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1 Especificação Técnica ET-95/335 Resumo das Fórmulas de Rendimentos e Eficiência Utilizadas na Indústria Açucareira do Brasil Piracicaba, Agosto de 2014 Manoel L. de Almeida Piracicaba Engenharia Sucroalcooleira Ltda.

Resumo Das Fórmulas de Rendimentos e Eficiências

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balanço de massa usina

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    Especificao Tcnica ET-95/335

    Resumo das Frmulas de Rendimentos

    e Eficincia Utilizadas na Indstria

    Aucareira do Brasil

    Piracicaba, Agosto de 2014 Manoel L. de Almeida

    Piracicaba Engenharia Sucroalcooleira Ltda.

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    1. Simbologia A = Produo de acar no perodo considerado em sacos de 50 kg. Pol = Pol do acar produzido. Pu = Pureza da cana F = Fibra da Cana L = Litros de Etanol produzido convertidos a 100 INPM a 20 C. PC = Pol da cana no PCTS. C = Cana processada no perodo em ton. Re = Relao estequiomtrica, definida atravs da transformao dos acares redutores em etanol e considerando-se a massa especfica do etanol puro a 20 C. o inverso do conhecido fator 0,6475 e igual a 1,544.

    = 1,544 0,95 = 1,467

    ARC = Acares redutores presentes na cana e possveis de serem transformados em etanol.

    ART = Acares redutores totais fermentescveis, isto , possveis de se transformarem em etanol. a Pol convertida em AR mais os ARCs presentes na cana.

    =

    0,95+

    ATR = Acares totais recuperveis expressos em acares redutores - utilizado

    para o pagamento da cana conforme critrios do CONSECANA.

  • 3

    2. Teoria

    122211 + 2 6126 + 6126 +

    + + +

    342 + 18 180 + 180 + 9

    Portanto, de 1,0 g de sacarose obtemos: 360/342 = 1,0526 g de AR.

    26126 43 2 + 42 +

    2 180 4 46 + 176 2 + 32,6

    360 184

    100

    = 51,11 Portanto em cada 100 g de AR, obtemos 51,1 g de etanol absoluto. Transformando em volume a 20C:

    = 0,8093 = 0,7893

    = 0,7915

    =51,11

    0,7893= 64,753

    Ento, em 100 g de AR obtemos:

    48,89 g de CO2

    51,11 g de Etanol abs.

    64,755 ml de Etanol abs (20C)

    9,06 kcal Liberao

  • 4

    3. Pagamento da Cana - CONSECANA-SP

    Considera, para a remunerao da cana-de-acar, os seguintes parmetros:

    Perdas industriais ................................ 8,5%

    Eficincia de fermentao ................... 89,0%

    Eficincia de destilao ....................... 99,0%

    Participao na matria prima: Acar ...................................... 59,5% AH e AA ................................... 62,1%

    Fatores de transformao de: acar (branco e VHP), AH e AA em ATR,

    utilizados pelo CONSECANA:

    1 kg acar branco equivale a * ................... 1,0495 kg ATR

    1 kg acar VHP equivale a ** ...................... 1,0453 kg ATR

    1 litro de AH equivale a ................................. 1,6913 kg ATR

    1 litro de AA equivale a ................................. 1,7651 kg ATR Obs.:

    *Acar especial com 99,7 Z e 0,04% umidade; ** Acar VHP com 99,3 Z e 0,15% umidade.

    4. Frmulas

    Clculo do ATR (CONSECANA)

    = (9,5263 ) + (9,05 ) = 0,915

    Onde: = (3,6410 0,0343 ) (1 0,01 ) (1,0313 0,00575 )

    Preo da tonelada de cana (VTC), em reais

    = [$]

  • 5

    5. Exemplo Prtico

    Seja uma Usina, cuja anlise da cana encontrou-se os seguintes resultados:

    PC = 14,8044

    PU = 87,13

    F = 12,53

    Clculos:

    Aucares Redutores da Cana (ARC) = (3,6410 0,0343 ) (1 0,01 ) (1,0313 0,00575 )

    = 0,5475%

    Acar Total Recupervel (ATR)

    = (9,5263 ) + (9,05 ) = 145,99 /

    Preo mdio do kg do ATR

    Este valor estabelecido de acordo com a participao de cada produto no total do ATR produzido e fornecido mensalmente pelo CONSECANA:

    Valor determinado: R$ 0,4467

    Preo da tonelada de cana (VTC) em reais:

    = [$]

    = $ 65,14/

    Obs.: Maiores informaes consultar Manual de Instrues CONSECANA-SP.

  • 6

    6. Rendimentos

    Rendimento Industrial IAA RI-IAA

    =0,8281 50 + 1,4728

    0,993

    Rendimento Industrial STAB RI-STAB

    =0,867 50 + 1,416

    0,993

    Rendimento Industrial Total STAB RIT-STAB

    = 50 + 1,630

    0,993

    Rendimento Industrial Total COPERSUCAR RIT-COP

    = 50 + 1,467

    0,993

    UNICOP Unidade COPERSUCAR de Produo

    Para facilitar as estimativas de produo e remunerao das Usinas Cooperadas, a COPERSUCAR instituiu a UNICOP como sendo o acar total produzido em sacas, somados a todos os outros produtos fabricados (lcool, melao, etc), atribuindo a estes, fatores de converso para acar. Assim sendo, para o lcool foi considerado que uma saca de acar standar (tipo 4) * equivale a 34,048 litros de lcool hidratado ou de outra maneira: um litro de lcool hidratado corresponde a 1/34,048 = 0,02937 sacas de acar standar.

    = 0,02937 + 0,03172 +

    Onde AH e AA so as produes de lcool hidratado e lcool anidro respectivamente, e A a produo de acar no perodo considerado em sacas. F = fator de padronizao dos acares vide a seguir

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    Para padronizar as polarizaes dos acares produzidos, foram criados fatores de acordo com os diversos tipos de acares:

    Obs.:

    O acar tipo 4, corresponde ao tipo standar*.

    O acar VHP considerado com Pol de 99,3, por isso o fator F 1,00

    Mais dois ndices tambm so normalmente utilizados:

    = 50

    =

    Eficincia Industrial - EI

    =

    100 [%]

    = 50 + 1,467

    0,95 100 [%]

    Eficincia Mxima - EM

    =868

    915 + 75 100 [%]

    Tipo Fator F

    1 1,0034

    2 1,0034

    3 1,0018

    4 1,00

    VHP 1,00

  • 8

    Onde:

    =1,467

    1,467 + 50

    Eficincia Relativa - ER

    =

    100 [%]

    Eficincia Geral Industrial EGI Nova maneira de expressar a Eficincia Industrial. Vide detalhes na pgina 13.

    7. gio da Cana

    Ainda utilizado por muitas Usinas, inicialmente para o pagamento da cana

    pelo teor de sacarose, o AGIO nos d indicao de quanto uma determinada

    amostra de cana mais ou menos rica que uma cana escolhida como padro.

    Estamos fornecendo para fins de conhecimento, mas o gio da cana no

    deve ser mais utilizado como parmetro para o pagamento da cana.

    =()

    () () ou =

    ()()

    ,

    PC(f) = Pol da cana real

    PC(p) = Pol da cana padro

    F(r) = fator de recuperao baseado na pureza padro

    () = 1,933 (1 40

    1)

    No Estado de so Paulo:

    Pol da cana padro ..........12,257

    Pureza padro ..................83,87

    Fibra padro ......................12,57

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    8. Comentrios

    O RI-STAB substituiu o RI-IAA que est desatualizado, pois na poca o

    IAA considerou a Relao de Paridade Tcnica (RTP) de 33,95 litros de

    lcool/saca de acar, hoje atualizada pela STAB em 36,45 litros/saca.

    Estas expresses tm dois graves inconvenientes: 1) - deduzem o lcool residual isto , no consideram para o clculo do rendimento industrial, o

    volume padro do lcool residual produzido; 2) - distorcem o valor final, dependendo da proporo acar/lcool produzidos em cada Usina.

    Recomendamos no mais utilizar estas expresses nos boletins.

    O RIT-STAB e a UNICOP expressam de certo modo o equivalente

    financeiro obtido ou a obter pela Usina, j que pela paridade tcnica, h

    equivalncia entre o acar e o lcool produzidos.

    A diferena entre o RIT-STAB e o RIT-COP que a STAB props eliminar

    a influncia da relao de produo acar lcool nas comparaes entre

    rendimentos. Assim a STAB dividiu a parcela da produo representada

    pelo lcool, pelo rendimento global da destilaria fixado em 90% (0,9).

    Em outras palavras, o RIT-COP no leva em conta que 10% do acar

    no convertido em lcool. Para fins comparativos entre Usinas o melhor

    a se utilizar o RIT-STAB.

    Os RIT so sempre calculados tendo como base o acar Standar.

    Por este motivo, nas expresses sempre aparece o fator 0,993, que a

    Pol do acar Standar.

    Eficincia Industrial EI: Indica a eficincia com que a Indstria

    transforma a matria prima (acar da cana) em produtos (ou por outro

    lado, quanto da matria prima perdida no processo industrial).

    Eficincia Mxima EM: Seria o mximo aproveitamento que uma

    indstria considerada ideal conseguiria atingir dentro do estgio atual da

    arte e que operasse com a mesma relao acar/ lcool da Usina X.

  • 10

    Foi proposto pela COPERSUCAR os seguintes parmetros mximos:

    Perdas Eficincia Mxima

    Lavagem da cana 99,0%

    Extrao 97,0%

    Tratamento do caldo 99,8%

    Destilaria 99,5%

    Fermentao 92,0%

    Fbrica de Acar 99,0%

    Utilizando estes parmetros na frmula da Eficincia Industrial, a COPERSUCAR desenvolveu a frmula de Eficincia Mxima (EM).

    Eficincia Relativa ER: Fornece o potencial de recuperao que uma

    determinada indstria poderia conseguir.

    Por exemplo: uma determinada indstria teve uma ER = 94,5%. Isto quer

    dizer que esta Usina tem potencial para aumentar a sua recuperao em

    mais 5,5%, desde que os valores fixados sejam plenamente atingveis.

    Boletins: Nos Boletins Semanais recomenda-se constar:

    A Eficincia Geral Industrial - EGI

    As Eficincias Mxima e Relativa;

    O RIT-STAB;

    A UNICOP.

    Comercializao de outros produtos: Nas frmulas no se incluiu a

    fabricao de outros produtos que a Usina pode comercializar (levedura,

    leo fsel, melao, etc.). Caso isto acontea, deve logicamente ser levado

    em conta e introduzido nos clculos/frmulas.

    Comentrios finais sobre as Eficincias: A Eficincia Industrial o

    parmetro mais importante para mostrar o quanto da matria prima

    (acar da cana) est sendo perdida (ou recuperada) durante o

    processamento. O problema que a sua determinao de difcil

    execuo.

  • 11

    Como determinar a quantidade exata de acar que est entrando

    com a cana Alm da cana-de-acar ser uma matria prima que apresenta grandes variaes na sua composio e trazendo consigo

    muitas impurezas de natureza mineral e orgnica que interferem nas

    determinaes, os mtodos existentes de amostragem so ainda

    demorados e pouco precisos.

    A anlise da cana na esteira (cana desfibrada) de mais simples

    execuo, porm tem suas desvantagens: alm de ser difcil uma

    amostragem significativa do material entrando na Usina, no leva em conta

    dois grandes focos de perdas (barraco e limpeza da cana).

    Estudos executados pela COPERSUCAR, mostraram que as

    variaes da Eficincia podem chegar a 4,0 pontos percentuais, situando-

    se normalmente na faixa de 2,0 a 2,5 para mais ou para menos.

    Neste trabalho queremos salientar tambm que a comparao da

    Eficincia entre Usinas pode levar a erros grosseiros, pois a recuperao

    do acar est relacionada s condies fsicas de cada parque industrial,

    isto , uma Usina que tem 06 ternos de moenda, dornas fechadas com

    colunas de recuperao de lcool de alta eficincia e outros avanos

    tecnolgicos, dever ter maior Eficincia.

    Devemos lembrar tambm, que nenhuma das frmulas levam em

    conta que quanto maior a quantidade de acar produzido, maior ser a

    Eficincia Industrial; em outras palavras: nas mesmas condies fsicas do

    parque industrial, uma Usina que desvia todo o caldo para produzir acar

    e tem alta recuperao na Fbrica de Acar, dever ter maior Eficincia

    (comparativa).

    Nas mesmas condies, uma Usina A que tem uma Eficincia

    Industrial de 88,0%, poder estar em piores condies de recuperao e

    transformao de acares, que uma Usina B que tem Eficincia Industrial

    (utilizando-se os mesmos mtodos de determinao) de, digamos, 87,0%.

    Com a EGI, retira-se as perdas que a levedura nos cobra na

    fermentao, limitada a 90% da eficincia global, fornecendo um

    parmetro mais justo sobre o trabalho executado pela Usina e

    introduzindo um critrio mais realista para as comparaes (vide pgina

    13).

  • 12

    Assim recomendamos que cada Usina, depois de uma cuidadosa

    anlise de seu Parque Industrial, determine as Eficincias possveis de

    serem alcanadas e coloque como meta em seus Planos de Safra, deixando

    de utilizar parmetros de outras Usinas que nada tm em comum entre si.

    9. Fatores de Converso

    1 litro de AA (99,3 INPM) = 0,9955 litros de lcool absoluto (100 INPM);

    1 litro de AH (93,2 INPM) = 0,9556 litros de lcool absoluto (100 INPM);

    1 litro de AH (93,2 INPM) 0,96 1 litro de AA (99,3 INPM);

    1 ton de melao padro (60% ART) 350 litros de AA (99,3 INPM);

    Litros de leo fsel (80 INPM) 806 litros de AA (99,3 INPM);

    1 ton de levedura seca 2,0 ton de acar 1.200 litros de AA (99,3

    INPM);

    1 ton de HTM (75% ART) 430 litros de AA (99,3 INPM)

    10. Classificao dos Acares: Mesmo aps a extino do Instituto do Acar e lcool, conhecido como IAA,

    se utilizou a classificao dos acares desenvolvida por este rgo, ainda por

    um bom tempo.

    Com a criao da Copersucar na dcada de 1970, esta instituio, sentiu que

    esta classificao no atendia mais os interesses do mercado e das usinas

    cooperadas.

    Assim, a Copersucar desenvolveu uma nova classificao, inicialmente para

    atender os clientes das usinas cooperadas, e hoje j utilizada por todas as

    usinas do Brasil. Esta classificao vem sendo frequentemente modificada por

  • 13

    esta instituio, visando atender as necessidades do mercado consumidor

    brasileiro e tambm do exterior, cada vez mais exigente.

    A ttulo de informao, fornecemos a classificao IAA, ainda utilizada por

    algumas empacotadoras e saudosistas daquele tempo.

    10.1. Classificao COPERSUCAR Inicial

    Parmetros Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 5 Fora de

    Especificao

    Polarizao (S) a 20 C Min. 99,8 99,8 99,7 99,5 -- --

    Umidade (%) Mx. 0,04 0,05 0,07 0,10 -- --

    Cor ICUMSA (UI) (M) Mx. 100 150 200 480 660 >660

    Reflectncia (%) Min. 68 66 64 60 -- --

    Cinzas (%) Mx. 0,04 0,04 0,07 0,10 -- --

    Res. Insolveis (1-10) Mx. 6 6 8 10 -- --

    Pontos Pretos Totais (n/100g) Mx. 8 15 20 30 -- --

    Part. Magnetizveis (mg/kg)

    Mx. 4 8 15 20 -- --

    Sulfito (mg/kg) Mx. 20 20 20 70 -- --

    Obs.: Em anexo tabelas completas Copersucar de Especificao de Acar cristal

    branco, VHP e VVHP e tambm do Etanol Safra 11/12.

    10.2. Classificao IAA:

    Parmetros Especial

    Extra Especial Superior Standar

    Polarizao (S) a 20 C Min. 99,8 997 99,5 99,3

    Umidade (%) Mx. 0,04 0,04 0,04 0,15

    Cor ICUMSA (UI) (M) Mx. 150 230 480 760

    Cinzas (%) Mx. 0,05 0,07 0,10 0,15

  • 14

    11. Eficincia Geral Industrial - EGI

    Durante nossas visitas s Usinas, temos notado interpretaes muitas

    vezes distorcidas e mal compreendidas sobre a Eficincia Industrial (EI) das

    Usinas e Destilarias.

    At a pouco tempo, a Eficincia Industrial era uma determinao pouco

    confivel e poucas Usinas a consideravam como parmetro de avaliao do

    desempenho da indstria. Algumas Usinas nem anotavam a EI em seus boletins.

    Com o contnuo aperfeioamento do sistema de amostragem e anlise da

    cana, eliminao do depsito de cana (sem este os clculos so mais precisos)

    e a no lavagem da cana (tudo que pesado processado) *, a Eficincia

    Industrial vem se tornando cada vez mais confivel.

    Assim a Eficincia Industrial passou a ser um parmetro para

    determinao do desempenho da indstria e muitas vezes como referncia

    comparativa de vrias Usinas. Some-se a isto o sistema CONSECANA que

    estabeleceu o pagamento da cana e atribuiu o valor (mais recente) de eficincia

    geral industrial de 91,5%, tornando-se relevante a determinao da E.I.

    *No sistema de limpeza a seco da cana, tem que se descontar as impurezas retiradas

    (que so pesadas na mesma balana que pesa a cana) e portanto no processadas.

    11.1. Eficincia Industrial - EI

    Com a introduo do sistema CONSECANA, passou-se a

    considerar os rendimentos em ATR (que o ART x 0,915) e no mais em

    sacarose. Assim, a Eficincia Industrial, que antes se calculava em

    sacarose equivalente nos produtos, passou a ser calculada em relao

    aos ART s dos produtos (equivalentes) e da cana.

    11.2. Eficincia Geral Industrial (EGI)

    Introduo do fator 0,90

    Prevendo evitar maiores distores quando se fabrica mais acar

    ou mais lcool, as Usinas tm estabelecido o critrio de considerar no

    clculo dos ARTs equivalentes do lcool, a eficincia da fermentao

    estabelecida em 90% (fator 0,90), pois sempre haver, mesmo nas boas

    condies, perda de 10% de ART na fermentao (custo que a levedura

    nos cobra).

  • 15

    Desta maneira se estabelece um critrio, digamos mais justo. A

    EGI ser maior que a EI, reflete melhor a eficincia industrial (performance

    da Usina) e pode-se comparar a eficincia das diversas Usinas com

    critrios mais prximos da realidade.

    11.3. Exemplo:

    Determinar a EGI nas seguintes condies:

    Moagem no ms 250.000 t

    ART cana (mdia do perodo) 149,11 kg/TC

    Produes do ms:

    Acar cristal tipo 1 120.000 sacas = 6.000 t

    Acar VHP 240.000 sacas = 12.000 t

    lcool anidro (99,3 INPM) 3.000 m3 (2.987,3 m3 a 100 INPM)

    lcool hidratado (93,2 INPM) 6.100 m3 (5.829,3 m3 a 100 INPM)

    a. Converter os acares produzidos em ARTs:

    =(6.000.000 0,998) + (12.000.000 0,993)

    0,95= 18.864.316

    b. Converter os lcoois produzidos em ART:

    =(2.987,3 + 5.829,3) 1.000

    0,6475 0,90= 15.129.300

    c. Converter a Cana em ART

    =250.000 149,11

    1.000= 37.277.500

    d. Eficincia Geral Industrial - EGI

    Acar tipo 01 Pol acar VHP

    Fator de Converso Pol/ART

    Fator Estequiomtrico

  • 16

    =18.846.316 + 15.129.300

    37.277.500 100 = 91,1%

    e. Calculo da Eficincia Industrial EI Se fosse calculada a EI, teramos:

    =(2.987,3 + 5.829,3) 1.000

    0,6475= 13.616.370

    =18.846.316 + 13.616.370

    37.277.500 100 = 87,0%

    11.4. Concluses:

    a. A EGI ser sempre maior que a EI, a menos que a Usina no

    faa lcool.

    b. At o presente momento, este critrio de se adicionar o fator

    0,90 nos clculos, no est estabelecido como regra, mas j h

    um consenso geral entre as Usinas da sua utilizao. Assim

    recomendamos a utilizao deste fator.

    c. Mesmo que a Usina tenha eficincia da fermentao maior ou

    menor que 90%, os valores da EGI tambm sero maiores ou

    menores.

    Tambm se obter informaes mais precisas para a Diretoria

    da Usina, quanto s vantagens econmicas de se produzir mais

    acar e menos lcool e vice versa.

    d. A comparao entre as eficincias de vrias Usinas fica mais

    prxima da realidade.

  • 17

    Para as Usinas que fazem muito acar, as perdas neste caso,

    podem ser maiores que Usinas que fazem mais lcool.

    Descontando-se a fermentao, note que as perdas para se

    fabricar acar so maiores que para se fabricar lcool.

    As diferenas so pequenas e voc que est lendo este

    trabalho, pode desenvolver um sistema de clculo no Excel, e

    simular as vrias EGIs em sua Usina, fazendo mais acar ou

    menos acar e tirar suas concluses...

    e. Recomendamos nos Boletins e nos Planos de Safra, colocar a

    EGI e no mais a EI.

  • 18

    12. Anexos

  • 19