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RESULTADOS DE TECNOLOGIA PETROBRAS 2010
Corporativo
RESU
LTAD
OS D
E TECNO
LOG
IA PETR
OB
RA
S 2010C
or
po
ra
tiv
o
Foto Aérea do Cenpes
Ban
co d
e Im
agen
s d
a P
etro
bra
s
T E C N O L O G I A
ÍNDICE1. INTRODUÇÃO: RESULTADOS TECNOLÓGICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. RECURSOS PARA A INOVAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1 INVESTIMENTOS EM P&D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 INFRAESTRUTURA EXPERIMENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3 ATUAÇÃO EM REDE: COOPERAÇÃO E INTEGRAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3. EIXOS DIRECIONADORES DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4. DESTAQUES TECNOLÓGICOS DE 2010 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
EXPANSÃO DOS LIMITES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Exploração de novas fronteiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Maximização da recuperação de petró leo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Desenvolv imento da produção,
das operações e da logíst ica do pré-sal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Desenvolv imento de nova geração de s istemas
marí t imos e submarinos de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Soluções logíst icas do gás natural em ambientes remotos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Ot imização e conf iabi l idade operacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
F lex ib i l i zação do parque de ref ino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
AGREGAÇÃO DE VALOR E DIVERSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Gasquímica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Inovação em combust íve is , lubr i f icantes e produtos especia is . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Petroquímica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
B iocombust íve is . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
SUSTENTABILIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Gerenciamento de água e ef luentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Ef ic iência Energét ica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Gerenciamento de CO 2 e outras emissões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
REALIZAÇÕES DA ENGENHARIA BÁSICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
ATUAÇÃO EM REDES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 GLOSSÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Corporativo
4
A Petrobras ocupa hoje lugar de destaque na
indústria internacional de petróleo. Para con-
quistar essa posição, ao longo de sua história
a empresa enfrentou e superou vários desa-
fios em todas as suas áreas de atuação. E
desde o princípio optou pela inovação e pelo
desenvolvimento tecnológico como fatores
fundamentais para a superação de obstácu-
los.
A aptidão para inovar é reconhecida interna-
cionalmente, não apenas entre os especialis-
tas do setor, mas diante da opinião pública.
Em 2010, duas fortes demonstrações desse
reconhecimento foram as posições conquis-
tadas pela companhia nos rankings de em-
presas mais inovadoras das revistas Fortune
(primeira no quesito Inovação do setor petró-
leo) e BusinessWeek (43ª mais inovadora do
mundo).
1 . INTRODUÇÃO
Grandes trajetórias se constroem com passos
consecutivos e consistentes. No momento em
que a companhia intensifica seus investimen-
tos e coloca, para si e para a indústria, metas
robustas, o Centro de Pesquisas e Desenvol-
vimento Leopoldo Américo Miguez de Mello
(Cenpes), integrado às áreas de negócios e
unidades de operação e também em coope-
ração com instituições brasileiras de ciência
e tecnologia, vem apresentando importantes
resultados que contribuirão para que estas
metas sejam atingidas. Neste caderno são
apresentados os principais resultados alcan-
çados em 2010.
rESULtaDoS tECNoLÓGiCoS: BASES PARA A CONSTRUÇÃO DO FUTURO DA PETROBRAS
Corporativo
5
Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras - Cenpes
2. RECURSOS PARA A INOVAÇÃOInvestir em inovação tecnológica é uma deci-
são estratégica que ajuda a construir a base
para o desenvolvimento sustentável e contí-
nuo. Na Petrobras, o valor da inovação é re-
conhecido desde o início da história da com-
panhia. Já em 1963, quando foi oficializada
a decisão de criar um centro de pesquisas
cativo – o Cenpes – a companhia demons-
trava a convicção de que a pesquisa e o de-
senvolvimento tecnológico são fundamentais
para o seu crescimento e para atingir metas
importantes para a empresa e para o país. De
lá para cá, os investimentos em P&D foram
crescentes e ultrapassaram as fronteiras da
Petrobras. Esses investimentos ajudaram a
construir uma abrangente rede de desenvol-
vimento tecnológico, um dos pilares sobre os
quais se ergueram robustos resultados con-
quistados pela Petrobras até aqui. Hoje, essa
rede de inovação vem crescendo e envolven-
do novos atores – universidades brasileiras,
instituições de pesquisa de vários países,
pesquisadores experientes, novos talentos,
grandes fornecedores e pequenas empresas
focadas em inovação – lançando bases para
a construção de um futuro com resultados
ainda mais promissores.
Para que a inovação se traduza em resultados
robustos para o negócio, é necessário contar
com recursos financeiros de porte adequa-
do aos desafios que se impõem e também
com laboratórios e infraestrutura experimen-
tal de ponta. É necessário, ainda, contar com
pessoas de excelente qualificação, ligadas a
instituições competentes, que trabalhem de
forma integrada e em cooperação.
Arq
uivo
Cen
pes
Corporativo
6
Na última década, acompanhando o crescimento da companhia e de seus investimentos, os valo-
res destinados a pesquisa e desenvolvimento na Petrobras tornaram-se mais volumosos ano a ano,
com um salto expressivo a partir de 2006, como demonstra o gráfico a seguir.
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
200
400
600
800
1000Média 2008 - 10
Média 2001 - 03
US$ 864 mi
US$ 160 mi
Milhões de US$
6X
Evolução dos investimentos em p&D
No tocante aos recursos financeiros, a Petrobras tem figurado sistematicamente, nos últimos anos, entre os cinco maiores investidores de pesquisa e desenvolvimento na área de energia no mundo, investindo em torno de 1% do faturamento em P&D. Em 2010, ocupou o quarto lu-gar, como demonstra o gráfico abaixo:
Fonte: Evaluate Energy
2.1 INVESTIMENTOS EM P&D
Corporativo
% d
a R
ecei
ta
US$
MM
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
0 06 07 08 09 10 06 07 08 09 10 06 07 08 09 10 06 07 08 09 10 06 07 08 09 10 06 07 08 09 10 06 07 08 09 10 06 07 08 09 10 06 07 08 09 10 06 07 08 09 10ENI ConocoPhillips StatoilExxonMobil Petrobras Total BP ChevronPetrochina Shell
0,1%
0,2%
0,3%
0,4%
0,5%
0,6%
0,7%
0,8%
0,9%
1%
0,0%
Percentual da Receita Faturamento Líquido
Comparação entre dispêndios em p&D de grandes empresas de energia
7
plano de Negócios 2011-2015
Recortando o período entre
2008 e 2010, observa-se um
investimento total de US$ 2,6
bilhões (R$ 4,8 bilhões) em
pesquisa e desenvolvimen-
to. Os gráficos desta página
demonstram o perfil desses
investimentos por área de
pesquisa e demonstram que,
além de acompanhar a evo-
lução dos investimentos da
Petrobras, os recursos dedi-
cados a P&D também man-
têm coerência com o perfil de
investimentos por segmento
de negócio da Petrobras, in-
dicado no Plano de Negócios
2010-2014.
Investimentos por segmento (em bilhões de US$)
Corporativo
70,6 (31%)
13,2 (6%)3,8 (2%)
3,1 (1%) 4,1 (2%)
2,4 (1%)
Exploração e Produção
RTC
G&E
Petroquímica
Distribuição
Biocombustíveis
Corporativo
127,5 (57%)
Dispêndios em p&D por segmentos
de negócioÁrea (2008 - 2010)
11%
22%
4%
5%
1%
46%11%
US$ 2,6 bilhões
Gás & Energia
Biocombustíveis
Outras atividades de P&D
ProduçãoExploração
MeioAmbiente
Downstream
Estes recursos englobam tanto os valores aplicados internamente, como as parcerias com
universidades brasileiras, fornecedores e instituições internacionais, conforme demonstra o
gráfico a seguir:
8
Pesquisadores trabalhando em um laboratório de universidade construído com recursos da Petrobras
Arq
uivo
Cen
pes
Corporativo
perfil de distribuição dos investimentos em p&D (2008 – 2010)
Parceria com empresas nacionais19%
Parceria com universidades e instituições de pesquisa nacionais29%
Parceria com empresas, universidades e instituições de pesquisa no exterior8%
Projetos exclusivamente internos 44%
9Vista aérea noturna da Ampliação do Cenpes
Arq
uivo
Cen
pes
Corporativo
Além dos recursos financeiros, é fundamen-
tal contar com infraestrutura experimental
de ponta que possibilite o pleno desenvol-
vimento das atividades de P&D. Em 2010,
um importante marco para a Petrobras foi a
inauguração da Expansão do Centro de Pes-
quisas Leopoldo Américo Miguez de Mello
(Cenpes), que foi duplicado e passou a ocu-
par uma área de cerca de 300 mil metros
2.2 INFRAESTRUTURA EXPERIMENTAL
10
quadrados, o que faz dele um dos maiores
complexos de pesquisa aplicada do mun-
do. Com esse complexo de pesquisa, aliado
às plantas de testes de porte semi-industrial
integradas a algumas unidades industriais
da Petrobras (ver figura a seguir), as insta-
lações de P&D da Petrobras estão entre as
mais completas da indústria internacional
de energia.
Guamaré (RN)Biocombustíveis
Fortaleza (CE)
Conversão de Biomassa e Gás Natural
Garantia de Escoamento e ProcessamentoAracaju (SE)
Tecnologias de CO2
Miranga (BA)
Tecnologia de PoçoTaquipe (BA)
CenpesRio de Janeiro (RJ)
Refino
São Mateus do Sul
Corporativo
11
Esta capacidade experimental é ampliada
quando se considera o trabalho em coopera-
ção. A empresa investe consideravelmente na
infraestrutura experimental das instituições de
ciência e tecnologia parceiras no Brasil. A Pe-
trobras tem se aliado a universidades e insti-
tutos de pesquisa brasileiros para construir no
Brasil uma capacidade experimental de qua-
lidade e porte compatíveis com as melhores
referências internacionais. Considerando que
não se faz pesquisa sem uma infraestrutura
laboratorial de qualidade, e que a legislação
vigente no Brasil no setor de petróleo e gás
tem mecanismos de fomento muito atraentes
para a inovação, a Petrobras tem investido
alto na academia brasileira. Nos últimos cinco
anos, a média de investimentos foi de cerca
de R$ 460 milhões por ano.
Tanque de Provas Numérico (TPN) na USP
Arq
uivo
Cen
pes
Laboratório de Engenharia Naval no IPT
Corporativo
12
Os recursos direcionados pela Petrobras às
instituições nacionais de ciência e tecnologia
seguem diretrizes da ANP. Em 2006, a agên-
cia regulamentou a cláusula dos contratos de
concessão que determina que 1% da receita
bruta dos campos petrolíferos sujeitos à par-
ticipação especial (grande produção ou lu-
cratividade) deve ser destinado a pesquisa e
desenvolvimento, sendo pelo menos metade
desse valor em instituições externas creden-
ciadas pela ANP.
Para aplicar esses recursos de forma a gerar
resultados diretos para a empresa e a indús-
tria, a Petrobras desenvolveu uma estratégia
de investimento na qual foram identificados 50
temas estratégicos na área de petróleo e gás;
para cada tema selecionou colaboradores, or-
ganizados em redes. Hoje, já são cerca de 130
instituições nacionais de P&D trabalhando em
parceria. Nos três primeiros anos, o aporte de
verbas em instituições parceiras destinou-se
a construir infraestrutura adequada ao porte e
à dimensão dos desafios da empresa. Tais in-
vestimentos foram fundamentais para dotar o
parque tecnológico nacional de infraestrutura
com padrão internacional de excelência, de
forma a atender às crescentes necessidades
de P&D da Petrobras e da cadeia produtiva do
setor. A área laboratorial construída por meio
dessa estratégia nas universidades brasileiras
já é cerca de quatro vezes a área original do
Cenpes.
2.3 ATUAÇÃO EM REDE: COOPERAÇÃO E INTEGRAÇÃO
Com a capacidade física instalada, hoje este
perfil de investimento é outro: muitos laborató-
rios foram inaugurados e agora conseguimos
aportar, proporcionalmente, mais recursos em
projetos de pesquisa.
Investimento Realizado
Tempo
7%
93%
48%
52%
Projetos de P&D eServiços Tecnológicos
Infraestrutura Física e Humana
2006 2007 2008 20102009
Estratégia petrobras
Outro destaque nos investimentos realizados
em parceria com instituições nacionais de
P&D é a qualificação de recursos humanos.
Com o salto nos investimentos da Petrobras
em P&D, internos e externos, observa-se a
consolidação de uma rede de pesquisado-
res de alta qualificação. A Petrobras investe
continuamente na qualificação de seu corpo
técnico. Somente atuando no Cenpes, hoje
existem cerca de 1.300 empregados dedica-
dos à pesquisa e desenvolvimento, incluindo
cerca de 800 pesquisadores com alto nível
de qualificação. E mais relevante ainda é no-
tar que, segundo um levantamento feito pelo
Ipea, para cada pesquisador da Petrobras,
Corporativo
13
pelo menos 18 pesquisadores em instituições
nacionais trabalharam, entre 2008 e 2010, em
projetos em parceria com a companhia. Isso
significa que cerca de 15 mil pesquisadores
brasileiros, incluindo professores e alunos de
pós-doutorado, doutorado, mestrado e gra-
duação, têm oportunidades inéditas de fazer
pesquisa com recursos e infraestrutura de
nível internacional, na área de energia. Com
esse trabalho integrado, a Petrobras avança
com maior celeridade nos seus objetivos e,
paralelamente, a ciência e a tecnologia na-
cional dão um significativo salto qualitativo
e quantitativo.
Algumas grandes empresas já anunciaram a
instalação de centros de tecnologia no Brasil.
Somente no campus da UFRJ, sete empresas
estão implantando seus centros de pesquisa.
A Schlumberger, uma das maiores fornece-
doras de serviços em exploração e produção
do mundo, inaugurou em 2010 seu centro de
tecnologia em geoengenharia. Também es-
tão em processo de instalação os centros de
tecnologia da Baker Hughes e da Halliburton,
que atuam no mesmo segmento da Schlumber-
ger; da FMC Technologies, uma das maiores
fabricantes de equipamentos submarinos para
produção de petróleo no mundo; da brasileira
Usiminas, com foco em pesquisas de materiais
para o pré-sal; da TenarisConfab, uma das prin-
cipais empresas na produção e fornecimento
de tubos de aço soldados para indústria petro-
lífera; e da General Electric, grande fornecedor
de compressores, turbinas e sistemas subma-
rinos, e que também atua na área de energias
renováveis.
A Cameron, empresa norte-americana fornece-
dora de equipamentos e sistemas para escoa-
mento de petróleo e gás, já anunciou a insta-
lação de um centro de tecnologia no campus
da Unicamp. A IBM também inaugurou recen-
temente o Centro de Soluções para Recursos
Naturais no Rio de Janeiro. Outras companhias
estão em negociação com instituições nacio-
nais de C&T e com a Petrobras para identifi-
car possibilidades de cooperação, incluindo
a construção de infraestrutura experimental no
Brasil. Também estão surgindo pequenas em-
presas de base tecnológica, que começam a
atuar no mercado fornecendo soluções especí-
ficas, fechando o ciclo da inovação.
integração com fornecedores
A integração entre a Petrobras e as universi-
dades se estende também para os fornece-
dores. Diante do crescimento da indústria na-
cional de petróleo e gás, o Brasil tem atraído
interesses de grandes fornecedores de bens
e serviços com atuação internacional. E a
Petrobras tem trabalhado para efetivar parcerias
de longo prazo com alguns deles, com ênfase na
cooperação tecnológica e incentivando o esta-
belecimento, no Brasil, de centros de tecnolo-
gia destas companhias.
Corporativo
14
O trabalho desta grande rede formada pela
Petrobras, fornecedores e instituições cien-
tíficas segue diretrizes comuns, alinhadas
com os objetivos de negócios traçados pela
companhia. Três eixos direcionadores orien-
tam as pesquisas realizadas dentro desta
estratégia (figura abaixo). Distribuídos por
estes eixos estão os principais focos de
desenvolvimento tecnológico da companhia,
voltados para a busca por soluções deman-
dadas por todas as áreas de atuação da
Petrobras. São eles:
3. EIXOS DIRECIONADORES DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
a expansão dos negócios atuais da compa-
nhia por meio de: descoberta de novas frontei-
ras exploratórias; melhoria da recuperação final
de petróleo e gás; otimização das soluções para
perfuração, produção e logística para os reser-
vatórios do pré-sal; desenvolvimento de sistemas
de produção e equipamentos submarinos novos
ou melhorados para águas profundas e ultrapro-
fundas; entendimento e desenvolvimento de re-
servatórios complexos, incluindo rochas do pré-
-sal; desenvolvimento de novas alternativas para
transporte de gás natural offshore; otimização e
melhoria da confiabilidade das instalações in-
dustriais; e desenvolvimento e implantação de
Exploração de novas fronteiras
Desenvolvimento de nova geração
de sistemas marítimos e submarinos de produção
Maximização da recuperação
de petróleo
Expansão dos limitesExpansão dos limites
Inovação emcombustíveis, lubrificantes e
produtos especiais
Energia de outras fontes renováveis
GasquímicaPetroquímica Biocombustíveis
Desenvolvimento da produção,
das operaçõese da logística
do pré-sal
Corporativo
Agregação de valor e Diversificação dos produtos
Agregação de valor e Diversificação dos produtos
15
Otimização e confiabilidade operacionais
Flexibilização do parque de
refino
Gerenciamento de água e efluentes
Eficiênciaenergética
Soluções logísticas do gás natural
em ambientes remotos
Caracterização da rocha e dos
fluidos do pré-sal e de outros
reservatórios complexos
Corporativo
tecnologias em refinarias visando melhorar a
flexibilidade para produção de destilados mé-
dios, querosene ou gasolina, de acordo com
mudanças na demanda de mercado;
o fornecimento de um mix de produtos de
alto valor agregado e compatíveis com as
demandas de energia no futuro através de:
desenvolvimento de novos combustíveis, lubri-
ficantes e formulações especiais de produtos;
desenvolvimento de novas tecnologias para
as atividades de petroquímica e gasquímica;
adaptação dos processos de refino para uti-
lizar óleos vegetais como matéria-prima; de-
senvolvimento da segunda geração dos pro-
cessos de produção de biocombustível, que
usa biomassa residual como matéria-prima; e
pesquisa e desenvolvimento de tecnologias
de energia renovável;
a garantia de que as atividades da petrobras
sejam ambientalmente sustentáveis. Os ob-
jetivos para o negócio são: reduzir o consumo
de água e o descarte de efluentes; reduzir as
emissões de poluentes atmosféricos, CO2 e ou-
tros gases de efeito estufa; e aumentar a efici-
ência energética dos processos e produtos da
companhia.
SustentabilidadeSustentabilidade
Gerenciamento de CO2 e outras
emissões
16Corporativo
A seguir, são elencados os principais destaques tecnológicos da Petrobras no ano de 2010, or-
ganizados por eixo, foco tecnológico e seus desdobramentos previstos para o futuro. Também
são apresentados os principais resultados da área de Engenharia Básica, além dos destaques
nas pesquisas e projetos realizados em cooperação com universidades por meio das Redes
Temáticas.
4. DESTAQUES TECNOLÓGICOS DE 2010
EXpaNSÃo DoS LiMitES
EXpLoraÇÃo DE NovaS FroNtEiraS
identificada a origem e as principais variá-
veis geológicas que controlam a distribui-
ção e abundância de Co2 em reservatórios
O CO2 pode ser abundante em alguns re-
servatórios das bacias sedimentares bra-
sileiras. O diagnóstico seguro da origem
deste gás somente pode ser feito com a
ajuda dos isótopos de gases nobres a ele
associados. Para obter uma identificação
confiável desta origem, o Cenpes e o IFP,
em projeto conjunto, estão caracterizando
geoquimicamente os gases naturais das
bacias sedimentares brasileiras, incluindo
os gases nobres que ocorrem em baixas
concentrações. Para algumas bacias es-
tudadas, os resultados obtidos indicaram
que o CO2 nela encontrado está associa-
do a processos magmáticos que ocorrem
a grandes profundidades. Estes dados
ajudarão a compor modelos preditivos da
presença de CO2 e a melhorar o entendi-
mento da geoquímica de gases das ba-
cias estudadas, contribuindo assim para
o planejamento mais adequado da explo-
ração e produção das reservas petrolíferas
no Brasil.
Análise da modelagem estrutural dos carbonatos albianos do Alto de Aracaju
Arq
uivo
Cen
pes
17 Corporativo
realizada a caracterização sedimentológi-
ca e diagenética do campo de Marlim Leste
- Bacia de Campos
Visando a otimizar a produção do Campo de
Marlim Leste (área de Jabuti) da Bacia de
Campos, foram efetuadas análises sedimen-
tológicas e petrográficas de sete poços, tendo
como produto final a determinação da evolu-
ção dos processos físico-químicos aos quais
a rocha foi submetida durante sua formação
(evolução diagenética). O objetivo é aprimorar
o conhecimento do reservatório nas diferentes
zonas de produção, subsidiando sua mode-
lagem. Os principais parceiros envolvidos fo-
ram a UO-Rio e o E&P-ENGP. O próximo passo
é a utilização desta base de dados para os
demais poços do campo, bem como a inte-
gração com reservatórios similares de idade
albiana.
Desenvolvida modelagem estrutural 3D e
preditiva de zonas fraturadas nos carbona-
tos albianos rasos do alto de aracaju
Tal modelagem teve como objetivo aferir, com
geologia estrutural, previsões de zonas fratu-
radas em rochas carbonáticas análogas às do
pré-sal, aflorantes na Bacia de Sergipe. Estas
previsões subsidiarão o planejamento, loca-
ção e perfuração de poços direcionais na Uni-
dade Operacional de Sergipe e Alagoas (UO-
-SEAL), aumentando o fator de recuperação e
diminuindo o risco exploratório.
18Corporativo
Desenvolvido modelo deposicional para o
pré-sal da Bacia de Santos
Foram realizadas análises sedimentológicas
e petrográficas em reservatórios de idade
aptiana, presentes no Andar Alagoas da Bacia
de Santos. Identificou-se as principais litofá-
cies desses reservatórios estromatolíticos, sua
organização em ciclos deposicionais, além
da determinação de feições importantes na
predição das condições do ambiente deposi-
cional e sua aplicação na predição da quali-
dade do reservatório. Os principais parceiros
envolvidos foram o E&P-EXP e o E&P-ENGP. A
pesquisa prosseguirá com o refinamento dos
intervalos estudados e a correlação com os
demais poços e campos da área, para elabo-
ração de um modelo deposicional regional.
realizada identificação e caracterização
de eventos diagenéticos em carbonatos do
pré-sal
Estudos recentes estão conduzindo a estima-
tivas mais precisas da composição mineraló-
gica das rochas carbonáticas do pré-sal. Por
meio de perfis litogeoquímicos corridos nos
poços, os elementos químicos presentes na
rocha foram estimados com novas metodolo-
gias analíticas desenvolvidas no Cenpes. Es-
sas estimativas são importantes para a com-
preensão dos modelos geológicos das rochas
do pré-sal, que têm impacto direto na efici-
ência dos métodos de recuperação a serem
empregados e na produtividade dos poços.
Foi verificada uma correlação entre intervalos
com maior desgaste de brocas e a presença
de sílica diagenética, altamente abrasiva.
iniciado o projeto de monitoramento por
Sísmica 4D permanente de Jubarte
Foi instalada a primeira sala de sísmica 4D
da Petrobras, na P-57, no campo de Jubarte,
como parte do primeiro sistema de monito-
ramento sísmico permanente (SMSP) offsho-
re da Petrobras, desenvolvido pela empresa
Petroleum Geo-Services em parceria com o
Cenpes e o E&P-ENGP. O sistema é compos-
to por uma rede de cabos de fibra ótica e sen-
sores sísmicos multicomponentes instalados
no fundo oceânico, interligados à plataforma
P-57 e à sala de sísmica 4D, e permitirá me-
lhoras significativas no gerenciamento do re-
servatório. O monitoramento de fluidos e de
MaXiMiZaÇÃo Da rECUpEraÇÃo DE pEtrÓLEo
variações de pressão dentro do reservatório
ganhará eficiência, através da redução do
tempo do ciclo de aquisição, processamento
e interpretação da sísmica 4D. É a primeira
sala de sísmica 4D no mundo em águas pro-
fundas. A instalação do sistema está prevista
para o final de 2011 e a consolidação da pri-
meira aquisição de dados com o sistema está
prevista para janeiro de 2012.
Ao lado detalhe do sensor da Sísmica 4D no leito marinho e abaixo navio P-57
que recebeu a sala de sísmica 4D
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20Corporativo
Concluída a instalação e primeira aquisição
com o sistema Seismovie em Miranga
O projeto piloto com tecnologia Seismovie,
proprietária da CGGVeritas, foi implementado
no campo de Miranga, na Bacia do Recôn-
cavo (Bahia). Esta é uma técnica não-con-
vencional, empregada para áreas terrestres,
que utiliza fontes sísmicas vibracionais de
emissão contínua para identificar mudanças
no reservatório ao longo de sua produção.
O sistema é permanente, com receptores e
fontes enterrados em subsuperfície e permi-
te, assim, minimizar os impactos da variabili-
dade da superfície e otimizar a detecção de
sutis efeitos relacionados aos processos de
produção e de injeção (de CO2, no caso de
Miranga) em prazo bem mais curto do que o
viabilizado pela sísmica 4D convencional.
realizada correção do perfil de injetivida-
de em 60% dos poços que receberam tra-
tamento MEor (Microbial Enhanced Oil Recovery) em Carmópolis
Perfil de injetividade é a distribuição da in-
jeção de água nas diversas zonas de um
campo. Com investimento de R$ 5 milhões,
o projeto teve como objetivo garantir a distri-
buição uniforme da água injetada nas zonas
do campo de Carmópolis, através da aplica-
ção de métodos microbiológicos com vanta-
gens sobre os tradicionais métodos mecâni-
cos aplicados atualmente no campo. Como
resultado, espera-se aumento do fator de re-
cuperação do campo pela melhoria da efici-
ência de varrido vertical da injeção de água
e diminuição dos custos de completação dos
poços.
Concluída a versão de demonstração do
DrMS (Sistema de Modelagem Dinâmica
de reservatórios)
O Simulador Integrado de Reservatórios e
Produção é uma ferramenta de última gera-
ção para o segmento de Exploração & Produ-
ção, desenvolvida pelo Cenpes e pelo E&P-
-ENGP em parceria com a Shell e o Computer
Modelling Group (CMG). Sua maior inovação
é a flexibilidade do software, já que a Petro-
bras é detentora do código fonte. Isso permi-
te tratar as incertezas típicas do processo de
produção de petróleo, ao se simular diferen-
tes estratégias de drenagem de um campo
em diversos cenários geológicos possíveis.
Com esta versão de demonstração, já foi
possível simular de forma integrada a produ-
ção dos campos do bloco BC-10, na Bacia
de Campos. Futuramente, será selecionada
uma área do pré-sal para aplicação dessa
nova tecnologia. Espera-se lançar a versão
Beta no final de 2011 e a primeira versão co-
mercial no final de 2012.
Demonstração do Sistema de Modelagem Dinâmica de Reservatórios (DRMS)
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21 Corporativo
22Corporativo
Disponibilizadas tecnologias mais adequa-
das para a perfuração do reservatório dos
poços do polo pré-sal
A perfuração de poço recente na área do pré-
-sal da Bacia de Santos apresentou significa-
tiva melhoria no desempenho de perfuração
do carbonato. A perfuração foi realizada utili-
zando apenas duas brocas de diamantes sin-
téticos (PDC) de última geração com coluna
de perfuração convencional. A taxa efetiva
de perfuração foi de 4,22m/h, sendo perfu-
rados 463 metros em 126 horas. Essa taxa é
superior à média de 2 m/h de velocidade de
perfuração nos poços do pré-sal, o que reduz
DESENvoLviMENto Da
proDUÇÃo, DaS opEraÇÕES
E Da LoGÍStiCa Do prÉ-SaL
o tempo de utilização das sondas de perfura-
ção, consequentemente diminuindo os custos
na construção dos poços. As novas tecnolo-
gias testadas fazem parte de uma estratégia
de testes das soluções mais avançadas exis-
tentes no mercado. Outras tecnologias estão
sendo estudadas para aumentar ainda mais
o desempenho de perfuração. Baker Hughes,
Halliburton, National Oil Varco e Schlumberger
são os principais parceiros nestes desenvol-
vimentos.
Perfuração de poço em mar
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testados em laboratório produtos quí-
micos inversores de molhabilidade que
poderão aumentar fator de recuperação
no pré-sal
Os testes, realizados em laboratórios do
Cenpes, visam a utilização de inversores na
injeção de água do Polo pré-sal da Bacia de
Santos. Tais produtos tornam os carbonatos
mais molháveis a água, aumentando a re-
cuperação de petróleo. Foram testados em
laboratório 70 produtos oferecidos por 9 for-
necedores. O produto selecionado, que apre-
sentou melhor desempenho, aumenta em 10
vezes a embebição espontânea em relação à
água do mar pura, elevando o fator de recu-
peração de plugue de 3% para 30%. No teste
de fluxo, gerou redução de saturação de óleo
residual (SOR) de 5%. Simulações em com-
putador encontram-se em andamento para
quantificar ganhos e custos no pré-sal.
realizadas quantificações em aflora-
mentos de rochas carbonáticas em Sal-
ta, argentina, para melhor entendimento
do pré-sal
O sistema de análise de geometria e arqui-
tetura de reservatórios de petróleo (Saga)
incorporou e disponibilizou, ao longo de di-
versos anos, informações quantitativas de
rochas-reservatórios siliciclásticas - princi-
palmente turbiditos, que são os principais re-
servatórios do pós-sal. A partir de dezembro
de 2010, o Saga passou a disponibilizar o pri-
meiro exemplo de informações quantitativas
de carbonatos microbiais, com vistas à utili-
zação por parte dos modeladores de reser-
vatórios em atividade no pré-sal. Os dados
disponibilizados referem-se a afloramentos
de calcários microbiais cretácicos lacustres
da Fm Yacorite situados na Bacia de Salta,
Argentina, e podem ser acessados pela in-
tranet (http://saga.cenpes.petrobras.com.br/).
O trabalho foi desenvolvido através de uma
parceria do Cenpes com a E&P-ENGP, UO-
-ES, E&P-EXP, UP e a empresa argentina XR
Geomat.
23 Corporativo
Sonda de perfuração terrestre
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25
Disponibilizada metodologia de análise e
simulação do conjunto poço/revestimen-
to/Cimento para o pré-sal
A metodologia baseada em modelagem nu-
mérica tridimensional e que utilizou parâme-
tros obtidos por ensaios de testemunhos,
realizados no IPT, em São Paulo, foi desen-
volvida para avaliar a integridade do con-
junto revestimento/cimento/formação nos
revestimentos que cobriram o sal em poço
do pré-sal da Bacia de Santos. O objetivo é
garantir a integridade dos revestimentos ao
longo da vida útil da concessão dos poços,
considerando os esforços impostos pela flu-
ência do sal. Desenvolvida em parceria com
a PUC-Rio, a metodologia será aplicada nos
próximos projetos de poços do polo pré-sal
da Bacia de Santos.
Corporativo
realizados com sucesso testes de perfura-
ção direcional em formações salinas
O teste obteve sucesso no ganho de ângulo na
perfuração em formações salinas, a primeira
experiência de campo desta natureza na Petro-
bras. Faz parte da primeira fase do projeto para
acelerar o aprendizado na construção de poços
horizontais e de longo alcance (Extended Rea-
ch Well - ERW) no cenário do pré-sal. O campo
de Aguilhada, na UO-SEAL, foi escolhido por
conter formações salinas (carnalita e taquidrita)
que, por terem propriedades de fluência signi-
ficativamente elevadas, mesmo sob condições
de temperatura e pressão menores, apresentam
deformações semelhantes às do pré-sal da Ba-
cia de Santos. O teste demonstrou boa atuação
da ferramenta defletora (RSS – Rotary Steerable
System), possibilitando ganhos de ângulo de
até 5,5°/30m, bastante superior ao padrão no
planejamento dos projetos atuais (2°/30m), re-
duzindo as incertezas nos projetos e execução
de poços horizontais e ERW no cenário pré-sal.
Outra inovação foi o desenvolvimento de um flui-
do de perfuração, 100% sintético, especialmen-
te criado para garantir a integridade do poço
frente a formações salinas muito solúveis (car-
nalita e taquidrita) durante a operação de tes-
temunhagem e construção da fase direcional.
Foram recuperados 192 metros de testemunhos
de sais solúveis, predominantemente carnalita,
com fator de recuperação próximo de 100%.
Os resultados do teste serão utilizados para
calibrar um simulador computacional que será
aplicado nos poços direcionais da campanha
do pré-sal. Neste estudo atuaram diretamente o
Cenpes e o E&P.
26Corporativo
identificado uso do aço inoxidável Cromo
17 para poços
Nos reservatórios do pré-sal, o elevado teor de
contaminantes impede o uso do aço carbono
nas colunas de produção e nos revestimen-
tos inferiores que estão em contato com o flui-
do produzido, o que aumenta a demanda por
materiais especiais para poços em ambientes
cada vez mais corrosivos. O Cenpes realizou
testes de corrosão que mostraram que nos
campos da Bacia de Santos não seria possível
o uso do SuperCromo13, solução mais utilizada.
Em 2010, foi assinado com a JFE Steel Corpora-
Ao lado, teste de simulação com Cromo 17 e abaixo Avaliação do ensaio Fo
tos:
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tion um termo de cooperação para utilização de
novos materiais, visando a avaliação dos limi-
tes de uso do Cr17. Foi confirmado o potencial
desse material, com boa resistência à corrosão.
O Cenpes iniciou as articulações necessárias
com a JFE a fim de obter a qualificação do ma-
terial para aplicação comercial. Encontra-se,
atualmente, em processo de homologação, a
fabricação do produto em grande escala.
indicada formulação de squeeze de inibidor
de incrustação no poço produtor ESS-103a
Esta operação consiste da injeção em poço pro-
dutor de um produto inibidor de incrustação em
alta concentração, fornecido pela empresa Baker
Petrolite, de modo a formar no meio poroso um
depósito que, gradualmente, é liberado na água
produzida, protegendo o sistema de produção e
evitando precipitações de carbonatos. O tratamen-
to squeeze de inibidor é a única opção para evitar
a incrustação nos canhonados deste poço produ-
tor. Esta tecnologia já vem sendo aplicada com
sucesso em reservatórios areníticos nos campos
de Marlim Sul, Barracuda e Caratinga. Nos reser-
vatórios carbonáticos do pré-sal, foram realizados,
além de testes de performance de inibição com o
produto, testes para a determinação do risco de
dano à formação. O dimensionamento do trata-
mento foi realizado através do software Squeeze
VI, com base em dados obtidos em laboratório e
no poço. O acompanhamento da concentração
residual do inibidor na água produzida apresentou
comportamento similar ao previsto no simulador.
Verificou-se que o tratamento no ESS-103A não
causou dano ao reservatório. Novos testes foram
realizados para otimizar a performance do trata-
mento. Atualmente, a Petrobras aguarda a respos-
ta da ANP para a realização do segundo squeeze
de inibidor no referido poço.
Detectado fenômeno de gelificação de
óleos parafínicos no pré-sal
Foi detectada a formação de gel em óleos
parafínicos do pré-sal quando submetidos
à baixa temperatura. A gelificação dificul-
ta o escoamento do óleo e pode impactar
a produção. Verificou-se durante testes
que, com aplicação de um valor mínimo de
pressão, esse gel se deforma e entra em
escoamento. A partir daí, o Cenpes iniciou
um projeto para estudar o comportamento
desses óleos em várias temperaturas, além
de examinar o processo de gelificação do
óleo, visando obter dados que permitam
avaliar os riscos relacionados com o trans-
porte. O Cenpes, em parceria com a PUC-
-Rio e o IFP, vem desenvolvendo modelos
para determinar a pressão mínima capaz
de iniciar o escoamento. Estas informações
serão utilizadas para subsidiar o estudo de
viabilidade do oleoduto do sistema dutovi-
ário de escoamento de óleo da Bacia de
Santos, da UO-BS, cujo projeto deve ser
iniciado em 2013.
Análise no laboratório do Cenpes do squeeze de inibidor de incrustação
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28Corporativo
Nova tecnologia DUaL FrEQUENCY au-
menta o desempenho dos tratadores ele-
trostáticos e reduz a temperatura de pro-
cessamento de petróleos pesados
Aplicada no FPSO Cidade de Rio das Ostras,
no membro Siri, e baseada no uso combina-
do de corrente contínua e alternada aliado
com o ajuste do tipo de onda e da freqüência
empregada, a nova tecnologia permite signi-
ficativo aumento da eficiência da separação.
Assim, é possível operar em menores tempe-
raturas, o que evita o emprego de metalurgia
especial nas unidades de processamento
que operam com óleos pesados. Após 120
dias de operação contínua, comprovou-se
que a tecnologia permite uma substancial re-
dução no tamanho dos tratadores eletrostá-
ticos, com a vantagem adicional da redução
do consumo de produto desemulsificante e
da temperatura de processamento. A tecno-
logia foi qualificada e está disponível para
utilização pela Petrobras em seus futuros
projetos de investimento, incluindo o pré-sal.
DESENvoLviMENto DE Nova
GEraÇÃo DE SiStEMaS MarÍtiMoS
E SUBMariNoS DE proDUÇÃo
FPSO Cidade de Rio das Ostras, que recebeu tecnologia Dual Frequency
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testado com sucesso no campo de Ubara-
na, na Uo-rNCE, produto inibidor de para-
finas desenvolvido no Cenpes
A tecnologia consiste na síntese de po-
límeros específicos para inibição quími-
ca de parafinas, empregando rota tec-
nológica inédita e insumos nacionais
renováveis. Seu desenvolvimento contou
com a participação comercial da Petrobras
Distribuidora, em parceria com empresas
nacionais especializadas e a UO-RNCE. O
principal benefício é a fabricação tercei-
rizada e comercialização na modalidade
supply house pela Petrobras Distribuidora,
com a sua marca Sisbrax. Deverá ser realiza-
da até o final do segundo semestre de 2011
a produção industrial do inibidor, conforme
demanda requerida pela Petrobras. Novos
estudos serão realizados com o objetivo de
desenvolver moléculas com propriedades
para inibição química de outros problemas
típicos de garantia de escoamento: asfalte-
nos, incrustações inorgânicas e hidratos. Na
sequência, outros produtos serão qualifica-
dos para possível aplicação nos campos do
pré-sal.
Teste com aditivação de inibidor de parafinas em óleo
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30Corporativo
instalado protótipo da Boia de Sustentação
de risers (BSr), conceito que será utilizado
no campo de Lula-NE e Guará
O conceito BSR, onde a boia fica posicionada
aproximadamente 100 metros abaixo do nível
do mar, ancorada por tendões de cabos de
aço e fora da influência das ondas, promove
o desacoplamento dos movimentos dos risers
rígidos e da unidade estacionária de produção
(UEP) à qual estão ligados. Esta configuração,
que vem sendo considerada como opção de
escoamento da produção de áreas do pré-sal,
como Guará e Lula-NE, tem como principal be-
nefício diminuir os esforços nos risers rígidos
e conectores, aumentando sua vida útil, bem
como diminuir as cargas sustentadas pela UEP,
já que as cargas dos risers rígidos ficam apoia-
das na BSR. Adicionalmente, o sistema permite
calendários independentes para a instalação
do sistema submarino e da UEP, gerando maior
flexibilidade nos projetos de desenvolvimento
da produção. Com a instalação de dois risers,
foi concluída a instalação da boia protótipo na
área de Congro, norte da Bacia de Campos.
Boia de Sustentação de Risers
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Concluída a primeira etapa da qualificação
do sistema de Separação Submarina Água-
Óleo (SSao)
O primeiro Separador Submarino Água-Óleo
da Petrobras, uma parceria entre Petrobras e
a empresa FMC Technologies, tem como alvo
sua aplicação no campo de Marlim. O contra-
to assinado, de US$ 90 milhões, possibilitará,
pela primeira vez no mundo, a injeção no re-
servatório produtor de uma corrente de água
produzida separada em ambiente submarino.
A primeira etapa da qualificação, realizada
entre janeiro e novembro de 2010, confirmou
a eficiência global de separação da água pro-
duzida superior a 70% e os requisitos de qua-
lidade que permitem a reinjeção desta água
no reservatório de Marlim. A segunda etapa, a
instalação do protótipo submarino e início de
sua pré-operação, será realizada no segundo
semestre de 2011.
partida da primeira planta piloto GtLE
(gas-to-liquids embarcado) com reatores
compactos
A primeira planta piloto, que utiliza reatores de
milicanais, recebeu investimentos de US$ 65
milhões e iniciou as operações no Núcleo
Experimental Engenheiro Baruzzi, no polo de
Atalaia (SE), em novembro de 2010. Esta tec-
nologia vem sendo desenvolvida em parceria
pelo Cenpes e pela empresa CompactGTL,
com propriedade intelectual compartilhada,
tem natureza compacta e modular e é ade-
quada a aplicações offshore e terrestres es-
SoLUÇÕES LoGÍStiCaS
Do GÁS NatUraL EM
aMBiENtES rEMotoS
peciais. Com capacidade de 20 bpd, é a pri-
meira planta piloto GTL Compacta no mundo.
Foram iniciados testes para comprovação
técnica e econômica da tecnologia, anali-
sando-se principalmente as especificidades
do gás natural do pré-sal, com altos teores
de CO2. Com previsão de término em 2011,
os testes devem qualificar a tecnologia a ser
disponibilizada para as áreas de negócio de
Exploração & Produção e Gás & Energia.
31 Corporativo
Primeiro óleo da planta piloto de GTLE
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implantado primeiro sistema de controle
avançado em Unidade de Hidrotratamento
(UHDt) de diesel na revap
O sistema controla e manipula múltiplas variá-
veis simultaneamente, permitindo que a Unida-
de fique mais estável e trabalhe mais próxima
dos limites de operação. Esse projeto é pionei-
ro para unidades de Hidrotratamento da com-
panhia. Novas unidades de HDT estão sendo
adquiridas e projetadas com rigor de especifi-
cação de enxofre de 50 ppm e 10 ppm. O con-
trole avançado contribuirá para se atingir estes
patamares de enxofre em todas estas novas uni-
dades.
otiMiZaÇÃo E
CoNFiaBiLiDaDE
opEraCioNaiS
tubos de aço especial, de maior resis-
tência, são testados com sucesso para a
construção de dutos terrestres
Tubos de elevada resistência (grau API-5L-X80)
- fabricados no Brasil pela Tenaris Confab, a par-
tir de chapas laminadas de aço especial forne-
cidas pela Usiminas - foram testados em cam-
po considerando-se aspectos de construção e
montagem de dutos terrestres (curvamento a
frio, curvamento a quente e soldagem em cam-
po). A composição química do aço utilizado nos
tubos foi resultado de pesquisas anteriores do
Cenpes e da PUC-Rio. A utilização desse ma-
terial com maior resistência pode permitir o au-
mento da pressão interna de bombeio ou, ainda,
a diminuição da espessura da parede do duto,
se mantida a mesma pressão interna. Com o su-
cesso nos testes de campo, os tubos API-5L-X80
foram disponibilizados para a Engenharia como
alternativa viável para a construção de dutos ter-
restres, com aplicação prevista, de forma piloto,
no trecho terrestre do gasoduto de Mexilhão.
Desenvolvidas soluções para otimização
do processamento de petróleos ácidos
Testes realizados pelo Cenpes em laboratório
permitiram a ampliação dos limites de proces-
samento de petróleo ácido nas torres de desti-
lação, obtendo somente em abril de 2010 um
retorno de R$ 32,5 milhões pelo refino adicional
de óleo ácido nas refinarias Petrobras. Permi-
tiram também evitar investimentos de mais de
US$ 100 milhões em adaptações metalúrgicas
nas unidades atuais. Os testes indicam novos
parâmetros de resistência dos materiais meta-
lúrgicos à corrosão naftênica, causada por pe-
tróleos ácidos, de forma que as refinarias e a
logística possam alocar maior quantidade des-
te tipo de óleo na destilação. Essas soluções e
parâmetros foram incorporados à versão 3.0 do
Blend-BR, que definiu novos padrões de pro-
cessamento de petróleos ácidos, bem como o
limite metalúrgico das unidades. Este software
auxilia nos processos de decisão relacionados
à comercialização de petróleos, aos projetos
de unidades de processamento, aos estudos
de viabilidade técnica e econômica e ao plane-
jamento e programação de refinarias. Também
foram iniciados no Cenpes testes para avaliar o
impacto da acidez naftênica em regiões de alta
velocidade e temperatura. Estes testes prosse-
guirão na planta de jato impingimento da UO-
-SIX, com o objetivo de aumentar ainda mais
a capacidade de processamento de petróleos
ácidos.
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33
Unidade de Hidrotratamento da Revap
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34
Concluídos estudos de viabilidade técnico-
econômica da implantação de ferramentas
de otimização em tempo real para unida-
des termelétricas da petrobras
Os estudos indicaram a viabilidade da implan-
tação de ferramentas de otimização em tem-
po real nas usinas termelétricas, com retorno
do investimento em dois anos, com base nas
avaliações das empresas desenvolvedoras de
tecnologia (GE/Bently e AspenTech). As avalia-
ções apontam possibilidade de economia de
R$ 0,8 milhão e R$ 2,9 milhões por ano na ope-
ração das UTEs Rômulo Almeida e Governador
Usina Termelétrica Euzébio Rocha
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Corporativo
Leonel Brizola, respectivamente. A área de ne-
gócios de G&E solicitou novos estudos de via-
bilidade incluindo a UTE Euzébio Rocha, que
também apresenta condições favoráveis para
a implantação de otimização em tempo real. Ao
final dos estudos, uma entre as três usinas ana-
lisadas será escolhida para a implantação pilo-
to da ferramenta, de forma a medir os ganhos
reais de redução de consumo de combustível.
35
Estudos indicam utilização de processo de
hidrocraqueamento que maximiza a produ-
ção de diesel S10
O processo de hidrocraqueamento (HCC)
pode ser feito em um ou dois estágios. Nes-
te trabalho, foram analisados e comparados
os rendimentos e a qualidade dos produtos
gerados nas duas opções. O processo em
dois estágios obteve 16% mais diesel do que
o processo em um estágio, atendendo às
especificações do diesel S10. Este proces-
so será utilizado nas unidades de HCC das
Refinarias Premium e está em avaliação nos
estudos de ampliação do Comperj.
FLEXiBiLiZaÇÃo Do
parQUE DE rEFiNo
Desenvolvido novo sistema de planeja-
mento de refinarias – planref
O Planref é uma ferramenta de apoio à deci-
são, desenvolvido em parceria com a empre-
sa OP2B e a PUC-Rio, visando o planejamento
otimizado de produção em refinarias. Diferen-
te do atual sistema (Aspen PIMS, da Aspen-
Tech), que utiliza programação linear, o novo
modelo baseia-se em programação não linear,
conferindo maior precisão ao planejamento.
Além disso, por ser um sistema desenvolvido
pela Petrobras, garante a padronização do
processo de planejamento e maior integração
a outros sistemas da companhia, com conse-
quente melhoria da visibilidade do processo
entre todas as áreas envolvidas na produção e
logística do refino. O Planref sugere variações
de petróleos, campanhas, misturas, vazões de
produção, níveis de estoques e envios para o
mercado – englobando todas as unidades de
uma refinaria – de forma a maximizar o lucro
operacional. O modelo encontra-se atualmen-
te em testes para implantação, inicialmente na
Recap e, posteriormente, na Lubnor, Regap e
Refap.
Corporativo
36
Novo catalisador com tecnologia petro-
bras-albemarle supera catalisador bench-
mark importado
Foi comprovada a efetividade de um novo
sistema catalítico para unidades de RFCC
que processam resíduo atmosférico de pe-
tróleos nacionais. O novo sistema é basea-
do na tecnologia Petrobras-Albemarle para
reduzir o efeito dos metais contaminantes na
carga, atenuando seus efeitos nocivos sobre
o desempenho do catalisador. Após formu-
lação e avaliação no Cenpes, 300 toneladas
do novo catalisador foram fabricadas na FCC
S/A em regime experimental. Os resultados
da avaliação industrial realizada na Recap
mostraram desempenho superior em relação
Ao lado Unidade de FCC da Planta Piloto do Cenpes e abaixo Fábrica Carioca de
Catalisadores (FCC S/A), em Santa Cruz/RJ
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ao catalisador importado, proporcionando
um aumento potencial de rentabilidade da or-
dem de R$ 12 milhões por ano. Novos testes
comprobatórios serão realizados para supor-
tar a decisão dos investimentos necessários
na FCC S/A para a produção definitiva.
Corporativo
realizadas simulações para detalhamen-
to do esquema de produção do diesel S10
considerando as unidades existentes
Com o intuito de atualizar os modelos de si-
muladores de processo para a produção de
óleo diesel S10, foi realizado um levantamen-
to de dados de hidrotratamento de destila-
dos médios com catalisadores comerciais e
diferentes cargas. Também foram avaliados,
via simulação e testes nas Plantas Piloto no
Cenpes, os esquemas futuros de produ-
ção de médios na Reman, na Regap e na
Reduc, com produção de diesel com 10ppm
37
Operação na Unidade de Hidrotratamento e Destilados médios da Planta Piloto do Cenpes
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de enxofre (S10) e querosene de aviação.
Na próxima fase do projeto, o Cenpes rea-
lizará estudos de simulação e levantamento
de dados em outras refinarias e estudará o
desenvolvimento de novas rotas de produção
de querosene de aviação com baixos teores
de contaminantes, avaliando correntes tais
como nafta pesada de coque e craqueada.
Corporativo
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aGrEGaÇÃo DE vaLor E DivErSiFiCaÇÃo DoS proDUtoS
testes confirmam que encapsulamento da
uréia apresenta melhor desempenho para
uso na alimentação de ruminantes
A tecnologia, desenvolvida pela empresa
Kimberlit Agrociências, tem a capacidade de
liberar lentamente o nitrogênio presente na
uréia na alimentação de ruminantes. Este é
um produto superior aos existentes no mer-
cado brasileiro para alimentação de ruminan-
tes com nitrogênio, e que agrega maior valor
às unidades de fertilizantes nitrogenados da
companhia. A USP confirmou em testes com
animais as propriedades do encapsulamen-
to, que não causa impactos no desempe-
nho e saúde do animal. Durante os próximos
meses, a empresa licenciadora conduzirá
testes para verificar a ausência de resíduos
do encapsulamento na carne e leite dos ru-
minantes, de modo a subsidiar o Ministério
da Agricultura com informações para autori-
zação da comercialização do produto. Para-
lelamente, a Petrobras vem desenvolvendo
tecnologia própria de encapsulamento de
uréia, com previsão de comprovação em es-
cala de laboratório até 2012. Espera-se ter o
encapsulamento Petrobras disponível para
uso em 2014.
GaSQUÍMiCa
Uréia utilizada para alimentação de ruminantes
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Desenvolvidas novas formulações para ga-
solina podium da reduc e rpBC, que pro-
porcionam ganhos de desempenho
Nas novas formulações, uma corrente rica
em aromáticos - cuja alta valorização no
mercado onera a produção - foi inteiramente
substituído, gerando uma redução dos cus-
tos de produção estimada em R$ 1 milhão
por ano na Reduc e R$ 6 milhões por ano na
RPBC, além de representar a diminuição da
vulnerabilidade da produção pela eventual
escassez desse componente. Em média, a
nova formulação da RPBC reduziu o tem-
iNovaÇÃo EM CoMBUStÍvEiS,
LUBriFiCaNtES E
proDUtoS ESpECiaiS
po de retomada de velocidade em 9%, em
relação à formulação anterior, enquanto os
ganhos na formulação Reduc foram de até
5%. Em ambas as formulações, obteve-se
redução de até 50% no já baixíssimo acúmu-
lo de depósitos de carbono no motor. A nova
formulação da Reduc vem sendo produzida
desde julho de 2010, enquanto na RPBC
será iniciada em janeiro de 2011.
Carro para teste de desempenho da gasolina Podium com novas formulações
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Desenvolvido catalisador para produção,
em planta piloto, de polietileno de alta den-
sidade diferenciado - HMpEX (High Modu-
lus polyethylene Extrudable)
O HMPEX é um material obtido a partir de um
catalisador de morfologia controlada que per-
mite a obtenção de materiais diferenciados.
Este material será utilizado, inicialmente, na
confecção de cabos de amarração de platafor-
mas de petróleo, com vantagens competitivas
em relação às atuais soluções de ancoragem
devido às suas características de alta resistên-
cia, flutuabilidade e menor custo de aplicação.
Na planta piloto do Cenpes foram produzidos
5kg de catalisador, posteriormente aplicados
com sucesso na produção de 12 toneladas do
polímero na unidade piloto de polimerização da
Braskem, em Triunfo-RS. O material produzido
será, em 2011, utilizado para a confecção de
um cabo de amarração protótipo. Em dezem-
bro de 2010, a Petrobras recebeu o prêmio ABI-
QUIM de Tecnologia, de grande prestígio nacio-
nal, pela pesquisa e inovação no HMPEX.
BioCoMBUStÍvEiS
pEtroQUÍMiCa
Elaboração de critérios de sustentabilida-
de do etanol
Esses critérios vão embasar a tomada de deci-
são de investimentos da PBIO na produção de
etanol. Foram consideradas as oportunidades
e restrições dos mercados mundiais, a utiliza-
ção da marca Petrobras e a identificação de
limites operacionais decorrentes de aspectos
socioambientais. Os temas englobados foram:
mudanças climáticas, biodiversidade, água,
solo, ar, fertilizantes, segurança alimentar, de-
senvolvimento social e econômico. O trabalho
envolveu equipe multidisciplinar de pesquisa-
dores do Cenpes, em parceria com a PBIO.
O projeto tem aprovação do Ministério de De-
senvolvimento Agrário. O próximo passo, já
em andamento, é a execução de um estudo
de caso piloto para aplicação dos critérios em
uma unidade de produção de etanol.
Apresentação do Projeto de Sustentabilidade do Etanol
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Estabelecidas importantes parcerias com
empresas internacionais de base tecnoló-
gica, na área de biocombustíveis
O potencial comercial do etanol celulósico no
Brasil é considerável, devido à grande quan-
tidade de bagaço de cana disponível no país.
Estima-se que a tecnologia de produção de
etanol a partir de bagaço pode aumentar
a produção de etanol do país em cerca de
40%, sem aumento das áreas de cultura. Em
2010, foram firmadas parcerias com empre-
sas de base tecnológica para aprimorar e
acelerar o desenvolvimento desta tecnologia.
Com a dinamarquesa Novozymes, a parceria
abrange o desenvolvimento de enzimas para
o processo de produção de etanol lignoce-
lulósico; com a norte-americana KL Energy
Corporation, o acordo prevê a otimização da
tecnologia da KLE de processamento de ba-
gaço de cana-de-açúcar e produção do eta-
nol de segunda geração; e com a holandesa
BioeCoN a cooperação prevê o desenvolvi-
mento de um novo processo de conversão de
biomassa lignocelulósica em produtos que
podem ser utilizados na produção de “plás-
ticos verdes” ou biocombustíveis avançados,
com testes na Holanda e uma planta de de-
monstração a ser instalada no Brasil.
Corporativo
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SUStENtaBiLiDaDE
Finalizado primeiro cenário de realidade virtual ambiental da Bacia de Campos, contendo corais de águas profundas
Esta ferramenta reúne dados de faciologia, topografia, massa de água e presença de corais, simulan-
do - por meio de realidade virtual - o cenário submarino. O sistema poderá ser usado para consulta
interna, subsidiando a tomada de decisão em projetos básicos da Petrobras, como, por exemplo,
novos traçados de dutos ou definição de locações submarinas, com mínimo impacto ambiental e
reduzindo os riscos de projeto. O cenário conta com dados do Projeto de Caracterização Regional da
Bacia de Campos (PCR-BC), coordenado pelo Cenpes e UO-Rio e com colaboração das seguintes
instituições: UFRJ, Uenf, PUC-Rio, USP, UERJ, UFF, Unirio, Univali, Ufes. O investimento total foi de
R$ 40 milhões, aplicados prioritariamente no levantamento e sistematização de dados ambientais da
região. Ao término deste projeto, pretende-se elaborar o diagnóstico ambiental oficial da Bacia de
Campos, disponibilizando para o Sistema Petrobras informações integradas que devem acelerar os
processos de licenciamento ambiental da companhia.
Concluída a construção e montagem da
unidade móvel de tratamento de efluentes
visando o reuso da água
Com capacidade para testar até 90 rotas de tra-
tamento de água e efluentes, a unidade móvel,
desenvolvida em parceria com a empresa EP
Engenharia do Processo, é composta por duas
carretas, onde estão instaladas 15 unidades pi-
loto de tecnologias avançadas de tratamento de
efluentes, para avaliação in loco da melhor alter-
nativa técnico-econômica, visando à aplicação
industrial. Podem ser avaliadas as etapas de re-
moção de sólidos, remoção de carga orgânica,
desmineralização, abrandamento e polimento,
otimizando as condições operacionais específi-
cas para as diferentes características de águas
e efluentes. A unidade, que teve investimentos
de R$ 10 milhões, foi projetada para operar de
GErENCiaMENto DE
ÁGUa E EFLUENtESforma independente, minimizando esforço, tem-
po e custo, e aumentando a qualidade das solu-
ções de tratamento de efluente e reuso de água.
Será utilizada para substituir instalações de
unidades piloto locais, feitas sob encomenda.
A fase de testes operacionais se iniciará no se-
gundo semestre de 2011 na Regap, Betim/MG.
Unidade Móvel de tratamento de efluentes
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Comprovada a viabilidade técnica do bior-
reator piloto para tratamento de solos con-
taminados por hidrocarbonetos de petró-
leo na reduc
Alternativa para remediação de solos conta-
minados por hidrocarbonetos de petróleo ou
derivados, o biorreator, desenvolvido pelo
Cenpes em parceria com SMES, Cetem e
UFRJ, utiliza microrganismos para biodegra-
dação dos contaminantes. Com investimento
de R$ 1,7 milhão, o equipamento móvel e au-
tomatizado, instalado em contêiner, garante
condições ideais para remoção dos poluen-
tes de forma rápida, segura e eficiente, com
flexibilidade para atendimento emergencial.
Implantado na Reduc, o processo do biorrea-
tor atingiu a eficiência mínima requerida pela
CETESB - órgão ambiental de São Paulo e re-
ferência brasileira na área - para aplicação de
processo biológico de tratamento. O biorrea-
tor piloto tem capacidade para 800 quilos de
solo, utiliza pouca água, tem baixo consumo
de energia mensal, permite o tratamento do
solo para posterior reuso e não gera efluentes.
Após um ano de testes na refinaria, a tecnolo-
gia será alvo de estudo de viabilidade técnico-
-econômica pelo Cenpes em 2011.
Biorreator Piloto para o tratamento de solos contaminados no Cetem
Foto
s: A
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enp
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Corporativo
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implantado controle avançado nas Uni-
dades de processamento de Gás Natural
(UpGNs) em atalaia e Catu
O controle de processo em tempo real traz
estabilidade e melhorias operacionais adicio-
nais para a unidade de processo. A econo-
mia preliminar gerada com a otimização em
Atalaia foi de cerca de R$ 1,9 milhão ao ano
e em Catu, R$ 2,4 milhões ao ano. Ambas
as plantas apresentaram indícios de aumento
de produção, redução do consumo de gás
combustível e, como consequência, redução
de emissão de CO2. Até o segundo semestre
de 2011 serão avaliados os ganhos econômi-
cos completos destas implantações.
EFiCiÊNCia ENErGÉtiCa
Unidade de Processamento de Gás Natural de Atalaia
realizadas análises para comprovar se-
gurança do armazenamento geológico de
Co2 na Bacia do recôncavo
Para comprovar que o armazenamento geoló-
gico de CO2 é viável, seguro e monitorável, o
Cenpes realizou levantamentos sísmicos 4D e
análises geoquímicas, microbiológicas e isotópi-
cas para criação de uma linha de base visando
o monitoramento de escape de CO2 no campo
de Miranga, no Recôncavo Baiano. Com investi-
mentos de US$ 2,3 milhões, foram realizados es-
tudos de superfície e subsuperfície para verificar
e comprovar que o CO2 permanecerá no reser-
vatório, sem escape para a atmosfera. Busca-se
comprovar, na Petrobras, a viabilidade técnica
da armazenagem geológica de CO2 em reserva-
tórios de água com alta salinidade, inclusive nos
campos do pré-sal. Em 2011, a UO-BA iniciará,
em parceria com o Cenpes, projeto para injetar
em aquífero salino, durante quatro anos, 100 to-
neladas por dia de CO2 em Miranga.
GErENCiaMENto DE Co2
E oUtraS EMiSSÕES
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Desenvolvida sistemática para inventário
de poluentes atmosféricos não-típicos,
aplicada em projeto piloto na reduc
Tal sistemática, desenvolvida pelo Cenpes
em parceria com o Abastecimento e o
SMES, realiza o inventário das emissões
dos principais compostos orgânicos não
regulados nas unidades da companhia.
Esta metodologia, adaptada da Agência Am-
biental Americana (US-EPA), visa avaliar a
influência de certos processos críticos em
termos de impactos ambientais e ocupacio-
nais, subsidiando futuras ações de redução
da emissão destes poluentes nas diversas
áreas da Petrobras. Foram avaliadas as uni-
dades de Craqueamento Catalítico Fluído
(FCC) e Reforma Catalítica da Reduc. Na
próxima etapa, serão realizadas amostragem
e análises de qualidade do ar no entorno das
unidades de processo já inventariadas, além
da ampliação do uso da sistemática para in-
ventariar as demais áreas de negócio e em-
presas subsidiárias da Petrobras.
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Refinaria de Duque de Caxias - REDUC
avaliação preliminar da nova configuração
da tecnologia Saci, implantada na reman,
indica redução de até 50% na emissão de
particulados
Para reduzir a emissão de material particula-
do nestas unidades, a tecnologia Saci utiliza
modificações nos dois estágios de ciclones
do regenerador de catalisador das unidades
de FCC. Na Reman foi instalada uma nova
configuração desta tecnologia, que aumen-
ta a eficiência na separação do catalisador
e minimiza o envio de particulados para a
atmosfera. A avaliação da tecnologia com-
provou a redução de 50% nas emissões da
chaminé da unidade industrial de FCC. Em
2011, essa nova configuração será instalada
na unidade industrial de FCC da Replan. Por
se tratar de tecnologia com baixo custo de
investimento e de fácil implantação, a tecno-
logia Saci poderá ser instalada nos demais
regeneradores da companhia.
Corporativo
rEaLiZaÇÕES Da ENGENHaria BÁSiCa
Concluídos projetos básicos dos módulos
dos FpSos do pré-sal
Entregue FEED do FSo de Gás
O Cenpes acompanhou o desenvolvimen-
to de três projetos de Floating Storage and
Offloading (FSO) de Gás nos escritórios das
empresas contratadas – Saipem, Technip e
SBM Offshore – até a entrega do Front End
Engineering Desing (FEED). A próxima fase
de Engineering, Procurement and Construc-
tion (EPC) será conduzida pela Engenharia,
com assistência técnica do Cenpes. O pro-
jeto, único no mundo, é uma das alternativas
para escoar o gás produzido nos campos
pré-sal por meio da tecnologia Gás Natural
Liquefeito.
46
Foram entregues os projetos dos módulos re-
plicantes das plantas de produção, proces-
samento de óleo, tratamento de gás, injeção
de água e facilidades que serão utilizadas
nas oito unidades de produção (FPSOs) do
pré-sal. Os módulos seguiram dois padrões:
o padrão único (PU), para os módulos iguais
em todos os FPSOs, ou o padrão por faixa
(PF), com duas variantes do módulo, a serem
escolhidas de acordo com o volume de gás
produzido e o teor de contaminante (CO2) de
cada locação. Os FPSOs novos foram proje-
tados para operar por 25 anos, nos campos
do pré-sal, e terão uma planta de processa-
mento com capacidade para 150.000 blpd,
movimentação e tratamento de gás natural
de 6.000.000 Nm³/d, exportação de óleo de
150.000 bopd, tratamento de água produzi-
da de 120.000 blpd, injeção de água do mar
de 180.000 blpd e acomodações para 110
pessoas. A planta de movimen- tação
de gás terá sistemas
de remoção e de
reinjeção de CO2, inje-
ção WAG (água e gás al-
ternadamente), injeção de
gás, gas lift, e exportação
de gás. As plataformas irão
operar nos campos de Lula,
Guará, Iara 2 e Cernambi.
Projeto básico dos módulos replicantes dos FPSOs do pré-sal
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Concluído projeto básico da Unidade Offsho-re de transferência e Exportação (UotE)
A UOTE é um terminal oceânico, composto
por uma unidade flutuante de armazenamento
e transferência (Floating Storage and Offloa-
ding - FSO) e duas monoboias, para transfe-
rência de petróleo entre navios. Será utilizada,
preferencialmente, para transferir petróleos
destinados à exportação e oriundos da Ba-
cia de Campos ou do polo pré-sal da Bacia
de Santos. A solução permite o uso racional
de navios de posicionamento dinâmico, que
só necessitam fazer o trajeto entre a unidade
produtora e a UOTE. O petróleo segue, a partir
daí, em navios convencionais, menos custo-
sos. O terminal terá capacidade de transferir
até 15 milhões de barris por mês, com possibi-
lidade de segregação, no sistema de transfe-
rência, de petróleo parafínico e não parafínico.
Será instalado em lâmina de água de até 75
metros na Bacia de Campos, a aproximada-
mente 70 km da costa. A implementação des-
ta solução será conduzida pelo AB-LO.
Encerrados projetos básicos das novas
unidades de águas ácidas da reman
e rpBC
Na Reman, a unidade tratará até 600 m3/d de
efluentes aquosos ácidos, provenientes das
atuais e novas unidades, previstas no Projeto
de Modernização da refinaria. Ele é essencial
para a redução do consumo de água indus-
trial da Reman, necessário para o atendimen-
to das exigências do órgão ambiental local. A
previsão de entrada em operação comercial
da UAA é dezembro de 2013. Na RPBC, a
unidade terá capacidade de tratar até 1.900
m³/d de efluentes aquosos ácidos provenien-
tes das novas unidades para hidrotratamento
de diesel da refinaria. A entrada em opera-
ção comercial da unidade está prevista para
julho de 2013.
Projetos Básicos das Unidades de Águas Ácidas da Reman (abaixo) e RPBC (ao lado)
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revisados os projetos básicos das unida-
des de processamento para produção de
diesel (HDt, UGH e DEa) da replan, rpBC
e regap
Para reduzir o custo da construção das uni-
dades de processamento para produção de
diesel da Replan, RPBC e Regap, foram revi-
sados pelo Cenpes dez projetos. As unidades
sofreram redução no número de equipamen-
tos, linhas, válvulas e instrumentos, tendo sido
adotados critérios semelhantes aos dos proje-
tos da Reman, também emitidos pelo Cenpes.
As revisões eliminaram redundâncias e ex-
cessos de flexibilidade nas unidades. A sim-
plificação dos projetos foi realizada mantendo
todas as garantias de segurança e a perfeita
conformidade com os mais recentes padrões
do AB-RE para seus empreendimentos. Espe-
ra-se que apenas nas unidades da Regap o
valor de redução do investimento seja supe-
rior a US$ 15 milhões.
Concluídos projetos conceituais das uni-
dades de escoamento de gás da Bacia de
Santos, da rota Cabiúnas, do plansal
O projeto abrange cinco unidades de pro-
cessamento de gás natural: Unidade de Re-
moção de CO2 do Gás Natural; Revamp da
Unidade de Tratamento de Gás Natural II;
Unidade de Remoção de Líquido de Gás
Natural IV; Unidade de Processamento de
Condensado de Gás Natural IV; e Unida-
de de Processamento de Gás Natural II.
O conjunto de unidades tem por objetivo o
aproveitamento do gás natural a ser escoa-
do pelo gasoduto Iara-Cabiúnas, cerca de 23
milhões de m3/dia ao longo de 330Km, pro-
veniente do polo pré-sal da Bacia de Santos.
Tanques do Terminal de Cabiúnas
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Emitido o projeto básico da Unidade de
Hidrotratamento de Diesel (U-2313) da
reman
Esta unidade faz parte do projeto de moder-
nização da Reman e tem início de operação
previsto para dezembro de 2013. A unidade
produzirá 2.500 m3/dia de diesel S10 (10 ppm
de enxofre), a partir de petróleos produzidos
nas regiões Norte e Nordeste do Brasil e até
5% do óleo vegetal. É o primeiro projeto do
Cenpes para produção de diesel S10, já se-
guindo diretrizes de simplificação de projetos
e redução de custos.
Finalizado projeto Conceitual da Usina de
Biodiesel do pará
O projeto é composto pelas unidades de pré-
-tratamento de óleos vegetais e esterificação
de ácidos graxos; e de transesterificação de
óleos vegetais tratados e purificação da gli-
cerina, com capacidades nominais de até
400 mil toneladas ao ano de biodiesel a partir
de óleo de palma ou soja. Com previsão para
entrada em operação em 2013, esta será a
primeira planta comercial que utilizará tecno-
logia desenvolvida pelo Cenpes.
Concluído projeto básico de adaptação da
Unidade de Destilação de LNG U-7 da rLaM
para aumento da produção de diesel atra-
vés da incorporação de nafta fracionada
O objetivo é maximizar a vazão de nafta a ser
incorporada ao pool de diesel, para inten-
sificar a produção de destilados médios da
refinaria, seguindo diretriz do Abastecimento.
Espera-se incremento de 3% do diesel pro-
duzido pela refinaria, com potencial de ganho
de US$ 17 milhões/ano. A unidade foi proje-
tada originalmente para processar carga de
550 m3/d de LGN e atualmente vem operando
de forma intermitente, conforme demanda da
refinaria. Reaproveitando os equipamentos
existentes para gerar o mínimo de modifica-
ções possíveis, este projeto reduz os investi-
mentos e acelera a implementação. O deta-
lhamento da unidade tem previsão de início
em janeiro de 2011.
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Projeto Básico da Unidade de Hidrotratamento de
Diesel da Reman
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atUaÇÃo EM rEDES
rEDE DE SEDiMENtoLoGia E EStrati-
GraFia
Este projeto, em parceria com a UEL, a UFPR,
a Heriot-Watt University e a University of Edin-
burgh, caracterizará o sistema poroso de ro-
chas carbonáticas, folhelhos e arenitos argi-
losos em suas várias escalas de porosidade.
Com a aplicação de técnicas de tomografia
computadorizada, conjugadas com simula-
ção numérica de processos de deslocamento
água-óleo a partir de imagens 3D das rochas,
será desenvolvido um banco de dados da
morfologia e da conectividade das rochas,
possibilitando a predição de propriedades
petrofísicas do reservatório de forma inédita.
Tais análises estão sendo conduzidas nos la-
boratórios do Cenpes e dos fabricantes de
equipamentos tomográficos SkyScan (Bélgi-
ca) e X-Radia (EUA), e serão transferidas em
2012 para o Laboratório de Meios Porosos e
Propriedades Termofísicas, da UFSC, que re-
cebeu investimento de R$ 7 milhões e conta-
rá com as mais completas instalações desta
área no mundo.
iniciada caracterização de sistemas poro-
sos de reservatórios não-convencionais,
por tomografia computadorizada
rEDE DE MiCropaLEoNtoLoGia apLi-
CaDa
Uma nova espécie de ostracodes – crustáceos
com dimensões microscópicas – foi definida,
em parceria com a UnB, com investimentos da
Petrobras de R$ 2,2 milhões. Alguns gêneros e
espécies de ostracodes possuem grande inte-
resse estratigráfico, pois caracterizam seções
geológicas bem específicas, e intervalos de
tempo restritos. Atualmente, o método de os-
tracodes é utilizado na exploração da seção
pré-sal (o chamado andar Alagoas) das bacias
de Santos, Campos e Espírito Santo, para au-
mentar o detalhamento estratigráfico no inter-
valo que contém os principais reservatórios. A
definição dessa e de outras espécies permite
à companhia adquirir conhecimento mais pre-
ciso sobre o posicionamento dos reservatórios
em profundidade, o que pode contribuir para
a diminuição do risco exploratório e auxiliar no
desenvolvimento dos projetos de produção
dos campos do pré-sal.
Definida nova espécie de ostracodes do
andar alagoas para aplicação no fatiamen-
to estratigráfico do pré-sal
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Nova espécie de Ostracodes
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rEDE DE EStUDoS GEotECtôNiCoS
Esse lineamento se estende por mais de três
mil quilômetros no solo brasileiro, afetando
duas imensas bacias paleozóicas – Paraná e
Parnaíba – potencialmente produtoras de hi-
drocarbonetos. Pretende-se conhecer de que
forma essa grande estrutura geológica pode
ter afetado as histórias evolutivas destas ba-
cias em relação a seus sistemas petrolíferos.
Esse conhecimento poderá ajudar a identifi-
car novas áreas potencialmente produtoras
de petróleo e gás, embasando a tomada de
decisão da Petrobras nos futuros leilões da
ANP. Com investimento de R$ 3,7 milhões, o
projeto é feito em parceria com a UnB, UFRN,
UFC, Unicamp, UFMT, Unesp e UFRJ, dentro
da Rede de Geotectônica.
iniciado estudo sobre Lineamento trans-
brasiliano, com foco na origem, evolução
e influência na sedimentação das bacias
paleozóicas
rEDE DE GEoQUÍMiCa
Petroleômica é um novo método de caracteriza-
ção que utiliza a técnica de espectrometria de
massas de altíssima resolução para o detalha-
mento da composição de petróleos e derivados
de forma rápida, abrangente e inequívoca. Nes-
te contexto, foi desenvolvido, em parceria com a
Unicamp, o software PetroMS para o tratamento
e interpretação de dados obtidos nas análises
por espectrometria de massas. Tais análises
permitem a predição da origem, da evolução
térmica de petróleos e das propriedades quími-
cas de petróleos e derivados, o que contribui
para a diminuição do risco exploratório. Este
software possui um pacote de interpretação
de dados único, com ferramentas gráficas de
alta resolução para análise de petróleo e seus
derivados. Para o desenvolvimento do projeto,
foram investidos R$ 6 milhões em infraestrutura
laboratorial na Unicamp.
Desenvolvido software da petrobras para
estudos em petroleômica
Alunos no laboratório da Unicamp utilizando o equipamento de espectrômetro de massa
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rEDE DE GErENCiaMENto DE ÁGUaS
O estudo desenvolveu metodologia inédita
para caracterização de águas conatas, retidas
nos poros e fissuras da rocha, a partir de amos-
tras ínfimas de água (amostras de óleo com
0,5% de água). A informação obtida auxilia na
compreensão do fluxo dessas águas nos reser-
vatórios, aumentando a recuperação. Com in-
vestimento de R$ 6 milhões, o projeto envolveu
a UFF, a Unicamp e a PUC-Rio na realização
de análises de água produzida, identificando
– através de grande leque de medições físico-
-químicas – seu histórico de origem e fluxo.
Essa metodologia já foi aplicada no Campo de
Espadarte, tendo como próximos cenários os
campos de Tambaú e Uruguá. Planeja-se, no
futuro, aplicação no pré-sal. Além disso, foi re-
alizada extensa análise de inibidores de incrus-
tação comerciais em condições de reservatório
(com temperatura e pressão elevadas) para os
campos de gás da UO-BS e os campos do pré-
-sal.
Desenvolvidas novas metodologias para
caracterização de águas conatas e inibição
de incrustação
Com investimento de R$ 627 mil, o projeto
contemplou a modernização do laboratório e
aquisição de equipamentos de análises mo-
dernos, assim como a capacitação da equi-
pe. Com isso, a UFRN passou a atender às
demandas das unidades terrestres, em espe-
cial a UO-RNCE, antes realizadas no Cenpes,
agilizando a seleção de inibidores de
incrustação.
UFrN capacitada para ensaios de controle
e inibição de incrustação
FPSO Espadarte no Campo de Espadarte, Bacia de Campos
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A reinjeção de água produzida, após longos pe-
ríodos de injeção de água do mar, está sujeita
a possíveis fenômenos físico-químicos que po-
dem inviabilizar a produção, como incrustação,
entre outros. Os modelos - desenvolvidos pela
Unicamp, Uenf, PUC-Rio, UFRN e UFRJ, com
investimento de R$ 8 milhões - caracterizaram
estes fenômenos físico-químicos no campo de
Marlim. Esses modelos embasaram a definição
de especificações mínimas para o tratamento da
água produzida, de forma que ela, ao invés de
ser descartada, pudesse ser reinjetada em pon-
tos estratégicos do reservatório. Isso possibilitou
significativo aumento da produção de óleo da
P-35, ao se reduzir a severidade da separação
óleo-água, o fator limitante da produção da P-35.
Esta separação ficou mais branda por se optar
pela reinjeção, ao invés do descarte. Adicional-
mente, a redução do descarte de água é um be-
nefício ambiental importante.
Desenvolvidos modelos de reinjeção de água
produzida após injeção de água do mar
rEDE DE ENGENHaria DE poÇoS
Com 1.520 m2 de área construída e investi-
mento de R$ 3 milhões, que inclui laborató-
rios e instalações administrativas, o novo pré-
dio apoiará projetos de P&D em estimulação
de poços, visando a criação de um polo de
competência para atendimento à demanda
de caracterização mecânica e testes labora-
toriais em carbonatos do pré-sal, de forma a
subsidiar as operações de fraturamento hi-
dráulico, fraturamento ácido e estabilidade
mecânica dos poços completados naqueles
reservatórios.
Unicamp recebe infraestrutura laboratorial
para estimulação com foco em carbonatos
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Plataforma P-35 no Campo de Marlim, Bacia de Campos
Corporativo
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O projeto, realizado em parceria com a Uni-
camp, determinou valores de condutividade
de fraturas ácidas e propadas para amostras
dos reservatórios carbonáticos de Lula e Ca-
rioca. A partir desses valores, serão estima-
das as produtividades de poços estimulados
no pré-sal, de forma a subsidiar os projetos
de desenvolvimento desses campos.
Concluídos estudos para Lula e Carioca
rEDE DE rEvitaLiZaÇÃo DE CaMpoS
MaDUroS
Serão desenvolvidos materiais com base na-
notecnológica para a recuperação avançada
em campos de petróleo, com estímulo ao de-
senvolvimento de pesquisas em nanotecno-
logia na comunidade acadêmica nacional.
Destacam-se, no estudo, nanocompostos
que podem atuar como contraste para sís-
mica 4D – com imagens em 3D ao longo do
tempo, além de nanocompostos para libera-
ção controlada de químicos no reservatório.
Também estão previstos estudos com injeção
de nanosensores em poços para obtenção
de dados do reservatório em posterior aná-
lise da água/óleo produzido. Pretende-se
aumentar o fator de recuperação dos cam-
pos de petróleo, assim como obter melhorias
nos processos produtivos. Com investimento
de R$ 4 milhões, o projeto se encontra em
estágio inicial de pesquisas, e conta com a
parceria das instituições USP, UFRJ, UFMG
e Unicamp.
iniciados quatro convênios na área de nano-
tecnologia para recuperação avançada
O sistema especialista, desenvolvido para
ser acoplado aos sistemas de gerenciamen-
to integrado das operações de produção,
interpreta variáveis de poços com bombeio
centrífugo submerso. Através de um banco
de dados de falhas e diagnósticos mais co-
muns, obtido por extenso levantamento de si-
tuações operacionais já vivenciadas por con-
sultores e técnicos da Petrobras, o sistema
indica falhas possíveis ou já ocorridas nos
poços monitorados, possibilitando manuten-
ção preditiva e direcionada de maior eficá-
cia. Com investimento de R$ 3 milhões, o pro-
jeto foi coordenado pelo Cenpes e conduzido
pelo E&P-ENGP, e contou com a parceria da
UFBA. Ao longo de 2011, será implantado
pelo E&P-ENGP, em parceria com a TIC e o
E&P-NNE, o software que utilizará o sistema
especialista em tempo real para monitoração
de poços da região Nordeste.
Desenvolvido sistema especialista para
manutenção preditiva de poços
Corporativo
55
rEDE GaLiLEU
Através de parceria inédita entre Petrobras,
universidades e fornecedores, foi instalado o
primeiro sistema de imersão 3D do Núcleo de
Visualização Científica do Cenpes. O sistema,
uma caverna digital de baixo custo no estado
da arte da tecnologia, com quatro projetores
e três telas, com projeção de vídeo interativo
de altíssima resolução, foi montado através
de desenvolvimento de software liderado pelo
Cenpes, em parceria com a PUC-Rio e a USP
e os dois principais fornecedores mundiais
neste mercado, as empresas Absolut Tech-
nologies e Barco. Os objetivos são: encontrar
novas aplicações para o uso da tecnologia
de cavernas digitais na Petrobras e reduzir os
custos com equipamentos nesse tipo de ca-
verna, atualmente próximos a R$ 3 milhões,
para valores inferiores a R$ 500 mil. Ao longo
de 2011, serão iniciados os testes da caverna
digital para aplicações nas áreas de engenha-
ria offshore e de reservatórios.
instalado no Cenpes sistema de imer-
são 3D desenvolvido em parceria com
pUC-rio, USp e os fornecedores Absolut Technologies e Barco
Com objetivo de capacitar o laboratório do
Cepetro da Unicamp para o desenvolvimento
de pesquisas em métodos térmicos de recu-
peração de petróleo, incluindo injeção de va-
por e combustão in situ, o projeto vem garan-
tir o atendimento às demandas das unidades
de produção do nordeste. Outro benefício é a
capacitação de instituições brasileiras nesta
área, o que até então era encontrada apenas
em instituições estrangeiras. O laboratório re-
cebeu investimento de R$ 1 milhão.
Montado laboratório de métodos térmicos
na Unicamp
Núcleo de Visualização Colaborativa (NVC) do CenpesFo
tos:
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Com investimento de R$ 18 milhões, foram ins-
talados três supercomputadores na Ufal, USP
e Coppe/UFRJ, dentro do projeto Grade BR,
integrante da rede de computação científica
e visualização (Rede Galileu), que envolve 14
universidades e visa atender às demandas
de computação científica de alto desempe-
nho de todas as redes temáticas da Petro-
bras. Somando-se os três supercomputado-
res, são 120 teraflops (trilhões de operações
em ponto flutuante por segundo) de capaci-
dade de pico instalada. Apenas com o super-
computador instalado na Coppe, rodando a
88% de sua capacidade, a Grade BR atingiu
a 76a posição no ranking mundial de super-
computadores, no início de 2010. O quarto
e último supercomputador será instalado na
PUC-Rio até o segundo semestre de 2011.
instalados supercomputadores da
Grade Br
rEDE DE MoDELaGEM E oBSErvaÇÃo
oCEaNoGrÁFiCa
Esse modelo operacional, pioneiro no Brasil,
recebeu investimento de R$ 19,5 milhões, e
é capaz de gerar a previsão sobre correntes,
temperatura, salinidade e altura da superfície
do mar nas Bacias de Campos, Espírito San-
to, Santos e na Margem Equatorial. Os resul-
tados são disponibilizados diariamente para
o sistema Petrobras e servem para subsidiar
operações marítimas, como planejamento de
perfurações e ações de combate a derrame
de óleo. O projeto foi desenvolvido em parce-
ria com o Centro de Hidrografia da Marinha do
Brasil (CHM) – responsável pela execução do
modelo, além das universidades UFRJ, UFBA,
USP e FURG. O projeto prevê, até 2015, o aper-
feiçoamento do modelo para a assimilação de
informações de satélites, incorporando dados
ambientais e dados medidos no oceano.
Desenvolvido modelo de previsão diária
de correntes para toda a região oceânica
brasileira
Sala de reunião do prédio Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica (Remo) no
Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil
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rEDE MoDELaGEM DE ESCoaMENto
MULtiFÁSiCo
Com investimento de R$ 6 milhões, o labo-
ratório realizará experimentos avançados na
área de escoamento multifásico em tubula-
ções, incluindo-se a operação de instrumen-
tação científica de grande porte para quanti-
ficação de escoamentos. Essa infraestrutura
passa a ser referência mundial na área, ao
reunir, no mesmo local, equipamentos até en-
tão distribuídos em diversos laboratórios de
menor porte do hemisfério norte.
Concluído o prédio do laboratório de esco-
amento multifásico da Coppe/UFrJ
Alunos no laboratório de escoamento multifásico
da Coppe/UFRJ
Foto
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rEDE DE MatEriaiS
O Laboratório de Ensaios Não Destrutivos,
Corrosão e Soldagem (LNDC), da UFRJ, que
recebeu investimentos de R$ 26 milhões da
Petrobras para sua construção, realizou os
ensaios para seleção de materiais para po-
ços dos campos Lula e Guará, na Bacia de
Santos. Ao longo de seis meses, e com in-
vestimentos de R$ 1,2 milhão, esses ensaios
avaliaram a resistência à corrosão desses
materiais, simulando as condições reais do
ambiente de fundo de poço, com alta tempe-
ratura e pressão.
realizados ensaios para seleção de mate-
riais dos poços de Lula e Guará
O modelo, desenvolvido em parceria com
a UFRGS, permite avaliar com melhor pre-
cisão o processo de corrosão da armadu-
ra de risers flexíveis expostos a H2S e CO2.
Obtém-se com isso, uma estimativa de
vida útil dos risers mais longa, pois os mo-
delos mais simples, anteriormente utiliza-
dos, superestimavam os efeitos da corro-
são. Esses modelos já foram utilizados com
sucesso no Campo de Marlim e no poço
1-ESS-103A no pré-sal do Espírito Santo.
Desenvolvido modelo de corrosão em
risers flexíveis
Ensaio não destrutivo no LNDC
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Dutos helicoidais são dutos construídos pela
soldagem de uma bobina de aço contínua
de forma helicoidal. Ainda não haviam sido
aplicados para o transporte de QAV e nafta.
O IPT conduziu ensaios que comprovaram a
resistência das soldas helicoidais à corrosão
por exposição ao QAV e nafta. Esses resulta-
Qualificados dutos helicoidais para trans-
porte de Qav e Nafta
Ensaios para testes de corrosão de dutos com solda helicoidal no IPT
Corporativo
dos permitiram o uso de dutos helicoidais em
dois cenários: o primeiro para transporte de
nafta e petroquímicos na Revap, em São José
dos Campos (Duto OSVAT 3, com 16 polega-
das de diâmetro); e o segundo para transpor-
te de diesel e QAV em duto de 20 polegadas,
no Comperj.
60
rEDE tEMÁtiCa DE NaNotECNoLoGia
O LNLS, ligado ao Ministério de Ciência e Tec-
nologia, conta com a única fonte de luz síncro-
tron na América Latina, um acelerador de partí-
culas especificamente projetado para geração
de feixes de amplo espectro (raios-X, gama,
ultravioleta, entre outros) de altíssima pureza,
que permite a realização de estudos de mate-
riais com aumento significativo de qualidade. O
sistema Lab-Web permitirá que pesquisadores
de diversos locais do país utilizem remotamen-
te a infraestrutura do LNLS para suas análises,
por meio de soluções integradas de vídeo-con-
ferência, controle remoto de equipamentos e vi-
sualização científica. A Petrobras pretende utili-
Concluído o projeto piloto de implantação de
laboratório virtual em parceria com o LNLS
zar esse sistema em estudos de catalisadores,
ligas metálicas, nanomateriais, incrustações,
depósitos, rochas, entre outros. O sistema Lab-
-Web terá agora sua capacidade ampliada, o
que incluirá a implantação do sistema na rede
interna da Petrobras.
Ao lado, pesquisador e Anel gerador de luz síncrontron do LNLS.
Abaixo, vista aérea do laboratório
Foto
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rEDE DE DUtoS
O equipamento possibilita estancar vazamen-
tos em dutos sem interromper o fluxo. Com
isso, há aumento da segurança operacional de
dutos e prontidão de resposta a emergências
ambientais, além de evitar a parada de pro-
dução. A tecnologia foi desenvolvida, testada
e aprovada por pesquisadores da UERJ e do
Cenpes no loop de teste do CTDUT – Centro
de Tecnologia em Dutos, que recebeu inves-
timentos da Petrobras de aproximadamente
R$ 2 milhões, por meio da Rede Temática de
Dutos. O equipamento, inédito no mundo, já se
encontra em uso no Centro de Reparo de Du-
tos da Petrobras. O próximo passo é viabilizar
testes para aumentar os limites de operação da
ferramenta, que atualmente está comprovada
para dutos com até 50 bars de pressão interna,
e que estejam transportando apenas líquidos.
Desenvolvido equipamento para reparo
emergencial durante operação de dutos de
transporte de líquidos
rEDE DE EXCELÊNCia Na CaDEia DE
SUpriMENtoS DE pEtrÓLEoS
Essa ferramenta computacional utiliza al-
goritmos de inteligência artificial (multia-
gentes) para planejar a movimentação de
derivados entre refinarias e terminais em
todo território nacional, para atendimen-
to dos mercados regionais. Com isso, será
possível o controle dos níveis de estoque
e movimentações ao longo da rede logísti-
ca, subsidiando a tomada de decisão so-
bre importação e exportação de derivados.
Esse projeto, com investimento de
R$ 1 milhão, foi desenvolvido em parceria
com a UFF, a UFCG e a UTFPR. Atualmente,
o modelo está em processo de implantação
no sistema Bandeira Brasil, utilizado pelo
Abastecimento.
Desenvolvido modelo de otimização
tática para movimentação de derivados
no Brasil
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Ferramenta de reparo emergencial de dutos
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O SCTC é uma rede para o desenvolvimen-
to da capacitação nacional de P&D relacio-
nada a reservatórios carbonáticos nas áreas
de geociências, engenharia de reservatórios,
afloramentos análogos do Recente e avalia-
ção de formações em sistemas de fluidos
tipo HC/CO2/N, comum nos reservatórios do
pré-sal. Com investimento de R$ 50 milhões
em projetos de P&D para os próximos cin-
co anos, o sistema reúne Unesp, Unicamp,
UFRJ, UFF e Uenf, e está associado ao
International Centre for Carbonate Reservoirs
(ICCR) – consórcio formado pelas Universi-
dades de Edimburgo e Heriot Watt.
Definidos projetos do Sistema para Capa-
citação da Comunidade de Ciência e tec-
nologia em Carbonatos (SCtC)
O prédio do Unespetro, na Unesp, é uma das iniciativas para o desenvolvimento do SCTC
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NúCLEo rEGioNaL UFrN
Com 3.000 m2 de área construída, o Nupprar
recebeu aproximadamente R$ 20 milhões
em investimentos da Petrobras para a cons-
trução de laboratórios e a compra de equi-
pamentos. O Núcleo reúne oito laboratórios
multidisciplinares, que irão atuar de forma
integrada, concentrando atividades de pes-
quisa relacionadas ao processamento primá-
rio de petróleo e tratamento e reuso de água
produzida, atendendo a demandas locais da
Unidade Operacional do Rio Grande do Nor-
te e Ceará (UO-RNCE).
iniciada operação do Núcleo de processa-
mento primário e reuso de Água produzida
e resíduos (Nupprar), na UFrN (Natal-rN)
CENtro DE tECNoLoGia Do EXÉrCito
(CtEx)
O desenvolvimento de tecnologia nacional
para fabricação de fibras de carbono tem pa-
pel duplamente estratégico para a Petrobras:
agrega valor ao refino do petróleo, por gerar
um produto nobre obtido a partir de fração re-
sidual (óleo decantado), e é um material com
potencial para ser utilizado pela Petrobras
em suas instalações industriais, devido à sua
leveza e resistência, superiores às do aço.
A Petrobras é parceira do CTEx no desenvol-
vimento desta tecnologia, e já investiu mais
de R$ 23 milhões nos últimos 4 anos. Após a
obtenção da fiação contínua e regular, o pró-
ximo passo é dominar a fiação em uma es-
cala maior e ajustar as etapas seguintes de
carbonização e estabilização para chegar ao
processo completo de produção da fibra.
obtida fiação contínua e regular de fibra de
carbono
Visita da Petrobras no prédio do Núcleo de Processamento Primário e Reuso de Água Produzida e Resíduos (Nupprar), na UFRN
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64Corporativo
BSR – Boia de sustentação de risers
DEA – Dietanolamina – substância utilizada no
processo de refino para remover H2S (ácido
sulfídrico ou sulfeto hidrogênio) de correntes
gasosas da refinaria
Diesel S10 – diesel com 10 partes por milhões
(ppm) de enxofre
EPC – Engineering, Procurement and Construction /
Engenharia, aquisição e construção
ERW – Extended Reach Well – Poço de longo
alcance
FEED – Front End Engineering Desing
FPSO – Floating Production Storage
Offloading / Unidade flutuante de produção,
armazenamento e transferência de petróleo
FSO – Floating Storage and Offloading / Unidade
flutuante de armazenamento e transferência
GNL – Gás natural liquefeito
GTL – Gas to liquids / Conversão de gás para
produtos líquidos
GTLE – Gas to liquids embarcado
HCC – Hidrocraqueamento
HMPEX – High Modulus Polyethylene Extrudable
LNG – Líquidos de gás natural - substâncias
de hidrocarboneto leve produzidas com
gás natural, que condensam para estado
líquido a temperatura e pressão normais
PCR-BC – Projeto de Caracterização Regional da
Bacia de Campos
PF – Padrão por faixa
Planref – Planejamento de refinarias
PU – Padrão Único
GLOSSÁRIO
RFCC – Unidade FCC (craqueamento catalítico
fluido) que processa resíduo atmosférico
RSS – Rotary Steerable System – Ferramenta
defletora
SOR – Saturação de óleo residual
SSAO – Sistema de separação submarina água-óleo
QAV – Querosene de aviação
UAA – Unidade de águas ácidas
UDT – Unidade de hidrotratamento
UEP – Unidade estacionária de produção
UFCC – Unidade de craqueamento catalítico fluido
UGH – Unidade de geração de hidrogênio
UHDT – Unidade de hidrotratamento de diesel
UOTE – Unidade offshore de transferência e
exportação
UPGN – Unidade de processamento de
gás natural
UTE – Usina Termoelétrica
WAG – Water alternate gas / Injeção de água e gás
alternadamente
abreviações
Unidade de Medida
APIo – medida padrão da densidade de petróleo
desenvolvida pelo American Petroleum Institute
bbl – barris
blpd – barris de líquido por dia
bopd – barris de óleo por dia
Bpd – barris produzidos por dia
m3/d – metros cúbicos por dia
m/h – metro por hora
Nm3/d – normal metros cúbicos por dia
ppm – partes por milhão
65 Corporativo
Unidades e Subsidiárias da petrobras
AB-LO – Logística
AB-RE – Refino
Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
E&P-ENGP – Exploração e Produção / Engenharia de
Produção
E&P-EXP – Exploração e Produção / Exploração
E&P-NNE – Exploração e Produção / Norte-Nordeste
E&P-PRESAL – Exploração e Produção / Pré-sal
FCC S/A – Fábrica Carioca de Catalisadores, em
Santa Cruz
Lubnor - Refinaria Lubrificantes e Derivados do
Nordeste, em Fortaleza-Ceará
PBIO – Petrobras Biocombustível
Recap – Refinaria de Capuava
Reduc – Refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro
Regap – Refinaria Gabriel Passos, em Betim, Minas
Gerais
Refap S/A – Refinaria Alberto Pasqualini S/A
Reman – Refinaria Isaac Sabbá, em Manaus,
Amazonas
Replan – Refinaria de Paulínia, em Paulínia, São Paulo
Revap – Refinaria Henrique Lage, em São José dos
Campos, na região do Vale do Paraíba, São Paulo
RLAM – Refinaria Landulpho Alves
RPBC – Refinaria Presidente Bernardes, em
Cubatão, São Paulo
SIX – Industrialização do Xisto, no município de
Tremembé, no Vale do Paraíba, São Paulo
SMES – Segurança, Meio Ambiente, Eficiência
Energética e Saúde
TIC – Tecnologia da Informação e Telecomunicações
UP – Universidade Petrobras
UO-BA – Unidade de Operações de Exploração e
Produção da Bahia
UO-BS – Unidade de Operações de Exploração e
Produção da Bacia de Santos
UO-ES – Unidade de Operações de Exploração e
Produção do Espírito Santo
UO-RIO – Unidade de Operações de Exploração e
Produção do Rio de Janeiro
UO-RNCE – Unidade de Operações de Exploração
e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará
UO-SEAL – Unidade de Operações de Exploração e
Produção de Sergipe e Alagoas
66Corporativo
UFC – Universidade Federal do Ceará
UFCG – Universidade Federal de Campina
Grande
Ufes – Universidade Federal do Espírito Santo
UFF – Universidade Federal Fluminense
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
UFMT – Unidade Federal de Mato Grosso
UFPR – Universidade Federal do Paraná
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande
do Sul
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFRN – Universidade Federal do Rio Grande
de Norte
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
UnB – Universidade de Brasília
Unesp – Universidade Estadual Paulista
Unicamp – Universidade Estadual de Campinas
Unirio – Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro
Univali – Universidade do Vale do Itajaí
USP - Universidade de São Paulo
US-EPA – US Environmental Protection
Agency (Agência Ambiental Americana)
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal
do Paraná
instituições e Universidades
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis
Cetem – Centro de Tecnologia Mineral
Cetesb – Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental, ligada à Secretaria do
Meio Ambiente do governo paulista
CHM – Centro de Hidrografia da Marinha
do Brasil
Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-
Graduação e Pesquisa de Engenharia, da UFRJ.
CTEx – Centro de Tecnologia do Exército
FURG – Universidade Federal do Rio Grande
IFP – Instituto Francês do Petróleo
IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas
LNLS – Laboratório Nacional de Luz Síncrontron,
ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia
PUC-Rio – Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro
UEL – Universidade Estadual de Londrina
Uenf – Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro
UERJ – Universidade do Estado do Rio de
Janeiro
Ufal – Universidade Federal de Alagoas
UFBA – Universidade Federal da Bahia
Foto Aérea do Cenpes
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Corporativo
Publicado pelo Centro de Pesquisas & Desenvolvimento
Leopoldo Américo Miguez de Mello, da Petrobras.
Gerente Executivo do Cenpes – Carlos Tadeu da Costa Fraga
Gerente Geral de Gestão Tecnológica – Oscar Rene Chamberlain Pravia
Gerente de Organização, Desempenho e Gestão – Luciano Felipe de Carvalho Rodrigues
Coordenador de Divulgação e Marketing de Tecnologia – Pedro Lemos Tavares
CoorDENaÇÃo: Pedro Lemos Tavares e Rafael Figueiredo
tEXtoS: Clarisse Furlani, Pedro Lemos Tavares, Mário Cesar Filho
EDiÇÃo: Mário Cesar Filho
proDUÇÃo: Júlia Linhares, Vanessa Penna e Letícia Montello
FotoGraFia: Talita Chaves
proJEto GrÁFiCo: Aura Design
RESULTADOS DE TECNOLOGIA PETROBRAS 2010
Publicado em 30 de junho de 2011, revisado em 26 de agosto de 2011,
referente ao período de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2010
Corporativo
Co
rp
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E TECNO
LOG
IA PETR
OB
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S 2010