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RESUMOS - TEXTOS – 1ª PROVA PSICODRAMA TEXTO- PRINCÍPIOS DE ESPONTANEIDADE Quando as pessoas são surpreendidas elas atuam assustadas ou perplexas, apresentando respostas falsas ou então nem apresentando; O sentido da espontaneidade se mostra menos desenvolvido que outros sentidos cerebrais devido ao fato de ser muito menos utilizada e treinada; A evolução consciente da espontaneidade abre novos horizontes para o ser humano; Nos últimos tempos está se abrindo espaço dentro das teorias do desenvolvimento infantil para conceitos como espontaneidade, ego auxiliar, desempenho de papel e tele; O estudo da psicologia infantil se fundamentou em duas partes principais: a psicologia animal e a interpretação de crianças como se fossem adultos neuróticos, assim foram negligenciados as teorias que veem a criança como gênios da raça, onde encontra-se a mais dramática expressão; Nestas pesquisas e espontaneidade e a criatividade são vistos como fenômenos primários e positivos; Outro aspecto negligenciado é que as crianças são indivíduos em interação; Situação no nascimento: O bebe vem ao mundo após nove meses apenas de gestação, sem estar preparado para se “virar” sozinho satisfazer suas necessidades sem a ajuda de um ego auxiliar;

Resumo Textos 1ª Prova Psicodrama

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RESUMOS - TEXTOS 1 PROVA PSICODRAMATEXTO- PRINCPIOS DE ESPONTANEIDADE Quando as pessoas so surpreendidas elas atuam assustadas ou perplexas, apresentando respostas falsas ou ento nem apresentando;

O sentido da espontaneidade se mostra menos desenvolvido que outros sentidos cerebrais devido ao fato de ser muito menos utilizada e treinada;

A evoluo consciente da espontaneidade abre novos horizontes para o ser humano;

Nos ltimos tempos est se abrindo espao dentro das teorias do desenvolvimento infantil para conceitos como espontaneidade, ego auxiliar, desempenho de papel e tele;

O estudo da psicologia infantil se fundamentou em duas partes principais: a psicologia animal e a interpretao de crianas como se fossem adultos neurticos, assim foram negligenciados as teorias que veem a criana como gnios da raa, onde encontra-se a mais dramtica expresso;

Nestas pesquisas e espontaneidade e a criatividade so vistos como fenmenos primrios e positivos;

Outro aspecto negligenciado que as crianas so indivduos em interao;

Situao no nascimento: O bebe vem ao mundo aps nove meses apenas de gestao, sem estar preparado para se virar sozinho satisfazer suas necessidades sem a ajuda de um ego auxiliar;

Espontaneidade: resposta (adequada) a uma nova situao ou uma nova resposta a uma situao antiga;

Um mnimo de espontaneidade j preciso no primeiro dia de vida;

O fator E (espontaneidade) no apenas ambiental e nem apenas hereditrio; ela um fator independente entre os genes e a tele; ou seja recebe influencias mas no ;

O crebro dotado de certa plasticidade, ele dotado do fator E que permite que at em ltimos casos se acha solues;

Processo de aquecimento (comportamentos/pensamentos/atitudes/aes preliminares que preparam para o ato espontneo) preparatrio para um novo ambiente: A sua expanso depende do grau e espcie de novidade que vai ser encontrada; (CRISE DE PANICO = ESTAR PRESO NO AQUECIMENTO) Temos que perceber que as atitudes dos outros tem relao com a nossa, e vice-versa; Existem dois tipos de arranque (aquecimento), o fsico e o mental; quando a criana pequena, bebe, ela tem muito mais o fsico; O nascimento o ato final de nove meses de aquecimento; Cada pessoa nica, portanto os graus de arranque variam; Se no tiver sinal de aquecimento vai ter a perda ou ausncia da espontaneidade; Um grau Maximo de aquecimento indica que o fator E esta funcionando bem, um superaquecimento significa um excesso de espontaneidade; A funo do processo de aquecimento preparatrio e a matriz identidade: As zonas como loci Nascendi para o aquecimento:

Processo: Ns nascemos com pequenas zonas no corpo desigualmente divididas em operacionais e no operacionais; de um lado as zonas corporais que tem grande intensidade; do outro as zonas neurais, com frequncias quase zero; Cada processo de aquecimento tem um foco, ou seja, no existe uma zona anal, oral, etc, existem zonas em que nem a boca, o anus, a zona ento, seria um ligar onde esses locais (boca, anus, mamilo) seriam contribuentes; essas zonas so dispositivos de arranque para um ato espontneo, ou seja, zona foco que faz o aquecimento acontecer que gera o ato espontneo que configura os papeis; ento quando o bebe vai mamar, ele pega o mamilo que ativa toda a zona em que esta inserido, que produz o aquecimento para o ato espontneo (amamentar) Os processos especficos de aquecimento preparatrios atuam entre si, e isso resultara e um conjunto de dispositivos fsicos de arranque; Ego-Auxiliar como processo de aquecimento da criana e o desempenho infantil de papeis: para a criana o ego a extenso do seu prprio corpo; A me tem duas funes: de atuar adequadamente no papel de me; outra de perceber as necessidades do bebe, para aquecer-se para as exigncias do bebe, para ajuda-lo a funcionar; Papel do comedor: quando duas partes do corpo operam juntas diz-se que UM ATO, para isso demora para se desenvolver, um exemplo de UM ATO quando movimentamos as duas pernas para andar, ou pegar algo, mas no inicio da vida o processo de aquecimento da mo esquerda pode ser diferente da direita. Isso reflete em que preciso que a me o filho estejam em sintonia para que em alguns momentos se formem UM ATO como por exemplo na amamentao; necessrio ter um interajustamento com coisas internas e externas; no caso fome e mamadeira ou seio da me; Portanto os esforos de ajustamento fsicos e mentais desenvolvem paralelamente; A me com todos os seus instrumentos de ego auxiliar esta totalmente desligada e independente da criana; O eu e o tu ainda no surgiram nesta fase e um choque quando a criana o percebe, percebe que aquele instrumento externo no o pertence, e sim a um OUTRO; Desempenhar o papel do outro no aparece de forma sbita para a criana, tem que passar por inmeras fases antes; A primeira fase: O outro faz parte da criana, a completa e espontnea identidade; A segunda fase: a criana concentra sua ateno no outro; A terceira fase: separar a outra parte da continuidade da experincia e deixa de fora todas as demais partes, incluindo ela mesma; A quarta fase: situa-se ativamente na outra parte e representa o papel dela; A quinta fase: troca mutua de papeis, a criana representa o outro e o outro representa a criana; Essas 5 fases representam a base biolgica para o desempenho de papeis; A interao entre a me-bebe vai influenciar no intercambia futuro de papeis entre a criana e os egos-auxiliares; no desempenho de outros papeis; Duvida-se que a aprendizagem primria infantil se baseia em operaes como projeo, imitao e identificao; O primeiro ego-auxiliar da criana permite que este se desenvolva e comea a desempenhar seus novos e prprios papeis; Universo da criana; Matriz identidade a placenta social da criana; Ela se dissolve gradualmente a medida que a criana vai ganhando autonomia; Assim comea a declinar sua dependncia dos egos auxiliares; Longo perodo de infncia: uma caracterstica do primeiro universo: se a criana j nascesse prepara para esse mundo, se no precisasse de algum que a ajudasse, no aproveitaria das oportunidades que a placenta social as prepara; O prolongamento da gravidez seria uma calamidade; A criana nasce num momento estratgico para o desenvolvimento de suas potencialidades espontneas; Amnsia infantil e a sndrome da fome de atos: seria a total amnsia que temos a respeito dos primeiros 3 anos de vida; Moreno no concorda com o fato de os fatos terem ser reprimidos; pois para reprimir primeiro tem que ser registrado para depois ser recordado e assim reprimido; Mas no caso, para a crana recordar dos fatos at 3 anos, durante o processo preparatrio de aquecimento, ele deve registrar os acontecimentos que esto acontecendo durante o processo, mas isso difcil para a criana ate 3 anos, pois ela est to focado no ato depois do aquecimento que no registra o que acontece durante o aquecimento;TEXTO - As marcas da vida: A teoria dos Clusters Os papeis no funcionam isolados, eles formam clusters (ramos) h uma espontaneidade desde papeis no atuados at atuados no presente, tem uma influencia, e essa influencia so os clusters;

possvel conciliar a dinmica interna percebendo a interao entre os papeis e que a experincia do ser humano se transmite e impregna todos os papeis

Matriz Identidade: O que ocorre ao redor do bebe sentido como dentro de si, o que acontece no ambiente em que o bebe esta inserido vai impregna-lo; funo materna de amamentar vai gerando uma primeira conduta para a sobrevivncia que resulta no primeiro papel, que a relao me-filho; So os papeis psicossomticos; as funes biolgicas so derivados dos papeis de me-filho; atravs do papel de filho vai se estruturando o EU, com base nas aprendizagens das regras que antecipam as condutas; Ento bebe vai tendo outras necessidades que no so mais involuntrias, e passam a ser voluntrias; e a essa nova fase o pai que tem papel fundamental; continua sendo filho mais com novos desenvolvimentos; o eu ento vai acumulando regras do jogo; depois vem o terceiro papel fundamental, o de irmo, aqui vo se somando outros papeis familiares ao universo da criana , que j sabe diferenciar fantasia de realidade e objetos de pessoas; ele vai desenvolver a caracterstica de escolher papeis; A cada ambiente o intercambio de experincias se realiza atravs do efeito cluster.

Clusters: cada perodo o bebe incorpora experincias que vo refletir por toda sua vida;

Cluster um (MATERNO)

o bebe incorpora as coisas como se fosse pertencente a ele;

a palavra chave desta etapa a dependncia e o papel complementar o da me;

saber receber cuidados, a lidar com os momentos de vulnerabilidade dependem de como passamos por esta etapa;

a espontaneidade vai passar pelo filtro da experincia incorporada e vai ter acesso a condutas adequadas;

muito importante em uma relao de intimidade saber sentir e aceitar carinho;

a auto estima est fortemente ligada a esta etapa;

Os fatores genticos tambm contribuem;

O que aprendemos neste primeiro momento so verdades que no precisam ser comprovadas;

Quanto mais variedade de estratgias para enfrentar a angustia, maior a versatilidade da pessoa, so chamados de mecanismos de defesa;

Temos que ter estratgias para assegurar nossa sobrevivncia emocional, o que nos impede de ser espontneos;

Quando temos um mecanismo de adequao bem sucedido ativamos um recurso e depois o abandonamos, quando ficamos com ele, vira patolgico;

Como terapeutas temos que questionar a resposta diante do sentimento e no o sentimento;

Se algum que passou bem pelo cluster materno, vai aceitar bem momentos de fracasso, de medo, de perdas;

Ansiedades bsicas: inveja (precedida pelo desamparo, muito projetada, ver que o outro tem algo que no te pertence); voracidade; admirao; reconhecimento (o reconehcimento nos liberta, a divida nos escraviza); culpa; vergonha (leva a timidez, que a antecipao ao momento de uma tavez situao de vergonha); angustia; agresso;

O sofrimento encontra-se internalizado como um valor

Inconsciente para moreno: nega a ideia do ICS ligado aos instintos; o inconsciente como uma frase emq eu faltam palavras, as palavras esto ali mas esto desordenadas, e esta tarefa faz parte do processo teraputico;

HOLDING SUSTENTAR/ACOLHER/SUPORTAR

PALAVRA SIM

PASSIVO; DEPENDENTE; RECEBER; TERNO; AUTO-ESTIMA; INTIMIDADE

EU SINTO Estabelece a confiana e a segurana que teremos pelo resto da vida;

Clustes dois (PATERNO incentiva a ir mais da limites)

GROUNDING ( fundamentao)

PALAVRA - NO

ATIVO; INDEPENDENTE; DAR; CONSISTENTE; AUTO-AFIRMAO 9reconhecimento de suas capacidades); SEPARAO

EU POSSO; Cluster 3 (FRATERNO pares, no necessariamente irmos, mas relao com os iguais amigos, primos)

Neste momento apareccem outros seres: irmos, amigos; primos, outras crianas que compartilham do seu tomo social;

A simetria ser o gerador da maioria dos papeis que desempenhamos na vida adulta, os papeis hierrquicos so assimtricos, j os papeis de iguais so simtricos, ento neste cluster se voc agride ser agredido,por exemplo;

Os vnculos que sobrevm da simetria contem trs diferentes dinmicas: compartilhas (que requer o desejo de doar aquilo que cada um tem para o bem comum; aqui vemos que o poder necessrio, mas tem que ser saudvel, quando passa para posso j vira patolgico, ai no se compartilha, se exige, por exemplo: desejo estar com voc, quero poder estar com voc, diferente de: sem voc eu no posso viver, aqui entra a posse e a dependncia); competir ( sempre acompanhado de um sentimento de culpa; se ganha usando seu Maximo potencial); rivalidade ( se no pode ganhar dando o mximo de sim, ento prejudica o outro);

A negociao essencial neste cluster; por exemplo com os casais, que em dificuldades negociam e ajustam a situao com a necessidade de ambos;

A construo do nos depende do cluster trs

O papel do terapeuta neste cluster disponibilizar suas prprias experincias, mas, com muito cuidado e lembrando que o vinculo entre o terapeuta e paciente assimtrico;

SHARING ( compartilhar, trocar)

INTERATIVO; INTERDEPENDENTE; TROCAR; NEGOCIAR; COOPERAR; COMPARTILHAR;

NS FAZEMOS Como eu me relaciono com o outro par.

TEXTO CONCEITO DE PAPEL: UMA PONTE ENTRE PSIQUIATRIA E SOCIOLOGIA A nova era apresenta inmeras inovaes que impulsionam novos desenvolvimentos em psiquiatria e sua caracterstica a abordagem grupal. As teorias das relaes interpessoais, a microssociologia e a sociometria (com as teorias da criatividade, da espontaneidade e do encontro) abriram vastas reas de pesquisas em psiquiatria, psicologia social e antropologia social. Os levantamentos recentos sobre a origem e o desenvolvimento da teoria de papel, assim como de seu conceito, ressaltam as contribuies feitas por sociolgicos, enquanto desconsideram as contribuies dos psiquiatras.

Papel, originalmente um termo do francs arcaico que penetrou no francs e no ingls medievais, derivado do latim rotula.

Papel no , assim, um conceito sociolgico; ele ingressou em seu vocabulrio pelo teatro. Frequentemente passa-se por alto que a moderna teoria de papel teve sua origem lgica e sua perspectivas no teatro, mas ela tem uma histria e uma longa tradio no teatro europeu, do qual se desenvolveu gradativamente na direo social e teraputica do nosso tempo.

Com base em papeis e contrapapeis, se situaes e de conservas de papel desenvolveram-se, naturalmente, suas extenses modernas: o jogador de papel, o jogo de papeis, a expectativa de papel, a representao e, finalmente, o psicodrama e o sociodrama.

O conceito sociolgico de papel, desenvolvido por G. H. Mead, tomou forma (1943) e foi posteriormente desenvolvido por R. Linton (1936); ambos no tinham conscincia, aparentemente, do quanto o processo de tomada de papel relacionava-se, basicamente, com o teatro.

DEFINIO DE PAPEL

O papel pode ser definido como as formas tangveis e concretas assumidas pelo eu. Assim, podemos entend-lo como as formas funcionais que o individuo assume no momento especifico em que reage a uma situao especifica, em que outras pessoas ou objetos esto envolvidos. A representao simblica dessa forma de funcionamento, percebida pelo individuo e pelos outros, chamada de papel.

Todo papel uma fuso de elementos e privados. Todo papel tem dois lados, um privado e outro coletivo.

A teoria no pode ser limitada aos papeis sociais, devendo incluir trs dimenses: papeis sociais, expressando a dimenso social; papeis psicossomticos, expressando a dimenso fisiolgica; e papeis psicodramticos, expressando a dimenso psicolgica do self.

Formas psicodramticas do jogo de papeis, como a inverso e a identificao de papeis, os jogos de dubl e de espelho, contribuem para o desenvolvimento mental do individuo.

Os papeis sociais desenvolvem-se num momento posterior e baseiam-se nos papeis psicodramticos, como formas prvias de experincias. Sua funo penetrar no inconsciente, com base no social, ordenar-lhe e dar-lhe forma.

O papel a unidade de cultura; ego e papel esto em interao continua. A percepo do papel cognitiva e antecipa as respostas que esto por vir. J o desempenho de papeis uma habilidade de execuo: um alto grau de percepo pode ser acompanhado por uma habilidade baixa para seu desempenho e vice-versa.

Os estados co-conscientes e co-inconscientes so, por definio, aqueles em que os parceiros experimentam e produzem conjuntamente e que podem, portanto, ser reproduzidos ou representados somente em conjunto.

O conceito subjacente a essa abordagem o reconhecimento de que o homem um jogados de papeis, que todo individuo caracteriza-se por determinada srie de papeis que domina seu comportamento e que cada cultura caracteriza-se por determinado conjunto de papeis que ela impe a seus membros, com variados graus de sucesso.

TEXTO - O PAPEL

A evoluo de sua atitude como filsofo, diretor de teatro, e terapeuta o conduz a uma concepo do eu e do homem, cujo centro e a espontaneidade.

O homem um ser que, seguindo o impulso da espontaneidade, chegar a desenvolver a chispa divina criadora que traz em si mesmo. O homem um gnio em potncia, que lutando contra as conservas culturais, atravs da espontaneidade criadora ativa, chegar a assemelhar-se a Deus e a encontrar sua liberdade. Se no desenvolve essa espontaneidade, o homem adoece. Esta pois, a primignia (que o primeiro de sua espcie; primitivo; primordial) concepo do homem, segundo Moreno.

A existncia do individuo se realiza pelo desempenho de um papel na sociedade a esta se insere numa cultura.

A ORIGEM DA NOO DE PAPEL

Atualmente o termo papel adquiriu conotaes eminentemente sociolgicas, antropolgicas e psicolgicas. Sem dvida, o conceito vem do teatro, em que passou do rolo em que estavam escritos os dramas, aos personagens que os representavam.

A posio que pessoa assume dentro da sociedade; ou melhor, como quer Linton, o papel o aspecto dinmico do status. O papel pode ser definido como uma pessoa imaginria criada por um dramaturgo: um Hamlet, um Otelo, um Fausto; esse papel imaginrio pode no ter existido, como o caso de Pinquio ou de Bambi. Pode ser um modelo de existncia, como Fausto; ou uma imitao da existncia como Otelo. Tambm se pode definir o papel como uma parte de um personagem que o ator torna presente: por exemplo, uma pessoa imaginria como Hamlet, traduzido realidade por um ator. Tambm se pode definir o papel como um carter ou funo assumidos na realidade social: policial, juiz, mdico, congressista. Pode-se definir o papel como as formas reais e tangveis que a pessoa adota. Pessoa, eu, personalidade, carter, etc.

O papel uma cristalizao final de todas as situaes em uma zona especial de operaes pelas quais o indivduo passou (por exemplo, as de comilo, pai, piloto de avio).

O PAPEL, EU TANGVEL

Moreno no identifica seu eu psicolgico com o eu filosfico ou com a pessoa definida racionalmente, mas fala do eu que experimentamos, fala da conscincia que temos de ns mesmos. E de incio, afirma, que s temos essa conscincia desempenhando um papel; que, se o homem no tivesse nenhuma atuao, jamais chegaria a ter conscincia de si mesmo. E como a atuao est sempre em relao com pessoas os coisas, o eu experimental essencialmente um eu de papeis.

O papel o aspecto tangvel do chamamos eu. Moreno afirma que este eu psicolgico posterior ao desempenho de papel; e mais que isso, o eu psicolgico e conciencial ou experimental surge a partir do desempenho de papeis.

O primeiro que existe o papel e dele surge o eu.

Corpo, psique e sociedade so, portanto, as partes intermedirias do Ru total.

O PAPEL, MANIFESTAO DE UMA CULTURA

Segundo os objetivos da psicologia social, a forma como est organizada numa sociedade melhor descrita, em termos das posies que ela apresenta, para serem ocupadas pelas pessoas.

EVOLUO DA ADOO DE PAPEIS

Ao longo da convivncia com os pais, a criana interioriza os seus respectivos papeis de forma to inconsciente que, de certo modo, chega a ser seus prprios pais.

Se a cultura se define pelos papeis que nela existem, devemos concluir que a integrao numa cultura se faz atravs da adoo de papeis.

A criana comea a atuar desde o primeiro momento do nascimento, desempenhando um papel. Esta interao se realiza em determinadas zonas do corpo: a boca, os olhos, o ouvido etc., que fundamentam os primeiros papeis: Cada zona o ponto focal de um iniciador fsico, no processo de aquecimento para um estado espontneo, sendo este estado componente da conformao de um papel.

Nessa primeirssima etapa da matriz de identidade tambm tem lugar a primeira aprendizagem emotiva da criana: Esta matriz de identidade estabelece o fundamento do primeiro processo de aprendizagem emotiva da criana.

A evoluo na adoo de papeis no termina na etapa da inverso da identidade, mas na etapa a que o Moreno chama de ruptura entre a fantasia e a realidade.

Os papeis de me, de filho, de filha, de professor etc. so denominados papeis sociais e separados das personificaes de coisas imaginadas, como reais como irreais. A essas personificaes chamados papeis psicodramticos.

Papel e status: o status mais uma noo abstrata que indica posio que um indivduo ocupa numa sociedade, enquanto o papel seria o aspecto dinmico do status.

Cada papel aparece como uma fuso de elementos individuais e coletivos e resulta de duas classes de fatores: seus denominadores comuns e suas diferenas individuais.

O papel nasceu da interao me filho. Desde seu comeo se justifica a inter-relao dos papeis, que polariza em papel contra-papel.

Os papeis que representam ideias e experincias coletivas denominam-se papeis sociodramticos; os que representam ideias e experincias individuais, so os papeis psicodramticos.

A quantificao de papeis circunscreve a experimentao psicodramtica conhecida trata-se de uma diviso nitidamente estatstica.

Categoria temporal: se baseia na caracterstica do papel denominada expectao da conduta e que em termos condutistas de aprendizagem chamaramos de generalizao: prev a conduta que um determinado papel ter em circunstncias diversas

A velocidade expressa o tempo de pr aquecimento que um individuo precisa para representar um papel. um conceito estatstico no dirigido a quantidade de papeis mas a rapidez.

A consistncia est relacionada com a estabilidade com que algum percebe o papel.

a dominncia ou recessividade dos papeis indicam a fora com que estes dominam a conduta da pessoa. Podemos desempenhar vrios papeis na vida, porm nem todos tem a mesma importncia no momento de determinar nossa conduta; nem todos constituem igualmente nosso eu tangvel.

Moreno divide o papel em flexvel e rgido refere-se a liberdade ou no liberdade com que so percebidos e representados os papeis, o que de certa forma, constava j na diviso proposta sob ttulo: graus de liberdade e espontaneidade.

Moreno chama o treinamento de papeis de psicodrama didtico ou pedaggico: tambm utilizamos o psicodrama plenamente sistematizado, especialmente para fins pedaggicos e culturais.

TEXTO: MARCOS DE REFERENCIA Bergson defende saudavelmente, que o filosofo deve aproximar-se da realidade tal como em si, e no tal como se nos apresenta.

Para Moreno nada incomoda tanto como ver o homem, em busca de segurana, aferrar-se aos produtos culturais, esquecendo a sua originalidade e todas as suas possibilidades pessoais.

Bergson prope a intuio, o contato imediato, experencial.

a intuio tem sua correspondncia moreniana: a ao, o viver, o experimentar na prpria carne,; idia quase obsessiva em Moreno, desde sua juventude, e na qual se vai gerar o psicodrama Pela intuio dirigida ao prprio eu como objeto mais prximo,Bergson chega experincia de sua durao que, por sua vez, supe a espontaneidade, a incompatibilidade da pessoa.

Sobre a espontaneidade se vai desenvolver sua teoria do mundo, do homem,, do adoecer e do sanar; todas as suas tcnicas teraputicas no visam seno, despertar a espontaneidade criativa do homem. Conclui que h uma fora nova, o lan vital, que dirige o evolucionismo biolgico do mundo.

O homem algo mais que um ente psicolgico, biolgico, social e cultural: entre csmico... porque, o bem co-responsvel por todo o universo, por todas as formas de ser e por todos os valores, ou sua responsabilidade no significava absolutamente nada... alm davontade de viver` de Schopenhauer, da `vontade do domnio` de Nietzsche e da vontade de valer`de Weininger, proponho eu, a vontade do supremo valer`. A partir da, apresento a hiptese de que o cosmo em devenir seja a primeira e ltima existncia e o valer supremo.`` Para moreno no h duvida de que, quando um autor ou um artista cria uma nova obra, isto acontece num aqui e num agora ou seja num instante determinado de sua vida.

A espontaneidade criadora a espontaneidade que se da em um momento concreto da vida de um homem tambm concreto. So conceitos desenvolvidos teoricamente por ele e levados a pratica ao longo de toda sua vida e toda sua obra.

KIERKEGAARD Tudo existencial e no s cabe e se expressa, mas at se requer no psicodrama moreniano.

Kierkegaard, contra sua vontade, converteu-se em analista da existncia. Seu desejo no era analisar a existncia, porm realizar a existncia. O que ele queria no era analisar-se a si mesmo, mas converter-se no aqui e no agora.

Sineismo a cincia do ser.

Moreno dedica suas preocupaes: os fracos, os marginais, o que utilizando a linguagem existencialista mais vivem o horror da existncia; os existencialistas mais existenciais, diria ele.

Holsten define o hassidismo: que nada existe onde no esteja Deus.

O homem deve ser estudado como homem e no em consequencias de haver sido filogeneticamente, um animal. O ser humano deve ser estudado como , em sua atuao, sem comparaes bastatdas com seres de categoria inferior.TEXTO ESPONTANEIDADE E CRIATIVIDADE Dois eixos polarizam a teoria de moreno relativa a pessoa humana: a espontaneidade em sua dimenso individual, e o fator tele em sua projeo social. Ambos se conjugam no eu tangvel e o que fundamenta sua teoria do papel.

Espontaneidade como centro da antropologia.

A espontaneidade tornou-se um valor tanto quanto social. Hoje, ela um marco de referencia para o homem de cincia, assim como para o poltico, e para o educador.

A espontaneidade e sua liberao atuam em todos os planos das relaes humanas, quer seja comer, passear, etc.

No sentido cosmolgico a espontaneidade se ope a energia fsica que se conserva; no sentido psicolgico, desenvolve no homem um estado de perpetua originalidade e de adequao pessoal, vital e existencial a circunstancia que lhe compete viver.

Para moreno existe duas classes de energia ou de espontaneidade: a que se conserva e a que no permanece, que se gasta e desaparece no momento de existir.

As conservas sufocam a espontaneidade e esse esgotamento da espontaneidade produz a doena psquica.

Em novas abordagens Moreno explica a espontaneidade como um catalisador que age como intermedirio e desencadeia a criativa que, por sua vez, produz as conservas culturais.

A espontaneidade o catalisador. A criatividade o X elementar sem compreenso especifica, o X que se reconhece por seus atos. Em psicodrama, ser espontneo fazer oportuno no momento necessrio. a resposta boa a uma situao geralmente nova, e por isto mesmo difcil.

Moreno diz que a espontaneidade esta ligada ao desempenho de papeis, que so normas transmitidas, mas que exigem ser criativamente apropriados pelo individuo.

Moreno distingue quatro classes de espontaneidade. 1 - o impulso; depois a aquisio cultural (a espontaneidade cria novos organismos, novas formas de arte e novos tipos de ambiente). H tambm um tipo de espontaneidade que a criao livre expresso da espontaneidade. E por ultimo h a expresso de reposta adequada a novas situaes. Argumentao trplice: Filosfica, vivencial e experimental.

Filosfica: se refere a induo, necessrio encontrar um fator que explique o movimento de tudo quanto progride no mundo.

Vivencial: seria a confisso dos que acreditam haver experimentado a chispa da espontaneidade.

Experimental: provas recorrentes a experimentao cientifica, aos nmeros e as estatsticas.

Warming up: um desencadeante dos estados afetivos que acompanham a espontaneidade. um intermedirio entre a espontaneidade e a criatividade. a manifestao ou o sinal externo pelo qual sabemos se a espontaneidade comeou a atuar. Ato espontneo ato criador, criatividade momento de espontaneidade.