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RESUMO NBR 5626 – INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA 3 Definições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: 3.1 água fria: Água à temperatura dada pelas condições do ambiente. 3.2 água potável: Água que atende ao padrão de potabilidade determinado pela Portaria 36 do Ministério da Saúde. 3.3 alimentador predial: Tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água de uso doméstico. 3.4 aparelho sanitário: Componente destinado ao uso da água ou ao recebimento de dejetos líquidos e sólidos (na maioria das vezes pertence à instalação predial de esgoto sanitário). Incluem-se nessa definição aparelhos como bacias sanitárias, lavatórios, pias e outros, e, também, lavadoras de roupa, lavadoras de prato, banheiras de hidromassagem, etc. 3.5 barrilete: Tubulação que se origina no reservatório e da qual derivam as colunas de distribuição, quando o tipo de abastecimento é indireto. No caso de tipo de abastecimento direto, pode ser considerado como a tubulação diretamente ligada ao ramal predial ou diretamente ligada à fonte de abastecimento particular. 3.6 camisa: Disposição construtiva na parede ou piso de um edifício, destinada a proteger e/ou permitir livre movimentação à tubulação que passa no seu interior. 3.7 cobertura: Qualquer tipo de recobrimento feito através de material rígido sobre um duto, um sulco ou um ponto de acesso, de resistência suficiente para suportar os esforços superficiais verificados na sua posição. Quando referida a reservatório domiciliar, define o fechamento superior horizontal do reservatório. 3.8 coluna de distribuição: Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais. 3.9 componente: Qualquer produto que compõe a instalação predial de água fria e que cumpre individualmente função restrita. Exemplos: tubos, conexões, válvulas, reservatórios, etc. 3.10 concessionária: Termo empregado para designar genericamente a entidade responsável pelo abastecimento público de água. Na maioria dos casos esta entidade atua sob concessão da autoridade pública municipal. Em outros casos, a atuação se diretamente por esta mesma autoridade ou por autarquia a ela ligada. 3.11 conexão cruzada: Qualquer ligação física através de peça, dispositivo ou outro arranjo que conecte duas tubulações das quais uma conduz água potável e a outra água de qualidade desconhecida ou não potável. NOTA - Através dessa ligação a água pode escoar de uma para outra tubulação, sendo o sentido de escoamento dependente do diferencial de pressão entre as duas tubulações. A definição também se aplica à ligação física que se estabelece entre a água contida em uma tubulação da instalação predial de água fria e a água servida contida em um aparelho sanitário ou qualquer outro recipiente que esteja sendo utilizado. 3.12 construtor: Agente interveniente no processo de construção de um edifício, responsável pelo produto em que o mesmo se constitui e, consequentemente, pela instalação predial de água fria, respondendo, perante o usuário, pela qualidade da instalação predial de água fria. 3.13 diâmetro nominal (DN): Número que serve para designar o diâmetro de uma tubulação e que corresponde aos diâmetros definidos nas normas específicas de cada produto. 3.14 dispositivo de prevenção ao refluxo: Componente, ou disposição construtiva, destinado a impedir o refluxo de água em uma instalação predial de água fria, ou desta para a fonte de abastecimento. 3.15 duto: Espaço fechado projetado para acomodar tubulações de água e componentes em geral, construído de tal forma que o acesso ao seu interior possa ser tanto ao longo de seu comprimento como em pontos específicos, através da remoção de uma ou mais coberturas, sem ocasionar a destruição delas a não ser no caso de coberturas de baixo custo. Inclui também o shaft que usualmente é entendido como um duto vertical. 3.16 fonte de abastecimento: Sistema destinado a fornecer água para a instalação predial de água fria. Pode ser a rede pública da concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de água. No caso da rede pública, considera-se que a fonte de abastecimento é a extremidade a jusante do ramal predial. 3.17 galeria de serviços: Espaço fechado, semelhante a um duto, mas de dimensões tais que permitam o acesso de pessoas ao seu interior através de portas ou aberturas de visita. Nele são instalados tubulações, componentes em geral e outros tipos de instalações. 3.18 instalação elevatória: Sistema destinado a elevar a pressão da água em uma instalação predial de água

Resumo 5626 - Água Fria

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Resumo dos principais tópicos de água fria.

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  • RESUMO NBR 5626 INSTALAO PREDIAL DE GUA FRIA

    3 Definies Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definies: 3.1 gua fria: gua temperatura dada pelas condies do ambiente. 3.2 gua potvel: gua que atende ao padro de potabilidade determinado pela Portaria n 36 do Ministrio da Sade. 3.3 alimentador predial: Tubulao que liga a fonte de abastecimento a um reservatrio de gua de uso domstico. 3.4 aparelho sanitrio: Componente destinado ao uso da gua ou ao recebimento de dejetos lquidos e slidos (na maioria das vezes pertence instalao predial de esgoto sanitrio). Incluem-se nessa definio aparelhos como bacias sanitrias, lavatrios, pias e outros, e, tambm, lavadoras de roupa, lavadoras de prato, banheiras de hidromassagem, etc. 3.5 barrilete: Tubulao que se origina no reservatrio e da qual derivam as colunas de distribuio, quando o tipo de abastecimento indireto. No caso de tipo de abastecimento direto, pode ser considerado como a tubulao diretamente ligada ao ramal predial ou diretamente ligada fonte de abastecimento particular. 3.6 camisa: Disposio construtiva na parede ou piso de um edifcio, destinada a proteger e/ou permitir livre movimentao tubulao que passa no seu interior. 3.7 cobertura: Qualquer tipo de recobrimento feito atravs de material rgido sobre um duto, um sulco ou um ponto de acesso, de resistncia suficiente para suportar os esforos superficiais verificados na sua posio. Quando referida a reservatrio domiciliar, define o fechamento superior horizontal do reservatrio. 3.8 coluna de distribuio: Tubulao derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais. 3.9 componente: Qualquer produto que compe a instalao predial de gua fria e que cumpre individualmente funo restrita. Exemplos: tubos, conexes, vlvulas, reservatrios, etc. 3.10 concessionria: Termo empregado para designar genericamente a entidade responsvel pelo abastecimento pblico de gua. Na maioria dos casos esta entidade atua sob concesso da autoridade pblica municipal. Em outros casos, a atuao se d diretamente por esta mesma autoridade ou por autarquia a ela ligada.

    3.11 conexo cruzada: Qualquer ligao fsica atravs de pea, dispositivo ou outro arranjo que conecte duas tubulaes das quais uma conduz gua potvel e a outra gua de qualidade desconhecida ou no potvel. NOTA - Atravs dessa ligao a gua pode escoar de uma para outra tubulao, sendo o sentido de escoamento dependente do diferencial de presso entre as duas tubulaes. A definio tambm se aplica ligao fsica que se estabelece entre a gua contida em uma tubulao da instalao predial de gua fria e a gua servida contida em um aparelho sanitrio ou qualquer outro recipiente que esteja sendo utilizado. 3.12 construtor: Agente interveniente no processo de construo de um edifcio, responsvel pelo produto em que o mesmo se constitui e, consequentemente, pela instalao predial de gua fria, respondendo, perante o usurio, pela qualidade da instalao predial de gua fria. 3.13 dimetro nominal (DN): Nmero que serve para designar o dimetro de uma tubulao e que corresponde aos dimetros definidos nas normas especficas de cada produto. 3.14 dispositivo de preveno ao refluxo: Componente, ou disposio construtiva, destinado a impedir o refluxo de gua em uma instalao predial de gua fria, ou desta para a fonte de abastecimento. 3.15 duto: Espao fechado projetado para acomodar tubulaes de gua e componentes em geral, construdo de tal forma que o acesso ao seu interior possa ser tanto ao longo de seu comprimento como em pontos especficos, atravs da remoo de uma ou mais coberturas, sem ocasionar a destruio delas a no ser no caso de coberturas de baixo custo. Inclui tambm o shaft que usualmente entendido como um duto vertical. 3.16 fonte de abastecimento: Sistema destinado a fornecer gua para a instalao predial de gua fria. Pode ser a rede pblica da concessionria ou qualquer sistema particular de fornecimento de gua. No caso da rede pblica, considera-se que a fonte de abastecimento a extremidade a jusante do ramal predial. 3.17 galeria de servios: Espao fechado, semelhante a um duto, mas de dimenses tais que permitam o acesso de pessoas ao seu interior atravs de portas ou aberturas de visita. Nele so instalados tubulaes, componentes em geral e outros tipos de instalaes. 3.18 instalao elevatria: Sistema destinado a elevar a presso da gua em uma instalao predial de gua

  • fria, quando a presso disponvel na fonte de abastecimento for insuficiente, para abastecimento do tipo direto, ou para suprimento do reservatrio elevado no caso de abastecimento do tipo indireto. Inclui tambm o caso onde um equipamento usado para elevar a presso em pontos de utilizao localizados. 3.19 instalao predial de gua fria: Sistema composto por tubos, reservatrios, peas de utilizao, equipamentos e outros componentes, destinado a conduzir gua fria da fonte de abastecimento aos pontos de utilizao. 3.20 instalador: Agente interveniente no processo de construo de uma instalao predial de gua fria, responsvel perante o construtor pela qualidade da sua execuo. 3.21 junta: Resultado da unio de dois componentes atravs de um determinado processo, envolvendo ou no materiais complementares. 3.22 ligao hidrulica: Arranjo pelo qual se conecta a tubulao ao reservatrio domiciliar. 3.23 metal sanitrio: Expresso usualmente empregada para designar peas de utilizao e outros componentes utilizados em banheiros, cozinhas, reas de servio e outros ambientes do gnero, fabricados em liga de cobre. Exemplos: torneiras, registros de presso e gaveta, misturadores, vlvulas de descarga, chuveiros e duchas, bicas de banheira. Ver tambm 3.27. 3.24 nvel de transbordamento: Nvel do plano horizontal que passa pela borda do reservatrio, aparelho sanitrio ou outro componente. No caso de haver extravasor associado ao componente, o nvel aquele do plano horizontal que passa pelo nvel inferior do extravasor. 3.25 padro de potabilidade: Conjunto de valores mximos permissveis das caractersticas de qualidade da gua destinada ao consumo humano, conforme determina a Portaria n 36 do Ministrio da Sade. 3.26 pea de utilizao: Componente na posio a jusante do sub-ramal que, atravs de sua operao (abrir e fechar), permite a utilizao da gua e, em certos casos, permite tambm o ajuste da sua vazo. 3.27 plstico sanitrio: Expresso usualmente empregada para designar peas de utilizao e outros componentes utilizados em banheiros, cozinhas, reas de servio e outros ambientes do gnero, fabricados em material plstico. Exemplos: torneiras, registros de presso e gaveta, vlvulas de descarga, chuveiros e duchas. Ver tambm 3.23.

    3.28 ponto de suprimento: Extremidade a jusante de tubulao diretamente ligada fonte de abastecimento que alimenta um reservatrio de gua para uso domstico. 3.29 ponto de utilizao (da gua): Extremidade a jusante do sub-ramal a partir de onde a gua fria passa a ser considerada gua servida. Qualquer parte da instalao predial de gua fria, a montante desta extremidade, deve preservar as caractersticas da gua para o uso a que se destina. 3.30 projetista: Agente interveniente no processo de construo de uma instalao predial de gua fria, responsvel perante o construtor pela qualidade do projeto. 3.31 ramal: Tubulao derivada da coluna de distribuio e destinada a alimentar os sub-ramais. 3.32 ramal predial: Tubulao compreendida entre a rede pblica de abastecimento de gua e a extremidade a montante do alimentador predial ou de rede predial de distribuio. O ponto onde termina o ramal predial deve ser definido pela concessionria. 3.33 rede predial de distribuio: Conjunto de tubulaes constitudo de barriletes, colunas de distribuio, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar gua aos pontos de utilizao. 3.34 refluxo de gua: Escoamento de gua ou outros lquidos e substncias, proveniente de qualquer outra fonte, que no a fonte de abastecimento prevista, para o interior da tubulao destinada a conduzir gua desta fonte. Incluem-se, neste caso, a retrossifonagem, bem como outros tipos de refluxo como, por exemplo, aquele que se estabelece atravs do mecanismo de vasos comunicantes. 3.35 registro de fechamento: Componente instalado na tubulao e destinado a interromper a passagem da gua. Deve ser usado totalmente fechado ou totalmente aberto. Geralmente, empregam-se registros de gaveta ou registros de esfera. Em ambos os casos, o registro deve apresentar seo de passagem da gua com rea igual da seo interna da tubulao onde est instalado. 3.36 registro de utilizao: Componente instalado na tubulao e destinado a controlar a vazo da gua utilizada. Geralmente empregam-se registros de presso ou vlvula-globo em sub-ramais.

    3.37 retrossifonagem: Refluxo de gua usada,

  • proveniente de um reservatrio, aparelho sanitrio ou de qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulao, devido sua presso ser inferior atmosfrica. 3.38 separao atmosfrica: Separao fsica (cujo meio preenchido por ar) entre o ponto de utilizao ou ponto de suprimento e o nvel de transbordamento do reservatrio, aparelho sanitrio ou outro componente associado ao ponto de utilizao. 3.39 sub-ramal: Tubulao que liga o ramal ao ponto de utilizao. 3.40 sulco: Cavidade destinada a acomodar tubulaes de gua, aberta ou pr-moldada, de modo a no afetar a resistncia da parte do edifcio onde executada e onde o acesso s pode se dar pela destruio da cobertura ou das coberturas. 3.41 tipo de abastecimento: Forma como o abastecimento do ponto de utilizao efetuado. Pode ser tanto direto, quando a gua provm diretamente da fonte de abastecimento, como indireto, quando a gua provm de um reservatrio existente no edifcio. 3.42 tubulao: Conjunto de componentes basicamente formado por tubos, conexes, vlvulas e registros, destinado a conduzir gua fria. 3.43 tubulao aparente: Tubulao disposta externamente a uma parede, piso, teto ou qualquer outro elemento construtivo. Permite total acesso para manuteno. Pode estar instalada em galerias de servio. 3.44 tubulao de aviso: Tubulao destinada a alertar os usurios que o nvel da gua no interior do reservatrio alcanou um nvel superior ao mximo previsto. Deve ser dirigida para desaguar em local habitualmente observvel. 3.45 tubulao de extravaso: Tubulao destinada a escoar o eventual excesso de gua de reservatrios onde foi superado o nvel de transbordamento. 3.46 tubulao de limpeza: Tubulao destinada ao esvaziamento do reservatrio, para permitir sua limpeza e manuteno. 3.47 tubulao embutida: Tubulao disposta internamente a uma parede ou piso, geralmente em um sulco, podendo tambm estar envelopada. No permite acesso sem a destruio da cobertura. 3.48 tubulao recoberta: Tubulao disposta em espao projetado para tal fim. Permite o acesso mediante simples remoo da cobertura, somente implicando destruio da mesma em casos de cobertura

    de baixo custo. 3.49 uso domstico da gua: Uso da gua para atender s necessidades humanas, ocorrentes em edifcio do tipo residencial; entre elas incluem-se aquelas atendidas por atividades como: preparao de alimentos, higiene pessoal, cuidados com roupas e objetos domsticos, cuidados com a casa, lazer e passatempo e outros como combate ao fogo e manuteno de instalaes prediais. 3.50 usurio: Pessoa fsica ou jurdica que efetivamente usa a instalao predial de gua fria, ou que responde pelo uso que outros fazem dela, respondendo pelo correto uso da instalao e por sua manuteno, podendo delegar esta atividade a outra pessoa fsica ou jurdica. Recorre ao construtor nos casos em que h problema na qualidade da instalao predial de gua fria. 3.51 vazo de projeto: Valor de vazo, adotado para efeito de projeto, no ponto de utilizao ou no ponto de suprimento. No caso de ponto de utilizao, corresponde consolidao de um valor historicamente aceito, referente ao maior valor de vazo esperado para o ponto. 5 Projeto 5.3.3 Vazes no abastecimento de reservatrio No caso de edifcios com pequenos reservatrios individualizados, como o caso de residncias unifamiliares, o tempo de enchimento deve ser menor do que 1 h. No caso de grandes reservatrios, o tempo de enchimento pode ser de at 6 h, dependendo do tipo de edifcio. 5.3.4 Velocidade mxima da gua As tubulaes devem ser dimensionadas de modo que a velocidade da gua, em qualquer trecho de tubulao, no atinja valores superiores a 3 m/s. 5.3.5 Presses mnimas e mximas 5.3.5.1 Em condies dinmicas (com escoamento), a presso da gua nos pontos de utilizao deve ser estabelecida de modo a garantir a vazo de projeto indicada na tabela 1 e o bom funcionamento da pea de utilizao e de aparelho sanitrio. Em qualquer caso, a presso no deve ser inferior a 10 kPa, com exceo do ponto da caixa de descarga onde a presso pode ser menor do que este valor, at um mnimo de 5 kPa, e do ponto da vlvula de descarga para bacia sanitria onde a presso no deve ser inferior a 15 kPa.

    5.3.5.2 Em qualquer ponto da rede predial de distribuio,

  • a presso da gua em condies dinmicas (com escoamento) no deve ser inferior a 5 kPa. 5.3.5.3 Em condies estticas (sem escoamento), a presso da gua em qualquer ponto de utilizao da rede predial de distribuio no deve ser superior a 400 kPa. 5.3.5.4 A ocorrncia de sobrepresses devidas a transientes hidrulicos deve ser considerada no dimensionamento das tubulaes. Tais sobrepresses so admitidas, desde que no superem o valor de 200 kPa.