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Documento produzido pela Estrutura Sub-Regional de Vila Real/Gabinete Técnico Missão Douro
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Resumo de atividades ESRVR/GTMD 2014
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Gabinete Técnico
ÍNDICE
1. Enquadramento 3
2. Dados globais de produtividade 5
2.1 Formação 6
2.2 Ambiente e Ordenamento do Território 9
2.3 Monitorização/Fiscalização 14
2.4 Apoio à DSAJAL 17
2.5 QREN/ON2 18
2.6 Missão Douro 21
3. Desafios para o futuro 29
4. Nota conclusiva 36
5. Lista de acrónimos e siglas 38
“Corre, caudal sagrado,
Na dura gratidão dos homens e dos montes!
Vem de longe e vai longe a tua inquietação...”
Doiro, Miguel Torga
Resumo de atividades ESRVR/GTMD 2014
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Gabinete Técnico
1. ENQUADRAMENTO
No momento de comunicar os resultados de mais um ano de trabalho, a Estrutura Sub-Regional de Vila Real/Gabinete Técnico Missão Douro,
destaca num documento sintético, habitualmente designado por resumo de atividades, os dados mais relevantes de 2014. Para além da
produtividade alcançada importa realçar os fatores que, de certa forma, permitem diferenciar esta Unidade Orgânica.
Em 2013 entendeu-se pertinente abordar de forma mais aprofundada a metodologia de trabalho adotada no desempenho das suas tarefas, através
de um estudo de caso. Já em 2014 é incontornável o enfoque ao desempenho de uma nova competência, tão exigente e motivadora como a
materialização do Gabinete Técnico Missão Douro.
A Resolução de Concelho de Ministros n.º 4/2014, de 10 de janeiro veio formalizar o processo de internalização, definindo, ao mesmo tempo, o
sistema de gestão do Alto Douro Vinhateiro Património da Humanidade, conferindo à CCDRN, enquanto entidade gestora do BEM, a missão “de
proteger, conservar e valorizar, bem como divulgar e promover a Paisagem Cultural Evolutiva e Viva do Alto Douro Vinhateiro”. Esta foi uma
opção que teve em linha de conta as atribuições da CCDRN, designadamente a coordenação e a articulação das diversas políticas setoriais de
âmbito regional, a execução das políticas de ambiente e de desenvolvimento regional para a Região do Norte, bem como e experiencia e
capacidade do seu quadro técnico. Em consonância com esta estratégia, o Despacho Interno n.º 17 de 14 de maio de 2014, cria o Gabinete
Técnico Missão Douro, integrado e na dependência da ESRVR, com o intuito de prestar apoio técnico ao Presidente da CCDRN, consubstanciado
na operacionalização das ações constantes na referida RCM.
Consciente de tamanha missão, a ESRVR/GTMD diligenciou os recursos logísticos necessários e organizou o quadro técnico de forma a consolidar
uma equipa de trabalho polivalente e pluridisciplinar capaz de responder às solicitações superiores, nomeadamente no âmbito da monitorização do
território e subsequente avaliação sobre a evolução da qualidade da paisagem classificada. Como mais-valia para a prossecução destes novos
objetivos, destaca-se a gestão proactiva das competências de Ambiente, Ordenamento do Território, Fiscalização e o Acompanhamento físico e
financeiro das operações cofinanciadas pelo QREN/ON2, sustentada pela relação de confiança e proximidade com o território.
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Gabinete Técnico
No entanto, para além da produção e implementação do Plano de Monitorização do ADV e da elaboração de um Relatório de Monitorização e
Avaliação com apresentação dos resultados obtidos para as 10 paisagem de referência propostas pelo Relatório de Avaliação sobre o Estado de
Conservação do BEM, levado à UNESCO em fevereiro de 2013, a ESRVR/GTMD assegurou o desempenho das suas competências, na interação e
resposta à Presidência, Direções de Serviço e sobretudo ao Cliente diário.
Desde sempre se assumiu como indissociável a gestão do Ambiente e do Ordenamento do Território, não só porque se cruzam os seus domínios,
mas porque na realidade, a gestão integrada e holística do território exigem uma interpretação conjugada destes dois fatores, das políticas e
regulamentos que lhes estão subjacentes. Esta abordagem revelou-se determinante para o processo de monitorização do território, conferindo-lhe
acuidade e transversalidade.
Importa ainda salvaguardar que, não obstante as dificuldades do contexto envolvente, o desempenho do quadro de pessoal desta Unidade
Orgânica, tem-se pautado pela dedicação e profissionalismo, mensurável pela formação contínua, discutida e analisada em reuniões internas de
acompanhamento, onde se procuram identificar os constrangimentos da gestão diária, melhorar metodologias, em função do feedback interno e
externo sobre o trabalho desenvolvido. A autoavaliação tem sido um importante fator de crescimento interno, fomentando o espírito de equipa,
reforçando o comprometimento com a causa pública e consolidando os princípios e valores que orientam a sua missão - operacionalizar as
políticas de ambiente, ordenamento do território, cidades, desenvolvimento regional e apoiar a administração local, a que acresce em 2014, apoiar
tecnicamente a CCDRN na gestão do ADV Património Mundial.
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Gabinete Técnico
2. DADOS GLOBAIS DE PRODUTIVIDADE
Os dados globais de produtividade reportam aos indicadores que traduzem o trabalho desenvolvido, em função do número de processos e com
tradução em diferentes tipologias de documentos e ações produzidas por toda equipa ao longo do ano. Esta primeira abordagem permite uma
leitura comparativa da evolução sentida em relação ao ano 2013, salientando-se como exemplo um acréscimo de 223 guias de receita emitidas,
num total de 1566, número que representa mais de 50% das guias emitidas pela CCDRN, no seu todo.
No mesmo alinhamento, a variação entre o número de ofícios e de informações produzidas no ano em referência, traduzem as alterações
implementadas na tramitação das comunicações prévias submetidas no âmbito do VITIS, na medida em que a diminuição do número de ofícios
resulta do simples facto de terem deixado de ser solicitados à DRAPN pareceres relativos às condições edafoclimáticas, uma vez que as propostas
de intervenção constantes nos processos são analisadas em detalhe, em sede de reunião entre a DRAPN e a ESRVR para a tomada de decisão, que
inclui, em caso de dúvidas uma visita conjunta ao local, no sentido de se apurarem os valores patrimoniais em causa e as implicações dos projetos
na qualidade da paisagem. Esta metodologia de trabalho, validada pela Direção de Serviço representa uma redução de 636 ofícios, mas acima de
tudo, uma economia de tempo e recursos que marcam a diferença no tempo e qualidade de resposta, ao encontro das necessidades e expectativas
dos clientes do serviço. Em 2014 foram realizadas 152 reuniões de trabalho.
Por outro lado, importa realçar o volume de trabalho na área do Ambiente e Ordenamento de Território, num total de 2135 processos
analisados. A assunção e operacionalização das competências inerentes ao GTMD integrado na ESRVR, com destaque para todos os
procedimentos incluídos no Plano de Monitorização e posterior exercício de avaliação sobre a evolução de 10 paisagens de referência,
representativas do ADV, não comprometeram a capacidade de resposta do serviço.
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Gabinete Técnico
2.1 FORMAÇÃO
A aposta na formação interna e a participação em seminários e conferencias sobre temas de interesse para matérias de gestão têm contribuido
para o enriquecimento e consolidação de competencias técnicas. Com efeito, as alterações aos diversos diplomas legais e a atribuição de novas
competencias ditam a necessidade de aprofundar o conhecimento, estudar dossiês, pesquisar estudos de caso, articular metodologias, reavaliar
resultados, no sentido de otimizar novas abordagens técnicas a tão diversas tipologias de processos.
O quadro seguinte revela o investimento feito ao nível da formação e traduz a vontade de fazer mais e melhor em prol de um objetivo comum: ser
um serviço desconcentrado de referência para o cidadão, contribuindo para a coesão, integridade e sustentabilidade do território.
FORMAÇÃO 2014 ESR VILA REAL/GTMDOURO
Âmbito
geral Nome da ação Instituição promotora
Nº
horas
Nº
participantes
Form
ação
inte
rna
SIADAP Avaliadores CCDRN/IGAP 14 1
Planos Municipais de Ordenamento do Território DSOT/IGAP 13 6
PMOT - processos de elaboração, revisão e alteração: procedimentos
e tramitação DSOT/IGAP 14 6
MS Excel 2010 - Utilização Avançada CCDRN/RUMUS 21 2
AIA - Índice de Avaliação Ponderada de Impactes CCDRN/DSA 7 12
Clientes/Promotores
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“Contratação Pública - Formação de Contratos” CCDRN/CESAE 14 2
Edição de dados geográficos e alfanuméricos diretamente no Portal
Mapoteca CCDRN 3 6
Validação de conteúdos geográficos em ambiente QGIS para posterior
publicação no portal Mapoteca CCDRN 5 2
Curso de Técnicas de Atendimento ao Público CCDRN/AEP 21 2
SIG DESKTOP OPEN SOURCE CCDRN 10 4
continua…
Âmbito
geral Nome da ação Instituição promotora
Nº
horas
Nº
participantes
Sem
inár
ios
e
confe
rênci
as
pro
movi
das
pela
CC
DR
N
Sessão de Apresentação e Esclarecimento sobre o Sistema de
Informação do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (SIRJUE) CCDRN/CCDRC/DGAL 7 6
Seminário "Ocupação Dispersa" CCDRN/DSOT 7 6
Ação de Formação SIRJUE (técnicos autarquias) CCDRN/DSOT/ESRVR 7 9
Seminário “ (Nova) Governação Pública Local”, CCDRN/CMMirandela 7 1
Sem
inár
ios
e
confe
rênci
as d
e
inte
ress
e g
era
l
par
a o S
erv
iço Seminário "Património Mundial da Unesco - Alto Douro Vinhateiro:
aliança entre Ciência e Cultura" UTAD/CNUNESCO/outros 7 5
Seminário "A Bioética, o Homem e a Natureza; Douro - Um
Património Mundial a Proteger
UTAD/Univ.Católica/Museu
Douro 7 1
Iniciativa “INTERIOR 2.0” - Repensar Estratégias para o Interior CCDRN/ON2 7 1
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Seminário ADRAT Conversas IN – “Que estratégias para o futuro…”, ADRAT 7 3
Gala de Entrega de Prémios DOURO EMPREENDEDOR 2014 UTAD/CCDRN 4 2
Debate "Inovação em Portugal Rural. Detetar, Medir e Valorizar UTAD/outros 7 1
XVI Congresso Ibero-americano de Urbanismo CMSintra/AUP/outros 28 1
Documentário sobre o Património Natural e Cultural do Vale do Tua -
Casa das Artes, Porto EDP 4 1
II Fórum do Interior: "Pensar e Agir para a Sustentabilidade e
Viabilidade dos Territórios de Baixa Densidade" UTAD/Animar 14 1
Sistema de Informação do Regime de Arborização e Rearborização
com Recurso a Espécies Florestais (RJAAR) UTAD/ICNF 2 3
Total 237 84
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2.2 AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
O desempenho destas duas competências ficou marcado pelo aumento do número de processos submetidos e em gestão.
No domínio do Ambiente, a ESRVR passou a assegurar todas as vistorias às indústrias e licenciamento da gestão de resíduos, o que implica o
respetivo enquadramento ao nível dos IGT’s e demais legislação específica, as vistorias conjuntas com a DRAPN, DREN e municípios, bem como a
posterior monitorização, nomeadamente quanto à implementação das medidas de minimização de impactes.
A Direção de Serviços do Ambiente conta ainda com a colaboração da ESRVR/GTMD para análise dos relatórios de monitorização dos
Descritores Paisagem (este por solicitação da APA), Ordenamento do Território e Uso do Solo relativos ao Aproveitamento Hidroelétrico da Foz
do Tua e do Baixo Sabor. Importa ainda referir que, os Estudos de Impacte Ambiental são também alvo de emissão de parecer, no que aos
descritores Património Cultural e Paisagem diz respeito.
No que ao Ordenamento do Território diz respeito, importa referir o aumento do número de processos submetidos para análise e proposta de
decisão. Não obstante o forte envolvimento da equipa nas tarefas do GTMD, face à necessidade de se implementar um processo de monitorização
do ADV, foi possível dar resposta a todas as solicitações. Nesta matéria, importa realçar o processo de adaptação à tramitação dos RJUE’s na nova
plataforma informática, sendo que a própria ESRVR colaborou na promoção de uma sessão de esclarecimento e formação destinada aos técnicos
das autarquias, sessão muito participada e proveitosa para a articulação dos procedimentos nesta área de competência.
O processo de revisão dos PDM´s sofreu também um incremento muito positivo que passou pela conclusão dos trabalhos da Comissão de
Acompanhamento do PDM de Sabrosa (publicado), de Murça (em discussão pública) e Carrazeda de Ansiães (com emissão de parecer final).
Corroborando a necessidade de uma abordagem holística e transversal, as reclamações que dão entrada na ESRVR/GTMD requerem, numa fase
prévia a análise e enquadramento dos processos e uma posterior averiguação, no local, de todos os contornos das situações registadas,
nomeadamente os impactes de ordem ambiental e paisagística.
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Gabinete Técnico
Os gráficos seguintes descriminam o volume e cadência de trabalho registado em 2014 no âmbito das competências relativas ao Ambiente e
Ordenamento do Território:
0
500
1000
1500
2000
2500
Processosentrados
Processoanalisados
Informaçõestecnicas
Oficiotecnicos
OutrosOficios
Saidas decampo
Guias Receita
1839
2135
1743
2122
403
238
1566
Ambiente e Ordenamento do Território
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Favorável
65%
Favorável
Condicionado
5%
Desfavorável
3%
Pedido de
Elementos
2%
Análise
Paisagem (sem
ocupação REN)
Favorável 25%
Sentido de resposta
Este indicador permite constatar alguns factos que resultam da metodologia de trabalho implementada, não só ao nível da análise como da
própria tramitação dos processos. Por um lado a baixa percentagem de decisões desfavoráveis ou de favoráveis condicionados reflete todo o
trabalho de atendimento personalizado e aconselhamento técnico a montante da submissão dos processos, o que de igual modo se pode
verificar pelo reduzido número de processos para os quais foram pedidos elementos adicionais, uma vez que nas ações de sensibilização e
esclarecimento são focalizados os elementos a apresentar. Por outro lado, os 25% de processos sem incidência na REN e com parecer
favorável, revelam uma preocupação crescente na gestão da paisagem, esta partilhada pelas demais entidades com responsabilidade no
território como é o caso concreto da DRAPN e da DRCN.
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0
50
100
150
200
250
300
350
400
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembr
o
Dezembr
o
Total Processos 146 364 257 321 192 150 211 53 115 101 168 57
Processos VITIS 95 312 207 272 139 118 154 21 66 32 110 19
Representatividade de processos VITIS no total de processos
Embora os processos submetidos no âmbito das Campanhas VITIS tenham grande representatividade no volume de trabalho da equipa técnica,
não podemos deixar de salientar o elevado número de processos em gestão referentes às mais diversas tipologias e áreas de incidência,
conforme expresso no gráfico precedente. De facto tendo em conta a sensibilidade do território em gestão todos os processos exigem uma
análise muito detalhada e holística, de forma a acautelar não só o cumprimento das disposições legais, mas também a sua integração na
paisagem. Por outro lado regista-se um elevado número de projetos sujeito a Avaliação de Impacte Ambiental, uma vez que o Douro é
considerado área sensível.
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22
23
5
Avaliação de Impacte Ambiental
EIA
Pós
AvaliaçãoRECAPE
O volume de trabalho associado aos procedimentos de AIA prende-
se com a complexidade dos dossiês em questão, atendendo à
abrangência dos estudos e à necessidade de se encontrarem as
soluções técnicas mais adequadas, sobretudo quando estão em causa
territórios complexos e únicos como o ADV Património da
Humanidade. Com efeito, para além dos descritores Ordenamento
do Território e Uso do Solo, no passado recente foi necessário
salvaguardar uma análise holística e mais transversal, atendendo à
abrangência do parâmetro Paisagem Cultural, metodologia pensada
nos termos do ”Guidance on Heritage Impact Assessments for Cultural
World Heritage Properties”, ICOMOS, janeiro 2011. Para além de
exigir um estudo exaustivo de todo o processo, a sua análise envolve
uma equipa pluridisciplinar com valências de arquitetura, arquitetura
paisagista, ecologia, engenharia civil e eletrotécnica, no sentido de se
poder avaliar, de forma mais fundamentada, os impactes próprios e
cumulativos e encontrar as soluções alternativas que permitam
minimizar os impactes sobre os principais atributos que conferem
autenticidade e integridade ao Alto Douro Vinhateiro, face às novas
competências técnicas atribuídas ao GTMD no âmbito da gestão
deste território.
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Gabinete Técnico
2.3 FISCALIZAÇÃO/MONITORIZAÇÃO
É neste domínio de atuação que se cruzam todas as competências do serviço, uma vez que cada saída de campo, independentemente
do seu objetivo, concorre para a monitorização do território. Estas ações, correspondentes a 238 saídas de campo, ocorrem em dois
momentos distintos da gestão de um processo: o primeiro complementa o enquadramento e análise das pretensões, sustentando a
tomada de decisão e a indicação das medidas e boas práticas a observar, tirando partido do contacto direto com os clientes para a
promoção do aconselhamento técnico e sensibilização necessária à salvaguarda dos valores patrimoniais e paisagísticos; o segundo,
para posterior acompanhamento e verificação do cumprimento das condições expressas nos respetivos pareceres.
A par destes procedimentos, o reforço de competências na área do Ambiente, nomeadamente quanto ao licenciamento industrial e
gestão dos resíduos, tem aumentado o número de vistorias conjuntas, promovidas pelas entidades licenciadoras.
Acresce a este ponto, todo o trabalho desenvolvido pelo GTMD no âmbito de definição e implementação do Plano de Monitorização
do ADV, nomeadamente as saídas de campo para recolha de dados a partir dos pontos de observação sinalizados nas 10 paisagens de
referência delimitadas como amostragem do ADV Património Mundial, metodologia de trabalho, detalhadamente descrita do
documento em referência, que se encontra apenso a este, em suporte digital.
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De proveniências distintas: particulares, associações representativas da sociedade civil, Direção de Serviços do Ambiente ou do Ordenamento do
Território, DSAJAL, SEPNA’s e mesmo Tribunais, as reclamações que dão entrada na ESRVR/GTMD requerem, numa fase prévia a análise e
enquadramento dos processos e uma posterior averiguação, no local, de todos os contornos das situações registadas, nomeadamente os impactes
de ordem ambiental e paisagística.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Entradas Concluidas Aguardamelementos
47
38
9
Análise de reclamações
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Independentemente da tipologia de processos em causa, a ESRVR/GTMD tem dedicado a sua atenção ao mapeamento de todos os polígonos
correspondentes a processo em gestão, sobretudo na área da RDD, representada abaixo, com o intuito de consolidar a principal base de trabalho
para o processo de monitorização e fiscalização.
2.2. a) APOIO Á DSAJAL
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2.4 APOIO Á DSAJAL
Resultante da nova dinâmica implementada pela DSAJAL foi solicitada a colaboração dos técnicos desta ESRVR/GTMD, que com as suas valências
na área da arquitetura e engenharia civil têm assegurado o acompanhamento e apoio técnicos às TNS.
Este trabalho implica a análise das candidaturas e do respetivo projeto de execução, colmatando as carências registadas ao nível das equipas
responsáveis, muitas delas associadas às comissões fabriqueiras das paróquias, salvaguardando ao mesmo tempo a qualidade técnica e arquitetónica
das intervenções. Em 2014 este apoio incidiu sobre quatro obras de conservação e restauro de património religioso ao abrigo do Subprograma 2:
Restauro da Igreja Paroquial de S.
Braz de Castanheiro do Norte,
Carrazeda de Ansiães
Reabilitação da Igreja de Travassos do
Rio, Montalegre
Recuperação e Reabilitação da Igreja
Matriz de Vilar, Moimenta da Beira
Reconstrução de um edifício para
Centro Cultural em Cabaças,
Moimenta da Beira
A ESRVR/GTMD foi ainda chamada a participar na implementação de um projeto-piloto relativo aos regulamentos municipais, propondo-se ainda
prestar apoio técnico para a operacionalização da carta de compromisso assinada com os mesmos.
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Gabinete Técnico
2.5 QREN/ON2
Em plena fase de encerramento de mais um quadro comunitário de apoio, os esforços da equipa de trabalho centram-se nos procedimentos
técnicos necessários ao encerramento das operações ainda em curso. Neste sentido, para além das visitas finais que se realizaram em articulação
com o setor financeiro, em 2014 foram analisados 118 pedidos de reformulação, 50 relatórios finais e encerradas 38 operações, número abaixo do
desejado, pese embora os esforços desenvolvidos junto dos promotores, para o aumento dos níveis de execução e encerramento dos projetos.
Decorrente do trabalho desenvolvido identifica-se como pertinente e de extrema importância para a monitorização do território e posterior
avaliação sobre a aplicação dos apoios financeiros, a georreferenciação dos projetos cofinanciados e a listagem e caraterização de todos os estudos
e publicações contemplados em operações de natureza imaterial, metodologia que se pretende implementar no arranque do Norte 2020.
Assim, muito para além das tarefas inerente ao acompanhamento físico e financeiro das operações em gestão na ESRVR, exemplificadas nos
gráficos seguintes, o desenvolvimento desta competência envolve incontáveis contatos telefónicos, presenciais e via e-mail com os promotores das
candidaturas, visitas de acompanhamento e reuniões técnicas para resolução de constrangimentos, que se traduzem no apoio diário imprescindível
ao sucesso das operações.
De olhos voltados para o futuro, a ESRVR/GTMD acredita poder ter voz ativa e participação direta, quer na formatação de avisos, em função das
necessidades e dinâmicas territoriais, quer na análise das candidaturas que venham a ser submetidas, quer, no posterior acompanhamento físico e
financeiro das mesmas, quer ainda na monitorização e acompanhamento das obras objeto de contratualização, com auditoria das mesmas.
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Gabinete Técnico
jan fev mar abril maio jun jul agos set out nov dez
Eixos 1 e 2 53 32 32 46 37 58 66 20 65 38 64 52
Eixos 3 e 4 38 39 28 27 31 22 30 11 38 33 52 53
Sub-total mês 91 71 60 73 68 80 96 31 103 71 116 105
0
20
40
60
80
100
120
140
Pedidos de pagamento analisados em 2014 965
jan fev mar abrilmai
ojun jul agos set out nov dez
Eixos 1 e 2 20 11 8 23 9 13 26 3 29 15 35 40
Eixos 3 e 4 3 6 1 4 0 2 5 2 11 11 14 11
Sub-total mês 23 17 9 27 9 15 31 5 40 26 49 51
0
10
20
30
40
50
60
Contratação pública verificada e validada em 2014 302
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Gabinete Técnico
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro OutubroNovembr
o
Dezembr
o
Pedidos de pagamento 28 12 20 12 13 11 18 6 13 18 10 6
Ajustes à decisão 4 0 1 0 3 3 2 0 3 1 2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
N.º
de P
P's
SIALM - pedidos de pagamentos analisados em 2014 167
20
SIALM - 2014
Pedidos de
Pagamento
Ajustes à
Decisão
A análise dos pedidos de pagamento e de ajuste à decisão das candidaturas submetidas ao
Sistema de Incentivos Apoio Local a Microempresas (SIALM) tem permitido aprofundar a
conhecimento da equipa técnica bem como estimular o contacto e interação com o setor
empresarial privado, uma mais-valia determinante para se poderem acolher novos desafios,
agora no âmbito do Norte2020.
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Gabinete Técnico
2.6 MISSÃO DOURO
O Valor Universal Excecional da paisagem do Alto Douro Vinhateiro foi reconhecido pela UNESCO em 14 de dezembro de 2001. As encostas
talhadas em socalcos ao longo do Rio Douro, pontuadas por aldeias e quintas testemunham a evolução histórica, as tradições e reveses de uma
cultura secular associada ao vinho. O Alto Douro Vinhateiro, área selecionada como a mais representativa da região demarcada mais antiga do
mundo enquadrou, pelos critérios selecionados, a categoria de “paisagem cultural evolutiva e viva”.
É, de facto, reconhecida a complexidade e exigência da região do Douro, uma vez que o conjunto do seu valor patrimonial constitui um desafio
permanente à gestão territorial, à articulação institucional, à conciliação de interesses entre a preservação e salvaguarda dos seus valores únicos e
autênticos e a necessidade de desenvolvimento económico, que implica soluções inovadoras, mecanizadas e rentáveis.
Ao longo dos últimos anos, estas dinâmicas territoriais decorreram sob o olhar atento das instituições desconcentradas da administração central,
com destaque para a CCDRN, no âmbito das suas competências em matéria de Ordenamento do Território, Ambiente e Desenvolvimento
Regional, em assegurar, coordenar e articular as diversas políticas setoriais de âmbito regional. A Resolução de Conselho de Ministros n.º4/2014
de 10 de janeiro veio determinar a internalização das funções anteriormente cometidas à EMD, na orgânica da CCDRN, corroborando assim a
necessidade de se assegurarem as funções de proteção, conservação e valorização do ADV, tirando partido da capacidade técnica e know-how
instalados, da experiência em gestão do território e da proximidade e conhecimento da paisagem do Alto Douro Vinhateiro.
Este diploma, associado ao Despacho Interno n.º 17 de 14 de maio de 2014, que cria o Gabinete Técnico Missão Douro, integrado e na
dependência da ESRVR, com o intuito de prestar apoio técnico ao Presidente da CCDRN, consubstanciado na operacionalização das ações
constantes na referida RCM, vem clarificar o modelo de gestão do ADV Património da Humanidade, respondendo às exigências da UNESCO e às
expectativas dos todos os agentes regionais.
Assumir este novo desafio exigiu uma reorganização interna dos serviços, com identificação das necessidades técnicas, logísticas e tecnológicas
imprescindíveis à realização das novas tarefas.
Resumo de atividades ESRVR/GTMD 2014
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Gabinete Técnico
Estudados os documentos orientadores emanados pela UNESCO, conhecendo aprofundadamente o âmbito territorial em referência, foi definido
um plano de ação que permitisse levar a cabo, de forma organizada e faseada este novo projeto.
A prioridade residiu na elaboração e implementação de um plano integrado de monitorização que complementasse os pressupostos necessários à
materialização do plano de gestão do ADV, a par da sua componente jurídica, consubstanciada no PIOTADV, e institucional, representada pela
Entidade Gestora e respetivos órgãos de apoio, onde se incluem um quadro de recursos técnicos, o Grupo Coordenador Permanente e o
Conselho Consultivo.
Este trabalho teve por base a proposto metodológica apresentada no Relatório de Avaliação sobre o Estado de Conservação do BEM ADV e
incidiu sobre as 10 paisagens de referência selecionadas, ponderada num cronograma de ação exequível, mas o mais abrangente e completo
possível.
Em articulação com os interlocutores institucionais, identificados como fontes de informação privilegiada, foram definidos os indicadores que
permitissem reunir os dados correspondentes às quatro componentes de monitorização, os Processos da Tutela, as Atividade Económicas, a
Comunicação e a Paisagem. O tratamento da informação recolhida passou pela construção de bases de dados cartográficas, a partir da carta de
uso do solo produzida no âmbito do AECB-ADV, atualizada mediante a georreferenciação de todos os polígonos relativos a intervenções
decorrentes de processos da tutela, validados no terreno, em inúmeras saídas de campo. Este trabalho permitiu mapear as alterações registadas ao
nível da paisagem de referência. Este procedimento permitiu que, numa fase posterior, se procedesse à análise crítica e aturada de toda a
informação tratada, de forma comparativa. A construção de uma matriz de magnitude, a partir do conceito proposto no AECB-ADV, permitiu
registar o sentido de mudança. Este Plano de Monitorização envolveu tempo e recursos e resultou num documento que foi validado pelo Grupo
de Coordenador Permanente e acolhido positivamente pelo Conselho Consultivo para a Missão Douro, na sessão realizada em 10 de dezembro
de 2014 no Museu do Douro.
Numa fase posterior, e porque se entendeu oportuno e pertinente compilar os resultados da avaliação feita à evolução da paisagem, em resultado
da implementação do Plano de Monitorização, a equipa de trabalho envolveu-se, de forma exaustiva, na produção de um Relatório de
Monitorização e Avaliação do ADV, documentos que pela sua abrangência, se encontram apensos a este resumo de atividades, em suporte DVD.
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Também em formato digital, inclui-se ainda como anexo o Plano de Ação do GTMD.
Mas, o trabalho desenvolvido para a prossecução deste novo desafio não se esgota nestes documentos, atendendo a que foram inúmeras as
sessões de trabalho com os agentes regionais e locais, nomeadamente com os interlocutores da sociedade civil e da comunidade educativa para
realização de ações conjuntas; foi realizado um pequeno filme infantil para comemoração do Dia Mundial da Criança, promovendo o processo de
aproximação entre as crianças e o riquíssimo património do ADV e todas as atividade lúdico-pedagógicas que este pode proporcionar.
Salienta-se ainda o apoio dado à UTAD na realização do inquérito junto dos residentes e investidores do Alto Douro Vinhateiro, Património da
Humanidade desde 2001, com o objetivo de conhecer os benefícios/custos decorrentes da classificação e ligação à Rede da UNESCO. Utilizou-se
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para o efeito a rede de contactos da ESRVR bem como o Balção Público Missão Douro que promoveu o preenchimento presencial, por parte dos
clientes que se dirigiram ao serviço.
Importa ainda referir que a metodologia de trabalho utilizada para a gestão dos processos submetido no âmbito do Ambiente e Ordenamento do
Território foram apuradas e complementadas em função dos objetivos operacionais inerentes à missão “de proteger, conservar e valorizar, bem
como divulgar e promover a Paisagem Cultural Evolutiva e Viva do Alto Douro Vinhateiro”. Não só na perspetiva de se poderem monitorizar os
processos da tutela, mas também com o intuito de alargar as boas práticas de forma mais abrangente e assertiva. Refira-se a título de exemplo a
preocupação de promover a inclusão nos Estudos de Impacte Ambiental, dos projetos com incidência no Alto Douro Vinhateiro e/ou na sua ZEP,
uma abordagem integral e transversal ao património e à paisagem, desenvolvendo uma componente específica - Paisagem Cultural, que permitisse
avaliar de forma holística e fundamentada os impactes próprios e cumulativos e ao mesmo tempo, facilitasse a definição de soluções alternativas
que minimizem os impactes sobre os principais atributos que conferem autenticidade e integridade ao Alto Douro Vinhateiro, proposta
metodológica implementada de acordo com ”Guidance on Heritage Impact Assessments for Cultural World Heritage Properties”, ICOMOS, janeiro 2011.
Em colaboração com a DSOT a ESRVR/GTMD acompanhou de perto o processo de revisão do PIOTADV elaborando informações internas e
atendendo as instituições e agentes do setor, com interesse na matéria, em reuniões de trabalho de concertação, esclarecendo dúvidas sobre as
alterações a considerar no documento final, sensibilizando para a importância de determinadas medidas e ainda salvaguardando a aprovação das
medidas normativas fundamentais para a gestão adaptativa do território.
Conforme previsto e articulado superiormente foi ainda dado todo o apoio técnico à realização das reuniões do Grupo Coordenador Permanente
e Conselho Consultivo.
No quadro abaixo encontram-se elencadas as principais ações implementadas, no âmbito das competências atribuídas no despacho nº 17/2014
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Áreas Competências Realizações
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Conceção e execução de boas práticas. Participação em ações de sensibilização coletivas
promovidas conjuntamente pela DRAPN/CCDRN no
âmbito do Programa VITIS, ou outras Ass. (AVIDOURO)
91
Participação no estudo e no desenvolvimento de políticas
públicas para o Alto Douro Vinhateiro consonantes com as
exigências da Convenção para a Proteção do Património
Mundial, Cultural e Natural, adotada pela Conferência Geral
da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência
e Cultura (UNESCO) e aprovada, para adesão, pelo Decreto
n.º 49/79, de 6 de junho.
Consolidação do trabalho de base cartográfica para
suporte à monitorização e observação das dinâmicas
territoriais do ADV.
1
Apoio à estruturação de avisos para canalização dos novos
fundos estruturais. em
curso
Articulação e coordenação entre as entidades das
administrações central e local com competências na Região
do Douro.
Apoio técnico e integração nas reuniões do Grupo
Coordenador Permanente e Conselho Consultivo para a
Missão Douro
4
Estímulo à participação e à iniciativa da sociedade civil. Articulação para realização de ações conjuntas com a
LADPM, Ass. Amigos do Museu do Douro entre outras,
públicas e privadas.
7
Sensibilizar a população em geral para o valor intrínseco do
Alto Douro Vinhateiro como património mundial e como
mais-valia para os produtos de origem local e para a
identidade da Região.
Colaboração com a UTAD na realização do inquérito aos
residentes do ADV sobre benefícios/custos decorrentes
da classificação e ligação à Rede da UNESCO.
128
Ações de sensibilização e aconselhamento técnico, in loco,
no âmbito da análise e monitorização de intervenções.
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Áreas Tarefas Realizações
Pro
moçã
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Din
amiz
ação
Dinamizar ações, em articulação com os diferentes agentes
regionais e das administrações central e local, para o
desenvolvimento integrado do Douro, bem como estimular,
sempre que possível, a participação e a iniciativa da sociedade
civil, designadamente através de ações de sensibilização e de
projetos educativos.
Realização e promoção junto da comunidade escolar de
um filme infantil sobre o ADV, sinalizando o Dia
Mundial da Criança.
1
Elaboração de uma proposta/roteiro tipo para
promoção do Património do ADV junto de docentes.
2
Promoção de reuniões de trabalho com agentes locais e
regionais.
29
Dinamizar parcerias com promotores, empresas, centros de
investigação, instituições de formação e municípios destinadas
a planear e a executar ações de valorização económica do
território, em particular ações associadas à vinha, ao vinho, à
cultura e ao turismo sustentável, dirigidas ao fomento da
competitividade e ao reforço da coesão territorial.
Visita e contacto com núcleo de apoio a novas
empresas/empreendedores da UTAD.
2
Apoio e promoção de eventos como "Cidades
Magalhãnicas", Prémio Douro Empreendedor, Prémio
de Arquitetura do Douro, entre outros.
12
Desenvolver ações adequadas para que a marca Douro possa
contribuir para o desenvolvimento da Região de Trás-os-
Montes e Alto Douro.
Análise e seleção das candidaturas ao Prémio Douro
Empreendedor (32 na categoria de Novas Empresas; 22
na categoria de Empresas com mais de 2 anos e 10 na
categoria de turismo internacional
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Áreas Tarefas Realizações
Monitori
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Ava
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o
Zelar pela manutenção dos atributos que conferem integridade
e autenticidade à «Paisagem Cultural Evolutiva e Viva do Alto
Douro Vinhateiro» como património mundial, com vista a
salvaguardar os valores paisagísticos, ambientais e culturais em
presença e em articulação com os municípios e com as demais
entidades públicas territorialmente competentes.
Ações de sensibilização e aconselhamento técnico, in
loco, no âmbito da análise e monitorização de
intervenções no ADV, incluindo recuperação do
património vernacular (ELAITIDV)
299
Inclusão nos Estudo de Impacte Ambiental de uma
componente “Paisagem Cultural” que materialize uma
abordagem ao património e paisagem e que permita
avaliar de forma global e holística, os impactes sobre os
principais atributos que conferem autenticidade e
integridade ao Alto Douro Vinhateiro.
22
Análise e emissão de pareceres sobre os fatores
ambientais/descritores Ordenamento do Território,
Uso do Solo, Paisagem e Paisagem Cultural no âmbito
dos procedimentos de AIA.
22
Acompanhar, sem prejuízo das competências próprias da
Direção de Serviços de Ordenamento do Território no âmbito
do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a
alteração do Plano Intermunicipal de Ordenamento do
Território do Alto Douro Vinhateiro (PIOT-ADV).
Procedimentos de apoio à DSOT no processo de
revisão do PIOTDV (inclui informações técnicas e
reuniões de esclarecimento e trabalho com entidades,
no âmbito da consulta e discussão pública
10
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Áreas Tarefas Realizações
Monitori
zaçã
o e
Ava
liaçã
o
Emitir, quando lhe for solicitado, pareceres não vinculativos,
designadamente sobre projetos de desenvolvimento urbano ou
turístico e projetos que impliquem a mudança de uso do solo
que possam afetar os atributos que conferem valor universal
excecional ao Alto Douro Vinhateiro;
Cooperação com a DRAPN e DRCN para o
posicionamento concertado relativamente a assuntos
transversais como sinalética, soluções arquitetónicas,
implantação de elementos comemorativos, entre
outros.
1
Coordenar e zelar pela execução tempestiva dos programas e
projetos públicos e privados em curso com incidência na
Região Demarcada do Douro e zelar para que os mesmos
estejam em conformidade com as exigências da Convenção
para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural,
adotada pela UNESCO, por forma a garantir o valor universal
excecional, a autenticidade e a integridade do bem classificado;
Acompanhamento físico e financeiro das operações em
execução/ encerramento cofinanciado pelo
QREN/ON2.
225
Acompanhamento técnico e emissão de parecer sobre
os investimentos não produtivos relativos à
recuperação de património vernacular no ADV, ao
abrigo da ELAITIDV/PRODER
19
Avaliar, com base num sistema de monitorização, a evolução
do estado de conservação do Alto Douro Vinhateiro, os
fatores que o afetam e as medidas de conservação do bem, de
modo a contribuir para um modelo de gestão adaptativa que
permita promover uma ação progressivamente integrada e
sustentável sobre o território
Definição e implementação do Plano de Monitorização
do ADV
1
Elaboração do Relatório de Monitorização a Avaliação
do ADV 2012-2014
1
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Gabinete Técnico
3. DESAFIOS PARA O FUTURO
O início de 2014 ficou marcado pelo desafio lançado pelo Sr. Presidente da CCDRN (na reunião de dirigentes, realizada no dia 28 de março) no
sentido de se levar a cado um “programa interno de revisão e qualificação organizacional da CCDRN”. A ESRVR/GTMD respondeu de imediato,
elaborando um diagnóstico de partida, com a caraterização da unidade orgânica, suas competências e recursos, bem como o posicionamento do
serviço no contexto territorial, base de sustentação para a apresentação de algumas propostas operacionais que viessem a integrar um plano de
gestão estratégica mais amplo e abrangente, contributo sub-regional para reorganização interna, a otimização dos serviços prestados e a
reafirmação do papel e da imagem da CCDRN.
Neste capítulo importa retomar algumas dessas considerações, enquadrando-as num futuro que se projeta cada vez mais exigente e em constante
mudança, onde importa marcar a diferença pela qualidade e rigor do desempenho e pela afirmação inequívoca da ESRVR/GTMD enquanto unidade
orgânica deslocalizada num território de interior.
Assim, pretende-se prosseguir e assegurar o desempenho das competências atribuídas à ESRVR no âmbito do Ambiente, Ordenamento do
Território; Fiscalização e QREN/ON2 nas NUT’s Douro (e restantes da RDD) e Alto Tâmega, tirando partido da gestão implementada conciliada
com as novas tarefas do GTMD. Destas tarefas destaca-se a monitorização do território, hoje a partir de uma plataforma de trabalho organizada e
sistematizada para poder dar resposta às necessidades de reporte interno e externo, bem como ao exercício de avaliação sobre o
desenvolvimento da paisagem do ADV Património de Humanidade.
Não obstante o reforço de competência no âmbito do Ambiente que trouxeram à ESRVR os processo de licenciamento industrial e de gestão de
resíduos, entende-se pertinente atualizar o levantamento das dissonâncias ambientais no território das duas NUT´s, bem como articular com os
agentes regionais e as entidades responsáveis, para um trabalho em rede e implementação de um projeto efetivo e consequente de erradicação.
Este objetivo pode ser complementado com uma participação ativa na delimitação de áreas prioritárias para requalificação ambiental e paisagística.
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Gabinete Técnico
Aproveitado a fase de conclusão dos processos de revisão dos PDM’s sob acompanhamento pela ESRVR, apostar no apoio técnico direto aos
municípios sensibilizando-os para a importância de se implementar PMOT´s de nível inferior ao PDM, designadamente PU´s e PP´s, como modelos
de gestão do território mais específicos e direcionados para a preservação da identidade e qualidade do seu património
Numa outra vertente, participar na implementação e acompanhamento físico e financeiro do Norte 2020, desde a fase inicial de análise das
candidaturas até à sua conclusão. Pretende-se ainda proceder à georreferenciação das operações tendo em vista a constituição de uma base de
dados que, para além do mapeamento dos projetos, inclua uma breve ficha de caracterização sobre os mesmos. Concretizando este intento,
considera-se importante:
A colaboração na formatação de avisos para as NUT’s III Douro e Alto Tâmega (ou ainda para Alto Trás-os-Montes, atendendo à
existência de uma carta de compromisso para o desenvolvimento do Douro, podendo essa tarefa ser alargada a toda essa área)
A verificação das condições de admissibilidades de beneficiários e operações;
A aplicação dos critérios de elegibilidade e apuramento do mérito absoluto, conjugando critérios de mérito setorial e critérios de mérito
territorial;
A análise da razoabilidade do montante de Investimento proposto, à luz de valores de referência ou custo padrão, tendo em vista concluir
sobre a valia económica da operação;
A elaboração de propostas de tomada de decisão;
Incorporar a monitorização e auditoria das operações objeto de contratualização quer pelas CIM’s, quer pelos municípios ou outras
entidades competentes.
Os resultados alcançados e superiormente reportados a cada final de ano de trabalho, a versatilidade e competência técnica da equipa de trabalho
e o reconhecimento externo e interno de uma imagem de confiança e qualidade colocam a ESRVR/GTMD numa posição privilegiada para acolher
projetos futuros. Neste contexto, a proximidade assume-se como uma mais-valia determinante para o desenho de estratégias futuras de cariz
territorial que incluam a fixação de massa crítica, de quadros superiores ativos capazes de imprimir dinamismo e inovação na gestão do território.
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Gabinete Técnico
Os diagramas a seguir apresentados procuram não só sistematizar as tarefas desenvolvidas pelo ESRVR/GTMD, mas também ilustrar a forma como
se integrarão novas tarefas decorrestes de novas atribuições. O primeiro esquema representa as quatro grandes áreas de atuação da estrutura,
definindo para cada uma delas as principais atividades desenvolvidas. Posteriormente, este esquema é dividido em sub-esquemas, desagregados por
área de atuação descriminando as tarefas desenvolvidas e a desenvolver. Como se pode concluir, a inclusão de novas atividades, funções serão
perfeitamente enquadradas dentro da atual organização desta Estrutura.
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Gabinete Técnico
4. NOTA CONCLUSIVA
Ainda que de forma sintética, o presente documento pretende ilustrar a diversidade e quantidade de tarefas realizadas ao longo do ano. Se
atendermos à metodologia de trabalho interna, abordada em detalhe no documento análogo produzido para o ano 2013, pode concluir-se pela
maturidade técnica e pela preocupação de melhoria contínua na gestão dos processos.
Quantitativamente, a ESRVR/GTMD superou os resultados então alcançados, na medida em que, para além do acréscimo de processos entrados e
analisados, concluiu, na data prevista, a elaboração e implementação do Plano de Monitorização do ADV e ainda, em complementos deste, o
Relatório de Monitorização a Avaliação do ADV. Estes documentos constituem uma importante plataforma de trabalho, na medida em que, para
além de sistematizarem todos os procedimentos inerentes à monitorização, conferem continuidade ao processo de avaliação do estado de
conservação do ADV, garantindo que, neste âmbito de competência não se registe qualquer hiato, temporal ou material.
De forma mais transversal e abrangente, a operacionalização das tarefas inerentes a cada área de competência de forma articulada com as de
natureza específica, associadas ao GTMD permitem consolidar o contributo desta estrutura desconcentrada, no processo de gestão do território.
Refira-se que estas competências não se esgotam nas tarefas já descriminadas uma vez que a ESRVR/GTMDOURO, integra, entre outras, as
principais Comissões de Acompanhamento (CA) de projetos de natureza estruturante e supramunicipal como por exemplo:
A Comissão de Acompanhamento do Plano de Ordenamento da Foz do Tua para a elaboração do plano de ordenamento de uma área
ribeirinha;
A Comissão de Acompanhamento Ambiental do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua;
A Comissão de Acompanhamento Ambiental do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor;
A Comissão de Acompanhamento do Projeto de Reforço de Potencia dos Aproveitamentos Hidroelétricos de Picote e Bemposta;
A Comissão Distrital de Vila Real de Defesa da Floresta Contra Incêndios;
A Comissão Distrital de Proteção Civil do Distrito de Vila Real, para acompanhamento do Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil
do Distrito de Vila Real;
Resumo de atividades ESRVR/GTMD 2014
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Gabinete Técnico
A COMAC Douro – Comissão de Autorização Comercial, por despacho de 2009;
ELAITIDV (Estrutura Local de Apoio à Intervenção Territorial Integrada do Douro Vinhateiro.
Com efeito, se no passado recente a CCDRN, através das suas Direções de Serviço em colaboração estreita com os serviços de Vila Real,
conseguiram assegurar a gestão do território, nas suas inúmeras vertentes, a formalização do modelo de gestão do ADV contribui,
inequivocamente para o fortalecimento do papel institucional da ESRVR/GTMD. Este macro objetivo, traçado internamente a partir de um
exercício sério e refletido de autoavaliação sobre o percurso e desempenho dos últimos anos, pode desenvolver-se a dois níveis: por um lado,
aprofundar o trabalho de base territorial envolvendo todos os interlocutores no processo de monitorização e gestão do território, como passo
fundamental para a apropriação pelo Valor Universal Excecional do ADV e da mais-valia intrínseca à classificação da UNESCO; por outro,
dinamizar uma plataforma de cooperação entre as entidades com responsabilidade direta na gestão do território, configurando um observatório
sobre as dinâmicas territoriais onde se possa colher informação relevante para a definição de estratégias e diretrizes de ação ou ainda captação de
novos investimento ao abrigo do Norte2020.
No contexto de reorganização interna da CCDRN e como forma de reforçar a sua posição estratégica no território, a ESRVR/GTMD continuará a
trabalhar no sentido de se tornar um serviço de referência para o cidadão, contribuindo para a coesão, integridade e sustentabilidade de uma
região com o potencial, singularidade e riqueza do Douro e do Alto Tâmega.
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Gabinete Técnico
5. LISTA DE ACRÓNIMOS E SIGLAS
ADRAT – Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega
ADV – Alto Douro Vinhateiro
ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense
AECB – ADV – Avaliação do Estado de Conservação do BEM Alto Douro Vinhateiro
AEP – Associação Empresarial de Portugal
AHFT – Aproveitamento Hidroelétrico da Foz do Tua
AIA – Avaliação de Impacto Ambiental
APA – Agência Portuguesa do Ambiente
AUP – Associação dos Urbanistas Portugueses
AVIDOURO – Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro
CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro
CCDRN – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte
CESAE – Centro de Serviços e Apoio às Empresas
CIM Douro – Comunidade Intermunicipal do Douro
CNUNESCO – Comissão Nacional da UNESCO
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Gabinete Técnico
CPM – Comité do Património Mundial
DGAL – Direção Geral das Autarquias Locais
DR – Decreto-lei
DRAP-N – Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte
DRCN – Direção Regional de Cultura do Norte
DSA – Direção de Serviços do Ambiente
DSAJAL – Direção de Serviços de Apoio Jurídico e à Administração Local
DSOT – Direção de Serviços do Ordenamento do Território
EDP – Energias de Portugal
EIA – Estudo de Impacto Ambiental
EMD – Estrutura de Missão do Douro
ESRVR – Estrutura Sub-Regional de Vila Real
GCP – Grupo Coordenador Permanente (Missão Douro)
GPS – Global Positioning System
GTMDOURO – Gabinete Técnico Missão Douro
ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas
IGAP – Instituto de Gestão e Administração Pública
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Gabinete Técnico
IGT – Instrumento de Gestão Territorial
LADPM – Liga dos Amigos do Douro Património Mundial
NUT – Nomenclatura de Unidade Territorial
PAT PIOTADV – Plano de Ação Territorial do Plano Intermunicipal de Ordenamento do Território do Alto Douro Vinhateiro
PDM – Plano Diretor Municipal
PIOTADV – Plano Intermunicipal de Ordenamento do Território do Alto Douro Vinhateiro
PMOT – Plano Municipal de Ordenamento do Território
PP – Plano de Pormenor
PU – Plano de Urbanização
QREN/ON2 – Quadro de Referencia Estratégica Nacional/Operação Norte 2
RCM – Resolução do Conselho de Ministros
RDD – Região Demarcada do Douro
RECAPE – Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução
REN – Reserva Ecológica Nacional
RJUE – Regime Jurídico da Urbanização e Edificação
SEPNA – Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente
SIALM – Sistema de Incentivos Apoio Local a Microempresas
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Gabinete Técnico
SIG – Sistemas de Informação Geográfica
TNS – Trabalhos de Natureza Simples
UNESCO – United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
VITIS – Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha
VUE – Valor Universal Excecional
ZEP – Zona Especial de Proteção
A Estrutura Sub-Regional de Vila Real/Gabinete Técnico Missão Douro, Vila Real, 23 de fevereiro do 2015
Maria Helena Azevedo Fernandes Teles