Resumo da Matéria de Direito Falimentar

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DIREITO FALIMENTAR

( o que est com essa letra/ cor foi retirado do livro do Ricardo Negro)I- INTRODUO - O Direito Comercial nasceu nas cidades italianas com a troca de bens - criou-se uma casta de trocadores que foi chamada de mercadores . Essa casta cresceu tanto que ficou do tamanho dos senhores feudais - surge, assim, a Letra de Cmbio, para que os mercadores no levassem grande quantidade de dinheiro, correndo o risco de serem assaltados - nessa poca existiam Tribunais Arbitrais que solucionavam os conflitos de forma extrajudicial A- Aspecto Subjetivo - o Direito Comercial o direito aplicado aos mercadores e comerciantes: esse o aspecto subjetivo da lei antiga j que os atos com aspectos mercantis praticados por no comerciantes, no eram considerados Direito Comercial e sim Direito Civil. B- Aspecto Objetivo - o Cdigo Napolenico, que a base do Direito Brasileiro, defendendo a tese da liberdade, acabou com as castas e passou a disciplinar os atos mercantis. Os atos passam a ser discriminados: aspecto objetivista. Comerciante era aquele que exercia alguma das atividades descritas(ou praticava os atos discriminados) - nessa poca os atos( atividades) discriminados eram:

de

compra,

venda,

circulao

e

permuta

de

coisas

mveis

ou

semoventes( imveis sempre ficaram a cargo do Cdigo Civil) atividades bancrias( entrou no Banco direito Comercial, com exceo do Direito Trabalhista dos empregados) depsito comercial consignao atividades securitrias( seguro e transporte) letras de Cmbio( ttulos pertinentes a compra e venda) atividade teatral( atividade do artista em relao ao pblico) o que era produzido nas fbricas

C- Cdigo Civil Brasileiro - o 1 tinha aspecto subjetivista( = cooperativista): comerciantes eram somente os atores da atividade comercial e os atos de comrcio s so exercidos pelos comerciantes- Exerce atividade mercantil aquele que habitualmente pratica a mercancia. - Regulamento 737( antes do 1 Reinado): vigorou por pouco tempocopiou o Cdigo Napolenico e criou o Tribunal do Comrcio- estabeleceu o que era comerciante: aqueles que habitualmente praticam os atos descritos( critrio objetivista) - o Regulamento 737 foi revogado, e com isso foi revogado tambm o critrio objetivista, voltando a adotar, ao menos pela lei, o critrio subjetivista

- mas, o critrio objetivista ficou impregnado no Direito Brasileiro atravs da Doutrina: para ser comerciante tinha que exercer as seguintes atividades..... habitualmente( menos prestao de servios). - o Brasil aplicou tambm o critrio alemo: a lei pode estabelecer quem comerciante, e o no comerciante que se registrar na Junta Comercial, passa a ser comerciante( com exceo de empresas madeireiras). um critrio objetivista e formal( formal porque podia se registrar na Junta) - Carvalho de Mendona classificou os atos de comrcio mesmo no previstos em lei: atos de comrcio por natureza: so os que esto no Cdigo de Napoleo atos de comrcio por conexo: todos os tipos de atos acessrios praticados pelos comerciantes atos de comrcio por fora de lei: todos os ttulos de crdito atos ilcitos: como por exemplo a concorrncia desleal

(alguns atos nunca pertenceram ao Direito Comercial: prestao de servios e atividades profissionais) - portanto objetivista sem deixar de ser subjetivista, porque esse atos tem que ser praticados habitualmente (ou seja, pelos comerciantes) - 1958: TJMG passou a considerar que a pecuria empresarial regida pelo Direito Comercial - TJSP: deu concordata para planos de sade: portanto Comercial - era utilizado o seguinte critrio para distinguir o Direito Comercial do Direito Civil: toda atividade que advm da terra direito Civil( propriedade, posse, construo, plantao,etc) toda atividade imobiliria e suas conseqncia Direito Civil( locao, emprstimo, intermediao, etc) toda atividade de transformao de bruto em espcie, sem bens mveis: Direito Comercial( pescou: d. Civil, limpou o peixe: comercial) toda a atividade de prestao de servios Direito Civil( mdicos, advogados, etc) - com o tempo a Jurisprudncia foi modificando esses critrios: Surge a Lei de Condomnios que passou a considerar que prdio e edifcios de apartamentos so regidos pelo Cdigo Comercial( toda atividade condominial e empreendimento imobilirio condominial)- imveis que no fossem condomnios: Civil qualquer tipo de atividade LTDA: Direito Civil prestao de servios movimentados atravs de S/A: Direito Comercial todo terreno bruto atividade civil, mas se o loteador prometer construir algo Comercial imveis agregados a estabelecimentos comerciais: passam a ter Ao Renovatria toda prestao de servios em massa( ou seja, no a personalssima) Comercial( plano de sade, marketing, etc) (Por exemplo, o cabeleireiro que vendia produtos da Avon, cabia falncia, os tribunais davam a falncia porque era compra e venda de mercadorias. Se fosse Cabeleireiro que atende em massa, davam falncia)

( advogado nunca pode exercer atividade comercial- tem que ser sempre personalssima!) D- Cdigo Civil Brasileiro de 2002 - art. 966: Considera-se empresrio quem exerce profissionalmente atividade econmica organizada para a produo ou a circulao de bens ou de servios - trocou a palavra ato de comrcio por atividade econmica: atividade maior que ato, portanto, a atividade pode praticar vrios atos( ex: a empresa pode praticar vrios atos para produzir um produto) - Direito Comercial a atividade econmica de lucro - toda a atividade economicamente organizada( p/ o prof organizada aquela que tem organizao material, no necessariamente tem que ter livro caixa, etc- ex: ambulante organizada), inclusive prestao de servios, passa a ser atividade empresarial. Portanto, se atividade econmica tem alguma organizao em prestao de servios Comercial( Ex: hospital, imobiliria, etc) - volta ao aspecto subjetivista: empresrio: aquele que exerce uma atividade empresa: pratica atos e atividades( no conceituado no Cdigo- s existe conceito na CLT) - continua a considerar que os atos relacionados a imveis, com exceo de edifcios e prdios de apartamentos, so regidos pelo Direito Civil. - art 966, 969 e 970: baseou-se no direito alemo: Aqueles que exercem atividade econmica agrcola ou congnere, poder praticar atividade mercantil facultando a registrar a empresa no registro do comercio. Portanto, se registrar Comercial, se no continua a ser regido pelo Civil - Direito civil: famlia, sucesses, atividade imobiliria pessoal ... + pargrafo art 966 que diz: excepciona-se aquele que exerce atividade artstica, literria, em suma, todos aqueles que praticam atividade de prestao de servio com profissionalidade( habitualidade) mesmo criando uma empresa. - A habitualidade suprime a questo formal. - Portanto:

atividade econmica de prestao de servios individuais = direito civil.( ou seja, quando o profissional mais do que a empresa = direito civil Quando a empresa mais que o profissional = direito mercantil.

- Obs: Advogados so de uma categoria apartada de tudo isso porque tem estatuto prprio que o da OAB. - Portanto as 3 teorias( objetivista, subjetiva ou cooperativista e a alem) se aplicam no Brasil - Importante: Coisas mveis no toda e qualquer coisa mvel que ato de comercio( ou seja, no precisa registrar na junta). Deve-se verificar a habitualidade (se aplica as duas teorias: a objetivista e a subjetivista juntas). - ( ex: venda de um apartamento civil, mas o pagamento com promissrias um ato mercantil: teorias objetivista e subjetivista juntas).

II- ATOS EMPRESARIAIS SUJEITOS FALNCIA - no Brasil o empresrio individual vai falncia; A- No vo falncia a) no vai falncia:

Pessoas mencionadas no 966 CC pargrafo nico (primeira parte) quer como profissionais liberais ou autnomos, quer como empresa civil. Se a empresa for maior que o profissional ela mercantil porque se encaixa no caput.

O Medico, cientista, artista no vai pra falncia a no ser que ele monte uma empresa (empresa maior do que ele). a exceo da exceo do 966 que vira regra. A sociedade sendo civil, no tem falncia.

Por expressa disposio legal, as cooperativas e no apenas as de crdito (embora pratiquem diuturnamente ato de comercio) isso porque a relao jurdica de cooperao e com relao a esta cooperao, se a sociedade se extingue o fundo que sobra da extino da sociedade vai de uma para outra cooperativa congnere.

Advogados, sociedade de advogados no vai a falncia porque advogado no pode exercer a mercancia. Atividade econmica agropecuria pastoril que no registra na junta. Empresas pblicas e as sociedades de economia mista.(embora sejam pessoas jurdicas de direito privado).

b) Art. 2 Lei de falncia (11101/05)- no vo de imediato falncia: Art. 2o Esta Lei no se aplica a: I empresa pblica e sociedade de economia mista; II instituio financeira pblica ou privada, cooperativa de crdito, consrcio, entidade de previdncia complementar, sociedade operadora de plano de assistncia sade, sociedade seguradora, sociedade de capitalizao e outras entidades legalmente equiparadas s anteriores. - Empresa pblica e as sociedades de economia mista- H uma controvrsia: O Art. 173 do texto constitucional claro ao dizer que empresas pblicas e sociedade de economia mista que disputa atividade econmica com as outras empresas em razo do relevante interesse nacional, so pessoa jurdica de direito privado e em sendo, seriam obrigados a pagar tributo. Portanto, se elas praticam ato de comercio, deveriam ir a falncia. Se a lei de sociedade annima uma lei que s pode ter atividade mercantil, evidentemente a sociedade de economia mista uma sociedade privada e alm de tudo, mercantil: O STF decidiu que elas vo mesmo pra falncia.

Obs- mas as empresas pblicas e as sociedades de economia mista enquanto concessionrias de servio pblico, no vo para falncia,( Ex: DERSA). STF: havendo dinheiro pblico, as empresas devem ser liquidadas, ento, a principio, no vo pra falncia. - as instituies financeiras pblicas ou privadas no vo pra falncia porque elas sofrem liquidao extrajudicial e s vo se o interventor ou liquidante ou o administrador provisrio na chamada Lei de Salomo (coloca-se a empresa numa situao de semi-interveno, coloca um administrador provisrio tenta consertar. Se no, liquida ou faz interveno). -No vai pra falncia tambm cooperativa de crdito (no fala da outra cooperativa) e essa outra tambm no vai porque no cdigo civil exclui o regime jurdico de direito mercantil. -Consrcio tambm ao vai para falncia porque pertencem ao sistema financeiro nacional regulados pelo Banco Central Art. 170 e seguintes da CF. - Entidade de previdncia complementar: a previdncia de funcionrio pblico, agentes pblicos. - O chamado seguro sade (operadoras de planos de assistncia sade): A interveno em plano de sade total. Esta no vai pra falncia e sim a liquidao. Conforme o art. 23 da Lei 9656/98, esto sujeitas liquidao extrajudicial pela Agencia Nacional de Sade (ANS), submetendo-se falncia, em carter excepcional, da mesma forma que as sociedades seguradoras. -Sociedades seguradoras: Esto sujeitas liquidao extrajudicial e interveno pela Superintendncia de Seguros Privados SUSEP Nesse sentido essas sociedades, no esto sujeitas falncia, salvo se, decretada a liquidao extrajudicial, o ativo no for suficiente para o pagamento de pelo menos metade dos credores quirografrios, ou quando houver fundados indcios da ocorrncia de crime falimentar. ( Existe o Instituto de resseguro, que faz o seguro do seguro, e esse sim pode pedir a falncia das seguradoras) - Sociedade de Capitalizao: So sociedades ligadas Bolsa de Valores. O exemplo mais claro foi a quebra do Naji Nahas que fechou 14 empresas de capitalizao. - sistema bancrio brasileiro ocorre o seguinte: Antes do PROER: o Banco central bancava os bancos insolventes (OMINT)- a Lei nova probe isso. Se por acaso, nas duas compensaes que existem diariamente o banco no tem condies de honrar seus compromissos deve ocorrer imediatamente a interveno. c) Portanto o que no cabe de imediato a falncia: . Sociedades civis . Sociedades agrcolas que no tem registro na junta comercial . Advogados . Sociedades cooperativas: estas, (com exceo dessa sociedade que faz a compensao financeira de bancos) podem ir pra falncia se for propostas pelo interventor ou pelo liquidante ou pelo administrador provisrio na hiptese de ocorrer uma chamada interveno branca ( Lei Salomo ).

B- Empresas que vo para falncia pelo artigo 94 da Lei - A insolvncia do sistema brasileiro traduzida por dois princpios: Impontualidade injustificada a insolvncia pela impontualidade injustificada , portanto, presumida. No Pagou, falncia. ( A empresa tem duas solues: Ou deposita e discute (ora, se no tem pra pagar, como vai depositar?), ou no prazo da defesa ela pode pedir recuperao.) empresas onde o passivo maior que o ativo: o juiz pode liquidar imediatamente.

- Causas: 3 possveis causas que o pedido inicial deve indicar: a) a impontualidade, caracterizada pela inadimplncia de obrigao lquida materializada em ttulo ou ttulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a quarenta salrios mnimos, ou a frustao da execuo por qualquer quantia lquida, no prazo legal( art. 94, I e II); Art. 94. Ser decretada a falncia do devedor que: I sem relevante razo de direito, no paga, no vencimento, obrigao lquida materializada em ttulo ou ttulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salrios-mnimos na data do pedido de falncia; II executado por qualquer quantia lquida, no paga, no deposita e no nomeia penhora bens suficientes dentro do prazo legal; 1o Credores podem reunir-se em litisconsrcio a fim de perfazer o limite mnimo para o pedido de falncia com base no inciso I do caput deste artigo. 2o Ainda que lquidos, no legitimam o pedido de falncia os crditos que nela no se possam reclamar. 3o Na hiptese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falncia ser instrudo com os ttulos executivos na forma do pargrafo nico do art. 9o desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislao especfica. 4o Na hiptese do inciso II do caput deste artigo, o pedido de falncia ser instrudo com certido expedida pelo juzo em que se processa a execuo. b) a prtica de atos legislador( art. 94, III); de insolvncia, objetivamente indicados pelo

III pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperao judicial: a) procede liquidao precipitada de seus ativos ou lana mo de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; b) realiza ou, por atos inequvocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negcio simulado ou alienao de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou no; c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou no, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; d) simula a transferncia de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislao ou a fiscalizao ou para prejudicar credor; e) d ou refora garantia a credor por dvida contrada anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraados suficientes para saldar seu passivo;

f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domiclio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigao assumida no plano de recuperao judicial. 5o Na hiptese do inciso III do caput deste artigo, o pedido de falncia descrever os fatos que a caracterizam, juntando-se as provas que houver e especificando-se as que sero produzidas.

c) grave crise econmico-financeira que impossibilite o devedor de dar prosseguimento atividade empresarial( art. 97, I e105). Art. 97. Podem requerer a falncia do devedor: I o prprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta LeiArt. 105. O devedor em crise econmico-financeira que julgue no atender aos requisitos para pleitear sua recuperao judicial dever requerer ao juzo sua falncia, expondo as razes da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial...

III- PROCESSO DE FALNCIA

- Caracterizao do Estado Pr- Falimentar: o procedimento pr-falimentar processo de conhecimento, de feio conteciosa, no qual, sumariamente, o magistrado ir conhecer os fatos trazidos pelo autor e, no final, decretar ou no a falncia do devedorA) O processo da falncia tem dois significados: O primeiro que ocorre entre o pedido at a sentena da falncia. O segundo o que ocorre da falncia pra frente. - O processo coletivo falimentar (ou seja, a execuo coletiva na falncia), s ocorre com a sentena. A sentena, portanto, a largada inicial do processo falimentar. Sem sentena, no tem falncia! B) 3 pressupostos para falncia:

Somente quando presente os pressupostos legais, isto , a legitimidade passiva( a qualidade de empresrio devedor), sua insolvncia caracterizada por circunstncias delimitadas pelo legislador, e a declarao judicial desse estado, que haver falncia, situao jurdica que no se confunde com a mera constatao ftica de crise de inadimplncia ou econmico-financeira ao largo da tutela judicial.1. Ser empresrio. E ser empresrio, estar capitulado no art. 966, CC: empresa que objetiva o lucro. Scios, empresrios ou no, que criem a empresa mercadolgica ou prestadora de servio obrigada a produzir lucro. No importa se no der lucro, basta o animus lucrandi. Se no tem anumus lucrandi, no empresrio. (Ex1: A Associao atltica de futebol que tem vrios acionistas que contribuem com esse clube. empresrio? Lgico que no! Porque a atividade no de lucro. Ex2: Trs mdicos se unem e montam uma sociedade civil objetivando minimizar os valores do IR. No empresa porque no est objetivando lucro. Ganha na consulta mais o lucro indireto e no direto, portanto empresria) 2. Insolvncia. A insolvncia est ligada inadimplncia: E

insolvente/inadimplente quem no tem ativo para pagar o passivo. Isto no plano econmico tem o nome de insolvncia econmica. A doutrina d o nome de insolvabilidade. - Quando o passivo da empresa maior do que o ativo ele est insolvente. - Art.756, II CPC: No momento de embargar o devedor civil (nada a ver com falncia), um dos requisitos se ele demonstrar que o ativo maior que o passivo os embargos devem ser acolhidos- adotaram a insolvncia econmica.

- A insolvncia da falncia( insolvncia presumida) outra, que a pior que existe. a insolvncia jurdica( ou financeira). a chamada impontualidade injustificada: no pagou obrigao liquida e certa no prazo legal, quebrou! - Art. 94 da lei 11101/05 insolvente aquele que no paga no prazo legal obrigao liquida e certa representada por titulo devidamente protestado. - no cabe falncia abaixo de 40 salrios mnimos , ou seja, para requerer a falncia do devedor comerciante a divida tem que ser igual ou acima de 40 salrios mnimos. Mas pode entrar com dois ou trs credores e entrar com litisconsrcio. - A insolvncia no Brasil tem outro problema,ela tem duas vertentes( um sistema hibrido): Com relao aos ttulos: Ttulos que sejam obrigao lquida e certa devidamente protestados(se no pagar titulo representativo de quantia liquida e certa no prazo legal devidamente protestado= impontualidade injustificada). T Mas tambm insolvente por atos falimentares(quando ele pratica atos de falncia) ( Obs: atos de falncia so todos presumveis) - A impontualidade injustificada s para os ttulos, que a chamada insolvncia presumida. Mas tambm o presumida os atos de falncia. Se presume porque: liquidao precipitada. - O injustificado aqui est representado pelo art. 96 porque l tem vrios fatos que impedem a decretao da falncia no caso da insolvncia. Portanto deve haver justificativa para o no pagamento( ex: prescrio do ttulo, obrigao nula, etc) - se o credor prope pedido de falncia por dolo, alm de o credor perder, o juiz deve condenar o credor no dolo. Ocorre s no dolo, no na culpa. (Quando o juiz percebe que o credor prope falncia pra pressionar o credor pode ser condenado sem reconveno. Basta o devedor pedir na Contestao. S no caso de dolo que a inteno de prejudicar o devedor propondo falncia do devedor por titulo prescrito, obrigao nula ou paga, etc.) - no Brasil, geralmente, a insolvncia no injustificada porque tem uma ao cautelar chamada sustao de protestos (tambm aplicada no civil) que todo devedor que leva seu titulo a protesto, ele prope a cautelar. Nessa cautelar de sustao de protesto se o juiz percebe que o titulo est prescrito, que houve decadncia, pago ou nulo, ele susta o protesto sem necessidade de fazer depsito. Nesse caso no cabe falncia. 3. Decretao da falncia pelo juiz .- Ao cautelar (ou processo cautelar) objetiva o processo principal: aps a Ao Cautelar obrigado a propor o processo principal em trinta dias (Ao declaratria de inexistncia de divida cambiaria - quando cambial/ Quando no cambial Ao declaratria de nulidade de titulo. Ou Ao declaratria de inexistncia de divida). - Se no prope em trinta dias o processo principal, o processo cautelar cai porque ele dependente do processo principal. - Se o juiz susta, se ele prope uma ao declaratria de inexistncia da divida por nulidade do titulo, NO CABE FALENCIA. Obs: Condenao por dolo s existe no processo de falncia. No processo civil litigncia de m-f.

C- NATUREZA JURIDICA DA RELAAO QUE EXISTE ENTRE O PEDIDO E A SENTENA - o processo de falncia comea com a sentena - o processo da falncia tem duas fases essenciais: A primeira fase um processo do credor em face do devedor (processo de cognio). A segunda fase, que o verdadeiro processo falimentar, o processo de execuo coletiva que comea com sentena e acaba com sentena. Comea com sentena de declarao da falncia e acaba com a sentena de encerramento da falncia. A habilitao dos credores na segunda fase que vai dar inicio realmente ao processo de execuo coletiva. ( obs: Se processo tem duas fases no mesmo processo = processo sincrtico) - o processo inicial individual (credor contra devedor): um pedido preparatrio, uma ao, um processo ou pr processo do processo coletivo falimentar. - Prova que quando o juiz d a sentena, ou ele decreta a falncia e comea o processo coletivo ou o juiz julga improcedente o pedido. Ou se o devedor deposita o valor do debito junto com a contestao, o juiz julga aquilo como ao de cobrana. a) Depsito Elisivo (de elidir, afastar): Na hiptese de o pedido ser baseado na impontualidade (art.94, I e II), o devedor poder, no prazo da contestao, depositar o valor em dinheiro correspondente ao total do crdito, acrescido de correo monetria, juros e honorrios advocatcios, hiptese em que a falncia no ser decretada. Com o depsito do valor pleiteado cessa a impontualidade, sendo, assim, elidida (afastada) a hiptese de falncia. um pressuposto negativo da sentena de falncia. Se o devedor fizer esse depsito, o juiz est proibido de decretar a falncia (caso o juiz decrete mesmo assim a falncia, cabe mandado de segurana contra ele). - Esse depsito (chamado depsito elisivo da falncia), que o ru deposita no momento em que apresenta a defesa, um pressuposto negativo da sentena de falncia. Mas sugere uma outra sentena. Ou uma sentena de procedncia do pedido ou uma sentena de improcedncia do pedido, porque, no momento em h o depsito elisivo, a realizao jurdica processual (autor e ru), transforma-se em ao de cobrana. H uma converso processual. O processo de cognio para apurao ou no da execuo coletiva, transforma-se em ao de cobrana. Exatamente porque o juiz est proibido de decretar a falncia. Se por acaso o juiz decreta, no h a menor duvida que o veiculo mais rpido, mais fcil, mais lgico

contra a deciso escatolgica dele, o Mandado de Segurana(dever ser dado a liminar pelo Tribunal Superior porque o juiz est proibido de dar a sentena de falncia). - Superior Tribunal de Justia- smula n. 23: que o depsito elisivo eficaz se for feito o depsito do principal, das custas, das despesas, inclusive do oficial de justia, dos honorrios, dos juros da mora de acordo com a lei e da correo monetria at a data do depsito. -Natureza Juridica do Depsito: NO pagamento, tem que ser feito em dinheiro e o prazo preclusivo: Citou o ru, facultado a fazer o depsito para discutir a defesa. E a defesa vira ataque. Ela tem como caracterstica fundamental, na falncia, um tipo de ao dplice porque a defesa feita pelo ru tem a qualidade de, sem reconveno, de um juiz apreciar a defesa e condenar o autor inclusive no dolo Art. 101 da Lei 11101/05 Quem por dolo requerer a falncia de outrem ser condenado, na sentena que julgar improcedente o pedido, a indenizar o devedor, apurando-se as perdas e danos em liquidao de sentena. - Ento nessa hiptese, portanto, a defesa vira ataque, quer dizer, a defesa vira ao. Uma ao de pedido e uma ao de defesa. - A natureza jurdica do depsito elisivo um depsito de garantia processual porque como a falncia para o devedor ou para a empresa devedora pode ocasionar a morte da empresa, como a falncia um instituto drstico para o devedor, o legislador criou esse depsito para que no ocorra eventualmente a falncia. Ento esse depsito garantidor da no decretao da falncia. - Se ele garantidor da no decretao da falncia, ele um pressuposto negativo de desenvolvimento da relao processual. (Obs1: o depsito elisivo s tem na falncia e em matria tributaria) (Obs2: Se o depsito for pouca coisa inferior ao valor pleiteado, acontece a mesma coisa que a consignao 890, CPC. O juiz intima o depositante e pede para que ele complete) - 3 Possibilidades em relao ao depsito: 1.Se o ru fizer o depsito e a contestao for inepta: o juiz extingue o processo e manda o autor levantar o depsito(O que ocorre que ele acolhe a ao, acolhe o pedido, aceita o depsito e extingue o processo e manda o autor levantar o depsito). 2. Se o ru apresenta motivo justificado para ficar insolvente: o juiz tem que

apurar a defesa. A defesa, portanto, se torna praticamente uma ao. Se a defesa no tem meios de provar via prova documental, o juiz dever abrir a instruo. Esta instruo na falncia uma instruo chamada probatria sumaria. Trs testemunhas pra cada lado, e o juiz abre a instruo, apura a verificao da procedncia da defesa. Se a defesa for procedente o juiz d a seguinte sentena:Julgo improcedente o pedido e procedente a defesa e em conseqncia, condeno o autor ao pagamento das custas e honorrios advocatcios. - Determinando ao devedor que levante o depsito com todos os seus consectrios legais. - Esclarecendo: O autor ganhou a ao. Ento o juiz julga procedente a ao e improcedente a defesa. Ele julga os dois como se fosse reconveno e manda o

autor levantar o depsito. Ele converte o depsito em pagamento e extingue o processo. 3. O ru se defende, faz o depsito e alega que o autor agiu com dolo: ou o juiz verifica o dolo pela prova apresentada ou ele abre instruo para apurar o dolo(para o prof ele obrigado a apurar o dolo porque a lei no artigo 101 determina que o juiz julgue o dolo no prprio pedido de falncia).Nesta hiptese o juiz diz:Julgo improcedente o pedido e julgo procedente a defesa condenando o autor a pagar o dolo no valor de tanto. Determino que o ru levante a quantia depositada devendo o processo prosseguir em execuo para apurar o valor do dolo. Que o processo sincrtico. - No d pra acabar a porque o depsito feito no do autor, mas do ru. Como o ru levantou o depsito e como o autor foi condenado isso ao de cobrana. - O juiz fixa o dolo, e na minha tica, o juiz no pode fixar um dolo genrico, porque se ele julgar genrico ele tem que mandar para as vias ordinrias, o juiz fixa o dolo e o processo prossegue. O ru levanta o valor depositado e o processo continua contra o autor. O autor vira ru porque ao de cobrana contra o autor. Se ele no pagar, penhora os bens do autor. - Se quiser apurar culpa e dano moral, no pode ser no processo de falncia, tem que ser por vias ordinrias, vias prprias: uma ao de responsabilidade civil por ato ilcito decorrente de culpa e ato ilcito decorrente de dano moral. - Como o juiz fixou o dolo, se por acaso o ru entender que o dolo fixado pouco, ele pode pleitear em ao prpria o aumento do dolo. No no processo falimentar em estudo, porque o dolo fixado pelo juiz porque um tipo de litigncia de mf. O dolo matemtico. A coisa julgada secundum eventus lites. E o juiz no pode dar o dolo se no tiver o pedido. Tem que pedir. - Na falncia s pode apurar o dolo. Se ele quer mais ter que ser em ao prpria. O juiz no pode julgar dano moral e nem culpa, caso contrrio ser nula a sentena. ( no esquecer que o depsito no obrigatrio!!) - Portanto, o juiz tem trs vertentes: Decretar a falncia Julgar improcedente Transformar a demanda em ao de cobrana e mandar o devedor pagar, ou melhor, se o devedor fez o depsito, o juiz manda pagar o credor e acaba o processo. ( tem a 4: quando o autor age com dolo) b)NATUREZA JURDICA: um processo individual preparatrio do processo principal, entre credor e devedor que tem por objetivo decretar ou no a falncia ou transformar esse processo em ao de cobrana. c)TITULOS se tem titulo, tem que ter protesto. Se no tiver protesto, juiz no pode decretar a falncia com base em titulo. A no ser nos casos de atos de falncia Art. 94, III e seguintes da lei de falncia.

- Protesto, portanto o instrumento formal que tirado no cartrio dos ttulos no pagos no prazo legal, ou no caso de falncia, nos casos que so levados a protesto para efeito de falncia. - Tem titulo que no precisa de protesto para mover ao executria. Ex: cheque que a cmara de compensao faz as vezes do protesto. Art. 47, II da lei 7537/97. - Tem titulo que no pode ser protestado: quando o credor perdeu o prazo de 24 horas (promissria e cheque) ou de trinta dias (duplicata) para o protesto. - Nada disso importa na falncia (com relao ao protesto na falncia). Se por acaso se perdeu o prazo para propor o protesto e se quiser propor ao de falncia, obrigatoriamente voc tem que protestar. (Se por acaso voc perdeu este prazo e a lei de falncia diz que tem que protestar, voc no perdeu o protesto, basta levar o titulo no cartrio e pede para protestar para efeitos falimentares- O escrivo no pode protestar por outro efeito porque voc perdeu o prazo legal) - efeito do Protesto: Ao regressiva executria contra avalista e seus endossantes. Mover ao contra outros avalistas e endossantes. - lei do cheque: No precisa do protesto para mover ao contra seus endossantes e avalista. Mas se voc quiser propor a falncia da empresa emitente, desde que a empresa seja empresaria voc obrigado a propor o protesto. Voc ser carecedor de a ao de falncia. - Os efeitos do protesto falimentar so diferentes dos efeitos do protesto dos ttulos, muito embora o protesto seja obrigatrio na falncia. - Se voc no quer mover ao contra o devedor principal tem que pedir ao cartrio para que proteste duas vezes o titulo: Primeira vez para garantir o regresso, mas como eu no quero regresso e sim pedir a falncia do avalista, proteste a segunda vez porque o avalista tem que ter cincia total do protesto para ser sujeito passivo da falncia. Portanto so dois protestos. Essa uma questo resolvida pelo STF. - Na duplicata cabe falncia com a prova da entrega da mercadoria mesmo que o titulo seja protestado. O prof acha que tambm tem que ser protestada duas vezes: por falta de pagamento e por falta de aceite porque vai mover ao de falncia. - no s nos ttulos cambirios que cabe a falncia: todo e qualquer ttulo desde que a obrigao seja liquida e certa. No precisa ser titulo judicial, extrajudicial, basta que a obrigao seja liquida e certa. Ex: recibo de condomnio apesar de no caber ao executria, mas se tem contrato de locao escrito, determinou pagar, o locador pagou e levou o recibo junto com o contrato ao cartrio de protesto, a jurisprudncia determina que existe falncia. - Cabe tambm falncia na sentena estrangeira. A sentena estrangeira tem que ter o exequator do STJ. Traduzida e com o exequator, a necessidade de liquidar a sentena, se o ru mora no Brasil liquida aqui, protesta a sentena e pede-se a falncia.

D- LEGITIMIDADE ATIVA PARA REQUERER A FALENCIA

1. O prprio devedor (empresrio ou sociedade empresria) na hiptese de (autofalncia).Para ele requerer a falncia h necessidade de apresentar todos os documentos previstos no Art. 105.

Art. 105. O devedor em crise econmico-financeira que julgue no atender aos requisitos para pleitear sua recuperao judicial dever requerer ao juzo sua falncia, expondo as razes da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas dos seguintes documentos: I demonstraes contbeis referentes aos 3 (trs) ltimos exerccios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observncia da legislao societria aplicvel e compostas obrigatoriamente de: a) balano patrimonial; b) demonstrao de resultados acumulados; c) demonstrao do resultado desde o ltimo exerccio social; d) relatrio do fluxo de caixa; II relao nominal dos credores, indicando endereo, importncia, natureza e classificao dos respectivos crditos; III relao dos bens e direitos que compem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatrios de propriedade; IV prova da condio de empresrio, contrato social ou estatuto em vigor ou, se no houver, a indicao de todos os scios, seus endereos e a relao de seus bens pessoais; V os livros obrigatrios e documentos contbeis que lhe forem exigidos por lei; VI relao de seus administradores nos ltimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereos, suas funes e participao societria( Obs: So os mesmos documentos exigidos na recuperao judicial, portanto melhor pedir recuperao do que falncia direto!) 2. O cnjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante que tambm podero requerer a falncia do espolio do devedor empresrio.

Se o empresrio individual faleceu em estado de falncia: a existncia da pessoa natural termina com a morte( art. 6 C.C.) e a herana( patrimnio do morto denominado esplio) passa a responder pelo pagamento das dvidas do falecido, levando os herdeiros a se responsabilizarem por elas, aps a partilha, cada qual com poro da parte, que na herana lhes coube( art. 1997, C.C.). Assume,pois, o esplio a posio de falido, no se podendo, tecnicamente, falar em falncia de pessoa falecida, mas sim de seu esplio.

A lei estabelece expressamente a suspenso do processo do inventrio a partir do decreto falimentar( art. 125), efeito que decorre da perda da administrao e da arrecadao dos bens do falido. Em se tratando de nico herdeiro, ou cnjuge sobrevivente, que, embora legitimados, no tenham dado incio abertura do inventrio ou arrolamento e, ainda na hiptese de pedido feito por inventariante, o rito a ser obedecido de autofalncia( art. 105). Nos casos em que h abertura judicial da sucesso e o herdeiro ou cnjuge no representam o esplio, a falncia seguir o rito do art. 95 e o esplio ser citado para contestar o pedido.- Se ele falido com empresa individual, tem que abrir inventrio. Enquanto no tem inventariante, o cnjuge que sobrevive, para evitar um dano maior pra ele ou ela, podendo requerer a falncia. No direito brasileiro, diferentemente do estrangeiro, as dividas no podem superar as foras da herana. E mais, se houver falncia, feitas as primeiras declaraes, requereu a falncia, o juiz suspende tudo. Fica aguardando a soluo da falncia. Apura e o herdeiro recebe o que sobrou. Chama-se de autofalncia do espolio. - O juiz pode nomear um inventariante dativo, caso o inventariante no seja o cnjuge suprstite. 3. O quotista (sociedade limitada) ou acionista (sociedade Ilimitada) da sociedade empresaria devedora, que podero requerer a falncia desta na forma da lei ou ato constitutivo de referida sociedade. - Na Sociedade limitada o quotista e o acionista podem requerer a falncia. -Na sociedade de nome coletivo e na Sociedade em comandita, o scio acionista tem responsabilidade Ilimitada, ento ele tem que correr e pedir a falncia, porque sobra pra ele. - Para requerer a falncia na Sociedade annima, tem que pleitear em assemblia geral e essa tem que autorizar o requerimento de falncia. Porque na annima quem pode requerer a falncia da empresa o majoritrio. 4.Qualquer credor - Porm, Credor hipotecrio NO PODE pela lei anterior (Art. 9, III d) no podia requerer a falncia do devedor a no ser se renunciasse a hipoteca. Essa regra persiste. Ex: Se o credor hipotecrio tem hipoteca, ento ele tem Ao de Execuo Hipotecaria. Se tem essa ao, a penhora recai sobre a hipoteca. Se ele renuncia a hipoteca, ele se torna credor quirografrio e esse tipo de credor o ultimo a receber. Ento o direito no permite. Se ele tem ao de execuo hipotecaria, no vai pedir a falncia. A jurisprudncia tranqila nesse sentido. Credor tributrio NO PODE Quase pelas mesmas razoes. Ele tem uma via mais rpida. Pelo Art. 6 da lei de falncia, todos os crditos ficam suspensos. Todas as penhoras suspensas, todas as aes suspensas aguardando a habilitao. O crdito tributrio so se sujeita a qualquer habilitao, quer seja de execuo individual

quer seja execuo coletiva. Ento o crdito tributrio no est sujeito a concurso na execuo coletiva. Ento como cobra o crdito tributrio? Pela penhora. Se j decretou a falncia, o credor tributrio entra com ao executria fiscal e a penhora cai nos autos da falncia. Essa penhora tem valor em termos. Ela s eficaz se por acaso sobrar dinheiro depois que pagar os credores trabalhistas e acidentes do trabalho e os credores hipotecrios (pela lei nova) porque o crdito tributrio est em 3 lugar. ( Se assim, e voc tem uma via executria, qual a razo de o credor tributrio requerer a falncia do devedor? Nenhuma.)

- os credores requerentes da falncia podem ser empresrios ou no, e o ttulo que apresentarem em juzo para legitimar seu pedido no precisam ter natureza negocial.5.Credor domiciliado fora do Brasil Para requerer a falncia do devedor, deve prestar cauo relativa custas e ao pagamento de indenizao, com vistas a compensar o devedor, na hiptese de o pedido ser considerado doloso( ex: 20%).

E- INSOLVNCIA( ATOS DE FALNCIA) - O direito brasileiro exige a insolvncia para decretar a falncia. Temos a insolvncia baseada em ttulos e outra baseada em modo de proceder do empresrio. Esta insolvncia presumida nos dois casos: No caso de titulo ela presumida porque no exige a insolvncia econmica mais sim a insolvncia financeira (alguns autores chamam de jurdica). um misto entre ato e ttulo- art. 94, II da LFRE Na segunda insolvncia tambm presumida relacionada com os atos de falncia.

Art. 94. Ser decretada a falncia do devedor que: I sem relevante razo de direito, no paga, no vencimento, obrigao lquida materializada em ttulo ou ttulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salrios-mnimos na data do pedido de falncia; II executado por qualquer quantia lquida, no paga, no deposita e no nomeia penhora bens suficientes dentro do prazo legal;1. Ttulo - Proposta a execuo comum por qualquer credor, este tem direito de propor a falncia ou a execuo. A lei no difere quanto a isto. - uma exceo ao principio da unicidade da ao( pela unicidade: pode apenas propor uma ao pra resolver o conflito): na falncia o principio pode ser o da duplicidade da ao, ou seja, pode propor ao de falncia contra o devedor principal e concomitantemente propor ao executria contra o avalista. Pode propor as duas juntas. Pode propor tambm contra o fiador.

- Como se props a ao contra o avalista junto com o pedido de falncia, ela feita com base na xrox dos ttulos. Se o juiz exigir o original, o credor declina que o titulo est no outro processo, o juiz faz vista e confirma que o mesmo. - Pode propor as duas aes. O que no pode receber duas vezes: se por acaso, o avalista pagar, h necessidade de, na falncia proposta contra o empresrio, descontar o valor pago. - Neste caso, o avalista torna-se sucessor de acordo com os artigos 45 e 46 do CPC. Ele torna-se sucessor do credor e para ele, avalista, receber, tem que habilitar na falncia( se a falncia for decretada).

Art. 45. Comea a existncia legal das pessoas jurdicas de direito privado com a inscrio do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessrio, de autorizao ou aprovao do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alteraes por que passar o ato constitutivo. Art. 46. O registro declarar: I - a denominao, os fins, a sede, o tempo de durao e o fundo social, quando houver; II - o nome e a individualizao dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV - se o ato constitutivo reformvel no tocante administrao, e de que modo; V - se os membros respondem, ou no, subsidiariamente, pelas obrigaes sociais; VI - as condies de extino da pessoa jurdica e o destino do seu patrimnio, nesse caso.

- O avalista tem que habilitar o crdito porque, se for decretada a falncia, ele passa a ser credor por sucesso, porque ele pagou na ao de execuo ento tem direito de receber na ao de falncia. Isso porque o devedor principal o empresrio, se esse faliu ou a empresa faliu, o avalista que pagou na ao de execuo tem que receber o valor pago. - O avalista que pagou deve tirar certides ou cpias do valor pago e habilitar seu crdito que crdito quirografrio. - Se no decretada a falncia, porque o credor e devedor fizeram acordo, o avalista tem direito a assumir o pleito e pedir a falncia do devedor por falta de pagamento do titulo dele. H, portanto, a sucesso no processo. -artigo 94: Ser decretada a falncia do devedor que: II executado por qualquer quantia lquida, no paga, no deposita e no nomeia penhora bens suficientes dentro do prazo legal. 2- Atos de Falncia

- O credor prope ao de execuo de ttulos contra o devedor empresrio. - Proposta a ao, se o devedor empresrio se esconde da citao, ato de falncia, ou seja, o credor pode, com base nisso, mover ao de falncia contra ele. Ou seja, o credor tira uma certido a respeito do ocorrido na ao de execuo( que o devedor no cumpriu com sua obrigao executria) e prope a ao de falncia sem a necessidade de protesto. - Se o titulo for contestado o protesto um dado apenas para caracterizar a insolvncia do devedor porque a lei no exige protesto para mover ao de execuo contra devedor principal. - Movida ao de execuo contra o devedor principal, o devedor (supondo que ele seja citado), deve apresentar bens penhora. Se no apresentar os bens penhora ou se no pagar no prazo legal o credor, se no tem bens a ser penhorado, ou se o ele, devedor, sumir com os bens penhorados, o credor tira certido do ocorrido e promove a falncia no devedor principal. possvel isso sem a necessidade do protesto. - um tipo de execuo de titulo sem protesto. Porque o devedor no cumpriu com sua obrigao executria que pagar. A execuo a para defender-se do titulo. Sendo assim, obrigado a apresentar bens a penhora e se no pagar enseja pedido de falncia. - A lei nova de execuo no exige mais a penhora para os embargos (na execuo). Ou seja, pode-se embargar o devedor executado sem penhora. - O STJ , em vrios acrdos, tem dito: No h necessidade de extino do processo executrio para propor pedido de falncia. - O credor pode at suspender o processo executrio e mover ao de falncia. Ou seja, suspende o processo executrio, pega uma certido do escrivo e vai move a ao de falncia, se na falncia no der certo, volta-se para o processo executrio. - No h restrio alguma com relao a esse dado. - O que no pode, neste caso, cobrar honorrios. - Os atos de falncia so muito importantes porque tem um relacionamento umbilical com a revogao dos atos do falido: na falncia, o juiz quando a decreta, obrigado retrotrair a falncia para a data do primeiro protesto e marcar um prazo at noventa dias que ele entenda que o falido estava falido. Por isso que tudo presuno. Ex: O juiz d a sentena hoje, vai no processo e verifica quando ocorreu o primeiro protesto. O 1 ocorreu dia 31/12/08. O juiz, na sentena tem que dizer o seguinte: O termo legal da falncia ocorre quarenta dias antes do 1 protesto. Ora se o protesto foi feito dia 31/12/08, volta-se pra trs quarenta dias. Sendo, portanto dia 21/11/08. Do dia execuo e a massa. - Esses atos valem para todos os efeitos, menos para o processo da falncia. Se por acaso a falncia no for decretada, vale. Se o devedor pagar todas as dividas, vale. - Se por acaso for doao ou renuncia de herana, o prazo maior: 2 anos. - Portanto, existem dois prazos: Um que chamado de termo judicial que o juiz fixa. O outro que chamado de termo legal, que esse de 2 anos. 21 at esta data, todos os atos praticados pelo falido de transferncia de bens e de gravar crditos, no produzem efeitos com relao a

- Havendo estes dados, no h necessidade de o juiz exigir uma ao de fraude a execuo ou de fraude chamada ao pauliana falencial para impor a ineficcia. Ex: se o juiz fixou dia 21 de novembro como a data que ele retroagiu para o efeito de tornar ineficaz os atos praticados e descritos no artigo 129, do dia 21 de novembro pra c, no h necessidade de ao porque a fraude chamada in r ipsa = fraude que no se discute. No h necessidade de provar o animus fraudandi. - Pode-se mover processo no caso de fraude contra credores. A sim o caso seria: No dia 22 de novembro o falido deu a uma senhora, que era credora quirografria teve seu crdito transformado de quirografrio para hipotecrio( ou seja teve direito a receber seu pagamento antes): se decretada a falncia, no vale. O juiz, com uma canetada s, torna essa transformao ineficaz. A senhora volta a ser credora quirografria porque violenta o principio vetor do direito falimentar que o da igualdade na falncia.Todos tm que ser iguais de acordo com seu crdito e no patamar do seu crdito.Portanto o quirografrio no pode ser agraciado com hipoteca, porque est violentando o outro credor quirografrio(no caso da hipoteca h a necessidade de ir ao cartrio de imveis para tornar ineficaz o registro da hipoteca). - Mas, se a hipoteca foi dada dia 18 de novembro( antes do prazo) tem que mover a ao pauliana, Tem que provar o animus decandi dano. - O prazo para o juiz fixar 90 dias, ou seja, no pode retroagir mais que 90 dias. - Pode considerar tambm a data da proposta da recuperao transformada em falncia. Ou da data que o esplio pleiteou a autofalncia, a da data da distribuio. - Se o juiz no fixar a data, cabe agravo: neste caso, o tribunal obrigado a fixar. E se por acaso no for aceito o agravo, cabe mandado de segurana(Para o Rezende tambm cabe liminar). - O desembargador relator no pode fixar o prazo. A lei deu esta competncia vinculativa ao juiz de 1 grau. O desembargador tem que, do provimento ao agravo, determinar imediatamente o magistrado de fixar o prazo. - Se mesmo assim o juiz no fixar, cabe reclamao para rgo especial do tribunal de justia e representao para o conselho superior da magistratura para o juiz ser punido. - No caso de o juiz transformar a falncia em recuperao, a doao, durante o prazo fixado, perfeita. - A ineficacia da falencia nao erga omnes e sim ad omnes, para a falencia apenas. - Se por acaso resolveu o problema da falencia, a doao perfeita e vale. - A lei diz: Se o juiz decratar a falencia, deve retrotrair os efeitos dela, do primeiro protesto, da distribuiao ou da data que foi proposta a aao. - Antes, na hiptese de do termo legal( quando a lei fixa o prazo) cabia ao de ineficcia parcial (os atos praticados naquele perodo no produzem efeitos na falncia). No caso do termo judicial cabia Ao Pauliana falncial. - Agora no h mais necessidade dessa ao, como no h necessidade da fraude a execuo(a fraude a execuo e a ineficcia parcial so idnticas, a pauliana que o animo de causar

falencial e a pauliana civil tem os mesmos pressupostos, so iguais): O problema que existe situar-se no processo. Se tem falncia, falencial, se no tem falncia, Pauliana civil, se tem falncia, ineficcia parcial, se no tem falncia (vender bens depois da penhora) s tem fraude execuo depois da execuo( neste caso o STJ exige a penhora). -O artigo 94 diz o seguinte: O empresrio no pode fazer liquidao precipitada de seu ativo. - Liquidao precipitada liquidar com o objetivo de fraudar. - Essa liquidao precipitada, embora no haja um relacionamento intimo doutrinrio, ela s existe se houver fraude. uma liquidao fraudulenta ou uma presuno de fraude. tambm lanar mo de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos. Ex: a) Se o contrato prev pagamento em espcie e a pessoa paga em dlar. b) Usa um outro meio que para a empresa, naquele momento, um meio que vai arruinar a empresa. Ou tira o meio do capital de giro. Ou faz financiamentos absurdos com juros altos para fazer pagamentos. Ou vai ao agiota e pega dinheiro a 20% para efetuar pagamentos. Todas essas hipteses so atos de falncia. Na hiptese b, negocio simulado. Art. 167 CC. um negocio aparentemente de uma forma mas na sua essncia, outro. Negocio simulado fazer o mutuo (emprstimo) e vincular a uma retro venda - simula-se uma compra e venda com retro venda e embutido na retro venda est o mutuo com juros altos. O negocio simulado e o negocio discimulado ensejam a falencia. (Obs1- Transferir estabelecimento a terceiro - Para fazer isso tem que ter o

consentimento de todos os credores. Se por acaso, os credores abrirem mo, pode. Ou se fizer uma novao de dividada com os credores e eles concordarem com a novaao, pode). (Obs2- Quando o credor ausenta-se sem deixar representante legal O juiz, na falncia, tem que nomear um curador). (Obs3:A ao pauliana consiste numa ao pessoal movida por credores com inteno de anular negcio jurdico feito por devedores insolventes com bens que seriam usados para pagamento da dvida numa ao de execuo. A ao pauliana pode ser ajuizada sem a necessidade de uma ao de execuo anterior. A ao pauliana movida contra todos os integrantes do ato fraudulento: - devedor insolvente - pessoa que com ele celebrou o negcio - terceiro adquirente que agiu de m-f).

As modalidades de atos falenciais caracterizadoras do estado de insolvncia do devedor so 7, descritas no inc III do art. 94.III pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperao judicial:

a) procede liquidao precipitada de seus ativos ou lana mo de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; b) realiza ou, por atos inequvocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negcio simulado ou alienao de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou no; c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou no, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; d) simula a transferncia de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislao ou a fiscalizao ou para prejudicar credor; e) d ou refora garantia a credor por dvida contrada anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraados suficientes para saldar seu passivo; f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domiclio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigao assumida no plano de recuperao judicial.

a) Se refere venda dos bens que compem o patrimnio da sociedade empresria ou do empresrio individual, sem pagamento dos credores ento existentes. Exemplo de liquidao preciptada a venda de mercadorias ou bens ativos a preo abaixo do custo. Meios ruinosos so os que consistem na prtica de negcios arriscados ou sujeitos exclusivamente sorte, bem como atos de liberalidade ou gastos excessivos e prodigalidade Ex: emprstimo a juros excessivos, alienao de mquinas ou instrumentos indispensveis ao exerccio do comrcio. Meios fraudulentos so artifcios de m-f, caracterizado por dolo ou engano malicioso, visando ocultao da verdade ou fuga do cumprimento do dever. Pressupe a inteno de causar prejuzo a 3 . Ex: oferecimento de garantia ao credor em detrimento do outro, simulao de negcio. f) Ausncia do empresrio ou de seu representante com poderes e recursos suficientes, o abono ou ocultao como situao indicativas de real estado de falncia. g) Pedido falimentar incidental a recuperao judicial deferida, quaisquer que sejam suas modalidades( ordinria, judicial especial ou extrajudicial)

F- DEFESA NA FALENCIA 1. Melhores defesas- So duas: a) Depsito elisivo

b) Apresentar recuperao judicial que no existia na lei antiga. O juiz obrigado a suspender o processo falimentar a recuperao em falncia. e mandar processar a recuperao. Se der certo, terminou a falncia, se der errado o juiz convoca

Art. 98. Citado, o devedor poder apresentar contestao no prazo de 10 (dez) dias. Pargrafo nico. Nos pedidos baseados nos incisos I e II do caput do art. 94 desta Lei, o devedor poder, no prazo da contestao, depositar o valor correspondente ao total do crdito, acrescido de correo monetria, juros e honorrios advocatcios, hiptese em que a falncia no ser decretada e, caso julgado procedente o pedido de falncia, o juiz ordenar o levantamento do valor pelo autor.- O depsito elisivo tem natureza jurdica eminentemente processual, porque garante ao devedor a impossibilidade de quebrar e figura como pressuposto negativo da sentena. Por que feito o depsito elisivo, de acordo com o Art. 98 pargrafo nico da Lei, que a repetio da sumula 29 do STJ, o juiz esta proibido de decretar a falncia. Se por acaso o juiz mesmo assim decretar a falncia, na tica do Rezende, cabe at mandado de segurana contra ele porque o MS o veiculo mais rpido que o credor tem por ser muito forte o dano falimentar. - Mas o recurso cabvel o Agravo e tem liminar tambm que pode ser proposto perante o relator e o relator, se no conceder a liminar, a sim, possvel at, mover-se a ao de Mandado de segurana contra o relator. - O depsito elisivo muda o ambiente processual. Pelo seguinte: feito o depsito elisivo, e se a defesa apresentar uma exceo de dolo, o juiz aprecia em conjunto a petio inicial e a defesa como se fosse reconveno. E se por acaso, o juiz entender que improcedente o pedido e procedente a exceo de dolo, ele condena o autor a pagar ao ru o dolo, e o Rezende entende que a ao de cognio para apurar se cabe falncia ou no, transforma-se em ao de cobrana porque no tem outro tipo de demanda a ser titulada a. - Ento se transforma a ao. Como o juiz julgou procedente a defesa e improcedente o pedido, h uma transformao, h um processo sincrtico e a execuo do dolo e dos honorrios, custas, se faz no prprio processo de cognio do pedido de falncia. - Se por acaso ocorrer o depsito e se o ru perder na argumentao jurdica, o juiz julga procedente o pedido sem poder declarar a falncia. Isso porque o ru no tem razo, ento, veja como transforma tambm em ao de cobrana. O que ocorre que o juiz obrigado a transformar o depsito em pagamento, s a que transforma, na sentena final. -A ele transforma o depsito em pagamento, o autor levanta o depsito, exatamente com custa, juros e honorrios (10% do valor da ao principal) e o juiz extingue o processo. Nesse caso no h execuo porque o autor levanta o dinheiro

e como ele se paga, o juiz no tem o que fazer se no extinguir o processo, e no h a execuo. - Pode ocorrer tambm que, o ru deposita e se torna revel porque no apresenta defesa. Ento o juiz julga procedente a ao, estabelece a revelia e manda o autor levantar o depsito e extingue o processo. S que ocorre o seguinte: Na falncia o juiz tem que tomar o cuidado porque a revelia no automtica. O STJ em vrios casos reformou deciso de juiz de 1 grau, que acatou a revelia sem que a inicial tivesse substrato para a procedncia da ao. Porque a, com a revelia, o julgamento antecipado. - A revelia no induz a procedncia. H necessidade de viabilidade do pedido para se decretar a revelia. E h uma circunstncia importante que a processual: o juiz, a principio, no pode apreciar matria de exceo se no for alegado pelo ru. Mas aqui como tem a exceo( que na verdade no exceo e sim objeo) e ele pode. - O juiz pode apreciar de oficio, sem o ru provocar, a coisa julgada, a litispendncia. E agora pela lei nova, a prescrio que era matria de exceo, se tornou, pela ltima lei, objeo. Porque a ltima lei, que o artigo 219 do CPC, foi clara ao dizer que no h necessidade de o ru apresentar exceo de prescrio para decretar a prescrio. O juiz pode, de oficio, decretar a prescrio. A prescrio, portanto, tornou-se matria de direito indisponvel porque a prescrio tornou-se, com a lei nova, praticamente uma decadncia (para efeitos processuais apenas). - Alguns autores e alguma jurisprudncia (na viso do Rezende est incorreta) tm dito que algumas matrias, se o ru no apresentar exceo, o juiz no pode apreciar. - A lei processual no fala nada e esta matria em que o juiz aprecia ou no a prescrio, matria estritamente processual. - A lei processual matria de ordem pblica e a lei publica. O processo dirigido pelo juiz e se ele diz que a prescrio virou decadncia para efeitos processuais, acabou. O juiz pode apreciar. - A jurisprudncia pelo STJ assinalou que para que o juiz acolha o pedido e decretar a revelia, h necessidade de o pedido estar enquadrado como pedido possvel e vivel. Se no, o juiz estar decidindo contra a lei. - O artigo 96 que fala sobre a defesa, apresenta vrios tipos de defesa. Essas defesas no so enumerativas como, por exemplo, na ao de consignao e pagamento, que enumerativa, onde voc s pode defender diante daqueles fatos, chamado de secundum eventum lites. - No art. 96, no: a defesa exemplificativa porque a lei de falncia resolveu dizer que as defesas mais comuns so essas. Mas no direito obrigacional, que o caso aqui, temos vrios tipos de defesa. Portanto As defesas do artigo 96 no so enumerativas, mas sim, exemplificativas.

Art. 96. A falncia requerida com base no art. 94, inciso I do caput, desta Lei, no ser decretada se o requerido provar: I falsidade de ttulo;

II prescrio; III nulidade de obrigao ou de ttulo; IV pagamento da dvida; V qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigao ou no legitime a cobrana de ttulo; VI vcio em protesto ou em seu instrumento; VII apresentao de pedido de recuperao judicial no prazo da contestao, observados os requisitos do art. 51 desta Lei; VIII cessao das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos antes do pedido de falncia, comprovada por documento hbil do Registro Pblico de Empresas, o qual no prevalecer contra prova de exerccio posterior ao ato registrado. 1o No ser decretada a falncia de sociedade annima aps liquidado e partilhado seu ativo nem do esplio aps 1 (um) ano da morte do devedor. 2o As defesas previstas nos incisos I a VI do caput deste artigo no obstam a decretao de falncia se, ao final, restarem obrigaes no atingidas pelas defesas em montante que supere o limite previsto naquele dispositivo.- Defesas: I- Falsidade do titulo a falsidade aqui, material ou ideolgica, as duas falsidades esto alternadas deste inciso I. Porem h diferena entre as duas. Uma falsidade documental e resolve-se pela percia, a outra falsidade de pensamento, ideolgica (criar no documento uma manifestao de vontade que jamais existiu). - A falsidade material que geralmente acontece do titulo. Adulterao ou alterao do titulo. - Mas as vezes, essa falsidade material tambm ideolgica, existem a as duas, a material e a ideolgica. - Rezende conta um caso do fazendeiro analfabeto que deu um cheque em branco para o sobrinho preencher e ao invs de colocar $3000, colocou $300.000.Neste caso a falsidade material porque o titulo seria de $3000 e foi colocado $300.000. Mas o Rezende quando deu a deciso desse caso achou que era mais ideolgica do que material porque quem estabeleceu os valores foi o prprio beneficirio. - Falsidade material existe mesmo quando h alterao. Duplicata fria, por exemplo, no falsidade material e ideolgica. II- Prescrio o juiz pode, de oficio, apreciar a prescrio. A prescrio dos ttulos diferente porque os prazos prescricionais em alguns ttulos so muito curtos. Ex: cheque que prescreve em sete meses. Quer dizer que, se passar oito meses, e props a falncia, est prescrito. O juiz pode apreciar de oficio. Se o ru se tornar

revel, tambm pode o juiz apreciar de oficio. A prescrio , portanto, bem reduzida. - Na lei anterior tinha tambm a figura da decadncia (hoje no mais) e ningum nunca conseguiu fazer a distino entre prescrio e decadncia. Isso porque a lei sempre foi dbia. - Temos que ver prescrio ou decadncia de acordo com as aes: Toda ao condenatria uma ao prescricional e toda ao constitutiva uma ao decadencial e todas as aes declaratrias so imprescritveis. uma regra genrica, talvez em um ou outro caso no d para aplicar, mas em 90% dos casos sim. Ex: Direito de famlia decadncia porque constituio do direito. Casamento constitui e divorcio desconstitui. - O Novo Cdigo Civil tm, item por item, as hipteses de prescrio. Quando houver dvida s olhar no cdigo. - Ao monitoria titulo judicial. Desde que seja julgada procedente a monitoria, protesta e pede falncia (o ru tem que ser empresrio). III- Nulidade de obrigao ou de ttulo Essa nulidade ligada com fraude ou simulao (art. 169, CC). A nulidade no do titulo, mas da obrigao. - O titulo nulo ou deficiente. H necessidade de verificar no titulo de crdito o principio bsico. - Titulo de crdito nem sempre nulo com a emisso. Para que ocorra a nulidade absoluta do titulo de crdito, tem que ser nula as emisses e nulos os avais. Ou nascer falso. - O titulo de crdito nulo nas seguintes hipteses: Hipnose, emitido por algum completamente doido. nulo quando h coao fsica. nulo com relao aquele que emitiu o titulo, mas no nulo com relao aos outros. Se for coao moral, o titulo valido. - A nulidade do titulo ocorre quando ele confeccionado nulo. Como o caso do fazendeiro. E naquele caso se o sobrinho endossasse com terceiro e o terceiro propusesse ao e provasse que pagou para o sobrinho, o tio teria perdido a fazenda porque o endossante era terceiro de boa-f. IV- Pagamento da dvida VI- Vcio em protesto ou em seu instrumento Tem muito protesto nulo pelo falso. Quando isso ocorre? Ex: fulano adquire determinado bem, no sabe, expede a duplicata, o titulo vai pra protesto, o rapaz do protesto diz que intimou mas na verdade no intimou. nulo falsidade ideolgica/ Vicio do protesto. Outro exemplo protestar sentena ilquida, nulo! A sentena tem quer ser liquida.

VIII- Cessao das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos antes do pedido de falncia, comprovada por documento hbil do Registro Pblico de Empresas, o qual no prevalecer contra prova de exerccio posterior ao ato registrado.Tomar cuidado com esse Inciso! - Na lei anterior, nas sociedades de responsabilidade ilimitada, o ru nunca foi para falncia. Ele sofria os efeitos da falncia. Quando o juiz decretava a falncia da empresa, o sindico era obrigado a arrecadar os bens da empresa e tambm de cada devedor solidrio. - Na nova lei acontece o seguinte: Vai pra falncia tambm por responsabilidade solidria. - Vai pra falncia tambm nas sociedades de responsabilidade solidria quando o solidrio no paga o titulo no prazo legal. - Vai pra falncia tanto a empresa quanto o solidrio. Nesse inciso VIII diz o seguinte: O solidrio no vai pra falncia quando ele deixa a sociedade e fica por dois anos fora dela. Nesse espao de tempo at dois anos, o solidrio responsvel. E se a empresa tambm cessou as atividades a mais de dois anos tambm no tem falncia. Mas essa cessao, tem que ser registrada na junta comercial. - A cessao que ocorre normalmente aqui a DE FATO aonde vai todo mundo para falncia. - No o scio de toda sociedade que vai para falncia. Na sociedade limitada e S/A, o scio est fora porque no tem responsabilidade solidria e sim limitada. - Vai pra falncia o scio da sociedade irregular, conta de participao, sociedade em comandita (scio comanditado e no o comanditrio) e tambm na sociedade comandita por aes. - Sociedade annima no vai pra falncia na hiptese de ser dissolvida, liquidada e partilhado o ativo. Justifica-se a eliso da falncia, pois a sociedade annima

caracteriza-se como uma sociedade exclusivamente de capital, de modo que, uma vez liquidado e partilhado seu ativo, no haver mais ativo a ser atingido por uma eventual falncia.- O esplio aps um ano da morte do devedor. O prazo decadencial. Morreu, passou um ano, acabou. Nesta hiptese, entendeu por bem o legislador, inclu-

la no rol das hipteses elisivas, dando a entender que o decurso do tempo entre o falecimento do devedor empresrio e o pedido de falncia faria desaparecer a natureza empresarial que anteriormente justificava a submisso do devedor e seu patrimnio ao regime falimentar.- Mas aberto o inventario e tendo empresa, o juiz suspende o inventario para apurar o que tem na empresa para partilhar o ativo. Se os herdeiros tocarem a empresa pra frente e se por acaso passou um ano, vai pra falncia tambm. - Aqui nesse caso, s se aplica, na tica do Rezende, se: fulano morreu, empresrio individual e no tem inventario e ningum toca o negocio, passou um ano, acabou. O prazo decadencial. Mas se for aberto o inventario, o juiz do inventario, quando tem empresa, ele tem que suspender os efeitos do prprio

inventario para apurar o ativo e o passivo da empresa, e os herdeiros tocam a empresa, ento no tem esse prazo.

outras defesas que podem ser alegadas e que no esto elencadas no art. 96: O devedor no empresrio; A obrigao no lquida; A dvida no est vencida; O ttulo no foi protestado, logo, no h impontualidade; Etc