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PRÁTICA FORENSE II PROFESSOR: ANDERSON YUJI ITO [email protected] 1 ALEGAÇÕES FINAIS (aula 03) As alegações finais escritas devem ser, como regra, substituídas pelos debates orais, nos termos da reforma processual penal introduzida pela Lei 11.719/08. Porem, ainda e viável que o juiz autorize a apresentação das alegações por escrito, conforme a complexidade do caso ou o numero de acusados. São os memoriais (art. 403, § 3º, CPP). No júri, as alegações finais serão sempre orais, mas nada impede que, em processos complexos ou com vários réus, o juiz, valendo-se na analogia com o artigo 403, § 3º, do CPP, autorize sejam apresentadas por escrito. A defesa, especialmente, deve estar atenta as nulidades (art. 564, CPP), bem como ao prazo legal fixado para alegá-las, sob pena de preclusão (art. 572, CPP). Quando elas ocorrerem durante o processo, é preciso, antes do mérito, discutir, em matéria preliminar, o seu re-conhecimento. Somente as nulidades absolutas poderão ser alegadas a qualquer tempo ou declaradas de oficio pelo Judiciário. O acolhimento, pelo juiz, de qualquer preliminar levantada pela parte interessada pode implicar na reabertura da instrução, produzindo-se alguma prova faltante ou corrigindo-se determinado erro. Somente após, está o processo pronto para julgamento de mérito. Na medida do possível, é cauteloso que a defesa levante teses subsidiarias para beneficiar o réu. Assim, não aceitando a principal (absolvição), pode o juiz condená- lo com uma pena mais branda. Outra cautela da defesa e pedir benefícios penais em caso de condenação, apontando as virtudes do réu e solicitando o seu direito de permanecer em liberdade para recorrer.

Resumo (Aula 03 - Alegações Finais)

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Prática Forense

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PRTICA FORENSE II PROFESSOR: ANDERSON YUJI ITO [email protected] 1 ALEGAES FINAIS (aula 03) As alegaes finaisescritas devemser, como regra, substitudas pelosdebates orais,nostermosdareformaprocessualpenalintroduzidapelaLei11.719/08. Porem,aindaevivelqueojuizautorizeaapresentaodasalegaesporescrito, conforme a complexidade do caso ou o numero de acusados. So os memoriais (art. 403, 3, CPP). Nojri,asalegaesfinaisserosempreorais,masnadaimpedeque,em processoscomplexosoucomvriosrus,ojuiz,valendo-senaanalogiacomo artigo 403, 3, do CPP, autorize sejam apresentadas por escrito. Adefesa,especialmente,deveestaratentaasnulidades(art.564,CPP),bem comoaoprazolegalfixadoparaaleg-las,sobpenadeprecluso(art.572,CPP). Quando elas ocorrerem durante o processo, preciso, antes do mrito, discutir, em matria preliminar, o seu re-conhecimento. Somente as nulidades absolutas podero ser alegadas a qualquer tempo ou declaradas de oficio pelo Judicirio. Oacolhimento,pelojuiz,dequalquerpreliminarlevantadapelaparte interessadapodeimplicarnareaberturadainstruo,produzindo-sealgumaprova faltanteoucorrigindo-sedeterminadoerro.Somenteaps,estoprocessopronto para julgamento de mrito. Na medida do possvel, cauteloso que a defesa levante teses subsidiarias para beneficiar o ru. Assim, no aceitando a principal (absolvio), pode o juiz conden-lo com uma pena mais branda. Outracauteladadefesaepedirbenefciospenaisemcasodecondenao, apontando as virtudes do ru e solicitando o seu direito de permanecer em liberdade para recorrer.