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MUNICIPALISMO: AUTONOMIA E PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA LOCAL RESUMO AUTOR PRINCIPAL: Vinícius Francisco Toazza E-MAIL: [email protected] TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC:: Pibic CNPq CO-AUTORES: Janaína Rigo Santin ORIENTADOR: Janaína Rigo Santin ÁREA: Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ: 6.01.00.00-1 Direito UNIVERSIDADE: Fundação Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO: No Estado Democrático de Direito, os valores democráticos irradiam-se sobre o ordenamento jurídico e sobre as atividades estatais, afirmados pelos métodos de participação cidadã presentes na CF/88, que garantem intervenção direta ou indireta da sociedade civil na Administração Pública. Compreende-se como participação indireta a escolha periódica de representantes para ocupar cargos eletivos na função pública estatal e como direta a participação ativa dos cidadãos na tomada de decisões por meio dos vários institutos validados pela soberania popular. Nesse sentido, a administração consensual traz um novo paradigma no campo político de definição da tomada de decisões por parte dos governantes, criando-se espaços plurais de penetração da sociedade civil nos mecanismos de formação das tutelas jurídico-políticas, a fim de que os cidadãos locais possam participar, individual ou coletivamente, das tomadas de decisões que afetam a vida da coletividade. METODOLOGIA: Ponderando que a pesquisa parte de uma análise do Princípio da Participação, que melhor representa a democracia e colabora com a tomada consensual de decisões na Administração Pública, verifica-se um meio de descentralizar a governação e dividir o poder de escolhas com a sociedade civil. Para tanto, o método de abordagem adotado no desenvolvimento da pesquisa é o dialético. Pois, parte-se de uma tese (participação cívica dos munícipes via audiências públicas), chegando a uma antítese (centralização do poder e apatia política da população), produzindo, ao final, uma síntese sobre a problemática da pesquisa. No que tange às técnicas de pesquisa, foi utilizada a bibliográfica, a partir de legislação, doutrina, revistas e artigos científicos, bem como pesquisa através da Internet.

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MUNICIPALISMO: AUTONOMIA E PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA NAADMINISTRAÇÃO PÚBLICA LOCAL

RESUMO

AUTOR PRINCIPAL:Vinícius Francisco Toazza

E-MAIL:[email protected]

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Pibic CNPq

CO-AUTORES:Janaína Rigo Santin

ORIENTADOR:Janaína Rigo Santin

ÁREA:Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:6.01.00.00-1 Direito

UNIVERSIDADE:Fundação Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO:No Estado Democrático de Direito, os valores democráticos irradiam-se sobre o ordenamento jurídico e sobre as atividadesestatais, afirmados pelos métodos de participação cidadã presentes na CF/88, que garantem intervenção direta ou indiretada sociedade civil na Administração Pública. Compreende-se como participação indireta a escolha periódica derepresentantes para ocupar cargos eletivos na função pública estatal e como direta a participação ativa dos cidadãos natomada de decisões por meio dos vários institutos validados pela soberania popular. Nesse sentido, a administraçãoconsensual traz um novo paradigma no campo político de definição da tomada de decisões por parte dos governantes,criando-se espaços plurais de penetração da sociedade civil nos mecanismos de formação das tutelas jurídico-políticas, afim de que os cidadãos locais possam participar, individual ou coletivamente, das tomadas de decisões que afetam a vidada coletividade.

METODOLOGIA:Ponderando que a pesquisa parte de uma análise do Princípio da Participação, que melhor representa a democracia ecolabora com a tomada consensual de decisões na Administração Pública, verifica-se um meio de descentralizar agovernação e dividir o poder de escolhas com a sociedade civil. Para tanto, o método de abordagem adotado nodesenvolvimento da pesquisa é o dialético. Pois, parte-se de uma tese (participação cívica dos munícipes via audiênciaspúblicas), chegando a uma antítese (centralização do poder e apatia política da população), produzindo, ao final, umasíntese sobre a problemática da pesquisa. No que tange às técnicas de pesquisa, foi utilizada a bibliográfica, a partir delegislação, doutrina, revistas e artigos científicos, bem como pesquisa através da Internet.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES:Constatou-se que a autonomia é uma prerrogativa política outorgada pela CF a entidades estatais internas (Estados-membros, DF e Municípios), para que desempenhem a sua administração de acordo com o ordenamento jurídico, ou seja,"é a administração própria daquilo que lhe é próprio", com a finalidade de administrar os negócios locais. Para assegurar aautonomia municipal tem-se: a) poder de auto-organização (elaboração de lei orgânica própria); b) poder de autogoverno,pela eletividade do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores; c) poder normativo próprio, ou de auto legislação, mediantea elaboração de leis municipais na área de sua competência exclusiva e suplementar; d) poder de auto-administração:administração própria para criar, manter e prestar os serviços de interesse local, bem como legislar sobre seus tributos eaplicar suas rendas (MEIRELLES, 2008, p. 91-94). Desse modo, a ideia do consensualismo está presente nas decisõestomadas pela coletividade, com ampla participação dos cidadãos, que apresentam temas, propostas, críticas econtribuições. A decisão assim proferida dá legitimidade ao ato público (NOBRE; TERRA, 2008, p. 233). Logo, o Estado,por meio da consensualidade, ultrapassa a incitação do exercício de atividades particulares de importância pública, para aresolução privada dos interesses coletivos, tornando mais eficazes as formas de contraprestação dos serviços públicos(MOREIRA NETO, 2003, p. 153). A partir deste procedimento decisório democrático, a vontade local passa a se expressarnas audiências públicas, mecanismo pelo qual o cidadão participa da tomada de decisões de gestão da coisa pública; pormeio delas, busca-se envolver os destinatários de uma decisão governamental no próprio processo decisório. Ou seja, asaudiências não só tem servido como resposta aos reclamos dos cidadãos como também permitem que as autoridadesmelhorem a qualidade da gestão pública, otimizando suas decisões.

CONCLUSÃO:Conclui-se pela importância da descentralização e da participação cívica, utilizando o consensualismo como uma prática deinteração entre o administrado e o administrador para a realização do bem comum, mediante uma decisão coesa, já queexpressa os interesses locais e legitima a decisão administrativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:CORRALO, Giovani da Silva. Município: Autonomia na Federação Brasileira. Curitiba: Juruá, 2006.MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Municipal Brasileiro. 16ª ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2008.MOREIRA NETO, Diogo de Figueredo. Novos Institutos Consensuais da Ação Administrativa. Rio de Janeiro: Renovar,2003.NOBRE, Marcos; TERRA, Ricardo. Direito e Democracia: Um Guia de Leitura de Habermas. São Paulo: Malheiros Editores,2008.

Assinatura do aluno Assinatura do orientador