 1007*
160 ± 100
159 ± 128
176 ± 142
495 ± 88
Nota: IPAQ = Questionário internacional de atividade física *Diferença do grupo
insuficientemente ativo (p < 0,05). Dados expressos em Média e Desvio Padrão.
A Figura 1 mostra a resposta da FC durante a sessão de EIAI em ambos os
grupos. Houve efeito significativo dos estímulos [F (3,119,174,662) = 83,486, p < 0,001,
η2p = 0,599]. Entretanto, não houve interação significativa grupo e estímulos [F
(3,119,174,662) = 1,859, p = 0,136, η2p = 0,032] nem efeito do grupo [F(1,56) = 3,126, p
= 0,083, η2p = 0,053]. Além disso, não houve diferença na FC média atingida nos
estímulos (85,8 ± 5,0% vs. 88,2 ± 5,4%; p = 0,083) entre os grupos fisicamente ativo e
insuficientemente ativo, respectivamente.
Figura 1. Resposta da frequência cardíaca durante uma sessão de exercício intervalado
de alta intensidade em homens fisicamente ativos e insuficientemente ativos.
A Figura 2 mostra as respostas afetivas durante a sessão de EIAI. Houve um
efeito significativo dos estímulos [F (2.680,150.092) = 95,248, p <0,001, η2p = 0,630],
interação grupo por estímulos [F (2.680,150.092) = 6,897, p <0,001, η2p = 0,110] e
efeito do grupo [F (1,56) = 20,378, p <0,001, η2p = 0,267]. O pós-teste de Tukey
mostrou que o grupo insuficientemente ativo apresentou menor resposta afetiva entre os
estímulos 4 e 10 (p < 0,001).
Figura 2. Resposta afetiva durante uma sessão de exercício intervalado de alta
intensidade em homens fisicamente ativos e insuficientemente ativos. * = diferença do
grupo insuficientemente ativo (p < 0,01).
Na Tabela 2, é possível observar que o grupo insuficientemente ativo apresentou
valores menores de resposta afetiva média (p <0,001), mais baixa (p <0,001), mais alta
(p <0,001) e correspondente a maior PSE (p <0,001).
Tabela 2. Resposta afetiva média, menor resposta afetiva, maior resposta afetiva e
resposta afetiva na maior percepção de esforço durante uma sessão de exercício
intervalado de alta intensidade em homens fisicamente ativos e insuficientemente ativos
Variáveis Ativos (n=29) Insuficientemente ativos (n=29)
TE
Resposta afetiva media 1,6 ± 1,6* -0,4 ± 1,8 1,2
Menor resposta afetiva -0,2 ± 2,3* -2,3 ± 2,0 1,0
Maior resposta afetiva 3,5 ± 1,5* 2,7 ± 1,6 0,5
Resposta afetiva na maior PSE 0,1 ± 2,4* -2,1 ± 2,1 1,0
Nota: PSE = percepção subjetiva de esforço; TE = tamanho do efeito. *Diferença do
grupo insuficientemente ativo (p < 0,01).
Além disso, houve uma maior distribuição de sujeitos que apresentaram resposta
afetiva média negativa (categorizados como “Sessão Desprazerosa”) no grupo
insuficientemente ativo (62,1 vs. 17,2%; p = 0,001) (Tabela 3). Por fim, houve uma
menor frequência de respostas afetivas positivas/neutras no grupo insuficientemente
ativo comparado ao grupo ativo no meio (40 vs. 85%; p < 0,01) e final (22 vs. 59%; p <
0,01) da sessão de EIAI (Tabela 4).
Tabela 3. Análise categórica da sessão de exercício intervalado de alta intensidade de
acordo com a resposta afetiva média.
Sessão Desprazerosa Sessão Prazerosa P
Ativo 05 (17,2%) 24 (82,8%) 0,001
Insuficientemente ativo 18 (62,1%) 11 (37,9%)
Nota: para essa análise a resposta afetiva média foi usada para categorizar a sessão de
exercício intervalado de alta intensidade em “sessão prazerosa” (resposta afetiva
positiva) e “sessão desprazerosa” (resposta afetiva negativa).
Tabela 4. Frequência de respostas afetivas positivas no início, meio e final da sessão de
exercício intervalado de alta intensidade em homens fisicamente ativos e
insuficientemente ativos.
Estímulos Insuficientemente Ativo
(n = 29)
Ativo
(n = 29)
1-3 79 (91%) 85 (98%)
4-7 47 (40%)* 99 (85%)
8-10 19 (22%)* 51 (59%)
Note: *Diferença do grupo insuficientemente ativo (p < 0,01).
A Figura 3 mostra as respostas de esforço percebido durante a sessão de EIAI.
Houve um efeito significativo dos estímulos [F (3.135,175.559) = 80,478, p <0,001, η2p
= 0,590] e interação grupo por estímulos [F (3.135,175.559) = 3,253, p = 0,021, η2p =
0,055]. No entanto, não houve efeito principal de grupo [F (1,56) = 0,149, p = 0,701, η2p
= 0,003].
Figura 3. Percepção subjetiva de esforço durante uma sessão de exercício intervalado
de alta intensidade em homens fisicamente ativos e insuficientemente ativos.
A Figura 4 apresenta a análise de correlação entre a PSE e resposta afetiva
durante uma sessão de EIAI em ambos os grupos. Independentemente do nível de
atividade física, houve uma forte correlação negativa entre a PSE e resposta afetiva.
Figura 4. Análise de correlação entre a resposta afetiva e percepção subjetiva de
esforço durante uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade. Painel A =
grupo fisicamente ativo; Painel B = grupo insuficientemente ativo. Nota: para essa
análise foi utilizada a média da resposta afetiva e da percepção subjetiva de esforço
durante a sessão.
A Figura 5 apresenta a análise de correlação entre a FC e resposta afetiva
durante uma sessão de EIAI em ambos os grupos. Independentemente do nível de
atividade física, não houve correlação entre a FC e resposta afetiva.
Figura 5. Análise de correlação entre a resposta afetiva e frequência cardíaca durante
uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade. Painel A = grupo fisicamente
ativo; Painel B = grupo insuficientemente ativo. Nota: para essa análise foi utilizada a
média da resposta afetiva e da percepção subjetiva de esforço durante a sessão.
9. DISCUSSÃO
O principal achado desse estudo é que o nível de atividade física e o número de
estímulos influenciaram a resposta afetiva em uma sessão de EIAI. Os grupos
apresentaram resposta afetiva similar e positiva nos estímulos iniciais, mas o grupo
insuficientemente ativo apresentou redução importante da resposta afetiva ao longo dos
demais estímulos, reportando desprazer. Além disso, independente do nível de atividade
física, um maior esforço percebido foi correlacionado negativamente com a sensação de
prazer.
Durante o EIAI os indivíduos realizaram repetidos estímulos em alta intensidade,
acima do limiar ventilatório (próximo ou acima do ponto de compensação respiratória), o
que gera fadiga acumulada e exacerba o estresse psicofisiológico imposto ao organismo
(carga interna) ao longo do tempo. No presente estudo, a FC e PSE foram maiores nos
estímulos finais em comparação aos estímulos iniciais em ambos os grupos (p<0,001).
O padrão oposto foi observado para a resposta afetiva, que foi maior nos três primeiros
estímulos e menor nos três últimos estímulos em ambos os grupos (p<0,001). Assim, a
integração dos comportamentos observados da FC, PSE e resposta afetiva é coerente
com a teoria do modo duplo, que sugere resposta afetiva negativa em intensidade acima
do limiar ventilatório, especialmente próximo ou acima do ponto de compensação
respiratória17,18. E, nesse sentido, o grupo insuficientemente ativo apresentou menor
sensação de prazer e mais desprazer à medida que o número de estímulos aumentava.
A base neural da teoria do modo duplo aponta que as respostas afetivas ao
exercício são reguladas pelo córtex pré-frontal (CPF) e áreas subcorticais do cérebro
(que recebem inputs sensoriais do corpo18,127. Portanto, no esforço de alta intensidade,
a capacidade funcional do CPF torna-se desafiada pela intensificação dos estímulos
interoceptivos aferentes. Isso induziria a uma desregulação do CPF, resultando em uma
resposta afetiva negativa, direcionadas principalmente por estruturas subcorticais (i.e.,
amígdala)127. Recentemente, Tempest et al.128 demonstram redução da capacidade
funcional do CPF em intensidades acima do limiar ventilatório (LV), especialmente no
ponto de compensação respiratória (PCR) e no momento da exaustão física durante
teste incremental em sujeitos jovens saudáveis. Especificamente no PCR (~90% do
consumo máximo de oxigênio) e no momento da exaustão, os indivíduos reportaram
desprazer (i.e., resposta afetiva negativa). Apesar das diferenças entre um teste
incremental e uma sessão de EIAI, os achados de Tempest et al.129 podem,
parcialmente, explicar os nossos resultados. Considerando que no início do EIAI ambos
os grupos reportaram afeto positivo, é possível que, principalmente, a partir da segunda
metade da sessão de treinamento a fadiga acumulada ao longo dos estímulos tenha
gerado um aumento da carga interna e, com isso, uma intensificação dos sinais
interoceptivos do corpo, diminuindo a capacidade funcional do CPF e reduzindo a
sensação de prazer, independente do nível de atividade física dos sujeitos18,127,129.
Entretanto, a redução da resposta afetiva ao longo dos estímulos ocorreu em maior
magnitude no grupo insuficientemente ativo.
Mais recentemente, Tempest et al.128 analisaram o padrão de ativação do CPF e
a resposta afetiva em indivíduos que auto-reportaram alta e baixa tolerância ao
exercício. Em intensidades abaixo do LV, foram observadas respostas afetivas positivas.
De acordo com o estudo, os “inputs” ou estímulos sensoriais não ameaçaram a
homeostase, influenciando na predominância das respostas afetivas positivas,
corroborando com os achados de nosso estudo em sua fase inicial.
O grupo de alta tolerância relatou resposta afetiva mais positivo / menos negativa
acima LV. Ademais, na intensidade equivalente ao PCR e no momento da exaustão no
teste de esforço os indivíduos menos tolerantes ao exercício apresentaram resposta
afetiva mais baixa. Desta forma, houve uma diferença no padrão de ativação do CPF
esquerdo e direito entre os grupos, onde o esquerdo está relacionado à sensações de
felicidade, enquanto o direito a sensações de tristeza. De forma interessante e
inesperada pelos autores, os mais tolerantes ao exercício apresentaram maior ativação
do CPF direito no PCR e no momento da exaustão, enquanto nos menos tolerantes foi
observado padrão oposto.
Logo, no grupo de baixa tolerância uma maior resposta hemodinâmica no CPF
esquerda pode ter sido necessária para manter controle dos processos cognitivos
quando a intensidade do exercício começou a se tornar um desafio17,24. Isto iria permitir
ao indivíduo continuar o exercício, apesar da presença de resposta afetiva negativa24.
Contudo, devido à resposta hemodinâmica maior grupo de alta tolerância, pode ser que
estes indivíduos tenham sido capazes de manter a função CPF de forma mais eficiente,
e consequentemente suas respostas afetivas não foram tão negativas54.
Visto que a intensidade acima do LV gera concorrência entre o CPF e regiões
subcorticais, desta forma, receber informações sensoriais do corpo se torna cada vez
desafiador. Nesta intensidade, a capacidade do indivíduo manter a ativação CPF torna-
se ameaçada54. Porém, promovendo assim respostas afetivas mais desagradáveis,
comportamento que apoia nossos dados.
Estudos prévios demonstram que o nível de atividade física e aptidão física estão
associados à maior tolerância ao exercício130,131. Nesse sentido, é provável que o grupo
insuficientemente ativo fisicamente seja menos tolerante ao exercício físico e, também
por isso, tenha apresentado menor resposta afetiva quando comparado aos sujeitos
ativos durante o EIAI.
De forma interessante, encontramos uma correlação negativa entre a PSE e
resposta afetiva em ambos os grupos. Portanto, independente do nível de atividade
física, os sujeitos que perceberam o EIAI de forma mais intensa apresentaram menor
sensação de prazer. É importante destacar que não houve correlação entre a FC e
resposta afetiva. Isso pode ser explicado pela dissociação temporal que existe entre FC,
VO2, nível de lactato e carga de trabalho durante o EIAI. Por conseguinte, a FC parece
ser limitada para determinar a intensidade do esforço durante o EIAI. De forma prática, é
provável que sujeitos com o mesmo percentual de FCmáx durante os estímulos
estivessem em estresses metabólicos diferentes e, portanto, tenham reportado PSE
diferentes. Nesse sentido, a PSE parece ser mais sensível que a FC no que diz respeito
a determinação da carga interna no EIAI, o que explicaria, de acordo com a teoria do
modo duplo, a correlação negativa com a resposta afetiva, tanto no grupo ativo quanto
insuficientemente ativo.
Estudos prévios demonstraram que para uma mesma PSE durante exercícios
contínuos, indivíduos menos ativos reportaram menor resposta afetiva32,33. Parfitt et al.25
observaram que mulheres menos ativas reportaram menor resposta afetiva em um
espectro abrangente de intensidades, considerando a PSE (9, 13 e 17 na escala de
Borg 6-20), quando comparadas a mulheres fisicamente ativas. Em outros estudos,
Parfitt et al.32 e Parfitt e Eston33 observaram menor resposta afetiva entre homens e
mulheres não ativos em exercícios contínuos com cargas fixas em 60 e 90% do
VO2máx. Entretanto, a PSE foi similar entre os grupos ativos e não ativos fisicamente. É
importante destacar que a diferença da resposta afetiva entre os grupos com diferentes
níveis de atividade física foi mais evidente nas intensidades mais altas. Assim, do ponto
de vista prático, parece claro que os indivíduos menos ativos fisicamente interpretam
esforços físicos mais intensos de forma mais negativa, ou seja, desprazerosa. Nesse
sentido, as escalas de PSE e VA parecem ser sensíveis à essa interpretação,
considerando seus diferentes construtos. Enquanto a escala de PSE descreve “o que” o
sujeito sente durante o exercício, a escala de VA enfatiza “como” a pessoa sente. Por
exemplo, em um teste progressivo máximo enquanto a PSE apresenta uma relação
linear e crescente com a demanda fisiológica imposta, a resposta afetiva apresenta um
comportando em “U” invertido, onde há aumento da resposta afetiva até intensidade
inferior ao LV e redução após o LV, especialmente próximo ao PCR e exaustão física47.
Além das respostas fisiológicas, é provável que outros aspectos tenham
contribuído para modular de forma diferenciada a resposta afetiva no EIAI entre os
sujeitos fisicamente ativos e insuficientemente ativos. Uma vez que características
pessoais, auto-eficácia para realizar o EIAI, tolerância ao exercício, preferência de
exercício, experiências anteriores com exercício, familiaridade com o exercício e tipo de
foco de atenção durante o exercício são exemplos de aspectos que podem ter se
comportado de forma diferente entre os grupos e poderiam explicar, parcialmente, os
resultados encontrados35,132,133. Por exemplo, pode-se esperar que sujeitos com maior
tolerância ao exercício e com preferência para os exercícios intensos e estruturados
reportem maior resposta afetiva ao EIAI. Esses aspectos devem ser incluídos em
investigações futuras, também no sentido de entender uma considerável
heterogeneidade de resposta afetiva observada nos grupos, onde ~17% do grupo
insuficientemente ativo percebeu o EIAI como prazeroso e ~38% do grupo fisicamente
ativo percebeu o EIAI como desprazeroso (Tabela 3).
Apesar do número bastante expressivo de publicações sobre os aspectos
fisiológicos envolvendo o EIAI, até o momento, poucos estudos investigaram aspectos
psicológicos/perceptuais desse tipo de exercício. No tocante as investigações sobre a
resposta afetiva durante o EIAI, os estudos são ainda mais raros e os resultados são
contraditórios26–30,37,120,134. É importante destacar que a resposta afetiva durante o
exercício tem sido bastante valorizada, por haver evidência de estudos observacionais
sobre a relação entre essa variável e um comportamento futuro mais ativo20,22,23. Do
ponto de vista prático, sujeitos que percebem determinado exercício como prazeroso
tem uma chance maior de adotar tal comportamento no futuro. Dessa forma, é
importante que o exercício além de trazer resultados fisiológicos importantes, não seja
aversivo. E, só recentemente, os estudos têm considerado esse aspecto.
O primeiro estudo que investigou a resposta afetiva durante o EIAI foi conduzido
por Oliveira et al.29. Os autores observaram que jovens saudáveis reportaram respostas
afetivas negativas durante uma sessão de EIAI (~7 x 120s a 100% do VO2pico
intercalado com 60s de recuperação passiva), especialmente após a metade da sessão
(quinti 3: -0,27 ± 2,86; quinti 4: -2,17 ± 2,49; quintil 5: -2,67 ± 2,64). É importante
destacar que a aplicação prática deste protocolo parece limitada, uma vez que 50% dos
participantes (8 de 15 indivíduos) não completaram a sessão de exercício. Wood et al.134
encontraram resposta afetiva similar entre dois protocolos de EIAI, sendo um
submáximo (8 x 60s a 85% da carga mecânica máxima intercalados com 60s de
recuperação ativa a 25% da carga mecânica máxima) e outro supramáximo (8 x 30s a
130% da carga máxima intercalados com 90s de recuperação ativa a 25% da carga
máxima) em sujeitos fisicamente ativos. Em ambos protocolos, nos últimos estímulos, os
sujeitos reportaram valores negativos de resposta afetiva. Nessa mesma linha, Saanijoki
et al.37 observaram que homens sedentários de meia-idade reportaram desprazer
consistente durante uma sessão de EIAI envolvendo esforços máximos (4-6 x 30s “all
out”, baseado no teste de Wingate).
Por outro lado, Jung et al.28 observaram que homens e mulheres
insuficientemente ativos apresentaram redução da resposta afetiva ao longos dos
estímulos em um protocolo de EIAI semelhante ao utilizado no presente estudo (10 x
60s a 90% da FCmáx com 60s de recuperação ativa), entretanto, não de forma
desprazerosa (~2,5 e 0,4 na escala de VA no primeiro e último estímulo,
respectivamente). Kilpatrick et al.26, Martinez et al.27 e Astorino et al.30 observaram
comportamento similar, entretanto, com valores mais altos de resposta afetiva durante o
EIAI (~2-3 na escala de VA) em indivíduos fisicamente ativos, insuficientemente ativos e
sedentários. É importante destacar que os protocolos utilizados por esses autores
envolveram 10 estímulos entre 30 e 60s, com intensidade equivalente ao LV ou um
pouco acima e uma razão 1:1 entre estímulo e recuperação. Martinez et al.27 também
demonstrou que estímulos mais longos (i.e., 120s) geram redução mais significativa da
resposta afetiva em indivíduos insuficientemente ativos com sobrepeso/obesidade.
Portanto, considerando os achados do presente estudo, assim como os dos estudos
prévios sobre resposta afetiva ao EIAI, parece claro que poucos estímulos (i.e., 3-4) em
intensidades entre 80-100% da FCmáx e com curta duração (i.e., 30-60s) podem ser
percebidos de forma prazerosa pelos indivíduos, independente do nível de atividade
física.
Apesar disso, é importante destacar que não necessariamente esses resultados
advindos de investigações em laboratório com supervisão e incentivo de pesquisadores
se transferem para um ambiente sem supervisão onde o indivíduo se exercita de forma
independente7. Para indivíduos iniciantes é importante destacar que exercícios
prazerosos podem melhorar a chance de aderência a um comportamento fisicamente
ativo20,33,35, desafio recorrente entre os profissionais 135. Por isso, reforçamos que a
sensação de prazer durante as sessões de exercício torna-se um aspecto importante
para monitoramento/acompanhamento. Portanto, sugerimos que o EIAI deva ser
prescrito com cautela para os iniciantes e pessoas menos ativas fisicamente, no sentido
de evitar sensações de aversão ao exercício e, consequentemente, prejuízo na
aderência.
Apesar dos resultados interessantes do presente estudo, algumas limitações
precisam ser destacadas. Em primeiro lugar, o nível de atividade física dos participantes
não foi avaliado diretamente, embora estudos anteriores tenham demonstrado validade
aceitável do IPAQ124,136,137. Em segundo lugar, nós não medimos a aptidão
cardiorrespiratória diretamente através de analisador de gases, o que limitou o
entendimento do estresse metabólico provocado pelo protocolo de EIAI nos sujeitos. Em
terceiro lugar, incluímos somente homens jovens não obesos e saudáveis neste estudo.
Portanto, nossos achados não devem ser diretamente transferidos para outras
populações. Apesar das limitações acima mencionadas, é importante destacar alguns
aspectos que favorecem a importância dos achados do estudo, principalmente, em uma
perspectiva mais ecológica: i) aplicação de um protocolo EIAI com potencial para
utilizado na população investigada; ii) a utilização de um ergômetro (i.e., esteira)
comumente usado em academias; iii) utilização de ferramentas simples para avaliar as
respostas psicométricas ao exercício (ou seja, a escala PSE e escala de VA), os quais
podem ser facilmente integradas na prática por profissionais de exercício.
10. CONCLUSÃO
O nível de atividade física influencia a resposta afetiva durante o EIAI. Sujeitos
insuficientemente ativos apresentam mais desprazer que indivíduos fisicamente ativos
durante o EIAI, mesmo com percepção de esforço similar. Além disso, sujeitos que
percebem o EIAI de forma mais intensa, reportam menor resposta afetiva, independente
do nível de atividade física. Do ponto de vista prático, o EIAI deve ser prescrito com
cautela para a população com baixos níveis de atividade física. Inicialmente, parece
clara a indicação de um baixo volume de estímulos, a fim de que esse tipo de exercício
não gere aversão nesses sujeitos. Estudos futuros buscando investigar aspectos
psicofisiológicos relacionados à resposta afetiva durante o EIAI são necessários para
que esse tipo de exercício seja implementado da melhor forma possível na população
menos ativa, visto que tem grande potencial para melhora de parâmetros de saúde e
aptidão física.
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12. ANEXOS
Anexo 1 – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa
Anexo 2 - Termo de consentimento livre e esclarecido
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
Esclarecimentos
Este é um convite para você participar da pesquisa: Análise da resposta afetiva durante uma sessão de exercício
intervalado de alta intensidade em homens fisicamente ativos e insuficientemente ativos, que tem como pesquisador
responsável o Prof. Dr. Eduardo Caldas Costa. Esta pesquisa pretende investigar as respostas psicológicas /
perceptuais (percepção subjetiva de esforço e valência afetiva básica prazer/desprazer), durante e imediatamente
após uma sessão de exercícios intervalado de alta intensidade e baixo volume recomendados para promoção da
saúde em adultos não ativos.
O motivo que nos leva a fazer este estudo é adquirir informações relevantes sobre os efeitos do exercício
intervalado de alta intensidade e baixo volume, a fim de tentar otimizar a prescrição de exercício físico direcionado
para promoção da saúde em adultos saudáveis ativos e insuficientemente ativos fisicamente.
Caso decida aceitar participar desta pesquisa, você deverá comparecer ao nosso laboratório durante 3 dias,
sendo: uma visita para esclarecimentos sobre as condutas da investigação, e para assinar o termo de consentimento
livre e esclarecido caso esteja de acordo. Uma segunda visita para executar um teste de esforço máximo, realizado
na esteira ergométrica e uma visita para ser submetido ao protocolo de exercício intervalado de alta intensidade e
baixo volume. as visitas serão realizadas com intervalo de uma semana entre elas.
Durante a realização do protocolo de exercícios poderá ocorrer um eventual risco de desconforto e dor
muscular. Ademais os riscos são mínimos, no caso de alguma intercorrência durante a investigação, medidas de
primeiros socorros serão devidamente tomadas pelos avaliadores com conhecimento técnico para realizar tais
medidas.
Ainda, pode acontecer um desconforto no teste de esforço físico máximo que será minimizado com o
encerramento deste e você terá como benefício à informação dos valores monitorados de pressão arterial obtida e
frequência cardíaca, parâmetros relacionados à saúde.
Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para Eduardo Caldas Costa,
telefone: (84) 3215 3459, ou Danniel Thiago Frazão, telefone : (84) 98898 8090.
Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa,
sem nenhum prejuízo para você.
Os dados que você irá nos fornecer, serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou
publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar.
Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um
período de 5 anos.
Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo pesquisador e
reembolsado para você.
Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será indenizado.
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135.
Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o pesquisador responsável
Eduardo Costa Caldas.
Consentimento Livre e Esclarecido
Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados nessa
pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos
os meus direitos, concordo em participar da pesquisa: Análise da resposta afetiva durante uma sessão de exercício
intervalado de alta intensidade em homens fisicamente ativos e insuficientemente ativos, e autorizo a divulgação das
informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me
identificar.
Natal, ____ de __________ de 201__.
Assinatura do participante da pesquisa
Assinatura do pesquisador responsável
CEP/UFRN
Impressão datiloscópica do participante
Anexo 3 – Questionário Médico
Anexo 4 – Questionário de Prontidão para Atividade Física
PAR-Q
Physical Activity Readiness Questionnarie
QUESTIONÁRIO DE PRONTIDÃO PARA ATIVIDADE FÍSICA
Este questionário tem objetivo de identificar a necessidade de avaliação clínica e médica antes do início
da atividade física. Caso você marque um SIM, é fortemente sugerida a realização da avaliação clínica e
médica. Contudo, qualquer pessoa pode participar de uma atividade física de esforço moderado,
respeitando as restrições médicas.
O PAR-Q foi elaborado para auxiliar você a se auto-ajudar. Os exercícios praticados regularmente estão
associados a muitos benefícios de saúde. Completar o PAR-Q representa o primeiro passo importante a
ser tomado, principalmente se você está interessado em incluir a atividade física com maior freqüência e
regularidade no seu dia a dia. O bom senso é o seu melhor guia ao responder estas questões. Por favor,
leia atentamente cada questão e marque SIM ou NÃO.
SIM NÃO
□ □ 1. Alguma vez seu médico disse que você possui algum problema cardíaco e recomendou que você só praticasse
atividade física sob prescrição médica?
□ □ 2. Você sente dor no tórax quando pratica uma atividade física?
□ □ 3. No último mês você sentiu dor torácica quando não estava praticando atividade física?
□ □ 4. Você perdeu o equilíbrio em virtude de tonturas ou perdeu a consciência quando estava praticando atividade física?
□ □ 5. Você tem algum problema ósseo ou articular que poderia ser agravado com a prática de atividades físicas?
□ □ 6. Seu médico já recomendou o uso de medicamentos para controle da sua pressão arterial ou condição
cardiovascular?
□ □ 7. Você tem conhecimento de alguma outra razão física que o impeça de participar de atividades físicas?
Declaração de Responsabilidade
Assumo a veracidade das informações prestadas no questionário “PAR-Q” e afirmo estar
liberado(a) pelo meu médico para participação em atividades físicas.
Nome do(a) participante:
Nome do(a) responsável se menor de 18 anos:
Data
Assinatura
(Assinatura do Responsável no caso de menor de 18 anos)
Anexo 5 – Questionário Internacional de Atividade Física – Versão curta
CENTRO COORDENADOR DO IPAQ NO BRASIL– CELAFISCS -
INFORMAÇÕES ANÁLISE, CLASSIFICAÇÃO E COMPARAÇÃO DE RESULTADOS NO BRASIL
Tel-Fax: – 011-42298980 ou 42299643. E-mail: [email protected]
Home Page: www.celafiscs.com.br IPAQ Internacional: www.ipaq.ki.se
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA – VERSÃO CURTA -
Nome:_________________________________________ Data: ___/ ___ / ____
Idade : ______ Sexo: F ( ) M ( )
Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem como parte
do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo feito em diferentes
países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender que tão ativos nós somos
em relação à pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que você
gasta fazendo atividade física na ÚLTIMA semana. As perguntas incluem as atividades que você
faz no trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte
das suas atividades em casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO importantes. Por favor
responda cada questão mesmo que considere que não seja
ativo. Obrigado pela sua participação !
Para responder as questões lembre que:
Atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço
físico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal
Atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e
que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza por pelo menos 10
minutos contínuos de cada vez.
1a Em quantos dias da última semana você CAMINHOU por pelo menos 10 minutos contínuos
em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por
prazer ou como forma de exercício?
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos quanto
tempo no total você gastou caminhando por dia?
horas: ______ Minutos: _____
2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo pedalar leve na bicicleta,
nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos
leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer,
aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar
moderadamente sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR NÃO INCLUA
CAMINHADA)
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?
horas: ______ Minutos: _____
3a Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS por
pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica
aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços
domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou
batimentos do coração.
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
3b Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10
minutos contínuos quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?
horas: ______ Minutos: _____
Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia,
no trabalho, na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui
o tempo sentado estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa
visitando um amigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo
gasto sentando durante o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro.
4a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana?
______horas ____minutos
4b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana?
______horas ____minutos
PERGUNTA SOMENTE PARA O ESTADO DE SÃO PAULO
5. Você já ouviu falar do Programa Agita São Paulo? ( ) Sim ( ) Não
6.. Você sabe o objetivo do Programa? ( ) Sim ( ) Não
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Anexo 6 – Artigo Publicado
RESEARCH ARTICLE
Feeling of Pleasure to High-Intensity
Interval
Exercise Is Dependent of the
Number of
Work Bouts and Physical Activity
Status
Danniel Thiago Frazão1, Luiz Fernando de Farias Junior1, Teresa
Cristina Batista Dantas1, Kleverton Krinski2, Hassan Mohamed
Elsangedy1, Jonato Prestes3, Sarah J. Hardcastle4, Eduardo Caldas
Costa1,5*
1 Department of Physical Education, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal,
RN, Brazil,
2 Department of Physical Education, Federal University of Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brazil,
3 Graduation Program on Physical Education, Catholic University of Brasilia, Brasilia,
DF, Brazil, 4 School of Psychology and Speech Pathology, Curtin University, Perth,
Australia, 5 Postgraduate Program in Health Sciences, Federal University of Rio
Grande do Norte, Natal, RN, Brazil
Abstract
OPEN ACCESS
Citation: Frazão DT, de Farias Junior LF, Dantas
TCB, Krinski K, Elsangedy HM, Prestes J, et al.
(2016) Feeling of Pleasure to High-Intensity Interval
Exercise Is Dependent of the Number of Work Bouts
and Physical Activity Status. PLoS ONE 11(3):
e0152752. doi:10.1371/journal.pone.0152752
Editor: Maria Francesca Piacentini, University of
Rome, ITALY
Received: September 25, 2015
Accepted: March 18, 2016
Published: March 30, 2016
Copyright: © 2016 Frazão et al. This is an open
access article distributed under the terms of the
Creative Commons Attribution License, which permits
unrestricted use, distribution, and reproduction in any
medium, provided the original author and source are
credited.
Data Availability Statement: All relevant data are
within the paper and its Supporting Information file.
Funding: This work was supported by CNPq:
476902/2013-4, Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico, ECC.
Competing Interests: The authors have declared
that no competing interests exist.
Objectives
To examine the affective responses during a single bout of a low-volume HIIE in active and
insufficiently active men.
Materials and methods
Fifty-eight men (aged 25.3 ± 3.6 years) volunteered to participate in this study: i) active (n =
29) and ii) insufficiently active (n = 29). Each subject undertook i) initial screening and physi-
cal evaluation, ii) maximal exercise test, and iii) a single bout of a low-volume HIIE. The HIIE
protocol consisted of 10 x 60s work bouts at 90% of maximal treadmill velocity (MTV) inter-
spersed with 60s of active recovery at 30% of MTV. Affective responses (Feeling Scale, -5/
+5), rating of perceived exertion (Borg’s RPE, 6–20), and heart rate (HR) were recorded
during the last 10s of each work bout. A two-factor mixed-model repeated measures
ANOVA, independent-samples t test, and chi-squared test were used to data analysis.
Results
There were similar positive affective responses to the first three work bouts between insuffi-
ciently active and active men (p > 0.05). However, insufficiently active group displayed
lower affective responses over time (work bout 4 to 10) than the active group (p < 0.01).
Also, the insufficiently active group displayed lower values of mean, lowest, and highest
affective response, as well as lower values of affective response at the highest RPE than
the active group (p < 0.001). There were no differences in the RPE and HR between the
groups (p > 0.05).
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
Conclusions
Insufficiently active and active men report feelings of pleasure to few work bouts (i.e., 3–4)
during low-volume HIIE, while the affective responses become more unpleasant over time
for insufficiently active subjects. Investigations on the effects of low-volume HIIE protocols
including a fewer number of work bouts on health status and fitness of less active subjects
would be interesting, especially in the first training weeks.
Introduction
It is well established that ‘all out’ high-intensity interval training (HIIT) results in a host of
physiological adaptations including improvements in health and fitness [1–3]. In addition,
these improvements have been reported to be equal or superior to traditional continuous aero-
bic training, while HIIT involves a substantially lower total training volume [4,5]. However, ‘all
out’ HIIT requires specialized equipment [6] and a high level of motivation, and may not be
safe, tolerable or practical for a largely sedentary population [7,8]. In this sense, Hardcastle
et al. [7] has advocated that ‘all out’ HIIT or SIT (sprint interval training) is unlikely to be
taken up by the majority of the sedentary population because these training modalities are
likely to evoke a high degree of negative affect, which may lead to an avoidant response with
the prospect of participation in future sessions.
The high levels of exertion induced by ‘all out’ HIIT or SIT have led investigators to study
the impact of less strenuous and more practical and feasible HIIT protocols [8–11]. Gibala
et al. [12] proposed a low-volume HIIT protocol consisting of 10 x 60s work bouts at ~90% of
maximal heart rate (HRmax), interspersed with 60s of recovery. This low-volume HIIT model
improves aerobic capacity and increases mitochondrial enzyme content and activity, resulting
in enhanced muscle oxidative potential [10,11]. Thus, low-volume HIIT likely represents a use-
ful strategy to enhance whole body physiological function and prevent cardiometabolic dis-
eases [13]. Moreover, considering that ‘lack of time’ is the most commonly cited barrier to
regular exercise participation [14,15], low-volume HIIT could be an effective strategy to
improve health and fitness.
Clearly, there is a strong necessity to develop time-efficient exercise strategies (e.g., low-vol-
ume HIIT) to improve health and fitness of sedentary and insufficiently active subjects and
maintain these benefits in active subjects. However, these time-efficient strategies should not
be perceived as aversive [7]. The American College of Sports Medicine (ACSM) exercise guide-
lines state that exercise-induced feelings of fatigue and negative affect can act as a deterrent to
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
continued participation [16]. On the other hand, feeling of pleasure during exercise is a deter-
minant of physical activity participation and adherence, as previously reported in observational
studies [17]. Thus, strategies to enhance the likelihood of gaining pleasurable feelings are likely
to contribute to exercise maintenance and subsequent benefits to health and fitness.
Considering that exercise induced feelings of pleasure and positive affect from a single bout
of exercise predicts physical activity participation and adherence [17], it is important to study
the affective responses to a single bout of high-intensity interval exercise (HIIE) in subjects of
varying physical activity status. Previous studies have shown that active subjects report more
positive affective response (feeling of pleasure) than sedentary subjects during exercise pre-
scribed from moderate to high intensities [18–22]. However, these studies compared the affec-
tive response between sedentary and active subjects during continuous exercise protocols. To
the best of our knowledge, no study has yet compared the affective response during a single
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
bout of low-volume HIIE between subjects with different physical activity status (i.e., suffi-
ciently physically active and insufficiently physically active). This is an important research gap
related to the field of exercise prescription for health promotion.
Furthermore, there is a gap in ecological investigations that explore affective responses to
low-volume HIIE involving subjects of varying physical activity status in a ‘real world’ environ-
ment using readily available equipment and simple tools to measure affective states that are
likely to influence exercise adherence [7]. Therefore, this investigation aimed to examine the
affective responses (i.e., feeling of pleasure/displeasure) during a single bout of a low-volume
and practical HIIE protocol in active and insufficiently active men. Our initial hypothesis was
that active subjects would display a more pleasurable response to a single bout of low-volume
HIIE compared to their insufficiently active counterparts.
Materials and Methods
Study design
This is a single occasion trial with repeated measures across two groups designed to compare
the affective responses during a single bout of HIIE in subjects with different physical activity
status. Subjects were separated into two groups according to their physical activity status: i)
active (n = 29) and ii) insufficiently active (n = 29). Each subject undertook the following pro-
cedures: i) initial screening and physical evaluation; ii) maximal exercise test; iii) a single bout
of a low-volume HIIE protocol. The subjects performed the maximal exercise test and the HIIE
bout with an interval of one week. Initially, the subjects were screened for medical history and
physical activity readiness. In the same day, body weight (kg) and height (m) were measured.
Body mass index was calculated as weight (kg) divided by the square of height in meters (kg/
m2). Lastly, subjects were asked to avoid vigorous physical activity, caffeinated products, and
alcohol consumption 24h before the maximal exercise test and the HIIE bout, and to maintain
a good sleeping pattern and normal dietary habits. This study was approved by the University
Human Research Ethics Committee (CAAE: 28710414.1.0000.5537).
Participants
Fifty-eight men (aged 25.3 ± 3.6 years) volunteered to participate of this study. Subjects were
recruited via personal or printed invitations in the university setting as well as via e-mail and
online social networks. All subjects completed a medical history questionnaire and the physical
activity readiness questionnaire (PAR-Q) before the study. Inclusion criteria were: i) be classi-
fied as apparently healthy; ii) without any contraindications to exercise; iii) injury-free at the
time of this study. Exclusion criteria were as follows: i) one positive response on the PAR-Q, ii)
body mass index (BMI) < 18.5 kg.m2 or BMI > 30.0 kg.m2, iii) being a smoker or recently quit-
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
ting smoking (in the previous 6 months) were exclusion criteria, and iv) diagnosis of cardiovas-
cular, metabolic, and orthopedic disease or any other contraindications for physical activity, as
determined by a medical history. Subjects were informed about all procedures of the study, and
gave written informed consent.
Procedures
Physical activity level assessment. The classification of the physical activity status was
based on the ACSM guidelines [16] using the short-version of the International Physical Activ-
ity Questionnaire (IPAQ) [23,24]. The insufficiently active group included subjects that per-
formed less than 150 min.wk-1 of moderate physical activity and/or less than 75 min.wk-1 of
vigorous physical activity during the last three months, while the active group met at least one
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
or both the above mentioned criteria. Although the IPAQ only refers to physical activity partic-
ipation in the previous week, subjects were also asked whether the pattern of physical activity
reported in the IPAQ was consistent with the previous three months. Only subjects that
reported a consistent pattern of physical activity in the last three months were included in the
study. The IPAQ has test-retest reliability (Spearman’s rho = 0.8) and criterion validity (against
the MTI accelerometer), which is comparable to most self-report validation studies [25].
Subjects from the active group habitually performed exercise including non-competitive
sports, resistance training, aerobic exercises, and were familiar with interval training, while
those from the insufficiently active group were not involved in any regular physical activity
and/or exercise program. However, none of the participants (across both groups) had previous
experience with the HIIE protocol used in the present study.
Maximal exercise test. Subjects performed a maximal exercise test to determine the maxi-
mal treadmill velocity (MTV) and heart rate (HRmax). All subjects had previous experience in
exercising on a treadmill, even the insufficiently active men. Initially, the warm-up consisted of
walking at 4 km.h-1 for five minutes on a motorized treadmill (Inbrasport1, Porto Alegre,
BRA). For the insufficiently active group, the incremental test began at 4 km.h-1 with 1% of
inclination for 1-min followed by fixed increments of 1 km.h-1 per minute until volitional
exhaustion. For the active group, the test began at 6 km.h-1 with 1% of inclination for 1-min
followed by fixed increments of 1 km.h-1 per minute until the volitional exhaustion. The MTV
was defined as the velocity achieved during the last full stage before volitional exhaustion. HR
(beats/minute) was continuously recorded throughout the test using a Polar Monitoring Sys-
tem (Polar Electro1, Oy, Kempele, Finland). All subjects achieved ! 95% of age-predicted
maximal HR (220 –age) at the moment of volitional exhaustion. The Borg’s RPE scale [26] was
used to assess whole body perceived exertion during each stage of the maximal exercise test. All
participants received standardized instructions on the use of Borg’s RPE Scale before the test
[27]. The tests were performed between 8–12 and 8–14 minutes for the insufficiently active
and active group, respectively.
Affective responses. The Feeling Scale (FS) [28] is an 11-point bipolar scale ranging from
+5 to -5, commonly used to measure affective response (pleasure/displeasure) during exercise.
This scale presents the following verbal anchors: -5 = very bad; -3 = bad; -1 = fairly bad; 0 = neu-
tral; +1 fairly good; +3 = good; and +5 = very good. Previous studies recommended this scale to
measure affective responses during exercise [16,19–21,28]. The subjects received standard
instructions regarding to the use of the FS in the initial screening, before the maximal exercise
test, and before the HIIE bout, according to Hardy and Rejeski [28]: “while participating in
exercise it is quite common to experience changes in mood. Some individuals find exercise
pleasurable, whereas others find it to be unpleasurable. Additionally, feeling may fluctuate
across the time. That is, one might feel good and bad a number of times during exercise. Scien-
tists have developed a scale to measure such responses. [At this point subjects were presented
with a copy of the FS]”. FS values were recorded during the last 10s of each work bout during
the HIIE session.
Rating of perceived exertion. The whole-body perceived exertion during the HIIE bout
was assessed using the Borg’s RPE (6–20) Scale. Before the maximal exercise test, the meaning
of perceived exertion was explained to the subjects. Perceived exertion was defined as the sub-
jective intensity of effort, strain, and/or fatigue that the subjects can feel during exercise [29].
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
The low and high perceptual anchors for the Borg’s RPE scale were established during the
max- imal exercise test. A rating of 6 (low anchor, “very, very light”) was assigned to the lowest
exer- cise intensity, while a rating of 20 (high anchor, “very, very hard”) was assigned to the
highest exercise intensity. RPE values were recorded during the last 10s of each minute
throughout the maximal exercise test and the HIIE work bouts.
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
p
Low-volume HIIE protocol. Previous to the HIIE bout, subjects performed a warm-up
for 5-min at 50% of MTV. The HIIE consisted of 10 sets of 60s work bouts at 90% of MTV
interspersed with 60s of active recovery at 30% of MTV. This practical low-volume HIIE
model was adapted from Gibala et al. [12] and was chosen because it has been suggested as a
feasible and tolerable exercise prescription for both healthy and clinical populations. The HIIE
bout, including the warm-up and cool-down was completed in 30 minutes. In the last 10s of
each work bout, the subjects reported their perceived exertion (Borg’s RPE Scale, 6–20) and the
affective response (FS, +5 to -5). The order of presentation of the Borg’s RPE Scale and FS was
randomized. HR was continuously recorded throughout the HIIE bout (Polar Electro1, Oy,
Kempele, Finland).
Statistical analysis
Data are expressed as mean and standard deviation (SD). Normality was tested using the Sha-
piro-Wilk test. To compare subjects’ characteristics between groups, as well as the mean, high-
est, and lowest affective response, affective response at the highest RPE, and the mean HR
during the HIIE bout, the independent-samples t test was used. Cohen’s d was used to calculate
the effect size of these analyses. A two-factor, group (active and insufficiently active) x time
(work bouts 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, and 10), mixed-model repeated measures ANOVA analysis
was conducted to compare HR, affective responses, and RPE during the HIIE bout. Whenever
the sphericity assumption was violated, the degrees of freedom were adjusted and reported
using the Greenhouse-Geisser épsilon correction. Partial eta squared (η2 ) was used to deter-
mine the effect size of these analyses. If necessary, Tukey’s pos hoc test was used to determine
where the significant differences occurred. The chi-squared test was used to verify a possible
difference in the distribution of subjects that presented the mean FS score as positive or nega-
tive in each group, which were categorized as “unpleasant HIIE” or “pleasant HIIE”; moreover,
the frequency of the positive and negative affective responses in the beginning (work bouts 1 to
3), in the middle (work bouts 4 to 7), and in the end (work bouts 8 to 10) of the HIIE bout
between the groups was compared using chi-squared test. Pearson product-moment correla-
tion coefficient was used to examine a possible relationship between the affective and RPE
responses in both groups. For the analyses, the significance level was set at 5% (p < 0.05). All
data were analyzed using SPSS1 20.0 for Windows (SPSS, Inc., Chicago, IL). A post hoc statis-
tical power analysis was conducted using G" Power version 3.1.9.2.
Results
As expected, the active men displayed a higher performance in the exercise test (maximal
treadmill velocity; p < 0.01) and presented higher levels physical activity as compared with the
insufficiently active group (p < 0.01; Table 1).
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
Fig 1 shows the HR responses during the HIIE bout. All participants completed the HIIE
bouts. There was only a significant main effect of time [F(3.119,174.662) = 83.486, p < 0.001,
η2p = 0.599], while no significant interaction group by time [F(3.119,174.662) = 1.859,
p = 0.136, η2p = 0.032] and no main effect of group [F(1,56) = 3.126, p = 0.083, η2p = 0.053]
was observed. Moreover, there was no difference in the mean %HRmax (85.8 ± 5.0% vs.
88.2 ± 5.4%; p = 0.083) between active and insufficiently active groups.
Affective responses
Fig 2 shows the affective responses during the HIIE bout. There was a significant main effect of
time [F(2.680,150.092) = 95.248, p < 0.001, η2p = 0.630], significant interaction group by time
[F(2.680,150.092) = 6.897, p < 0.001, η2p = 0.110], and main effect of group [F(1,56) = 20.378,
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
Table 1. Subjects’ characteristics and data of the maximal exercise test.
Characteristics Active (n = 29) Insufficiently Active (n = 29)
Age (yr) 25.7 ± 3.5 25.0 ± 3.6
Height (cm) 176.0 ± 6.0 175.0 ± 6.0
Weight (kg) 76.7 ± 10.1 76.5 ± 9.8
Body mass index (kg/m2) 24.7 ± 2.5 25.1 ± 2.9
Maximal heart rate (bpm) 191.1 ± 11.6 192.4 ± 8.0
Maximal treadmill velocity (km/h) 15.9 ± 1.6* 13.9 ± 1.3
IPAQ score (MET.min.wk-1)
Walking 290 ± 290* 160 ± 100
Moderate physical activity 1034 ± 696* 159 ± 128
Vigorous physical activity 1101 ± 935* 176 ± 142
Total physical activity 2425 ± 1007* 495 ± 88
Note: IPAQ = International Physical Activity Questionnaire.
*Different from the insufficiently active group (p < 0.05). Data expressed as mean ± SD.
doi:10.1371/journal.pone.0152752.t001
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
Fig 1. Heart rate responses during a single bout of high-intensity interval exercise in active and insufficiently active men. Data expressed as
mean ± SD.
doi:10.1371/journal.pone.0152752.g001
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
Fig 2. Affective responses during a single bout of high-intensity interval exercise in active and insufficiently active men. *Different from the
insufficiently active group (p < 0.05). Data expressed as mean ± SD.
doi:10.1371/journal.pone.0152752.g002
p < 0.001, η2p = 0.267]. Tukey’s pos hoc analysis revealed that the insufficiently active group
presented lower affective response from the work bout 4 to 10 (p < 0.001). Also, the insuffi-
ciently active group displayed lower values of mean (p < 0.001), lowest (p < 0.001), and high-
est affective response (p < 0.001), as well as lower values of affective response at the highest
RPE (p < 0.001) than the active group (Table 2). Moreover, the insufficiently active group pre-
sented a higher distribution of subjects categorized as “unpleasant HIIE” (62.1 vs. 17.2%;
p = 0.001) (Table 3) as well as a higher frequency of negative affective responses in the middle
(work bouts 4 to 7; p < 0.001) and in the end (work bouts 8 to 10; p < 0.001) of the HIIE bout
(Table 4).
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
Table 2. Mean affective response, lowest affective response, highest affective response, and affective response in the highest rating of perceived
exertion during a single bout of high-intensity interval exercise in active and insufficiently active men.
Variables Active (n = 29) Insufficiently active (n = 29) ES
Mean affective response 1.6 ± 1.6* -0.4 ± 1.8 1.2
Lowest affective response -0.2 ± 2.3* -2.3 ± 2.0 1.0
Highest affective response 3.5 ± 1.5* 2.7 ± 1.6 0.5
Affective response at the highest RPE 0.1 ± 2.4* -2.1 ± 2.1 1.0
Note: RPE = rating of perceived exertion; ES = effect size.
*Different from the insufficiently active group (p < 0.01). Data expressed as mean ± SD.
doi:10.1371/journal.pone.0152752.t002
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
Table 3. Categorical analysis of the high-intensity interval exercise bout according to the affective responses in active and insufficiently active
men.
Unpleasant HIIE Pleasant HIIE p
Active 05 (17.2%) 24 (82.8%) 0.001
Insufficiently active 18 (62.1%) 11 (37.9%)
Note: HIIE = high-intensity interval exercise. For this analysis the mean affective response was used to categorize the high-intensity interval exercise bout
as “unpleasant” (negative affective response) or “pleasant” (positive affective response).
doi:10.1371/journal.pone.0152752.t003
A post hoc statistical power analysis for the differences in the affective responses between
insufficiently active and active groups was conducted to determine the achieved power, based
on the investigated sample size (n = 58), an alpha of 0.05, and the achieved effect size. For
mixed-model repeated measures ANOVA analysis, the achieved power for the interaction
group by time was 98% and the main effect of group was 97%. For independent-samples t test
the achieved power was 100%, 100%, 76%, and 100% for the mean, lowest, and highest affective
responses, and the affective response at the highest RPE, respectively.
Rating of perceived exertion
Fig 3 shows the RPE responses during the HIIE bout. There was a significant main effect of
time [F(3.135,175.559) = 80.478, p < 0.001, η2p = 0.590] and interaction group by time [F
(3.135,175.559) = 3.253, p = 0.021, η2p = 0.055]. However, there was no main effect of group
[F(1,56) = 0.149, p = 0.701, η2p = 0.003].
Fig 4 shows the correlation analysis of RPE and affective response during the HIIE bout in
the active and insufficiently active groups. There was a negative correlation between RPE and
affective response for both groups (p < 0.001; r = -.74 for the active groups and r = -.51 for the
insufficiently active group).
Discussion
Our main finding was that insufficiently active and active men reported similar feelings of plea-
sure to the first work bouts, while the insufficiently active group displayed negative affective
responses over time (from work bout 4 to 10) during a low-volume HIIE protocol, confirming
the initial hypothesis. To the best of our knowledge, this is the first report to compare the affec-
tive responses to HIIE between subjects with different physical activity status.
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
Table 4. Frequency of the positive/neutral and negative affective responses in the beginning, in the middle, and in the end of the high-intensity
interval exercise in insufficiently active and active men.
Work bouts Positive/Neutral Affect Negative Affect
Insufficiently Active Active Insufficiently Active Active
1–3 79 (91%) 85 (98%) 08 (9%) 02 (2%)
4–7 47 (40%) 99 (85%)* 69 (60%) 17 (15%)*
8–10 19 (22%) 51 (59%)* 68 (78%) 36 (41%)*
Note
*Difference from the insufficiently active group (p < 0.001). Positive/Neutral Affect: values ! 0 in the Feeling Scale; Negative Affect = values < 0 in the
Feeling Scale.
doi:10.1371/journal.pone.0152752.t004
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
Fig 3. Rating of perceived exertion during a single bout of high-intensity interval exercise in active and insufficiently active men. Data expressed as
mean ± SD.
doi:10.1371/journal.pone.0152752.g003
During HIIE subjects perform repeated work bouts at high-intensity (close or above respira-
tory compensation point), which generate a cumulative fatigue and exacerbate the stress
imposed to the organism (i.e., internal load) over time. Previous studies demonstrated an
increase in VO2, HR, blood lactate concentration, and RPE over the work bouts during differ-
ent HIIE protocols [30,31]. In our study, HR and RPE increased over the work bouts for both
groups (Figs 1 and 3). The opposite pattern was observed for the affective responses, which
decreased over the work bouts for both groups (Fig 2 and Table 4). This is partially consistent
with the “dual-mode”, which states that there is a negative relationship between exercise inten-
sity and feelings of pleasure, and that exercise intensities above the ventilatory threshold (close
to respiratory compensation point) generate homogenous feelings of displeasure [32,33]. Inter-
estingly, only the insufficiently active group reported consistent displeasure during the high-
intensity work bouts over time, which was more evident in the second half of the HIIE bout.
Oliveira et al. [34] suggest that a high dependence of the anaerobic metabolism during HIIE
negatively influences affective response (i.e., negative feeling of pleasure and high arousal). The
authors found that young healthy subjects reported more displeasure during a HIIE bout (~7
work bouts of 2 min at 100% of VO2peak interspersed with ~60 s of passive recovery) as com-
pared with an equalized bout of continuous exercise at 85% of the respiratory compensation
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
point (RCP). In our study, it is possible to speculate that the insufficiently active men
presented a higher metabolic stress as compared with the active men, as there is an important
heterogene- ity regarding to the percentage of HRmax equivalent to the individual anaerobic
threshold
[35]. Myer et al. [36] observed in a moderate to high endurance-trained group that at 85% of
HRmax the blood lactate concentration varied from ~1.5 to 5 mmol/L. Moreover, the
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
Fig 4. Correlation analysis between affective response and rating of perceived exertion during a single bout of high-intensity interval exercise.
doi:10.1371/journal.pone.0152752.g004
individual anaerobic threshold of this group varied from 87 to 116% of the workload equivalent
to 85% of HRmax. We found a mean HR response during the work bouts of ~86 and 88% of
HRmax for the active and insufficiently active groups, respectively. Despite the similar HR
responses and the same relative workload (i.e., 90% of MTV), it is possible that the insuffi-
ciently active group presented a higher anaerobic contribution during the HIIE protocol,
mainly at the last work bouts.
Furthermore, a probable higher dependence of the anaerobic metabolism during the HIIE
in the insufficiently active group may have intensified the afferent interoceptive signals from
the body to the brain areas related to the generation of the affective response (i.e., prefrontal
cortex [PFC] and subcortical areas). The “dual-mode” model states that at high-intensity effort
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
(i.e., above the VT), the functional capacity of the PFC becomes challenged by the
intensified interoceptive cues. This induces a deregulation of the PFC, resulting in a negative-
affective response, mainly driven by subcortical areas [32,37,38]. Tempest et al. [37] confirmed
the lim- ited functional capacity of the PFC at RCP at the point of exhaustion during an
incremental
test in healthy individuals accompanied by a high displeasure response. Despite the differences
between an incremental test and a HIIE bout, the findings of Tempest et al. [37] may, at least in
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
part, explain our results, considering that the anaerobic contribution was higher in the insuffi-
ciently active group during the HIIE protocol.
Another important aspect that may explain the difference in the affective response between
the groups is the tolerance to exercise intensity, which is defined as a trait that influences one’s
ability to continue exercising at levels of intensity associated with discomfort or displeasure
[39]. Recently, Tempest et al. [40] found that individuals who self-reported less tolerance to
exercise intensity presented more displeasure at RCP and at exhaustion during a maximal
incremental test. Previous studies revealed that physical activity participation [41] and
VO2max [42] is associated with tolerance to exercise intensity; i.e., less active subjects present
lower tolerance to exercise intensity. Considering the lower participation in physical activity
and the lower MTV reached during the exercise test (a marker of cardiorespiratory fitness), it
is probable that the insufficiently active group has a lower tolerance of exercise intensity. Fur-
thermore, the insufficiently active group may present a lower anaerobic and buffering capacity
above the VT. It is possible that these aspects influenced for the negative affective responses
reported by this group, mainly during the last work bouts when the contribution of the anaero-
bic metabolism is higher compared to the first work bouts.
It is possible to think that high attentional associative thoughts and poor sense of self-effi-
cacy may also be involved in the displeasure felt by the insufficiently active group over time
[33]. However, we observed that some subjects from the insufficiently active group perceived
the HIIE bout as pleasant (~17%) and some individuals from the active group perceived the
HIIE bout as unpleasant (~38%) (Table 3). Therefore, the subjects’ exercise preference or per-
sonality factors may be associated with this considerable heterogeneity of the affective
responses during a HIIE bout. In this sense, it is important to analyze which psychological
aspects may be associated with the affective responses to HIIE. Further investigations would do
well to collect further data on exercise preferences, exercise motives and personality.
Moreover, some personal characteristics such as prior exercise experience and familiarity
with the mode of exercise could substantially influence the cognitive processes involved in the
generation of the affective responses to exercise [21,43]. Thus, inexperience with HIIT can lead
individuals to experience less positive affective responses. Therefore, the results of the present
study suggest that even within a group of regular exercisers, prior exercise experience and
familiarity with the mode and/or protocol of exercise may significantly influence the affective
responses to a HIIE bout. However, the reasons for this phenomenon remain unclear.
Despite the lower affective response reported by the insufficiently active men, we found a
similar RPE between groups. The same finding was previously observed during continuous
exercise protocols, mainly at high-intensities [18,19,44]. It should be noted that perceived exer-
tion and the affective valence are not isomorphic constructs. In particular, while the former
describes “what” a person feels, the latter emphasizes “how” a person feels [28]. Thus, less
active subjects seem to interpret the hard workloads more negatively during continuous and
during HIIE. Another interesting finding of our study was the significant negative correlation
between RPE and the affective response, independent of physical activity status (Fig 4). In this
sense, Oliveira et al. [45] found that RPE, but not HR or VO2, predicted the affective response
during continuous and HIIE. These authors suggest that the pattern of affective response
seems to be modulated not only by the intensity of exercise, but mostly by “how” the individu-
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
als perceive this intensity. These findings support our results, as the subjects who reported
higher values of RPE presented lower FS values.
To date, few studies investigated the affective responses to a HIIE bout and the results are
contradictory [30,34,46–51]. Oliveira et al. [34] found that young healthy individuals reported
displeasure during a HIIE protocol, especially after the half of the bout (quintile 3: -0.27 ± 2.86;
quintile 4: -2.17 ± 2.49; quintile 5: -2.67 ± 2.64). However, the practical application of this HIIE
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
protocol may be limited given that 50% of the participants (8 of 15 subjects) were unable to fin-
ish the task. Wood et al. [30] found similar affective responses between HIIT (8 bouts of 60s at
85% Wmax with a 60s active recovery at 25% Wmax) and SIT (8 of 30s at 130% Wmax with a
90s active recovery at 25% Wmax) in physically active subjects. In both protocols the subjects
reported a negative affective response in the last work bout (HIIE: -1 ± 2.4; SIT: -2 ± 2.5). Simi-
larly, Saanijoki et al. [47] observed that sedentary middle-age men reported consistent displea-
sure during an ‘all-out’ HIIE protocol (4–6 x 30s ‘all-out’ effort at ~180% of VO2max
interspersed with 4 min of recovery). Interestingly, the negative affective responses were atten-
uated over two weeks of training (six HIIE bouts).
On the other hand, Jung et al. [47] reported that insufficiently active men and women
decreased their affective responses over time during a single bout of low-volume HIIE (10 x 60s
at ~90% of HRmax with 60 s of active recovery), but not in an unpleasant way (2.5 and 0.4 in
the beginning and in the end of the bout, respectively). Kilpatrick et al. [49], Martinez et al.
[50] and Astorino et al. [51] found similar results regarding the decreased affective responses
over time during low-volume HIIE protocols. However, these authors found higher positive
affective responses during low-volume HIIE protocols (~2–3 on FS) in moderately fit [49],
overweight/obese insufficiently active subjects [50], and sedentary young women [51] using
work bouts between 30 and 60s, intensities at or above ventilatory threshold (VT), and a ratio
of 1:1 (work bout/recovery). Martinez et al. [50] also found that a HIIE protocol with longer
work bouts (i.e., 120s) was perceived as less pleasurable (0.2 ± 2.8 on FS) by the overweight/
obese insufficiently active subjects.
Thus, it seems to be clear that the first work bouts of low-volume HIIE protocols at intensi-
ties between 80–100% of HRmax with shorter durations (30-60s) may be perceived in a pleas-
ant way for active and insufficiently active subjects. Despite this, perceived confidence to
engage in HIIT in a lab setting with supervision and encouragement from exercise physiolo-
gists does not necessarily translate very well into confidence to undertake such exercise inde-
pendently. Moreover, the utilization of the HIIT during unsupervised setting, in which the
onus is placed on inexperienced sedentary and/or low active individuals to self-select the
appropriate exercise intensity, is likely to be problematic. In a previous study, Lunt et al. [52]
evidenced that the improvement in cardiorespiratory fitness in a cohort of overweight/obese
subjects undertaking HIIT in a ‘real world’ setting was modest compared to moderate intensity
continuous exercise. The main reason for this finding relates to reduced adherence to the HIIT
program. Thus, further research is needed to explore whether the HIIT can be successfully
implemented and maintained in a real life setting for less active and unfamiliar subjects with
supra-threshold exercise intensity. It is important to highlight that the acceptability and feasi-
bility of HIIT is in its infancy and further research is necessary, mainly in a real world setting
and over an extended period of follow-up.
In a public health perspective, it is important to highlight that pleasant exercise can improve
adoption and adherence to prescribed exercise programs, and may promote future exercise
behavior [53]. Thus, it is important that professionals consider the affective responses during
an exercise bout, while the long-term adherence to exercise is a recurrent challenge [54]. There-
fore, we reinforce that the feelings of pleasure experienced during acute bouts of exercise
become an important aspect of exercise prescription and monitoring. In this sense, we suggest
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
that HIIE should be used with caution for beginners and less active individuals during physical
activity programs.
Some strengths and limitations of this study are warrant to mention. First, this study did not
measure the physical activity status of the participants directly; we used a questionnaire, which
may under or overestimate the current subjects’ physical activity level, although previous studies
have shown acceptable validity [24,25,55,56]. Second, we did not measure the
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
cardiorespiratory fitness by gas analysis. Although the groups presented different cardiorespi-
ratory fitness based on their results from maximal exercise test (i.e., maximal treadmill veloc-
ity), the assumption that low physical activity level associated with low cardiorespiratory
fitness influences the affective response during HIIE requires further investigation. Third, we
only included non-obese young healthy males in this study. Therefore, our findings may not be
directly transferable to other populations or to females. Fourth, the mental status of the partici-
pants (e.g., mood, stress, depression, etc.) was not assessed in the initial screening and prior to
the HIIE bout. Despite the above mentioned limitations, it is important to highlight some
aspects that favor the ecological validity of this study: i) application of a low-volume HIIE pro-
tocol to daily exercise; ii) utilization of the treadmill, commonly used in exercise facilities rather
than Wingate tests on specialized cycle ergometer; iii) use of simple tools to assess psychomet-
ric responses to exercise (i.e., Borg’s RPE scale and Feeling Scale), which may be easily inte-
grated into practice by exercise professionals.
Conclusions
Overall, insufficiently active and active subjects report feelings of pleasure to the first few work
bouts (i.e., 3–4) during low-volume HIIE, while the affective responses become more unpleas-
ant over time for insufficiently active subjects. Despite the physiological benefits of current
low-volume HIIT protocols (i.e., 10 x 60s at ~90% of HRmax with 60s recovery) in improving
health status and fitness, it is important to consider that this protocol is likely to be experienced
as unpleasant for less active subjects, especially in the last work bouts. Thus, considering the
impact of feeling states during exercise for future exercise participation and adherence, investi-
gations on the effects of HIIT protocols including a fewer number of work bouts on health sta-
tus and fitness of less active subjects would be interesting, especially in the first training weeks.
Moreover, further research is needed to examine adherence to HIIT protocols and to explore
whether this exercise modality can be successfully implemented and maintained in a real life
setting with those less physically active and unfamiliar with vigorous intensity exercise.
Supporting Information
S1 File. Data set. Characteristics of the sample and individual responses to high-intensity
interval exercise bout.
(XLSX)
Affective Response to High-Intensity Interval Exercise
Acknowledgments
Supported by the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq;
476902/2013-4).
Author Contributions
Conceived and designed the experiments: DTF TCBD KK HME ECC. Performed the experi-
ments: DTF LFFJ TCBD ECC. Analyzed the data: DTF LFFJ TCBD ECC. Contributed
reagents/materials/analysis tools: DTF LFFJ TCBD KK HME ECC. Wrote the paper: DTF LFFJ
TCBD KK HME JP SJH ECC.
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