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Classe gramatical: substantivo, adjetivo, advérbio, pronome, conjunção, preposição, artigo, numeral, verbo, interjeição. Função sintática: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adnominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto, vocativo. Semântica: sentido conotativo ou sentido denotativo. Conceitos básicos Classes gramaticais 1) Substantivo -nomeia os seres -aceita determinantes (artigo, adjetivo, pronome e numeral) -variável -O sabão desbotou o verde da camisa. (subs.: sabão, verde e camisa – verde determinado pelo artigo) Substantivação: fazer com que uma palavra de outra classe funcione como substantivo -O olhar dela é sedutor. (Olhar é verbo, mas passou por um processo de substantivação) -Viu, no profundo de seus olhos, o amor. (Profundo é adjetivo, mas passou por um processo de substantivação) 2) Adjetivo -qualifica um substantivo (conceito ultra dependente) -variável Paciente adulto. (adulto qualifica o paciente, substantivo) / Adulto paciente. (paciente qualifica o adulto, substantivo).-> Ocorreu alteração de sentido e de classe. O pobre homem vive só. / O homem pobre vive só. -> Ocorreu alteração apenas de sentido, já que a classe gramatical permaneceu sendo adjetivo para pobre em ambas as sentenças. Ele é um banana. -> artigo um faz banana ser um substantivo. Homem banana não serve para nada. -> banana é um adjetivo. -Locução adjetiva: mais de uma palavra com o valor de um adjetivo Olhos cor de mel.

Resumão Português

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Classe gramatical: substantivo, adjetivo, advérbio, pronome, conjunção, preposição, artigo, numeral, verbo, interjeição.

Função sintática: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adnominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto, vocativo.

Semântica: sentido conotativo ou sentido denotativo.

Conceitos básicos

Classes gramaticais

1) Substantivo

-nomeia os seres

-aceita determinantes (artigo, adjetivo, pronome e numeral)

-variável

-O sabão desbotou o verde da camisa. (subs.: sabão, verde e camisa – verde determinado pelo artigo)

Substantivação: fazer com que uma palavra de outra classe funcione como substantivo

-O olhar dela é sedutor. (Olhar é verbo, mas passou por um processo de substantivação)

-Viu, no profundo de seus olhos, o amor. (Profundo é adjetivo, mas passou por um processo de substantivação)

2) Adjetivo

-qualifica um substantivo (conceito ultra dependente)

-variável

Paciente adulto. (adulto qualifica o paciente, substantivo) / Adulto paciente. (paciente qualifica o adulto, substantivo).-> Ocorreu alteração de sentido e de classe.

O pobre homem vive só. / O homem pobre vive só. -> Ocorreu alteração apenas de sentido, já que a classe gramatical permaneceu sendo adjetivo para pobre em ambas as sentenças.

Ele é um banana. -> artigo um faz banana ser um substantivo.

Homem banana não serve para nada. -> banana é um adjetivo.

-Locução adjetiva: mais de uma palavra com o valor de um adjetivo

Olhos cor de mel.

Amor de mãe. -> materno

“do Brasil” é locução adjetiva? Depende... pode ser locução adverbial. Se se referir a substantivo é adjetiva.

3) Artigo

-palavra que define ou indefine substantivo.

-variável

-O/a/os/as: definidos

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-Um/uns/uma/umas: indefinidos

Conversei com a que estava na recepção. -> a = aquela, pronome demonstrativo.

Encontrou um único aluno no local. -> único dá condição de numeral para “um”. Único é uma partícula quantitativa.

A mulher que chegou é uma pessoa especial.

A ->

-artigo – substantivo. Conhece a pessoa certa.

-preposição – liga termos. Referiu-se a ela.

-pronome oblíquo – completa verbos “ela”. Eu a conheci ontem.

-pronome demonstrativo – equivale à forma “aquela”. Conhecia a que estava de branco.

4) Numeral

-quantifica ou ordena o substantivo

-variável

-Um(a) ->

-partícula quantitativa (único, apenas, só, somente...)

-paralelismo numérico, contexto

Ambos foram ao local. -> ambos quer dizer sempre dois. Quantifica quantidade exata, portanto é numeral.

Ele foi o primeiro colocado. -> ordena, não dá ideia de quantidade. Numeral ordinal.

5) Pronome

-palavra que acompanha ou substitui o substantivo

-variável

Muitos moradores encontraram bastante material tóxico perto da região. Não sabemos explicar o que aconteceu, mas há algo de errado. -> quantos pronomes há no texto?->

-Muitos: pronome indefinido

-Bastante: pronome indefinido

-O: aquilo – pronome demonstrativo

-Que: pronome relativo

-Algo: pronome indefinido

6) Verbo

-palavra conjugável que apresenta flexões de tempo, modo, número, pessoa e voz

Conjugação

I – Se o governo não propor outra medida, tudo estará perdido.

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II – Ele interviu no caso.

III – Se ninguém rever o documento, será ruim.

-> Todas erradas: Se o governo não propuser outra medida. Ele interveio. Se ninguém revir.

Voz

I – Trata-se de um fato grave.

II – Discutiu-se a questão proposta.

-> A primeira está na voz ativa (quem trata trata de alguma coisa, se é índice de indeterminação do sujeito, “de” introduz um OD). A segunda é voz passiva (se é partícula apassivadora, sujeito paciente).

7) Advérbio

-palavra que modifica verbo, adjetivo ou o próprio advérbio

-invariável

-circunstância (tempo, modo, lugar, intensidade, afirmação, negação, dúvida, causa, finalidade)

Ela é bem interessante. -> bem dá ideia de intensidade.

Ela reagiu bem ao tratamento. -> bem dá ideia de modo.

-> o sentido depende do contexto.

I – O rapaz acordou preocupado. (modo)

II – Não havia muito esforço em suas tarefas. (intensidade)

III – Ela provavelmente estaria aqui. (dúvida)

-> quais estão corretas?

Assinale a alternativa que se difere, quanto à formação, das demais:

a) grandemente

b) plenamente

c) ocasionalmente

d) gentilmente

e) oficialmente

-> letra b.

8) Preposição

-liga termos de uma mesma oração

-invariável

-Preposição essencial (sempre é preposição) -> A, ante, até, com, contra, em, entre, por, per, para, perante, sem, sobre, sob, trás, de, desde

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-Preposição acidental -> ocasionalmente funciona como preposição.

Esteve aqui durante o dia. -> durante é uma preposição acidental (tem valor de “de dia”).

Tinha que resolver a questão. -> o que tem o mesmo valor de “de”. Também é preposição acidental. Só acontece no caso do verbo “ter” seguido de infinitivo. “Ele tem que/de resolver a questão”.

-Valor semântico das preposições

Casa de Pedro. -> posse

Casa de praia. -> finalidade, função

Casa de madeira. -> material, matéria

Casa na praia. -> lugar

Nas expressões “barriga de cerveja” e “vaidade dos homens”, a preposição de estabelece o mesmo tipo de relação.-> V/F? Barriga de cerveja -> causa. Vaidade dos homens -> posse. Item falso, as relações de sentido são distintas.

9) Interjeição

-palavra ou expressão que exprime sentimento súbito

-invariável

-vem seguida de sinal de pontuação

Nossa! Que dia lindo!

Nossa! Que coisa feia!

10) Conjunção

-palavra que estabelece relações entre as orações que compõem um período

-Coordenativas: ligam orações independentes.

Ela foi ao clube, mas estava chovendo. -> uma oração não se vincula sintaticamente à outra

-Subordinativas: ligam orações dependentes e produzem relações de sentido

Ela foi ao clube, embora estivesse chovendo. -> há uma relação de dependência entre as orações.

-Integrantes: apenas ligam orações, não produzem relações de sentido

Quero que vocês estudem. -> há relação de dependência, mas o “que” não estabelece circunstância, apenas serve de ponte para as orações

-Conjunções – abordagens possíveis

-Conector destacado – sentido

“Enquanto uns estudam, outros se divertem.” -> o conector destacado sugere:

a) tempo

b) modo

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c) comparação

d) oposição

e) proporção

-> A, tempo. “Ao mesmo tempo que uns estudam”.

-Conector destacado – sinônimo

“Visto que o país tem muitos problemas econômicos, nota-se a ausência de desenvolvimento social.” -> o conector destacado, desconsiderando-se ajustes gramaticais, poderia ser substituído por

a) porquanto -> causa

b) conquanto -> concessão

c) ainda que -> concessão

d) em que pese -> concessão

e) contanto -> condição

-> Letra A. Visto que é um conector de causa, assim como porquanto.

-Conector sem destaque – sentido

“Se o Brasil vai demorar para resolver a questão, não se sabe. Também não se sabe como isso ajudará em outros pontos.” No trecho há ideia de:

a) condição

b) finalidade

c) comparação

d) conformidade

e) oposição

-> destacar os conectores: se (conjunção integrante – não se sabe se o Brasil vai demorar para resolver a questão), também (dá ideia de adição), como (modo, maneira). Para resolver a questão – FINALIDADE.

Se houver aula, eu irei. -> se – condição.

Se haverá, eu não sei. -> se – conjunção integrante (eu não sei se haverá aula).

-Ausência de conector – relação de sentido

“Brigam muito: querem o divórcio.”

Há, entre as orações, uma ideia de

a) causa – porque

b) explicação – pois

c) conclusão – por isso

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d) concessão – embora

e) oposição – mas

-> C.

-conector – mudança de sentido

-“e” – valor habitual de adição.

-> Trabalho muito e ganho pouco.

“Não nos deixeis cair em tentação, mas livra-nos do mal.” -> ideia de adição (“e”).

Pronome

-Palavra que acompanha ou substitui o substantivo.

-Pronome adjetivo -> acompanha

Muitos alunos estudam (...)

-Pronome substantivo -> substitui

Muitos estudam no local.

Classificação dos Pronomes

Não se disse quem seria o responsável pela situação apresentada. Na verdade, o que se observou foi que há várias atitudes inadequadas no setor.

No trecho há quantos pronomes? 6 pronomes: se (pronome pessoal oblíquo), quem (pronome indefinido), o (pronome demonstrativo), que (pronome relativo), se (pronome pessoal oblíquo), várias (pronome indefinido).

1) Pronomes pessoais

-Retos: eu, tu, ele, nós, vós...

-Oblíquos: o, a, lhe, me, te se, nos, mim, conosco...

-de Tratamento: você, Vossa Excelência, senhor...

2) Pronomes relativos (o qual, que, onde, cujo)

3) Pronomes indefinidos (algo, ninguém, tudo, nada)

4) Pronomes demonstrativos (este, esta, aquilo, o, a)

5) Pronomes possessivos (teu, seu, meu, nosso)

6) Pronomes interrogativos (que, quem, quanto)

Colocação pronominal

O governo pediu para não o ajudar na questão.

-> Facultativo. O “ajudar” está no infinitivo, portanto não existe palavra atrativa. “Para não ajudá-lo”.

Quando se lembrar do fato, será tarde.

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-> Certo. Quando é atrativo e o verbo não está no infinitivo (futuro do subjuntivo, sempre é próclise pois sempre vem acompanhado de conjunção). Próclise obrigatória.

O governo preocupa-se com esse tipo de situação?

-> Errado. Frases interrogativas obrigam a próclise.

Daria-me outra oportunidade no trabalho.

-> Errado. Verbo do futuro (a ênclise é proibida). Mesóclise obrigatória, por estar no início de frase. “Dar-me-ia”.

Estava preocupando-se em ajudar a todos.

-> Facultativo. Poder-se-ia usar a próclise também.

É sabido que as pessoas interessam-se por livros.

-> Errado. A conjunção integrante “que” atrai, portanto a próclise é obrigatória. A conjunção é uma palavra atrativa mesmo que há palavras intercaladas entre ela e o pronome.

Hoje se pode dizer que o governo evoluiu.

-> Certo. O hoje (advérbio) é palavra atrativa. Próclise obrigatória.

Casos proibidos de colocação

1- Não se usa pronome oblíquo átono (o, a, lhe, me, te, se, nos, vos) no início de frase.

Se discutissem a questão, poderiam resolvê-la. -> certo. O SE é uma conjunção condicional.

Se discutiu a questão proposta pelo governo. -> errado. O SE é pronome oblíquo átono, portanto não poderia estar no início da frase.

2- Não se usa pronome oblíquo átono depois de ponto-e-vírgula (;)

Tinha se lembrado do fato; esqueceu-se de comentá-lo. -> certo. Se fosse “se esqueceu”, depois do ponto-e-vírgula, estaria errado.

O rapaz chegou ao local; se encontrou com o chefe... -> errado. O certo seria “encontrou-se com o chefe”

3- Não se usa ênclise com verbos nos futuros do indicativo

-Futuro do presente: rei, rás, rá, remos, reis, rão

-Futuro do pretérito: ria, rias, ria, ríamos, ríeis, riam

Daria-me outra chance. -> errado. “Dar-me-ia”.

O governo manifestaria-se sobre o caso. -> errado. “O governo se manifestaria” ou “manifestar-se-ia”.

4- Não se usa ênclise com verbos no particípio (terminados em –ado/-ido; ou to, go, so... particípios irregulares)

Tinha esquecido-se do fato. -> errado. Tinha se esquecido do fato.

Havia expressado-se mal na ocasião. -> errado. Correto: havia se expressado mal na ocasião.

Casos obrigatórios

1- Próclise será obrigatória sempre que houver:

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-palavras de sentido negativo (não, nem, nunca, jamais, nada, ninguém)

Não se posicionou a respeito do caso, nem se manifestou a respeito.

-advérbios (hoje, já, só, ainda, agora, logo, sempre)

Já se considerou a possibilidade de ajudá-lo.

O governo ainda se considera responsável pelo fato.

-conjunções subordinativas (se, caso, que, desde que, quando, ainda que)

Quando se recuperar do acidente. -> observar que o RECUPERAR está no futuro do subjuntivo (até porque vem depois de conjunção) e não no infinitivo. Portanto a colocação proclítica é obrigatória.

Se se discutisse a questão, chegariam a uma conclusão.

Quando o governo se posicionar, ficaremos ... -> o “quando” atrai o “se”.

O governo esteve aqui, mas se recusou a falar. -> facultativo. “Mas recusou-se a falar” também está correto. O mas não atrai (conjunção COORDENATIVA não atrai).

-pronomes relativos (que, o qual, cujo, onde) atraem.

A cidade a que me referi é interessante.

O local onde se guardavam os documentos era estranho.

-pronomes indefinidos (algum, tudo, nada, cada)

Nada se comparava a sua dedicação. -> o ‘nada’ atrai o ‘se’.

Tudo me parecia tranquilo na ocasião.

-pronomes demonstrativos (aquele, esse, este)

Isso me parece justo.

Aquele se comportou de forma adequada.

Ela se julgava feliz. / Ela julgava-se feliz. -> pronome pessoal não é palavra atrativa.

-gerúndio precedido de ‘EM’ – não é qualquer EM que atrai.

Em se tratando.

Tratando-se.

-frases interrogativas (diretas ou indiretas)

O governo se propôs a resolver o caso?

Quero saber se o governo se propôs a resolver o caso. ->interrogativa indireta e também a presença da conjunção integrante (se).

-frases optativas (exprimem desejo)

Espero que ela te faça feliz... -> que pode estar atraindo também

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Que deus o abençoe.

-frases exclamativas

O governo se responsabilizou pelo caso!

2- Casos obrigatórios de mesóclise:

I- a mesóclise só poderá ser empregada se não houver caso obrigatório de próclise.

A situação se mostraria complexa. -> mostrar-se-ia pode ser utilizado.

A situação não se mostraria complexa. -> não há hipótese de utilização de mesóclise.

Já se preocuparão com questões futuras. -> preocupar-se-ão.

II- a mesóclise só poderá ser empregada se o verbo da oração estiver em um dos futuros do indicativo.

Faria-me um favor.

-> errado: futuro do pretérito, far-me-ia.

Referia-se ao fato.

-> correto. Passado (futuro do pretérito = referiria-se)

Contarão-me a verdade.

-> errado. O correto é contar-me-ão a verdade.

Queria-me como amiga.

-> certo.

Querer-me-ia como amiga.

-> certo

III- A mesóclise só será obrigatória se o verbo (no futuro do indicativo) iniciar o período.

O rapaz me dirá a verdade.

-> não é caso de mesóclise obrigatória, mas cabe a mesóclise.

Me dirá a verdade.

-> mesóclise obrigatória. Dirá-me é incorreto (ênclise e futuro é um caso de proibição).

Informá-lo-ei dos fatos.

IV- Se não houver caso de próclise e o verbo não iniciar o período, a mesóclise é facultativa em relação à próclise

As pessoas se comportarão bem. / As pessoas comportar-se-ão bem. -> certinho.

Ele se preparará para a prova. / Ela preparar-se-á para a prova. -> certinho.

3) Casos de ênclise – é possível desde que não haja casos de próclise nem mesóclise.

O governo se destacou no congresso. / O governo destacou-se no congresso. -> certinho.

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A crise me pareceu passageira. / A crise pareceu-me passageira. -> certinho.

Dê-me outra chance. / Não me dê outra chance. -> certinho.

4) Considerações finais

I- A decisão a que não me referi foi aceita por todos. -> o pronome destacado poderia ser colocado em outra posição mantendo-se a correção gramatical do período?

-> Sim. “A decisão a que me não referi foi aceita por todos.” Quando existem duas palavras atrativas o pronome pode ficar entre elas. (apossínclise).

A lei, à qual não me dediquei, será cobrada na prova. -> correta

A lei, à qual me não dediquei, será cobrada na prova. -> correta

II – Se houver verbo no infinitivo, a colocação do pronome será sempre facultativa. Todas as regras anteriores são anuladas, ou seja, não há que se falar em palavras atrativas.

Identificar, nas frases seguintes, quais são casos facultativos e obrigatórios (basicamente buscar quais verbos estão no infinitivo – facultativo, ou no futuro do subjuntivo – próclise obrigatória).

1) Para se resolver um caso, é necessário paciência.

Facultativo. Verbo no infinitivo.

2) Quando se recuperar do trauma, falará conosco.

Obrigatório.

3) Ao se discutir a questão, tomaremos cuidado.

Facultativo. Verbo no infinitivo.

4) Apesar de se preocupar comigo, não é muito carinhoso.

Facultativo. Verbo no infinitivo.

5) Para ajudá-lo, farei o possível.

Facultativo. Verbo no infinitivo.

6) Se me deixar, ficarei triste.

Obrigatório.

Dicas: toda vez que houver preposição = infinitivo. Toda vez que houver conjunção = futuro do subjuntivo. / Toda vez que for infinitivo, cabe o verbo ser. Toda vez que for futuro do subjuntivo, cabe o verbo for.

III- Escolher UMA frase errada:

1) Hoje, se fala em política.

->Certa.

2) O governo tinha, na ocasião, esquecido-se do fato.

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-Frase errada. Particípio + ênclise = proibido.

3) Hoje se fala em política.

-Certa.

se for perguntado qual a certa: somente a 3 (advérbio atrai pronome). Se for perguntado qual a errada: a 2. A 1 não está certa nem errada (havendo vírgula, a ênclise será preferencial sempre que possível em relação à próclise – que por sua vez não é proibida).

Agora, discute-se tal tema.

-> certo.

Agora, se discute tal tema.

-> não fica bem, mas não está errada. Melhor: “Agora, discute-se” ou “Agora se discute”.

IV- Colocação de pronomes entre dois verbos, o importante é seguir as regras anteriores. Usar o “se” ou “me”:

O governo não tinha posicionado.

-> O governo não se tinha posicionado. / O governo não tinha se posicionado.

A tarefa teria rendido muito. (ME)

-> A tarefa me teria rendido muito. / A tarefa ter-me-ia rendido muito. / A tarefa teria me rendido muito.

O governo tinha posicionado.

->O governo se tinha posicionado. / O governo tinha-se posicionado. / O governo tinha se posicionado.

O governo não vai posicionar.

-> O governo não se vai posicionar. / O governo não vai se posicionar. / O governo não vai se posicionar-se.

O governo vai posicionar.

-> O governo se vai posicionar. / O governo vai-se posicionar. / O governo vai se posicionar. / O governo vai posicionar-se.

O governo estava posicionando.

-> O governo se estava posicionando. / O governo estava-se posicionando. / O governo estava se posicionando. / O governo estava posicionando-se.

Emprego dos Pronomes Relativos

-Servem para unir orações. Mecanismos de coesão que servem para se evitar a repetição de palavras. Pode ser conector pois liga duas orações, ou termo remissivo pois substitui o termo antecedente. Anafórico/termo dêitico (faz referência a termo anterior). Todo pronome relativo substitui um termo antecedente.

-Invariáveis: que, quem, onde, como

-Variáveis: o qual, cujo, quanto

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Comprei o carro. O carro é novo. -> O carro que comprei é novo. / Comprei um carro que é novo.

1) Todo pronome relativo substitui um termo com o qual mantém relações de sentido. Achar o termo antecedente:

Jovens escolarizados e crianças que não tiveram acesso à educação formal têm os mesmos direitos.

-> crianças. Se não houvesse a palavra escolarizados, o que poderia retomar “Jovens e crianças”.

O pau-brasil é árvore que deu nome ao país.

-> árvore. Cadeia remissiva (árvore retoma pau-brasil, que retoma árvore).

A maioria das pessoas que têm problemas de relacionamento busca ajuda.

-> pessoas. Entre as pessoas que têm problema de relacionamento, a maioria delas busca ajuda.

Não sabiam o que dizer a ele.

-> o (tem valor de aquilo)

A criação do imposto cuja decretação ocorreu ontem levou anos.

-> imposto.

A autora de cujas obras lhe falei esteve no local.

-> autora.

2) O vocábulo “que” que se difere dos demais é

a) Disse aos moradores que estavam no local...

b) Gostaram do que foi apresentado...

c) É importante que vocês estudem...

d) Tudo que queria era um pouco de paz.

-> letra c

Disse que não voltaria.

-> que = conjunção integrante

Disse o que queria.

-> que = pronome relativo.

-Depois de verbo – sempre conjunção integrante

-Depois de “O” – sempre pronome relativo.

-QUE:

-Pronome relativo – retoma um antecedente (As coisas que ele disse são importantes).

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-Conjunção integrante – apenas liga orações (Disse que seria difícil mudar).

-Conjunção consecutiva – ideia de consequência, precedida de intensificador, como tanto, tal, tão... (Sabia tanto sobre o caso que se manifestou a respeito).

Chora, que faz bem à alma. -> conjunção explicativa (vem depois de imperativo). Tem valor de porque.

Ela come que come. -> conjunção aditiva. Vem entre palavras repetidas.

Ela é melhor que sua irmão. -> conjunção comparativa.

Voltou aqui para que resolvesse o caso. -> finalidade.

-Portanto, em relação à classe gramatical, o “que” pode ser um pronome relativo ou uma conjunção que denota variadas circunstâncias...

3) Funções sintáticas dos pronomes relativos (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal)

A mulher [que encontrei] é bonita.

-> 1 – isolar a oração adjetiva. 2 – localizar o antecedente. 3 – construir a oração adjetiva com o antecedente. 4 – a função do antecedente na oração que você construiu será a mesma do pronome relativo.

-> Encontrei a mulher. -> “a mulher” é objeto direto. -> que = objeto direto.

-Somente pronome relativo tem função sintática, conjunção não. Achar a função sintática:

A questão de que tenho medo é essa.

-> complemento nominal.

A situação a que me refiro é grave.

-> objeto indireto.

A história que contou parecia verdadeira.

-> objeto direto.

A história que existia foi esquecida.

-> sujeito.

A crítica que se esperava veio do governo.

-> sujeito (voz passiva – sujeito paciente).

Não soube o que aconteceu na ocasião.

-> sujeito

O interesse que falta em algumas pessoas deve ser (...).

-> sujeito.

Page 14: Resumão Português

Não concordou com o que lhe disseram na ocasião.

-> classe: pronome relativo; função sintática: objeto direto

Apenas soube que o dinheiro que estava guardado foi roubado.

-> 1º: classe: conjunção integrante (vem depois de verbo); 2º: classe: pronome relativo; função sintática: sujeito.

4) Usa-se preposição antes do pronome relativo sempre que o termo posposto a ele exigir. Analisar se as frases estão certas ou erradas:

Este é o doce que mais gosto.

-> Errada: de que eu mais gosto.

A decisão a qual aspirava seria tomada breve.

-> Errada: à qual aspirava.

O local onde chegou parecia estranho.

-> Errada: aonde chegou.

As mulheres a cujos filhos me refiro são interessantes.

-> Certa.

É um cidadão cujos princípios confio.

-> Errada: em cujos princípios confio.

5) Onde – só pode ser usado para se referir a lugares. Funciona sempre como adjunto adverbial de lugar.

A situação onde o país se encontra é grave.

-> Errado.

O local onde ele foi encontrado estava sujo.

-> Certo.

5) Onde (regência EM)/Aonde (regência A)

6) Quem – pode ser utilizado apenas para fazer referência a pessoas ou entes personificados.

A Justiça, a quem sempre recorremos, está à nossa disposição.

-> Justiça personificada, portanto está correta.

A mulher em quem confio acorda comigo todos os dias.

-> Certa.

Page 15: Resumão Português

A pessoa sobre quem lhe falei esteve aqui.

-> Errada. O que só admite preposições monossilábicas. A pessoa sobre a qual lhe falei/ A pessoa de quem lhe falei

A mulher que conheci é especial. -> Pode-se substituir o que pelo quem?

-> Tem de se acrescentar a preposição A. A mulher a quem conheci é especial. A colocação da preposição A é obrigatória, mas apenas por ser um ajuste fonético. Objeto direto preposicionado.

-O pronome “quem” exigirá a preposição “a”, para ajustes fonético, quando estiver seguido de verbo transitivo direto. Nesse caso, pronome funcionará como objeto direto preposicionado. Só vale a preposição “a”.

A pessoa a quem encontrei pode me ajudar.

-> verbo transitivo direto + objeto direto preposicionado pela exigência do pronome “quem”. Correto.

7) Cujo e variações – vêm entre dois substantivos. Indicam posse. Concordam com o consequente e substituem o antecedente. Não admitem posposição de artigo.

É uma mulher em cujas atitudes confio.

-> Certa.

O rapaz de cujo nome não me lembro esteve aqui.

-> Certa.

8) Como – só funciona como pronome relativo depois de palavras como maneira, modo, forma, ... tem valor de [com que]

A maneira como resolveu o caso foi interessante.

-> é pronome relativo.

Como não houve aula, muitos foram ao clube.

-> conjunção causal

Ela resolveu o caso como eu solicitei.

-> conjunção conformativa

A forma como reagiu na ocasião me preocupou.

-> pronome relativo. [= com que reagiu]

Ela falava como uma senhora idosa.

-> conjunção comparativa

9) Quanto – só será pronome relativo quando estiver depois de outro pronome (geralmente indefinido ou demonstrativo).

Tudo quanto quiser será seu.

Page 16: Resumão Português

-> quanto é pronome relativo, retomando o termo antecedente “tudo”, pronome indefinido.

Tudo o quanto quiser será seu.

-> quanto é pronome relativo, retomando “o”, pronome demonstrativo. Ou retomando “tudo o”, que tem valor de “tudo aquilo”.

10) Que, o qual, a qual, os quais, as quais – podem se referir a pessoas, coisas ou lugares. Não têm restrições.

A mulher com que sonho.

O lugar com que sonho.

A casa com que sonho.

Emprego de pronomes pessoais

1) Com nós x conosco / com vós x convosco

-Com nós e com vós são usados se houver especificador (numeral, adjetivo, pronome...)

-Conosco e convosco são usados se não houver determinante

Ela quer sair ____ mesmo.

-> conosco. O mesmo é um advérbio. Se fosse mesmos, estaria especificando, portanto seria usado “com nós”.

Desejava falar ____ no jantar.

-> conosco

Ela quer falar ____ dois.

-> com nós

2) si/consigo – só podem ser usados com valor reflexivo

Trouxestes consigo as lembranças do passado.

-> errada. Trouxestes é 2ª pessoa do plural, consigo é 3ª pessoa. Trouxe consigo / Trouxestes convosco.

Ele é muito egoísta. Só fala nele mesmo.

-> errado. Só fala de si mesmo ou em si mesmo.

O governo resolverá por ele mesmo as questões.

-> errado. O governo só fala por si mesmo.

-Ele, ela, eles e elas não funcionam, na norma culta, com valor reflexivo.

3) Não se faz a fusão de preposição + artigo ou pronome reto antes de verbos no infinitivo

A maneira dele resolver o caso é justa.

Page 17: Resumão Português

-> errada. A maneira de ele resolver.

Apesar das pessoas o orientarem, ele nada fez.

-> errada. Apesar de as pessoas o orientarem.

Apesar dos problemas, conseguia ser feliz.

-> certa.

A forma dele orientar os amigos era ruim.

-> errada. A maneira de ele orientar.

Encantou-se por ela na ocasião. – O pronome ela é do caso reto ou oblíquo?

-> oblíquo, pois ele está na função de complemento

Pronomes pessoais (Aula 10)

1) Ele (s), ela (s), nós, vós – podem ser retos (sujeito / predicativo do sujeito) – sem preposição; ou podem ser oblíquos (complementos), com preposição.

Viu que ela era uma boa mulher.

-> ela = reto. Sem preposição.

Seu sonho era ela.

-> ela = reto. Predicativo do sujeito.

Obedeceu a eles.

-> eles = oblíquo tônico.

Encontrei com ele na porta da escola.

-> errado.

2) Pronome oblíquo – átonos x tônicos, como diferenciar?

-átonos: ligam-se diretamente ao verbo.

Encontrou-me perto daqui.

-tônicos: necessitam de uma preposição para se ligarem ao verbo

Encontrou a mim perto daqui.

Saiu comigo ontem.

-> com + mim, então existe preposição em tal pronome.

Dei a ele outra chance.

Page 18: Resumão Português

-> oblíquo tônico.

3) o, a, os, as

-> lo, la, los, las: usados para verbos terminados em –r, -s, e –z e corta-se a consoante final

-> no, na, nos, nas: usados usados quando os verbos terminarem em –m, til, sem cortar consoantes

-Funcionam como objetos diretos, substituindo, portanto, termos sem preposição

O governo propôs novas medidas. -> por qual pronome pode ser substituído o termo destacado?

-> as propôs / propô-las.

Comunicou a decisão aos diretores.

-> Comunicou-a aos diretores.

Resolveram o caso com cuidado.

-> Resolveram-no com cuidado.

Não obedecia aos pais.

-> Não lhes obedecia.

Era necessário obedecer aos mais velhos.

-> Era necessário obedecer-lhes. / Era necessário lhes obedecer.

4) lhe, lhes – tem função complementar às de o, a, os, as, funcionando como objeto indireto. Substituem, portanto, termos com preposição.

Comunicou o fato às representantes.

-> Comunicou-lhes o fato.

Pagou aos credores.

-> Pagou-lhes.

-Admitem como sinônimos textuais os as formas a ele (s) / a ela (s)

5) os verbos “assistir” no sentido de ver, “aspirar” no sentido de desejar e “visar” no sentido de desejar não admitem as formas lhe/lhes.

Assistiram ao filme na ocasião.

-> Assistiram a ele na ocasião.

Aspirava a uma vida melhor.

-> Aspirava a ela.

-as formas o, a, os, as também não serão admitidas, uma vez que todos os 3 verbos são transitivos indiretos

Page 19: Resumão Português

Informou ao rapaz sua decisão.

-> Informou-lhe sua decisão.

Informou ao rapaz sua decisão.

-> Informou-a ao rapaz.

Informou ao rapaz sua decisão.

-> Informou-lha.

-LHE, LHES, ME + O, A, OS, AS -> admite-se a fusão de tais pronomes para efeito de representação simultânea de OD + OI.

O relógio era bonito. Ela mo deu em uma ocasião especial.

7) me, te, se, nos, vos – funcionam tanto como OD quanto como OI (dependendo do verbo).

A notícia nos interessa.

-> nos = OI

Ela nos viu na ocasião.

-> nos = OD

Informou-nos o ocorrido.

-> nos = OI

Informou-nos sobre o ocorrido.

-> nos = OD

-tais pronomes podem indicar reflexão ou reciprocidade.

Ela se via mais velha a cada ano.

-> ela vê a si mesma – reflexão.

Eles se cumprimentaram na ocasião.

-> reciprocidade.

-> os pronomes acima têm a mesma função sintática?

-> depende do verbo. Ver = VTD. Cumprimentar = VTD. Portanto, o SE vai ser OD nas duas frases, embora não tenha o mesmo efeito de sentido (reflexão / reciprocidade).

Ela se obedecia quase sempre.

-> sentido de reflexão – função sintática: OI. Obedecer é sempre VTI.

Page 20: Resumão Português

8) me, te, se, nos, vos, lhe e lhes – tais pronomes podem ser usados com valor possessivo. Nesse caso, funcionam como adjuntos adnominais.

Chamei-lhe a atenção.

-> posse, AA

Dei-lhe atenção.

-> OI

Seguiu-nos os passos.

-> posse, AA

Beijou-me a face.

-> posse, AA

Ofereceu-me um trabalho.

-> OI

9) me, te, se, nos, vos, lhe e lhes – tais pronomes podem ser usados como complementos nominais. Nesse caso, complementam nomes e não indicam posse.

Ajeitou-lhe as cobertas.

-> posse, AA

Pagou-lhe um café.

-> OI

A decisão foi-lhe favorável.

-> CN

10) me, te, se, nos, vos, o, a, os, as – entre dois verbos, tais pronomes funcionam como sujeito (sendo o 2º um infinitivo).

Deixa eu dizer que te amo...

-> errado. Deixa-me dizer que te amo. -> o me está exercendo a função sintática de sujeito

-> Deixa-[me dizer...] -> Deixa que eu diga que te amo.

Vi ele entrar na sala.

-> Vi-o entrar na sala. Sujeito: O. Vi que ele entrou na sala.

Mandei ele resolver o caso.

-> Mandei-o resolver o caso. Sujeito: O.

Page 21: Resumão Português

11) Resumindo...

Pronomes/Função Sujeito OD OI CN AA

O, a, os, as (e variações) X X - - -

Lhe, lhes - - X X X

Me, te, se, nos, vos X X X X X

Sujeito: entre dois verbos, 2º no infinitivo.

OD: VTD

OI: VTI

CN: sem posse, nome

AA: ideia de posse

12) si / consigo: só podem ser usados com valor reflexivo.

Trouxestes consigo as lembranças do passado.

-> errado. Ou trouxestes convosco ou trouxe consigo.

O presidente resolveu por ele mesmo a questão.

-> errado. O presidente resolveu por si mesmo a questão.

Ele é muito egoísta. Só fala nele mesmo.

-> errado. Só fala em si mesmo.

-os pronomes ele (s), ela (s) não podem ser usados com valor reflexivo.

13) Com nós x conosco (se houver determinante) / Com vós x convosco (se não houver determinante)

-determinante: adjetivo, pronome, numeral

Ela deseja falar conosco.

Ela desejar falar com nós dois.

14) Não se faz a fusão entre preposição e artigo ou pronome diante de verbos no infinitivo.

A maneira de ele resolver tudo é interessante.

O modo de o rapaz decidir o caso foi surpreendente.

Além de o governo representar o povo, deve respeitá-lo.

Page 22: Resumão Português

-> além do governo representar é errado.

15) Eu e mim (também tu e ti)

É difícil para _____ aprender português.

-> mim

Nada mais há entre _______ e você.

-> mim

Tudo acabou entre ________ e _______.

-> mim e ti

Resolveu o caso como ______.

-> eu (resolvi).

Não é justo para ______ resolver o caso.

-> mim (final de frase – Resolver o caso não é justo para mim). Estrutura verbal elíptica.

Pediram para _____ resolver o caso.

-> eu (Para que eu resolvesse o caso – sujeito do resolver)

-Antes de uma palavra que não seja verbo, use MIM.

-Antes de verbo: se não for possível deslocar o verbo para o início do período se usa “eu”; se for possível deslocar o verbo (+ complementos) para início do período.

Meu pai comprou um livro para eu ler. -> Ler meu pai comprou um livro para mim.

É importante para mim ler. -> Ler é importante para mim.

16) pronomes de tratamento concordam sempre em terceira pessoa (com verbos e formas auxiliares)

Vossa Excelência tem conhecimento de vossas obrigações.

-> errado. V. Ex. tem conhecimento de suas obrigações.

Preciso dizer a você que te amo.

-> errado. Preciso dizer a você que a amo.

“Vem pra Caixa você também, vem!”

-> Vem tu – não cabe você. Correto: Venha pra caixa você também, vem!. Trocando o correto pela eufonia (soar bem). Vem pra caixa tu também, vem!

17) Pronomes de tratamento não admitem artigo. Consequentemente, não admitem crase. Exceções: senhor, senhora, senhorita.

Page 23: Resumão Português

-O endereçamento de uma correspondência oficial está correto em:

a) A Vossa Excelência.

b) A Sua Excelência.

c) À Vossa Excelência.

d) A Sua excelência.

-> b. No endereçamento se utiliza sempre Sua. No interior da carta se utiliza sempre Vossa.

18) Sua x Vossa

-Sua: sobre a pessoa

-Vossa: com a pessoa

Senhor, já me disseram que Vossa Excelência não realizou o trabalho.

-> errada. Senhor é o ouvinte, portanto fala-se de Sua Excelência, que não se confunde com o ouvinte. A forma de tratamento correta caso o ouvinte se confundisse com Sua Excelência seria Excelentíssimo Senhor, por exemplo.

Gostaria de saber se Vossa Excelência aceitará o nosso convite.

-> o “nosso” denota que o ouvinte é Sua Excelência, portanto está correto.

Emprego dos pronomes definidos

Variáveis: muito, pouco, certo, algum, nenhum, vários, bastante, diversos, todo

Invariáveis: algo, cada, ninguém, nada, mais, menos

1) Certo (a) – antes do substantivo é pronome definido; depois do substantivo é adjetivo.

Certas pessoas poderiam nos ajudar.

-> algumas, quaisquer pessoas poderiam nos ajudar. Pronome indefinido.

Pessoas certas poderiam nos ajudar.

-> determinadas pessoas poderiam nos ajudar. Adjetivo.

Encontrou certo homem.

-> qualquer um. Pronome indefinido.

Encontrou o homem certo.

-> determinado. Adjetivo.

2) Algum (a) – antes do substantivo, tem valor positivo; depois do substantivo, tem valor negativo.

Algum homem esteve aqui.

Page 24: Resumão Português

-> valor positivo, existencial.

Homem algum esteve aqui.

-> valor negativo, negativo.

-nos dois casos se tem pronome indefinido.

3) Qualquer – antes do substantivo, é pronome indefinido; depois do substantivo, adjetivo com valor pejorativo.

Qualquer mulher poderia resolver o caso.

-> qualquer uma poderia resolver o caso. Valor positivo. Pronome indefinido.

Uma mulher qualquer poderia resolver o caso.

-> valor pejorativo. Adjetivo.

4) Todo

Todo país vota.

-> qualquer país vota, portanto é pronome indefinido. Acompanha substantivo sem artigo.

Todo o país vota.

-> o país inteiro vota. Nesse caso, todo o = inteiro, sendo um adjetivo. Acompanha o substantivo com artigo.

A casa estava todo/toda limpa. -> pode usar o masculino ou o feminino.

-> advérbio. É o único advérbio da Língua Portuguesa que aceita flexão. Tanto todo como toda têm valor de inteiramente e devem ser aceitas (as formas).

5) Menos, mais e cada – quando são pronomes, só podem ser usados para acompanhar um substantivo.

Isso é o de menos.

-> errado. Isso é o menos importante, por exemplo.

Blusa! Dez reais cada.

-> errado. Tem que acompanhar substantivo... cada unidade, cada peça, etc.

Havia mais pessoas no local.

-> certo

Tinha mais pessoas no local.

-> errado. Verbo ter não pode ter valor existencial.

Comeu mais.

-> advérbio de intensidade. Não confundir.

Page 25: Resumão Português

6) Nenhum, vários – são variáveis em gênero e número

Eles não são nenhuns coitados.

-> certo.

Havia vária proposta para ele.

-> certo. É exatamente igual a muitas propostas.

Emprego dos pronomes demonstrativos (Aula 11)

-Conceito: apontam os seres no tempo e no espaço

1) Este e variações (estes, esta, estas, isto)

1.1) Indicam situações de tempo presente.

Este será um ano importante para o Brasil.

1.2) Indicam que o elemento apontado está próximo ao emissor

Esta roupa que estou usando é nova.

Essa roupa que você está usando.

1.3) Em situações de enumeração, retomam o último elemento citado

Banana e laranja fazem bem à saúde. Esta é rica em vitamina C.

1.4) Referem-se a uma informação posterior ao pronome

Meu maior desejo é este: passar no concurso.

2) Esse e variações (esses, essa, essas, isso)

2.1) Referem-se a passado ou futuros próximos.

Esse ano será cheio de mudanças, tendo em vista a posse de um novo prefeito. (2013)

Esse ano que passou (pleonasmo) foi importante para os municípios brasileiros... (2011)

2.2) Apontam elementos que se encontram próximos ao ouvinte

Esse vestido que você está usando é lindo.

Estes sonhos que trago comigo.

2.3) Em uma enumeração, referem-se ao elemento intermediário.

Collor, FHC e JK foram ótimos presidentes. Aquele enganou o país. Esse nos deixou dependentes do FMI. Este nos deixou dívidas para bem mais que 50 anos.

2.4) Referem-se a uma informação anterior ao pronome

Page 26: Resumão Português

Passar no concurso, esse é meu maior sonho.

Collor, FHC e JK foram ótimos presidentes. Esses apenas não se preocuparam com o país.

3) Aquele e variações (aqueles, aquela, aquelas, aquilo)

3.1) Referem-se a uma situação de passado distante

1964 foi um ano importante para o Brasil. ______ época, as pessoas não tinham liberdade de expressão.

-> naquela

3.2) Referem-se a elementos distantes dos interlocutores (referencial – de que ou de quem se fala)

Aquela roupa que ela está usando é bonita.

Aquela árvore é bonita.

-> a árvore decerto não é ouvinte...

3.3) Em uma enumeração, retomam sempre o primeiro elemento

Homens e mulheres disputam vagas no mercado de trabalho. Embora estas normalmente sejam mais qualificadas, aqueles ainda ganham mais.

Homens e mulheres disputam vagas no mercado de trabalho. Esses... -> retoma ambos.

4) Na retomada de palavras ou expressões soltas, pode-se usar indistintamente este ou esse (e variações).

As mulheres conquistaram muitas vitórias ao longo dos últimos anos. Estas (ou essas) se posicionaram de maneira sólida no mercado de trabalho.

As mulheres conquistaram muitas vitórias ao longo dos últimos anos. Estas (ou essas) refletem o esforço de várias gerações.

-> há ambiguidade, seja com estas seja com essas. É aconselhável retomar de outra forma (elas refletem, se mulheres, ou isso reflete, para muitas vitórias)

5) As palavras o, a, os, as, mesmo, tal e próprio podem funcionar como pronome demonstrativo

Não sei o que aconteceu no local.

-> aquilo que aconteceu no local.

Prometeu [ajudar a mãe], mas não o fez.

-> não fez isso.

Eu mesmo resolvi a tarefa.

-> pronome demonstrativo

Eu resolvi mesmo a tarefa.

-> advérbio

Page 27: Resumão Português

6) Mesmo e variações só podem ser usados como pronomes adjetivos (sempre acompanham outro termo). Não podem ser usados para substituir palavras.

O homem reflete a sociedade. O mesmo é capaz de tudo.

-> errado. Ele é capaz de tudo.

O homem reflete a sociedade. A importância da mesma é discutida...

-> errado. A importância dela é discutida.

Os mesmos rapazes estiveram no local.

-> certo.

Ela mesma resolveu o caso.

-> certo. Mesma se refere a ela.

Emprego dos pronomes possessivos

-Meu, minha, teu, tua, nosso...

1) Concordam com a coisa possuída e substituem o possuidor

Flávia tem dois filhos. Seus filhos são lindos.

-> Seus retoma Flávia (possuidor) e concorda com filhos (coisa possuída).

A sociedade tem problemas graves. Suas consequências podem levar a humanidade ao caos.

-> suas -> dos problemas graves ou apenas dos problemas (o núcleo estando certo a resposta tem que ser considerada certa pela banca)

2) Pronomes possessivos de 3ª pessoa podem ocasionar ambiguidade ao discurso. Não dá para consertar.

O professor deseja apenas que o aluno entenda seu texto.

-> seu é o texto do professor ou do aluno? Ambiguidade.

João, um pintor matou o pedreiro em sua casa.

-> na casa do pintor, do pedreiro ou de João?

3)

Meu filho não estuda aqui.

-> existe o filho e o sentido é de posse

Filho meu não estuda aqui.

-> não há como afirmar a existência do filho e o sentido é de generalização

Emprego de pronomes interrogativos

Page 28: Resumão Português

-São empregados em situações de perguntas diretas ou indiretas

Quero saber qual o seu nome.

-> pergunta indireta. Qual é pronome interrogativo.

Qual o seu nome?

- frase interrogativa direta.

Verbos

Palavras conjugáveis que apresentam flexões de número, pessoa, tempo, modo e voz.

-Quantos verbos no período seguinte?

Hei de resolver todos os problemas que aparecerem . Apesar das dificuldades encontradas, tudo terminará bem.

-5 verbos. Hei, resolver, aparecerem, encontradas (oração reduzida de particípio) e terminará.

Conjugações

1ª conjugação: -ar

2ª conjugação: -er, -or

3ª conjugação: -ir

Ele foi à sua casa.

-> verbo ir, 3ª conjugação

Ele foi um bom homem.

-> verbo ser, 2ª conjugação

Eu trago boas notícias.

-> verbo trazer, 2ª conjugação

Eu trago um cigarro.

-> verbo tragar, 1ª conjugação

Vozes verbais

-Conceito: trata-se da relação existente entre o verbo e o sujeito de uma mesma oração.

O juiz resolveu o caso.

-> voz ativa. Aceita voz passiva?

-> Sim: o caso foi resolvido pelo juiz.

Havia pessoas no local.

Page 29: Resumão Português

-> não é possível determinar a voz, pois trata-se de oração sem sujeito.

O governo tratou do caso com cuidado.

-> voz ativa. Aceita voz passiva?

-> Não: o verbo é transitivo indireto.

-Voz ativa: o sujeito é agente e pratica a ação

Ela desejava outra vida. (voz ativa)

-Voz passiva: o sujeito é paciente, sofrendo a ação.

Outra vida era desejada por ela. (voz passiva analítica)

-> na voz passiva analítica há uma locução verbal: ser / estar + particípio do verbo principal

-> na frase, locução verbal = era desejada; agente da passiva: ela

Desejava-se outra vida. (voz passiva sintética)

-> na voz passiva sintética há a partícula apassivadora “se”. VTD / VTDI + SE.

-Voz reflexiva -> sujeito agente e paciente.

Ela se cortou no jantar.

-> cortou a si mesma. O “se” é pronome reflexivo

Voz ativa

(Qualquer verbo)

Voz passiva analítica

(VTD, VTDI)

Sujeito ---->Agente da passiva

(facultativo / por, pelo (a, s), de)

VTD / VTDI ----> Acrescenta-se ser/estar e coloca-se o verbo no particípio

Objeto direto ----> Sujeito paciente

Outros (OI/Adj...) ----> Outros

*Só é possível mudar a voz de uma frase se o verbo for VTD ou VTDI.

*Em mudança de voz, é necessário manter tempo e modo.

Pensando...

1) A notícia foi divulgada em toda a mídia nacional.

Transpondo-se a frase para a voz ativa, teríamos:

a) divulgaram

Page 30: Resumão Português

b) divulgou-se

c) havia divulgado

d) divulgou

e) divulgaram-se

Resp.: a. o agente da passiva não está determinado.

A questão foi discutida em várias cidades.

-> agente da passiva não está determinado. Logo, na voz ativa, o sujeito estará indeterminado. Discutiram a questão em várias cidades.

-> não confundir com voz passiva sintética. Discutiu-se a questão a em várias cidades. Há sujeito expresso (a questão é sujeito paciente). O “se” é partícula apassivadora.

2) A transposição foi feita adequadamente em:

a) Observou-se a questão proposta. -> A questão proposta foi observada.

b) O governo aspirava a melhorias no setor. -> Melhorias no setor eram aspiradas pelo governo

c) Negociaram um prazo para a questão. -> A questão foi negociada em um prazo.

d) Ela quer que o governo resolva o caso. -> Ela quer que o caso seja resolvido pelo governo.

Resp.: d. a) construções equivalentes; b) VTI; c) mudança de sentido.

-lembrar dos verbos assistir, obedecer e aspirar (no sentido de desejar). Não aceitam voz passiva!

3)

I – Obedeceu-se ao regulamento

II – Não se joga lixo no chão.

III – Apenas se discutiu a questão.

Estão na voz passiva:

a) I e II

b) II e III

c) I e III

d) I, II e III

-> resp.: b. I: obedecer é VTI. II: jogar é VTD. III: discutir é VTD.

-se: pode ser índice de indeterminação do sujeito (VI, VTI, V. Lig.) ou partícula apassivadora (VTD e VTDI).

4) O governo tinha discutido o caso.

Page 31: Resumão Português

As formas verbais destacadas poderiam ser substituídas por:

a) discutiu-se

b) discutiram

c) discutiu

d) discutira

e) discutia

-> resp.: d. Tempo composto: tinha/havia (ou seja, verbo no pretérito imperfeito) + particípio = pretérito mais-que-perfeito.

5) O governo havia resolvido a questão. Passando-se a fase para a passiva, teríamos:

a) foi resolvida

b) resolveram

c) resolveu-se

d) resolvera

e) havia sido resolvida

-> resp.: e.

6) A situação era justificada de diversas maneiras. A forma verbal destacada poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido e/ou da correção gramatical, por “se justificou”.

-> resp.: E. Mudar-se-ia o tempo verbal (de pretérito imperfeito para pretérito perfeito).

O governo está lotado de corruptos.

-> voz passiva. Ativa: Os corruptos lotam o governo. “de corruptos” é o sujeito da passiva.

Conjugação verbal

Tempos primitivos Presente do indicativo Pretérito perfeito do indicativo

Infinitivo

\/ \/ \/ \/

Tempos derivados

-Presente do subjuntivo

-Imperativo afirmativo

- Imperativo negativo

.Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

-Pretérito imperfeito do subjuntivo

-Futuro do subjuntivo

-Pretérito imperfeito do indicativo

-Futuro presente do indicativo

-Futuro do pretérito do indicativo

Grupo 1

Page 32: Resumão Português

-Derivados do presente do indicativo

-Base: 1ª do singular [-o]

-Presente do subjuntivo

Base + E (se o verbo terminar em –AR)

Base + A (se o verbo terminar em ER/OR/IR)

-Imperativos – não apresentam a 1ª pessoa do singular

-Imperativo afirmativo: idêntico ao presente do subjuntivo, exceto no tu e no vós, que vêm do presente do indicativo [-S]

-Imperativo negativo: idêntico ao presente do subjuntivo, sem exceções

Exemplificando...

Ver

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Imperativo afirmativo Imperativo negativo

Eu vej-o

Tu vês

Ele vê

Nós vemos

Vós vedes

Eles veem

Que eu veja

Que tu vejas

Que ele veja

Que nós vejamos

Que vós vejais

Que eles vejam

-

Vê tu

Veja você

Vejamos nós

Vede vós

Vejam vocês

-

Não vejas tu

Não veja você

Não vejamos nós

Não vejais vós

Não vejam vocês

Vir

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Imperativo afirmativo Imperativo negativo

Eu venh-o

Tu vens

Ele vem

Nós vimos

Vós vindes

Eles vêm

Que eu venha

Que tu venhas

Que ele venha

Que nós venhamos

Que vós venhais

Que eles venham

-

Vem tu

Venha você

Venhamos nós

Vinde vós

Venham vocês

-

Não venhas tu

Não venha você

Não venhamos nós

Não venhais vós

Não venham vocês

Como cai?

-Questão

“Não partas, não me deixes, não me esqueças.”

Page 33: Resumão Português

Passando-se a frase para o imperativo afirmativo, teríamos:

a) parta – deixe – esqueça

b) parte – deixe – esquece

c) parte – deixa – esqueça

d) parte – deixa – esquece

-> d.

I – Resolve seus problemas e não me amole.

II – Diga a ela que te encontrei.

III – Sabe-se que ela quer que você vá ao local.

Há erro em:

a) I e II

b) II e III

c) I e III

d) apenas em I

-> a.

-Observação: dizer, trazer e fazer. Tais verbos admitem duas formas de imperativo afirmativo na 2ª pessoa (diz/dize, traz/traze/, faz/faze). Diga você, traga você, faça você.

Grupo 2

-Derivados do pretérito prefeito do indicativo

-Base: 3ª do plural [– RAM]

-Pretérito mais-que-perfeito: base + RA (todas) e + RE (vós)

-Pretérito imperfeito do subjuntivo: base + SSE (todas)

-Futuro do subjuntivo: base + R (todas)

Exemplificando...

Ver

Pretérito perfeito do indicativo

Pretérito mais-que-perfeito

Pretérito Imperfeito do subjuntivo

Futuro do subjuntivo

RA / RE (vós) SSE R

Eu vi / vim Eu vira / viera Se eu visse / viesse Quando eu vir / vier

Page 34: Resumão Português

Tu viste / vieste

Ele viu / veio

Nós vimos / viemos

Vós vistes / viestes

Eles viram / vieram

Tu viras / vieras

Ele vira / viera

Nós víramos / viéramos

Vós víreis / viéreis

Eles viram / vieram

Se tu visses / viesses

Se ele visse / viesse

Se nós víssemos / viéssemos

Se vós vísseis / viésseis

Se eles vissem / viessem

Quando tu vires / vieres

Quando ele vir / vier

Quando nós virmos / viermos

Quando vós virdes / vierdes

Quando eles virem / vierem

Pretérito perfeito do indicativo

Pretérito mais-que-perfeito

Pretérito Imperfeito do subjuntivo

Futuro do subjuntivo

RA / RE (vós) SSE R

Eu tive

Tu tiveste

Ele teve

Nós tivemos

Vós tivestes

Eles tiveram

Eu tive-ra

Tu tive-ras

Ele tive-ra

Nós tive-ramos

Vós tive-reis

Eles tive-ram

Se eu tive-sse

Se tu tive-sses

Se ele tive-sse

Se nós tive-ssemos

Se vós tive-sseis

Se eles tive-ssem

Quando eu tive-r

Quando tu tive-res

Quando ele tive-r

Quando nós tive-rmos

Quando vós tive-rdes

Quando eles tive-rem

Pretérito perfeito do indicativo

Pretérito mais-que-perfeito

Pretérito Imperfeito do subjuntivo

Futuro do subjuntivo

RA / RE (vós) SSE R

Eu pus

Tu puseste

Ele pôs

Nós pusemos

Vós pusestes

Eles puseram

Eu pusera

Tu puseras

Ele pusera

Nós puséramos

Vós puséreis

Eles puseram

Se eu pusesse

Se tu pusesses

Se ele pusesse

Se nós puséssemos

Se vós pusésseis

Se eles pusessem

Quando eu puser

Quando tu puseres

Quando ele puser

Quando nós pusermos

Quando vós puserdes

Quando eles puserem

Como cai?

Ocorre erro de conjugação em:

Page 35: Resumão Português

a) Se caber recurso contra ele, (...)

-> couber. Eles couberam.

b) Quando o governo rever a documentação, autorizará a reforma.

-> revir. Eles reviram.

c) Se o governo manter sua postura,

-> mantiver. Eles mantiveram.

d) Para discutir a questão, gostaria que revessem os dados.

-> revissem. Eles reviram.

e) Se não reavissem o dinheiro, ficariam em situação difícil.

->errado. Reouvessem. Reaver vem de haver. Eles reouveram.

f) Quando o governo propor uma solução para o caso, iremos apoiá-lo.

-> propuser. Eles propuseram.

Grupo 3

-Derivados do infinitivo

-Pretérito imperfeito do indicativo:

-se terminar em AR – usa-se VA (todas) / VE (vós)

-se terminar em ER/OR/IR – usa-se IA (todas) / IE (vós)

-Futuro do presente do indicativo: rei – rás – rá – remos – rei – rão

-Futuro do pretérito do indicativo: ria – rias – ria – ríamos – ríeis – riam

Exemplificando...

Ver

Pretérito imperfeito do Indicativo Futuro do presente Futuro do pretérito

Eu via

Tu vias

Ele via

Nós víamos

Vós víeis

Eles viam

Eu verei

Tu verás

Ele verá

Nós veremos

Vós vereis

Eles verão

Eu veria

Tu verias

Ele veria

Nós veríamos

Vós veríeis

Eles veriam

Page 36: Resumão Português

Vir

Pretérito imperfeito do Indicativo Futuro do presente Futuro do pretérito

Eu vinha

Tu vinhas

Ele vinha

Nós vínhamos

Vós vínheis

Eles vinham

Eu virei

Tu virás

Ele virá

Nós viremos

Vós vireis

Eles virão

Eu viria

Tu virias

Ele viria

Nós viríamos

Vós viríeis

Eles viriam

Como cai?

“Se o governo investisse em educação, haveria melhoria em diversos setores.” A palavra destacada sugere:

a) condição

b) dúvida

c) possibilidade

d) certeza

-> c. O que dá ideia de condição é sempre e apenas conector. O que dá ideia de dúvida é sempre um advérbio (talvez, somente). Verbo sim, poderá dar ideia de possibilidade (tudo que está no futuro do pretérito denota possibilidade, hipótese).

Dicas de conjugação

1) Requerer não é derivado de querer

Se eles requiserem a documentação, (...)

-> errado. Se eles requererem. Eu requeiro, tu requeres, ele requer, nós requeremos, vós requereis, eles requerem.

2) Haver, reaver e aprazer se conjugam da mesma maneira

Houve, houveram, se houvesse, se houver

Reouve, reouveram, se reouvesse, se reouver

Aprouve, aprouveram, se aprouvesse, se aprouver -> aprazer: dar prazer

3) Ver e derivados apresentam como base VI, nos tempos relacionados ao pretérito perfeito do indicativo

Antever, rever, entrever, prever

Eles anteviram, se ele revir

4) Prover não é derivado de ver, nos tempos relacionados ao pretérito perfeito do indicativo

Page 37: Resumão Português

Eles proveram, se ele provesse, se ele prover

5) Precaver não é derivado de ver

Eu vejo, eles viram, se ele visse, se ele vir

Precaver é defectivo: não tem a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, eles precaveram, se ele precavesse, se ele precaver

6) Vir e derivados apresentam como base VIE, nos tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo

Intervir, advir, convir, sobrevir, provir

Eu venho, eu venho, eles vieram, se eu viesse, se eu vier

Vieste, veio, viemos, viestes, vieram -> só colocar o prefixo. Advieram, convieram, intervieram, provieram

Ele conveio comigo. -> certo

7) Pôr e derivados se conjugam da mesma maneira e apresentam como base PUSE, nos tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo

Repor, depo r, antepor, propor, compor, sobrepor

Se ele pusesse, se ele puser, eles puseram.

Se eles sobrepusessem, se tu propusesses, quando vós antepordes, quando tu compusesses

8) Ter e derivados se conjugam da mesma maneira e apresentam como base TIVE, nos tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo

Ter, deter, reter, entreter, conter

Se ele não contiver, se eu retivesse, retivera, detiverdes. Eu detivera, tu detiveras, ele detivera, nós detivéramos, vós detivéreis, eles detiveram. Quando eu contiver, quando tu contiveres, quando ele contiver, quando nós contivermos, quando vós contiverdes, quando eles contiverem. Se eu entretivesse, se ele tu entretivesses, se ele entretivesse, se nós entretivéssemos, se vós entretivésseis, se eles entretivessem.

9) Verbos conjugados iguais ao verbo odiar

M-ediar

A-nsiar

R-emediar

I-ntermediar

O-diar

Eu odeio, tu odeias, ele odeia, nós odiamos, vós odiais, eles odeiam. Eu medeio, eu anseio, eu remedeio, eu intermedeio. Ele odeia, ele anseia, ele remedeia, ele intermedeia.

10) verbos grafados com –UIR são grafados com –I

Page 38: Resumão Português

Possuir, usufruir, constituir

-UAR – são grafados com –E

Continuar – continue

Efetuar – efetue

Conceituar – conceitue

Averiguar – averigue

Verbos

Conceitos gerais

1) Verbos regulares

-sem alterações no radical

-sem alterações no paradigma

AR -> 1ª conj. ER/OR-> 2ª conj. IR->3ª conj.

-paradigmas

Cant- o d- ou est- ou

As ás ás

A á á

Amos amos amos

Ais ais ais

Am ão ão

2) Verbos irregulares

-pequenas alterações no radical ou no paradigma

Dormir (eu durmo), caber (eu caibo), valer (eu valho), trazer (eu trago), rir (eu rio), fazer (eu faço), medir (eu meço), pedir (eu peço)

3) verbos abundantes

Ter/haver -> -ado / -ido

Ser/estar -> do / to / go / so

Tinha pagado... / foram pagas

Tinha expressado... / foram expressos

Page 39: Resumão Português

4) verbos defectivos

Adequar – me adequo

Falir – falho/falo

Demolir - demolo

Explodir - explodo

Colorir – coloro

-a solução é usar uma locução verbal

Análise sintática do período simples (Aula 15)

Predicação verbal (transitividade)

1) verbo intransitivo: não admite OD, nem OI. Pode ser acompanhado por predicativo ou predicativo ou adjunto adverbial.

Ela acordou preocupada.

-> Ela: sujeito. Acordou: VI. Preocupada: predicativo do sujeito.

Morava em uma cidade linda.

-> Sujeito oculto (ele/ela). Morava: VI. Em uma cidade linda: A Adv. De lugar

2) verbo transitivo direto: algo? Alguém? Esse verbo exige complemento sem preposição (OD). Pronomes que funcionam como OD: o, a, os, as.

A decisão implicará problemas.

-> implicará: vtd. Problemas:OD.

Encontraram as vítimas no local.

-> encontraram: vtd. As vítimas: OD. No local: a adv. De lugar.

Implicar -> pode ser VTD (implicar algo, não em algo).

O governo assiste os pobres.

-> assistir, no sentido de ajudar alguém: VTD.

3) verbo transitivo indireto. Exige complemento com preposição (a, para, de, sem, em, com, por, contra... + algo? Alguém?), que é chamado de OI. Pronomes: lhe, lhes, a ele, a ela.

A professora implicava com o aluno.

-> implica com quem? VTI

Lutavam por causas justas.

Page 40: Resumão Português

-> lutar pelo quê? VTI.

As pessoas assistem a programas fúteis.

-> assistir ao quê? VTI

4) verbo transitivo direto e indireto. Tem dois tipos de complementos: OD e OI.

Informaram à família sobre a decisão do governo.

-> frase errada. Dois objetos indiretos. Retirar o “sobre” ou a crase.

Dei-lhe outra chance.

-> dei [outra chance] OD a alguém (lhe), OI.

5) verbos de ligação. Liga o sujeito a um predicativo, que pode ser uma qualidade, característica, estado.

A mulher ficou nervosa no evento.

-> ficou: VL. Nervosa: predicativo. no evento: a adv.

-Ser, estar, permanecer, ficar, parecer, continuar, tornar-se, virar (tornar-se), viver e andar (== estar)

Pensando... VI, VTD, VTI, VTDI, VL

Faltam investimentos em vários setores.

-> VI

O governo estava no evento sobre o clima.

-> VI

Convidaram o ministro para a reunião.

-> VTD

Foram ao Congresso para a votação.

-> VI

O governo parecia bem durante o evento.

-> VI

Investiram em projetos ousados.

-> VTI

Ao sucesso, preferia a tranquilidade.

-> VTDI

Como cai?

Page 41: Resumão Português

Assinale a alternativa cujo verbo destacado não exija o mesmo tipo de complemento dos demais:

a) Chegou de Londres ontem.

b) Pensava em coisas úteis.

c) Referia-se a coisas importantes.

d) O jornal me interessa.

-> a.

Resumindo...

Verbo/acompanhamento Adj Adv OD OI Predicativo

VI possível impossível Impossível Possível

VTD possível obrigatório impossível possível

VTI possível impossível Obrigatório possível

VTDI possível Obrigatório Obrigatório possível

VL (lista) possível impossível impossível obrigatório

Não confunda...

1) sujeito x objeto direto

O verbo concorda com o sujeito.

Caiu o dólar.

-> sujeito. Caíram o dólar? Não.

Cotou o dólar.

-> objeto direto. Cotaram o dólar? Sim.

Existe solução para o caso.

-> sujeito. Existem solução? não

Há solução para o caso.

-> objeto direto e oração sem sujeito. Há soluções? Sim.

Falta investimento.

-> sujeito.

2) predicativo x adj. Adverbial de modo

Ele era rápido nas tarefas.

-> predicativo

Page 42: Resumão Português

Ele falou rápido sobre o assunto.

-> adj. Adverbial

Ele está bem.

-> adj. adverbial

Ele está feliz.

-> predicativo

3) adj. Adverbial preposicionado (lugar, finalidade, companhia, causa...) x objeto indireto

Procurar sempre o adjunto adverbial primeiro.

Iríamos ao evento.

-> adj. Adverbial de lugar

Referiu-se ao evento.

-> objeto indireto

Termos relacionados ao verbo

-Adjuntos adverbiais

-Objeto direto

-Objeto indireto

-Agente da passiva

1) adjunto adverbial – exprime circunstância (lugar, tempo, modo, finalidade, afirmação, negação, dúvida, causa, intensidade). Pode acompanhar qualquer tipo de verbo.

-Onde? Quando? Como? – quando se responder questões desse tipo, trata-se de adjuntos adverbiais.

Ele esteve na sala por um longo período.

-> na sala: a adv de lugar. Por um longo período: a adv de tempo.

Saiu com os amigos para beber.

-> com os amigos: ad adv de companhia. Para beber: ad adv de finalidade.

2) Objeto direto – complemento verbal sem preposição

Conhecia o local da prova.

-> conhece o quê? O local da prova. OD.

Amava a Deus.

-> amava quem? Objeto direto PREPOSICIONADO. A preposição é do objeto direto, não se refere ao verbo.

-OD Preposicionado: completa verbo transitivo direto com o auxílio de uma preposição de valor estilístico (que pode ser retirada).

Page 43: Resumão Português

-OD interno/cognato/intrínseco: quando verbo e objeto possuem o mesmo radical

Viveu uma vida de alegrias.

-OD pleonástico

Quanto à blusa, comprei-a em uma liquidação.

Este rapaz. Eu já o vi antes.

3) Objeto indireto – complemento verbal com preposição

Aspirava ao sucesso profissional.

-> VTI. Sucesso profissional: OI.

Sonhava com um futuro melhor.

-> sonhava com o quê? VTI. Futuro melhor: OI.

-Objeto indireto Pleonástico – mesmo conceito do OD pleonástico

“A mim, nada me interessa.”

-> me: objeto indireto pleonástico. A mim: objeto indireto pleonástico.

Quanto às leis, sempre obedeço a elas.

4) agente da passiva – é o termo da voz passiva analítica que pratica a ação sobre o sujeito paciente. O agente da passiva é sempre preposicionado. (por, pelo (a/s), de). Não é um termo obrigatório.

De formigas, a casa estava lotada.

-> agente da passiva.

A decisão foi tomada pelo congresso.

-> agente da passiva.

Termos relacionados ao nome

-Adjunto adnominal

-Complemento nominal

-predicativo

-aposto

-vocativo

1) adjunto adnominal – refere-se a substantivos (concretos ou abstratos). Pode ser representado por artigo, numeral, pronome, adjetivo ou locução adjetiva.

As duas últimas crises do país foram graves.

-> As: ad adn. Duas: ad adn. Últimas: adj and. -> todos se referem a crises. Artigo, numeral e adjetivo sempre são adjuntos adnominais. Do país: adj adn. Crise é um substantivo concreto, portanto só pode ser adj adn.

Page 44: Resumão Português

2) complemento nominal – termo obrigatoriamente preposicionado. Pode se referir a substantivos abstratos, adjetivos ou advérbios.

A busca de soluções para o problema gerou resultados.

-> de soluções: CN. Para o problema: CN. Busca: substantivo abstrato.

Era favorável à discussão do caso.

-> Favorável: adjetivo. à discussão: CN.

Agiu contrariamente a seus princípios.

-> contrariamente: advérbio. A seus princípios: CN.

-CN quando se refere a substantivo abstrato tem natureza paciente.

A busca de soluções para o problema gerou resultados.

Não confundir...

Ajd. Adnominal x Complemento Nominal (aula 16 - 36:10)

1º passo: olhar se há preposição. Se não houver preposição = adj adn.

2º passo: se houver preposição -> analisar o antecedente. Substantivo concreto (sempre Adj adn) / substantivo abstrato / adjetivo ou advérbio (sempre Adj adn)

3º passo: se for substantivo abstrato -> analisar se o termo é agente (adj adn) ou paciente (CN).

A crítica do diretor foi severa.

-> crítica: abstrato. Adj adn.

A crítica ao diretor foi severa.

-> CN

A busca da polícia não foi bem sucedida.

-> busca: abstrato. Adj adn.

A busca de novos talentos é constante no mercado de trabalho.

-> CN

A criação do homem é obra de Deus.

-> criação: abstrato. CN. Obra: concreto. Adj adn.

As criações dos homens nem sempre são positivas para a humanidade.

-> adj adn – positivas: adjetivo – CN.

SAQE - Sentimento, Ação, Qualidade, Estado: substantivos abstratos. Colheita (vem de ação de colher), limpeza (vem do adjetivo limpo).

3) Predicativo – exprime qualidade, característica ou estado em relação ao sujeito ou ao objeto. Pode ser representado por adjetivo, substantivo, numeral ou pronome.

Page 45: Resumão Português

-predicativo do sujeito

-predicativo do objeto

Consideram-na culpada.

-> culpada: predicativo do objeto.

O governo permaneceu imóvel.

-> imóvel: predicativo do sujeito. Não é adj adv, pois na pluralização imóvel varia.

Ele se tornou um homem.

-> um homem: predicativo do sujeito. Apesar de ser substantivo, homem foi empregado na forma de adjetivo.

As meninas eram duas.

-> duas: predicativo do sujeito.

4) aposto – termo de natureza explicativa que se refere a um antecedente. Vem entre vírgulas ou pausas equivalentes (), --, :.

Ouro Preto, um centro histórico mineiro, recebe muitos turistas.

-> aposto se referindo a Ouro Preto

Amor, dinheiro, amizade, nada o agradava.

-> aposto resumitivo --- não cai

As obras de Machado de Assis são valorizadas.

-> aposto restritivo --- não cai.

5) vocativo – termo isolado da oração. Refere-se ao ouvinte. Trata-se de um chamamento.

Alunos, estudem para a prova.

-> vocativo.

Oh Deus, por que não me atendes!?

-aparece isolado por sinais de pontuação.

Tipos de sujeito

Sujeito: é o termo com o qual o verbo concorda numa oração. Tal termo pode praticar e/ou sofrer a ação expressa pelo verbo.

Existem regras para a demissão de funcionários.

-> sujeito: regras para a demissão de funcionários. Núcleo do sujeito: regras.

Obedeceu-se ao regulamento.

-> se: índice de indeterminação do sujeito. Ao regulamento: objeto indireto. Sujeito indeterminado, portanto.

Notou-se, na ocasião, um interesse de sua parte.

Page 46: Resumão Português

-> notou: VTD. Se: partícula apassivadora. Um interesse de sua parte: sujeito. Interesse: núcleo.

Notaram-se interesses da sua parte.

-Considerações sobre o sujeito

1) núcleo de sujeito não pode ser preposicionado

A maioria dos alunos estuda para a prova.

-> núcleo: maioria. “Alunos” está preposicionado, aliás.

Nenhum de nós resolveu a tarefa.

-> núcleo: nenhum

2) o sujeito pode estar posposto ao verbo

Acontecem coisas estranhas em vários lugares.

3) eventualmente, a gramática admite a concordância do verbo com outros termos do sujeito

A maioria dos alunos estudam (...).

4) Não se separa sujeito do predicado por vírgula.

Alunos, prestem atenção nas explicações.

-> sujeito: oculto, desinencial [vocês].

Tipos de sujeito

1) sujeito simples – apenas um núcleo

-Simples e expresso: escrito na frase

-Simples desinencial: implícito no verbo

Quem resolveu a questão?

-> sujeito simples e expresso = quem

Sabemos a verdade sobre o fato.

-> sujeito simples e desinencial = nós

2) sujeito composto – mais de um núcleo expresso na frase

A maioria dos alunos e dos professores concordam com a decisão.

-> núcleo: maioria. Sujeito simples e expresso

A crítica dos alunos e a dos professores surtiram efeito. – esse “a” é artigo.

-> sujeito composto: a crítica do aluno e a crítica dos professores

Foram aprovados no concurso alunos e alunas do Interasat.

-> sujeito composto: alunos e alunas do Interasat

Page 47: Resumão Português

A crítica dos alunos e dos professores surtiu efeito.

-> não pode ser surtiram pois haverá somente uma crítica

3) sujeito indeterminado – sujeito existe, mas não pode ser identificado no contexto

3.1) 3ª pessoa do plural sem referências ao agente expresso – artifício: tentar colocar ELES na frente do verbo

Faltam recursos em vários setores no Brasil.

-sujeito posposto – sujeito simples

No Brasil, resolvem as coisas sem planejamento.

-> suj indeterminado

Discutem-se casos de preconceito no país.

-voz passiva – sujeito simples

Negaram as acusações feitas.

-suj indeterminado

4) sujeito inexistente (oração sem sujeito) – apresenta verbo impessoal (aquele que só se conjuga na terceira pessoa). Se o verbo não varia, o auxiliar também não varia.

4.1) haver com valor existencial

Haviam pessoas interessantes no local.

-> havia pessoas interessantes no local.

Existiam pessoas interessantes no local. – o verbo existir varia

Haviam considerado o rapaz louco.

-> não está com valor de existir. Eles consideraram – sujeito indeterminado

Tinha outra opção.

-> a frase está incorreta. O verbo ter não pode ser empregado com valor existencial.

Amanhã tem aula.

-> frase incorreta. Amanhã haverá aula. Ter indica POSSE.

4.2) Os verbos haver e fazer indicando tempo decorrido

Havia semanas que não se encontravam.

-> sujeito inexistente.

Vão fazer dois anos que se conhecem.

-> frase INCORRETA. Vai fazer dois anos que se conhecem.

4.3) Verbos que exprime fenômenos da natureza – também permanecem na 3ª pessoa do singular, não podem variar

Page 48: Resumão Português

Choveram palavrões na discussão.

-> certo. Palavrões choveram. Neste caso, o verbo chover pode flexionar, já que está no sentido figurado, não indicando, portanto, fenômeno natural.

Ventava folhas para todos os lados.

-> frase incorreta. As folhas ventavam para todos os lados. O que venta é vento, neste caso há também sentido figurado.

Choveu em várias cidades brasileiras.

-> frase correta. Chover é impessoal (fenômeno da natureza)

4.4) verbo ser indicando hora, data e distância – é impessoal, mas concorda com o numeral que o acompanha

São duas horas.

Já é quase uma hora.

Hoje são 4 de março.

Da minha casa até aqui, são seis quilômetros.

5) sujeito oracional – representado por uma oração (apresenta verbo) – substituir por isso

É importante que vocês estudem.

-> que vocês estudem: sujeito oracional.

Cabe ao governo defender os interesses da população.

-> o quê? Defender os interesses da população cabe ao governo.

6) sujeito em frases com a partícula “se” (que pode ser partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito)

-Onde o sujeito é indeterminado?

Não se trata de uma questão pessoal.

Page 49: Resumão Português

-> suj indeterminado (IISuj). VTI.

Obedeceu-se ao regulamento do hotel.

-> suj indeterminado (IISuj). VTI.

Não se joga papel em vias públicas.

-> sujeito simples, paciente (PAp). VTD.

Negociou-se um bom preço para o acordo.

-> sujeito simples, paciente (PAp). VTD

Vive-se bem no Brasil.

-> indeterminado (IISuj). VI.

Informou-se ao rapaz a nova data da prova.

-> sujeito simples, paciente (PAp). VTDI

Tipos de predicado

-Conceito de predicado – retirando-se o sujeito de uma oração, o que sobrar será considerado predicado

Hoje a maioria das pessoas estuda para concursos públicos. -> predicado

Predicado Verbo Predicativo Sentido1 - Verbal VI, VTD, VTI, VTDI Não tem (nunca) Exprime uma ação

2 - Nominal V Lig + Qualidade, característica, estado

Verbo-nominal VI, VTD, VTI, VTDI + Ação + qualidade, estado, característica

1 – não apresenta predicativo (verbal)

2 – apresenta verbo de ligação (nominal)

3 – apresenta predicativo, mas não apresenta verbo de ligação (verbo-nominal)

Hoje a maioria das pessoas estuda para concursos públicos.

-> predicado verbal (não tem predicativo). Hoje: adj adv de tempo. Estuda: VI.

O juiz julgou o réu.

-> predicado verbal (não tem predicativo).

O réu é culpado.

-> predicado nominal (tem verbo de ligação).

O juiz julgou o réu culpado.

-> culpado é predicativo do réu. Predicado verbo-nominal.

Pensando...

Page 50: Resumão Português

O Brasil se tornou um país com grande potencial turístico.

-> nominal. Tornar-se é verbo de ligação.

O governo considerou injusta a atitude do prefeito.

-> verbo-nominal. VTD.

Convidaram parte do governo para o evento.

-> verbal. VTD.

Chamaram o governo de corrupto.

-> verbal-nominal. VTD. De corrupto é um predicativo do objeto.

O governo estava bem na reunião.

-> verbal. VI.

Período composto

-Período estruturado a partir de duas ou mais orações.

Ela resolveu o caso como eu.

-> composto. Ela resolveu o caso como eu (resolvi/resolveria).

Pode, nos dias de hoje, haver soluções para o caso.

-> simples. Locução verbal: pode haver soluções para o caso.

Formas de organização do período

-Organização por coordenação

-or. Coordenadas -> independentes entre si

Foi ao clube, mas estava chovendo.

[Foi ao clube], mas [estava chovendo.]

-Organização por subordinação

- or. Principal + or. Subordinada -> dependentes entre si

Foi ao clube, embora estivesse chovendo.

[Foi ao clube], embora [estivesse chovendo.]

OP – conector (embora) – OS

-Organização mista/complexa

-por coordenação e subordinação

[Foi ao clube] e [se divertiu], embora [estivesse chovendo].

O1 –coord- O2, e O3 -subord- O1 e O2 (principais)

Page 51: Resumão Português

Não sabia que o governo era corrupto e que a população, de certa forma, estava ciente disso. – quantas orações?

-> 3 orações [não sabia], [que o governo era corrupto],[ que a população, de certa forma, estava ciente disso]

-> O2 subord O1 ou O1 principal de O2; O3 subord O1 ou O1 principal de O3; O2 e O3 são coordenadas entre si.

Orações coordenadas

-trata-se de orações sintaticamente independentes entre si

[O governo resolveu a questão], mas [não acalmou as críticas.]

-> O1: oração coord assindética; O2: oração coord sindética adversativa

Tipos de oração coordenada

-coordenadas assindéticas – que não apresentam conector

[As pessoas nascem], [crescem], [trabalham], [têm filhos]...

-> 4 orações coordenadas entre si, sendo todas elas assindéticas (não há conector)

-> as orações aqui apresentam uma relação de adição entre as orações do período

-As orações coordenadas assindéticas, embora não tenham conector, guardam entre si uma relação de sentido

-Questão

Ouviu um barulho, levantou-se, não era nada.

-> O1 e O2: consequência; O2 e O3: oposição.

Brigam muito: querem o divórcio.

-> Há, entre as orações que compõem o período, uma relação de:

a) adição: e

b) explicação: pois

c) conclusão: por isso

d) causa: porque

-> c. Por isso...

Orações coordenadas sindéticas – apresentam conector

[Ele trabalha] [ou estuda]?

-> O1: assindética; O2: sindética alternativa

Tipos de orações coordenadas sindéticas

1) aditivas: e, nem, não só...mas também, não apenas...como, não somente...como...

Não sou triste, nem sou feliz.

-> e também não – aditiva

Page 52: Resumão Português

2) adversativas (oposição/contraste/ressalva): mas, contudo, entretanto, no entanto, porém, todavia, não obstante, inobstante...

Passar em um concurso é difícil, mas não é impossível.

3) Alternativas (alternância/escolha): ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja...

Ou ele trabalha, ou ele estuda.

Ora estudava teoria, ora fazia exercícios.

4) conclusivas: pois (depois do verbo), por isso, então, logo, assim, desse modo, dessa forma, portanto...

Ele é meu pai; respeito-o, pois.

Ele é meu pai, pois o exame comprovou isso.

-> ideia de explicação

Ela chorou, pois seu pai foi embora.

-> ideia de causa

5) explicativas: pois (antes do verbo), porque, que (depois de imperativos), porquanto, já que...

Ela chorou, pois seus olhos estão vermelhos.

-> explicação

Ela chorou, pois seu pai foi embora.

-> causa

Porquanto seu estava na lista, foi aprovado no concurso.

-> explicação

Porquanto tivesse estudado, foi aprovado no concurso.

-> causa

Chora, que faz bem à alma.

-> explicativo

-CAUSA X EXPLICAÇÃO – verificar o sentido...

“Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.”

-> valor do mas: aditivo.

Trabalho muito, e ganho pouco.

-> valor do e: oposição.

Deixei a porta aberta, e o ladrão entrou.

-> e: conclusivo (dá ideia de consequência)

-Alguns conectores, dependendo do contexto, podem ter seus sentidos alterados

Page 53: Resumão Português

Orações subordinadas

-Toda oração subordinada se associa a uma principal, com a qual mantém relação de sentido

[Quero] [que vocês estudem para a prova.]

-> O1 = VTD; O2 = oração substantiva (pois exerce função sintática). Oração subordinada objetiva direta.

A mulher que chegou é interessante.

-> Que chegou: oração adjetiva (refere-se a um termo da principal)

[Se houver aula], [eu irei.]

-> O1: oração adverbial (dá uma ideia de circunstância, no exemplo, de condição)

Se haverá outra oportunidade, não sei dizer.

-> substantiva (objetiva direta) – exerce função sintática na principal

Não sei o que aconteceu com ela.

-> adjetiva (restritiva) – refere-se a um termo da oração principal

Ao chegar, arrume o quarto.

-> adverbial (de tempo) – exprimem circunstância em relação à principal

-São introduzidas por conjunções integrantes (que, se), pronome indefinido (quem) ou advérbios interrogativos (onde, quando, por que, como).

-podem ser reduzidas ou desenvolvidas – utilizam infinitivo, gerúndio ou particípio (reduzidas) / desenvolvidas (apresentam conector)

É importante saber a verdade.

-> [saber a verdade]: sujeito. Oração reduzida.

É importante que se saiba a verdade.

-> [que se saiba a verdade]: sujeito. Oração desenvolvida.

Classificação das orações substantivas – subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas nominais, predicativas, apositivas, agente da passiva

Acontece que ninguém resolveu o caso.

-> oração subordinada substantiva subjetiva

Não esperava que isso acontecesse.

-> oração subordinada substantiva objetiva direta

Espera-se que ele diga a verdade.

-> oração subordinada substantiva subjetiva (paciente)

Tenho medo de que ele não volte.

Page 54: Resumão Português

-> oração subordinada substantiva completiva nominal

Queria uma coisa: que ela fosse feliz.

-> oração subordinada substantiva apositiva

É necessário que o governo resolva o caso.

-> subjetiva

Pensava em quem poderia ajudá-lo.

-> objetiva indireta

A tarefa foi realizada por quem estava no local.

-> agente da passiva

O importante é que ele resolva o caso.

-> predicativa

Classificação das orações adjetivas – introduzidas por pronomes relativos (que, onde, o qual, quem, cujo...)

-explicam ou restringem um termo da oração principal

Ouro Preto, que é um centro histórico, recebe muitos turistas.

-> adjetiva explicativa (sempre entre vírgulas)

Mulher que trabalha vence na vida.

-> adjetiva restritiva (sempre sem vírgulas)

-Oração adjetiva explicativa: vem entre vírgulas, refere-se a um conjunto unitário ou a uma generalização

-Oração adjetiva restritiva: não vem entre vírgulas, refere-se à parte de um conjunto maior

Page 55: Resumão Português

O Brasil que é um país rico em recursos naturais investe pouco em turismo.

-> explicativa, vírgulas obrigatórias: O Brasil, que é um país rico em recursos naturais, investe pouco em turismo.

Jovens e crianças que se alimentam bem vão melhor na escola.

-> restritiva, vírgulas proibidas

As crianças que são o futuro do país merecem respeito.

-> explicativa, vírgulas obrigatórias: As crianças, que são o futuro de um país, merecem respeito.

O governo que investe em educação evolui.

-> explicativa ou restritiva, vírgulas possíveis

A polícia que defende o cidadão merece respeito.

-> explicativa ou restritiva, vírgulas possíveis

Orações adverbiais – exprimem circunstância em relação à oração principal

-são introduzidas por conjunções subordinativas

-podem ser reduzidas (gerúndio, infinitivo ou particípio) ou desenvolvidas (conector)

[Quando chegar], resolva o caso.

-> quando: conector. Chegar: futuro do subjuntivo. Quando chegar: oração desenvolvida

Ao chegar, resolva o caso.

-> ao chegar: oração reduzida (infinitivo)

-Um mesmo conector pode estabelecer diferentes relações de sentido

Como não disse a verdade, foi punido.

-> causal

Ele respondeu às perguntas como eu pedi.

-> conformidade

Resolveu tudo como eu.

-> comparação

Tipos de orações adverbiais

1) causais (causa): porque, porquanto, pois, já que, como (início de frase), uma vez que, na medida em que...

2) consecutivas (consequência): de modo que, de forma que, de sorte que, tão, tal, tanto + que...

3) condicionais (condição): se, caso, desde que, a menos que, contanto que...

4) conformativas (conformidade): como, conforme, segundo, de acordo com, consoante...

5) comparativas (comparação): como, igual a, mais (do) que, tanto...quanto, menos (do) que...

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6) concessivas (concessão/exceção à regra): a menos que, ainda que, apesar de, embora, conquanto que, em que pese, posto que, sem que, mesmo que, não obstante...

7) Temporais (tempo): quando, enquanto, mal, assim que, logo que, ao mesmo tempo que...

8) proporcionais (proporção): à medida que, à proporção que, quanto mais...mais/menos...

9) finais (finalidade): para que, a fim de que...

Pontuação – os sinais de pontuação servem para dar sentido aos textos escritos

José Penido foi visitar seu irmão Honório. -> A pontuação é inaceitável em:

a) José Penido foi visitar seu irmão, Honório.

b) José, Penido foi visitar seu irmão Honório.

c) José, Penido, foi visitar seu irmão Honório.

d) José Penido, foi visitar seu irmão Honório.

-> letra d. Separando sujeito de predicado. Nas outras 3 alternativas há vocativos.

-Alterações na pontuação podem modificar o sentido de um enunciado.

I – A decisão, acertada entre as partes, será cumprida.

II – Meu irmão, que é médico, veio me visitar.

III – Não se usa, obrigatoriamente, uniforme aqui.

Onde a retirada das vírgulas não acarreta mudança de sentido?

-em todas ocorre mudança de sentido. I e II – adjetiva explicativa/restritiva

Casos de vírgula

I – casos proibidos de vírgula

A atual crise econômica [3] do país [1] prejudica [2] nossa imagem no exterior.

-> 1 – não seu usa vírgula entre sujeito e predicado; 2 – não se usa vírgula entre verbo e complemento; 3 – não se usa vírgula entre nome e complemento ou adjunto adnominal. [par de vírgulas sempre pode!]

A crise enfrentada pelo Chile será passageira.

-> A crise, enfrentada pelo Chile, será passageira. -> altera o sentido (oração adjetiva reduzida de particípio)

O Brasil, ultimamente, tem discutido (...)

-> O Brasil ultimamente tem discutido. ->não altera o sentido

II – casos obrigatórios de vírgulas

-Ordem canônica (padrão, convencional, natural): sujeito + verbo + complemento verbal + adjuntos adverbiais

-a vírgula será usada para indicar rupturas ou inversões na ordem canônica das frases

1) isolar vocativo

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Alunos, estudem para a prova.

-> alunos = vocativo (chamamento)

Estudem, alunos, para a prova.

-> alunos = vocativo. Tem grande mobilidade frasal.

-mobilidade frasal: capacidade de mudar a posição do termo

2) isolar aposto (=natureza explicativa)

A mulher, símbolo de luta contra o preconceito, deve ser valorizada.

-> não tem mobilidade frasal

3) expressões explicativas – entre vírgulas (ou seja, isto é, vale dizer, quer dizer)

O Brasil é rico, ou seja, dispõe de inúmeros recursos naturais.

4) expressões retificativas ou enfática – uma vírgula antes (apenas, só, exceto, principalmente, inclusive)

Todos foram aprovados no concurso, inclusive eu.

Todos resolveram a questão, exceto Pedro.

5) Indicar elipse ou zeugma (omissão de termos)

Na minha frente, uma enorme fila.

Pedro me ama; José, não.

6) isolar complemento pleonástico

Quanto ao problema, eu já o resolvi.

-> “o” retoma “quanto ao problema”

7) separar itens de enumeração (palavras da mesma classe/termos com a mesma função)

Problemas políticos, econômicos, financeiros e sociais sempre existirão.

-> todos adjetivos. Todos com a mesma função (ajd adn)

Problemas políticos, econômicos, financeiros e sociais, sempre, existirão.

-> correta

-vírgula antes do etc é facultativa – no entanto, é proibido usar “e” antes do etc.

Problemas políticos, econômicos, financeiros, sociais, etc.

Problemas políticos, econômicos, financeiros, sociais etc.

Crises políticas, econômicas, gerenciais, etc. afetam o país.

8) Indicar deslocamento de adjuntos adverbiais – posição natural: final de frase.

-a vírgula será recomendada se eles forem longos

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Não quero. -> negação

Não, quero. -> hesitação

O Brasil já há algum tempo está investindo em desenvolvimento sustentável. -> possível

O Brasil, já há algum tempo, está investindo em desenvolvimento sustentável. -> recomendado

Hoje o Brasil está investindo e desenvolvimento sustentável. -> recomendado

Hoje, o Brasil está investindo em desenvolvimento sustentável. -> possível

9) Indicar deslocamento de conjunção coordenativa (portanto, entretanto, por isso, assim...): início da segunda oração. Usa-se apenas uma vírgula antes do conector.

O Brasil é rico, no entanto investe pouco em educação.

O Brasil é rico, no entanto, investe pouco em educação. -> ERRADO. Não está deslocado.

O Brasil é rico; investe pouco, no entanto, em educação. -> correto.

-conector no meio de oração somente que deve vir entre vírgulas

O Brasil é rico. No entanto investe pouco em educação.

-> No entanto, investe pouco em educação. -> correto. Vírgula facultativa.

O Brasil e rico; no entanto, investe pouco em educação.

-> correto, vírgula facultativa também

-Conjunção coordenativa:

-início de O2 (uma vírgula antes do conector)

-interior de oração (conector entre vírgulas)

-início de período (vírgula facultativa depois do conector)

-depois de ponto-e-vírgula (vírgula facultativa depois do conector)

10) separar orações coordenadas sindéticas e assindéticas

Resolveu a questão, por isso foi embora.

-> vírgula obrigatória. Pode ser substituída por ponto-e-vírgula ou ponto final.

Acordou, tomou café e foi trabalhar.

-> vírgula obrigatória. Pode ser substituída por ponto-e-vírgula ou ponto final.

11) vírgula antes do conector “e”

-sujeitos iguais: vírgula proibida

O governo prometeu novos postos de trabalho e cumpriu.

-sujeitos diferentes: vírgula obrigatória

O governo prometeu novos postos de trabalho, e a população acreditou nisso.

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O governo é responsável pela administração do país, e, em função disso, a população deve ter muito cuidado ao votar.

-> o “e” não está entre vírgulas, e sim o “em função disso”

-polissíndeto: usa-se a vírgula antes do “e”

Ela chorava, e gritava, e clamava, e pedia, e implorava...

-conector com valor alterado: vírgula facultativa

O governo prometeu que viria e não veio.

-> vírgula facultativa (“e” está com valor de “mas”)

12) isolar oração adjetiva explicativa

-lembrete: caso de alteração de sentido

A situação, que foi apresentada, a todos não era boa.

-> explicativa

A situação, que foi apresentada, a todos não era boa.

-> restritiva

13) isolar oração subordinada adverbial antecipada ou intercalada à principal

O governo, se quisesse, resolveria a questão.

-> se quisesse: oração adverbial condicional

Como não há solução para o caso, tudo se resolverá com o tempo.

-> oração subordinada adverbial causal

Emprego de outros sinais de pontuação

1) Uso de ponto-e-vírgula

O governo dispõe de recursos econômicos; diversidades administrativas; problemas financeiros, entre outros.

-> errado. Não se usa ponto-e-vírgula em período simples (não pode ser substituído por ponto)

O governo investe em educação; embora não venham ocorrendo grandes melhorias no setor.

-> errado. Não se usa ponto-e-vírgula em entre orações subordinadas

-Todo ponto-e-vírgula pode ser substituído por ponto final.

-Casos recomendados de ponto-e-vírgula:

-enumeração translinear

Todo homem tem obrigação de fazer: cuidar dos filhos no fim de semana; cuidar da esposa; pedir permissão para beber cervejas às sextas.

-coordenadas longas

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Na vida, encontraremos dificuldades; buscaremos, entretanto, solucioná-las.

-coordenadas simétricas entre si: estruturas similares/opostas pelo sentido

Há pessoas que querem a guerra; há pessoas que buscam a paz.

2) uso de aspas

-citação textual

-fala de personagem (mudança de discurso)

-estrangeirismo

-neologismo

-ironia

-linguagem figurada

-coloquialismo

-regionalismo

3) uso de dois pontos: pode ser usado entre orações coordenadas

-introduzir explicação

-introduzir enumeração

-introduzir discurso direto

-introduzir citação textual

-indicar conclusão

-continuar uma ideia

4) uso de reticências

-indicar continuidade em enumerações

-indicar hesitação do falante

-suspender intencionalmente uma ideia clara ou acessível ao receptor

5) uso de travessões

-travessão simples -> marcar mudança de discurso/introduzir discurso direto

-duplo travessão: - - / - ; / - . -> equivale a um par de vírgulas

-introduz explicação, opinião do locutor, desenvolve ideia anterior...

O Brasil, a China – país de base socialista-, o Canadá e (...)

6) Uso de parênteses: todo termo entre parênteses é uma informação marginal, secundária em um texto.

-desenvolver sigla

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-apresentar sigla

-inserir opinião do locutor

-explicar uma ideia

-desenvolver uma ideia

( ) / - - / , , -> sinais equivalentes

Regência

-trata-se da complementação de nomes e verbos

-diz respeito ao uso normativo de preposição

Chegou ao escritório pela manhã.

-> chegar (a).

Principais casos de Regência

1) deparar, simpatizar, empatizar, antipatizar – transitivos indiretos, exigem “com” e não são pronominais