26
LUZES o sector eléctrico e a crise 2 ESPAÇO VOLTIMUM.PT acções Voltimum em 2011 – marque já na sua agenda! 4 ESPAÇO AMB3E 646 estabelecimentos de ensino aderem ao Projecto Escola Electrão 6 ESPAÇO QUALIDADE sistema de gestão de reclamações de clientes NP ISO 10001, 10002 e 10003 8 NOTÍCIAS 14 ARTIGO TÉCNICO ABC do osciloscópio: 3.ª Parte – comandos fundamentais 26 televisão digital terrestre - move 12.000 milhões de euros e cria 40.000 novos postos de trabalho em… Espanha! 34 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS eficiência energética na indústria: 3.ª parte - balanços de massa e de energia 38 FORMAÇÃO práticas de electricidade 44 ventilação 50 BIBLIOGRAFIA 52 ENTREVISTA ABB, S.A.: “gosto de trabalhar próximo das pessoas” 54 REPORTAGEM poupar energia na indústria - WEGeuro organizou seminário na EMAF 2010 60 “a BOSCH está presente no nosso dia-a-dia” 64 no mundo dos equipamentos de BT - ABB organiza seminário em temas actuais de baixa tensão 66 camiões da SIEMENS apresentaram novidades 70 ARTIGO TÉCNICO-COMERCIAL SCHNEIDER ELECTRIC - Altivar 32: variador de velocidade para motores assíncronos e síncronos 72 BOSCH: nova aparafusadora sem fio de 3,6 V GSR Mx2Drive Professional 76 0 plano da ABB para a eficiência energética 78 FLUKE apresenta os osciloscópios portáteis ScopeMeter® 190 da Série II 82 CALENDÁRIO DE FEIRAS E CONFERÊNCIAS 84 DOSSIER sistemas de cogeração e trigeração 86 MERCADO TÉCNICO 108 PROJECTO 130 A Tabela Comparativa deste número referente a Relés de Estado Sólido será disponibilizada no nosso website: www. oelectricista.pt Director Custódio João Pais Dias [email protected] Director Técnico Josué Morais [email protected] Direcção Executiva Coordenador Editorial: Miguel Ferraz T. 225 899 628 [email protected] Director Comercial: Júlio Almeida T. 225 899 626 [email protected] Chefe de Redacção: Helena Paulino [email protected] Assessoria Ricardo Silva [email protected] Design Jorge Brandão Pereira em colaboração com Publindústria, Lda. Webdesign Martino Magalhães [email protected] Assinaturas T. 220 104 872 [email protected] www.engebook.com Colaboração Redactorial Custódio Dias, Josué Morais, Ana Vargas, Pedro Lacerda Vale, Mário Ferreira Alves, Luis Peixoto, Carlos Gaspar, Manuel Teixeira, Paulo Peixoto, Manuel Peneda, Rui Castro, João Crispim, Telmo Rocha, João Francisco Palmeiro, Miguel Mota, José Armando Marques, Hilário Dias Nogueira, Paulo Monteiro, Miguel Ferraz, Helena Paulino Redacção e Administração Publindústria, Lda. Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825 4300-144 Porto . Portugal T. 225 899 620 . F. 225 899 629 www.publindustria.pt [email protected] Propriedade Publindústria, Lda Empresa Jornalística Registo nº 213163 Impressão e Acabamento Publindústria, Lda. Publicação Periódica Registo nº 124280 | ISSN: 1646-4591 INPI Registo nº 359396 Tiragem 7.000 Exemplares Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Protocolos Institucionais STIEN, SIEC, SIESI, AFME, SINDEL, Voltimum, ACIST-AET, CPI Patrocionador Institucional

Resumo - Revista "o electricista" 34

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revista técnico profissional de energia, telecomunicações, segurança

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Page 1: Resumo - Revista "o electricista" 34

luzeso sector eléctrico e a crise 2

esPAÇO VOlTIMuM.PTacções Voltimum em 2011 – marque já na sua agenda! 4

esPAÇO AMb3e646 estabelecimentos de ensino aderem ao Projecto escola electrão 6

esPAÇO QuAlIDADesistema de gestão de reclamações de clientes NP IsO 10001, 10002 e 10003 8

NOTÍCIAs 14

ARTIGO TÉCNICOAbC do osciloscópio: 3.ª Parte – comandos fundamentais 26

televisão digital terrestre - move 12.000 milhões de euros e cria 40.000 novos postos de trabalho em… espanha! 34

eFICIÊNCIA eNeRGÉTICA e eNeRGIAs ReNOVÁVeIseficiência energética na indústria: 3.ª parte - balanços de massa e de energia 38

FORMAÇÃOpráticas de electricidade 44

ventilação 50

bIblIOGRAFIA 52

eNTReVIsTAAbb, s.A.: “gosto de trabalhar próximo das pessoas” 54

RePORTAGeMpoupar energia na indústria - WeGeuro organizou seminário na eMAF 2010 60

“a bOsCh está presente no nosso dia-a-dia” 64no mundo dos equipamentos de bT - Abb organiza seminário em temas actuais de baixa tensão 66

camiões da sIeMeNs apresentaram novidades 70

ARTIGO TÉCNICO-COMeRCIAlsChNeIDeR eleCTRIC - Altivar 32: variador de velocidade para motores assíncronos e síncronos 72

bOsCh: nova aparafusadora sem fio de 3,6 V GsR Mx2Drive Professional 760 plano da Abb para a eficiência energética 78

FluKe apresenta os osciloscópios portáteis scopeMeter® 190 da série II 82

CAleNDÁRIO De FeIRAs e CONFeRÊNCIAs 84

DOssIeRsistemas de cogeração e trigeração 86

MeRCADO TÉCNICO 108

PROJeCTO 130

A Tabela Comparativa deste número referente a Relés de Estado Sólido será disponibilizada no nosso website: www. oelectricista.pt

DirectorCustódio João Pais Dias [email protected]

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Redacção e AdministraçãoPublindústria, lda.

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INPIRegisto nº 359396

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Page 2: Resumo - Revista "o electricista" 34

Falar da crise começa a ser uma obsessão, pois não há dia em que o assunto não esteja presente nas notícias que nos são apresentadas. Contudo, o assunto pode ser abordado de uma forma positiva, relativizando a situação e traçando es-tratégias realistas para se tentar sair da situação. Creio que o assunto não pode ser ignorado, mas não poderemos ficar eternamente em estado de choque, sem capacidade de re-ação, apenas constatando o facto. Importa urgentemente recuperar a capacidade de análise objectiva e traçar os cami-nhos da recuperação.

O sector eléctrico, tal como qualquer outro sector da eco-nomia, ressentiu-se da situação económica e financeira que se tem vivido nos últimos anos. Com o rebentar da crise fi-nanceira internacional, numa primeira fase, foi o mercado da exportação que mais se ressentiu. Por isso, no ano de 2008 as exportações do sector eléctrico nacional sofreram uma queda de cerca de 5% relativamente ao volume verificado no ano anterior e, no ano seguinte, 2009, a queda foi de cerca de 37% relativamente ao ano anterior. Combinando estes dois números resulta uma queda total de cerca de 44% nos dois anos que se seguiram a 2007 relativamente ao volume de ex-portações desse ano.

Contudo, dada a rápida recuperação económica e financeira de alguns dos países com maior peso nas exportações do sec-tor, no presente ano verificou-se já alguma recuperação. Rela-tivamente aos números de 2009, no primeiro trimestre deste ano verificou-se um acréscimo de exportações superior a 40% e, embora não se possa esperar que este crescimento se tenha verificado durante o resto do ano, não será exagerado esperar que o aumento global das exportações do sector verificado em 2010 não seja inferior a 10%. Assim, embora a situação não seja brilhante, pois existiu uma redução acumulada de 44% em dois anos, também não será dramática se a tendência de crescimento se mantiver. No horizonte permanece a dúvida relativamente à sustentabilidade da retoma económica dos países com maior peso nas exportações do sector, sobretudo no que se refere à velocidade dessa retoma, que poderá con-dicionar o crescimento do volume de transações com esses países e retardar o momento em que sejam atingidos de novo os números que se verificaram no ano de 2007.

o sector eléctrico e a crise

Dado que a economia nacional possui alguma inércia rela-tivamente ao que se verifica nos países mais desenvolvidos, nos últimos anos, em que a exportação do sector sofreu uma redução importante, o mercado interno foi-se aguentando. Contudo, quando os países de maior peso para as exportações do sector começam a retoma, em 2010 o mercado interno começa a retrair-se e, dada a situação económica e financeira do país, prevê-se que esta tendência se mantenha nos próxi-mos anos. Dado que a situação global do sector depende tan-to das exportações como do mercado interno, embora com pesos diferentes, o futuro próximo apresenta-se algo incerto.

Apesar do estado atual do sector não ser florescente e das in-certezas do futuro, há subsectores que mostraram uma maior resistência à crise e prevê-se que nos próximos anos o seu vo-lume de negócios continue a aumentar bem acima da média do sector, o que significa que seus mercados estão acima da turbulência verificada nas economias. Convirá, por isso, que as empresas dos subsectores mais vulneráveis estejam atentas a esses mercados e às suas necessidades, pois poderão consti-tuir excelentes oportunidades de negócio.

Chegados que estamos ao fim de mais um ano, que se reve-lou economicamente difícil e tempestuoso, creio que o sector poderá olhar o futuro com esperança fundada nos resultados que estão a ser obtidos e acreditar que será possível continuar a recuperar. A equipa da revista o electricista espera poder contribuir positivamente para essa recuperação dentro da sua esfera de atuação, podendo as empresas, as instituições e os profissionais do sector contar com a revista para divulgar e promover as suas atividades e produtos.

Finalmente, porque chegamos a mais uma quadra festiva de Natal e Ano Novo, toda a equipa da revista formula votos de boas Festas e de que o ano de 2011 se revele um ano próspero e feliz para todos.

Custódio Pais DiasDirector

luzes

Page 3: Resumo - Revista "o electricista" 34

4

Acções Voltimum em 2011 – marque já na sua agenda!

ESPAÇO VOLTIMUM.PT

Aceda ao nosso portal em www.voltimum.pt e registe-se para usufruir gratuitamente dos nossos serviços.

www.voltimum.pt toda a informação sobre o sector eléctrico à distância de um click!

Facebook VoltimumSerá um complemento ao portal www.voltimum.pt. Com uma actualização diária que, no início, será fundamentalmente de-dicada aos aspectos mais técnicos do sector, pretende-se que esta plataforma actue como fórum de partilha entre os pro-fissionais.

Desde que se lançou no mercado português em Julho de 2008, que a Voltimum tem procurado respon-

der cada vez mais ás necessidades dos profissionais do sector eléctrico, consagrando ás novidades do

sector e aos seus aspectos mais técnicos toda a sua atenção. Paralelamente a Voltimum tem desenvol-

vido outras actividades com as quais tem procurado aproximar-se mais ainda dos seus utilizadores. É

também com esse objectivo que a Voltimum irá lançar durante 2011 as seguintes acções:

3º e 4º seminários Voltimum, a realizar em Maio e em Outubro, respectivamenteTendo como referência o sucesso das duas edições anteriores, a Vol-timum irá realizar em 2011 dois seminários que além de servirem de ponto de encontro para os profissionais do sector, pretendem ser também formativos e informativos. Já no início do próximo ano ha-verão mais pormenores no seu Voltimum.

Page 4: Resumo - Revista "o electricista" 34

6

que em apenas quinze dias úteis por escola recolheram e enviaram para reciclagem mais de 1,6 milhões de quilos de REEE (resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos) - o equivalente a 401 cami-ões TIR. De sobressair ainda que neste período de tempo os alunos envolvidos no projecto superaram a meta que a Comissão Europeia prevê que cada português recicle num ano inteiro – pelo menos 4 kg/habitante/ano.

“O projecto Escola Electrão é uma iniciativa da Amb3E que a todos tem surpreendido: ao todo, as quantidades entregues pelos alunos são da ordem dos três milhões de quilos. Todas as nossas expectativas foram ultrapassadas”, afirma Fernando Lamy da Fontoura. À semelhança de anos anteriores, também nesta edição o projecto assenta em duas componentes fundamentais: uma didáctica e outra dinâmica, ambas concebidas para cumprir os objectivos de sensibi-lização e envolvimento dos professores, alunos, funcionários, pais e comunidade em geral no esforço global da reciclagem e valorização dos REEE, tendo em conta a protecção do Ambiente.

As recolhas dos REEE, entregues em cada escola, estão previamente calendarizadas, sendo que os estabelecimentos de ensino participan-tes estarão organizados em grupos. Os prémios para as escolas mais activas de cada grupo serão entregues em função do peso de REEE reunidos - em termos absolutos ou per capita - e haverá ainda um prémio nacional. No total, a Amb3E entregará novamente em Junho de 2011 cerca de 60.000 euros em material escolar às escolas com melhor desempenho na vertente dinâmica do projecto.

Todas as informações sobre a 3ª edição do projecto Escola Electrão 2010/2011 estão disponíveis através do website (www.escolaelec-trao.pt), do blogue (blogelectrao.blogspot.com) ou do perfil criado no Facebook.

O número de escolas aderentes representa um aumento de 7% face à edição do ano passado. Mais uma vez, o projecto Escola Electrão reúne estabelecimentos de ensino dos 18 distritos e Re-giões Autónomas.

O período de inscrições para a 3ª edição do projecto Escola Elec-trão já terminou, com a Amb3E a contabilizar um total de 646 estabelecimentos de ensino e mais de 435.000 alunos envolvi-dos, e cerca de 62.000 professores, entre escolas do Ensino Bá-sico (2º e 3º Ciclos) e do Ensino Secundário. Este número e a dis-persão geográfica das escolas inscritas fazem da Escola Electrão um dos projectos pedagógico-ambientais de maior abrangência a nível nacional. Esta é a 3ª edição de uma iniciativa da Amb3E - Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos que conta com os apoios do Ministério da Educação e da Agência Portuguesa do Ambiente. Lisboa, Porto, Braga, Setúbal e Viseu são os distritos com mais escolas inscritas.

Para Fernando Lamy da Fontoura, Director-Geral da Amb3E, “este número de escolas envolvidas não nos surpreende, tendo em conta o entusiasmo que vem sendo demonstrado de forma crescente desde a 1ª edição do projecto Escola Electrão. Só no ano passado, em que decorreu a 2ª edição, registamos um aumento de 46% no número de escolas inscritas.”

Com efeito, no ano passado, a Escola Electrão contou com a par-ticipação de 603 estabelecimentos de ensino e 405.666 alunos,

ESPAÇO Amb3E

646 estabelecimentos de ensinoaderem ao Projecto Escola Electrão

O número e a dispersão geográfica das escolas inscritas fazem da Escola Electrão um dos projectos pedagógico-ambientais de maior abrangência a nível nacional.

Page 5: Resumo - Revista "o electricista" 34

Espaço QualidadEEspaço QualidadE

Sistema de Gestão de Reclamações de Clientes NP ISO 10001, 10002 e 10003

8

Estas normas formam um conjunto de orientações muito abrangentes, e que podem ser utilizadas de forma autó-noma, ou integradas noutros sistemas, nomeadamente os baseados na NP EN ISO 9001/2008.

Assim:

NP ISO 10001 Gestão da Qualidade: satisfação do cliente, linhas de orientação para - có-digos de conduta;

NP ISO 10002Gestão da Qualidade: satisfação do cliente, linhas de orientação para - tra-tamento de reclamações pelas organi-zações;

NP ISSO 1003Gestão da qualidade: satisfação do cliente, linhas de orientação para - reso-lução externa de conflitos;

por Pedro Lacerda Vale

As organizações que utilizam “códigos de boas práticas” como mecanismos de resposta a reclama-ções, estão na verdade em boa posição para demonstrar que não só compreendem as necessidades dos clientes, como se esforçam para ir ao encontro destas.

Os “códigos de boas práticas” são basicamente declarações de intenção dirigidas ao cliente sobre a “qualidade” dos produtos/serviços bem como sobre as actividades da organização.

Devem ser comunicados aos clientes antes do fornecimento. Pretende-se assim, reduzir a probabi-lidade de problemas “a posteriori”.

A “organização internacional de normalização”, desenvolveu e apresentou recentemente três nor-mas cujo enfoque e razão de ser, são a prevenção e a resolução de reclamações para produtos / serviços.

Fonte: ASQ – American Society for Quality

› Correlação e interligação das três Normas

Prevenção dereclamações

Resolução interna de

reclamações

Resolução externa de

reclamações

ISO 10001 ISO 10002 ISO 10003

Códigos deconduta

Tratamento dereclamações

Resolução externa de conflitos

Feedback da satisfação dos clientessobre resolução de reclamações

Dentro da organizaçãoFora da

organização

Antes do inícioda reclamação Depois do início da reclamação

Mais formalidades

Custos mais elevados

Page 6: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

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ABC do osciloscópio

1› Considerações iniCiaisEste ponto descreve os comandos funda-mentais dos osciloscópios analógicos e de amostragem. Note-se que os osciloscópios de amostragem normalmente apresentam um conjunto mais alargado de comandos e funcionalidades. Estes não são endereçados tendo em consideração:› o objectivo introdutório deste documento,

salientando apenas os comandos e fun-cionalidades encontrados na generalidade dos osciloscópios, no sentido de ajudar o leitor a iniciar-se na sua utilização;

› que estes comandos e funcionalidades de-pendem muito de marca para marca e de modelo para modelo;

› que a grande facilidade de utilização da maior parte dos osciloscópios de amos-tragem, apoiada muitas vezes por sistemas de ajuda interactiva (on-line help), torna relativamente simples a aprendizagem do seu funcionamento “à medida que se vão utilizando”.

A Figura 1 apresenta os blocos de coman-dos do osciloscópio HITACHI V-312 ([1]), cujo painel frontal se apresenta na Figura 2. Utiliza-se aqui este osciloscópio como exemplo por ser representativo de um os-ciloscópio analógico clássico. Seguidamente apresenta-se uma descrição mais detalhada deste comando.

Mário Jorge de Andrade Ferreira Alves Dep. de Engenharia Electrotécnica

Instituto Superior de Engenharia do Porto

Os comandos e funcionalidades dependem muito de marca para marca e de modelo para modelo. Os osciloscópios de amostra-gem normalmente apresentam um conjunto mais alargado de comandos e funcionalidades.

{3.ª PArte › ComAndos FundAmentAis}

Figura 1 . Blocos de comandos do osciloscópio HITACHI V-312 [1].

2› Comandos Fundamentais

2.1› Comandos do ecrãEmbora os comandos do ecrã variem um pouco dos osciloscópios analógicos para os de amostragem alguns deles são comuns, nomeadamente:

› Comando de intensidade (intensitY)Este comando permite ajustar a intensidade (brilho) do traço. É natural que à medida que se aumenta a velocidade de varrimento, haja necessidade de aumentar a intensidade do traço (maior velocidade implica menor persistência do feixe de electrões).

(continuação da última edição)

Page 7: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

34

televisão digital terrestre

À ANACOM e À DeCO O enquadramento legal comunitário define prazos para as implementações das Redes de Nova Geração e também para o Arranque da Televisão Digital Terrestre e graças ao mes-mo, Portugal está a viver uma fase acelerada, de transformações tecnológicas, muito pró-xima do limite temporal estabelecido.

Estas alterações de contexto tecnológico só servirão como catalisador da economia das pequenas e médias empresas portuguesas dedicadas ao fabrico, distribuição e instala-ção de produtos de telecomunicações, caso exista equidade e isenção nas decisões su-periores, ou por outras palavras: que a Te-levisão Digital Terrestre seja respeitada e convenientemente divulgada por todo o território nacional.

No entanto a divulgação não está a ocorrer, como já admitiu a DECO. E não está a ocor-rer porque a mesma entidade que está en-carregue de tal desígnio é parte claramente interessada na divulgação de tecnologias concorrentes como são o DTH de Satélite e o IPTV via Par-de-Cobre ou Fibra.

Um claro e real exemplo que confirma a in-fluência positiva que o aparecimento da Te-levisão Digital Terrestre tem na economia de

Luis PeixotoTeleves

{Move 12.000 Milhões de euros e cria 40.000 novos postos de trabalho eM… espanha!}

assim como das emissões broadcast li-vres à semelhança de toda a europa tec-nologicamente desenvolvida.

Outros dois factores que seriam também dinamizadores e sobretudo catalisadores para a plena adesão da população à TDT, pelo facto de tornarem esta tecnologia dife-renciadora em conteúdos relativamente ao Analógico, eram:› O aparecimento do 5.º Canal, do qual o

concurso acabou por ser anulado sem que se entendessem claramente os motivos de tal decisão;

› A programação em Alta Definição (HD) que chegou a estar no ar na primeira semana de arranque da TDT em Abril de 2009 e de seguida foi desligada até à data presente. O que neste momento te-mos nessa emissão é um ecrã NEGRO, o que é, do ponto de vista técnico, incom-preensível. Estando o sistema preparado para emitir em HD não se pode admitir e muito menos compreender porque razão nenhum tipo de emissão com conteúdo HD foi ainda colocado no ar. Não se pode alegar como desculpa a não existência de entendimento entre os três fornecedores de conteúdos (RTP, SIC e TVI) porque a responsável pela colocação no ar da tal emissão é a PTC, e caso existisse vontade

um país é o facto de que em Espanha terem sido criados cerca de 40.000 novos postos de trabalho, especializados e duradouros, relacionados com a TDT.

No passado dia 12 de Julho de 2010, a ANA-COM aceitou o pedido de revogação dos Direitos de Utilização de Frequências Asso-ciadas aos MUXes B a F solicitado pela Por-tugal Telecom Comunicações SA, o que por outras palavras significa que não haverá nos anos mais próximos TDT por assinatura em Portugal.

Trata-se de uma má noticia para todos os Portugueses assim como para a própria TDT que vê assim anulado um factor que se previa de dinamização, divulgação e impulsionador, da mudança do Analógi-co para o Digital por parte da população,

Page 8: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalEFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS o electricista

38Carlos Gaspar

Director Técnico, CMFG – Energia e Ambiente, Lda.

De modo a percebermos como é que esta-mos a utilizar a energia, qual o rendimento dos diversos equipamentos e quais as per-das verificadas, é fundamental proceder a medições, que conduzirão ao conhecimento de determinadas grandezas que irão aferir a maior ou menor eficácia com que se utiliza energia numa instalação.

A forma mais completa de conhecer um equipamento é efectuar um balanço mássi-co e energético, sendo o modo de o efectuar o objecto de estudo neste artigo.

O balanço de energia tem o seu fundamento no princípio da conservação de energia, isto é: de toda a energia fornecida a um sistema, uma parte é acumulada no seu interior sob a forma de energia interna, e outra parte é dissipada para o exterior do sistema. Anali-ticamente, podemos representar este princí-pio pela seguinte expressão:

Ee energia fornecida ao sistemaEc energia acumulada no sistemaEd energia dissipada para o exterior do sis-

tema

Em regime estacionário não há acumulação de energia no sistema, o que por outras pa-lavras se pode dizer que toda a energia que entra é igual à energia que sai do sistema, para um determinado intervalo de tempo. Logo, na expressão anterior, Ec=0 e que se traduz em:

O que significa que em regime estacionário não há alteração dos parâmetros de funcio-namento do sistema ao longo do tempo. Ou seja, todos os caudais e temperaturas do sis-tema se mantêm constantes.

Esta definição de sistema estacionário é vá-lida, na prática, apenas em termos médios. As situações a que um equipamento térmico está sujeito variam no tempo, de tal forma que, ao longo de um período suficientemen-te longo, os parâmetros médios de funcio-namento se mantêm constantes.

O regime estacionário assim definido é atin-gido ao fim de um determinado tempo mais ou menos longo, após o arranque do equipa-mento. Dependendo, também, da estabilidade da produção nesse mesmo período de tempo.

eficiência energética na indústria

{3.ª parte - BaLaNÇOS De MaSSa e De eNerGIa}

Balanço energético é então definido como o somatório da energia que entra no sistema e da energia que sai desse mesmo sistema, sendo o balanço térmico um caso particular do balanço de energia, onde apenas se con-tabiliza a energia térmica.

A primeira coisa que se deve fazer para elaborar um balanço de energia é definir a fronteira do sistema em relação ao qual se efectua a contabilização das entradas e saídas de energia. Conhecida a fronteira do sistema, tudo o que passa no seu interior não interessa à realização do balanço, inte-ressarão apenas as quantidades de energia que atravessam essa fronteira num sentido ou no outro. É evidente que se modificarmos a localização da fronteira do sistema o ba-lanço é alterado.

Toma-se o exemplo simplificado de um for-no e os seus recuperadores de calor dos fu-mos, como esquematizado na Figura 1.

Se se fizer um balanço relativamente à fronteira I, ele refere-se apenas ao forno e é diferente do balanço relativamente à fron-teira II, que inclui as trocas de energia no recuperador.

BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA

De modo a percebermos como é que estamos a utilizar a energia, qual o rendimento dos diversos equipamentos e quais as perdas verificadas, é fundamental proceder a medições, que conduzirão ao conhecimento de determinadas grandezas que irão aferir a maior ou menor eficácia com que se utiliza energia numa instalação. A forma mais completa de conhecer um equipamento é efectuar um balanço mássico e energético, sendo o modo de o efectuar o objecto de estudo neste artigo. O balanço de energia tem o seu fundamento no princípio da conservação de energia, isto é: de toda a energia fornecida a um sistema, uma parte é acumulada no seu interior sob a forma de energia interna, e outra parte é dissipada para o exterior do sistema. Analiticamente, podemos representar este princípio pela seguinte expressão:

Ee – energia fornecida ao sistema Ec – energia acumulada no sistema Ed – energia dissipada para o exterior do sistema

Em regime estacionário não há acumulação de energia no sistema, o que por outras palavras se pode dizer que toda a energia que entra é igual à energia que sai do sistema, para um determinado intervalo de tempo. Logo, na expressão anterior, Ec=0 e que se traduz em:

O que significa que em regime estacionário não há alteração dos parâmetros de funcionamento do sistema ao longo do tempo. Ou seja, todos os caudais e temperaturas do sistema se mantêm constantes. Esta definição de sistema estacionário é válida, na prática, apenas em termos médios. As situações a que um equipamento térmico está sujeito variam no tempo, de tal forma que, ao longo de um período suficientemente longo, os parâmetros médios de funcionamento se mantêm constantes. O regime estacionário assim definido é atingido ao fim de um determinado tempo mais ou menos longo, após o arranque do equipamento. Dependendo, também, da estabilidade da produção nesse mesmo período de tempo. Balanço energético é então definido como o somatório da energia que entra no sistema e da energia que sai desse mesmo sistema, sendo o balanço térmico um caso particular do balanço de energia, onde apenas se contabiliza a energia térmica. A primeira coisa que se deve fazer para elaborar um balanço de energia é definir a fronteira do sistema em relação ao qual se efectua a contabilização das entradas e saídas de energia. Conhecida a fronteira do sistema, tudo o que passa no seu interior não interessa à realização do balanço, interessarão apenas as quantidades de energia que atravessam essa fronteira num sentido ou no outro. É evidente que se modificarmos a localização da fronteira do sistema o balanço é alterado. Tome-se o exemplo simplificado de um forno e os seus recuperadores de calor dos fumos, como esquematizado na figura seguinte:

BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA

De modo a percebermos como é que estamos a utilizar a energia, qual o rendimento dos diversos equipamentos e quais as perdas verificadas, é fundamental proceder a medições, que conduzirão ao conhecimento de determinadas grandezas que irão aferir a maior ou menor eficácia com que se utiliza energia numa instalação. A forma mais completa de conhecer um equipamento é efectuar um balanço mássico e energético, sendo o modo de o efectuar o objecto de estudo neste artigo. O balanço de energia tem o seu fundamento no princípio da conservação de energia, isto é: de toda a energia fornecida a um sistema, uma parte é acumulada no seu interior sob a forma de energia interna, e outra parte é dissipada para o exterior do sistema. Analiticamente, podemos representar este princípio pela seguinte expressão:

Ee – energia fornecida ao sistema Ec – energia acumulada no sistema Ed – energia dissipada para o exterior do sistema

Em regime estacionário não há acumulação de energia no sistema, o que por outras palavras se pode dizer que toda a energia que entra é igual à energia que sai do sistema, para um determinado intervalo de tempo. Logo, na expressão anterior, Ec=0 e que se traduz em:

O que significa que em regime estacionário não há alteração dos parâmetros de funcionamento do sistema ao longo do tempo. Ou seja, todos os caudais e temperaturas do sistema se mantêm constantes. Esta definição de sistema estacionário é válida, na prática, apenas em termos médios. As situações a que um equipamento térmico está sujeito variam no tempo, de tal forma que, ao longo de um período suficientemente longo, os parâmetros médios de funcionamento se mantêm constantes. O regime estacionário assim definido é atingido ao fim de um determinado tempo mais ou menos longo, após o arranque do equipamento. Dependendo, também, da estabilidade da produção nesse mesmo período de tempo. Balanço energético é então definido como o somatório da energia que entra no sistema e da energia que sai desse mesmo sistema, sendo o balanço térmico um caso particular do balanço de energia, onde apenas se contabiliza a energia térmica. A primeira coisa que se deve fazer para elaborar um balanço de energia é definir a fronteira do sistema em relação ao qual se efectua a contabilização das entradas e saídas de energia. Conhecida a fronteira do sistema, tudo o que passa no seu interior não interessa à realização do balanço, interessarão apenas as quantidades de energia que atravessam essa fronteira num sentido ou no outro. É evidente que se modificarmos a localização da fronteira do sistema o balanço é alterado. Tome-se o exemplo simplificado de um forno e os seus recuperadores de calor dos fumos, como esquematizado na figura seguinte:

Para reduzir os consumos de energia numa instalação é neces-sário conhecer os equipamentos mais consumidores. Para tal é essencial determinar todas as entradas e saídas de massa e de energia destes equipamentos, de modo a determinar o seu con-sumo, assim como as suas perdas e consequentemente a sua eficiência energética.

Page 9: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO - PRáticAs de electRicidAde o electricista

Os materiais isoladores são aqueles que praticamente não condu-zem a corrente eléctrica. Os valores usuais para a resistividade destes materiais estão entre ρ = 1014 e 1026 Ω.mm2 / m.

Os materiais magnéticos, embora também sejam algo condutores da corrente eléctrica, geralmente são estudados com outra finalida-de, devido às suas propriedades magnéticas. Estes materiais, confor-me veremos adiante, têm a propriedade de facilitarem o percurso das linhas de força do campo magnético.

Os materiais semicondutores apresentam uma condutividade in-termédia entre a dos condutores e a dos isolantes. Os valores usuais da resistividade encontram-se entre ρ = 104 e 1010 Ω.mm2 / m.

1.2› Estrutura dos átomosTodos estes materiais, independentemente se são condutores ou isolantes, são constituídos por átomos. De um modo simplificado podemos considerar o átomo formado por:› Núcleo central - essencialmente constituído por duas espécies de

partículas: os protões cuja carga é positiva e os neutrões que são partículas sem carga eléctrica.

› Nuvem electrónica - formada por electrões que giram em várias órbitas e com grande velocidade à volta do núcleo.

A massa do átomo encontra-se praticamente toda concentrada no núcleo, os electrões têm massa aproximadamente desprezável rela-tivamente à massa do núcleo (Tabela 1).

ficha prática n.º 24{Introdução à ElEctrónIca}

1› SEMIcondutorES

1.1› tipos de materiaisA grande variedade de utilizações determina um total conhecimento das características dos materiais, e do seu comportamento em fun-ção do tempo. Os materiais eléctricos dividem-se em: › Materiais condutores (incluindo nestes os resistentes e bons condutores);› Materiais isoladores;› Materiais semicondutores;› Materiais magnéticos.

Os materiais utilizados em electrotecnia encontram-se no estado só-lido, líquido ou gasoso. Em qualquer dos estados encontramos mate-riais condutores e materiais isolantes.

› No estado sólido temos por exemplo, o cobre - material condutor; o vidro - material isolante.

› No estado líquido podemos encontrar, por exemplo o mercúrio - material condutor; óleo mineral - material isolante.

› No estado gasoso encontramos, por exemplo o ar húmido - mate-rial condutor; ar seco - material isolante.

Os materiais condutores são os que melhor conduzem a corren-te eléctrica, ou seja, menor resistência oferecem à sua passagem. Os valores usuais para a resistividade estão entre ρ = 10-4 e 102 Ω.mm2 / m.

Manuel Teixeira e Paulo PeixotoATEC

44

Depois de inúmeras fichas técnicas a tratar de motores eléctricos chegou a altura de analisar o controlo de potência destas máquinas. Iremos nos próximos números iniciar uma abordagem pela área da electrónica para compreender todo o processo que está envolvido neste controlo.

Figura 1 . Diagrama dos tipos de materiais eléctricos.

Partícula SímboloMassa relativa à

unidade de massa atómica

Carga em unidades de

carga elementarLocalização

Protão p 1,007276 ≅ 1 + 1 Núcleo

Neutrão n 1,008665 ≅ 1 0 Núcleo

Electrão e- 0,00055 ≅ 1 / 1840 - 1 Orbitais

Tabela 1 . Características físicas das partículas fundamentais do átomo.

Page 10: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

50Texto cedido por Soler & Palau, Lda.

Determinação Das necessiDaDesTal como indicado anteriormente vamos calcular as necessidades para cada caso em função do tipo de instalação existente ou pos-sível.

Para todos os casos, calcularemos uma velocidade na conduta de 10 m/s já que se trata de fumo bastante saturado de óleo.

Zona ATendo em conta que conhecemos os dados, o diâmetro de saída definido pelo construtor e a velocidade de circulação, poderemos calcular o caudal necessário para cada hote de exaustão aplicando a seguinte fórmula:

Q = S x V

Em que: › Q = Caudal em m3/h › S = Secção em m2

› V = Velocidade em m/s

Logo:Q = 0,0095 x 10 x 3.600 = 340 m3/h

para cada hote de exaustão

As necessidades totais serão de 340 x 2 = 680 m3/h.

{captação numa fábrica De parafusos}

casos de aplicação o problema

DaDos a ter em consiDeração

Uma determinada empresa produz parafusos a partir de varetas de aço. No processo de erosão das varetas é utilizado óleo que ao ser aquecido gera gases nocivos que se espalham pelo local.

Trata-se de uma instalação onde existem 12 pontos de contaminação em 2 grupos com uma problemática diferen-te, pelo que foi preciso fornecer soluções individualizadas segundo as necessidades de cada caso:

Zona a Numa extremidade da linha de trabalho existem duas hotes de exaustão tipo laboratório que captam os fumos produzidos. Há que montar o sistema para os evacuar a partir de uma boca de saída com 110 mm de diâmetro.

Zona b Ao longo da linha existem 10 postos de trabalho em que não existe qualquer tipo de captação e que devido à disposição da instalação, só permitem que se monte sobre eles hotes de exaustão de captação em forma “U” invertido.

Zona BSerão construídas 10 hotes de exaustão em forma de “U” invertido que, devido às características da instalação, terão duas frentes aber-tas de 0,6 m2 e serão colocadas a uma altura de 0,6 m sobre a área contaminante.

Para averiguar o caudal, aplicaremos a seguinte fórmula:

Q = S x H x Vc x 3.600

Em que: › Q = Caudal em m3/h › S = Superfície aberta na hote de exaustão em m2. › H = Altura sobre a área contaminante em m › Vc = Velocidade de captação na hote de exaustão para este caso 0,25 m/s

Logo:Q = (0,6 x 2) x 0,6 x 0,25 x 3.600 = 650 m3/h

para cada hote de exaustão

As necessidades totais deste grupo serão de 650 x 10 = 6500 m3/h.

Page 11: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalBIBLIOGRAFIA o electricista

5252

o electricista

El GEnErador dE InduccIon autoExcItadoO nosso estilo de vida actual exige cada vez mais um fornecimento de energia eléctrica de qualidade e disponível inclusive nos lugares mais remotos. Mas este desenvolvimento à escala mundial é travado pela presente limitação e dependência geográfica dos recursos energéticos tradicionais. Perante esta realidade estão a ser dedicados grandes esforços por parte de diversos sectores na investigação e desenvolvimento de sistemas de produção de energia eléctrica, de maneira autónoma ou distribuída, a partir de energias renováveis. Este livro centra-se no estudo da máquina de indução operando como gerador auto-excitado. O texto tem uma parte dedicada à descrição do princípio de funcionamento e características e modelado do gerador de indução de rotor de jaula de esquilo. Posteriormente detalham-se as diversas topologias de convertidores e técnicas de controlo utilizadas para o sistema de alimentação considerado. O resto da obra tem por base um estudo em que primeiramente se detalha uma proposta de um sistema electrónico capaz de regular o gerador de indução autoexcitado e compensar os diversos efeitos que possam produzir. Na última parte incluem-se uma série de gráficos e comentários sobre o comportamento do sistema proposto, tanto na sua resposta dinâmica como em regime permanente e para várias condições de funcionamento.› Índice: El generador de inducción autoexcitado: Introducción, La Máquina de inducción trifásica, la máaquina de inducción

como generador autoexcitado (SEIG), modelado del generador de inducción autoexcitado, ejemplos de aplicación; E1 - Capacidad

necesaria para la autoexcitación del generador, E2 - Ensayo del SEIG con carga trifásica, E3. Equilibrado del SEIG con carga

monofásica, E4. Creación de un modelo de generador de inducción. Estrategias de control del SEIG: Variación de la capacidad,

estabilización de la carga, conversión de energía a frecuencia constante, compensación com inversor en paralelo. Estudio de

un sistema de alimentación autónomo: descripción del sistema considerado, generador de inducción autoexcitado, convertidor

electrónico. Control del sistema de alimentación: Introducción, estratégia de control , arquitectura de control. Comportamiento

del sistema de alimentación: introducción, SEIG sin convertidor, SEIG con convertidor, Conclusiones. Apéndice 1 – Parámetros

del sistema. Apéndice 2 – Alternativas en la configuración del sistema estudiado.

ElEctrIcIsta dE MantEnIMIEntoEste primeiro volume desenvolve temas de introdução à electricidade e instalações eléctricas básicas tanto em vivendas como em outros espaços, bem como as suas protecções correspondentes. O desenvolvimento dos temas foi tratado desde a perspectiva da manutenção de instalações eléctricas, de forma a facilitar e ajudar o técnico a desenvolver o seu trabalho.Este livro está orientado para os técnicos de manutenção no activo que necessitam de actualizar alguns conhecimentos básicos de electricidade.› Índice: Principios de electricidad; Materiales eléctricos; Aparatos de corte y protección; Medidas, aparatos de medida eléctricos;

Subestaciones y Generadores; Acometidas e Instalaciones de Enlace; Esquemas de interior en viviendas; Cuadros eléctricos;

Instalaciones de Alumbrado; Riesgo Eléctrico; Simbología. Interpretación de esquemas.

PráctIcas ElEctrIcIsta dE MantEnIMIEntoEste segundo livro completa a colecção de Electricista de Manutenção (ISBN 9788496960-37-4) desenvolvido a partir do programa do certificado de profissional com o mesmo nome. Neste texto estão incluídos 55 práticas estruturadas como fichas de trabalho (introdução, fundamento teórico, equipamentos e materiais, croquis, procedimento, observações, cálculos e questões, entre outras).As fichas estão agrupadas em 5 temas: Medidas eléctricas, Instalações eléctricas de vivendas, Instalações de iluminação, Instalações em Indústrias e Automatismos eléctricos.› Índice: Medidas eléctricas: magnitudes eléctricas más importantes (tensión, potencia, resistencia, etc.); Instalaciones eléctricas

de viviendas: montajes prácticos como cuadros de mando, divesas maneras de instalar puntos de luz, etc.; Instalaciones de

alumbrado: instalaciones de alumbrado más habituales en locales e industrias (fluorescentes, lámpara de vapor de mercurio,

de vapor de sodio, etc.); Instalaciones en locales e Industrias: instalación en oficina, en local de pública concurrencia, etc;

Automatismos eléctricos: automatismos para puesta en marcha de motores, para equipos y herramientas, para control de

líquidos, para puerta automática, etc.

autores José Miralles, Joseba Zubiaurre

ISBN 978-849-6960-37-4

páginas 252

editora Ceysa

edição 2010

(Obra em Espanhol)

venda on-line em www.engebook.com

autor Jose Antonio Barrado Rodrigo

ISBN 978-842-6716-67-5

páginas 248

editora Marcombo

edição 2010

(Obra em Espanhol)

venda on-line em www.engebook.com

€ 16,28

€ 30,27

autores José Miralles, Joseba Zubiaurre

ISBN 978-849-6960-37-4

páginas 188

editora Ceysa

edição 2010

(Obra em Espanhol)

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€ 24,20

Page 12: Resumo - Revista "o electricista" 34

53

autor Edson Martinho

ISBN 978-853-650-23-1

páginas 144

editora Érica

edição 2010

(Obraem Português do Brasil)

venda on-line em www.engebook.com

€ 17,47

autores Fernando J. Velez, Paulo Olivei-

ra, Luís M. Borges, Ana Rodrigues

ISBN 978-972-8480-22-6

páginas 616

editora Lidel

edição 2010

(Obra em Português)

venda on-line em www.engebook.com

€ 30,23

PUB

curso dE ElEctrónIca IndustrIalO Curso de Electrónica Industrial foi concebido no âmbito do projecto Recursos Didácticos de Automação e Electrónica Industrial como resposta às muitas solicitações do tecido empresarial. Desenvolvido no seio da AFTEBI – Associação para a Formação Tecnológica e Profissional da Beira Interior – que promove e coopera em acções de desenvolvimento regional e sectorial, designadamente na formação especializada de curta e média duração, este livro é direccionado para estudantes e professores, assim como para profissionais e empresas. Principalmente destinado à Formação Profissional e como complemento ao Ensino Superior, o Curso de Electrónica Industrial foi elaborado com uma orientação pedagógica cuidada constituída por uma série de figuras e ilustrações de processos, de modo a facilitar a compreensão da teoria; fundamentos conceptuais essenciais expostos de forma clara e objectiva; exemplos e problemas com a respectiva demonstração e resolução, desde a introdução ao laboratório até à experimentação. Esta obra permitirá também que os estudantes procurem, de forma autónoma e crítica, o saber e os conhecimentos relativos a esta área específica das indústrias, consolidando e sedimentando assim as competências necessárias para a sua correcta aplicação. › Índice: Nível Básico – Introdução à Análise de Circuitos em Electrónica Industrial: Introdução; Grandezas Eléctricas e Unidades;

Leis Experimentais e Circuitos Simples; Técnicas Simples de Análise de Circuitos; Circuitos Equivalentes; O Amplificador

Operacional. Parte II - Nível Avançado – Tópicos de Electrónica Industrial: Condensadores e Bobinas; Instrumentação e Medida;

Díodos e Transístores; Electrónica de Potência; Motores de Corrente Contínua; Motores de Indução. Parte III - Exercícios

Propostos Nível Básico – Introdução à Análise de Circuitos em Electrónica Industrial: Grandezas Eléctricas e Circuitos Simples;

Método dos Nós; Método das Malhas; Sobreposição e Homogeneidade; Equivalentes de Thévenin e de Norton; Circuitos com

AMPOP I; Circuitos com AMPOP II. Parte IV - Exercícios Propostos Nível Avançado – Tópicos de Electrónica Industrial: Regime

Livre; Regime Permanente; Corrente Alternada; SAD e ADC; SAD e DAC; Condicionadores de Sinal; Díodos, Transístores e

Tiristores; Rectificadores; Conversores DC-DC; Conversores DC-AC; Osciloscópio. Parte V – Apêndice: Cuidados a Ter com a

Electricidade; Técnicas de Diagnóstico de Avarias; O Osciloscópio; Protecção Contra Sobrecargas. Parte VI – Anexos.

dIstúrbIos da EnErGIa ElétrIcaO objectivo do livro é fornecer uma visão dos diversos distúrbios que a energia eléctrica pode produzir ou sofrer, e dos impactos que causam, bem como mostrar a conceituação do fenómeno, equacionamento, efeitos, algumas soluções e formas de tratar cada um dos assuntos com exemplos práticos e linguagem acessível. Traz também as principais considerações e órgãos que regulamentam as práticas e a monitorização da qualidade de energia. Esta obra possui um conteúdo indispensável a estudantes, profissionais da área e todos os que procuram conhecimentos actualizados sobre qualidade de energia.› Índice: 1 . Interpretação da Qualidade de Energia; 2 . Qualidade da Energia por Segmento; 3 . Conceito dos Distúrbios que

Influenciam na Qualidade de Energia; 4 . O Cuidado com a Qualidade de Energia; 5 . Mais Algumas Soluções para a Qualidade

da Energia Elétrica; 6 . Normalização.

revista técnico-profissional BIBLIOGRAFIAo electricista

Page 13: Resumo - Revista "o electricista" 34

calendárioFEIRAS . CONFERÊNCIAS

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feira temática local data contacto

ELTEC NÜRNBERG Feira Internacional de Engenharia Nuremberga 19 a 21 Janeiro 2011 Exhibition Centre Nuremberg Eléctrica Alemanha [email protected] www.nuernbergmesse.de/en/ SEMICON KOREA 2011 Feira sobre Semicondutores: Seul 26 a 28 Janeiro 2011 SEMI Produção, Técnicas e Materiais Coreia [email protected] do Sul www.semi.org/en/ AHR ExpO Feira Internacional de Climatização Las Vegas 31 Janeiro 2011 Las Vegas Convention Center EUA [email protected] www.lvcva.com

E-WORLD Feira e Congresso sobre Geração Essen 8 a 10 Fevereiro 2011 Messe Essen GmbHENERGY & WATER de Energia Alemanha [email protected] www.messe-essen.de

ENEx 2011 Feira Internacional da Indústria Kielce 1 a 3 Março 2011 Kielce Fairground da Energia polónia [email protected] www.targikielce.pl MODERNI VYTApENI Feira Internacional para Profissionais Praga 3 a 6 Março 2011 Terinvest S.R.O de Aquecimento e Ar-Condicionado Rep. Checa [email protected] www.terinvest.com

EWEC 2011 Conferência e Exposição Europeia Bruxelas 14 a 17 Março 2011 EWEA de Energia Eólica Bélgica [email protected] www.emec2011.org CABEx (CABLE, WIRE Exposição Internacional Especializada Moscovo 15 a 18 Março 2011 MVK AND ACCESSORIES) em Cabos, Fios, Fixação de Hardware Rússia [email protected] e Instalação de Tecnologias www.mvk.ru/eng

AMpER 2011 Feira Internacional de Electrotécnica Brno 29 Março a 1 Abril 2011 Trade Fairs Brno e Potência Rep. Checa [email protected] www.bvv.cz

HANNOVER MESSE Feira Internacional de Tecnologia Hanôver 4 a 8 Abril 2011 Deutsche Messe AG Hannover2011 Industrial Alemanha [email protected] www.messe.de

ExpOCONSTRÓI 2011 Feira de Equipamentos e Materiais Batalha 14 a 17 Abril 2011 Exposalão, S.A. para a Construção Civil portugal [email protected] www.exposalao.pt

ExpO ELECTRONICA Exposição de Componentes Moscovo 19 a 21 Abril 2011 Crocus Expo 2011 Electrónicos e Tecnológicos Rússia [email protected] www.crocus-off.ru

TEKTÓNICA Feira Internacional de Construção Lisboa 3 a 7 Maio 2011 FIL – Feira Internacional de Lisboa e Obras Públicas portugal [email protected] www.fil.pt

GENERA 2011 Feira Internacional de Energia e Madrid 11 a 13 Maio 2011 Ifema - Feria de Madrid Meio Ambiente Espanha [email protected] www.ifema.es

MAQUITEC 2011 Feira de Máquinas e Tecnologia Barcelona 7 a 11 Junho 2011 Fira de Barcelona para a Indústria Espanha [email protected] www.firabcn.es

Page 14: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

86

dossierSiStemaS de Cogeração

e trigeração

Cogeração: 1.ª parte - noçõeS geraiSTelmo Rocha

teCnologiaS doS SiStemaS de CogeraçãoRui Castro, IST e João Crispim, REN

Cogeração - a eSColha da teCnologiaJoão Francisco Palmeiro e Miguel Mata, Sonae Capital e José Armando Marques, Microprocessador

PRO

TAG

ON

ISTA

S

Page 15: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

88

cogeração

1› Cogeração - Noções geraisAs alterações climáticas constituem uma séria ameaça para o ser humano, em conse-quência da utilização intensiva das formas de energia convencionais, baseadas em combus-tíveis fósseis, quer por parte da população em geral, quer por parte do sector da indústria. Nos dias que correm, a opinião pública tem já uma elevada percepção desta problemática.

Alcançar um aprovisionamento energético a custo competitivo, para uma utilização eficiente ao serviço do desenvolvimento das sociedades que, simultaneamente, assegure a diminuição da emissão de gases com efei-to de estufa (GEE), é um desafio decisivo para a sociedade actual.

De acordo com a filosofia do Desenvolvi-mento Sustentável, deverão conseguir-se benefícios económicos idênticos aos actu-ais, se possível, melhorando a coesão social, com menor consumo de energia, isto é, au-mentando a eficiência energética (Figura 1). O recurso a modernos equipamentos que a promovam, tal como os sistemas de Coge-ração, é reconhecido como o rumo a seguir.

Verifica-se, actualmente, uma mudança de paradigma na produção de energia, isto é, do recurso sistemático aos combustíveis

Telmo RochaFinalista do Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores da FEUP

fósseis para uma alternativa baseada nas energias renováveis e nos combustíveis fósseis me-nos danosos para o ambiente (nomeadamente, o gás natural, que se constitui como o com-bustível fóssil de transição). O crescimento das diversas formas de Produção Dispersa, entre as quais se inclui a Cogeração, é o alicerce deste novo modelo do sector energético, mais fle-xível, que promove a figura de um consumidor que seja, em simultâneo, produtor de energia. O caminho do futuro passará por produzir e armazenar energia, localmente, de acordo com as necessidades individuais das instalações, sendo a energia em excesso partilhada através da utilização de redes de distribuição inteligentes (Smart Grids), que serão geridas com base em mecanismos da procura, com uma arquitectura semelhante ao modelo da Internet.

Figura 1 . Sustentabilidade no sector da energia [1] (Adaptado da fonte).

A Cogeração de energia eléctrica e calor é uma solução extremamente viável e a considerar seriamente, tendo vindo a ser crescentemente utilizada, principalmente, no sector industrial. No processo de Cogeração, cerca de 4/5 da energia do combustível é convertida em energia útil. Estes níveis de eficiência permitem benefícios económicos e de índole ambiental. Esta é uma solução que se adequa às indústrias e aos edifícios em que se verifiquem necessidades simultâneas consideráveis de energia eléctrica e energia térmica.

{1.ª parte - Noções gerais}

A Cogeração/Trigeração é uma das mais eficientes soluções de produção de energia, pela capacidade de produzir electricida-de, calor e/ou frio, em simultâneo, a partir de uma única fonte de combustível. Na primeira parte deste trabalho detalham-se alguns aspectos introdutórios, tais como o princípio em que se baseia, os benefícios que resultam da sua aplicação, os parâme-tros de caracterização de sistemas deste tipo e os seus principais modos de funcionamento.

Page 16: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

98

tecnologias dos sistemas de cogeração

Cogeração e TrigeraçãoNa cogeração mais comum há, como referido anteriormente, uma geração simultânea de energia eléctrica e térmica. A utilização da electricidade é evidente; já o destino a dar ao calor obtido, resultante da impossibilidade de converter totalmente em electricidade a ener-gia contida numa fonte térmica (2.ª Lei da Termodinâmica), pode ser menos óbvio, dada a dificuldade de transmissão do calor à distân-

Rui Castro, ISTJoão Crispim, REN

cia. As aplicações típicas deste tipo de sistemas são industriais, com necessidades de calor no âmbito do processo industrial (químicas, cerâmica, papel) e edifícios (hospitais, hotéis, centros comerciais) que possuem necessidades de calor para aquecimento.

A Figura 1 mostra um esquema típico estilizado de aproveitamento do calor num sistema de cogeração, equipado com um motor. Nestes sistemas existe uma máquina térmica, que no caso é um motor de combustão interna, mas também pode ser uma turbina, a gás ou a vapor, acoplado a um gerador para produção de energia eléctrica de forma convencional. O calor que não é possível converter em elec-tricidade, em vez de ser desperdiçado, é aproveitado, de forma útil, usando permutadores de calor intercalados nos circuitos de refrige-ração e dos gases de exaustão do motor.

Naturalmente, um sistema de cogeração é mais eficiente do que o sistema tradicional alternativo para a obtenção do mesmo serviço composto de electricidade e calor, onde seriam necessários um siste-ma gerador e uma caldeira. A Figura 2 ilustra o acréscimo no rendi-mento global do processo.

Pode observar-se que, para obtenção do mesmo produto final, neste caso 35 unidades de energia eléctrica e 55 unidades de energia tér-mica útil, os sistemas de cogeração requerem apenas cerca de 55% da energia primária necessária num sistema tradicional de produção separada de calor e electricidade. Naturalmente que estes números

O que é a cogeração? Trata-se da geração simultânea de múl-tiplas formas de energia útil, nos casos mais comuns, energia eléctrica e térmica, num sistema integrado, a partir de uma úni-ca fonte primária. A fonte primária pode ser um combustível fóssil – gás natural ou gasóleo, ou mesmo um combustível re-novável – biomassa ou biogás, por exemplo. Em qualquer um dos casos, o processo de cogeração configura uma forma de utilização mais eficiente da energia, pelo que é muitas vezes as-sociada às energias renováveis, encaradas de forma abrangente.

Figura 1 . Esquema de princípio do aproveitamento de calor num sistema de

cogeração.

Saída de gases exaustos

Chaminé

Vapor

Água

Permutador de calor

Entrada de gases exaustos

Motor

Gerador

Combustível

Água

Água quente

Permutador de calorÁgua de arrefecimento

Page 17: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalDOSSIER o electricista

102

cogeração - a escolha da tecnologia

Cogeração significa simplesmente a produção combinada de duas ou mais formas de energia útil. Tipicamente electricidade e energia térmica, e como tal vamos seguir com o foco na escolha tecnológica para este tipo de cogeração.

A electricidade é considerada uma forma nobre de energia, e tem associada uma rede de transporte e distribuição que permite o seu trânsito entre um qualquer ponto de produção e ponto de consu-mo. No entanto a produção de electricidade é normalmente gerada a partir de um accionamento mecânico, através de turbinas eólicas, hidráulicas, a vapor, motores de combustão interna, turbinas a com-bustão, entre outros.

No caso dos accionamentos que utilizam combustíveis, a sua eficiên-cia é bastante reduzida, podendo andar entre os 20 e os 50% (Nota: no caso de ciclos combinados de grande potência e a plena carga po-derá chegar aos 60%) traduzindo para energia mecânica apenas essa parte da totalidade da energia libertada pela combustão, obrigando a restante a sair pelos gases de escape e/ou pelo arrefecimento de órgãos das máquinas.

Por outro lado há no quotidiano inúmeras necessidades de energia térmica, como o aquecimento e/ou arrefecimento do ambiente, o aquecimento de águas sanitárias até inúmeras aplicações industriais com inúmeras variantes na forma e temperatura necessária. A co-geração será então a arte de cessar o suprir dessas necessidades térmicas, aproveitando para produzir toda a electricidade possível, sendo irrelevante onde será esta consumida pois será facilmente transportada até aos consumidores.

João Francisco Palmeiro (Eng.º), Sonae CapitalMiguel Mata (Eng.º), Sonae Capital

José Armando Marques (Eng.º), Microprocessador

Muitas vezes se ouve falar em cogeração, mas não nos aper-cebemos que apesar dessa palavra designar um conceito bem estabelecido, existem inúmeras formas e tecnologias aplicadas a cada caso específico. Como decidir qual a tecnologia correcta a utilizar?

A escolha da tecnologia começa com o levantamento rigoroso das necessidades térmicas, nomeadamente:› Forma (ar quente, água quente, água gelada, vapor, termofluido,

entre outros);› Temperaturas máximas e mínimas para cada forma necessária;› Potência máxima e mínima para cada forma;› Horário de consumo ou caso seja possível, curvas de consumo;› Necessidades de segurança de abastecimento.

E em segundo lugar deve analisar as formas de combustível dispo-níveis no local:› Biomassa;› Fuelóleo;› Gás natural;› Gasóleo;› Resíduos energeticamente capazes;› Outros.

A partir daqui o trabalho será sobretudo da imaginação na escolha da solução mais simples e robusta para usar um dos combustíveis disponíveis para alimentar uma máquina que, por sua vez, seja capaz de alimentar as necessidades térmicas.

Tomando como primeiro exemplo um motor alternativo de última geração de potência média, com um rendimento eléctrico de 45% temos que:

De 100% da energia térmica disponibilizada› 50% nos gases de escape - temperaturas a rondar os 400º C;

Page 18: Resumo - Revista "o electricista" 34

ARTIGO TÉCNICOprotecção avançada em instalações industriais 131

REPORTAGEMKNX celebra 20 anos de sucesso 137

presente e futuro das redes eléctricas 139

MATELEC 2010: mais de 41 mil profissionais presentes 143

automação industrial em destaque na EMAF 2010 147

No último editorial foi feita referência á polémica aberta pelo De-creto-Lei n.º 26/2010, de 30 de Março, que isentava as instalações de electricidade e de gás, de qualquer inspecção no seu processo de certificação. Felizmente imperou o bom senso, porque saiu da Assembleia da República a Lei n.º 28/2010 de 2 de Setembro, que veio anular a aplicação dos artigos n.º 8 e 9 às instalações de electricidade e gás. Sendo assim, mantém-se a necessidade da realização de inspecções nos processos de certificação das ins-talações eléctricas.

Foi também publicado o Decreto-Lei n.º 118-A/2010 de 25 de Ou-tubro, que altera a regulamentação da microprodução de ener-gia eléctrica, anteriormente regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2 de Novembro.

Nesta nova legislação, ressaltam as disposições seguintes:1. As unidades de microprodução apenas serão suportadas numa

tecnologia, não sendo admitidas instalações híbridas (por exemplo fotovoltaica e eólica, ou eólica e hídrica, etc.);

2. As tarifas bonificadas são agora válidas durante 15 anos. Para as instalações fotovoltaicas a levar a efeito em 2011, aplica-se a tarifa de 0,4 €/kWh nos primeiros 8 anos e de 0,24 €/kWh nos 7 anos seguintes. Nos anos seguintes prevê-se que as tarifas, para novas instalações sejam tarifadas com redução de 0,02 € (2 cêntimos) em cada ano. Assim, para as instalações a levar a efeito em 2012, salvo alteração ou interpretação diferente da lei, serão tarifadas a 0,38 €/kWh nos primeiros 8 anos e de 0,22

Renovação de legislação

€/kWh nos 7 anos seguintes. O início da contagem do tempo a apli-car às tarifas será agora a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ligação da instalação à rede eléctrica de serviço público (RESP). Para outras tecnologias, as tarifas bonificadas são em relação à ta-rifa de referência, de 80% para as instalações eólicas, 70% para as de cogeração e biomassa e de 40% para as hídricas e cogeração não renovável;

3. Às potências limite de 5,75 kW para instalações abrangidas pelo re-gime geral e 3,68 kW (230 V x 16 A) para o regime bonificado, junta-se agora uma nova potência de 11,04 kW (3 x 3,68 kW) em sistema trifásico, para condomínios com seis ou mais fracções. Mantém-se a obrigatoriedade da existência ou instalação de um sistema solar térmico com o mínimo de 2 m2 de colector solar para consumidores singulares e de uma auditoria para os condomínios. Neste último caso as medidas de eficiência energética a implementar só são obri-gatórias as que possuem um retorno financeiro até 2 anos.

Numa análise aos proveitos financeiros com investimento em unidades de microgeração fotovoltaica (a mais procurada), verifica-se um alargar do período de retorno do investimento (mais um ano?), mas com um período de vigência maior, pois os 15 anos que agora se aplicam sobre-põem-se aos cerca de 12 que anteriormente se estimavam (dependiam do evoluir das tarifas de compra da energia).

Portugal continua assim a apostar nas energias renováveis, visando a redução da dependência energética e contribuindo para a sustentabili-dade e para a redução das emissões de CO

2.

Josué MoraisDirector Técnico

nota técnica

ARTIGO TÉCNICO-COMERCIALABB: eficiência em sistemas de accionamentos AC

e novidades para sistemas no segmento da água 153

MM ENgENhARiA – praticabilidade máxima:

versão 2.0 na linha de partida 157

FORMAÇÃO 159

ITEDficha técnica n.º 12 163

CONSULTÓRIO ELECTROTÉCNICO 165

Page 19: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalARTIGO TÉCNICO o electricista

131

protecção avançada em instalações industriais

1› GeralNa base desta análise estuda-se a coorde-nação entre os diferentes dispositivos destinados à protecção de zonas e com-ponentes específicos para: › garantir a segurança em todos os casos;› identificar a zona implicada no problema

e excluí-la rapidamente, sem intervenções indiscriminadas que iriam reduzir a dispo-nibilidade de energia em zonas sem pro-blemas;

› reduzir o efeito da falha noutras zonas básicas da instalação (redução do valor da tensão, instabilidade no funcionamento dos motores);

› reduzir a tensão nos componentes e os da-nos na área afectada;

› garantir a continuidade do serviço com uma tensão de alimentação de boa quali-dade;

› garantir um apoio adequado no caso de ocorrer uma falha de funcionamento na protecção de abertura;

› proporcionar ao pessoal e ao sistema de gestão a informação necessária para reini-ciar o serviço no menor tempo possível e com o menor contratempo para o resto da rede;

› realizar uma boa combinação de fiabilida-de, simplicidade e poupança.

ABB (Asea Brown Boveri), S.A.Low Voltage Products

O desenho do sistema de protecção das instalações eléctricas tem uma importância vital tanto para garantir um serviço fun-cional, económico e correcto em toda a instalação, como para reduzir ao mínimo os problemas causados por condições de ser-viço com anomalias ou defeitos reais.

Ou seja, um bom sistema de protecção deve ser capaz de:› compreender o que aconteceu e como aconteceu, distinguir entre situações com anomalias

mas toleráveis e situações de defeito dentro da zona de influência, e evitar disparos indese-jados que conduzem ao desligamento de uma parte, em bom estado, da instalação;

› trabalhar o mais depressa possível para limitar os danos (destruição, envelhecimento acele-rado, …) preservando a continuidade e a estabilidade do fornecimento eléctrico.

As soluções resultam de um compromisso entre estes dois requisitos: identificação preci-sa da falha e rápida intervenção, e definem-se em conformidade com o requisito que tem prioridade.

Coordenação / Selectividade

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revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

137

KNX celebra 20 anos de sucesso

O evento de comemoração dos 20 anos do protocolo de comunicação contou com a presença de cerca de 100 convidados que assistiram a apresentações de formação e actualização de conhecimentos relativa-mente à evolução deste protocolo. Foram ainda divulgados dois projectos portugue-ses, equipados com esta solução e recen-temente galardoados com uma menção honrosa na Feira Light & Building, que de-correu em Frankfurt. No final do evento a convicção de um futuro risonho para o KNX era unânime, exactamente porque este é o único protocolo de comunicação aberto disponível no mercado e que integra e in-tegrará aplicações de tecnologia domótica no sector residencial e terciário. Rui Horta Carneiro abriu a comemoração, a que se seguiu o Presidente do KNX Portugal, Ri-beiro da Costa da Hager que agradeceu a presença dos participantes e mostrou a sua satisfação por o KNX ter chegado tão longe e ser uma verdadeira inovação. Carlos Lima da ABB apresentou os prémios KNX. Nélson Rodrigues abordou a INDUTORA, Melo Ro-drigues a MR Engenharia e Paulo Martins da ATEC a ETS4. Carla Brito da Siemens falou

da importante ligação da KNX ao universo da web.

Os números ditam por si o sucesso alcan-çado: 215 membros KNX em 30 países, mais de 21 mil parceiros em 106 países, 159 cen-tros de formação em 31 países, 68 parceiros científicos em 17 países, 8 userclubs em 8 países, 6 parceiros associados, 22 grupos nacionais, mais de 38 mil licenças ETS3 ven-didas em 96 países, e quase 7 mil grupos de produtos certificados. Em Portugal, o KNX foi fundado pela ABB, Casa das Lâmpadas, Hager, Morgado & Companhia e Siemens, e já soma novos membros como a Gewiss, a Schneider Electric, a revista “o electricis-ta”, a Sisint, e a Melo Rodrigues Engenharia. Somam-se no total 10 membros KNX, 115 licenças ETS3, 206 parceiros, 1 centro de formação KNX certificado (na ATEC em Pal-mela) e vários fabricantes KNX. Para 2010/11 os objectivos passam pela inclusão de novos membros no Grupo KNX Portugal, na tra-dução para português do software KNX, no apoio à formação e investigação, para além de associar o KNX aos edifícios ecológicos (“KNX is green”) garantindo sustentabilidade

e eficiência energética, uma integração total de sistemas desde audio, video, internet, co-municação, electrodomésticos, automóvel, lazer, segurança, entre outros.

ApeNAs um protocolo pArA muitos forNecedoresO KNX é a única norma internacional apro-vada em todo o mundo, e por isso muitas normas são baseadas neste protocolo de co-municação, como é o exemplo da EN 50009 – a única norma europeia para habitações e Sistemas Electrónicos de Habitação (HBES); a EN 13321-1 da CEN é a norma europeia para a imótica; a ISO/IEC 14543-3 é a única norma mundial para os Sistemas Eléctróni-cos de Habitação (HES); a GB/Z 20965 é uma norma chinesa para Edifício e Habitação; e ainda a Norma US ANSI/ASHRAE 135. Ao ser uma norma internacional, o KNX está total-mente preparado para o futuro até porque possui um processo de certificação de pro-dutos e centros de formação certificados. A marca reflecte uma óbvia compatibilidade e interoperabilidade entre os diferentes pro-dutos de diferentes fabricantes que podem

{portugAl pArticipou em eveNto iNterNAcioNAl simultâNeo}

A Associação KNX em Portugal, parceira da revista “o electricista”, celebrou no passado dia 20 de Outubro o vigésimo aniversário da fundação do Protocolo de Comunicação EiB/KNX. Esta cele-bração decorreu em simultâneo com 24 congéneres, e todos os eventos foram transmitidos via web para todo o mundo.

Helena Paulino

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revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

139

presente e futuro das redes eléctricas

A revista “o electricista”, juntamente com a Engebook e a Associação dos Antigos Alu-nos do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), organizou um Seminário direc-cionado para a exploração e manutenção das redes eléctricas. Custódio Dias, Profes-sor no ISEP e director da revista “o electricis-ta”, moderou este seminário onde foram dis-cutidas as melhores práticas de exploração e manutenção das redes eléctricas, e onde também se contextualizou o desempenho da Rede Nacional de Transporte de Electrici-dade em Portugal. António Malheiro, editor do livro “Sistemas Eléctricos Trifásicos – A Média, Alta e Muito Tensão”, redigido por Manuel Delgado e editado pela Publindús-tria, apresentou o livro em que apostou e a Publindústria como uma plataforma de co-municação e informação direccionada para os mercados da engenharia e gestão, citan-do também a Engebook como uma marca associada ao comércio e distribuição de conteúdos para essas áreas, como os livros, softwares e revistas.

Manuel Delgado abriu-nos as páginas do seu livro e falou sobre a protecção re-ligação

automática nas redes aéreas de transporte e de interligação. Caracterizou estas mes-mas redes no que diz respeito às exigências das protecções e aos problemas ligados à re-ligação automática e à estabilidade e sin-cronismo. A evolução das redes eléctricas de alta e de muito alta tensão desenvolveu as interligações e aumentou constantemente a potência das centrais que alimentam essas redes. Desta forma houve um aumento con-siderável nas correntes de curto-circuitos nas grandes linhas de transporte.

Explicou que para haver uma re-ligação au-tomática de qualidade nas redes de interli-gação é indispensável que as protecções te-nham disparos simultâneos dos disjuntores nas duas extremidades da linha, e para além do disparo trifásico dos disjuntores ocorre um disparo fase por fase. Segundo Manuel Delgado, a re-ligação automática permite restaurar a rede, ligando rapidamente os disjuntores de uma linha aérea depois do seu disparo, devido ao defeito. E assim a circulação de energia é assim restabelecida. E a re-ligação contribui para a estabilidade e sincronismo, importantes para as redes

de interligação e transporte. Mas Manuel Delgado alertou para algo importante: an-tes da tentativa de re-ligação do disjuntor deve respeitar-se o tempo morto (tempo suficiente para permitir a extinção do arco e a desionização completa do trajecto en-tre os contactos do disjuntor). A maioria dos

A 25 de Novembro realizou-se um Seminário sobre Exploração e Manutenção das Redes Eléctricas, onde foi dado especial desta-que ao livro redigido por Manuel Delgado. Neste evento foram abordados os vários problemas derivados dos problemas de ex-ploração dos sistemas eléctricos trifásicos, sobretudo no que diz respeito às redes de transporte e de interligação a alta e a muito alta tensão e das redes de distribuição a média tensão. Cerca de 100 participantes estiveram presentes neste evento.

Helena Paulino

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revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

143

matelec 2010

A MATELEC 2010 contabilizou 48.103 vi-sitantes profissionais e 1.396 empresas expositoras e 678 participantes directos provenientes de 30 países. Em simultâneo decorreu a Feira de Maquinaria, Bricolage e Fornecimento Industrial – FERREMAD. Estes eventos ocuparam uma superfície de exposição de quase 30 mil metros quadra-dos, recebeu a assistência de cerca de 7 mil estudantes de Formação Profissional reafir-mando assim o compromisso da MATELEC com a formação e o futuro laboral dos jo-vens. Um dos factos mais destacados voltou a ser o forte posicionamento internacional da MATELEC, que contou com a participação de 174 empresas provenientes de 30 países, e os 3.319 profissionais estrangeiros oriun-dos de 91 países, sobretudo de países como Portugal, Itália, Tunísia, Marrocos, França, Alemanha e Ibero-Américos. Esta dimensão significativamente internacional do certame

é exactamente um dos factores mais apre-ciados pelos empresários que participaram no evento, para além do elevado nível de qualidade e profissionalismo observado pe-los visitantes. No que diz respeito à presen-ça de profissionais nacionais, Madrid foi a comunidade mais representada com 57,9%, seguida de Castela-Mancha, Catalunha, Castela e Leão, Andaluzia e Valência.

No que diz respeito aos sectores, os que des-pertaram mais interesse foram os da Energia Eléctrica (com cerca de 25,70%); seguido da Iluminação (20%), Tecnologia de Instalação Eléctrica (17,33%), Electrónica e Equipamen-to Industrial (17,30%), Inter e Telecomunica-ção (13,74%), sem esquecer a FERRAMAD’10 (5,94%). Para além da exposição comercial, a MATELEC voltou a acolher um intenso pro-grama de jornadas técnicas que serviram de formação e actualização para os profissio-nais que compareceram no evento.

As principais associações deste segmento económico representadas no Comité Or-ganizador da MATELEC – AMEC-AMELEC (Associação Espanhola de Fabricantes Ex-portadores de Material Eléctrico), FENIE (Fe-deração Nacional de Empresários de Insta-lações Eléctricas e de Telecomunicações de Espanha), ANFALUM (Associação Espanhola

de Fabricantes de Iluminação), FACEL (Asso-ciação Espanhola de Fabricantes de Cabos Eléctricos), FENITEL/AMIITEL (Associação Madrilena de Instaladores Industriais de Telecomunicações), AFME (Associação de Fabricantes de Material Eléctrico) – assim

como as empresas expositoras do certame, contaram com a visita do colectivo empre-sarial e profissional do mercado eléctrico e electrónico, e contribuiram para a criação de novas sinergias e novas oportunidades de

{Mais de 41 Mil profissionais presentes}

A MATELEC – Feira Internacional de Material Eléctrico e Elec-trónico encerrou a sua 15.ª edição no passado dia 29 de Ou-tubro de 2010, na Feria de Madrid, com um balanço positivo de visitantes e expositores. A revista “o electricista” não podia deixar de estar presente!

Helena Paulino

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revista técnico-profissionalREPORTAGEM o electricista

147

automação industrial em destaque na EMAF 2010

Rui Queiroga da Schneider Electric ini-ciou o Seminário com uma apresentação sobre o PlantStruxure™, lembrando que a visão da Schneider Electric é a construção de um mundo onde se utilizem menos re-cursos e onde a energia seja segura, fiável, eficaz, produtiva e verde. A PlantStruxure™ é uma solução direccionada para o MES & gestão de informação, supervisão da fábri-ca, controlo do processo, de máquinas e de motores, e que integra o EcoStruxure (uma arquitectura que integra dados, segurança, refrigeração e automação no universo digi-tal para o uso de “Energia Inteligente”, desde a produção ao consumo). O PlantStruxure™ é um sistema que satisfaz as necessidades de automação da sua instalação, e cumpre as exigências crescentes da gestão de ener-gia de forma a torná-la mais produtiva, e ainda mantém o seu processo de automa-ção sob controlo. Há uma verdadeira ligação em rede: do terreno ao processo, à fábrica, e para a empresa. Esta é uma arquitectura que beneficia os clientes ao longo de todo o ciclo de vida do sistema, reduzindo a distân-cia entre o terreno e a gestão. A MachineS-truxure garante uma selecção tecnológica apropriada, uma redução do consumo de

material de embalagem com soluções dedi-cadas e uma extensão do tempo de vida dos redutores através da mecatrónica. Por tudo isto, há até 50% de poupança na concepção do sistema de controlo e uma redução do tempo de instalação.

A Bresimar através de Vasco Martins apre-sentou o novo software iX da Beijer Electro-nics, uma plataforma gráfica e aberta para consolas e painéis de operação que favorece

uma ampla expressividade de ideias. Vas-co Martins relembrou que o HMI (Human Machine Interface – Interface Homem-Máquina) é a ligação entre o utilizador e a máquina, o SCADA (Supervisory Control and Data Aquisition – Supervisão, Controlo e Aquisição de Dados) é a supervisão de um conjunto de máquinas ou complexos fabris, e funciona como um controlo geral que in-terliga todas as máquinas (pode gerir uma linha de produção). O iX é uma solução HMI

A revista “robótica” organizou, em paralelo com a EMAF 2010, um Seminário intitulado “Industrial Automation – New Trends and Perspectives”. Este evento, realizado no dia 10 de Novem-bro, culminou com a entrega de dois Prémios e uma Menção Honrosa referentes à 5.ª edição do Prémio Inovação.

Helena Paulino

Page 24: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalFORMAÇÃO o electricista

formação{Artigo técnico formAtivo nº. 14}

Hilário Dias Nogueira (Eng.º)com o patrocínio de: IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

Neste número, apresentamos a resolução do exercício proposto na revista anterior.

159

Resolução do exeRcício 14

observação: Conforme foi proposto, e seguindo a legislação em vigor descrita

na secção 803, apresenta-se a resolução do exercício que foi indi-cado na revista anterior.

Enunciado:1. Quais as instalações alimentadas a partir da instalação colectiva

que podem não carecer de caixas de coluna e quais as caracterís-ticas de contagem que podem ser estabelecidas?

2. Quais as condições principais de segurança em edifícios com mais de 28 metros de altura?

Resolução:1. instalações alimentadas a partir da instalação colectiva que

podem não carecer de caixas de coluna e quais as carac-terísticas de contagem que podem ser estabelecidas.

Generalidades› As instalações eléctricas estabelecidas, em regra no interior de um

edifício, com o fim de servir instalações eléctricas (de utilização), exploradas por entidades diferentes constituídas por troço comum (da Instalação colectiva), quadro de colunas, colunas, e caixas de coluna (ver Fig. 803 A) tem o seu início numa ou mais portinholas ou no próprio quadro de colunas e termina nas entradas.

Neste caso podemos verificar que nem todas carecem de caixa de coluna, como por exemplo a alimentação do QSC, porque não está dentro das especificações indicadas no ponto 803.6.2 das RTieBT.

Esta situação verifica-se e deverá ser sempre efectuada tendo em vista a alimentação a partir de uma (CPS), por se verificar a alimen-tação de potências elevadas e os circuitos são susceptíveis de causar perturbações às outras instalações eléctricas de utilização.

Nas condições indicadas na secção 803.6.2, o QSC pode ser alimenta-do por uma saída directa da caixa de coluna.

nota: Só no caso de se tratar de uma instalação simplificada, sem elevador

ou sem aparelhos de potência significativa (como, por exemplo, bombas de

esgoto, bombas hidropressoras, equipamentos de ventilação /desenfuma-

gem), o QSC (quadro dos serviços comuns) pode ser alimentado a partir da

caixa de coluna do piso onde este se localizar.

Podemos constatar que nesta instalação colectiva numa das colunas a caixa de coluna alimenta 6 entradas uma vez que a contagem nesse piso está centralizada numa caixa que deve estar preparada para o efeito e é considerado um caso especial das instalações colectivas.

Quando se fala em situação considerada especial é o exemplo de uma instalação colectiva num edifício de habitações multifamiliares com 2 colunas como é o caso da equivalente ao esquema da Fig. 803 A.

estabelecimento de entradas a partir de colunas Perante o que foi exposto anteriormente, as entradas derivadas de colunas devem ser ligadas à caixa de coluna instalada no mesmo Piso em que se situa a origem da instalação eléctrica (de utilização) apenas atravessando as zonas comuns do edifício e as dependências que pertençam à entidade que servem.

nota: Com excepção das entradas com características especiais (803.A)

não devem existir entradas alimentadas a partir de caixas de coluna e en-

tradas alimentadas directamente a partir do quadro de colunas.

Exemplo simples da Fig. 803 AO Quadro existente numa colu-na para ligação de entradas sem caixas de coluna devem conter os órgãos de protecção contra as so-bre-intensidades, em função da:› Potência a fornecer (mínima 6,9

kVA);› Queda de tensão máxima ad-

missível;› Corrente máxima admissível na canalização;› Selectividade das protecções.

Page 25: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalITED o electricista

PrinciPais alterações referentes ao Manual iteD – 1.ª eDição› Caracterização dos edifícios em diferentes

tipos, em função do uso a que se destinam; › Obrigatoriedade da instalação de sistemas

de fibra óptica, nas redes colectivas ou en-tre pontos de distribuição (PD), nos vários tipos de edifícios;

› Tipologia de redes de cabos em estrela, o que implica um maior número de cabos e maiores necessidades de espaço;

› Alteração dos mínimos exigidos às redes de cablagem de pares de cobre e cabos co-axiais, no que respeita à sua classificação;

› Possibilidade do uso de caminhos de ca-bos em redes individuais (em zonas não acessíveis ao público ou fora do volume de acessibilidade).

Sua aplicação:1. Edifícios novos;2. Edifícios a reconstruir;3. Todos aqueles que possam estar sujei-

tos a alterações, nos termos do DL 123 / 2009.

Caracterização dos tipos de edifícios› TipoS de Cablagem:1. Pares de cobre; 2. Cabo Coaxial;3. Fibra Óptica.

› Pares De cobreobservações adicionais› Os diâmetros exteriores devem ser minimi-

zados;› As bainhas externas:

› PVC para aplicações interiores;› Polietileno Negro, para aplicações em

exterior, não enterrado;› Polietileno Negro, cobrindo um com-

posto de Petrogel que se encontre a

163

ficha técnica n.º 12 {requisitos técnicos Gerais, seGunDo o Manual De iteD

2.º eDição De 24 De noveMbro De 2009}

sobrepor a malha, para aplicações de cabo exterior entubado (como por exemplo: CEMU – ATI);

› Materiais com propriedades LSFH (Low Smoke, Free Halogen), para aplicações interiores em edifícios recebendo pú-blico.

› conector coaxial tiPo “f”Solução mais utilizada para ligações per-manentes entre o cabo coaxial e equipa-mentos das redes TCd-C.

Existe 3 tipos:› Roscar; › Cravar;› Compressão – este tipo de conector é o

único permitido nas ligações a cabos co-axiais.

› RedeS de TubagenSQuase sempre quando se trata de uma rede de tubagem pensa-se logo em tubos e por-que não verificarmos a utilização de calhas.

a ter em atenção:

“A constante evolução tecnológica im-plica que durante a vida útil do edifício exista a necessidade de actualização das redes de cabos, pelo que a tubagem deve permitir a remoção fácil dos cabos e a subsequente instalação de novos.”

(Manual ITED 2ª ed., 2.3.4)

Para isso deve-se ter em consideração o tipo de local de instalação, adequando convenientemente a tubagem ao ambiente considerado.

Para realizar o projecto das redes de tuba-gem podem ser utilizados tubos, calhas ou

Paulo MonteiroFormador da ATEC - Academia de Formação

caminhos de cabos (esteiras), que estejam de acordo com as requisitos mínimos previstos na caracterização dos materiais.

“Os materiais a serem utilizados como constituintes da Rede de Tubagens não devem ter características que se tradu-zam em comportamentos indesejáveis, ou mesmo perigosos, nomeadamente quando sujeitos a combustão. A fim de minimizar os riscos em caso de in-cêndio, só é permitida a utilização de materiais nas Redes de Tubagem que sejam não propagadores de chama.”

(Manual ITED 2ª ed., 2.5.2.1)

› CalhaS

“Conduta para utilização em instala-ções à vista, podendo ser comparti-mentada, que dispõe de tampa amo-vível e em que o processo de inserção de cabos não inclui o enfiamento. Nas calhas compartimentadas, cada com-partimento é equivalente a uma sub-conduta.”

(Manual ITED 2ª ed., 1.1)

Para facilitar a instalação dos cabos, permi-tir um coeficiente corrector de enchimento e dispor de um espaço de reserva, para o dimensionamento de compartimentos de calhas e caminhos de cabos, recomenda-se o uso da seguinte fórmula:

su ≥ 2 x ∑ sn

biblioGrafia› Manual ITED ( Prescrições e Especificações

Técnicas ) - 2.ª edição, 24 de Novembro de

2009 pela ICP-ANACOM

Page 26: Resumo - Revista "o electricista" 34

revista técnico-profissionalConsultório ElECtrotéCniCo o electricista

consultório electrotécnicoIXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

O “Consultório Técnico” visa esclarecer questões sobre Regras Técnicas, ITED e Energias renováveis que nos são colocadas via email. O email [email protected] está também disponível no website www.ixus.pt. Aguardamos as vossas questões. Nesta edição publicamos as questões que nos colocaram entre Agosto e início de Dezembro de 2010.

P1: Pretendia obter informação para as dúvidas que exponho de seguida. No âmbito das normas IEC, quais são as referências das normas, para os seguintes contextos:- Tensões de comando utilizadas (24 VDC, 24 VAC ou 230 VAC);- Código de cores para os condutores de electrificação de potência e de comandos?R1: Fizemos uma pesquisa e apenas conseguimos o seguinte: para ten-sões reduzidas funcionais (TRF) não há nada de especial, podendo utili-zar transformadores normais, de indução ou electrónicos. Para tensões reduzidas de segurança (TRS), deverá utilizar a norma CEI 61558. Rela-tivamente às cores existe uma norma recente sobre o assunto que lhe enviaremos.

P2: Venho colocar desta vez uma questão em relação ao cálculo da queda de tensão (q.d.t.) que é a seguinte: no cálculo da q.d.t. numa coluna montante trifásica em que a secção dos condutores de fase é diferente da secção do condutor neutro é correcto utilizar a se-guinte expressão simplificada:

u = IB x p x L/S x cosϕ e ΔU = 100 x u / Uo

Esta expressão é apenas válida para o caso de secção das fases igual à do neutro?R2: As fórmulas em causa são aproximadas e aplicam-se tanto a cir-cuitos monofásicos como a circuitos trifásicos. A queda de tensão em circuitos trifásicos “minimamente equilibrados” é calculada por este mé-todo “fase a fase”, com os valores de tensão simples, 230 V, e não com os valores de tensão entre fases, de 400 V, não se considerando queda de tensão no neutro que tem uma função de equilibrador do sistema tri-fásico e só é percorrido por corrente eléctrica em caso de desequilíbrio. Daí usarmos o valor da tensão Uo (fase-neutro), e não a tensão U (entre fases). Neste contexto a secção do neutro não é relevante. No caso da alimentação de equipamentos monofásicos, os circuitos devem ser mo-nofásicos, aplicando-se a mesma fórmula mas com o comprimento, L, a reflectir também o condutor neutro, que sendo igual ao da fase, basta multiplicar por dois o comprimento da canalização eléctrica.

Em conclusão, numa coluna montante a queda de tensão deve ser cal-culada tendo em conta a fórmula em causa, sem contar com a secção do neutro. No caso da coluna ser desequilibrada pela distribuição das entradas na mesma, deve calcular a queda de tensão para a fase mais carregada.

P3: Numa instalação inserida num edifício (constituído por vários prédios) já existente em que será construído um novo pólo (prédio secundário) a ser alimentado por um PT privado já existente e em que na nova construção (prédio secundário) se vai realizar uma terra única que irá interligar todas as terras desta nova construção (incluindo as terras de serviço dos dois grupos geradores electro-géneos que irão existir) convém interligar a esta terra única (malha à volta do novo prédio) as terras de serviço e de protecção do PT?R3: Nas circunstâncias referidas, não será necessária a interligação com as ligações à terra do PT existente. Para poder interligar a nova ligação à terra com as terras de serviço e protecção do PT, as resistências das terras do PT deveriam ter menos de 1 Ohm.

P4: Estou a fazer um projecto de uma padaria, numa casa onde já existiu um café. Esta padaria é só para produção de pão, e não existe venda ao público, composta por R/C e 1.ª Andar.As minha dúvidas são:- é considerado como edifício industrial? Correcto?- a casa faz face em dois lados com a via pública. Tenho de projec-tar da CVM ao ATI, passando pelo ATE. Certo?- o ATE pode ficar na parede de faz face à via pública? - como é um edifício industrial tenho de colocar um PD (bastidor) em cada piso, mesmo sendo somente um fogo? O PD posso con-siderar um ATI devido à pequena dimensão deste projecto? Não basta colocar um ATI junto do QE, que já existe?- será necessário/obrigatório neste caso uma ZAP?- entre o ATE e o ATI tenho de colocar no minímo 3 tubos DN40?- no DL menciona que tenho de ter 1 tomada de PC ou FO por

165