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A Nossa introdução no seio Santís- sima Trindade por Maria é o tema da nossa reflexão precisamente porque a reunião da Regia no mês de maio acontece na véspera da Solenidade da Santíssima Trindade. Os Santos insistem na necessidade de não confundir, em Deus, as pessoas Di- vinas e a dedicar a cada uma delas a atenção que lhe é devida. Nós podemos pedir esta graça a Maria, nossa Mãe, pois a Ela, pela primeira vez, foi revelado este grande mistério. A quando da Anunciação, o Anjo disse-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre Ti e a força do Altíssimo Te cobrirá com a sua sombra. Por isso, o Santo que nascerá de Ti será chamado Filho de Deus». Maria é a Filha do Pai Eterno, a primeira das criaturas, a mais próxima de Deus. Deus comunicou-lhe a sua fecundidade para que ela pudesse gerar os filhos de Deus. Maria é a Mãe do Filho de Deus. É-nos fácil evocar os laços de união do filho com sua mãe. Mas, no caso presente, a união das almas ocupa o primeiro lugar. Quando Maria e Jesus se separaram corporalmente um do outro, a sua união não se quebrou. No momento em que Jesus se consumou a sua missão BOLETIM (IN)FORMATIVO - N.º 195 - ANO XVII - MAIO DE 2018 C O N T A C T O S Legião de Maria – Dioceses de Bafatá, Bissau, Mindelo e de Santiago de Cabo Verde — Regia Nossa Senhora da Graça — Cidade da Praia — Caixa Postal nº 113 Tels: Diretor Espiritual - (00238) 9927702/9188623, Presidente - 9923745/9286438/2633819/2612145/4150 • e-mail: [email protected] SAIBA MAIS SOBRE A LEGIÃO DE MARIA NO MUNDO ATRAVÉS DE: https://legiaodemariacaboverde.wordpress.com/ www.legionofmary.ie www.legiaodemaria.com.br 4 A LEGIÃO EM CABO VERDE EU SOU TODO VOSSO, Ó MINHA RAINHA E MINHA MÃE, E TUDO QUANTO TENHO VOS PERTENCE de Redentor quis associar a Si, do modo mais íntimo, sua Mãe, e fê-la Co-Redentora dos homens. Maria é o Templo do Espírito Santo; mais que isso, é sua esposa. Foi por seu intermédio que o Divino Espírito produziu a sua obra-prima que é Deus feito Homem. Por ela, ainda, o mesmo Espírito gera os membros do Corpo Místico; por ela, finalmente, Ele distribui todas as graças. Quando ela age, é o Espírito Santo que age com Ela; se rejeitamos a intervenção de Maria, recusamos também a intervenção do Espírito Santo. No Céu, com Maria, gozaremos da Vida Bem-aventurada da Santíssima Trindade. No batismo, porém, já recebemos a semente dessa vida. Maria ensinar-nos-á a viver, como ela, dessa vida e ajudar-nos-á a desenvolvê-la cada vez mais. Com Maria, rezamos a grande oração dos filhos de Deus – Pai Nosso. Permane- çamos alegremente nas coisas do nosso Pai para a Ele reconduzirmos todos os filhos pródigos. Vivamos com o Filho que nos envia a anunciar a todos os homens a Boa Nova da Salvação. Enchamo-nos da força e do amor que o Espírito Santo nos comunica, a fim de renovarmos com Ele o coração dos homens e a face da terra. MARIA INTRODUZ OS SEUS FILHOS NO SEIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE Mensagem do Diretor Espiritual da Regia – maio 2018 Com mais de 80% de presença dos seus membros, a Regia realizou mais uma reunião ordinária, no dia 28 de abril, dedicado a São Luís Maria de Grignion de Montfort. Depois das orações iniciais, terço e leitura espiritual, pelo Presidente, o irmão Luís Vicente Correia Santos, assumindo as funções do secretário, eleito na reunião passado, leu a ata que foi aprovada por todos. Após as boas vindas e novas nomeações, resumiu-se as correspondências do Concilium Legionis, do Senatus Nossa Senhora Aparecida de São Paulo, Brasil; do Senatus de Recife - Pernambuco, Brasil; dos Legionários Ca- bo-Verdianos em Holanda; e dos Legionários Cabo-Verdianos nos Estados Unidos, que se encontram detalhadamente no Blog: https://legiaodemariacaboverde.wordpress.com. Após as apresentações dos relatórios de praesidium, curiae e comitia, os presentes, fazendo análise, consideraram tudo muito importante por causa dos excelentes trabalhos reali- zados. Destacaram os contatos de rua, visitas às famílias, convites à Missa, catequese às crianças, trabalhos juntos dos jovens e dos idosos doentes e solitários, que são considerados bibliotecas vivas no meio de nós e precisam de muita atenção da nossa parte. Louvaram a boa participação nas reuniões pelo Praesidium Nossa Senhora do Carmo, também visitas a hospitais de doentes mentais e centros de recuperação dos toxicodependentes, as jornadas apostólicas, indo ao encontro dos nossos irmãos, a reconciliação de casais separados e das famílias em conflitos. Apelaram mais visitas para mudança de vida e convite à confissão, levando as pessoas a viverem melhor os sacramentos. O Presidente da Regia fechando as intervenções, agradeceu a todos que deram a sua opinião para tornar mais rico esse ponto da reunião. Voltou a falar em pormenor sobre os pontos que constituem um relatório e que em todas as reuniões ordinárias dos legionários ativos tem relatório de base. Não havendo relatório a reunião não está bem. Disse que numa reunião de um praesidium temos rela- tórios dos trabalhos dos membros, nas reuniões ordinárias de qualquer conselho legionário temos sempre, pelo menos, um relatório de um praesidium que é sobre os trabalhos realizados pelos membros ativos, ou seja, que tinha sido apresentado nas reuniões do praesidium. Falou também sobre o número de vezes na execução dos trabalhos, dizendo que se dois legionários foram fazer um terço na casa de uma família e no mesmo terço participaram outros dois legionários do mesmo praesidium, não devemos contar mais de um terço. Também, quando um, dois, ou três pares de legionários do mesmo prae- sidium orientaram e animaram uma via-sacra, no relatório só deve constar uma via-sacra participada por seis membros do mesmo praesidium e não seis via-sacra. Que no relatório não é só dizer quantas vezes, mas é mais importante explicar como foi feito um trabalho e serve para ensinar os outros a fazerem o mesmo e também para permitir correções e sugestões para melhorar. É nesse sentido e com esse objetivo que fazemos análise dos relatórios apresentados, trocando experiências, ultrapassando as dificuldades. Apelou que devemos insistir nas visitas às pessoas para mudança de vida, sem obriga- -las a se casarem, falar da importância dos sacramentos, a necessidade de estarmos em comunhão com Deus. Missa é um sacramento, mas quando é completa e não uma parte, assim como o batismo não é uma parte, tem que ser completo. Muitas pessoas pensam que foram à missa, mas não lembram que foi apenas uma parte da missa e assim não é sacramento. Precisamos ver com as pessoas esses pormenores e assim aos poucos vão mudando a sua vida. Portanto mudança de vida não para as pessoas se casarem, mas para se sacramen- tarem, ou seja, confessar e comungar. Todo o nosso trabalho de mudança de vida, deve ser sempre como fazer para que as pessoas passem a ir à missa, confessem e comungam o Corpo e Sangue de Cristo. Chegando nas pessoas, devemos dizer que também nós somos pecadores, caímos, levanta- mos, confessamos e continuamos em Igreja. Todos devem confessar porque é uma doença de todos. Existem doenças que têm cura, mas existem que não têm. Às vezes o remédio não nos cura, mas alivia a nossa dor. Então vamos confessar mesmo que é só para aliviar a nossa dor. Podemos não ficar totalmente curados porque não foram absolvidos os nossos pecados, mas pelo menos ficamos um pouco aliviados da nossa dor. Concluindo, falando um pouco dos diversos tipos de terços existentes e juntamente com o irmão Domingos, apelaram que rezemos apenas o terço e não todas as orações que conhecemos de uma só vez e também a acabar com as repetições, sem conta, de um Pai Nosso e uma Ave Maria pela mesma intenção. Ainda nas ladainhas deixar de dizer rogai por nós e por ele ou ela, porque quando respondemos, rogai por nós, toda a Igreja já está incluída. RESUMO DA REUNIÃO DA REGIA DE ABRIL 2018 Continuação da página 4 OS LEGIONÁRIOS SANTIFICAM-SE NA REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS SEMANAIS APÓS AS SUAS ORAÇÕES DIÁRIAS Alocução do Presidente na reunião da Regia do mês de abril de 2018 OS LEGIONÁRIOS SANTIFICAM-SE NA REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS SEMANAIS APÓS AS SUAS ORAÇÕES DIÁRIAS Alocução do Presidente na reunião da Regia do mês de abril de 2018 Continuação da página 3 e a outra pessoa fica com fome a espera do pão nosso de cada dia. Há quem considere que Deus não lhe deu o pão nosso de cada dia. Mas não é verdade. Devemos ficar conscientes de que alguém ficou com o nosso pão de cada dia. Nunca devemos acusar a Deus, pensando que Ele não nos deu o pão nosso de cada dia, mas que alguém ficou com ele. Se não sabemos quem é, paciência, mas se sabemos devemos chamar atenção, dizendo que nós ficamos com fome e que ele fica mal, vai ter que prestar contas Deus do que deveria fazer e não fez. Nunca acusar Deus. Muitos legionários são enviados a fazer um trabalho simples, mas acham tão simples que não o fazem e realizam outro trabalho que achar melhor e que até pode ser mais difícil. Só que, em consequência, alguém vai ficar sem o seu pão nosso de cada dia, porque precisava apenas daquela coisinha simples para ficar saciado. O manual diz que não é bom ter legionários que fazem tudo menos o que é enviado a fazer. Mas também diz que não devemos privar os membros de fazer trabalho. Os legionários estão sempre de serviço, devem fazer tudo, mas quando dá relatório, primeiro dá sobre o que foi enviado e depois apresenta os outros não enviados. Se foram aceites como trabalho legionário, o Praesidium organiza para que esse trabalho seja continuado, porque já não é daquele legionário, mas do Praesidium. Quando um membro trazer um trabalho para o Praesidium que começou a fazer ou que é para ser feito, não significa que tem que ser ele mesmo a fazer ou continuar aquele trabalho. É o Praesidium que manda, o presidente vai, reza e o Espírito Santo e Nossa Senhora o prepa- ra para fazer o envio. Este envio é o mesmo que Jesus fez aos seus setenta e dois discípulos. Não existindo esta simbologia do envio, o trabalho não é de Deus, mas sim nosso. Então quando o legionário é enviado deve ter em conta que como Cristo enviou ele também está sendo enviado e que depois deve trazer relató- rio, o que dizem as pessoas do Filho do Homem, porque fomos falar de Jesus. Cada trabalho legionário tem que ser substancial, concreto, determinado. O que vamos fazer, porque é que vamos fazer, apesar de não alcançarmos nenhum resultado, mas, estamos convictos das razões que nos levam ao apostolado. Isto é muito importante. É desta forma que o Praesidium controla o trabalho. Não é necessário ter Legião nos lugares que não querem fazer o apostolado. É através das nossas obras que glorifiquemos a Deus. A Legião é para a glorificação de Deus por meio da santificação dos seus membros e os legionários santificam-se na realização dos trabalhos semanais após as suas orações diárias. Na cami- nhada de vivência pascal, escolhemos esta leitura com o objetivo de juntamente com a mensagem do Diretor Espiritual publicado no Boletim da Legião Salve Maria deste mês, prepararmos melhor para que ninguém fique sem o seu pão nosso de cada dia. Seja louvado o Nosso Senhor Jesus Cristo. Continua na página 1

RESUMO DA REUNIÃO DA REGIA DE ABRIL 2018 fileinsistem na necessidade de não confundir, em Deus, as pessoas Di-vinas e a dedicar a cada uma delas a atenção que lhe é devida. Nós

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Page 1: RESUMO DA REUNIÃO DA REGIA DE ABRIL 2018 fileinsistem na necessidade de não confundir, em Deus, as pessoas Di-vinas e a dedicar a cada uma delas a atenção que lhe é devida. Nós

A Nossa introdução no seio Santís-sima Trindade por Maria é o tema da nossa reflexão precisamente porque a reunião da Regia no mês de maio acontece na véspera da Solenidade da Santíssima Trindade. Os Santos insistem na necessidade de não confundir, em Deus, as pessoas Di-vinas e a dedicar a cada uma delas a atenção que lhe é devida. Nós podemos pedir esta graça a Maria,

nossa Mãe, pois a Ela, pela primeira vez, foi revelado este grande mistério. A quando da Anunciação, o Anjo disse-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre Ti e a força do Altíssimo Te cobrirá com a sua sombra. Por isso, o Santo que nascerá de Ti será chamado Filho de Deus». Maria é a Filha do Pai Eterno, a primeira das criaturas, a mais próxima de Deus. Deus comunicou-lhe a sua fecundidade para que ela pudesse gerar os filhos de Deus. Maria é a Mãe do Filho de Deus. É-nos fácil evocar os laços de união do filho com sua mãe. Mas, no caso presente, a união das almas ocupa o primeiro lugar. Quando Maria e Jesus se separaram corporalmente um do outro, a sua união não se quebrou. No momento em que Jesus se consumou a sua missão

BOLETIM (IN)FORMATIVO - N.º 195 - ANO XVII - MAIO DE 2018

C O N T A C T O SLegião de Maria – Dioceses de Bafatá, Bissau, Mindelo e de Santiago de Cabo Verde — Regia Nossa Senhora da Graça — Cidade da Praia — Caixa Postal nº 113

Tels: Diretor Espiritual - (00238) 9927702/9188623, Presidente - 9923745/9286438/2633819/2612145/4150 • e-mail: [email protected] MAIS SOBRE A LEGIÃO DE MARIA NO MUNDO ATRAVÉS DE: https://legiaodemariacaboverde.wordpress.com/ • www.legionofmary.ie • www.legiaodemaria.com.br

4 A LEGIÃO EM CABO VERDE

EU SOU TODO VOSSO, Ó MINHA RAINHA E MINHA MÃE, E TUDO QUANTO TENHO VOS PERTENCE

de Redentor quis associar a Si, do modo mais íntimo, sua Mãe, e fê-la Co-Redentora dos homens.

Maria é o Templo do Espírito Santo; mais que isso, é sua esposa. Foi por seu intermédio que o Divino Espírito produziu a sua obra-prima que é Deus feito Homem. Por ela, ainda, o mesmo Espírito gera os membros do Corpo Místico; por ela, finalmente, Ele distribui todas as graças. Quando ela age, é o Espírito Santo que age com Ela; se rejeitamos a intervenção de Maria, recusamos também a intervenção do Espírito Santo. No Céu, com Maria, gozaremos da Vida Bem-aventurada da Santíssima Trindade. No batismo, porém, já recebemos a semente dessa vida. Maria ensinar-nos-á a viver, como ela, dessa vida e ajudar-nos-á a

desenvolvê-la cada vez mais.Com Maria, rezamos a grande oração

dos filhos de Deus – Pai Nosso. Permane-çamos alegremente nas coisas do nosso Pai para a Ele reconduzirmos todos os filhos pródigos. Vivamos com o Filho que nos envia a anunciar a todos os homens a Boa Nova da Salvação. Enchamo-nos da força e do amor que o Espírito Santo nos comunica, a fim de renovarmos com Ele o coração dos homens e a face da terra.

MARIA INTRODUZ OS SEUS FILHOSNO SEIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

Mensagem do Diretor Espiritual da Regia – maio 2018

Com mais de 80% de presença dos seus membros, a Regia realizou mais uma reunião ordinária, no dia 28 de abril, dedicado a São Luís Maria de Grignion de Montfort. Depois das orações iniciais, terço e leitura espiritual, pelo Presidente, o irmão Luís Vicente Correia Santos, assumindo as funções do secretário, eleito na reunião passado, leu a ata que foi aprovada por todos. Após as boas vindas e novas nomeações, resumiu-se as correspondências do Concilium Legionis, do Senatus Nossa Senhora Aparecida de São Paulo, Brasil; do Senatus de Recife - Pernambuco, Brasil; dos Legionários Ca-bo-Verdianos em Holanda; e dos Legionários Cabo-Verdianos nos Estados Unidos, que se encontram detalhadamente no Blog: https://legiaodemariacaboverde.wordpress.com. Após as apresentações dos relatórios de praesidium, curiae e comitia, os presentes, fazendo análise, consideraram tudo muito importante por causa dos excelentes trabalhos reali-zados. Destacaram os contatos de rua, visitas às famílias, convites à Missa, catequese às crianças, trabalhos juntos dos jovens e dos idosos doentes e solitários, que são considerados bibliotecas vivas no meio de nós e precisam de muita atenção da nossa parte. Louvaram a boa participação nas reuniões pelo Praesidium Nossa Senhora do Carmo, também visitas a hospitais de doentes mentais e centros de recuperação dos toxicodependentes, as jornadas apostólicas, indo ao encontro dos nossos irmãos, a reconciliação de casais separados e das famílias em conflitos. Apelaram mais visitas para mudança de vida e convite à confissão, levando as pessoas a viverem melhor os sacramentos. O Presidente da Regia fechando as intervenções, agradeceu a todos que deram a sua opinião para tornar mais rico esse ponto da reunião. Voltou a falar em pormenor sobre os pontos que constituem um relatório e que em todas as reuniões ordinárias dos legionários ativos tem relatório de base. Não havendo relatório a reunião não está bem. Disse que numa reunião de um praesidium temos rela-tórios dos trabalhos dos membros, nas reuniões ordinárias de qualquer conselho legionário temos sempre, pelo menos, um relatório de um praesidium que é sobre os trabalhos realizados pelos membros ativos, ou seja, que tinha sido apresentado nas reuniões do praesidium. Falou também sobre o número de vezes na execução dos trabalhos, dizendo que se dois legionários foram fazer um terço na casa de uma família e no

mesmo terço participaram outros dois legionários do mesmo praesidium, não devemos contar mais de um terço. Também, quando um, dois, ou três pares de legionários do mesmo prae-sidium orientaram e animaram uma via-sacra, no relatório só deve constar uma via-sacra participada por seis membros do mesmo praesidium e não seis via-sacra. Que no relatório não é só dizer quantas vezes, mas é mais importante explicar como foi feito um trabalho e serve para ensinar os outros a fazerem o mesmo e também para permitir correções e sugestões para melhorar. É nesse sentido e com esse objetivo que fazemos análise dos relatórios apresentados, trocando experiências, ultrapassando as dificuldades. Apelou que devemos insistir nas visitas às pessoas para mudança de vida, sem obriga--las a se casarem, falar da importância dos sacramentos, a necessidade de estarmos em comunhão com Deus. Missa é um sacramento, mas quando é completa e não uma parte, assim como o batismo não é uma parte, tem que ser completo. Muitas pessoas pensam que foram à missa, mas não lembram que foi apenas uma parte da missa e assim não é sacramento. Precisamos ver com as pessoas esses pormenores e assim aos poucos vão mudando a sua vida. Portanto mudança de vida não para as pessoas se casarem, mas para se sacramen-tarem, ou seja, confessar e comungar. Todo o nosso trabalho de mudança de vida, deve ser sempre como fazer para que as pessoas passem a ir à missa, confessem e comungam o Corpo e Sangue de Cristo. Chegando nas pessoas, devemos dizer que também nós somos pecadores, caímos, levanta-mos, confessamos e continuamos em Igreja. Todos devem confessar porque é uma doença de todos. Existem doenças que têm cura, mas existem que não têm. Às vezes o remédio não nos cura, mas alivia a nossa dor. Então vamos confessar mesmo que é só para aliviar a nossa dor. Podemos não ficar totalmente curados porque não foram absolvidos os nossos pecados, mas pelo menos ficamos um pouco aliviados da nossa dor. Concluindo, falando um pouco dos diversos tipos de terços existentes e juntamente com o irmão Domingos, apelaram que rezemos apenas o terço e não todas as orações que conhecemos de uma só vez e também a acabar com as repetições, sem conta, de um Pai Nosso e uma Ave Maria pela mesma intenção. Ainda nas ladainhas deixar de dizer rogai por nós e por ele ou ela, porque quando respondemos, rogai por nós, toda a Igreja já está incluída.

RESUMO DA REUNIÃO DA REGIA DE ABRIL 2018

Continuação da página 4

OS LEGIONáRIOS SANTIFIcAM-SE NA REALIZAçÃODOS TRABALHOS SEMANAIS ApóS AS SUAS ORAçõES DIáRIAS

Alocução do Presidente na reunião da Regia do mês de abril de 2018

OS LEGIONáRIOS SANTIFIcAM-SE NA REALIZAçÃODOS TRABALHOS SEMANAIS ApóS AS SUAS ORAçõES DIáRIAS

Alocução do Presidente na reunião da Regia do mês de abril de 2018Continuação da página 3e a outra pessoa fica com fome a espera do pão nosso de cada dia. Há quem considere que Deus não lhe deu o pão nosso de cada dia. Mas não é verdade. Devemos ficar conscientes de que alguém ficou com o nosso pão de cada dia. Nunca devemos acusar a Deus, pensando que Ele não nos deu o pão nosso de cada dia, mas que alguém ficou com ele. Se não sabemos quem é, paciência, mas se sabemos devemos chamar atenção, dizendo que nós ficamos com fome e que ele fica mal, vai ter que prestar contas Deus do que deveria fazer e não fez. Nunca acusar Deus. Muitos legionários são enviados a fazer um trabalho simples, mas acham tão simples que não o fazem e realizam outro trabalho que achar melhor e que até pode ser mais difícil. Só que, em consequência, alguém vai

ficar sem o seu pão nosso de cada dia, porque precisava apenas daquela coisinha simples para ficar saciado. O manual diz que não é bom ter legionários que fazem tudo menos o que é enviado a fazer. Mas também diz que não devemos privar os membros de fazer trabalho. Os legionários estão sempre de serviço, devem fazer tudo, mas quando dá relatório, primeiro dá sobre o que foi enviado e depois apresenta os outros não enviados. Se foram aceites como trabalho legionário, o Praesidium organiza para que esse trabalho seja continuado, porque já não é daquele legionário, mas do Praesidium. Quando um membro trazer um trabalho para o Praesidium que começou a fazer ou que é para ser feito, não significa que tem que ser ele mesmo a fazer ou continuar aquele trabalho. É o Praesidium que manda, o

presidente vai, reza e o Espírito Santo e Nossa Senhora o prepa-ra para fazer o envio. Este envio é o mesmo que Jesus fez aos seus setenta e dois discípulos. Não existindo esta simbologia do envio, o trabalho não é de Deus, mas sim nosso. Então quando o legionário é enviado deve ter em conta que como Cristo enviou ele também está sendo enviado e que depois deve trazer relató-rio, o que dizem as pessoas do Filho do Homem, porque fomos falar de Jesus. Cada trabalho legionário tem que ser substancial, concreto, determinado. O que vamos fazer, porque é que vamos fazer, apesar de não alcançarmos nenhum resultado, mas, estamos

convictos das razões que nos levam ao apostolado. Isto é muito importante. É desta forma que o Praesidium controla o trabalho. Não é necessário ter Legião nos lugares que não querem fazer o apostolado. É através das nossas obras que glorifiquemos a Deus. A Legião é para a glorificação de Deus por meio da santificação dos seus membros e os legionários santificam-se na realização dos trabalhos semanais após as suas orações diárias. Na cami-nhada de vivência pascal, escolhemos esta leitura com o objetivo de juntamente com a mensagem do Diretor Espiritual publicado no Boletim da Legião Salve Maria deste mês, prepararmos melhor para que ninguém fique sem o seu pão nosso de cada dia. Seja

louvado o Nosso Senhor Jesus Cristo.Continua na página 1

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QUEM É ESTA QUE AVANÇA COMO A AURORA, FORMOSA COMO A LUA, BRILHANTE COMO O SOL, TERRÍVEL COMO UM EXÉRCITO EM ORDEM DE BATALHA?

O Manual nos diz: ‘Os Diretores e Presidentes Espirituais esforçar-se-ão por aumentar sua filiação pretoriana, mas devem também manter contato com os membros existentes, para que não se cansem em seu compromisso cavalheires-co.’ É neste contexto que gostaria de oferecer uma reflexão sobre o Ofício Divino.

Em primeiro lugar, Frank Duff, nosso fundador, nunca recomendou nada no Manual que ele próprio não tivesse vivido, considerado e rezado profundamente. Assim, o Ofí-cio Divino desempenhou um papel muito significativo em sua vida interior. Pe. Mi-chael Brown SJ ensinou Frank a rezar o Ofício em 1917, aos 28 anos, começou a orar. No começo, ele achou muito cansati-vo e desistiu por alguns dias, mas depois recomeçou e continuou orando pelo resto de sua vida. Perto do fim de sua vida, ele pôde dizer: “Desde que comecei a falar em 1917, o Ofício nunca perdeu uma linha”. Naquela época, o Ofício estava em latim e consideravelmente mais tempo do que é agora! Para Frank, o Ofício não era simplesmente uma obrigação, mas um grande privilégio. Como ele colocou: “Eu olhei no Ofício Divino como comunicação pura com Deus.” Ele relatou ao Padre.

Em seu prefácio ao Shorter Breviary pu-blicado pela Legião de Maria, ele escreve: ‘Por que as pessoas deveriam dizer um ofício? O valor especial da liturgia é que é a oração oficial da Igreja, a voz do Corpo Místico, na qual todas as nossas vozes pobres se misturam com a voz de Nosso Senhor e assumem a qualidade de Sua oração. Isto coloca a oração litúrgica em uma eminência sobre nossas orações pessoais ‘. Santo Agostinho é o grande teólogo da oração litúrgica e escreve: “Rezamos a Ele na forma de Deus; ele ora na forma do escra-vo (isto é, nós mesmos). Ali ele é o Criador; aqui está ele na criatura. Ele não muda, mas ele pega a criatura e a transfor-ma em si mesmo, tornando-nos um homem, cabeça e corpo consigo mesmo. Nós oramos, portanto, a ele, e através dele e nele; oramos com ele e ele ora connosco; nós recitamos esta oração dos salmos nele e ele a recita em nós. ‘ O abade Eugene Boylan resume o ensinamento de Santo Agostinho da seguinte maneira: Em outras palavras, a oração do Ofício é uma maneira de permanecer no Cristo que ora e fazer sua oração ser nossa. seu bem-amado Filho, em quem ele está bem satisfeito ... é uma questão de nos substituirmos, de nos

livrar de nós mesmos e de substituir a pessoa e a oração de Cristo.

Uma das coisas mais

importantes para nos lembrarmos de orar o Ofício Divino é que é essencialmente a adoração a Deus. É sobre a ado-ração de Deus. O Santo Papa João Paulo II disse muito memorável quando afirma: ‘Um momento de verdadeira adoração tem mais valor e fruto espiritual do que a atividade mais intensa, até a própria atividade apostólica’. Deve ser útil lembrar que a oração do Ofício é um apostolado sublime, porque é uma continuação em e através de nós da oração de Cristo entre nós.

Naturalmente, muitos de nós sabemos que pode levar tempo para conhecer o jeito de realmente orar o Ofício Divino nos primeiros meses e até anos. Talvez São Tomás de Aquino sobre o papel da atenção na oração possa nos aju-dar. Vamos comentar seu ensinamento: ao orarmos o Ofício, prestamos atenção ao modo como dizemos isto, isto é, ao cantar, cantar ou recitar; podemos aten-der às palavras que dizemos, ou seja, o significado ou a mensagem dos textos e, por fim, a bela atenção à Pessoa que está orando o Ofício connosco, a Pessoa que realmente está dizendo o Ofício. Em outras palavras, nunca estamos sozinhos quando rezamos o ofício; rezamos sem-pre com Maria, a Mãe do Corpo Místico de Cristo, com todos os anjos e santos e com todos os membros do Corpo Mís-

tico. E devemos acrescentar, ainda que brevemente, que o Ofício é também uma sublime oração de intercessão por toda a Igreja e pelo mundo inteiro. Seria uma situação trá-gica se não orássemos continuamente pelas pessoas que encontramos e servimos nos nossos apostolados da Legião.

Permitam-me concluir citando mais uma vez o abade Euge-ne Boylan com algumas exclamações minhas: ‘As primeiras coisas devem vir primeiro. Deus tem uma primeira reivindica-ção em nosso serviço direto. Todos os outros serviços - até mesmo o serviço de almas - devem tê-lo não apenas para seu fim final, mas também para seu primeiro princípio. O Ofício Divino desempenha um papel importante na garantia da preservação desta perspetiva, e devemos convencer e frequentemente nos lembrarmos da importância do Ofício Divino não apenas na adoração direta de Deus, mas também no cuidado apostólico das almas. Repetimos que depois da missa um padre (e eu poderia acrescentar legionário) dificilmente encontrará uma maneira mais eficiente de ser-

vir a Deus e sa lvar almas do que pela d e v o t a recitação do Ofício Divino.’

Digníssimos irmãos legionários, mem-bros da Regia Nossa Senhora da Graça e representantes da Legião de Ma-ria em todo o Cabo Verde e também da Guiné-Bissau. Ainda

continuamos, graças a Deus, no Tempo Pascal, celebrando a glorificação do Nosso Senhor Jesus Cristo, na sequência da Sua Paixão, da Sua Morte e da Sua Ressureição. E é neste Tempo que temos a graça de celebrar, hoje, dia de São Luís Maria de Grignion de Montfort, um dos grandes padroeiros da Legião de Maria. Estamos habituados a celebrar São João Batista, São Pedro e São Paulo, São Miguel e São Gabriel, até São José, mas às vezes nos passa despercebido este grande Santo, São Luís Maria de Grignion. É este o seu nome. Montfort é o lugar onde ele nasceu. Ele foi um presbítero enviado em missão pelo São Clemente XI, para as regiões da França. Um grande missionário que fundou muitas congregações religiosas de cariz mariana. Um homem cheio da espiritualidade mariana, que escreveu vários documentos sobre Maria, um homem que transformou a espiritualidade das pessoas voltando para Maria e com Ela, chegar a Jesus Cristo. É uma grande referência para a Legião de Maria porque por várias vezes o irmão Frank Duff leu aquele Tratado de Mariologia, escrito por ele, e teve a inspiração, entendendo o chamamento, a vocação, a missão e fundou este grande movimento que é a Legião de Maria. Talvez seja a contribuição de São Luís Maria Grignion de Montfort na edificação da espiritualidade mariana no mundo que inspirou Frank Duff a deixar São Vicente de Paulo e fundar este novo Movimento, num País que nem era bem-vindo porque o bispado de Irlanda, inicialmente não acolheu e nem apoio. Só depois de muitos anos, muitos esforços, muito trabalho e muitos resultados que veio a ter autorização da oficialização da Legião de Maria no seu País. Por isso, apelo a comemoração dos padroeiros da Legião e a celebração dos Santos. Cada dia a Igreja determina a celebração de um ou dois santos, hoje, por exemplo, é também dia de São Pedro Chantel, mas para nós legionários é mais importante celebrar São Luís Maria Grignion de Montfort que morreu no dia 28 de abril de 1716 em França, depois de muita luta e muito trabalho para entendermos Maria e para que com ela conseguimos chegar a Jesus.

Todo o legionário deve trabalhar ativamente, movido pela espi-ritualidade legionária. Por isso que a leitura começa dizendo que sem o espírito que lhe é próprio, a Legião é como um corpo sem alma. Sabemos que estamos vivos enquanto o espírito está com o corpo. Agora imaginemos um corpo sem espírito. É um corpo morto de que ninguém precisa. É só para lamentar. A Legião tem que ter a sua espiritualidade. A Espiritualidade Legionária está em cada legionário. Cada legionário deve fortificar, deve vivificar, deve enriquecer a sua espiritualidade de acordo com os capítulos 3 e 5 do manual da Legião de Maria. O espírito da

Legião é o próprio espírito de Maria e dá orientações sobre que espiritualidade. Diz que o fortalecimento da nossa espiritualidade legionária está na medida em que nos esforcemos para a rea-lização de um apostolado digno e, em consequência, também aumenta a espiritualidade da Legião de Maria. Mas quando fa-zemos o contrário, estamos a destruir aos poucos o trabalho da Legião, a sua edificação e a sua própria existência serão postas em causa. Chega a ponto de afirmar que não há necessidade da Legião quando os membros não querem empenhar na realização de um trabalho mais difícil. Os legionários, mais ou sedo ou mais tarde, estão obrigados a dedicarem a trabalhos mais difíceis. Não podemos contentar-nos, em nossas comunidades, visitar doentes que todas as pessoas visitam e que é do conhecimento de todos que essas pessoas estão doentes, ainda mais, que todos podem sem nenhum problema ir à sua casa. Mas uma pessoa com doenças contagiosas, um toxicodependente, um alcoólico, um doente pertencente a uma família desprezada, conflituosa ou pertencente uma seita religiosa é que merecem a visita legionária. São essas pessoas que os legionários não devem deixar de visitar. É este tipo de trabalho que os legionários devem ser enviados a fazer.

O Praesidium controla o trabalho. Mas quando se diz o Prae-sidium, não é apenas o Presidente, mas sim todos os membros. Como é que os membros colaboram? Na sua vivência do dia-a--dia, descobrem onde é necessário fazer visita, que trabalho deve ser feito, quem precisa de aconselhamento, o que é preciso para que a Igreja, o povo de Deus, viva na santa paz e em comunhão com os anjos e santos na Terra, no Purgatório e no Céu. Então elaboram uma lista, dizendo, por exemplo, que tal pessoa precisa ser visitada porque não vai a Missa e em sua casa somente as crianças vão à Igreja ou então não estão na catequese, nessa outra família precisa vista porque não estão a viver os sacra-mentos, isto é, não participam na confissão e comunhão, nesta casa precisam de visita porque tem uma pessoa doente, etc. e entregam a lista ao presidente do praesidium. Todas as semanas, cada membro deve procurar trazer sempre sugestão de um tra-balho a ser realizado. O Presidente toma a lista e as ideias, leva para a casa, no momento que sempre destina para preparar a reunião do Praesidium, faz a sua oração e distribui os trabalhos. A leitura diz ainda que existem membros empenhados em fazer todo o tipo de trabalho, maravilhosamente bem e se sentem como são importantes e trabalham bem, mas nunca fazem o que são enviados a fazer. ignoram sempre porque desvalori-zam e consideram mais importante o que fazem. Desprezam o sentido do envio. Quando rezamos o Pai Nosso que estais no Céu… e na segunda parte, o pão nosso de cada dia nos dai hoje… Deus nunca falha. Ele sempre nos dá o pão nosso de cada dia. Só que Deus dá uma pessoa para levar outra pessoa. Se está pessoa não entregar, vai prestar conta à Deus

O OFÍcIO DIvINO E O LEGIONáRIOAlocução pelo Rev. Pe. Bede Mc Gregor O. P., Diretor Espiritual do Concilium, na reunião de abril de 2018

OS LEGIONáRIOS SANTIFIcAM-SE NA REALIZAçÃODOS TRABALHOS SEMANAIS ApóS AS SUAS ORAçõES DIáRIAS

Alocução do Presidente na reunião da Regia do mês de abril de 2018

2 3 ABRINDO AS PORTAS

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