27
RESUMO DAS COMUNICAÇÕES IX CONGRESSO DO DEPARTAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL/SBC, X CONGRESO LATINOAMERICANO DE HIPERTENSIÓN ARTERIAL – LASH, IV SIMPÓSIO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO MERCOSUL E II SIMPÓSIO LUSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO PORTO ALEGRE - RS www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 99, Nº 6, Supl. 1, Dezembro 2012

Resumo das ComuniCações · Resumo das ComuniCações iX ConGResso do dePaRTamenTo de HiPeRTensÃo aRTeRiaL/sBC, X CONGRESO LATINOAMERICANO DE HIPERTENSIÓN ARTERIAL – LASH, IV

  • Upload
    others

  • View
    5

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • Resumo das ComuniCações

    iX ConGResso do dePaRTamenTo de HiPeRTensÃo aRTeRiaL/sBC, X CONGRESO LATINOAMERICANO DE

    HIPERTENSIÓN ARTERIAL – LASH, IV SIMPÓSIO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL DO meRCosuL e ii SIMPÓSIO

    LUSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO

    PoRTo aLeGRe - Rs

    www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 99, Nº 6, Supl. 1, Dezembro 2012

  • Conselho EditorialBrasilAdib D. Jatene (SP)Alexandre A. C. Abizaid (SP)Alfredo José Mansur (SP)Álvaro Avezum (SP)Amanda G. M. R. Sousa (SP)André Labrunie (PR)Andrei Sposito (DF)Angelo A. V. de Paola (SP)Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP)Antonio Carlos C. Carvalho (SP)Antônio Carlos Palandri Chagas (SP)Antonio Carlos Pereira Barretto (SP)Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ)Antonio de Padua Mansur (SP)Ari Timerman (SP)Armênio Costa Guimarães (BA)Ayrton Klier Péres (DF)Ayrton Pires Brandão (RJ)Barbara M. Ianni (SP)Beatriz Matsubara (SP)Braulio Luna Filho (SP)Brivaldo Markman Filho (PE)Bruce B. Duncan (RS)Bruno Caramelli (SP)Carisi A. Polanczyk (RS)Carlos Alberto Pastore (SP)Carlos Eduardo Negrão (SP)Carlos Eduardo Rochitte (SP)Carlos Eduardo Suaide Silva (SP)Carlos Vicente Serrano Júnior (SP)Celso Amodeo (SP)Charles Mady (SP)Claudio Gil Soares de Araujo (RJ)Cleonice Carvalho C. Mota (MG)Dalton Valentim Vassallo (ES)Décio Mion Jr (SP)Denilson Campos de Albuquerque (RJ)Dikran Armaganijan (SP)Djair Brindeiro Filho (PE)Domingo M. Braile (SP)Edmar Atik (SP)Edson Stefanini (SP)Elias Knobel (SP)Eliudem Galvão Lima (ES)Emilio Hideyuki Moriguchi (RS)Enio Buffolo (SP)

    Eulógio E. Martinez Fº (SP)Evandro Tinoco Mesquita (RJ)Expedito E. Ribeiro da Silva (SP)Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP)Fábio Vilas-Boas (BA)Fernando A. P. Morcerf (RJ)Fernando Bacal (SP)Flávio D. Fuchs (RS)Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP)Francisco Laurindo (SP)Francisco Manes Albanesi Fº (RJ)Gilmar Reis (MG)Gilson Soares Feitosa (BA)Ínes Lessa (BA)Iran Castro (RS)Ivan G. Maia (RJ)Ivo Nesralla (RS)Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP)João Pimenta (SP)Jorge Ilha Guimarães (RS)Jorge Pinto Ribeiro (RS)José A. Marin-Neto (SP)José Antonio Franchini Ramires (SP)José Augusto Soares Barreto Filho (SE)José Carlos Nicolau (SP)José Geraldo de Castro Amino (RJ)José Lázaro de Andrade (SP)José Péricles Esteves (BA)José Teles Mendonça (SE)Leopoldo Soares Piegas (SP)Luís Eduardo Rohde (RS)Luiz A. Machado César (SP)Luiz Alberto Piva e Mattos (SP)Lurildo Saraiva (PE)Marcelo C. Bertolami (SP)Marcia Melo Barbosa (MG)Marco Antônio Mota Gomes (AL)Marcus V. Bolívar Malachias (MG)Maria Cecilia Solimene (SP)Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC)Maurício I. Scanavacca (SP)Mauricio Wajngarten (SP)Max Grinberg (SP)Michel Batlouni (SP)Nabil Ghorayeb (SP)Nadine O. Clausell (RS)Nelson Souza e Silva (RJ)

    Orlando Campos Filho (SP)Otávio Rizzi Coelho (SP)Otoni Moreira Gomes (MG)Paulo A. Lotufo (SP)Paulo Cesar B. V. Jardim (GO)Paulo J. F. Tucci (SP)Paulo J. Moffa (SP)Paulo R. A. Caramori (RS)Paulo R. F. Rossi (PR)Paulo Roberto S. Brofman (PR)Paulo Zielinsky (RS)Protásio Lemos da Luz (SP)Renato A. K. Kalil (RS)Roberto A. Franken (SP)Roberto Bassan (RJ)Ronaldo da Rocha Loures Bueno (PR)Sandra da Silva Mattos (PE)Sergio Almeida de Oliveira (SP)Sérgio Emanuel Kaiser (RJ)Sergio G. Rassi (GO)Sérgio Salles Xavier (RJ)Sergio Timerman (SP)Silvia H. G. Lage (SP)Valmir Fontes (SP)Vera D. Aiello (SP)Walkiria S. Avila (SP)William Azem Chalela (SP)Wilson A. Oliveira Jr (PE)Wilson Mathias Jr (SP)

    ExteriorAdelino F. Leite-Moreira (Portugal)Alan Maisel (Estados Unidos)Aldo P. Maggioni (Itália)Cândida Fonseca (Portugal)Fausto Pinto (Portugal)Hugo Grancelli (Argentina)James de Lemos (Estados Unidos)João A. Lima (Estados Unidos)John G. F. Cleland (Inglaterra)Maria Pilar Tornos (Espanha)Pedro Brugada (Bélgica)Peter A. McCullough (Estados Unidos)Peter Libby (Estados Unidos)Piero Anversa (Itália)

    Diretor CientífiCo Luiz Alberto Piva e Mattos

    eDitor-Chefe Luiz Felipe P. Moreira

    eDitores AssoCiADos

    CArDiologiA ClíniCA José Augusto Barreto-Filho

    CArDiologiA CirúrgiCA Paulo Roberto B. Evora

    CArDiologiA intervenCionistA Pedro A. Lemos

    CArDiologiA PeDiátriCA/CongênitAs Antonio Augusto Lopes

    ArritmiAs/mArCAPAsso Mauricio Scanavacca

    métoDos DiAgnóstiCos não-invAsivos Carlos E. Rochitte

    PesquisA BásiCA ou exPerimentAl Leonardo A. M. Zornoff

    ePiDemiologiA/estAtístiCA Lucia Campos Pellanda

    hiPertensão ArteriAl Paulo Cesar B. V. Jardim

    ergometriA, exerCíCio e reABilitAção CArDíACA Ricardo Stein

    Primeiro eDitor (1948-1953) † Jairo Ramos

    REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948www.arquivosonline.com.br

  • Presidente Jadelson Pinheiro de Andrade

    Vice-Presidente Dalton Bertolim Précoma

    Diretor Administrativo Marcelo Souza Hadlich

    Diretora Financeira Eduardo Nagib Gaui

    Diretor de Relações Governamentais Daniel França Vasconcelos

    Diretor de Comunicação Carlos Eduardo Suaide Silva

    Diretor de Qualidade Assistencial José Xavier de Melo Filho

    Diretor Científico Luiz Alberto Piva e Mattos

    Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular - SBC/Funcor Carlos Alberto Machado

    Diretor de Relações Estaduais e Regionais Marco Antonio de Mattos

    Diretor de Departamentos Especializados Gilberto Venossi Barbosa

    Diretor de Tecnologia da Informação Carlos Eduardo Suaide Silva

    Diretor de Pesquisa Fernando Bacal

    Editor-Chefe Arquivos Brasileiros de Cardiologia Luiz Felipe P. Moreira

    Editor do Jornal SBC Fábio Vilas-Boas Pinto

    Coordenador do Conselho de Projeto Epidemiológico David de Pádua Brasil

    Coordenadores do Conselho de Ações Sociais Alvaro Avezum Junior Ari Timerman

    Coordenadora do Conselho de Novos Projetos Glaucia Maria Moraes Oliveira

    Coordenador do Conselho de Aplicação de Novas Tecnologias Washington Andrade Maciel

    Coordenador do Conselho de Inserção do Jovem Cardiologista Fernando Augusto Alves da Costa

    Coordenador do Conselho de Avaliação da Qualidade da Prática Clínica e Segurança do Paciente Evandro Tinoco Mesquita

    Coordenador do Conselho de Normatizações e Diretrizes Harry Correa Filho

    Coordenador do Conselho de Educação Continuada Antonio Carlos de Camargo Carvalho

    Comitê de Atendimento de Emergência e Morte Súbita Manoel Fernandes Canesin Nabil Ghorayeb Sergio Timerman

    Comitê de Prevenção Cardiovascular Antonio Delduque de Araujo Travessa Sergio Baiocchi Carneiro Regina Coeli Marques de Carvalho

    Comitê de Planejamento Estratégico Fabio Sândoli de Brito José Carlos Moura Jorge Walter José Gomes

    Comitê de Assistência ao Associado Maria Fatima de Azevedo Mauro José Oliveira Gonçalves Ricardo Ryoshim Kuniyoshi

    Comitê de Relações Internacionais Antonio Felipe Simão João Vicente Vitola Oscar Pereira Dutra

    Presidentes das Estaduais e Regionais da SBC

    SBC/AL - Alfredo Aurelio Marinho Rosa

    SBC/AM - Jaime Giovany Arnez Maldonado

    SBC/BA - Augusto José Gonçalves de Almeida

    SBC/CE - Eduardo Arrais Rocha

    SBC/CO - Hernando Eduardo Nazzetta (GO)

    SBC/DF - Renault Mattos Ribeiro Junior

    SBC/ES - Antonio Carlos Avanza Junior

    SBC/GO - Luiz Antonio Batista de Sá

    SBC/MA - Magda Luciene de Souza Carvalho

    SBC/MG - Maria da Consolação Vieira Moreira

    SBC/MS - Sandra Helena Gonsalves de Andrade

    SBC/MT - José Silveira Lage

    SBC/NNE - Aristoteles Comte de Alencar Filho (AM)

    SBC/PA - Claudine Maria Alves Feio

    SBC/PB - Alexandre Jorge de Andrade Negri

    SBC/PE - Silvia Marinho Martins

    SBC/PI - Ricardo Lobo Furtado

    SBC/PR - Álvaro Vieira Moura

    SBC/RJ - Glaucia Maria Moraes Oliveira

    SBC/RN - Carlos Alberto de Faria

    SBC/RS - Justo Antero Sayão Lobato Leivas

    SBC/SC - Conrado Roberto Hoffmann Filho

    SBC/SE - Eduardo José Pereira Ferreira

    SBC/SP - Carlos Costa Magalhães

    SBC/TO - Adalgele Rodrigues Blois

    Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos

    SBC/DA - Hermes Toros Xavier (SP)

    SBC/DCC - Evandro Tinoco Mesquita (RJ)

    SBC/DCM - Orlando Otavio de Medeiros (PE)

    SBC/DCC/CP - Estela Suzana Kleiman Horowitz (RS)

    SBC/DECAGE - Abrahão Afiune Neto (GO)

    SBC/DEIC - João David de Souza Neto (CE)

    SBC/DERC - Pedro Ferreira de Albuquerque (AL)

    SBC/DFCVR - José Carlos Dorsa Vieira Pontes (MS)

    SBC/DHA - Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza (GO)

    SBC/DIC - Jorge Eduardo Assef (SP)

    SBC/SBCCV - Walter José Gomes (SP)

    SBC/SBHCI - Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga Lopes (PB)

    SBC/SOBRAC - Adalberto Menezes Lorga Filho (SP)

    SBC/DCC/GAPO - Daniela Calderaro (SP)

    SBC/DCC/GECETI - João Fernando Monteiro Ferreira (SP)

    SBC/DCC/GEECABE - Luis Claudio Lemos Correia (BA)

    SBC/DCC/GEECG - Carlos Alberto Pastore (SP)

    SBC/DCP/GECIP - Angela Maria Pontes Bandeira de Oliveira (PE)

    SBC/DERC/GECESP - Daniel Jogaib Daher (SP)

    SBC/DERC/GECN - José Roberto Nolasco de Araújo (AL)

    Sociedade Brasileira de Cardiologia

  • Volume 99, Nº 6, Supl. 1, Dezembro 2012Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM),

    SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed

    Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de

    exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da SBC.

    Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada

    (RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, "a propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)".

    Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço:

    www.arquivosonline.com.br.

    Av. Marechal Câmara, 160 - 3º andar - Sala 330 20020-907 • Centro • Rio de Janeiro, RJ • Brasil

    Tel.: (21) 3478-2700

    E-mail: [email protected]

    www.arquivosonline.com.br

    SciELO: www.scielo.br

    Departamento ComercialTelefone: (11) 3411-5500

    e-mail: [email protected]

    Produção EditorialSBC - Núcleo Interno de Publicações

    Produção Gráfica e Diagramação deste suplemento:

    Datadesk Informática

    Arquivos Brasileiros de Cardiologia

  • IX CONGRESSO DO DEPARTAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL/SBC, X CONGRESO LATINOAMERICANO DE HIPERTENSIÓN ARTERIAL – LASH, IV SIMPÓSIO DE

    HIPERTENSÃO ARTERIAL DO MERCOSUL E II SIMPÓSIO LUSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO

    PORTO ALEGRE - RS

    Resumo das Comunicações

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    29107Comportamento da pressão arterial em portadores de distrofia muscular de duchenne através da MAPA

    FABIANE ROSA REZENDE, MARIA TERESA NOGUEIRA BOMBIG MANZOLI, YONA AFONSO FRANCISCO, MARIA AUXILIADORA BONFIM SANTOS, JOSÉ MARCOS THALENBERG, LUIGI BROLLO, MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA IZAR, FRANCISCO ANTONIO HELFENSTEIN FONSECA e RUI MANUEL DOS SANTOS PÓVOA.

    Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, BRASIL.

    Fundamento: A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é a doença neuro-muscular mais freqüente em seres humanos e está diretamente ligada ao cromossomo X, acometendo indivíduos do sexo masculino. Leva à degeneração e fibrose do miocárdio com hipertrofia do ventrículo esquerdo e/ou direito e aparecimento de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Objetivo: Descrever o comportamento da pressão arterial (PA) em 20 meninos portadores de DMD através da Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA). Métodos: Foram submetidos à MAPA, 20 meninos com idade entre 5 e 19 anos, com DMD confirmada previamente. A MAPA foi realizada conforme as diretrizes vigentes com manguitos apropriados para as dimensões dos braços. Os valores de normalidade foram definidos utilizando-se como referência as médias da PA de vigília, o percentil 95 das tabelas de medida casual da PA para a idade, sexo e estatura e, durante o sono, foram considerados normais valores 10% abaixo desses. Resultados: Quanto aos níveis tensionais, 40% puderam ser classificados como portadores de HAS estágio 1, 10% estágio 2 e em 15% os valores foram considerados limítrofes. Na avaliação da PA durante o sono, 35% apresentaram valores superiores a 10% para o percentil 95. Conclusão: Um percentual considerável de portadores de DMD apresentou algum estágio de hipertensão, percentual este que se sobrepôs aos valores de normalidade. Investigar o comportamento da PA dessas crianças é essencial para se tentar evitar ou ao menos adiar complicações, assim como conhecer melhor as implicações da DMD sobre o sistema cardiovascular.

    29447Relação entre a prática de atividade física e níveis pressóricos de pacientes atendidos em um mutirão na cidade de Sobral - CE

    CAINAN PIRES BARROSO CAMILO, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, PEGUY KAKE MUKIDI, CAMILA LOPES DO AMARAL, ANDERSON NUNES CASSIANO, SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA, JÉSSICA SANTOS CUNHA, VANESSA DANTAS RIBEIRO e JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO.

    Hospital do Coração Pe. José Linhares Ponte, Sobral, CE, BRASIL - Liga Médico-Acadêmica de Cardiologia de Sobral, Sobral, CE, BRASIL.

    Objetivo: Avaliar a prática de atividade física em pacientes atendidos em um mutirão e sua relação com os níveis pressóricos destes. Métodos: Foram analisados 234 pacientes atendidos em um mutirão realizado em praça pública, no município de Sobral-CE. O atendimento foi realizado por livre demanda. Respeitou-se um tempo de 15 minutos de repouso sentado para então ser realizada a aferição da pressão arterial (PA) utilizando-se estetoscópio e esfignomanômetro aneróide. Os pacientes foram submetidos a um questionário epidemiológico, onde coletou-se dados sobre a prática de atividades físicas, tipo de atividade, frequência semanal e duração média. Definiram-se como níveis pressóricos alterados medidas da PA ≥ 140 x 90 ou PA sistólica > 140 e PA diastólica < 90 (HSI-Hipertensão Sistólica Isolada). Resultados: Dos 234 pacientes analisados, 108 (46,2%) eram do sexo masculino, com média de idade de 47,31 ± 13,45 anos. 90 pacientes (38,5%) apresentaram a PA alterada e 97 (41,5%) praticavam alguma atividade física. A atividade mais frequente foi a caminhada (64,2%), seguido de ciclismo (8,4%), musculação (7,4%), hidroginástica (6,3%), e outras (13,7%). A maioria dos pacientes (60%) realizavam atividades com frequência igual ou superior à 5 dias na semana. Com relação à duração do exercício, foram obtidos os seguintes dados: 4,1% < 30 minutos (min.); 27,1% = 30 min.; 50% = 60 min.; 18,7% > 60 min. Sobre os que relataram conhecimento prévio da HAS (82 (35%) pacientes), 40 (48,8%) praticavam alguma atividade física e, destes, 23 (57,5%) não apresentaram elevação da PA, enquanto que dos 42 (51,2%) dos que não se exercitavam, a apresentaram (p=0,042). Os praticantes de atividades físicas tiveram sua PA estagiada da seguinte maneira: ótima (24,7%), normal (29,9%), limítrofe (9,5%), HAS - estágios - I (13,4%), II (14,4%), III (1,0%) e HSI (7,2%). Dos não praticantes, seguem-se os resultados: ótima (27,7%), normal (20,4%), limítrofe (11,7%), HAS – estágios - I (20,4%), II (9,5%), III (5,1%) e HSI (7,2%). Conclusão: Os resultados corroboram com a literatura atual, mostrando que a prática de atividade física acessível à população em geral, contribui para redução da prevalência e melhor controle da HAS.

    29529Fatores de risco cardiovascular em pacientes diabéticos e não-diabéticos em hemodiálise

    JAYME EDUARDO BURMEISTER, GABRIELA DOTTA DORNELES, JEAN PIERRE WASSAF YOUSSEF, LUZIA GROSS LAGUE, F MENDONÇA ALVARES, RAMIRO TUBINO SARAIVA, JULIANO BASTOS e GUIDO BERNARDO ARANHA ROSITO.

    Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, BRASIL.

    Fundamento: Pacientes renais crônicos em hemodiálise apresentam altas taxas de morbimortalidade por causas cardiovasculares, especialmente aqueles com diagnóstico de diabetes melitus. Essas patologias estão relacionadas a diversos fatores de risco tradicionais e não tradicionais, altamente prevalentes nesses pacientes. Objetivo: Analisar a prevalência de fatores tradicionais de risco cardiovascular entre pacientes diabéticos e não-diabéticos em hemodiálise em uma coorte representativa de todos os pacientes da cidade de Porto Alegre. Casuística e Métodos: Estudo transversal com dados do Projeto CORDIAL realizado em 2011 na cidade de Porto Alegre, incluindo 1.215 (97,3%) dos 1.249 indivíduos em tratamento com hemodiálise nos 15 centros especializados da cidade. Os critérios de inclusão foram tratamento dialítico há mais de 30 dias, idade ≥ 18 anos e aderência ao termo de consentimento. As informações foram obtidas a partir dos prontuários médicos de cada indivíduo. Foram determinadas as prevalências de hipertensão arterial (PA > 140/90 mmHg ou uso de antihipertensivo), diabetes 1 e 2 (diagnóstico informado, uso de hipoglicemiante ou glicemia de jejum > 115 ou > 200 mg/dL em qualquer horário), dislipidemia (colesterol total > 200, LDL > 160, HDL < 40 ou triglicerídeos > 200 mg/dL ou uso de hipolipemiantes), tabagismo atual ou passado, sedentarismo (ausência de atividade física), sexo masculino e idade > 60 anos. Teste estatístico: Chi-quadrado. Resultados: Havia 434 pacientes diabéticos (DM) e 781 não-diabéticos (NDM). Os DM apresentavam mais indivíduos acima dos 60 anos (57,8 vs. 39,4% - p

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    Texto Texto Texto Texto TextoTexto Texto Texto Texto TextoTexto Texto Texto Texto TextoTexto Texto Texto Texto TextoTexto Texto Texto Texto TextoTexto Texto Texto Texto TextoTexto Texto Texto Texto TextoTexto Texto Texto Texto TextoTexto Texto Texto Texto Texto

    29585Comparação entre pressão sistólica central aferida por oscilometria em artéria braquial à medida invasiva

    ALINE A I MORAES, CELSO AMODEO, MARCIO G SOUSA, ANTONIO C C S JUNIOR, CAROLINA C GONZAGA, MATEUS V E SILVA e RICARDO A. COSTA.

    Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL.

    Fundamento: Evidências têm sugerido superioridade da medida de pressão sistólica central quando comparada à medida da pressão braquial para a predição de eventos cardiovasculares. Objetivo: Comparar a medida da pressão sistólica em raiz de aorta aferida pela análise da onda de pulso em artéria braquial através de oscilometria pelo ARCSolver, à pressão sistólica central avaliada de forma invasiva. Métodos: A medida da pressão sistólica central por cateter de coluna de líquido e pelo ARCSolver, calibrado para PAS/PAD, foi realizada simultaneamente em pacientes submetidos a cineangiocoronariografia eletiva. Resultados: Setenta e duas medidas foram tomadas a partir de 29 pacientes (idade média 61 anos, 50% do sexo feminino). Dos pacientes avaliados, 87% eram hipertensos, 36% diabéticos, 23% tabagistas, 36% já haviam apresentado evento coronariano e 42% tinham coronariopatia significativa na cineangiocoronariografia. Os dois métodos apresentaram forte associação (P< 0,001; R² do modelo final = 0,79, “Beta” 0,85), contudo as médias das pressões sistólicas centrais diferiram significativamente entre ambos (151 ± 28 vs 136 ±22 mmHg, P

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    29627Pressão arterial na infância e adolescência e sua relação com variáveis antropométricas, metabólicas e inflamatórias em jovens acompanhados por 18 anos. Estudo do Rio de Janeiro

    MARIA ELIANE CAMPOS MAGALHAES, ANDREA ARAUJO BRANDAO, ROBERTO POZZAN, ERIKA MARIA GONÇALVES CAMPANA, FLAVIA LOPES FONSECA, OSWALDO LUIZ PIZZI, ELIZABETE VIANA DE FREITAS e AYRTON PIRES BRANDAO.

    Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL.

    Fundamento: O conhecimento sobre a pressão arterial (PA) e outros fatores de risco (FR) cardiovascular em populações jovens brasileiras tem grande importância para a adoção de medidas de prevenção primária. Objetivo: Avaliar a pressão arterial, índices antropométricos e perfil metabólico e inflamatório de indivíduos jovens, estratificados pelo comportamento da sua PA obtida há 18 anos, na infância e adolescência. Delineamento: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo. Pacientes e Métodos: Foram avaliados 116 indivíduos (63 M) pertencentes à coorte do estudo do Rio de Janeiro em seguimento de 17,76+1,63 anos e feitas 2 avaliações: A1: aos 12,40±1,49 anos (10-16 anos) e A2: 30,09±2,01 anos (26-35 anos). Dois grupos foram constituídos: Grupo N (n=71): PA normal e Grupo H (n=45): PA anormal em A1. Nas 2 avaliações foram obtidos PA, peso e altura e calculado o índice de massa corpórea (IMC). Em A2 foram feitas medidas da circunferência abdominal (CA) e dosados após jejum: glicose (G), insulina (Ins), HOMA IR, colesterol e frações, triglicerídeos (Tg), Apo A1, Apo B 100, LP a, Adiponectina, Leptina, E-selectina, VCAM e ICAM, PCR us e Fibrinogênio. A presença de HA em A1 foi definida quando PA ≥ percentil 95 e em A2 quando ≥ 140/90mmHg; Sobrepeso/Obesidade (S/O) foram definidos quando IMC ≥ percentil 85 para idade e sexo (A1) ou ≥ 25kg/m2 (A2). Resultados: 1) Os grupos não diferiram em relação à idade e ao sexo; 2) O grupo H mostrou em A2 maiores médias de peso, IMC, PAS, PAD, Ins e HOMA IR (p

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    29643Velocidade de onda de pulso em adultos jovens: o impacto do ganho de peso e da variação positiva da pressão arterial, desde a infância e adolescência, em acompanhamento de 18 anos. Estudo do Rio de Janeiro

    ANDREA ARAUJO BRANDAO, OSWALDO LUIZ PIZZI, ROBERTO POZZAN, MARIA ELIANE CAMPOS MAGALHAES, FLAVIA LOPES FONSECA, ERIKA MARIA GONÇALVES CAMPANA, ELIZABETE VIANA DE FREITAS e AYRTON PIRES BRANDAO.

    Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL.

    Fundamento: As relações da velocidade de onda de pulso (VOP) com o comportamento das variáveis de risco cardiovascular ao longo do tempo em populações jovens, ainda não são bem conhecidas. Objetivo: Avaliar o impacto da variação da pressão arterial (PA) e do índice de massa corpórea (IMC) desde a infância e adolescência sobre a VOP de indivíduos adultos jovens, acompanhados por 18 anos, estratificados por tercis de VOP. Pacientes e Métodos: Avaliados 96 indivíduos pertencentes à coorte do estudo do Rio de Janeiro em seguimento de 17,76+1,63 anos e feitas 3 avaliações: A1 (10-15 anos); A2 (17-26 anos) e A3 (26-35 anos). 3 grupos foram constituídos de acordo com VOP em A3: G1 (n=32): 1º tercil; G2 (n=32): 2º tercil e G3 (n=32): 3º tercil. Os valores correspondentes aos tercis foram obtidos para cada sexo. Nas 3 avaliações foram obtidos PA e IMC. Em A3 acrescentaram-se a circunferência abdominal (CA) e dosados glicose (G), colesterol e frações, triglicerídeos (Tg). A presença de HA (A1) foi definida quando PA ≥ percentil 95 e em A2 e A3 quando ≥ 140/90mmHg; Sobrepeso/Obesidade (S/O) foram definidos quando IMC ≥ p85 para idade e sexo (A1) ou ≥ 25kg/m2 (A2 e A3). Resultados: 1) Os grupos não diferiram qto ao sexo e qto às variáveis obtidas em A1; 2) O G1 apresentou maior média de idade que G2 em A3; 3) Em A3, G3 apresentou maiores médias de PAS, PAD, PAM, IMC, (p

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    29732Correlação entre os valores de índice de amplificação sistólica (AI) nas medidas de consultório e 24h na vigília e sono – Dados preliminares

    MARCO ANTONIO MOTA GOMES, ANNELISE COSTA MACHADO GOMES, JULIANA VASCONCELOS LYRA, GLAUBER SCHETTINO, JOSÉ FERNANDO VILELA MARTIN, ANDREA ARAUJO BRANDAO e MARIA INES COSTA MACHADO GOMES.

    Clinicor, Maceió, AL, BRASIL - CESMAC, Maceió, AL, BRASIL - FAMERP, São José do Rio Preto, SP, BRASIL.

    Fundamento: O Índice de Amplificação Sistólica (AI) é um marcador já bastante estudado em populações de indivíduos normais e com enfermidades cardiovasculares expressando aumento da rigidez arterial. Esses dados, em sua maioria, foram registrados através de medidas isoladas e com diversas tecnologias. Pouco se sabe sobre o comportamento dessa variável quando analisada em medidas de 24h compreendendo vigília e sono, especialmente, considerando que a medida isolada realizada no consultório possa sofrer influência do efeito do avental branco e do efeito mascarado da hipertensão, por isso essa nova forma de analisar essa variável pode-se revelar de melhor valor prognóstico. Objetivo: Estudar a correlação entre os valores de AI nas medidas de consultório e 24h na vigília e sono. Métodos: Estudo multicêntrico, descritivo e transversal. Foram analisados 133 exames constantes no banco de dados de MAPA 24h realizados no equipamento validado denominado MOBIL-O-GRAPH4. Foram incluídos no estudo os pacientes de ambos os gêneros que possuíam idade maior que 18 anos e cujo exame apresentou no mínimo 16 medidas válidas na vigília e 08 no sono. Para a realização das análises estatísticas, utilizou-se o software SPSS 15.0, sendo a simetria das variáveis verificada através do teste Kolmogorov Smirnov. Todas as variáveis estudadas possuíam distribuição simétrica. Portanto, os dados foram expressos em médias e desvios padrões, e a correlação foi verificada através da correlação de Pearson, adotando-se um nível de significância de 95%. Resultados: Amostra foi composta por 133 pacientes, sendo destes 54,1% (72) do gênero feminino e 45,9% (61) do gênero masculino, com média de idade de 50,05 ± 15,11 anos. A análise dos resultados identificou que a média de AI 24h foi 24,76 ± 9,01 e no consultório 27,86 ± 12,35. Verificou-se uma correlação positiva moderada entre o AI no consultório e o AI nas 24h (p0,05) de colesterol total (GAOS:211,4±9,9 vs.GC:206,8±12,2mg/dL), HDL-colesterol (GAOS:48,4±3,9 vs.GC:49,1±2,3mg/dL), LDL-colesterol (GAOS:133,6±9,6 vs.GC:132,0±10,4mg/dL), triglicerídeos (GAOS:163, 9±18,4 vs. GC:128,3±18,2mg/dL) e PA diastólica glicemia (GAOS:79,0±2,2 vs. GC:76,8±1,9mmHg). A função endotelial, avaliada pelo índice de hiperemia reativa foi semelhante nos 2 grupos (GAOS:1,93±0,02 vs. GC:1,89±0,12; p=0,79). Conclusão: O presente estudo sugere que em indivíduos obesos a AOS ocorre com maior frequência em homens e está associada com valores mais elevados de circunferência do pescoço, glicemia e pressão arterial.

    5

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    TEMAS LIVRES - 22 e 23/11/2012APRESENTAÇÃO POSTER

    28962 28985

    29012 29054Adherencia al tratamiento de HTA en área alejada de grandes centros urbanos en Dpto. Punilla - Pcia de Córdoba - Argentina

    JORGE RAMON RODRIGUEZ.

    Residentes de Clínica Médica, Villa Caeiro, ARGENTINA - Hospital Domingo Funes, Villa Caeiro, ARGENTINA.

    Introducción: La Hipertensión Arterial (HTA) es una enfermedad controlable, de etiología múltiple, caracterizada por la elevación de la presión arterial, que reduce la calidad y expectativa de vida. Que pueden beneficiarse con modificaciones del estilo de vida, evitando o retrasando el desarrollo del daño de órgano blanco. Objetivo: Evaluar el grado de adherencia al tratamiento de las medidas farmacológicas y no farmacológicas, indicadas por los médicos. Material y Metodos: Se diseñó un estudio retroprospectivo, transversal, en el periodo de junio de 2007 y julio de 2009. Se realizó por medio de revisión de HC, se tomó distintas variables como medición de: peso, talla y control de la PA en dos oportunidades por año, al principio y al final de la consulta. Se registró Actividad Física, Peso, IMC y PA. Criterios de inclusión: Personas de ambos sexos. Mayores de 18 años hasta 75 años con diagnóstico de HTA. Criterios de Exclusión: Menores de 18 años y mayores de 75 años. No hipertensos. Hipertensos con menos de 2 controles anuales y los que no se encontraban registrado la Actividad Física, Peso, Talla y PA. Resultados: 50,9 % Masculino; 49,1 % Femenino. 21% (normal); 31% (sobrepeso); 48% (obesidad). IMC Masculino. 14% (normal); 61% (sobrepeso); 25% (obesidad). IMC Femenino. 7% no indicada. Actividad física. 2,8% (mala); 47,4% (regular); 22,8% ( buena). Actividad física. 8,10% (mala); 42,10 (regular) 29,8% (buena). Dieta hiposódica. 3,30% (mala); 45,40 (regular); 31,30 (buena). Disminución de peso. 5% (mala); 10,5% (regular); 86% (buena). Tratamiento farmacológico. Conclusion: Las recomendaciones de realizar actividad física, dieta hiposódica y disminuir de peso, no son cumplidas adecuadamente por los pacientes de nuestro grupo de estudio a pesar de la buena tasa de indicación por parte de los médicos. El tratamiento farmacológico es la que presenta mayor adherencia por parte de los pacientes.

    Prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica em pacientes idosos longevos

    RAFAEL SOUZA DA SILVA, LENORA MARIA DE BARROS E SILVA, WILSON JOSE DE SALES e CAROLINNE ATTA FARIAS.

    NUCLEO DE PREVENÇÃO SENIOR, São Paulo, SP, BRASIL.

    Objetivo: Propõe-se uma avaliação da HAS em idosos longevos (idade ≥ 80a) e seus diversos esquemas terapêuticos, correlações de HAS c/ outras comorbidades. Materiais e Métodos: Est retrospectivo de corte transversal, em pctes idosos longevos (idade ≥ 80 anos) atendidos em amb. A coleta de dados: análise sistemática dos prontuários. Fat. de inclusão: idosos longevos (idade ≥ 80 anos). Fat.de exclusão: pctes com idade < 80 anos. Resultados: Foram avaliados 1063 pctes de agosto/11 a maio/12, sendo 557 mulheres (52,3%) e 506 homens (47,7%). A idade: de 80 anos a 106 anos (idade média de 85,2 anos) sendo 82,5% de octagenários, 14% de nonagenários e 3,5% decentenários. Haviam 69,5 % c/ HAS em tto medicamentoso, sendo a comorb de maior prevalencia (2º - sobrepeso e obesidade: 48,2%; 3º - DLP: 34,9%; 4º-DM: 20%). Outras comorbidades: DAC(9,5%), FA (4,5%), sind demenciais (7,2%) e o tabagismo (3,4%). Em relação a HAS, quando dividido por sexo, a HAS foi mais prevalente no sexo feminino (67,5% vs 62,5%). Nos pacientes com histórico de AVC, a HAS foi prevalente em 81,6%, (30,2% não estavam sob controle da PA). Entre os diabéticos a prevalência foi de 84,9%. Qto ao tto, fármaco mais prescrito foram os BRAs (28,1%), seguidos pelos IECAs (26,6%), diuréticos (18,5%), os Betabloq (15,7%) e pelos BCCs (11,1%). Em terapia combinada: BRA com diurét (21,9%), IECA + diurét (20,4%), BB+diurét (10,9%). Havia ainda 5,4% dos pctes avaliados que não usavam anti hipert e não estavam na meta de PA. Foram ainda encontrados 32,4% dos pacientes hipertensos que, a despeito do uso de anti hipert, não se encontravam dentro da meta pressórica preconizada. Conclusão: Seguindo uma tendência dos países desenvolvidos, o Brasil encontra-se em uma constante mudança na pirâmide etária da população brasileira e projeções de crescimento da população idosa. Os dados apresentados nos demonstram um panorama amplo das comorbidades mais prevalentes nesta população, que, por dependerem de tto medic. prolongado, tornam-se grandes grandes consumidores, sendo o grupo etário de maior consumo de medicamentos e, portanto, movimentando ativamente a economia de tal setor.

    Prevalência de tosse e outros efeitos adversos relacionados ao uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina em pacientes de serviço ambulatorial de hipertensão arterial sistêmica na Bahia

    HUGO COSTA CARNEIRO e MARIO AUGUSTO DA ROCHA JUNIOR.

    Faculdade de Medicina da Bahia, Salvador, BA, BRASIL.

    Objetivo: Avaliar tolerabilidade dos inibidores da enzima de conversão da angiotensina (iECA) em pacientes do serviço de Hipertensão Arterial da FMB-UFBa. Métodos: Trata-se de estudo transversal de prevalência, com coleta prospectiva de dados. Foram avaliados 199 pacientes hipertensos que fizeram uso de iECA por um período mínimo de 12 semanas ou que apresentaram efeitos adversos imediatos levando à suspensão precoce do fármaco. A coleta de dados se deu através de análise do prontuário e entrevista realizados no momento da consulta periódica. Resultados: Cento e noventa e oito pacientes fizeram, em algum momento, uso de captopril e 12 pacientes de enalapril. Cento e oito pacientes (54,5%) relataram o surgimento de pelo menos um efeito adverso associado ao uso de captopril, 4 (36,4%) ao uso de enalapril, e 3 (30%) ao uso de ambos. Tosse foi o efeito adverso relatado mais frequente (48,7% do total de pacientes estudados), com 19,8% dos pacientes desenvolvendo tosse na primeira semana de uso e 60,5% no primeiro ano de uso, não sendo observada correlação entre dose diária e o desenvolvimento do sintoma. O surgimento de algum efeito adverso motivou a interrupção do tratamento em 39,2% dos pacientes estudados, ao tempo que apenas 27,8% dos pacientes que apresentaram tosse persistiram utilizando o iECA. Conclusão: Em nosso meio o desenvolvimento de tosse seca persistente enquanto efeito adverso dos iECA parece ser relativamente comum, mal tolerado e dose-independente, podendo ocorrer mesmo anos após o início do uso da medicação, assim representando uma séria ameaça à adesão ao tratamento.

    Tempo de recuperação da pressão arterial entre tentativas para o teste de força de repetições máximas em hipertensos

    MORAES, M A, OLIVEIRA, R T, SOARES, C F, BEZERRA, E e ROSSATO, M.

    UFAM, Manaus, AM, BRASIL.

    Objetivo: O objetivo do presente estudo foi determinar o tempo de recuperação para a pressão arterial após o teste de repetições máximas (10RM) para hipertensos medicamentados. Pacientes e Métodos: Participaram 20 sujeitos (18 mulheres e 2 homens), idade média 56,95 anos (±7,42), sem experiência com exercícios resistidos captadas na cidade de Manaus. Todos responderam negativamente ao questionário PAR-Q, leram e assinaram o termo de consentimento livre esclarecido. Foram submetidos a um período de familiarização de 6 sessões aos exercícios supino plano (SUP) e cadeira extensora (CE), após esta etapa permaneceram sem treinar no mínimo de 48h antes da aplicação do teste de 10RM. O teste consistiu em realizar 10 repetições máximas até a falha concêntrica no SUP e na CE, o intervalo entre as tentativas foi de cinco minutos e de 20 minutos entre os exercícios. Para encontrar a pressão arterial média (PAM) antes de cada tentativa de 10RM (PRÉ) e nos intervalos de 2 (2PÓS) e 4 (4PÓS) minutos foi aferida a pressão arterial sistólica e diastólica, pelo método auscultatório. Para verificar a normalidade dos dados utilizou-se o teste Shapiro-Wilk, a análise estatística foi realizada pela ANOVA seguido do teste post-hoc de Tukey (p

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    29075Hipertensão arterial secundária por carcinoma de suprarrenal - relato de caso

    DAVI BIZETTI PELAI, AFONSO A CARVALHO LOUREIRO, JUAN CARLOS YUGAR TOLEDO, GILMAR VALDIR GREQUE, PAULO ROBERTO NOGUEIRA e JOSÉ FERNANDO VILELA MARTIN.

    Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, SP, BRASIL.

    Fundamento: Hipertensão arterial sistêmica (HAS) secundária tem prevalência de 3–5% na população. Devem-se excluir medida e tratamento inadequados, hipertensão do avental branco, progressão das lesões nos órgãos-alvos, comorbidades e interação medicamentosa. Na Síndrome de Cushing, a prevalência de HAS é 80% e os carcinomas adrenais correspondem a 10-15% dos casos. Descrição do caso: Mulher, 50 anos, parda, apresentando, há 3 meses, hipertensão arterial, cansaço, dor abdominal e ganho ponderal de 20Kg. Ex-tabagista em uso de losartana 200mg/dia, anlodipino 20mg/dia, atenolol 100mg/dia e metildopa 1000mg/dia. Obesidade central, fascies cushingóide, hirsutismo e estrias dorsais. Aparelho cardiopulmonar normal. Dor em hipocôndrio direito. Edema +/4 em membros inferiores. PA=164x91mmHg. Laboratório – hemoglobina glicada 10; potássio 2,4; bicarbonato 33; relação atividade de renina plasmática/aldosterona < 30; cortisol urinário 840; cortisol após supressão com 1mg de dexametasona e após LIDDLE I 63; ACTH 1; DHEAS 607; androstenediona 8; testosterona total/livre 7,7/0,93; creatinina, catecolaminas plasmáticas, cálcio, paratormônio e função tireoideana normais. RX de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma normais; tomografia – massa em adrenal direita (14,1x11,4x13,8cm); biópsia – neoplasia epitelióide vascularizada (carcinoma do córtex da suprarrenal). Manteve-se hipertensa e hipocalêmica mesmo após otimização da medicação e reposição parenteral de potássio. Comentários: O quadro clínico sugere Síndrome de Cushing. O hipercortisolismo pode ser endógeno ou exógeno. Sua ação no receptor mineralocorticoide aumenta a retenção hidrossalina, explicando edema e hipertensão. Teste de supressão com dexametasona e cortisol urinário são exames recomendados.Tratamento envolve ressecção tumoral e controle pressórico com diuréticos, inibidores da angiotensina II, antagonistas dos canais de cálcio e simpatolíticos centrais.

    29076Associação de hipertensão e cefaléia em pacientes que realizarão monitorização ambulatorial da pressão arterial

    GUILHERME AUGUSTO HETTWER, JAMILLE RIZZARDI LAVA, ROSANE ZANATTA e ALESSANDRO GIRALDES IGLESIAS.

    Universidade do Planalto Catarinense, Lages, SC, BRASIL.

    Fundamento: Cefaléia e hipertensão são condições muito prevalentes que necessitam de atenção principalmente a nível primário e secundário. Demonstram altas taxas de prevalência na população mundial. Associação da cefaléia e hipertensão tem sido proposta desde o início do século XX. Sua associação ou não e a fisiopatologia incerta necessitam de mais entendimento. Materiais e Métodos: Esta pesquisa será realizada em um serviço de referência em cardiologia em Lages-SC com o intuito de relacionar e descrever uma possível associação ou não entre cefaléia e hipertensão. Será utilizada análise sistemática das monitorizações da pressão arterial ambulatorial (M.A.P.A) em pacientes possivelmente hipertensos. Pesquisar-se-á durante seis meses com devido consentimento livre e esclarecido e respeitando a resolução 196/96 de pesquisa em seres humanos. Junto a isso será realizado questionário respondido pelos pacientes e exame físico. Discussão e Resultados: De acordo com a literatura existe muito pouco conhecimento fisiológico para uma possível causa de associação ou não entre hipertensão e cefaléia. Inclusive, alguns estudos mostraram relação inversa entre aumento da pressão arterial e cefaléia. Assim, espera-se realizar (M.A.P.A.) e identificar a prevalência destes assuntos pertinentes para a pesquisa. Conclusão: Estudos revelam existência de pouco conhecimento em relação à associação de cefaléia e hipertensão. Sobretudo, pela dificuldade em selecionar pacientes hipertensos com cefaléia que sejam semelhantes em estágios de hipertensão e comorbidades. Dessa maneira, deseja-se utilizar este estudo em Lages-SC cujo assunto ainda é motivo para novas discussões.

    29077Hipertensão arterial sistêmica e a possível associação com cefaléia: revisão de literatura

    GUILHERME AUGUSTO HETTWER, JAMILLE RIZZARDI LAVA, ROSANE ZANATTA e ALESSANDRO GIRALDES IGLESIAS.

    Universidade do Planalto Catarinense, Lages, SC, BRASIL.

    Fundamento: Cefaléia é uma condição prevalente, incapacitante, muitas vezes sem diagnóstico e tratamento adequados. Já a hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. Associação entre cefaléia e hipertensão foi proposta já em 1913. Porém, sua base fisiopatológica é incerta. Materiais e Métodos: Este estudo teve como objetivo identificar através de uma revisão de literatura uma possível associação ou não entre hipertensão e cefaléia que servirá para estudo realizado em um serviço referência em cardiologia na cidade de Lages-SC. Trata-se de uma revisão de literatura realizada através do levantamento de artigos e periódicos entre 1988-2012 nas bases de dados Medline, Bireme, Scielo, Pubmed, Lilacs e livros textos atuais nas áreas. Utilizando-se como termos chave de acordo com os descritores de ciências da saúde: cefaléia, hipertensão e atenção ambulatorial combinadas em português e inglês. Também foram utilizados livros textos de referência nas áreas. Discussão e Resultados: De acordo com os trabalhos pesquisados existe muito pouco conhecimento fisiológico para uma possível causa de associação ou não entre hipertensão e cefaléia. Há divergências entre resultados com pacientes que realizaram M.A.P.A (monitorização da pressão arterial ambulatorial). Inclusive, alguns estudos mostraram relação inversa entre aumento da pressão arterial e cefaléia. No entanto, resultados mais recentes apontam para possível associação com níveis elevados. Pesquisas buscam explicar a não associação e a relação inversa entre pressão arterial e cefaléia. Conclusão: O estudo revelou existência de pouco conhecimento fisiopatológico na possível relação de cefaléia em pacientes hipertensos. Também se observou dificuldade em associar cefaléia em pacientes hipertensos que fossem semelhantes em estágios de hipertensão e comorbidades. Além do mais, parece haver pouca ou nenhuma relação causal entre hipertensão e cefaléia. Sendo assim, esses achados são motivos para instigar novas pesquisas.

    29085Hipertensão arterial sistêmica: perfil epidemiológico da cidade de Canoas - Rio Grande do Sul, no ano de 2011

    TAISSA BASSO, VANESSA MORELLATO BASSO, CAROLINE COSTI, PRISCILA DALPIAS e SILVIA SCHORIDER.

    ULBRA, Canoas, RS, BRASIL.

    Fundamento: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a morbidade mais comum, na população adulta, nos serviços de emergência do Brasil. Conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes hipertensos é importante ferramenta para gestores e planejadores da saúde na formulação e avaliação de políticas públicas. Objetivo: O objetivo desse estudo foi descrever a distribuição dos indicadores referentes à HAS entre os pacientes cadastrados no ano de 2011 na cidade de Canoas - Rio Grande do Sul, no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HiperDia). Delineamento: Estudo descritivo de dados provenientes do Hiperdia. Métodos: Utilizou-se métodos quantitativos quanto ao número de pacientes hipertensos de acordo com o sexo e doenças concomitantes como tabagismo, sedentarismo e sobrepeso. Também foi descrito o risco estratificado dos indivíduos classificados de acordo com os critérios definidos pelo Hiperdia, no ano de 2011, na cidade de Canoas-RS. Resultados: Há predominância do sexo feminino no cadastramento do Hiperdia em todas as faixas etárias. O sedentarismo é o fator de risco mais prevalente, seguido do sobrepeso e tabagismo. Quanto ao risco, observa-se que, entre os calculados (masculinos e femininos), a maioria dos indivíduos encontra-se na classificação “muito alto risco”. Conclusão: A acentuada diferença entre os cadastros de homens e mulheres encontrada neste estudo indica a necessidade de as unidades locais de saúde aprimorarem suas estratégias de cadastramento no HiperDia, investindo em campanhas de prevenção dos fatores de risco.

    7

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    29086Hospitalizações por hipertensão arterial na rede pública do Brasil, no ano de 2011

    TAISSA BASSO, VANESSA MORELLATO BASSO, PRISCILA DALPIAS, SILVIA SCHORIDER e CAROLINE COSTI.

    ULBRA, Canoas, RS, BRASIL.

    Fundamento: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das mais importantes causas de morbi-mortalidade universal, estudos epidemiológicos são fundamentais para se conhecer o perfil dos pacientes. Objetivo: Este trabalho objetiva dimensionar as hospitalizações por HAS em pacientes da faixa etária dos 20 aos 69 anos, na rede pública do Brasil, no ano de 2011. Métodos: Os dados foram obtidos na base de dados do Datasus, do Ministério da Saúde. As variáveis utilizadas foram faixa etária (entre 20 e 69 anos), região brasileira, taxa de mortalidade, média de permanências em dias das internações, valor médio das internações e valor total, por região. Foram estudadas as cinco regiões brasileiras no ano de 2011. Resultados: Observou-se que o número de internações vai aumentando de acordo com o envelhecimento. O maior volume de internações (35% das internações) por HAS está na faixa dos 60 aos 69 anos. A média de permanência em dias difere de região, sendo mais alta na região Sudeste (média em dias de 4,8 os homens e 3,9 mulheres). A taxa de mortalidade por hipertensão foi mais alta na região Sudeste (homens 1,98% e mulheres 1,66%) e menor foi na região Sul, 1,28% e 0,8% em homens e mulheres, respectivamente. O valor total gasto em hospitalizações por hipertensão foi de R$ 16.959.858. Conclusão: As hospitalizações por HAS pelo SUS reforçam a necessidade de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da prevenção primária, no sentido de organizar a atenção no nível básico e diminuir o número de hospitalizações.

    29092Hipertensão arterial associada aos fatores de risco para a aterosclerose no bairro do Alto da Maravilha, Senhor do Bonfim, BA

    RAIANE DOS SANTOS PEREIRA, POLYANE MEDEIROS ALVES E ALVARO LUIS MULLER DA FONSECA.

    Universidade do Estado da Bahia (UNEB), DEDC7, LaIm, Senhor do Bonfim, BA, BRASIL.

    Fundamento: Aspectos da hipertensão arterial associada aos fatores de risco para aterosclerose e mecanismos celulares e moleculares da aterogênese foram descritos. Investigou-se a prevalência da hipertensão e das dislipidemias associada à aterosclerose em pacientes do Programa HIPERDIA no Bairro Alto da Maravilha de Senhor do Bonfim, BA. Delineamento: Estudo de corte transversal. Métodos: Escolheu-se, por conveniência 432 famílias divididas nos grupos hipertensos (HAS) e não hipertensos (NHAS). Nas 216 famílias HAS, encontrou-se 854 indivíduos, dos quais se apartou 620 indivíduos após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão; destes, 110 hipertensos constituíram a amostra HAS do estudo (17,74% do total da população). Nas 216 famílias NHAS, aplicou-se os critérios de inclusão e exclusão em 846 indivíduos, dos quais se apartou 80 (13,11%). Resultados: Constatou-se que 41% dos hipertensos encontravam-se na faixa etária entre 63 - 77 anos, e 35% dos NHAS entre 33 - 47 anos; em ambos a maioria era do sexo feminino. Os hipertensos apresentaram maior prevalência em todas as características analisadas, destacando-se tabagismo (14,73%), sedentarismo (30,52%) e obesidade (30%). Houve diferenças significativas nas comparações de LDL-HAS e LDL-NHAS (p=0,0334), CT-HAS e CT-NHAS (p=0,0003), e TG-HAS e TG-NHAS (p=0,0216) Encontrou-se diferença significativa no TG desejável entre os grupos HAS e NHAS (p=0,0103). Conclusão: Observaram-se correlações lineares positivas no grupo HAS entre LDL e CT, CT e TG. Pacientes hipertensos e NHAS podem apresentar índices lipídicos similares, porém há diferenças quanto a LDL, CT, TG e se associados a sedentarismo, tabagismo, obesidade e dislipidemias podem levar a desenvolver aterosclerose.

    29106Relação entre indicadores de obesidade e pressão arterial em indivíduos com insuficiência cardíaca

    VÂNIA AMES SCHOMMER, ESTEFANIA INEZ WITTKE, ANDRE LUIS CAMARA GALVAO, CAMILA WESCHENFELDER, ROMULO DA SILVA SCHUDIKIN, KAREN LEMOS, JULIO R VIEGAS, JUVENAL SOARES DIAS DA COSTA, AIRTON TETELBOM STEIN e ALINE MARCADENTI.

    Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, RS, BRASIL - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, BRASIL - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Porto Alegre, RS, BRASIL.

    Objetivo: Avaliar associação entre indicadores de obesidade, pressão arterial sistólica e diastólica em indivíduos com insuficiência cardíaca. Métodos: Estudo transversal entre indivíduos maiores de 18 anos de ambos os sexos. Foram aferidas circunferência do pescoço, pressão arterial e níveis séricos de triglicerídeos, para determinação da cintura hipertrigliceridêmica. Calculou-se razão cintura-quadril (RCQ) e índice de massa corporal (IMC). Os dados foram expressos em média±DP ou percentual. Foram usados os testes de ANOVA, ANCOVA, correlação de Pearson e regressão linear múltipla. Resultados: 60 participantes foram incluídos: idade 62,8 ±11,5 anos, 61,7% homens, 36,7% apresentavam EWET (cintura hipertrigliceridêmica) e 78,3% diagnóstico médico prévio de HAS. Entre os homens as médias de PAS com e sem EWET foram (121,3±16,4 vs. 119,9±20,1 P=0,9) e PAD (77,5±12,8 vs. 70,5±11,3 P=0,2) e entre as mulheres com e sem EWET (128,0±15,6 vs. 117,8±21,1 P=0,2) e PAD (79,1±7,0 vs 68,9±7,8 P=0,007). No sexo masculino observou-se uma correlação entre PAS e CC (r=0,39, P=0,04) e entre as mulheres correlação significativa entre PAD e CC (r=0,54, P=0,01), CP (r=0,54, P=0,01) e IMC (r=0,50, P=0,02). Após ajustes para idade a média de PAD permaneceu maior entre as mulheres com EWET (P =0,01), e houve associação entre PAD e CC (β=0,35, EP=0,1, P= 0,02), CP (β =1,32, EP=0,5, P= 0,02) e IMC (β =0,49, EP=0,2 P= 0,03) entre as mulheres e PAS e CC entre os homens (β =0,47, EP=0,2, P= 0,04). Conclusão: Existe uma associação direta entre CC, CP, IMC e PAD em mulheres com EWET e CC e PAS em homens.

    29113Síndrome pseudotumoral associada à isotretinoína

    DANIELLY MARISA WAGNER, DANIEL RICARDO NUNES e DANIELA ZONIN.

    Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, BRASIL.

    Fundamento: A síndrome pseudotumoral ou hipertensão intracraniana idiopática pode ocorrer como uma reação adversa rara ao uso de isotretinoína. Ocorre predominantemente em mulheres jovens, obesas, manifestando-se com cefaléia acompanhada de vertigem e alterações visuais, caracterizada pelo aumento da pressão intracraniana, na ausência de lesões detectáveis. Descrição do caso: Paciente E.A.M., 29a, feminina, obesa, tabagista; compareceu ao pronto atendimento de um hospital universitário apresentando cefaléia holocraniana intensa, náusea, vômitos, vertigem, diplopia e ataxia. Previamente hipertensa, com picos hipertesivos de até 200x100mmHg, em uso de Captopril 25mg/d. Em acompanhamento no ambulatório de Dermatologia por rosácea em região frontal, nasal e malar, submetida a tratamento com Isotretinoína. Os sintomas que fizeram a paciente procurar atendimento no PA ocorreram menos de dez dias após início do tratamento dermatológico. Aventou-se a hipótese diagnóstica de urgência hipertensiva x síndrome pseudotumoral pela isotretinoína. Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral, lúcida, hidratada, hipertensa (180x130mmHg), sem sinais de irritação meníngea. Conduta inicial: Repouso absoluto, monitorização, verificação de PA 2/2h e iniciado clonidina 0,15mg VO 6/6h. Ao exame oftalmológico, apresentava papiledema e alterações vasculares retinianas provavelmente decorrentes da HAS. Tomografia de crânio sem alterações. Na reavaliação, a paciente permanecia com diplopia e instabilidade postural e de marcha, além de variação pressórica importante. Internada no CTI por instabilidade hemodinâmica e neurológica. Comentários: Dentre as possíveis reações adversas associadas à isotretinoína, relatam-se casos de distúrbios visuais, papiledema, cefaléia e hipertensão intracraniana (pseudotumor cerebral). Diante de um quadro de urgência hipertensiva e cefaléia, constitui-se em diagnóstico diferencial importante.

    8

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    29120Associação entre níveis plasmáticos do oxido nítrico (ONp) e pressão arterial sistêmica

    OLIVEIRA, A R, CRUZ, I B M, BELLÓ, C, NACIMENTO, R K, FIGUEIRA, G C, VIEGAS, K, MORESCO, R N, RIBEIRO, E E, CATTANI, M F M e RIBEIRO, E A M.

    Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, BRASIL.

    Objetivo: Investigar a associação de Óxido Nítrico (ONp), um biomarcador plasmático do estresse oxidativo, com níveis elevados de pressão arterial sistêmica de idosos ribeirinhos da Amazônia. Métodos: Uma sub-amostra de 593 idosos (275 homens/318 mulheres) inseridos na Estratégia de Saúde da Família do município amazonense de Maués - AM com idade média de 72,28±8,05 (60-99) anos foi investigada. Foi aplicada entrevista estruturada para avaliar história clínica e estilo de vida, assim como avaliações antropométricas e bioquímicas relacionadas ao estudo, entre elas a medida da pressão arterial sistólica/diastólica (PAS/PAD), realizada por dois profissionais da saúde em dois momentos distintos, seguindo as instruções da V Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Os níveis de ONp foram bioquimicamente determinados por espectrofotometria. Os idosos foram agrupados segundo níveis elevados do ONp, representando o percentil 75, determinada para ambos os sexos, sendo então comparado os níveis de PAS/PAD bem como de outros marcadores do estresse oxidativo como lipoperoxidação (TBARS). Potenciais fatores intervenientes nos resultados obtidos foram testados via análise multivariada por regressão logística. Resultados: Os níveis médios de ONp foram de 32,82± 26,46 com uma um valor de percentil 75 de 41 para homens e 45 para as mulheres. Nas mulheres níveis elevados de PAS (> 140 mm/Hg) foram associados a níveis elevados de ONp independente da idade, história de hipertensão, diabetes, obesidade e outras doenças cardiovasculares. Nos homens tal associação não foi observada. Conclusão: Os resultados sugerem que ONp plasmático pode indicar em idosas mulheres PAS não controlada, independente de outros fatores de risco cardiovascular.

    29123Alternância do horário do sono em trabalhadores de turno: fator de risco para hipertensão arterial?

    NUBIA BERNARDES CARVALHO, ANDRÉ SILVA RODRIGUES, ALINE FERNANDES SILVA, BERNARDO PINTO COELHO KEUFFER MENDONÇA, MARILUCY OLIVEIRA SANTOS, LUIZ AUGUSTO MARTINS SILVA, MÁRCIA ELIVANE ALVES, VIRGÍNIA CAPISTRANO FAJARDO, RAIMUNDO MARQUES NASCIMENTO NETO e MARIA LILIAN SALES.

    Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, MG, BRASIL.

    Objetivo: Verificar a prevalência da Hipertensão Arterial em população jovem de trabalhadores de turno de uma mineradora da Região dos Inconfidentes – Mariana, MG; Relacionar essa prevalência às características dessa população. Casuística e Métodos: Estudo transversal com 698 indivíduos do sexo masculino que trabalham em turnos alternados na função de operadores de máquina. Realizou-se avaliação clínica dos funcionários. O método da aferição e classificação da pressão arterial seguiu as recomendações da VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010 (VI DBH). Foram também aplicados os questionários demográficos e o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Resultados: A média de idade dessa população foi de 35,5 anos (±7,1 anos). 64,6% dos indivíduos declararam cor de pele não branca; 67,3% eram casados, 22,6% solteiros e 10,1% divorciados; em relação à escolaridade, a maior parte tinha ensino médio completo (86,9%). No IPAQ, viu-se que a população é predominantemente sedentária. Dos 698 indivíduos, 198 (28,4%) foram identificados com Hipertensão Arterial, sendo que 112 (16,1%) em Estágio I, 23 (3,3%) em Estágio II e 63 (9,0%) em Hipertensão Sistólica Isolada. Conclusão: A prevalência de Hipertensão Arterial encontrada foi de 28,4%, próxima à média estimada para a população masculina brasileira (35,8%), sem estratificação por idade (VI DBH). Pensa-se, então, haver outros fatores associados a esta população que aumente a prevalência da HA, com destaque para o trabalho de turno. Além desta modalidade laborativa, o sedentarismo e a alta porcentagem de indivíduos declarados não brancos talvez possam explicar esse achado.

    29126Influência da origem da doença renal crônica na capacidade funcional e força muscular respiratória

    ANGELA SARTORI, TÂNIA REGINA CAVINATTO FASSBINDER, JULIANA SCHNEIDER, OLVÂNIA BASSO DE OLIVEIRA e ELIANE ROSELI WINKELMANN.

    Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do, Ijuí, RS, BRASIL.

    Objetivo: Avaliar se existe diferença na capacidade funcional e a força muscular respiratória (FMR) entre as diferentes origens da doença renal crônica (DRC). Métodos: Estudo transversal, analítico, descritivo, onde foi avaliada a origem da doença, capacidade funcional e a FMR, em 54 portadores de DRC. A pesquisa foi aprovada pelo CEP/UNIJUÍ (nº 0086/2009). Foi avaliado: perfil, peso, estatura, IMC, origem da DRC por diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS), ou outras patologias, FMR, capacidade funcional máxima (VO2máx) e submáxima pelo teste de caminhada em seis minutos (TC6min). Os dados foram analisados no pacote estatístico SPSS (versão 18.0, Chicago, IL, EUA). Resultados: Foram avaliados 54 DRC, com idade de 60,09±32, 45 anos, 72,25±39,01 Kg, altura de 1,62±87,76 m, IMC de 27,23±14,73, classificando a população como sobrepeso. Quando questionados quanto a origem da doença, 5 desenvolveram devido o DM, 08 HAS, 14 HAS + DM, 27 por outras patologias. Ao avaliarmos a FMR, TC6min e VO2máx, com a origem da DRC tivemos respectivamente, 56,60±24,40 cmH20, 382,00±141,69 m e 17,31±3,15 ml/O2/Kg/min no DM; 66,12±29,11cmH20, 406,12±68,00 m e 18,57±3,57ml/O2/Kg/min na HAS; 79,07±39,69cmH20, 378,14±111,20 m e 16,54±5,84ml/O2/Kg/min na HAS + DM; 68,18±33,20cmH20, 427,15±108,28 m e 18,15±6,26 ml/O2/Kg/min em outras patologias. Conclusão: Pacientes que tiveram a origem da doença devido a outras patologias apresentaram um TC6min bem maior quando comparados a HAS e DM, já a FMR foi maior em DRC que tiveram a origem da doença por HAS + DM.

    29127A consulta de enfermagem como estratégia para assistência do idoso hipertenso

    FERNANDA LOUREIRO IGNÁCIO e SALETE MARIA DE FÁTIMA SILQUEIRA.

    Escola de Enfermagem da UFMG, Belo Horizonte, MG, BRASIL.

    Objetivo: O objetivo do trabalho em uma primeira etapa, por meio de uma revisão integrativa da literatura, foi verificar a existência de pesquisas científicas que abordassem o tema assistência de enfermagem a pacientes idosos hipertensos com intuito de verificar os instrumentos necessários para a realização de uma assistência qualificada a esse grupo específico da população. Métodos: Posteriormente em uma segunda etapa foram realizados vários treinamentos com alguns enfermeiros do ambulatório de um grande hospital público de Belo Horizonte, nos quais foram explicados e exemplificados os instrumentos definidos pela literatura que engrandeceram a assistência de enfermagem. Tal idéia surgiu da nossa prática clínica diária em atender majoritariamente esse perfil específico de paciente. Pensou-se como a enfermagem poderia contribuir, por exemplo, para o aumento da adesão ao tratamento da hipertensão arterial, já que muitos dos idosos hipertensos atendidos no referido ambulatório permaneceram com exames alterados mesmo após as orientações terapêuticas incluindo as farmacológicas e não farmacológicas. Após análise dos artigos selecionados realizou-se o levantamento de algumas “ferramentas” consideradas importantes, entre elas, a implementação de ações educativas,a inclusão familiar no tratamento, a prestação de uma assistência de enfermagem sistematizada, o estabelecimento de uma relação saudável entre enfermeiro e paciente, a aplicação da Teoria do Autocuidado de Orem e, finalmente, o conhecimento solidificado relacionado ao envelhecimento e fisiopatologia da hipertensão arterial no idoso. Conclusão: Foi demonstrado que quando implementados possibilitam o alcance de resultados bastante satisfatórios na terapêutica de idosos hipertensos. Entre outros resultados, um trabalho mais consistente da enfermagem, implicou não só em maior adesão à terapia proposta, proporcionando aumento da qualidade de vida, mas também em uma diminuição da ocorrência de complicações da doença e, conseqüentemente, dos gastos públicos decorrentes das internações hospitalares dessa população específica.

    9

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    29130Risco de desenvolver hipertensão arterial sistêmica em uma amostra da população de Porto Velho – Rondônia

    FIALHO, D C, LUCENA, F V G, SOUZA, L C A, MONTEIRO, R S, PROENCA, T L, ADÃO, A F, YAMAMOTO, N Y, DIAS, J F R e ALMEIDA, R C.

    Universidade Federal de Rondonia, Porto Velho, RO, BRASIL.

    Objetivo: Avaliar a população residente na cidade de Porto Velho - RO quanto à prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o risco de desenvolvê-la em quatro anos. Métodos: Foram utilizados métodos quantitativos, descritivos e amostragem aleatória simples. Foram inclusos indivíduos atendidos em duas unidades de Atenção Primária de Saúde. O estudo aconteceu entre setembro de 2010 e dezembro de 2011 através de visitas domiciliares para preenchimento de questionário sobre fatores de risco para desenvolver HAS e verificação de medidas (Pressão Arterial, peso, altura e cintura abdominal). Os dados foram compilados no EpiInfo e realizado cálculo do risco de desenvolver HAS em quatro anos com base no escore de Framingham para HAS. Resultados: A amostra incluiu 1125 indivíduos, sendo 445 homens. A média de idade foi 45 anos, amplitude de 21 a 105 anos (DP:12,45). Da amostra, 413 (36,3%) afirmaram ter diagnóstico prévio de HAS, 611 (54,7%) negaram ter HAS enquanto 101 (9%) não souberam informar. Da amostra, 569 (51,0%) participantes não tinham diagnóstico prévio de HAS e não apresentavam alteração de PA no momento da aferição. Para estes foi realizado o cálculo de risco de desenvolver HAS em quatro anos. Constatou-se que 191 pessoas (33,5%) pertencem ao grupo de baixo risco (< 5%), 68 (12%) ao de médio risco (5-10%) e 310 (54,5%) apresentaram alto risco (> 10% de chance para desenvolver HAS). Conclusão: A prevalência de HAS foi alta e mais da metade dos indivíduos normotensos possui alto risco para desenvolver HAS em quatro anos. Portanto há uma necessidade de otimizar a prevenção no Sistema Único de Saúde.

    29131Prevalência de hipertensos em uma amostra populacional da Amazônia Ocidental

    DIEGO JORDÃO LINO DIAS, CARLOS HENRIQUE SPESIA, KARIME TUYANE PINHEIRO DEGUCHI, PAMELA RODRIGUES DE SOUZA, SORAIA MARIELE MEDEIROS CALIXTO, ANA CLEIDE SILVA SOUZA, THOMAZEVISC DE SOUZA DA SILVA, ALANA ALMEIDA CAMPIONE, DANIELLE CARVALHO FIALHO e RAITANY COSTA ALMEIDA.

    Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, RO, BRASIL.

    Objetivo: Avaliar uma amostra populacional residente na cidade de Porto Velho - RO, coberta pelo Programa Saúde da Família quanto à prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Delineamento: Realizado estudo transversal, por meio de métodos descritivos, quantitativos e qualitativos. Amostra: Elaborado o Cálculo da Amostra Proporcional, com base na prevalência média de hipertensos no Brasil (32,5%). Estimado o tamanho amostral mínimo de n= 338 indivíduos, com intervalo de confiança 95 (1 - α) %. Métodos: O estudo foi realizado entre setembro de 2010 e dezembro de 2011 em duas etapas. A primeira consistiu em visitas domiciliares para preenchimento de questionário padronizado, o qual abordava fatores de risco como Diabetes Mellitus, HAS, dislipidemia, uso de medicamentos, história familiar de HAS e tabagismo. Além de verificação de medidas como: Pressão Arterial, peso, altura, cintura abdominal e investigação laboratorial básica direcionada à hipertensão. A segunda etapa consistiu na compilação dos dados no programa estatístico EpiInfo. Resultados: A amostra incluiu 1125 indivíduos, sendo 39,5% do sexo masculino. A média de idade foi 45 anos, amplitude de 21 a 105 anos (DP: 12,45). Da amostra, 413 (36,3%) afirmaram ter diagnóstico prévio de HAS, 611 (54,7%) negaram ter HAS, enquanto 101 (9%) não souberam informar. Das 712 pessoas não sabidamente hipertensas, 143 (20,08%) apresentaram níveis pressóricos acima do preconizado (Pressão arterial ≥ 140/90 mmHg). Conclusão: Na amostra de 1125 indivíduos, 556 (49,4%) apresentaram HAS. Sendo que 143 (12,7%) indivíduos desconheciam ser hipertensos. Nota-se uma prevalência amostral de HAS superior a da média nacional, chamando atenção para medidas intervencionistas e preventivas.

    29133NOIA – Neuropatia óptica isquêmica anterior – relato de caso clínico

    WAGNER, D M, NUNES, D R, ZONIN, D e WAGNER, L G.

    Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, BRASIL - PUC-PR, Curitiba, PR, BRASIL.

    Fundamento: A neuropatia óptica isquêmica anterior (NOIA) é uma disfunção causada pela redução temporária ou permanente na perfusão sanguínea do segmento anterior do nervo óptico. Seu subtipo mais comum, denominado NOIA não arterítica, relaciona-se a vasculopatias sistêmicas, tais como a hipertensão arterial. Ocorre isquemia do nervo óptico devido à perfusão insuficiente das pequenas artérias ciliares posteriores, após variação pressórica importante. Descrição do caso: Paciente A.R.S, feminina, 37 anos, compareceu ao pronto atendimento de um hospital universitário com perda visual súbita à esquerda. Negava dor ocular, prurido, trauma ou outra sintomatologia local. Na noite anterior ao evento, a acuidade visual era normal; ao acordar, havia perda visual total. Ao exame oftalmológico, observou-se midríase paralítica e córnea clara, movimentos oculares preservados. Realizado exame de fundo de olho, que evidenciou NOIA em olho esquerdo, com baixa percepção luminosa. A tomografia computadorizada do crânio demonstrou ausência de lesões. Confirmou-se, portanto, um quadro de NOIA sem outras repercussões neurológicas. Comentários: É interessante notar que pacientes com esta patologia apresentam queixas de acuidade visual pior ao acordar, conforme observado na paciente deste estudo. Este fato é atribuído à hipotensão arterial noturna, que pode ser agravada quando são utilizados medicamentos hipotensores potentes. A NOIA, anteriormente relacionada apenas a pacientes com mais de cinqüenta anos, tem sido diagnosticada também em pacientes jovens, nos quais hipercolesterolemia foi identificada como fator de risco. Apesar disso, há poucos estudos relacionando pacientes mais jovens e a neuropatia óptica isquêmica anterior.

    29134Hipertensão arterial sistêmica refratária associada a aldosteronoma

    DANIELA ZONIN, DANIELLY MARISA WAGNER e DANIEL RICARDO NUNES.

    Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, BRASIL.

    Fundamento: O aldosteronoma é a hipersecreção de aldosterona causada por tumor adrenal unilateral chamado adenoma. Provoca retenção de sódio e hipocalemia, levando a hipertensão. Em torno de 6 a 13% dos hipertensos apresentam hiperaldosteronismo primário, e essa prevalência está aumentando. Descrição do caso: Paciente feminina, 41 anos, atendida em serviço de pronto atendimento por pico hipertensivo de 175x140mmHg. Apresenta hipertensão arterial sistêmica há 20 anos, com tratamento medicamentoso. Há um ano iniciou quadro de pressão arterial (PA) descontrolada, chegando até 270x140mmHg, sem sintomas neurológicos. Estava em uso de três classes de anti-hipertensivos: inibidor de enzima conversora de angiotensina, bloqueador de canal de cálcio e bloqueador de canal de sódio. Os exames laboratoriais apresentavam elevação dos níveis de creatinina sérica e hipocalemia. Em acompanhamento ambulatorial, mesmo após tratamento com cinco classes de anti-hipertensivos em doses máximas, a paciente persistia com PA refratária. Seguindo a investigação diagnóstica, a função da tireóide estava normal, e a razão aldosterona/renina sérica estava elevada. O teste de supressão adrenal mostrou resultado negativo. Em investigação de hipertensão secundária, o ecodoppler de artérias renais apresentava-se normal. A tomografia de glândulas adrenais apresentou um nódulo em adrenal esquerda, de 1,6cm, sugerindo adenoma. Após adrenalectomia esquerda total, paciente apresentou redução dos valores da PA. O anatomopatológico confirmou adenoma. Comentários: O hiperaldosteronismo primário é uma condição frequente de hipertensões secundárias, devendo sempre aventar a hipótese em pacientes com diagnóstico de hipertensão refratária e em faixas etárias atípicas.

    10

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    29138Associação entre hipertensão arterial e doença periodontal - Revisão da literatura

    DANIELLY MARISA WAGNER, LETICIA GRAZIELLY WAGNER, DANIEL RICARDO NUNES, DANIELA ZONIN e ANTONIO GERALDO SANTANA QUEIROZ.

    UFSM, Santa Maria, RS, BRASIL - PUC PR, Curitiba, PR, BRASIL.

    Fundamento: A doença periodontal é uma infecção crônica, cuja patogênese relaciona-se à colonização por bactérias gram negativas e anaeróbicas, culminando na destruição do ligamento periodontal e osso alveolar. Caracteriza-se pela presença de sangramento, edema e aumento do fluido cervical. Há intensa reação inflamatória, da qual participam citocinas como IL-1, IL-6, TNF-α, que parecem ser influenciadas por fatores de risco como estresse, diabetes mellitus, hipertensão arterial, tabagismo, entre outros. Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever, por meio de revisão da literatura, a relação entre as doenças periodontais e a hipertensão arterial sistêmica, doenças de alta prevalência na população mundial. Resultados: Em pacientes hipertensos, especialmente devido à hipertensão sistólica, ocorre proliferação da camada íntima dos vasos sangüíneos. Com a redução da vascularização da membrana periodontal (decorrente da redução do lúmen dos vasos) ocorrem áreas de isquemia próxima às fibras periodontais, lesionando irreversivelmente a região. Observa-se que quanto maior o grau de hipertensão arterial, maior a gravidade da doença periodontal. Além disso, em pacientes portadores de doença periodontal, os níveis de pressão sistólica e diastólica foram superiores em relação aos indivíduos com saúde periodontal. Outro fato relatado é que em pacientes com aumento de ventrículo esquerdo, decorrente da hipertensão arterial sistêmica, existe maior associação com periodontite moderada a grave, já que com a sobrecarga de pressão, há alterações na microcirculação de forma acelerada, ocasionando áreas de isquemia periodontal. Conclusão: Tendo em vista a alta prevalência das duas condições na população, é indispensável a avaliação periodontal nos pacientes hipertensos, visando refinar a avaliação do risco cardiovascular.

    29141Influência da hipertensão arterial sistêmica na capacidade funcional de doentes renais crônicos

    LAURA FRANCISCA S BRANT RIBEIRO SOZZI, TÂNIA REGINA CAVINATTO FASSBINDER, JULIANA SCHNEIDER, OLVÂNIA BASSO DE OLIVEIRA e ELIANE ROSELI WINKELMANN.

    Unijuí, Ijuí, RS, BRASIL - Hospital de Caridade de Ijuí, Ijuí, RS, BRASIL.

    Objetivo: Avaliar a presença de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a sua influência sobre a capacidade funcional em doentes renais crônicos (DRC). Delineamento: Estudo analítico, transversal e descritivo, aprovado pelo CEP/UNIJUÍ (nº 0086/2009). Métodos Foram avaliados 54 portadores de DRC que estão em tratamento no interior do Rio Grande do Sul. Foi avaliado: perfil, peso, estatura, presença de HAS, capacidade funcional máxima (VO2) e submáxima (TC6min). A análise estatística foi realizada no pacote estatístico PASW Statistics Data Editor (versão 18.0, Chicago, IL, EUA). Resultados: A amostra realizada com 54 DRC apresentou-se com idade de 60,09±32,45 anos, peso 72,25±39,01 Kg, altura 1,62±87,76m, IMC de 27,23±14,73, classificando a população como sobrepeso. Em relação a presença de HAS 46 (85%) apresentam essa patologia. Quando comparados a capacidade física nos pacientes com e sem HAS tivemos respectivamente: 409,24±115,07m e 395,12±31,12m (p=0,489) no TC6min; 17,99±5,55 e 16,37±5,92 ml/O2/Kg/min (p=0,458) no VO2 máx. Conclusão: Na amostra analisada a HAS não interferiu na capacidade funcional máxima e submáxima dos DRC, pois comparando os grupos não houve diferença estatisticamente significativa. Percebeu-se é que o número de DRC que possuem HAS é bem maior que os que não possuem.

    29266Avaliação da relação entre o estresse mental e a hipertensão na gestação

    OSMAR ARAUJO CALIL, RAFAELA VIEIRA FRANKLIN, DANIELLE CRISTINA FILGUEIRA ALVES BATISTA, LUCCAS JOSÉ KRAUSE BINDA, LÍVIA BUSSULAR FRIGERI, DARLAN DADALT, KAREN CONSUEGRA ALVES, ALEX GOMES RODRIGUES, LUIZ FERNANDO MACHADO BARBOSA E RENATO GIESTAS SERPA.

    EMESCAM, Vitória, ES, BRASIL.

    Objetivo: Avaliar a resposta vascular induzida pelo estresse mental em gestantes através da pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC). Métodos: Foram selecionadas 24 gestantes entre 22 a 28 semanas de gestação, subdivididas em grupo A: gestantes normotensas e grupo B: gestantes hipertensas. Ambos foram submetidos ao estresse mental (SM) e foram aferidas a PA e FC em repouso e no pico do SM. Resultados: Grupo B apresentou maior incidência de história prévia de abortos (0,4) em relação ao grupo A (0,14). O IMC do grupo A (27,7) foi menor, comparado com o do grupo B (36,11). Ao analisar os parâmetros pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e FC durante o SM, nos grupos isolados em relação ao repouso, observa-se elevação destes valores no estresse em relação ao basal, demonstrando a efetividade do experimento. Quando comparado o grupo A com o B em relação à PAS, PAD e FC em ambos os momentos (repouso e SM), a elevação da PAS e FC nos dois grupos foram semelhantes (p= 0,338) e (p=0,202) respectivamente. No entanto, ao comparar a PAD observa-se significativa elevação no grupo B (p=0,014). Conclusão: O SM foi efetivo como experimento para análise, já que em todos os grupos observa-se o aumento da PA e da FC. Na gestação a PAD foi a variável de maior relevância nas gestantes hipertensas na indução do SM, tal fato pode ser influenciado pela própria hipertensão arterial associada a maior reatividade pressórica e o elevado IMC no grupo B. A PAD é a variável de maior significância para as gestantes hipertensas durante a indução do estresse mental.

    29407Prevalência de fatores tradicionais de risco cardiovascular em pacientes em hemodiálise em Porto Alegre, RS

    JAYME EDUARDO BURMEISTER, VERIDIANA BORGES COSTA, GISIANE MUNARO, JAPÃO DROSE PEREIRA, CAMILA BORGES MOSMANN, RENATO BUDZYN DAVID, RENATA RECH GRANDI, JEAN PIERRE WASSAF YOUSSEF, JULIANO BASTOS e GUIDO BERNARDO ARANHA ROSITO.

    Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, BRASIL.

    Fundamento: Estudos observacionais nos pacientes em hemodiálise por insuficiência renal crônica demonstram altas taxas de mortalidade e as doenças cardiovasculares representam aproximadamente 50% desses eventos, provavelmente devido a um perfil de alto risco cardiovascular. No entanto, a maioria desses estudos não são de base populacional ou apresentam problemas metodológicos, especialmente quanto à coleta de dados. Objetivo: Descrever, em uma primeira fase, a prevalência de fatores de risco cardiovascular em pacientes renais crônicos sob hemodiálise ambulatorial em uma população urbana de nosso país. Casuística e Métodos: Estudo transversal (Fase inicial do Projeto CORDIAL) com toda a população de pacientes em hemodiálise na cidade de Porto Alegre - Brasil, incluindo 1.215 (97,3%) dos 1.249 indivíduos com esse tratamento nos 15 centros especializados da cidade. Foram analisados os prontuários médicos dos pacientes e realizada entrevista individual com um questionário padronizado e validado. Foram determinadas as prevalências de hipertensão arterial (PA > 140/90 mmHg ou uso de medicação antihipertensiva), diabete melito 1 ou 2 (diagnóstico informado, uso de hipoglicemiante ou glicemia de jejum > 115 ou > 200 mg/dL em qualquer horário), dislipidemia (colesterol total > 200, LDL > 160, HDL < 40 ou triglicerídeos > 200 mg/dL ou uso de hipolipemiantes), tabagismo atual ou passado, sedentarismo (ausência de atividade física), sexo masculino e idade > 60 anos. Resultados: Foram incluídos 1.215 pacientes – 97,3% da população total desses pacientes nos 15 centros de diálise da cidade no período de agosto/2010 a março/2011. O tempo em diálise (média) era de 49,5 meses e 57% estava em diálise há menos de 3 anos. A média de idade era 58,3 anos, sendo 59,5% homens e 62,3% não-afrodescendentes. Havia 46,0% de idosos (> 60 anos de idade), 87,2% de hipertensos, 36,7% de diabéticos, 78,3% com dislipidemia, 53,7% tabagistas e 73,1% sedentários. Conclusão: As prevalências dos principais fatores de risco cardiovascular nesta população são bastante elevadas, sendo maiores do que as da população geral e de outros estudos realizados em hemodialisados anteriormente no Brasil.

    11

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    29415Hipertensão arterial, sua associação com outros fatores de risco (FRCV) e eventos cardiovasculares

    GILBERTO CAMPOS GUIMARAES FILHO, PAULO CESAR BRANDAO VEIGA JARDIM, ANA LUIZA LIMA SOUSA, THIAGO DE SOUZA VEIGA JARDIM e WEIMAR KUNZ SEBBA BARROSO DE SOUZA.

    Liga de Hipertensão da UFG Goias, Goiania, GO, BRASIL.

    Fundamento: A hipertensão arterial (HAS) é uma doença crônica de elevada prevalência e um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). Objetivo: Avaliar a associação da HAS com outros FRCV e eventos CV. Delineamento: Estudo transversal, observacional, descritivo. Amostra: Tendo como amostra representativa de hipertensos cadastrados no sistema HIPERDIA em Rio Verde-Goiás-Brasil. Métodos: Aplicado questionário padronizado com medidas de pressão arterial, raça, peso, altura, índice de massa corpórea (IMC). Pesquisa de diabetes (DM), acidente vascular encefálico (AVE), insuficiência renal crônica (IRC), infarto do miocárdio (IM), Dislipidemia e revascularização miocárdica. Os dados foram armazenados (Microsoft Excel) e analisados pelo SPSS-15. Resultados: Dos 1451 hipertensos avaliados a maioria era do sexo feminino (57,7%). Encontrou-se 62,1% de excesso de peso (IMC > 25) sendo 31,2% de sobrepesos e 30,9% de obesos. A prevalência de hipertensos diabéticos foi de 29,5%, dentre eles 28,2% sob controle pressórico (PA < 135x80mmHg). O grupo de sedentários representou 54,3% seguidos de 24,5% de tabagistas e 1,6% de dislipêmicos. A prevalência de IM foi de 17,5%, de AVE 12,1% e IRC 24,7%. Conclusão: Houve correlação positiva entre hipertensos, excesso de peso, sedentários e diabéticos. A baixa prevalência de dislipêmicos, tabagistas, diabéticos com hipertensão sob controle e conseqüentemente de desfechos CV (IM, AVE e IRC) representa um fator diferencial da estratégia de saúde da família.

    29416Perfil dos hipertensos em uma unidade de atendimento primário de cidade de médio porte no interior do Brasil

    GILBERTO CAMPOS GUIMARAES FILHO, PAULO CESAR BRANDAO VEIGA JARDIM, ANA LUIZA LIMA SOUSA, THIAGO DE SOUZA VEIGA JARDIM e WEIMAR KUNZ SEBBA BARROSO DE SOUZA.

    Liga de Hipertensão da UFG Goias, Goiania, GO, BRASIL.

    Fundamento: A hipertensão arterial (HAS) é uma doença crônica de elevada prevalência, sendo importante problema de saúde pública. A baixa adesão e o elevado índice de abandono ao tratamento são desafios ao bom controle da PA, e esta dificuldade é ainda maior em serviços de atendimento primário. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico e controle pressórico dos hipertensos em uma unidade de atendimento primário em HAS. Delineamento: Estudo transversal, observacional, descritivo. Amostra: Tendo como amostra representativa de hipertensos cadastrados no sistema HIPERDIA em Rio Verde-GO-Brasil. Métodos: Aplicado questionário padronizado com medidas de pressão arterial, raça, peso, altura, índice de massa corpórea (IMC), nome e quantidade de anti-hipertensivos. Os dados foram armazenados (Microsoft Excel) e analisados pelo SPSS-15. Resultados: Avaliados 1451 hipertensos sendo a maioria do sexo feminino (57,7%). A idade média foi de 60,1 (±13,9) anos (17 a 96 anos), sendo 59,22 (±14,11) anos para mulheres e 61,14 (±13,51) anos para homens. Predomínio da raça branca (39,3%) seguido de pardos (38,5%), negros (21,4%) e amarelos (0,8%). Foi encontrado sobrepeso em 31,20% dos indivíduos e obesidade em 30,90%, sendo, havendo, portanto 62,20% dos pacientes com excesso de peso. Prevalência de hipertensos sob controle (PA

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    29435Correlação entre pressão arterial e excreção urinária de sódio em pacientes hipertensos

    CAROLINA LOBO DE ALMEIDA BARROS, ANA LUIZA LIMA SOUSA, PAULO CESAR BRANDAO VEIGA JARDIM, SERGIO BAIOCCHI CARNEIRO, BRUNELLA CHINEM MENDONA, RAFAELA BERNANDES RODRIGUES, THIAGO DE SOUZA VEIGA JARDIM, GILBERTO CAMPOS GUIMARAES FILHO, WEIMAR KUNZ SEBBA BARROSO DE SOUZA e DALMA ALVES PEREIRA.

    Liga de Hipertensão Arterial UFG, Goiânia, GO, BRASIL.

    Objetivo: Verificar correlação entre pressão arterial e excreção urinária de sódio em hipertensos assistidos em ambulatório multidisciplinar. Métodos: Foram avaliados pacientes não diabéticos, acompanhados regularmente, com dose estável de hipotensor há pelo menos 30 dias e pressão arterial não controlada no último comparecimento. O projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. As variáveis utilizadas foram: sexo, idade, escolaridade, renda familiar, atividade física, tabagismo, etilismo, peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), dosagem de sódio e potássio urinário (24 horas)e pressão arterial (medida casual e Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial - MRPA). Os dados foram analisados no SPSS; foram utilizados os testes Shapiro–Wilk para normalidade e Correlações de Pearson e Spearman; nível de significância de 0,05. Resultados: Até o momento, a amostra é composta por 22 pacientes, sendo 66,7% do sexo feminino, idade média igual a 56,5 anos±8,41. A maioria estudou até o 1º grau completo (n=19; 79,2%), tinha renda familiar de até dois salários mínimos (n=13; 54,2%) e prática regular de atividade física (n=13; 54,2%). Apenas um paciente (4,2%) se declarou tabagista e 41,7% afirmaram ingesta alcoólica (n=10). A média de peso foi de 75,33 kg±18,93 entre as mulheres e 78,66 kg±16,02 entre os homens, sem diferença significativa entre os sexos. A média geral de IMC foi de 29,68 kg/m². A média de Pressão Arterial Sistólica (PAS) foi de 143,75 mmHg±14,7, Pressão Arterial Diastólica (PAD) de 90,08 mmHg ± 8,8 e Média da Pressão Arterial Média (PAM) de 107,97 mmHg±7,06. A média da PAS verificada na MRPA foi de 135,83 mmHg±16,79, e a média da PAD da MRPA foi de 79,75 mmHg±10,81. A média da excreção urinária de sódio foi de 103,91 mmol±52,47 e de potássio foi de 29,83 mmol±15,17. A excreção de sódio não teve associação com o sexo e nem com a idade. Não foi encontrada nenhuma associação ou correlação entre as médias de pressão com a excreção de sódio. Conclusão: Não houve correlação entre os valores pressóricos e o sódio urinário de 24 horas. Os pacientes apresentavam média de excreção de sódio dentro dos valores de referência.

    29450Relação entre etilismo e níveis pressóricos de pacientes atendidos em um mutirão na cidade de Sobral - CE

    CAINAN PIRES BARROSO CAMILO, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, PEGUY KAKE MUKIDI, NATACHA CAMPOS ARRIAGA, SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA, JÉSSICA SANTOS CUNHA, RENNO SOARES LEITAO, VANESSA DANTAS RIBEIRO e JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO.

    Hospital do Coração Pe. José Linhares Ponte, Sobral, CE, BRASIL - Liga Médico-Acadêmica de Cardiologia de Sobral, Sobral, CE, BRASIL.

    Objetivo: Avaliar o consumo de álcool em pacientes atendidos em um mutirão na cidade de Sobral - CE, e sua relação com os níveis pressóricos destes. Métodos: Foram analisados 234 pacientes atendidos em um mutirão realizado em praça pública, Praça de Cuba, no município de Sobral - CE, no dia 26 de abril de 2012. O atendimento foi realizado por livre demanda. Respeitou-se um tempo de 15 minutos de repouso sentado para então ser realizada a aferição da pressão arterial (PA) utilizando-se estetoscópio e esfignomanômetro aneróide. Através de um questionário epidemiológico, foram obtidos dados sobre a ingestão de álcool e sua frequência mensal. Definiram-se como níveis pressóricos alterados medidas da PA ≥ 140 x 90 ou PA sistólica >140 e PA diastólica

  • Arq Bras Cardiol 2012: 99(6 supl.1)1-22

    Resumos Temas Livres

    29453Análise do gênero e do comportamento da pressão arterial a partir da medida isolada em um mutirão realizado no interior do Ceará

    LUCCAS DO NASCIMENTO PEREIRA, JOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO, PEGUY KAKE MUKIDI, CAINAN PIRES BARROSO CAMILO, CAMILA LOPES DO AMARAL, ANDERSON NUNES CASSIANO, SÉRGIO LUÍS CAVALCANTE IBIAPINA, VANESSA DANTAS RIBEIRO, ALESSANDRA FERNANDES SILVA e JOSE KLAUBER ROGER CARNEIRO.

    Hospital do Coração Pe. José Linhares Ponte, Sobral, CE, BRASIL - Liga Médico-Acadêmica de Cardiologia de Sobral, Sobral, CE, BRASIL - Universidade Federal do Ceará, Sobral, CE, BRASIL.

    Objetivo: Determinar a influência do sexo sobre os níveis pressóricos a partir de uma medida isolada da pressão arterial (PA). Métodos: Foram analisados 234 participantes atendidos em um mutirão realizado em praça pública, Praça de Cuba, no município de Sobral - CE. O atendimento foi realizado através de livre demanda. Respeitou-se um tempo de 15 minutos de repouso sentado para então ser realizada a aferição da PA utilizando-se estetoscópio e esfignomanômetro aneróide, seguindo, de forma criteriosa, as determinações das VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Resultados: Idade total foi de 47,31±13,45 anos. No sexo feminino esta foi de 46,56±13,71 e no sexo masculino de 48,18±13,15 (p=0,3593). Do total, 82 (35%) tinham diagnóstico prévio de hipertensão, fazendo uso de tratamento anti-hipertensivo. Destes, 43 (52,4%) eram do sexo masculino e 39 (47,6%) do sexo feminino (p=0,08). Dos 43 homens hipertensos, 2 (4,65%) apresentaram pressão arterial ótima, 11 (25,58%) tiveram pressão normal, 7 (16,27%) apresentaram pressão limítrofe, 6 (13,95%) apresentaram níveis de hipertensão grau I, 11 (25,58%) níveis de hipertensão grau II e 2 (4,65%) de hipertensão grau III e 4 (9,32%) revelam níveis de hipertensão sistólica isolada. Das 39 mulheres hipertensas, 7 (17,94%) apresentaram pressão arterial ótima, 9 (23,07%) tiveram pressão normal, 3 (7,69%) apresentaram pressão limítrofe, 7 (17,98%) apresentaram níveis de hipertensão grau I, 5 (12,82%) níveis de hipertensão grau II, 4 (10,25%) de hipertensão grau III e 4 (10,25%) (p=0,2021). Analisando-se o total dos participantes hipertensos, os níveis pressóricos dos estágios I, II, III de hipertensão arterial sistêmica ou de hipertensão sistólica isolada foram vistos em 20 (46,51%) mulheres hipertensas e em 23 (58,97%) homens hipertensos (p=0,2021). Conc