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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia Centro ... · nordeste brasileiro, cinco novas espécies não descritas foram reconhecidas, sendo quatro do Piauí e uma do Rio

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

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Congresso Brasileiro de Zoologia (28.: 2010: Belém, PA)

Biodiversidade e Sustentabilidade.

Resumos. Belém, PA: Sociedade Brasileira de Zoologia, 2010.

1.706 p.

1 Zoologia – Brasil – Congressos. I. Montag, Luciano, org. II. Título.

CDD: 591

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 3 ~

Resumos

XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010

Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

Promoção

Realização

Comissão Organizadora

Luciano Fogaça de Assis Montag, Presidente (UFPA)

Wolmar Benjamin Wosiacki,Vice-Presidente (MPEG)

Maria Cristina dos Santos Costa, 1ª Secretária (UFPA)

Roberta de Melo Valente, 2ª Secretária (UFPA)

Ana Cristina Mendes de Oliveira, 1ª Tesoureira (UFPA)

Maria Cristina Esposito, 2ª Tesoureira (UFPA)

Fabiana Santos, Secretária executiva (FAZ E ACONTECE)

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Belém – Pará – Brasil

~ 33 ~

Área: CHELICERATA

Código: CHEL0003

DESCRIÇÃO DE CINCO NOVAS ESPÉCIES DO GÊNERO Xeropigo (ARANEAE, CORINNIDAE) DO

NORDESTE DO BRASIL

Carvalho, L. S.; Bonaldo, A. B.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: CAMPUS AMÍLCAR FERREIRA SOBRAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ,

MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI, COORDENAÇÃO DE ZOOLOGIA

O gênero Xeropigo foi descrito em 1882 por O. Pickard-Cambridge e atualmente, compreende nove espécies, todas

originárias da América do Sul. É diagnosticado pela combinação dos seguintes caracteres: palpo do macho com apófise

tibial retrolateral bilobada; condutor esclerotinizado com margens prolateral e retrolateral projetadas, formando um canal

mediano; base do processo tegular fracamente esclerotinizado, sobreposto ao êmbolo e ao condutor; êmbolo filoforme;

epígino com duas aberturas de copulação e um septo transversal delimitando anteriormente um processo ou depressão

mediana na borda posterior. Embora uma revisão tenha sido publicada em 2007, após o exame de espécimes coletados no

nordeste brasileiro, cinco novas espécies não descritas foram reconhecidas, sendo quatro do Piauí e uma do Rio Grande do

Norte. Duas destas espécies são representadas apenas por machos, enquanto as demais por machos e fêmeas. A maioria

destas espécies novas foi coleta exclusivamente em ambientes naturais (dominados por áreas de Cerrado ou transição

Cerrado-Caatinga, no Piauí e na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte), porém uma delas também foi coletada em

ambientes antrópicos no município de Teresina, Piauí. Apresentam-se ainda novos registros de Xeropigo tridentiger (O.

Pickard-Cambridge, 1869) para o Pará (Belém) e Piauí (Castelo do Piauí e Luís Correia); de X. camilae Santos-Souza &

Bonaldo, 2007 para o Piauí (José de Freitas), Goiás (Mineiros) e São Paulo (Guarantã); X. pachitea Santos-Souza &

Bonaldo, 2007 para o Mato Grosso (Canarana/Querência); e X. perene Santos-Souza & Bonaldo, 2007 para o Amazonas

(Coari).

Palavras-Chave: Taxonomia, Região Neotropical, Araneae

Financiador: CNPq- PQ 303591/ 2006-3; Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD/ SITE 10).

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Belém – Pará – Brasil

~ 1657 ~

Área: ROTIFERA

Código: ROTI0004

ZOOPLÂNCTON DA LAGOA DE PARNAGUÁ, PIAUÍ, BRASIL

Valois, R. S.; Filho, J. P. S.; Paranhos, J. D. N.; Costa, J. R.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, CODEVASF/7ª SR

O zooplâncton é uma comunidade complexa e que na cadeia trófica exerce papel importante na dinâmica de um

ecossistema aquático, especialmente na ciclagem de nutrientes e no fluxo de energia. Estudos sobre a composição do

zooplâncton realizados em lagos e reservatórios do Brasil por diversos pesquisadores, mostram que os principais grupos

representantes são Rotifera, Cladocera e Copepoda, sendo que a predominância de um ou de outro grupo e a diversidade

de espécies dentro de cada um deles, estão estreitamente relacionadas com as condições químicas, físicas e nutricionais do

ambiente. Este trabalho objetiva o conhecimento das espécies que compõem a comunidade zooplanctônica da lagoa de

Parnaguá. O estudo do plâncton no Piauí ainda é muito incipiente, particularmente para a região sul do Estado, sendo esta

uma contribuição importante no que se refere ao zooplâncton. A lagoa é formada pelo rio Paraim, e está situada no

município de Parnaguá-PI a aproximadamente 800 Km de Teresina, com as seguintes coordenadas geográficas: 10º13‟39”

S e 44º38‟20‟ W. O zooplâncton foi amostrado no ano de 2008 em 06 estações situadas nas regiões limnética e litorânea,

nos períodos seco e chuvoso através de arrastos horizontais e verticais utilizando-se rede com 45µm de abertura de malha,

50 cm de diâmetro de boca e 1m de comprimento. As amostras foram fixadas com formol a 4% e posteriormente

analisadas no laboratório de limnologia no Departamento de Biologia da UFPI. O zooplâncton esteve representado, pelos

filos Rotifera e Arthropoda, destacando-se os rotiferos com 20 espécies distribuídas em 10 gêneros, dentre estes o gênero

Brachionus apresentou maior número de espécies; Brachionus angularis, B. dolabratus,B. falcatus, B. minus e

Brachionus sp., seguido do gênero Keratella com as espécies; K. americana, K. paludosa f. obtusa e K. tropica tropica e

Filinia com as espécies: Filinia opoliensis, F. longiseta, Filinia sp., Lecane sp., Hexarthra intermedia, Anuraeopsis fissa,

Anuraeopsis sp., Testudinella sp., Thricocerca sp., Gastropus sp., Ascomorpha sp. Os crustáceos foram representados

pelos Cladocera e Copepoda, destacando-se os copépodos em estágio naupliar. Os adultos deste grupo foram

Notodiaptomus cearensis e Thermocyclops sp. Os Cladocera ocorrentes foram: Diaphanosoma spinulosum, Moina

minuta, Ceriodaphnia cornuta, Bosminopsis sp., Bosmina sp. e Simocephalus sp. Com base na composição específica do

zooplâncton da Lagoa de Parnaguá no período estudado, foram encontrados alguns representantes considerados

bioindicadores de ambientes ricos em nutrientes, podendo-se então inferir, que os resultados indicam se tratar de uma

lagoa eutrófica ou em fase de eutrofização.

Palavras-Chave: Rotifera, Cladocera, Copepoda

Financiador: CODEVASF

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Belém – Pará – Brasil

~ 1621 ~

Área: QUIROPTEROS

Código: QUIR0027

FILOSTOMÍDEOS DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DAS CONFUSÔES- PIAUÍ-BRASIL, (MAMMALIA,

CHIROPTERA)

Leite, F. H. R.; Nogueira-Paranhos, J. D.; Lustosa, G. S.; Valois, R. S.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

A família Phyllostomidae é endêmica do continente americano, entre os Chiroptera destaca-se como o grupo mais versátil

na exploração de alimentos, interagindo com diversas espécies animais e vegetais podendo explorar frutos, néctar, pólen,

folhas, insetos, vertebrados e sangue entre outros. Os membros desta família são apontados na literatura como cruciais

para a dinâmica de florestas tropicais, por serem os principais dispersores de sementes de muitas plantas pioneiras nesta

região. Esse potencial de dispersão está associado com seu hábito de forrageio, sua mobilidade e com as grandes

distâncias que percorrem em busca de alimentos. Alguns desempenham papel importante na polinização de pelo menos

500 espécies de plantas neotropicais de 96 diferentes gêneros, em matas de capoeiras, sendo que muitas destas plantas são

economicamente importantes para a humanidade como fonte alimentar ou ornamental.O objetivo deste trabalho é buscar

informações acerca da comunidade de morcegos filostomídeos, bem como sugerir parâmetros para que esse grupo possa

servir de indicador de qualidade satisfatório para o Parque Nacional da Serra das Confusões. O PNSC ocupa uma área

aproximada de 500.000ha e situa-se no sudoeste do Estado do Piauí, próximo à divisa com o estado da Bahia abrangendo

parte dos municípios de Guaribas e Caracol (9o 27‟a 9o 31‟S e 43o 05‟a 43o 56‟W). Foram realizadas 3 expedições ao

PNSC entre fevereiro de 2006 e julho de 2007. Nos locais de amostragem foram armadas redes de espera tipo mist nets.

As redes foram abertas ao entardecer, revisadas em intervalos de 30 minutos e fechadas após 6 horas de exposição em três

fitofisionomias: Área de Enclave, Caatinga Arbórea e Caatinga Arbustiva. Ainda, complementou-se a captura com coleta

ativa em abrigos diurnos desses animais Foram realizadas 138 capturas de filostomídeos de 20 espécies: Anoura caudifer

(n=1), Artibeus cinereus (n=22), Artibeus concolor (n=2), Artibeus fimbriatus (n=8), Artibeus guinomus (n=1), Artibeus

lituratus (n=5), Artibeus planirostris (n=11), Carollia perspicillata (n=39), Chiroderma villosum (n=1), Desmodus

rotundus (n=2), Diphylla ecaudata (n=3), Lonchophylla mordax (n=1), Micronycteris behni (n=3), Micronycteris

megalotis (n=5), Micronycteris minuta (n=3), Mimon bennettii (n=4), Pygoderma bilabiatum (n=1), Sturnira lilium

(n=21), Tonatia bidens (n=4), Vampyrodes caraccioli (n=1). Um número elevado de espécies de filostomídeos é uma

adequada referência de baixos níveis de antropização e são importantes dispersores de sementes, polinizadores de plantas

e fontes de regeneração da matriz vegetal. O estudo sugere que o Parque Nacional da Serra das Confusões possui

características apropriadas, de suporte das populações de morcegos frugívoros ali estabelecidas, e que encontra-se em

condições aceitáveis de preservação. Alcançando, assim, o objetivo de contribuir para a manutenção e preservação da

diversidade biológica e dos recursos genéticos do Bioma Caatinga.

Palavras-Chave: Morcegos, Caatinga, Quirópteros

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Belém – Pará – Brasil

~ 1620 ~

Área: QUIROPTEROS

Código: QUIR0026

COMPOSIÇÃO, RIQUEZA E ABUNDÂNCIA DA QUIROPTEROFAUNA (MAMMALIA, CHIROPTERA) DO

PARQUE NACIONAL DA SERRA DAS CONFUSÔES - PIAUÍ - BRASIL

Leite, F. H. R.; Nogueira-Paranhos, J. D.; Silva, B. L. A. A.; Valois, R. S.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

O Parque Nacional da Serra das Confusões (PNSC) encontra-se inserido no domínio morfoclimático da Caatinga e foi

recentemente apontado como uma área de máxima importância para preservação e investigação científica. Trabalhos

realizados com a quiropterofauna deste Bioma demonstraram que abriga em seus limites 69 espécies distribuídas em 8

Famílias. Por serem tão diversos, abundantes e biologicamente complexos são criticamente importantes nas comunidades

tropicais pelos inúmeros papéis que desempenham. Os objetivos deste trabalho são avaliar a composição, a riqueza e

abundância, bem como contribuir efetivamente na obtenção e disponibilização de informações acerca da quiropterofauna

do PNSC. Essas informações poderão servir como subsídios para estabelecimento de parâmetros de futuras estratégias de

manejo e preservação de comunidades de morcegos desta área. O PNSC ocupa uma área aproximada de 500.000ha e

situa-se no sudoeste do Estado do Piauí, próximo à divisa com o estado da Bahia, abrangendo parte dos municípios de

Guaribas e Caracol (9o 27‟a 9o 31‟S e 43o 05‟a 43o 56‟W). Foram realizadas 3 expedições entre fevereiro de 2006 e julho

de 2007. Nos locais de amostragem foram armadas redes de espera tipo mist nets. As redes foram abertas ao entardecer,

revisadas em intervalos de 30 minutos e fechadas após 6 horas de exposição em três fitofisionomias: Área de Enclave,

Caatinga Arbórea e Caatinga Arbustiva. Ainda, complementou-se as capturas com coleta ativa em abrigos diurnos desses

animais. Foram encontradas as Famílias Phyllostomidade, Molossidae, Vespertilionidae, Noctilionidae e Mormoopidae,

compondo um total de: 20, 4, 2, 1, 1 espécies respectivamente e 161 capturas. Isso esboça que morcegos podem viver em

sintopia ou simpatria. Na Área de Enclave ocorreram 59 capturas de 9 espécies, Caatinga Arbórea foram efetuadas 38

capturas de 15 espécies, na Caatinga Arbustiva 64 capturas de 22 espécies. As condições destes tipos vegetacionais podem

variar sazonalmente quanto à qualidade e quantidade de recursos, podendo dinamizar deslocamentos durante períodos

regulares. Pode haver espécies-chave nos recursos das diferentes Fitofisionomias. Do total de espécies, 36% eram de

morcegos predominantemente frugívoros, os hematófagos perfizeram 7% das espécies e estiveram presentes em dois dos

três tipos vegetacionais, os insetívoros totalizaram 42%, os piscívoros perfizeram 4% das espécies. Os nectarívoros

contribuíram com 7% das espécies coletadas e presentes, apenas, na Caatinga Arbustiva. Os quirópteros apresentaram

padrões de distribuição diferenciados de acordo com o tipo vegetacional a que estão associados, algumas espécies

permanecendo compartimentadas a apenas um tipo vegetacional. No local estudado essas Fitofisionomias se

interpenetram, sendo nessas áreas de mudança que os fatores climáticos, geomorfológicos e edáficos tomam maior

importância, determinando a distribuição das espécies ali representadas. A qualificação e quantificação da quiropterofauna

nas áreas de amostragem foi, em parte, alcançada. Não obstante o fato de um incremento nas áreas de coleta, junto a uma

análise mais criteriosa, possam revelar novas espécies e novos modelos de utilização de hábitat para o PNSC.

Palavras-Chave: Morcegos, Caatinga, Fitofisionomia

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Belém – Pará – Brasil

~ 1613 ~

Área: QUIROPTEROS

Código: QUIR0019

CARACTERIZAÇÃO CITOGENÉTICA E MOLECULAR DE ESPÉCIMES DE MORCEGOS DO GÊNERO

Eumops COLETADOS NO PARQUE NACIONAL SERRA DAS CONFUSÕES, PI

Soares, A. G.; Pereira, C. F.; Sousa, J. M. C.; Matos, L. A.; Britto, F. B.; Diniz, F. M.; Dantas, S. M.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ -

UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI, EMPRESA

BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA, EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA

AGROPECUÁRIA - EMBRAPA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI

Os morcegos, ordem Chiroptera, compõem um dos mais diversificados grupos de mamíferos terrestres, respondendo por

um terço da fauna brasileira de mamíferos e o segundo maior grupo em diversidade. O gênero Eumops pertencente à

família Molossidae, diferente da maioria dos gêneros desta família, apresenta variação quanto ao número cromossômico

diplóide. Neste estudo, dois exemplares de Eumops, coletados no Parque Nacional Serra das Confusões, Sul do Piauí, e

identificados morfologicamente como E. auripendulus, foram caracterizados quanto a citogenética e a identidade

molecular tendo como referência sequências do gene mitocondrial 12S contidas no Genbank. O cariótipo foi definido

através de preparações cromossômicas obtidas pela técnica direta de extração da medula óssea in vitro e submetidas à

coloração convencional. Após extração de DNA, seguindo o método PCI (Phenol - Chloroform - Isoamyl Alcohol)

(25:24:1, v/v/v), fragmentos do gene 12S foram amplificados por PCR utilizando os primers 12Sai e 12Sbi, seguido de

eletroforese em gel de agarose. Os produtos obtidos foram purificados com PureLinkTM PCR Purification Kit

(Invitrogen), submetidos à reação de sequenciamento com kit ABI Prism BigDye Ready Mix (Applied Biosystems) no

Termociclador GeneAmp PCR System 2400, seguindo-se a analise em sequenciador ABI-3100. As sequencias obtidas

foram inspecionadas com o editor CHROMAS v.2.23, alinhadas com o programa CLUSTAL W, implementado no

BIOEDIT, e analisadas com MEGA4, utilizando os métodos Neighbor-joining, seguindo o modelo de substituição

Kimura-2-Parameter, e Máxima Parcimônia, com o algoritmo Max-mini Branch-&-bound. Os suportes dos ramos foram

obtidos a partir de bootstrap com 1000 réplicas. Os dois espécimes apresentaram cariótipo com 2n=38 e NF=64, sendo

nove metacêntricos (1, 2, 3, 5, 7, 8, 11, 13 e X), quatro submetacêntricos (4, 6, 9, 10) e seis pares acrocêntricos (12, 14,

15, 16, 17, 18). O cariótipo, quanto ao número e morfologia dos cromossomos, mostrou diferenças quando comparados

com a literatura, em particular em relação a E. auripendulus (2n=40, 2n=42 e 2n=52). Na analise molecular, foram

analisados 425 bp, sendo 324 sítios conservados e 97 sítios variáveis (76 sítios parcimônia-informativa e 21 singletons). A

frequência nucleotídica foi similar entre as seqüência investigadas (T-23.5%, C-22.7%, A-36.1%, G-17.8%, em média).

Os espécimes dividem a maior distância genética com Chaerephon pumila (0,178) e a menor distância com Otomops

martiensseni (0,140). A árvore gerada agrupou os espécimes mais próximos a E. auripendulus, formando um ramo

separado com um valor de boostrap significativo. Na análise de máxima parcimônia o agrupamento se repetiu. No

entanto, a localização taxonômica dos espécimes não foi resolvida, sendo necessários estudos mais aprofundados de

citogenética, além da analise de outros genes tais como citocromo oxidase I (COI) e citocromo b (cytb).

Palavras-Chave: Cariótipo, identidade molecular, filogenia

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Belém – Pará – Brasil

~ 1529 ~

Área: PLATYHELMINTHES

Código: PLAT0005

Temnocephala pignalberiae (TEMNOCEPHALIDA) FROM TWO DISJUNCT POPULATIONS OF Dilocarcinus

(D.) pagei – FIRST RECORD FOR BRAZIL

Amato, J. F. R.; Amato, S. B.; Seixas, S. A.; Fonseca, M.; Ilário, R. J.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO

RIO GRANDE DO SUL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO

PIAUÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

The description of Temnocephala pignalberiae Dioni 1967, was based on specimens from crabs, Trichodactylus

orbicularis (= Dilocarcinus orbicularis), from a jar containing crabs deposited in the collections of the Instituto Nacional

de Limnologia, Santo Tomé, Province of Santa Fe, Argentina. Later, in 1992, the species was again collected in the same

province from live crabs, Dilocarcinus (D.) pagei and Sylviocarcinus pictus at Laguna Guadalupe. The known

geographical distribution of the species was, then, restricted to Argentina. We were determined to investigate if T.

pignalberiae could have a larger geographical distribution, reaching the Pantanal area in the State of Mato Grosso, Brazil.

In 2007, one of us (JFRA) collected adult specimens and eggs of temnocephalans from D. (D.) pagei, at a farm 10 km to

the south of Poconé, State of Mato Grosso. From November of 2004 to August of 2005, we received additional material

collected also collected from D. (D.) pagei in Bebedouro, State of São Paulo, which allowed us to not only extend the

known geographical distribution of the T. pignalberiae, but also to compare component populations of temnocephalans

from these two disjunct crab populations. The sample from Poconé was fixed according to our protocols, but the sample

from Bebedouro was fixed when the crabs were placed in ethanol 70%. Juvenile and adult temnocephalans which were

living in the branchial chamber were whitish to light pink and presented the red-eye pigmentation. The most distinctive

features of the temnocephalan specimens from the two localities representing different watersheds are: A. Similarities: 1)

cirrus with unarmed introvert, shape as described originally; 2) thick-walled prostatic bulb; 3) body large, ellipsoid, with

small and more separated tentacles; and 4) syncytial plates elongated. B. Differences: 1) contrasting shaft bases

contrasting, specimens from Poconé with rims of the shaft base directed inward, while specimens from Bebedouro with

straight and more open shaft base, similar to that drawn for specimens from Argentina; and 2) ratio between cirrus length

and prostatic bulb length.

Palavras-Chave: Geographical distribution, Neotropical Region, Taxonomy

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Belém – Pará – Brasil

~ 1501 ~

Área: ORNITOLOGIA

Código: ORNI0055

DIVERSIDADE DE AVES EM FRAGMENTO DE CERRADO PAULISTA EM BOTUCATU/SP

Guzzi, A.; Soares, R. R.; Castro, Í. S.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI)/PARNAÍBA, UNIVERSIDADE FEDERAL

DO PIAUÍ (UFPI)/TERESINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI)/TERESINA

O presente levantamento buscou caracterizar qualitativamente a avifauna de cerca de setecentos e cinqüenta hectares

residuais de cerrado paulista no Município de Botucatu. Coordenadas UTM: N 077014; E 742091. Foram enfocadas a

estrutura trófica e a relação das espécies de aves e seus hábitats como subsídio para análise de sua dinâmica ecológica. Por

se tratar de uma análise qualitativa foi escolhido o método de levantamento por transecto linear. As dietas foram

determinadas através de registros de campo e literatura. Foram realizadas observações no período compreendido entre 20

a 30/02/2004. As observações foram diárias, ocorrendo durante as duas primeiras e as duas últimas horas do dia, num total

de 40 horas de observação. Foram armadas redes ornitológicas de captura (mist nets) para a identificação e anilhamento

das espécies. Esse método de coleta de dados representou uma atividade secundária e complementar ao método do

transecto linear. Em todas as áreas as redes foram armadas logo ao amanhecer, permanecendo abertas por duas horas e

pelo mesmo período antes do anoitecer. Foram levantadas 76 espécies de aves, distribuídas em 13 ordens e 35 famílias.

Dentre os Não-Passeriformes a família Falconidae foi a mais representativa para todas as áreas, enquanto dentre os

Passeriformes a família Emberizidae foi a mais representativa em todas as áreas. O Índice de Similaridade de Jaccard

entre a avifauna registrada no presente levantamento e a avifauna registrada no Jardim Botânico da UNESP/Botucatu é de

48%. O percentual de aves insetívoras foi superior aos demais, em todas as áreas estudadas, perfazendo um total de 40%

das aves registradas. Espécies dependentes e semi-dependentes de ambientes florestados representam a maioria das

espécies amostradas nas matas ciliares, ressaltando a importância desses remanescentes florestais para a manutenção da

diversidade de aves. Os principais dispersores de sementes registrados que possuem um delicado estado de conservação

são Penelope superciliaris, Ramphastos toco e Schistoclamys melanopis. Constatou-se a baixa representatividade de

famílias como Cotingidae, Galbulidae, Bucconidae e Dendrocolaptidae, sendo que estas espécies caracterizam-se por uma

dieta relativamente especializada, o que pode estar relacionado ao estado de preservação da área estudada. Desta forma,

este estudo parece corroborar a idéia de que se os atuais níveis de perturbação ambiental continuarem haverá uma

tendência cada vez maior das aves onívoras e possivelmente das insetívoras menos especializadas aumentarem sua

representatividade, sucedendo o contrário no caso dos frugívoros e insetívoros mais especializados, o que já vem

ocorrendo de certa forma, em vegetações secundárias e em ilhas de vegetação nativa cada vez mais comuns no Brasil.

Palavras-Chave: Avifauna, Cerrado, Botucatu

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Belém – Pará – Brasil

~ 1500 ~

Área: ORNITOLOGIA

Código: ORNI0054

DIVERSIDADE DE AVES EM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA (MATA DE

ARAUCÁRIA)

Guzzi, A.; Santos, K. P. P.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI)/PARNAÍBA, UNIVERSIDADE FEDERAL

DO PIAUÍ (UFPI)/TERESINA

O presente levantamento buscou caracterizar qualitativamente a avifauna de cerca de quinhentos hectares residuais de

floresta ombrófila mista (mata de araucária) no Município de Abelardo Luz/SC, nas margens do rio Chapecozinho,

coordenadas geográficas: S 052°05‟40.6”; W 26°40‟44.2”. Foram enfocadas a estrutura trófica e a relação das espécies de

aves e seus hábitats como subsídio para análise de sua dinâmica ecológica. Por se tratar de uma análise qualitativa foi

escolhido o método de levantamento por transecto linear. As dietas foram determinadas através de registros de campo e

literatura. Foram realizadas observações no período compreendido entre 09 a 30/06/2007. As observações foram diárias,

ocorrendo durante as duas primeiras e as duas últimas horas do dia, no total de 80 horas de observação. Foram levantadas

98 espécies de aves, distribuídas em 18 ordens e 40 famílias. Dentre os Não-Passeriformes a família Picidae foi a mais

representativa para todas as áreas, enquanto dentre os Passeriformes a família Emberizidae foi a mais representativa. O

Índice de Similaridade de Jaccard entre a avifauna registrada no presente levantamento e a avifauna registrada no Parque

Natural Municipal Rio do Peixe/SC é de 48%. A maioria dos contatos com as espécies de aves foi visual 66 (67,3%%),

contra 32 (32,7%) de contatos auditivos. A família que apresentou maior número de espécies foi Emberezidae seguida por

Tyrannidae. O percentual de aves insetívoras foi superior aos demais, em todas as áreas estudadas, perfazendo um total de

35% das aves registradas. Espécies dependentes e semi-dependentes de ambientes florestados representam a maioria das

espécies amostradas nas matas ciliares, ressaltando a importância desses remanescentes florestais para a manutenção da

diversidade de aves. Outro fato observado foi a ausência, ou presença reduzida, de frugívoros de grande porte, como

membros das famílias Cracidae, Psittacidae e Ramphastidae, o que chama a atenção para o estado de conservação das

áreas estudas. Foi constatado que 56% (53 espécies) de todas as espécies registradas nesse estudo são, de alguma forma,

dependentes de mata, no entanto, apenas 35% delas são expressamente dependentes. Quando comparado ao levantamento

da avifauna do Parque Natural Municipal Rio do Peixe/SC, e em outras áreas do meio-oeste catarinense, o número de

tiranídeos pode estar subestimado, o que pode ser interpretado levando-se em consideração a diferença entre o

acompanhamento sazonal das espécies, pois muitas espécies de Tyrannidae são migratórias, relegando ao presente

levantamento exaustivo uma condição pontual de análise, não sendo registradas espécies que utilizam o fragmento

estudado somente alguns meses por ano, além das residentes. Embora fragmentadas e alteradas, todas as áreas estudadas

apresentaram um grande número de espécies, razoável se comparado a outros levantamentos no oeste catarinense, e

mesmo levando-se em conta o caráter secundário desses fragmentos, registrou-se a presença de espécies de grande

importância ecológica - como dispersores de sementes, por exemplo - cujas populações encontram-se em declínio por

todo Brasil.

Palavras-Chave: Avifauna, Mata de Araucária, Abelardo Luz

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 1483 ~

Área: ORNITOLOGIA

Código: ORNI0035

AVIFAUNA EM ÁREA DE FLORESTA SEMIDECIDUAL NO ENTORNO DA CIDADE DE TERESINA - PI

Cerqueira, P. V.; Soares, L. M. S.; Silva, M. S.; Gonçalves, G. S. R.; Lopes, F. M.; Santos, M. P. D.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - LABORATÓRIO DE ZOOLOGIA,

LABORATÓRIO DE ZOOLOGIA - UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO

PIAUÍ, INFRAERO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

O Brasil é um dos países com maior diversidade biológica de aves do mundo, possuindo um total de 1.840 espécies,

incluindo tanto aves que residem no país, ou seja, aves que se reproduzem aqui, quanto aves visitantes. O Piauí está

localizado na parte ocidental da região Nordeste do Brasil, em área de tensão ecológica, com vegetação de transição ou

ecótonos, sofrendo influência dos biomas, Amazônia, Cerrado e Caatinga. Quanto a sua avifauna, o Piauí é um dos

estados menos estudados do ponto de vista da ornitofauna, principalmente as áreas dominadas pelo bioma Caatinga e

áreas de transição. O objetivo desse trabalho foi estudar a variação da riqueza, composição e diversidade de aves em uma

área de floresta semidecidual na zona rural do município de Teresina • PI (05° 03' 52,2" S - 042° 43' 30,4" W). Como

métodos de amostragem da avifauna foram utilizados: Captura com redes de neblina, as quais foram dispostas em duas (2)

baterias de cinco (5) redes para cada ponto amostrado; Contato visual, entre as 5:00h e 10:00h da manhã com auxílio de

binóculos; Contato auditivo e Censo de aves. Foram registradas 89 espécies na área de estudo. As famílias que

apresentaram maior número de espécies foram: Cuculidae (6), Columbidae (4), Picidae (4), e Trochilidae (3) entre os Não

- Passeriformes; e Tyrannidae (13), Thraupidae (7), Thamnophilidae (7) e Dendrocolaptidae (6) entre os Passeriformes.

Das 22 espécies de aves consideradas como endêmicas do Bioma Caatinga, quatro (18,18%) estão presentes na área em

estudo; são elas: Anopetia gounellei, Picumnus pygmaeus, Xiphocolaptes falcirostris e Thamnophilus capistratus. Um

total de 5 espécies com distribuição tipicamente amazônica foram registradas na área em estudo; são elas Pteroglossus

inscriptus, Pteroglossus aracari, Xiphorhynchus guttatus, Formicarius colma e Attila spadiceus. Apenas uma espécie de

ave ameaçada de extinção na categoria de vulnerável, segundo o Ministério do Meio Ambiente, foi registrada na área do

Condomínio: Xiphocolaptes falcirostris.

Palavras-Chave: riqueza, composição, ecótono

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 1392 ~

Área: MOLLUSCA

Código: MOLL0006

OCORRÊNCIA DE Biomphalaria straminea (MOLLUSCA, PLANORBIDAE) EM DIFERENTES

LOCALIDADES DO MUNICÍPIO DE PICOS, PIAUÍ

Carvalho, L. D.; Chaves, F.; Silva, S. M. F.; Martins, A. S.; Fonseca, M. G.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: LABORATÓRIO DE ZOOLOGIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO, CENTRO DE

CONTROLE DE ZOONOSES DO MUNICIPIO DE PIAUI, CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DO

MUNICIPIO DE PIAUI, CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DO MUNICIPIO DE PIAUI, LABORATÓRIO

DE ZOOLOGIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI

No Brasil são três as espécies de caramujos planorbídeos importantes na transmissão do Schistosoma mansoni, parasito

causador da esquistossomose: Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenogophila. Para o

município de Picos a única espécie envolvida na transmissão é a Biomphalaria straminea. Devido a implicação direta

desta espécie na transmissão da esquistossomose o presente trabalho teve por objetivo, determinar sua ocorrência nas

coleções hídricas de cinco localidades do município de Picos, três situadas na zona urbana dos bairros Canto da Várzea,

Malvinas e Passagem das Pedras e duas na zona rural dos sítios Mesa de Pedra e Retiro. A pesquisa foi realizada em

setembro de 2009 e consistiu de um estudo de campo para coleta dos caramujos e da avaliação laboratorial para pesquisa

de cercarias de S. mansoni nos caramujos coletados. A coleta dos planorbideos foi realizada com peneira mergulhada

repetidas vezes na coleção hídrica pesquisada, até uma distância aproximada de um metro da margem; as estações foram

marcadas de 50 em 50 metros, sendo que a área total de cobertura para cada localidade foi de 100m. Os espécimes

coletados em cada ambiente foram acondicionados em recipientes, com água do próprio local, e transportados ao

laboratório de Zoologia para contagem, identificação e pesquisa de cercarias por meio do esmagamento da concha entre

lâminas e posterior análise sob estereomicroscópio. Em todas as coleções hídricas pesquisadas foram capturados

caramujos de B. straminea (Canto de Vázea n=425; Passagem das Pedras n=160; Mesa de Pedra n=112; Retiro n=109;

Malvinas n=102). A pesquisa de cercarias foi realizada para todos os espécimes de B. straminea coletados. Dos 908

planorbideos coletados e examinados cinco foram positivos para cercarias de S.mansoni procedentes das localidades

Canto da Várzea (n=3, índice de infecção 0,70) e Mesa de Pedra (n=2, índice de infecção 1,78) nas zonas urbana e rural,

respectivamente. Cercárias não infectantes foram observadas em 25 espécimes (2,75%) das localidades Passagem das

Pedras (n=11); Canto da Várzea (n=09); Malvinas (n=3) e Retiro (n=2). Os dados indicaram todas as localidades

pesquisadas na zona rural e urbana de importância epidemiológica, pois são de ocorrência de B. straminea e cinco

espécimes (0,55%) infectados com cercarias de S. mansosni. O município de Picos é desprovido de saneamento básico e

um dos fatores envolvidos na transmissão da esquistossomose pelos caramujos está ligado a esse fato. Na existência do

vetor e a possibilidade de estarem infectados, há possibilidade de contaminação da população que utiliza as coleções

hídricas para várias atividades estabelecendo-se a cadeia de transmissão. Medidas de prevenção a partir dos dados obtidos

nesta pesquisa, com estudos dos planorbideos, foram elaboradas para investigar a população residente destas localidades

quanto a presença do parasito e tratamento dos casos positivos de S. mansoni.

Palavras-Chave: malacologia, Piauí, cercárias

Financiador: PIBIC- CNPq

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 1382 ~

Área: MASTOZOOLOGIA

Código: MAST0140

OCORRÊNCIA DE Babesia ssp. EM CÃES ORIUNDOS DA GERÊNCIA DE ZOONOSES DE TERESINA- PI

Leite, E. R.; Parente, M. P. M.; Freire, S. M.; Carvalho, P. S.; Silva, D. F.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ (UESPI), UNIVERSIDADE ESTADUAL DO

PIAUÍ (UESPI), UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ (UESPI), UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

(UESPI), UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI)

A babesiose canina é uma doença parasitária grave que acomete cães e canídeos, éprovocada por hematozoários do gênero

Babesia ssp que parasitam as hemácias e é transmitida por carrapatos ixodídeos. Os cãesapresentam uma sintomatologia

variável e inespecífica, dependendo da fase da doença, podendo ser confundida com outras doenças de caráter zoonótico.

A parasitemia é elevada apenas nos primeiros dias pós-infecção e começa a decrescer até atingir níveis reduzidos,

tornando inconstante a visualização dos merozoítos. Esse trabalho tem por objetivo diagnosticar os níveis de ocorrência de

Babesia ssp em cães enfermos provenientes da Gerência de Zoonoses (GEZOON) por meio do exame de esfregaço

sanguíneo. O diagnostico foi feito na identificação do organismo intraeritrocitário com forma de lágrima no interior das

hemácias ou livres no plasma. Foram coletadas, aleatoriamente, 115 amostra de sangue superficial de ponta de orelha de

cães imunocomprometidos pertencentes a sexo, idade e raças variadas, que são levados diariamente a Gerência de

Zoonose de Teresina-Pi (GEZOON), provenientes de todas as zonas da cidade. Destes cães, 1,1 % foram positivos a

Babesia canis. Os resultados permitem concluir um baixo índice de positividade para a hemoparasitose no presente

estudo, sendo justificado pela baixa sensibilidade do exame de esfregaço sanguíneo, assim como pela baixa parasitemia

em algumas fases da infecção que podem levar a resultados falsos negativos.

Palavras-Chave: Babesiose canina, carrapato, esfregaço sanguíneo

Financiador: Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Fundação Municipal de Saúde (FMS)

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 1131 ~

Área: ICTIOLOGIA

Código: ICTI0133

IDENTIFICAÇÃO DO CONTEÚDO ESTOMACAL DE Hoplias malabaricus, NO RIO POTI, TERESINA -

PIAUÍ - BRASIL

Soares, R. R.; Silva, Z. B.; Santos, K. P. P.; Aguiar, D.; Viana, C. P. A.; Lages, J. C. L.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI)

O rio Poti pertence à bacia do rio Parnaíba, sendo um dos seus principais afluentes, nasce na serra Joaninha no Ceará,

entra no Piauí por um boqueirão na serra da Ibiapaba. Desemboca no rio Parnaíba, na cidade de Teresina, após um curso

de 450 km, dos quais 300 km estão em território piauiense. Vinte e quatro municípios piauienses ficam na sua bacia.

Banha as cidades de Teresina e Prata. Tem regime semi-perene, pois no verão, reduz drasticamente de volume em seu

trecho médio. A identificação do conteúdo estomacal em Hoplias malabaricus, é uma contribuição para o conhecimento

da ecologia alimentar desta espécie em seu hábitat natural, o rio Poti. O presente trabalho tem como objetivo identificar os

componentes alimentares que fazem parte da dieta da espécie comparando com os caracteres morfológicos do trato

digestivo. Os estômagos foram separados dos demais órgãos e colocados no formol a 10% e classificado quanto ao grau

de repleção em quatro categorias: cheio, quase cheio e vazio. Nas análises estomacais foram levados em consideração os

componentes macroscópicos identificados através de lupas estereoscópicas. Os itens de maior ocorrência encontrados

foram: peixes inteiros (18%), fragmentos de peixes (17%), insetos adultos(9%), anfíbios (10%), restos de vegetais (2%) e

sedimentos (4%). A dieta de Hoplias malabaricus foi considerada de um modo geral carnívora, pois cerca 60% dos

estômagos que estavam cheio e quase cheio, predominavam alimentos de origem animal. Um outro fato que corrobora

essa afirmação, é a conformação do tubo digestivo, pois apresenta características relativa a esse tipo de nutrição, como

dentes com cúspides pontiagudas, etc.

Palavras-Chave: Análise estomacal, Traíra, Repleção

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 1117 ~

Área: ICTIOLOGIA

Código: ICTI0117

AVALIAÇÃO DA PROPORÇÃO SEXUAL E DINÂMICA REPRODUTIVA DO Prochilodus lacustris

(CHARACIFORMES - PROCHILODONTIDAE) NO RIO POTI, TERESINA, PIAUÍ, BRASIL

Viana, C. P. A.; Soares, R. R.; Lages, J. C. L.; Soares, V. M. N. R.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Embora tenha havido um aumento no interesse dos estudos sobre peixes de água doce no Brasil, o conhecimento acerca de

muitas espécies ainda é incipiente. O gênero Prochilodus como a maioria dos peixes de água doce são reofílicos de

importância econômica e necessita migrar rio acima para realizarem a reprodução, fenômeno esse conhecido como

piracema. Esse trabalho objetivou avaliar a proporção sexual e pormenorizar detalhes da dinâmica reprodutiva como

estádio de maturação do Prochilodus lacustris no rio Poti (“05 02‟ 05”); foram coletados um total de 292 exemplares (148

machos e 144 fêmeas) no período de abril 2006 a março de 2007. Sendo os mesmos examinados no laboratório de

Zoologia da UFPI; sua proporção sexual foi estabelecida através da distribuição de valores relativos de machos e fêmeas

para todo período estudado; os resultados foram testados através do qui-quadrado (X2). A proporção obtida não difere

significativamente ao nível de 5% quando considerados todos os exemplares. Observaram-se também as gônadas,

identificadas de acordo com o grau de desenvolvimento a partir de características como: coloração, presença de

ovócitos/sêmen e o grau de flacidez; partindo das diferenças observadas, foi feitas a classificação do estádio de maturação.

Na área de estudo, os meses de dezembro a abril correspondem à estação chuvosa das regiões centro-norte do estado do

Piauí, quando são criadas condições para a desova da espécie. Constatou-se, portanto, que como todo peixe de piracema,

Prochilodus lacustris realiza seu processo reprodutivo nos meses chuvosos.

Palavras-Chave: Curimatá, Reprodução, Piracema

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 1116 ~

Área: ICTIOLOGIA

Código: ICTI0116

CONVERSÃO ALIMENTAR DE Oreochromis niloticus, EM TANQUE DE CONCRETO NO SISTEMA

INTENSIVO EM TERESINA / PI, BRASIL

Lages, J. C. L.; Soares, R. R.; Viana, C. P. A.; Soares, V. M. N. R.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

A Tilápia do Nilo Oreochromis niloticus, proveniente da Costa do Marfim (África Ocidental), foi introduzida no Nordeste

Brasileiro em 1971. A tilápia (O. niloticus) é hoje o peixe mais popular no Brasil, o motivo para essa unanimidade não é

apenas o sabor suave da sua carne que tem um elevado valor comercial, mas também a sua rusticidade, precocidade,

adaptação ao confinamento e a alta conversão alimentar. O experimento foi realizado no período de julho a outubro de

2006 em tanque de concreto no sistema intensivo localizado no município de Teresina; foi registrado quinzenalmente seu

peso, comprimento e conferido as temperaturas da água, e calculado sua conversão alimentar.Objetivando avaliar a

conversão alimentar da espécie, em uma criação intensiva, registrou-se o ganho desta conversão nas etapas de crescimento

e verificaram-se possíveis interferências da temperatura, com a finalidade de fornecer dados da espécie para o manejo.

Observou-se que os melhores ganhos foram nos períodos de 26.08.06, a uma temperatura de 29°C com 90 dias de vida,

consumindo 525g de ração e convertendo 1.9g: 1g de biomassa; e no período de 07.10.06, a uma temperatura de 30°C

com 135 dias de vida, consumindo 250g de ração e convertendo 1.9g: 1g de biomassa; o menor desempenho foi no

período de 12.08.06, a uma temperatura de 30°C com 75 dias de vida, consumindo 425g de ração e convertendo 5.9g: 1g

de biomassa. Em face dos dados obtidos, concluímos que a O. niloticus é vantajosa quanto ao uso em aqüicultura.

Palavras-Chave: Alimentação, Aqüicultura, Tilápia

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 1115 ~

Área: ICTIOLOGIA

Código: ICTI0115

MORFOLOGIA DAS CÉLULAS SANGUINEAS DE Pimelodus maculatus DO RIO POTI, PIAUÍ, BRASIL

Sousa, F. M. C.; Fortes, E. A. M.; Soares, R. R.; Castro, Í. S.; Soares, V. M. N. R.; Viana, C. P. A.; Lages, J. C. L.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

O mandi (Pimelodus maculatus) é um peixe da ordem Siluriforme, família Pimelodidae, conhecido vulgarmente como

bagre-amarelo, mandi-amarelo, mandi pintado ou pintado, dependendo da região. A presente investigação científica

objetivou caracterizar morfologicamente as células sangüíneas maduras do sangue de mandi. Foram utilizados 14

exemplares, provenientes do rio Poti, em Teresina - PI. O sangue foi coletado com auxílio de seringa de 1ml de volume

contendo EDTA e agulha hipodérmica, após anestesiamento com Cloridrato de Lidocaína e por punção intracardíaca com

exposição do coração. As extensões sangüíneas foram coradas com Panótico e analisadas em microscópio de luz.

Observou-se sete diferentes tipos celulares nucleados: eritrócitos elípticos ou esféricos com núcleo acompanhando a forma

da célula e citoplasma com coloração violeta; trombócitos elípticos com núcleo fusiforme e citoplasma escasso;

neutrófilos esféricos com núcleo bastonete ou segmentado e citoplasma apresentando-se acidófilo com granulações finas;

eosinófilos esféricos apresentando núcleo lobulado e citoplasma acidófilo contendo granulações grandes de coloração

alaranjada; basófilos esféricos de núcleo volumoso e citoplasma abundante com grânulos distribuídos por toda célula;

monócitos esféricos com variação de tamanho, núcleo excêntrico podendo ser chanfrado, com citoplasma basofílico;

linfócitos esféricos, de tamanhos variados, com núcleo esférico e citoplasma basofílico sem grânulos. Conclui-se que as

células sangüíneas de mandi seguem um padrão morfológico semelhante às outras espécies de peixes estudas.

Palavras-Chave: Trombócitos, Bacia do Rio Parnaíba, Mandi-amarelo

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Belém – Pará – Brasil

~ 1019 ~

Área: ICTIOLOGIA

Código: ICTI0003

ESTUDOS ICTIOFAUNÍSTICOS DO RIO PARNAÍBA E SEUS TRIBUTÁRIOS: PADRÃO DE

SIMILARIDADE, PIAUÍ

Soares, R. R.; Aguiar, D.; Castro, Í. S.; Santos, K. P.; Resende, V. C. B.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI)

O rio Parnaíba, com 1.485 km de extensão é o segundo maior rio do nordeste e com seus afluentes constituem a mais

importante bacia fluvial da região meio-norte do Brasil, cobrindo cerca de 362.000 km2, que abrange quase todo Estado

do Piauí, 20 % do Estado do Maranhão e pouco menos de 10 % do Estado do Ceará. O rio Parnaíba não é muito piscoso

em virtude da grande quantidade de material em suspensão, fazendo com que os peixes procurem seus afluentes e as

lagoas marginais. Entre aqueles merecem destaque, pela margem direita, Gurguéia, Poty, e o Longá, e pela margem

esquerda o rio Balsas. Há uma semelhança considerável, quando se compara os peixes da Bacia do Parnaíba com a Bacia

do Rio Amazonas, constatando-se a mesma combinação de gêneros e famílias, mas em espécies distintas. O conjunto de

espécies de peixes da Bacia do Rio Parnaíba é derivado de processos evolutivos de especiação vicariante, influenciado por

fatores como transgressões marinhas, expansões do clima semi-árido e processos ecológicos. O objetivo deste trabalho foi

mapear as espécies oriundas da bacia do rio Parnaíba bem como analisar os padrões de similaridade entre os tributários

que integram a citada bacia. As coletas foram realizadas no período de 08/11/2007 a 24/11/2008. Durante as coletas, os

peixes foram colocados em uma caixa de isopor com gelo. Posteriormente, foram formolizados, conservados em álcool

70%, identificados e incluídos no acervo ictiológico do Laboratório de Zoologia Antônio João Dumbra da UFPI. Foram

amostrados um total de quatorze estações de coleta. Dentre os municípios piauienses incluem Amarante - Rios Parnaíba e

Canindé, Aroazes - Rio Sambito, Beneditinos - Rio Poti, Campo Maior - Rio Longá, Castelo do Piauí - Rio Poti, Jardim

do Mulato - Lagoa do Mulato, Jerumenha - Rio Canindé, Nazária - Rio Parnaíba, Novo Santo Antônio - Rio Canudos,

Passagem Franca - Rio Berlengas, São João do Piauí - Rio Piauí, Sigefredo Pacheco - Rio Poti, e Teresina - Rio Poti. As

espécies mais coletadas incluem Aequidens vittatus, Geophagus brasiliensis, Hassar affinis, Hemiodus parnaguae,

Hipostomus plecostomus, Metynnis sp, Myloplus asterias, Plagioscion squamosissimus, Prochilodus lacustris,

Psectrogaster rhomboides, Pseudoplatystoma fasciatus, Pygocentrus nattereri, Hoplias malabaricus e Triportheus

angulatus, totalizando 77% dos 596 espécimes coletados. Esta ictiofauna inclui representantes de diferentes grupos

neotropicais típicos, mostra-se bem menos diversificada quando comparada a de outros ecossistemas brasileiros. Suas

espécies distribuem-se em bacias interiores e costeiras do nordeste brasileiro, que drenam parcialmente ou estão

inteiramente localizadas na bacia do rio Parnaíba. Em face disso não podemos estabelecer endemismos com relação a um

determinado corpo d‟água de uma bacia hidrográfica, mesmo porque ele não se encontra isolado geograficamente, não

favorecendo a especiação.

Palavras-Chave: Ictiofauna, bacia do rio Parnaíba, levantamento

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 987 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0453

INFLUÊNCIA DA UMIDADE E TEMPERATURA NA DISTRIBUIÇÃO DA ENTOMOFAUNA EM

CAATINGA DE BOM JESUS- PI

Lima, W. A.; Moura, J. Z.; Lima, M. S. C. S.; Ribeiro, I. B.; Maggioni, K.; Oliveira, L. S.; Santos, T. R.; Sousa, A. A.;

Ramalho, P. R.; Moura, S. G.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

A caatinga é uma das 37 grandes regiões naturais do planeta, cujo domínio geoecológico se estende por cerca de 900.000

Km² sob as altitudes subequatoriais, correspondendo a 11% do território brasileiro. Os climas a que esta imensa região

está submetida variam de semi-árido a sub-úmido. Objetivou-se com esta pesquisa avaliar a influência das condições

climáticas, umidade e temperatura, em relação à distribuição da entomofauna na região de Bom Jesus-PI. Os insetos foram

coletados nas proximidades do Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) no

município de Bom Jesus, utilizando-se a armadilha Malaise instalada de forma permanente (S 09°05‟154‟‟ e WO 44° 19‟

817‟‟). Para captura e conservação dos insetos utilizou-se solução Dietrich. As coletas foram realizadas semanalmente,

após cada coleta os insetos capturados foram conduzidos para o laboratório de Microscopia, onde foram separados em

nível de ordem e armazenados em frascos padrão de coleta. Os dados Climatológicos foram obtidos através da estação

meteorológica de Bom Jesus (INMET), localizada no CPCE/UFPI. Para avaliação dos resultados utilizou-se teste de

correlação de Spearman, onde as variáveis independentes foram: Umidade Relativa (UR%) e Temperatura (ºC), a

homocedacidade dos dados foi obtida através da formula (Log. X + 1). O grau de significância dos coeficientes de

correlações foi submetido ao teste t. Somente as ordens que tiveram presença em pelo menos 10 coletas foram submetidas

aos testes estatísticos. Foram coletados 1.904 insetos pertencentes a doze ordens: Lepidoptera, Hymenoptera, Coleoptera,

Diptera, Trichoptera, Homoptera, Dermaptera, Hemiptera, Orthoptera, Montodea, Blattodea, Neuroptera. Quando

submetidas ao teste de correlação identificou-se a dependência da distribuição da entomofauna em relação à temperatura e

Umidade Relativa. Em relação à temperatura (23,51 a 26,68ºC) não ocorreu correlação, provavelmente devido a variação

ter sido de apenas 3,17ºC, e a grande capacidade de adaptação, da maioria dos insetos, a pequenas variações de

temperatura. Entretanto, a Umidade Relativa (58,80% a 80,14%) apresentou coeficiente de correlação positivo (R2 =

0,568; 5% de significância). Analisando-se as ordens individualmente foi encontrado coeficiente de correlação positivo

para Lepidoptera (R2=0,761; p<0,05), Hymenoptera (R2 = 0,731;p<0,05), Coleoptera (R2 = 0,657;p<0,05), Diptera (R2 =

0,458;p<0,05). As ordens Trichoptera (R2 = 0,024) e Homoptera (R2 = 0,008) apresentaram uma baixa correlação. Em

relação à distribuição da entomofauna no bioma da caatinga em Bom Jesus-PI conclui-se que: a temperatura não está

correlacionada com a distribuição da entomofauna local. Enquanto a Umidade Relativa influencia diretamente a

distribuição, sendo as ordens Lepidoptera, Hymenoptera e Coleoptera as mais dependentes deste fator abiótico.

Palavras-Chave: biodversidade, caatinga, clima

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 955 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0419

EFICÁCIA DE ATRATIVOS ALIMENTARES NA CAPTURA DE MOSCAS-DAS-FRUTAS EM POMAR DE

GOIABA ORGÂNICA EM PARNAÍBA-PI

Araújo, C.; Neto, F. G. S.; Araujo, R. C.; Vaz, M. A.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ -

UFPI, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI

A goiaba (Psidium guajava L.) é uma das frutas mais infestadas pelas moscas-das-frutas no Brasil. Essa praga causa

prejuízos econômicos ao fruticultor depreciando o produto comercial, diminuindo a disponibilidade de frutos para a

alimentação humana e processamento industrial. Esse trabalho objetivou analisar a eficiência de atrativos alimentares na

captura de moscas-das-frutas nos Tabuleiros Litorâneos do Piauí. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente

ao acaso, com três repetições. O experimento foi desenvolvido no período de março a junho de 2008. Os atrativos testados

foram: melaço de cana (7%), suco de goiaba (25%) + melaço de cana (7%) e suco de goiaba (25%). Foram utilizados

300ml da solução atrativa por frasco caça-mosca instalado na copa da goiabeira. A cada dez dias as soluções eram

renovadas, ocasião em que os adultos eram coletados, levados ao laboratório para contagem, sexagem e identificação da

espécie. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias entre os tratamentos foram comparadas pelo teste

de Tukey (P < 0,05). Foram capturados 5970 adultos, sendo 5884 de Anastrepha fraterculus e 86 exemplares de Ceratitis

capitata. Os atrativos feitos com melaço de cana (7%), suco de goiaba (25%) + melaço de cana (7%) e suco de goiaba

(25%) capturaram respectivamente, 25,43%, 37,47% e 37,10% do total de adultos de tefritídeos durante todo o

experimento. Os três tratamentos não diferiram entre si, sendo que o uso de qualquer um desses atrativos é adequado para

o monitoramento de moscas-das-frutas.

Palavras-Chave: Tefritídeos, Psidium guajava, Armadilhas

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 932 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0386

EFICIÊNCIA DE ARMADILHAS PET NA CAPTURA DE ADULTOS DE MOSCAS-DAS-FRUTAS EM

POMAR DE GOIABA ORGÂNICA NOS TABULEIROS LITORÂNEOS DO PIAUÍ, PARNAÍBA-PI

Neto, F. G. S.; Araújo, C.; Araújo, R. C.; Vaz, M. A.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ -

UFPI, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI

As moscas-das-frutas constituem um importante grupo de pragas da fruticultura, podendo causar perdas significativas à

produção. O presente trabalho objetivou avaliar a eficiência de armadilhas confeccionadas com garrafa “Pet” na captura

de moscas-das-frutas em um pomar de goiaba orgânica nos Tabuleiros Litorâneos do Piauí, Parnaíba-PI, no período de

março a junho de 2008. Utilizou-se quatro armadilhas, sendo duas do tipo Mcphail e duas do tipo Pet, todas abastecidas

com 300ml de solução de melaço de cana-de-açúcar a 7% e instaladas no pomar aleatoriamente. A cada dez dias, fazendo

a coleta dos insetos e reabastecimento das mesmas armadilhas com atrativo. Os insetos coletados foram lavados com água

numa peneira e acondicionados em frascos de vidro contendo álcool 70%, sendo devidamente etiquetados e enviados para

o laboratório do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, onde foram

triados, separados quanto ao sexo e a espécie. Os dados originais e transformados foram submetidos à análise de variância

por meio do programa SISVAR v.4.3, sendo as médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Scott-Knott (P= 0,05).

Dentre os tephritídeos, a espécie Anastrepha fraterculus foi a espécie com maior número de exemplares coletados

(97,74%) independente do tipo de armadilha. As armadilhas do tipo Pet capturaram maior quantidade de espécimes

(87,65%) do que a convencional Mcphail. Conclui-se que a utilização das armadilhas do tipo Pet são eficientes no

monitoramento desses insetos em pomar comercial ou doméstico, devido a seu formato e ao fato de que as três aberturas

na lateral da garrafa Pet facilitam o acesso das moscas a armadilha.

Palavras-Chave: Atrativos alimentares, tephritídeos, fruticultura orgânica

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 883 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0332

MOSCAS- DAS- FRUTAS EM CAJÁ NO MUNICÍPIO DE TERESINA-PIAUÍ

Silva, P. R. R.; Filho, L. A. S. N.; Araújo, A. A. R.; Rodrigues, N. T.; Pádua, L. E. M.; Silva, P. H. S.; Paiva, D. R.;

Fontes, L. S.; Soares, L. L. L.; Barbosa, R. P.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

As moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) são insetos conhecidos mundialmente como praga da fruticultura e sua

importância econômica se deve aos danos diretos causados à produção e às exigências quarentenárias impostas pelos

países importadores de frutas in natura. O conhecimento das espécies de moscas-das-frutas de importância econômica em

determinada área só pode ser obtido com base em levantamentos intensivos diretamente dos frutos hospedeiros. Das

espécies de Anastrepha registradas no Brasil, não são conhecidos os frutos hospedeiros para 56% delas, pois os

levantamentos são realizados principalmente com atrativos alimentares em frascos caça-moscas, não permitindo associar

as espécies com segurança aos seus hospedeiros.Algumas frutíferas da família Anacardiaceae são citadas como

hospedeiras de moscas-das-frutas em vários levantamentos realizados diretos de frutos. A cajazeira (Spondias mombin) é

uma árvore da família Anacardiaceae que produz frutos do tipo drupa, de coloração amarelo-alaranjado, cilindriforme,

polpa ácida, aromática, saborosa, comestível e vem sendo utilizada para a produção de polpa congelada no Estado do

Piauí, pois seu suco é muito apreciado na região. O cajá, cajazinha, ou taperobá, como é chamado o fruto da cajazeira, é

freqüentemente atacado por moscas-das-frutas e tem sido relatado como hospedeiro em diferentes regiões do Brasil.No

Piauí, até o momento só tinham sido registradas as espécies Anastrepha obliqua e A. striata associadas a frutos de cajá.

Este trabalho teve como objetivo registrar a ocorrência de moscas-das-frutas em cajá (S. mombin) no município de

Teresina-PI. No mês de junho de 2009 foram coletados 100 frutos de cajá no Parque Zoobotânico da cidade de Teresina,

Piauí, e encaminhados ao Laboratório de Fitossanidade do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da

Universidade Federal do Piauí, onde foram higienizados, pesados e acondicionados em caixa organizadora de plástico

pintada com tinta preta com 15x35x22 cm, contendo solo autoclavado, umedecido com 100 ml de água destilada, com

tampa lacrada lateralmente com fita adesiva. A caixa organizadora foi modificada através de orifício frontal superior, onde

foi acoplado um tubo de ensaio contendo álcool 70% para armazenar os adultos que emergissem, e também por aberturas

laterais revestidas com tecido escuro fino para circulação de oxigênio. Após aproximadamente 15 dias os adultos foram

coletados nos tubos de ensaio, sexados, quantificados, sendo os machos identificados em nível de gênero e as fêmeas em

nível de espécie. Foram coletados 114 adultos de moscas- das- frutas, sendo 55 machos do gênero Anastrepha, 57 fêmeas

de A. obliqua e 02 de A. fraterculus. Este é o primeiro registro de A. fraterculus atacando frutos cajá (S.

mombin) no estado do Piauí.

Palavras-Chave: Spondias mombin , Tephritidae, hospedeiro

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 881 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0330

FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE COLEOPTEROS ASSOCIADOS A MATA NATIVA DE BABAÇU NO

MUNICÍPIO DE UNIÃO-PIAUÍ

Filho, J. E. G.; Silva, P. R. R.; Pádua, L. E. M.; Fontes, L. S.; Paiva, D. R.; Crespo, F. L. S.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

O babaçu (Orbignya phalerata Mart), espécie predominantemente nativa das regiões Norte e Nordeste do Brasil, dentre as

espécies do gênero Orbignya, é a de maior distribuição, variação morfológica e importância econômica. Com pequeno

espaçamento e plantas que variam de 10 a 20 metros de altura, as florestas de babaçu tornam-se um ambiente bastante

favorável ao desenvolvimento de insetos devido ao microclima criado pelas arvores. Com o objetivo estudar a flutuação

populacional de insetos da ordem Coleoptera em mata nativa de babaçu correlacionando-os com a precipitação

pluviométrica, foi desenvolvido uma pesquisa no município de União - PI, onde foram colocadas 4 armadilhas de impacto

do tipo Carvalho 47 contendo álcool a 70% como isca em mata nativa de babaçu. As coletas foram feitas semanalmente

durante o período de novembro de 2007 a setembro de 2008, ocasião em que a isca era renovada. Os dados foram

analisados através do Software ANAFAU e EXCEL 2007. De acordo com os dados observou-se que a família Scolytidae

foi a predominante e mais numerosa com 59,17 % dos insetos coletados, tendo o pico populacional máximo no mês de

Setembro. Embora a correlação entre o número de exemplares coletados da família Scolytidae e a precipitação

pluviométrica não tenha ocorrido, observou-se o maior numero de insetos coletados no período seco.

Palavras-Chave: Palmácea, Entomofauna, Orbignya phalerata

Financiador: CAPES, FAPEPI

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 880 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0329

COLEOPTEROS EM CAPIM ELEFANTE NO MUNICIPIO DE TERESINA-PIAUÍ

Silva, P. R. R.; Silva, J. D. C.; Sousa, L. S.; Lustosa, J. D.; Pádua, L. E. M.; Crespo, F. L. S.; Paiva, D. R.; Oliveira, M. E.;

Fontes, L. S.; Leal, T. T. B.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Os insetos associados às pastagens são bastante variados e neste grupo podem ser observadas várias pragas. Os cupins, as

formigas e os besouros constituem pragas importantes nas pastagens, pois além de estarem distribuídos em extensas áreas,

seus ninhos ou colônias dificultam os tratos culturais e agravam o processo de degradação das pastagens dando um

aspecto de abandono as mesmas. A ordem Coleoptera é a maior ordem do reino animal, com aproximadamente 300.000

espécies e seus representantes podem ser encontrados em quase todo tipo de ha­bitat onde insetos podem ocorrer e

alimentam-se vegetais e animais.Objetivou-se com presente trabalho o registro das famílias de Coleoptera, capturadas em

armadilha do tipo “pitfall” em área de capim Elefante (Pennisetum purpureum) no Centro de Ciências Agrárias da

Universidade Federal do Piauí, na cidade de Teresina. As coletas foram realizadas semanalmente no período de agosto de

2008 a julho de 2009, totalizando 51 coletas. Os dados destas foram submetido a análise faunística onde estudou-se os

índices: Dominância, Frequência, Abundância e Constância. Foram coletados 8.769 insetos distribuídos nas famílias:

Bruchidae, Carabidae, Cerambycidae, Chrysomelidae, Cincidelidae, Coccinelidae, Dasytidae, Elateridae, Erotylidae,

Geotropidae, Hydrophilidae, Scarabaeidae, Scolytidae, Silvanidae, Staphylinidae e Tenebrionidae. A família Erotylidae

apresentando 1.771 indivíduos coletados em 29 das 51 coletas e Scolytidae apresentando 4.949 indivíduos presentes em

todas a 51 coletas realizadas foram consideradas predominantes uma vez que apresentaram os maiores índices faunísticos

estudados.

Palavras-Chave: Armadilha “pitfall”, Entomofauna, Análise Faunística

Financiador: PIBIC/CNPq, PIBIC/UFPI, CAPES, FAPEPI

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 857 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0304

LISTA PRELIMINAR DE FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA:PSYCHODIDAE) DO PARQUE NACIONAL DA

SERRA DA CAPIVARA, PIAUÍ, BRASIL

Pereira, C. P. S.; Silva, L. A.; Sousa, L.; Sobral, M. M. G.; Costa, C. H. N.; Soares, M. R. A.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ/CAMPUS PROFª CINOBELINA ELVAS,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ/CAMPUS PROFª CINOBELINA ELVAS, UNIVERSIDADE FEDERAL DO

PIAUÍ/CAMPUS PROFª CINOBELINA ELVAS, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ/CAMPUS PROFª

CINOBELINA ELVAS, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ/INSTITUTO DE DOENÇAS TROPICAIS NATAN

PORTELA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ/CAMPUS PROFª CINOBELINA ELVAS

Os flebotomíneos são dípteros psicodídeos de ampla distribuição geográfica que atuam como os vetores naturais de

Leishmania e outros tripanossomatídeos, além bactérias do gênero Bartonella e numerosos arbovírus. Nas Américas

distribuem-se desde o extremo sul do Canadá ao norte da Argentina, mas ainda não são totalmente conhecidos. Os

flebotomíneos do estado do Piauí são pouco conhecidos e no intuito de investigar a ocorrência destes dípteros no Parque

Nacional da Serra da Capivara, realizou-se o presente estudo. O estudo foi conduzido no Parque Nacional de Serra da

Capivara (PNSC) situado no sudeste do estado do Piauí, entre os municípios de São Raimundo Nonato, Coronel José Dias

e João Costa. Armadilhas luminosas tipo HP foram instaladas das 18:00hs as 6:00hs nos sítios arqueológicos “Toca do

Sítio do Meio” e “Sítio da Ema”, em virtude do relato de transmissão de dois casos de leishmanioses no ano de 2005. Os

espécimes coletados foram mantidos em freezer a 7°C, transferidos para placas de Petri, clarificados e diafanizados e

posteriormente montados entre lâmina e lamínula com Berleze para identificação taxonômica conforme Young e Duncan

(1994). Duas coletas foram realizadas no primeiro semestre de 2008, rendendo um total de 144 horas trabalhadas. Foram

capturados 453 espécimes, dos quais 332 machos (73,29%) e 121 fêmeas (26,71%), distribuídos em quatro espécies:

Lutzomyia longipalpis (98,68%; n=447), Lutzomyia evandroi (0,66%; n=3), Lutzomyia lenti (0,44%; n=2), Lutzomyia

oswaldoi (0,22%; n=1). Quanto à distribuição das espécies por ponto de coleta, a primeira área registrou somente

Lutzomyia longipalpis (n=105 espécimes, dos quais 30 fêmeas e 75 machos). Embora a fauna flebotomínica do estado do

Piauí seja pouco conhecida, a literatura tem demonstrado que podem ser encontradas 20 espécies, das quais L. longipalpis

tem sido registrada em maior freqüência, além da ocorrência de L. evandroi e L. lenti. Não é do nosso conhecimento a

ocorrência de L. oswaldoi no estado do Piauí e, portanto, assinalamos a sua ocorrência no Parque Nacional da Serra da

Capivara. Os resultados obtidos permitem-nos enfatizar a necessidade de maiores estudos acerca da fauna flebotomínica

do estado do Piauí, considerando o conhecimento ainda insipiente sobre este grupo de insetos de grande importância

epidemiológica.

Palavras-Chave: Lutzomyia sp., Leismanioses., Ambiente Silvestre.

Financiador: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí - FAPEPI

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 821 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0260

NÃO-PREFERÊNCIA PARA OVIPOSIÇÃO DE Callosobruchus maculatus EM CULTIVARES DE FEIJÃO

CAUPI (Vigna unguiculata)

Melo, A. F.; Fontes, L. S.; Araújo, A. A. R.; Barbosa, D. R. S.; Sousa, E. P. S.; Soares, L. L. L.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ_UFPI

O feijão-caupi, conhecido no Nordeste brasileiro por feijão macassar ou feijão-de-corda, é uma das principais culturas

desta região, sendo considerado fonte de renda alternativa e alimento básico para sua população. É consumido sob as

formas de grãos secos e verdes, além de seus caules e ramos serem usualmente utilizados na alimentação animal. O

caruncho Callosobruchus maculatus é uma das principais pragas de várias espécies de feijão do gênero Vigna, em especial

de V. Unguiculata (caupi), que é uma importante fonte de proteína em regiões tropicais e subtropicais. A infestação deste

bruquídeo começa no campo e continua no armazém, podendo danificar totalmente os grãos após cinco meses. Portanto,

objetivou-se avaliar a não-preferência para oviposição do caruncho C. maculatus em quatro cultivares de feijão-caupi. O

experimento foi desenvolvido no Laboratório de Entomologia do Departamento de Biologia da Universidade Federal do

Piauí. Utilizou-se sementes de quatro cultivares de feijão caupi V. unguiculata das variedades: BRS-Guariba, BR-17

Gurguéia, BRS- Rouxinol e TE96-290-12G e 30 insetos adultos de C. maculatus. Os insetos foram colocados em uma

arena plástica contendo 5 compartimentos interligados: um central para os insetos e os demais contendo 10 sementes de

cada cultivar. Após 24 horas da infestação as interligações entre os compartimentos foram fechadas com algodão e após 8

dias foi feita a contagem de ovos por cultivar. A análise de variância revelou que as cultivares não diferiram entre si em

relação à oviposição e que não houve diferença estatística no total de ovos por grão.

Palavras-Chave: Pragas de grãos armazenados, controle de pragas, resistência genética

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 770 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0201

BIODIVERSIDADE DA ENTOMOFAUNA EM REGIÃO DE CAATINGA NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS-

PI

Maggioni, K.; Moura, J. Z.; Lima, M. S. C. S.; Ribeiro, I. B.; Oliveira, L. S.; Santos, T. R.; Lima, W. A.; Sousa, A. A.;

Ramalho, P. R.; Moura, L. E.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-se pelo domínio de climas semi-

áridos, representando 6,83% do território nacional apresenta índices pluviométricos muito baixos, em torno de 500 a 700

mm anuais, a temperatura situa-se entre 24 e 27 graus e varia pouco durante o ano. Apresenta grande variedade de

paisagens, as quais permitem supor que a entomofauna nesses locais seja riquíssima, com várias espécies. Entretanto, o

aspecto que mais se destaca na análise dos dados sobre os insetos da Caatinga é o conhecimento insuficiente que deles se

tem. Diante disso, este trabalho teve como objetivo iniciar uma avaliação da biodiversidade de insetos em áreas de

Caatinga arbórea, no município de Bom Jesus-PI, entre as coordenadas 9o5‟32” S e 44o20‟32” W, no período de maio a

setembro de 2009. As técnicas empregadas para amostragem dos insetos foram: captura por armadilha aérea tipo Malaise,

instalada durante todo período amostral. A vistoria e a respectiva coleta dos insetos junto à armadilha ocorriam

semanalmente. Para captura e conservação dos insetos foi utilizada solução fixadora Dietrich. A entomofauna foi separada

ao nível de Ordem, calculando-se a prevalência e a diversidade através dos índices de Margalef e Simpson. A

entomofauna capturada correspondeu a 1904 espécimes, distribuídos em 12 Ordens com as suas respectivas prevalências

para todo o período amostral: Hymenoptera (31,19%), Diptera (28,62%), Coleoptera (14,75%), Tricoptera (9,19%),

Lepidoptera (8,03%), Homoptera (5,35%), Neuroptera (0,84%), Mantodea (0,78%), Orthoptera (0,63%), Hemiptera

(0,36%), Blattodea (0,10%) e Dermaptera (0,10%). Com o índice de diversidade de Margalef obtemos media de 7,289 por

semana amostral (n=12; Dp=1,828).Enquanto que para Simpson foi obtido media amostral de 0,253 (n=12; Dp=0,051).

As ordens que apresentaram maior prevalência foram Hymenoptera, Diptera e Coleoptera representando cerca de 74,56%

do total de insetos coletados, isso pode ser justificado pela abundância de famílias nessas ordens, assemelhando-se a

resultados encontrados em outros ecossistema. Quanto à diversidade os valores obtidos para ambos os índices são

representativos, uma vez que outros biomas nacionais quando estudados apresentaram resultados semelhantes. Pesquisas

dessa natureza devem ser incentivadas, uma vez que contribuem para conhecimentos básicos sobre a biodiversidade da

caatinga, os quais muitas vezes são ignorados, apesar da importância que exercem como base para estudos aplicados de

entomologia gerando informações à respeito da importância da entomofauna na composição de um ecossistema de

Caatinga e correlacionar a variação populacional com as condições ambientais.

Palavras-Chave: flutuação, insetos, abundância

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 767 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0198

ABUNDÂNCIA E DOMINÂNCIA DE DIVERSIDADE DE HYMENOPTERA EM UMA ÁREA NATURAL DE

CAATINGA NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS-PI, BRASIL

Ribeiro, I. B.; Moura, L. E.; Moura, J. Z.; Lima, M. S. C. S.; Maggioni, K.; Lima, W. A.; Oliveira, L. S.; Santos, T. R.;

Sousa, A. A.; Moura, S. G.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

A Caatinga compreende um bioma exclusivamente brasileiro. Trabalhos mais recentes apontam este bioma como rico em

biodiversidade e endemismos, e bastante heterogêneo. Há um conhecimento insuficiente da fauna de invertebrados

presentes na Caatinga, inclusive de insetos. A classe Insecta é considerada a que apresenta o maior número de espécies

dentro do filo Arthropoda. Dentro desta classe a ordem Hymenoptera é um dos grupos mais diversos em número de

espécies, atuando como reguladores naturais, polinizadores e dispersores de sementes, são fáceis de serem amostrados e

apresentam uma distribuição ecológica abrangente, participando ainda, de diversas outras interações ecológicas, o que a

torna essencial para a manutenção do equilíbrio ecológico. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo analisar a

abundância e dominância de diversidade de Hymenoptera em uma área natural de Caatinga no município de Bom Jesus,

situado na região sul do estado do Piauí. O estudo foi realizado durante 13 semanas, no período de maio a julho de 2009,

nas proximidades do Campus Professora Cinobelina Elvas, UFPI, entre as coordenadas 09°05‟15” S e 44°19‟82” W, onde

predomina Caatinga caracterizada por uma vegetação hipoxerófila. Para as coletas dos insetos, realizadas semanalmente,

utilizou-se armadilha Malaise, instalada de forma permanente. Para captura e conservação foi utilizada solução fixadora

Dietrich. Os insetos coletados foram conduzidos ao Laboratório de Microscopia da UFPI, sendo os espécimes triados e

separados, em nível de ordem, os quais foram acondicionados em recipientes contendo a solução fixadora, devidamente

etiquetados. A análise foi efetuada com base na abundância relativa e no cálculo do índice de dominância de diversidade

de Berger-Parker. Durante o período de coleta foram amostrados 1904 insetos pertencentes a 12 ordens: Hymenoptera,

Diptera, Lepdoptera, Homoptera, Coleoptera, Trichoptera, Hemiptera, Orthoptera, Montodea, Neuroptera, Blattodea e

Dermaptera. Foram coletados 594 indivíduos da ordem Hymenoptera, sendo esta comum em todas as semanas de coleta,

apresentando menor (17, 01%) e maior (48,88%) abundância na quarta e na décima semana respectivamente, com uma

média de 31,74% de abundância relativa (DP=9,57; n=594), o que demonstra prevalência desta ordem em toda a época de

estudo. Para o índice de dominância de diversidade de Berger-Parker todos os valores apresentados foram maiores que

dois, onde o menor valor de 2,13 foi obtido na décima semana e o maior valor de 5,88 foi obtido na quarta semana,

apresentando uma média de 3,43 (DP=1,07; n=594). Em suma, a Caatinga abriga uma abundante e diversa fauna de

Hymenoptera, por este motivo, torna-se imprescindível um esforço maior no conhecimento da prevalência destes insetos,

os quais muitas vezes são ignorados, apesar da importância que exercem na manutenção do equilíbrio ecológico.

Palavras-Chave: insetos, malaise, equilíbrio ecológico

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 750 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0180

DISTRIBUIÇÃO E DIVERSIDADE DE DOMINÂNCIA DE NINHOS DE TÉRMITAS ARBÓREAS EM

RELAÇÃO AOS MONCHÔES TERRESTRES EM UM FRAGMENTO DE CAATINGA BOM JESUS - PIAUÍ

Vitorino, É. S.; Lima, M. S. S.; Vitorino, E. C. S.; Oliveira, D. M.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

A ordem isoptera é representada por indivíduos conhecidos como cupins ou térmitas, os quais possuem um aparelho

bucal do tipo mastigador. Existem mais de 2900 espécies descritas no mundo, se dividem em sete famílias:

Mastotermitidae, Kalotermitidae, Termopsidae, Hodotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e Termitidae. No Brasil

existem cerca de 300 espécies que pertencem às famílias Kalotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e Termitidae.

São os invertebrados dominantes em ambientes terrestres tropicais, no Brasil são abundantes principalmente no Cerrado e

na Amazônia. Com o objetivo de conhecer a distribuição espacial dos ninhos de térmitas em uma área de 8.040m² de

caatinga localizada no município Bom Jesus • PI, entre as coordenadas (9° 5‟ 20” S e 44° 19‟ 759” W) no período de abril

a maio de 2009, foi realizada várias visitas de campo, analisando a distribuição de cupins nesta área. Para cada ninho foi

estabelecido um Way Point. A dispersão vertical foi estabelecida com o auxílio de trena e registrada em metros, a

dispersão horizontal foi estabelecida através das coordenadas geográficas e pela lei dos cossenos foi estabelecido seu arco

em radiano e multiplicado pelo raio da terra para a obtenção da distancia linear entre os ninhos. O índice de Dominância

de Diversidade foi o proposto por Berger-Parker e a classificação e identificação dos indivíduos coletados seguiram a

chave proposta por Constantino, 1999. Foram encontrados 24 ninhos de isopteras sendo a dominância de cupins arbóreos

(62,5%), todos pertencentes a um mesmo gênero (Nasutitermes sp.) dos 16 ninhos, 9 ninhos estavam ativos e 7 inativos,

os ninhos apresentam-se distantes em média 30 metros uns dos outros (Desv.Pad. 0,00039), mantendo este distanciamento

mesmo entre os ninhos inativos. Para todos os ninhos a planta hospedeira foi a mesma Cenostigma macrophyllum (Canela

de velho) com o perímetro médio dos caules entre 25 e 27 cm (n = 16; Desv. Pad. 13 cm), para os 16 indivíduos arbóreos

os ninhos distanciam do substrato em média 86 cm do solo (n = 16; Desv. Pad. 11 cm). Todos os ninhos apresentam

morfologia elipsóide com a base da construção voltada para o Norte, destacamos que a maior dimensão dos ninhos esteve

sempre mantida para o Sul. Os resultados corresponderam a dominância de ninhos de cupins arbóreos, já que os monchões

estavam presentes em 37,5% da amostra. Considerando que os monchões estão mais expostos ao regime climático da

região, semi-árido com chuvas pontuais torrenciais no inicio do semestre e escassez de chuvas no segundo semestre com

temperaturas que atingem 44°C. Estes dados nos levam a sugerir que cupins com ninhos arbóreos estão melhores

protegidos destes severos caracteres abióticos, enquanto os monchões apresentam maior especialidade para a perpetuação

nestes ambiente uma vez que ficam mais expostos aos regimes hídricos.

Palavras-Chave: cupinzeiro, arboriculas, monchões

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 748 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0178

FREQÜÊNCIA DE DIPTEROS (Musca domestica) EM AVIARIOS DE CORTE EM RELAÇÃO ÀS

TEMPERATURAS E UMIDADE RELATIVA

Aguiar, B. C. G.; Lima, M. S.; Araújo, C. M.; Feitosa, R. M. M.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI - CAMPUS: PROF. CINOBILINA ELVAS

O esterco acumulado no regime de confinamento e semi-confinamento de animais, constitui um excelente meio para

criação e desenvolvimento de vários artrópodes de importância médica veterinária. Esforços para se obter a diminuição do

número de moscas nestes locais têm sido realizados principalmente em relação à Musca domestica, pois além de ser

comum é sanitariamente a mais importante das espécies de muscóides. Com base nesta problemática o presente estudo

teve por objetivo verificar a freqüência de dípteros muscóides em relação à temperatura e umidade das fezes de Gallus

gallus domesticus. O estudo sobre a dipterofauna associada a fezes de aves de corte em granja foi realizado no município

de Bom Jesus, estado do Piauí, entre as coordenadas (S 9o 4‟ 22”; W 44o 19‟ 68”) o período amostral foi de 10 dias

ininterrupto. Os dípteros foram coletados por meio de armadilha com isca em “garrafa pet”, a umidade relativa (UR%) e

temperatura (oC) foram aferidas com termohigrômetro com precisão de UR+-3% /+-1oC. As armadilhas foram instaladas

em número de três por aviário correspondendo a nove armadilhas em três aviários. As armadilhas foram dispostas

verticalmente em três níveis: no solo, a um metro do solo e a dois metros do solo. Para todas as armadilhas foi utilizado

isca de banana, açúcar e esterco avícola. Para cada dia de coleta, por armadilha, foram estabelecidas as freqüências

relativas de indivíduos capturados. Os dados bióticos e abióticos foram submetidos posteriormente ao teste de correlação

de Spearman onde a temperatura e umidade relativa foram as variáveis independentes. A amostra total foi equivalente a

1187 indivíduos de M. dosmestica sendo 684 (76,86%) nas armadilhas do solo, 215 (18,11) a um metro do solo e 60

(3,03%) a dois metros do solo. A predileção por substratos disponíveis no solo são de fato a preferência de visitação da

espécie. Quando avaliamos os fatores temperatura e umidade presente em cada tipo de armadilhas obtivemos os

resultados: armadilhas no solo (temperatura ẋ=36,25 oC; DP =1,37oC); Umidade Relativa ẋ= 35,7 %UR ; DP = 6,77%UR

) a um metro do solo (temperatura ẋ=36,45oC DP =1,013) ; Umidade Relativa ẋ= 31,6%UR; DP =6,77 %UR ) e dois

metros do solo (temperatura ẋ= 36,8 DP =1,42; Umidade Relativa ẋ= 27,1; DP = 6,9) analisando os dados fica

evidenciado que o solo apresenta as maiores taxas de Umidade Relativa, por outro lado a temperatura praticamente não

varia nos três postos verticais amostrais. Quando submetemos as freqüências relativas de indivíduos coletados ao teste de

correlação a temperatura apresentou-se nula. Quando submetemos os mesmos dados de freqüência em relação a umidade

relativa estes demonstraram forte dependência positiva(R2=0,82), isto é, o aumento de M. domestica está diretamente

associada ao aumento da umidade. Por tanto, o controle de M. domestica em aviários, neste estudo, está diretamente

relacionado com métodos que venham a controlar a umidade no solo, bem como o volume de esterco de aves disponíveis.

Palavras-Chave: Diptera, Muscóide, Fezes de aves

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 732 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0156

MELISSOFAUNA OCORRENTE EM CERRADO RUPESTRE DE BAIXA ALTITUDE, PIAUÍ, BRASIL

Costa, J. M.; Coutinho, D. P.; Souza, D. C.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ-UFPI/ PESQUISADORA PELD/SÍTIO 10,

MESTRANDO EM ZOOLOGIA MPEG/UFPA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ-UFPI/CCA

Considerando a riqueza da melissofauna nativa e o potencial melitófilo de um dos supercentros de biodiversidade do

cerrado, os Cerrados do Nordeste, objetivou-se caracterizar qualitativamente a melissodiversidade associada à flora de

uma fisionomia de cerrado (cerrado rupestre de baixa altitude), situada em Castelo do Piauí e Juazeiro do Piauí-PI. As

coletas ocorreram mensalmente, entre abril de 2003 e março de 2005, com duração média de três dias por excursão, no

horário de 6h às 18h. Para captura os métodos empregados foram: o de varredura, percorrendo o máximo a área e; o de

ourobouros, permitindo a apreensão de exemplares de difícil captura. Todas as abelhas encontradas em visita às flores,

vôo ou repouso foram capturadas através de redes entomológicas e transferidas para câmara mortífera contendo acetato de

etila ou amônia a 10%. Sendo o intuito do trabalho apenas qualitativo, foram capturados apenas cinco indivíduos para

cada espécie de abelha, com exceção de duas morfoespécies com apenas dois indivíduos coletados, totalizando 274

espécimes. Para tanto, registrou-se 56 espécies de abelhas pertencentes às famílias Andrenidae (2), Apidae (38),

Colletidae (2), Halictidae (3), Megachilidae (6) e cinco morfoespécies não identificadas. Em forrageamento às plantas

foram capturadas 46 abelhas (82,1%) em visita à 107 espécies botânicas indivíduos florais; 7 (12,5%) foram coletadas

durante o vôo e; 3 (5,4%) em repouso. Os gêneros mais representativos foram Centris (11 espécies, das quais algumas

ocorrem em regiões semi-áridas), Arhysoceble e Megachile (4), Frieseomelitta, Melipona, Melitoma, Mesonchium e

Xylocopa (2); os demais gêneros foram representados por apenas uma espécie. Além das espécies eussociais Apis

mellifera Linnaeus, 1758 e Trigona spinipes (Fabricius, 1793), distribuídas em todos os estados brasileiros, as abelhas

mais freqüentes nas plantas no trecho levantado foram Frieseomelitta varia (Lepeletier, 1836) visitando 12 espécies

vegetais; Xylocopa (Neoxylocopa) grisescens Lepeletier, 1841, ocorrendo em 11; Centris (Centris) aenea Lepeletier,

1841, Xylocopa (Neoxylocopa) cfr. hirsutissima Maidl, 1912 e Augochloropsis cfr. callichroa (Cockerell, 1900),

verificada em sete; F. cfr. doederleini (Friese, 1900), comprovada em seis e; Centris (Centris) caxiensis Ducke, 1907,

confirmada em cinco; as demais espécies não foram observadas em mais do que quatro espécies botânicas. Quanto ao

sexo, houve predominância de fêmeas, perfazendo 69,23% do total de abelhas e 30,77% foram representados por machos.

Centris aenea e C. caxiensis tiveram representantes de ambos os sexos nos mesmos espécimes vegetais. Observou-se que

a melissofauna alterou sua preferência pelo pasto melífero de acordo com a sazonalidade: nos meses úmidos, ervas e

subarbustos representaram a principal fonte de néctar e pólen para as abelhas, já nos meses secos, as espécies lenhosas

formaram uma importante fonte melitófila, já que a maioria das espécies desse componente floresce nesse período,

apresentando diferentes atrativos aos seus potenciais polinizadores. Concluiu-se que o trecho de cerrado rupestre estudado

não detém uma grande riqueza da melissofauna, mas que esta ocorrente é ecotonal, com espécies adaptadas aos biomas

Cerrado e Caatinga, assim adaptadas às difíceis condições climáticas, altimétricas, edáficas e à sazonalidade floral da

vegetação rupestre piauiense de baixa altitude.

Palavras-Chave: Supercentro de biodiversidade, Flora melitófila, Método ourobouros

Financiador: CNPq/PELD-Sítio 10; CAPES

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 731 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0155

OVIPOSIÇÃO DO CARUNCHO Callosobruchus maculatus EM DIFERENTES CULTIVARES DE FEIJÃO

CAUPI

Melo, A. F.; Fontes, L. S.; Araújo, A. A. R.; Barbosa, D. R. S.; Sousa, E. P. S.; Soares, L. L. L.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ_UFPI

O carunho Callosobruchus maculatus, devido ao seu potencial depreciativo, é considerado a principal praga do feijão do

gênero Vigna armazenado, reduzindo o peso e a qualidade dos grãos. No Nordeste brasileiro, onde a maioria dos feijões

consumidos na alimentação humana são do gênero Vigna, uma quantidade considerável de grãos e sementes são perdidos

durante o armazenamento, especialmente através do ataque deste inseto-praga. Em vista disso, o presente trabalho

objetivou avaliar a oviposição em quatro cultivares de feijão caupi (V. unguiculata). O trabalho foi desenvolvido no

Laboratório de Entomologia do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Piauí, em delineamento

inteiramente casualizado, utilizou-se quatro tratamentos com cinco repetições, as cultivares usadas foram TE96-290-12G,

BR-17 Gurguéia, BRS-Rouxinol e BRS-Guariba. A unidade experimental foi constituída de placas de Petri contendo dez

sementes por repetição, infestadas com 10 insetos adultos de C. maculatus. O parâmetro observado foi o número de ovos

(taxa de oviposição) 8 dias após a infestação. A partir dos resultados obtidos observou-se que BRS-Guariba apresentou

menor taxa de oviposição por cultivar e o menor número de ovos por grão, diferindo estatisticamente das demais. Em

relação ao número total de ovos BRS-Rouxinol foi a mais ovipositada, mas não diferiu estatisticamente da TE96-290-

12G, diferindo das cultivares BR-17 Gurguéia e BRS-Guariba. Portanto, BRS-Guariba demonstrou-se a menos preferida

pelo inseto para oviposição.

Palavras-Chave: Resistência genotípica, feijão macassar, antibiose

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 729 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0152

EMERGÊNCIA DE Callosobruchus maculatus EM CULTIVARES DE FEIJÃO CAUPI (Vigna unguiculata)

Melo, A. F.; Fontes, L. S.; Araújo, A. A. R.; Barbosa, D. R. S.; Sousa, E. P. S.; Soares, L. L. L.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ -UFPI

No Brasil e em outros países da América Latina, o feijão é um dos alimentos básicos mais consumidos e uma fonte de

fácil acesso de proteínas, vitaminas e minerais, tendo elevado conteúdo energético. O feijão é também uma cultura que

tem grandes perdas devido ao ataque de insetos durante o armazenamento de seus grãos. O Callosobruchus maculatus é a

mais importante praga do feijão de corda (Vigna unguiculata). Como no Nordeste do Brasil a maioria do feijão plantado e

consumido pertence a esse gênero, esse caruncho é a praga de maior ocorrência e importância da região, em condições de

armazenamento. Em decorrência, este trabalho objetivou avaliar a taxa de emergência de C. maculatus em diferentes

cultivares de feijão-caupi V. unguiculata. O teste foi realizado no Laboratório de Entomologia do Centro de Ciências da

Natureza da Universidade Federal do Piauí, em delineamento experimental inteiramente casualizado, totalizando 4

tratamentos cada um com 5 repetições, avaliando-se a emergência da geração filial em cada cultivar. As parcelas foram

representadas por placas de Petri medindo 2 cm de altura por 15 cm de diâmetro, cada uma com 10 grãos de cada cultivar

de feijão caupi infestada por 10 insetos adultos de C. maculatus. As cultivares utilizadas foram BR-17 Gurguéia, BRS-

Rouxinol, TE96-290-12G e BRS-Guariba. Para análise dos dados observou-se o número de insetos emergidos (taxa de

emergência). A partir dos resultados obtidos observou-se que a cultivar BRS-Rouxinol apresentou a maior taxa de

emergência diferindo estatisticamente das demais. As outras não diferiram significativamente em relação à taxa de

emergência. A cultivar BRS-Rouxinol por apresentar maior taxa de emergência entre todas, também apresentou maior

número de insetos emergidos por grão, portanto, apresentou-se como a mais suscetível ao ataque do caruncho.

Palavras-Chave: Gorgulho, Inseto-praga, Infestação

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 650 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0054

DIVERSIDADE DE ARTRÓPODES DA FAUNA EDÁFICA EM ÁREA PRESERVADA E ÁREA MANEJADA

COM PASTAGEM NO MUNICÍPIO DE TERESINA-PIAUÍ-BRASIL

Luz, R. A.; Fontes, L. S.; Cardoso, S. R. S.; Lima, É. F. B.; Santos, K. M. S.; Barbosa, D. R. S.; Barbosa., O. A. A.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ,

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE

FEDERAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

A fauna do solo exerce importante papel nos processos de decomposição da matéria orgânica, ciclos de nutrientes, aeração

e fertilidade do solo. Assim, estudos sobre a composição e estrutura dessas comunidades são importantes, considerando,

além disso, a escassez de informações nas diferentes regiões do País e principalmente em relação ao estado do Piauí. Este

estudo teve como objetivo avaliar a densidade e diversidade da fauna de artrópodes encontrados no solo em uma área de

cerrado (Parque Ambiental de Teresina) em estado de preservação e uma área utilizada com pastagem (Fazenda Santa

Rosa), ambas estão situadas no município de Teresina, capital do estado do Piauí. As armadilhas utilizadas para

amostragem dos artrópodes foram do tipo pitfall, sendo em cada área colocadas 5 estações, cada uma com 4pitfalls. As

armadilhas foram constituídas por um copo plástico de volume igual a 500 mL, contendo uma solução conservante

constituída de álcool 70% misturado com formol 40%. As armadilhas foram trocadas semanalmente por ocasião das

coletas. Foram realizadas oito coletas entre o período de março e abril de 2007. Os resultados encontrados foram avaliados

através das variáveis: número de ordens, número de famílias, total de espécies e número total de indivíduos. Os espécimes

coletados foram levados ao Laboratório de Entomologia do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Piauí

para identificação, pelo menos, em nível de família. Foram coletados 1548 insetos na área com pastagem e 1723 na área

preservada. Na primeira área, verificou-se a presença de 10 ordens, 19 famílias e 98 espécies. Na segunda área, 12 ordens,

21 famílias e 114 espécies, uma biodiversidade, portanto, maior. De indivíduos da classe Arachnida foram coletados um

número de 48 em área com pastagem e 62 na área preservada. Na primeira, somente 1 ordem e 6 famílias foram

encontradas. Na segunda, 2 ordens e 12 famílias foram verificadas. Por fim, na área com pastagem foi verificada a

presença de 1 espécie de Chilopoda e outra de Diplopoda, enquanto que na área preservada, pode-se observar 1 espécie de

Chilopoda e 7 de Diplopoda. Fez-se a avaliação do Índice de Diversidade e Coeficiente de Similaridade. Como resultado,

as variáveis estudadas e o índice de diversidade foram somente levemente maiores na área preservada, comparado à área

utilizada com pastagem. Contudo, o Coeficiente de Similaridade mostrou apenas 10% de semelhança entre as duas áreas.

Desta forma, a diversificação das espécies vegetais promove uma maior diversificação da maioria dos grupos de

artrópodes de solo. Além disso, há interferência da retirada da vegetação e manejo do solo nos grupos de artrópodes de

solo das comunidades estudadas.

Palavras-Chave: Solo, Macrofauna, Insetos

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 649 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0053

ESPÉCIES DE TRIPES (THYSANOPTERA) ASSOCIADAS À CULTURA DE ALFACE (Lactuca sativa), NA

HORTA COMUNITÁRIA CARLOS FEITOSA, MUNICÍPIO DE TERESINA, PIAUÍ

Lima, É. F. B.; Fontes, L. S.; Pinent, S. M. J.; Santos, K. M. S.; Barbosa, D. R. S.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Em Teresina são encontradas várias hortas comunitárias, construídas com o objetivo de serem uma alternativa de geração

de trabalho e renda e melhoria sócio-econômica às famílias da periferia da cidade. Nelas, vários agricultores ganham uma

área para cultivar vegetais e vendê-los no mercado local. Contudo, o aporte científico, necessário para auxiliar a

produtividade desses lavradores, ainda é bastante insuficiente. Os tripes, insetos que são conhecidos por provocar

prejuízos em cultivos comerciais de diversas espécies vegetais causando dano direto durante sua alimentação no tecido

vegetal e pela transmissão de viroses, correspondem a uma das pragas que causam diminuição na produtividade dessas

hortas. Este trabalho foi feito com o objetivo de fazer o levantamento dos tisanópteros que atacam uma das plantas mais

cultivadas na Horta Comunitária Carlos Feitosa, que conta com mais de 80 lavradores, contribuir para o conhecimento

biológico das mesmas e fornecer subsídios para manejo e controle sem impacto à cultura e ao meio ambiente. Para realizar

tal estudo, foram feitas visitas semanais no período de Agosto de 2008 e Julho de 2009 à horta com o intuito de coletar

espécimes de tripes para posterior identificação. Eram coletados pés de alface (Lactuca sativa) contendo tripes através da

técnica do ensacamento simples. As alfaces contendo tripes eram levadas ao Laboratório de Entomologia do

Departamento de Biologia da Universidade Federal do Piauí. Lá, os insetos foram separados das flores com auxílio de

pincel de cerdas finas sob estereomicroscópio e preservados em eppendorfs contendo AGA. Então, foram montadas

lâminas dos insetos para identificação no microscópio óptico seguindo chaves de classificação. As espécies identificadas

foram Arorathrips sp., Caliothrips fasciatus, Frankliniella schultzei, Frankliniella sp., Frankliniella sp. 2 e Heliothrips

haemorrhoidalis. A espécie encontrada em maior quantidade foi Caliothrips fasciatus, compondo cerca de 64,29% dos

tisanópteros identificados. Ainda, a maioria dos espécimes identificados, 78,57%, é composta de fêmeas, fenômeno

esperado pela reprodução partenogenética que ocorre em tripes.

Palavras-Chave: Thysanoptera, Alface, Hábito

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 648 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0052

BIOLOGIA DE Zabrotes subfasciatus (BOH.) (COLEOPTERA: BRUCHIDAE) EM DIFERENTES

CULTIVARES DE FAVA (Phaseolus lunatus, (L.))

Santos, K. M. S.; Fontes, L. S.; Barbosa, D. R. S.; Lima, É. F. B.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

A espécie Zabrotes subfasciatus (Coleóptera, Bruchidae) é considerada uma das maiores pragas de feijão. Os prejuízos

refletem-se em uma considerável redução de peso, declínio da germinação das sementes e desvalorização comercial pela

presença de insetos adultos ou imaturos. O objetivo deste trabalho foi realizar o estudo da biologia de Z. subfasciatus nos

seguintes cultivares de fava (Phaseolus lunatus, (L) Walp.): UFPI 468, UFPI 579, UFPI 220 e UFPI 515. Para a

montagem deste experimento foram utilizados recipientes transparentes com tampas perfuradas. Em cada embalagem

colocou-se um casal de Z. subfasciatus, e 10 grãos de feijão fava (Phaseolus lunatus), o mesmo foi mantido em condições

ambientais. Diariamente, os grãos já infestados, foram levados ao microscópio estereoscópico para observação dos ovos.

Para efeito de análise estatística considerou-se em dias: duração da fase de ovo, período larval, período pupal e

longevidade do adulto. Efetuaram-se 10 repetições por variedade em delineamento inteiramente casualizado. Os dados

obtidos foram submetidos à análise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey (P>0,05). Os dados

originais foram transformados para (x+1) ½. Sob condições de temperatura 30ºC e UR 92%%, o ciclo médio de Zabrotes

subfasciatus em Phaseolus lunatus ((L) Walp.), é de 39 dias. As fêmeas têm longevidade média de 5,6 dias, produzindo

em média 29,9 ovos, o período embrionário é de 6,8 dias. As larvas assim que eclodem penetram no grão e constroem um

orifício de saída para o adulto. Na variedade UFPI-468, com condições ideais em média 33 ºC e U.R. 92,5%, o período

embrionário foi em média 5,5 dias, 56,4% dos adultos que emergiram foram fêmeas. Enquanto que na variedade UFPI-

579 sob condições 30 ºC e U.R. 90% o ciclo do Z. subfasciatus durou 28 dias, o período embrionário 7,5 dias e dos

adultos que emergiram dos grãos apenas 14,29 % correspondeu às fêmeas. O ciclo médio do Z. subfasciatus no genótipo

UFPI 515 sob condições de temperatura 30 ºC e U.R. 91% foi de 30 dias, sua fase embrionária média 6,2 dias e dos 58

ovos ovipositados 27,58% emergiram adultos. No genótipo UFPI 220, sob condições de temperatura 30 ºC e U.R. 91% o

ciclo do inseto em estudo durou em média 30 dias, a fase de ovo foi em média 7,0 dias. Neste genótipo, 27,59% dos

adultos emergiram. Não houve diferença estatística entre as variedades em relação ao número médio de ovos e ao número

de adultos emergidos quando os grãos estavam armazenados a 30º C. Portanto, a temperatura e umidade relativa

influenciam no desenvolvimento do Zabrotes subfasciatus em Phaseolus lunatus, a temperatura de 30 a 33ºC, o ciclo de

vida do inseto não sofreu alteração.

Palavras-Chave: Ciclo biológico, Insecta, Feijão fava

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 647 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0051

DESENVOLVIMENTO LARVAL DE Spodoptera frugiperda EM DIETA ARTIFICIAL TRATADA COM

EXTRATO AQUOSO DE Crescentia cujete

Barbosa, D. R. S.; Melo, R. S.; Pessoa, E. F.; Neves, J. A.; Barreto, N. T. R.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

O milho (Zea mays) é uma importante cultura agrícola, tendo assim um papel relevante no contexto sócio-econômico. A

lagarta-do-cartucho do milho, Spodoptera frugiperda, é considerada uma das principais pragas do milho das Américas,

sendo portanto, muito importante o controle deste inseto. Em vista disso, este trabalho teve como objetivo avaliar a

bioatividade do extrato aquoso da polpa desidratada de cujuba (Crescentia cujete) adicionado a dieta artificial de Bowling

(1967). O trabalho foi desenvolvido no laboratório de Entomologia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade

Federal do Piauí em delineamento experimental inteiramente casualizado, com 05 (cinco) tratamentos e 4 repetições. Cada

repetição constando de 10 tubos de ensaio (8 cm de altura x 1,5 cm de diâmetro), contendo em cada um, uma lagarta

recém eclodida. As larvas foram mantidas sob condições ambientais controladas (temperatura 27 ± 2, fotofase de 12 horas

e UR de 60 ± 10%). Os tratamentos constam das concentrações de (T1) testemunha com água destilada, (T2) 3%, (T3)

6%, (T4) 8%, (T5) 10% do extrato aquoso. Os parâmetros avaliados foram: tempo larval e viabilidade larval. Para o

parâmetro tempo larval não houve diferença significativa entre os tratamentos, os quais apresentaram uma variação de 16

a 22 dias. Para a viabilidade larval os tratamentos apresentaram diferença significativa, sendo o tratamento (T5) 10% o

mais eficiente para o controle da lagarta-do-cartucho. Portanto, C. cujete apresenta efeito inseticida sobre larvas de S.

frugiperda.

Palavras-Chave: inseticida natural, lagarta-do-cartucho, cujuba

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 645 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0049

EFEITOS DA RADIAÇÃO MICROONDAS EM PUPAS DE Callosobruchus maculatus NA CULTIVAR DE

FEIJÃO CAUPI (Vigna unguiculata) XIQUE XIQUE

Barbosa, D. R. S.; Fontes, L. S.; Melo, A. F.; Lima, É. F. B.; Neves, J. A.; Santos, K. M. S.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de grãos de feijão, sendo o caupi (Vigna unguiculata) muito

importante para a economia Nordestina, e como tal sofre muitas perdas durante o armazenamento. Uma das causas destes

prejuízos está relacionada ao ataque de bruquídeos, como o caruncho Callosobruchus maculatus. Em vista disso propôs-se

a seguinte pesquisa com o objetivo de avaliar os efeitos da radiação microondas em pupas deste caruncho. Conduziu-se o

experimento no Laboratório de Entomologia do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Piauí da

Universidade Federal do Piauí, em delineamento experimental inteiramente casualizado, totalizando 5 tratamentos cada

um com 5 repetições. Avaliou-se as possíveis variações na emergência da geração filial. O teste foi realizado em placas de

Petri medindo 2 cm de altura por 15 cm de diâmetro, cada tratamento constando de 50 grãos da cultivar de feijão caupi

Xique-Xique infestados por 15 insetos de C. maculatus com idade de 24 horas. A irradiação foi feita em um forno

microondas comercial da marca Panasonic, modelo Piccolo NN-ST-357W 22LTS, com freqüência de 2.450 MHz,

rendimento de potência de 800 W, sendo utilizado na baixa potência (30%), correspondendo a 240 W, com prato giratório,

a distancia de 17 cm da fonte. As doses (tempo de exposição) utilizadas foram 0 (test.), 60, 90, 120 e 150 segundos. Após

a irradiação o material foi acondicionado no laboratório para emergência da geração filial. Pelos resultados obtidos pode-

se observar que com a dose de 60 segundos de exposição, obteve-se um efeito deletério nas pupas do caruncho reduzindo

em, aproximadamente, 95,5% a emergência de adultos na geração filial em relação à testemunha. Já com as demais doses

obteve-se uma mortalidade de 100% das pupas. Portanto, concluiu-se que o tempo de exposição mínimo para a

mortalidade de 100% dos insetos de acordo com as dosagens utilizadas foi o tempo de 90 segundos.

Palavras-Chave: caruncho do feijão, insetos-praga, controle de pragas

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 644 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0048

AVALIAÇÃO DA RADIAÇÃO MICROONDAS EM LARVAS DE Callosobruchus maculatus EM CULTIVAR

DE FEIJÃO CAUPI (Vigna unguiculata) XIQUE XIQUE, VISANDO SEU CONTROLE

Barbosa, D. R. S.; Fontes, L. S.; Lima, É. F. B.; Sousa, E. P. S.; Neves, J. A.; Santos, K. M. S.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Uma das principais pragas que incide sobre os grãos armazenados do feijão caupi (Vigna unguiculata) é o caruncho

Callosobruchus maculatus. As larvas deste inseto atacam o feijão armazenado, abrindo galerias nos grãos o que pode

provocar a destruição completa dos mesmos, além da depreciação comercial do produto. Como forma de controle

alternativo visando minimizar os problemas ocasionados pelo uso indiscriminado de produtos químicos, além de

alternativa de controle para pequenas quantidades de grãos de feijão a nível domiciliar, propôs-se a pesquisa sobre os

efeitos das radiações microondas em larvas de C. maculatus visando seu controle. O teste foi realizado no Laboratório de

Entomologia do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Piauí. O delineamento experimental utilizado foi

inteiramente casualizado, com 5 tratamentos cada um com 5 repetições. As parcelas foram representadas por placas de

Petri medindo 2 cm de altura por 15 cm de diâmetro, cada tratamento constando de 50 grãos da cultivar de feijão caupi

Xique-Xique infestados por 15 insetos de C. maculatus com idade de 24 horas, sem determinação do sexo. A irradiação

foi feita em forno microondas comercial da marca Panasonic, modelo Piccolo NN-ST-357W 22LTS, com freqüência de

2.450 MHz, rendimento de potência de 800 W, sendo utilizado na baixa potência (30%), correspondendo a 240 W, com

prato giratório, que proporciona uma melhor distribuição da temperatura no feijão caupi irradiado, a distância de 17 cm da

fonte. As doses (tempo de exposição) utilizadas foram 0 (test.), 60, 90, 120 e 150 segundos. Após a irradiação o material

foi acondicionado no laboratório para observação da emergência da geração filial. De acordo com os resultados obtidos

pode-se observar que com a dose de 60 segundos de exposição, obteve-se um efeito deletério nas larvas do caruncho

reduzindo em, aproximadamente, 84,2% a emergência de adultos na geração filial em relação à testemunha. Com a dose

de 90 segundos obteve-se uma redução de 99,7% na emergência de adultos e com as demais doses obteve-se uma

mortalidade de 100% das larvas. Portanto, concluiu-se que o tempo de exposição mínimo para a mortalidade de 100% dos

insetos em fase de larva de acordo com as dosagens utilizadas foi o tempo de 120 segundos.

Palavras-Chave: pragas agrícolas, grãos armazenados, gorgulho

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 643 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0047

USO DA RADIAÇÃO MICROONDAS PARA O CONTRLE DE Callosobruchus maculatus NA FASE DE OVO

EM FEIJÃO CAUPI (Vigna unguiculata) CULTIVAR XIQUE XIQUE

Fontes, L. S.; Barbosa, D. R. S.; Melo, A. F.; Lima, É. F. B.; Neves, J. A.; Santos, K. M. S.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Dentre as pragas que atacam grãos de feijão durante o armazenamento, destaca-se o gorgulho-do-feijão, Callosobruchus

maculatus, por reduzir a qualidade e o valor comercial do produto. Atualmente seu controle é realizado principalmente

através de produtos químicos. Porém, novas técnicas de controle alternativo vêm sendo utilizadas para minimizar o uso de

inseticidas, como a utilização de alguns tipos de radiação como a gama, X e elétrons acelerados, com este propósito, o

presente trabalho objetivou avaliar os efeitos de doses de radiação microondas em ovos deste gorgulho. O trabalho foi

desenvolvido no Laboratório de Entomologia do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Piauí, em

delineamento experimental inteiramente casualizado, totalizando 5 tratamentos cada um com 5 repetições. Neste, avaliou-

se a emergência de insetos adultos de acordo com a dosagem aplicada. Para a realização do experimento utilizou-se placas

de Petri medindo 2 cm de altura por 15 cm de diâmetro, cada tratamento constando de 50 grãos das cultivar de feijão

caupi Xique-Xique infestados por 15 insetos de C. maculatus com idade de 24 horas. A irradiação foi feita em um forno

microondas comercial da marca Panasonic, modelo Piccolo NN-ST-357W 22LTS, com freqüência de 2.450 MHz,

rendimento de potência de 800 W, sendo utilizado na baixa potência (30%), correspondendo a 240 W, com prato giratório,

a distancia de 17 cm da fonte. As doses (tempo de exposição) utilizadas foram 0 (test.), 60, 90, 120 e 150 segundos. Após

a irradiação o material foi acondicionados em bancadas no laboratório para a emergência da geração filial. Pelos

resultados obtidos pode-se observar que a dose de 60 segundos reduziu em 71% a emergência de adultos na geração filial

em relação à testemunha, com as doses de 90 e 120 segundos obteve-se uma resposta semelhante na redução da

emergência de adultos da geração filial, respectivamente 85,6% e 85,5%. Já com a dose de 150 segundos obteve-se uma

mortalidade de 100% dos insetos. Portanto, concluiu-se que o tempo de exposição mínimo para a mortalidade de 100%

dos insetos em fase de ovo de acordo com as dosagens utilizadas foi o tempo de 150 segundos.

Palavras-Chave: alternativa de controle, armazenamento, inseto-praga

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 632 ~

Área: HEXAPODA

Código: HEXA0036

OCORRÊNCIA DE LARVAS DE Aedes aegypti (DIPTERA, CULICIDAE) NO MUNICÍPIO DE PICOS, PIAUÍ

Lima, A. R. L. M.; Chaves, F.; Silva, H. M.; Martins, A. S.; Fonseca, M. G.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: LABORATÓRIO DE ZOOLOGIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, CENTRO DE

CONTROLE DE ZOONOSES DO MUNICIPIO DE PICOS, CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DO

MUNICIPIO DE PICOS, CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DO MUNICIPIO DE PICOS, LABORATÓRIO

DE ZOOLOGIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

As espécies de Aedes aegypti são as mais importantes na transmissão da dengue e febre amarela no Brasil devido á sua

antropofília e aos seus hábitats urbanos-domésticos (domiciliares e peridomiciliares). A distribuição de A. aegypti, é cada

vez mais abrangente associada ao crescimento e urbanização das populações nas áreas tropicais, sem infra-estrutura básica

de saneamento o que tem ampliado a faixa de ocorrência do mosquito e consequentemente das epidemias das doenças por

ele transmitidas. Dada á importância desta espécie de culicideo na transmissão de doenças e aliado a escassez de

informações nessa área para o estado do Piauí, o presente trabalho teve por objetivo determinar a ocorrência de larvas de

A. aegypti em diferentes bairros do município de Picos. Para tanto no período de janeiro a dezembro de 2008 foram

pesquisadas quanto à presença de larvas deste culicideo 35 bairros do município de Picos subdivididos em imóveis e

depósitos. As visitas foram semanais por busca ativa das larvas do mosquito em locais que constituem reservatório para o

seu desenvolvimento. As larvas encontradas eram coletadas e depositadas em tubos devidamente etiquetados, contendo

água do próprio local. Posteriormente eram encaminhadas ao laboratório para contagem e identificação. Dos imóveis

pesquisados 29 foram positivos para larvas de A. aegypti, sendo encontradas maior número de larvas nos imóveis

localizados nos bairros Francisco do Piauí (n=152), São Jose (n=119), São Vicente (n=100), Parque da exposição e

Paroquial (n-96), Morada do Sol (n=90), Mirolândia (n=77) e Passagem das Pedras (n=57). Em relação aos depósitos 32

foram positivos com maior número de larvas encontradas nos bairros Francisco do Piauí (n=168), São Jose (n=124), São

Vicente (n=109), Morada do sol (n=101), Mirolândia (n=81), Paroquial (n=63), Parque de Exposição (n=58) e Passagem

das Pedras (n=54). Da totalidade de bairros pesquisados três não foram encontradas larvas do mosquito nos imóveis e

depósitos (Morrinhos, Umari e Ipueiras) e três apresentaram larvas somente em depósitos (Jardim Natal, Candaru e

Teixeira). Nossos resultados indicaram 91,42% dos depósitos e 82,85% dos imóveis pesquisados positivos para larvas de

A. aegypti, sendo os meses de maior freqüência de ocorrência das larvas os de Março e Abril, e os meses de Setembro a

Dezembro os de menor ocorrência de larvas tanto nos imóveis quanto nos depósitos pesquisados. Os resultados

encontrados são importantes e contribuem para o conhecimento dos locais de distribuição do A. aegypti em área urbana do

município de Picos visto que poucos trabalhos nesta área são encontrados na literatura tanto para o município quanto para

o estado do Piauí.

Palavras-Chave: culicideos, vetor da dengue, distribuição

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 547 ~

Área: HERPETOLOGIA

Código: HERP0111

ANUROFAUNA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS, PICOS, PIAUÍ

Lima, A. R. L. M.; Benício, R. A.; Fonseca, M. G.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE

BARROS, PICOS, PI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE

BARROS, PICOS, PI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE

BARROS, PICOS, PI

As três ordens de anfíbios atuais Anura, Caudata e Gymnophiona, compreendem mais de 5.000 espécies que compõem a

classe Amphibia, todas as três ordens encontram-se na América do Sul tropical. No Brasil são registradas 849 espécies

sendo que destas 821 pertencem a ordem Anura. A anurofauna brasileira, é amplamente conhecida e relatada na literatura

para a maioria das regiões geográficas exceto para a região Nordeste. Especificamente no Estado do Piauí, poucos

trabalhos sobre esse grupo foram realizados e publicados. Deste modo o estudo teve por objetivo fazer um levantamento

preliminar das espécies de ocorrência na grande área de vegetação que recobre o campus universitário Senador Helvídio

Nunes de Barros (CSHNB), localizado no município de Picos, Piauí, centro-sul do estado. O campus apresenta cerca de

100.000 m2, caracteriza-se por extensa área de vegetação formada por Juncaceas. As visitas ao campo foram mensais no

período de janeiro de 2007 a junho de 2008, durante as estações seca e chuvosa do Estado por meio de busca ativa e

encontro ocasional. Os espécimes encontrados foram devidamente acondicionados em sacos plásticos, e transportados ao

laboratório para avaliação taxonômica. Foram coletados e registrados durante o período de estudo os seguintes táxons:

Bufonidae (Rhinella granulosa e Rhinella schneideri), Hylidae (Hypsiboas raniceps, Scicax fuscovarius, Phyllomedusa

hyponcondrialis) e Leptodactylidae (Leptodactylus chaquensis, Leptodactylus fuscus, Leptodactylus ocellatus,

Leptodacytlus troglodytes e Leptodactylus vastus). Todas as espécies ocorreram somente na estação chuvosa (dezembro a

maio) em intensa atividade após as 18 horas. A região considerada para estudo, localizada na porção centro-sul do estado

do Piauí, é um ambiente antrópico e abriga até o momento 10 espécies de anuros, representantes das Famílias Bufonidae,

Hylidade e Leptodactylidae. Maior diversidade de espécies foi observada na família Leptodactylidae seguida da Hylidae.

Para o centro-sul do Piauí, pesquisas sobre a diversidade da anurofauna são escassas, o que ressalta a importância das

informações obtidas no presente estudo por meio de pesquisa de campo.

Palavras-Chave: Leptodactylidae, Bufonidae, Piauí

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 488 ~

Área: HERPETOLOGIA

Código: HERP0045

HERPETOFAUNA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS, PICOS,

PIAUÍ, BRASIL

Benício, R. A.; Fonseca, M. G.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI

O conhecimento da Herpetofauna de uma região é indispensável para a compreensão dos aspectos estruturais e funcionais

das comunidades e ecossistemas, bem como das relações entre os animais das diversas cadeias tróficas. Na região

Nordeste do Brasil um agravante refere-se à falta de conhecimento geral sobre a biota das áreas naturais. Deste modo no

presente trabalho foi determinado a ocorrência das espécies de répteis no campus da Universidade Federal do Piauí,

município de Picos, no período de março de 2008 a março de 2009 por meio de procura ativa e encontro ocasional. As

visitas ao campo foram mensais em que foram percorridas trilhas de 100 a 200 metros em dois turnos (08:00 • 10:00 horas

/ 18:00 • 22:00 horas) ao longo da área de estudo. Os espécimes encontrados foram coletados manualmente ou com o

auxílio de gancho de contenção e acondicionados em sacos de pano. Posteriormente foram transportados ao Laboratório

de Zoologia da UFPI para identificação taxonômica, morfométrica (CT) e do peso (P). Até o momento foram registradas

15 espécies de répteis: sendo seis de lagartos, oito de serpentes e uma de testudines. A seguintes famílias e espécies de

répteis foram registradas: Lagartos das famílias: Gekkonidae (Hemidactylus mabouia - CT=10,5 cm, P= 2,60); Iguanidae

(Iguana iguana - CT= 82,5, P=331,10 g); Scincidae (Mabuya heathi - CT=16,10 cm, P= 4,60g), Teiidae (Tupinambis

merianae, Cnemidophorus ocellifer - CT=27,9 cm, P= 7,0g) e Tropiduridae (Tropidurus hispidus - CT=26,0 cm,

P=18,20g); Serpentes das famílias: Boidae (Boa constrictor - CT= 62,0cm, P=138,28g); Colubridae (Leptophis ahaetulla -

CT=104,8cm, P=57,60g); Dipsadidae (Liophis poecilogyrus - CT=19,2, P=3,90g; Liophis viridis - CT=61,3 cm, P=

32,40g; Oxyrhopus trigeminus - CT= 54,5 cm, P=31,60g; Philodryas nattereri - CT=101,5cm, P=154,70g; Pseudoboa

nigra - CT=74,5 cm, P= 68,70g); Elapidae (Micrurus ibiboboca - CT=64,5cm, P= 75,0g); e Chelidae (Phrynops

geoffroanus). No estado do Piauí a cobertura dos inventários está quase que totalmente restrita às suas Unidades de

Conservação, sendo que algumas destas já sofrem com diversos impactos antrópicos. O número de espécies de répteis

encontrado nos fragmentos estudados é baixo quando comparado com outros inventários realizados em áreas de caatinga.

No entanto devido à escassez de estudos nesta área para o Estado, o presente trabalho fornece importante contribuição

sobre a diversidade principalmente de lagartos e serpentes para a região Centro-Sul do Piauí.

Palavras-Chave: diversidade, répteis, Caatinga

Financiador: PIBIC - UFPI

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 486 ~

Área: HERPETOLOGIA

Código: HERP0043

ACIDENTES POR SERPENTES NO MUNICÍPIO DE PICOS, PIAUÍ, BRASIL

Benício, R. A.; Fonseca, M. G.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI)

As serpentes de importância na medicina humana e animal, responsáveis pelos acidentes ofídicos no Brasil, são as

representantes das famílias Viperidae dos gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis e Elapidae do gênero Micrurus. Os

acidentes causados por estas serpentes por sua elevada incidência e gravidade são de notificação obrigatória ao Ministério

e às Secretárias Estaduais de Saúde do país. Devido à falta de informações sobre quais serpentes estão envolvidas nos

acidentes ofídicos para o município de Picos e macro-região, o presente trabalho determinou os grupos de serpentes

causadores dos acidentes, o perfil epidemiológico bem como a freqüência de ocorrência destes acidentes registrados no

período de janeiro de 2007 à dezembro de 2008. O município de Picos (07º04'37''S e 41º28'01''W) e macro-região

localiza-se na porção centro-sul do estado do Piauí. O clima da região é semi-árido com duas estações bem definidas, uma

seca, com índices pluviométricos muito baixos, em torno de 500 a 700 mm anuais e, uma chuvosa sendo que o período

chuvoso vai de janeiro a maio, com uma media pluviométrica anual de 1.466 mm. As informações sobre os acidentes por

serpentes foram obtidas por meio da avaliação das fichas de notificação na Secretária de Saúde do município. No período

de estudo foram notificados 65 casos de acidentes por serpentes, sendo 27 ocasionadas por serpentes do gênero Bothrops,

cinco do gênero Crotalus e uma não peçonhenta. Em 32 casos não houve identificação da serpente envolvida. Dos

acidentes notificados, 72% envolveram indivíduos do sexo masculino e 28% do sexo feminino. Quanto à classificação dos

acidentes, 37% foram do tipo leve, 40% moderado, 3% grave, em 20% dos casos não foi feita referência a classificação do

acidente nas fichas de notificação. O local mais comum da mordedura foi o pé (42%) seguido pelo dedo da mão (17%);

dedo do pé (12%), perna (8%); mão, ante-braço e perna representaram 3% dos casos, tronco e braço 1,5% e em 9% dos

acidentes não houve informação quanto ao local da mordedura. A freqüência de ocorrência dos acidentes foi maior nos

meses de dezembro à maio dos anos de 2007 e 2008. Os resultados indicaram que para o município de Picos dos 65 casos

notificados, em 49,23% a serpente responsável pelo acidente não foi identificada, informação essa relevante para a

conduta a ser tomada nos acidentes ofídicos. O conhecimento sobre o grupo animal causador dos acidentes e sua

frequência na população é fundamental para estabelecer medidas de prevenção e orientação à comunidade de como

proceder em caso de acidentes por animais peçonhentos.

Palavras-Chave: serpentes, ofidismo, Piauí

Financiador: PIBIC - UFPI

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 435 ~

Área: HELMINTOLOGIA

Código: HELM0013

NEMATÓDEOS DE Dermatonotus muelleri (ANURA, MICROHYLIDAE) PROCEDENTES DO ESTADO DO

PIAUÍ

Carvalho, L. D.; Santos, M. P. D.; Silva, R. J.; Fonseca, M. G.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE

BARROS, PICOS, PI, INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, PA,

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, CAMPUS BOTUCATU, SP,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS, PICOS, PI

Vários aspectos biológicos, morfológicos e ecológicos sobre os anuros foram amplamente divulgados na literatura exceto

quanto à sua helmintofauna para a região nordeste do Brasil, em especial o estado do Piauí. Ambientes com alto grau de

heterogeneidade ambiental na distribuição dos recursos requisitam adaptações específicas que permitem a solução de

problemas ecológicos das espécies que ali ocorrem. Dermatonotus muelleri é uma espécie endêmica que ocorre em um

sistema de alta imprevisibilidade e apresenta adaptações específicas ao hábitat. No presente trabalho D. muelleri

(hospedeiro) foi estudada quanto à presença de nematódeos em seus órgãos internos. Foram analisados 10 espécimes que

estavam depositados na coleção científica do Laboratório de Zoologia da Universidade Federal do Piauí, procedentes de

duas localidades do Estado, Parque Nacional Sete Cidades (PNSC n=5) e Nazareth Eco Resort (NER n=5), ambas

localizadas no nordeste do Piauí, na região dos cerrados marginais distais e setentrionais. O clima destas duas localidades

caracteriza-se por apresentar temperatura média anual acima de 25°C, e um período de chuva principalmente nos meses

de fevereiro, março e abril. Os hospedeiros foram analisados quanto à medida do comprimento rostro-cloacal (CRC), em

seguida foram necropsiados, e o trato digestório (intestino delgado e grosso) removido. Os nematódeos encontrados foram

coletados, cuidadosamente limpos e processados e então transferidos para frascos de vidro contendo álcool 70%. Em

seguida para a identificação taxonômica empregou-se a clarificação por lactofenol. As análises morfológicas e

morfométricas foram realizadas em sistema computadorizado para análise de imagens QWin Lite 3.1, adaptado em

microscópio DMLB. A média do CRC foi de 7,7cm para os hospedeiros PNSC e 6,74cm para os NER. Do total de

hospedeiros analisados para PNSC, três foram positivos para nematódeos, sendo Raillietnema spectans a única espécie

encontrada tanto no intestino delgado (n=4) quanto no grosso (n=874). Todos os hospedeiros NER foram positivos para

nematódeos, e encontradas as seguintes espécies: Aplectana vellardi (intestino delgado n=2; intestino grosso n=95),

Cosmocerca podicipinus (intestino delgado n=14 e grosso n=26), e Raillietnema spectans (intestino grosso n=83). O

hábitat mais frequentemente utilizado pelos nematódeos foi o intestino grosso, nos hospedeiros das duas localidades. Os

resultados indicaram maior diversidade de táxons no intestino grosso dos hospedeiros NER, no entanto maior abundância

(n=874) foi encontrada nos hospedeiros PNSC. Os nematódeos parasitas de anfíbios no Brasil encontram-se divididos em

9 superfamílias, 14 famílias, 24 gêneros e 57 espécies. No presente trabalho pode ser observado a ocorrência de três

espécies, todas da família Cosmocercidae. Deste modo o presente trabalho, apesar do pequeno número de espécimes

analisados, fornece importante contribuição ao estudo, não só sobre a distribuição das espécies de nematódeos de D.

muelleri de ocorrência no estado do Piauí, mas também ao estudo dos helmintos dos anfíbios anuros do Brasil.

Palavras-Chave: helmintofauna, Piauí, Microhylidae

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 426 ~

HELMINTOLOGIA Área: HELMINTOLOGIA

Código: HELM0001

HELMINTOFAUNA DE ANFÍBIOS ANUROS PROCEDENTES DO ESTADO DO PIAUÍ

Carvalho, L. D.; Santos, R. S.; Santos, M. P. D.; Silva, R. J.; Fonseca, M. G.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: LABORATÓRIO DE ZOOLOGIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ,

LABORATÓRIO DE ZOOLOGIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, INSTITUTO DE CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA – INSTITUTO

DE BIOCIÊNCIA, LABORATÓRIO DE ZOOLOGIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Atualmente o Brasil conta com 825 espécies de anfíbios anuros e, apenas 34 delas foram estudadas em relação à fauna

parasitária. No presente trabalho foi determinada a helmintofauna de anuros procedentes do Estado do Piauí, coletados nas

localidades de Nazereth Eco Resort (NER), Parque Nacional Sete Cidades (PNSC) e Picos (PC), e que estavam

depositados na coleção científica da Universidade Federal do Piauí (LZUFPI). Foram analisados 14 espécimes de anuros

pertencentes a três famílias e três espécies: Bufonidae (Rhinella schneideri n=8), Hylidae (Trachicephalus venulosus n=2)

e Leptodactylidae (Leptodactylus vastus n=4). Medidas do comprimento rostro-cloacal (CRC) foram realizadas em todos

os espécimes, em seguida foram necropsiados, os órgãos internos pulmão, estômago e intestino removidos e depositados

separadamente em placas de petri contendo solução fisiológica 0,9%. Após a retirada dos órgãos a cavidade celomática foi

inspecionada, para a observação da presença de helmintos. Os helmintos encontrados foram coletados, cuidadosamente

limpos e processados e então transferidos para frascos de vidro contendo álcool 70%. Para a identificação das espécies de

helmintos empregou-se a clarificação por lactofenol para os nematódeos e a coloração por carmim clorídrico para

trematódeos. Análises morfológicas e morfométricas foram realizadas em sistema computadorizado para análise de

imagens QWin Lite 3.1, adaptado em microscópio DMLB (Leica). A medida do CRC de L. vastus foi 11,25cm, em R.

schneideri de 17,68cm e em T. venulosus 7,5cm. Os helmintos identificados, (a localidade), o hábitat e os hospedeiros são

descritos a seguir: Cistacanto de Acantocephala (PNSC, NER) na parede visceral de L.vastus e R. schneideri ; Aplectana

vellardi (NER), intestino grosso de R. schneideri e T. venulosus ; Cosmocerca podicipinus (PNSC), intestino grosso de L.

vastus ; Ghypthelmis linguatula (PC), intestino delgado de L. vastus e R. schneideri ; Larva de Physaloptera (PNSC,

NER), estômago de L. vastus, T. venulosus e intestino grosso de R. schneideri ; Ochoterenella sp. (PNSC, NER) cavidade

geral de L. vastus e R. schneideri ; Oswaldocruzia sp. (PNSC, NER, PC), estômago de L. vastus e R. schneideri, intestino

delgado de R. schneideri; Oswaldocruzia lopesi (PC), estômago de L. vastus e intestino delgado de R. schneideri ;

Oxyascaris oxyascaris (PNSC), intestino delgado de L. vastus ; Raillietnema spectans (PNSC), no intestino grosso de L.

vastus. Dos órgão analisados somente no pulmão não foram encontrados helmintos. Cosmocerca podicipinus, O.

oxyascaris e R. spectans foram encontrados somente em L. vastus procedentes do Parque Nacional Sete Cidades. Todos os

espécimes analisados foram positivos para helmintos e ao todo foram identificados dez táxons sendo um de trematódeos,

um acanthocéphalo e oito nematódeos. Maior diversidade de táxons foi encontrada nos hospedeiros das localidades PNSC

(n=7) e NER (n=5) quando comparadas aos de PC (n-3). A fauna helmintológica de anfíbios brasileiros é bastante rica,

entretanto, há ainda muitas espécies não estudadas em nosso país principalmente para as de ocorrência no estado do Piauí.

As informações obtidas no presente trabalho fornecem importante contribuição ao conhecimento da helmintofauna de

anuros ao apresentar a lista preliminar dos helmintos e seus hábitats nos hospedeiros deste Estado.

Palavras-Chave: HELMINTOS, BUFONIDAE, LEPDOCATYLIDAE

Financiador: PIBIC-CNPq

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 408 ~

Área: ETNOZOOLOGIA

Código: ETNO0020

ETNOENTOMOLOGIA EM HORTAS COMUNITÁRIAS E MERCADOS PÚBLICOS DA CIDADE DE

TERESINA/PI: DADOS PRELIMINARES

Lima, É. F. B.; Junior, J. R. S.; Santos, K. M. S.; Barbosa, D. R. S.; Fontes, L. S.; Cortez, M. M. M.; Maranhão, D. T.;

Silva, P. R. R.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Insetos são animais bastante comuns no dia-a-dia de qualquer pessoa, e exercem influência bastante significativa na vida

humana, seja causando doenças, provocando danos em plantações ou trazendo benefícios. O estudo de como esses

organismos são percebidos, conhecidos, classificados e utilizados por diferentes povos é chamado etnoentomologia, que,

de forma genérica, pode ser considerada um ramo da etnozoologia. No Piauí, nenhum estudo etnoentomológico havia sido

realizado. Assim, a visão piauiense sobre os insetos ainda não foi documentada sob nenhuma maneira. Este trabalho tem o

objetivo de iniciar o estudo etnoentomológico piauiense, em sua capital, Teresina, procurando reconhecer o pensamento

de parte da população Teresinense sobre esses animais e resgatar crendices acerca dos mesmos. Para tanto, foram feitas

entrevistas em hortas comunitárias e mercados públicos distribuídos pelas cinco regiões da cidade entre os meses de Junho

e Agosto de 2009, seguindo um questionário pré-organizado sobre insetos. Foram entrevistadas 50 pessoas (25 homens e

25 mulheres) com idades entre 18 e 86 anos. Segundo a maioria eles, os insetos são “bichos perturbadores, que causam

mal aos humanos”, e, como exemplos, elencaram vários destes animais, incluindo alguns que não pertencem, sequer, à

classe Insecta: Moscas, Baratas, Formigas, Paquinhas (ou Jonrróis), Gafanhotos, Abelhas, Cupins, Potós, Mosquitos da

dengue, Muriçocas (ou Pernilongos), Mutucas, Catiringas (ou Libélulas), Borboletas, Cigarras, Grilos, Lagartas,

Marimbondos, Cavalos-do-Cão, Cochonilhas, Gongos, Pulgões, Joaninhas, Esperanças, Louva-a-Deus, Cascudos (ou

Marias-fedidas), Barbeiros (Todos da Classe Insecta), Aranhas e escorpiões (Classe Arachnida), Gangujis (ou Piolhos-de-

cobra) (Classe Diplopoda), Lacráias (Classe Chilopoda), Lesmas e Caracóis (Classe Gastropoda), Minhoca (Classe

Oligochaeta), Sanguessugas (Classe Hirudinea), Sapos (Classe Amphibia; Subclasse Lissamphibia), Jacarés (Sauropsida

da Ordem Crocodylia), Lagartos, Camaleões, Lagartixas, Tijubinas (Sauropsida da Ordem Squamata), Cohan, Beija-Flor,

Tiú, Urubus, Rasga-Mortalha (Classe Aves), Ratos, Morcegos, Barrão (leitão castrado), Cachorro e o Capelão (tipo de

macaco) (Classe Mammalia). É bastante curioso o preconceito relacionado aos insetos que os entrevistados exibiam, os

rechaçando em seus comentários. Paradoxalmente, alguns entrevistados, que haviam falado mal dos insetos, ainda

contaram alguns benefícios que esses animais podem trazer aos humanos, em usos terapêuticos. O mais citado foi o caso

do mel da abelha, usado no combate à gripe e doenças da garganta. Além desses, foram ditos usos terapêuticos como os

chás dos corpos e fezes de barata (para cansaço - ou asma), de formiga (também para asma) e vários outros usos

medicinais de animais considerados insetos pelos entrevistados, como o couro do jacaré e “banhas” do tiú (para

reumatismo), fezes de cachorro (para sarampo) e testículos de leitão (para asma). Muitas superstições são ainda atribuídas

aos insetos, como nos casos da esperança, que se diz trazer sorte, borboleta dentro de casa (alguns atribuem a azar, outros

a sorte) e cupim na cumeeira da casa (azar). Rasga-mortalha, cohan, beija-flor e urubu, embora não sendo insetos, foram

citados como “bichos azarentos” pelos entrevistados. Com o estudo pode-se perceber que existem muitos conceitos

errados em relação aos insetos nesta parte da população teresinense, refletindo a falta de conhecimento sobre esses

animais e a deficiência do retorno de trabalhos científicos para a comunidade.

Palavras-Chave: Insetos, Etnozoologia, Teresina

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 151 ~

Área: CRUSTACEA

Código: CRUS0029

CRESCIMENTO RELATIVO DO CARANGUEJO Aratus pisonii (H. MILNE EDWARDS, 1837) (DECAPODA,

BRACHYURA, SESARMIDAE) NA REGIÃO DO DELTA DO RIO PARNAÍBA, ILHAS DAS CANÁRIAS,

MARANHÃO, BRASIL

Candeira, E. P.; Pinheiro, S. G.; Carvalho, K. M.; Fernandes-Góes, L. C.; Góes, J. M.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL

DO PIAUÍ

Os braquiúros vêm sendo citados em trabalhos que apresentam os aspectos de crescimento relativo, além das variadas

relações morfométricas usadas para esclarecer o padrão de alometria. Esses aspectos têm sido de grande importância na

diferenciação sexual entre as espécies, bem como a passagem do indivíduo jovem para o adulto, através da muda da

puberdade que esclarece melhor o ciclo de vida de muitas espécies. O objetivo desse trabalho é caracterizar o crescimento

relativo de fêmeas e machos do caranguejo Aratus pisonii, enfocando as relações morfométricas do comprimento da

carapaça em relação a outros apêndices, caracterizando o nível de crescimento (alometria). Para esse estudo foram

realizadas coletas mensais durante um ano, de junho de 2004 a maio de 2005, na Ilha das Canárias, entre as coordenadas

02°44‟45.0”S e 041°59‟08.1” W, no estado do Maranhão, na extensa área que abrange a região do Delta do Rio Parnaíba,

mas precisamente na APA (Área de Preservação Ambiental). Os animais foram coletados manualmente, em seguida

ensacados individualmente, congelados, etiquetados de acordo com mês, ano e local de coleta e mensurados quanto a

largura da carapaça (LC), largura do abdômen (LA) e comprimento do gonopódio (CG). Para obter as relações

morfométricas foi observada a relação LC x LA nas fêmeas; e nos machos, LC x CG. Foram feitas regressões utilizando a

fórmula da equação função potência (y = a.xb), para estabelecer o grau de alometria definido em cada sexo, foi

denominado nesse estudo que a largura da carapaça correspondia à variável independente (X) e as variáveis dependentes

(Y) são: largura do abdômen e comprimento do gonopódio. Em trabalhos já realizados foi estabelecido, que “b” é a

constante de crescimento alométrico, onde o valor obtido foi b<1, diz-se que se trata de um crescimento alométrico

negativo e quando b>1, diz-se que o crescimento é alométrico positivo, quando b=1, diz-se que apresenta isometria. Foi

coletado um total de 589 animais, sendo 309 fêmeas e 280 machos, com as análises feitas durante o estudo com estes

indivíduos, foram obtidos resultados distintos tanto para as fêmeas quanto para os machos, onde para fêmeas a relação LA

x LC pode ser representada pela equação: LA= 0,352 LC1,19, constatando-se que o desenvolvimento pode apresentar

alometria positiva com o coeficiente de determinação r2 = 0, 935. Já para machos a relação LC x CG é mostrada pela a

equação CG = 0, 389 LC0, 973 que pode sugerir um desenvolvimento do tipo alométrico negativo, onde o coeficiente de

determinação é r2 = 0, 801. Alometria positiva pode indicar que o caranguejo sofra mudanças distintas na sua ontogenia e

isso estaria ligado a mecanismos reprodutivos, no entanto o comprimento do gonopódio para machos tende a isometria, o

que difere de muitos braquiúros e não pode ser tomado como medida para indicação de aspectos reprodutivos.

Palavras-Chave: Alometria, Morfometria, Biometria

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Belém – Pará – Brasil

~ 150 ~

Área: CRUSTACEA

Código: CRUS0028

DIVERSIDADE GENÉTICA EM LAGOSTA ESPINHOSA, Panulirus echinatus

Soares, A. G.; Britto, F. B.; Valente, S. E.; Diniz, F. M.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI, EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA

AGROPECUÁRIA - EMBRAPA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI, EMPRESA BRASILEIRA DE

PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA

O conhecimento da diversidade genética entre populações de lagosta espinhosa, Panulirus echinatus, sob intensa

exploração pesqueira, é de fundamental importância à conservação da espécie e manutenção da pesca como atividade de

valor econômico. A estrutura genética entre as populações de Cabo Verde, Atol das Rocas e Penedos de São Paulo e São

Pedro foi investigada com base no domínio hipervariável da região controle (HV-CR d1) do DNA mitocondrial. Essa

região apresenta uma alta taxa de evolução, por não conter sequencia codificante. Dentro dessa região, os domínios

periféricos, adjacentes as regiões codificadoras, possuem uma alta taxa de substituição de bases comparados aos domínios

centrais. Amostras de DNA de 33 indivíduos foram obtidas de tecido muscular, digeridos previamente com Proteinase K e

dodecil sulfato de sódio, seguindo o método PCI (Phenol - Chloroform - Isoamyl Alcohol) (25:24:1, v/v/v). Fragmentos

de 469 bp da região controle, na sua extremidade 5‟ foram obtidos por PCR, seguida de eletroforese em gel de agarose,

utilizando os primers CRL-F e CRL-R. Os produtos da PCR foram purificados com Qiagen Qiaquick PCR Purification

columns e utilizados em reações de seqüenciamento, utilizando-se o kit ABI Prism Big Dye Ready Mix (Applied

Biosystems) e os primers CRPa-F e CRPa-R no Termociclador GeneAmp PCR System 2400. Seguiu-se a analise em

seqüenciador ABI Prism Model 377 Automated DNA Sequencer (Applied Biosystems). Todos os produtos da PCR foram

seqüenciados em ambas as direções (Forward e Reverse). As sequencias obtidas foram inspecionadas com o editor

CHROMAS v.2.23, alinhadas com o programa CLUSTAL W, implementado no BIOEDIT, e analisadas com MEGA4 e

DNAsp. Para isso, utilizou-se o método Neighbor-joining e o modelo de substituição Kimura-2-parameter. A composição

nucleotídica do domínio hipervariável foi AT-rich, apresentando 60,1% de bases A+T e 39,9% de bases C+G. A

composição nucleotídica é similar em outros invertebrados como insetos e concordante com a relação: A (34,2%) >

T(25,9%) > C(25,4%) > G(14,5%). As seqüências apresentaram 417 sítios conservados, 52 sítios variáveis, sendo 20

destes “ singletons ” e nenhum indel. A região investigada apresentou 28 haplótipos distintos. A diversidade haplotípica

(Hd) entre as populações foi de 0,985 e a diversidade nucleotídica (p) foi de 0,02784. A distância genética entre os grupos

foi mais alto entre Penedos e Cabo Verde (0,024) e a menor entre as populações de Cabo Verde e Atol das Rocas (0,031).

A menor distância entre os haplótipos que variaram foi de 0,002 e o maior valor foi de 0,054, com uma média de 0,025. O

nível de divergência baseado na região controle observado dentro das populações de Panulirus echinatus foi de pequena

magnitude comparada aos níveis encontrados para P. argus. Nesse estudo foram encontradas pequenas distâncias

genéticas e não houve formação de grupos genéticos distintos.

Palavras-Chave: genética populacional, Região Controle, variabilidade genética

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 148 ~

Área: CRUSTACEA

Código: CRUS0025

CICLO REPRODUTIVO DO CARANGUEJO Aratus pisonii (H. MILNE EDWARDS, 1837) (CRUSTACEA,

BRACHYURA, SESARMIDAE) NA ILHA DAS CANÁRIAS NA REGIÃO DO DELTA DO RIO PARNAÍBA,

MARANHÃO, BRASIL

Melo, J. N.; Moreira, G. A.; oliveira, E. M.; Fernandes-Góes, L. C.; Góes, J. M.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, UNIVERSIDADE FEDERAL

DO PIAUÍ

O caranguejo Aratus pisonii de hábito arborícola, vive em ramos e troncos de mangue, apresentando uma ampla

distribuição geográfica. Essa espécie possui papel importante na cadeia alimentar, sendo considerado herbívoro primário e

predadores de pequenos artrópodes. O conhecimento do ciclo reprodutivo dos caranguejos é de fundamental importância

para o entendimento do processo reprodutivo de muitas espécies e consequentemente pode auxiliar na exploração

consciente de espécies comerciais. O objetivo do trabalho foi analisar o ciclo reprodutivo do caranguejo A. pisonii na Ilha

das Canárias, Maranhão. As coletas foram realizadas mensalmente, no período de junho de 2004 a maio de 2005, na Ilha

das Canárias (O2° 44‟ 45,0‟‟ S e 041° 59‟ 08,1‟‟ W), situada na região da Área de Proteção Ambiental do Delta do Rio

Parnaíba, Maranhão, Brasil. O material foi coletado, ensacado individualmente, identificado conforme local e mês de

coleta e mantido em freezer até o momento das análises. Em laboratório, após o descongelamento, os animais foram

identificados quanto ao sexo e mensurados quanto a largura da carapaça. Em seguida era retirada a porção dorsal da

carapaça para a observação macroscópica das gônadas através de um estereomicroscópio e identificação dos estágios

gonadais de machos e fêmeas. A caracterização macroscópica consistiu na classificação dos estágios gonadais em

imaturo, rudimentar, em desenvolvimento e desenvolvido. Em estágio imaturo, tanto machos quanto fêmeas, possuem

gônadas indiferenciadas associadas à morfologia juvenil. Em estágio rudimentar, nas fêmeas observa-se o início do

desenvolvimento das gônadas, o ovário possui aspecto de um filamento delgado e transparente; nos machos as gônadas

são indiferenciadas associadas à morfologia juvenil, observado com ampliação nota-se o aparecimento do vaso deferente

delgado e maior. Quando as gônadas estão em desenvolvimento, as fêmeas estão no início da maturação, o ovário é

pequeno e de coloração alaranjada, ocupando parte da cavidade torácica, os machos têm gônadas pouco desenvolvidas,

delgadas, com início de enovelamento e de aspecto esbranquiçado. Quando as gônadas estão desenvolvidas, as fêmeas

apresentam o ovário com coloração laranja vivo, ocupando uma parte considerável da cavidade torácica, os machos

possuem gônadas bem desenvolvidas, enoveladas e de aspecto esbranquiçado, preenchendo grande parte da cavidade

torácica. Foram coletados 616 indivíduos, sendo 216 machos, 242 fêmeas e 78 fêmeas ovígeras. Durante todos os meses

foram capturados indivíduos com as gônadas desenvolvidas e fêmeas ovígeras, sendo estas encontradas com maior

freqüência nos meses de março, abril e maio. Essa distribuição pode caracterizar um ciclo reprodutivo contínuo, como é

comum para os caranguejos que vivem em regiões próximas aos trópicos. Baseando-se na análise dos estágios de

desenvolvimento gonadal e da largura da carapaça pode-se inferir sobre a maturidade sexual, a primeira maturação dos

espécimes foi observada a partir de 10,45 mm para fêmeas e 10,90 mm para machos. A menor fêmea ovígera apresentou

largura da carapaça medindo 13,20 mm. Observou-se também que os machos maturaram suas gônadas em tamanhos

superiores que as fêmeas. Vários fatores podem interferir no tamanho da maturidade sexual dos crustáceos, como a

disponibilidade de alimento e as condições ambientais.

Palavras-Chave: Reprodução, Desenvolvimento, Maturidade

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7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 147 ~

Área: CRUSTACEA

Código: CRUS0024

ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO Aratus pisonii (H. MILNE EDWARDS, 1837)

(CRUSTACEA, DECAPODA, SESARMIDAE) DA ILHA DAS CANÁRIAS, MARANHÃO, BRASIL

Vieira, J. A. M.; Melo, E. M.; Silva, É. C. S.; Fernandes-Góes, L. C.; Góes, J. M.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Uma população é um conjunto de indivíduos formado pela mesma espécie, sem barreira geográfica entre si, onde o

tamanho e a estrutura variam conforme os fatores genéticos e ambientais, possuindo várias propriedades que não são

atributos dos organismos isoladamente, mas que agrupadas regem a dinâmica de uma população natural. Aratus pisonii é

um animal pequeno, com hábito arborícola, possuindo um importante papel na cadeia alimentar, sendo considerado um

herbívoro primário, vivendo em troncos e ramos de mangue, sendo este um dos mais importantes ecossistemas o qual

sustenta uma grande variedade de organismos. Esse caranguejo apresenta uma ampla distribuição geográfica, ocorrendo

no Atlântico ocidental, na Flórida, Golfo do México, Antilhas, Norte da América do Sul, Guianas e Brasil (do Piauí até o

estado do Paraná), Pacífico Oriental - da Nicarágua até o Peru. Os trabalhos relacionados à estrutura populacional são de

grande importância, pois conhecendo os fatores biológicos e ecológicos que regem o recrutamento de jovens, tal como o

crescimento e maturidade sexual, pode-se inferir sobre os aspectos reprodutivos. Esses aspectos podem fornecer subsídios

para o entendimento do ciclo de vida de várias espécies, o que pode contribuir para a preservação da mesma. O objetivo

desse trabalho foi caracterizar a estrutura populacional do caranguejo Aratus pisonii na região do Delta do Rio Parnaíba,

dando ênfase na distribuição de freqüência em classes de tamanho. No presente estudo, os animais foram coletados na Ilha

das Canárias, uma Área de Preservação Ambiental do Delta do Parnaíba entre as coordenadas 02° 44‟ 45.0” S e 041° 59‟

08.1” W. Os animais foram capturados mensalmente no período de junho de 2004 a maio de 2005, totalizando um ano de

coleta. Os caranguejos foram coletados manualmente, individualizados em sacos plásticos, etiquetados e congelados no

freezer até o momento das análises. Posteriormente, após o descongelamento, os exemplares foram determinados quanto

ao sexo e mensurados em relação à largura da carapaça (LC) entre as maiores extremidades. Com a utilização da fórmula

“I = 1 + log2 n”, os animais foram distribuídos em dez classes de tamanho com intervalos de 2 mm, variando de 4,40 a

23,40 mm. Foram capturados um total de 616 caranguejos, com predominância do sexo feminino, sendo 296 machos, 320

fêmeas, sendo que dessas 78 eram ovígeras. Os machos variaram de 5,15 a 23,40 mm com média de 15,92 ± 4,11mm, já

as fêmeas variaram de 4,40 a 23,20 mm com média 15,04 ± 3,87. A menor fêmea ovígera foi de 13,20 mm, sendo que

houve ocorrência dessas fêmeas durante todos os meses de coleta. Na distribuição de freqüência em classes de tamanho

observou-se uma moda que abrange as classes 6 (14,0 --] 16,0) e 7 (16,0 --] 18,0), onde esses aspectos são uma estimativa

de crescimento populacional. Analisando A. pisonii, pode ser observada uma distribuição que tendeu a unimodalidade,

isto pode refletir em um recrutamento contínuo, sem interrupção nas classes, o que pode sugerir que esta espécie apresenta

uma estrutura populacional estável.

Palavras-Chave: População, Classe de tamanho, Unimodalidade

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Belém – Pará – Brasil

~ 146 ~

Área: CRUSTACEA

Código: CRUS0023

OCORRÊNCIA DE Pachygrapsus transversus (GIBBES, 1850) (CRUSTACEA, BRACHYURA) NA PRAIA DA

PEDRA DO SAL, PARNAÍBA, PIAUÍ, BRASIL

Sousa, J. Q.; Candeira, E. P.; Góes, J. M.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Os novos registros de ocorrência de espécies permitem expandir a distribuição geográfica das mesmas e o melhor

conhecimento e entendimento sobre a biodiversidade faunística das regiões. O presente estudo tem como objetivo

descrever a ocorrência de Pachygrapsus transversus na Praia da Pedra do Sal (2º 48‟ 12.0” S; 041º 43‟ 45.0” W), situada

na Área de Proteção Ambiental (APA) do Delta do Rio Parnaíba (IBAMA, s/nºdec./96), protegida por lei como área de

preservação permanente. Tal praia localiza-se em uma ilha fluvial do Delta do Parnaíba, denominada Ilha Grande de Santa

Isabel, a 8 km do município de Parnaíba com acesso pela BR-116 e seu nome deve-se pelo depósito de sal nos blocos de

pedras que divide a praia em duas, uma com remanso de águas claras e mornas, outra com agitação de ondas do mar. Em

maio de 2009, um exemplar de Brachyura (fêmea) foi encontrado sobre as rochas na região entremarés da Praia da Pedra

do Sal. O animal foi coletado manualmente, conservado em álcool a 70% e depositado no Laboratório de Zoologia da

Universidade Federal do Piauí, Campus Ministro Reis Velloso, Parnaíba, Piauí. Logo, determinou-se que tal animal é da

espécie Pachygrapsus transversus, apresentando carapaça achatada (Largura da Carapaça: 12,75 mm; Comprimento da

Carapaça: 9,70 mm), distintamente estriada com um dente ântero-lateral atrás da orbital externa; margem da fronte

sinuosa; quelípodo com dedo móvel liso na face superior. A distribuição desta espécie no Brasil abrange os limites entre o

Estado do Pará até o Rio Grande do Sul, incluindo a Ilha de Fernando de Noronha (PE), o Atol das Rocas (RN) e a Ilha de

Trindade (ES). No entanto, até o momento, não existe nenhum registro da espécie, que seja de localidade dentro dos

limites da APA do Delta do Parnaíba ou para o Estado do Piauí. Esta é a primeira ocorrência de P. transversus para o

litoral piauiense, a qual, provavelmente, se deve ao estudo tardio da fauna de crustáceos decápodos na região.

Levantamentos faunísticos anteriores já foram efetuados no litoral do Piauí, os quais obtiveram como resultado o primeiro

registro das espécies Cardisoma guanhumi e Pilumnus spinosissimus, resultando na ampliação da distribuição geográfica

das mesmas. Deste modo, pesquisas sobre o levantamento faunístico de crustáceos decápodos são importantes ferramentas

para os estudos de ecologia, biologia e comportamento destes animais, o que ainda carece de estudos para o estado do

Piauí e região.

Palavras-Chave: Distribuição, Diversidade, Composição

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Belém – Pará – Brasil

~ 69 ~

Área: CHELICERATA

Código: CHEL0045

ARTRÓPODES PEÇONHENTOS DO MUNICÍPIO DE PICOS, PIAUÍ

Lima, A. R. L. M.; Benício, R. A.; Fonseca, M. G.; Brescovit, A. D.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ/CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE

BARROS, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ/CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ/CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS, INSTITUTO

BUTANTAN

Picos (07º04‟37”S e 41º28‟01”W) é um município do estado do Piauí formado por um ecótono dos biomas cerrado e

caatinga, caracterizando-se como uma zona peculiar, com a presença de outras manchas de vegetação como a mata de

cocais (predominando a carnaúba). Essa característica lhe confere particularidades, pois espécies comuns a vários biomas

diferentes podem aí estar presentes. Pesquisas sobre a biodiversidade regional da composição da fauna de invertebrados e

vertebrados para o município, até o momento não foram relatadas na literatura, e nada se conhece sobre as espécies que

naturalmente ocorrem na região. Deste modo o presente trabalho teve por objetivo catalogar os grupos de artrópodes

peçonhentos de ocorrência no município, que está localizado a sudeste do Estado. O estudo foi realizado no período de

outubro de 2008 a setembro de 2009, em que os espécimes recebidos no Laboratório de Zoologia da Universidade Federal

do Piauí, campus de Picos, foram submetidos á identificação taxonômica. A confirmação das espécies e o dimorfismo

sexual foram realizados pelo Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan. Os grupos identificados são procedentes de

diferentes localidades, todos peridomiciliares, do município de Picos. Foram catalogados até o momento os seguintes

táxons: Araneae das famílias Anyphaenidae (Teudis, n=1 macho), Araneidae (Argiope argentata n=1 fêmea), Ctenidae

(Nothroctenus aff. marshi n=1 macho, Nothroctenus sp n=1 macho, Latrodectus grupo mactans n=9 fêmeas), Miturgidae

(Teminius n=1 fêmea), Pholcidae (Crossopriza lyone n=1 fêmea), Sicariidae (Loxosceles amazonica n=1 macho) e

Theraphosidae (Acanthoscurria natalensis n=1 fêmea); Scoprpiones das famílias Bothriuridae (Bothriurus asper n=1

macho, B. rochae n=2 machos, n=1 fêmea) e Buthidae (Rhopalurus agamemnon n=3 fêmeas, n=1 jovem, R. rochae n=1

macho, Tityus stigmurus n=1 fêmea, T. pusillus n=1 fêmea) e Miriapoda Chilopoda Scolopendra aff. viridicornis. Os

espécimes identificados fornecem importante contribuição ao estudo dos grupos de artrópodes peçonhentos que ocorrem

nesta porção do Estado do Piauí, no entanto estudos de campo devem ser realizados para determinar a composição, não só

de artrópodes, mas de toda a fauna de invertebrados e vertebrados da região que é pouco conhecida até o momento.

Palavras-Chave: aracnídeos, miriapoda, Piauí

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 56 ~

Área: CHELICERATA

Código: CHEL0029

INVENTÁRIO DA ARANEOFAUNA (ARACHNIDA, ARANEAE) DO PARQUE NACIONAL DE SETE

CIDADES, PIAUÍ, BRASIL

Carvalho, L. S.; Bonaldo, A. B.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: CAMPUS AMÍLCAR FERREIRA SOBRAL/UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ,

MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI

O Parque Nacional de Sete Cidades (PNSC), localizado no Nordeste do Estado do Piauí, na transição entre o planalto e a

planície costeira, abrange os municípios de Piracuruca e Brasileira, entre as seguintes coordenadas geográficas: 04º05‟ -

04º15‟S e 41º30‟ - 41º45‟O. A referida unidade de conservação permanente possui seis fitofisionomias do bioma Cerrado,

classificadas em campestre (campo limpo), savânicas (cerrado típico e cerrado rupestre) e florestais (cerradão, mata de

galeria inundável e mata seca semidecídua). No inventário da araneofauna do Parque Nacional de Sete Cidades, utilizou-

se amostragem padronizada para permitir comparações de diversidade de aranhas das seis fitofisionomias existentes na

área de estudo e obter estimativas de riqueza. Utilizaram-se dados oriundos de amostragem com armadilhas de queda

(PTF), extratores de Winkler (WIN), guarda-chuva entomológico (GCE), rede de varredura (RV) e coletas manuais

noturnas (MN), totalizando 1386 eventos amostrais; além do exame de espécimes já coletados na área de estudo entre os

anos 2003 e 2006 (n=1166), para a complementação da lista de espécies da área. As análises estatísticas foram realizadas

somente utilizando-se os dados obtidos com protocolo padronizado com a amostragem por GCE, RV e MN. Ao todo,

foram coletados 14.890 indivíduos (4491 adultos), pertencentes a 364 espécies. Destas, 72 foram determinadas a nível

específico, 62 são novos registros para a área de estudo, 2 são novos registros para o Brasil e 48 foram reconhecidas como

espécies novas por especialistas. A aplicação dos métodos GCE, RV e MN resultaram em 11.085 aranhas, pertencentes a

303 espécies. As estimativas de riqueza de aranhas para o PNSC variaram entre 355 (Bootstrap) e 467 (Jack 2) e o

estimador que apresentou maior tendência a atingir a assíntota foi Chao 2 (403 spp.). A riqueza observada foi maior na

mata seca semi-decídua (131 spp.), seguida pela mata de galeria (104 spp.), campo limpo (102 spp.), cerradão (91 spp.),

cerrado típico (88 spp.) e cerrado rupestre (78 spp.). O presente trabalho constitui o maior registro da fauna de aranhas de

uma localidade no Piauí, mostrando que a riqueza encontrada no Estado é comparável a outras regiões dominadas pelo

bioma Cerrado no Brasil.

Palavras-Chave: Biodiversidade, Cerrado, Piauí

Financiador: ABB - CNPq- PQ 303591/ 2006-3, Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD/ SITE 10).

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 51 ~

Área: CHELICERATA

Código: CHEL0022

ARACNÍDEOS IDENTIFICADOS NOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO MUNICÍPIO DE

PICOS, PIAUÍ, BRASIL

Benício, R. A.; Fonseca, M. G.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ (UFPI)

Animais peçonhentos são definidos como aqueles que possuem glândulas secretoras de substâncias tóxicas e dotados de

um aparelho inoculador para saída do mesmo. A função destas substâncias é auxiliar na alimentação e defesa para os

animais que as possuem. Na sua relação com o homem e animais estes organismos podem causar ferimentos de grande

importância na saúde pública, muitas vezes fatais. Estudos sobre animais peçonhentos para as regiões norte e nordeste são

raros na literatura, a maioria dão ênfase aos acidentes por serpentes. Devido à falta de informação sobre os acidentes por

animais peçonhentos para o estado do Piauí, o presente trabalho teve por objetivo determinar os grupos de aracnídeos

causadores dos acidentes, o perfil epidemiológico bem como a frequência de ocorrência dos acidentes registrados no

município de Picos e macro-região. Picos localiza-se no centro-sul do estado do Piauí (07º04'37''S e 41º28'01''W),

apresenta clima tropical, sub-úmido quente. No período de janeiro de 2007 à dezembro de 2008, foram analisados os

casos de acidentes ocasionados por aracnídeos ocorridos no município e notificados à Secretaria de Saúde do município.

Um total de 109 casos de acidentes por aracnídeos foram notificados sendo dois acidentes por escorpiões da espécie Tityus

bahiensis, um acidente por Tityus serrulatus e em 101 acidentes não houve a identificação do grupo causador do acidente.

Para os acidentes por aranhas foram cinco casos, destes, em apenas um houve a identificação do gênero identificado como

sendo Loxosceles. Dos acidentes notificados 52% envolveram indivíduos do sexo masculino e 48% do sexo feminino.

Quanto à classificação dos acidentes, 49% foram leve, 35% moderado, 2% grave e em 14% dos acidentes não foram

informados quanto à gravidade. A frequência de ocorrência dos acidentes foi maior no mês de dezembro tanto para

escorpiões quanto para aranhas, e o mês de janeiro o de menor freqüência. No presente trabalho pode ser observado que

dos 109 casos de acidentes por aracnídeos registrados em 101 (92,66%) não houve a identificação do grupo causador. Os

resultados sugerem a importância de estudos de campo nesta área, para se conhecer a fauna de aracnídeos do município

que possam auxiliar na identificação dos grupos causadores destes acidentes. Dentre os aracnídeos causadores de

acidentes os principais grupos identificados foram escorpiões Tityus bahiensis e Tityus serrulatus e aranhas do gênero

Loxoceles sp.

Palavras-Chave: aranhas, escorpiões, Piauí

Financiador: PIBIC - UFPI

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 45 ~

Área: CHELICERATA

Código: CHEL0015

DISTRIBUIÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL DE Latrodectus curacaviensis EM UM FRAGMENTO DE

CAATINGA - BOM JESUS - PI

Almeida, M. L. S.; Rocha, J. S.; Brito, M. A.; Lima, M. S. S. C.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI

As aranhas do gênero Latrodectus (viúva-negra) possuem hábito noturno, não são agressivas e em geral os acidentes só

acontecem quando são comprimidas contra o corpo do acidentado. Como as investigações sistemáticas e distribuição

geográfica das espécies pertencentes a esse gênero ainda se acham em andamento no Brasil, em especial, neste exclusivo

bioma brasileiro (caatinga) esse trabalho teve por objetivo avaliar a distribuição horizontal e vertical de Latrodectus

curacaviensis em fragmentos de caatinga piauiense com 11.000 m2 entre as coordenadas (8º 21‟ 53,9” S e 44º 31‟ 53,5”

W,). O fragmento de estudo foi demarcado pelo método do transecto linear, onde a área de amostra correspondeu a cinco

transectos transversais paralelos ao ponto cardinal norte, cada transecto correspondeu a 50 metros consecutivos e

contíguos que alcançaram o final da área formando um quadrante cada parcela. Foi estabelecido um eixo central

perpendicular aos cinco transectos, este ponto foi considerado como origem, cota 0,00. A partir deste ponto foi iniciada a

varredura contínua de cada um dos transectos tendo como sentido e direção as extremidades do quadrante. A cada

deslocamento foi registrada a presença de sítios de edificação de teia considerando a presença ou ausência do indivíduo

focal, além da altura do sítio em relação ao solo e a distância horizontal intra-sítios com auxílio de trena. Foram

registrados 350 sítios de teias, sendo que 91,14% (n=319) com ootecas e 8,86% (n=31) sem ootecas. A densidade de

distribuição de sítios de teias para o fragmento correspondeu a 0,031 sítios por m2, a altura média do sitio de teia em

relação ao solo foi de 1,41 m (DP=0,48 m), a distância intra-sítios em média foi de 2,60 m (DP= 0,71 m). Considerando a

densidade de ootecas, bem como de distribuição de sítios de teias pela área de estudo entendemos que a baixa densidade

de distribuição de sítios é um contra-ponto a alta densidade de ootecas, pois durante a eclodibilidade esta área será tomada

pelos descendentes, até que se inicie a tradicional dispersão por aeronautismo. Quanto à distribuição vertical os sítios

foram encontrados entre 0,91 m e 1,89 m e corresponderam aos pontos de ancoragem das teias que estavam fixos ao

extrato arbóreo da caatinga. O distanciamento horizontal variou entre 1,89 m e 3,31 m e é exatamente esta distância intra-

sítios que garante a baixa densidade populacional no fragmento. Os caracteres abióticos e bióticos apurados neste

fragmento demonstram que a população distribui-se de forma a garantir a homeostase populacional durante o período de

reprodução e desenvolvimento.

Palavras-Chave: Aracnida, teias, Caatinga

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Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010 Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

Belém – Pará – Brasil

~ 44 ~

Área: CHELICERATA

Código: CHEL0014

ATUALIZAÇÃO DA FAUNA DE ESCORPIÕES (ARACHNIDA: SCORPIONES) DO ESTADO DO PIAUÍ

Carvalho, L. S.; Yamaguti, H.; Souza, C. A. R.; Cândido, D.

E-mail: [email protected]

Instituições dos autores: CAMPUS AMÍLCAR FERREIRA SOBRAL/UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ,

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, INSTITUTO BUTANTAN, INSTITUTO BUTANTAN.

A região compreendida entre os estado do Piauí e Maranhão é considerada uma das que mais necessita de estudos no que

diz respeito à fauna de escorpiões, no nordeste do Brasil; por ser uma zona de transição entre a úmida floresta amazônica e

as formações mais secas representadas pelos Biomas Cerrado e Caatinga. Este fato tem sido corroborado recentemente

com a descrição de táxons endêmicos desta região. Por outro lado, tal importância biogeográfica não é refletida em

número de trabalhos sobre escorpiões da região e poucos são os registros em literatura. O presente trabalho apresenta os

resultados de várias expedições para a amostragem de aracnídeos pelo Estado do Piauí, realizadas por equipes da

Universidade Federal do Piauí (UFPI), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e Universidade de São Paulo (USP), além

do exame de espécimes tombados nas coleções destas instituições e também no Instituto Butantan (IBSP) e Universidade

Federal da Bahia (UFBA). Ao todo, foram encontrados 944 registros de onze espécies, distribuídas nas famílias Buthidae

(gêneros Tityus, Rhopalurus e Physoctonus) e Bothriuridae (gênero Bothriurus), ocorrendo em 28 municípios de norte ao

sul do Estado. Outros 135 escorpiões não tiveram a identificação específica alcançada. As espécies encontradas são:

Bothriurus araguayae (n=1), Bothriurus asper (n=390), Bothriurus rochai (n=144), Physoctonus debilis (n=10),

Rhopalurus acromelas (n=14), Rhopalurus agamemnon (n=139), Rhopalurus rochai (n=144), Tityus confluens (n=11),

Tityus matogrossensis (n=103), Tityus pusillus (n=1) e Tityus stigmurus (n=2). Destas, somente Tityus stigmurus

apresenta importância médica reconhecida, por ser causadora de inúmeros acidentes graves pelo Brasil, embora existam

registros de acidentes moderados causados por Rhopalurus agamemnon e Tityus pusillus, no Piauí e na Bahia,

respectivamente. Este é o primeiro registro de Tityus confluens para o Piauí, estendendo sua distribuição em pelo menos

mil quilômetros deste o Tocantins (Palmas, Porto Nacional e Lajeado), até os municípios de José de Freitas e União.

Espera-se que a lista aqui apresentada, seja incrementada com a realização de amostragens maiores em outros municípios

localizados em áreas dominadas pelo Bioma Caatinga e enclaves florestais do bioma Cerrado, além de brejos, locais

pouco amostrados, onde outras espécies podem ser encontradas. Além disto, espécies originalmente descritas para

localidades próximas ao Piauí, podem também ocorrer no Estado, tais como Tityus martinpaechi (registrado para a divisa

do Piauí com o Ceará), Tityus maranhensis (registrado para Caxias-MA, há 100 km de Teresina, capital do Piauí) e

Bothriurus cerradoensis (registrado para Dianópolis-TO, há 170 km da divisa do Piauí).

Palavras-Chave: Biodiversidade, Distribuição geográfica, Escorpiões

Financiador: CNPq.