Upload
ilana-rodrigues
View
3
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Resumo da Disciplina de Contratos
Citation preview
ILANA RODRIGUES LISBÔA DE SOUZA ALMEIDAGRADUANDA EM DIREITO – CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT
RESUMO CONTRATOS
AUTONOMIA PRIVADA
Liberdade de contratar é a liberdade de celebrar contratos e a venças com quem
desejar.
Liberdade contratual é a liberdade de escolher o conteúdo do negócio jurídico que
você quer celebrar, porém com certas limitações. É a liberdade que a pessoa tem de
regular seus próprios interesses.
FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS
É fazer com que o contrato seja concluído em benefício dos contratantes, sem conflito
com o interesse público (se forma lícita). Visa a proteção da parte vulnerável do
contrato.
Quer dizer LIMITE ao conteúdo do contrato pois “fim social” quer dizer finalidade
coletiva.
BOA-FÉ
BOA-FÉ OBJETIVA = BOA-FÉ SUBJETIVA (INTENÇÃO + LEALDADE)
Objetiva: Está relacionado com a conduta de colaboração.
Subjetiva: É a intenção diante do contrato.
In contrahendo: Exigência de boa-fé em todas as fases contratuais
Post Pactum Finitum: Responsabilidade pós-contratual
EQUIVALÊNCIA DAS PRESTAÇÕES
Deve haver equivalência das prestações, ou seja, o valor das prestações deve ser
proporcional ao do objeto do NJ.
TEORIAS DECORRENTES DA BOA-FÉ OBJETIVA
Teoria do Adimplemento Substancial: É chamade de duty to mitigate de loss. É o
dever do credor de amenizar o seu prejuízo em relação ao inadimplemento de outro.
Deve fazer com que a dívida não assuma valores excessivos, tomando as medidas
razoáveis. Se há negligência as tais medidas, a parte faltosa pode pedir a redução de
perdas e danos, em proporção ao valor da perda que poderia ter sido diminuído.
Verine Contra Factum Proprium: É a proibição de condutas contrárias as que haviam
sendo realizadas, com o intuito de com isso ter um benefício. Ex.: Empresa de cartão
ILANA RODRIGUES LISBÔA DE SOUZA ALMEIDAGRADUANDA EM DIREITO – CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT
de crédito aceitava sempre pagamentos em atraso e do nada parou de aceitar e
alegou rescisão de contrato por inadimplência.
Supressio: É a perda de um direto por inércia de uma das partes. Ex.: Em um contrato
tem dizendo que a obrigação é PORTÁTIL (pagamento feito no domicílio do credor) e
tendo o devedor o costume de sempre realizar o pagamento em sua casa, sem
qualquer manifestação do credor, a obrigação passa a ser quesível (Domicílio do
devedor).
Surrectio: É o surgimento de um direito em favor do devedor, que não existia até
então, mas que decorre da efetividade social, de acordo com os costumes e usos.
Tu Quoque: Quem descumpriu uma norma legal/contratual, não pode exigir que a
outra parte venha a cumpri-la. NÃO FAÇA CONTRA OS OUTROS O QUE VOCÊ NÃO
FARIA CONTRA SI MESMO.
QUANTO AO MOMENTO
Contrato Consensual: São aqueles contratos que acontecem por mera vontade das
partes.
Ex.: Doação, locação, mandato, etc..
Contrato Real: São os contratos que só se concretizam com a entrega do bem de uma
parte para as outras.
Ex.: Comodato, Mútuo, etc..
QUANTO A FORMALIDADE
Formais: São os contratos que podem ser celebrados conforme características
previstas em lei.
Não formais: Não pedem forma prescrita em lei, tem a forma livre..
Obs.: A forma é gênero (escrita) e a solenidade (escritura pública) é espécie.
QUANTO À EXISTÊNCIA
Principais: São os contratos que não dependem de qualquer outro. Ex.: Contrato de
locação de imóvel.
Acessórios: São os contratos que dependem de outro, o negócio principal. Ex.: O
contrato de fiança, depende de um contrato de locação de imóvel urbano como
ILANA RODRIGUES LISBÔA DE SOUZA ALMEIDAGRADUANDA EM DIREITO – CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT
“garantia” de que o devedor vá cumprir com sua obrigação, visando a satisfação do
credor pelo patrimônio do fiador.
QUANTO AO MOMENTO
Execução Diferida: São todos os contratos que tem o cumprimento de uma vez só no
futuro, Ex.: Cheque pós datado.
Execução Continuada (ou Trato Sucessivo): São todos os contratos que tem seu
cumprimento em formas parceladas e certas.
Ex.: Boleto periodicamente mensal, quinzena, etc..
Execução imediata: São aqueles contratos que tem o cumprimento de uma só vez.
Ex.: Compra e venda, pagamento à vista.
QUANTO A PREVISÃO NORMATIVA
Típicos: São aqueles contratos que tem previsão legal
Atípicos: São aqueles contratos que não previstos em lei. Ex.: Contratos eletrônicos,
celebrados pela via digital.
QUANTO A PREVISÃO DOUTRINÁRIA
Nominados: São aqueles contratos que tem sua figura negocial em lei.
Inominados: São aqueles contratos que não tem sua figura negocial em lei.
Ex.: O contrato de garagem ou estacionamento é NOMINADO, pois seu nome consta
em lei. Porém, como não há previsão legal mínima, é um contrato atípico. Resultado:
Contrato nominal e atípico.
QUANTO A FORMAÇÃO
Adesão: São contratos bilaterais imperfeitos, onde uma parte aceita as condições e
cláusulas previamente estabelecidas pela outra. Não há discussão sobre o negócio. O
proponente impõe ao oblato o conteúdo negocial, restante somente aderir ou não a
isto.
Partitório: São os contratos em que as partes entram em comum acordo sobre todos
os aspectos e responsabilidades de cada um no negócio.
QUANTO A PESSOA DO CONTRATANTE
ILANA RODRIGUES LISBÔA DE SOUZA ALMEIDAGRADUANDA EM DIREITO – CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT
Impessoais: São aqueles contratos que podem ser resolvidos por qualquer pessoa.
Pessoais: Mesma coisa que contrato personalíssimo, só o contratante pode resolver
aquele contrato.
QUANTO A EXTENSÃO
Individuais: Quando envolvem direito individuais.
Coletivos: Quando envolvem direitos coletivos.
QUANTO A FORMA
Solene: São aqueles contratos que precisam de um ato público para ter validade. Ex.:
Escritura pública. Imóvel com valor acima de 30 salários mínimos.
Não-Solenes: São aqueles contratos que não tem uma exigência para ter validade.
Ex.: Escritura privada. Imóveis com o valor abaixo ao de 30 salários mínimos.
QUANTO AO TEMPO DEDURAÇÃO
Prazo Determinado: São os contratos que tem o tempo de término de contrato.
Prazo indeterminado: São os contratos que não fixaram um momento para o término.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
Nas negociações preliminares, as partes debatem sobre o contrato preliminar ou
definitivo. Essa fase é anterior a formalização da proposta, estando presente, quando
houver uma carta de intenções ASSINADA PELAS PARTES, em que elas afirmam sua
vontade de celebrar um contrato no futuro. Por não ser encontrado no CC, as
negociações preliminares NÃO VINCULAM.
A proposta (Policitação, oblação, oferta formalizada) é a manifestação da vontade de
contratar, por uma das partes, que solicita a concordância da outra. A proposta vincula
o proponente de forma parcial (Inter partes). Só pode desistir antes do oblato se tornar
aceitante. A proposta pode ser revogada por qualquer meio.
Art. 428 Cita quando a proposta deixa de ser obrigatória.
A OFERTA é para TODOS e só pode ser revogada pelo MESMO MEIO em que foi
ofertado. Vincula até que seja revogada.
A ALTERAÇÃO DA PROPOSTA É TIDA COMO UMA NOVA PROPOSTA.
ILANA RODRIGUES LISBÔA DE SOUZA ALMEIDAGRADUANDA EM DIREITO – CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT
PROPOSTA ENTRE AUSENTES: É quando não houver a facilidade de comunicação
entre as partes, no quesito pergunta-resposta. O contrato de consuma no momento
da manifestação da aceitação é diferente do momento de conhecimento do
proponente.
PROPOSTA ENTRE PRESENTES: É quando há facilidade de comunicação entre as
partes para que a proposta e a aceitação sejam manifestadas em um curto período de
tempo. A consumação do contrato é o momento de aceitação da proposta.
A proposta vai ser mensurada pelo tempo que o meio escolhido leva para chegar ao
aceitante.
O contrato só é formado quando o proponente tem o conhecimento da aceitação do
policitado (oblato/aceitante)
TEORIAS DO MOMENTO DE FORMAÇÃO DO CONTRATO
Teoria da Cognição: Quando o oblato tem conhecimento da proposta.
Teoria da Agnição: Quando acontece a expedição, o contrato já está firmado.
Teoria da Agnição, na subteoria da Recepção: O contrato se firma ao recebimento da
proposta, não sendo necessário o conhecimento.
REGRA: TEORIA DA AGNIÇÃO, SUBTEORIA DA EXPEDIÇÃO (ART. 434).
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO
É quando em um contrato é estabelecido que o benefício deste vá para alguém, um
terceiro que foi estipulado pelo estipulante. (Ex.: Seguro de vida)
O terceiro pode exigir, do devedor, como se fosse o estipulante.
O estipulante pode trocar o estipulado independente de sua aceitação e da de outro
contratante. (Art. 438, CC)
PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO
É quando é estipulado que um terceiro irá cumprir uma obrigação, e se não cumprir, o
estipulante poderá ser responsabilizado pelos prejuízos, como se o estipulado fosse.
Obs.: Se o promitente for casado com o terceiro, não haverá responsabilidade.
VÍCIOS REDIBITÓRIOS
ILANA RODRIGUES LISBÔA DE SOUZA ALMEIDAGRADUANDA EM DIREITO – CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES - UNIT
São defeitos ocultos, já existentes, que se antes fossem descobertos, não haveria
contrato.
Requisitos: Vício que deixa a coisa imprópria ao uso ou que lhe diminua o valor.
Cabem duas ações:
Ação Estimatória ou Quanti Minoris: É pedido o recalculamento do valor do
objeto
Ação Redibitória: É a resolução do contrato + perdas e danos se o alienante
conhecia o vício.
Prazo Decadêncial