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Resumo da disciplina de Estética e História da Arte II, Romantismo.
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE IIRESUMO DISCIPLINA DE
1820-1850ROMANTISMOCONTEXTO HISTÓRICOMudanças sociais, políticas e culturais causadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa ao final do século XVIII. Liberalismo econômico. Invenção da fotografia.
CARACTERÍSTICASOs românticos procuraram uma maior liberdade de expressão afastando-se das convenções acadêmicas. Valorização dos sentimentos e da imaginação como princípios da criação artística. Temática ligada à vida e ao cotidiano nas cidades: ou à natureza.Presença da máquina. Segundo Baudelaire, o Romantismo não esta situado precisamente em nenhuma questão específica, mas em si mesmo, um fator inconstante. Dinamismo e realismo. Composição em diagonal que sugere instabilidade. Valorização da cor e dos constrates (claro-escuro), produzaindo efeitos de dramaticidade. Ao contrário do Neoclassicismo cuja temática era voltada para mitologia greco-romana, no Romantismo há um maior interesse pelos fatos reais da história nacional e contemporânea dos artistas.
Resumo da Professora Flávia Rudge Ramos.
FRANCISCO GOYAPRINCIPAIS PINTORES
Em contraponto as obras de encomenda, de temática leve e prazerosa (“A Família Real” e “Leiteira de Sordéus”) o artista espanhol trabalhou temas diversos sombrios como os horrores da guerra (“Os fusilamentos de 3 de Maio de 1808), monstros (“Saturno devorando um de seus filhos”); e erotismo (“La Maja Despida”). Antecipou o expressionismo, o surrealismo e a psicanálise. Fez sua pintura pensar os dramas mais profundos e terríveis do homem moderno.
A Família de Carlos IV é de uma modernidade quase chocante. Não mais protegido pela polidez convencional da retratação barroca da corte, o interior desses indivíduos foi revelado com impiedosa sinceridade. Eles parecem uma coleção de fantasmas: as crianças amedrontadas, a imagem embrutecida e balofa do rei, e - num golpe de mestre de humor e sarcasmo - a rainha, de uma vulgaridade grotesca e na mesma pose da Princesa Margarida de Velázques.
Citação do livro Iniciação a História da Arte de H.W. Janson e Anthony F. JansonPágina 315 - 316
A Família de Carlos IV. 1800 - Museu do Prado, Madri.
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE IIRESUMO DISCIPLINA DEROMANTISMO
FRANCISCO GOYAPRINCIPAIS PINTORES
Quando os exércitos de Napoleão ocuparam a Espanha em 1808, Goya e muitos de seus compatritoas esperavam que os conquistadores trouxessem as reformas liberais que se faziam tão urgentes. O comportamento selvagem das tropas francesas esmagou as esperanças e gerou uma resistencia popular de igual selvageria. Muitas obras de Goaya, de 1810 a 1815, refletem essa amarga experiência. A principal delas é Três de maio, 1808, evocando a execução de um grupo de cidadãos madrilenos. Aqui, as cores vivas, as pinceladas generosas e fluidas e a dramaticidade da luz noturna são mais enfaticamente neobarrocas do que nunca. A pintura tem toda a intensidade emocional da arte religiosa, mas esses mártires moestão morrendo pela liberdade, e não pelo Reino do Céu; seus carroscos, além do mais, não são agentes de Satã, mas da tirania política - uma formação de autômatos sem rosto, insensíveis ao desespero e revolta de suas vítimas.
Citação do livro Iniciação a História da Arte de H.W. Janson e Anthony F. JansonPágina 316
Trê de Maio. 1808 - Museu do Prado, Madri
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE IIRESUMO DISCIPLINA DEROMANTISMO
FRANCISCO GOYAPRINCIPAIS PINTORES
Depois da derrota de Napoleão, a monarquia espanhola restaurada trouxe consigo uma nova onda de repressão, o Goaya mergulhou cada vez mais num universo individual de visões dantescas, como podemos ver no Bobabilicon (O Paspalhão), uma gravura em metal da série os provérbios. Embora inspiradas em provérbios e superstições populares, muitas dessas cenas são um desafio a uma análise precisa. Pertencem ao domínio do horror subjetivamente vivenciado ainda mais aterradoras que Três de Maio, 1808.
Citação do livro Iniciação a História da Arte de H.W. Janson e Anthony F. JansonPágina 316
Saturno devorando um de seus filhos. 1819-1823Museu do Prado, Madri
Bobabilicon (Os provérbios nº4). 1818Museu Metropolitano de Arte, Nova York
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE IIRESUMO DISCIPLINA DEROMANTISMO
EUGÈNE DELACROIXPRINCIPAIS PINTORES
Trabalhou em missão diplomática no Marrocos, para documentar hábitos e costumes das pessoas daquele lugar, essa vivência foi tema de várias de suas pinturas: “A morte de sardanapalus”, “A agitação de Tanger”, etc ... Multidões agitando-se nas ruas foi também um tema representado em “A Liberdade Guiando o Povo”.
Texto original - Resumo Prof. Flávia Rudge
A agitação de Tânger (1837-1838)
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE IIRESUMO DISCIPLINA DEROMANTISMO
Delacroix retratou a Liberdade, tanto como figura alegórica de uma deusa como uma mulher robusta do povo, uma abordagem que os críticos contemporâneos denunciaram como “ignóbil”. O monte de cadáveres actua como uma espécie de pedestal de onde a Liberdade passa, descalça e com os seios nus, de lona e no espaço do espectador. O barrete que ela usa simbolizou a liberdade durante a primeira Revolução Francesa, de 1789-1794. A pintura tem sido vista como um marco para o fim da Era do Iluminismo, assim como muitos estudiosos vêem o fim da Revolução Francesa como o início da era romântica.
Os lutadores são uma mistura de classes sociais, que vão desde as classes mais altas, representadas pelo jovem com uma cartola, para a classe média ou a revolucionária burguesia, como exemplificado pelo menino segurando as pistolas (que pode ter sido a inspiração para o personagem Gavroche em Les Misérables de Victor Hugo). O que todos têm em comum é o ardor e a determinação nos olhos. Além da bandeira empunhada pela Liberdade, em tricolor, em segundo plano, pode ser vista também uma bandeira igual, muito longe, nas torres de Notre Dame.
Simbolismo - http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Liberdade_Guiando_o_Povo
EUGÈNE DELACROIXPRINCIPAIS PINTORES
A Liberdade Guiando o Povo (1830)
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE IIRESUMO DISCIPLINA DEROMANTISMO
A Natureza deixa de ser um pano de fundo e ganha importância mesma passa a ser o tema da pintura. Calma ou agitada, a natureza adquire um dinamismo equivalente às emoções humanas. Antecipou o Impressionismo ao representar o efeito da luz solar nas cores da natureza.
Foi um estudioso da paisagem, dos efeitos atmosf[ericos e da luz solar. trabalhava n’ao com um processo organizado e sim, dirigido pelas cores e por uma ideia que tinha em mente. Em algumas obras chega ao abstracionismo (“O Amanhecer depois do Naufrágio”). Paisagens brilhantes e douradas onde por vezes se ve a máquina.
Texto original - Resumo Prof. Flávia Rudge
JOSEPH MALLORD W. TURNERPRINCIPAIS PINTORES
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE IIRESUMO DISCIPLINA DEROMANTISMO
TEMÁTICA - PAISAGEM
O Amanhecer após o Naufrágio (1840)
O Navio Negreiro (acima), uma das mais espetaculares visões de Turner, mostra como ele transformou suas fontes literárias em “bruma tonalizadora”. Originalmente intitulado Traficante de Escravos Lançando ao Mar os Mortos e Moribundos - O Furacão Chegando, o quadro estabelece vários níveis de significação. Em parte, ele se relaciona com uma acidente específico sobre o qual Turner tinha lido: quando uma epidemia irrompeu num navio negreiro, o capitão atirou fora sua carga humana porque estava segurado contra a perda de escravos no mar, mas não por doença. Turner pensou também em um trecho da obra As Estações de james Thompson, que descreve como: os tubarões seguem um navio negreiro durante um furacão, “atraídos pelo cheiro do aglomerado de pessoas, ou pelo fétido odor de doença e morte”.
Citação do livro Iniciação a História da Arte de H.W. Janson e Anthony F. JansonPágina 323
JOSEPH MALLORD W. TURNERPRINCIPAIS PINTORES
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE IIRESUMO DISCIPLINA DEROMANTISMO
TEMÁTICA - PAISAGEM
O Navio Negreiro, 1840
Suas pinturas construídas em grandes composições, eram procedidas de numerosos estudos desenhados diretamente na natureza. Seu processo de trabalho era experimental e pragmático. Sua temática esta ligada a vlorização da vida no campo em contraponto a agitação da vida urbana. Sua pisagem é serena e retrata frequentemente lugares onde o artista viveu.
Texto original - Resumo Prof. Flávia Rudge
... ele desenvolveu uma técnica de amplitude e liberdade cada vez maiores que explica porque os quadros grandes dos últimos anos de Constable retiveram, cada vez mais, a qualidade de seus esboços a óleo; em Stoke-by-Nayland (acima), tanto a terra quanto o céu parecem ter-se tornado “órgãos do sentimento” que pulsa com a sensibilidade poética do artista.
Citação do livro Iniciação a História da Arte de H.W. Janson e Anthony F. JansonPágina 323
JOHN CONSTABLEPRINCIPAIS PINTORES
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE IIRESUMO DISCIPLINA DEROMANTISMO
TEMÁTICA - PAISAGEM
Stoke-by-Nayland (1836)