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Vol. XIX • N° 333 • Montreal, 16 de julho de 2015 Cont. na pág 14 Foto LusoPresse. Cont. na pág 5 Editorial A gente vê-se grega Por Carlos DE JESUS A gente vê-se grega para compre- ender o que se passa com a Grécia e com a Europa. Com os olhos colados nas páginas dos jornais ou nos ecrãs de televisão, é evi- dente que o nosso raio de visão se estreita e ficamos como que cegos pela árvore que nos tapa a vista e não nos deixa ver a flo- resta. Para já temos de nos afastar dos notici- ários do dia-a-dia e darmos uma olhadela para a geografia e para a história daquela que foi a pátria da democracia se quisermos compreender um pouco do que se passa. Geograficamente o país está localiza- do no cruzamento da Europa, da Ásia, do Médio Oriente e da África. Daí que a sua história se encontre marcada por todas as grandes sagas que marcaram o mundo oci- dental. Primeiro foi no seu seio que se deu uma das maiores cisões do mundo cristão, quanto Constantinopla decidiu separar-se Jogos Pan-americanos Benfeito vence + medalhas Por Norberto AGUIAR D epois do Campeonato Mundial de Futebol Feminino disputado em seis cidades canadianas, de costa a costa do país, mais uma grande e importante competição desportiva se está a disputar em sol canadiano. Trata-se dos Jogos Pan-americanos, um evento des- portivo que engloba todos os países da Amé- rica, do Chile, a sul, ao Canadá. As provas des- te Pan-americano desenrolam-se na província mais populosa do Canadá e que dá pelo nome de Ontário. Com cerca de 10 mil atletas presentes, cer- tamente que haverá alguns (muito poucos, o que é pena...) de origem portuguesa, do Canadá, dos Estados Unidos, certamente do Brasil, en- tre outros. Meaghan Benfeito, para já, é a nossa representante mais visível e com ela, devido à sua classe intrínseca, vem o destaque, não fosse ela uma atleta de classe mundial. Já com várias provas disputadas, o Canadá está no bom caminho, aparecendo no primeiro lugar da tabela classificativa. Para continuar? É o que vamos saber mais à frente... Também a Meaghan Benfeito já entrou em prova. A nível individual e em duo. Em MONTRÉAL affilié 8710 Pascal Gagnon, St-Leonard, Qc H1P 1Y8 www.eco-depot.ca 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652

RESTAURANTE 376-2652 Grelhados sobre carvão corrigidos/WEB_LusoPresse... · Roma para formação sobre o Airbus 330 e agora que regressaram da formação ... bandeira no anúncio

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Vol. XIX • N° 333 • Montreal, 16 de julho de 2015

Cont. na pág 14

Foto

Lus

oPre

sse.

Cont. na pág 5

Editorial

A gente vê-se grega• Por Carlos DE JESUS

A gente vê-se grega para compre-ender o que se passa com a Grécia e com aEuropa.

Com os olhos colados nas páginasdos jornais ou nos ecrãs de televisão, é evi-dente que o nosso raio de visão se estreitae ficamos como que cegos pela árvore quenos tapa a vista e não nos deixa ver a flo-resta.

Para já temos de nos afastar dos notici-ários do dia-a-dia e darmos uma olhadelapara a geografia e para a história daquelaque foi a pátria da democracia se quisermoscompreender um pouco do que se passa.

Geograficamente o país está localiza-do no cruzamento da Europa, da Ásia, doMédio Oriente e da África. Daí que a suahistória se encontre marcada por todas asgrandes sagas que marcaram o mundo oci-dental.

Primeiro foi no seu seio que se deuuma das maiores cisões do mundo cristão,quanto Constantinopla decidiu separar-se

Jogos Pan-americanosBenfeito vence + medalhas

• Por Norberto AGUIAR

Depois do Campeonato Mundial deFutebol Feminino disputado em seis cidadescanadianas, de costa a costa do país, mais umagrande e importante competição desportivase está a disputar em sol canadiano. Trata-sedos Jogos Pan-americanos, um evento des-portivo que engloba todos os países da Amé-rica, do Chile, a sul, ao Canadá. As provas des-te Pan-americano desenrolam-se na provínciamais populosa do Canadá e que dá pelo nomede Ontário.

Com cerca de 10 mil atletas presentes, cer-tamente que haverá alguns (muito poucos, oque é pena...) de origem portuguesa, do Canadá,dos Estados Unidos, certamente do Brasil, en-tre outros. Meaghan Benfeito, para já, é a nossarepresentante mais visível e com ela, devido àsua classe intrínseca, vem o destaque, não fosseela uma atleta de classe mundial.

Já com várias provas disputadas, o Canadáestá no bom caminho, aparecendo no primeirolugar da tabela classificativa. Para continuar? Éo que vamos saber mais à frente...

Também a Meaghan Benfeito já entrouem prova. A nível individual e em duo. Em

MONTRÉAL affilié8710 Pascal Gagnon, St-Leonard, Qc H1P 1Y8

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Os nossos endereços222, boul. des Laurentides, Laval8989, rue Hochelaga, Montréal8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal6520, rue Saint-Denis, Montréal10526, boul. Saint-Laurent, Montréal6825, rue Sherbrooke est, Montréal7388, boul. Viau, Saint-Léonard

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Visite o nosso MausoléuSÃO MIGUEL ARCANJO

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LusoPresseLe journal de la Lusophonie

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Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Osvaldo Cabral• Adelaide Vilela• Nuno A. Vieira• Anália Narciso• Jules Nadeau

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00Telenovela: segunda, quarta esexta, 06h00, 12h00 e 17h00..(Ver informações nas páginas 7 e 8)

O mistério das contas• Por Osvaldo CABRAL

Nos últimos dias temos vindo a as-sistir a uma misteriosa ação de propaganda devárias empresas do setor público regional.

É raro o dia em que não enviam para asredações dos jornais uma folhinha anunciandolucros, melhorias de resultados operacionais,redução de dívidas a fornecedores, aumentosde produtividade e por aí fora...

Nenhuma se dignou ainda a mostrar ascontas na íntegra.

A torrente começou imediatamente a se-guir à divulgação da auditoria do Tribunal deContas à gestão da Verdegolf pela “Ilhas deValor”.

Alguém terá ficado incomodado com osresultados divulgados e antes que se espalhasseo vírus pelo restante setor empresarial público,toca a divulgar notas de cada uma delas, cantan-do loas à gestão deste primeiro semestre, massem divulgarem nenhum documento compro-vativo para uma análise independente.

Começou com o IROA, depois passoupara a Fábrica de Santa Catarina, esta semanafoi a vez da SPRIH, aguardando-se agora asrestantes, se é que têm alguma coisa de positivopara mostrar...

É engraçado como estas empresas nãotêm pejo em anunciar lucros, quando é sabidoque vivem à custa dos subsídios, injeções decapital e avales do governo.

Gerir uma empresa assim, até o padeiroda minha rua.

Porque é que as contas não são divulgadasna íntegra? Quais são os proveitos? Quais sãoos subsídios e de que origem? Qual a dívidacomercial e bancária? Qual a justificação?

A estas perguntas, as referidas notas nãorespondem.

A última nota, por exemplo, da SPRIH,diz que a empresa encerrou o exercício econó-mico de 2014 com um resultado líquido posi-tivo em cerca de 39 mil euros.

Mas qual foi o volume de negócios? E aorigem dos subsídios?

Fala numa redução da dívida financeira emcerca de 1,3%, o que não é nada. E qual é a dívi-da global?

A gestão da dívida de algumas obras públi-cas fora do orçamento da região merece serconhecida. Ainda bem que as novas regras doperímetro da administração pública impõem acontabilização da dívida da SPRIH como dívidada região. Assim é mais transparente.

A esta ação, provavelmente concertada,veio juntar-se também a SATA, numa confe-rência de imprensa inédita, para anunciar osresultados do primeiro semestre... mas semdireito a perguntas.

Ficamos a saber que os resultados, aindanegativos, estão a melhorar.

Pudera. Depois de tanta asneira e de baterno fundo, só podia melhorar com o clima quese vive graças ao novo modelo de transporteaéreo.

O que a SATA devia explicar é como en-viou várias tripulações para Madrid, Londres eRoma para formação sobre o Airbus 330 eagora que regressaram da formação... não háos aviões!

Gastaram-se dezenas de milhares de eurospara os pilotos voltarem para... os A310.

Agora, quando conseguirem o leasing dos

A330 – que ninguém sabe quando acontecerá– lá voltarão as tripulações para mais uma for-mação e mais uns milhares, porque esta já nãovaleu de nada.

E é assim que se vai gerindo.Mais: em pleno verão, a poucos dias de a-

gosto, quando toda a gente já tinha notadoque a oferta de lugares para Lisboa estava a sermenor do que a procura (até este jornal fezmanchete com isso há poucos dias), é que final-mente decidiram reforçar a oferta de lugares,recorrendo a aluguer de aviões, já depois demuitos açorianos terem pago passagens de 600e 700 euros...

A todo este frenesim das empresas públi-cas regionais não deve ser alheio o aproximarde eleições.

Os políticos adoram estas manobras.Agora que haja gestores que lhes façam a

vontade... •••

REBOLIÇO – O período oficial da cam-panha eleitoral ainda não começou e já vai poraí uma grande peixeirada sobre quem leva abandeira no anúncio de medidas do governoda república relativas aos Açores.

PSD e CDS estão de marcação cerrada,mas o governo regional não fica atrás ao sen-tir-se ofendido por não ter sido o primeiro adar a notícia das low cost para a Terceira.

Vingou-se logo a seguir, com a conferên-cia da SATA na Terceira e o forte ataque desferi-do ao líder social-democrata e ao governo darepública.

A linguagem que vai sendo utilizada pormembros do governo e da oposição não au-gura nada de bom.

Vai ser uma linda campanha eleitoral. •••

FÉLIX RODRIGUES – Estou penhora-damente agradecido e não menos surpreendidocom a especial atenção que o Doutor FélixRodrigues dedicou à minha última crónica so-bre a oportunidade perdida do CDS/PP-Aço-res na corrida eleitoral à Assembleia da Repú-blica.

Percebo o seu incómodo, mas são ossosdo ofício de quem se mete nestas coisas da po-lítica e se expõe à apreciação dos comentadoresda nossa praça.

O artigo do cabeça de lista da coligaçãoCDS-PPM, em reação à minha análise, é umacorroboração do que escrevi, porque não neganada do que é factual e apenas discorda daquiloa que me atribui como “cinismo”.

A verdade é que não é cinismo nenhum da minha parte. É mesmo realismo, baseadona experiência e observação de quem conheceos meandros da política regional há muitasdécadas.

Quanto ao grau de conhecimento dos elei-tores açorianos em relação ao Doutor FélixRodrigues, aceito que seja uma questão de sub-jetividade, mas também permita-me que lhediga se está à espera de ser eleito apenas comos votos dos “muitos amigos” que diz ter es-palhado por estas ilhas, é uma questão de fé.

E em matéria de espírito não me meto. Écomo acreditar que os fenícios descobriram aTerceira. Tudo uma questão de fé...

Em resumo – e em abstrato – também te-nho fé na bondade, na disponibilidade e nosacrifício do Doutor Félix Rodrigues.

Como diz o nosso povo, só um “gajoporreiro” é que aceitaria ser quarta ou quintaescolha da lista que encabeça.

L P

Bilhete de LisboaCuriosidades – boas notícias de Portugal

• Por Filipa CARDOSO

1 – A exportação de touros cresceu49% em 2014, face ao ano anterior, segundodados da Federação Portuguesa de Tauromaquia.Foram exportados 207 animais para serem lida-dos em Espanha e França.

2 – Portugal importou mais bacalhau daNoruega em 2014, mais 5 mil toneladas que noano anterior. Portugal é o maior cliente de baca-lhau da Noruega.

3 – O Centro de Nanotecnologia e Materi-ais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (Centi-tivc), que se dedica à investigação, desenvolvi-mento e inovação, criou, com a têxtil A. Sampaio& Filhos, uma nova malha, da espessura de umafolha de papel, completamente hidrófila do ladointerior e capaz de repelir a água do lado exte-rior...

4 – Portugal volta a investir em resina comgrande potencial de crescimento. No passadochegou a ser o maior exportador da Europacom uma produção de mais de 100 mil tonela-das. A China e o Brasil continuam a ser os maio-res produtores, embora conste que terão come-çado a acusar o esgotamento do produto. A re-sina é utilizada na alimentação, indústria, cons-trução, vestuário, medicina, sintéticos e em váriasaplicações.

4 – A empresa têxtil Carlos Sousa, em SantaMaria da Feira, é especializada na produção deslings (fitas de carga) e cintas de amarração e ele-vação, mais de 15 mil unidades por dia.

A empresa duplicou a faturação nos últi-mos quatro anos e tem como clientes a Secil, aCimpor e a Corticeira Amorim, para além deexportar para a Bélgica, Dinamarca e Holanda.

5 – O setor da soldadura assegura mais de30 mil postos de trabalho em Portugal e conti-nua a crescer. Apesar de permanecer um setortipicamente masculino é liderado a nível europeupor uma mulher, a portuguesa Luísa Coutinho.

Esta empresária dirige a European Fede-ration of Welding, Joining and Cutting (EWF)entidade europeia responsável pela certificaçãode profissionais na área da soldadura, com sedeem Portugal.

6 – Quinze mil comerciais da marca de auto-móveis Mercedes, oriundos de 54 países, recebe-ram formação em novos veículos, no Algarve,perto de Albufeira. Foi feito um investimento de10 milhões de euros e a formação foi focada emquatro novos modelos, o S-Coupé, o GLA, a car-rinha furgão V-Class, e o novo classe C.

7 – O vocalista da banda escocesa Wild,Beau McClellan, vive em Loulé, no Algarve, hácerca de 20 anos, desde que abandonou a carreirade vocalista. Foi apresentador de televisão, pro-dutor de moda e artesão de ferro forjado mas hácerca de 10 anos pôs em suspenso a sua vida edurante um ano correu mundo à procura do quemelhor se fazia em iluminação. Em 2007 ganhouquatro prémios no concurso internacional dedesign de iluminação Red Dot.

A partir de então Beau McClellan tornou-se num dos maiores nomes do design de ilumi-nação.

Como não pensa sair do Algarve promove,em Loulé, o International Design Festival.

Mais uma vez registo iniciativas que me le-vam a acreditar num futuro melhor para Por-tugal. L P

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É melhor acreditar que esta foi uma vi-agem de muito sucesso. Uma orquestra de me-mórias que animará o barco da minha vida porterras e mares além. Trago boas recordações ehistórias para contar. De certeza que uma boaparte, dos nossos leitores, deseja saber tudo,ou não fosse esta a ordem natural do universo,a curiosidade. E para descontrair apostamos jáque nada vai ficar por dizer, é daquelas coisasque dá prazer lembrar.

No dia 4 de maio de 2015 cheguei a Lisboa.Logo, com o grande primo Sérgio fui em boacompanhia até ao Porto.

Naquela cidade, na capital da cultura nor-tenha esperava por mim uma Sra. muito bonitaque dá por nome de Fátima Rodrigues. Umafaialense que conheço há quase duas décadas eque viveu uma parte da sua vida na ilha Terceira.Um dia ainda jovem viajou para Lisboa, foi es-tudar, fez dela a professora digna de nota e porlá ficou. Pouco tempo depois apaixonou-sepela caridade e pelo benfazer e casou com umSer único, na Terra e no Céu. Felizmente aindalhe sobra muitos momentos para se dedicaraos outros. Deus é o Fiel companheiro da IrmãFátima Rodrigues. A minha grande amiga éfreira há mais de 40 anos. Aqui começa a minhaviagem, na cidade do vinho com mais históriae mais vendido no mundo, o Porto. Quemdisse que este não foi o melhor sítio para aben-çoar e regar, com uma boa pinga, nas caves doDouro, esta digressão poética?!

Foi maravilhosa a forma como tudo co-meçou mas apanhamos nesse dia um vendavalde se lhe ter respeito e medo. A tempestadeceifou a vida a um homem, numa das cidadesdo norte de Portugal, tendo ainda causado mui-tos prejuízos um pouco por todo o País. Mas

o dia viria a transformar-se numa tarde e noitede calmarias no Convento de Santo Antónioem Caminha com muitos anjos da guarda, àminha espera. Ali fiquei 9 dias a descansar. Edali parti com a Irmã Fátima Rodrigues emcumprimento de promessa. A minha doce ami-ga tinha para mim uma agenda bem carrega-dinha e cheia de LAÇOS E ABRAÇOS. Apre-sentamos então o livro no Convento para to-das as Irmãs. Depois seguimos para a Lousada,Porto (Rutis), Lamego, Vila Real, Fundão, etc.

Foi impecável a companhia desta amiga,a tal ponto que um dia lhe disse: quem temuma amiga freira não vai a pé para o Céu. Nãofui para o Céu mas andei por vários paraísosna terra. Depois de me despedir das Irmãs, fuipara os Açores, para a Covilhã e terminei as“ditas férias” na Serra do Açor, na minha aldeiaNatal, onde aconteceu também o lançamentodo livro, promovido pela Junta de Freguesiade S. Jorge da Beira.

Na próxima vez contar-lhes-ei detalhesda viagem ao pormenor.

O Convento de Santo António em Ca-minha há séculos que serve de casa às IrmãsFranciscanas e Acolhedoras. Foi fundado noano de 1618 e nele se abrigavam Frades. Quase200 anos depois, a história conta que os Li-berais mandaram extinguir as ordens religiosase encerrar os conventos. Ora, a congregaçãodas Irmãs Franciscanas e Hospitaleiras viria aser consagrada pelo Papa, no ano de 1876 edesde então o Convento de Santo Antóniopassou a ter muita importância para o AltoMinho. A Mãe Clara, fundadora da congrega-ção destas religiosas, teve um papel fundamen-tal em Caminha a tal ponto que os restos mor-tais da Beata católica falecida no ano de 1899chegaram a ser transladados para a Igreja do

Orquestra de memórias de viagem• Por Adelaide VILELA (fotos e texto)

Convento. Ainda hoje ao lado esquerdo daIgreja podemos observar o túmulo da primeiraMadre Superiora. Rosa Maria Joaquina de Sousaou Irmã ou Maria Madalena de Cristo, de seunome religioso, foi responsável pela Ordem.Como mulher abastada que era, corajosamenteadquiriu o edifício mandando-o restaurar porsua conta e risco. Esta caminhense veio a ser a

primeira Madre Superiora, logo após a morteda Irmã Clara do Menino Jesus. O conventode Santo António em Caminha tem uma his-tória digna de ser contada ao pormenor mashoje deixamos aos leitores este apontamentoe que a Mãe Clara siga a voz dos nossos saberese dizeres, para que possamos voltar com maispalavras, histórias e memórias. L P

A nossa colaboradora, Adelaide Vilela, entre as Irmãs Franciscas. Ao lado, o Con-vento de Santo António, em Caminha.

A 31 de julho

Festa JulinaLUSOPRESSE – O Centro de Ajuda à Família organiza na sexta-feira, dia 31 de

julho, aquilo a que chama de Festa Julina.Esta promoção, que promete divertimento para crianças, jovens e adultos, é levada a

efeito no 4850, Ave de Lorimier, em Montreal. O encontro está determinado para começaràs 17 horas e termina pelas 21 horas.

Quanto aos bilhetes, que já podem ser adquiridos, o seu custo está assim determinado:Família de 4 pessoas, 20$; adulto, 7$; criança (2 aos 12 anos), 5$.

Para informações complementares: (514) 982-0804.

L P

Página 416 de julho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Notas de Rodapé

O Rosto Humano De DeusEm Livro De Cunha De Oliveira

• Por Nuno A. VIEIRA

No ano de 1986, quando a explo-são da nave espacial Challenger deixou opovo americano em pânico e luto, o presi-dente Ronald Reagan, na sua eulogia, con-fortou a nação com a esperança de que ossete astronautas deixaram a superfície daTerra para tocar a face de Deus – to touchthe face of God. – O ano passado, com apublicação do livro O Rosto Humano DeDeus, Cunha de Oliveira encontra a face deDeus, nas palavras do apóstolo João, quan-do Filipe diz “Senhor, mostra-nos o Pai, eisso basta”, ao que Jesus responde: “Háquanto tempo que estou convosco, e não meficastes a conhecer, Filipe? Quem me vê, vêo Pai. Como é que me dizes então, “mosta-nos o Pai? Não crês que Eu estou no Paie o Pai está em mim? As coisas que eu vosdigo não as manifesto por mim mesmo: é oPai que, estando em mim, realiza as suasobras. Crede-me: Eu estou no Pai e o Paiestá em mim; crede-o, ao menos por causadessas mesmas obras (Jo, 14, 5-11)”. O“Rosto de Deus”!

Com a leitura do Rosto Humano DeDeus, o leitor seguindo as peugadas de Cu-nha de Oliveira, passará a referir-se à segun-da pessoa da Trindade, como o SenhorJesus. É precisamente na contracapa do li-vro que o autor chama a atenção para a im-propriedade do uso comum do nome JesusCristo: “... é que Cristo não é nome depessoa mas de categoria; não é substantivomas adjetivo... que quer dizer ‘ungido’ edonde nos veio o termo Messsias. Na Bíblia‘cristos’ e ‘messias’ foram aqueles quemDeus escolheu, predestinou e dotou de donsespeciais para poderem levar a cabo ações desalvação”.

No Rosto Humano De Deus, Cunhade Oliveira descreve a evolução do Cristia-nismo nos primeiros séculos da sua existên-cia. Começa com noções preliminares sobreJesus de Nazaré: o Messias, o Filho deDeus, Filho de Deus (sem artigo) e Filhodo Homem. Inclui tópicos como Jesus “ohomem” com pais biológicos. Jesus consi-derado, pelos seus contemporâneos, comoprofeta com poderes especiais. A subalter-nidade do Filho em relação ao Pai. Comotítulo de Senhor não equivale a divindade.Ainda, no que se refere à divindade, lê-se napágina 21: “Quanto aos Sinópticos, em par-te alguma se pretende provar que Jesus deNazaré é Deus. Muito menos por umaafirmação direta do mesmo”. O autor es-clarece que “o dogma da divindade do Se-nhor Jesus... só foi definido pelo concílio deNiceia I, no ano de 325”. É desta maneira“que não se pode ser nem dizer católico semcrer, ou acreditar que o Senhor Jesus deNazaré é Deus”, pg 19. Outro ponto deexegese é: “A Ressurreição do Senhor Jesuscomo obra de Deus e não d’Ele próprio”,pg. 41.

Como o Cristianismo é uma religião nasci-da no e do Judaísmo, Cunha de Oliveira explicaa passagem deste para aquele, o corte subse-quente do Cristianismo com o Judaísmo, a cris-tianização dos primeiros pagãos, perseguiçõese o surgimento de heresias como desvios daortodoxia. Expõe o leitor aos concílios de Ni-ceia I (325) e Constantinopla I (381), onde aformulação do Credo não aparece isenta da in-terferência do Poder temporal, o que levou Va-lentiano I (364-375) a dizer que “ um leigo nãose devia intrometer nas questões da Igreja”.As lutas, contendas, acusações e violências en-tre cristãos escalaram-se ao ponto do historia-dor romano Amiano Marcelino (330-395) es-crever: “Não conheço feras mais perigosas einimigas dos homens, que os cristãos uns dosoutros”. Pg. 288.

Quanto à magna questão do EspíritoSanto, Cunha de Oliveira nota que “O pen-samento cristão sobre o Espírito Santo, empleno século IV da Era cristã, e tanto quantono-lo permitem conhecer as fontes escritas deentão, não era nada ou muito pouco do quepensamos, cremos e acreditamos hoje.” Acres-centa o seguinte quanto à pessoa do EspíritoSanto, como uma das da Trindade divina: “Estaideia da Trindade divina foi sendo elaboradalentamente na Cristandade à medida que seiam tomando como pessoas divinas o Pai... oFilho... e o Espírito Santo). Pg. 260. Foi sómais tarde, que a Trindade (Pai, Filho e EspíritoSanto) se tornou objeto obrigatório da fé ca-tólica.

O autor dedica o último capítulo do seulivro à análise “de textos bíblicos de que nãoresulta claramente a afirmação da divindadedo Senhor Jesus”, pg. 301, acabando por con-cluir que “...de acordo com o pensamento dePaulo, há um só Deus – o Pai; e um só Senhor– Jesus Cristo. De modo que uma é a divin-dade e o ser divino; e outra, a Soberania e oser senhor, o que não é, em rigor de termos, omesmo que ser Deus”. Pg. 339.

O teólogo Cunha de Oliveira baseia a suaexegese no “primeiro fruto da literatura cris-tã” – os Evangelhos, actos dos Apóstolos eApocalipse”. Une a teologia de tipo narrativoe histórico à teologia especulativa e filosóficados Padres Apostólicos, dos Apologistas Gre-gos e da Patrística. Refere-se ainda a autores“contemporâneos dos apóstolos e da primeirageração cristã: o judeu Flávio Josefo (37/38-103, e os romanos Cornélio Tácito (55-115),Plínio o Moço (61/62-112/113 e TranquiloSuetónio (69-141)”.

A análise do autor é feita a partir dos tex-tos originais – aramaico (língua natal de Jesus),hebraico e grego. A cronologia dos aconteci-mentos aparece inserida no seu contexto geo-gráfico, cultural e semântico. (É de notar umaevolução semântica na literatura patrística econciliar). O escritor detém-se na explicaçãode certos hebraísmos e na definição de termosque exigem contextualização ( ortodoxia, here-sia, parúsia, servo, senhor, etc.; recorre à eti-mologia de palavras no texto original e definediversos conceitos. Para facilitar a leitura do

texto e a sua compreensão imediata, Cu-nha de Oliveira faz a transcrição diretadas citações bíblicas. A profundidadede pensamento do autor e a mecânicada exegese bíblica materializam-se numalinguagem clara, erudita e elegante. Sur-preendente é ainda a constante omnipre-sença que o autor revela de todo o con-teúdo bíblico e diversas traduções, o quelhe permite comparar, objetar e con-cluir. Não deixa de ser fascinante e eluci-dativo a perceção que o leitor toma doque é fazer exegese e teologia.

O Senhor Jesus, no Seu tempo, en-chia as pessoas de espanto com os seusensinamentos e revelações. O autor deO Rosto de Deus também não pareceescapar a este espanto no seu estudodas Escrituras: “...e agora porventurapara nosso espanto: O Senhor Jesus oque Se considerava era um profeta. Na-turalmente, como todos os que o foramem Israel”, pg. 316. Penso que o even-tual leitor desta obra – se encherá igual-mente de um espanto esclarecido e re-conhecido, apercebendo-se de que a li-nha de separação entre o divino e a vul-nerabilidade humana é ténue e que só aFé lhe pode avivar a cor. Aliás, o próprioautor, ao mencionar o recurso que oevangelista João faz do simbolismo, cla-rifica que o “discurso sobre Deus” (pg.321) não é fácil.

Ao explicar a origem etimológicada palavra Igreja (assembleia, reunião),o autor acentua como a Igreja, a princí-pio, foi uma Comunidade de Fé, e nãouma instituição como veio a ser a Igrejacatólica. É assim que, remontando à Úl-tima Ceia, termino com uma citação deCunha de Oliveira, de natureza inspi-rativa e quiçá significativa do seu tecidocristão pessoal: “Poderia acrescentarmais esta observação : por este texto:‘dei-vos exemplo’..., podemos ficar sa-bendo que a religião cristã é, acima detudo, uma religião de compromisso: pen-sar, como Ele pensou; sentir, como Elesentia; fazer, com Ele fez; servir, comoEle serviu; amar, como Ele amou; per-doar, como Ele perdoou; enfim, ser comoEle foi, tanto em relação a Deus, à Na-tureza e aos outros.” Pg. 128.

Poder-se-á dizer que Cunha de Oli-veira, de diferentes maneiras, tem labo-rado uma vida inteira para responder àsperguntas de Quadrato no seu Discursoa Diogneto (imperador romano), noano 125: “Primeiro, que Deus é esteque confiam e que espécies de culto lheprestam, para que assim todos eles (oscristãos) desdenhem do mundo e despre-zem a morte, sem que, por um lado,creiam nos deuses que os gregos têm comotais e, por outro, não observem as supers-tições dos Judeus. Depois, que amor éesse que nutrem uns pelos outros. Final-mente, porque só agora aparece no mun-do, e não antes, esta nova raça e este no-vo estilo de vida”. Pg. 185.

L P

MARIADA ENCARNAÇÃO

BOTELHO TAVARES1942 – 2015

Faleceu em Montreal, no dia 30 dejunho de 2015, Maria da Encarnação Bo-telho, natural de São Miguel, Açores, viúvade Manuel Tavares.

Deixa na dor o seu filho AntónioTavares (Fátima Cabral), a sua filha MariaJosé Tavares (Robert Brûlé), os/as netos/as Goretti (Luís de Sousa), Céline (BenoîtDeschamps), Paulo (Audrey Debut), Sté-phanie, Joseanne e Alexandra, os/as bis-netos/as Anthony, Laureanne, Maryjade,Maika, Agatha e Léonnie, os/as seus/assobrinhos/as, assim como restantes fa-miliares e amigos.Os serviços fúnebres estiveram a cargode:

MAGNUS POIRIER Inc.7388 Boul. Viau, St-LéonardTel.:514-727-2847www.magnuspoirier.comAntónio Rodrigues Cel. 514-918-1848

O velório teve lugar no passado do-mingo, dia 5 julho 2015, das 18h às 22h,e na segunda-feira, dia 6 de julho de 2015a partir das 8h30.

Seguiu-se a missa de corpo presente,na segunda-feira dia 6 de julho de 2015, às10h na Igreja Santa Cruz, situada no 60rue Rachel Ouest, Montreal. Foi sepulta-da em cripta, no Mausoléu Marie-Auxilia-trice no Cemitério Le Repos St-FrançoisD’Assise.

Renovaram com profunda saudade,a missa do sétimo dia, na terça-feira dia 7de julho de 2015, às 18h30 na Igreja SantaCruz. A missa de um mês de falecimentoterá lugar na quinta-feira 30 de julho, às18h30 na Igreja Santa Cruz.

A família vem por este meio agra-decer a todas as pessoas que, de qualquerforma, se lhes associaram neste momentode dor. A todos o nosso obrigado pelovosso conforto. Bem Hajam.

António RodriguesConseiller aux familles7388, boul. ViauMontréal (Québec) H1S 2N9Général : 514 727-2847 / 1 888 727-2847Télécopieur: 514 727-2848Ligne directe : 514 727-2828 poste [email protected]

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«Os Chineses de Macau»

Um antropólogo francês ausculta a população de Macau• Por Jules NADEAU

Para aqueles que amam Macau, «TheChinese of Macau: A Decade after the Han-dover», leva-nos num sobrevoo mas ao níveldo chão. À flor da terra. O autor dá-nos muitosnomes de sítios, de factos, e fornece-nos osdados concretos da sua própria pesquisa. Paraalém das generalidades que todos leram nosjornais, evitando contudo as digressões. En-contrei aí alguns personagens familiares. Porexemplo, o nome do excelente fotógrafo fran-cês Franck Regourd – outro especialista de Ma-cau e amigo do nosso colaborador AmílcarMartins – que prestou serviços preciosos aojornalista do LusoPresse.

O Dr. Jean Berlie possui toda a competên-cia necessária para analisar o elemento humanode Macau. Nascido em África do Oeste nosanos 30 e de nacionalidade francesa pela suafamília (funcionários no Togo), o investigadortem uma formação sócio antropológica graçasa diplomas de duas universidades francesas.Grande viajante e poliglota, já escreveu váriasmonografias entre as quais sobre Timor Ori-ental, a Birmânia e a China – para não citar se-não estas. O detentor da Legião de Honra tam-bém exerceu a profissão de piloto de avião pa-ra algumas companhias como Air France, oque explica o seu conhecimento do territórioasiático.

(No momento de escrevermos estas li-nhas, infatigável mas muito amável, Jean Berliediz-me estar em Sidney, na Austrália, a trabalharno seu próximo manuscrito – de que espera-mos ter as primícias na devida altura.)

O seu segundo título sobre MacauO professor Jean Berlie já publicou uma

compilação duma dezena de capítulos intitulada«Macau 2000» nas edições da Universidade deOxford. Especialistas de diferentes formaçõestraçaram aí um retrato da ex-colónia portugue-sa no momento da retrocessão do 20 de de-zembro de 1999. Além disso, o especialistatem a vantagem da observação a longo prazopois tem visitado o «confetti português» desde1972, na época da Revolução Cultural. Graçasaos seus trabalhos sobre Timor Oriental podetambém fazer comparações judiciosas. O Brasilé evocado quando fala da popularidade da ca-poeira na praça pública.

As distinções que faz entre Chineses deorigem cantonesa, hokkien, teochew e hakkasão tão esclarecedoras – guardadas as devidasproporções – como as que distinguem os com-patriotas de Braga, Lisboa, Funchal e Água dePau. Sobre uma população próxima de 600000 almas, mais de 100 000 Macaenses possu-em um passaporte português, isto é, a naciona-lidade portuguesa e o direito de residência emPortugal. Portanto, a importância do portu-guês diminui em proveito do mandarim e doinglês: é o impacto do rolo compressor de Pe-quim e da província vizinha de Cantão.

Quem viu a Cidade do Nome de Deus em1972 custa a acreditar na sua ficha atual. Segun-do o «Guardian», o reino do Bacará classifica-va-se em 2013 em quarto lugar mundial emtermos de PNB por habitante (a seguir ao Lu-xemburgo, à Noruega e Qatar, ultrapassando

a orgulhosa Suíça). No mesmo ano, os rendi-mentos provenientes do jogo dos 35 casinoseram sete vezes mais elevados que em Las Ve-gas, segundo o «Wall Street Journal». Cercade trinta de milhões de turistas por ano. As es-tatísticas de 2014-15 constatam uma baixa derendimentos, mas Macau continua a ser a Mecamundial do jogo.

Um investigador poliglotaCom a ajuda do seu questionário (ver em

apêndice «Qui êtes-vous?»), durante dois anos,Jean Berlie «laboriosamente» trabalhou no ter-reno interrogando 225 pessoas sobre a suaADN: origem, língua, religião, etc. Ele descreveassim um fenómeno de globalização muitointeressante que pode quantificar. Não sendonem chinês nem português, o observador fran-cês partiu dum ponto de vista neutro. Era pre-ciso alguém que conhecesse o mandarim e ocantonês, o português e o inglês para levar abem um inquérito deste género. O seu CVmenciona que ele fala uma quinzena de línguas.

Pessoalmente, gosto da importância queo prolífico investigador dá às associações so-ciais, culturais, religiosas, assim como profis-sionais e regionais, enumerando o nome dosseus representantes. Homens e mulheres. Afibra íntima desta sociedade multicultural. Eleinteressa-se pelo pitoresco evento do «Dragãobêbado», que me tinha mostrado o meu amigoAmílcar Martins. Depois, pela ópera cantone-sa – maravilhosamente bem documentada nou-tro lugar por Franck Regourd. Sobre este as-sunto, Berlie fala de nova «sociologia visual»fundada sobre a pesquisa fotográfica.

O livro de 248 páginas foi publicado eminglês na Proverse, um editor de Hong Kong.Este título está disponível na Amazon. Osleitores podem facilmente baixá-lo para o Kin-dle por uma soma módica. Trata-se duma obrade 2012, provavelmente a mais recente e a únicado género. Projeto ambicioso (pela iniciativada Fundação Macau e com a ajuda do InstitutoInternacional Macau) pois era preciso ter emconta a «revolução dos casinos» do decénio

2000-2010, uma transformação económicaprofunda que o autor teve em linha de conta.

L P

BENFEITO...Cont. da pág 1

ambas as provas, Meaghan Benfeito subiu aopódio.

A primeira competição em que tomou par-te a nossa jovem campeã luso-descendente foina prancha de 10 metros de saltos para a água.Aqui, depois de ter namorado o primeiro lugardurante alguns saltos, a verdade é que MeaghanBenfeito não resistiu ao mau desempenho der-radeiro, que a levou a terminar o seu trabalhoem terceiro lugar, uma posição nada consen-tânea com o seu valor. Na verdade, atendendoàs suas competidoras – sem as fortíssimas chi-nesas – Meaghan Benfeito tinha a obrigaçãode vencer. Mas, como sabemos que em despor-to nem sempre quem vence é melhor...

Já em duo (com a sua companheira desempre, Roseline Filion) e ainda na pranchade 10 metros, Meaghan Benfeito competiu eganhou, não a medalha de bronze, mas sim amedalha de ouro!

Seja como for, esta é mais uma participa-ção desportiva internacional de grande alcancepara a nossa jovem luso-descendente, istoquando se está a apenas um ano dos Jogos O-límpicos do Rio de Janeiro, onde ela marcarápresença pelo seu país, o Canadá. L P

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Saudades de Carlos Querido• Por Adelaide VILELA

Mayra Andrade no Centre Phi…

Em espetáculo de grande classe!• Por Anália NARCISO

Foi na sexta-feira, dia 10 de julho, quefomos ao Centre Phi, casa cultural de multiu-sos, se assim se pode dizer, assistir ao espetá-culo de Mayra Andrade, uma jovem cantora deorigem cabo-verdiana que desconhecíamos.

Fomos e, na verdade, não demos o tempopor mal empregue, muito antes pelo contrário.

Apresentada como a pérola de Cabo Ver-de, Mayra Andrade, que tem o seu poiso princi-pal em França, bem merece aquele adjetivo,pois trata-se de uma cantora de grande quali-dade vocal, de deixar o público, como se viu,rendido à sua categoria, já para não falar na suabeleza como mulher africana.

Adotando um estilo muito parecido como da malograda Cesária Évora, Mayra Andradecanta os ritmos cabo-verdianos, que se dizemser as famosas «Mornas», de forma excecional,para mais pimentada de muita sensualidade,que até vem muito a propósito dado a sua belasilhueta.

A sala, com toda a gente de pé, estavacompletamente cheia, para cima de 200 pes-soas, sei lá... E toda essa gente, do princípioao fim do espetáculo, que durou cerca de duashoras, aplaudiu Mayra Andrade de forma in-condicional, rendida à classe da jovem cantora,

que tem 31 anos.Acompanhada por quatro músicos, três

franceses e um que nos pareceu ser igualmentede origem cabo-verdiana, Mayra Andrade tam-bém mostrou o seu lado bonacheirão, falandoao público num ou noutro intervalo das suascanções sobre a sua mãe, a mulher que mais ainspira, sobre Cabo Verde, com o assunto inde-pendência em realce, etc... Foi no decorrer des-sas suas tiradas que soubemos que Mayra An-drade já tinha, há sete anos, cantado em Mon-treal, aproveitando ela a ocasião para agradeceraos organizadores por a terem convidado denovo.

O que também soubemos, claro que comalguma surpresa, foi que Mayra Andrade, comapenas 16 anos, já tinha passado pelo Quebe-que. Foi em 2001, aquando dos Jogos da Fran-cofonia, realizados na cidade de Gatineau. Ma-yra Andrade participou nesses Jogos, no setorcultural, tendo mesmo sido galardoada comum prémio.

De tal forma o público do Centre Phi es-tava rendido à atuação da bela cantora africanaque todas estas considerações sempre foramacompanhadas de rasgados aplausos.

De todas as canções, interpretadas em cri-oulo, em português, em inglês e em francês, ade que mais gostamos foi «Ilha de Santiago»,um hino ao bocado de terra que a viu nascer.

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Mayra Andrade, que bela cantora! Foto LusoPresse.

Não sei se tambémpor ser ilhoa, aquelacanção ainda me estápresente no espírito,quase uma semanadepois de a ter ouvi-do.

Termino comum desejo: se souberque a Mayra está emlugar de a poder es-cutar, é certo que lá es-tarei!

L P

Carlos Querido ao tempo do programa Luso-Québécois. Em cima, Luísa Queridono elogio ao malogrado marido.

Caros leitores, depois de uma longaausência estamos de volta às vossas mãos, paramais umas leituras. Trago coisas a dizer, his-tórias para contar e sobretudo muitas saudadesda minha santa mãe. Não creio voltar a vê-la… São três emes (m) na minha vida que seesvanecem: Maria, mãe, mulher. Está doente amãe. O mundo gira à volta das suas 90 prima-veras chegadas em maio e, dos seus 6 rebentos,só esta filha esteve com ela para apagar as ve-linhas. Já é muita idade, e quando um ser huma-no não se pode deslocar penetra numa solidãototal, até que a morte venha. Sinto-me triste…

Sinto imenso desejo de voltar a PontaDelgada e a Portugal Continental, onde deixeia mãezinha e os queridos e belos amigos. ComoDeus é criador, Jesus o salvador e o EspíritoSanto consolador, voltarei a todos os lugaresonde estive. Então abraçarei com carinho atodos quantos me receberam principesca-mente e, talvez com sorte a mulher que me deuo Ser ainda viva, a minha mãe.

Abordaremos memórias de viagem – entreLAÇOS E ABRAÇOS – quando o nosso Jor-nal voltar de férias, e quando eu estiver recupe-rada da cirurgia que me vai incapacitar, por al-guns meses.

Hoje tenho saudades daquelas que fazemchorar a alma e tremer o coração… Não é fácilrecordar, quando as memórias se transformamem sentimento de perda e de desconsolo. Mor-reu Carlos Querido há um quarto de século enós não podemos nem devemos esquecê-lo.Se eu fosse dona de alguma coisa, em particular,e se tivesse poderes a esta hora já o nomeQUERIDO estaria marcado, com cunho dedignidade e de respeito, num dos bancos darua St. Laurent, ou noutro lugar, por onde pas-sou este Grande Homem.

Foi um dos melhores e mais dinâmicosrepresentantes da língua e da cultura portugue-sas, na comunidade portuguesa de Montreal,com a sua esposa Luísa e o filho de ambos,Pedro Querido; foi umas das pessoas mais ca-rismáticas que pude conhecer até aos nossosdias. Carlos Querido deixou-se morrer por bemfazer a tudo e a todos, de uma forma tal quevolta não tem. Apesar de ter perdido o canalque dirigia – Estamos no Québec – para

as mãos do falecido Paulo Cabrita, durante 3anos, nunca deixou de amar seu povo commodéstia e sinceridade. Era um cidadão tão es-pecial que num piscar de olhos conquistavagraúdos e miúdos, tal era a sua bondade e saberestar.

Corria o ano de 1978 quando o próprioSr. Cabrita, que tinha ficado com o Programa,quis regressar a Portugal e suplicou a Queridoque voltasse a tomar as rédeas da TelevisãoPortuguesa, até então única em Montreal, co-mo programa luso.

Apesar dos poucos recursos tecnológicosdisponíveis Carlos Querido dinamizou o pro-grama e cada vez mais se familiarizava com astécnicas de comunicação para que o povo por-tuguês de Montreal ficasse agradado com oserviço púbico que defendia de alma e coração.

Há muitos anos que a língua de Camõesse espalha à boa maneira nesta cidade cosmopo-lita de Montreal. Vejamos: Carlos Querido ha-via adquirido os direitos de publicação e de di-vulgação, com um grupo de portugueses, emoutubro de 1973. Entre eles consta o nome deManuel Teixeira que fazia uma crónica de 15minutos. O referido grupo (de gente boa) nas-ceu em 1971 para dar assistência a pessoas combaixo rendimento e intitulava-se ASSISTÊN-CIA SOCIAL. Importa dizer que Carlos Que-rido elaborou um projeto para que a sua co-munidade pudesse vir a ganhar um canal de te-

Cont. na Pág. 14...

Página 716 de julho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

O novo programa de televisão em português!OOOOOOOOOOOOOOO nnnnnnnnnnooooooovvvvvvoooooooo pppppppppppprrrrrrrrroooooooogggggggggrrrrrrrrraaaaaaaaaammmmmmmaaaaaaa ddddddddddddddeeeeeeee tttttttttttteeeeeeeeeellllllllllllleeeeeeeeevvvvvvviiiiiiiiiiissssssssssãããããããããããããooooooooo eeeeeeeemmmmm ppppppppooooooorrrrrrrttttttttuuuuugggggggguuuuuuu

LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

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10:00 Bossbens Show Flavors ESCU TV Russian Mandarin Veggie ESCU TV10:30 Le Grand Magh Arabe Hay Horizon Mabuhay Cantonese Âme D’Afrique RBTL11:00 Âme D’Afrique Punjabi ESCU TV Bloque Latino Lusaq TV Flavors11:30 Veggie RBTL Flavors Hay Horizon Mabuhay12:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Bossbens Show Hay Horizon12:30 Âme D’Afrique13:00 Bloque Latino Mabuhay German Mandarin Hay Horizon Punjabi German13:30 Punjabi Âme D’Afrique Cantonese German Mabuhay Veggie14:00 German Bossbens Show Mabuhay Le Grand Magh Arabe Punjabi ESCU TV Bloque Latino14:30 Hay Horizon Veggie Flavors Russian15:00 Russian Âme D’Afrique Bloque Latino Punjabi Âme D’Afrique German Mandarin15:30 ESCU TV Veggie Flavors RBTL Flavors Cantonese16:00 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Hay Horizon Bossbens Show16:30 Âme D’Afrique17:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Mandarin Lusaq TV17:30 Cantonese18:00 Mandarin German Le Grand Magh Arabe ESCU TV Bossbens Show Lusaq TV Mabuhay18:30 Cantonese ESCU TV RBTL Le Grand Magh Arabe19:00 Le Grand Magh Arabe Russian ESCU TV Bossbens Show Mabuhay Bloque Latino19:30 Flavors Hay Horizon Veggie Âme D’Afrique20:00 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Mabuhay Punjabi20:30 ESCU TV Hay Horizon21:00 Lusaq TV Mandarin Russian Hay Horizon Punjabi Le Grand Magh Arabe Russian21:30 Cantonese Mabuhay Âme D’Afrique ESCU TV RBTL22:00 Punjabi Bloque Latino Bossbens Show Mabuhay Russian Bossbens Show Bloque Latino22:30 Mabuhay German Hay Horizon23:00 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Metropoli RBTL German23:30 Russian ESCU TV0:00 Bloque Latino Le Grand Magh Arabe RBTL Veggie Mandarin Bossbens Show Bossbens Show0:30 Punjabi Veggie Cantonese1:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Punjabi Lusaq TV1:30 Mabuhay2:00 German Bossbens Show Mabuhay Bloque Latino Hay Horizon ESCU TV Mabuhay2:30 Hay Horizon Veggie German Russian Le Grand Magh Arabe3:00 Russian Âme D’Afrique Bloque Latino Russian Punjabi German3:30 ESCU TV Veggie Mabuhay Flavors Flavors Bossbens Show4:00 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Sportivi 360 Hay Horizon4:30 Âme D’Afrique Punjabi5:00 Mandarin ESCU TV German Bossbens LeGrand Mandarin Hay Horizon5:30 Cantonese Russian Âme D’Afrique Show Magh Arabe Cantonese Russian

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LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

Carlos de Jesus

Inês Faro

Norberto Aguiarr Ludmila Aguiar Daniel Pereira

Página 916 de julho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

MARIA BARROSO...

ATRIZ, ATIVISTA E «... MULHER DO POVO»Morte de Maria BarrosoTambémnós estamos de luto!

• Por Norberto AGUIAR

Primeiro foi o internamento, poruma maldita queda. Depois foi a notíciado estado grave em que se encontrava. Fi-nalmente, numa terceira etapa, veio a notí-cia que tanto temíamos mas que se esperavadado o seu estado físico e respetiva idade:Maria de Jesus Barroso morreu!

A Dra. Maria Barroso foi durante anosnossa conhecida apenas através dos órgãosde comunicação social escritos e falados.E pelo que líamos ou ouvíamos, ela con-quistou-nos, passando a ser uma das Mu-lheres que mais admirávamos em Portugal.E admirávamo-la pelas posições e temáticasque defendia, quase sempre tombando dolado de obras de grande alcance, de apoio acausas nobres.

A Dra. Maria Barroso presidiu, nome-adamente, à Cruz Vermelha Portuguesa e àAssociação Pro Dignitate. Foi atriz e depu-tada à Assembleia Nacional. Também parti-cipou na fundação do Partido Socialista.Por ser casada com Mário Soares assumiu,como é óbvio, as responsabilidades queincumbe a uma primeira-dama do país.

Atrás falámos na admiração que sem-pre nutrimos pela Dra. Maria Barroso. Demodo que sempre tivemos por objetivochegar à fala com ela. Na primeira vez quea vimos pessoalmente, em 1989, aquandoda Presidência Aberta do Presidente da Re-pública, precisamente Mário Soares, nosAçores, não tínhamos nem assunto nemà vontade para isso. Mas a ideia persistiuaté que, numa das nossas idas a Toronto,demos com ela num colóquio organizado,se não estamos em erro, pela professoraManuela Marujo. No fim da palestra, comalgum nervosismo, é verdade, abordámo-la. O nosso «entretien» não demorou maisque uns cinco a 10 minutos. A razão daconversa? Que sonhávamos com a possi-bilidade de ela, um dia, vir falar às Mulheresda Comunidade Portuguesa do Quebequenum dos Dias da Mulher do LusoPresse...

O resultado da inesperada mas ines-quecível conversa foi de que «o Norbertoconvida e eu aceito», atalhou-me ela depoisde precedentemente ter perguntado qualera o meu nome.

A história tem o seu fim quando algumtempo (anos) mais tarde a Dra. Maria Bar-roso participou no Dia da Mulher do Luso-Presse. Resta dizer que a festa foi muitobonita, tendo até contado com alguns de-putados e a ministra da Imigração e dasComunidades Culturais do Quebeque, LiseThériault, hoje vice-primeira-ministra dogoverno de Philippe Couillard.

Por ser meramente de âmbito pessoal,algumas felizes considerações sobre o nos-so contacto e a posterior visita da Dra.Maria Barroso a Montreal ficam para umlivro de memórias, caso tenhamos capaci-dade, tempo e disposição para tal.

L P

LISBOA - Maria Barroso, que morreuno passado dia 7 de julho aos 90 anos, desta-cou-se como atriz, declamadora e ativista po-lítica e ao longo de 66 anos acompanhou a vi-da do histórico líder socialista e antigo Presi-dente da República Mário Soares.

Maria Barroso casou em 1949 com MárioSoares, de quem tem dois filhos, João e Isabel,e foi uma das fundadoras do Partido Socialista(PS), na Alemanha, em 1973.

Maria de Jesus Barroso Soares, nascida a02 de maio de 1925, na Fuzeta, Olhão, formou-se em Arte Dramática no Conservatório Naci-onal, em 1943, e licenciou-se em História e Fi-losofia na Faculdade de Letras de Lisboa, ondeconheceu aquele que seria o seu marido.

Viriam a casar-se quando o fundador doPS se encontrava preso por motivos políticos.

Maria Barroso estreou-se como atriz noTeatro Nacional, em 1944, na companhia A-mélia Rei Colaço/Robles Monteiro e na peça“Aparências”, dirigida por Palmira Bastos, ten-do o papel na peça de José Régio “Benilde” si-do considerada uma das suas interpretaçõesmais memoráveis.

Destacam-se ainda participações no cine-ma, em vários filmes como “Mudar de vida”,de Paulo Rocha, ou “Le soulier de Satin”, deManoel de Oliveira.

Foi professora no Colégio Moderno, fun-dado pelo sogro, João Lopes Soares, mas che-gou a ser proibida de ensinar durante o EstadoNovo.

Em 1969, candidatou-se a deputada pelaOposição Democrática, tendo sido a única mu-lher a intervir na sessão de abertura do IIICongresso daquela organização, em 1973, emAveiro.

No mesmo ano, participou, na Alemanha,na reunião fundadora do Partido Socialista. Naaltura, votou contra a ideia de fundação do PS,o que muito aborreceu Mário Soares.

“Julgávamos que não era bem a altura deformar o PS, devíamos esperar um bocadinhoantes de tomar a decisão. Estávamos errados eMário Soares estava certo, a História provou-o”, disse a própria numa recente entrevista aojornal i a propósito do seu 90.º aniversário, a02 de maio de 2015.

Depois do 25 de Abril de 1974, foi porvárias vezes eleita deputada à Assembleia daRepública, pelos círculos de Santarém, Portoe Faro.

Em 1986, assumiu o papel de mulher doPresidente da República, quando Mário Soaresfoi eleito para um primeiro mandato.

Durante uma década no Palácio de Belémdedicou-se à defesa de causas como o apoioaos países de língua portuguesa, a prevençãoda violência, a luta contra o racismo e a exclusãosocial.

Depois de Mário Soares ter deixado a Pre-sidência da República, em 1997, Maria Barrosopresidiu à Cruz Vermelha Portuguesa, cargoque ocupou até 2003.

Foi fundadora e era presidente da Orga-nização Não Governamental (ONG) Pro Di-gnitate - Fundação de Direitos Humanos, des-de 1994, e da Fundação Aristides de Sousa Men-des.

Numa entrevista ao jornal i, Maria Barroso

confessou que apesarde todas as “contra-riedades, de todos osrevezes e de todas asencruzilhadas, valeu apena ter vivido”.

“Sinto que estouquase a partir, que seaproxima o momen-to”, acrescentou en-tão.

Sobre a sua rela-ção com Mário Soa-res - depois de contarum episódio em quecedeu à vontade delee não se inscreveu nocurso de Direito - afir-mou: “Tive sempre aideia de não fazer na-da que o enervasse eo contrariasse, por is-so estamos casadoshá 66 anos. Temos u-ma relação excelente,que é fruto dessacompreensão”.

Admitiu que nãofazer o curso de Di-reito foi um dos so-nhos que deixou paratrás por causa do ma-rido.

“Fora isso, quisacompanhá-lo sem-pre, mesmo nos mo-mentos mais difí-ceis”, acrescentou.

Católica desde ainfância, admitiu ter-se afastado da religiãodurante os tempos defaculdade, uma rea-proximação que sóvoltou a acontecerquando o filho JoãoSoares sofreu um aci-dente de aviação emAngola.

“Todas as ma-nhãs chegávamos ao

hospital e eu perguntava por ele ao médico que chefiava a equipa. Umdia, ele respondeu-me que “estava um bocadinho melhor, mas só umbocadinho, porque continuava muito mal. Peça a Deus. Pedi a Deus.Mas, antes disso, pedira a uma funcionária do colégio, muito minhaamiga, para encomendar uma missa pelo João. Senti-me bem nesse no-vo encontro com a religião”, relatou.

Questionada pelo jornalista sobre como gostaria de ser recordadarespondeu: “Uma cidadã modesta, mas amante da liberdade, da soli-dariedade e do amor. A minha palavra preferida, sem qualquer dúvida(…) o amor!”.

Maria de Jesus Barroso morreu terça-feira, dia 7 de Julho último,aos 90 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estavainternada, em estado grave, desde 26 de junho. L P

Na vinda ao Dia da Mulher do LusoPresse, Maria Barrosotambém passou nos Paços do Concelho da cidade. LusoPresse.

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EUA e Canadá...Bem representados no festival de artes Azores Fringe.

SATA apresenta resultados operacionaisE sublinha importância das rotas EUA e Canadá

As ilhas dos Açores têm grandes cone-xões com o outro lado do Oceano Atlânticodevido à emigração. Assim se diz que cada se-gunda casa no arquipélago açoriano, ou já teve,ou tem, família no Canadá ou nos EstadosUnidos da América.

O Azores Fringe Festival apresentou traba-lhos artísticos e artistas de 36 países e as Améri-cas foram bem representadas. A escritora Deo-linda Adão da Universidade da Califórnia emBerkeley veio apresentar o seu trabalho de pes-quisa em livro e cineastas mandaram seus fil-mes. Artistas do Brasil participaram na exposi-ção coletiva, na apresentação de filmes e o mú-sico Julio Uça investiu uma semana na ilha mon-tanha. Mas o Canadá foi um dos países maisbem representados, não só com trabalhos mastambém presença.

Teresa Ascenção nasceu no Brasil de paisaçorianos mas vive na grande cidade de Toron-to. O seu trabalho já foi exibido por todo oCanadá entre outros países. Universidade deOCAD (Ontário College of Art & Design) éonde passa muitas horas como professora defotografia e multimédia. O seu trabalho temmuito a ver com feminismo e a comparaçãoentre os trabalhos tradicionalmente de mulhe-res com o dos homens. O seu tempo nos Aço-

res em pesquisa, experimentação e mostra en-tre as ilhas das Flores e do Pico incentivaram aartista a já fazer planos para voltar aos Açores.

Na ilha do Pico, Teresa Ascenção apresen-tou a sua coleção “Maria” e um novo trabalhoque incluiu criar tintas das flores e produtosdos Açores como a batata. Mas o trabalhomais efémero foi construir uma renda de fa-rinha e água em plena calçada de rua ao meiodo dia, como se fosse trabalho de construçãoelaborado pelos homens.

Por sua vez, Zara Diniz veio aos Açorespela primeira vez para pintar um mural. Des-cendente de madeirenses, Zara ficou perplexapela natureza das ilhas e da majestosa monta-nha do Pico que decidiu mudar seu plano e ela-borou mais de 50 metros de pintura de temáticafantasia, intitulando “Ária de Fogo”. Na en-trada da doca do porto da Madalena encontra-se esta cornucópia de ideias e cor inspiradaspela primeira viagem aos Açores desta artistaluso-canadiana.

Desde os cinco anos de idade que o seutrabalho como pintora foi reconhecido. Seusestudos profissionais foram na famosa OCADem Toronto tal como a Teresa Ascenção.

O trabalho da cineasta Sheree Evelina tam-bém foi apresentado na edição doSHORTS@FRINGE.

Zara Dinis.

O Grupo SATA apresentou recente-mente os resultados do primeiro semestre de2015, onde se demonstra a redução significati-va do resultado operacional negativo na ordemdos 53% e se apresenta a estratégia de sustenta-bilidade para 2015-2020.

O desempenho da companhia aérea noprimeiro semestre de 2015 aponta uma tendên-cia positiva e de sustentabilidade, com uma re-dução efetiva de 10,2 milhões de euros, com oresultado negativo de 19,41 milhões de eurosno primeiro semestre de 2014 a passar para9,21 milhões de euros negativos no primeirosemestre do presente ano.

Face aos resultados, Luís Parreirão, Presi-dente do Grupo SATA, considera que se está“apenas no início de um caminho que é longopara alcançar o equilíbrio das contas da empre-sa, a sua sustentabilidade, a eficiência operacio-nal, e para o qual a significativa diminuiçãodos custos hoje é fundamental para aumentara receita amanhã”.

Luís Parreirão sublinha ainda que “os mer-cados com maior crescimento face a 2014 sãoos EUA e a rede Inter-Ilhas Açores com um

aumento de 20% e 5% respetivamente. A rotapara o Canadá é também determinante para aCompanhia com um aumento de 0,12% egrande potencial de crescimento”.

Os resultados do primeiro semestre de2015 revelam ainda que o número de rotaçõescresceu 2%, os lugares oferecidos 1%, o núme-ro global de passageiros 12 % e a carga e correiotransportado 6 %.

A estratégia do Grupo SATA passa porcontinuar o ajustamento da procura com me-lhor rentabilidade na generalidade das rotas,aumentar passageiros e iniciar o processo derenovação da frota – com destaque para osnovos aviões Airbus A330-200 que vão au-mentar a qualidade do transporte e a capacidadeda companhia.

“Também a estratégia comercial vai serreforçada com maior aproximação ao cliente,aposta na fiabilidade operacional, privilegian-do também o crescente compromisso e empe-nho dos colaboradores da Companhia”, con-clui Luís Parreirão.

Mais informações: André [email protected] | 00351218 923 252.

Agora na Livraria LelloEscritor Daniel Bastos apresenta «Terra»

No próximo dia 16 de julho (quinta-feira), o escritor Daniel Bastos apresenta às18h00, na centenária Livraria Lello no Porto,considerada uma das casas livreiras mais belasdo mundo, o seu último livro de poesia “Ter-ra”.

A apresentação da obra com chancela daEditora Converso, uma edição bilingue em por-tuguês e francês, traduzida pelo docente PauloTeixeira e ilustrada pelo artista plástico OrlandoPompeu, que terá em exposição na emblemá-tica livraria desenhos que concebeu a partirdos poemas, será apresentada por Filipe Lar-sen, Diretor do Festival 6 Continentes, o maisvasto evento cultural realizado no universo daLusofonia.

Com um percurso literário que tem sidoalicerçado junto das comunidades lusófonas,os poemas do escritor natural de Fafe são mar-cados por um sentimento telúrico que se re-flete numa relação umbilical com a terra ondevive e com as comunidades portuguesas espa-

lhadas pelos quatro cantos do mundo. Para GéraldBloncourt, Cavaleiro da Ordem Nacional da Legiãode Honra francesa que assina o prefácio da obra, olivro de estreia do autor minhoto no campo da poe-sia, perscruta as profundezas da humanidade, e osdesenhos de Orlando Pompeu criam uma simbioseentre a linguagem artística da poesia e pintura.

Refira-se que esta apresentação na Livraria Lello,ex-líbris da cidade do Porto e um autêntico santuáriodas artes editoriais e livreiras, marca o fim das apre-sentações oficiais da obra, que desde o seu lançamen-to no final do ano passado levaram o escritor a estarpresente em várias sessões de apresentação do livrono território nacional e no espaço francófono euro-peu, como no espaço cultural Lusofolie’s em Paris,na Embaixada de Portugal em Bruxelas e na LivrariaCamões em Genebra.

Esta sessão literária simbólica incluirá uma provade vinho verde, promovida pelos Vinhos Norte,um dos maiores produtores nacionais de vinho verdeque procura aliar a tradição de fazer vinho com ainovação no setor.

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A oportunidade perdida do PP-Açores• Por Osvaldo CABRAL

Com o PSD divi-dido entre os “mota-ama-ralistas” e os que apoiam adireção de Duarte Freitas,o CDS/PP e o PPM ti-nham agora uma oportuni-dade de bandeja para apre-sentarem um cabeça delista às eleições nacionais

dade política neste processoa partir do momento em queos seus líderes começaram achantagear os gregos, comovimos com as declarações de-ploráveis nas vésperas do re-ferendo.

É por isso que o esma-gador “Não” é uma lição decoragem, que pode resultar emmais desgraças para o povogrego, é certo, mas não deixade ser um grito corajoso con-

que seduzisse alguns eleitores sociais-demo-cratas descontentes.

Bastava um candidato com um perfilforte, independente das estruturas dos po-pulares e que soubesse captar algumas fran-jas do eleitorado do PSD.

Era uma estratégia óbvia que certamen-te terá estado no pensamento dos dirigentescentristas.

A verdade é que não foi isso que acon-teceu.

Em vez de arriscar, o PP e o PPM opta-ram pela solução mais fácil e apresentaramum candidato comprometido com a linhade Artur Lima.

Félix Rodrigues será um bom acadé-mico, muito conhecido na Terceira, ondemantém uma visibilidade como investiga-dor na área do ambiente, mas com um raiode ação praticamente desconhecido nas ou-tras ilhas, para além de se conhecer pouco,nas restantes ilhas, o seu pensamento polí-tico.

Tudo exatamente ao contrário da estra-tégia mais óbvia, que seria “roubar” votosao eleitorado mais descontente com o rumodo PSD-Açores.

Ao recorrer a uma solução interna, ain-da por cima comprometida com o diretóriocentrista, o PP e o PPM perderam umaoportunidade incrível para disputar com oPSD e PS um dos lugares à Assembleia daRepública.

Não haverá muitas oportunidades co-mo esta.

••• A LIÇÃO GREGA – O “Não”

esmagador dos gregos pode ser uma enor-me trapalhada, mas é também uma liçãopara a mediocridade política dos líderes eu-ropeus.

Esta é das tais situações em que não sepode dizer que apenas uma das partes tema razão toda do seu lado.

O governo grego e os restantes esta-dos-membros têm culpas em todo este pro-cesso, algumas inconcebíveis do ponto devista político e outras que são desculpáveisporque explicadas à luz da tensão elevadaentre duas posições extremadas.

É verdade que os gregos exageraramao longo destes anos, vivendo num mar deilusões e enganos, pensando que os credo-res estariam sempre dispostos a abrir oscordões à bolsa para financiar um modo devida fictício, mas também é verdade que oscredores impuseram um modelo aos gregoscompletamente absurdo e insustentável.

O Eurogrupo perdeu toda a credibili-

tra o aparelho monstruoso de Bruxelas,comandado por tecnocratas de gabine-te, burocratas do negócio e fanáticosdo lucro.

É, ao mesmo tempo, uma liçãopara países como Portugal, onde a in-sensibilidade do governo de Passos Co-elho pretende impor mais cortes naspensões dos portugueses, quando jámais ninguém aguenta esta austeridadeindecorosa.

Quando o povo é soberano mastem a barriga vazia, os políticos decompêndio acham que ele se deve ver-gar aos ditames da eurocracia.

Pois aí têm a resposta.Começou pela Grécia e pode ser

um rastilho para outros povos que nãose queiram curvar mais perante o pesode políticas europeias sem sentido.

Deste ponto de vista, a coragemdo povo grego é encorajadora para mui-tos outros povos.

•••E O DESEMPREGO? – A As-

sembleia Regional vai estar a discutir,esta semana, as reformas autonómicaspropostas por Vasco Cordeiro e DuarteFreitas.

É muito cedo para um debate, ain-da por cima de urgência, que não estána agenda da população açoriana.

Era bom que os deputados estives-sem mais sintonizados com os eleito-res, porque, se estivessem, saberiam queo mais preocupante, neste momento,é o desemprego, os problemas no aces-so à saúde e o definhamento das econo-mias nas ilhas mais pequenas.

A não ser que o parlamento nãotenha mais nada com que se entreterantes das férias.

Então a “silly season” chega ce-do...

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Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

Página 1216 de julho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Tuga Fest:

O primeiro festival dedicado aos portugueses de todo o mundo

De 19 a 23 de agosto, a Praia de S. Ja-cinto, em Aveiro, acolhe a primeira edição doTuga Fest, o primeiro festival 100% portuguêsidealizado a pensar em todos os portugueses,residentes ou emigrantes.

Sob o lema “O festival mais português dePortugal”, o Tuga Fest é o primeiro eventocriado de raiz tendo como base a portugalidade.Ao juntar portugueses de todo o mundo vaiprivilegiar, valorizar e evidenciar o que de me-lhor se faz no país.

A componente musical é a sua principalatração – pelo palco principal vão passar no-mes como Tony Carreira, Xutos & Pontapés,Ana Moura, José Cid, Rita Guerra, HermanJosé, Zé Amaro, Quim Barreiros, Banda Red,Mariana Oliveira e alguns dos melhores dj’snacionais; no palco “Sagres”, à tarde, vão atuargrupos musicais tradicionais de vários pontosdo país –, mas o Tuga Fest não se fica por aqui.O festival tem também áreas de exposição/venda de produtos nacionais (gastronomia,artesanato e vinhos), com cerca de 100 expo-sitores e uma área de diversões. Isto tudo aliadoà ria, praia e sol que se faz sentir nessa altura,numa das regiões mais bonitas de Portugal.

O festival vai ser ainda dotado de umaárea própria para campismo, equipada com bal-neários, sanitários, piscina e áreas para refeiçõesligeiras. Também no recinto irá existir um res-taurante tradicional português com capacidadepara mais de 400 pessoas sentadas em simul-tâneo.

O Tuga Fest vai funcionar das 11H00 às04H00 e os bilhetes já estão disponíveis, emqualquer parte do mundo, através da Ticketlineem: http://ticketline.sapo.pt/evento/TUGA-FEST-2015-11170

Reserva natural conhecida em todoo mundo

Atualmente com um crescente desen-volvimento turístico, S. Jacinto, uma pequenapovoação piscatória situada numa península

Dunas de S. Jacinto..(com o mesmo nome) no concelho de Aveiro,é conhecida pelas suas dunas e por ter uma dasprincipais reservas naturais da Península Ibé-rica, que pode ser visitada a pé ou de barco pelaria de Aveiro.

Nas proximidades encontram-se aindapraias muito conhecidas, como Torreira, Praiada Barra, Costa Nova, Furadouro ou Espinho.

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Alto Comissariado para as Migrações lança o 1° Concurso de Ideias para o empreendedorismo emigrante

Projetos Locais de Capacitação ao em-preendedorismo vão apoiar os emigrantes nodesenvolvimento de competências de gestão.

O Alto Comissariado para as Migrações(ACM) acaba de lançar a primeira edição doConcurso de Ideias VEM – Valorização doEmpreendedorismo Migrante –, que tem co-mo objetivo apoiar os emigrantes micro em-preendedores, que têm projetos para a criaçãode negócios em Portugal.

De acordo com o Alto-comissário paraas Migrações, Pedro Calado “O Concurso deIdeias VEM faz parte de um conjunto de medi-das, incluídas no Plano Estratégico para as Mi-grações, que o ACM vai desenvolver para capa-citação do empreendedorismo e captação doinvestimento dos cidadãos nacionais emi-grantes, que querem regressar a Portugal.”

Pedro Calado acrescenta “Em paralelocom o VEM, o ACM vai promover ProjetosLocais de Capacitação, dando novas valênciasaos portugueses que estão fora do país e, em

especial, aos que querem regressar, para desen-volver o seu projeto profissional em Portugal.Acreditamos que esta capacitação em empre-endedorismo é um passo importante na pre-paração dos emigrantes que pretendem partici-par nos programas de apoio e de especial inte-resse para todos os portugueses que, apesar dadistância, continuam a sonhar um projeto pro-fissional próprio no seu país.”

O concurso, com candidaturas abertas en-tre 7 de julho e 7 de setembro de 2015, dirige-se a portugueses e luso-descendentes que vi-vem no estrangeiro e tem como objetivo apo-iar a estruturação e implementação de soluçõesempreendedoras, bem como o acompanha-mento em todas as fases de operacionalizaçãoindispensáveis para transformar um projetonum negócio em Portugal.

Após o período de candidaturas do VEM,serão selecionados até 240 projetos que benefi-ciarão de apoio técnico para desenvolvimentodo plano de negócio. Deste total serão seleci-onados os finalistas, que apresentarão o seu

projeto num elevator pitch, momento crucialpara eleger os empreendedores que vão obteraté 20 mil euros de financiamento, assim comoacompanhamento e monitorização para a im-plementação e arranque do seu negócio.

Podem concorrer a este Concurso os cida-dãos de nacionalidade portuguesa ou os luso-descendentes, maiores de 18 anos, que residamfora de Portugal, que se comprometem a desen-volver uma ideia de negócio a implementar noterritório nacional, e que vão fixar residênciaregular em Portugal, criando no país o seu pos-to de trabalho.

O regulamento do Concurso de IdeiasVEM, bem como a ficha de pré-inscrição obri-gatória encontram-se disponíveis em: http://www.acm.gov.pt/-/concurso-vem.

Para mais informações CONTACTAR:LIFT CONSULTINGHelena Rocha [email protected].:917 176 862

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Contra o Columbus Crew

Grande vitória do Impacto!• Por Norberto AGUIAR

O Impacto de Montreal, sábado passado, defrontou e venceuo Columbus Crew em jogo referente à 16ª jornada do Campeonato daMajor Soccer League. O desafio correu muito bem aos montrealenses,que na ocasião se bateram contra o terceiro classificado da Zona Esteda MLS, a sua zona.

Ainda não estavam decorridos 10 minutos e o Impacto já ganhavapor 2-0 quase sem saber como e porquê. O que é certo é que os azuis epretos, bafejados um pouco pela sorte e também pelo estado surpresada sua entrada em campo, chegaram ao golo com uma bela jogada dePiatti, mas que beneficiou, na conclusão da sua jogada, de um erro tre-mendo do defesa adversário que seguia a jogada na sua parte final. Mascomo os golos só se fazem, na maior parte das vezes por erros dosprotagonistas em campo, nada a opor...

Mal recuperados do golo inicial, os columboenses logo se virammassacrados com um segundo tento, este de se lhe tirar o chapéu, co-mo é uso dizer-se. Foi no seguimento de um pontapé de canto, um res-salto e bola no pé de Donadell que, de fora da área lhe aplicou um por-tentoso pontapé que levou a bola ao ângulo direito da baliza do Crewsem a mínima possibilidade de defesa para o guardião Steve Clark.

Com dois a zero, a confiança apoderou-se dos quebequenses, queassim puderam estabilizar o seu futebol de maneira a evitar a maiorpressão do adversário, que tudo tentou para chegar ao golo; golo esseque pudesse catapultar a desejada recuperação...

Apesar do Columbus pressionar no meio-campo montrealense ede ter tido três ou quatro oportunidades de golo quase feito, a verdadeé que o Impacto foi resistindo, e até criando perigo, o que deixou osamericanos sempre desconfiados da possibilidade de um contra-ataqueazul e preto que visse pôr fim aos seus intentos.

E foi o que aconteceu. As grandes oportunidades criadas pelosamarelos ou foram ingloriamente desperdiçadas diante da baliza, ou ti-veram a ação de Evan Bush, o guarda-redes local que pelo menos emduas ou três ocasiões fez defesas fenomenais, daquelas de ficar na retinado espetador. E como o tal contra-ataque acabou por funcionar, resul-tando em golo, o jogo logo ali ficou decidido. Isso aconteceu aos 80minutos, depois de um remate de Dilly Duka, que o guardião adversárionão segurou. Ora, bem colocado, Dominic Oduro, como havia feito jáno primeiro golo, encostou para o terceiro tento dos homens de FrankKlopas.

Com 16 jogos feitos, 21 pontos averbados e quatro jogos de atra-so dos seus mais diretos opositores, o Impacto, caso os vença todos,pode aspirar a um lugar de topo na liga.

Como comentário a esses dados, o que podemos dizer é que o Im-pacto, hoje por hoje, tem equipa e plantel para subir na classificação eisto independentemente do que fazem os seus adversários.

Mas é preciso continuar a jogar como contra o Columbus Crew.Se o fizerem como com o Nova Iorque City, de David Villa, na outrasemana, onde averbaram uma derrota «genante», então tudo se podequestionar...

Resultados:Impacto x Nova Iorque City, 1-2Impacto x Columbus Crew, 3-0

Próximos jogos:Dia 18 de julhoSporting Kansas City x Impacto

Dia 25 de julhoEstádio Saputo:Impacto x Soun-ders de SeattleDia 1 de agostoNova Iorque City xImpacto.

Espetáculo inédito

«Atlas Montréal»LUSOPRESSE – Soubemos, através do Escales improbables

de Montréal, que a partir de 5 de setembro estarão em Montreal doiscomediantes portugueses para montar um espetáculo de cariz inédito.Os artistas em questão são Ana Borralho e João Galante.

Com efeito, o espetáculo tem por objetivo reunir 100 pessoas nomesmo palco, não sendo necessário experiência teatral, daí que estão jáconvidados padeiros, polícias, fotógrafos, políticos, bombeiros, agricul-tores, futebolistas, floristas, cozinheiros, cabeleireiros, mesmo padrese, claro, artistas... Pessoas de outras quaisquer profissões são igualmentebem-vindas.

O espetáculo «Atlas Montréal» visa uma experiência teatral coletiva,onde os seus protagonistas tenham perfis completamente diferentes.A peça subirá ao palco da Maison de la Culture de Frontenac nos pró-ximos dia 11 e 12 de setembro, depois, claro, do trabalho de base feitonos dias antecedentes.

Se está interessado(a), convidamo-lo(a) a comunicar com o telefone(514) 313-6667.

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

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Página 1416 de julho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

EDITORIAL...Cont. da pág. 1

SAUDADE...Cont. da pág 6

de Roma. Depois, com a queda de Constanti-nopla conquistada pelos exércitos otomanos,foi a ocupação turca durante 350 anos. Realce-se aqui que, apesar dos otomanos terem conse-guido impor a lei maometana a todos os povosvencidos, não foram capazes de extirpar a féortodoxa dos gregos durante todo aqueletempo.

Em 1821 os gregos, apoiados pelas potên-cias europeias, revoltaram-se contra o ImpérioOtomano e conseguiram a sua independência.

Até à primeira guerra mundial os gregoscontinuaram a sua luta para recuperar os territó-rios ocupados pelos turcos. Infelizmente nemtodas as tentativas foram frutuosas e assim éque hoje Constantinopla se chama Istambul epertence ainda à Turquia. Durante essas guerrasmilhares de gregos foram expulsos das terrasocupadas pelos otomanos, terminando assimcom a presença de mais de milhão e meio degregos que habitavam a leste do mar Egeu haviamais de 4 mil anos.

Durante a década de 1930 a Grécia, comotanto outros países europeus (Portugal, Espa-nha, Itália, Alemanha), foi arrastada para ofascismo e, durante a segunda guerra mundial,o país foi ocupado pelos alemães, com o apoiodum governo colaboracionista.

Um ano depois do fim da grande guerra,em 1946, rebentou um novo conflito, destavez uma guerra civil que vai opor as forçasmonárquicas, apoiadas pela Inglaterra e pelosEstados Unidos, contra os militantes do Parti-do Comunista Grego que contavam com oapoio dos países comunistas vizinhos. Pode-se dizer que este foi um dos primeiros conflitosocorridos dentro do contexto da Guerra Fria,o qual deixou o país num estado bem pior doque aquele em que se encontrava no final daocupação nazi, em 1944. Em 1952 a Gréciaentrou na esfera da NATO, confirmando-seassim a divisão territorial entre os países deleste e o ocidente.

Em 1967, um golpe de estado lideradopor um grupo de coronéis impõe uma ditaduramilitar. O rei foi obrigado a fugir para o exílio.Milhares de gregos foram obrigados a emigrartambém. A sociedade ficou politicamente di-vidida até 1974, data em que terminou o reinodos coronéis.

Em 1981, o país aderiu à União Europeiae aproximou-se do nível de vida dos países eu-ropeus, com uma constituição democrática eparlamentar de tipo ocidental. Convém no en-tanto não esquecer que o apoio ao partido co-munista sempre se manteve, sobretudo nonorte do país.

Em 2008, a banca helénica (outro nomesinónimo de grego), como a maior parte dassuas congéneres mundiais deixa-se apanhar nafamosa bolha especulativa do “papel tóxico”.

O governo veio em socorro dos bancossob o famoso princípio que os bancos nãopodem ir à falência senão é a economia todado país que vai à bancarrota. (Too big to fail).

Aliada a esta crise – a divisão social e polí-tica do país, com feridas ainda não cicatrizadaspela guerra civil –, todos os governos que sesucederam, alternando entre direita e esquerda,todos mantiveram um sistema de nepotismopartidário que, sempre que estavam no poder,favoreceram a criação de empregos (“tachos”)para os amigos e as respetivas famílias políticas.Como se este partidarismo corruptor não che-gasse, a própria constituição prevê que os ar-madores e a igreja ortodoxa não paguem im-

postos. Esta falta de ética justifica, largamentetambém, a falta de responsabilidade cívica efiscal dos contribuintes, particularmente da par-te dos comerciantes e empreiteiros, que escon-dem ao fisco uma percentagem importante dassuas receitas.

Acrescente-se a este estado de desorgani-zação do sistema fiscal, as vantagens alargadasque foram feitas em matéria de reformas e pen-sões, muitas das quais estão a ser pagas a pesso-as que já morreram há muitos anos.

Claro que para pagar todas as vantagenssociais previstas na lei é preciso dinheiro. Di-nheiro que o estado não tem e que tem vindoa pagar com empréstimos da União Europeia.Só que os empréstimos um dia têm que ser pa-gos. E os europeus não querem continuar aemprestar dinheiro enquanto a Grécia não ar-rumar a casa. Esta imposição de arrumar a casaé aquilo a que os partidos de esquerda chamamde austeridade. E o partido que está agora nogoverno foi eleito porque prometeu que ia aca-bar com a austeridade. Vendo que a Europanão cedia à chantagem do líder do governoAlexis Tsipras, este resolveu chamar os elei-tores para um referendo no qual deviam aceitarou recusar as medidas impostas pela UniãoEuropeia.

Os eleitores, a mais de 60 % disseram quenão, que o governo de Atenas não devia aceitaras condições da Europa.

Agora, no fim da última semana, forte doresultado do referendo, o senhor Tsipras apre-sentou-se com nova proposta aos europeus.Estes respondem-lhe que não lhe emprestammais dinheiro enquanto não arrumar a casa.Isto é, ainda são mais intransigentes do queantes. Resultado, o governo grego agora vaitentar convencer o parlamento de que aceitemas condições europeias. Porque sem dinheiroos bancos não podem voltar a abrir. A econo-mia está parada.

Desde que foi eleito em janeiro este go-verno, em vez de se atacar às reformas necessá-rias para que o estado possa aumentar as suasreceitas, tem andado a jogar ao gato e ao ratocom os parceiros europeus. Mas visto que aGrécia é o berço da nossa civilização, que seencontra no cruzamento do mundo ocidentale do mundo muçulmano, os europeus, de bomou mau grado têm que por um pouco de águana fervura, porque não pode haver o «grexit»(Greek Exit).

A saída da Grécia não faria muita mossa àeconomia europeia, visto que não conta pormais de 2 % do total da Europa. Mas históricae estrategicamente seria um desastre.

Peçamos a todos os deuses do Olimpopara que tal cenário não se concretize.

levisão.Carlos Querido morre a 7 de julho do ano

de 1990, com 49 anos de idade. Desaparece as-sim o animador, o desenhador, o projetistadeixando centenas de cassetes e milhares denotas referentes a uma comunidade que eleadmirava. Que bomba… que dano para estebairro… Se não fosse dono de tão grande cora-ção e tão carismático, Deus não o teria levadotão cedo para o outro lado. Deixou na dor eno desespero os dois filhos jovens, Pedro eDaniel e no fundo do túnel da saudade LuísaQuerido, sua esposa.

Ora, atrás de tempo vem tempo, Queridolevou caminho mas seu nome ficou gravadohonrosamente nos anais da história desta suaterra de acolhimento. Sendo assim, o nome

Querido continuou a nortear os destinos daTelevisão. Não houve desistência, Luísa e PedroQuerido, seu filho, assumiram com responsa-bilidade e entrega a direção e animação do pro-grama ao qual deram o nome de ProduçõesLuso-Québécois. Em 1997 a nossa Televisãochega ao fim, todos os grupos étnicos na Pro-víncia do Quebeque viram seus direitos detransmissão proibidos pelo CRTC. Por maisque os diretores de antena se debatessem, con-tra a lei emitida nessa altura, com vias de reaveros serviços prestados pela Cable Vision dessaépoca, revelou-se infrutífero.

A fim de reivindicar os seus direitos e osdo seu povo luso, Pedro Querido decidiu orga-nizar uma grande manifestação mas a comu-nidade portuguesa não participou. A verdadeé que vieram uns 100, portanto o jovem mere-cia que o povo se levantasse em peso e o apo-iasse nesta luta. Pedro Querido teve grandecoragem e muita determinação bem como Luí-sa Querido que esteve sempre ao lado do filhoamado.

Carlos Querido desapareceu como pessoamas o nome dele perdurará para sempre. Quem

Na fronteira e no Aeroporto do Porto...Revista PORT.COM recebe os emigrantes

não sabe?! Este pai maravilhoso deixou nomundo um grande profissional. Por sua vez,o filho por onde passa defende com honra egrande orgulho o nome de seu pai. Pedro Que-rido é uma cópia perfeita do pai, bondoso, ex-traordinário, generoso, bom trabalhador eamante da sua língua e cultura portuguesas.Neste momento, ele participa na montagemdos programas, colaborando de perto com oDiretor da LusaQ TV, Norberto Aguiar.

Fernando Pessoa disse: “Não me venhamcom conclusões, a única conclusão é morrer”.Não era este o fim que Carlos Querido desejavaantes de atingir o meio século de vida.

“Não me venham com conclusões” a lín-gua portuguesa continua de boa saúde em Mon-treal e veio para ficar. Por isso queremos renderhomenagem, neste preciso momento a CarlosQuerido, por ter sido um pilar fundamental paraque Portugal se sentisse em Montreal através desteMonumento importante que é língua.

Querido Carlos na virada do ano 1990deixaste este mundo mas nós nunca te esquece-remos, até um dia… Lá onde estiveres recebeeste nosso abraço de saudade.

COIMBRA – Para receber da melhorforma os portugueses que vivem no estrangei-ro, a Revista de Portugal e das ComunidadesPortuguesas, PORT.COM, está a preparar umacalorosa receção, na qual equipas devidamenteidentificadas darão as boas-vindas aos que re-gressarem ao nosso/seu país para usufruir domerecido descanso.

Se nos anos anteriores a ação teve um fo-co maior na via terrestre, com especial enfoquena fronteira de Vilar Formoso, este ano a novi-dade passa pela presença também no Aero-porto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Porestar junto das zonas que têm maiores índicesde emigração (norte e centro do país), este é oaeroporto português que conta com o maiormovimento de emigrantes.

A oferta de lembranças e da edição especialde agosto da revista fazem parte destas ações.Desta forma, o próximo número da RevistaPORT.COM está a ser preparado com conteú-dos que ajudem as famílias de emigrantes nore-encontro com Portugal. Sol, praias, destinosturísticos, petiscos e cerveja, entre outros, aju-darão a preencher as páginas da próxima edição.

Além de Vilar Formoso e do aeroportodo Porto, esta mesma revista, que terá uma ti-ragem especial de 100 mil exemplares, será dis-tribuída também em Fátima, nos dias 12 e 13de agosto, durante a grande peregrinação anualque, como é sabido, atrai milhares de emigran-tes ao santuário. Para chegar ao maior númerode pessoas possível, a revista vai ser oferecidaem hotéis, restaurantes, cafés, museus e lojasde artesanato.

As ações de receção serão divulgadas nosite e redes sociais da revista, que pode acom-panhar através das seguintes páginas:www.revistaport.com e www.facebook.com/revistaportcom.

Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto)30 de julho a 2 de agosto

O Aeroporto do Porto irá proporcionaruma ação de boas vindas aos seus passageiros,emigrantes e turistas, nos dias 30 de julho a 2

de agosto. No interior (zona de chegadas), enquantoos passageiros esperam pelas suas bagagens, podemvisitar uma pequena exposição de artesanato e degus-tar produtos tradicionais portugueses em ambientecom animação folclórica. A todos é oferecida a ediçãoespecial da Revista PORT.COM.

Fronteira de Vilar Formoso1 e 2 de agosto

A ação tem lugar na linha de fronteira, ondeequipas PORT.COM, devidamente identificadas, vãoreceber e dar as boas-vindas às famílias de emigrantesque vêm passar férias em Portugal.

Diariamente serão oferecidos milhares de exem-plares da revista e outras lembranças.

FátimaDias 12 e 13 de agosto

A “Peregrinação dos Emigrantes”, realizadaanualmente nos dias 12 e 13 de agosto, integrada naSemana Nacional das Migrações, atrai anualmentemilhares de emigrantes de todo o mundo ao Santuá-rio de Fátima. A Revista PORT.COM será distribuídaaos emigrantes e peregrinos em locais de grandemovimento, tais como: hotéis, museus, restaurantese estabelecimentos de artigos religiosos e regionais.

Para mais informações, contacte:Márcia OliveiraTel.: 967583072Email: [email protected] L P

Norberto Aguiar, Produtor

Tél.: (450) 628-0125 (514) 835-7199 [email protected]

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Página 1516 de julho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Mundial de Futebol Feminino, Canadá 2015

O tricampeonato para os Estados Unidos!• Por Norberto AGUIAR

Embora não fosse a favorita principal– nessa qualidade estava a Alemanha por forçada sua então primeira posição na tabela classifi-cativa da FIFA –, a equipa de futebol femininodos Estados Unidos acabou por ganhar oCampeonato Mundial, demonstrando ao pla-neta que ela, sim, é que é a melhor equipa doMundo!

E se dúvidas ainda houvesse, aí está o pres-tigioso troféu ganho nada mais, nada menosdo que diante das até então campeãs mundiais,as asiáticas do Japão! De resto, o resultado de5-2 não deixa espaço para nenhumas reticên-cias!

Terceiro e quarto lugares:Alemanha x Inglaterra, 0-1 (ap)

Catalogada de grande favorita, a Alemanha,que já havia suado as estopinhas para eliminar,nos quartos-de-final, a França, viu-se relegadapara fora do pódio, mercê da derrota, no pro-longamento, diante da Inglaterra, que acaboupor ser a grande surpresa da prova ao terminá-la na terceira posição.

Com várias jogadoras de renome mundial,a começar na meio-campista Anja Mitag, massobretudo na atacante Célia Sasic – ganhou aBota de ouro, com seis golos, os mesmos deCarli Lloyd, por via de ter jogado menos minu-tos do que a americana –, e a guarda-redes Nadi-ne Angerer, anteriormente considerada a me-lhor jogadora do mundo, mesmo assim a Ale-manha não conseguiu levar a melhor sobre aInglaterra, que na primeira fase até tinha sidobatida pela infeliz França, se considerarmosque as gaulesas mereciam ter passado diantedas alemãs, ao terem jogado muito melhor,com oportunidades flagrantíssimas... e elimi-nadas na lotaria das grandes penalidades.

As inglesas, porém, na prova, foram sem-pre muito certinhas. Ganharam dois jogos noseu grupo (2-1, ao México e à Colômbia) eperderam com a França (1-0). Depois bateram(outra vez por 2-1) as norueguesas, que tinhampretensões ao pódio e, para mal dos pecadosda equipa da casa, venceram o Canadá aindapor 2-1, num embate impróprio para cardía-cos, onde as súbditas de Sua Majestade forambafejadas pela sorte. A sorte que não tiveram

no desafio com as japonesas, que perderampor 2-1, e que as afastaram de ir à grande final...

Seja como for. No futebol não ganhasempre quem é melhor ou quem é favorito. Eainda bem que é assim. Resultado, quem levoua medalha do terceiro lugar para casa foi a In-glaterra, quando toda a gente pensava que,afastada da final, seria a Alemanha a ficar noterceiro lugar do pódio.

Não há dúvida que este é mais um revésda Alemanha. Não esquecer que, há quatro a-nos, quando era favorita ao cetro, até por jogarem casa, ela acabou fora das meias-finais, dei-xando a última decisão entre as mãos (pés,melhor dizendo) de japonesas e americanas.

Primeiro e segundo lugares:Estados Unidos x Japão, 5-2

Os Estados Unidos já tinham vingado aderrota de há quatro anos, na Alemanha, quan-do perderam diante das japonesas através damarcação das tão famigeradas grandes penali-dades. Foi nos Jogos Olímpicos de Londres,em 2012. Ali, na final, as americanas arrebata-ram a medalha de ouro e tudo se saldou...

Agora, com a disputa de outra grandecompetição mundial e atendendo ao que se di-zia, não muita gente via as asiáticas na final.Pensava-se que o Japão estaria em declínio,mesmo se era uma equipa a ter em linha deconta pelos seus pergaminhos ao longo daúltima década, quando ultrapassaram países co-mo a Noruega – ganhou o Mundial em 1995 –, a Suécia, a China, o Brasil...

Afinal, tranquilamente, sem quase se darpor isso, lá estava o Japão na final deste Mun-dial canadiano. Pelo caminho venceu, sucessi-vamente, Camarões (2-1), Equador (1-0) e Suíça(1-0), isto na primeira fase. Depois, mais trêsvitórias contra a Holanda (2-1, nos 16 avos-de-final), a Austrália (1-0, nos quartos-de-final)e a Inglaterra (2-1, nas meias-finais). Só nãodeu mesmo para vencer os Estados Unidos...

No jogo da final, valeu às americanas te-rem iniciado o desafio em grande. Em 16 mi-nutos já o resultado estava em 3-0! Foi a manei-ra mais apropriada encontrada pelas ianquesde forma a destabilizar as adversárias, que for-mam uma equipa de «paciência», que espera,se for caso disso, pelo jogo todo para lançaremo ko às suas antagonistas. E foi assim no de-correr da prova. Está-se nos minutos finais, à

espera do prolongamento, quando não dá paramais e, de surpresa, qual animal felino, zás, to-ma lá o golo que te manda para casa. Foi assimcom a Austrália, e com a pobre Inglaterra, queainda «ajudou à missa» com a marcação de umgolo na sua própria baliza...

O Japão ainda deu um ar da sua graça nojogo da final quando marcou um golo e forçouas suas adversárias a cometer alguns erros que,no fim, ainda deram para marcar um golo naprópria baliza... Honra lhe seja feita pelo factode ter sempre dado réplica às americanas mes-mo em condições adversas, mercê do maiorpoderio norte-americano.

Já do lado dos Estados Unidos, entre algu-mas boas vitórias (Austrália, 3-1) e outras exce-lentes, como perante a Alemanha (2-0), a equi-

pa ainda teve de se aplicar para arrancar umponto (0-0) à Suécia, um candidato sempreadiado – tem um segundo lugar em 2003 –,mas que é, de facto, uma boa equipa, e chegar àfinal e apresentar, talvez, o seu melhor jogodo torneio, que deu para bater sem apelo nemagravo o campeão Japão.

Em suma, excelente vitória das americanasneste Mundial que, assim, voltam aos seusgrandes dias, juntando mais um título aos doisjá conquistados em 1991 – o primeiro da histó-ria do futebol feminino – e de 1999. Com estestrês títulos, os Estados Unidos são o país commais campeonatos ganhos! Os outros cam-peões são a Noruega, com um (1995), a Alema-nha, com dois (2003 e 2007) e o Japão, tambémum (2011).

Hope Solo, a melhor guardiã do campeo-nato. Foto FIFA/Associação Canadianade Futebol.

Carli Lloyd, a melhor jogadora do Mun-dial. Foto FIFA/Associação Canadianade Futebol.

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