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Press release do resultado do 2º Trimestre da Minerva
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Relatrio de Resultados 2T15
Minerva (BEEF3)
Preo em 04-08-15: R$ 11,44
Valor de Mercado: R$ 2.196,4 milhes
191.993.702 Aes
Free Float 52,0%
Contatos de RI:
Eduardo Puzziello Kelly Barna
Caio Vancim
Tel.: (11) 3074-2444 (17) 3321-3355
Teleconferncias 05 de agosto de 2015
Portugus
09:30 (Braslia) 08:30 (US EST)
Tel.: +55 (11) 2188-0155 Cdigo: Minerva
Ingls 11:30 (Braslia) 10:30 (US EST)
Tel.: +1 (412) 317-6776 Cdigo: Minerva
Barretos, 4 de agosto de 2015 A Minerva S.A. (BM&FBOVESPA: BEEF3 | OTCQX: MRVSY), uma das lderes na Amrica do
Sul na produo e comercializao de carne in natura, gado vivo e seus derivados, que atua tambm no segmento de
processamento de carne bovina, suna e de aves, anuncia hoje seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2015
(2T15). As informaes financeiras e operacionais a seguir so apresentadas em BRGAAP, em Reais (R$), de acordo com o
IFRS (International Financial Reporting Standards).
A Receita Bruta da Minerva no 2T15 foi recorde e cresceu 34% na comparao com o 2T14, totalizando R$ 2.352 milhes. O EBITDA do 2T15 foi de R$ 216,5 milhes, 32% acima do 2T14,
com margem EBITDA de 9,7%. Ressaltamos que o desempenho operacional do trimestre ainda
foi impactado pela integrao das recentes aquisies, com margens inferiores ao consolidado
da Minerva. Anunciamos em 08/07/2015 a concluso do processo de integrao destas plantas.
O lucro lquido do perodo foi de R$ 166,9 milhes, resultado significativamente superior ao reportado no 2T14. A margem lquida do trimestre foi de 7,5%. O ROIC permaneceu estvel em
relao ao mesmo perodo do ano anterior, em 20%, demonstrando o alto comprometimento
da Administrao com o retorno gerado em nossas operaes.
Nas exportaes, as vendas de carne in natura cresceram 59%, reflexo da maior diversificao geogrfica das operaes na Amrica do Sul; da grande capilaridade comercial, que atinge cerca
de 100 diferentes pases atravs de escritrios internacionais em diferentes continentes; da
utilizao de instrumentos de gesto de risco; e da relao entre a crescente demanda por carne
bovina e a menor oferta no mercado internacional. A eficincia desta estratgia pde ser
evidenciada atravs do desempenho das exportaes da Minerva quando comparado com o
desempenho do mercado brasileiro. O volume de carne bovina exportado pelo Brasil no 2T15
teve queda de 12% na comparao com o mesmo perodo de 2014. Por outro lado, as
exportaes da Minerva apresentaram aumento de 22% no mesmo perodo, elevando sua
participao em 9,3 pontos percentuais do volume total exportado pelo Brasil, de 15,1% no
2T14 para 24,4% no 2T15.
No mercado interno, as vendas de carne in natura cresceram 32% em relao ao mesmo perodo de 2014, fruto da combinao entre o crescimento da capacidade, da elevao do preo
da carne in natura, da estratgia de foco no pequeno e mdio varejo e no food service, na
capacitao e treinamento de equipes, nos ajustes na operao de distribuio e na otimizao
dos canais. Destaque para o preo mdio no mercado domstico, que apresentou aumento de
19% em relao ao mesmo perodo de 2014, influenciado pela alta do preo da arroba no
perodo.
A alavancagem financeira no final do 2T15, medida atravs do mltiplo Dvida Lquida/EBITDA Ajustado dos ltimos doze meses ficou estvel em 4,4x. A posio de caixa em 30/06/2015 era
de R$ 2,7 bilhes, cerca de 2,5x superior aos vencimentos de curto prazo.
Em 04 de maro de 2015 a Companhia divulgou guidance de Receita Lquida para o ano de 2015 no intervalo de R$ 9,5 bilhes a R$ 10,5 bilhes. A Companhia afirma que, com base no
resultado apresentado no 1S15, este guidance est mantido.
Destaques do 2T15
Resultados do 2T15
2
Principais Indicadores
R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Abate (milhares) 588,5 512,6 14,8% 608,3 -3,3% 2.368,1 1.946,3 21,7%
Volume Vendas (1.000 ton) 148,5 121,4 22,3% 140,1 6,0% 576,8 463,0 24,6%
Receita Bruta 2.352,3 1.759,9 33,7% 2.309,7 1,8% 8.874,1 6.364,7 39,4%
Mercado Interno 789,7 568,2 39,0% 757,2 4,3% 3.111,1 2.037,8 52,7%
Mercado Externo 1.562,5 1.191,7 31,1% 1.552,6 0,6% 5.763,0 4.326,9 33,2%
Receita Lquida (1)
2.226,8 1.656,2 34,4% 2.156,2 3,3% 8.631,0 5.993,0 44,0%
EBITDA Ajustado (1) (2)
216,5 163,7 32,3% 188,4 14,9% 809,2 640,5 26,3%
Margem EBITDA Ajustada (2)
9,7% 9,9% -0,2 p.p. 8,7% 1,0 p.p. 9,4% 10,7% -1,3 p.p.
Dvida Lquida/EBITDA Ajustado (x) (2)
4,4 3,5 0,9 4,3 0,1 4,4 3,5 0,9
Lucro (Prejuzo) Lquido 166,9 18,5 799,9% -587,2 n.d. -926,2 -35,5 n.d.
(1) ltimos 12 meses do 2T15 inclui nmeros proforma de Receita Lquida e EBITDA para as plantas do Mato Grosso.
(2) EBITDA ajustado por itens no recorrentes do 4T14.
No Brasil, onde encontra-se aproximadamente dois teros da capacidade produtiva da Minerva, o segundo trimestre
de 2015 foi marcado pela deteriorao dos indicadores macroeconmicos. A Minerva se antecipou a este cenrio e,
utilizando-se de ferramentas de gesto de risco, com foco na eficincia operacional, no estreitamento da relao
com o pecuarista, e na estratgia de maior foco na exportao, sem perder a eficincia na venda do mercado
interno, apresentou resultados operacionais e financeiros positivos. Alm do crescimento significativo da receita
lquida, de cerca de 35% em relao ao mesmo perodo de 2014, a Companhia elevou, com rentabilidade, sua
participao de mercado nas exportaes brasileiras de carne bovina. O resultado pode ser constatado no ganho de
100 bps na margem EBITDA do 2T15 em relao ao 1T15, atingindo 9,7%, e no ROIC estvel em relao ao trimestre
anterior, em 20%. Outro ponto de destaque no trimestre foi a menor volatilidade cambial que, combinada ao bom
desempenho dos resultados da Companhia, impactou positivamente a ltima linha da demonstrao de resultados.
No segundo trimestre de 2015, a Minerva apresentou lucro lquido de R$167 milhes, significativamente superior ao
lucro de R$18,5 milhes do 2T14.
Do ponto de vista comercial, vale destacar o forte desempenho das exportaes, que atingiram crescimento de 25%
no faturamento em dlar no 2T15 quando comparado com o mesmo perodo de 2014. A Minerva foi responsvel por
24% das exportaes brasileiras no segundo trimestre de 2015, elevando em 100bps os 23% de participao de
mercado apresentados no 1T15. O volume das exportaes da Minerva, a partir de suas operaes no Brasil,
apresentou aumento de 22% em relao ao mesmo perodo de 2014, e de 14% em relao ao trimestre anterior, ao
mesmo tempo em que houve uma retrao de 12% do volume exportado pela indstria brasileira no 2T14, e um
crescimento em relao ao 1T15 de 11%.
Nossas operaes no Uruguai e Paraguai tambm apresentaram crescimento do faturamento no 2T15, de 19% e
12%, respectivamente. Tal desempenho das operaes da Companhia no Brasil, Paraguai e Uruguai explicado pelo
gradual fortalecimento dos pases da Amrica do Sul. O USDA estima que a participao da Amrica do Sul nas
exportaes mundiais de carne bovina cresa para 34% neste ano, contra 32% em 2014. O reflexo deste
fortalecimento pode ser observado nas recentes aberturas de mercados interacionais s carnes produzidas na
Amrica do Sul. Em maio, a China continental aprovou a importao de carne bovina do Brasil e em junho, os Estados
Unidos anunciaram o incio do processo de abertura, que dever ocorrer no segundo semestre deste ano. Ainda, a
Unio Europeia abriu seu mercado para a importao de carne bovina in natura do Paraguai, e a Arbia Saudita est
no processo final de reabertura para a carne in natura do Brasil. Estas aberturas, entre outras, confirmam a
Mensagem da Administrao
Resultados do 2T15
3
assertividade e coerncia da estratgia de crescimento de longo prazo adotada pela Companhia, cujas operaes
encontram-se na Amrica do Sul.
O 2T15 tambm marcou o incio das operaes na Colmbia, alm da finalizao do processo de integrao das
plantas do Mato Grosso e da unidade de Janaba.
Para o segundo semestre de 2015, mantemos nossa perspectiva de uma entressafra com oferta de gado bem
distribuda, em funo do crescimento dos confinamentos e das chuvas que se estenderam por um perodo
prolongado, fruto do efeito climtico El Nio, em que os regimes de chuvas no hemisfrio Sul se intensificam. Na
ponta da demanda por carne bovina, esperamos que o mercado interno seja impactado pela atual conjuntura
macroeconmica (e.g. maior desemprego e perda de renda real devido alta da inflao), mas que seja compensado
pela forte demanda nos mercados externos. Em relao esperada deteriorao macroeconmica para o segundo
semestre no Brasil, vale destacar a estratgia adotada pela Minerva no mercado interno, com foco no pequeno e
mdio varejo e no food service, que d maior resilincia aos resultados. A oferta adequada de matria prima e o
consumo interno retrado, em conjunto, devero exercer efeito baixista ainda maior no preo da arroba do gado, o
que implicar em boas perspectivas de rentabilidade nas exportaes nos prximos trimestres.
Fernando Galletti de Queiroz, Diretor Presidente
Resultados do 2T15
4
Brasil
Fornecimento de Gado
Nos seis primeiros meses de 2015, devido a fatores macroeconmicos desfavorveis, foi observado um forte
movimento de ajuste da capacidade da indstria brasileira frigorfica. Tal correo traduziu-se em uma queda de 11%
no volume de abate em relao ao mesmo perodo do ano anterior. Junto a este movimento, observamos um
processo de maior reteno de fmeas pelos criadores de bezerros, confirmado atravs dos recentes dados
disponibilizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica), que apontam uma reduo no abate de
fmeas entre 4T14 e 1T15 de 9% em comparao aos mesmos perodos de 2013 e 2014, respectivamente.
No segundo trimestre de 2015, o preo da arroba manteve-se estvel em relao ao preo observado no 1T15, mas
20% acima do observado no mesmo perodo de 2014. No entanto, importante destacar que o preo mdio da
arroba comeou a ceder a partir do final do ms de maio, como resposta aos ajustes de capacidade da indstria
observados. Este movimento acelerou a trajetria de correo do preo da arroba em julho, trazendo boas
perspectivas de rentabilidade para o segundo semestre de 2015.
Ainda, a maior disponibilidade de chuvas previstas para o resto do ano, funo do fenmeno El Nio, permitir uma
oferta de gado mais regular no perodo de entressafra, que se concentra no segundo semestre do ano. O regime de
chuvas mais favorvel, combinado a um cenrio de queda no preo de gros e ao aumento da utilizao de
tecnologias de suplementao a pasto e semi-confinamento, j colaborou no primeiro semestre deste ano para uma
elevao na disponibilidade de animais mais jovens e pesados para o abate, e dever resultar em maior regularidade
de fornecimento e ganho de produtividade para a indstria no segundo semestre de 2015.
Figura 1, 2 e 3 Abate de Bovinos e Preo Mdio do Gado
Fonte: Ministrio da Agricultura e Pecuria, CEPEA/ESALQ | Dados preliminares de abate no 2T15
6.854 6.746 6.721 6.150 5.886
122,7 123,7 139,8 144,0 147,8
0
50
100
150
2T14 3T14 4T14 1T15 2T15
Abates (mil cabeas) R$/@
1.965 2.016 1.905
149,4 147,9 146,2
90,095,0100,0105,0110,0115,0120,0125,0130,0135,0140,0145,0150,0
-
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
abr-15 mai-15 jun-15
Abate (mil cabeas) R$/@
110,00
115,00
120,00
125,00
130,00
135,00
140,00
145,00
150,00
-20,0%
-15,0%
-10,0%
-5,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
jan
/14
fev/
14
mar
/14
abr/
14
mai
/14
jun
/14
jul/
14
ago
/14
set/
14
ou
t/1
4
no
v/1
4
dez
/14
jan
/15
fev/
15
mar
/15
abr/
15
mai
/15
jun
/15
Variao Anual - Abate Boi Gordo - R$/@
Panorama Setorial
Resultados do 2T15
5
Mercado Externo
As exportaes brasileiras de carne bovina in natura voltaram a crescer no segundo trimestre de 2015. Foram
exportadas 259 mil toneladas (volume 11,5% maior que do 1T15) acumulando receita de US$ 1,1 bilho. Em
contrapartida, no comparativo ao mesmo perodo do ano anterior, o volume exportado ainda apresentou queda de
11,6%, explicado (i) pela menor disponibilidade de carne para exportao, consequncia da adequao de
capacidade da indstria, (ii) pelos menores embarques a pases com situaes poltico-econmicas crticas e
instveis, como Rssia e Venezuela, e ainda (iii) pela maior restrio ao crdito no pas, que afeta a disponibilidade
de capital de giro para alguns players.
Figura 4 e 5 Exportao de carne in natura
Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior
No 2T15, o preo mdio da carne bovina exportada em dlar, ficou praticamente estvel, enquanto o preo mdio
da arroba, em dlar, caiu 4,5% em relao ao 1T15. Dentre os meses do segundo trimestre de 2015, junho foi o ms
que apresentou forte recuperao da rentabilidade nas exportaes. Esse resultado pode ser explicado pelo
movimento de apreciao do dlar mdio em relao ao real no final do trimestre, pela menor oferta e maior
demanda internacional por carne bovina (puxado pela forte demanda de Ir e Rssia no 2T15 em comparao com o
trimestre anterior), pela maior racionalizao da indstria, e pela reabertura do mercado chins carne brasileira
(vale lembrar que o Brasil comeou a embarcar carne bovina in natura para a China continental no ms de junho).
Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior
293 317 313 232 259
2T14 3T14 4T14 1T15 2T15
(mil ton)
1.384 1.547 1.518
993 1.094
2T14 3T14 4T14 1T15 2T15
(US$ milhes)
10,5 11,1 12,4 12,3
13,0 4,7
4,9 4,9
4,3 4,2
4,0
4,2
4,4
4,6
4,8
5,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
2T14 3T14 4T14 1T15 2T15
Figura 6 - Preo mdio carne in natura
R$/Kg US$/Kg
83 85 91
4,16 4,11 4,40
abr/15 mai/15 jun/15
Figura 7- Exportao brasileira de carne in natura
Volume (mil ton) Preo Mdio (US$/kg)
Resultados do 2T15
6
O mix das exportaes do Brasil no 2T15 indica queda nas exportaes para Rssia, Venezuela e Hong Kong no
comparativo ao mesmo perodo do ano anterior. A participao para o mercado russo foi de 23% no 2T14 para 17%
no 2T15, devido a motivos poltico-econmicos, assim como ocorreu com a Venezuela, cuja participao foi de 18%
no 2T14 para 14% no 2T15. Tambm, a participao da venda para Hong Kong caiu de 20% para 12% no mesmo
perodo comparativo, pela reabertura das vendas do Brasil para a China continental a partir de junho e pelo maior
combate triangulao da carne em Hong Kong pelo governo chins. Por outro lado, vale destacar o crescimento
significativo na participao de Egito e Ir nas exportaes de carne in natura brasileiras, cujas participaes
aumentaram de 7% para 13% e de 5% para 12% no 2T15, respectivamente. Esta mudana de mix de mercados
refletiu diretamente no preo mdio da exportao do Brasil, que foi de US$ 4,3/kg no trimestre anterior para os
atuais US$ 4,2/kg.
Figuras 8 e 9 Destino das Exportaes (% da Receita)
Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior
Em maio de 2015, aps a celebrao de um protocolo de certificado sanitrio, o governo chins revogou a deciso
que proibia oito frigorficos brasileiros a exportar carne bovina in natura China continental, que estava fechada ao
Brasil desde o final de 2012. O fim do embargo havia sido declarado em julho do ano passado e concludo em
novembro de 2014, mas ainda requeria a finalizao do acordo para emisso de certificado sanitrio para o Brasil
poder voltar a exportar ao pas asitico. De acordo com a ABIEC (Associao Brasileira das Indstrias Exportadoras de
Carnes) aps a visita de tcnicos do servio veterinrio chins ao Brasil, a expectativa que mais plantas frigorficas
sejam habilitadas, o que impulsionar ainda mais as exportaes para o pas. De acordo com dados do USDA
(Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a demanda por carne bovina no mercado chins est em
constante ascenso, dado que o pas pode vir a importar 500 mil toneladas at o final desse ano. De 2007 a 2014, o
volume exportado para o pas cresceu de 12 mil para 417 mil toneladas, conforme grfico abaixo:
Fonte: USDA
Rssia 23%
Hong Kong 20% Venezuela
18%
Egito 7%
Ir 5%
Chile 4%
Outros 22%
2T14
Rssia 17%
Venezuela 14%
Egito 13%
Ir 12%
Hong Kong 12%
Chile 5%
Outros 28%
2T15
12 6 23 40 29 99
412 417 500
90 118 154 154 152
241
473
646 750
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014E 2015E
Figura 10 - China/Hong Kong:Importao de carne bovina (mil ton)
China Hong Kong
Resultados do 2T15
7
Abertura do Mercado Norte-Americano
No final de junho de 2015, o MAPA (Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento) anunciou que o Servio de
Inspeo de Sanidade Animal e Vegetal do USDA alterou as regulamentaes para liberar a importao de carne
bovina no processada de 14 Estados, sob questes que mitiguem o risco de transmisso de febre aftosa.
Dado que o sistema de importao dos Estados Unidos realizado atravs de cotas especficas por pas ou por
grupos de pases, ainda no foi designado uma cota especfica ao Brasil. Sendo assim, inicialmente o pas far parte
da cota Outros (com um total equivalente a 64,8 mil toneladas/ano), onde pases no representativos na
exportao mundial de carne bovina, como Chile, Costa Rica, El Salvador, Honduras, Nicargua e Repblica
Dominicana, em conjunto, esto aptos a exportar para os Estados Unidos. Portanto, h grande expectativa do
mercado de que o Brasil seja o principal exportador capaz de preencher essa cota. Alm disso, nos ltimos anos,
alguns importantes exportadores como Austrlia e Nova Zelndia no preencheram sua cota cativa, o que, no
mdio/longo prazo, poder abrir oportunidades para o Brasil abastecer tais distores. Entretanto, apesar das
questes tcnicas j terem sido totalmente solucionadas, importante salientar que o lobby dos produtores norte-
americanos contra a abertura forte e pode adiar a concluso do processo de abertura anunciado.
Segue abaixo o quadro com os pases e suas respectivas cotas, juntamente com o preenchimento dessas cotas nos ltimos anos:
Figura 11 Cota de Importao dos Estados Unidos
Pases participantes do esquema de cotas dos EUA (TRQ)
(Carne In Natura/Congelada/Resfriada)
No participantes do Esquema de Cotas
Pas Austrlia Nova Zelndia Outros Uruguai Japo Canad Mxico
Cota (mil TEC) 378,2 213,4 64,8 20,0 0,2 sem limites sem limites
Ano % de cota preenchida historicamente Total Importao (mil ton PEP)
2010 50% 72% 74% 73% 13% 276 37
2011 39% 69% 95% 55% 0% 227 56
2012 57% 75% 74% 88% 14% 176 87
2013 55% 81% 0% 98% 49% 178 90
2014 94% 90% 30% 96% 72% 193 110
2015 YTD 41% 48% 36% 35% 42% 80 54 TRQ = Tariff-Rate Quota Scheme PEP = Peso equivalente ao produto TEC = Toneladas equivalente carcaa
Fonte: USDA, Abiec e Goldman Sachs
Atendimento Demanda Mundial
Estima-se que, atravs da abertura aos mercados dos EUA e China continental carne bovina brasileira, o Brasil
acesse aproximadamente 60% do mercado mundial. Tambm, espera-se que, juntamente com a abertura do
mercado norte-americano, novas oportunidades de acesso a mercados potenciais possam surgir, como Canad,
Mxico, Japo e Coreia do Sul, dando a possibilidade de o Brasil acessar mais de 80% da demanda global.
O acesso a novos mercados acontece em um momento bastante favorvel aos produtores da Amrica do Sul. A
demanda mundial de carne bovina continua crescente (a importao mundial de carne bovina cresceu 15% nos
ltimos 10 anos, de acordo com o USDA), puxada principalmente pelos pases emergentes. Em contrapartida, as
frgeis condies competitivas dos principais exportadores (e.g. Estados Unidos, Austrlia, Europa e Argentina) tm
colocado a Amrica do Sul (em especial o Brasil) em posio favorvel, com grandes chances de aumentar sua
participao no mercado global de carne bovina, a fim de suprir este desequilbrio.
Dentre os principais competidores, destacamos a Austrlia, cujas condies climticas adversas nos ltimos anos
afetaram sua produo de gado, somadas ao grande descarte de fmeas observado nos ltimos dois anos, resultou
Resultados do 2T15
8
numa rpida reduo de seu rebanho. De acordo com estimativas do MLA (Meat & Livestock Australia) o rebanho do
pas dever atingir 26 milhes de cabeas em 2016, o nvel mais baixo desde 1995.
Outro exemplo so os Estados Unidos que foram negativamente impactados pela questo climtica que afetou o
pas entre 2011 e 2013 e que, aliado mudana da poltica agrcola americana (Farm Bill) em 2008, possuem
atualmente o menor rebanho dos ltimos 60 anos. Pelos mesmos efeitos adversos aos Estados Unidos, o Canad e o
Mxico, que atualmente suprem o mercado norte-americano sem limite de cotas, tambm tiveram seus rebanhos
reduzidos aos menores ndices j registrados. Sendo assim, mesmo que somados os rebanhos dos trs pases juntos,
os ndices apontaro para queda do rebanho, como podemos ver nos grficos abaixo:
* Estados Unidos: 91,9 Canad: 11,8 Mxico: 16,5
Fonte: USDA
Mercado Interno
Em contraste com o bom momento do mercado externo, a demanda por carne bovina no mercado brasileiro no
primeiro semestre de 2015 sofreu as consequncias de um cenrio macroeconmico adverso, que se traduziu em
elevao no ndice de inflao, nas taxas de juros, menor oferta de crdito, e reduo da inteno de consumo das
famlias. Todos esses fatores, juntos, afetaram a demanda por carne bovina, tendo em vista que, em situaes de
deteriorao da renda real, consumidores das classes C e D acabam migrando para cortes mais baratos (cortes da
parte dianteira do boi) ou at mesmo migram para protenas concorrentes, como aves e sunos. A forte
desacelerao da taxa de crescimento da massa de renda real das famlias estimada para 2015 e 2016, observada na
figura 14, assim como a alta inflao de alimentos, observada na figura 15, corroboram a estimativa de consumo
enfraquecido de carne bovina no mercado domstico para o segundo semestre de 2015.
E = Estimativa | Fonte: IBGE, BACEN e MB Associados
Em resposta a este cenrio, somado maior reteno de fmeas, conforme explicado anteriormente, a indstria racionalizou suas operaes, atravs de paralizao de dezenas de plantas, com o intuito de garantir a sustentabilidade financeira do negcio.
27,4
26,0
26,5
27,0
27,5
28,0
28,5
29,0
29,5
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14E
20
15E
Figura 12 - Rebanho Austrlia
( Em milhes de cabeas)
120,2*
80,0
100,0
120,0
140,0
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14E
20
15E
Figura 13 - Rebanho EUA, Canad e Mxico
Estados Unidos Canad Mxico
1,6
4,2 5,9 5,8
6,9
3,9
7,4
4,8 6,3
2,6 2,5
-3,7 -1,9
2,7
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15E
20
16E
20
17E
Figura 14 - Taxa de Crescimento da Massa de Renda Real - Em %
8,56
9,22
0
5
10
jan
/12
mar
/12
mai
/12
jul/
12
set/
12
no
v/1
2
jan
/13
mar
/13
mai
/13
jul/
13
set/
13
no
v/1
3
jan
/14
mar
/14
mai
/14
jul/
14
set/
14
no
v/1
4
jan
/15
mar
/15
mai
/15
Figura 15 - IPCA e Alimentos
IPCA Alimentos
Crescimento acumulado em 12 meses - em %
Resultados do 2T15
9
Paraguai
Entre o final do primeiro e o incio do segundo trimestre de 2015, houve um movimento de reteno do gado nas
fazendas. Consequentemente, os animais excedentes nos meses seguintes vieram para o mercado mais pesados.
Essa maior oferta nos meses de maio e junho deprimiu o preo mdio do trimestre em 9%, beneficiando a
rentabilidade da indstria, dado que o preo mdio das exportaes de carne bovina in natura do Paraguai ficou
estvel no mesmo perodo.
Mesmo com as dificuldades logsticas de embarque em abril, o total de cabeas abatidas no 2T15 foi 7% maior do
que o registrado no segundo trimestre do ano anterior, com destaque para o ms de junho, quando foram abatidas
184 mil cabeas, patamar recorde de abate na indstria paraguaia.
Do ponto de vista comercial, o destaque no 2T15 foi o incio das exportaes para Europa. Nas exportaes, Rssia,
Chile e Brasil voltaram a ser os principais destinos do volume exportado pelo pas.
Figuras 16 e 17 Abate de Bovinos e Preo Mdio do Gado
Fonte: SENACSA
Figura 18 e 19 Exportao de carne in natura
Fonte: SENACSA
Figuras 20 e 21 Destino das Exportaes (% da Receita)
Fonte: SENACSA
413
476 495 487
440
175,0 192,4 188,3 176,3
159,7
0
40
80
120
160
200
200
300
400
500
600
2T14 3T14 4T14 1T15 2T15
Abates (mil cabeas) US$/100Kg
120 136 184
160,9 158,9 158,9
90,095,0100,0105,0110,0115,0120,0125,0130,0135,0140,0145,0150,0155,0160,0165,0170,0175,0180,0
-
50
100
150
200
250
abr-15 mai-15 jun-15
Abate (mil cabeas) US$/100Kg
78 92
83 81 68
2T14 3T14 4T14 1T15 2T15
(mil ton)
338 422
368 311
261
2T14 3T14 4T14 1T15 2T15
(US$ milhes)
Rssia 32%
Chile 26%
Hong Kong 13%
Brasil 9%
Israel 5%
Outros 15%
2T14
Chile 39%
Rssia 26%
Brasil 10%
Hong Kong 7%
Kuwait 4%
Outros 14%
2T15
Resultados do 2T15
10
Uruguai
No 2T15, foram abatidas 564 mil cabeas, volume 7% inferior ao registrado no 2T14, mas estvel quando comparado
com o trimestre anterior. O preo do gado permaneceu estvel em relao ao ano anterior, e apresentou ligeira
queda de 3% sobre o 1T15. Dentre o destino das exportaes do pas, destacamos o desempenho da China
continental, que subiu de 20% no 2T14, para 39% no 2T15, e tambm a significativa participao dos Estados Unidos,
que saiu de 13% das exportaes no 2T14 para 22% no 2T15, como pode-se observar nas figuras 26 e 27, abaixo.
Entretanto, houve retrao de 7% na demanda europeia, de 32% no 2T14 para 25% no 2T15, e de Israel, de 7% no
2T14 para 2% no 2T15. Estas mudanas de mix na carteira de vendas, acabaram por reduzir o preo mdio das
exportaes uruguaias em 7%.
Figura 22 e 23 Abate de Bovinos e Preo Mdio do Gado
Fonte: INAC
Figura 24 e 25 Exportao de carne in natura
Fonte: INAC
Figuras 26 e 27 Destino das Exportaes (% da Receita)
Fonte: INAC
605 444 560 557 564
177,1 193,7 192,9 183,2 177,0
50
100
150
200
250
0
500
1.000
2T14 3T14 4T14 1T15 2T15
Abates (mil cabeas) US$/100Kg
211 179 174
172,1 178,2 181,8
90,095,0100,0105,0110,0115,0120,0125,0130,0135,0140,0145,0150,0155,0160,0165,0170,0175,0180,0185,0190,0
100
120
140
160
180
200
220
240
abr-15 mai-15 jun-15
Abate (mil cabeas) US$/100Kg
74 58 61
65 67
2T14 3T14 4T14 1T15 2T15
(mil ton)
426 347 375
375 358
2T14 3T14 4T14 1T15 2T15
(US$ milhes)
China 20%
Estados Unidos
13%
Rssia 10%
Holanda 10%
Alemanha 8%
Israel 7%
Outros 32%
2T14
China 39%
Estados Unidos
22%
Holanda 8%
Alemanha 5%
Brasil 4%
Itlia 3%
Outros 19%
2T15
Resultados do 2T15
11
Abates
No 2T15, o volume de abate da Companhia totalizou 588,5 mil cabeas, 15% superior ao volume abatido no 2T14. A taxa de utilizao consolidada no 2T15 atingiu 68,6%, estvel em relao ao trimestre anterior. Ajustando a capacidade, excluindo as plantas que comearam a operar no final de 2014, mas que ainda estavam em fase de ramp up ao longo do 2T15, a taxa de utilizao atingiria 71,7%. Destacamos que, em 8 de julho de 2015, a Companhia divulgou, via Comunicado ao Mercado, a finalizao do processo de integrao das plantas da Mato Grosso Bovinos e de sua unidade em Janaba.
Fonte: Minerva | excluindo as plantas de Vrzea Grande e Mirassol DOeste (Mato Grosso) no ltimos doze meses e Janaba no 4T14, 1T15 e 2T15
Receita Bruta Consolidada R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Receita Bruta 2.352,3 1.759,9 33,7% 2.309,7 1,8% 8.874,1 6.364,7 39,4%
Diviso Carnes 1.918,4 1.263,0 51,9% 1.826,3 5,0% 7.042,6 4.814,5 46,3%
Diviso Outros 433,8 497,0 -12,7% 483,4 -10,3% 1.831,4 1.550,2 18,1%
R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Mercado Interno 789,7 568,2 39,0% 757,2 4,3% 3.111,1 2.037,8 52,7%
% Receita Bruta 33,6% 32,3% 1,3 p.p. 32,8% 0,8 p.p. 35,1% 32,0% 3,0 p.p.
Diviso Carnes 571,4 445,7 28,2% 579,1 -1,3% 2.389,6 1.550,4 54,1%
Outros 218,3 122,6 78,1% 178,0 22,6% 721,5 487,4 48,0%
R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Mercado Externo 1.562,5 1.191,7 31,1% 1.552,6 0,6% 5.763,0 4.326,9 33,2%
% Receita Bruta 66,4% 67,7% -1,3 p.p. 67,2% -0,8 p.p. 64,9% 68,0% -3,0 p.p.
Diviso Carnes 1.347,1 817,3 64,8% 1.247,2 8,0% 4.653,0 3.264,1 42,6%
Outros 215,5 374,4 -42,5% 305,4 -29,4% 1.110,0 1.062,8 4,4%
A receita bruta da Companhia no 2T15 apresentou novamente recorde histrico, totalizando R$ 2.352,3 milhes,
33,7% superior receita 2T14. Esse forte resultado explicado pela combinao entre o excelente desempenho da
Diviso Carnes, especialmente no mercado externo (64% superior receita registrada no 2T14), a consolidao das
recentes aquisies e a desvalorizao do Real em relao moeda norte-americana. Na Diviso Outros, as Divises
Couros e Revenda continuaram a apresentar forte desempenho em relao ao 2T14.
75,8%
72,0%1 72,3%1
70,2%1 71,7%1
2T14 3T14 4T14 1T15 2T15
Figura 28 - Utilizao da Capacidade Instalada
Minerva Anlise dos Resultados
69,0% 68,4% 69,0% 68,6%
Resultados do 2T15
12
Figuras 29 e 30 Composio da Receita Bruta Consolidada
Fonte: Minerva
As exportaes da Minerva no 2T15 permitiram manter a Companhia novamente em posio de destaque entre os
principais exportadores de carne bovina nos pases em que atua. No Brasil, enquanto o volume de carne bovina
exportado apresentou queda de 11,6% ante ao 2T14, a Minerva aumentou em 21,6% o volume de suas exportaes.
Dessa forma, a participao da Companhia entre as exportaes brasileiras atingiu 24,4% no trimestre, um aumento
de 9,3 pontos percentuais quando comparado ao mesmo perodo do ano anterior, comprovando novamente o foco
da Companhia em elevar suas exportaes no momento benfico de demanda mundial, conforme apresentado na
tabela abaixo.
Volume (mil tons) 2T15 2T14 Var.%
Exportaes Brasil 258,7 292,6 -11,6%
Exportaes Minerva 63,1 44,2 21,6%
Market share Minerva 24,4% 15,1% 9,3 p.p.
Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior
Em relao receita das exportaes, o market share da Minerva no Brasil subiu de 15% no 2T14 para 24% no 2T15.
No Paraguai, a participao atingiu 19% do mercado, 4 pontos percentuais acima do registrado no 2T14. No Uruguai,
nosso share foi de 20%, contra 14% no mesmo perodo do ano anterior.
Figuras 31, 32 e 33 Market Share (% da Receita)
Fonte: Minerva, Secex, INAC e SENACSA
Carnes MI 25%
Outros MI 7%
Carnes ME 47%
Outros ME 21%
2T14
Carnes MI
24%
Outros MI 9%
Carnes ME 57%
Outros ME 9%
2T15
Minerva 24%
Brasil
Minerva 20%
Uruguai
Minerva 19%
Paraguai
Resultados do 2T15
13
Apresentamos a seguir a evoluo das exportaes da Companhia por regio, entre o LTM2T15 e o LTM2T14:
frica: a participao da regio nas exportaes da Companhia manteve-se estvel em 17% no LTM2T15. O
principal destino para essa regio continuou sendo o Egito, cuja receita cresceu 59% na comparao com os
LTM2T14.
Amricas: a participao desta regio no mix de exportaes da Companhia apresentou reduo de 17% no
LTM2T14 para 12% no LTM2T15. Este resultado parcialmente explicado pela diminuio das importaes
pela Venezuela, que se iniciou no 4T14, e que se acentuou no primeiro semestre de 2015, fruto da forte
desvalorizao do preo do petrleo e da frgil situao poltica/social deste pas. Entre os principais
destinos, destacamos os mercados chileno e brasileiro, atendido tambm por nossas operaes do Paraguai
e Uruguai.
sia: A crescente demanda por carne bovina na regio asitica elevou sua participao nas exportaes da
Companhia em 700 bps, de 12% no LTM2T14 para 19% no LTM2T15. As exportaes para China continental
e Hong Kong, combinadas, cresceram mais de 80% no perodo analisado. Importante destacar que, a partir
de junho, as exportaes para China continental, que antes eram realizadas somente por nossas unidades no
Uruguai, tambm esto sendo realizadas pela Companhia a partir do Brasil. Por fim, vale ressaltar tambm a
crescente demanda da Coreia do Sul (abastecida pelas nossas plantas no Uruguai), Taiwan (abastecida pelas
nossas plantas no Paraguai), e Singapura.
CEI (Comunidade dos Estados Independentes): historicamente a Rssia (pas que atualmente representa
mais de 90% da demanda dessa regio), tem sido um dos principais destinos das exportaes tanto do Brasil
quanto da Minerva. No LTM2T15, a participao desse mercado representou 18% do total exportado pela
Companhia. Ao longo do primeiro semestre de 2015, a Rssia j comeou a dar sinais de recuperao na
demanda por carne bovina. A Companhia redirecionou parte dos volumes, antes exportados para a Rssia,
para outros destinos, em especial Egito, Chile, Ir e Hong Kong.
Europa: A participao da regio europeia nas exportaes da Companhia manteve-se constante nos
LTM2T15. A regio da Europa reconhecida por demandar cortes mais nobres (cortes resfriados do traseiro)
o que permite uma melhor precificao da carne bovina. Entretanto, no 2T15, houve um pequeno
enfraquecimento na demanda por carne bovina da regio, fruto da desvalorizao do euro em relao ao
dlar ao longo dos ltimos meses. Mesmo assim, a Companhia conseguiu aproveitar a boa precificao para
direcionar aproximadamente 13% do total de suas exportaes para esta regio.
NAFTA: a participao do NAFTA (Estados Unidos, Canad e Mxico) nas exportaes da Minerva apresentou
crescimento de 2 pontos percentuais, saindo de 3% no LTM2T14 para 5% no LTM2T15. Este aumento
reflexo de uma situao de oferta mais restrita de carne nos Estados Unidos, com consistente elevao de
preos no mercado interno. At o final do trimestre, essa regio era atendida apenas pelas operaes da
Minerva no Uruguai, e cujo foco o mercado de nicho norte-americano de produtos orgnicos aprovados
pelo USDA, com rentabilidade diferenciada. Para o segundo semestre de 2015, existe a
possibilidade/expectativa de que, aps a visita de tcnicos do USDA, haja a liberao de plantas brasileiras
para a exportao de carne in natura diretamente para o mercado norte-americano, conforme anunciado
pelo USDA e MAPA no final de junho deste ano.
Oriente Mdio: a participao do Oriente Mdio nas exportaes da Minerva saiu de 20% no LTM2T14 para
16% no LTM2T15. A Companhia redirecionou ao longo dos ltimos 12 meses, parte das exportaes para
outras regies com melhor rentabilidade como a sia e norte da frica. O destaque tem sido os embarques
para o Ir, que tem elevado consistentemente o volume importado de carne bovina in natura ao longo dos
ltimos trimestres, com destaque para o 2T15.
Resultados do 2T15
14
Figura 34 e 35 - Composio das Vendas Consolidadas por Regio
Fonte: Minerva
Diviso Carnes
A receita bruta da Diviso Carnes apresentou expanso de 51,5% no 2T15, em relao ao 2T14, totalizando
R$1.918,4 milhes.
A receita das exportaes de carne bovina in natura registrou elevao de 58,7% quando comparada a receita do
mesmo perodo do ano anterior, impulsionada pela combinao entre volume forte de exportao (+21,6% em
relao ao 2T14) e preos em reais mais elevados (+30,6% em relao ao 2T14). Outro destaque foi o segmento
Outros (subprodutos do abate) cuja combinao de maior volume de vendas no mercado externo, preos
internacionais mais altos e dlar apreciado, contribuiu para o aumento de 138,4% na receita bruta proveniente deste
segmento.
No mercado domstico, a receita de carne in natura elevou-se em 32,1%, frente ao 2T14, fruto das recentes
aquisies, do maior foco no segmento de food service, na capacitao e treinamento de equipes e na estratgia da
administrao em ajustar sua operao de distribuio, antecipando-se aos reflexos da deteriorao da economia
brasileira. Destaque para o preo mdio no mercado domstico, que apresentou aumento de 19% em relao ao
mesmo perodo de 2014, impulsionado pela alta do preo da arroba no perodo.
frica 17%
Amricas 17%
sia 12%
CEI 20%
Oriente Mdio 20%
NAFTA 3%
UE 11%
LTM2T14
frica 17%
Amricas 12%
sia 19%
CEI 18%
Oriente Mdio 16%
NAFTA 5%
UE 13%
LTM2T15
Resultados do 2T15
15
A seguir, o detalhamento completo da Diviso Carnes: Receita Bruta (R$ Milhes) 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Carne In Natura ME 1.243,2 783,2 58,7% 1.147,8 8,3% 4.297,9 3.069,5 40,0%
Carne Processada ME 14,7 0,0 n.d. 15,8 -7,1% 31,6 3,4 842,0%
Outros ME 89,2 34,0 162,0% 83,5 6,8% 323,6 191,2 69,2%
Sub-Total ME 1.347,1 817,3 64,8% 1.247,2 8,0% 4.653,0 3.264,1 42,6%
Carne In Natura MI 480,1 363,3 32,1% 494,9 -3,0% 2.040,5 1.286,3 58,6%
Carne Processada MI 8,4 3,4 149,7% 2,5 232,3% 15,6 18,8 -16,8%
Outros MI 82,9 79,0 4,9% 81,7 1,4% 333,5 245,3 35,9%
Sub-Total MI 571,4 445,7 28,2% 579,1 -1,3% 2.389,6 1.550,4 54,1%
Total 1.918,4 1.263,0 51,9% 1.826,3 5,0% 7.042,6 4.814,5 46,3%
Volume (milhares de tons) 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Carne In Natura - ME 83,1 68,3 21,6% 80,5 3,2% 309,8 266,8 16,1%
Carne Processada - ME 0,6 0,0 n.d. 0,8 -21,3% 1,4 0,2 543,9%
Outros - ME 7,5 6,6 14,2% 8,0 -5,8% 30,9 23,2 33,0%
Sub-Total - ME 91,2 73,9 21,7% 89,2 2,1% 342,1 290,2 17,9%
Carne In Natura - MI 41,8 37,6 11,0% 42,4 -1,6% 184,4 140,6 31,2%
Carne Processada - MI 0,9 0,3 196,7% 0,2 355,7% 1,5 1,9 -22,9%
Outros MI 14,7 8,6 70,2% 8,3 77,8% 48,8 30,3 61,3%
Sub-Total - MI 57,3 46,5 23,2% 50,9 12,7% 234,7 172,7 35,9%
Total 148,5 121,4 22,3% 140,1 6,0% 576,8 463,0 24,6%
Preo Mdio ME (USD/Kg) 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Carne In Natura - ME 4,9 5,1 -5,3% 5,0 -2,1% 5,2 5,0 2,5%
Carne Processada - ME 8,1 4,6 77,4% 7,4 10,1% 8,4 6,8 24,4%
Outros ME 3,9 2,3 66,5% 3,7 5,6% 3,9 3,6 8,2%
Total 4,8 4,9 -1,7% 4,9 -1,4% 5,1 4,9 2,9%
Dlar Mdio (fonte: BACEN) 3,07 2,23 37,8% 2,87 7,3% 2,69 2,29 17,6%
Preo Mdio ME (R$/Kg) 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Carne In Natura - ME 15,0 11,5 30,6% 14,3 5,0% 13,9 11,5 20,6%
Carne Processada - ME 24,9 10,2 144,5% 21,1 18,2% 22,6 15,5 46,3%
Outros ME 11,9 5,2 129,5% 10,5 13,3% 10,5 8,2 27,3%
Total 14,8 10,9 35,4% 14,0 5,7% 13,6 11,2 20,9%
Preo Mdio MI (R$/Kg) 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Carne In Natura - MI 11,5 9,7 19,0% 11,7 -1,4% 11,1 9,1 20,9%
Carne Processada - MI 9,4 11,2 -15,9% 12,9 -27,1% 10,7 9,9 8,0%
Outros MI 5,6 9,2 -38,4% 9,9 -43,0% 6,8 8,1 -15,7%
Total 10,0 9,6 4,1% 11,4 -12,4% 10,2 9,0 13,5%
ME- Mercado Externo, MI Mercado Interno
Diviso Outros
No 2T15, a receita bruta da Diviso Outros atingiu R$ 433,8 milhes, registrando queda de 12% no comparativo ao
ano anterior. Ressaltamos aqui que no 2T14 o desempenho das exportaes de Gado Vivo atingiu patamares
recordes, acima da mdia histrica de vendas do segmento para um trimestre. Desta forma, no 2T15, o desempenho
da Diviso Gado Vivo voltou a patamares histricos.
Outro destaque da Diviso Outros no 2T15 foi o segmento Couros, com receita bruta 53% acima da receita do 2T14.
Apenas nas exportaes, o segmento reportou um aumento expressivo de 81% de sua receita. O segmento Couros
possui foco voltado ao atendimento de nichos especficos, como os setores moveleiros e automotivos, tanto nas
exportaes quanto no mercado domstico.
Resultados do 2T15
16
A revenda de produtos de terceiros no mercado interno tambm colaborou para o desempenho dessa Diviso,
registrando uma receita 21% maior que a receita do 2T14. Atravs da revenda de produtos de terceiros, a
Companhia oferece uma linha com diversos produtos (outras protenas, aves, peixes, vegetais congelados entre
outros) atravs de um nico vendedor (conceito One Stop Shop).
Receita Lquida
No 2T15, a receita lquida da Companhia totalizou R$ 2.226,8 milhes, crescimento de 34,4% em relao ao 2T14,
explicado pelo excelente desempenho da Diviso Carnes, especialmente no mercado externo, pela consolidao das
recentes aquisies e pela desvalorizao do real em relao ao dlar nas exportaes, conforme detalhado
anteriormente. Nos ltimos doze meses, a receita lquida totalizou R$ 8.316,0 milhes, porm se considerarmos os
nmeros proforma das plantas do Mato Grosso, a receita lquida seria de aproximadamente R$ 8.631,0 bilhes.
R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Receita Bruta 2.352,3 1.759,9 33,7% 2.309,7 1,8% 8.874,1 6.364,7 39,4%
Dedues e Abatimentos -125,5 -103,7 21,0% -153,6 -18,3% -558,0 -371,7 50,1%
Receita Lquida ()
2.226,8 1.656,2 34,4% 2.156,2 3,3% 8.316,0 5.993,0 38,8%
% Receita Bruta 94,7% 94,1% 0,6 p.p. 93,4% 1,3 p.p. 93,7% 94,2% -0,45 p.p.
(1) LTM2T15 exclui nmeros proforma de Receita para as plantas do Mato Grosso.
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e Margem Bruta
O CMV do 2T15 totalizou R$ 1.825,7 milhes, aproximadamente 38% maior que o registrado no 2T14, reflexo do
aumento do preo da arroba em 20% em relao ao 2T14, aliado ao aumento de capacidade da companhia. O CMV
foi equivalente a 82% da receita lquida, ou uma margem bruta de 18,0%. Alm do preo da arroba, a finalizao do
processo de consolidao das plantas de Vrzea Grande, Mirassol DOeste e Janaba, que ainda se encontravam em
processo de ramp up e com margens inferiores mdia da Companhia at o final desse trimestre, tambm
contriburam para o desempenho da margem bruta.
R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Receita Lquida 2.226,8 1.656,2 34,4% 2.156,2 3,3% 8.316,0 5.993,0 38,8%
CMV -1.825,7 -1.325,1 37,8% -1.754,0 4,1% -6.773,1 -4.747,6 42,7%
% Receita Lquida 82,0% 80,0% 2,0 p.p. 81,3% 0,6 p.p. 81,4% 79,2% 2,2 p.p.
Lucro Bruto 401,1 331,2 21,1% 402,2 -0,3% 1.542,9 1.245,3 23,9%
Margem Bruta 18,0% 20,0% -2,0 p.p. 18,7% -0,6 p.p. 18,6% 20,8% -2,2 p.p.
Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas
As despesas com vendas representaram 6,2% da receita lquida no 2T15, aproximadamente 2 pontos percentuais
abaixo do 2T14, influenciado por melhores condies na renegociao dos contratos de frete de exportao. As
despesas gerais e administrativas (como percentual da receita lquida) permaneceram estveis em relao ao 2T14.
R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Despesas com Vendas -137,3 -128,6 6,8% -176,5 -22,2% -582,2 -505,3 15,2%
% Receita Lquida 6,2% 7,8% -1,6 p.p. 8,2% -2,0 p.p. 7,0% 8,4% -1,4 p.p.
Despesas Gerais e Administrativas -68,9 -54,7 25,9% -61,5 12,1% -256,3 -188,9 35,6%
% Receita Lquida 3,1% 3,3% -0,2 p.p. 2,9% 0,2 p.p. 3,1% 3,2% -0,1 p.p.
Resultados do 2T15
17
EBITDA
O EBITDA do 2T15 totalizou R$ 216,5 milhes, com margem de 9,7%. Nos ltimos doze meses, considerando os
nmeros proforma das plantas de Vrzea Grande e Mirassol DOeste, o EBITDA Ajustado totalizou R$ 809,2 milhes,
crescimento expressivo de 26,3% em relao aos ltimos doze meses de 2014, com margem de 9,4%.
R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Lucro (Prejuzo) lquido 166,9 18,5 799,9% -587,2 -128,4% -926,2 -35,5 n.d.
(+/-) IR e CS e Diferidos -0,2 -0,6 -59,7% 2,1 -110,8% -9,5 6,1 n.d.
(+/-) Reduo ao valor recupervel de ativo 0,0 0,0 n.d. 0,0 n.d. 0,0 34,2 n.d.
(+/-) Resultado Financeiro 32,3 146,8 -78,0% 755,8 -95,7% 1.611,7 569,7 182,9%
(+/-) Depreciao e Amortizao 17,6 13,9 26,8% 17,7 -0,6% 66,8 57,1 17,0%
(+/-) EBITDA Carrasco proforma 0,0 0,0 n.d. 0,0 n.d. 0,0 24,0 n.d.
(+/-) EBITDA Mato Grosso Bovinos proforma 0,0 0,0 n.d. 0,0 n.d. 30,2 0,0 n.d.
EBITDA 216,5 178,7 21,2% 188,4 14,9% 773,0 655,5 17,9%
Margem EBITDA 9,7% 10,8% -1,1 p.p. 8,7% 1,0 p.p. 9,0% 10,9% -1,9 p.p.
(+/-) Itens no recorrentes 0,0 -15,0 n.d. 0,0 n.d. 36,2 -15,0 n.d.
EBITDA Ajustado 216,5 163,7 32,3% 188,4 14,9% 809,2 640,5 26,3%
Margem EBITDA Ajustado 9,7% 9,9% -0,2 p.p. 8,7% 1,0 p.p. 9,4% 10,7% -1,3 p.p.
Resultado Financeiro
No 2T15, o resultado financeiro foi negativo em R$ 32,3 milhes, comparado ao resultado negativo de R$ 146,8
milhes reportado no 2T14. A despesa financeira totalizou R$ 194,9 milhes no trimestre, resultado da elevao de
aproximadamente 233 bps na taxa CDI em relao ao 2T14 e pela valorizao do dlar sobre o saldo das dvidas em
moeda estrangeira e juros correspondentes nesse perodo. As receitas financeiras totalizaram R$ 27,7 milhes,
elevao de aproximadamente 50% frente s receitas registradas no 2T14.
Nesse trimestre, a rubrica de variao cambial apresentou uma receita de R$ 113,3 milhes, resultado da reduo de
R$ 0,11 (queda de 3,3%) sobre o Dlar de fechamento do 1T15.
A rubrica Outras Receitas/Despesas financeiras, apresentou resultado positivo de R$ 21,6 milhes, resultado da
marcao a mercado dos instrumentos financeiros de hedge cambial utilizados pela Companhia, que totalizou
receita de R$ 31,7 milhes no trimestre.
R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Despesas Financeiras -194,9 -110,0 77,2% -167,8 16,2% -636,6 -418,7 52,0%
Receitas Financeiras 27,7 18,5 49,8% 26,2 5,5% 94,1 65,6 43,4%
Variao Cambial 113,3 13,9 713,9% -639,9 -117,7% -1.067,4 -91,3 1.069,0%
Outras Receitas / Despesas (*) 21,6 -69,2 -131,2% 25,6 -15,8% -1,8 -125,3 -98,6%
Resultado Financeiro -32,3 -146,8 -78,0% -755,8 -95,7% -1.611,7 -569,7 182,9%
Dlar Mdio (R$/US$) (Fonte: Bacen) 3,07 2,23 37,8% 2,87 7,3% 2,69 2,29 17,6%
Dlar Fechamento (R$/US$) (Fonte: Bacen) 3,10 2,20 41,0% 3,21 -3,3% 3,10 2,20 41,0%
Resultados do 2T15
18
(*) Outras Despesas (R$ Milhes) 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Resultado Hedge Cambial 31,7 -43,4 -173,0% 48,2 -34,2% 167,9 -47,6 -452,7%
Resultado Hedge Commodities 0,8 -9,4 -108,5% -8,6 -109,3% -23,0 -19,6 17,6%
Descontos Financeiros, Taxas, Comisses, Desconto Comercial e Outras Desp. Finan.
-10,9 -16,4 -33,5% -14,0 -22,1% -221,7 -58,1 281,6%
Multa e Juros - REFIS 0,0 0,0 n.d. 0,0 n.d. 75,0 0,0 n.d.
Total 21,6 -69,2 -131,2% 25,6 -15,6% -1,8 -125,3 -98,6%
Resultado Lquido
No 2T15, a Companhia registrou lucro lquido de R$ 166,9 milhes, aps IR e CSLL. A margem lquida atingiu 7,5%. Se
ajustarmos o resultado lquido pelos efeitos da variao cambial e IR e Contribuio social, o resultado do perodo
seria positivo em R$ 53,3 milhes, superior aos R$ 4,0 milhes reportados no 2T14.
R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Lucro (Prejuzo) Lquido Antes do IR e CS 166,6 18,0 827,2% -585,1 -128,5% -935,7 -29,5 3.073,7%
Imposto de Renda e Contribuio Social 0,2 0,6 -59,7% -2,1 -110,8% 9,5 -6,1 -256,9%
Lucro (Prejuzo) Lquido 166,9 18,5 799,9% -587,2 -128,4% -926,2 -35,5 2.505,7%
% Margem Lquida 7,5% 1,1% 6,4 p.p. -27,2% 34,7 p.p. -11,1% -0,6% -10,5 p.p.
R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.% LTM2T15 LTM2T14 Var.%
Lucro (Prejuzo) Lquido 166,9 18,5 799,9% -587,2 -128,4% -926,2 -35,5 2.505,7%
Reduo ao valor recupervel de ativo 0,0 0,0 n.d. 0,0 n.d. 0,0 34,2 n.d.
Variao Cambial -113,3 -13,9 713,9% 639,9 -117,7% 1.067,4 91,3 1.069,0%
Imposto de Renda e Contribuio Social -0,2 -0,6 -59,7% 2,1 -110,8% -9,5 6,1 -256,9%
Itens no recorrentes (Refis) 0,0 0,0 n.d. 0,0 n.d. 111,2 0,0 n.d.
Lucro/Prejuzo Ajustado 53,3 4,0 1.217,2% 54,8 -2,7% 242,9 96,0 153,0%
Resultados do 2T15
19
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Neste trimestre, o capital de giro consumiu R$ 313,4 milhes. Esta rubrica foi impactada: (1) pela linha de
Recebveis (-R$74 milhes), decorrente do maior foco da Companhia em aumentar as exportaes, que requer
maior prazo para pagamento; (2) pela linha de Fornecedores (-R$52,5 milhes), pois para preservar a rentabilidade
das operaes a Companhia optou por elevar a compra de matria prima vista; e (3) da rubrica Outras Contas a
Pagar, conforme explicado abaixo.
Destacamos tambm que, no clculo da variao de necessidade de capital de giro, exclumos o valor referente ao
pagamento da parcela do Frigorfico Carrasco, pago atravs de aes (equivalente a R$22,9 milhes), e o pagamento
da segunda parcela do Frigorfico Carrasco (equivalente a R$27,4 milhes e que foi adicionado rubrica de
investimentos) da rubrica Outras Contas a Pagar, e os ajustes negativos de avaliao patrimonial e acumulados de
converso, fruto do impacto cambial sobre os ativos no exterior, que representaram no 2T15, cerca de R$26,4
milhes. No 2T15, o fluxo de caixa operacional foi negativo em R$ 44,2 milhes e atingiu R$ 739,9 milhes no
LTM2T15.
R$ Milhes 2T15 2T14 1T15 LTM2T15
Lucro (Prejuzo) lquido 166,9 18,5 -587,2 -926,2
(+) Ajustes do Lucro Lquido 102,3 86,8 893,4 1.813,9
(+) Variao da necessidade de capital de giro (1)
-313,4 -4,1 58,6 -147,7
Fluxo de caixa operacional -44,2 101,3 364,9 739,9
(1) excluindo os ajustes de avaliao patrimonial e acumulados de converso e pagamentos de Carrasco
A variao de R$ 157,8 milhes na conta de Outras Contas a Pagar explicada pela poltica de crdito da
Companhia, a qual solicita pagamentos antecipados para certos clientes em determinados pases. Como houve
alterao sazonal do perfil dos clientes, reduzindo o risco de crdito para a companhia no 2T15, houve reduo nos
valores adiantados de clientes em R$127,4 milhes, impactando na rubrica de Adiantamento de Clientes,
conforme destacado no quadro abaixo.
R$ Milhes 2T15 1T15 Variao
Adiantamento de clientes 441,1 568,5 -127,4
Outros 192,8 223,2 -30,4
Outras contas a pagar 583,5 791,7 -157,8
Fluxo de Caixa Livre
A gerao de fluxo de caixa livre aps investimentos, pagamento de juros e o capital de giro no 2T15 foi negativo em
R$ 318,2 milhes. No acumulado dos ltimos 12 meses, a Companhia utilizou R$67,7 milhes de fluxo de caixa livre
em suas operaes, conforme demonstrado abaixo.
R$ Milhes 2T15 1T15 4T14 3T14 LTM2T15
EBITDA ajustado 216,5 188,4 196,3 177,8 778,9
(+) Capex (base caixa) -74,3 -47,3 -63,8 -44,0 -229,4
(+) Resultado Financeiro (base caixa) -147,0 -118,0 -138,5 -66,0 -469,5
(+) Variao da necessidade de capital de giro (1)
-313,4 58,6 164,6 -57,6 -147,7
Fluxo de caixa livre -318,2 81,7 158,6 10,2 -67,7
(1) excluindo os ajustes de avaliao patrimonial e acumulados de converso e pagamentos de Carrasco
Fluxo de Caixa
Resultados do 2T15
20
A Companhia encerrou o 2T15 com posio de caixa equivalente a R$ 2,7 bilhes, suficiente para amortizar dvidas
at 2023. Se excluirmos os bonds recomprados (conforme detalhado a seguir), o caixa seria de R$ 2,1 bilhes. No
final do trimestre a dvida de curto prazo correspondia a 18% do total. Aproximadamente 77% da dvida total estava
exposta variao cambial. A relao dvida lquida/EBITDA ajustado ao final do 2T15 ficou estvel em 4,4x.
Destacamos que a gesto financeira da Companhia est pautada em trs pilares distintos: (i) a parcela da dvida
vencendo no curto prazo no deve ser superior 20% da dvida total, (ii) o percentual de dvida em moeda
estrangeira deve ser prximo a proporo das exportaes na receita total e (iii) a posio de caixa mnimo deve ser
equivalente pelo menos 2 meses de compra de insumos.
Figura 36 - Fluxo de amortizaes da dvida em 30/06/15
(R$ Milhes)
R$ Milhes 2T15 2T14 Var.% 1T15 Var.%
Dvida de Curto Prazo 1.130,7 800,2 41,3% 983,3 15,0%
% Dvida de Curto Prazo 18,0% 19,0% -1,0 p.p. 15,4% 2,6 p.p.
Moeda Nacional 585,8 74,8 683,1% 487,9 20,1%
Moeda Estrangeira 544,9 725,4 -24,9% 495,4 10,0%
Dvidas de Longo Prazo 5.152,5 3.418,2 50,7% 5.412,2 -4,8%
% Dvida de Longo Prazo 82,0% 81,0% 1,0 p.p. 84,6% -2,6 p.p.
Moeda Nacional 656,6 818,9 -19,8% 729,4 -10,0%
Moeda Estrangeira 4.495,9 2.599,2 73,0% 4.682,8 -4,0%
Dvida Total (1)
6.283,2 4.218,3 48,9% 6.395,5 -1,8%
Moeda Nacional 1.242,4 893,7 39,0% 1.217,3 2,1%
Moeda Estrangeira 5.040,8 3.324,6 51,6% 5.178,2 -2,7%
(Disponibilidades) -2.667,8 -1.907,3 39,9% -3.006,8 -11,3%
Dvida Lquida (2)
3.590,3 2.248,8 59,7% 3.364,7 6,7%
Dvida Lquida/EBITDA LTM Ajustado (x) 4,4 3,5 0,9 4,3 0,1
(1) Dvida total excluindo debntures conversveis no clculo do 1T15 e 2T14
(2) Inclui as cotas subordinadas do FIDC no valor de R$ 25,1 milhes
2.667,8
214,7 207,5 449,3
259,2 125,9
270,5 333,9 202,6 23,3 22,5
408,4
2.847,4
918,1
Caixa 3T15 4T15 1T16 2T16 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 ...
Estrutura de Capital
Dvida Curto Prazo: 18,0%
Resultados do 2T15
21
A Companhia recomprou parte dos seus bonds emitidos no mercado internacional. Na tabela abaixo, apresentamos o saldo da dvida bruta e a posio de caixa, at 30/06/2015, excluindo-se tais recompras, visto que no se pretende revender os montantes adquiridos.
R$ milhes 30/06/2015
Dvida Bruta 6.283,2
Recompra de Bonds 574,9
2019 1,5
2022 44,6
2023 528,8
Dvida Bruta ex Recompra de Bonds 5.708,3
Disponibilidades ex Recompra de Bonds 2.092,9
Moeda Nacional (R$ Mil) Jun/15 Mar/15
Moeda Estrangeira (R$ Mil) Jun/15 Mar/15
2T15 0 43.730 2T15 0 134.092
3T15 61.261 43.628
3T15 153.483 134.376
4T15 64.745 57.119
4T15 142.720 141.871
1T16 390.393 343.423 1T16 58.873 85.055
2T16 69.438 69.284
2T16 189.795 32.080
2016 125.906 129.693
2016 0 0
2017 89.106 89.334
2017 181.371 205.646
2018 333.895 333.898
2018 0 0
2019 31.265 31.354
2019 171.304 176.758
2020 23.255 23.262
2020 0 0
2021 22.528 22.528
2021 0 0
2022 21.999 21.439
2022 386.406 398.997
2023 8.607 8.607
2023 2.838.746 2.920.900
0 0 918.074 948.387
TOTAL 1.242.399 1.217.301
TOTAL 5.040.771 5.178.162
Os investimentos em imobilizado no 2T15 totalizaram R$ 74,3 milhes. Deste total, R$ 46,9 milhes foram destinados em sua maioria manuteno das plantas existentes. O saldo remanescente, equivalente a R$ 27,4 milhes, refere-se ao pagamento da segunda e ltima parcela da aquisio do Frigorfico Carrasco (Uruguai). Segue abaixo a evoluo dos investimentos (efeito caixa), por trimestre nos ltimos doze meses:
CAPEX (R$ Milhes) 2T15 1T15 4T14 3T14 LTM2T15
Manuteno 46,9 30,1 38,8 32,4 148,3
Expanso 17,2 25,0 11,5 53,7
Aquisio Carrasco 27,4 27,4
Total 74,3 47,3 63,8 43,9 229,4
Investimentos
Resultados do 2T15
22
Vencimento das Debntures Conversveis em Aes
No dia 15 de junho de 2015 ocorreu o vencimento das Debntures Pblicas de 2 Emisso, Obrigatoriamente
Conversveis em Aes, da Espcie Subordinada, em Srie nica da Companhia. No mesmo dia, o Conselho de
Administrao aprovou a converso obrigatria de 93.492 (noventa e trs mil, quatrocentos e noventa e duas)
debntures, sendo convertidas em 12.291.248 (doze milhes, duzentas e noventa e uma mil e duzentos e quarenta e
oito) aes ordinrias, nominativas e sem valor nominal, resultando em um aumento de capital no valor de R$
93.491.657,14 (noventa e trs milhes, quatrocentos e noventa e um mil, seiscentos e cinquenta e sete reais e
quatorze centavos). Foram atribudas 131,468928 aes de emisso da Companhia para cada Debnture.
Concluso do Aumento de Capital Privado
No dia 16 de maro de 2015, a Companhia anunciou atravs de Fato Relevante a deliberao do Conselho de
Administrao para um aumento privado do capital social com a emisso de no mnimo 1.700.000 novas aes,
correspondente a R$ 22.950.000,00 e no mximo 3.775.456 novas aes, correspondente a R$50.968.649,75, ao
preo unitrio de R$ 13,50. O objetivo do aumento de capital foi o pagamento da terceira parcela da aquisio de
100% das aes de emisso da Frigorfico Carrasco S.A., a qual foi celebrada em contrato que contempla a
possibilidade de pagamento por meio (a) de transferncia Vendedora de 1.700.000 aes de emisso da
Companhia, ou (b) de pagamento de um preo correspondente a US$10.000.000,00.
No dia 17 de junho de 2015, encerrou-se a ltima fase do processo de Aumento de Capital (prazo de retratao) para
os acionistas que tiveram exercido o direito a subscrever aes de emisso da Companhia no mbito do aumento de
do capital social. O resultado final compreendeu a subscrio e integralizao de 1.700.392 (um milho, setecentas
mil e trezentas e noventa e duas) aes, correspondentes ao valor de R$ 22.955.292,00 (vinte e dois milhes,
novecentas e cinquenta e cinco mil e duzentos e noventa e dois reais), representando 45,04% do montante mximo
do Aumento de Capital aprovado.
Aes em Circulao
Segue abaixo o demonstrativo das aes em circulao emitidas pela Companhia com o valor atual aps converso
das debntures e aumento de capital privado:
Nmero de Aes
Total de aes emitidas em 31/03/2015 178.002.062
Nmero total de aes provenientes da converso das debntures 12.291.248
Aumento de Capital Privado 1.700.392
Total de aes emitidas em 30/06/2015 191.993.702
Mercado de Capitais
Resultados do 2T15
23
No dia 31 de julho, a Companhia informou ao mercado que, aps a concluso da auditoria jurdica e econmica,
celebrou, naquela data, os contratos definitivos para a aquisio de 100% das aes do frigorfico Red Crnica S.A.S e
100% das aes de Red Industrial Colombiana S.A.S. (conjuntamente Frigorfico Red Crnica). Tal aquisio havia
sido originalmente contratada por meio da celebrao de um Memorando de Entendimentos, conforme os termos e
condies indicados no Fato Relevante divulgado, pela Companhia, em 20 de fevereiro de 2015 (FR 20/02). A
Companhia informou ainda que foram mantidos, nos documentos definitivos, substancialmente os mesmos termos e
condies negociados no Memorando de Entendimentos e j divulgados por meio do referido FR 20/02, de forma
que o investimento total ser de aproximadamente US$ 30 milhes (trinta milhes de dlares), incluindo: a)
aquisio dos ativos; b) capital de giro e c) investimentos para ampliao e modernizao das instalaes. O
Frigorfico Red Crnica no possui endividamento financeiro. A efetiva transferncia do Frigorfico est ainda sujeita
a certas condies precedentes e autorizaes prvias na Colmbia, pelo que a Companhia manter seus acionistas
informados sobre o cumprimento de tais condies, deferimento das autorizaes e concluso da operao.
No dia 3 de agosto, a Minerva informou ao mercado que o Sr. Joo de Almeida Sampaio Filho ser o responsvel pela
Diretoria de Relaes Institucionais da Minerva. Esta diretoria, que responder diretamente ao Diretor Presidente da
Minerva, Sr. Fernando Galletti de Queiroz, ter como principal responsabilidade o desenvolvimento do
relacionamento entre a Companhia e entidades governamentais, associaes setoriais, e entidades de classe.
Eventos Subsequentes
Resultados do 2T15
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A Minerva Foods uma das lderes na Amrica do Sul na produo e comercializao de carne bovina, couro,
exportao de gado vivo e derivados, a segunda maior exportadora brasileira do setor em termos de receita bruta
de vendas, e atua tambm no segmento de processamento de carne bovina, suna e de aves, comercializando seus
produtos para mais de 100 pases. Em 30 de junho de 2015, a Companhia tinha capacidade diria de abate de 15.880
cabeas de gado e de desossa equivalentes a 18.866 cabeas de gado por dia. Presente nos estados de So Paulo,
Rondnia, Gois, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, e tambm no Paraguai e no Uruguai, a
Minerva operava 15 plantas de abate e desossa, uma planta de processamento e treze centros de distribuio. Nos
ltimos doze meses findos em 30 de junho de 2015, a Companhia apresentou uma receita bruta de vendas de R$ 8,9
bilhes, representando crescimento de 39,4% em relao ao mesmo perodo 2014.
Relacionamento com Auditores
Em conformidade com a Instruo CVM n 381/03 informamos que nossos auditores no prestaram outros servios nos exerccios de 2011, 2012, 2013 e 2014, 1T15 e 2T15 que no os relacionados com auditoria externa.
Declarao da Diretoria
Em observncia s disposies constantes em instrues da CVM, a Diretoria declara que discutiu, reviu e concordou com as informaes contbeis individuais e consolidadas relativas ao exerccio fiscal encerrado em 30 de junho de 2015 e com as opinies expressas no relatrio de reviso dos auditores independentes, autorizando a sua divulgao.
Sobre a Minerva S.A.
Resultados do 2T15
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ANEXO 1 - DEMONSTRAO DE RESULTADO (CONSOLIDADO)
(R$ mil) 2T15 2T14 1T15
Receita de venda de produtos - Mercado Interno 789.723 568.242 757.154
Receita de venda de produtos - Mercado Externo 1.562.534 1.191.705 1.552.592
Receita Bruta de Vendas 2.352.257 1.759.947 2.309.746
Dedues da receita - impostos incidentes e outros -125.484 -103.711 -153.585
Receita operacional lquida 2.226.773 1.656.236 2.156.161
Custo das mercadorias vendidas -1.825.657 -1.325.074 -1.753.992
Lucro bruto 401.116 331.162 402.169
Despesas vendas -137.294 -128.573 -176.450
Despesas administrativas e gerais -68.901 -54.741 -61.476
Outras receitas (despesas) operacionais 3.992 16.955 6.434
Resultado antes das despesas financeiras 198.913 164.803 170.677
Despesas financeiras -194.850 -109.980 -167.751
Receitas financeiras 27.674 18.474 26.235
Variao cambial 113.323 13.924 -639.877
Outras despesas 21.570 -69.250 25.643
Resultado financeiro -32.283 -146.832 -755.750
Resultado antes dos impostos 166.630 17.971 -585.073
Imposto de renda e contribuio social - corrente -1.846 5.106 -5.534
Imposto de renda e contribuio social - diferido 2.076 -4.535 3.402
Resultado do perodo antes da participao dos acionistas no controladores
166.860 18.542 -587.205
Acionistas controladores 166.930 18.589 -587.334
Acionistas no controladores -70 -47 129
Resultado do perodo 166.860 18.542 -587.205
Resultados do 2T15
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ANEXO 2 BALANO PATRIMONIAL (CONSOLIDADO)
(R$ mil) 2T15 4T14
ATIVO
Caixa e equivalentes de caixa 2.667.763 2.474.380
Contas a receber de clientes 495.446 435.099
Estoques 525.599 467.635
Ativos biolgicos 147.788 173.381
Tributos a recuperar 644.777 560.317
Outros Recebveis 162.940 147.052
Total do ativo circulante 4.644.313 4.257.864
Partes relacionadas 445 445
Tributos a recuperar 233.926 233.846
Ativos fiscais diferidos 248.929 248.929
Outros recebveis 46.750 37.391
Depsitos judiciais 12.031 12.419
Imobilizado 1.898.292 1.796.755
Intangvel 650.216 636.812
Total do ativo no circulante 3.090.589 2.966.597
Total do ativo 7.734.902 7.224.461
PASSIVO
Emprstimos e financiamentos 1.130.708 723.956
Debntures Conversveis 0 91.497
Fornecedores 419.069 559.935
Obrigaes trabalhistas e tributrias 100.216 89.964
Outras contas a pagar 512.943 483.187
Total do passivo circulante 2.162.936 1.948.539
Emprstimos e financiamentos 5.152.462 4.602.087
Obrigaes trabalhistas e tributrias 21.827 22.967
Provises para contingncias 13.532 25.784
Contas a Pagar 70.503 53.071
Passivos fiscais diferidos 85.347 91.460
Total do passivo no circulante 5.343.671 4.795.369
Patrimnio lquido
Capital social 950.598 834.136
Reservas de capital 294.851 294.851
Reservas de reavaliao 67.342 68.474
Lucros (prejuzos) acumulados -1.190.082 -771.394
Ajustes de avaliao patrimonial 104.782 53.740
Total do patrimnio lquido atribudo aos controladores 227.491 479.807
Participao de no controladores 804 746
Total do patrimnio lquido 228.295 480.553
Total do passivo e patrimnio lquido 7.734.902 7.224.461
Resultados do 2T15
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ANEXO 3 - FLUXO DE CAIXA (CONSOLIDADO)
(em R$ milhares) 2T15 2T14 1T15
Fluxos de caixa das atividades operacionais Resultado do perodo 166.860 18.542 -587.205
Ajustes para conciliar o lucro lquido
pelas atividades operacionais:
Depreciaes e amortizaes 17.569 13.854 17.683
Resultados atribudos aos no controladores 70 47 -129
Valor justo de ativos biolgicos 10.110 -10.474 8.243
Realizao dos tributos diferidos - diferenas temporrias -2.076 4.535 -3.402
Encargos financeiros 197.306 108.923 167.037
Variao cambial no realizada -117.824 -16.577 713.408
Proviso para contingncias -2.852 -13.547 -9.400
Contas a receber de clientes e outros recebveis -73.966 45.241 -11.628
Estoques 12.981 642 -70.945
Ativos biolgicos -14.152 -88.225 21.392
Tributos a recuperar -18.487 -34.533 -66.053
Depsitos judiciais 232 -162 156
Fornecedores -52.472 62.788 -88.394
Obrigaes trabalhistas e tributrias -9.318 -1.404 18.430
Outras contas a pagar -208.547 11.600 255.685
Ajustes de avaliao patrimonial e acumulados de converso -26.395 0 77.436
Fluxo de caixa decorrente das atividades operacionais -120.961 101.250 442.314
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Aquisio de controlada menos disponibilidade na aquisio 0 -46.321 0
Aquisio de intangvel -415 -37.041 -13.477
Aquisio de imobilizado -46.899 -39.616 -89.402
Fluxo de caixa decorrente das atividades de investimento -47.314 -122.978 -102.879
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Emprstimos e financiamentos tomados 216.115 1.270.396 659.351
Emprstimos e financiamentos liquidados -407.888 -659.234 -470.378
Debntures conversveis em aes -95.339 -1.074 3.842
Partes relacionadas 0 8.822 0
Variao na participao de no controladores -69 -47 127
Integralizao do capital em dinheiro 116.447 0 15
Caixa proveniente de atividades de financiamento -170.734 618.863 192.957
Aumento/Reduo lquido de caixa e equivalente de caixa -339.009 597.135 532.392
Caixa e equivalentes de caixa
No incio do perodo 3.006.772 1.310.142 2.474.380
No fim do perodo 2.667.763 1.907.277 3.006.772
Aumento/Reduo lquido de caixa e equivalente de caixa -339.009 597.135 532.392