Resumao Civil

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  • 8/2/2019 Resumao Civil

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    LE I 10.406/02

    I I Direito Civil e 0 ramo do direito privado que discipli-na as relacoes familiares, patr imoniais e obrigacio-nais dos particulares entre si.Sua lei fundamental e 0Codigo Civil , mas ha situa-coes que nao estao inseridas nele (le is do inquilinato,do condominio, etc.).

    1. Parte geral - Normas sobre pessoas fisicas e juri-dicas (arts. 1.0 a 78), bens (arts. 79 a 103) e fatosjuridicos (arts. J 04 a 232).2. Parte especial - Normas sobre di reito das obriga-coes (arts. 233 a 965), di reito de empresa (arts. 966a 1.195), direito das coisas (arts. 1.196 a 1.510),direito de fami lia (ar ts. 1.511 a 1.783) e direito dassucessoes (arts. 1.784 a 2.027).3. Disposlcoes finais e transitorias (arts. 2.028 a 2.046).

    P AR TE GER ALPESSOASArts. 1.0a 78

    P ES SO A N A TU R AL W s i c 'a >

    I I Ser humane considerado como sujeito de obrigacoese direitos, sem qualquer distincao, Toda pessoa e ca-paz de direitos e deveres na ordem civil (art. 1.).PersonalidadeConjunto das qualidades e atributos da pessoa;direitos previstos nos arts. IIa 21.1. Inicio - Nascimento com vida, ainda que por algunsinstantes. A lei poe a salvo, desde a COnCeP9aO,osdireitos do nascituro (ente ja concebido, mas queainda nao nasceu; possui expectativa de vida, sendotitular de direito eventual- resguardo a heranca),2. Individuallzacaoa) Nome (arts. 16 a 19) - Reconhecimento da pes-soa perante a sociedade. E inalienavel e impres-cri tivel. Comp6e-se de: prenome, patronimico

    (sobrenome) e agnome (Junior, Neto, etc.). Emprincipio, e imutavel, mas ha excecoes: situacoesvexatorias, erro grafico, hornonimo, casamento,etc . A lei tambern protege 0pseud6nimo.b) Estado - Soma das qualificacoes da pessoa nasociedade (estado civil, politico, etc.).c) Domicilio (arts. 70 a 78) - Lugar onde a pessoaestabelece residencia com animo definit ivo. Ele-mentos: 1) objetivo - estabelecimento fis ico; 2)subjetivo - intencao de ali permanecer. Cons ide-ra-se tambem domicilio 0 lugar onde a profissaoe exercida. Se a pessoa tiver varias residencias,o domicilio sera qualquer del as; se nao tiverresidencia habitual (ex.: circense), 0 domiciliosera 0 lugar em que for encont rada. Domicilionecessarlo ( legal): incapaz, servidor publico,militar, preso e maritimo. Domicilio voluntarioespecial: 1) contratual - especificado no contra-to para 0 cumprimento das obrigacoes dele resul-tantes; 2) de eleicao - escolhido pel as partes paraa propositura de acoes relativas as obrigacoes.3. Extlncao .a) Morte real - Obito comprovado: com corpo(art. 6. - certidao de obito) ou sem corpo (art.88, Lei 6.015173 - Registros Publicos - justi fi-cacao judicial).b) Morte presumida - Pessoa desaparece deseu domiciJio sem deixar representante ou darnoticias do paradeiro. 0processo judicia l pas-sa por tres fases (arts. 22 a 39): 1) Curadoriade ausencia (um ou tres anos): arrecadam-seos bens que serao adrninist rados por um cura-dor; 2) Sucessao provlsorla: e feita a partilhade forma provisoria ; aguarda-se 0 retorno doausente por dez anos; 3) Sucessao definitiva:na abertura j a se concede a propriedade plenados bens e se declara a morte (pre sumida) doausente. 0 conjuge e reputado viuvo. Aguar-dam-se mais dez anos. Apos esse prazo, encer-ra-se 0 processo e 0 ausente, se retornar, naotera dire i to a nada.

    4. Comortencia (art. 8.) - Se duas ou mais pessoasfalecerem na mesma ocasiao, nao se podendo afir -mar qual morreu primeiro, presume-se (presuncaorelativa - juris tantum - admite prova em contra-rio) a morte simultanea entre elas. Efeito prin-cipal: nao ha transferencia de direitos sucessoriosent re os comorientes (urn nao herda do outro).Capac ida deAptidao para exercer direitos e assumir obrigacoes.1. De direi to - Propria de todo ser humane; inerente itpersonalidade.2. De fato (ou de exercicio) - Aptidao para exercerpessoalmente os atos da vida civil. Subdivide-se em:a) Absolutamente incapazes (art. 3.) Menores de 16 anos.. Portadores de enfermidade ou deficiencia men-tal, sem discemimento para a pratica dos atosda vida civil. Pessoas que nao podem exprimir sua vontade,mesmo que-transitoriamente.b) Relativamente incapazes (art. 4.) Maiores de 16 e menores de 18 anos. Ebrios habituais , viciados emtoxico e os que, pordeficiencia mental, tern discernimento reduzido. Excepcionais, sem desenvolvimento mentalcompleto. Pr6digos: dissipam seus bens, fazendo gastosexcessivos.ObservadioOs absolutamente incapazes devem ser repre-sentados e os relativamente, assist idos por seuspais , tutores ou curadores. Ja os indios sao regi-dos por lei especial.

    c) Capacidade plena: maiores de 18 anos e meno-res emancipados.Emancipa~ao (art. 5., paragrafo unico)Aquisicao da capacidade plena antes dos 18 anos,habilitando a pessoa para todos os atos da vida civil.Situacoes: concessao dos pais (na falta de um, apenasa do outro), por instrumento publico, independentemen-te de homologacao judicial : 16 anos; sentenca do juiz(ouvido 0 tutor, nos casos em que nao ha poder familiar);casamento (idade nubil: 16 anos); exercicio de empregopublico efetivo; colacao de grau em curso superior; esta-belecimento civil ou comercial ou existencia de relacaode emprego, com econornia pr6pria: 16anos.

    I I Ente criado por lei para faci litar a atuacao humanaem certas relacoes, A lei empresta-Ihe personalidade,capacitando-o para ser sujeito de direitos e obrigacoes.Corrente majoritaria: Teoria da Realidade Tecnica.1. Direito publicoa) Externo - Pessoa juridica regulamentada peloDireito Internacional (outros paises soberanos,organismos internacionais, etc.),b) Interno - 0 Estado: Adrninistracao direta: Uniao, Estados, Dis-trito Federal e Municipios.

    Administracao indireta: autarquias, associa-coes publicas e demais entidades de caraterpublico criadas por lei (ex. : fundacoes publi-cas, agencias reguladoras, etc.).2. Direito privadoa) Especies Fundacoes particulares: universalidades debens personificados em atencao ao fim queIhes da unidade. Elementos: patrimonio (dota-yao de bens livres) e finalidade (religiosa, cul-tural, etc.).

    Partidos polit icos. Organizacoes religiosas. Associacoes: unifies de pessoas sem f inal ida-de economica, Sociedades: visam ao lucro, podendo ser sim-ples ou ernpresarias.

    ObservacdoA empresa publica e a sociedade de economiamista, apesar de fazerem parte da adminis-tracao publica indireta, sao dotadas de perso-nalidade juridica de direito privado (normasempresariais e trabalhistas), mas com as cau-tel as do direito publico.b) Inicio da existeucla legal Ato constitut ivo: ate juridico unilateral intervivos ou causa mortis (fundacocs), bilateralou plurilateral (associacoes e sociedades). Registro publico: inscricao dos contratos ouestatutos sociais ell) seu registro peculiar.c) Domicil io (art. 75) - E a sede juridica. Uniao: Dist rito Federal ; Estados: sua capital ;Municipios: lugar da administracao municipal. Demais pessoas juridicas: lugar onde funcio-nam suas diretorias e administracoes ou 0elei-to no contrato. Adrnite-se a pluralidade domi-ciliar e 0 foro de eleicao.d) Termino - Dissolucao deliberada de seus mem-bros, determinacao da lei , decurso de prazo, faltade pluralidade de socios, decisao judicial.e) Grupos despersonalizados - Conjunto de direi-tos e obrigacoes, pessoas ebens sem personal i-dade jur idica, mas com capacidade processual(sociedades de fato ou irregulares, massa falida,espolio, etc.).f) Responsabilidade Contratual: aspessoas juridicas dedireito publi-co e de direito privado sao responsaveis pelo quefigurar no contrato. Em case de descumprimen-to, respondem com os proprios bens. ExtracontratualPessoa juridica de direito privado - Regra:responsabilidade indireta - a pessoa juridicaresponde pelo dana causado por seu represen-tante; a responsabilidade tambem e solidaria,Pessoa juridica de direito publico- Regra:Estado responde independentemente de culpa

    (responsabilidade objetiva - art . 37, 6., CF). Teoria do risco administrativo: permite quea responsabilidade seja afastada em algumashipoteses (ex.: culpa exclusiva da vitirna).Estado tern direito a acao regressiva contra 0funcionario causador do dano, caso provada aculpa deste.Desconsidera~ao da personalidade juridica(disregard of the legal entity)Em caso de abuso da personalidade j uridica,caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela con-fusao patrimonial, pode 0 juiz determinar que osbens particulares dos administradores e dos sociosrespondam pelas dividas da pessoa juridica (art.50). E uma excecao a regra de que a pessoa juridicaresponde com seu patrimonio pelos atos praticadosem seu nome. Prevista tarnbem no art. 28, caput e 5. do Codigo de Defesa do Consumidor.

    OBJETO DO DIREITO - BENSArts. 79 a 103

    I I Sao as coisas corporeas (com existencia materia l)ou incorporeas (corn existencia abstrata, como osdireitos autorais), enquanto economicamente valo-raveis, satisfazendo a necessidade humana.Classifica~ao legal1. Bens considerados em si mesmos (arts. 79 a 91)a) Imoveis - Nao podem ser transportados deurn lugar para outro sem a destruicao de suasubstancia. Subdividem-se em: 1) por natureza(solo, subsolo e espaco aereo); 2) acessao fi sica(plantacoes e construcoes); 3) disposicao legal(direito a sucessao aberta). Moveis - Podem serremovidos de urn lugar para outro, por forca

    pr6pria (semoventes) ou estranha (joias), semalteracao de sua substancia.

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    b) Infungiveis - Nao podem ser substituidos poroutros da mesma especie, qualidade e quanti-dade (imoveis, quadro de pintor famoso). Fun-giveis - Podem ser substituidos por outros damesma especie, qualidade e quantidade (dinhei-ro, saca de cafe) .e) Inconsumiveis - Proporcionam reiterados lIS0S,permitindo qlle se retire toda a sua utilidade,sem atingir sua integridade (imovel, automovel).Consumiveis - Bens moveis cujo uso importa nadestruicao imediata da propria coisa (alimentos,dinheiro).d) Divisiveis - Podem ser partidos em porcoes dis-t in tas, formando cada qual urn todo perfeito (dezsacas de arroz). Indivisiveis - Nao podem serpar tidos, pois deixariam de formar urn todo per-feito (urn animal).e) Singulares - Os que, embora reunidos, seconsideram de per si, independentemente dosdemais. Coletivos (universais) - Coisas quese encerram agregadas em um todo. Especies:1) universalidade de fato: pluralidade de benssingulares, corporeos e homogeneos, que, per-tencentes a mesma pessoa, tenham destinacaounitaria (biblioteca, rebanho); 2) universalidadede direito: pluralidade de bens singularcs, cor-poreos, dotados de valor econornico (pat rimo-nio, espolio, massa falida) .Z. Bens reciprocamente considerados (arts . 92 a 97 )a) Principais - Existem por si mesmos,exercendofuncoes e finalidades independentes.b) Acess6rios - Pressupoem a existencia do principal.E sp ec ie s: 1 ) frutos; 2) produtos; 3 ) p e r ten cas : desti-nam-se de modo duradouro ao uso ouao servico deoutro (trator destinado a melhor exploracao da pro-priedade agricola); 4) benfeitorias: obras ou despe-sas que se fazem nos bens; podem ser: necessarias(conservacao: conserto do telhado da casal; uteis(melhoramentos: facilitam ou aurnentam 0 usa dobern - garagem); voluptuarias (embelezamento ourecreio: pintura artistica, piscina).3. Bens considerados em relacao ao titular dodominio (arts. 98 a 103)

    a) Particulares.b) Res nullius - Coisas de ninguem (peixes no fun-do do mar, coisas abandonadas, etc. ).e) Ptiblicos - Bens do dominio nacional perten-centes as pessoas juridicas de direito publicointerno. Especies: 1) usa comum do povo (pra-vas, ruas, estradas, rios navegaveis, mares);2) uso especial (hospitais e escolas publicas,ministerios, prefeituras); 3) dorninicais: patri-monic disponivel das pessoas de direito publico(terras devolutas e terrenos de marinha).

    Observaci ioOs bens publicos nao estao sujeitos a usucapiao.Os de lIS0 comum do povo e de uso especial saoinalienaveis enquanto conservarem sua quali-f icacao; ja os dominicais podem ser alienados,observadas as exigencias legais.4. Coisas fora do comercioa) Insuscetiveis de apropr tacao - Uso inexaurivel(ar, luz solar).b) Personalissimas - Respeito a dignidade humana(vida, honra, liberdade).e) Legalmente inalienaveis - Apesar de suscetiveisde apropriacao, tern sua comercialidade excluidapel a lei (bens publicos, de familia , gravados comclausula de inalienabilidade).

    FATOS JURiD ICOSArts. 104 a 232

    Fato comum - Acontecimento sem repercussaono Direito.Fato juridico - Aquele ao qual 0 Direito atri-bui efeitos: aquisicao, resguardo, transformacao,modificacao e extincao das relacoes juridicas.Classifica~ao1. Fato juridico natural (sentido estrito) - Nao hainterferencia da vontade humana.a) Ordinario - Ocorre normalmente, produzindoefeitos juridicos: nascimento, morte, maiorida-de, prescricao e decadencia,b) Extraordinarto - Caso fortuito ou forca maior.

    Elementos: inevitabilidade, imprevisibil idade eausencia de culpa pelo ocorrido.

    R e s u m a o J u r i d ic o

    Elementos do negocio juridico1. Essenciais - Dizem respeito a existencia e validadedo negocio juridico.a) Gerais - Comuns a todos os negocios:

    Capacidade do agente - Falta de capacidade:absoluta - ato nulo; relativa - ato anulavel. Objeto - Licito, possivel, determinado oudeterrninavel. Defeito no objeto: ato nulo. Consentimento (manifestacao de vontade)- Expresso ou tacito (desde que nao se exij aforma expressa). 0 silencio pode importar ernanuencia , se as circunstancias e os usos 0 auto-rizarem e nao for necessaria a declaracao devontade expressa. Nas declaracoes de vontadese atendera mais it intencao nelas consubstan-ciada do que ao senti do literal da linguagem,devendo ser interpretado conforme a boa-fe .Defeitos: ausencia de consentimento, erro,dolo, coacao, lesao, estado de perigo, f raudecontra credores.b) Especiais - Dizem respeito a forma: prescrita ounao defesa ern lei. Defeito na forma: ato nulo.

    Z. Acidentais - Dizem respeito it eficiicia (saofacultativos).a) Condicao - Subordina-se a urn evento fnturo eincerto. Especies: Suspensiva - A eficacia do ato fica suspensaate a ocorrencia do evento (ex.: dou-Ihe urncarro se voce passar no concurso). Resolutiva - A ocorrencia do evento fazextinguir 0 direito (ex. : deixo de the dar mesa-da se voce repet ir de ano) . Casual - Depende de acontecimento naturalfortuito (dou-Ihe um carro se chover amanha). Potestativa - Decorre da vontade de uma daspartes (ex.: dou-lhe uma joia se voce cantarbern) . Proibida a condicao quando dependersomente do arbitrio de uma das partes.b) Termo - Subordina-se a urn evento futuro ecerto, embora a data possa ser determinada ouindetenninada. Especies:. Inicial (dies a quo) - E 0momenta em que aeficacia do negocio se inicia. Final (dies ad quem) - E a data da cessacaodos efeitos do negocio.

    e) Modo ou encargo - Clausula aces soria aderen-te a atos de liberalidade (doacao, testamento)que impoe obrigacao a pessoa contemplada peIobeneficio (dou- lhe dois terrenos, desde que emum deles voce construa uma escola) .

    PRESCR I~AO DECADENC IA(arts 18 9 a 206) _ (arts 20 7 a 211)1. P er da d a p re te ns ao( dir eito d e exigir d e o utr ema cum prim en to de umd ev er), p ela in erc ia (Ia lta d ee xe rc ic io d en tro d o p ra zo ).

    1. Perda do d ire ito em si( d ir e it o ma t e ri a l) . Atlngein dire ta me nte a a ,a o.

    Defeitos do negocio juridico1. Ausencia de vontade - Negocio nulo.Z. Vicios de consentimentoa) Erro - Falsa nocao que se tem do objeto ou dapessoa. Ignoriincia - Completo desconhecimen-to. Se recair sobre aspectos essenciais ou subs-tanciais, 0 ato sera anulavel; se sobre aspectosacidentais ou secundarios, 0 ato sera valido (arts.138 a 144). Admite-se, excepcionalmente, 0 errode direito (art. 139, III).b) Dolo - Artificio empregado para enganar a outra par-te. Se incidir sobre aspectos essenciais ou substan-ciais, 0 ato sera anulavel; se sobre aspectos aciden-tais ou secundarios, 0 ato sera v a li do , p o rem obriga asatisfacao de perdas e danos (arts . 145 alSO). Podeser positivo (acao) ou negativo (omissao). Se arnbasas partes agirem corn dolo (torpeza bilateral), ocorrea neutralizacao do d e li to , n ao se anulando 0 ato.e) Coacao - Pressao fisica (ato nulo) ou moral (anu-lavel) exercida sobre alguern para obriga-lo a pra-ticar (ou deixar de praticar) determinado ato (arts.lSI a ISS). Excluem a coacao: ameaca a exercicioregular de urn direito e temor reverencial.d) Estado de perigo - Obrigacao excessivamen-te onerosa assumida por alguem premido pelanecessidade de salvar a si ou a pessoa de suafamilia de grave dana conhecido pela outra parte(art. 156). E anulavel,e) Lesao - Alguem, sob premente necessidade ouinexperiencia, se obriga a prestacao manifestamen-te desproporcional ao valor da prestacao oposta(art. 157). E anulavel. Nao se decretara a anulacaose for oferecido suplemento suficiente ou se a partefavorecida concordar com a reducao do prove ito.3. Vicios sociais

    a) Fraude contra credo res - Atos maliciosos quedesfalquem 0patrimonio do devedor, para coloca-1 0 a salvo de uma execucao por dividas, em detri-mento dos direitos de credores (arts. 158 a 165).0vicio esta na finalidade ilici ta do ato. Elementos:1) objetivo (eventus damni): com 0 ato 0 devedorse tornou insolvente ou ja 0 praticou ern estadode insolvencia; 2) subjetivo (cons ilium fraudis):intencao deliberada de prejudicar . Os atos vicia-dos sao anulaveis por meio de a~iio pauliana.b) Simulacao - 0 atual Codigo a colocou no capi-tulo referente it invalidade do negocio juridico(art. 167). E a declaracao enganosa da vontade,visando a obter resultado diverso do que aparece.As partes fingem, criando aparencia que ocul tasuas reais intencoes, i ludindo terceiros ou bur-lando a lei . Ha desacordo entre a vontade intern a(nao manifestada) e a declarada. 0 ato e nulo;contudo, subsisti ra no que se dissimulou, se forvalido na forma e substancia.

    meflcacla do negocio juridicoNULIDADE ABSOLUTA NUll DADE R ELA T IVA

    (a to nu lo ) (a to anu lave l)

    2. Pode se r a rgu lda pa rq ua lq ue r in te re ss ad o a up el o M lr us te rio P ub lic o.

    2. So me nte p od e se r a le ga dap e l o p r e ju d ic a d o .

    2. P ra z os s om en tee sta be le cid os p ela le i.

    2. P r a zo s e s ta b e le c id o sp ela le i a u v on ta ded a s p a rt es .

    1. I nt er es se d a c o le ti vi da d e;m ate ria d e o rd em p ub lic a.E fl ca cia e rg a o m ne s.

    1. I nt er es se d o p re ju d ic a do ;m ate ria d e o rd em p riv ad a.Efic ac ia a pe na s p ara q ue ma le go u, sa lvo n as ru po te se s d ei nd iv is ib il id a de e s o li da ri ed a de .

    3. P od e se r d ec la ra da d ea lic ia p el o J uiz .

    3 . Na d e c a o e n c t a decor rented e p ra zo le ga l. a ju izd ev e d ec la ra -la d e o lic io .

    3 . J uiz p o de r ec on he ce -l ad e a lic ia . Na o p od e s an a-is .

    3. Juiz n a o poder e c o n h e c e - l a d e o lf ci o.A le ga da , p od e s a n a - l a .

    4. A p arte p od e n a o a l e g a -t a- r em in da . Es ta podes er e xp re ss a a u t a c n a , poremsomente apos su a consurnacaoe n u nc a e m p re ju fz o d e te rc eir os .

    4 . A d e ca d en c iad ec or re nte d e p ra zo l eg aln ao p ed e s er r en un cia dap ela s p arte s, n em a nte sn em d ep ois d e c on su ma da .

    4. 0 delei to nao p od e se rsa na do p ela c o n n r m a c a o ,n em c on va le sc e p elod ec urs o d o te mp o.

    4 . 0 delei to pode s e r s u pr id ope las p a rt es e c o nv a le s ce rp elo d ecu rso d o te mp o.

    5. P ra zo n ao c orre c on trad ete rm in ad as p es so as . P od ese r im pe did o, su sp en so o uin te rr om p id o, e m h lp ote se se xp re ss am en te p re vis ta s n ale i. Im pe dim e nto a u suspensao:ar ts . 197, 19 8, 199 e 200.l n te r rupcao : art. 202.

    5. P ra zo c arre c on tra to do s( e rga omnes ) . Na o ses us pe nd e n em s e in te rro mp eso pode se r obstado pe loe le tiv o e xe rc fc io d o d ir eito .Ex ce ca o: n ao c arre c on tra 0a bs ol uta m en te in ca pa ze s(art. 208, c .c . a rt . 198, I).

    5. Em r eg ra n ao prescreve(excecoe s: quando a le i ap erm itir e n eg oc io s d e lu nd apat r imonial) .

    5. P re sc re ve e m p ra zo sm ais au m enos ex fg uos auem prazos decadenc iais .

    6. P ra zo g era l: d ez a no s(art. 205). P ra zo s e sp ec ia is : u m ,dais , t res, q ua tro e c in co a no s( c on lo rme prev isao d o a rt. 20 6e s e us p a ra g ra to s ).

    6. Na o h a regra g er al p ar aa s p ra zo s. P od em s er d e d ia s,m ese s e a no s. P re vis to s e md is po sitiv os e sp ar so s p el oC o di go C iv il e e m l ei s e s pe c ia is .

    6 . E fe l to e x n u n c ( de a go rae m d ia nte ). Na o re tro ag e.Os e le ito s se o pe ra m so me ntea p artir d a a nu la ca o.

    Z. Fato juridico humano (ato)a) Ato juridico em sentido amplo (lata sensu) Ato juridico em senti do estrito - Mera rea-lizacao de vontade, gerando efeitos previstosem lei (reconhecimento de filho, perdao, f ixa-

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    R e s u m i i o J u r id ic o

    Ato nulo Praticado por absolutamente incapaz, sem a devidarepresentacao, Objeto ilici to ou irnpossivel. Nao revestido de forma prescrita em lei. Quando preterida solenidade essencia! . Assim declarado pela lei ou se esta the negar efeito. Simulado.Ato anulavel Praticado por relativamente incapaz, sem assisten-cia de seus representantes legais. Por vicio resultante de erro, dolo, coacao, lesao,estado de perigo ou fraude contra credores, desdeque essenciais. Por falta de legitirnacao (venda de im6vel semoutorga do outro conjuge). Assim declarado pela lei.

    ATO ILiclTO ERESPONSABILIDADE CIVIL

    Arts. 186 a 188 e 927 a 954Ato i1icito - Praticado em desacordo com a or-dem juridic a, causando danos a terceiros e crian-do 0 dever de rep ani-los.Abuso de direito - Titular de um direito que,ao exerce-lo , excede manifestamente os limitesimpostos por seu fim economico ou social, pelaboa-fe ou pel os costwnes.

    Responsabil idade civil1. Contratual- Descurnpr imento de clausula do con-trato (inquilino que nao paga 0 aluguel).2. Extracontratual ou aquiliana - Inobservancia denormas gerais de conduta, como 0 respeito as pes-soas e aos bens alheios (atropelamento causado porexcesso de velocidade). Nao hi necessidade de seconstituir 0 devedor em mora.Teorias1. Objetivaa) Conduta (fato lesivo) Positiva (acao) - E a regra. Negativa (ornissao) - Elementos: 1) deverjuridico de praticar detenninado ato; 2) provade que 0 ato nao foi praticado; 3) demonstra-9ao de que, caso 0 fosse, 0 dana seria evitado.b) Dano Moral (extrapatrimonial) - Senti do pr6prio:

    abalo dos sentimentos de alguern, provocan-do-lhe dor, tristeza, desgosto, depressao, etc.Sentido impr6prio (amplo): lesao de todos equaisquer bens ou interesses pessoais (exce-to economic os), como liberdade, integridadefisica, honra, familia, nome, etc. Na reparacaodo dana moral nao se pede urn preco para ador, mas urn meio para atenuar, em parte, asconsequencias desta no ambito emocional epunir 0 causador (finalidade preventiva e puni-t iva) . A lei nao traz criter ios para a quantifica-9ao da indenizacao; 0 juiz a fixara analisandoa extensao do dano, as condicoes economicasdos envolvidos e 0 grau de culpa do agente. PatrimonialDano emergente - Efetiva dirninuicao dopatrirnonio da vitima.Lucro cessante - 0que a vitima razoavelmentedeixou de ganhar em razao da conduta do agente.

    Sumula 37, STJ - Sao cumulaveis asindenizacoes pordana material e dana moral oriundos do rnesmo fato.c) Nexo causal- Relacao de causalidade entre 0dana ea conduta ilicita do agente. Se houver dano, mas suacausa nao estiver relacionada com 0comportamentodo agente, nao havera obrigacao de indenizar.2. SubjetivaConduta, dauo e nexo causal - Como acimaexposto. 0 diferencial e 0 elemento subjetivo: culpaem sentido amplo do agente . Abrange:a) Dolo - Voluntariedade; violacao intencional dodever juridico. 0agente quer 0 resultado (direto)ou assume 0 risco de produzi-Io (indireto).b) Culpa em sentido estrito - Violacao de um de-ver que 0 agente deveria conhecer e acatar. Naohi intencao de violar 0 dever juridico, mas este eviolado em razao de: 1) irnprudencia: pratica deum fato perigoso (dirigir veiculo em rua movi-mentada com velocidade excessiva); 2) negli-gencia: ausencia de precaucao ou indiferencaem relacao ao ato realizado (deixar arma de fogo

    ao facil alcance de criancas); 3) impericia: fal-ta de aptidao para 0 exercicio de arte ou profis-sao (causador de dana a interesses juridicos detercei ros sem conhecimento ou sem prat ica, nodcsempenho de funcao). Se 0 ato era previsivelpara uma pessoa diligente, prudente e conhece-dora da norma, havera culpa de sua par te ( teoriada previsibilidade).o C6digo Civil adota, como regra, a teoria sub-jet iva. "Ar t. 186 - Aquele que, por acao ou omissaov o lu n ta ri a, n e gl ig e nc i a ou imprudencia , violar di.rei-to e causar dana a outrem, ainda que exclusivamentemoral, comete ato ilicito." No entanto, hidi.versosdis-positivos em que a responsabilidade e objetiva. Ex.:havera obrigacao de reparar 0dano, independentemen-te de culpa, nos casos especificados em lei ou quandoa atividade normalmente desenvolvida pelo autor dodana implicar, par sua natureza, risco para os direitosde outrem (art. 927, paragrafo unico); empresariosindividuais e empresas respondem pelos danos cau-sados pelos produtos postos em circulacao (art. 931);dono ou detentor de animal, peJos danos causados porestes (art. 936); dono de edificio ou construcao, pelosdanos resultantes de sua ruina (art. 937), etc.

    Obriga~ao de indenizar (art . 927)Aquele que, por ato ilicito (arts. 186 e 187), cau-sar dana a outrem fica obrigado a repara-lo. Os bensdos responsaveis pela ofensa ou violacao do direito deoutrem ficarao sujeitos a reparacao do dana patr imo-nial ou moral causado. Se a of ens a tiver mais de urnautor, todos rcsponderao soIidariamente pela repara-cao (art. 942). 0 titular da acao podera propo-la contraurn ou todos ao mesmo tempo. Aquele que pagar aindenizacao tera direito de regresso contra os demaispara reaver 0 que desembolsou.Exclusao da il icitude (ar t. 188)Nao constituem atos ilicitos: 0 praticado em legiti-rna defesa ou no exercicio regular de urn direi to (art .188, I); deterioracao ou destruicao de coisa alheia oulesao a pessoa, a fim de remover perigo iminente (art .188, II) ; ausencia de nexo de causalidade; culpa exclu-siva da vitima; caso fortuito ou forca maior.Responsabilidade por ato de terceirosSao tam bern responsaveis pela reparacao civil , a in-da que nao haja culpa de sua parte (arts. 932 e 933):pais, tutores e curadores, pelos filhos menores, pupi-los e curatelados que estiverem sob sua autoridade eem sua companhia; 0 empregador ou comitente, parseus empregados, servicais e prepostos, no exerciciodo trabalho que lhes competir ou em razao dele; osdonos de hoteis, hospedarias, casas ou estabelecimen-tos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins deeducacao, por seus h6spedes, moradores e educandos;os que gratuitamente houverem participado nos pro-dutos do crime, ate a concorrente quantia.Efei tos da decisao proferida no juizo criminalA responsabilidade civil independe da criminal, po-rem nao se pode mais questionar sobre a existencia dofato ou sobre quem seja seu autor quando essas questocsja se acharem decididas no juizo criminal (art. 935). Sentenca penal condenat6ria (autoria e fato com-provados) --- '> vincula: juiz civel deve julgar aacao procedente. Scntenca penal absolut6ria (negativa perempt6riado fato e/ou autoria) --- '> vincula: juiz civel deve jul-gar a acao improcedente. Sentenca absolut6ria (falta de provas - non liquet)

    --- '> nao vincula: 0 juiz civel po de condenar ouabsolver, dependendo da prova colhida.TransmissibilidadeTanto 0 direito da vitima de exigir a reparacao dodana como 0 dever de presta-l a sao transrnissiveis aosherdeiros, ate 0 l imite das forcas da heranca (art. 943).As regras sobre calculo de indenizacao estao pre-vistas nos arts. 944 a 954.

    PARTE ESPECIALOBRIGA~6ES

    Arts. 233 a 420 e 840 a 886

    I I Relacao juridica de natureza transit6ria entre credore devedor, cujo objeto consiste em uma prestacaopessoal e economica.

    Elementos constitutivos1. Subjetivo: sujei to ativo (credor) e sujeito passivo(devedor).2 . Objetivo: objeto da obrigacao - prestacao.3 . Vinculo juridico: elo que sujeita 0 devedor a deter-minada prestacao em favor do credor.Fontes1. Lei: fonte primaria ou imedi.ata de qualquer obrigacao.2. Neg6cio juridico unilateral (promessa de recom-pensa) ou bilateral (contratos).3 . Ato ilici to: obrigacao de reparar 0 dano.CLASSIFICAf;Ao

    Quanto ao objeto1. Positivasa) Obrtgacjio de dar Coisa certa (arts. 233 a 242): 0 devedor se obri-ga a entregar coisa individual izada (m6vel ouim6vel, abrangendo os acess6rios). Regras: ere-dor nao e obrigado a receber outra coisa, mesmoque mais valiosa (art. 313); indivisibilidade (art.314); acess6rio acompanha 0principal (art. 233);a te a tradicao a coisa pertence ao devedor, comseus melhoramentos e acrescidos, pelos quais sepodera exigir aumento do preco ou resolucao docontrato (art. 237); obrigacao pecuniaria (arts.315 e 318). Se a coisa perecer antes da tradicao,sem culpa do devedar, extingue-se a obrigacao;havendo culpa, havera indenizacao pelo valor dacoisa , mais perdas e danos (arts . 234 e 236). Coisa incerta (arts. 243 a 246): 0 devedor seobriga a entregar objeto incerto , porem ja indi-cado pelo gcnero e quantidade, faltando definir aqualidade (ex.: obrigacao de entregar dez bois).A determinacao se faz pela escolha (concentra-cao). Esta pertence, em regra, ao devedor, se 0contrario nao resultar do contrato. 0 devedornao podera dar a coisa pior, nem sera obrigado aprestar a melhor. Realizada a escolha, a obriga-yao transforma-se em dar coisa certa.b) Obrigacao de fazer (arts. 247 a 249) - Presta-

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    Dirisiveis ou indivisiveis - comportam ou na ofracionamento, sem prejuizo de sua substancia.Propter rem - hibridas: parte direito real, partei5reito pessoal (condominio).la penal}Iulta contratual (arts. 408 a 416) - Penal idadeimposta pela inexecucao total ou parcialobrigaC;ao (compensatoria) ou pelo retardo em:.cmnprimento (moratoria). 0limite e 0valor dao principal. Se houver cumprimento par-a pena pode ser reduzida proporcionalmente.(arts. 394 a 40 I)Relardarnento ou imperfei to eumprimento da-gao por culpa:

    do devedor (solvendi, debitoris): nao cumpreforma, tempo e lugar estipulados:0:re: fato previsto em lei ou no contrato;aersona: depende de uma providencia docredor (notificacao);do credor (accipiendi, creditorisi: recusa emsee i ta r 0 cumprimento da obrigacao.I'm:xa~iio da mora - A parte que incorreu emoorrige sua falha e eurnpre voluntariamente;ixigayao assumida anteriormente.- ,-0das obriga~oesP.lga.mento diretoPessoas envolvidas: solvens (pessoa quedeve pagar) e accipiens (pes soa que recebe).Objeto e prova do pagamento: quitacao(arts . 313 a 326).Lugar do pagamento (arts. 327 a 330) -Regra: querable (domicilio do devedor ).Excecao: portable (domicilio do credor).Tempo - Vencimento: fixado pelas partesart s. 331 a 333).Formas especiais de pagamento Pagamento por conslgnacao (arts. 334 a345) - 0devedor deposita a eoisa devida,l iberando-se de obrigacao liquida e certa .Se for em dinheiro, pode optar pelo depo-sito extrajudicial em conta bancaria, Pagarnento corn sub-rogacao (arts. 346 a351) - Substituicao na obrigacao deuma coi-sapor outra (real) on de uma pessoa por outra(pessoal) com os mesmos onus e atributos. Imputacao ao pagamento (arts. 352 a355) - Pessoa obrigada por dois ou maisdebitos da mesma natureza, liquidos evencidos, a urn s6 credor tern 0 direito deescolher qual deles esta pagando.

    P.lgamento indiretoDa~o em pagamento (arts. 356 a 359) -Aeo r d o de vontades ent re eredor e devedor,rom 0 objet ivo de extinguir a obrigacao, noquaJ 0 credor consente em receber eoisa (rriovelOIl im6vel) diversa da originalmente devida._ -ova~i io (arts. 360 a 367) - Criacao de obri -~o nova, extinguindo a anter ior. Al tera-seo objeto (objetiva ou real) ou substitui-semna das partes (subjetiva: ativa ou passiva).Xiio produz satisfacao do credito,Compensacao (arts. 368 a 380) - Duas ouma i s pessoas sao ao mesmo tempo credorasedevedoras umas das outras. As obrigacoes,quando l iquidas e fungiveis ent re si, ext in-guem-se ate onde se eompensarem.Confusao (arts. 381 a 388) -Tncidencia em umaIICiIJla pessoa das qualidades de eredor e devedor(niaguem pode ser credor e devedor de simesmo).Observafiioo atual C6digo Civil tra ta da transacao (arts. a 850: extincao da obrigacao por mutuasconcessoes) e da arbitragem (arts. 851 a-3: as partes confiam a arbitros a solucao deseas confiitos de interesses) como formas deeontrato e nao como formas de pagamento.

    .Din~o sem pagamento: re mis sao (p er dao - b ila-~ renuncia (unilateral), p res c ri c ao , impos s ib il i-:lare de execucao por caso fortuito ou f or ca m a io r eirnpIernento de condicao ou termo extintivo.~ao unilateral de vontade (arts. 854 a

    Promessa de recompensa.Gesti ' io de neg6cios.Pagamento indevido.Enriquecimento sem causa.Titulos de credito.

    R e s u m i io J u r id i c o

    CONTRATOSArts. 421 a 839

    I I Aeordo de vontades que visa it criacao, modi-ficacao ou extincao de relacoes juridicas denatureza patnmomal.Elementos constitutivos1. Duas ou mais pessoas.2. Capacidade plena das partes (representacao ouassistencia dos incapazes).3 . Consentimento ou vontade sem vicios.4. Objeto lici to, possivel , determinado ou deter-minavel e economicamente apreciavel.5. Forma prescri ta ou nao defesa em lei.Principios1. Autonomia privada - Liberdade dos contra-tantes para estipular 0 que Ihes convier (nao eprincipio absoluto).2. Observancia das normas de ordem publica -Supremacia da lei (normas impositivas que visamao interesse coletivo) sobre 0 interesse individual.3. Obrigatoriedade (pacta sun! servandai - Emregra, 0 simples aeordo de dnas ou mais vonta-des e suficiente para gerar a obrigacao.4. Relatividade dos efeitos - 0 contrato, em rc-gra, s6 vincula as partes que nele intervierem.5. Boa-fe objetiva - As partes devem agir comlealdade, probidade e confianca reciprocas (art.422). Esta ligada it justica social, solidariedadee dignidade da pessoa.6. Funcao social do contrato - A liberdade decontratar sera exercida em razao enos limi tesda funcao social do contrato. Atem-se mais itintencao do que ao sentido li teral das disposi-coes. Visa ao equilibrio das partes, coibe clau-sulas abusivas, preve a revisao por onerosidadeexcessiva: justica contratual.

    Forma~ao Duas vontades: proposta (on oferta) e aceitacao. Regra: feita a proposta, vincula 0 proponente(art. 427).Momento da celebracao Entre presentes: momento da aceitacao da proposta. Entre ausentes (teoria da expedicao) : momentaem que a aceitacao e expedida.Local da celebracaoRegra: lugar em que foi proposto , admitindo-sedisposicao em contrario (art. 435).

    Classifica~ao1.Unilaterais - Apenas urn dos contratantes assu-me obrigacoes para com 0 outro. Bilaterais -Os eontratantes sao simultaneamente credores edevedores uns dos outros (sinalagrnaticos).2. Onerosos - Trazem vantagens e onus correspon-dentes para ambos os contratantes. Gratuitos(benefices) - Vantagem para nma das partes, semcontraprestacao. Em regra, os contratos bilateraissao onerosos, e os unila terais , gratnitos. Exce-yiio: mutuo sujeito a juros, que obriga a devolu-cao da quantia emprestada (contrato unilateral),devendo-se pagar os juros (onerosidade).3. Comutativos - As prestacoes de ambas as par-tes sao conhecidas e guardam relacao de equi -valencia. Aleaterios - Pelo menos urna dasprestacoes nao e conhecida no momenta dacelebracao do contrato (risco futuro e incerto).4. Nominados - Contratos previstos na lei. Ino-min ados - Nao tipif icados na lei, mas adrnissi -veis pelo direito.5. Paritarios - Os interessados discutem as clausulascontratuais em pe de igualdade. De adesiio - Umadas partes adere a s c la us ul as j a estabelecidas pelaoutra; nao podem ser impressos com letras miudasou redacao confusa ou arnbigua. Na duvida, inter-preta-sc da forma mais favoravel ao aderente.6. Consensuais - Perfazem-se pelo simples acor-do de vontades. Reais - Aperfeicoam-se com aentrega da coisa (traditio).7. Solenes (fonnais) - Obedecem a uma forma espe-cial, prescrita em lei.A falta desta fonnalidade levait nulidade do neg6cio. Niio-solenes -lndependemde forma especial. A forma e livre, bastando 0 sim-ples consentimento dos envolvidos.8. Principais - Existem independentemente deoutro. Acessorlos - Sua existencia supoe a doprincipal (fianca),

    9. Pessoais (intuitu personae) - A pessoa do contra-tante e fundamental para a realizacao do neg6cio.Impessoais - A pessoa do contratante e indiferente .Efeitos1. Exceptio 11011 adimpleti contractus (arts. 476 e477) - Na excecao de contrato nao eumprido, aregra e de que nos contratos bilaterais (sinalag-maticos) nenbnm dos eontratantes podera , antesde cumprir sua obrigacao, exigir a do outro, postoque ha d ependenc ia reciproca entre as prestacoes.2. Direito de retencao - Permite ao credor conser-var coisa alheia em seu poder alem do rnornen-to em que dever ia rest ituir , ate 0 pagamento doque the e devido (possuidor de boa-fe em rela-c;aoas benfeitorias nccessarias e uteis, penhor).3. Revisao dos contratos (arts. 478 a 480) - Emprincipio, os contratos devem ser eumpridoscomo foram estipulados (pacta sunt servanda).Exeepcionalmente, admite-se a revisao judicialquando nma das partes vern a ser prejudieadasensivelrnente por uma alteracao imprevista daconjuntura economica, 0 evento (extraordina-rio e imprevisto) dificulta 0 adimplemento daobrigacao, sendo motivo de resolucao contra-tual por onerosidade excessiva (rebus sic stan-tibus). A parte lesada pode ingressar em juizopedindo a revisao contratual ou sua rescisao.4. Arras ou sinal (arts. 417 a 420) - Prova de con-clusao do cont rato, assegura 0 cumpr imento daobrigacao e e princip io de pagamento. Arrependi-mento previsto implica arras penitenciais; arre-pendimento nao previsto, arras confirmat6rias.Sumula 412, STF: "No compromisso de compra evenda com clausula de arrependimento, a devolu-yao do sinal, por quem 0 deu, ou a sua restituicaoem dobro, por quem 0 recebeu, exc1uiindenizacaomaior a titulo de perdas e danos, salvo os jurosmorat6rios e os encargos do processo".5 . Eviccao (arts . 447 a 457) - Perda dapropriedadepara terceiro por sentenca judicial e ato juridicoanterior. A eviccao nao precisa estar expressa nocontrato, pois decorre da lei. No entanto,0 con-trato pode ter previsao expressa, reforcando, ate-nuando ou agravando a responsabilidade. 0 alie-nante somente ficara isento de responsabilidadese foi pactuada a clausula de exclusao da garantiaeo adquirente , informado do risco, 0 aceitou.

    6. Vicio redibit6rio - Nos contratos bilaterais,uma parte deve garantir it out ra que esta possausufruir 0 bern, conforme sua natureza e des-tinacao. Ocor rendo falhas ou defeitos na coisaalienada, surgem direitos para 0 adquirente.CODIGOCIVIL CODIGODEDEFESA(arts. 441 a 446) DOCONSUMIDOR

    Defeitoocultona colsa Defeitooculto,que a torna impropr ia ao aparenteoudefaci lusoa que se destina constatacao: qualidadeou Ihediminui do produtoou serv icesensivelmente0 valor. na o correspondente apropaganda, ro tu lo , etc.Objeto:bens, objetosde Objeto:produtos ( rnoveiscontratos comutativos ou i m o ve i s, c o r po r e os ou( rnove is ou irn o ve is ). ln co rpo reos ) e services.Efeitos:redibir0 contrata Efeitos:subst i tu icao dooureclamarabatimento produto,devo lucao dono preco. dinheiroe rest i tu icao dacoisa (redibir)ouabatimento proporcionaldo preco (art 18, 1. 0).Prazosdecadenciais.Regra: Prazosdecadenciais. Regra:a) M ov els : 3 0 dias a) Produtosnao-durave is:da tra d ican. 30 dias da constatacaob) l rnoveis : um ana ou entrega.da t rad icao, b) Produtosduraveis:90 diasda constatacaoou entrega.Extin~ao da rela~ao centratual1. Normal: execucao, cumprimento ou adimple-mento.2. Rescisiio ou dissolucaoa) Causas anteriores ou contemporaneas:nulidade, condicao resolutiva, direito dearrependimento.b) Causas supervenientes: resolucao (inexe-cucao voluntaria ou involuntaria), resil icaobilateral (distrato) ou unilateral, onerosidade

    excess iva ou morte de nm dos contratantes nasobrigacoes personalissimas (intuitu personae).

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    Compra e venda (arts. 481 a 532)Uma pessoa se obriga a transferir 0 dominio deurna coisa, corporea ou incorporea, e a outra, a !bepagar 0 preco em dinbeiro. Caracteristicas: bilateral,oneroso, comutativo ou aleatoric, consensual ou sole-ne. Elementos: coisa, preco e consenso. Nao transfereo dominio. Este e transferido pela tradicao (moveis)ou pelo registro do titulo aquisitivo no Registro deImoveis. Os ascendentes na o podem vender bens aosdescendentes, sob pena de anulacao, sem que haja 0consentimento dos outros descendentes e do conjugcdo alienante, salvo se casado sob 0 regime de separa-9aOobrigatoria (poderia simular urna doacao em pre-juizo dos demais herdeiros). Clausulas especiais:1.Retrovenda (arts. 505 a 508) - 0 vendedor sereserva 0 direito de reaver, em prazo certo, 0imovel alienado, restituindo ao comprador 0preco mais as despesas realizadas.2.Venda a contento (arts. 509 a 512) - 0negociosomente se perfaz se 0 comprador se declararsatisfeito (condicao suspensiva).3.Preempcao (arts. 513 a 520)- 0 comprador seobrigaa oferecer ao vendedor a coisa movel ou imovel, casofor vende-la a terceiro, para que se exerca 0direito deprelacao (pre ferencia) em igualdade de condicoes.4.Reserva de dominio (arts. 521 a 528) - 0ven-dedor reserva para si a propriedade do bern ateque se realize 0 pagamento integral do preco.Troca ou permuta (art. 533)

    A B partes seobrigama dar urnacoisapor outraque naosejadinheiro. Operam-se, aomesmo tempo, duas vendas,servindo as coisastrocadas de compensacao reciproca Eanulavel a troca de valores desiguais entre ascendentes edescendentes sem 0 expresso consentimento dos outrosdescendentes e do conjuge do alienante.Estimatorio (arts. 534 a 537)Uma das partes (consignatario) recebe de outra(consignante) bens moveis, ficando autorizada avende-los e obrigando-se a pagar urn preco esti-mado previamente se nao resti tuir as coisas con-signadas dentro do prazo ajustado.Doac;ao (arts. 538 a 564)Alguem, por liberalidade, transfere de seu patrimoniobens ou vantagenspara 0de outrem, que os aceita. Espe-cies:pura e simples, com encargo,condicional, a termo er emune ra to ri a ( ha 0proposito de recompensar0 donatariopor servicos prestados). Doacao de ascendentespara des-cendentes importa em adiantamento da legitirna; e nulaa parte excedente do que poderia dispor em testamento,bern como diante da inexistencia de reserva departe ourenda suficiente para a subsistencia do doador. Pode serrevogadase houver descumprimentode encargoou ingra-tidao (atentarcontra a vida ou caluniar0doador).Locac;ao* (arts. 565 a 578 e 593 a 626)Uma das partes, mediante remuneracao, se com-promete a fornecer a outra, por certo tempo, 0 usa egozo deuma coisa infungivel, a prestacao deurn servi-co ou a execucao de determinado traba!bo. Especies:1. Locacao de servico: prestacao de services eco-nomicamente apreciavel.2. Locacao de obra ou empreitada: execucao deobra ou trabalho.3. Locacao de coisas: uma das partes (Jocador ousenhorio) seobriga a ceder a outra (locatario ou inqui-lino), por tempo detenninado ou nao, 0 uso e gozode coisa nao f ung ive l, mediante certa remuneracao.Salvo estipulacao em contrario, sehouver mais deurnlocador ou l oc a ta ri o, e n te nde - se que sao solidiirios.A locacao de imoveis urbanos e regulada pela Lei8.245/91. Durante 0prazo convencionado, 0 locadornao podera reaver 0 imovel alugado; ja 0 locatariopode ra de vo lve -I o, pagando amultapactuada, propor-cionalmente ao periodo de curnprimento do contrato,ou, na sua falta, i1 que for judicialmente estipulada(Lei 12.112/09). E proibida a estipulacao do aluguelem moeda estrangeira, metais preciosos e qualquerforma de vinculacao ao salario minimo. 0 locatariopodera denunciar a locacao por prazo indetenuinadomediante avisopor escrito ao locador,com anteceden-cia minima de 30 dias. No caso de alienacao, 0 loca-tario tern direito de preferencia para adquirir0 imovelem igualdade de condicoes com terceiros.

    R e s u m a o J u r i d ic o

    Emprest imo (art s. 579 a 592)Alguem entrega uma coisa para outrem, gratuita-mente, obrigando-se este a devolver a mesma coisaou devolver outra da mesma especie e quantidade.

    Teorias1. Subjetiva (Saviguy): corpus (poder fisico sobre acoisa) e animus (intencao de ter a coisa para si).2. Objetiva (Ihering): apenas corpus.Nosso Codlgo adota a teoria objetiva.Modalidades:1. Comodato: ernprestimo de uso em que 0 bernemprestado devera ser resti tu ido, nao podendoser fungivel ou consumivel (urna casa). Nao res-tituindo 0 bern, 0 comodante pode ingressar comacao de reintegracao de posse e cobrar aluguel.2. Mutuo: emprestimo de consurno em que 0bern usado, sendo fungivel ou consumlvel, naopodera ser devolvido e a resti tu icao sera em seuequivalente, por outra coisa da mesma especie,qualidade e quant i dade (urn quilo de feijao),Pode ser gratuito ou oneroso (feneraticio).

    Deposito (arts. 627 a 652)Uma pessoa (depositario) recebe de outra (depo-sitante) urn objeto movel para guarda-lo, tempera-ria e gratuitamente, ate que 0 depositante 0 reclame.Difere do comodato, pois neste ha 0usa da coisa.Mandato (arts. 653 a 709)Alguem (mandatario) recebe de outro (mandan-te) poderes para, em seu nome (do mandante), prati-car atos ou administrar interesses. 0 instrumento domandato escrito e a procuracao. 0 mandato podeser legal, judicial ou convencional (ad judicia ou adnegotia). Substabelecimento: transferencia dos pode-res recebidos a terceira pessoa, com ou sem reserva.Transporte (arts. 730 a 756)Pessoa ou empresa se obriga, mediante retribui-9aO,a transportar, de urn local para outro, pessoasou coisas (animadas ou inanimadas).Seguro (art s. 757 a 802)Uma das partes (segurador) se obriga peranteoutra (segurado), mediante 0 pagamento de urnprernio, a garantir-lhe interesse legitimo relativo apessoa ou coisa e a indeniza-Ia de prejuizo decor-rente de riscos futuros, previstos no contrato.Fianc;a ou cauc;ao fidejussoria (arts . 818 a 839)Promessa feita por uma ou mais pessoas degarantir ou satisfazer a obrigacao de urn devedor,se este nao a cumprir, assegurando ao credor seuefetivo cumprimento.

    D IR EIlO D AS C OISA SArts. 1.196 a 1.510

    DIR EITO PESSOAL DIR EITO DAS C OISAS1. Re lacao entrepessoas.Dualidadede sujeitos:a) a t i v o (credor);b) passivo(devedor).

    1. Re lacao direta entre0homeme as coisas.Apenasurnsujeito:ativo.

    Famulo de posse (art. 1.198)Pessoa detem a coisa em virtude de dependenciaeconomica ou vinculo de subordinacao (caseiro).Classificac;ao1. Direta : exercida por quem detem materialmen-te a coisa. Indireta: exercida por meio de outrapessoa. 0 locatario (inquilino) tern posse diretae 0 locador, indireta.2 . Justa: adquirida sem vicios. Injusta: adquiridacom violencia (esbulho), as escondidas (clan-destina) ou com abuso de confianca (precaria),3 . Boa-fe: possuidor iguora os vicios que impedemsua aquisicao legal. Ma-fe: tern ciencia dos vieios.4. Nova ou velha (mais de um ana e urn dia).

    Aquisic;aoApreensao da coisa, exercicio de direito,disposicao da coisa, tradicao e constituto pos-sessorio (aquele que possuia em nome propriopassa a possuir em nome de outrem - proprieta-rio que vende imovel e continua na posse comolocatario - art. 1.205).Quem pode adquirir: 0 interessado, seu represen-tante (mandatariojou terceiro (gestor de negocios),Efeitos1. Direito de invocar interdi tos (acoes)a) Manutencao de posse: turbacao (ato queembaraca 0 exercicio da posse).b) Reintegracao de posse: esbulho (ato peloqual 0 possuidor se ve despoj ado da posseinjustamente ).c) Interdito proibltorio: ameaca de turbacaoou esbulho.d) Nunciacao de obra nova: impede a realiza-c;:aode obras que estejam em desacordo comregras de construcao.e) Dano infecto: medida preventiva com fundadoreceio de que demolicao ou vicio de construcaodo predio vizinho venha a !be causar prejuizos.2 . Percepcao de frutosa) Possuidor de boa-fe: tern direito ao usa e gozoda coisa e aos frutos percebidos; perde 0 direitoaos frutos pendentes assim que cessar a boa- fe,b) Possuidor de ma-fe: responde pelos prejuizosque causou, pelos frutos colhidos e percebidose pelos frutos que por sua culpa se perderam;tern, no entanto, direito as despesas de produ-cao (evita-se 0 enriquecimento sem causa).3. Legitima defesa da posse e desforco imediato(art. 1.210, J.0): possuidor turbado ou esbu-Ihado podera manter-se ou resti tuir-se por suapropria forca, contanto que 0 faca logo. Osatos nao pod em ir alem do indispensavel.4. Indenizacao de benfeitorias necessarias euteis: posse de boa-fe; so necessarias: ma-fe ,

    S. Possibil idade de ser mantido sumariamente,por meio de Iiminares: posse velha.PerdaAbandono, tradicao, perda ou destruicao, posse deoutrem e constituto possessorio (arts. 1.223 e 1.224).CompossePlural idade de sujeitos e coisa indivisa: proindiviso: cada compossuidor tern a parte ideal dobern; pro diviso: ha uma divisao de fato do bernentre os compossuidores.

    IDireito que a pessoa fisica ou juridica tern deusar, gozar ou fruir, dispor de urn bern ou rei-vindica-lo de quem injustamente 0 possua. Rea-firrna-se a funcao social da propriedade (art.5., XXIII, CF).

    2. Objeto:sempre umap res ta cao do devedor(ex.:dar,fazer,nao fazer).

    2. Objeto:sempreumacoisa(corporea ou incorporeal.

    1 ::-oaco{;~"~'"-a"2"~~~ ~ . . .

    ObservacdoPelo atual Codigo, a prestacao de servicese a empreitada nao sao especies de locacao,mas sim de contratos autonornos.

    3. Principiobas l co :autonomiaprivada. 3. Principiobas ico : regrasde direitopublico.

    Classifica~ao1. Plena: presentes todos os elementos da proprie-dade (uso, gozo, disposicao e reivindicacao),2. Limitada: recai algum onus sobre a proprieda-de (ex.: hipoteca) ou ela e resoluvel,Propriedade lmevel1. Aquisicaoa) Acessao: formacao de ilhas, aluviao (acrescimo

    paulatino de terras as margens do rio mediante

    4 . Na o -t a x a tl v id a d e : asobr igacoes , de formageral,podemou n a o estarprevistasna lei.

    4. Taxatividade:devemestarprevistosexpressamentena lei;oponiveiserga omnes .5. Violado:partepode 5, Violado:parte podeingressarcomayao, mas ingressar com acao contrasomentecontra a outraparte. quem detivera coisa.Exemplo:contratosem geral, Exemplo:posse epropriedade.Conjunto de regras que regulamentam asrelacoes juridicas entre 0 homem e as coisas.

    Conte Lido1. Posse2. Direitos reaisa) Propriedadeb) Direitos reais sobre coisa alheiaPOSSE (arts. 1.196a 1.227)

    II Exercicio pleno ou nao de alguns dos poderesinerentes a propriedade.

  • 8/2/2019 Resumao Civil

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    bros dep6si tos naturais ou desvio de aguas),avoIsiio (repentino deslocamento de uma porcaode terra por forca natural violenta, desprenden-do-se de urn predio e juntando-se a outro), alveoabandonado (r io que seca ou desvia totalmentesen cnrso) e artif iciais (acrescimos feitos pelohomem: plantacoes e construcoes).Lsucapiao (prescricao aquisitiva) Ertraordimiria (sem justo titulo): 15 anos.Prazo cai para dez anos se possuidor estabelecemoradia ou realiza obras de carater produtivo. Ordinaria (justo titulo): dez anos e prova deboa- fe, Prazo cai para cinco anos se im6vel foiadquirido onerosamente, estabelecendo mora-dia ou investimento de carater economico. Constitucional: cinco anos, estabelecendomoradia , nao sendo proprietario de outro im6-.vel. Rural : maximo 50 hectares, tornando-oprodutivo (arts. 191, CF; 1.239, CC); urbana:maximo 250 m2 (arts . 183, CF; 1.240, CC).ObservafiioOs im6veis publicos nao podem ser objeto densucapiao._Iodos derivados: sucessao hereditaria (causamortis) e registro de transferencia (inter vivos).~ alienacao, renuncia, abandono, perecimen-desapropriacao e usucapiao.'edade movel"'quisi"ao e perda - Originaria: ocupacao e usu-

    -30 (extraordinaria: cinco anos; ordinaria: tres- . Derivada: especificacao (transforrnacao de-_ m6vel em especie nova - lapidacao de dia-re), confusao (mistura entre coisas liquidas),:maist iio (mistura entre coisas solidas), adjuncao~siyao de uma coisa sobre a outra), tradicao=rega) e heranca.minio' ['m mesmo bern pode pertencer a varias pessoas,a cada uma igual direito sobre 0 todo (comiedade). Especies:Convenclonal ou voluntario (arts. 1.314 a 1.330):zesnlta de acordo de vontade das pessoas.dilicio: predio de apartamentos (arts. 1.331 a1358 e Lei 4.591164).

    - -s de vizinhan~a (arts. 1.277 a 1.313)t;so anormal da propriedade.Arvores limitrofes.~gem forcada.Aguas.I imites entre predios e construcao (devassamento,;ig!.Iase beirais, paredes divis6rias e tapagem).

    'edade resohlvelEsringue-se com a ocorrencia de uma condicaoa ou de urn termo final (dou minha fazenda a- abril de 2020, quando entao a propr iedade seraeventual neto de Y - fideicomisso).

    Arts. 1 .369 a 1.510 lesDireitos reais de gozo ou f ruicao.Direitos reais de garantia.Direito real de aquisicao,Direitos reais de interesse social (Lei 11.481/07:n=golarizayao fundiaria em im6veis da Uniao): a}ClIIlCessaode uso especial para fins de moradia; b)ceacessao de direito real de uso.eros REAIS DEGozo OU DE FRUI~Ao

    - ao predial (arts. 1.378 a 1.389)Concei to: dever que 0 proprietario de urn predio-m de suportar 0 exercicio de alguns direitos em- IOf de outro predio,hrtesPrediodominante: tern direito it servidao (beneficiario),Predio serviente: deve servir ao outro predio (pres-mdor)_CaractertsticasPredios devem pertencer a proprietaries diferentes.Serve a coisa e nao ao dono; acompanha 0 imo-w] quando este e transferido. ao se presume, deve ser expressa (registro deipIoveis), interpretando-se restritivamente.E indivisivel e inalienavel, nao podendo 'scr usa-da para outra finalidade.

    R e s u m a o J u r i d ic o

    4. Classlficacaoa) Quanto a natureza: rural ou urbana.b) Quanto ao modo de exercicio: continua ou nao--continua, positiva ou negativa.c) Quanto it exteriorizacao: aparente ou nao-aparente.5. Consti tu icao: contrato (inter vivos), testamento(causa mortis), usucapiao ou sentenca judicial.6. Extlncao: renuncia do t itular, resgate, confusao,nao-uso durante dez anos consecutivos ou constru-yao de estrada. Pode ser rem ovid a desd e que naodiminua as vantagens do predio dominante.

    das de ferro, recursos minerais, navios e aeronaves. Lei11.481107acrescentou: direitode uso especial para fins demoradia, direito real de uso e propriedade superficiaria,4. Especies: convencional, legal e judicial.5. Caracteristicasa) Acess6rio, indivisivel e sempre de natureza civil.b) Exige registro: publicidade e especializacao.c) Nao ha tradicao: devedor continua na posse do bem.d) Perrnite-se que urn bern seja hipotecado mais deurna vez (sub-hipoteca), desde que nao haja proi-bicao expressa e 0 bern tenha valor superior aoda soma de todas as hipotecas.6 . Perempcao: extincao da hipoteca pelo decurso de 30anos.0prazo na~ comporta suspensao nem interrupcao,7. Extincao: pagamento, destruicao da coisa, renun-cia do credor, adjudicacao ou consolidacao.

    ObservacdoNao confundir com passagem forcada, que einst ituto de direito de vizinhanca, em que urnadas propriedades esta encravada.

    Usufruto (arts . 1 .390 a 1.411)1. Conceito: direito real em que alguem pode usar(ex. : morar) ou fruir (ex.: a lugar) coisa alheia, tem-porariamente, sem alterar-Ihe a substancia.2. Partesa) Usufrutuario (beneficiario): tern direito de usarou fruir a coisa alheia.b) Nu-proprictario: dono da coisa .3. Objeto: im6veis (registro) e m6veis ( infungiveis einconsumiveis ).4. Classificacaoa) Quanto a extensao: universal ou particular, plenoou restrito.b) Quanto a duracao: temporario ou vitalicio.5. Constituicao: contrato (inter vivos), testamento

    (causa mortis), forca de lei .6. Extincao: morte do usufrutuario, terrnino do prazo(30 anos se em beneficio de pessoa juridica), des-truicao da coisa, consolidacao, prescricao, renunciaou desistencia . A nua propriedade pode ser aliena-da; 0 usufruto, em regra, e inalienavel (s6 pode seralienado ao proprio nu-proprietario).Uso e habita~ao (art s. 1.412 a 1.416)Aplicam-se as regras do usufruto, no que nao forcontrario a sua natureza.EnfiteuseAlguem atribui a outrem 0 dominio uti l de urn im6-vel, mediante 0 pagamento de foro anual fixo e per-petuo, 0C6digo atual proibe a constituicao de novasenfiteuses, bern como a cobranca de laudemios nastransrnissoes do bern aforado. Atuais enfiteuses ficammantidas, sob 0 regime do C6digo anter ior (ar ts. 678 eseguintes) e leis especiais, ate sua extincao (art. 2.038).Superficie (arts . 1 .369 a 1.377)Proprietario concede a outrem (superficiario), portempo determinado, gratuita ou onerosamente, 0 direi-to de construir ou plantar em seu terreno. Subst ituiu aenfiteuse. Deve ser registrada. Nao autoriza obras nosubsolo, exceto se for inerente ao objeto da concessao.DIREITOS REAIS DE GARANTIAPenhor (arts. 1.431 a 1.472)1. Conceito: transferencia da posse de coisa movelrealizada pelo devedor ao eredor, para garanti r 0pagamento de urn debito.2. Partesa) Credor pignoraticio: empresta 0 dinheiro e rece-be a posse da coisa.b) Devedor pignoraticio: entrega 0 bern.3. Caracteristicasa) Regra: bens m6veis. Excecao: safra futura.b) Regra: tradicao (entrega). Excecoes: penhor rural, in -dustrial ou de veiculo (posse continua com 0devedor).c) Acess6rio, uno e indivisivel.4. Classlficacaoa) Convencional: c ivil , mercantil , rural (agricola oupecuario), industrial.b) De direitos (arts . 1 .451 a 1.460).c) De veiculos (art s. 1.461 a 1.466).d) Legal (arts . 1 .467 a 1.472).5. Extincao: pagamento (extincao da divida), perecimen-to da coisa, remincia, confusao ou adjudicacao judicial.Hipoteca (arts. 1.473 a 1.505)1. Conceito: direito real de garantia que grava coisaim6vel pertencente ao devedor sem transmissao deposse ao eredor.2. Partesa) Credor hipotecario: empresta 0 dinheiro .b) Devedor hipotecante: oferece 0bern em garantia.3. Bens hipotecaveis: im6veis, acess6rios m6veis em con-junto com im6veis, nua propriedade e dominio uti] , estra-

    Anticrese (arts . 1 .506 a 1.510)1. Conceito: direito real de garantia pelo qual 0 credorretem 0 im6vel do devedor e recebe seus frutos ateo valor emprestado.2. Partesa) Credor anticretico: empresta 0 dinheiro e recebea posse do im6vel.b) Devedor anticretico: recebe 0dinheiro e entrega 0bern.3. Caracteristlcasa) Exigern-se registro e entrega da coisa.b) Nao ha direito de preferencia na venda.

    4. Efeitos: 0 credor pode: arrendar a tereeiros; reter efruir pessoalmente.5. Extincao: pagamento, termino do prazo (maximo15 anos), renuncia do credor, perecimento do bernou desapropriacao.DIREITO REAL DEAQUISI~AoCompromisso ou promessa irretratavel de venda(arts . 1 .417 e 1.418)1. Conceito: contrato pelo qual uma pessoa se obr iga avender a outra bern imovel, outorgando-lhe a escri-tura definitiva apes 0 curnprimento das obrigacoes.2. Partesa) Compromissario-comprador,b) Compromitente-vendedor.3. Requisitosa) Ausencia de clausula de arrependimento (irretratavel).b) Outorga (uxoria ou marital).c) Inscricao no Registro de Im6veis.4 . Execucao: escritura definit iva ou sentenca de adju-dicacao compuls6ria.5. Exttncao: execucao voluntaria do contrato, execucaocompuls6ria (adjudicacao no registro irnobiliario),distrato (mutuo consentimento) ou resolucao judicial.

    Barros, Fischer &AssociadosR e s u m i o J u r i d i c o

    D IREITO C IV IL2" edi~ao 1" tiragem _ Setembro 2010Conselho edi torial : Marcos Anton io Olive ira Fernandes,

    A nd re a Ba rr os e F la via Ba rr os P in toAutor: Lauro R.Escobar Jr. , juiz de Direito daJustica Militar do Estadode Sao Pau l o , graduado e p6s-graduado pela Pontiffcia UniversidadeCat61ica de Sa o Paulo, professor de cursosjuridicos de pos-oraduacaoe preparat6rios para exames e concursos , autor de d iversas obras epalestrante sobre Direito Civil e Direito Militar (penal e disciplinar).Edi