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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA TURNO NOTURNO RESUMO INFORMATIVO Período Antropocêntrico da Antiguidade: Os filófosos e as verdadeiras raízes psicológicas. DANIELLA FERREIRA BEZERRA

RESUMO INFORMATIVO Período Antropocêntrico da Antiguidade

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃOCURSO DE PEDAGOGIA

TURNO NOTURNO

RESUMO INFORMATIVOPeríodo Antropocêntrico da Antiguidade: Os filófosos e as verdadeiras raízes psicológicas.

DANIELLA FERREIRA BEZERRA

NATAL - RN 2006.1

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Período Antropocêntrico da Antigüidade: Os filófosos e as verdadeiras raízes psicológicas.

Os Sofistas

Os sofistas foram muito importantes para a sistematização do estudo, pois esses

viviam como professores ambulantes que andavam as cidades transmitindo aos jovens

conhecimentos práticos de filosofia, ciências e arte. As lições sofísticas tinham como

objetivo o desenvolvimento do poder de argumentação e da habilidade retórica,

incentivando o senso critico do cidadão.

O momento histórico vivido pela civilização grega favoreceu o desenvolvimento

desse tipo de atividade praticada pelos sofistas.

Segundo as concepções dos sofistas, não haveria uma verdade única, absoluta. Tudo

seria relativo ao homem, ao momento, a um conjunto de fatores e circunstâncias.

Protágoras e Górgias foram os mais importantes representantes dos sofistas.

Os Filósofos Clássicos

Sócrates (436-336 aC) de Atenas, foi considerado um marco da historia da filosofia

grega. O seu estilo de vida assemelhava-se ao dos sofistas, por isso muitas vezes ele era

confundido como sendo um. Desenvolvia o seu saber filosófico conversando com os

jovens sempre dando demonstrações de que era preciso unir o saber ao fazer, a

consciência intelectual à consciência prática ou moral. O autoconhecimento era um dos

pontos fundamentais da filosofia socrática. “Conhece-te a ti mesmo”, era a

recomendação básica de Sócrates para o principio filosófico.

Sócrates percebe que a sabedoria começa pelo reconhecimento da própria

ignorância, , “Só sei que nada sei”, frase citada por ele, resume bem essa idéia de

reconhecer a ignorância. Sua filosofia era desenvolvida mediante diálogos críticos, que

tinham como objetivo ajudar as pessoas a conceberem suas próprias idéias. Esses

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diálogos podem ser divididos em dois momentos básicos: a ironia e a maiêutica(relativo

ao parto).

Acusado de corromper a sociedade com suas idéias irônicas e de fazer criticas as

normas do governo grego, Sócrates foi julgado e condenado à morte.

Platão nasceu em Atenas (437-347 a.C) e era o melhor discípulo de Sócrates.

Assim como Sócrates, Platão também acreditava que o conhecimento que adquirimos

dos sentidos era imperfeito. A teoria das idéias é a alma de toda filosofia platônica.

Segundo Platão, a alma desempenha o papel de mediadora entre as idéias e a

matéria. Esse filósofo também afirmava que o homem era um ser dualista composto de

mente x corpo. Para Platão o dualismo dos elementos constitutivos do mundo material

resulta do ser e do não-ser, da ordem e da desordem, do bem e do mal, que aparecem no

mundo. Da idéia (mente) - ser, verdade, bondade, beleza - depende tudo quanto há de

positivo, de racional no vir-a-ser da experiência. Da matéria – indeterminada (corpo),

informe, mutável, irracional, passiva, espacial - depende, ao contrário, tudo que há de

negativo na experiência. Essa super valorização do intelectual (mente) e a

desvalorização do que é material (corpo), acabou formando uma sociedade

intelectualista, onde só os trabalhos que ocupassem a mente seriam valorizados e o

trabalho feito com a matéria, onde se utiliza as mãos, era desvalorizado e símbolo da

classe pobre. Diante desta realidade, os assuntos intelectuais, foram privilegiados na

educação, multiplicando as escolas acadêmicas que formavam o “Homo Sapiens”. Nos

dias de hoje essa visão dualista não existe mais, principalmente nos países do Primeiro

Mundo.

Da divisão dualista de Platão, surgiu duas corrente filosóficas da pedagogia: a da

essência e a da existência.

Aristóteles (384-322 a.C) nasceu em Estagira e foi discípulo de Platão. Seu vasto

trabalho atingiu áreas diversas, como a lógica, a religião, a psicologia, a filosofia e as

ciências naturais. Diferentemente de Platão, ele acreditava que as idéias e a abstração

deveriam partir da matéria, da realidade concreta, e não o contrário. Ele, também

afirmava que a concepção do intelecto era como uma tabula rasa, sem idéias inatas.

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Outros Filósofos

Na Idade Antiga, surgiram duas correntes filosóficas: o estoicismo e o epicurismo.

O fundador da antiga escola estóica foi Zenão (340-264) de Cicio. Para os estóicos

o bem absoluto e único é a virtude, e o mal único e absoluto é o vício. Eles eram

seguidores das teorias platônicas, principalmente a teoria da pedagogia da essência.

Epicuro (341-270 a.C) nasceu na Grécia e foi o fundador do epicurismo. O

epicurismo buscava uma filosofia prática. Tinham como objetivo a buscar do prazer, da

felicidade e da tranqüilidade, através da valorização da natureza do ser humano.

O período antropocêntrico da antiguidade foi muito importante para a história da

psicologia, pois foi nesse período que surgiu às primeiras raízes do pensamento

psicológico.

Platão, o homem era um ser dualista composto de mente x corpo, onde o

conhecimento humano integral fica nitidamente dividido em dois graus: o conhecimento

sensível, particular, mutável e relativo, que era característica do corpo, e o

conhecimento intelectual, universal, imutável, absoluto, característica da mente, que

ilumina o primeiro conhecimento, mas que dele não se pode derivar.