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RESUMO DE ANATOMIA DORSO O dorso compreende a face posterior do tronco, inferior ao pescoço e superior às nádegas. LIMITES: Superior – protuberância occipital externa Inferior – cristas ilíacas Laterais – linhas axilares posteriores. LINHAS DE REFERÊNCIA: Vertebral ou mediana posterior (onde se encontram os processos espinhosos), paravertebral (paralela a vertebral – entre essas e a vertebral, encontra-se o m. eretor da espinha), escapular, axilar posterior. CONSTITUIÇÃO Pele (duas camadas – epiderme e derme) e tecido subcutâneo; Músculos (abaixo da fáscia): uma camada superficial, relacionada principalmente ao posicionamento e movimento dos membros, e camadas profundas (“músculos próprios do dorso”, especificamente relacionados ao movimento ou à manutenção da posição do esqueleto axial (postura). Ossos; Articulações; Vasos; Nervos. FÁSCIA DORSAL – logo abaixo da tela subcutânea. DIVISÃO Fáscia nucal na região cervical (ou fáscia cervical) Fáscia toracolombar na região torácica, lombar e sacral FIXAÇÃO NA COLUNA VERTEBRAL (origem, como de outras estruturas, é na região mediana) processos espinhosos processos transversos ligamentos supraespinais ligamento da nuca OBS.: M. extrínseco é aquele que está num local, mas não servem para movimentar aquela região. Enquanto m. intrínseco é responsável pela movimentação do próprio local (no caso do dorso, aqueles que movimentam a coluna vertebral). OSSOS DO DORSO: coluna vertebral; escápula; costelas COLUNA VERTEBRAL - Vértebra proeminente: 7ª vértebra cervical; - Espinha da escápula: pode-se sentir a partir dela a 4ª costela – no ângulo superior da escápula tem-se a 2ª costela e no ângulo inferior da escápula, a 8ª costela - Acrômio: encontrado ao se palpar continuando a partir da espinha da escápula.

Resumo de Anatomia - Dorso (Camila, Cleiton)

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RESUMO DE ANATOMIA

DORSO O dorso compreende a face posterior do tronco, inferior ao pescoço e superior às nádegas. LIMITES: Superior – protuberância occipital externa

Inferior – cristas ilíacas Laterais – linhas axilares posteriores.

LINHAS DE REFERÊNCIA: Vertebral ou mediana posterior (onde se encontram os processos espinhosos), paravertebral (paralela a vertebral – entre essas e a vertebral, encontra-se o m. eretor da espinha) , escapular, axilar posterior.

CONSTITUIÇÃO Pele (duas camadas – epiderme e derme) e tecido subcutâneo; Músculos (abaixo da fáscia): uma camada superficial, relacionada principalmente ao posicionamento e movimento dos

membros, e camadas profundas (“músculos próprios do dorso”, especificamente relacionados ao movimento ou à manutenção da posição do esqueleto axial (postura).

Ossos; Articulações; Vasos; Nervos.

FÁSCIA DORSAL – logo abaixo da tela subcutânea. DIVISÃO

Fáscia nucal na região cervical (ou fáscia cervical) Fáscia toracolombar na região torácica, lombar e sacral

FIXAÇÃO NA COLUNA VERTEBRAL (origem, como de outras estruturas, é na região mediana)

processos espinhosos processos transversos ligamentos supraespinais ligamento da nuca

OBS.: M. extrínseco é aquele que está num local, mas não servem para movimentar aquela região. Enquanto m. intrínseco é responsável pela movimentação do próprio local (no caso do dorso, aqueles que movimentam a coluna vertebral).

OSSOS DO DORSO: coluna vertebral; escápula; costelasCOLUNA VERTEBRAL Conceito e generalidades: as vértebras e os discos intervertebrais formam a coluna vertebral que se estende do crânio

até o ápice do cóccix. A coluna vertebral forma o esqueleto do pescoço e do dorso e é a principal parte do esqueleto axial. Protege a medula espinhal e os nervos espinhais; sustenta o peso do corpo superior ao nível da pelve, oferece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e uma base estendida sobre a qual a cabeça posicionada e gira; tem um papel importante na postura e locomoção.

Número de vértebras: 33 VÉRTEBRAS - cervicais (7); torácicas (12); lombares (5); sacrais (sacro) (5); coccígeas (cóccix) (4)- ALTERAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL - Cabe ressaltar que pode haver sacralização de L5 (ficando 4 lombares e 6 sacrais) ou lombarização de S1. Também pode haver variações no número de coccígeas e sacrais (4 sacrais, 5 coccígeas).

- Vértebra proeminente: 7ª vértebra cervical;- Espinha da escápula: pode-se sentir a partir dela a 4ª costela – no ângulo superior da escápula tem-se a 2ª costela e no ângulo inferior da escápula, a 8ª costela- Acrômio: encontrado ao se palpar continuando a partir da espinha da escápula.- Crista ilíaca: toda palpável;- Entre as duas cristas ilíacas – SACRO;- Linha entre as duas cristas ilíacas tem-se a 5ª vértebra lombar, última com processo espinhoso individualizado;

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CURVATURAS No plano mediano

Primárias: torácica, sacral Secundárias: cervical, lombar

No plano coronal

ESTUDO DA VÉRTEBRA "TÍPICA" Corpo: é a parte anterior do osso, maior, aproximadamente cilíndrica, que confere

resistência a coluna vertebral e sustenta o peso do corpo. Arco

Pedículos: são processos cilíndricos sólidos e curtos que se projetam posteriormente do corpo vertebral para encontrar duas placas ósseas largas e achatadas, denominadas lâminas, que se unem na linha mediana.- incisura vertebral superior- incisura vertebral inferior- forame intervertebral

lâminas Processos

2 processos transversos: projetam-se postero-lateralmente a partir das junções dos pedículos e lâmina. 4 processos articulares: originam-se das junções dos pedículos e lâminas.

a - superiorb - inferior

1 processo espinhoso: mediano, projeta-se posteriormente a partir do arco vertebral na junção de lâminas.OBS.: O processo espinhoso e os processos transversos proporcionam fixações para os músculos profundos do dorso e servem como alavancas, facilitando os músculos que fixam ou mudam a posição das vértebras. Os processos articulares estão em aposição com processos correspondentes de vértebras adjacentes a eles, formando as articulações dos processos articulares. Através da participação nessas articulações, esses processos determinam os tipos de movimentos permitidos e restritos entre as vértebras adjacentes de cada região. Os processos articulares também ajudam a manter alinhadas as vértebras adjacentes.

Forame vertebral: a sucessão de forames vertebrais na coluna vertebral articulada forma o canal vertebral, que contém a medula espinal e as raízes dos nervos espinais que dela emergem, juntamente com as membranas (meninges), gorduras e vasos que as circundam e servem.

OBS.: Os entalhes vertebrais superiores e inferiores das vértebras adjacentes e os discos intervertebrais que as unem forma os forames intervertebrais, nos quais estão localizados os gânglios sensitivos dos nervos espinais (RAIZ POSTERIOR) e através dos quais os nervos espinais emergem da coluna vértebra com seus vasos associados.

CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS Vértebras cervicais

4.1.1 – forame transverso vértebras torácicas

4.2.1 - fóveas costais vértebras lombares

4.3.1 - processos mamilares sacro (5 vértebras fundidas) cóccix (4 vértebras fundidas)

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VÉRTEBRAS CERVICAISVÉRTEBRAS CERVICAIS

Parte CaracterísticasCorpo Pequeno e mais largo laterolateralmente do que anteroposteriormente; superfície superior côncava com unco do corpo

(processo uncinado); superfície inferior convexaForame vertebral Grande e triangularProcessos transversos Forames transversários e tubérculos anterior e posterior; artérias vertebrais e plexos venosos e simpáticos

acompanhantes atravessam os forames transversários de todas as vértebras cervicais, exceto C7, que dá passagem apenas a pequenas veias vertebrais acessórias

Processos articulares Faces articulares superiores direcionadas superoposteriormente; faces articulares inferiores direcionadas inferoanteriormente

Processos espinhosos Curtos (C3-C5) e bífidos (C3-C6); processo de C6 longo, o processo de C7 é mais longo (vértebra proeminente)

VÉRTEBRAS TORÁCICASVÉRTEBRAS TORÁCICAS

Parte CaracterísticasCorpo Formato de coração; uma ou duas fóveas costais para articulação com a cabeça da costelaForame vertebral Circular e menos que os forames das vértebras cervicais e lombaresProcessos transversos Longos e fortes e estendem-se posterolateralmente; o comprimento diminui de T1 para T12 (T1-T10 tem faces para

articulação com as costelas)Processos articulares Faces articulares superiores em direção posterior e ligeiramente lateral; faces articulares inferiores em direção anterior e

ligeiramente medialProcessos espinhosos Longos; inclinados posteroinferiormente; as extremidades estendem-se até o nível do corpo vertebral abaixo

VÉRTEBRAS LOMBARESVÉRTEBRAS LOMBARES

Parte CaracterísticasCorpo GrandeForame vertebral Triangular; maior que nas vértebras torácicas e menor que nas vértebras cervicaisProcessos transversos Longos e delgados; processo acessório na superfície posterior da base de cada processoProcessos articulares Faces articulares superiores voltadas posteromedialmente (ou medialmente); faces articulares inferiores direcionadas

anterolateralmente (ou lateralmente); processo mamilar na superfície posterior de cada processo articular superiorProcessos espinhosos Curtos e fortes; espessos, largos e em forma de machadinha

VÉRTEBRAS SACRAIS COSTELAS ESCÁPULA

ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRALSINDESMOSES (juntura fibrosa – ossos se unem por um tecido conjuntivo fibroso – do tipo sindesmose – unem ossos a distância) DA COLUNA VERTEBRAL

Ligamento Longitudinal anterior: é uma faixa fibrosa forte e larga que cobre e une as faces anterolaterais dos corpos vertebrais e discos IV. O ligamento estende-se longitudinalmente da superfície pélvica do sacro até o tubérculo anterior da vértebra C1 e o osso occipital anteriormente ao forame magno. - Este ligamento impede a HIPEREXTENSÃO da coluna vertebral, mantendo a estabilidade das articulações entre os corpos vertebrais.

Ligamento Longitudinal posterior: é uma faixa muito mais estreita, um pouco mais fraca, do que o ligamento longitudinal anterior. Segue dentro do canal vertebral ao longo da face posterior dos corpos vertebrais até chegar no áxis (termina na 2ª vértebra cervical).- Esse ligamento resiste pouco a hiperflexão da coluna vertebral e ajuda a evitar ou redirecionar a herniação posterior do núcleo pulposo.

Ligamento interespinal: finos ligamentos interespinais unem processos espinhosos adjacentes , fixando-se da raiz até o ápice de cada processo. São extremamente delgados, sendo mais espessos nas regiões cervical e lombar; de cada lado do ligamento há músculo interespinal.

Ligamento supraespinal: semelhantes a cordões, que unem as extremidades dos processos espinhosos desde C7 até o sacro, fundem-se na parte superior com o ligamento nucal na região cervical posterior.

Ligamento intertransversal: unem processos transversos adjacentes. Consistem em fibras dispersas na região cervical e cordões fibrosos na região torácica. Na região lombar esses ligamentos são finos e membranáceos.

Ligamento nucal: é forte e largo, constituído de tecido fibroeslástico (o que diferencia dos outros) espesso, que se estende como uma faixa mediana desde a protuberância occipital externa e a margem posterior do forame magno até os processos espinhosos das vértebras cervicais.- Em razão do curto comprimento e da profundidade dos processos espinhosos de C3-C5, o ligamento nucal é o local de fixação dos músculos que se fixam nos processos espinhosos da vértebras em outros níveis.

Ligamento amarelo (pois tem junto tec. adiposo) ou flavo: as lâminas dos arcos vertebrais adjacentes são unidas por faixa largas e amarelo-claras de tecido elástico, denominadas ligamentos amarelos. É o ponto de referência para anestesistas – pois é mais espesso e resistente, assim quando introduz-se a agulha sabe-se que está nesse ponto.

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ARTICULAÇÃO INTERCORPOVERTEBRAL: as articulações dos corpos vertebrais são SÍNFISES (juntura cartilagínea – ossos se unem por um tecido conjuntivo cartilaginoso – do tipo sínfise – cartilagem fibrosa) destinadas a sustentação de peso e resistência. As superfícies articulares das vértebras adjacentes são unidas por discos IV e ligamentos.Cada disco IV é formado por um anel fibroso, uma parte fibrosa externa, composta de lamelas concêntricas de fibrocartilagem, e uma massa central gelatinosa, denominada núcleo pulposo (sua natureza semilíquida é responsável por grande parte da flexibilidade e resistência do disco IV e da coluna vertebral como um todo).

- Importância: Hérnias de disco – quando o disco se dilata para faro de sua formação original – pode pressionar um nervo ou a medula espinal Diminuição do espaço discal Ossificação dos corpos vertebrais Desvios da coluna vertebral – hipercifoses, hiperlordoses, escoliose (curvatura lateral)

ARTICULAÇÃO DOS PROCESSOS ARTICULARES (DOS ARCOS VERTEBRAIS): entre os processos articulares superiores e inferiores de vértebras adjacentes são articulações SINOVIAIS PLANAS (juntura sinovial – ossos estão justapostos, separados por uma fenda articular e envolvidos por uma cápsula fibrosa).

- Permitem movimentos de deslizamento entre os processos articulares.

ARTICULAÇÃO ATLANTOOCCIPITAL: situam-se entre as faces articulares superiores das massas laterais do atlas e os côndilos occipitais. São articulações SINOVIAIS CONDILARES – bi-axiais (ELIPSÓIDES) e tem cápsulas articulares finas e frouxas.

- Estas articulações permitem acenar com a cabeça, como na flexão e extensão da cabeça indicativa de aprovação (movimento do sim). Também possibilitam a inclinação lateral da cabeça. - Classificação: o crânio e C1 também estão unidos por membranas atlantoccipitais anterior e posterior, que se estendem dos arcos anterior e posterior de C1 até as margens anterior e posterior do forame magno. *A membrana atlantoccipital anterior é continuação (parte mais larga) do ligamento longitudinal anterior entre o atlas e o occipital.*A membrana atlantoccipital posterior é perfurada de cada lado pela artéria vertebral e o 1º nervo cervical.

ARTICULAÇÃO ATLANTOAXIAL: Existem 3 articulações: 2 articulações atlantoaxiais laterais (direita e esquerda) – entre as faces inferiores das massas laterais de C1 e as faces

superiores de C2 – articulações SINOVIAIS PLANAS. 1 articulação atlantoaxial mediana – entre o dente de C2 e o arco anterior do atlas – articulação SINOVIAL TROCÓIDE -

mono-axial.- O movimento das três articulações atlantoaxiais permite que a cabeça gire de um lado para o outro, como ocorre ao girar a cabeça para indicar desaprovação (o movimento do não). Durante esse movimento, o crânio e C1 gira giram sobre C2 como uma unidade. Durante a rotação da cabeça, o dente de C2 é o eixo do pivô, que é mantido em uma cavidade ou colar formado anteriormente pelo arco anterior do atlas e posteriormente pelo ligamento transverso do atlas, uma massa resistente que se estende entre os tubérculos nas faces mediais das massas laterais da vértebra C1. - Fascículos longitudinais (Fibras longitudinais) superiores e inferiores com orientação vertical,porém muito mais fracos, seguem do ligamento transverso até o occipital superiormente e até o corpo de C2 inferiormente. - O ligamento cruciforme do atlas é formado pelo ligamento transverso do atlas junto com as fibras longitudinais. - Os ligamentos alares estendem-se das laterais do dente do áxis até as margens laterais do forame magno. Esses fixam o crÂnio a vértebra C1 e servem como ligamentos de contenção, evitando a rotação excessiva nas articulações.

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- A membrana tectória é a forte continuação superior do ligamento longitudinal posterior que se alarga e segue posteriormente sobre a articulação atlantoaxial mediana e seus ligamentos. Segue superiormente a partir do corpo de C2, atravessa o forame magno e se fixa à parte central do assoalho da cavidade craniana, formado pela superfície interna do osso occipital.

ARTICULAÇÃO SACROILÍACA – SINOVIAL (anterior), FIBROSA (posterior)- Ligamentos: sacroilíacos (anterior e posterior), iliolombar, sacrotuberal, sacroespinal.

ESTUDO DA MEDULA ESPINAL*Medula – entre o forame magno e a 1ª-2ª vértebra lombar.*8 pares de nervos cervicais, 12 torácicos, 5 lombares e 5 sacrais.*Medula espinal não acompanha todo desenvolvimento da coluna, mas como os nervos já estão formados, eles acompanham todas as vértebras.*Medula cervical, lombar e sacral tem mais substância cinzenta (corpos celulares) que na torácica.*1 raiz sensitiva – raiz dorsal que entra na parte posterior da medula e uma parte motora – raiz ventral que sai pela parte anterior da medula formam os nervos espinais.*BASICAMENTE TODOS OS MM. DO DORSO SÃO INVERVADOS PELOS RAMOS DORSIAIS DOS NERVOS ESPINAIS.mm. extrínsecos: estão no dorso mas não movimentam a coluna, mas os membros.mm. intrínsecos: serão todos inervados pelos ramos dorsais dos nervos espinais.

MÚSCULOS DO DORSO

Há dois grupos principais de músculos no dorso: Os MÚSCULOS EXTRÍNSECOS incluem músculos superficiais e intermédios que produzem e controlam os movimentos

dos membros e respiratórios, respectivamente. - Os músculos extrínsecos superficiais do dorso (trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápula e rombóide) unem os membros superiores ao tronco e produzem e controlam os movimentos dos membros. Embora estejam localizados na região do dorso, a maioria desses músculos recebe sua inervação dos ramos anteriores dos nervos cervicais e atua no membro superior. O trapézio recebe suas fibras motoras do nervo acessório (XI par craniano).- Os músculos extrínsecos intermediários do dorso (serrátil posterior) são músculos finos, comumente designados músculos respiratórios superficiais. O músculo serrátil posterior superior situa-se profundamente aos rombóides e o músculo serrátil posterior inferior situa-se profundamente ao latíssimo do dorso. Ambos os serráteis são inervados pelos nervos intercostais.

1) CAMADA SUPERFICIAL1.1 TRAPÉZIO

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Este grande músculo triangular cobre a face posterior do pescoço e a metade superior do tronco. As fibras do trapézio são divididas em três partes, que têm ações diferentes na articulação escapulotorácica fisiológica: (1) As fibras superiores elevam a escápula; (2) as fibras médias retraem a escápula, e (3) as fibras inferiores deprimem a escápula e abaixam o ombro.

Para testar o trapézio, o ombro é levantado contra resistência (a pessoa tenta levantar os ombros enquanto o examinador pressiona-os para baixo). Se o músculo estiver agindo normalmente, a margem superior do músculo pode ser facilmente vista e palpada.

É mais auxiliar de outros músculos, isto é, promove movimentos em conjunto com outros músculos: promove a elevação da escápula junto com o levantador da escápula; retração do ombro junto com os rombóides; elevação e abdução do braço.

A artéria subclávia é dividida em 3 porções pelo m. escaleno anterior. Tronco tireocervical é um ramo da artéria subclávia, ele emite 3 ramos: a. supraescapular (vasculariza as partes supra e infra escapular), tireóidea superior e a. cervical transversa. O ramo superficial da artéria cervical transversa irriga o trapézio.

As veias que drenam o trapézio são satélites. A veia cervical transversa drena pra jugular externa e esta para a veia subclávia.

FORMA ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃOLosango Terço medial da

linha nucal superior; protuberância occipital externa; ligamento nucal; processos espinhosos das vértebras C7-T12.

Terço lateral da clavícula; acrômio e espinha da escápula

Nervo acessório; parte superior recebe fibras dos 3º e 4º nervos cervicais.

Artéria cervical transversa e veia cervical transversa.

Suspensor da cabeça;Elevador do ombro, juntamente com o levantador da escápula;Roda a escápula durante a abdução e elevação do braço.Retrai e fixa a escápula.

1.2 LATÍSSIMO DO DORSO Músculo usado para manter a postura; faz alguns movimentos

que são contrários aos do trapézio: extensão e adução do braço. Trabalha o movimento de rotação medial – quando uma pessoa

tem lesão do nervo toracodorsal (que inerva o latíssimo), pede-se para que ela faça rotação medial do braço.

A artéria axilar é dividida em três porções usando-se como referência o m. peitoral menor. Na terceira porção, a artéria subescapular dá origem à artéria toracodorsal, que irriga o latíssimo.

A veia toracodorsal drena diretamente na veia axilar.FORMA ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO E VASCULARIZAÇÃO AÇÃOLeque Abaixo do trapézio: dos

processos espinhosos T6 a S5; fáscia toracolombar; crista ilíaca.

Insere-se no assoalho do sulco intertubercular do úmero

Feixe toracodorsal (feixe neurovascular específico):- Nervo toracodorsal (ramo do fascículo posterior do plexo braquial – C6, C7, C8);- Artéria toracodorsal;- Veia toracodorsal.

Adutor e extensor do braço.Roda o braço medialmente.É um músculo acessório darespiração.Sustenta o peso do corpo sobre as mãos.Ajuda a manter o ângulo inferior da escápula contra a parede do tórax.

2) CAMADA MÉDIA – Há três músculos com as mesmas inervações e vascularizações (nervo, artéria e veia dorsal da escápula): Levantador da escápula, rombóide maior e rombóide menor. Esses músculos também têm a mesma inserção: borda medial da escápula.

2.1 LEVANTADOR DA ESCÁPULA O terço superior desse músculo situa-se profundamente ao esternocleidomastóideo; o terço inferior situa-se

profundamente ao trapézio. Há uma variação anatômica – a artéria dorsal da escápula pode se originar de 2 ramos diferentes:

- Diretamente da artéria subclávia.- Ramo profundo da artéria cervical transversa.

Veia dorsal da escápula drena pra veia jugular interna e então para a veia subclávia.

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FORMA ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃOÉ fino e em forma de fita

Dos tubérculos posteriores dos processos transversos de C1 a C4.

Insere-se na borda medial da escápula, acima da raiz espinha.

É inervado por pequenos ramos dos nervos C3 e C4 e pelo nervo dorsalda escápula (raiz C5do plexo braquial)

Artéria dorsal da escápula

Eleva a escápula.Em concordância com o trapézio encolhe os ombros.Com os rombóides pode retrair e fixar a escápula.

2.2 ROMBÓIDE MENOR Os rombóides situam-se profundamente ao trapézio e formam faixas paralelas largas que seguem ínfero-lateralmente, das

vértebras até a margem medial da escápula.

2.3 ROMBÓIDE MAIOR

ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃOProcessos espinhosos da T2 a T5.

Na borda medial da escápula, abaixo da espinha.Pode inserir num arco tendinoso, fixando no nível da espinhae do ângulo inferior.

Pelo nervo dorsal da escápula (raiz C5 do plexo braquial)

Artéria dorsal da escápula

Retrai e fixa a escápula.

2.4 SERRÁTIL PÓSTERO-SUPERIOR Atua na inspiração.

ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃOLigamento nucal, processos espinhosos C7 a T3.

Bordas superiores das 2ª a 5ª costelas, lateral a seus ângulos.

Nervos intercostais T2 à T5 (ramos ventrais dos nervos espinhais torácicos).

Artérias e veias intercostais posteriores (essas veias desembocam no sistema ázigo).

Elevação das costelas = aumenta do diâmetro AP do tórax. Parece ter função proprioceptiva.

FORMA ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃODe fina fita, pode estar completamente fundido ao rombóide maior.

Dos processos espinhosos da C7 e T1 e da parte inferior do ligamento nucal.

Na borda medial da escápula ao nível da raiz da espinha.

Pelo nervo dorsal da escápula (raiz C5 do plexo braquial)

Artéria dorsal da escápula

Retrai e fixa a escápula.

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2.5 SERRÁTIL PÓSTERO-INFERIOR Atua na expiração.

ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃODos processos espinhosos de T11 a L2.

Nas 4 costelas inferiores

Nervos intercostais T9 a T12

Artérias e veias intercostais posteriores (essas veias desembocam no sistema ázigo).

Depressão das costelas. Parece ter função proprioceptiva.

Os MÚSCULOS INTRÍNSECOS (PROFUNDOS) DO DORSO incluem músculos que atuam especificamente sobre a coluna vertebral, produzindo seus movimentos e mantendo a postura. São inervados pelos ramos posteriores (dorsais) dos nervos espinhais. São revestidos por fáscia muscular, que se fixa medialmente ao ligamento nucal, às extremidades dos processos espinhos das vértebras, ao ligamento supra-espinal e à crista mediana do sacro. A fáscia fixa-se lateralmente aos processos transversos cervicais e lombares e aos ângulos das costelas. As partes torácica e lombar da fáscia muscular constituem a fáscia toracolombar (LEMBRAR QUE ESSA FÁSCIA VAI ATÉ O SACRO). Os músculos profundos do dorso são classificados em camadas superficial, intermédia e profunda de acordo com sua relação com a superfície.- São inervados por ramos dorsais ou ventrais (intertransversários) dos nervos espinais

1) CAMADA PROFUNDA SUPERFICIAL1.1 ESPLÊNIOS

Os músculos esplênios são espessos e planos e situam-se nas faces lateral e posterior do pescoço.

Originam-se da linha mediana e estendem-se súpero-lateralmente até as vértebras cervicais (esplênio do pescoço) e o crânio (esplênio da cabeça). Os esplênios revestem e mantém os músculos profundos do pescoço em posição.

OBS: quando vira a cabeça para a esquerda, contrai-se o esplênio esquerdo. Para contrair os músculos da parte direita e os músculos da parte esquerda deve-se flexionar a cabeça.

Em uma parte, o esplênio do pescoço passa por baixo do esplênio da cabeça.

ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃOEsplênio da cabeça: Ligamento nucal, dos processos espinhosos da C7 a T3.

Esplênio do pescoço: Dos processos espinhosos da

Esplênio da cabeça: Processo mastóide (osso temportal), linha nucal superior (osso occipital).

Esplênio do pescoço:

Esplênio da cabeça: ramos dorsais dos nervos espinais C1 à C8.

Esplênio do pescoço: ramos dorsais dos nervos espinais C1 à C8.

Esplênio da cabeça: a occipital (que é ramo da a. carótida externa); ramo superficial da a. cervical transversa

Esplênios da cabeça e do pescoço: Isoladamente giram a cabeça para o mesmo lado. Em conjunto estendem a cabeça dorsalmente

Essa abertura na musculatura espessa do dorso é um bom lugar para examinar segmentos posteriores dos pulmões com um estetoscópio.

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T3 a T6. tubérculos dos processos transversos da C1 a C3

Esplênio do pescoço: a occipital; ramo superficial da a. cervical transversa

1.2 ERETORES DA ESPINHA ou SACROESPINAL Siituam-se em um sulco de cada lado da coluna vertebral, entre os processos espinhosos centralmente

e os ângulos das costelas lateralmente. O grande músculo eretor da espinha é o principal extensor da coluna vertebral e é dividido em três colunas: o iliocostal forma a coluna lateral, o longuíssimo forma a coluna intermédia e o espinal forma a coluna medial. Cada coluna é dividida regionalmente em três partes de acordo com as fixações superiores.

A origem comum das três colunas do eretor da espinha se faz através de um tendão largo que se fixa inferiormente à parte posterior da crista ilíaca, à face posterior do sacro, aos ligamentos sacroilíacos e aos processos espinhosos sacrais e lombares inferiores.

Esses músculos atuam bilateralmente para estender (retificar) o tronco fletido.

`ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃO(comum às 3 porções do eretor da espinha). No sacro, no ílio e ligamentos associados, ligamento supraespinal. Recebe feixes adicionais dos processos espinhosos lombares.

- Iliocostal (cervical, torácico e lombar): Ligam sucessivamente aos ângulos das costelas e aos processos transversos das vértebras cervicais inferiores.

- Longuíssimo (do tórax, do pescoço e da cabeça):1. Do tórax: Insere-se nos processos acessórios das vértebras lombares superiores, nas costelas e processos transversos das vértebras torácicas.2. Do pescoço: nos tubérculos posteriores dos processos transversos das cervicais inferiores.3. Da cabeça: No dorso do processo mastóide.

- Medial ou espinal: processo espinhoso do áxis.

Ramos dorsais dos nervos espinhais.

Ramos das artérias vertebrais (passa dentro dos processos transversos), cervicais profundas (parte cervical), intercostais (parte torácica) e lombares (vem da aorta).

OBS: tronco costocervical sai da artéria subclávia e a artéria cervical profunda se origina desse tronco.

É o extensor da coluna vertebral.

2) CAMADA PROFUNDA MÉDIA2.1 SEMIESPINAL (DA CABEÇA, DO PESCOÇO E DO TÓRAX)

Profundamente ao músculo eretor da espinha, há um grupo oblíquo de músculos muito mais curtos denominado grupo de músculos transversoespinais que consistem nos músculos semi-espinais, multífidos e rotadores. Esses músculos originam-se dos processos transversos das vértebras e seguem até os processos espinhosos das vértebras mais superiores.

O semi-espinal é o membro superficial do grupo. Como seu nome indica, origina-se aproximadamente da metade da coluna vertebral. É dividido em três partes de acordo com as fixações superiores: semi-espinal da cabeça, semi-espinal do tórax e semi-espinal do pescoço. Fibras de tecido conjuntivo separam as partes.

OBS: gira a cabeça para o lado direito – contrai o esplênio do lado direito e o semiespinal do lado esquerdo; no movimento de flexão contrai-se os dois lados do semiespinal.

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ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃODos processos transversos da C4 a T12.

Nas linhas nucais superior e inferior.

Ramos dorsais dos nervos espinais.

Ramo das aa. intercostais posteriores; ramo da a. occipital e ramo da a. cervical profunda

Isoladamente giram a cabeça para o lado oposto e em conjunto estendem a cabeça dorsalmente.- Extensão da coluna

2.2 MULTÍFIDOS Formam a camada média do grupo de músculos transversoespinais e consistem em

feixes musculares curtos e triangulares que são mais espessos na região lombar. Vão dos processos transversos de uma vértebra aos processos espinhosos da vértebra

que está acima. Se originam lateralmente e se inserem medialmente.

ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃOOrigina-se da face posterior do sacro, espinha ilíaca póstero-superior, aponeurose do eretor da espinha, ligamentos sacroilíacos, processos mamilares das vértebras lombares, processos transversos de T1-T3, processos articulares de C4-C7.

Mais espesso na região lombar; as fibras seguem obliquamente em sentido súpero-medial por toda a extensão dos processos espinhosos das vértebras, localizada 2-4 segmentos superior à origem.

Ramos dorsais dos nervos espinais.

Ramo das aa. intercostais posteriores; ramo da a. occipital, ramo da a. cervical profunda e ramo das aa. Lombares.

Extensão, flexão erotação da coluna

2.3 ROTADORES LONGOS E CURTOS São os mais profundos das três camadas de músculos transversoespinais e são mais bem

desenvolvidos na região torácica. Vão dos processos transversos à lâmina da vértebra acima. Alguns vão para a lâmina da

vértebra logo acima: curtos; outros vão para a lâmina de duas vértebras acima: longos.

ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃOOriginam-se dos processos transversos das vértebras; mais bem desenvolvidos na região torácica.

As fibras seguem supero-medialmente para se fixarem à junção da lâmina ao processo espinhoso da vértebra imediatamente (curto)

Ramos dorsais dos nervos espinais.

Ramo das aa. intercostais posteriores.

Rotação da coluna.

Page 11: Resumo de Anatomia - Dorso (Camila, Cleiton)

ou 2 segmentos (longo) superior à vértebra de origem.

3) CAMADA PROFUNDA PROFUNDA Os músculos interespinais, intertransversários e levantadores das costelas são pequenos músculos profundos do dorso,

pouco desenvolvidos na região torácica. Os músculos interespinais e intertransversários unem os processos espinhosos e transversos, respectivamente. Os levantadores das costelas representam os músculos intertransversários posteriores do pescoço.

3.1 INTERESPINAIS (CERVICAIS E LOMBARES) Vão de um processo espinhoso ao adjacente.

ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃOFaces superiores dos processos espinhosos das vértebras cervicais e lombares.

Faces inferiores dos processos espinhosos da vértebra superior à vértebra de origem.

Ramos dorsais dos nervos espinais.

Ramo das aa. intercostais posteriores, ramo das aa. lombares, ramo cervical profundo do tronco costocervical.

Extensão, flexão lateral e rotaçãoda coluna

3.2 INTERTRANSVERSÁRIOS (CERVICAIS E LOMBARES) Vão de um processo transverso ao processo transverso adjacente.

ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃOProcessos transversos das vértebras cervicais e lombares.

Processos transversos das vértebras adjacentes.

Ramos DORSAIS e VENTRAIS dos nervos espinais.

Ramo das aa. intercostais posteriores, ramo das aa. lombares, ramo cervical profundo do tronco costocervical.

Flexão lateral da coluna.

3.3 ELEVADORES COSTAIS

ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO AÇÃOÁpice dos processos transversos de C7 a T11.

Entre o tubérculo e o ângulo da costela abaixo

Ramos dorsais dos nervos espinais.

Ramo das aa. intercostais posteriores.

elevam as costelas e auxiliam na flexão lateral da coluna

OBS: atuam na inspiração.

MÚSCULOS SUBOCCIPITAIS E PROFUNDOS DO PESCOÇOA região suboccipital, a parte superior da região cervical posterior, é a área triangular inferior à região occipital da cabeça,

incluindo as faces posteriores das vértebras C1 e C2. Os quatro pequenos músculos da região suboccipital situam-se profundamente aos músculos trapézio e semi-espinal da cabeça e são formados por dois músculos retos posteriores da cabeça (maior e menor) e dois músculos oblíquos. Todos os quatro músculos são inervados pelo ramo posterior de C1, o nervo suboccipital. O nervo emerge quando a artéria vertebral segue profundamente entre o osso occipital e o atlas no trígono suboccipital.

Page 12: Resumo de Anatomia - Dorso (Camila, Cleiton)

O músculo oblíquo inferior da cabeça é o único músculo da cabeça que não tem fixação ao crânio. Esses músculos são principalmente músculos posturais, mas são descritas ações para cada músculo em termos de movimento da cabeça.