Resumo Prova 2 de Direito Penal

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  • 8/15/2019 Resumo Prova 2 de Direito Penal

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    CRIME: é todo fato típico, ilícito e culpável.

    CRIME MATERIAL: para que se ocorra consua!"o, é preciso alé da a!"o do a#ente, a ocorr$nciade resultado. A n"o ocorr$ncia do resultado é punido pela TE%TATI&A.

    CRIME '(RMAL)ou de consua!"o antecipada*: ( tipo ta+é descreve u resultado, poréeste n"o precisa ocorrer efetivaente para que caracterie a consua!"o, +astando a a!"o doa#ente e sua vontade de alcan!ar o resultado.

    CRIME A%AL-TIC(: que +usca so+ o pr/0io 1urídico esta+elecer os eleentos estruturais docrie. A 2nalidade desse enfoque é propiciar a correta e ais 1usta decis"o so+re a infra!"o penale seu autor, faendo co que o 1ul#ador ou interprete desenvolva o seu raciocínio e etapas.

    TEORIA BIPARTITE, a+ran#e:3'ato tipico: a conduta ilícita praticada, ou se1a a conduta proi+ida, ile#al, prevista no direitopenal.3ilicito:fato que contraria o que a lei pretende prote#er, ta+é c4aado de anti1urídico.(56:A C7L8A5ILI9A9E A8E%A6 7M 8RE6678(6T( 8ARA A8LICA;( 9A 8E%A.

    TEORIA TRIPARTITE, a+ran#e:3'AT( T-8IC( < ILICIT( < C7L8A&EL) 'ato atri+uído a 2#ura do autor , refere3se a capacidade doindividuo para a produ!"o da conduta.*

    TRIPARTITE

     

    FATO TIPICO: compõe-se de 4 PARTES para ser cnsideradocrime, senão é a!o a!"pico:

    a) Conduta Humana

     A conduta é a realização material da vontade humana. Ela pode ser ter ativa ou omissiva, consciente evoluntária, sempre objetivando uma finalidade.O Direito enal se interessa pelas condutas !ue poderiam ter sido evitadas, por isso, o pensamento, en!uantonão manifestar uma conduta pela ação ou omissão não tem representação le"al para o Direito enal, ou seja,o fato de pensar !ue vai matar al"uém ou pensar !ue vai furtar tal objeto não se caracteriza crime en!uantoficar apenas no pensamento.

     

     A conduta por omissão #conhecida também por Conduta Omissiva$ se caracteriza por não fazer o !ue deveriaser feito, por e%emplo, um criança se afo"ando na praia e o bombeiro, responsável pela vi"il&ncia do local nãosocorre a criança, permitindo !ue ela venha a falecer por afo"amento. Outro e%emplo seria uma colisão deve'culos com v'timas, onde, o responsável pela colisão, dei%a o local sem prestar o devido socorro (s v'timas.

     

     A conduta por ação #conhecida também por Conduta Comissiva$ se caracteriza pela ação do a"ente. or e%emplo, no estupro o a"ente mantem um relacionamento se%ual com outrem) no homic'dio o a"ente tem !ueatuar para !ue a v'tima morra.

     

    Conduta não se confunde com ação, pois, conduta é gênero, pode ser uma ação ou uma

    omissão.

    *mportante salientar !ue o Direito enal não se preocupa com resultados causados de caso fortuito, de forçamaior, atos de puro refle%o, conduta praticada mediante coação f'sica, ou conduta involuntária. Estes atos sãoat'picos e não são considerados +ato 'pico.

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    ara se caracterizar uma conduta humana é necessário conter - elementos, a saber vontade, finalidade,e%teriorização e consci/ncia. 0aso, um deles não estiver presente, a conduta se desfaz, e conse!uentementedei%ará de ser fato t'pico, portanto, não se caracteriza crime.

     *mportante ressaltar !ue vontade difere de ato, pois a vontade é a realização material da vontade humana,mediante a prática de um #unisubisistente$ ou mais atos #plurissubsistente$.

     A conduta pode produzir resultado doloso ou culposo e se divide em1 2 0onduta Dolosa

    a$ Diretab$ *ndireta 

    3 2 0onduta 0ulposa

    a$ 0onscienteb$ *nconsciente

     A Conduta Dolosa Direta ocorre !uando o a"ente tem a intenção de produzir o resultado, a conduta éconsciente. E% o a"ente dá um tiro na pessoa com a intenção de matar. A Conduta Dolosa Indireta ocorre !uando o a"ente não tem a intenção de produzir o resultado, mas ele prev/!ue se ele praticar a!uela conduta, o resultado poderá ser "erado, ou seja, ela assume o risco. E% Dou um tirona multidão. omara !ue não acerte em nin"uém, mas vou arriscar mesmo assim. A Conduta Culposa Consciente ocorre !uando o resultado é previs'vel, o a"ente o prev/, mas acreditapiamente !ue o resultado não vai acontecer. E% 4m carro há 1356m7h numa via !ue o má%imo permitido é856m7h. O condutor sabe !ue está acima do limite de velocidade, mas acredita piamente !ue não vaiacontecer um acidente. A Conduta Culposa Inconsciente ocorre !uando o resultado é previs'vel, mas o a"ente não o prev/. E%9emelhante ao e%emplo a cima, mas com um detalhe, não passa pela cabeça do condutor !ue poderáacontecer um acidente, mas aos olhos de outras pessoas 2!ue não estão envolvidas 2 o acidente é iminente.

     

    E%iste uma linha muito t/nue entre 0onduta Dolosa *ndireta e 0onduta 0ulposa 0onsciente, pois esta sutiliza

    está no 'ntimo de cada um. E%iste uma má%ima do Direito !ue diz :;a d

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    b$ eoria ;eoclássica ;a Teoria Neoclássica, inclui2se o elemento subjetivo #vontade, finalidade, intenção$,pois sem ele não poderia ser afirmado !ue o fato em !uestão era t'pico, portanto, conclui2se !ue somente acomparação entre o fato e%terno e tipo não era suficiente para caracterizar um fato t'pico.

    c$ eoria +inalista ;a Teoria Finalista, elaborada no final da década de 1?35, conclui2se !ue o tratamento le"alnão depende apenas do !ue causou o resultado, mas, da forma como foi praticada a ação. or e%emplo, matar uma pessoa por dinheiro é diferente de matar uma pessoa numa bri"a de tr&nsito !ue é diferente de matar umapessoa numa colisão automobil'stica. Em ambos os casos, tem2se como resultado a morte, mas, no ponto devista subjetivo, confi"ura2se diferentes aç@es e cada !ual com maior ou menor valoração, portanto,

    dependendo de sua finalidade, a !ualificação jur'dica do crime se altera #crime doloso, culposo$.

    d$ eoria 9ocial A Teoria Social da Ação ou Teoria da Adequação Social afirma !ue um fato considerado t'pico,mas !ue visto pela sociedade é considerado normal, correto, ele se torna um fato at'pico. or e%emplo, umamãe ao levar sua filha recém nascida ao farmac/utico para furar a orelha está cometendo lesão corporal, noentanto, devido este fato fazer parte da cultura brasileira e mundial, o fato torna2se at'pico. 4ma luta de bo%eseria um fato t'pico, no entanto, da mesma forma como o e%emplo anterior, este fato torna2se at'pico, pois, aconduta 2 voluntária e final'stica 2, produziu um resultado !ue, apesar de t'pico, é socialmente compreens'vel.

     

    ;o entanto, para esta teoria, manter a sociedade "arantindo a justiça social, a paz e o desenvolvimento, é maisimportante do !ue cumprir a letra da lei;ão posso dei%ar de mencionar a eoria da 0onduta Omissiva, !ue pode ser a) Naturalísticab) Normativa

     A teoria da Conduta Omissiva Naturalística afirma !ue omitente deveria ser responsabilizado pelo resultado,pois, devido sua omissão caracteriza2se por uma forma de ação e, portanto, tem relev&ncia causal. E% >'tima

    de um assalto foi baleada. O pedestre presencia o assalto, tem condiç@es de prestar socorro, mas não faz,omite2se até a v'tima falecer.Esta teoria foi muito criticada, pois, para os cr'ticos, a inatividade não pode ser provocadora de nenhumresultado. ;o e%emplo citado acima, para esta teoria, a omissão !ue causou o san"ramento da pessoa !ue alevou a morte. ;o entanto, não há ne%o de causalidade entre o san"ramento e omissão.

     A teoria da Conduta Omissiva Normativa afirma !ue a omissão é o não fazer !ue deveria ser feito. A normadeve conter o dever jur'dico de a"ir, para !ue assim, a omissão tenha relev&ncia causal.

     #RES$%TA&O

    b) Resultado

    O resultado é a conse!u/ncia, o efeito, da ação do a"ente. ;ecessariamente é obri"atrio !ue essa conduta

    seja humana e voluntária #parte *$, caso contrário, não será considerado um fato t'pico, apenas um evento,

    pois, este

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    ;em todo crime possui resultado e, conse!uentemente, não produz um resultado natural'stico. or e%emplo, o

    crime de violação de domic'lio, pois, este crime se caracteriza somente pelo fato do a"ente entrar e

    permanecer em casa alheia sem autorização.

     A doutrina classifica tr/s espécies de crimes

    a$ crimes materiais 2 9ão os crimes de resultados, ou seja, consumam2se com o resultado

    natural'stico. E% Comic'dio, 9e!uestro, etc.

    b$ crimes formais 2 A lei prev/ um resultado mas não e%i"e !ue ele ocorra para !ue haja a

    consumação do crime, ou seja, o resultado natural'stico não é relevante, pois o crime se

    consuma antes. E% E%torsão mediante se!uestro, pois, o resultado é a obtenção de uma

    vanta"em econmica, no entanto, a consumação do crime ocorreu no momento !ue houve o

    se!uestro.

    c) crimes de mera conduta 2 otalmente sem resultado previsto na lei, pois, o resultado natural'stico

    não ocorre. . E% violação de domic'lio, crime de desobedi/ncia.

    Em suma, a consumação não está li"ada ao resultado. E%istem crimes com resultado e estes se consumam

    com o resultado, porém e%istem crimes !ue não tem resultado e estes se consumam com a conduta. O crime

    !ue se consuma com o resultado é o crime material, en!uanto !ue o crime formal e de mera conduta se

    consumam sem este resultado.

    ;a Teoria Jurídica ou Normativa, Damásio de esus #obra Direito enal 2 arte Feral 2 1G >olume$ e%plica

    !ue o resultado da conduta é a lesão ou peri"o de lesão de um interesse prote"ido pela norma penal.

    Entendem os seus se"uidores !ue delito sem evento constituiria conduta irrelevante para o Direito enal, pois

    o !ue tem import&ncia é a lesão jur'dica, e não !ual!uer conse!H/ncia natural da ação. ara os normativistas,

    porém, o resultado é elemento do delito.

    Em suma, en!uanto !ue para os adeptos da teoria naturalista e%iste crime sem resultado, para os adeptos da

    teoria jur'dica ou normativista o resultado é elemento do delito.

     #'E(O CA$SA%: é a rela!"o dita natural de causa e efeito entre conduta e oresultado naturalistico necessario para que se possa atri+uir responsa+ilidade peloresultado ao a#ente. Aplica3se no intuito de revelar a causa de deterinado eventopor eio do processo 4ipotético de eliina!"o, do qual se suprie entalenteua a ua as situa!=es, sendo possível veri2car aquela se a qual n"oaconteceria o evento.

    Especies de causa:&ependen!e: ori#ina3se da conduta, esta presente na lin4a noral dedesdo+raento causal da conduta.Independen!e: é toda condi!"o que atua paralelaente > conduta interferindo noprocesso causal. ( sur#iento do resultado n"o é ua decorr$ncia esperada,l/#ica, natural do fato anterior, as u fen?eno iprevisível.

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    8ode ser: 3A)so*+!amen!e independen!e- te ori#e copletaente diversa da

    conduta. Rope3se totalente o ne0o causal e o a#ente s/ responde pelos atos atéent"o praticados.

    -Re*a!iamen!e independen!e: encontra sua ori#e na pr/pria conduta eprodu por si s/ o resultado, n"o se situando na lin4a de desdo+raento causal daconduta. %en4ua causa relativaente independente te o cond"o de roper one0o causal.

     -TIPICI&A&E Tipicidade, para a aioria da doutrina, é o enquadraento,é o aoldaento da conduta praticada pelo a#ente ao tipopenal. 6/ será responsa+iliado criinalente aquele quepraticar fato descrito e lei penal incriinadora. 3Tipicidade foral: é o enquadraento da conduta no tipo.3 Tipicidade con#lo+ante: é coposta de @ eleentos  a*8ara que 4a1a tipicidade é necessariaente quea conduta se1a an!i-norma!ia)é ua conduta contrariaao 9ireito*.  +*ale de anti3norativa, para que 4a1atipicidade con#lo+ante é necessário que 4a1a !ipicidade ma!eria*.+e !en/a re*eancia para o direi!o01(+s:nos casos de insi#ni2cncia, e0clui3se a tipicidade

    aterial.

    Ilicitude

    Ilicitude, ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o

    ordenamento jurídico.

    Diante de uma conduta umana, se concluirmos pela tipicidade, em princípio, estamos diante de um

    comportamento ilícito, contr!rio ao Direito, dessa forma se amolda a um tipo penal, que é a descri"ão do que alei proí#e fa$er. %ntretanto, a pr&pria lei cuida de, em alguns casos, e'cluir a ilicitude da conduta típica,

     justificando o proceder do agente. (!, no C&digo )enal, )arte *eral, art. +, quatro causas que excluem a

    ilicitude de um fato:

    a- o estado de necessidade

     #- a legítima defesa

    c- o estrito cumprimento do dever legal

    d- o e'ercício regular de direito.

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     Exclusão de ilicitude

     Art. 23 do CP

    a) o estado de necessidade

     Estado de necessidade

     Art. 24 do CP - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não

     provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas

    circunstncias, não era ra!o"vel e#igir-se.

     § 1º - $ão pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.

     § 2º - %m&ora seja ra!o"vel e#igir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poder" ser redu!ida de um a dois

    terços.

    )erigo atual é o presente, que est! acontecendo iminente é o prestes a acontecer, a desencadear/se. 0o estado denecessidade e'ige/se que o perigo seja atual.

     0a e'pressão 1direito pr&prio ou aleio2, a palavra direito deve ser entendida em sentido amplo, a#rangendo

    qualquer #em jurídico, como a vida, a integridade física, a onra, a li#erdade e o patrim3nio.

    %'ige, tam#ém a lei, para a configura"ão do estado de necessidade, que o perigo não tena sido provocadovoluntariamente, dolosamente, pela pr&pria pessoa. 0o estado de necessidade sacrifica/se um #em jurídico parasalvar outro. 4al sacrifício deve ser ra$o!vel, ou seja, deve aver correspondência entre os #ens em conflito. 0ãose permite que uma pessoa mate outra para proteger um #em de ínfimo valor.

    Ainda, segundo a lei, não pode alegar estado de necessidade aquele que tem o dever legal de enfrentar o perigo,como, por e'emplo, o #om#eiro, que não pode dei'ar de salvar pessoas em perigo num incêndio alegandonecessidade de proteger a sua vida.

    )ara o reconecimento do estado de necessidade considera/se ainda necess!rio que a pessoa que o alega tenaagido sa#endo que atuava amparada por uma justificante de ilicitude. 5 o camado elemento su#jetivo dae'cludente.

    O %stado de 0ecessidade é uma justificativa penal fundamentada no instinto de conserva"ão6 surgindo conflitode #ens jurídicos, é natural a atitude de preserva"ão do pr&prio direito, em#ora inevit!vel o sacrifício do direitoaleio. O ordenamento jurídico imp7e, entretanto, condi"7es rígidas para reconecer a licitude da rea"ãonecess!ria, na medida em que o #em jurídico sacrificado é sempre inocente, pois aqui não se trata de rea"ão a

    uma agressão injusta, como na 8egítima Defesa.

    Daí a conclusão de que, na #ase do %stado de 0ecessidade como tipo permissivo, ou descriminante, est! ae'igência de ponderação axiológica ( !alorati!a) dos "ens em conflito.

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    )or isso, h" que se refletir so&re o valor dos &ens em conflito antes de se decidir so&re a legitimidade do sacrifício de um deles. ' de maior valor não poder" ser sacrificado para salvação do menos valioso.

    4am#ém somente se ! de admitir a e'clusão da ilicitude na ip&tese de equivalência entre os #ens em conflito.9u#sistir!, porém, a ilicitude da conduta típica que, mesmo em situa"ão de perigo atual, sacrificar #em jurídicode maior valor para preservar o de menor valor.

    Os critério de pondera"ão devem levar em conta a lógica do razoáel . 0essa matéria : como na legítima defesa : 

    é imprescindível considerar a forte influência das circunst;ncias no ;nimo do agente, envolvido por situa"ão deiminente perecimento de direito pr&prio ou de terceiro.

    Com #ase no princípio de pondera"ão de #ens, nosso C&digo )enal define o %stado de 0ecessidade como causade e'clusão da ilicitude desde que o #em !reserado tena alor igual ou su!erior  ao sacri"icado, admitindoseja redu$ida a pena se a compara"ão dos #ens em conflito revelar que o #em !reserado tina valor in"erior  aodo sacri"icado  +?-.

     0a aferi"ão valorativa < @ qual o #em jurídico de maior valor - leva/se em conta a disposiçãohier"rquica determinada pelo pr&prio direito positivo. Assim, por e'emplo, o C&digo )enal considera a vida maisimportante que o patrim3nio, tanto que prevê para o omicídio pena mais grave do que para o furto.

    ") a legítima defesa

     #eg$ti%a de"esa

     Art. 2& do CP  ( )%ntende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necess"rios, repele

    injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem*

    )ara que um fato típico dei'e de ser ilícito so# a alega"ão de ter atuado o agente em legítima defesa, é necess!rioque todos os elementos que a caracteri$am estejam presentes, quais sejam6 presen"a de uma agressão, um ataque,

     praticado por pessoa umana tal agressão deve ser injusta, ilícita, contr!ria ao direito dever! , ainda, a agressãoser atual ou iminente. 0ão se admite a legítima defesa so# a alega"ão de agressão futura ou passada.

    Como no estado de necessidade, presta/se a legítima defesa B prote"ão de qualquer #em jurídico protegido pelalei, pr&prio, ou aleio. O meio utili$ado para afastar o perigo deve ser, dentre aqueles de que dispuna o agenteno momento da agressão, o menos lesivo possível, e deve ser usado com modera"ão, ou seja, não pode ir além donecess!rio para proteger o #em jurídico agredido. 4am#ém aqui, e'ige/se o elemento su#jetivo. O agente devesa#er que est! atuando em legítima defesa.

    A 8egítima Defesa é causa de e'clusão da ilicitude cuja situa"ão justificante é a e'istência de uma agressãoinjusta a um #em jurídico pr&prio ou aleio caracteri$ada a injusti"a, o direito justifica a rea"ão defensiva, desdeque a repulsa seja proporcional B ofensa.

    A proporcionalidade da defesa é, portanto, requisito o#jetivo e'igido pelo ordenamento jurídico para acaracteri$a"ão do tipo permissivo correspondente

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    B verifica"ão dos meios selecionados para a rea"ão, e do modo pelo qual estes meios foram utili$ados pelodefendente.

    A proporcionalidade implica o emprego de meios necess!rios e suficientes para repelir a injusta agressão. Ocritério para aferi"ão da proporcionalidade é o da cessa"ão da agressão6 meio necess!rio é o que est! ao alcancedo defendente, o que est!, nas circunst;ncias, disponível para cessar a agressão sem causar maiores gravames aoofensor. so suficiente desse meio é a sua aplica"ão moderada, ou seja, na medida em que revela efic!cia paracessar a agressão.

    Eualquer e'cesso é punível porque descaracteri$a a legítima defesa e preserva a ilicitude do fato típico. Oe'cesso de defesa, portanto, pode decorrer6

    F- do emprego de meios desnecess!rios

    +- do emprego imoderado dos meios necess!rios.

     0a primeira ip&tese, a legítima defesa sequer cega a se configurar, ca#endo puni"ão pela integralidade daconduta de quem se e'cedeu.

     0a segunda ip&tese, a legítima defesa e'clui a ilicitude do fato até o ponto em que se instala o e'cesso,consistente na imodera"ão do uso dos meios. O agente somente responder! pelo crime praticado a partir dacessa"ão da agressão.

    %m qualquer ip&tese, é indispens!vel conferir o tipo su#jetivo. 9e o e'cesso decorreu de puro ;nimo deretorsão, &dio ou vingan"a, caracteri$ado o fim de retri#uir a agressão, o tipo ser! doloso se o e'cesso adveio de

    descuido na escola ou manejo dos meios de defesa, o tipo ser! culposo.

    %nfim, é oportuno lem#rar que as condi"7es #!sicas do e'cesso punível aplicam/se a todas as justificativas penais, e não apenas B legítima defesa. (! e'cesso de estado de necessidade, ou de cumprimento do dever legal,ou de e'ercício regular de direito. %m todos os casos, fica prejudicada a respectiva descriminante.

    c) o estrito cumprimento de de!er legal

    Age no estrito cumprimento e dever legal aquele cujo comportamento foi determinado por uma norma jurídica

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    limites necess!rios, sem e'trapolar/se. A intensifica"ão desnecess!ria da conduta inicialmente justificada, podeser tida como e'cesso

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    En!re!an!o, no 5 67 e 27: a e+ria#ue involuntária e copleta < total incapacidade deentender o caráter ilícito do fato J isen!"o de culpa+ilidadeK e+ria#ue involuntária eincopleta J pena pode ser reduida. E0eplos:Ia#ine o condutor e+ria#ado )e+ria#ue n"oacidental*, que atropela ua vítia que ve a falecer. %este caso, se#undo a teoria da actiolibera in causa, deve3se analisar o oento e que o a#ente +e+eu, podendo ocorrer cinco4ip/teses:

    3 ( a#ente +e+e e prev$ o risco )teprevis"o*

    3 Responderá por 4oicídio doloso, decorrente de dolodireto.

    3 ( a#ente +e+e e assue o risco deatropelar al#ué )te previs"o*.

    3 Responderá por 4oicídio doloso, decorrente de doloeventual.

    3 ( a#ente +e+e e acredita que n"ocausará qualquer acidente )teprevis"o*.

    3 Responde por 4oicídio culposo, a título de culpaconsciente.

    3 ( a#ente n"o te previs"o, poré,4á previsi+ilidade e puni+ilidade.

    3 Responde por 4oicídio culposo, a título de culpainconsciente.

    3 %"o 4á sequer previsi+ilidade )e0:

    tin4a ua pessoa deitada na rodovia 4oras da an4"*.

    3 %"o 4á dolo e culpa. Aplicar a teoria da actio libera in

    causa é aplicar a responsa+ilidade penal o+1etiva.

    &ian!e do e8pos!o, as ca+sas de e8c*+são da imp+!a)i*idade são:61 Anoma*ia ps".+ica ar!1 29, cap+!021 Menoridade ar!1 230;1 Em)ria ilicitude. A aus$ncia de con4eciento de proi+i!"o

    e0clui a culpa+ilidade, que é o caso de erro de proi+i!"o invencível, as se for vencível ocorre adiinui!"o da pena. Le+rando quea teoria 2nalista adotada pelo C8 retirou o dolo e a culpa daculpabilidade e os transferiu para o tipo )na conduta do a#ente*, antendo soente a  potencialconsciência da ilicitude do fato )retirada do dolo) na culpabilidade. Ressalta3se que o erro de tipoincide so+re eleentos circunstanciais ou qualquer outro dado que se a#re#ue > 2#ura típica, e é,portanto, analisado no tipo. á o erro de proi+i!"o )art.@* é estudado na aferi!"o da culpa+ilidadedo a#ente, procurando veri2car se nas condi!=es e que se encontrava o a#ente teria elecondi!=es de copreender que o fato que praticava era ilícito. O erro de proi)i>ãocorresponde a?nica /ip@!ese de e8c*+são desse e*emen!o po!encia* conscincia da

    i*ici!+de0 da c+*pa)i*idade1

    O)sera>ão: a diferen!a entre o erro de proi+i!"o e o delito putativo:

    %o erro de proi+i!"o o a#ente sup=e ser lícita ua conduta que, no entanto, é proi+ida noordenaento 1urídicoK o a#ente ia#ina ser peritida ua conduta que é proi+ida. %o delitoputativo o a#ente quer praticar ua infra!"o penal que, na verdade, n"o se encontra prevista noord. urídicoK o crie s/ e0iste na ia#ina!"o do a#ente, este ia#ina ser proi+ida ua condutaperitida.

    → E0i#i+ilidade de conduta diversa: possi+ilidade que tin4a o a#ente de, no oento da a!"o ou

    oiss"o, a#ir de acordo co o direito, considerando3se a sua particular condi!"o de pessoa4uanaK é a possi+ilidade deterinada pelo ordenaento 1urídico, de atuar de ua foradistinta e el4or do que aquela a que o su1eito se decidiu. S+as e8c*+den!es são a coa>ãoirresis!"e* e a o)edincia /ierr.+ica ar!1 22, CP01

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    * Coa!"o )oral* irresistível: Coa!"o irresistível é tudo o que pressiona a vontade do coa#idoipondo3o deterinado coportaento, eliinando ou reduindo o seu poder de escol4a. Acoa!"o física irresistível e0clui a pr/pria a!"o por aus$ncia de vontade, nesse caso o e0ecutor éconsiderado apenas u instruento da realia!"o da vontade do coator, sendo este o autorediato.

    ( coator, para alcan!ar o resultado ilícito dese1ado, aea!a o coa#ido, e este, por edo,realia a conduta criinosa. Essa intiida!"o recai so+re sua vontade, viciando3a, de odo aretirar a e0i#$ncia le#al de a#ir de aneira diferente. E0clui3se a culpa+ilidade, e face daine0i#i+ilidade de conduta diversa.

    Requisitos:

    a* E0ist$ncia de ua aea!a de u dano #rave, in1usto e atual, e0traordinariaentedifícil a ser suportado pelo coato: aea!a precisa ser séria e li#ada > ofensa séria, seo al é atual, co aior ra"o estará e0cluída a culpa+ilidadeK

    +* Aea!a voltada diretaente contra a pessoa do coato ou contra as pessoasqueridas a ele li#adasK

    c* Inevita+ilidade do peri#o na situa!"o concreta do coato: se o peri#o puder por outroeio ser evitado, se1a pela atua!"o do pr/prio coa#ido, se1a pela for!a policialK

    d* E0ist$ncia de pelo enos tr$s partes envolvidas coo re#ra: o coator, o coato e avítiaK

    e* Irresisti+ilidade da aea!a avaliada se#undo o critério do 4oe édio )4ooedius* e do pr/prio coato.

    6e a coa!"o for resistível, a culpa+ilidade peranece, tendo o a#ente direito a uaatenuante de pena )art. , III, NcO, C8*. Ressalta3se que, a potencial consci$ncia da ilicitude,quando evitável, é causa de diinui!"o da pena, e n"o era atenuante.

  • 8/15/2019 Resumo Prova 2 de Direito Penal

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