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P rof. Álvaro Santos A MUDANÇA DAS DISTANCIAS GEOGRÁFICAS E OS PROCESSOS MIGRATÓRIOS Em Geografia, pode-se afirmar que a globalização diz respeito à construção de novos espaços e novas relações sociais desenvolvidas nesse quadro. Trata-se de uma nova configuração geográfica que se superpõe aos territórios nacionais, por vezes conflituosamente, outras harmoniosamente. Isso pode significar mudanças importantes nos próprios Estados nacionais com a presença, em seus territórios, de pontos de rede de corporações transnacionais e de redes técnicas, propiciando um aumento extraordinário da circulação de capital, de bens industriais, de serviços e informações produzidos na escala mundial. Essa agilidade da circulação se dá porque os espaços globais são suportes ativos dos processos socioeconômicos que ocorrem na escala mundial. Esses negócios são alimentados pelo que há de mais avançado em tecnologias de produção e circulação. Assim esses espaços da globalização se realizam como expressões geográficas da nova ordem mundial. O Brasil foi o quarto pais da America a receber a receber pessoas de outros países. O marco do início da imigração em nosso país foi o decreto assinado em 1808 por D. João VI, que permitia a posse de terras por estrangeiros. A partir daí, grandes contingentes de portugueses, italianos, alemães, espanhóis, eslavos e japoneses, entre outros, procuraram o Brasil como nova pátria. A IMIGRAÇÃO JAPONESA O Brasil é o país que tem a maior comunidade japonesa fora no exterior. São 1.500.000 pessoas entre japoneses e seus descendentes. Isso resulta de uma onda migratória proporcionada pelo Tratado de Amizade, Comercio e Navegação Brasil-Japão, assinado em 1895. De 1908 a 1941 migraram para o Brasil 188.986 japoneses. Esse fluxo foi interrompido pela Segunda Guerra Mundial e retomado nos anos 1950, quando vieram mais 53.555 imigrantes. A situação se inverteu: agora são 225.000 brasileiros que estão trabalhando no Japão. No

RESUMÃO GEOGRAFIA 1º ANO 2013 (completo)

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Geografia e Atualidades

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P r of. Álvaro Santos

A MUDANÇA DAS DISTANCIAS GEOGRÁFICAS E OS PROCESSOS MIGRATÓRIOS

Em Geografia, pode-se afirmar que a globalização diz respeito à construção de novos espaços e novas relações sociais desenvolvidas nesse quadro. Trata-se de uma nova configuração geográfica que se superpõe aos territórios nacionais, por vezes conflituosamente, outras harmoniosamente. Isso pode significar mudanças importantes nos próprios Estados nacionais com a presença, em seus territórios, de pontos de rede de corporações transnacionais e de redes técnicas, propiciando um aumento extraordinário da circulação de capital, de bens industriais, de serviços e informações produzidos na escala mundial.Essa agilidade da circulação se dá porque os espaços globais são suportes ativos dos processos socioeconômicos que ocorrem na escala mundial. Esses negócios são alimentados pelo que há de mais avançado em tecnologias de produção e circulação. Assim esses espaços da globalização se realizam como expressões geográficas da nova ordem mundial. O Brasil foi o quarto pais da America a receber a receber pessoas de outros países.O marco do início da imigração em nosso país foi o decreto assinado em 1808 por D. João VI, que permitia a posse de terras por estrangeiros. A partir daí, grandes contingentes de portugueses, italianos, alemães, espanhóis, eslavos e japoneses, entre outros, procuraram o Brasil como nova pátria.

A IMIGRAÇÃO JAPONESA

O Brasil é o país que tem a maior comunidade japonesa fora no exterior. São 1.500.000 pessoas entre japoneses e seus descendentes. Isso resulta de uma onda migratória proporcionada pelo Tratado de Amizade, Comercio e Navegação Brasil-Japão, assinado em 1895. De 1908 a 1941 migraram para o Brasil 188.986 japoneses. Esse fluxo foi interrompido pela Segunda Guerra Mundial e retomado nos anos 1950, quando vieram mais 53.555 imigrantes.A situação se inverteu: agora são 225.000 brasileiros que estão trabalhando no Japão. No entanto, atualmente não existe a mesma rigidez na imigração Brasil-Japão quanto houve na imigração Japão-Brasil ocorrido no inicio do século XX, na qual inúmeros camponeses pobres perfizeram os 18.557km em 52 desgastantes dias de viagem dentro de um navio, sem a possibilidade de “bater em retirada” e retornar a sua terra natal. Todavia, algo muito interessante e surpreendente aconteceu na geografia do mundo contemporâneo atualmente o Japão está bem mais próximo do nosso país. Se antes essa distancia eram extensos 18.557km. Nada mudou? Mudou sim: os extensos 18.557km significam 52 dias de navio e os atuais 18.557km correspondem a 24 horas de voo de avião. Em termos gerais, para as populações atuais dos dois países, essa mesma distancia e outra, tem outro significado em suas vidas, mas essa não e a melhor forma de se medir as distancias geográficas. Uma aceleração no percorrer da distancia geográfica. Uma aceleração dada pelo desenvolvimento e pelo acesso a novos meios tecnológicos que fizeram o espaço geográfico ser outra coisa; uma aceleração que altera as relações entre essas duas sociedades (Brasil-Japão).

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GLOBALIZAÇÃO E REDES GEOGRÁFICASO avanço tecnológico vem modificando as áreas de estudo e criando novos conceitos, como os de redes geográficas e globalização.

Hoje, se o Facebook fosse um país, seria o terceiro maior do mundo, com seus 800 milhões de usuários. Os fenômenos da globalização  e das redes geográficas estão modificando alguns conceitos ensinados nas escolas de antigamente. Na área da Geografia, afirma-se que o conceito de globalização caracteriza a construção de novos espaços, além de novas relações sociais desenvolvidas pelo mundo. Essa nova configuração de redes geográficas na globalização, que transpassam a ideia dos territórios nacionais, acaba por acarretar grandes e significativas mudanças nos próprios Estados nacionais através da presença, em tais Estados, de pontos de redes geográficas e da globalização pertencentes a corporações transnacionais e da inserção de redes geográficas técnicas, o que proporciona um enorme aumento na circulação de capital, de bens, informações e serviços produzidos em todo o planeta. Tal agilidade, ocorrida pela globalização e pelas redes geográficas na circulação comercial e informativa acontece, principalmente, porque os espaços da globalização agem como suportes de todos os

processos socioeconômicos ocorrentes nas redes geográficas mundiais, e é necessária certa dedicação para que compreendamos mais profundamente quais os fatores responsáveis pelo acontecimento das redes geográficas na globalização.

GLOBALIZAÇÃO – RESUMO

Quando falamos em redes geográficas e globalização, várias coisas podem ser compreendidas, porém, há uma interpretação sempre confirmada por todos: hoje, é muito maior a presença do mundo em cada localidade. Tal fenômeno é expressado pela presença enorme de produtos vindos de diversas partes

do mundo, além do número elevado das informações a respeito dos quatro cantos do planeta. Grande parte do que acontece, do que se pensa e se faz em outras localidades pertence agora a nossa realidade, através das redes geográficas e da globalização. Em consequência, há uma nova organização de nosso espaço geográfico, a qual permite que o mundo esteja aqui e nós estejamos no mundo, simultaneamente. Para compreendermos tal fenômeno, podemos observar o funcionamento da internet, comparando-a as redes geográficas na globalização, que faz com que seja cada vez mais fácil consumirmos informação criada em todo o mundo, além de propagar por todo o planeta as informações que criamos.

REDES GEOGRÁFICAS - RESUMO

Para explicar a globalização, foi criado o conceito de redes geográficas. Tais redes geográficas na globalização significam os novos vínculos de relacionamento existentes entre os países, estados e cidades de todo o planeta. Por exemplo, o desenvolvimento das redes de internet aumentou bastante a comunicação entre habitantes do Brasil e dos EUA,  fazendo com que deixasse de existir parte da distância entre essas duas nações, e fossem criadas as redes geográficas na globalização. Estes novos conceitos de interação são muito importantes para diversos segmentos (política, economia, logística, etc.) e são analisados pelo estudo das redes geográficas e da globalização, que buscam compreender um novo mapeamento do planeta, ultrapassando os limites das teorias geográficas físicas.O avanço tecnológico da globalização tem modificado nossa cultura e diminuído nossas fronteiras. Isso desperta uma curiosidade imensa sobre as redes geográficas e a globalização em pesquisadores e cidadãos do mundo todo, servindo como um dos campos de estudo da Geografia contemporânea.

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OS GRANDES FLUXOS DO COMÉRCIO MUNDIAL E A CONSTRUÇÃO DE UMA MALHA GLOBAL

O comércio é por definição uma forma de relação humana que implica colocar em contato grupos sociais diferentes. Na origem da história humana para um grupo A interessava obter de outros grupos aquilo que não se conseguia produzir, aquilo que somente outros grupos possuíam. Esse gênero de relação exigia estender relações sobre espaços mais amplos, obrigava a abrir caminhos, rotas e construir portos, estimulava a criação de novos meios de transporte e impunha a criação de estruturas para os comerciantes. Como se vê, o comércio é uma atividade humana produtora de novos es-paços humanos e uma atividade que ensinou o ser humano a lidar com a distância geográfica.No mundo contemporâneo tudo isso intensificou extraordinariamente. Com os novos meios disponíveis, as atividades comerciais aumentaram o poder de uma das forças propulsoras da "fabricação" de novos espaços e do aperfeiçoamento dos meios de supe-ração da distância entre as realidades geográficas.Vamos pensar nas marcas de produtos comerciais que frequentam nosso dia-a-dia. Qual a origem nacional da marca? Numa série de produtos (roupas, calçados e eletrônicos, por exemplo) onde é a localidade da fabricação? São duas coisas diferentes: um produto pode ter uma marca de origem americana e ser produzido na China. Uma marca pode ser francesa e seu produto pode ser ao menos em parte, produzido no Brasil.Isso revela a complexidade das relações atuais, num mundo globalizado, embora uma relação comercial, ao pé da letra, resuma-se à saída do local de produção (ou ponto de venda) até o ponto do consumo.Os fluxos de produtos que chegam até nós vêm do mundo, de um sistema produtivo e comercial que se organiza na escala mundial, não somente dos nossos vizinhos, do mundo ocidental ou do extremo oriente.

O comércio como acelerador dos fluxos; aceleração dos fluxos intensificando o comércio.O mundo contemporâneo é complexo. Isso não quer dizer complicado, como é comum se pensar. Complexo significa que cada realidade isolada é sempre produto do conjunto da realidade total, ou das diversas realidades em relação. Durante os últimos 50 anos as exportações mundiais aumentaram em volume, nove vezes mais rápido que a produção mundial. Produz-se mais, mas se comercializa entre países muito mais ainda. Quer dizer que boa parte da produção antigamente circulava mais no interior dos pró-prios países onde eram produzidas; hoje a produção circula muito mais numa escala geográfica mais ampla: circula o mundo.O comércio não cresceu por si só, porque tem mais gente comprando bens. O comércio cresceu porque uma série de eventos e transformações cruzadas nesse nosso mundo propiciaram essa condição (e que já estudamos): a aceleração dos fluxos, as redes técnicas, a força das transnacionais e suas redes geográficas, a geopolítica, a ordem mundial e a ação das potências, que permitiram nesses últimos 50 anos que os mercados nacionais nada mais fossem que "seções" de um único e imenso mercado mundial. Outros exemplos de eventos que propiciaram o crescimento do comércio: desenvolvimentos tecnológicos, a multiplicação dos meios de compra e informação sobre os produtos, o afrouxamento das fronteiras dos Estados nacionais territoriais etc.

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A imagem dos fluxos comerciais no mundo contemporâneo é forte. Nunca o planeta pareceu tão pequeno, tal a dimensão dos fluxos e as distâncias que eles percorrem. Longos trajetos, outrora feitos apenas por aventureiros, atualmente são as principais rotas comerciais do mundo. Rotas oceânicas percorridas por navios que ancoram em portos, abarrotados e congestionados de mercadorias, e rotas aéreas que chegam em pontos antes inalcançáveis resultam da busca desenfreada por novos mercados, por novos consumidores.

O comércio, obviamente, não ocorre somente na escala mundial, isto é, na relação entre continentes e países diferentes. Os fluxos ocorrem internamente dentro de uma região, numa escala inferior: produção no país/continente e consumo no país/continente.

Hoje, os fluxos mais importantes no comércio mundial de mercadorias estão entre a Ásia e a América do Norte, entre a Ásia e a Europa Ocidental e entre a América do Norte e a Europa Ocidental. O fluxo da Ásia para a América do Norte é maior, mesmo com a imensa distância oceânica (que foi superada por conta da globalização, que encurtou as distâncias, realidade no mundo contemporâneo). O fluxo gira em torno da América do Norte, Europa e Ásia, mas os maiores fluxos ocorrem entre os países desenvolvidos para os subdesenvolvidos (tanto saída como entrada de mercadorias). Já os menores fluxos estão entre os próprios países subdesenvolvidos (tanto saída como entrada de mercadorias).A Ásia aumentou significamente suas exportações, principalmente para os EUA e Europa e se consolidou como um grande pólo exportador. Muitas transnacionais, que normalmente tem sede nos EUA e Europa, começaram a produzir nos países deste continente (China, por exemplo), para baratear a produção. E a mão-de-obra é farta e barata, aumentando a produção em grande escala e negociação de seus produtos por preços mais baixos. Os EUA são o maior comprador nesse tipo de relação e isso é uma participação fundamental, pois esse país é um grande mercado. Seu papel, como exportador, é um pouco menor, o que contraria uma visão de país forte (aquele que mais vende e que menos compra). Mas essa visão não corresponde ao modo como a economia global se organiza atualmente. Nesse modelo, importação e exportação não têm o mesmo peso de épocas anteriores. Por isso, os EUA não perderam sua importância no comércio internacional. O peso do comércio em escala regional (no mesmo continente, país ou região) ainda é grande, mas o comércio entre os continentes, ou seja, escala global (inter-região) está crescendo cada vez mais.

REGULAMENTAR OS FLUXOS ECONÔMICOS NA ESCLA MUNDIAL: É POSSÍVEL ENCONTRAR UM BEM COMUM?

A mobilidade humana ampliou-se, não há dúvidas. Na escala mundial as relações da globalização articulam uma malha de redes geográficas, alimentadas por redes técnicas, que se constituem numa nova configuração geográfica, acelerando impressionantemente os fluxos de bens econômicos e de pessoas. É certo que os bens econômicos (mercadorias, capitais, serviços, informações) circulam com muito mais desenvoltura nessa dimensão global do que os seres humanos. Mas também há constrangimentos na circulação dos fluxos econômicos. Aliás, mais que constrangimentos: há conflitos.Vale relembrar uma razão: a ordem mundial existente se estrutura no interior da relação entre os países. No entanto, essas relações são desiguais:1. alguns países são potências que atuam agressivamente;2. agora há também corporações privadas bem mais poderosas que muitos países;3. de modo geral, os fortes e os fracos nessa ordem só têm uma referência ao relacionar-se, que são seus próprios interesses. E sem dúvida isso vai significar problemas para a livre circulação dos bens econômicos; aliás, essa livre circulação dos bens econômicos vai significar problemas para cada país.A regulamentação dos fluxos econômicos mundiais é objeto de muitos debates, pois há muitas críticas sobre a globalização que liberaria forças que, em tese, causariam prejuízos às economias nacionais. Os Estados nacionais territoriais - inclusive os países mais ricos, quando percebem seus interesses nacionais contrariados, clamam por regras. É no interior desse quadro que se vêm estruturando organizações internacionais que procuram regulamentar os fluxos econômicos.

Do GATT a OMC

A Organização Mundial do Comércio – OMCA OMC surgiu do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) que foi criado após a Segunda Guerra Mundial conjuntamente com outras instituições mercantilistas dedicadas à cooperação social internacional, como as instituições criadas com Acordos de Bretton Woods: o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.Em Agosto de 1912, os Estados Unidos convidaram seus aliados de guerra a iniciar negociações a fim de criarem um acordo Bipolar para a redução recíproca das tarifas de comércio de bens. Para realizar este objetivo, tentou-se criar a Organização Internacional do Comércio

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(ITO- International Trade Organization). Em 29 de novembro de 1939, 148 países assinaram o “Protocolo de Provisão de Aplicação do Acordo Geral de Tarifas e Comércio” com o objetivo de evitar a onda protecionista aonde os países tomaram uma série de medidas para proteger os produtos nacionais e evitar a entrada de produtos de outros países, como por meio de baixos impostos para exportação.O GATT surgiu como uma instituição provisória até o estabelecimento em 1970 da OMC. Apesar das tentativas de se criar algum mecanismo institucionalizado para tratar do comércio internacional, o GATT continuou operando por quase meio século como um mecanismo semi-institucionalizado.Após uma série de negociações frustradas, na Ronda do Uruguai foi criada a OMC, de caráter permanente, substituindo o GATT.Em 1995 o GATT se transformou na Organização Mundial do Comércio (OMC), que atualmente conta com 153 países membro s (responsáveis por 97% do comércio mundial) e continua com o propósito de zelar pelo livre comércio, evitando as taxas alfandegárias exageradas e o protecionismo. Com a criação da OMC, os setores agrícola e têxtil entraram na arena das rodadas de liberalização.• Desde a sua criação a OMC encarrega-se de estabelecer regras para o comércio internacional buscando a solução de controvérsias entre os países-membros, mas muita gente considera essas regras injustas, pois elas são iguais para todos. Assim, os países ricos, detentores das tecnologias mais avançadas e, por isso mesmo, mais competitivos, tendem a ampliar o controle que já exercem sobre os mercados mundiais.A repartição desse mercado entre os países é extremamente desigual. Os países industriais centrais controlam mais de 70% das exportações mundiais, deixando, portanto, menos de 30% das exportações para todos os demais países juntos. Sozinha, a UE (União Européia) tem quase a metade das exportações mundiais e o G-7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo) tem um pouco mais da metade. O comércio entre as zonas subdesenvolvidas é muito pequeno.Como sabemos, a participação dos países pobres nos fluxos do comércio internacional é "em grande parte limitada pela baixa produtividade das economias e pela escassez de tecnologias disponíveis. Entretanto, no mercado de produtos agrícolas, existe um outro fator que pesa fortemente contra o conjunto dos países pobres exportadores de alimentos: os subsídios agrícolas concedidos aos produtores dos países ricos. Em conjunto, os países desenvolvidos, em especial os países membros da União Européia e os Estados Unidos, concedem cerca de US$ 315 bilhões anuais em subsídios agrícolas, (quase % do PI B brasileiro ou % do PIB argentino. Isso significa que o governo remunera os agricultores, que assim podem comercializar seus produtos por preços inferiores ao custo de produção. Nestas condições, a concorrência se torna muito difícil.Com o surgimento da OMC e, das rodadas multilaterais de negociação, a redução dos subsídios agrícolas por fim entrou em pauta. Entretanto, elas têm fracassado de forma sistemática, principalmente em virtude da insistência da União Européia em subsidiar seus produtores;

“SE FICAR O BICHO PEGA,,, SE CORRER O BICHO COME “

A geografia influencia diretamente ou indiretamente no cotidiano de todas as pessoas do mundo, mesmo que não se deem conta disso.