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BANCO MUNDIAL Resultados do desenvolvimento nos países de renda média Uma avaliação do apoio do Banco Mundial Resultados do desenvolvimento nos países de renda média Uma avaliação do apoio do Banco Mundial Resumo de avaliação Grupo Independente de Avaliação

Resultados do desenvolvimento nos países - World Banksiteresources.worldbank.org/EXTMIDINCCOUN/Resources/exec_sum_port.pdf · Resultados do desenvolvimento nos países de renda média

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BANCO MUNDIAL

Resultados do desenvolvimento nos paísesde renda médiaUma avaliação do apoio doBanco Mundial

Resultados do desenvolvimento nos paísesde renda médiaUma avaliação do apoio do Banco Mundial

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Grupo Independente de Avaliação

BANCO MUNDIAL

Grupo Independente de Avaliação

SKU 17287

ISBN 978-0-8213-7287-6

MICs-minicover-PO.qxd 8/30/07 8:50 AM Page 1

Serie de estudios2004 Annual Review of Development Effectiveness: The Bank’s Contributions to Poverty ReductionAddressing the Challenges of Globalization: An Independent Evaluation of the World Bank’s Approach to Global Programs Agricultural Extension: The Kenya ExperienceAssisting Russia’s Transition: An Unprecedented ChallengeBangladesh: Progress Through PartnershipBrazil: Forging a Strategic Partnership for Results—An OED Evaluation of World Bank AssistanceBridging Troubled Waters: Assessing the World Bank Water Resources StrategyCapacity Building in Africa: An OED Evaluation of World Bank Support The CIGAR at 31: An Independent Meta-Evaluation of the Consultative Group on International Agricultural ResearchCountry Assistance Evaluation Retrospective: OED Self-Evaluation Debt Relief for the Poorest: An OED Review of the HIPC InitiativeDeveloping Towns and Cities: Lessons from Brazil and the PhilippinesThe Drive to Partnership: Aid Coordination and the World BankEconomies in Transition: An OED Evaluation of World Bank Assistance The Effectiveness of World Bank Support for Community-Based and –Driven Development: An OED EvaluationEvaluating a Decade of World Bank Gender Policy: 1990–99Evaluation of World Bank Assistance to Pacific Member Countries, 1992–2002 Financial Sector Reform: A Review of World Bank AssistanceFinancing the Global Benefits of Forests: The Bank’s GEF Portfolio and the 1991 Forest Strategy and Its ImplementationFiscal Management in Adjustment LendingIDA’s Partnership for Poverty ReductionImproving the Lives of the Poor Through Investment in CitiesIndia: The Dairy RevolutionInformation Infrastructure: The World Bank Group’s ExperienceInvesting in Health: Development Effectiveness in the Health, Nutrition, and Population SectorJordan: Supporting Stable Development in a Challenging RegionLesotho: Development in a Challenging EnvironmentMainstreaming Gender in World Bank Lending: An UpdateMaintaining Momentum to 2015? An Impact Evaluation of Interventions to Improve Maternal and Child Health and Nutrition Outcomes in Bangladesh The Next Ascent: An Evaluation of the Aga Khan Rural Support Program, PakistanNongovernmental Organizations in World Bank–Supported Projects: A ReviewPoland Country Assistance Review: Partnership in a Transition EconomyPoverty Reduction in the 1990s: An Evaluation of Strategy and PerformanceThe Poverty Reduction Strategy Initiative: An Independent Evaluation of the World Bank’s Support Through 2003Power for Development: A Review of the World Bank Group’s Experience with Private Participation in the Electricity SectorPromoting Environmental Sustainability in DevelopmentPutting Social Development to Work for the Poor: An OED Review of World Bank ActivitiesReforming Agriculture: The World Bank Goes to MarketSharing Knowledge: Innovations and Remaining ChallengesSocial Funds: Assessing EffectivenessTunisia: Understanding Successful Socioeconomic Development Uganda: Policy, Participation, PeopleThe World Bank’s Experience with Post-Conflict ReconstructionThe World Bank’s Forest Strategy: Striking the Right BalanceZambia Country Assistance Review: Turning an Economy Around

Serie de estudios sobre paísesBosnia and Herzegovina: Post-Conflict ReconstructionBrazil: Forests in the Balance: Challenges of Conservation with DevelopmentCameroon: Forest Sector Development in a Difficult Political EconomyChina: From Afforestation to Poverty Alleviation and Natural Forest ManagementCosta Rica: Forest Strategy and the Evolution of Land UseEl Salvador: Post-Conflict ReconstructionIndia: Alleviating Poverty through Forest DevelopmentIndonesia: The Challenges of World Bank Involvement in ForestsThe Poverty Reduction Strategy Initiative: Findings from 10 Country Case Studies of World Bank and IMF SupportUganda: Post-Conflict Reconstruction

ActasGlobal Public Policies and Programs: Implications for Financing and EvaluationLessons of Fiscal AdjustmentLesson from Urban TransportEvaluating the Gender Impact of World Bank AssistanceEvaluation and Development: The Institutional Dimension (Transaction Publishers)Evaluation and Poverty ReductionMonitoring & Evaluation Capacity Development in AfricaPublic Sector Performance—The Critical Role of Evaluation

PUBLICACIONES DEL IEG

Todas las evaluaciones del IEG están disponibles, íntegra o parcialmente, en idiomas distintos del inglés. Véase nuestra selección multilingüe en:http://www.worldbank.org/ieg

Conteúdo—

— Prefácio

— Sumário Executivo

— Reposta da Administração

— Relatório do Comitê sobre Eficácia do Desenvolvimento à Directoria

TRABALHANDO POR UM MUNDO LIVRE DE POBREZA

O Grupo Banco Mundial compõe-se de cinco instituições: Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento(BIRD), Corporação Financeira Internacional (IFC), Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), AgênciaMultilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) e Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobreInvestimentos (ICSID). Sua missão é combater a pobreza para obter resultados duradouros e ajudar as pessoas a seajudarem a si mesmas e o meio ambiente proporcionando recursos, compartilhando conhecimentos, fortalecendoa capacidade institucional e formando parcerias nos setores público e privado.

GRUPO BANCO MUNDIAL

AUMENTO DA EFICÁCIA DO DESENVOLVIMENTO POR MEIO DA EXCELÊNCIA E DA INDEPENDÊNCIA DA AVALIAÇÃO

O Grupo Independente de Avaliação (IEG) é uma unidade tripartite independente do Grupo Banco Mundial. O IEG-Banco Mundial é responsável pela avaliação das atividades do BIRD (Banco Mundial) e da AID; o IEG-IFC enfoca aavaliação do trabalho da IFC no tocante ao desenvolvimento do setor privado; e o IEG-MIGA avalia as contribuiçõ-es de projetos garantidos pela MIGA e serviços. O IEG responde diretamente à Diretoria Executiva do Banco Mundialpor meio do Diretor-Geral de Avaliação.

As metas de avaliação são aprender com a experiência, oferecer uma base objetiva para a avaliação dos resultadosdo trabalho do Grupo Banco Mundial e proporcionar responsabilidade para a realização de seus objetivos. Melhoratambém o trabalho do Grupo Banco Mundial por meio da identificação e divulgação das lições aprendidas e pormeio da formulação de recomendações retiradas das conclusões da avaliação.

GRUPO INDEPENDENTE DE AVALIAÇÃO

MICs-minicover-PO.qxd 8/30/07 8:50 AM Page 2

Resultados do desenvolvimento

nos países de renda média

Uma avaliação do apoio do Banco Mundial

2007Banco Mundial

Washington, D.C.

G R U P O I N D E P E N D E N T E D E A V A L I A Ç Ã O D O B A N C O M U N D I A L

http://www.worldbank.org/ieg

—Resumo de avaliação—

©2007 Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento / Banco Mundial1818 H Street NWWashington DC 20433Telefone: 202-473-1000Internet: www.worldbank.orgE-mail: [email protected]

Todos os direitos reservados

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Este volume foi produzido pelo pessoal do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento/Banco Mundial. As apurações,interpretações e conclusões expressas neste relatório não refletem necessariamente a opinião dos Diretores Executivos do Banco Mundial nemdos governos dos países que representam.

O Banco Mundial não garante a exatidão dos dados apresentados neste trabalho. As fronteiras, cores, denominações e outras informaçõesapresentadas em qualquer mapa deste trabalho não indicam nenhum julgamento do Banco Mundial sobre a situação legal de qualquer território,nem o endosso ou a aceitação de tais fronteiras.

Direitos e permissõesO material desta publicação é protegido por direitos autorais. Sua reprodução e/ou transmissão, total ou parcial, sem permissão pode constituirviolação das leis em vigor. O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento / Banco Mundial estimula a divulgação de seu trabalho egeralmente concede pronta permissão para sua reprodução parcial.

Para obter permissão para fazer fotocópias ou reimprimir parte deste trabalho, favor enviar uma solicitação com informações completas para:Copyright Clearance Center Inc., 222 Rosewood Drive, Danvers, MA 01923, USA; telefone: 978-750-8400; fax: 978-750-4470; Internet:www.copyright.com.

Todas as outras consultas sobre direitos e licenças, inclusive direitos subsidiários, devem ser endereçadas para: Office of the Publisher, TheWorld Bank, 1818 H Street, NW, Washington, DC 20433, USA; fax: 202-522-2422; e-mail: [email protected].

ISBN-13: 978-0-8213-7287-6e-ISBN-13: 978-0-8213-7288-3DOI: 10.1596/978-0-8213-7287-6

Foram aplicados dados do Catálogo de obras em fase de publicação da Biblioteca do Congresso

Impresso em papel reciclado

World Bank InfoShop

E-mail: [email protected]

Telefone: 202-458-5454

Fax: 202-522-1500

Grupo Independente de Avaliação

Programas de Gestão de Conhecimentos e

Desenvolvimento da Capacidade de Avaliação

(OEDKE)

E-mail: [email protected]

Telefone: 202-458-4497

Fax: 202-522-3125

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Prefácio

Os países de renda média enfrentam desafios emrápida evolução relacionados com o desenvolvi-mento à medida que sua economia amadurece ese integra na economia global. Como grupo, os86 países de renda média são responsáveis porum quinto da produção mundial e sua renda percapita vem aumentando quase 4% ao ano desde1995. No entanto, ainda abrigam um terço doscidadãos mais pobres do mundo que vivem commenos de US$ 2 por dia.

O Banco Mundial forneceu US$ 163 bilhões emempréstimos a esses países desde 1995 e alocacerca de metade de seu orçamento administra-tivo ao trabalho que realiza com eles. Hoje, comogrupo, esses países têm muito mais escolhas doque há 10 anos na obtenção tanto de financia-mento como de conhecimento para o desenvol-vimento. Dadas as mudanças dramáticas nocontexto global, muitos interessados e comenta-dores externos começaram a propor que oBanco Mundial mude seu relacionamento comesse grupo – propostas que vão de fortalecer suaparticipação à retirada.

Esta avaliação do IEG traz uma nova perspectivaao debate ao avaliar a eficácia do desenvolvi-mento no trabalho recente do Banco Mundial.Apresenta evidência – incluindo perspectivas dospróprios países clientes – sobre os resultados doapoio do Banco Mundial a cada país nos últimos12 anos. Destaca também três dimensões

crescentes ao papel do Grupo Banco Mundial:compartilhar o conhecimento em todos ospaíses, envolver os países nos programas globaise combinar o apoio aos setores público eprivado.

O apoio do Banco Mundial à promoção docrescimento e redução da pobreza tem contri-buído para o sucesso considerável dos países derenda média nessas áreas-chave. Mas o BancoMundial deve tornar-se rapidamente mais eficazem outras questões críticas em que seu trabalhonão tenha produzido avanços acentuados – notratamento da desigualdade, combate àcorrupção e proteção do meio ambiente. Semdúvida, o Banco Mundial deveria continuar suaparticipação nesse grupo – mas precisará afastar-se da atitude de deixar as coisas como estão.

O Banco Mundial deve tornar-se mais ágil noatendimento às necessidades em rápidaevolução dos clientes. Precisa utilizar a capaci-dade dos países de renda média de forma maissistemática, conectando essa capacidade a fim deajudar os países de baixa renda e enfrentar osdesafios globais. Seu trabalho deve, de formacoerente, introduzir e aumentar as soluções devanguarda para o desenvolvimento. A mudançanesses aspectos permitirá ao Banco Mundialcontinuar a oferecer o apoio que realmentebeneficie os mais de 800 milhões de pessoas debaixa renda dos países em desenvolvimento.

Vinod ThomasDirector-General, Evaluation

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Sumário Executivo

Os 86 países de renda média (MICs) formam um grupo diversificadocom importância global considerável – incluindo um terço da popu-lação de pessoas de baixa renda do mundo.

O Banco Mundial emprestou US$ 163 bilhões aosMICs desde 1995 – quase dois terços do total deseus empréstimos a todos os países emdesenvolvimento – e aloca cerca da metade deseu orçamento administrativo para colaborarcom esse grupo. Esta avaliação dos programasdo Banco Mundial (Exercícios Financeiros 1995-2006) conclui que seu apoio à promoção docrescimento e redução da pobreza tem sido bemacolhido pelos MICs e fez uma contribuição a seuconsiderável sucesso nessas áreas principais. Masconclui também que o Banco Mundial devetornar-se mais eficaz nas áreas em que seutrabalho não tenha produzido avanços acentua-dos, especialmente no tratamento da desigual-dade, combate à corrupção e proteção do meioambiente.

O selo de qualidade – refletido na perícia técnica,formulação e supervisão de projetos e serviçosde assessoria – tem sido uma força fundamental.Seu trabalho de assessoria tem sido sólido emmatéria de diagnóstico, mas teria impacto maiorse estivesse mais concentrado em necessidadeslocais específicas. Poderia ter melhordesempenho em utilizar o potencial dos MICspara ajudar a estabelecer as prioridades dosprogramas globais e para encontrar meios deaumentar a sinergia em todo o Banco Mundial,IFC e MIGA. Olhando para frente, o BancoMundial deveria continuar sua colaboração comos MICs, mas precisa evitar a atitude de deixar ascoisas como estão. Para produzir maiores benefí-cios para o desenvolvimento o Banco Mundialprecisa ser mais ágil na resposta às necessidadesem rápida mudança dos clientes; aproveitar a

capacidade dos MICs de forma mais sistemática;e demonstrar mais claramente as melhorespráticas para causar impacto além do papeldireto limitado do Banco Mundial.

Um contexto em rápida mudança nasMICsPaíses de renda média (MICs) – os 86 países que seenquadram no alcance de renda média estabele-cido pelos Indicadores de Desenvolvimento doBanco Mundial – constituem somente poucomenos da metade da população do mundo;abrigam um terço da população de todo o globoque vive como menos de US$ 2 por dia; e estãosituados em todas as seis regiões geográficas doBanco Mundial. Abrangem uma ampla gama derenda: O MIC de renda mais alta tem uma rendaper capita 10 vezes superior ao MIC de rendamais baixa. O número do grupo aumentoudesde meados da década de 1990, incluindo 10países (por exemplo, a China e o Egito)passando da categoria de baixa renda para a derenda média. Os MICs são também importantesparceiros, acionistas e mutuários do BancoMundial.

O ambiente nos MICs tem mudado significativamentenos últimos anos e com toda probabilidadecontinuará a evoluir rapidamente. A capacidadeinstitucional dos MICs se tem fortalecido, aopasso que o papel crescente do setor privado namaioria das economias e o aumento da globali-zação intensificaram a complexidade dosdesafios enfrentados no campo do desenvolvi-mento. O grupo tem gozado de uma expansãode escolhas no tocante às suas fontes tanto de

financiamento do desenvolvimento – o númerode MICs com classificações de crédito dosmercados de capital mais do que dobrou desdeos meados da década de 1990 – como deconhecimentos. De fato, para os MICs os novosempréstimos do Banco Mundial representamapenas um parcela pequena e em declínio doinvestimento nacional – 0,6% em 2005, ou seja,uma redução de 1,2% com relação a 1995. Ospagamentos de empréstimos existentes ultrapas-saram os novos desembolsos em uma média deUS$ 3,8 bilhões por ano para esse grupo nodecorrer dos últimos 12 anos. Tendo em vistaessas condições em vias de mudança e o debatesobre o papel do Banco Mundial nos MICs, oGrupo Independente de Avaliação (IEG)analisou as atividades de empréstimo e de não-empréstimos do Banco Mundial nos exercíciosfinanceiros de 1995 a 2006. A pergunta principal:Como se classifica a participação do BancoMundial com os MICs neste ambiente?

Desempenho em matéria de prioridadestanto para os MICs como para o BancoMundialO Banco adaptou suas estratégias para cada país deforma inteligente a fim de ser relevante a diversasnecessidades deste grupo tão diversificado. Amaioria das estratégias de país enfoca setores etemas importantes para as necessidades dedesenvolvimento dos países, incluindo apromoção do crescimento. Reúnem ferramentas– financiamento, conhecimentos, poder de re-união – de forma muito bem integrada, propor-cionando assim uma mescla de apoio nãoprontamente oferecida por outras fontes.Entretanto, para alguns clientes, especialmenteentre os 30 MICs menores, a mescla de ferramen-tas do Banco Mundial não se tem adaptado tãobem às condições do país.

No tocante à prioridade dominante de promover ocrescimento – enfatizado no nível empresarial naestratégia de dois pilares do desenvolvimento – oapoio do Banco Mundial aos MICs tem sido eficaz egeralmente bem aceito pelos clientes. Os MICs,como grupo, cresceram de forma vigorosa,especialmente a partir de 2001, quando mais dedois terços do grupo conseguiram, em média,

um crescimento per capita superior a 2% ao ano.A estreita associação entre prioridades do país edo Banco Mundial criou um ambiente de respon-sabilidade pelas medidas para aumentar o cresci-mento. Quase 70% dos respondentes a estapesquisa de clientes a respeito da avaliação classi-ficaram o apoio do Banco Mundial na promoçãodo crescimento como moderadamente eficaz oumelhor. A análise de política macroeconômica eestrutural do Banco Mundial tem sido boa e, emvários caso, esse trabalho analítico tem sidocombinado com empréstimos baseados empolíticas, incluindo a Colômbia e a Romênia, paraimplementar medidas de aumento do cresci-mento. Projetos financiados pelo Banco Mundialem vários setores que podem ajudar a promovero crescimento, inclusive no campo da infra-estrutura, têm apresentado um desempenhoespecialmente sólido.

Ao passar do crescimento para a redução da pobreza,de modo geral os MICs têm alcançado alguns resulta-dos positivos. Como um todo, desde 1993 o grupoelevou cerca de 400 milhões de pessoas acimado limiar da pobreza de US$ 2 por dia. Além dasrealizações globais da China, os outros MICsreduziram sua taxa de pobreza em 20%, de formaconsideravelmente mais rápida do que a reduçãoobservada nos países de baixa renda (LICs) nomesmo período. E os clientes nos MICs noespectro de renda têm feito uma avaliaçãofavorável a respeito do apoio geral do BancoMundial para reduzir a pobreza – três quintosclassificam essa ajuda como moderadamenteeficaz ou melhor.

Em suas estratégias de país o Banco Mundial temdispensado atenção significativa à pobreza,inclusive ajudando a quantificar e analisar suaincidência, bem como a assistir aos clientes naformulação de respostas às suas questões especí-ficas de pobreza. Este enfoque da pobreza temdemonstrado ser pertinente às necessidades damaioria dos MICs e tem sido integrado com êxitono trabalho de apoio ao crescimento sustentado.Por exemplo, na Bulgária os clientes acolheramcom satisfação os esforços de combate à pobrezaque ressaltaram a melhoria das instituições e oclima de investimento, juntamente com medidas

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R E S U LTA DO S DO D E S E N VO LV I M E N TO N O S PA Í S E S D E R E N DA M É D I A

direcionadas especificamente a bolsões depobreza.

O progresso no alívio da pobreza tem sido ajudadopelo trabalho no apoio a intervenções focadas napobreza, inclusive programas de assistência social.Na Tunísia, por exemplo, o trabalho da políticado Banco Mundial apoiou o enfoque d governono crescimento com eqüidade, ajudando, entreoutros elementos, a aumentar a renda nas áreasrurais remotas. Em muitos casos, a combinaçãodo trabalho de conhecimentos e financiamentofoi valiosa, enquadrada em projetos de assistên-cia social, os quais tiverem desempenho muitobom. A transferência de conhecimentos atravésdos países tem sido um ingrediente positivo dotrabalho do Banco Mundial nessa área, exemplifi-cado pelo intercâmbio de experiências comprogramas condicionais de transferênciamonetária em muitos locais – e indicado porclientes na Colômbia e Turquia como valoragregado significativo no apoio do BancoMundial.

No entanto, no tocante a ajudar a proteger as pessoasde baixa renda durante crises – uma das razões doapoio aos MICs atingidos por tal calamidade financeira– os clientes expressaram certa insatisfação com osesforços do Banco Mundial, o que não foi muitobem acolhido. Estudos de casos confirmam que arapidez de resposta do Banco Mundial naprestação de assistência aos países uma vez surgidauma crise tem sido boa (embora a coordenaçãocom o FMI tenha sido abaixo de ótima), a assistên-cia em liquidez tem sido bem acolhida e seutrabalho tem ajudado o avanço de reformasestruturais. Por outro lado, no Brasil, na FederaçãoRussa e na Tailândia nem o Banco Mundial nem asautoridades dispõem de planos sólidos decontingência para reforçar as redes de segurançasocial destinadas a proteger os pobres durantecrises. Além disso, o apoio prestado pelo BancoMundial a reformas substanciais de proteçãosocial, nos casos em que a responsabilidadesustentada do governo nem sempre tem sidoaparente, teve impacto modesto no longo prazo.

Menos progresso tem ocorrido em importantesquestões além da agenda de crescimento, área em

que há desafios significativos. Em particular, maisda metade dos MICs presenciaram um aumentoda desigualdade no decorrer da última década.Embora o trabalho do Banco Mundial tenhademonstrado uma crescente conscientização arespeito desta questão, ainda não conseguiuajudar os países a enfrentarem o problema deforma convincente. Mais da metade das pessoasque responderam à pesquisa de clientes classifi-cou o trabalho do Banco Mundial em abordar adesigualdade como moderadamente ineficaz oupior. Em muitos MICs a desigualdade foi umaforte dimensão geográfica, com algumas regiõesnos países enfrentando um crescente hiato deprosperidade, em oposição outros locais commelhor desempenho. Na Ucrânia, por exemplo,o Banco Mundial apoiou iniciativas de desenvol-vimento regional, mas ainda não se conseguiramreduções na desigualdade regional.

O progresso tem sido superficial e deficiente emalguns aspectos de outras prioridades empresariaisimportantes. No tocante ao desafio de combater acorrupção, elemento relevante a muitos MICs,há provas limitadas de que os esforços do BancoMundial tenham encontrado terreno firme. Osindicadores de percepção que medem ocontrole da corrupção não se moveram deforma significativa na maioria dos MICS noperíodo da revisão. Na Indonésia, por exemplo,apesar de algumas medidas positivas por partedo governo e de contribuições úteis do BancoMundial, a corrupção continua problemática e oresultado do trabalho do Banco Mundial nestecampo tem sido avaliado como moderadamenteinsatisfatório. Nessa pesquisa de clientes arespeito da avaliação, as opiniões foram bastanterigorosas nesta questão – dois terços dosrespondentes consideraram as contribuições doBanco Mundial para reduzir a corrupção comomoderadamente ineficazes ou pior, a respostamais negativa recebida nos tópicos da pesquisa.Até certo ponto essas observações podemrefletir a natureza complexa, sensível e de longoprazo da abordagem da corrupção. Há certossinais de progresso, por exemplo, na Turquia ena Ucrânia, com a ajuda do apoio do BancoMundial, inclusive para conseguir melhorespráticas de aquisição e melhor monitoramento

S U M Á R I O E X E C UT I VO

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da corrupção e conscientização a respeito damesma.

Finalmente, nos MICs tem sido problemático enfren-tar os desafios ambientais. O Banco Mundial temdispensado certa atenção ao tema e a maiorparte das estratégias de assistência aos MICsmenciona questões ambientais. Alguns progra-mas nacionais, por exemplo, no Brasil durante operíodo da revisão, têm ajudado a conseguir umprogresso satisfatório enquadrando as questõesambientais como parte integral da agenda decrescimento sustentável, assegurando a respon-sabilidade do governo e reforçando a capacidadeinstitucional interna no campo do meioambiente. Mas esta experiência não tem sidogeneralizada e a concessão de empréstimos paraprojetos destinados ao setor ambiental temapresentado desempenho precário em com-paração com outros setores. Entre as dificulda-des figuram desenho demasiadamentecomplexo de projetos, falta de capacidadeinstitucional para implementação – por exemplo,no projeto de racionalização do uso da terra noParaguai – inconstância do apoio político edebilidade na coordenação contínua entreórgãos executores e o Banco Mundial.

Influências no desempenho do BancoMundialAs necessidades de desenvolvimento diferementre os MICs. Os países na parte inferior da faixade renda tendem a enfrentar uma série maisampla de desafios e os que têm renda mais altafocam questões mais específicas. Há variaçõesconsideráveis na natureza dos programas depaíses do Banco Mundial, incluindo, no tocante avolume de empréstimos e sua escala relativa aosrecursos do país, o equilíbrio entre crédito eserviços de assessoria, bem como setores etemas de ênfase principal. A avaliação concluiuque, entre diferentes tipos de países e diferentestipos de programas, várias características relati-vas à forma como trabalha o Banco Mundialmelhoraram – ou impediram – o sucesso de seuapoio. Trata-se da adaptabilidade e grau deresposta em seus instrumentos e programas;qualidade da especialização; grau em que se

utiliza a capacidade dos MICs, incluindo progra-mas globais; e cooperação interna do GrupoBanco Mundial.

O Banco Mundial não tem sido ágil e tem lutado paraacompanhar a rapidez da mudança das necessidadese requisitos dos clientes. A falta de agilidadeassume várias formas. Clientes em vários paísesressaltaram a resposta lenta a condições variantesnos países, inclusive mudança de preferências arespeito de instrumentos de financiamento, oque talvez tenha prejudicado a relevância doBanco Mundial e levado a procurar financiamentoem outra parte. Outra dimensão é constituídapelos processos e procedimentos incômodosque impedem o acesso a seu apoio. Certamenteos clientes levam em conta os termos financeirosespecíficos ao tomarem decisões relacionadascom empréstimos. No entanto, os custos não-financeiros de fazer negócios, juntamente comoutros considerações, tais como qualidade erelevância de programas, assumem peso aindamaior para muitos clientes.

O Banco Mundial leva muito tempo paraconsiderar e implementar mudanças significati-vas – tais como uso de salvaguardas dos paísesem vez de sistemas específicos do BancoMundial – no tocante às necessidades e oportu-nidades encontradas nos MICs. Uma questãooportuna em o Banco Mundial tem agido acerta-damente é o melhor alinhamento de seusprogramas individuais de país com ciclos deplanejamento nacional – indicado por clientes daColômbia e China, entre outros – o qual melhoraas perspectivas de sucesso.

Para os clientes a qualidade do Banco Mundial –estampada em sua perícia técnica, desenho deprojetos e aptidões de supervisão – é um forçaessencial. Para alguns países o que está embutidonesse selo de qualidade é o que imprime o valorprincipal em matéria de financiamentoconcedido pelo Banco Mundial. E em todos osMICs, o trabalho analítico e de assessoriarealizado pelo Banco Mundial tem sido, namaioria dos casos, de alta qualidade técnica etem satisfatoriamente integrado as lições da

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experiência internacional. Por exemplo, naTailândia seu apoio ao recente trabalho sobre osaspectos econômicos de um tratamento eficazda IADS ajudou a vincular formuladores depolítica com a experiência internacional maisatualizada, reforçando assim os programas dopaís. Porém, em outras oportunidades, a eficáciados serviços de conhecimento na formação daopinião a respeito de política pública e investi-mento tem sido prejudicada por uma apresen-tação e divulgação de relatórios inadequadas.Essas debilidades foram obstáculos à contri-buição do Banco Mundial para o mercado deinformação.

Perdeu-se uma oportunidade por não se aproveitar dacapacidade nacional dos MICs de forma estratégicaou ampla. Em alguns setores, tais como educação esaúde, o conhecimento local específico é vital,porém, mesmo em setores em que as melhorespráticas internacionais são mais claramenteestabelecidas – por exemplo, o setor financeiro –é essencial a perspectiva local sobre o modo deimplementar as solução do desenvolvimento.Neste sentido, os serviços de conhecimento doBanco Mundial, talvez em parte por não teremutilizado plenamente ou ajudado a formar acapacidade nacional, com demasiada freqüênciatêm sido bons em questão de diagnóstico, masfracos na aplicação da perícia a necessidades locaisespecíficas. E embora alguns MICs reconheçam opotencial do Banco Mundial para ajudar a transfe-rir conhecimentos para outros países, seusesforços para incorporar essa atividade explicita-mente em seus programas de país, ou mesmo pormeio de um mecanismo claro em todo o BancoMundial, têm sido modestos.

Igualmente, tem sido limitada a utilização dos MICspara ajudar a formular as prioridades de programasglobais. Os programas globais de avaliação doIEG (2005) recomendaram que o Banco Mundiale seus parceiros globais se empenhem emaumentar a expressão dos países clientes nosórgãos deliberativos dos programas globais.Embora tenha havido desde então algumasmudanças positivas e os MICs tenham, de modogeral, maior expressão na governabilidade dos

programas globais do que nos países de baixarenda, sua colaboração continua a ser modesta.Mesmo a participação de MICs maiores nagovernabilidade de programas globais significati-vos ocorre somente com um terço da freqüênciaobservada nos países de alta renda. Isso inibe oentusiasmo e a participação dos MICs nessesprogramas.

No âmbito do Grupo Banco Mundial, apesar do altonível considerável de atenção dispensado a utilizarda melhor forma seus recursos combinados, acooperação interna entre o Banco Mundial, IFC eMIGA tem sido inexpressiva. Os esforços observa-dos para cooperar no nível de país têm sido maisevidentes em matéria de estratégia do que deimplementação. No tocante a programas de país,a cooperação do Grupo Banco Mundial tem sidomodesta – mal a metade dos casos planejados decooperação tornou-se realidade – e seu supostopotencial não tem sido plenamente utilizado. NoCazaquistão, por exemplo, embora estejamplanejadas várias áreas de cooperação, somenteum quarto deles se concretizou. Os fatoresprincipais que inibem a cooperação são prazosincompatíveis para os projetos, diferenças nacultura organizacional e predominância depreocupações do pessoal de que seu tempo nãopode ser facilmente destinado à cooperação nemreconhecido na avaliação do desempenho.Outro aspecto a ser devidamente gerenciado sãoos riscos associados a conflitos de interessepotenciais ou percebidos em todo o BancoMundial, especialmente nas condições turbulen-tas do mercado em épocas de crises financeiras.

Avaliação globalOs resultados dos programas de país do BancoMundial nos MICs têm sido, em média, moderadamentesatisfatórios no cumprimento dos diversificadosobjetivos do desenvolvimento específicos de cadapaís, inclusive a promoção do crescimento e aredução da pobreza. Os resultados têm sidomelhores do que no tocante ao trabalho do BancoMundial em países de baixa renda e, de fato, osresultados mais recentes nos MICs maiores,incluindo o Brasil e a China, têm sido satisfatórios– um grau acima na escala de classificação.

S U M Á R I O E X E C UT I VO

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No entanto, há pressão significativa para fazermelhor em um ambiente em que as exigênciasdos MICs se tornam maiores e eles têm maisescolhas de apoio. Uma série de indicadores –provenientes de pesquisas de clientes, consultasno país, revisões de projetos e avaliações deprogramas de país – em conjunto sugerem quepara o trabalho do Banco Mundial ter um efeitode demonstração mais central uma parcela maiordele deve atingir os mais altos padrões deeficácia.

RecomendaçõesO Banco Mundial deveria continuar sua colaboraçãocom os MICs, mas tomar medidas para produzir umamaior eficácia do desenvolvimento. Isso implica emafastar-se da atitude de deixar as coisas comoestão e revigorar seu relacionamento com osclientes, incorporando as quatro dimensõesprincipais abaixo indicadas.

Aproveitar a capacidade dos MICsNo intuito de promover uma maior responsabili-dade do país no trabalho do Banco Mundial ecriar melhores oportunidades para esteaprender dos MICs e compartilhar sua experiên-cia com os LICs, o Banco Mundial apóia o atendi-mento de necessidades para aproveitarsistematicamente e desenvolver a perícia própriade cada país. Neste sentido, a Diretoria deveriarequerer que a assistência aos países/estratégiasde parceria com os países e designação deatividades analíticas e de assessoria significativas(AAA) incluam claramente isso em seus planos.

O Banco Mundial deveria identificar incentivos eobstáculos à participação dos MICs na governa-bilidade de programas globais. Isso podeimplicar produzir um inventário de acordos degovernabilidade para programas globais por eleapoiados e realizar um exercício de consultaformal com os MICs (e outros países emdesenvolvimento).

Demonstrar as melhores práticasA fim de conseguir o máximo impacto do papelfinanceiro limitado do Banco Mundial nos MICs,em parceria com os clientes, os projetos e

programas do Banco Mundial devem ser selecio-nados no intuito de ir além dos enfoquesconvencionais e demonstrar claramente comocontribuirão para a atividade de desenvolvi-mento das melhores práticas no ambiente dorespectivo país. Deveriam também mostrar se,quando e de que forma se espera que desempen-hem papel catalítico, sendo aumentadosmediante o uso de recursos além daquelesinicialmente proporcionados pelo BancoMundial.

Os programas de país, preparados em plenaparceria com os MICs clientes, devem dispensaratenção renovada a conseguir maior eficácia emtrês questões prementes e complexas: Combatera corrupção; reduzir a desigualdade; e protegero meio ambiente. Os programas precisam utilizartodos os recursos do Banco Mundial e outrosrecursos disponíveis a fim de enfrentar osdesafios.

O Banco Mundial poderia compartilhar de formamais ativa as melhores práticas e incentivaracordos para a transferência de conhecimentosentre todos os países, regiões e setores. Trêsmedidas específicas neste sentido seriam: (i)atribuir maior peso a esta meta gerenciando deforma estratégica o rodízio de pessoal; (ii)assegurar que o trabalho de pesquisa e políticavá além dos princípios gerais e enfoque necessi-dades específicas de cada país; e (iii) rever odesempenho das redes nesta dimensão.

Tornar-se mais ágilPara adaptar mais rápida e facilmente seusserviços e áreas de enfoque às necessidades emmutação dos MICs, o Banco Mundial precisaestabelecer um programa para testar novosenfoques para um grupo determinado de países.O primeiro elemento do programa seria umimpulso muito mais decisivo sobre o atual pilotode ritmo lento usado nos sistemas de país naexecução dos empréstimos do Banco Mundial eum aumento significativo do número de países eprojetos que realmente implementem o novoenfoque no campo até meados do exercíciofinanceiro de 2008.

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R E S U LTA DO S DO D E S E N VO LV I M E N TO N O S PA Í S E S D E R E N DA M É D I A

O programa-piloto deveria ir além e oferecer aum número determinado de MICs, com sólidacapacidade institucional, uma nova série derecursos de apoio, tais como procedimentosacelerados, tempo de resposta mais rápido eestratégias mais flexíveis.

O Banco Mundial deveria continuar seus esforçosno sentido de ampliar a escolha de serviços queoferece. Isso pode ser feito acelerando o desenvol-vimento e implementação do seguinte: (i) novosinstrumentos financeiros, tais como aqueles queajudam os países a gerenciar e reduzir a vulnerabi-lidade a choques externos; (ii) produtos existentese novos que ajudem a enfrentar desafios subnacio-nais; e (iii) novos acordos – com diretrizes claras,coerentes e de fácil utilização – para perícia técnicaremunerada, incluindo os referentes à formulaçãoe supervisão de projetos.

Aproveitar ao máximo a cooperação do GrupoBanco MundialO Grupo Banco Mundial deve desenvolver umaabordagem mais pragmática à cooperação emtodo o Banco Mundial e MIGA, a fim de oferecercom êxito aos clientes um pacote mais eficazbaseado em seus recursos combinados Essaabordagem poderia incluir novos incentivos oucanais de cooperação, tais como acordos-pilotode gestão de cada país. As estratégias conjuntas,quando apropriadas, deveriam ser preparadas deforma mais rigorosa e acompanhadas commonitoramento do desempenho que vise alocalizar os ganhos líquidos da cooperação. Todanova abordagem deve ser comunicada aopessoal e receber o seu apoio, uma vez que ele,em última análise, determina o grau e o sucessodessa cooperação.

S U M Á R I O E X E C UT I VO

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9

Ela é abrangente na sua cobertura dos temasrelevantes. Também é oportuna, dado que aAdministração está implementando um plano deação para fortalecer seus compromissos financei-ros com países sócios do Banco Internacional deReconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Demodo especial, a Administração acolhe comagrado a conclusão do IEG sobre a continuidadeque o Banco deve dar às suas negociações comMICs e concorda que lhe cabe empreender umesforço maior no sentido de melhorar a qualidadee o impacto do apoio que presta a esses países.Várias das ações orientadas para a realização desseobjetivo estão resumidas no Registro de MedidasAdotadas pela Administração, atendendo arecomendações específicas do IEG.

Considerações da Administração sobre aAnálise e as Conclusões do IEGA análise feita pelo IEG apresenta um estudovalioso sobre a relevância que tem o trabalho doBanco, a eficácia de seus programas nos países, ocompartilhamento e o uso de seus conhecimen-tos, o papel dos MICs em programas globais e acooperação do Grupo do Banco. Todos essestemas são importantes para que o trabalho emandamento fortaleça as negociações do BancoMundial com países sócios do BIRD, implemen-tando a estratégia endossada pelo Comitê deDesenvolvimento em setembro de 2006 (BancoMundial 2006e). De modo geral, a Administraçãoconsidera que a análise e as conclusões apresen-tadas são acordes com suas próprias prioridadesde ação.

Prioridades de açãoDesde que o Comitê de Desenvolvimentoendossou a mencionada estratégia, a Adminis-tração vem trabalhando no sentido de acelerarsua implementação. A prioridade estratégica é amelhoria dos serviços prestados –customizando-os segundo as diversas necessida-des de MICs – em cada uma das linhas denegociação do Banco: serviços estratégicos e decoordenação, serviços financeiros, e serviços deconhecimento. A Administração também estáprocurando produzir mais impacto por meio demaior sinergia do Grupo do Banco e decooperação e parcerias internacionais. Açõesdecisivas para melhorar e customizar serviçosconstam do seguinte.

• Serviços de estratégia e coordenação. Nonível dos países, a prioridade é a produção deestratégias de parceria customizadas mais fle-xíveis que integrem todos os serviços do Grupodo Banco relevantes para o país de que setrate, inclusive o apoio à contribuição destepara bens públicos regionais e globais (GPGs).Esse trabalho está sendo desenvolvido numabase piloto e suscitará uma nota para orientaçãodo pessoal, assim que outras propostas-chave– sobre o uso de sistemas nacionais e os mo-delos de negociação para apoiar GPGs e pres-tar serviços remunerados, por exemplo –,tenham sido aprovadas. No nível global, a prio-ridade é um modelo comercial orientado paraa priorização de GPGs para efeito de nego-ciação por parte do Banco e de financiamento

Resposta da Administração

Introdução

AAdministração recebe com satisfação esta análise do apoio do BancoMundial a países de renda média (MICs) feita pelo Grupo de AvaliaçãoIndependente (IEG).

do respectivo compromisso financeiro, me-diante, inclusive, o apoio às contribuições dospaíses para a provisão de GPGs. O projeto deum relatório à próxima reunião do Comitê deDesenvolvimento passa no momento por umaampla revisão do Banco e será discutido pelosdiretores executivos no começo de setembro.

• Serviços financeiros. O papel do BIRD naprovisão de serviços financeiros a MICs evoluiu,na medida em que as necessidades desses pa-íses mudaram. No momento, o BIRD oferecea MICs uma série de produtos e serviços ban-cários, entre os quais empréstimos flexíveis eferramentas para a gestão do risco, a fim de aju-dar na administração da volatilidade de taxasde juros, moedas e preços de commodities,bem como na melhoria do crédito. Para facili-tar a proteção de recursos de desenvolvimentodos países, o BIRD também oferece assesso-ramento sobre gestão da dívida e serviços degestão de patrimônio e consultoria. Dentre asações orientadas para ampliar e melhorar osserviços financeiros e bancários do Banco, trêsse destacam. Primeiro, o Banco continua a ra-cionalizar políticas e práticas a fim de reduziros custos não financeiros dos clientes na ne-gociação com o Banco e melhorar a respostadeste às necessidades dos clientes. Destaca-sea recente aprovação da OP/BP 8.00, “RespostaRápida a Crises e Emergências”, pela Diretoria,que brevemente receberá a proposta de umanorma revisada sobre a preparação, avaliaçãoe supervisão de empréstimos de investimento.Segundo, no que respeita à questão crucialdo uso de sistemas nacionais onde padrões sãomutuamente acordados e verificáveis, direto-res executivos reafirmaram, em junho, o com-promisso do Banco de usar sistemas nacionais,endossaram o princípio de projetos-piloto ba-seados nos países e acordaram um cronograma

de consulta e discussão final de uma metodo-logia para o uso experimental de sistemas decompras por parte dos países (Banco Mundial2007). Terceiro, propostas para melhorar atransparência e a competitividade do custo deempréstimos do BIRD foram recentementesubmetidas à consideração da Diretoria.

• Serviços de conhecimento. A ação decisivapara o atendimento da demanda dos MICs pormais e melhores serviços de conhecimentoconsta do desenvolvimento e implementaçãode um modelo de negociação para a prestaçãode serviços remunerados em todo o espectrodos conhecimentos especializados do Banco,inclusive serviços de análise e assessoramento,assistência técnica, formulação e supervisãode projetos, bem como serviços de gestão dadívida. Uma minuta foi preparada para efeitode ampla revisão pelo Banco e deverá ser apre-sentada à Diretoria no início do ano fiscal de2008.

Principais Conclusões e RecomendaçõesO IEG conclui que o apoio do Banco a MICs, emtermos globais, é moderadamente satisfatório,porém sugere que o Banco pode melhorá-lo.Recomenda que o Banco continue assumindocompromissos financeiros com MICs, porém dêpassos no sentido de aumentar a eficácia dodesenvolvimento mediante estes canais: maiorutilização da capacidade dos MICs; demons-tração de melhor prática no seu apoio a essespaíses, e agilidade na prestação de apoio,inclusive mediante o aproveitamento máximo dacooperação do Grupo do Banco. A Adminis-tração concorda, em essência, com essasrecomendações e empreende ou planeja açõespara abordá-las. Os detalhes são fornecidos noRegistro de Medidas Adotadas pela Adminis-tração anexo.

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R E S U LTA DO S DO D E S E N VO LV I M E N TO N O S PA Í S E S D E R E N DA M É D I A

R E S P O S TA DA A D M I N I S T R A Ç Ã O

1 1

Utilizar a capacidade do MIC

O apoio do Banco precisa utilizar e desenvolver de maneira mais

sistemática a perícia de cada país. Para esse fim:

• A Administração deve exigir que as estratégias de as-

sistência/parceria do país e as importantes funções das ati-

vidades de análise e assessoramento (AAA) planejem

claramente a ação nesse sentido

• O Banco deve identificar incentivos e obstáculos à participação

de MICs na governança de programas globais, inclusive me-

diante a produção de um inventário de instrumentos de go-

vernança para programas globais por ele apoiados e a

realização de um exercício de consulta formal com MICs (e

outros países em desenvolvimento).

Demonstrar melhor prática

Os projetos e programas do Banco devem:

• Ser selecionados em parceria com clientes, para que extra-

polem as abordagens convencionais e demonstrem claramente

o acréscimo que farão à atividade de desenvolvimento de mel-

hor prática no cenário do país de que se trate

• Demonstrar se, onde e de que modo lhes cabe desempenhar

um papel catalítico no uso ampliado de recursos, além dos

inicialmente proporcionados pelo Banco.

Os programas nacionais preparados em estreita parceria com

clientes de MICs devem dispensar renovada atenção à conse-

cução de maior eficácia nestes três temas urgentes e comple-

xos: combate à corrupção, redução da desigualdade, e proteção

do meio ambiente. Os programas devem utilizar toda a gama de

recursos do Banco e outros disponíveis a fim de fazer frente a

Acordada em substância

A Administração concorda que é importante fazer uma utili-

zação mais sistemática desse apoio e desenvolver a própria pe-

rícia de cada MIC, tanto em matéria de estratégia nacional como

de desenvolvimento e entrega do programa global. A Adminis-

tração está preparando uma nota sobre a sensibilidade do Banco

Mundial à demanda por bens públicos globais para ser discutida

com diretores executivos no ano fiscal de 2008. Essa nota incluirá

seus planos para o envolvimento de MICs (e outros países em

desenvolvimento) no estabelecimento de prioridades e na utili-

zação da perícia existente nesses países. Parte desse processo

constará de consultas com MICs. A Administração também pre-

parará uma nota de orientação do pessoal sobre estratégias de

parceria com MICs que levarão em conta a questão da utili-

zação sistemática e do desenvolvimento de perícia nacional

nesses países, principalmente no que respeita ao desenvolvimento

de estratégia, a trabalhos de natureza econômica e setorial e ou-

tras AAAs, bem como às prioridades globais do programa. Fi-

nalmente, a Administração está elaborando um programa de

parceria para intensificar o uso de perícia e de instituições dos

MICs. A Retrospectiva da Estratégia de Assistência a um País

(CAS) do ano fiscal de 2008 apresentará um relatório sobre im-

plementação. A Administração considerará que as ações acima

acordadas terão sido concluídas com a apresentação desse re-

latório.

Acordada em substância

A Administração concorda que deve demonstrar melhor prática

no seu apoio a MICs. Assim fará mediante a implementação des-

tes quatro recursos: (i) estratégias de parceria nacional mais for-

tes desenvolvidas em conjunto com MICs; (ii) melhorias na gama

de serviços oferecidos a MICs, principalmente serviços financeiros

e a combinação de opções com vistas à melhor alavancagem do

apoio do Banco; (iii) vínculos mais fortes entre a pesquisa reali-

zada pelo Banco e as necessidades dos MICs, e (iv) melhor

gestão dos recursos de perícia do Banco em todas as redes, a

fim de assegurar a prestação oportuna de apoio de última ge-

ração. Entretanto, apesar de todos os MICs desejarem e mere-

cerem opções inovadoras, em muitos deles persistirá uma

demanda por apoio mais padronizado que caberá ao BIRD aten-

der. A Administração considerará que as ações acordadas terão

sido concluídas com a apresentação aos diretores executivos, no

outono de 2007, do relatório completo sobre a implementação

Registro de Medidas Adotadas pela Administração

Principais recomendações do IEG Respostas da Administração

1 2

R E S U LTA DO S DO D E S E N VO LV I M E N TO N O S PA Í S E S D E R E N DA M É D I A

esses desafios

O Banco poderia compartilhar mais ativamente a melhor prática

e incentivar mecanismos para a transferência de conhecimento

entre países, Regiões e setores, mediante (i) a atribuição de mais

peso a essa meta por meio da rotação estratégica de pessoal

de administração; (ii) a garantia de que o trabalho de pesquisa

e definição política se estenda além dos princípios gerais e fo-

calize necessidades específicas numa base de país por país; e

(iii) a revisão do desempenho das redes nesta dimensão.

Intensificar a agilidade do Banco

O Banco deve estabelecer um programa de teste de novas abor-

dagens para um grupo seleto de países, mediante o seguinte:

• Um impulso muito mais firme da base piloto existente para

uso dos sistemas nacionais – aumentando significativa-

mente, até meados do ano fiscal de 2008, o número de pa-

íses e projetos que no momento implementam a nova

abordagem no terreno

• O oferecimento a MICs selecionados de novas opções de

apoio que incorporem aspectos como os de negociações por

via rápida, prazos de resposta mais curtos e estratégias do

Banco mais flexíveis

• A aceleração do desenvolvimento e emprego de (i) novos ins-

trumentos financeiros, como os que ajudam os países a ad-

ministrar choques externos; (ii) produtos antigos e novos

que ajudam a enfrentar desafios no nível subnacional; e (iii)

novas disposições – com diretrizes claras, coerentes e de uso

simplificado – para a perícia técnica remunerada por serviços

prestados, entre os quais os de formulação e supervisão de

projetos.

do plano de ação para fortalecer o compromisso do Banco Mun-

dial com países do BIRD.

Acordada em substância

A Administração está empreendendo uma série de ações a fim

de tornar o Banco mais ágil no apoio a países sócios. O Banco

oferecerá a MICs um leque ampliado de opções de apoio me-

diante uma carteira mais flexível de acesso a perícia e finan-

ciamento. Um passo importante, acima delineado, consta de dar

às equipes dos países maior flexibilidade na produção e imple-

mentação de estratégias de parceria, incentivando-as a usá-las

e monitorando esse uso. O trabalho em sistemas nacionais que

imprimirá agilidade e reduzirá o custo das transações está

avançando, com o endosso da Diretoria, em junho de 2007, de

um plano para acelerá-lo. A fim de proporcionar maior agilidade,

a Administração continuará a aprimorar os procedimentos internos

do Banco com uma racionalização dos empréstimos de investi-

mento durante o ano fiscal de 2008. Dado que as necessidades

dos parceiros mudaram, o papel do BIRD na prestação de ser-

viços financeiros a MICs evoluiu consideravelmente, extrapolando

os empréstimos tradicionais. Para ajudar os países a adminis-

trar riscos decorrentes da volatilidade de taxas de juros, moe-

das e preços de commodities, o BIRD está disponibilizando

produtos de empréstimo flexíveis e instrumentos de gestão do

risco/derivativos aplicáveis às suas obrigações e, em alguns

casos, às que não são desse Banco, bem como assessoramento

em conexão com a gestão da dívida, além de serviços de admi-

nistração e assessoramento de ativos, de modo a prestar a

esses países assistência na proteção de seus recursos de de-

senvolvimento. A Administração vem acelerando a implemen-

tação de apoio à provisão de soluções financeiras customizadas

a mutuários mediante um processo aprimorado de revisão interna.

O instrumento de Opção de Desembolso Deferido está sendo re-

visto com vistas a aumentar sua eficácia.

Principais recomendações do IEG Respostas da Administração

Registro de Medidas Adotadas pela Administração

R E S P O S TA DA A D M I N I S T R A Ç Ã O

1 3

Principais recomendações do IEG Respostas da Administração

Como parte da sua estratégia voltada para os MICs, o Banco tem

participado do desenvolvimento de novas soluções baseadas

no mercado, a fim de ajudar países a enfrentar casos de cala-

midade, e recentemente lançou o primeiro mecanismo de seguro

regional orientado para países caribenhos, como o resultado

preliminar desse esforço. Trabalha-se na agilização e ampliação

do financiamento ao setor público no nível subnacional, no âm-

bito de um departamento recentemente estabelecido, numa ini-

ciativa conjunta do BIRD e da IFC.

Finalmente, a Administração desenvolverá uma estrutura siste-

mática para parceiros interessados em utilizar, na implementação

de projetos, serviços de consultoria e assistência técnica do

Banco baseados no pagamento de uma remuneração. A Admi-

nistração considerará concluídas as ações acima acordadas com

a apresentação do relatório sobre o uso da flexibilidade das

parcerias com os países na Retrospectiva da CAS; a aprovação

da política aperfeiçoada de empréstimos de investimento; o

prosseguimento dos esforços correntes no sentido de customi-

zar soluções financeiras e expandir a escolha de serviços finan-

ceiros, tais como os de gestão de choques externos e de

financiamento subnacional; e a introdução da nova estrutura

para a prestação de serviços remunerados a parceiros interes-

sados. A Administração encaminhará aos diretores executivos

relatórios periódicos sobre o progresso global nessa área, a co-

meçar pelo que apresentará, no outono de 2007, sobre a imple-

mentação do plano de ação para fortalecer o compromisso

financeiro do Banco Mundial com países sócios do BIRD.

1 5

AntecedentesEm fevereiro de 2006, o CODE discutiu oDocumento de Abordagem para o citado relató-rio. Na Reunião Anual de 2006, a Administraçãoexpôs a sua estratégia de negociação financeiracom países sócios do BIRD e comprometeu-se aapresentar um plano de ação atualizado para aimplementação de ações recomendadas. Umareunião informal da Diretoria sobre o progressodessa implementação foi realizada em 10 de abrilde 2007.

O Relatório do Grupo Independente deAvaliação (IEG)O relatório do IEG concluiu que os resultadosdos programas do Banco em países de rendamédia (MICs) foram, em geral, moderadamentesatisfatórios na realização de uma série de objeti-vos de desenvolvimento específicos dessespaíses, entre os quais os de promover o cresci-mento e reduzir a pobreza. Também observouque o Banco deve ser mais eficaz no tratamentode temas em que o seu trabalho não produziuavanços pronunciados, especialmente os concer-nentes à desigualdade, ao combate à corrupçãoe à proteção do meio ambiente (o IEG procedeno momento a uma avaliação das atividades doBanco na esfera ambiental). O IEG recomendouque o Banco prossiga com o atendimento deseus compromissos financeiros, mas dê passos

no sentido de produzir maior eficácia dedesenvolvimento. Isso exigirá que se desvie desuas negociações habituais e revigore o seurelacionamento com clientes, direcionando oseu enfoque nestes quatro sentidos: utilizar acapacidade do MIC, dar demonstração demelhor prática, tornar-se mais ágil e fazer usomáximo da cooperação do Grupo do Banco.

Projeto de Resposta da AdministraçãoA Administração concluiu que a revisão feita peloIEG havia sido abrangente e oportuna, dado oestágio atual de implementação de um plano deação para fortalecer os compromissos financei-ros com países sócios do BIRD. De modoespecial, a Administração acolheu com satisfaçãoa conclusão do IEG sobre a continuidade que oBanco deve dar às suas negociações com MICs.De modo geral, a Administração considerou quea análise e as conclusões apresentadas eramacordes com suas próprias prioridades de ação.

Conclusões GeraisO Comitê felicitou o IEG pela profundidade efirmeza da sua análise e por produzir um relató-rio claro e conciso que não só é bastante objetivocomo contém informações oportunas sobre oexercício da estratégia de longo prazo do Grupodo Banco que está sendo preparada sob aliderança do Economista Chefe. O Comitê

Relatório do Comitê sobre Eficácia do Desenvolvimento

(CODE) à Diretoria

Em 11 de julho de 2007, o Comitê sobre Eficácia do Desenvolvimento(CODE) considerou o relatório Development Results in Middle-IncomeCountries: An Evaluation of the World Bank’s Support (“Resultados de

Desenvolvimento em Países de Renda Média: Uma Avaliação do Apoio do BancoMundial”), juntamente com o Projeto de Resposta da Administração.

endossou amplamente as conclusões e recomen-dações do IEG com as quais a Administraçãoesteve substancialmente de acordo.

No que respeita às conclusões gerais, váriosmembros do IEG felicitaram o Banco por seuapoio à promoção do crescimento e à reduçãoda pobreza em MICs. Alguns oradores observa-ram, entretanto, que os “resultados médios” nãohaviam sido suficientemente bons e que o Bancodeve esforçar-se para atingir a excelência,demonstrando mais claramente a melhor práticapara atender às necessidades dos MICs, quedispõem de uma escolha cada vez mais ampla defontes de assistência para o desenvolvimento.Outros expressaram desapontamento com o fatode o trabalho do Banco não haver proporcio-nado resultados expressivos na abordagem dadesigualdade, do combate à corrupção e daproteção ao meio ambiente. O papel dosserviços de conhecimento na carteira do Bancosuscitou uma série de comentários. Váriosoradores expressaram o seu firme apoio à maiorutilização pelo Banco da capacidade intelectual eanalítica existente nos países e à adaptação doseu modus operandi para o compartilhamentode conhecimentos, inclusive facilitando essapartilha entre países de renda média e rendabaixa. A esse respeito, alguns oradores deramênfase à necessidade de fortalecer a capacidadee a competência profissional interna.

Alguns oradores ressaltaram a cooperação maiseficiente dentro do Grupo Banco Mundial e amaior agilidade na adoção de diferentes aborda-gens, inclusive o uso de sistemas nacionais, dadaa diversidade dos MICs, entre os quais se incluemos pequenos países de renda média. O ponto-chave era a formulação de uma abordagemcentrada na inovação, inclusive dentro dopróprio Banco. De modo mais específico, foramfeitas sugestões no sentido do ajustamento dosmodelos de negociação, com vistas a aumentar adescentralização, proporcionar maiores incenti-vos ao pessoal e considerar a prestação deserviços de assessoramento remunerados. Asquestões conexas ao custo e preço dos serviçosde empréstimos suscitaram a manifestação dediferentes pontos de vista. Alguns oradores eram

de opinião que os serviços de operaçõesfinanceiras continuavam sendo a atividadeessencial do Banco e, inclusive, um mecanismopara a transferência de conhecimento.

Os tópicos mencionados a seguir foram aborda-dos durante a reunião:

Questões de Ordem GeralOs oradores manifestaram-se geralmente deacordo com as conclusões e recomendações doIEG e satisfeitos com este oportuno relatório.Também receberam com agrado a concordânciasubstancial da Administração com o relatório doIEG, bem como com a Matriz do Plano de Açãosobre os MICs anexada ao Projeto de Resposta daAdministração. Vários oradores observaram queo relatório do IEG era altamente relevante para aconsideração dos compromissos do Grupo doBanco com os MICs e para as discussões sobre aestratégia global de longo prazo do Banco.

Desempenho do BancoMuitos oradores manifestaram a sua preocu-pação com as conclusões a respeito da falta deagilidade e de esforços de parte do Banco paraacompanhar as necessidades e demandasvariáveis dos clientes. A exigência de maiorflexibilidade na abordagem empreendida peloBanco, inclusive na adaptação de recursos,pessoal e incentivos, foi destacada. Um dosmembros do IEG observou que a descentrali-zação de recursos e autoridade pode contribuirpara promover a flexibilidade. Vários membrosressaltaram a importância de repensar o papel eo modelo de negociação do Grupo do Banco afim de abordar diferentes necessidades de umconjunto diverso de países. Assinalaram, nessecontexto, que o Banco precisaria de inovação soba forma de novos instrumentos, empréstimossubnacionais e assessoramento altamente qualifi-cado. Muitos oradores deram destaque à necessi-dade de acelerar o uso de sistemas nacionais emempréstimos do Banco, bem como de simplifi-car e modernizar processos e procedimentosinternos. Outro membro observou que o Bancovinha perdendo memória institucional e capaci-dade interna, inclusive pessoal com perícia emáreas-chave do desenvolvimento, como as da

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R E S U LTA DO S DO D E S E N VO LV I M E N TO N O S PA Í S E S D E R E N DA M É D I A

agricultura, infra-estrutura e transferência detecnologia. Alguns oradores eram de opinião queo relatório do IEG deveria haver analisadoaspectos financeiros, como o acesso de MICs amercados financeiros internacionais.

O IEG respondeu que a sua avaliação estavacentrada em um exame da eficácia dedesenvolvimento do trabalho do Banco. Aavaliação analisou – sem nelas insistir –questões relacionadas com os termos definanciamento do Banco que foram por este epor outros discutidas com certa minuciosidadeem outra oportunidade.

Relevância do trabalho do BancoMuitos oradores foram de opinião que os termosde financiamento precisos dos empréstimos doBanco constituíam um elemento menosfundamental na determinação dos clientes decontrair empréstimos e que outros fatores muitoimportantes estavam presentes, entre os quais aqualidade do trabalho do Banco, a relevância doprograma e os custos não financeiros dasnegociações. Outros, entretanto, ressaltaram queos serviços financeiros do Banco Mundial e seuscustos competitivos ainda eram pertinentes. Osrelatórios de avaliação positiva sobre a assistênciatécnica e os serviços de assessoramento do Bancoforam elogiados por vários oradores. Estesapoiavam a iniciativa do Banco de imprimir maiorflexibilidade ao conhecimento desagregado dofinanciamento, reconhecendo, ao mesmo tempo,que os serviços conjugados podem permanecercomo um recurso importante da instituição. Noque respeita à remuneração de serviços presta-dos, alguns membros indicaram que os serviçosde consultoria não devem converter-se na linhacentral dos serviços prestados pelo Banco aosclientes. Enquanto o bom trabalho do Banco naelaboração de diagnóstico foi ressaltado, seuspontos fracos na aplicação de conhecimentosespecializados a necessidades específicastambém foram assinalados.

Programas nacionaisMuitos oradores felicitaram o Banco pelo êxitoexpressivo alcançado na promoção do cresci-mento e redução da pobreza no período de 12

anos constante da análise de avaliação. Eles sepreocupavam, entretanto, com o menorprogresso observado na redução da desigual-dade e na proteção dos pobres em situação depenúria, no combate à corrupção e na proteçãodo meio ambiente. A importância de consideraros MICs pequenos e os situados na ÁfricaSubsaariana foi mencionada. Os resultadosmoderadamente satisfatórios na média dosprogramas nacionais do Banco em MICs forambem recebidos, ainda que fossem um desapon-tamento para alguns porque o desempenho doBanco deveria ser excelente, acrescentar valor eproporcionar apoio de alta qualidade. Algunsoradores esperavam que se discutissem proble-mas de gênero.

O IEG observou que o seu relatório contémalguma análise sobre problemas de gênero eassinala importantes desafios e oportunida-des, nesse tópico, para MICs e o Banco.

Compartilhamento e uso do conhecimentoVários oradores fizeram comentários sobre opapel do Banco na demonstração de “melhorespráticas”, a fim de assegurar que a instituiçãoacrescente o máximo de valor possível a MICs noenfrentamento de seus desafios de desenvolvi-mento. Além disso, assinalaram a demanda porconhecimento de parte de MICs, inclusive deatividades de análise e assessoramento talhadaspara as circunstâncias particulares dos países.Alguns membros ressaltaram a vantagemcomparativa que o Banco tem na difusão deconhecimento. Também foram feitos comentá-rios sobre o papel do Banco que a Administraçãovia mais como uma colaboração entre pares doque como uma relação de professor-aluno. Ummembro concordou que o Banco é um parceiro,enquanto outro o vê como uma “câmara decompensação” do conhecimento ou um profes-sor que ajuda na identificação das “melhorespráticas”.

Alguns membros deram ênfase à necessidade deo Banco utilizar a capacidade e perícia do própriopaís, em parceria com governos e instituições depesquisa locais, a fim de gerar maior participaçãoe suscitar a aprendizagem. Uma questão foi

R E L AT Ó R I O D O C O M I T Ê S O B R E E F I C Á C I A D O D E S E N VO LV I M E N TO ( C O D E ) À D I R E TO R I A

1 7

levantada a respeito do papel de outrasinstituições financeiras internacionais na criaçãoe difusão de conhecimento. Um membroquestionou a aplicação da experiência de MICsem países de menor desenvolvimento relativo.Segundo ele, nas Estratégias de Assistência aosPaíses, o Grupo do Banco estava enfocando odesenvolvimento social e a governança em paísesde baixa renda e o desenvolvimento econômicoem MICs. No seu entender, essa tendênciadeveria ser revertida. Outro orador lembrou aexistência de distintas definições associadas aorótulo de MIC e as experiências valiosas naquelespaíses que são elegíveis para o BIRD e considera-dos freqüentes vezes como de “renda média”.

Participação em programas globaisAlguns oradores concordaram com o papel-chave do Banco na inclusão de MICs em iniciati-vas globais, dada a crescente participação dessespaíses em termos de renda global e população.

Eles, entretanto, encontravam lacunas naabordagem adotada; alguns observaram que ocompromisso dos MICs com programas globaisdeveria envolver contribuições financeiras epolíticas sistemáticas.

Cooperação no Grupo do BancoVários oradores ressaltaram a cooperação dentrodo Grupo Banco Mundial, que tem sido um temarecorrente em discussões recentes. Elesestavam, de modo geral, de acordo com arecomendação do IEG no sentido de que essacooperação seja pragmática e firmementedefinida. Um membro expressou que talcooperação não só deveria ser viável comopoderia, paralelamente, melhorar as vantagenscomparativas de cada instituição. Sobre esseponto, lembrou os riscos de contar com umúnico instrumento de gestão proposto para ospaíses pelo IEG.

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R E S U LTA DO S DO D E S E N VO LV I M E N TO N O S PA Í S E S D E R E N DA M É D I A

Jiayi Zou, Presidente

Este documento é o sumário executivo do relatório principal do Grupo Independente deAvaliação, intitulado “Resultados do desenvolvimento nos países de renda média: Umaavaliação do apoio do Banco Mundial”. O texto completo da avaliação, incluindo comentáriosda Diretoria Executiva do Banco Mundial e um resumo da discussão da Comissão da DiretoriaExecutiva do Banco Mundial sobre Eficácia do Desenvolvimento, pode ser encontrado emversão eletrônica no site www.worldbank.org/ ieg/mic e em versão impressa nos centros deinformação pública do Banco Mundial.

Serie de estudios2004 Annual Review of Development Effectiveness: The Bank’s Contributions to Poverty ReductionAddressing the Challenges of Globalization: An Independent Evaluation of the World Bank’s Approach to Global Programs Agricultural Extension: The Kenya ExperienceAssisting Russia’s Transition: An Unprecedented ChallengeBangladesh: Progress Through PartnershipBrazil: Forging a Strategic Partnership for Results—An OED Evaluation of World Bank AssistanceBridging Troubled Waters: Assessing the World Bank Water Resources StrategyCapacity Building in Africa: An OED Evaluation of World Bank Support The CIGAR at 31: An Independent Meta-Evaluation of the Consultative Group on International Agricultural ResearchCountry Assistance Evaluation Retrospective: OED Self-Evaluation Debt Relief for the Poorest: An OED Review of the HIPC InitiativeDeveloping Towns and Cities: Lessons from Brazil and the PhilippinesThe Drive to Partnership: Aid Coordination and the World BankEconomies in Transition: An OED Evaluation of World Bank Assistance The Effectiveness of World Bank Support for Community-Based and –Driven Development: An OED EvaluationEvaluating a Decade of World Bank Gender Policy: 1990–99Evaluation of World Bank Assistance to Pacific Member Countries, 1992–2002 Financial Sector Reform: A Review of World Bank AssistanceFinancing the Global Benefits of Forests: The Bank’s GEF Portfolio and the 1991 Forest Strategy and Its ImplementationFiscal Management in Adjustment LendingIDA’s Partnership for Poverty ReductionImproving the Lives of the Poor Through Investment in CitiesIndia: The Dairy RevolutionInformation Infrastructure: The World Bank Group’s ExperienceInvesting in Health: Development Effectiveness in the Health, Nutrition, and Population SectorJordan: Supporting Stable Development in a Challenging RegionLesotho: Development in a Challenging EnvironmentMainstreaming Gender in World Bank Lending: An UpdateMaintaining Momentum to 2015? An Impact Evaluation of Interventions to Improve Maternal and Child Health and Nutrition Outcomes in Bangladesh The Next Ascent: An Evaluation of the Aga Khan Rural Support Program, PakistanNongovernmental Organizations in World Bank–Supported Projects: A ReviewPoland Country Assistance Review: Partnership in a Transition EconomyPoverty Reduction in the 1990s: An Evaluation of Strategy and PerformanceThe Poverty Reduction Strategy Initiative: An Independent Evaluation of the World Bank’s Support Through 2003Power for Development: A Review of the World Bank Group’s Experience with Private Participation in the Electricity SectorPromoting Environmental Sustainability in DevelopmentPutting Social Development to Work for the Poor: An OED Review of World Bank ActivitiesReforming Agriculture: The World Bank Goes to MarketSharing Knowledge: Innovations and Remaining ChallengesSocial Funds: Assessing EffectivenessTunisia: Understanding Successful Socioeconomic Development Uganda: Policy, Participation, PeopleThe World Bank’s Experience with Post-Conflict ReconstructionThe World Bank’s Forest Strategy: Striking the Right BalanceZambia Country Assistance Review: Turning an Economy Around

Serie de estudios sobre paísesBosnia and Herzegovina: Post-Conflict ReconstructionBrazil: Forests in the Balance: Challenges of Conservation with DevelopmentCameroon: Forest Sector Development in a Difficult Political EconomyChina: From Afforestation to Poverty Alleviation and Natural Forest ManagementCosta Rica: Forest Strategy and the Evolution of Land UseEl Salvador: Post-Conflict ReconstructionIndia: Alleviating Poverty through Forest DevelopmentIndonesia: The Challenges of World Bank Involvement in ForestsThe Poverty Reduction Strategy Initiative: Findings from 10 Country Case Studies of World Bank and IMF SupportUganda: Post-Conflict Reconstruction

ActasGlobal Public Policies and Programs: Implications for Financing and EvaluationLessons of Fiscal AdjustmentLesson from Urban TransportEvaluating the Gender Impact of World Bank AssistanceEvaluation and Development: The Institutional Dimension (Transaction Publishers)Evaluation and Poverty ReductionMonitoring & Evaluation Capacity Development in AfricaPublic Sector Performance—The Critical Role of Evaluation

PUBLICACIONES DEL IEG

Todas las evaluaciones del IEG están disponibles, íntegra o parcialmente, en idiomas distintos del inglés. Véase nuestra selección multilingüe en:http://www.worldbank.org/ieg

Conteúdo—

— Prefácio

— Sumário Executivo

— Reposta da Administração

— Relatório do Comitê sobre Eficácia do Desenvolvimento à Directoria

TRABALHANDO POR UM MUNDO LIVRE DE POBREZA

O Grupo Banco Mundial compõe-se de cinco instituições: Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento(BIRD), Corporação Financeira Internacional (IFC), Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), AgênciaMultilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) e Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobreInvestimentos (ICSID). Sua missão é combater a pobreza para obter resultados duradouros e ajudar as pessoas a seajudarem a si mesmas e o meio ambiente proporcionando recursos, compartilhando conhecimentos, fortalecendoa capacidade institucional e formando parcerias nos setores público e privado.

GRUPO BANCO MUNDIAL

AUMENTO DA EFICÁCIA DO DESENVOLVIMENTO POR MEIO DA EXCELÊNCIA E DA INDEPENDÊNCIA DA AVALIAÇÃO

O Grupo Independente de Avaliação (IEG) é uma unidade tripartite independente do Grupo Banco Mundial. O IEG-Banco Mundial é responsável pela avaliação das atividades do BIRD (Banco Mundial) e da AID; o IEG-IFC enfoca aavaliação do trabalho da IFC no tocante ao desenvolvimento do setor privado; e o IEG-MIGA avalia as contribuiçõ-es de projetos garantidos pela MIGA e serviços. O IEG responde diretamente à Diretoria Executiva do Banco Mundialpor meio do Diretor-Geral de Avaliação.

As metas de avaliação são aprender com a experiência, oferecer uma base objetiva para a avaliação dos resultadosdo trabalho do Grupo Banco Mundial e proporcionar responsabilidade para a realização de seus objetivos. Melhoratambém o trabalho do Grupo Banco Mundial por meio da identificação e divulgação das lições aprendidas e pormeio da formulação de recomendações retiradas das conclusões da avaliação.

GRUPO INDEPENDENTE DE AVALIAÇÃO

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BANCO MUNDIAL

Resultados do desenvolvimento nos paísesde renda médiaUma avaliação do apoio doBanco Mundial

Resultados do desenvolvimento nos paísesde renda médiaUma avaliação do apoio do Banco Mundial

Resum

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Grupo Independente de Avaliação

BANCO MUNDIAL

Grupo Independente de Avaliação

SKU 17287

ISBN 978-0-8213-7287-6

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