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Resumo de teoria geral do processo
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TEORIA GERAL DO PROCESSO Num tempo distante, como todos sabem, a justia era feita com as prprias mos, poca em que vigorava a famosa Lei de Talio, na qual o lema principal era Olho por olho, dente por dente. Posto isso, percebemos que no era o POVO quem fazia justia, e sim cada indivduo que se sentia injustiado ou no, at que chegou num ponto em que, o povo, deu ao Estado a funo de fazer justia, da surgem os processos (ferramenta de fazer justia), logo, a funo de fazer justia se torna ramo do direito pblica, e no mais privada. O instrumento para se obter justia em antigamente era a fora, atualmente o processo, atravs do Estado juiz, vale lembrar que este deve ser imparcial (o membro do juzo dever manter equidistncia das partes e do objeto da causa.).
Dois direitos do Estado:
a) DIREITO MATERIAL: onde temos o (mundo ftico [pegar uma garrafa dagua]) e o (mundo jurdico[compra e venda/negcio jurdico]), o direito material aquele que regula todas as relaes entre as pessoas.Ex: EU COMPRO UMA GUA DIRETAMENTE COM O Z, FIM. (Eu e z tivemos uma relao sem haver a necessidade de presena do Estado Juiz).
b) DIREITO PROCESSUAL: o conflito de interesse regulado pelo direito (Regula as relaes jurdicas processuais).Ex: O Z ME VENDEU A GUA COM TERRA. (Eu requisitei tutela/presena do Estado para ele regular/resolver o conflito entre eu e z). -> S precisamos ter relao jurdica processual se algo der errado.
OS TRS PILARES DO DIREITO PROCESSUAL (3 elementos FUNDAMENTAIS do Direito Processual):1 Jurisdio2 Ao3 Processo
O que jurisdioJurisdio, do latim iuris dictio, que significa dizer o direito, o poder/dever/funo do Estado de dizer o Direito. Esse poder decorre da vontade do povo e do fato do Estado ter ou no ter soberania. (EUA no Iraque) -> Onde o Estado se impe, ele consegue dizer o Direito.Obs: Um juiz, por exemplo, da comarca de Valena/RJ tem jurisdio em todo o territrio nacional, porm ele no tem a competncia necessria para exercer tal jurisdio em outro lugar. - A jurisdio Una e Indivisvel, pois ns no dividimos a funo de julgar com outro Estado.- O POVO que deu esse poder ao Estado.- A jurisdio decorre da soberania (Se eu, Brasil, tiver soberania na frica, terei jurisdio). - A jurisdio tambm atrai para si as caractersticas da soberania (UNA E INDIVISVEL) -> O Estado brasileiro tem soberania e jurisdio!
JURISDIO COMO DEVER Era uma vez, um povo que brigava muito, ento decidiram, atravs de um pacto, dar poderes um grupo de representantes que seriam votados por eles. Porm, esse grupo, cujo nome Estado, disse:_ Eu aceito a proposta, porm, se for para me conceber a jurisdio, irei monopoliz-la, e ela no ser de mais ningum alm de minha, somente EU poderei dizer o Direito! E digo mais, a soberania tambm ser minha, pois eu sou o Estado! MUAHAHAHA :p
4 Excees em que o Estado no INTERFERE, no h necessidade de agir; (substitutivos jurisdicionais/equivalentes jurisdicionais)1 Legitima Defesa da posse (O Estado abrir mo do monoplio, pois, vamos supor, se algum quiser roubar o meu caderno, eu terei o direito de lutar por ele sem requerer a mediao do Estado).2 Acordo entre as partes (Conciliao/transao) -> quando entram num acordo, atravs de um conciliador para que no haja a necessidade do juiz impor a soluo do problema.3 Mediao/arbitragem (Tribunal especial que as partes concordam que ele decida o que seja feito)4 Homologao de Sentena Estrangeira ( Ex: Brasil diz: Eu julgo, mas se outro pas quiser julgar, no tem problema.Ento aconteceu um divrcio entre brasileiros que esto nos EUA, logo, o processo vir para o Brasil e o STF poder ratificar a deciso tomada l nos EUA.SUBSTUTIVIDADE DA JURISDIO
Uma outra caracterstica da jurisdio, a substitutividade, esta, entende-se como substituir a vontade das partes pela vontade do Estado (povo), mas de acordo com as leis para julgar.
Principio da Inrcia: Art 2 -> O Estado s nos prestar jurisdio se ela for requerida de forma legal por uma das partes.
CARNELUTTI vs. CHIOVENDACarnelutti -> O sistema processual parte da LIDE (A lide essencial para que o Estado exera a jurisdio)Chiovanda -> O estado vai resolver questes jurisdicionais mesmo que no haja lide.
CONCEITO DE LIDE: Lide o conflito de interesses ( a posio favorvel satisfao de uma necessidade assumida por uma das partes) qualificado (que se mostra) por uma pretenso ( a exigncia de subordinao do interesse alheio ao interesse prprio) resistida.
Carnelutti diz: O Estado Juiz s est exercendo a sua funo jurisdicional quando houver lide.Chiovenda diz: E quando no h lide, como nos casos de divrcio consensualCarmelutti diz: No h jurisdio, apenas o Estado exercendo funo atpica.Chiovenda diz: Mas, basta o juiz atuar para que haja jurisdio, caso o juiz atue sem lide, uma jurisdio voluntria.
AO Ao um direito que todos tm para exigir do Estado a Jurisdio (essa um dever do estado).Conceito: Ao direito subjetivo (posso buscar ou no), pblico, autnomo, genrico, abstrato (no concreto), incondicionado, instrumentalmente conexo com a pretenso de exigir do Estado em determinado casos e em determinadas circunstncias, a prestao da tutela jurisdicional.
Toda ao proveniente do autor contra o Estado, pois ns no acionamos o ru para nos tutelar, e sim o Estado. (o Estado tem o dever de nos proteger, porm, se acontece algo conosco, ns iremos contra o Estado pelo simples fato de ele nos dever tutela).
ELEMENTOS DA AO Os elementos da ao so como um DNA, pois estes servem para identifica-la e individualiza-la.
A Trplice identidade da ao:I Partes (elemento subjetivo) [autor/ru]II Pedido (elemento objetivo)III Causa de pedir (elemento causal)
No so permitidas duas aes idnticas, uma delas vai ser extinguida sem julgar o mrito. ( Uma ir continuar).
O que litispendnciaR: Duas aes idnticas tramitando ao mesmo tempo.
Aps o juiz ter dado a sentena e ter declarar transito julgado o processo, e, porventura venha uma outra ao idntica a primeira, ir ser considerada coisa julgada, dando-se, logo, a extino do processo.