Resumão Direito Civil (Saraiva)

Embed Size (px)

Citation preview

  • 5/10/2018 Resumo Direito Civil (Saraiva)

    1/6

    NO

  • 5/10/2018 Resumo Direito Civil (Saraiva)

    2/6

    partidos politicos (Lei 10.825/03); organizacoes religiosas (Lei 10.825/03); associacoes - sem fins economicos; sociedades - corn finalidade economica: simplesou empresar ias (0 queas diferencia e 0 seu objeto).Observaciio: empresa publica e sociedade de eco-nomia mista sujeitam-se ao regime das empresasprivadas (art. 173, 1" , CFl.b) Inicio da existencia legal Pessoa Juridica de Direito PUblico- Fatos histori-cos, criacao constitucional, lei especial e tratados. Pessoa Juridica de Direito Privado - a que Iheda origem e a vontade humana que se materia-liza no ato de constituicao (conlrato ou estatu-to social), que deve ,ser levado a registro.c) Domicilio (art. 75) - E a sua sede juridica. Uniao- Distrito Federal; Estados - suas capitais;Municipio - lugar da administracao municipal. Demais pessoas juridicas - lugar onde funcio-nam suas diretorias e administracoes ou 0 lugaronde elegerem no contrato (foro de eleicao).d) Termino - Dissolucao deliberada de seus mem-bros, deterrninacao da lei, decurso de prazo,falta de pluraJidade de socios, decisao judicial.e) Grupos despersonalizados - Sociedades deJato uu irregulares, massa falida, espolio, etc.f) Responsabilidade Direito Publico - Regra: responsabilidadeobjetiva (art. 37, 6, CF). Direito Privado - Regra: responsabilidade sub-

    jetiva.Desconsideracao da personalidade juridica(disregard of the legal entity)Vincula e atinge bens particulares dos administra-dores e socios da pessoa juridica, visando a impedirabusos, desvios de finalidade e fraudes (art. 50). ajuiz pode determinar que 0patrimonio dos socios res-ponda pelas dividas da pessoa juridica. E urna excecaoit regra de que a pessoa juridica responde pelos atospraticados em seu nome, com seu patrirnonio.

    OSJETO DO DIREITO - BENSArts. 79 a 103 do Codigo Civil

    Coneeito de bensSao as coisas (materiais ou imateriais) enquantoeconomicamente valoraveis, satisfazendo a necessida-de humana.Classifieac;:ao legalBens considerados em si mesmos (arts. 79 a 91)a) Imoveis - Nao podem ser removidos ou transporta-dos de urn Ingar para autro sem sua destruicao.Moveis - Podem ser transportados de um lugarpara outro, por forca propria (semoventes) ou estra-nha, sem alteracao de sua substancia,b) Infungiveis - Nao podem ser substituidos por outrosdo mesmo genera, qualidade e quantidade (ex.: irno-veis, quadro de pintor famoso). Fungiveis - Podemser substituidos por outros do mesmo genero, quali-dade e quantidade (ex.: urna saca de cafe).c) Inconsumiveis- Proporcionam reiteradas usos, permi-tindo que se retire toda a sua utilidade, sem atingir suaintegridade (ex.: casal. Consumlveis - Sao bens rno-veis cujo uso importa na destruicao imediata da propria

    coisa (ex.: alimentos). Admitem apenas urn uso.d) Divisiveis - Podem ser part idos em porcoes reais edistintas, formando cada qual urn todo perfeito (ex.:urna saca de arroz). Indivisiveis - Nao podem serpartidos em porcoes, pois deixariam de formar urntodo perfeito (ex.: urn boil.e) Singulares - Sao os que, embora reunidos, se con-sideram de per si, independentemente dos demais.Coletivos (ou universais) - Sao as coisas que seencerram agregadas em urn todo (ex.: bibliotcca,espolio, massa falida).Bens reciprocamente considerados (arts. 92 a 97)a) Principais - Existem por si, independentemente deoutros.b) Acessorios (regra: acessorio segue 0 principal) -Sua existencia pressupoe a de urn principal. Especies: frutos, produtos, rendimentos e benfei-torias. Estas se c1assificam em: necessarias (con-servacao do bern - ex.: conserto do telhado dacasal , uteis (facilitam ou aurnentam 0 usn do bern- ex.: garagem) e voluptuarias (embelezarnento,deleite ou recreio - ex.: pintura artistic a, piscina).Bens eonsidcrados em rcla~80ao titular do dominio (arts. 98 a 103)a) Particulares.

    b)Res nullius - Coisas de ninguern (peixes nu Iundodo mar, coisas abandonadas, etc.).c) Publicus - Uso cornum do povo (rios, mares, estra-das, ruas, etc.); uso especial (hospitais e escolaspublicas, secretarias, ministerios, etc.) e dominicais(patrimonio disponi vel das pessoas de DireitoPublico: terras devolutas e terrenos de marinha).Observaciio: os bens publicos de uso comum do povoe os de uso especial sao inalienaveis enquanto con-servarem sua qualificacao; os bens publicos domi-nicais podem ser alienados, observadas as exigen-cias da lei. as bens publicos nao estao sujeitos ausucapiao,Coisas fora do comercloa) Insuscetiveis de apropriaeao - Uso inexaurivel(ar, luz solar, etc.).b)Personalissimas (vida, honra, liberdade, etc.).c) Legalmente inalienaveis - Bens de familia (arts.1.711 a 1.722, CC, e Lei 8.009/90) e bens gravadoscom clausula de inalienabilidade (art. 1.911, CC).

    FATOS JURiD ICOSArls. 104 a 232 do Codigo Civil

    ConceitosFato comum - A,80 hurnana ou fato da naturezasem repercussao no Direito.Fato juridico - Acontecirnento ao qual 0 Direitoatribui efeitos (aquisicao, resguardo, transformacao,modificacao e extincao das relacoes juridicas),

    Classificac;:ao dos fatos juridieosFato juridico natural (sentido estr ito)1. Ordtnarie - Ocorre normalmente, sem interferen-cias: morte, maioridade, prescricao e decadencia.2. Extraordinartn - Inevitabilidade, irnprevisibilida-de do evento e ausencia de culpa pelo ocorrido(caso fortuito ou forca maior).Prescri ao Deeadencia

    E a perda do direito depretensao (aciio), peJainercia do seu titular.E a perda dopropriodireito.

    1. Extingue a preten-sao (a~ao).

    1. Extingue 0 direito, atin-gindo, indiretamente, aa~ao.

    2. Prazo estabelecidoapenas pela lei . 2.Prazo estabelecido pelalei ou vontade das partes.3. Nao pode ser decla-rada de oficio pelojuiz nas a~6es patri-moniais; deve ser ar-giiida pelas partes.

    3. Na decadencia decorren-te de prazo legal, 0 juizdeve declara-Ia de oficio,independentemente deargiii~ao.4.A parte pode naoalega-Ia. E renun-ciavel ap6s a consu-macae.

    4.A decadencia decorrentede prazo legal nolo podeser renunciada pelas par-tes, nem antes nem depoisde consumada.5.Nao corre contra de-

    terminadas pessoas.5.Corre contra todos, como

    regra.6.Pode ser suspensa,interrompida ou im-pedida pelas causasprevistas na lei.

    6. Nao admite suspensao ouinterrupcao. 56 pode serobstada sua consumacaopelo exercicio efetivo dodireito ou da a~ao.7. Prazo geral de 10anos (art. 205). Pra-zos especiais de 1,2, 3, 4 e 5 anos (art.206).

    7. Nao ha regra geral paraos prazos. Podem ser dedias, meses e anos, pre-vistos em dispositivosesparsos pelo C6digo.

    Elementos do negocio jurfdieoElementos essenciais1.Gerais

    a) Capacidade do agente Falta de capacidade: absolnta - ate nulo; rela-t iva - ato anulavel ,b) Objeto (licito, possivel, determinado ou deter-minavel) Defeito no objeto - ato nulo.e) Consentimento (manifes tacao de vontade) - Podeser expresso ou tacito (desde que na o se exija formaexpressa), a silencio pode irnponar em anuencia, seas circunstancias e os usos 0 autorizarem e nao fornecessaria a declaracao de vontade expressa. Nasdcclaracocs de vontade se atendera mais a intencaonelas consubstanciada do queao sentido literal da lin-guagem, devendo ser interpretado conforrne a boa-fe. Defeitos: ausencia de consentimento, erro,dolo, coacao, lesao, estado de perigo, simula-

  • 5/10/2018 Resumo Direito Civil (Saraiva)

    3/6

    Teorias da responsabilidadeObjetiva1.Conduta (e 0 fato lesivo)a) A.,ao - conduta positiva - E a reg~a.b) Omlssao - conduta negativa - E necessarioque existam 0 dever juridico de praticar determi-nado ato, a prova de que a conduta nao foi prati-cada e a demonst racao de que, caso a condutafosse praticada, 0 dana seria evitado,2. Danoa) Dano moral - Em sentido proprio, rcfcrc-se aoabalo dos sentimentos de urna pessoa, provocan-do-lhe dor, tristeza, desgosto, depressao, etc.; emsentido irnproprio ou amplo, abrange a lesao detodos e quaisquer bens ou interesses pessoais(exceto economicos), como a liberdade, 0 nome, afamilia, a houra, a integridade fisica, etc. No danamoral na o se pede urn preco para a dor, mas urnmeio para atenuar, em parte, as consequencias doprejuizo. Art. 5', X, Constituicao Federal de 1988:

    "sao inviolaveis a int imidade, a vida privada, ahonra e a imagem das pessoas, assegurado udireito a indenizacdo pelo dana material ou moraldecorrente da sua violacdo ", 0 Codigo Civil naotraz criterios para a quantificacao da indenizacaopor dana moral . Deve 0 magistrado fixa-la anali-

    2. Fraude contra credores - Pratica rnaliciosa de atosquc dcsfalcam 0patrimonio do devedor, com 0 fim decoloca-lo a salvo de uma execucao por dividas emdetrimento dos direitos de credores (arts. 158 a 165). Enecessario que haja 0 ato prejudicial ao credor, por tor-nar 0 devedor insolvente, e a intencao de prejudicar.lneflcecia do neg6cio jurfdico

    Nulidade Anulabilidade1.Interesse da coletivida-de, materia de ordempublica: eficacia erga

    omnes.

    1.Interesse do prejudica-do, materia de ordemprivada; eficada ape-nas para quem alegou.2.Arguida por qualquerinteressado ou peloMinisterio Publico.

    2.Alegada somente peloprejudicado.

    3.Nao pode ser supridapelo juiz, que pode re-conhece-la de oficio.3, Pode ser sanada pelojuiz, que na o pode re-conhece-la de oficio.

    4. Nao se convalesce pelodecurso do_tempo. 4. Pode se convalescerpelo decurso do tempo.5. Emregra na o prescreve(excecoes: quando a leipermitir, neg6cios defundo patrimonial, etc.).

    5. Prescreve em prazosmais ou menos exfguosou em prazos decaden-dais.6.Heita ex nunc (deagora em diante). Adedaracao de anula-bilidade na o retroage.Anulado 0 ato, os efei-tos operam a partir dadecisao.

    6.Efeito ex tunc (desdeaquele momenta). Adeclaracao de nulidaderetroage a data da ce-lebracao do neg6cionulo.Ato nulo praticado por absolutamente incapaz, sem a devidarepresentacao; objeto ilicito ou impossivel; quando niio se revestir 0ato da forma prescrita em lei; quando for preterida solenidade essencial; quando houver s imulacao; quando a lei declarar 0 ato nulo ou the negar efeito.Ato anulavel

    praticado por relat ivamente incapaz, sem assisten-cia de seus representantes legais; por vieio resultante de erro, dolo, coacao, lesao, estadode perigo ou fraude contra credores, quando csscneiais; por falta de legitimacao (ex.: venda de imovel semoutorga do outro conjuge); se a lei assim 0 declarar.

    ATO ILielTO ERESPONSABILIDADE CIVILArts. 186 a 188 e 927 a 954 do C6digo Civil

    Conceito de ato iHcitoAto praticado em desacordo com a norma juridica, cau-sando danos a terceiros e criando 0 dever de repara-Ios.

    R e s u m a o J u r id i c osando a extensao do dano, as c on d ic oe s e co n om i -casdos envolvidos e 0 grau de culpa do agente.Nao se avalia mediante simples calculo, mas vi-sando a compensar a sensacao de dor da vitima,b) Dano patrimonial Dann emergente - Efetiva diminuicao do pa-trimonio da vitima. Lucro cessante - 0 que ela deixou de ganhar.Se 0 dane patrimonial e 0moral decorrem do mesmofato, s e ra o c umu la v e is as indenizacoes ,3. Relacao de causalidade - A responsabilidade civilnao pode existir sem a relacao de causalidade entreo dano e a conduta ilicita do agente. Se houvedana mas sua causa nao esta relacionada com 0comportamento do agente, inexiste a relacao decausalidade, nao havendo a obrigacao de indcnizar.

    Subjetiva1.Conduta - Tdem anteriormente.2, Dano - Idem acima.3. Elemento subjetivo - Havera responsabilidade por inde-nizacao somente se existir culpa em sentido amplo doagente, que abrange 0 dolo e a culpa em sentido estrito.a) Dolo - E a voluntariedade; e a violacao intencionaldo dever juridico; 0 agente quer 0 resultado (dire-to) ou assume 0 risco de produzi-Io (eventual).b) Culpa (em senti do estrito) - E a violacao de umdever que 0 agente poderia conhecer e acatar .Nao ha intencao de violar 0 dever juridico, maseste acaba sendo violado por: Tmprudencia - E a pratica de urn fato perigo-so (ex.: dir igir veiculo em rua movimentadaem excesso develocidade). N eg llg en cia - E a ausen cia de precaucao ou indi-ferenca em relacao ao ato realizado (ex.: deixararma de fogo ao facil aicance de uma crianca), Impericia - Falta de aptidao para 0 exerciciode arte ou profissao (tambem caracteriza aculpa, embora nao esteja expressa no art. 186).E 0medico, dentista, engenheiro, etc. que, emface de urn desconhecimcnto ou falta de prati-ca, no desempenho de suas funcoes, venha acausar dana a interesses juridic os de terceiros.Pela teoria da responsabilidade subjetiva, havera inde-nizacao toda vez que 0 agente tenha pratieado 0 atodanoso porque 0 conhecia e 0 quis, como t ambemquando 0 agente, embora nao 0 conhecesse e na o 0quisesse, tenha agido por negligencia ou imprudenciaou violado norma que podia ou devia conhecer e aca-tar.Prevalece a teoria da previsibilidade. Se 0ate eraprevisivel (para a pessoa diligente, prudente e conhe-cedora da norma), entao havera culpa para 0 agente.

    4. Nexo causal- Idem anteriormente.o Codigo Civil adota, como regra, a teoria snbjetiva.Aquele que, par acao ou om i ss a o vo lu n ta r ia , n e g li g en c ia ouimprudencia, violar direito e causar dane a outrem, aindaque exc1usivamentemoral, comete ato ilicito (art. 186).

    Culpa contratual - Resulta da violacao de urndever inerente a urn contrato (ex.: 0 inquilino quena o paga 0 aluguel). Culpa extracontratnal ou aquiliana - Resulta daviolacao de urn dever fundado em principios geraisdo direito, como 0 rcspcito its pessoas e aos bensalheios; deriva de infracao ao dever de conduta, im-posto pela lei (ex.: motorista em excesso de veloci-dade provoca atropelamento).

    Exclusao da ilicitude (art. 188)Nao constituem atos ilicitos: os praticados em legitimadefesa ou no exercicio regular de um direito; deterioracaoou destruicao de coisa alheia ou lesao a pessoa, a fim deremover perigo iminente; ausencia de nexo de causalidade;culpa exclnsiva da vitima; caso fortuito ou forca maior.Obrigac;ao de indenizarAquele que, por ate ilicito, causar dane a outrem ficaobrigado a repara-lo (art. 927). Os bens dos responsa-veis pela ofensa ou violacao do direito de outrem fica-ra o sujeitos it reparacao do dano patrimonial ou moralcausado. Se a ofensa tiver mais de urn autor, todos res-ponderao solidariamente pela reparacao (art. 942). 0ti tular da aao pode propo- la contra urn ou todos aomesmo tempo. Aquele que pagar a in de niz ac ao te radireito de regresso contra os demais, para reaver 0 quedesembolsou. A i nd e ni za ca o t am b er n se aplica a: dartos causados por animais (art. 936); danos causados por predios em ruinas (art. 937); danos por coisas lancadas das easas (art. 938); responsabilidade por cobranca de divida niio venci-da ou ja paga (art. 940).

    Responsabil idade por atos de terceirosSao t am b em r es po n sa ve is pais, tutores, empregadorese donos de hoteis (art, 932). Ainda que nao haja culpa parparte dcssas pcssoas, c1asresponderao pelos atos pratica-dos pelos terceiros (responsabilidade objetiva - art. 933).Efeitos civis da decisao proferidano jufzo criminalA responsabilidade civil e independente da crimi-nal , nao se podendo questionar mais sobre a existen-cia do fato ou sobre quem seja seu autor quando essasquestoes se acharem decididas no juizo criminal (art.935). Assim, havendo responsabilidade criminal, po-dera haver repercussao na esfera civil. Sentenca penal condenatoria (autor ia e -fato com-provados): vincula - condenacao na esfera civel. Sentenca penal absolutoria (ncgatoria do fato elouautoria): vincula - absolvicao na esfera civel. Sentenca penal absolut6ria (falta de provas - nonliquet): nao vincula - 0juiz civel pode condenar ouabsolver, dependendo das provas carreadas ao pro-cesso. Penal - verdade real, 0 que realmente OCOf-reu; na duvida, juiz absolve. Civil- verdade formal.Transmissibilidade do dever de indenizarFalecendo 0 responsavel pela reparacao, seus herdeiros,dentro das forcas da heranca, devem indenizar (art. 943).Regras sobre calculo de indenizac;aoSao definidas nos arts . 944 a 954.

    OBR IG A~O ES - PARTE GERALArts. 233 a 420 e 840 a 886 do Codigo Civil

    Conceito de obrigac;aoRelacao juridica de natureza transitoria entre credore devedor cujo objeto consiste numa prestacao pessoale econornica.Elementos constitutivos1.Subjetivo: sujeito ativo - credor (beneficiario daobrigacao); sujeito passivo - devedor.2. Objetivo: objeto da obrigacao - prestacao.3, Vinculo juridico: elo que sujeita 0 devedor a deter-minada prestacao em favor do credor.Fontes Lei (fonte pr imar ia ou imediata das obr igacces) . Negocio juridico unilateral (ex.: promessa de re-compensa) ou bilateral (ex.: contratos). Ato ilicito - obrigacao de reparar 0 dano.Classificac;ao das obrigac;oesQuanto ao objeto1.Positiva sa) Obrigacao de dar: coisa certa (arts. 233 a 242): 0 devedor se obrigaa entregar coisa individualizada (move ! ou imo-vel, abrangendo acessor ios); 0 credor na o e obri-gada a receber outra coisa, ainda que rnais valio-sa; ate a entrega da coisa, es ta pertence ao deve-dor com seus acrescimos, Se a coisa perecer an-tes da tradicao, sem culpa do devedor, extingue-se a obrigacao; havendo culpa, havera indeniza-9ao pelo valor da coisa, mais perdas e danos. coisa incerta (arts. 243 a 246): 0devedor se obri-

    ga a entregar objeto incerto, porem ja indicadopelo genero e quantidade, faltando definir a qua-lidade (ex.: obr igacao de entregar 10 bois). Adeterminacao se faz pela escolha (concent ra-cao), Esta pertence, em regra, ao devedor, se 0contrario nao resultar da obrigacao. 0 devedorn ao p od er a dar a coisa pior, nem sera obrigado aprestar a melhor. Realizada a escolha, a obriga-ao transforma-se em dar coisa certa.b) Obrigacao de fazer (arts. 247 a 249): consiste naprcstacao de um service ou ato positivo (materialou imaterial) do devedor (ex.: trabalho manual,intelectual, cientifico, artistico, etc.).A impossibili-dade de 0 devedor cumprir a obrigacao de fazer,bern como a recusa em executa-la, acarreta 0 ina-dirnplemento contratual. Se houver recusa ao cum-primento de obrigacao de fazer fungivel (que podeser executada por terceiro), sera l ivre ao eredormanda- lo executar a custa do devedor ou pedirindenizacao por perdas e danos. Sefor de obr igacaoinfungivel , resolve-se em perdas e danos, na o sepodendo constranger fisicarnente 0 devedor, Noentanto, admite-se a execucao especifica mediantecominacao de multa diana (astreinte), cstabelecidapelo juiz.

  • 5/10/2018 Resumo Direito Civil (Saraiva)

    4/6

    Formas especiais de pagamentoa) Pagamento por consignacao (arts . 334 a 345)-o devedor deposita a coisa devida (movel ouimovel), liberando-se de obrigacao liquida ecerta. Se for em dinheiro, pode optar pelo depo-sito extrajudicial em conta bancaria,b) Pagamento com sub-rogacao (arts. 346 a 351)-Substituicao na obrigacao de uma coisa poroutra (real) ou de uma pessoa por outra (pes-soal) com os mesmos onus e atributos.c) Imputaeao 30pagamento (arts. 352 a 355)- Pes-soa obrigada por dois ou mais debitos da mesmanatureza, liquidos e vencidos, a urn sO credor tern 0direito de escolher qual deles esta pagando.

    2. Negativas Obrigacao de nao fazer (arts. 250 e 251): 0deve-dor se compromete a niio praticar certo ato quepoderia serpraticado, nao fosse a obrigacao assu-mida (ex.: obrigacao de nao construir acima decerta altura para nao obstruir a visao do vizinho).Quanto a seus elementos

    1. Simples - Urn sujeito ativo, urn sujeito passivoe urn objeto.2. Compostasa) Pluralidade de objetos: cumulativa - dar urn carro e urn aparta-mento; 0 inadimplemento de uma envolve 0descumprimento total. alternativa (arts. 252 a 256) - entregar urncavalo ou dois bois; 0 devedor se desoneracom 0 cnmprimento de uma das obrigacoes.A escolha pertence ao devedor, se 0 contra-rio nao ficon estipulado no contrato.b) Pluralidade de sujeitos (credores ou devedores)- Solidariedade (arts. 264 a 285) - cada urntern direito ou e obrigado pelo total da divida: ativa - pluralidade de credores; pass iva - pluralidade de devedores.A solidarledade niio se presume. Resulta dalei ou vontade das partes (art. 265).

    Outras modalidades l iquidas (certas quanto a existencia e determina-das quanto ao objeto) ou iliquidas (dependemde apuracao previa); divisiveis ou indivisiveis - comportam on naofracionamento, sem prejuizo de sna substancia(arts. 257 a 263); propter rem - hibridas: parte direito real, partedireito pessoal (ex.: condominio);Clilusula penal (arts. 408 a 41G)Penalidade accssoria imposta pela inexecucao totalon parcial da obrigacao (compensatoria) ou pelo re-tardo em seu curnprimento (moratoria). a limite e 0valor da obrigacao principal. Se houver cumprimentoparcial, a pena pode ser reduzida proporcionaimente.Mora (arts. 394 a 401) - Retardamento ou imper-feito curnprimento da obrigacao por culpa:a) do devedor (so/vendi, debitorisi - nao curnprena forma, tempo e lugar estipulados: -

    ex re - previsto em lei; ex persona - providencia do eredor (ex.: nuti-ficacao),b) do credor (accipiendi, creditoris) - recusa emaceitar 0 cnmprimento da obrigacao,Se a parte que incorreu em mora corrigir sua fa-Iha, haven't purgacao da mora.Extin~ao das obrlqaceesPagamento diretoa) pessoas: solvens (devedor) e accipiens (credor);b) objeto e prova do pagamento: quitacao (arts.313 a 326);c) lugar do pagamento (arts. 327 a 330): querable- domicilio do devedor; excecao: portable -domicilio do credor;d) tempo - vencimento: f ixado pelas partes (arts.331 a 333).

    Pagamento indiretoa) Dacao em pagamento (arts. 356 a 359) - Acor-do de vontades entre credor e devedor em queha a entrega deuma coisa (movel ou imovel) emsubstituicao de dinheiro.b) Novacao (arts. 360 a 367) - Criacao de obriga-98,0 nova c cxtingnindo a anterior, modificandoo objeto (objet iva ou real) au substituindo umadas partes (subjetiva - ativa ou passiva). Naoproduz satisfacao do credito.

    c) Compensacao (arts. 368 a 380) - Duas ou maispessoas sao ao mesmo tempo credoras e devedo-ras umas das outras; as duas obrigacoes se extin-guem ate onde se compensarem. As prestacoesdevem ser fungiveis entre si .d) Confusiio (arts. 381 a 388) - Incidencia em umamesma pessoa das qualidades de credor e deve-dor, operando-se a extincao do credito, pois nin-guern pode ser credor e devedor de si mesmo.Observaciio: 0 novo Codigo Civil trata a transa-~ao (arts. 840 a 850 - extincao da obrigacao pormutuas concessoes) e a arbitragem (arts. 851 a853 - as partes confiam a arbitros a solucao deseus confiitos de interesses) como foemas decontrato e nao como formas de pagamento.

    Extin~iio sem pagamento - Ocorre nos casos deremissao (perdao), renuncia, prescricao, impossibi-lidade de execucao par casu fortuito ou forca maiore implemento de condicao ou termo extintivo.Pagamento judicial- Ocorre por rneio de urnaacao judicial - execucao forcada.

    Declarac;:ao unilateral de vontade(arts, 854 a 926) Promessa de recompensa. Gestae de ncgocios. Pagamento indevido. Enriquecimento sem causa. Titulos de credito.

    CONTRATOSArts. 421 a 839 do Codigo Civil

    Conceito de contratoAcordo de v o nt ad e s q u e visa it c r iacao, mod i ficacao ouextin

  • 5/10/2018 Resumo Direito Civil (Saraiva)

    5/6

    Locacao (arts. 565 a 578 e 593 a 626)Uma das partes, mediante remuneracao, secompromete a fomecer a outra, por certo tempo, 0uso de urna coisa, a prestacao de urn service ou aexecucao de determinado trabalho.Ha tres especies:1. Locacao de servicos - Prestacao de serviceseconomicamente apreciavel,2. Locacao de obras ou empreitada - Execucaode obra ou trabalho.Observaciio: pela disposicao atual no C6digo Civil,a prestacao de servicos e a empreitada nao saoespecies de locacao e sim contratos autonomos,3. Locacao de coisas - E 0 contrato pelo qual urnadas partes (locador ou senhorio) se obriga aceder a outra (locatario ou inquilino), por tempodeterminado ou nao, 0 uso e gozo de coisa naofungivel, mediante certa remuneracao (art. 565).Se houver mais de urn locador ou locatario, en-tende-se que sao solidarios, se 0 contrato naoestipulou 0 contrario. A locacao de im6veis ur-banos sao regulados pela Lei 8.245/91. 0 loca-dor s6 pode exigir uma das seguintes garantias,sob pena de nulidade: a) caucao (maximo tresmeses); b) fianca; c) seguro-fianca locaticia,Durante 0 prazo convencionado, niio pod era 0

    locador reaver 0 im6vel alugado; 0 locatariopodera devolve-lo, pagando a multa pactuada. 0locatario podera denunciar a locacao por prazoindeterminado mediante aviso por escrito aolocador, com antecedencia minima de 30 dias.No caso de alienacao, 0 locatario tern direito depreferencia para adquirir 0 im6vel em igualdadede condicoes com terceiros.

    Extinc;ao da relac;ao contratual1.Normal: curnprimento.2. Rescisao ou dissolucao:a) causas anteriores ou contemporaneas - nuli-dade, condicao resolutiva, arrependimento;b) causas supervenientes - resolucao (descum-primento voluntario ou involuntario), resil i-c;:ao(acordo bilateral- distrato - ou unilateral)ou morte de urn dos contratantes em obriga-90eS personalissimas.Principais contratos

    Compra e venda (arts. 481 a 532)Urn dos contratantes se obriga a transferir 0 do-minio de certa coisa, e 0 outro, a pagar-lhe 0 pre-90 em dinheiro. Elementos: coisa, preco e consen-so. Nao transfere 0 dominio. Este e transferido pe-la tradicao (bens m6veis) ou pelo registro do tituloaquisitivo no Cart6rio de Registro de Im6veis(bens im6veis). A lei proibe que os ascendentesvendam aos descendentes quaisquer bens, sem quehaja 0 consentimento dos outros descendentes edo conjuge do alienante, salvo se casado sob 0regime de separacao obrigat6ria (art. 496), sobpena de anulacao do ato. Essa venda poderia simu-lar urna doacao em prejuizo dos demais herdeiros.Clausulas especiais: retrovenda (arts. 505 a 508),venda a contento (arts. 509 a 512), preernpcao oupreferencia (arts. 513 a 520) e reserva de dominio(arts. 521 a 528).Troca ou permuta (art. 533)As partes se obrigam a dar uma coisa por outraque nao seja dinheiro. Operam-se, ao mesmotempo, duas vendas, servindo as coisas trocadas decompensacao reciproca. E anulavel a troca devalores desiguais entre ascendentes e descenden-tes, sem 0 expresso consentimento dos outros des-cendentes e do conjuge do alienante.Estimaterio (arts. 534 a 537)Uma das partes (consignatario) recebe da outra(consignante) bens m6veis, ficando autorizada avende-los, obrigando-se a pagar urn preco estima-do previamente, se nao restituir as coisas consig-nadas dentro do prazo ajustado.Doa~ao (arts. 538 a 564)Uma pessoa, por liberalidade, transfere de seupatrimonio bens ou vantagens para 0 de outra, queos aceita. Os ascendentes podem fazer doacoes aseus filhos, mas isso importa em adiantamento dalegitima. Nula sera a doacao da parte excedente doque poderia dispor em testamento. H a nulidade dadoacao inoficiosa apenas no que exceder a legiti-rna dos herdeiros. A doacao pode ser revogada sehouver ingratidao (ex.: atentar contra a vida oucaluniar 0 doador) ou descumprimento de encargo.

    Emprestimo (arts. 579 a 592)Alguem entrega uma coisa para outrem, gratuita-mente, obrigando-se este a devolver a mesma coisaou devolver outra da mesma especie e quanti dade.H a duas especies:1. Comodato - Emprestimo de uso em que 0 bernemprestado devera ser restituido, nao podendoser fungivel ou consumivel (ex. : uma casa).Nao restituindo 0 bern, 0 comodante pode in-gressar com acao de reintegracao de posse ecobrar aluguel.2. Mutuo - Emprestimo de consumo em que 0bern usado, sendo fungi vel ou consumivel, naopodera ser devolvido e a restituicao sera em seuequivalente, por outra coisa do mesmo genero,qualidade e quantidade (ex.: urn quilo de feijao).Pode ser gratuito ou oneroso (feneraticio).Deposito (arts. 627 a 652)Uma pessoa (depositario) recebe de outra (depo-sitante) urn objeto m6vel para guarda-lo, tempora-ria e gratuitamente, ate que 0 depositante 0 recla-me. Depositario que nao restitui a coisa ao final docontrato (infiel) pode ter sua prisao decretada.Mandato (arts. 653 a 709)Alguem (mandatario) recebe de outro (mandante)poderes para, em seu nome (em nome do mandante),praticar atos ou administrar interesses. 0 instrumento domandato escrito e a procuracao, 0mandato pode ser

    legal, judicial ou convencional (ad judicia ou ad nego-tia). Substabelecer urna procuracao significa conferir aterceira pessoa os poderes que recebeu do mandante.Transporte (arts. 730 a 756)Uma pessoa OU empresa se obriga, medianteretribuicao, a transportar, de urn local para outro,pessoas ou coisas (animadas ou inanimadas).Seguro (arts. 757 a 802)Uma pessoa (segurador) se obriga perante outra(segurado), mediante 0 pagamento de urn premio,a garantir- lhe interesse legitimo relat ivo a pessoaou coisa e a indeniza-la de prejuizo decorrente deriscos futuros, previstos no contrato.Ftanca (arts. 818 a 839)Tambem chamada caucao ffdejusseria, e apromessa feita por uma ou mais pessoas de garan-tir ou satisfazer a obrigacao de urn devedor, se este

    niio a cumprir, assegurando ao credor seu efetivocumprimento.

    DIREITO DAS COISASArts. 1.196 a 1.510 do C6digo Civil

    Os direitos podem ser classificados em:a) pessoais: relacoes entre pessoas, abrangendo 0sujeito ativo, 0 passivo e a prestacao que 0 se-gundo deve ao primeiro (ex.: contratos);b) das coisas: relacao entre 0 homem e a coisa quese estabelece diretamente (ex. : propriedade),contendo tres elementos: 0 sujeito ativo, a coisae a relacao (ou 0 poder) do sujeito ativo sobre acoisa (dominio).ConceitoDireito das Coisas e 0 conjunto de regras que re-gulamentam as rclacoes juridicas entre 0 hornem.eas coisas.Conteudc do Direito das Coisas1. Posse.2. Direitos reais:a) propriedade;b) direitos reais sobre coisa alheia: uso - enfiteuse, superficie, servidao, usu-fruto, usa e habitacao; garantia - penhor, hipoteca e anticrese; direito real de aquisicao - compromissoirretratavel de venda.Posse (arts. 1.196 a 1.227)

    Exercicio pleno ou nao 'de alguns dos poderesinerentes a propriedade (art. 1.198).Teorias Subjetiva (Savigny): corpus (poder fisico sobre acoisa) e animus (intencao de ter a coisa para si). Objetiva (Ihering): apenas corpus.o CMigo Civil adota a teo ria objetiva.

    Famulo de posseDetern a coisa em virtude de dependencia eco-nornica-ou vinculo de subordinacao (ex.: caseiro-art. 1.198).ObjetoTodas as coisas que puderem ser objeto de pro-priedade.Classificacaoa) Direta (exercida por quem detem materialmen-te a coisa) ou indireta (posse exercida por meiode outra pessoa - ex.: proprietario que tern acoisa por meio do inquilino).

    b) Justa (adquirida sem vicios) ou injusta (adquiri-da com violencia - esbulbo; as escondidas - c1an-destina; ou com abuso de confianca - precaria).c) Boa-fe (0 possuidor ignora os vicios que impe-dem sua aquisicao legal) ou ma-fe (0 possuidortern ciencia dos vicios).d)Nova ou velha (mais de urn ana e urn dia).

    AqulsicaoApreensao da coisa, exercicio de direito, disposi-cao da coisa, tradicao e constituto possess6rio (aque-Ie que possuia em nome pr6prio passa a possuir emnome de outrem - ex.: proprietario que vende im6vele continua em sua posse como locatario - art. 1.205).Quem pode adquirirA pr6pria pessoa, seu representante (mandata-rio) e terceiro (gestor de neg6cios).Efeitos da posse

    1.Invocar interditos (a.;oes)a) ameaca - interdito proibit6rio;b) turbacao - manutencao de posse;c) esbulho - reintcgracao de poss.e;d) nunciacao de obra nova- impedir obras que este-jam em desacordo com regras de const rucao;e) dana infecto - caucao de futuros e eventuaisdanos.2. Percepcao de frutosa) Possuidor de boa-fe - Tern direito aos frutospercebidos, ao usa e gozo da coisa, as despe-sas de producao; nao tern direito aos frutospendentes quando cessa a boa-fe.b) Possuidor de m a-fe - Responde pelos pre-juizos, pelos frutos colhidos e percebidos epelos frutos que por sua culpa se perderam,mas tern direito as despesas de producao.3.Faculdade de legitima defesa da posse e des-forco imediato (art. 1.210), empregando meiosestritamente necessarios e proporcionais.4. Indenizacan de benfeitorias necessarias e uteis(posse de boa-fe) ou so necessarias (posse dema-fe).

    5. Faculdade de ser mantida sumariamente (pormeio de liminares) em caso de posse velha.Perda da posseAbandono, tradicao, perda ou destruicao,posse de outrem e constituto possess6rio (arts.1.223 e 1.224).CompossePluralidade de sujeitos e coisa indivisa:

    a)pro indiviso - cada urn tern a parte ideal dobern'b)pro diviso - divisao de fato do bern.Propriedade (arts. 1.228 a 1.368)Direito que a pessoa fisica ou juridica tern de usar,gozar (ou fruir), dispor de urn bern ou reivindica-lo dequem injustamente 0 possua. Reafirma-se a funeao so-cial da propriedade acolhida no art. 5, XXlll, daConstituicao Federal.

    Restricoes ao direi to de propriedadeConstitucionais, administrativas, militares e civis.Classiflcacaoa) Plena - Quando estao presentes todos os ele-mentos da propriedade (uso, gozo, disposicao ereivindicacao ).

    b) Limitada - Quando recai sobre ela algum onus(ex.: hipoteca) ou e resoluvel.Propriedade imovel1. Aquislcaoa) Acessiio: formacao de ilhas; aluviao (acres-cimo paulatino de terras as margens do riomediante lentos dep6sitos naturais ou desvio

  • 5/10/2018 Resumo Direito Civil (Saraiva)

    6/6

    de aguas); avulsao (repentino deslocarnento deuma porcao de terra por forca natural violenta,desprendendo de urn predio e juntando-se aoutro); alveo abandonado (rio que seca ou des-via totalmente seu curso); e artificiais (acresci-rnos feitos pelo homem: plantacoes e constru-coes).b) Usucapiao: extraordinaria: 15 anos (0 prazo cai para 10anos se 0 possuidor estabelecer moradia ourealizar obras de carater produtivo); ordinaria: 10 anos e justo titulo - prova deboa- 1 'e (0 prazo cai para 5 anos se 0 imovel foiadquirido onerosamcntc, cstabclecendo rnora-dia ou investimento de carater economico); constitucional: 5 anos; 0 l imite na area rural e50 hectares (arts. 191, CF, e 1.239, CC) e naurbana, 250 m2(arts. 183, CF, e 1.240, CC).Em qualquer dessas hipoteses, a pessoa naopode ser proprietaria de nenhurn outro bern imo-vel. Os imovcis publicos nao podem ser objetode usucapiao,c) Modos derivados: sucessao hereditaria (causamortis) e registro de transferencia (inter vivos).2. Perda: alienacao, renuncia, abandono, perecimen-to, dZsapropriayao e usucapiao.

    Propriedade mevel Aquisi~ao e perda: origimiria - ocupacao e usu-capiao (extraordinaria, 5 anos; ordinaria, 3 anos);derivada - especificacao (transformacao de coisamovel em especie nova), confusao (mistura entrecoisas liquidas), cornistao (mistura entre coisas so-l idas), adjuncao (justaposicao de uma coisa sobre aoutra), tradicao (entrega da coisa) e heranca.Condominio (ou compropriedade)E a propriedade em comum. Urn mesmo bern podepertencer a varias pessoas, cabendo a cada uma igualdireito sobre 0 todo.Ha duas especies:1. convencional ou voluntario (arts . 1.314 a 1.330)-resulta de acordo de vontade das pessoas;

    2. edilicio - predio de apartamentos (arts. 1.331 a1.358, CC, e Lei 4.591/64).Direi tos de vizinhanea (arts . 1.277 a 1.313)Aplicam-se nos casos de: uso anormal da propriedade;

    arvores limitrofes; passagem forcada: aguas; l imites entre predios e construcao (devassamento,aguas e beirais, paredes divisorias e tapagem).Propriedade resoluvelE a que se extingue com a ocorrencia de uma con-dicao resolutiva au de urn terrno final (ex.: dou minhafazenda a X ate abri l de 2020, quando entao a proprie-dade sera de eventual neto).

    DIREITOS REAIS SOBRECOISAS ALHEIASArts. 1.369 a 1.510 do Codigo Civil

    Especies Direitos reais de gozo ou fruicao. Direitos reais de garantia . Direito real de aquisicao.Direitos reais de gozo ou frui