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1 Resumo de Pedagogia Penso, logo existo. Descartes. (Sujeito cartesiano) A leitura do mundo precede a leitura da palavra. (Paulo Freire) O golpe militar de 1964 acabou com os programas sociais de alfabetização popular que foi de 1961 à 1964. Devido à ameaça a ordem. Foi permitido apenas a realização de programas assistencialistas e conservadores de alfabetização de adultos. Em 1967 o governo retoma esta ação e lança o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização). Letramento é o conjunto de práticas sociais, orais e escritas. Está relacionado de modo forte a formação de diferentes campos de conhecimento e das linguagens sociais associadas a diferentes gêneros do discurso. Segundo Vygotsky, Luria e Batkin a alfabetização é um processo de atividades reais e significativas porque a partir dessa concepção, é o aprendizado que provoca o desenvolvimento por meio de um processo que não se desenvolve plenamente sem a ajuda de outra pessoa experiente. A avaliação é inerente e indissociável enquanto concebida como problematização. A avaliação é reflexão transformada em ação. (Jussara Hoffman) Para Perrenoud a avaliação é um processo mediador na construção do currículo e está focada na gestão da aprendizagem dos alunos. Provas de caráter classificatório não pode se sobrepor a observações diárias de caráter diagnóstico. Para Luckesi, avaliar é o ato de diagnosticar uma experiência tendo em vista reorienta-la, não sendo classificatória e exclusiva, sendo diagnóstica e inclusiva.

Resumo de Pedagogia

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Resumo de PedagogiaPenso, logo existo. Descartes. (Sujeito cartesiano) A leitura do mundo precede a leitura da palavra. (Paulo Freire) O golpe militar de 1964 acabou com os programas sociais de alfabetizao popular que foi de 1961 1964. Devido ameaa a ordem. Foi permitido apenas a realizao de programas assistencialistas e conservadores de alfabetizao de adultos. Em 1967 o governo retoma esta ao e lana o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetizao). Letramento o conjunto de prticas sociais, orais e escritas. Est relacionado de modo forte a formao de diferentes campos de conhecimento e das linguagens sociais associadas a diferentes gneros do discurso. Segundo Vygotsky, Luria e Batkin a alfabetizao um processo de atividades reais e significativas porque a partir dessa concepo, o aprendizado que provoca o desenvolvimento por meio de um processo que no se desenvolve plenamente sem a ajuda de outra pessoa experiente. A avaliao inerente e indissocivel enquanto concebida como problematizao. A avaliao reflexo transformada em ao. (Jussara Hoffman) Para Perrenoud a avaliao um processo mediador na construo do currculo e est focada na gesto da aprendizagem dos alunos. Provas de carter classificatrio no pode se sobrepor a observaes dirias de carter diagnstico. Para Luckesi, avaliar o ato de diagnosticar uma experincia tendo em vista reorientala, no sendo classificatria e exclusiva, sendo diagnstica e inclusiva. Examinar classificatrio e seletivo, por isto mesmo excludente. Tipos de avaliao: Avaliao diagnstica Realizada no inicio do curso, do ano letivo, do semestre/trimestre, tem como objetivo identificar alunos com padro aceitvel de conhecimentos; constatar deficincias em termos de pr-requisito. Constata Particularidades. Avaliao Formativa Ocorre ao longo do ano, h necessidade de um acompanhamento progressivo (continuada), desenvolver capacidades cognitivas ao mesmo tempo fornece informaes sobre o seu desempenho. Observa-se se os

2objetivos esto sendo alcanados, identifica obstculos de aprendizagem; localiza deficincias e dificuldades. Avaliao Somativa Classifica alunos no fim de um semestre/trimestre do curso, do ano letivo, segundo nveis de aproveitamento. Tem funo classificadora. A escola que trabalha com contradies e divergncias utiliza a chamada pedagogia do conflito. Utiliza a autoavaliao para avaliar o processo de aprendizagem. Contedos concretos de vivncia social e uteis a sociedade. Professor um orientador, tem como caractersticas os fundamentos de uma escola progressista. Construtivismo no uma teoria educacional e nem um mtodo de ensino, nem pedagogia e nem tendncia pedaggica. uma teoria como uma forma de podermos adquirir conhecimento. Racionalismo Construtivista uma teoria sobre a forma de aquisio de conhecimento pelo ser humano. Teoria racionalista de aquisio de conhecimento pelo ser humano. Empirismo: Behaviorismo e Conexionismo Racionalismo: Inatismo, Construtivismo (Jean Piajet), Cognitivismo (Interacionismo de Lev Vygotsky, Luria, etc.) O racionalismo a corrente filosfica central do pensamento liberal que iniciou com a definio do raciocnio que a operao mental, discursiva e lgica. Esse usa uma ou mais proposies para extrair concluses se uma ou outra proposio falsa ou provvel. Afirma que tudo que existe tem uma causa inteligvel, mesmo que no possa ser demonstrada de fato. Para Piajet (Cognitivismo) a criana constri o conhecimento com base na experincia com o mundo fsico, isto , a fonte de conhecimento est na ao sobre o ambiente fsico. Os estudos cognitivistas sobre aquisio de linguagem foram desenvolvidos pelos seus seguidores. Individuo e o meio fsico Teoria desenvolvimentista: Consiste numa sntese das teorias ento existentes, o apriorismo (nasce) e o empirismo. Piajet no acredita que o conhecimento seja inerente ao prprio sujeito, como postula o apriorismo, nem que o conhecimento provenha totalmente das observaes do meio que o cerca, como postula o empirismo. Para Piajet o conhecimento gerado atravs de uma interao do sujeito com o seu meio, a partir de estruturas existentes no sujeito. De fato, o sujeito no recebe diretamente as informaes, mas reconstri uma verso pessoal dessas informaes.

3Processos de Inteligncia: Assimilao e a Acomodao. A aprendizagem ocorre quando a informao processada pelos esquemas mentais e agregada a esses esquemas. Assim, o conhecimento construdo vai sendo incorporado aos esquemas mentais anteriores ou novas que so colocados para funcionar diante de situaes desafiadoras e problematizadoras. Epistemologia gentica (epistemo=conhecimento) Fases do desenvolvimento cognitivo da criana: Sensrio Motor De 0 a 2 anos; Pr-Operatrio De 2 a 7 anos; Operaes concretas De 7 a 12 anos; Operaes formais De 12 para frente. Para a aquisio da linguagem interessam os perodos sensrio motor e properatrio. O primeiro caracterizado pelos exerccios reflexos, os primeiros hbitos, a coordenao. Os smbolos comeam a aparecer no pr-operatrio.

Livro: COMPREENDENDO O DESENVOLVIMENTO MOTORO interacionismo Vygotsky defende que o desenvolvimento da fala segue as mesmas leis, o mesmo desenvolvimento que outras operaes mentais. O autor, no entanto, chama a ateno para a funo social da fala, e da a importncia do outro, do interlocutor, no desenvolvimento da linguagem. Segundo Vygotsky existem quatro estgios no desenvolvimento das operaes mentais: Natural ou primitivo; Psicologia Ingnua; Signos exteriores e Crescimento Interior. Segundo Vygotsky. Currculo o conjunto de experincias de aprendizagem planejadas bem como de aprendizagem previamente definidas formulando-se umas e outras mediante a reconstruo sistemtica da experincia e conhecimentos humanos, sob os auspcios da escola e em ordem ao desenvolvimento permanente do educando nas suas competncias pessoais e sociais. (Tanner e Tanner) Tipos de Currculo: Prescrito, apresentado, traduzido, trabalhado e concretizado.

4Teoria curricular numa perspectiva de sistematizar todos os pressupostos tericos, de forma a aperfeioar a compreenso de uma rea to complexa como o currculo. Kemiis elaborou uma sntese das principais teorizaes curriculares, propondo trs grandes grupos de teorias fundamentais: teoria tcnica, prtica e crtica. Currculo formal, oficial ou real baseia-se em um conjunto de objetivos e resultados previstos e planejados. Currculo informal tem um planejamento informal, o aluno aprende com os outros colegas. Currculo oculto tem a transmisso tcita de valores e crenas pelas relaes sociais como padres ticos, sociais e filosficos. Currculo o que os professores e alunos vivem pensando e resolvendo problemas sobre objetos e acontecimentos tornados familiares. Didtica Diferena entre didtica e metodologia: Ambas estudam os mtodos de ensino, porm a didtica julga o valor dos mtodos de ensino, transformando-os em matria de integrao. Didtica o conjunto de ideias e mtodos privilegiando a dimenso tcnica do processo de ensino, fundamentada nos pressupostos psicolgicos ou pedaggicos experimentais. Teoria e prtica so justapostas. O enfoque da didtica privilegia a dimenso instrumental, ignorando o contexto poltico-social. Didtica uma seo ou ramo especfico da Pedagogia e se refere aos contedos do ensino e aos processos prprios para a construo do conhecimento. O objetivo fundamental da didtica ocupar-se das estratgias de ensino, das questes prticas relativas metodologia e das estratgias de que fazem parte do processo ensino-aprendizagem. Diretrizes para o ensino fundamental Relevncia: Reporta-se a promoo de aprendizagens significativas do ponto de vista das exigncias sociais e de desenvolvimento pessoal. Pertinncia: Refere-se possibilidade de atender s necessidades e s caractersticas dos estudantes de diversos contextos sociais e culturais e com diferentes capacidades e interesses.

5Equidade: Alude importncia de tratar de forma diferenciada o que se apresenta como desigual no ponto de partida, com vistas a obter desenvolvimento e aprendizagens equiparveis, assegurando a todos a igualdade de direito educao. Princpios dos parmetros curriculares: ticos, Polticos e Estticos. O ensino fundamental mesmo na comunidade indgena a lngua portuguesa, mas poder ser utilizada, tambm em conjunto, a lngua materna. A lngua estrangeira ensinada a partir do sexto ano do ensino fundamental. Pensamento crtico a mesma coisa que pensamento analtico. Na educao superior importante desenvolver o pensamento reflexivo. O Ensino mdio ter 2400 horas. E ter o ensino de lngua estrangeira obrigatria na parte diversificada. Transdisciplinaridade ocorre quando h coordenao de todas as disciplinas numa lgica de conhecimentos, com livre transito num campo de saber para outro. Pode-se dizer que Multidisciplinaridade as disciplinas do currculo escolar estudam perto, mas no juntas. A ideia de justaposio. Pluridisciplinaridade, exemplo o estudo de Biologia e Qumica (Bioqumica). obrigatrio matrcula aos quatro anos na pr-escola e o ensino at os 17 anos. A educao especial uma modalidade no um nvel educacional, devendo ser ofertada preferencialmente na rede regular de ensino. Educao especial de 0 a 5 anos na educao infantil. A pr-escola universal a partir dos quatro anos de idade, na escola mais prxima da casa. O poder pblico obrigado a atender a demanda. Creche o poder pblico no obrigado a atender a demanda. Deficincias: Paresia a diminuio da funo; Plegia a perda da funo. Paraparesia o uso de muletas. Discalculia a dificuldade matemtica. Discalculia Verbal a dificuldade para nomear as quantidades matemticas, os nmeros, os termos, os smbolos e as relaes.

6Discalculia practognstica a dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente. Discalculia lxica a dificuldade na leitura dos smbolos matemticos. Discalculia grfica a dificuldade na escrita de smbolos matemticos. Discalculia ideognstica a dificuldade em fazer operaes mentais e na compreenso de conceitos matemticos. Discalculia operacional a dificuldade na execuo de operaes e clculos matemticos. Dislexia (b invertido, p invertido) dificuldade em manusear objetos, amarrar o cadaro, leitura irregular com falha, soletrao defeituosa. A dislexia atinge mais os meninos, sua dificuldade consiste em no conseguir identificar smbolos grficos (letras e nmeros), tendo como consequncia disso a dificuldade na leitura e escrita. Disartria a fala arrastada, lenta, devido a alteraes dos mecanismos nervosos que coordenam os rgos responsveis pela formao da fala. A escola inclusiva foi idealizada a partir de quatro eixos bsicos: A emergncia da psicanlise, a luta pelos direitos humanos, a pedagogia institucional e o movimento da Antipsiquiatria. Contedos do ensino religioso: Filosofia da tradio religiosa, a ideia do transcendente na viso tradicional e atual; histria e tradio religiosa; a evoluo da estrutura religiosa nas organizaes humanas no decorrer dos tempos; Sociologia e tradio religiosa; As determinaes da tradio religiosa na construo mental do inconsciente pessoal e coletivo. Ensino religioso no obrigatrio o seu oferecimento no ensino mdio. Dentre as escolas particulares, comunitrias, confessionais e filantrpicas, somente as confessionais esto atreladas a alguma doutrina filosfica e religiosa. EJA uma atividade educativa compensatria, no supletivo. A funo do EJA reparadora, equalizadora e qualificadora. Exames para o ensino fundamental = acima de 15 anos. Exames para o ensino mdio = acima de 18 anos. Educao permanente = Educao continuada. A lngua estrangeira obrigatria a sua oferta no curso supletivo, mas facultado ao aluno se inscrever na mesma.

7Gesto democrtica obrigatria apenas na escola pblica, a particular no. Gesto democrtica no garantia de qualidade de ensino, apenas um caminho, j que h instituies autocratas (religiosas) que conseguem mesmo sem a democracia alcanar a qualidade. O projeto politico pedaggico o plano global da instituio. Pode ser entendido como a sistematizao, nunca definitiva, de um processo de planejamento participativo que se aperfeioa e se objetiva na caminhada a qual define claramente o tipo de ao que se quer realizar. Todo processo terico metodolgico para uma transformao da realidade, uma ruptura com o passado. O projeto poltico pedaggico deve ser: abrangente, duradouro e participativo. As trs grandes partes de um projeto poltico pedaggico so: Marco referencial, diagnstico e programao. (Segundo Vasconcelos). O governo federal investir no mnimo 18% da arrecadao de impostos e os estados e muncipios no mnimo 25%, so receitas vinculadas a educao. A creche no est includa na educao obrigatria. Se uma instituio filantrpica vier a encerrar as atividades, o que ela recebeu do governo deve ser repassada a outra instituio. Prazo para ajustes financeiros so trimestrais, o perodo financeiro de 01 de janeiro a 31 de dezembro. Receitas do dia 01 ao dia 10 devem ser repassadas aos cofres da educao at o dia 20 do ms. Receitas arrecadadas entre os dias 11 ao dia 20 de cada ms devem ser repassadas at o dia 30, j as receitas arrecadadas entre os dias 21 at o final do ms devem ser depositadas at o dcimo dia do ms subsequente. O atraso no repasse sujeitar os recursos a correo monetria e a responsabilidade civil e criminal. A despesa que no considerada como despesa de manuteno e desenvolvimento de ensino, conforme art. 70 e 71. Outras despesas (com dinheiro no vinculado a educao) Pesquisas que no visem o aprimoramento de sua qualidade; desportivos e culturais; formao de quadros civis ou militares diplomticos; programas mdico, odontolgico, farmacutica, no vinculadas educao.

8Programas genricos sociais (no sendo para educandos) no pode usar dinheiro da educao. Obras de infraestrutura mesmo que seja para beneficiar a escola, pessoal docente ou da educao em atividades no ligadas educao, com desvio de funo (fora da educao), no poder ser pago com dinheiro da educao. O recurso digital permite interatividade fsica e no meramente imaginal, permite assim uma participao-interveno, bidirecionalidade-hibridao, permutabilidadepotencialidade. Participao-Interveno: O professor pressupe a participao e interveno do aprendiz. Participar muito mais que responder sim ou no, muito mais que escolher uma opo dada. Participar modificar, interferir na mensagem. Bidirecionalidade ou hibridao: A comunicao pressupe recurso da emisso e recepo. A comunicao produo conjunta da emisso e da recepo. O emissor receptor em potencial e o receptor emissor em potencial. Os dois polos codificam e decodificam. Permutabilidade e potencialidade: O emissor disponibiliza a possibilidade de mltiplas redes articulatrias. Ele no prope uma mensagem fechada, ao contrrio, oferece informao em redes de conexes permitindo ao receptor ampla liberdade de associaes e significaes. As Inteligncias mltiplas so: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) Lgico-matemtica; Lingustica; Musical; Espacial; Corporal-Cinestsica; Intrapessoal; Interpessoal; Naturalista; Existencial.

Tendncias Liberais (acrticas) Tendncia Liberal tradicional; Tendncia liberal renovadora progressiva ou progressivista (cuidado para no confundir); Tendncia renovada no diretiva; Liberal Tecnicista.

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Tendncias progressistas (crticas) Progressista Libertadora; Progressista Libertria; Progressista Crtico social dos contedos.

Pedagogia ou tendncia (mesma coisa o termo) liberal Se fundamenta no sistema capitalista. nfase na defesa da liberdade e dos interesses individuais; forma de organizao social baseada na propriedade privada dos meios de produo; Objetivo: desenvolver bons cumpridores de papis sociais; teoria no crtica; manuteno do status quo. Pedagogia progressista Parte de uma anlise das realidades sociais. A educao um agente transformador da sociedade. Educao leva em conta a temporalidade, histria, a realidade social. Explicita o papel do sujeito transformador, sustenta a finalidade scio-poltica da educao. Libertadora; Libertria; Crtico Social dos contedos ou histrico-crtica so as suas divises. Liberal tradicional do tempo dos jesutas (crianas em miniatura), hoje devido a influncias de estudiosos, tambm sofreu transformao. Tem como caractersticas principais a exposio e anlise de contedo feita pelo professor. Pedagogia da essncia, onde a relao do professor-aluno magistrocntrica, girando em torno do professor, sendo ele o sol e os alunos os planetas que giram ao redor; relao verticalizada; carter abstrato do saber; distanciamento da vida cotidiana; aprendizado sem significado para o aluno; apresentao apenas dos pontos principais (aulas expositivas); exerccios que levam a memorizao (repetio); O educando um receptor passivo; caracterstica empirista (conhecimento externalizado); utiliza-se de prmios e castigos; avaliao classificatria, no h possibilidades de questionamentos por parte dos alunos; mtodo expositivo. Tem como seus principais tericos: Johann Frederich Herbart; Joo Ams Comenio; Soren Kierkegaard. Liberal renovada progressivista (pragmatista) igual ao anterior ou vai se adaptando de acordo com a sociedade. A escola prega o aprender fazendo, centrada no aluno, valorizando as pesquisas, as descobertas. Ela ainda voltada para a sociedade e seus interesses, alm de interesses pessoais do aluno. A proposta aprender fazendo na prtica do dia a dia. Escola nova diretiva. Manifesto dos pioneiros da educao de 1930, a educao tcnica era para os pobres e o superior para os ricos. Escola Nova direta (constituio de 1934; psicologismo pedaggico de 1940); sociologismo pedaggico de 1950; economicismo pedaggico de 1960; surge a figura do orientador

10educacional. As principais caractersticas so: aprender a aprender (Dewey); subjetividade; pedagogia da existncia; desenvolvimento das aptides individuais; preocupao com a natureza psicolgica; contedos de acordo com o interesse do aluno; professor facilitador; aluno ativo, curioso e motivado; pesquisador; educao vista como processo interno; necessidades e interesses pessoais so levados em conta; valoriza a autoeducao e a experincia direta; centrada no aluno e no grupo de alunos, sujeito do processo; avaliao somativa e formativa; mtodos de pesquisa. Principais tericos: Maria Montessori; Jean Piajet; Eduard Clapared; John Dewey; Ovide Decroly; Ansio Teixeira; Loureno filho; Fernando de Azevedo. Pedagogia renovada no diretiva papel da escola na formao de atitudes. Preocupase mais com o psicolgico do que sociais e educacionais. Aprender modificar suas percepes, a avaliao escolar sem sentido, a autoavaliao mais importante. O professor s um facilitador. Processo centrado no aluno e seus interesses individuais. Tem como caractersticas a educao centrada no estudante; prtica pedaggica antiautoritria, baseada nos princpios progressivista; aprendizagem significativa, valorizando as experincias dos alunos; busca o desenvolvimento pessoal e interpessoal, d nfase a linha psicolgica, trabalha com dinmicas de grupo; liberdades com limites, mas sem represso; ato educacional relacional; necessidade de ambiente favorvel para aprendizagem; mtodo clnico de Rogers, mtodo no diretivo; a importncia maior est na autorrealizao; preocupao com a formao do EU; professor como facilitador; nfase nos intercmbios; formao de comunidades de aprendizagem. Principais tericos: Jean Jacques Rousseau; Carl Rogers (atendimento individualizado). Pedagogia Tecnicista Sistema capitalista; tecnologia comportamental; produzir indivduos competentes para o mercado de trabalho. V o aluno como depositrio passivo de conhecimentos (cumulativos); behaviorista (teoria do comportamento); acredita que adquirimos uma lngua por repetio e formao de hbitos. Surge em meados da dcada de 50 e introduzido na dcada de 60 por fora do regime militar. Surge o supervisor educacional; Principais caractersticas: Preparao de mo de obra para atender ao mercado de trabalho e a sociedade; busca de eficincia; escolaempresa Taylorismo (nfase nas tarefas, objetivando o aumento da eficincia ao nvel operacional); saber cientfico; planejamento racional; professor tido como um tcnico; distanciamento afetivo do aluno; avaliao observvel e mensurvel (objetividade); fragmentao do saber; treina cientificamente para o uso da tecnologia; considera como capaz de promover o desenvolvimento econmico (adestramento); relacionamento interpessoal passa a ser irrelevante; mtodo de instruo programada; objetivos operacionais; dispositivos audiovisuais; baseado na psicologia comportamental (behaviorismo). Principais tericos: Burrhus Frederic Skinner; Robert Gagn; Benjamin Bloon; Cosete Ramos.

11Tendncias progressistas (crticas) Libertadora e Libertria Defesa da autogesto pedaggica e antiautoritarismo. Pedagogia de Paulo Freire. Educao luta e organizao de classe do oprimido. Marco terico foi o movimento de cultura popular no Recife em 1960. Caractersticas: Conscientizao da relao Natureza/Homem; Educao sempre um ato poltico; Educao problematizadoras; fundamental o reconhecimento enquanto sujeito histrico-social; formao de autonomia para intervir na realidade; crtica educao bancria; professor caminhando junto ao aluno; valorizao das experincias vividas; aprendizagem global participativa; contedos: Temas geradores; mtodo dialgico. Principais tericos: Paulo Freire; Moacir Gadotch; Rubens Alves.

Pedagogia Libertria (progressista crtica) Somente o que vivido pelo educando incorporado e utilizado em situaes novas, o conhecimento ser relevante se for possvel o seu uso prtico. Caractersticas: Questiona a ordem existente; Preocupao com o desenvolvimento de pessoas livres; ensino deve ser integral; autogesto; rejeita toda forma de governo; incentiva trabalhos em grupo; preocupao com a personalidade; contedos disponveis porm no h exigncia; conhecimento importante; avaliao (autoavaliao); Relao horizontalizada entre professor e aluno; professor orientador; catalizador aprende com os alunos. Principais tericos: Clestin Freinet; Michel Lobrat; Maurcio Trautemberg.

Pedagogia Histrico-Crtica (crtico social) acentua a primazia dos contedos no seu confronto com as realidades sociais. Prepara para o mundo adulto. Caractersticas: Enfoque nos contedos socialmente construdos; Superao da viso no crtica sobre o papel da educao no contexto social. Prepara o aluno para o mundo adulto, transformando-os em seres crticos consciente das contradies que existem na sociedade; considera LDB inoperante; aponta para a descontinuidade dos programas; busca construir uma teoria pedaggica baseada na compreenso da realidade; os contedos curriculares no devem ser dissociados da realidade cotidiana e social. Aprendizagem intencional; escola mediadora entre aluno e sociedade; elaborao do saber diferente de produo do saber; contedos precisam servir para a emancipao do aluno; formao integral do aluno; adequao dos contedos realidade social do aluno; desenvolver mtodos que tenham relao direta com a experincia do aluno; dar conhecimento aos alunos sobre o contedo a ser desenvolvido; Unio do contedo prtica prxis educativa; professor mediador. Principais tericos: Demerval Saviane e George Snyders.

12Pedagogia Liberal Luckesi Tendencia liberal tradicional (professor expositor) Pedagogia Liberal Saviani Concepo humana tradicional (Plato, Religiosa Comnio, Kant, Fichie, Hegel, etc...) viso filosfica essencialidade do homem; Leiga foco no como ensinar Pedagogia nova; Escolanovismo; pedagogia no diretivas; Construtivismo; Pedagogia Institucional originria de diferentes correntes filosficas como o vitalismo, historianimos; existencialismo, pragmticos

Tendncia liberal renovada progressivista. Tendencia liberal renovada no diretiva (Carl Rogers; A. S. Neill) professor facilitador; especialista em relaes humanas. Concepo humanista moderna. Viso filosfica substancialista do homem; foco no como aprender

Tendencia liberal tecnicista (Skinner)

Concepo analtica produtivista (de matriz filosfica positivista, em sua verso estrutural funcionalista)

Pedagogia tecnicista, baseada em uma psicologia behavorista.

Luckesi Progressista Tendencia progressista libertadora (Paulo Freire) professor animador Tendencia progressista libertria; professor conselheiro/monitor. Tendncia progressista critico-social dos contedosou Histrico-Critica. Professor mediador da interao entre o sujeito e o meio

Saviani Progressista Pedagogia Libertadora (Paulo Freire) Inspirada no Personalismo Cristo e na fenomenologia existencial, tem vrios pontos em comum com a pedagogia renovadora (humanismo moderno), mas diferen do escolanovismo pelo foco nos problemas polticos-sociais Pedagogia libertria: Denuncia de uso da escola como instrumento de dominao dos trabalhadores Concepo critico-reprodutivista Concepo dialtica ou histrico-critica: educao como mediao no seio da prtica social Afinidade com a psicologia de Vigotski

Parmetros curriculares = Orientao (no tem fora de lei) PCN no so obrigatrios, pois no so atos administrativos, so apenas referencias. Temas transversais atravessam as disciplinas, no existindo como matria fixa.

13PCN transversais (no tem obrigatoriedade) so eles: tica, pluralidade cultural, meio ambiente, sade, Orientao sexual, trabalho e consumo. As problemticas sociais so integradas na proposta educacional dos parmetros curriculares nacionais como temas transversais. Os trs primeiros anos do ensino fundamental integram um nico ciclo. A promoo automtica no existe. Pilares que fundamentam a educao seguindo a Unesco: Aprender a conhecer, a fazer, a viver e a ser. (toda a formao humana, uma viso holstica) Aprender a conhecer (ou aprender a aprender) = permitir que ele possa criar os prprios esquemas mentais para que possa criar uma assimilao construtivista do conhecimento. a base para se desenvolver em estudos posteriores. Aprender a fazer est ligado ao modo operandi de cada coisa. Desenvolver a competncia. Aprender a viver: aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento das diferenas entre as pessoas. Aprender a ser: Supe a preparao do individuo como um ser autnomo e critico exercitar a liberdade de pensamento e imaginao e dono de seu prprio destino. Aprender a viver e aprender a ser decorrem assim das duas aprendizagens anteriores aprender a conhecer e aprender a fazer e devem constituir aes permanentes que visem formao do educando como pessoa e como cidado. NO ensino mdio dividido o estudo dividido em trs grandes reas: Cincias da Natureza, matemtica e suas tecnologias; Linguagens, cdigos e suas tecnologias; cincias humanas e suas tecnologias Trs grandes blocos: Representao e comunicao; investigao e compreenso; Contextualizao Sociocultural.

Educao bsica obrigatria e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade. Assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela no tiveram acesso na idade prpria; Progressiva universalizao do ensino mdio gratuito; atendimento educacional especializado aos portadores de deficincia preferencialmente na rede regular de ensino; educao infantil, em creche e pr-escola, s crianas at 5 anos de idade; acesso aos nveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criao artstica, segundo a capacidade de cada um; oferta de ensino noturno regular, adequado s condies do educando; Atendimento ao educando, em todas as etapas da educao bsica, por meio de programas suplementares de material didticoescolar, transporte, alimentao e assistncia a sade.

No regime de colaborao os municpios atuaro prioritariamente no Ensino Fundamental e na

14Educao Infantil, enquanto os estados e o distrito federal, atuaro prioritariamente no Ensino fundamental e Mdio. A educao bsica pblica atender prioritariamente ao Ensino Regular. Para efeito do clculo desses percentuais (Unio 18%, Estados, DF e Municpios, 25%), a parcela da arrecadao de impostos transferida pela Unio aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, ou pelos estados aos respectivos municpios, no considerada receita do governo que a transferir. Os recursos pblicos sero destinados s escolas pblicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitrias, confessionais ou filantrpicas, definidas em lei que: Comprovem finalidade no lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educao; assegure a destinao de seu patrimnio a outra escola comunitria, filantrpica ou confessional, ou ao Poder Pblico, no caso de encerramento de suas atividades. O Fundef funcionou de 1996 at 2006, dai foi criado o fundeb mais abrangente de 2007 at 2021 (14 anos) O Fundef buscava o aperfeioamento do ensino fundamental apenas, j o fundeb sendo mais abrangente, objetiva a ampliao dos mecanismos de financiamento da educao bsica, na medida em que, alm de cobrir o ensino fundamental, abrange, tambm, a Educao Infantil (creche e pr-escola) e o Ensino Mdio. O educador Paulo Freire elaborou uma proposta conscientizadora de alfabetizao de adultos, cujo princpio bsico pode ser traduzido numa frase sua que ficou clebre: A leitura do mundo precede a leitura da palavra. O Mobral constituiu-se como organizao autnoma em relao ao Ministrio da Educao, contando com um volume significativo de recursos considerada alfabetizada funcional a pessoa: Capaz de utilizar a leitura e a escrita para fazer frente s demandas de seu contexto social e usar essas habilidades para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida.As modalidades de educao presentes na sociedade so: informal, no-formal e formal A pedagogia de Jean-Jacques Rousseau, sobretudo a partir dos princpios e orientaes presentes na obra "Emlio ou Da Educao", pode ser compreendida como a busca da formao de um homem novo. NO corresponde s intenes do autor ministrar um ensino de carter: coletivo, em escolas urbanas, tendo como referncia o pensamento iluminista e a enciclopdia;

obrigatria a matrcula na Educao Infantil de crianas que completam 4 ou 5 anos at o dia 31 de maro do ano em que ocorrer a matrcula. As crianas que completam 6 anos aps o dia 31 de maro devem ser matriculadas na educao Infantil Na parte diversificada do currculo do Ensino Fundamental ser includo, obrigatoriamente, a partir do 6 ano, o ensino de, pelo menos, uma Lngua Estrangeira moderna, cuja escolha ficar a cargo da comunidade escolar.

15Os trs anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar: I a alfabetizao e o letramento; II o desenvolvimento das diversas formas de expresso, incluindo o aprendizado da Lngua Portuguesa, a Literatura, a Msica e demais artes, a Educao Fsica, assim como o aprendizado da Matemtica, da Cincia, da Histria e da Geografia; III a continuidade da aprendizagem, tendo em conta a complexidade do processo de alfabetizao e os prejuzos que a repetncia pode causar no Ensino Fundamental como um todo e, particularmente, na passagem do primeiro para o segundo ano de escolaridade e deste para o terceiro. Considera-se como de perodo integral a jornada escolar que se organiza em 7 (sete) horas dirias, no mnimo, perfazendo uma carga horria anual de, pelo menos, 1.400 (mil e quatrocentas) horas. A idade mnima para o ingresso nos cursos de Educao de Jovens e Adultos e para a realizao de exames de concluso de EJA ser de 15 (quinze) anos completos. A oferta de cursos de Educao de Jovens e Adultos, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ser presencial e a sua durao ficar a critrio de cada sistema de ensino. Nos anos finais, ou seja, do 6 ano ao 9 ano, os cursos podero ser presenciais ou a distncia, devidamente credenciados, e tero 1.600 (mil e seiscentas) horas de durao. A carga horria do turno noturno, de acordo com as diretrizes, a mesma que a do diurno: 2.400 horas, cumpridas em no mnimo trs anos. Um adendo na resoluo, porm, permite "ampliar a durao do curso para mais de trs anos, com menor carga horria diria e anual". Formao politica atravs do Grmio. Projeto poltico pedaggico Novo Ensino Mdio: Carga horria total de 2400 horas distribudas em 800 horas por ano com 200 dias letivo. Ou se for em tempo integral com 7 horas dirias no mnimo. Para Jovens e Adultos, mnimo de 1200 horas. Para profisses tcnicas 3200 horas, integrado ao ensino tcnico 2400 horas para ensino de jovens e adultos integrado com ensino tcnico, respeitados as 1200 horas de educao geral. 1400 horas na educao de jovens e adultos integrada com a formao inicial e continuada ou qualificao profissional, respeitado o mnimo de 1200 horas de educao geral. O Exame Nacional do Ensino Mdio (ENEM) deve, progressivamente, compor o Sistema de Avaliao da Educao Bsica (SAEB), assumindo as funes de: I - avaliao sistmica; II - avaliao certificadora; III - avaliao classificatria.

16Os contedos referentes a histria e cultura afro-brasileiras e dos povos indgenas brasileiros sero ministrados no mbito de todo o currculo escolar, em especial nas reas de educao artstica e de literatura e histria brasileiras. Constituiro elementos bsicos para a organizao, a estrutura e o funcionamento da escola indgena: I sua localizao em terras habitadas por comunidades indgenas; II exclusividade de atendimento a comunidades indgenas; III ensino ministrado nas lnguas maternas das comunidades atendidas; e organizao escolar prpria. A escola indgena ser criada por iniciativa ou reivindicao da comunidade interessada, ou com sua anuncia, respeitadas suas formas de representao. A educao infantil ser ofertada quando houver demanda da comunidade indgena interessada. O professor ter garantida a sua funo por 3 anos, quando ter que ter obtido a formao para atuar com comunidades indgenas. Adequadas. Educao bsica = educao infantil; ensino fundamental e ensino mdio, ensino superior. Educao bsica obrigatria e gratuita dos 4 aos 17 anos, inclusive para quem no tiveram acesso na idade prpria. Educao infantil em creche e pr-escola s crianas de at 5 anos de idade; Infncia = passa a ser vista no mais como um tempo de preparao para...", mas como um tempo em si, tempo de brincar, jogar sorrir, chorar, sonhar, desenhar, colorir.... Ou seja, um tempo que incorpora tudo o que a criana e fez nesse perodo de sua vida, um tempo em que a criana e vive como sujeito de direitos".

As funes da educao de jovens e adultos: Reparadora; Equalizadora e Qualificadora Os sistemas de ensino mantero cursos e exames supletivos, que compreendero a base nacional comum do currculo, habilitando ao prosseguimento de estudos em carter regular, os exames realizar-se-o: I no nvel de concluso do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; No nvel de concluso do ensino mdio para os maiores de dezoito anos; Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais sero aferidos e reconhecidos mediante exames. Competncias so o conjunto de 3 elementos: Conhecimentos; Habilidades e Atitudes Comportamentais O digital permite interatividade fsica e no meramente imaginal: Permite participaointerveno; bidirecionalidade-hibridao; Permutabilidade-potencialidade. Participao-interveno: O professor pressupe a participao-interveno do aprendiz. Participar muito mais que responder sim ou no, mais que escolher uma opo dada. Participar modificar, interferir na mensagem.

17Bidirecionalidade-hibridao: Comunicar pressupe recurso da emisso e recepo. A comunicao produo conjunta da emisso e da recepo. O emissor receptor em potencial e o receptor emissor em potencial. Os dois plos codificam e decodificam. Permutabilidade-potencialidade: O emissor disponibiliza a possibilidade de mltiplas redes articulatrias. Ele no prope uma mensagem fechada, ao contrrio, oferece informaes em redes de conexes permitindo ao receptor ampla liberdade de associao e significaes. Inteligencias mltiplas: Linguistica; musical; logica/matemtica; visual/espacial; corporal/cinestsica; interpessoal; intrapessoal;naturalista; existencialista. Paradigima (modelo, padro) um conceito usado para designar a forma de estruturao e funcionamento do crebro humano ou um padro de comportamento do homem, de uma cultura especfica, de uma comunidade ou mesmo de um seguimento social. Neste sentido, paradigma uma estrutura-modelo, um modo de pensar e de agir. Curriculo significa (currere) que significa caminho ou percurso a seguir ou j seguido. Tipos de currculos acadmicos: Formal, oficial ou real, informal, paralelo, oculto. Multidisciplinar: Modelo fragmentado em que h justaposio de disciplinas diversas, sem relao aparente entre elas. Pluridisciplinar: Quando se justape disciplinas mais ou menos vizinhas nos domnios do conhecimento, formando-se as reas de estudo com contedos afins ou coordenao de rea, com menor fragmentao. Interdisciplinar: uma nova concepo de diviso do saber, frisa a interdependncia, a interao e a comunicao existentes entre as disciplinas e busca a integrao do conhecimento num todo harmnico e significativo. Transdisciplinar: Quando h coordenao de todas as disciplinas num sistema lgico de conhecimentos, com livre trnsito num campo de saber para outro. Falou em justaposio sobre Multidisciplinaridade, estudam perto, mas no juntas. Na multidisciplinaridade no h preocupao da ligao entre as matrias. a menos eficaz para a construo do conhecimento aos alunos. Disciplina refere-se ordem conveniente a um funcionamento regular. Originariamente significa submisso ou subordinao a um regulamento superior. O modelo multidisciplinar presente na escola, ainda hoje desconsidera as caractersticas e necessidades do desenvolvimento do ser humano. Num currculo multidisciplinar, os alunos recebem as informaes incompletas e tem uma viso fragmentada e deformada do mundo. A escola resistente a mudanas porque o professor o nico profissional que no sai da escola e tem como habito repetir o mesmo modelo de seus antigos professores, enquanto os demais profissionais deixam a escola para atuar em outros locais de trabalho mais propensos a mudanas e as tendncias do mundo moderno.

18Jean Piaget (bilogo) Paulo Freire (advogado) Darcy Ribeiro (antroplogo) Pluridisciplinaridade foi dado um passo a partir da Multidisciplinaridade, pois j se observa uma cooperao entre os diferentes ramos do conhecimento apesar de ainda manterem objetivos distintos. Nesta prtica pedaggica prope-se um estudo de um mesmo objeto de uma nica disciplina por diversas disciplinas ao mesmo tempo, o objeto em estudo sair enriquecido pelo cruzamento de vrias reas do saber. Interdisciplinaridade, baseada na interdependncia entre os diversos ramos do conhecimento. Transdisciplinaridade: uma pedagogia de educao proposta recentemente, com vinculao a complexidade do pensamento completo e epistmico, sendo tratado com muita propriedade por Edgar Morin. praticamente impossvel distinguir onde comea e onde termina cada disciplina. A Transdisciplinaridade insere-se na busca atual de um novo paradigma para as cincias da educao, buscando como referenciais tericos a teoria da complexidade, com a idia de rede, ou de comunicao entre os diferentes campos disciplinares. PCN do Ensino mdio (cincias da Natureza, matemtica e suas tecnologias, Linguagens, codigos e suas tecnologias; cincias humanas e suas tecnologias)Paulo Freire *1921 +1996 Dilogo, conscientizao, liberdade, Alfabetizao, Temas geradores Construtivista scio cultural. Educao libertadora: a educao deve ser um ato poltico; alfabetizao de Adultos: Seu processo de alfabetizao inicia-se com palavras geradoras (+ ou 17) (de)codificao; o educador deve ser um provocador de situaes. Critica a pedagogia bancria. No mtodo e sim projeto.

Rudolf Steiner *1861 +1925 Antroposofia, corpo, alma, imaginao Humanista. Aluno no centro,levando em conta as diferentes caractersticas das crianas, concepo holstica, eurritmia (trabalhos manuais), setnicos (0/7-bom,7/14-belo,14/21-sabedoria). Professor da classe tutor, contedos da poca, escola para elite. Equilbrio entre o corpo e alma. Contras: Nos primeiros sete anos afirma que a aprendizagem se realiza por meio da imitao e nada deve ser racionalizada.

Burrhur Frederick Skinner *1904 +1990 Condicionamento operante voluntrio, respostas automticas. Construtivista, comportamental, idias behavioristas. Comportamento condicionado pelo ambiente, heranas hereditria - automtico e mecnico. Reforos positivos e negativos (intrnsecos e extrnsecos). Atender a individualidade de cada criana, faz um estudo do comportamento, s atravs do condicionamento vai mudar o comportamento Estrutural instropeco subjetiva; funcionalista instrospeco subjetiva e objetiva da mente.. observao do behaviorismo; fenomenolgico de Gestalt e a associao

19livre da psicanlise. Contras: no se interessa pelas estruturas mentais apenas deseja explicar o comportamento e aprendizagem como conseqncias dos estmulos ambientais, no quer saber do procedimento mais a resposta, muito mecnico.

Phillipe Perrenoud *1946 (Dez) Competncias e Habilidades, Formao do Educador. Avaliao. Pedagogia Diferenciada. Dez Competncias (para professores). Ateno ao planejar, deve ser trabalhada no e s uma transferncia um conhecimento. O planejamento no pode se imutvel, estvel deve ser mutvel sempre em movimento, contra o taylorismo que era somente a transferncia de conhecimento, a competncia do professor no claro e nem simples. Lev Vygotsky *1896 Rssia +1934 Ser histrico, linguagem Humanista, abordagem sociocultural. Desenvolvimento e aprendizagem se do atravs da interao social, o bom ensino o que se incide na zona proximal real proximal potencial, conhecimentos mltiplos. Professor intermedirio. Zonas e jogos. Contras:O desenvolvimento e aprendizagem no depende da maturao, no se refere as aspecto afetivo.

Wallon Aprendizagem emocional Humanista. Habilidade ligada ao emocional. Fazer o que gosta. Importncia do outro, potencial afetivo, relacionamento professor aluno, apsicognico a da pessoa completa, afetivo, cognitivo e o motor, prioriza o emocional. Contras: Terica e muito complexa.

Luria *1902 +1977 Linguagem, experincia com genes Humanista/ sociocultural valoriza muito a escola, a escrita uma tcnica scio - cultural. Contras: Os conhecimentos anteriores no so importantes. Piaget Cognitivista Estrutura cognitivista mudam atravs dos processos de adaptao: assimilao e acomodao, nveis diferentes de desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento e etapas da inteligncia. .

20O FUNDEB tem Personalidade Jurdica? No. Ele possui apenas natureza contbil (inciso I do art. 60 dos ADCT) Educao especial modalidade de educao escolar oferecida, preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de deficincia fsica, sensorial, mental ou mltipla, quer de caractersticas como altas habilidades, superdotao ou talentos (art. 58 da LDB e item 8 do Plano Nacional de Educao). O Municpio pode atuar em outros nveis de ensino que no o ensino infantil e o ensino fundamental? Sim. Embora o 2 do art. 211 da CRFB e o inciso V do art. 11 da Lei n 9.394/96 estabeleam que os Municpios atuaro, com prioridade, na educao infantil e no ensino fundamental, admite-se a atuao em outros nveis de ensino quando atendidas plenamente suas reas de atuao e com recursos acima dos 25% vinculados pela Constituio manuteno e desenvolvimento do ensino. Fundeb pelo menos 60% desses recursos devem ser destinados anualmente remunerao dos profissionais do magistrio (professores e profissionais que exercem atividades de suporte pedaggico, tais como: direo ou administrao escolar, planejamento, inspeo, superviso, orientao educacional e coordenao pedaggica) em efetivo exerccio na educao bsica pblica (regular, especial, indgena, supletivo); e at 40% nas demais aes de manuteno e desenvolvimento. O EJA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO Fundamental dever ter carga horria definida a critrio dos sistemas de ensino. O EJA para anos finais do ensino fundamental dever ter carga horria mnima de 1600 horas. Para o ensino Mdio o EJA dever ter 1200 horas, mesmo se tiver ensino tcnico integrado, as 1200 horas s para o contedo do ensino mdio obrigatria. Aluno emancipado no tem direito a fazer o EJA para adiantar estudos.

Garantir, como funo supletiva, a dimenso tica da certificao que deve obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia; O auxilio adicional a alunos com necessidades especiais ser feito em horrio diferente das aulas, ou seja, se o aluno tem aula de manh a complementao ser tarde e vice versa. Os sistemas de ensino devem matricular os estudantes com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotao nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar ou suplementar escolarizao, ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede pblica ou de instituies comunitrias, confessionais ou filantrpicas sem fins lucrativos. As propostas pedaggicas de Educao Infantil devem respeitar os seguintes princpios: I ticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e s diferentes culturas, identidades e singularidades;

21II Polticos: dos direitos de cidadania, do exerccio da criticidade e do respeito ordem democrtica; III Estticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expresso nas diferentes manifestaes artsticas e culturais. Os componentes curriculares obrigatrios do Ensino Fundamental sero assim organizados em relao s reas de conhecimento: I Linguagens: a) Lngua Portuguesa; b) Lngua Materna, para populaes indgenas; c) Lngua Estrangeira moderna; d) Arte; e) Educao Fsica; II Matemtica; III Cincias da Natureza; IV Cincias Humanas: a) Histria; b) Geografia; V Ensino Religioso.

1 O Ensino Fundamental deve ser ministrado em lngua portuguesa, assegurada tambm s comunidades indgenas a utilizao de suas lnguas maternas e processos prprios de aprendizagem, conforme o art. 210, 2, da Constituio Federal.

Art. 38 A Educao do Campo tratada como educao rural na legislao brasileira, incorpora os espaos da floresta, da pecuria, das minas e da agricultura e se estende, tambm, aos espaos pesqueiros, caiaras, ribeirinhos e extrativistas, conforme as Diretrizes para a Educao Bsica do Campo. A Educao Escolar Indgena e a Educao Escolar Quilombola so, respectivamente, oferecidas em unidades educacionais inscritas em suas terras e culturas e, para essas populaes, esto assegurados direitos especficos na Constituio Federal que lhes permitem valorizar e preservar as suas culturas e reafirmar o seu pertencimento tnico. A transversalidade entendida como uma forma de organizar o trabalho didtico-pedaggico em que temas e eixos temticos so integrados s disciplinas e s reas ditas convencionais, de forma a estarem presentes em todas elas. A transversalidade difere da interdisciplinaridade e ambas complementam-se, rejeitando a

22concepo de conhecimento que toma a realidade como algo estvel, pronto e acabado. A transversalidade refere-se dimenso didtico-pedaggica, e a interdisciplinaridade, abordagem epistemolgica dos objetos de conhecimento. A lngua espanhola, por fora da Lei n 11.161/2005, obrigatoriamente ofertada no Ensino Mdio, embora facultativa para o estudante, bem como possibilitada no Ensino Fundamental, do 6 ao 9 ano. Leis especficas, que complementam a LDB, determinam que sejam includos componentes no disciplinares, como temas relativos ao trnsito, ao meio ambiente e condio e direitos do idoso. No Ensino Fundamental e no Ensino Mdio, destinar-se-o, pelo menos, 20% do total da carga horria anual ao conjunto de programas e projetos interdisciplinares eletivos criados pela escola, previsto no projeto pedaggico, de modo que os estudantes do Ensino Fundamental e do Mdio possam escolher aquele programa ou projeto com que se identifiquem e que lhes permitam melhor lidar com o conhecimento e a experincia. As crianas provm de diferentes e singulares contextos socioculturais, socioeconmicos e tnicos, por isso devem ter a oportunidade de serem acolhidas e respeitadas pela escola e pelos profissionais da educao, com base nos princpios da individualidade, igualdade, liberdade, diversidade e pluralidade. A avaliao no ambiente educacional compreende 3 (trs) dimenses bsicas: I - avaliao da aprendizagem; II - avaliao institucional interna e externa; III - avaliao de redes de Educao Bsica.

CONSTRUO DO CURRICULUM Bases: Epistemolgicas (construo do conhecimento) Axiolgicas (valores) Ontolgicas (O ser) Definio de curriculum: Projeto seletivo de cultura, cultural, social, poltica e administrativamente condicionado, que preenche a atividade escolar e que se torna realidade dentro das condies da escola tal como se acha configurada.

A Aprendizagem dos alunos nas instituies escolares est organizada em funo de um projeto cultural para a escola, para um nvel escolar ou modalidade.

23Currculo: Seleo de contedos culturais; Projeto cultural: Se realiza dentro de determinadas condies polticas, administrativas e institucionais. (currculo paralelo ou oculto). Currculo/filosofia curricular: sntese de uma srie de posies: filosfica, epistemolgicas, cientificas, pedaggicas e de valores sociais. O mundo da prxis um mundo construdo, no natural. Assim, o contedo do currculo uma construo social. Atravs da aprendizagem do currculo, os alunos se convertem em ativos participantes da elaborao do seu prprio saber, o que deve obriga-los a refletir sobre o conhecimento, incluindo o professor. A prxis assume o processo de criao de significado como construo social, no carente de conflitos, pois se descobre que esse significado acaba sendo imposto pelo que tem mais poder para controlar o currculo.

De outro, a busca de clareza sobre o significado de currculo, porque tradicionalmente se deu a ele um sentido formal, encobrindo o que, de fato, ele deve ser uma construo social do conhecimento ou, por que no ousar dizer, currculo cincia por ser um mtodo permanente de construo de conhecimento. Fazer currculo, a meu ver, fazer cincia.

24Nos ltimos anos, h uma tendncia que j o considera como um processo de produo e/ou construo do conhecimento, a partir das experincias de vida dos professores e alunos, situadas num contexto sociohistrico mais amplo e que busca apoio terico na Psicologia, na Sociologia, na Filosofia e demais cincias sociais.

C = f (P,M)Onde comportamento (C) funo (f) ou resultado da interao entre a pessoa (P) e o meio ambiente (M) que a rodeia.A liderana a influncia interpessoal exercida numa situao, e dirigida atravs de processos da comunicao humana consecuo de um ou de diversos objectivos especficos. um fenmeno social. considerada em funo dos relacionamentos existentes entre pessoas numa determinada estrutura social. Como relao funcional, a liderana uma funo das necessidades existentes numa determinada situao, que consiste numa relao entre um indivduo (lder) e um grupo (liderados). uma influncia interpessoal (influncia = fora psicolgica), na qual uma pessoa age de forma a modificar o comportamento de outra, de modo intencional.

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O moral um conceito abstrato, intangvel, porm perfeitamente perceptvel. O moral uma decorrncia do estado motivacional, uma atitude mental provocada pela satisfao ou no satisfao das necessidades dos indivduos. O moral elevado acompanhado de uma atitude de interesse, identificao, aceitao fcil, entusiasmo e impulso em relao ao trabalho, em geral paralelamente a uma diminuio dos problemas de superviso e de disciplina. O moral elevado devolve a colaborao.

Os grupos podem participar num processo de mudana em trs perspectivas: O grupo como instrumento de mudana, ou seja, como fonte de influncia sobre os seus membros; O grupo como meta de mudana, para mudar o comportamento dos indivduos, pode tornar-se necessrio mudar os padres do grupo , estilo de liderana , padres emotivos O grupo como agente de mudana, de comportamentos que podem ser provocadas por meio de esforos de organizao do grupo. A resistncia mudana um fenmeno geral dos organismos sociais.

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A inteligncia competitiva o processo de manipulao da informao no qual as organizaes monitoram prospectivamente seu ambiente a fim de criar oportunidades e reduzir as incertezas. A surpresa estratgica consiste nas descontinuidades, mudanas repentinas, urgentes, no familiares na perspectiva da organizao, que ameaam tanto provocar prejuzos como deixar de obter lucros com alguma grande oportunidade. Diante de uma surpresa estratgica, a empresa tem duas opes: desenvolver a capacidade de um efetivo gerenciamento de crises, que possibilite respostas eficientes ou tratar o problema com antecedncia, minimizando a probabilidade de uma surpresa estratgica.O planejamento

um instrumento que possibilita perceber a realidade, atravs de um processo de avaliao, baseado em um referencial futuro. Para tanto, ele deve ser elaborado de acordo com o contexto social e os fatores externos do ambiente. Dessa forma, se faz necessrio conhecer a realidade concreta da instituio perpassando todo o conjunto das atividades que a se realizam, para que posteriormente sejam diagnosticados os problemas e apontadas as solues. A forma de torn-las realidades no pode estar estranha aos contedos transformadores desses mesmos objetivos e nem s condies reais presentes em cada situao.Para aceitar e aproveitar o paradoxo e tambm para melhor lidar com as duas correntes contemporneas, as empresas devem considerar um modelo organizacional global, chamado Transnacional. Essa estrutura de gesto ajuda as empresas a se tornarem tanto flexveis e responsveis quanto controladas, alm de ser um modelo que propicia a troca de

27conhecimento e aprendizagem por todos dos departamentos. O modelo organizacional Transnacional pode ser um mtodo para ajudar as empresas a oferecer mais servios com menos custos. Com essa gesto as empresas podem chegar ao equilbrio ideal entre centralizao e descentralizao, permitindo uma alavancagem mxima de inovao. Uma estrutura Transnacional sintetiza as caractersticas de outros trs modelos organizacionais: o Multinacional, caracterizado por ser uma empresa sensvel e flexvel, o Global, por ser competitiva e eficiente, e o Internacional, que est sempre atenta troca de aprendizado entre as filiais. A caracterstica distintiva do modelo Transnacional que ele procura desenvolver redes de comunicao e interligaes fortes e multilaterais entre todas as unidades, sem necessariamente passar pelo centro. Cada unidade pode aprender e espalhar suas inovaes por toda a empresa. Esse modelo procura ser um mestre do paradoxo, j que necessrio ser boa em todos os trs aspectos eficincia, sensibilidade aos mercados locais e adoo de inovaes. E essa combinao de capacidades o que torna esse modelo superior aos outros para empresas de mbito mundial.VF

a) Tanto os aspectos verbais da linguagem humana quanto os no-verbais colaboram para uma interao grupal positiva. Parabns! Voc acertou. b) Segundo a perspectiva crtica, a fragmentao e a transparncia so caractersticas da comunicao organizacional. Parabns! Voc acertou. c) No modelo interpretativo, a comunicao considerada um processo de construo das realidades de uma organizao. Parabns! Voc acertou. d) A comunicao baseada em comportamentos que podem ser medidos e classificados considerada um exemplo do modelo tradicional. Parabns! Voc acertou.

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE JEAN PIAGETPara ele, a criana constri sua realidade como um ser humano singular, situao em que o cognitivo est em supremacia em relao ao social e o afetivo. Na perspectiva construtivista de Piaget, o comeo do conhecimento a ao do sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhecimento humano se constri na interao homem-meio, sujeito-objeto. Para Piaget, o desenvolvimento mental d-se espontaneamente a partir de suas potencialidades e da sua interao com o meio. O processo de desenvolvimento mental lento, ocorrendo por meio de graduaes sucessivas atravs de estgios: perodo da inteligncia sensrio-motora; perodo da inteligncia pr-operatria; perodo da inteligncia operatria-concreta; e perodo da inteligncia operatrio-formal.

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE HENRY WALLON

A criana, para Wallon, essencialmente emocional e gradualmente vai constituindo-se em um ser scio-cognitivo. O autor estudou a criana contextualizada, como uma realidade viva e total no conjunto de seus comportamentos, suas condies de existncia.

28Assim como Vygotsky, Wallon acredita que o social imprescindvel. A cultura e a linguagem fornecem ao pensamento os elementos para evoluir, sofisticar. A parte cognitiva social muito flexvel, no existindo linearidade no desenvolvimento, sendo este descontnuo e, por isso, sofre crises, rupturas, conflitos, retrocessos, como um movimento que tende ao crescimento. No simulacro, que a imitao em ato, forma-se uma ponte entre formas concretas de significar e representar e nveis semiticos de representao. Essa a forma pela qual a criana se desloca da inteligncia prtica ou das situaes para a inteligncia verbal ou representativa. Dos 3 aos 6 anos, no estgio personalstico, aparece a imitao inteligente, a qual constri os significados diferenciados que a criana d para a prpria ao.

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE LEV S. VYGOTSKYPara Vygotsky, a criana nasce inserida num meio social, que a famlia, e nela que estabelece as primeiras relaes com a linguagem na interao com os outros. Nas interaes cotidianas, a mediao (necessria interveno de outro entre duas coisas para que uma relao se estabelea) com o adulto acontece espontaneamente no processo de utilizao da linguagem, no contexto das situaes imediatas. Segundo Vygotsky, o homem se produz na e pela linguagem, isto , na interao com outros sujeitos que formas de pensar so construdas por meio da apropriao do saber da comunidade em que est inserido o sujeito. Segundo Vygotsky, ocorrem duas mudanas qualitativas no uso dos signos: o processo de internalizao e a utilizao de sistemas simblicos. Vygotsky valoriza o trabalho coletivo, cooperativo, ao contrrio de Piaget, que considera a criana como construtora de seu conhecimento de forma individual.

29No mbito educacional, a mudana do foco das discusses dos mtodos de ensino para o processo de aprendizagem da criana, entendendo-a como sujeito cognoscente, foi promovida pelo pensamento: Construtivista. A chave para responder questo entender que sujeito epistmico, sujeito cognoscente ou sujeito do conhecimento so sinnimos - e esto associados ao pensamento construtivista de Jean Piaget. Ao tratar a produo do conhecimento como resultado da interao entre o indivduo e o meio, Piaget concebe a criana como um sujeito ativo, criticando a escola tradicional baseada nas perspectivas inatistas ou empiristas, em que os mtodos de ensino so o ponto central. Em relao s outras trs concepes, a marxista defende um sistema de ensino capaz de transformar a sociedade, enquanto a estruturalista e a crtico-social aproximam-se por mostrar como a Educao atua para reproduzir (e, muitas vezes, aumentar) as desigualdades da sociedade. Segundo Piaget, esse "sujeito" expressa aspectos presentes em todas as pessoas. Suas caractersticas conferem a todos ns a possibilidade de construir conhecimento, desde o aprendizado das primeiras letras na alfabetizao at a estruturao das mais sofisticadas teorias cientficas. O pensador suo terminou por se contrapor a vrios pontos da filosofia de Kant, argumentando que as estruturas cognitivas no nascem com o indivduo. exceo da habilidade de construir relaes (para Piaget, essa a nica caracterstica pr-formada no ser humano), as demais so construdas e reelaboradas ao longo do tempo. Cada nova informao atualiza no s o que se aprende mas tambm as formas por meio das quais se aprende.

No terreno da Educao, a concepo de sujeito epistmico continua vlida. Contribuiu, alis, para transformar definitivamente as ideias sobre o papel do aluno em sala de aula. Se o conhecimento nasce da interao com o meio, no mais possvel pensar numa criana que s escuta, passivamente, a exposio dos contedos. Estudos recentes vm confirmando os efeitos do meio ambiente sobre o funcionamento do crebro, assim como o valor de um comportamento ativo como motor da evoluo. "Todo estudante precisa enfrentar problemas para avanar. No adianta o professor dizer como se resolve. Faz parte do aprendizado tentar solues e experimentar hipteses para superar desafios", explica Lino de Macedo. O sujeito epistmico um sujeito social, que compartilha e debate hipteses.

Organizar a prtica pedaggica com base no modelo metodolgico de resoluo de problemas requer por parte do professor o planejamento de situaes de ensino e aprendizagem que sejam atividades e intervenes pedaggicas adequadas s necessidades e possibilidades de aprendizagem dos alunos.

30 preciso saber que a metodologia de resoluo de problemas compartilha muitos preceitos da perspectiva construtivista. Entre eles, a necessidade de considerar o que os alunos sabem e como cada um evolui para criar as condies de avano. O objetivo deve ser associar (e no sobrepor) os contedos s expectativas dos alunos, de forma que eles se sintam motivados a aprender o que precisam. Alm disso, a interao (e no a segregao) entre estudantes auxilia o aprendizado por favorecer o intercmbio de conhecimentos para resolver desafios.

"Para que uma aprendizagem significativa possa acontecer, necessrio investir em aes que potencializem a disponibilidade do aluno para a aprendizagem, o que se traduz, por exemplo, no empenho em estabelecer relaes entre seus conhecimentos prvios sobre um assunto e o que est aprendendo sobre ele." (PCN, 1998)Os conhecimentos prvios dos alunos devem ser considerados pelos professores durante todo o processo de ensino. Para que isso ocorra, preciso planejar situaes desafiadoras, que coloquem em jogo o que os estudantes sabem, para que eles possam refletir sobre as diferenas entre o conhecimento antigo e o novo e seguir aprendendo.

Os significados que o aluno finalmente constri so, pois, o resultado de uma complexa srie de interaes nas quais intervm, no mnimo, trs elementos: o prprio aluno, os contedos de aprendizagem e o professor. Certamente, o aluno o responsvel final da aprendizagem ao construir o seu conhecimento, atribuindo sentido e significado aos contedos do ensino. Mas o professor quem determina, com sua atuao, com o seu ensino, que as atividades nas quais o aluno participa possibilitem maior ou menor grau de amplitude e profundidade dos significados construdos e, sobretudo, quem assume a responsabilidade de orientar esta construo em determinada direo". Csar Coll Salvador, Aprendizagem Escolar e Construo do Conhecimento (com adaptaes).Na perspectiva construtivista, em que o aluno tem papel ativo (e no de receptor), o docente corresponsvel pela aprendizagem, elaborando atividades e determinando como sero trabalhadas. Quanto ao contedo, ainda que as compreenses variem, preciso buscar situaes para que todos se aproximem ao mximo da ideia correta.

31Vygotsky afirma que o bom ensino aquele que se adianta ao desenvolvimento, ou seja, que se dirige s funes psicolgicas que esto em vias de se completarem." (Rego, 2001) Isso significa dizer que, na abordagem sociointeracionista, a qualidade do trabalho pedaggico est associada : Capacidade de promoo deavanos no desenvolvimento do aluno com base naquilo que potencialmente ele poder vir a saber. Tanto a citao do enunciado como a alternativa correta fazem referncia zona de desenvolvimento proximal: a ideia que a aprendizagem deve priorizar o que o aluno pode aprender a fazer sozinho no futuro, com base no que j consegue fazer com ajuda no presente..

O conjunto de princpios para explicar a aprendizagem constitui o que se denomina teorias da aprendizagem. Nessa perspectiva, conclui-se corretamente que a teoria: Sociocultural tem como base a ideia de que aaprendizagem ocorre principalmente em processos de relaes sociais, com a ajuda de pessoas mais experientes. De acordo com a teoria sociocultural de Vygotsky, as

interaes so a base para que o indivduo consiga compreender (por meio da internalizao) as representaes mentais de seu grupo social - aprendendo, portanto. A construo do conhecimento ocorre primeiro no plano externo e social (com outras pessoas) para depois ocorrer no plano interno e individual. Nesse processo, a sociedade e, principalmente, seus integrantes mais experientes (adultos, em geral, e professores, em particular) so parte fundamental para a estruturao de que e como aprender..

32De acordo com Wallon, podemos afirmar que: No primeiro ano de vida, a crianainterage com o meio regida pela afetividade, isto , o estgio impulsivo emocional, definido pela simbiose afetiva da criana em seu meio social. No estgio impulsivoemocional o beb encontra-se em um estado de simbiose afetiva com a me ou com quem cuida dele. A simbiose afetiva est diretamente associada com a estreita ligao que se estabelece entre o beb e a me no incio da vida- momento em que se encontra indiferenciado, sem delimitao do que interno e externo, com poucos recursos para estabelecer contato com o meio. A partir desse momento, as interaes passam a ser constitudas.

O trecho a seguir revela as influncias de um importante terico para a aprendizagem: "A afetividade e a inteligncia caminham juntas desde o primeiro ano de vida da criana. Esse perodo, denominado 'impulsivo emocional', marcado pelas relaes emocionais do beb com o ambiente. A afetividade d lugar ao desenvolvimento cognitivo quando a criana comea a construir a realidade por meio do que chamou de 'inteligncia prtica ou das situaes'. interessante que a escola considere os nveis do desenvolvimento cognitivo da criana e suas necessidades afetivas a fim de melhor orientar suas aes educativas". Wallon (O mais importante compreender a relao entre afetividade einteligncia. Com base em sua perspectiva gentica, o desenvolvimento humano alterna fases em que ora predomina a dimenso afetiva, ora a cognitiva. Por exemplo, ao intervir para a melhoria da leitura do aluno, o professor o afeta em sua condio emocional. Ele se sente acolhido e essa percepo facilita a aprendizagem.

Diferenas e semelhanas nas teorias de vygotsky,piaget e wallon?

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Jean PIAGET Pesquisar como algum incorpora um novo conhecimento, como o constri foi o pontap inicial de sua teoria. Postula que ao se deparar com algo novo, o indivduo tenta remet-lo a qualquer coisa com que j tenha tido contato, que j conhea. Imaginemos que nossa cabea fosse um gaveto de arquivos, com vrias pastas suspensas onde categorizamos tudo aquilo que sabemos. Assim que temos contato com algo novo, como se abrssemos este gaveto para procurarmos algo similar, parecido, nas pastas suspensas (categorias) que j possumos, mas no encontramos nada similar. A esta primeira estranheza do novo, Piaget nomeou assimilao, isto , reconhecer alguma coisa como diferente do que eu j conheo. A partir deste reconhecimento, do contato com a novidade, da experimentao, o indivduo refina seus conhecimentos e incorpora uma nova informao, o que proporciona a criao de um novo conceito, nova categoria, o surgimento de uma nova pasta suspensa em nosso gaveto (ou a criao de uma subpasta). A esta nova partio criada, organizada, sistematizada Piaget chama de esquema. Incorporado novo esquema mental, assume-se a acomodao, que define um conhecimento aprendido, incorporado, introjetado. Piaget organizou tambm os chamados estgios de desenvolvimento, que determinam o nvel maturacional da criana, quais suas apropriaes de acordo com seu tempo. Suas principais caractersticas: 1 perodo: Sensrio-motor (0 a 2 anos) Perodo de percepo, sensao e movimento. regido pela inteligncia prtica.

342 perodo: Pr-operatrio (2 a 7 anos) Funo simblica linguagem comunicao Egocentrismo (reconhece, assume, percebe o seu ponto de vista) No aceita a idia do acaso e tudo deve ter uma explicao finalismo Jogo simblico = faz de conta, imaginrio Animismo caractersticas humanas a seres inanimados Realismo materializar suas fantasias Artificialismo explicar fenmenos da natureza atravs de atitudes humanas 3 perodo: Operaes concretas (7 a 11 ou 12 anos) Reorganiza, interioriza, antecipa aes

Diferencia real e fantasia Estabelece relaes e admite diferentes pontos de vista Tem noes de tempo, velocidade, espao, causalidade

4 perodo: Operaes formais (11 ou 12 anos em diante) Esquemas conceituais abstratos Valores pessoais Lev Semenovitch VYGOTSKY Vygostsky tem como palavra-chave interao social, o que implica dizer que o desenvolvimento do indivduo se d atravs da relao com o outro, com o mundo. O conceito de mediao simblica trata do conceito de intermediao, da relao homem-mundo, que acontece atravs de duas formas: a) Instrumentos: objetos, ferramentas criadas pela necessidade de interveno do homem no mundo ao. Se toda produo do homem cultura, a encara como alargadora de possibilidades. Exemplo: o homem precisava percorrer grandes distncias, inventou o avio, o navio. Claro que o que no est em questo o tempo que se levou para a constituio final destas invenes, mas sim, da necessidade atendida atravs da idealizao. b) Signos / smbolos: so representaes. Exemplo: o smbolo de masculino e feminino. Sentido, significado objetivo. Esta a primeira categoria. Na segunda, os smbolos demandam abstraes mais elaboradas, internalizadas, reflexivas. Exemplos: noo de tempo. E quando dizemos a palavra mesa. Uma pessoa que escuta j traz em sua memria um desenho qualquer de mesa, a idia do que uma mesa, para que ela serve.

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A linguagem, contemplada como instrumento do pensamento, tem duas funes: Comunicao: expresso, intercmbio social. Categorizao: de classificao, conceituao do mundo: inteligncia prtica. Zona de desenvolvimento proximal Conceitos atrelados: conhecimento real e conhecimento potencial.

representa

Conhecimento real aquele em que h o domnio, aquilo que se conhece, sabe, articula. passado. Exemplo: sei fazer arroz. Conhecimento potencial aquele que se pode dominar com a ajuda de outro mais experiente, por exemplo: apesar de saber fazer arroz, s consigo fazer risoto com a ajuda de minha av, pois ela organiza toda a seqncia da receita para que eu no me perca.A distncia entre o conhecimento real e o conhecimento potencial chamada de zona de desenvolvimento proximal. o lugar imaginrio onde o professor deve atuar no aluno. Se tivermos 42 alunos numa sala de aula, teremos 42 z.d.ps diferentes.

Henri WALLON Defendeu a idia da compreenso da criana completa, concreta, contextualizada, vista de forma integral, isto , no mais encarada como um adulto em miniatura, mas sim, como um ser numa etapa de especificidades. Segundo ele so quatro os campos funcionais que visualizam a criana de modo integrado: 1. As emoes: manifestao afetiva, relao = interao criana e meio onde est inserida. 2. O movimento: primeiro sinal de vida psquica. Vislumbrada em duas dimenses: a) expressiva: base das emoes, de expresso. b) instrumental: ao direta sobre o meio fsico, concreto. Voluntrio. 3. A inteligncia: 1 momento = sincretismo = misturar as coisas, confuso = no separa qualidade do objeto. Exemplo: criana de dois anos que tem um

36colega cujo nome da me o mesmo da sua, no aceita a idia (o nome Maria da sua me, no da me do outro). Com as experimentaes da criana sobre o mundo, progressivas diferenciaes ocorrem, o que proporciona o ampliar de seu repertrio de categorizaes. Isto no quer dizer que nunca mais, aps a infncia, estejamos sujeitos ao sincretismo. As grandes invenes, as diferentes idias surgem de momentos de sincretismo, de mistura, de confuso, de possibilidades, de criatividade. 2 momento = pensamento categorial = conceitual (acontece na idade escolar) possibilidade de pensar o real por meio de categorias, diferenciaes, classificaes. 4. A construo do eu como pessoa: Como constri a conscincia de si. Inicialmente o indivduo est na fuso emocional No tero materno, necessidades alimentares ou posturais tm satisfao automtica. Ps nascimento mame e beb ainda so encarados como um todo, o que representa para WALLON alto grau de sociabilidade ela e outro = um s, para depois o indivduo perceber-se enquanto nico, o que nomeia processo de individuao. caracterizado de duas formas: - imitao do outro = maneira de incorporar o outro, o outro como modelo, referncia. - negao do outro = para perceber o limite eu-outro manifesto meu ponto de vista atravs de condutas de oposio, o que representa a expulso do outro em si mesmo. Picos desta constituio acontecem com 3 e 13 anos, aproximadamente, apesar da considerar que esta diferenciao eu-outro nunca completa, total, ocorre durante toda a vida. Pode-se assumir, segundo WALLON que a relao destes quatro campos funcionais no sempre de harmonia, mas sim, de conflito.

37A Teoria das Inteligncias Mltiplas e suas implicaes para EducaoAs pesquisas mais recentes em desenvolvimento cognitivo e neuropsicologia sugerem que as habilidades cognitivas so bem mais diferenciadas e mais espcficas do que se acreditava (Gardner, I985). Neurologistas tm documentado que o sistema nervoso humano no um rgo com propsito nico nem to pouco infinitamente plstico. Acredita-se, hoje, que o sistema nervoso seja altamente diferenciado e que diferentes centros neurais processem diferentes tipos de informao ( Gardner, 1987). Howard Gardner, psiclogo da Universidade de Harvard, baseou-se nestas pesquisas para questionar a tradicional viso da inteligncia, uma viso que enfatiza as habilidades lingstica e lgico-matemtica. Segundo Gardner, todos os indivduos normais so capazes de uma atuao em pelo menos sete diferentes e, at certo ponto, independentes reas intelectuais. Ele sugere que no existem habilidades gerais, duvida da possibilidade de se medir a inteligncia atravs de testes de papel e lpis e d grande importncia a diferentes atuaes valorizadas em culturas diversas. Finalmente, ele define inteligncia como a habilidade para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos em um ou mais ambientes culturais. Psiclogo construtivista muito influenciado por Piaget, Gardner distingue-se de seu colega de Genebra na medida em que Piaget acreditava que todos os aspectos da simbolizao partem de uma mesma funo semitica, enquanto que ele acredita que processos psicolgicos independentes so empregados quando o indivduo lida com smbolos lingisticos, numricos gestuais ou outros. Segundo Gardner uma criana pode ter um desempenho precoce em uma rea (o que Piaget chamaria de pensamento formal) e estar na mdia ou mesmo abaixo da mdia em outra (o equivalente, por exemplo, ao estgio sensrio-motor). Gardner descreve o desenvolvimento cognitivo como uma capacidade cada vez maior de entender e expressar significado em vrios sistemas simblicos utilizados num contexto cultural, e sugere que no h uma ligao necessria entre a capacidade ou estgio de desenvolvimento em uma rea de desempenho e capacidades ou estgios em outras reas ou domnios (Malkus e col., 1988). Num plano de anlise psicolgico, afirma Gardner (1982), cada rea ou domnio tem seu sistema simblico prprio; num plano sociolgico de estudo, cada domnio se caracteriza pelo desenvolvimento de competncias valorizadas em culturas especficas. Gardner sugere, ainda, que as habilidades humanas no so organizadas de forma horizontal; ele prope que se pense nessas habilidades como organizadas verticalmente, e que, ao invs de haver uma faculdade mental geral, como a memria, talvez existam formas independentes de percepo, memria e aprendizado, em cada rea ou domnio, com possveis semelhanas entre as reas, mas no necessariamente uma relao direta.

As inteligncias mltiplasGardner identificou as inteligncias lingstica, lgico-matemtica, espacial, musical, cinestsica, interpessoal e intrapessoal. Postula que essas competncias intelectuais so relativamente independentes, tm sua origem e limites genticos prprios e substratos neuroanatmicos especficos e dispem de processos cognitivos prprios. Segundo ele, os seres humanos dispem de graus variados de cada uma das inteligncias e maneiras diferentes com que elas se combinam e organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas e criar produtos. Gardner ressalta que, embora estas inteligncias sejam, at certo ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente. Embora algumas ocupaes exemplifiquem uma inteligncia, na maioria dos casos as ocupaes ilustram bem a necessidade de uma combinao de inteligncias. Por exemplo, um cirurgio necessita da acuidade da inteligncia espacial combinada com a destreza da cinestsica.

38Inteligncia lingstica - Os componentes centrais da inteligncia lingistica so uma sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras, alm de uma especial percepo das diferentes funes da linguagem. a habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir idias. Gardner indica que a habilidade exibida na sua maior intensidade pelos poetas. Em crianas, esta habilidade se manifesta atravs da capacidade para contar histrias originais ou para relatar, com preciso, experincias vividas. Inteligncia musical - Esta inteligncia se manifesta atravs de uma habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma pea musical. Inclui discriminao de sons, habilidade para perceber temas musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre, e habilidade para produzir e/ou reproduzir msica. A criana pequena com habilidade musical especial percebe desde cedo diferentes sons no seu ambiente e, freqentemente, canta para si mesma. Inteligncia lgico-matemtica - Os componentes centrais desta inteligncia so descritos por Gardner como uma sensibilidade para padres, ordem e sistematizao. a habilidade para explorar relaes, categorias e padres, atravs da manipulao de objetos ou smbolos, e para experimentar de forma controlada; a habilidade para lidar com sries de raciocnios, para reconhecer problemas e resolv-los. a inteligncia caracterstica de matemticos e cientistas Gardner, porm, explica que, embora o talento cientifico e o talento matemtico possam estar presentes num mesmo indivduo, os motivos que movem as aes dos cientistas e dos matemticos no so os mesmos. Enquanto os matemticos desejam criar um mundo abstrato consistente, os cientistas pretendem explicar a natureza. A criana com especial aptido nesta inteligncia demonstra facilidade para contar e fazer clculos matemticos e para criar notaes prticas de seu raciocnio. Inteligncia espacial - Gardner descreve a inteligncia espacial como a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepes iniciais, criar tenso, equilbrio e composio, numa representao visual ou espacial. a inteligncia dos artistas plsticos, dos engenheiros e dos arquitetos. Em crianas pequenas, o potencial especial nessa inteligncia percebido atravs da habilidade para quebra-cabeas e outros jogos espaciais e a ateno a detalhes visuais. Inteligncia cinestsica - Esta inteligncia se refere habilidade para resolver problemas ou criar produtos atravs do uso de parte ou de todo o corpo. a habilidade para usar a coordenao grossa ou fina em esportes, artes cnicas ou plsticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulao de objetos com destreza. A criana especialmente dotada na inteligncia cinestsica se move com graa e expresso a partir de estmulos musicais ou verbais demonstra uma grande habilidade atltica ou uma coordenao fina apurada. Inteligncia interpessoal - Esta inteligncia pode ser descrita como uma habilidade pare entender e responder adequadamente a humores, temperamentos motivaes e desejos de outras pessoas. Ela melhor apreciada na observao de psicoterapeutas, professores, polticos e vendedores bem sucedidos. Na sua forma mais primitiva, a inteligncia interpessoal se manifesta em crianas pequenas como a habilidade para distinguir pessoas, e na sua forma mais avanada, como a habilidade para perceber intenes e desejos de outras pessoas e para reagir apropriadamente a partir dessa percepo. Crianas especialmente dotadas demonstram muito cedo uma habilidade para liderar outras crianas, uma vez que so extremamente sensveis s necessidades e sentimentos de outros. Inteligncia intrapessoal - Esta inteligncia o correlativo interno da inteligncia interpessoal, isto , a habilidade para ter acesso aos prprios sentimentos, sonhos e idias, para discriminlos e lanar mo deles na soluo de problemas pessoais. o reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e inteligncias prprios, a capacidade para formular uma imagem precisa de si prprio e a habilidade para usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Como esta inteligncia a mais pessoal de todas, ela s observvel atravs dos sistemas

39simblicos das outras inteligncias, ou seja, atravs de manifestaes lingisticas, musicais ou cinestsicas. Segundo Gardner, cada domnio, ou inteligncia, pode ser visto em termos de uma seqncia de estgios: enquanto todos os indivduos normais possuem os estgios mais bsicos em todas as inteligncias, os estgios mais sofisticados dependem de maior trabalho ou aprendizado. A seqncia de estgios se inicia com o que Gardner chama de habilidade de padro cru. O aparecimento da competncia simblica visto em bebs quando eles comeam a perceber o mundo ao seu redor. Nesta fase, os bebs apresentam capacidade de processar diferentes informaes. Eles j possuem, no entanto, o potencial para desenvolver sistemas de smbolos, ou simblicos. O segundo estgio, de simbolizaes bsicas, ocorre aproximadamente dos dois aos cinco anos de idade. Neste estgio as inteligncias se revelam atravs dos sistemas simblicos. Aqui, a criana demonstra sua habilidade em cada inteligncia atravs da compreenso e uso de smbolos: a msica atravs de sons, a linguagem atravs de conversas ou histrias, a inteligncia espacial atravs de desenhos etc. No estgio seguinte, a criana, depois de ter adquirido alguma competncia no uso das simbolizaces bsicas, prossegue para adquirir nveis mais altos de destreza em domnios valorizados em sua cultura. medida que as crianas progridem na sua compreenso dos sistemas simblicos, elas aprendem os sistemas que Gardner chama de sistemas de segunda ordem, ou seja, a grafia dos sistemas (a escrita, os smbolos matemticos, a msica escrita etc.). Nesta fase, os vrios aspectos da cultura tm impacto considervel sobre o desenvolvimento da criana, uma vez que ela aprimorar os sistemas simblicos que demonstrem ter maior eficcia no desempenho de atividades valorizadas pelo grupo cultural. Assim, uma cultura que valoriza a msica ter um maior nmero de pessoas que atingiro uma produo musical de alto nvel. Finalmente, durante a adolescncia e a idade adulta, as inteligncias se revelam atravs de ocupaes vocacionais ou no-vocacionais. Nesta fase, o indivduo adota um campo especfico e focalizado, e se realiza em papis que so significativos em sua cultura.