22
1 RESUMO: A agilidade e nível de atividade física em adolescentes da rede pública e particular de ensino. Objetivo: verificar e comparar a agilidade e o nível de atividade física em adolescentes da rede pública e particular de ensino. Metodologia: este estudo foi realizado com 20 escolares da rede particular (Escola São Teodoro de Nossa Senhora de SION) e 20 escolares da rede pública (EMEF João Domingues Sampaio), do sexo masculino. Os dados coletados para agilidade foram feitos através de uma variação do teste Shuttle Run, já para o nível de atividade física foi utilizado o Questionário de atividade física YOUTH, RBS. Obtido os dados do teste de agilidade aplicaram-se a análise descritiva de média e desvio padrão, além da análise inferencial comparativa com o teste T (Student), entre as duas instituições, o nível de atividade física foi elaborado através de um score para o questionário, para assim poder obter as classificações do nível de atividade física e realizar a análise descritiva de freqüência e porcentagem das respostas obtidas, assim como o teste T (Student) entre as duas instituições. A agilidade e o nível de atividade física foram elaborados com os dados de ambas as escolas para verificar a correlação de Person (r) entre ambas as variáveis. Resultados: A agilidade e o nível de atividade física de ambas as escolas possuíram uma correlação fraca. A classificação do nível de atividade física indicou melhores resultados dos escolares da rede particular, entretanto esta diferença não foi significativa. A agilidade possuiu uma diferença significativa entre os escolares da rede particular e pública, indicando melhor desempenho para os escolares da rede particular. Conclusão: A agilidade e nível de atividade física não indicaram como o esperado, que seria quanto maior o nível de atividade física, maior a agilidade. O nível de atividade física foi praticamente semelhante entre os escolares, entretanto os escolares da rede particular obtiveram os resultados no nível de atividade física abaixo (fraco) e acima (bom) melhores quando comparados aos escolares da rede pública, mas esta diferença não foi significativa. Para a agilidade foi constatada uma diferença significativa entre as escolas, indicando melhor desempenho dos escolares da rede particular.

RESUMO: A agilidade e nível de atividade física em ...carlosvargas.com.br/files/tcc_graduacao.pdf · 1 RESUMO: A agilidade e nível de atividade física em adolescentes da rede

  • Upload
    hanga

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

1

RESUMO: A agilidade e nível de atividade física em adolescentes

da rede pública e particular de ensino.

Objetivo: verificar e comparar a agilidade e o nível de atividade física em

adolescentes da rede pública e particular de ensino. Metodologia: este estudo foi

realizado com 20 escolares da rede particular (Escola São Teodoro de Nossa

Senhora de SION) e 20 escolares da rede pública (EMEF João Domingues

Sampaio), do sexo masculino. Os dados coletados para agilidade foram feitos

através de uma variação do teste Shuttle Run, já para o nível de atividade física foi

utilizado o Questionário de atividade física – YOUTH, RBS. Obtido os dados do teste

de agilidade aplicaram-se a análise descritiva de média e desvio padrão, além da

análise inferencial comparativa com o teste T (Student), entre as duas instituições, o

nível de atividade física foi elaborado através de um score para o questionário, para

assim poder obter as classificações do nível de atividade física e realizar a análise

descritiva de freqüência e porcentagem das respostas obtidas, assim como o teste T

(Student) entre as duas instituições. A agilidade e o nível de atividade física foram

elaborados com os dados de ambas as escolas para verificar a correlação de

Person (r) entre ambas as variáveis. Resultados: A agilidade e o nível de atividade

física de ambas as escolas possuíram uma correlação fraca. A classificação do nível

de atividade física indicou melhores resultados dos escolares da rede particular,

entretanto esta diferença não foi significativa. A agilidade possuiu uma diferença

significativa entre os escolares da rede particular e pública, indicando melhor

desempenho para os escolares da rede particular. Conclusão: A agilidade e nível de

atividade física não indicaram como o esperado, que seria quanto maior o nível de

atividade física, maior a agilidade. O nível de atividade física foi praticamente

semelhante entre os escolares, entretanto os escolares da rede particular obtiveram

os resultados no nível de atividade física abaixo (fraco) e acima (bom) melhores

quando comparados aos escolares da rede pública, mas esta diferença não foi

significativa. Para a agilidade foi constatada uma diferença significativa entre as

escolas, indicando melhor desempenho dos escolares da rede particular.

2

I. INTRODUÇÃO

O número de praticantes de atividade física no mundo está em crescente

devido à grande divulgação da mídia a respeito da importância e benefícios que esta

pode trazer ao indivíduo. Entretanto este número de praticantes ainda está abaixo

do ideal, fato notado pelo grande número de indivíduos com sobrepeso e obesidade.

Outro fator de fundamental importância é o aumento de praticantes de atividade

física sobre a orientação de um profissional de educação física.

A agilidade costuma ser confundida constantemente com a velocidade,

tanto que muitas pessoas a consideram como sinônimos, mas a agilidade se

diferencia por ser uma corrida com mudança de direção, no qual ocorre uma

diminuição da velocidade seguida de uma nova aceleração. A agilidade não possui

importância quando relacionada aos componentes da aptidão física, isto para não

atletas. Para atletas a agilidade mostra-se imprescindível na prática de alguns

esportes como Basquetebol, Futebol, Handebol, entre outros. O nível de atividade

física dos adolescentes vem decaindo nas ultimas décadas devido a uma tendência

ao sedentarismo e com certeza influenciará na sua agilidade e de outras

capacidades motoras condicionais.

O baixo nível social predomina na rede pública de ensino quando

comparadas aos alunos das escolas particulares, por isso seus estilos de vida

mostram-se diferentes podendo comprometer no seu nível de atividade física e na

sua agilidade. Devido aos adolescentes de nível socioeconômico mais privilegiado

possuir acesso a jogos virtuais e internet, surge à questão, será que estes

apresentam um nível de atividade física e agilidade menores do que os adolescentes

da rede pública que estão presentes em maior parte em brincadeiras de rua? Ou os

adolescentes da escola particular, pelo seu nível socioeconômico mais privilegiado,

possuem um maior nível de atividade física e agilidade, já que estes têm a

possibilidade de praticarem uma atividade física organizada e planejada?

A escola que possui o papel de possibilitar a participação e estimular os

alunos a pratica de atividade física sem a busca de performance, também pode ser

um instrumento para seleção de possíveis talentos em diversas modalidades

esportivas para a prática em um período pós aula, mas devido as conseqüências da

modernização muitos adolescentes estão abaixo do nível esperado com relação a

3

agilidade e o nível de atividade física, comprometendo assim a seleção de futuros

talentos, além da sua própria saúde.

O presente estudo tem por objetivo verificar e comparar a agilidade e o

nível de atividade física em adolescentes da rede pública e particular de ensino.

4

II. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Aptidão física e saúde

Segundo a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (1978) citado por

GUISELINI (2006), aptidão física deve ser entendida como “a capacidade de realizar

trabalho muscular de maneira satisfatória”.

Os componentes da aptidão física são a resistência cardiorrespiratória,

força muscular, resistência muscular localizada, flexibilidade, coordenação motora,

relaxamento e a composição corporal (GUISELINI 2006).

CYRILO et al. (2004) que analisou o comportamento da flexibilidade após

10 semana de um programa sistematizado de treinamento com peso, com 16

homens entre 21 e 25 anos, utilizando 11 exercícios que compuseram o programa,

seguidas pelo teste Post Hoc de Tukey. Os resultados mostraram aumentos

significantes na flexibilidade entre os momentos pré e pós-experimento no grupo de

treinamento nos movimentos de flexibilidade do ombro, extensão do quadril,

extensão do tronco, flexão do tronco e flexão lateral do tronco.

A autopercepção corporal de indivíduos não atletas em algumas variáveis

morfofuncionais constituintes da aptidão física, além de verificar se a margem de

acerto ou erro nessa autopercepção corporal depende dos resultados obtidos

nessas mesmas variáveis morfofuncionais e verificar se os indivíduos com maior

autopercepção corporal são mais aptos fisicamente como colocado por ARAÚJO e

ARAÚJO, com 63 adultos (51 homens) entre 22 e 85 anos, tendo sido medido e

testado VO2max, flexibilidade, força de preensão manual, potência muscular

máxima absoluta e relativa, localização predominante de gordura corporal e poso de

referência, habilidade de sentar e levantar do solo e relação peso/altura, além da

altura e peso corporal e uma avaliação de autopercepção corporal foi realizada pela

comparação entre os resultados percebidos e os obtidos para cada uma das

variáveis estudadas. Os resultados mostram que os indivíduos tendem a errar mais

do que acertar, em média a autopercepção corporal é 60% de erro e 40% de acerto.

A autopercepção é mais incorreta para a flexibilidade 84% de e mais precisa para a

habilidade de levantar do solo 66% de acerto. A autopercepção tendia a ser maior

nos que alcançavam maior VO2max. O sedentarismo era quase 3 vezes mais

5

prevalente nos indivíduos com pior autopercepção. Os 20% com maiores escores de

autopercepção tendiam a melhores resultados nas variáveis de aptidão física. A

autopercepção foi maior nos indivíduos mais flexíveis e nos que possuíam maior

força de preensão manual.

Para CASPERSEN et al. (1985) citado por GUISELINI (2006) defini-se

atividade física como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos

esqueléticos, sendo, portanto, voluntário, e resultando em gasto energético maior do

que os níveis de repouso.

As recomendações de prática de atividade para a saúde, o gasto

energético semanal deve ser superior a 1.000 Kcal ou aproximadamente 150Kcal

por dia (GUISELINI 2006; USDHH 1996).

O treinamento físico é benéfico apenas se obriga o organismo a adaptar-

se ao estresse provocado pelo esforço, acarretando na soma das transformações

estruturais e fisiológicas (BOMPA 2002).

Segundo SILVA et al. (2005) que avaliou a distância percorrida em 9

minutos, a freqüência cardíaca de repouso e a força dos músculos abdominais e

respiratórios, antes e depois de 4 meses de participação num programa de

exercícios com crianças que possuem asma moderada e idade entre 8 e 11 anos,

sendo feita a comparação pré e pós-treinamento físico. Os resultados mostraram

que ocorreu melhora significativa na distância percorrida em 9 minutos, número de

flexões abdominais, pressão inspiratória máxima, pressão expiratória máxima e

freqüência cardíaca de repouso.

2.2 Aptidão física na infância e adolescência

GUISELINI (2006) citando MEYER e MERLOVICKS (1985) afirma que as

doenças hipocinéticas são encontradas com maior freqüência entre os sedentários e

obesos.

De acordo com VASCONCELOS e SILVA (2003) que determinou a

prevalência do sobrepeso e da obesidade em um período de 20 anos no nordeste,

em adolescentes do sexo masculino na faixa etária de 17 a 19 anos, aplicando um

exame médico que selecionou as variáveis idades, peso, altura e IMC. Os resultados

demonstraram que a curva é ascensional, a razão de prevalência ao final do estudo

6

foi 2,47 vezes maior para o sobrepeso e 4,41 vezes maior para a obesidade, além

disto observou um maior incremento para a obesidade do que para o sobrepeso e

observou-se uma estatura maior de obesos do que não obesos.

CARNEIRO et al. (2000) que determinou associações entre a obesidade

na adolescência e alterações clínico-metabólicas indicadoras de morbi-mortalidade

com 66 adolescentes, sendo 38 obesos (25 do sexo feminino e 13 do masculino) e

28 não obesos (23 do sexo feminino e 5 do masculino), sendo aplicado um

questionário padrão abordando hábitos alimentares e de vida, o diagnóstico da lesão

dermatológica se deu através de exame clínico, glicemia foi dosada pelo método

enzimático colorimétrico automatizado, o colesterol pelo colesterol-estearase e os

triglicerídeos pelo método enzimático colorimétrico GPO/PAP. Os resultados

mostraram que a relação cintura-quadril foi maior no grupo dos obesos do que nos

não obesos (0,86±0,08 vs. 0,74±0,04), a pressão arterial sistólica e diastólica foi

maior no grupo obeso, sendo 120,2±12,1 vs. 105,4±9,1mmHg e não obesos

74,3±7,7 vs. 65,5±9,4mmHg. Os obesos apresentaram valores de HDL-colesterol

inferiores aos dos não obesos (36,5+10,5 vs. 43,0±9,2mg/dl, respectivamente). Os

níveis de triglicerídeos e ácido úrico foram maiores no grupo dos obesos se

comparado aos não obesos (124,6±80,0 vs. 74,2±31,4mg/dl, respectivamente).

Os componentes da aptidão física que possuem cada um uma relação

direta com a boa saúde e, conseqüentemente, há um menor risco das pessoas

serem portadoras de doenças hipocinéticas, cada um deles é considerado

importante, pois o objetivo é a promoção da saúde e bem-estar de acordo com

GUISELINI (2006).

FERNANDEZ (2004) et al. que avaliou o efeito do exercício anaeróbio na

massa e gordura corporal de adolescentes obesos, comparando-o com exercício

aeróbio e a um grupo controle sem prescrição de qualquer tipo de exercício em 28

adolescentes do sexo masculino com idades entre 15 e 19 anos, além de voluntários

com obesidade grave, utilizando uma avaliação antropométrica, clínica, de

composição corporal e de aptidão física. Os resultados mostram que não foram

detectadas diferenças entre os grupos para os valores de percentagem de gordura

corporal de corpo total e massa corporal inicial e final. Mas quando comparados os

períodos inicial e final de intervenção foram observadas reduções nas variáveis

7

massa corporal, IMC, na massa de gordura corporal total, membros inferiores e na

percentagem de gordura corporal de tronco nos grupos de exercício.

Segundo LEMARI (2007) et al. que verificou a flexibilidade anterior do

tronco após o pico de velocidade de crescimento em estatura, sexo, velocidade de

execução e dos dados antropométricos em 102 adolescentes, sendo 45 moças e 57

rapazes entre 16 e 20 anos de idade, utilizando o teste de sentar-e-alcançar e

medidas antropométricas lineares. Os resultados apontam que a forma rápida

apresenta melhores resultados quando aproximadamente 50% dos adolescentes

conseguem tocar os pés. Constataram-se correlações significantes, porém não

fortes, entre a velocidade lenta e rápida de execução, independente do sexo. Maior

comprimento dos MMSS e MMII indicam menores índices de Flexibilidade anterior

do tronco em ambos os sexos, independente da velocidade de execução. O mesmo

ocorre com a estatura apenas no sexo feminino, bem como na envergadura, nesta

apenas o movimento rápido. O peso corporal e a altura tronco-cefálica não se

correlacionam o teste sentar-e-alcançar.

SCHNEIDER et al. (2004), que descreveu e comparou a força muscular

(isométrica e isocinética) com dinamometria computadorizadas em atletas de

voleibol saudáveis, de ambos os gêneros e nos diferentes graus maturacionais com

66 voluntários entre 09 e 18 anos, sendo 37 meninos e 29 meninas, utilziando um

dinamômetro computadorizado para medir a força isocinética de flexão do cotovelo e

de extensão do joelho, nas velocidade de 60° e 90°.s-¹ e a força isométrica foi

medida nos mesmo exercícios e nos ângulos de 60°e 90°.s-¹ e 45° e 60°.s-¹, além

do teste de Post Hoc de Tockey. Os resultados mostraram que os meninos foram

mais fortes do que as meninas apenas no grupo pós-púberes, nos dois ângulos dos

testes isométricos de flexão do cotovelo e no teste isocinético em 90°.s-¹. Nos teste

isométricos de extensão do joelho, os valores não foram significativamente

diferentes para meninos e meninas, independente do grau maturacional. Nos testes

isocinéticos, os meninos foram mais fortes do que as meninas nos grupos pré-

púberes e pós-púberes em 60 e 90°.s-¹.

Já o estilo de vida são os padrões de comportamentos ou os modos que o

indivíduo tipicamente vive (GUISELINI 2006; CORBIN 1994). A mudança no estilo

de vida no que diz respeito a exercício regular, sono adequado, um bom café da

manha, refeições regulares, controle de peso, abstinência de cigarros e drogas e

8

uso moderado de álcool poderiam adicionar 11 anos de vida aos homens e 7 anos

as mulheres (GUISELINI 2006; SHARKEY 1998).

O estudo de SILVA e MALINA (2000) que investigou o nível de atividade

física de adolescentes do Niterói entre 325 alunos (123 meninos e 202 meninas)

com 14 e 15 anos de idade, sendo avaliado o nível de aptidão física através do

questionário de atividade física para crianças, dados antropométricos e horas que

assistem televisão. Os resultados mostraram que a média de televisão foi de 4,4 e

4,9 horas/dia para o sexo masculino e feminino. Os meninos praticam mais o futebol

e as meninas a caminhada. O nível de atividade física ocorre em maior proporção ao

final de semana. O questionário classificou 85% dos meninos e 94% das meninas

como sedentárias.

O nível de prática de atividade física habitual, mediante registro de

informações relacionadas as atividades do cotidiano e estimativas da demanda

energética/dia, de adolescentes matriculados em escolas da rede estadual de ensino

médio do município de Londrina, Paraná analisado por GUEDES et al. (2001) com

adolescentes entre 15 e 18 anos de idade de ambos os sexos, sendo 281

adolescentes (157 moças e 124 rapazes), estabelecendo uma estimativa quanto a

demanda energética (Kcal/Kg/Dia) com base no gasto calórico associado no tipo e a

duração das atividades registradas pelos adolescentes. Os resultados mostraram

que os rapazes foram mais ativos fisicamente que moças. Os rapazes mostraram

maior envolvimento na prática de exercícios físicos e de esportes que moças. Os

níveis de prática de atividade física habitual tenderam a se reduzir com a idade,

sobretudo entre moças. Rapazes pertencentes a classe socioeconômica familiar

mais baixa mostraram ser menos ativos fisicamente que seus pares de classe

socioeconômica mais privilegiada. A maioria dos adolescentes não atendem as

recomendações de atividade física parar alcançar impacto a saúde (94% moças e

74% dos rapazes).

HALLAL et al. (2006) que descreve os níveis de atividade física em

diversos domínios/deslocamento, escola, lazer e determinar a prevalência de

sedentarismo e fatores associados entre adolescentes de 10-12 anos de idade,

participantes do estudo de Coorte de Nascimento de 1993 em Pelotas, Rio Grande

do sul com 4451 adolescentes, aplicando-se um questionário para a mãe e para o

adolescente, além de serem medidos e pesados. Os resultados mostraram que

9

72,8% utilizam regularmente um modo de transporte ativo (caminhada ou bicicleta).

O deslocamento a pé associa-se negativamente com o nível socioeconômico, sendo

o percentual de caminha entre os adolescentes do nível E, 6 vezes maior do que o

observado no nível A, já a utilização do carro ou moto mostrou-se 63 vezes maior do

que os de nível E. O IMC dos adolescentes foi de 18,6 Kg/m². A média diária de

tempo gasto assistindo a TV foi de 3,3 horas e jogar vídeo-game por 1 hora ou mais

por dia foi de 22,4% e 9,7% de computador. A participação em atividade física com

instrutor na escola foi mais freqüente entre as meninas, e em adolescentes de nível

socioeconômico alto. A prática de atividade física no lazer foi mais freqüente entre

os meninos, de nível socioeconômico alto.

2.3 Agilidade

Para BARBANTI (2003) agilidade é a capacidade de executar

movimentos rápidos e ligeiros com mudança de direção.

BARROS, citado por OLIVEIRA (2000), a agilidade é uma variável neuro-

motora caracterizada pela capacidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido

e deslocamento da altura do centro de gravidade de todo corpo ou parte dela.

O estudo de ALMEIDA e ROCATTO (2007) que investigou os efeitos do

treinamento pliométrico sobre a força explosiva, agilidade, e velocidade de jogadores

de futsal com 16 adolescentes do sexo feminino entre 13 e 15 anos, aplicando os

testes de impulsão vertical, impulsão horizontal, agilidade e a velocidade de

deslocamento. Os resultados a partir da impulsão horizontal favoreceram a força

explosiva de membros inferiores. Já os resultados do teste de agilidade, que

melhorou, pode-se dizer que o treinamento pliométrico para membros inferiores,

possibilitou uma melhora da coordenação intermuscular.

SANTO et al. (1997) que identificou os efeitos do treino pliométrico nos

indicadores da força explosiva (velocidade, agilidade, salto a partir de uma posição

estática, salto com contra-movimento e potência mecânica média dos membros

inferiores) e perceber os efeitos do destreino específico e da aplicação de um treino

pliométrico reduzido, nos ganhos anteriormente obtidos com 19 jovens

basquetebolistas com idade entre 14 e 15 anos do sexo masculino, aplicando os

testes de velocidade 20 m (CARVALHO, 1993); agilidade (FACDEX – MARQUES,

10

COSTA, MAIA, OLIVEIRA& GOMES, 1990); salto a partir de uma posição estática,

salto com contra-movimento e potência mecânica média dos membros inferiores

(BOSCO, 1982; SALE, 1991), tendo-se recorrido à plataforma eletromecânica

“Ergojump” para a realização dos testes salto estático, salto com contra-movimento

e potência mecânica média. Os resultados revelaram que um programa de treino

pliométrico com a duração de oito semanas e uma freqüência de três vezes por

semana, no final deste período, incrementos estatisticamente significativos

ocorreram em todos os indicadores da força explosiva. O grupo que cumpriu um

programa de treino pliométrico reduzido em simultâneo com os treinos regulares de

basquetebol houve incrementos estatisticamente significativos para a velocidade e

agilidade, tendo as restantes variáveis mantidas os níveis anteriormente atingidos. O

grupo que teve um período de treino específico de quatro semanas mantendo,

contudo, os treinos regulares de basquetebol houve melhorias estatisticamente

significativas na velocidade, no salto a partir de uma posição estática e no salto com

contra-movimento, mantendo praticamente inalterados os valores referentes à

agilidade e à potência mecânica média.

Segundo RÉ et al. (2005) que comparou o desempenho motor e

características antropométricas de adolescentes participantes de um programa de

iniciação esportiva, de diferentes estágios maturacionais, em faixas etárias

específicas verificou a contribuição relativa conjunta de características

antropométricas, das idades cronológica e biológica (estágio de pilosidade) e de

medidas de desempenho motor, na agilidade, força explosiva de membros inferiores

e velocidade com 268 jovens de 10 a 16 anos de idade, utilizando testes indicadores

da agilidade (teste de SEMO), força explosiva de membros inferiores (salto

horizontal), velocidade (corrida de 30 m), flexibilidade do quadril (sentar e alcançar),

força da musculatura abdominal (número máximo de repetições em 30 segundos) e

resistência aeróbia (corrida de nove minutos). Os resultados mostraram uma

tendência dos jovens com maior massa corporal e estatura, portanto mais velhos e

mais maturos apresentarem resultados superiores nos testes de desempenho motor.

Controlando-se o efeito da idade cronológica, as correlações entre as variáveis

antropométricas e os testes de aptidão deixam de ser significantes nas medidas de

flexibilidade, força abdominal e agilidade. Os jovens com maior idade cronológica

apresentaram valores superiores nas características antropométricas e nos testes de

11

desempenho motor, mas nestes testes não houve diferença significante na maioria

das comparações entre os indivíduos da mesma faixa etária em diferentes estágios

maturacionais.

12

III. METODOLOGIA

3.1 Amostra

A amostra desse estudo foi constituída de 40 indivíduos do sexo

masculino com idades de 11 e 12 anos. Estes indivíduos foram pertencentes a dois

grupos, um grupo possuirá apenas escolares da Escola São Teodoro de Nossa

Senhora de SION que possui um nível socioeconômico mais privilegiado, já que

pertence à rede de ensino particular e o outro grupo constituiu de escolares da

EMEF João Domingues Sampaio que apresenta um nível socioeconômico mais

desfavorecido, pertencente à rede de ensino público.

3.2 Técnica de coleta de dados

a) Teste (Shuttle run)

Os dados coletados para a agilidade foram feitos através de uma variação

do teste Shuttle Run (JOHNSON & NELSON, 1979).

Este teste constitui de duas linhas que deverão estar marcadas no chão a

uma distância de 9,14 metros estando atrás de uma delas 2 blocos de 5x5x10cm. O

teste aplicado apenas diferiu quanto à distância que foi adotada de 9 metros. O

atleta partirá em direção a linha que possui os blocos para pegar um e em seguida

colocá-lo no terreno atrás linha de partida. O atleta então pegará o segundo bloco e

irá deixar este atrás da linha de partida. O cronômetro é iniciado sobre o comando

“vai”, e parado quando o atleta cruza a linha deixando os blocos. Os blocos devem

ser colocados no chão e não arremessados. Neste caso o teste será repetido.

Foram dadas duas tentativas com um intervalo de descanso entre elas e

utilizado o menor tempo para o estudo.

b) Questionário

Para a obtenção dos dados do nível de atividade física foi utilizado o

Questionário de Atividade Física – YOUTH. RBS, 2005, composto por perguntas

abertas e fechadas que determinou o quanto o indivíduo é ativo. Entretanto, para o

13

estudo utilizamos apenas perguntas fechadas com um score elaborado para cada

alternativa, variando de um, que seria uma resposta de tendência negativa, a uma

pontuação crescente de acordo com o número de alternativas, indicando uma

tendência positiva.

3.3 Análise dos dados

a) Teste (Shuttle run)

Análise descritiva de média e desvio padrão. E análise inferencial

comparativa com o teste T (Student), entre as duas instituições.

b) Questionário

Análise descritiva de freqüência e porcentagem das respostas obtidas,

além do teste T (Student) entre as duas instituições.

O nível de atividade física foi elaborado utilizando-se do score para

determinarmos à média e desvio padrão, sendo que quem estiver abaixo do desvio

padrão foi considerado “fraco”, entre o desvio padrão “regular” e acima “bom”. Sendo

assim, a classificação do nível de atividade física foi utilizado como parâmetro a

média de 19,4 e o desvio padrão de 4,51, conforme tabela 1. O indivíduo abaixo de

14,89 foi considerado abaixo (fraco), entre 14,89 a 23,91 média (regular) e acima de

23,91 foi considerado acima (bom).

Foi utilizado o teste de correlação de Pearson (r) para a agilidade e o

nível de atividade física, sem distinguir as instituições, já que calculou-se uma única

média e desvio padrão com os dados de ambas as escolas.

14

IV. RESULTADOS E DISCUSSÂO

Tabela 1: Média, desvio padrão e correlação de Person entre agilidade e nível de

atividade física em escolares de 11 e 12 anos de escola pública e particular.

Média Desvio padrão Correlação

Agilidade

Nível de atividade física

11,92

19,4

0,97

4,51

-0,187

*p<0,05

Os alunos das escolas particulares e publicas tiveram seus tempos do

teste de agilidade e pontos do questionário de atividade física somadas para a

elaboração da média e desvio padrão.

Os resultados mostraram que a agilidade teve uma média de 11,92 e

desvio padrão 0,97, enquanto o nível de atividade física obteve uma média de 19,4 e

desvio padrão de 4,51. Com estes valores pudemos obter a correlação -0,187,

indicando que a agilidade e o nível de atividade física possuem uma correlação

negativa fraca (ver tabela 1).

O estudo de VASCONCELOS e SILVA (2003) demonstrou que a razão de

prevalência para o sobrepeso foi 2,47 vezes maior e 4,41 vezes maior para a

obesidade.

Tabela 2: Freqüência (f) e percentual (%) do nível de atividade física em escolares

de 11 e 12 anos de escola pública e particular

Nível de atividade física Pública (n=20) Particular (n=20)

f % f %

1-Abaixo (fraco)

2-Média (regular)

3-Acima (bom)

4

12

4

20

60

20

3

12

5

15

60

25

A classificação do nível de atividade mostrou que os alunos da escola

particular tiveram melhores indicadores quando comparados o nível de atividade

15

física acima (bom) que obteve 25% e escolares da rede pública 20%, assim como o

nível de atividade física abaixo (fraco) dos escolares da rede particular foi menor em

comparação com os escolares da publica, 15% e 20% respectivamente. Já o nível

de atividade física média (regular) foi igual para ambos os escolares com 60% (ver

tabela 2).

O estudo de GUEDES et al. (2001) demonstrou também que rapazes

pertencentes a classe socioeconômica familiar mais baixa mostraram ser menos

ativos fisicamente que seus pares de classe socioeconômica mais privilegiada,

entretanto com adolescentes entre 15 e 18 anos de idade.

SILVA e MALINA (2000) constataram que o nível de atividade física de

adolescentes com 14 e 15 anos de idade do Niterói, mostrou ocorrer em maior

proporção ao final de semana. O questionário aplicado classificou 85% dos meninos

e 94% das meninas como sedentárias.

0

10

20

30

40

50

60

70

Fraco (%) Regular (%) Bom (%)

Pública

Particular

Figura 1: Percentual (%) do nível de atividade física em escolares de 11 e 12 anos

de escola pública e particular.

A figura 1 apresenta o percentual do nível de atividade física de ambas as

escolas e facilita a visualização do melhor nível de atividade física abaixo (fraco) e

acima (bom) dos alunos da rede particular quando comparados com os alunos da

rede pública.

16

Tabela 3: Média, desvio padrão e teste T (Student) entre agilidade e nível de

atividade física em escolares de 11 e 12 anos de escola pública e particular.

Pública Particular t

Média Desvio padrão Média Desvio padrão

Agilidade

Nível de atividade física

12,2

18,85

0,73

4,5

11,64

19,95

1,11

4,56

2,035*

0,77

*p<0,05

A agilidade possuiu uma diferença significativa ao ser aplicada o teste T

(Student), adotando-se o nível de significância 0,05, indicando que os escolares da

rede particular possuem uma melhor agilidade do que os escolares da rede pública

(ver tabela 3).

O nível de atividade física não possuiu diferença significativa para os

escolares da rede pública e particular, adotando-se o nível de significância 0,05 (ver

tabela 3). Entretanto os escolares da rede particular tiveram uma melhor média do

nível de atividade física, como pode ser visto na tabela 3.

HALLAL et al. (2006) demonstrou que adolescentes de 10-12 anos de

idade possuíram participação em atividade física com instrutor na escola mais

freqüente entre as meninas, e em adolescentes de nível socioeconômico alto, além

da prática de atividade física no lazer ter sido mais freqüente entre os meninos, de

nível socioeconômico alto.

17

V. CONCLUSÃO

A agilidade e nível de atividade física possuíram uma correlação negativa

fraca, não indicando como o esperado, que seria quanto maior o nível de atividade

física, maior a agilidade.

O nível de atividade física não indicou grandes diferenças entre os

escolares da rede particular e pública, ou seja, foram praticamente semelhantes os

resultados, entretanto os escolares da rede particular obtiveram os resultados no

nível de atividade física abaixo (fraco) e acima (bom) melhores quando comparados

aos escolares da rede pública indicando um melhor nível de atividade física, mas

esta diferença não foi significativa. Sendo assim, o diferente estilo de vida dos

escolares do nível socioeconômico mais privilegiado e dos mais desfavorecidos não

influenciou de maneira significativa no nível de atividade física, que se manteve

praticamente semelhante.

A agilidade demonstrou uma diferença significativa entre os escolares da

rede particular e pública, indicando melhor desempenho dos escolares da rede

particular. Um motivo possível poderia ser à participação em atividades com um

instrutor na escola, porém mais estudos deverão ser feitos com o intuito de descobrir

a razão desta diferença de agilidade encontrada.

18

IV. REFERÊNCIAS

1) ALMEIDA GT, ROGATTO GP. Efeitos do método pliométrico de treinamento

sobre a força explosiva, agilidade e velocidade de deslocamento de jogadoras

de futsal. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança.

2007;2:23-38.

2) ARAÚJO DSMS, ARAÚJO S. Autopercepção corporal de variáveis da aptidão

física relacionada à saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte.

2002;8:37-49.

3) BARBANTI VJ. Dicionário de Educação Física e Esporte. Barueri, Manole,

2003.

4) BOMPA TO. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4ª ed. São

Paulo: Phorte Editora, 2002.

5) CARNEIRO JRI, KUSBNIR MC, CLEMENTE ELS, BRANDÃO MG, GOMES MB.

Obesidade na adolescência: Fator de risco para complicações clínico-

metabólicas. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia Metabólica. 2000;44:390-

396.

6) CYRINO ES, OLIVEIRA AR, LEITE JC, PORTO DB, DIAS RMR, SEGANTIN

AQ, MATTANÓ RS, SANTOS VA. Comportamento da flexibilidade após 10

semanas de treinamento com pesos. Revista Brasileira de Medicina do

Esporte. 2004;10:233-237.

7) FERNANDES AC, MELLO MT, TUFIK S, CASTRO PM, FISBERG M. Influência

de treinamento aeróbio e anaeróbio na massa de gordura corporal de

adolescentes obesos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte.

2004;10:152-158.

8) GUEDES DP, GUEDES JERP, BARBOSA DS, OLIVEIRA JÁ. Níveis de prática

de atividade física habitual em adolescentes. Revista Brasileira de Medicina

do Esporte. 2001;7:18-35.

9) GUISELINI M. Aptidão física saúde bem estar: fundamentos teóricos e

exercícios práticos. 2ª ed. São Paulo: Phorte Editora, 2006.

10) HALLAL PD, BERTOLDI AD, GONÇALVES H, VICTORIA CG. Prevalência de

sedentarismo e fatores associados em adolescentes de 10-12 anos de idade.

Caderno Saúde Pública. 2006;22(6):1277-1287.

19

11) LEMARI N, MARINO LC, CORDEIRO JÁ, PELLEGRINI AM. Flexibilidade

anterior do tronco no adolescente após o pico da velocidade de crescimento em

estatura. Acta Ortopédica Brasileira. 2007;15(1):25-29.

12) MENZEL HJ, CHAGAS MH, SIMPLÍCIO AT, MONTEIRO AD, ANDRADE AGP.

Relação entre força muscular de membros inferiores e capacidade de

aceleração em jogadores de futebol. Revista Brasileira de Educação Física e

Esporte. 2005;19:233-241.

13) MOMESSO C, ARAÚJO TL, SANTOS M, MATSUDO VKR, MATSUDO SMM.

Validação do questionário youth risk behavior survey system (YRBSS) de

atividade física em escolares entre 10 e 12 anos: Estudo piloto. In: Anais XXX

Simpósio Internacional de Ciências do Esporte “mitos e evidencia na

atividade física e no esporte”; 2007 out 11-13. São Paulo, Brasil. CELAFISCS;

2007b. p.66.

14) OLIVEIRA, MC. Influência do ritmo na agilidade em futebol. In: XXIII Simpósio

Internacional de Ciências do esporte: 2000. São Paulo. Simpósio do Milênio.

São Caetano do Sul. Revista Brasileira de Ciência e Movimento; 2000. p.146.

15) RÉ AHN, BOJIKIAN LP, TEIXEIRA CP, BOHME MTS. Relações entre

crescimento, desempenho motor, maturação biológica e idade cronológica em

jovens do sexo masculino. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte.

2005;19:153-162.

16) SANTO E, JANEIRA MA, MAIA JAR. Efeitos do treino e do destreino específicos

na força explosiva: em estudo em jovens basquetebolistas do sexo masculino.

Revista Paulista de Educação Física. 1997;11(2):116-127.

17) SCHNEIDER P, BENETTI G, MEYER F. Força muscular de atletas de voleibol

de 9 a 18 anos através da dinamometria computadorizada. Revista Brasileira

de Medicina do Esporte. 2004;10:85-91.

18) SILVA CS, TORERS LAGMM, RAHAL A, FILHO JT, VIANNA EO. Avaliação de

um programa de treinamento físico por quatro meses para crianças asmáticas.

Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2005;31(4):279-285.

19) SILVA RCR, MALINA RM. Nível de atividade física em adolescentes do

município de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Caderno Saúde Pública.

2000;16(4):1091-1097.

20

20) VASCONSELOS VL, SILVA GAP. Prevalência de sobrepeso e obesidade em

adolescentes masculinos, no Nordeste do Brasil, 1980-2000. Caderno Saúde

Pública. 2003;19(5):1445-1451.

21

VII. ANEXOS

Resultados do teste de agilidade e do nível de atividade física dos

escolares da rede pública e particular.

Escola: EMEF João Domingues Sampaio (Pública).

Nome do aluno: Idade: Sexo: Quest.: CLassif. N.A.F.

Tempo de agilidade:

Adriano 11 Masculino 17 2 13,21

Alisson 11 Masculino 13 1 11,32

Anderson Alves 11 Masculino 25 3 11,96

Anderson Ribeiro 12 Masculino 22 2 11,66

Caio 12 Masculino 27 3 12,95

Daniel 11 Masculino 21 2 12,81

Danilo 12 Masculino 13 1 11,46

Erick 12 Masculino 16 2 12,28

Felipe 11 Masculino 15 2 11,81

Gabriel Nayder 12 Masculino 26 3 13,40

Geraldo 11 Masculino 18 2 12,19

Guilherme 11 Masculino 16 2 12,44

Hernan 12 Masculino 22 2 12,52

Jonas 12 Masculino 16 2 12,89

Leonardo 12 Masculino 16 2 12,33

Lucas 12 Masculino 22 2 11,90

Mateus 12 Masculino 14 1 10,87

Paulo 12 Masculino 20 2 10,76

Raul 12 Masculino 14 1 12,58

Rodrigo da Silva 11 Masculino 24 3 12,56

Agilidade: Questionário: Média: 12,2 Média: 18,85 Desvio padrão: 0,73 Desvio padrão: 4,5

22

Escola: Escola São Teodoro de Nossa Senhora de SION (Particuar).

Nome do aluno: Idade: Sexo: Questi. N.A.F. Tempo:

André Mitsuo 12 Masc. 15 1 13,26

Arthur Monteiro 11 Masc. 24 3 11,25

Guilio Serra de Oliveira 12 Masc. 20 2 10,49

Guilheme Vinícius Pignatari 12 Masc. 21 2 12,37

Gustavo Torres 11 Masc. 17 2 11,79

Leonardo Pereira da Rocha 11 Masc. 18 2 11,44

Marcus Vinicius Geroldo 11 Masc. 16 2 14,18

Matheus Juliano Carrasco 11 Masc. 21 2 12,50

Plácido Capp Campos 11 Masc. 23 2 10,52

Victor Ricardo Gonçalves 12 Masc. 24 3 10,55

André Costa Pinho 11 Masc. 28 3 10,43

Felipe Lopes 11 Masc. 21 2 12,49

Gabriel Mendonça 12 Masc. 11 1 11,07

Guilherme Arbulu Oliveira 11 Masc. 26 3 11,50

Gustavo Ricardo Gonçalves 12 Masc. 23 2 10,12

Leandro Souza dos Santos 11 Masc. 13 1 12,62

Leonardo Tavares Meirinho 12 Masc. 26 3 10,75

Lucas Almeida 12 Masc. 17 2 11,38

Marcus Rosalen 11 Masc. 17 2 13,05

Yan Oliveira 11 Masc. 18 2 10,94

Agilidade:

Média: 11,64 Desvio padrão: 1,11 Questionário: Média: 19,95 Desvio padrão: 4,56