212
RESUMOS

RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

RESUMOS

Page 2: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena
Page 3: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

RESUMOS

II Simpósio de Comunicação, Tecnologia e Educação Cidadã

LECOTEC 2009

Page 4: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

RESUMOS DO II SIMPÓSIO DE COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO CIDADÃ

CapaClarice Martins Diamantino

Projeto gráfico e diagramaçãoAline Emi Naoe

Preparação de originaisRafaela Bonsarin

Simpósio de Comunicação, Tecnologia e Educação Cidadã (2.: 2009) 2° Simpósio de Comunicação, Tecnologias e Educação Cidadã: re-sumos. -Bauru: Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação. LECOTEC, 2009. 116 p. 1. Comunicação -Congressos. 2. Políticas de Comunicação - Con-gressos. 3. Cultura Digital - Congressos. 4. Comunicação e ciência - Con-gressos. 5. Regulação em Comunicação - Congressos. I. UNESP/FAAC. II. Título.

Laboratório de Estudos em Comunicação, Tecnologia e Educação CidadãUnesp - Faculdade de Arquitetura, Artes e ComunicaçãoAv Eng Luiz Edmundo Carrijo Coube, n° 14-01 CEP: 17033-360 Bauru - SPTel: (55) [email protected]

Page 5: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 11 Nilson Ghirardello

INTRODUÇÃO 13 Juliano Maurício de Carvalho e Antonio Francisco Magnoni

PROGRAMAÇÃO 15

MESAS 31

GRUPOS DE TRABALHO 41 Cultura Digital 43 Educação 108 Políticas e Economia de Informação e Comunicação 165 SERVIÇOS 20

HOTÉIS 23

ALIMENTAÇÃO 34

LAZER 36

Page 6: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

Herman Jacobus Cornelis VoorwaldReitor

Julio Cezar DuriganVice-reitor

Carlos Antonio GameroChefe de Gabinete

Sheila Zambello de PinhoPró-Reitora de Graduação

Marilza Vieira Cunha RudgePró-Reitora de Pós-Graduação

Maria José Soares Mendes GianniniPró-Reitor de Pesquisa

Maria Amélia Máximo de AraújoPró-Reitora de Extensão

Ricardo Samih Georges Abi RachedPró-Reitor de Administração

Maria Dalva Silva PagottoSecretária Geral

FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO

Roberto DeganuttiDiretor

Nilson GhirardelloVice-Diretor

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Letícia Passos AffiniChefe

Mauro de Souza VenturaVice-Chefe

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

Page 7: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

LABORATÓRIO DE ESTUDOS EM COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO CIDADÃ

LÍDERES

Juliano Maurício de CarvalhoAntonio Francisco Magnoni

PESQUISADORES

Angela Maria Grossi de CarvalhoAntonio Francisco Maia de OliveiraFrancisco Rolfsen BeldaJames Marlon Azevedo GörgenJayça Lima Sant’AnaJosé Misael Ferreira do ValeMarcelo SacriniMarcos AméricoMaria da Graça Mello MagnoniOctavio Penna PierantiRomulo Augusto OrlandiniSandra Maria de FreitasSolange BuenoVania Cristina Pires Nogueira Valente

ESTUDANTES

Aline CamargoAline Emi NaoeAmália LageAna Carolina Lorencetti ChicaAna Carolina de Souza Silva André Luís LourençoCaio Moreira ParazziCarolina Bortoleto FirminoClarice Martins DiamantinoDaniel SouzaDanielle Martins Mota da CruzDiego Vazquez

Érica Masiero NeringFernanda TestaFernando Ramos GelonezeGabriela Estefano Reis CletoGuilherme Michelon SetteHelena SylvestreHenri ChevalierIngrid Aigner OstroskiJuliana Heiffig PenteadoLeandro Cardoso de BarrosLuiz Marcos Ferreira JúniorLurian DionizioMarcella Maria Mendonça de AzevedoMaria Carolina Vieira Marina Ricciardi Mateus Yuri Ribeiro da Silva PassosMozarth Dias de Almeida Miranda Patrícia Bellini Patrícia Benetti IkedaPatrícia VergaraRafaela BolsarinRenan FrançaRenan Schlup XavierRenan Stuchi Renata PenzaniRuy Corrêa JúniorSelma MirandaVitor AmaralVivian LourençoWagner Ferreira dos Santos JúniorWillem Fernandes de Almeida

TÉCNICOCésar Fernandes Casella

Page 8: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

Comissão organizadora

Coordenação Geral:Juliano Maurício de CarvalhoAntônio Francisco Magnoni Coordenação de Infra-Estrutura:Antônio Francisco Magnoni

Coordenação Financeira:Solange Bueno

Diretor Executivo:Mateus Yuri Ribeiro da Silva Passos

Coordenação Científica:Juliano Maurício de CarvalhoMateus Yuri Ribeiro da Silva PassosMaria da Graça Mello Magnoni

Diretor de Comunicação:Renan Xavier

Diretor de Relações Públicas:Diego Vazquez

Comissão de Tecnologia:Caio Moreira ParazziClarice DiamantinoIngrid Aigner OstroskiLeandro Cardoso de BarrosRenan Stuchi

Captação de Recursos:Willem Fernandes de AlmeidaMarina Ricciardi Mozarth Dias de Almeida Miranda

Colaboradores:Aline Emi NaoeDaniele VasquesDanielle Martins Mota da CruzÉrica Masiero NeringHelena SylvestreHenri ChevalierJuliana Heiffig PenteadoLurian DionizioMaria Elisa NicolieloRafaela BolsarinRenata PenzaniRenan FrançaVitor Amaral

Page 9: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

Eventos anteriores

I Simpósio de Comunicação e Tecnologias Interativas11 de agosto de 2008

Page 10: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena
Page 11: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

11

Aos Leitores

Vivemos a era da integração proporcionada pela digitalização de todas as formas de comunicação, audiovisuais e impressas. Todos os meios têm como suporte zero e um. Essa mudança introduzida pela Revolução da Informática implica o aparecimento de uma nova formalização da cultura mediada pelos dispositivos digitais, fruto da conflu-ência entre a comunicação, as telecomunicações e a informática. Isso da mesma forma que Marshall McLuhan dividiu a História da Civilização em três momentos distintos, de acordo com o impacto ocasionado pela tecnologia na produção do conhecimento: mundo tribalizado, mundo destribalizado e mundo retribalizado.

Muniz Sodré acredita que a digitalização das esferas sociais supõe outras relações com o espaço e o tempo, agora ancorados na aceleração dos fluxos eletrônico e digital. Fala-se, por conseguinte, de uma simulação que, a partir da confluência com o computa-dor, digitaliza-se. Ou seja, temos uma informação veiculada por compressão numérica, passando dos atuais termos do analógico para o digital, embora os dois campos estejam em contínua interface.

Essas mudanças impõem a construção de novos paradigmas. Portanto, não nos en-contramos em condições de mostrar soluções, mas tão somente de propor possíveis caminhos para a convergência midiática que, por sua vez, exige o desenvolvimento de uma nova linguagem para um meio que faz uso de interfaces gráficas, que permite a elaboração de mensagens híbridas e interativas.

Essa condição digitalizada contribui para que o simpósio apresente um tema polê-

Apresentação

Page 12: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

12

mico, capaz de incitar debates calorosos e discussões interessantes, uma vez que a co-munidade científica está buscando alguns pontos de consenso para realinhar a pesquisa. Neste caderno há questões relacionadas à gestão, a políticas e à economia da comunica-ção e informação, incluindo ainda as relativas à educação e à cultura digital, e à comu-nicação científica. Essa segunda edição do Simpósio registra um número muito maior de trabalhos inscritos, em relação à anterior, já indicando que será ainda mais produtiva tanto do ponto de vista da qualidade quanto da diversidade.

É com satisfação que entregamos à comunidade acadêmica o caderno de resumos do LECOTEC 2009 – II Simpósio de Comunicação, Tecnologia e Educação Cida-dã, promovido pelo Laboratório de Estudos em Comunicação, Tecnologia e Educação Cidadã (LECOTEC) com o apoio da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). É um caderno muito especial para a FAAC, uma vez que consolida o LECOTEC como cen-tro de excelência que fomenta a pesquisa no Departamento de Comunicação Social.

Para o corpo discente, esse simpósio representa uma primeira oportunidade de publi-cação e de participação na organização do evento. Acompanhei os trabalhos e aproveito a oportunidade para parabenizar e agradecer à equipe – corpo discente e docente – em nome do Departamento de Comunicação Social.

Leticia Passos AffiniChefe do Departamento de Comunicação Social

Ângelo Sottovia AranhaDocente do Departamento de Comunicação Social

Page 13: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

13

É com muita alegria e satisfação redobrada que o Laboratório de Estudos em Comunicação, Tecnologia e Educação Cidadã (LECOTEC) realiza em 2009, a segun-da edição do Simpósio de Comunicação, Tecnologia e Educação Cidadã - LECOTEC 2009, nos dias 11, 12 e 13 de novembro no campus de Bauru/SP da Universidade Esta-dual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, a UNESP.

O evento é resultado do esforço coletivo dos integrantes, pesquisadores, colaborado-res, bolsistas e amigos do LECOTEC, uma equipe que busca inserir gradativamente o grupo de pesquisa vinculado aos Cursos de Comunicação e a Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação - FAAC, no cenário das atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas na UNESP. É um trabalho contínuo e árduo, realizado desde a fundação do Laboratório em 2007.

Nesse contexto nacional e internacional complexo, e atento às conjunturas sócio-educativas e culturais do país, o LECOTEC se propôs a realizar o seu segundo simpósio numa perspectiva de ampla integração das temáticas com as suas três linhas de pesquisa: “Comunicação, Conhecimento e Linguagens”, “Educação e Cultura Digital” e “Gestão, Políticas e Economia da Informação e Comunicação”.

Os encontros e as atividades previstas devem articular uma discussão sobre o impas-se da apropriação cidadã e o uso social dos instrumentos tecnológicos de comunicação no país. Para cumprir esse desafio, a programação concilia atividades conceituais e apli-cadas, que mesclam a apresentação de trabalhos com mesas temáticas e diversas oficinas.

Além das muitas discussões que deverão ser desenvolvidas durante as atividades programadas, vale destacar o debate proposto no âmbito da Conferência Nacional de

Introdução

Page 14: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

Comunicação (CNC), que acontecerá pela primeira vez no Brasil, ainda em dezembro próximo.

O LECOTEC 2009 apresenta em três dias de evento dez oficinas, cinco mesas pa-ralelas e onze sessões com a apresentação dos trabalhos selecionados. Este caderno traz os resumos desses trabalhos, juntamente com a programação completa das atividades.

Ansioso com o resultado dessa empreitada ousada, o LECOTEC se orgulha por proporcionar entre os profissionais e pesquisadores de um amplo e efervescente campo de conhecimento os encontros, conversas, confrontos de idéias que virão junto com as atividades realizadas nos próximos dias.

Prof. Dr. Juliano Maurício de Carvalho Líder do LECOTEC

Prof. Dr. Antonio Francisco Magnoni Vice-líder do LECOTEC

Page 15: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

15

Programação

Quarta feira, 11 de novembro

14h - Credenciamento 19h - Abertura (Auditório Sala 01) 20h10 - Lançamento do selo editorial Lecotec

20h30 – Conferência de Abertura (Auditório Sala 01)Políticas de Comunicação e Economia da Cultura: uma agenda para o BrasilAdriana Cristina Omena dos Santos (UFU), Elaine Tozzi (Ministério da Cultura), José Eduardo Elias Romão (UnB)Mediação: Antonio Francisco Magnoni (UNESP)

Quinta feira, 12 de novembro 9h - Oficinas Internet na educação (Sala 70)Ministrante: Samir Mustapha Ghaziri (UNESP) – 3hCoordenação: Márcia Fantinatti (PUC-Campinas) Produção em Telejornalismo (Sala 71)Ministrante: Romulo Augusto Orlandini (UFSCar) – 3hCoordenação: Fernanda Testa (UNESP)

Page 16: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

16

A informática no processo de formação do professor (Laboratório de Técnica Redacional)Ministrante: Wassili de Freitas (UNESP) – 3hCoordenação: Fernando Ramos Geloneze (UNESP)(Im)pressões da sociedade urbana contemporânea sobre o indivíduo (Sala 72)Ministrante: Jayça Lima Sant’Ana (Lecotec-UNESP) – 3hCoordenação: André Luís Lourenço (UNESP) 10h – Mesa Paralela I (Auditório Sala 01)Desafios para a formação e a prática docente com tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC)Integrantes: Eloi Feitosa (IBILCE/UNESP), Rosemara Perpetua Lopes (UNESP)Mediação: Marcelo Sacrini (Lecotec-UNESP)

10h – Mesa Paralela II (Sala 2A)A arte como uma das fontes criadoras das mídias e áudio-visual: cinema, televisão e webIntegrantes: Nelyse Ap. Melro Salzedas (PG/FAAC/UNESP), Guiomar Josefina Biondo (DARG/FAAC/UNESP), Eliane Patrícia Grandini Serrano (DG/FCT/ UNESP), Maria Luiza Calim de Carvalho Costa (DARG/FAAC/UNESP)Mediação: Dalva Aleixo Dias (UNESP)

13h30– Apresentação de trabalhos Sessão I – Cultura Digital (Sala 70)Coordenação: Letícia Passos Affini (UNESP) 1. Comunicação, cultura e juventude: a presença do tecnonarcisismoBruno Fuser (UFJF)2. O embate das tecnologias móveis no acesso às redes sociaisCarolina Segatto Vianna (UNESP), Antonio Marin Neto (INSTITUTO NOKIA), Edberto Ferneda (USP/UNESP)3. Telecentro como ferramenta de inclusão social Gabriela Contieri Ferro (UNESP)4. Jornalismo em tempos de internet: fase de rupturas ou de consolidação de um modelo?Márcia Fantinatti (PUC/COMUNICARTE)5. Declínio da relevância dos debates televisivos entre presidenciáveis, em tempos de expansão das fontes de informação Márcia Fantinatti (PUC/COMUNICARTE), Gabrielle Maise Adabo (PUC) 6. O desenho de interfaces, interatividade e Design de RelaçõesJoana Gusmão Lemos (UNESP), João Baptista Winck (UNESP), Dorival Rossi (UNESP)

Page 17: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

17

7. Novas Tecnologias e Novas ferramentas de Marketing: Semiótica e Narrativas Publici-tárias na MídiaAdenil Alfeu Domingos (UNESP)8. Telecentros e Inclusão digital: resultados parciais sobre levantamentos de projetos inclu-sivos em Uberlândia-MGCindhi Vieira Belafonte Barros (UFU), Adriana Cristina Omena dos Santos (UFU), Antonio Claudio Moreira da Costa (UFU)9. Distribuição da informação nos projetos governamentais e a construção da cidadania digital Angela Maria Grossi de Carvalho (UNESP), Plácida Leopoldina Ventura Amorim da Costa Santos (UNESP)10. Sociedade da informação e do conhecimento: uma breve reflexão sobre informação, conhecimento e novas tecnologiasMartha P. Valentim (UNESP), Carolina S. Vianna (UNESP), Elaine Silva (UNESP), Tamara S. B. Guaraldo (UNESP)11. A identidade/diversidade cultural no espaço comunicacional postmoderno, existe já um território digital indígena?Alejandra Aguilar Pinto (UNB) 12. A Construção de Sentido nas Convergências da Cultura Digital: o Corpo Fragmenta-do nas VideoartesRegilene A. Sarzi-Ribeiro (PUC) 13. Jornalismo para Plataformas Móveis - Uma Análise Global Douglas Cavallari de Santana (UBI/Taller Comunicação)14. Comunicação Social, suas ferramentas e técnicas de produção de conteúdos: Difundindo e multiplicando o saberSuelyn Cristina Carneiro da Luz (PEAGADE), Beatriz Stamato (UCO), Joel Nogueira da Silva (PEAGADE), Fernanda Ribeiro da Silva

Sessão II – Cultura Digital (Sala 71)Coordenação: Claudio Rodrigues Coração (UNESP) 1. A Internet na política brasileira: sites de deputados federais paulistasAndré Quitério (UNESP)2. Avaliação do estágio atual de uso da Internet na prática jornalísticaFabio Venturini (UNIRADIAL), Soraia Lima (UNIRADIAL)3. Análise comparativa entre a Linguagem Audiovisual do cinema clássico X a Lingua-gem Audiovisual produzida para celular Reginaldo Tadeu Soeiro de Faria (IFSP-GRU)4. A Dimensão Ontológica Frente aos Avanços da Tecnologia

Page 18: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

18

Luciano José Secato, Renan Cipriano dos Santos5. Transformações midiáticas: os blogs entre o continuum e o degradê Wagner Alonge (UNESP)6. TV paga e interatividade: estudo de caso do canal Globo NewsÉrika dos Santos Zuza (UNESP)7. Realidade aumentada locativa como ferramenta de interatividade no espaço urbanoFernanda Testa (UNESP)8. Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual Flávia Oliveira Machado (UNESP)9. Reflexões iniciais sobre o papel da interatividade no aprendizado coletivoGiovana Sanches (UNESP)10. A influência da narrativa nos processos de produção em televisão digital Mozarth Dias de Almeida Miranda (UNESP) 11. A subjetividade portuguesa na Linguagem: As “Filhas de Bragança” do jornal Expresso Jéssica de Cássia Rossi (UNESP) 12. A Crise da Audiência e a Falta de Atenção na Mídia TelevisivaLicínia de Freitas Iossi (UNESP)13. Jornalismo narrativo: possibilidade para a sobrevivência do jornalismo impresso diárioLilian Martins (UNESP)14. Convergência digital em educação a distância: proposta para geração de conteúdoEveraldo Rodrigo Rodolpho (UNESP), Hilda Carvalho de Oliveira (UNESP) 15. Rádio no ciberespaço: do hipertexto ao extratextualJoão Flávio Moraes de Lima (UNESP)

Sessão III – Cultura Digital (Sala 72)Coordenação: Ricardo Luis Nicola (UNESP) 1. A velocidade antropofágica das imagens digitais Júlio César Riccó Plácido da Silva (UNESP)2. Por trás de um click. Uma reflexão sobre dois eventos imagéticos: o advento da fotografia e do computador iconográficoRogério Daniel Salgado de Oliveira (MACKENZIE)3. e-Bauru : Na rota para se tornar uma cidade digitalDavid José Françoso (PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU)4. Fanfiction: A Manifestação do Leitor como Produtor Textual na Internet Sarah Moralejo da Costa (UNESP) 5. Blog de ciência: uma proposta para a divulgação científicaÉrica Masiero Nering (UNESP), Juliano Maurício de Carvalho (UNESP), Mateus Yuri Passos (UFSCar/Lecotec-UNESP), Francisco Rolfsen Belda (USP/Lecotec-UNESP)

Page 19: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

19

6. Portal Comunitário: uma experiência das novas tecnologias como espaço de cidadania Jussara Tech (UEPG) 7. A poderosa plataforma para inclusão social: um olhar sobre políticas públicas na im-plantação da televisão digitalJuliano Maurício de Carvalho (UNESP), Patrícia Benetti Ikeda (UNESP), Gabrie-la Estefano Reis Cleto (UNESP)8. Os rumos da linguagem: como se dá o processo de criação da linguagem online e quais os rumos da língua portuguesa na comunicação via internet e celularKaren Barbarini (UNESP), Antônio Francisco Magnoni (UNESP) 9. Relação entre jornalismo impresso e novas tecnologias: uma análise da revista SuperinteressanteLuana Fernanda Ibelli (UNESP), Roberta Danielle de O. Silva (UNESP)10. Programando além do visual – Design para cegos Sarah Thais Trindade Wingeter Silva 11. A relação do idoso com as novas tecnologias – análise de mídia eletrônicaBruno César Tozatti Piola (UNESP), Marisa Naomi Sei (UNESP)12. Ciberantropologia e o Twitter.com Henri Georges Chevalier (UNESP)13. Sincretismo pós-moderno: a Sociedade da Informação e A “Crise” da Cultura Gabriela Jacques Albuquerque (UNESP), Jhonatas Mendonça Rocha da Silva (UNESP)14. Bases de implantação da TV Digital no Brasil: Uma proposta de integração dos núcleos de pesquisa acadêmicos para a consolidação de uma TV Democrática e Cidadã Leonardo Enrico Schimmelpfeng (UNESP)15. A transmissão e cobertura esportiva nas Copas do Mundo de Futebol no rádio e na internet: convergências e disparidades Renato Augusto Olívio Filho (UNESP), Douglas de Oliveira Calixto (UNESP), Mariana Leal (UNESP), Antônio Francisco Magnoni (UNESP)16. Um novo formato, uma nova linguagem: os desafios da produção audiovisual para telefone celularDoélio Vinícius Dionísio Bérgamo (UNESP), Elissa Schpallir Silva (UNESP)

Sessão IV – Educação (Sala 73)Coordenação: Mauro de Souza Ventura (UNESP) 1. A Formação Inicial (pré-serviço) de Professores de Língua Estrangeira na Era Digital: Uma experiência On_lineRodrigo Florencio de Atayde (UNESP)2. Desafio do web jornal-laboratório é maior que o do impresso Ângelo Sottovia Aranha (UNESP)

Page 20: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

20

3. Centro experimental de bioenergia: ciência e tecnologia a serviço da formação profissional e socioambiental do homem do século XXI Lourenço Magnoni Junior 4. Educação Cidadã através da mídia Pedro Celso Campos (UNESP)5. Um Objeto de Aprendizagem (OA) sobre a fotossíntese para ensino de ciênciaLivia Cristina Gabos Martins (UNESP), Paulo Henrique Menzinger (UNESP), Wilson Massashiro Yonezawa (UNESP)6. Comparação entre softwares do projeto “Inventor” & “Solid Edge” e sua relação como ferramenta tecnológica de informação e comunicação em sala de aulaLuiz Antonio Vasques Hellmeister (UNESP), Renan Luís Fragelli (UNESP)7. Edutretenimento: uma abordagem histórica e conceitualMarcos Américo (UNESP), Wilson Massahiro Yonezawa (UNESP)8. Engajamento público em nanotecnologia Paulo Roberto Martins (IPT), Maria Fernanda Marques Fernandes (UFRJ)9. Cheops: Laboratório Colaborativo para Aprendizagem Eduardo Martins Morgado (UNESP), Alexandre Nacari Eduardo Motta (UNESP), Henrique Manetta Perticarati (UNESP), Pedro Rogério Cavalca Mo-reira (UNESP), Thiago Neves Fabre (UNESP), João Bernardini Franco (UNESP), Bianca Ortega Bertoni (UNESP)10. Novas linguagens na escola: material didático interativo para ciências na Educação Infantil e no Ensino Fundamental Rosemara Perpetua Lopes (UNESP), Fernanda de Souza Monteiro (UNESP), Eloi Feitosa (UNESP)11. Inclusão de tecnologias digitais nas escolas da educação básica: aprendizagem de geome-tria mediada pelo uso de appletsRosemara Perpetua Lopes (UNESP), Vanessa Masitéli, (UNESP)Eloi Feitosa (UNESP) 12. O curso de Letras/UNIR na modalidade a distância: Interação x TecnologiasIracema Gabler (UNIR)13. A internet como canal de informação favorecendo os processos de inclusão de alunos com deficiência Ketilin Mayra Pedro (UNESP), Eliana Marques Zanata (UNESP)14. Educação e Tecnologia: O uso de Ambiente Virtuais de Aprendizagem em Cursos da Universidade Federal de Uberlândia/UFU Laura Lais Alves Souza (UFU), Adriana Cristina Omena dos Santos (UFU), Mir-na TONUS (UFU)

Page 21: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

21

Sessão V – Educação (Sala 74)Coordenação: Danilo Rothberg (UNESP)1. A comunicação e a informação no processo ensino aprendizagemMaria Aparecida Rocha Santana (IESB)2. Educação, comunicação e direitos humanos em ala de aula: a experiência da lousa digital e a co-autoria de conteúdo educativoEliana E. Xavier Watanuki(UNICAMP), Maria Jose Daniel Rodrigues Manuel(UNICAMP), Ofelia Elisa Torres-Morales(UNICAMP)3. Análise de características educativas no programa infantil Castelo Rá-Tim-Bum Patrícia Andrade Peniche de Mello (UNESP), Leticia Passos Affini (UNESP)4. Os jogos eletrônicos no imaginário infantil: 25 anos de Tetris Wagner Antonio Júnior (UNESP), Maria do Carmo Monteiro Kobayashi (UNESP)5. As mídias interativas e a formação dos profissionais da educação infantilMarta Fresneda Tomé (UNESP)6. O uso das TIC’s em sala de aula como ferramenta mediadora no processo de ensino-aprendizagemRosana Ramos Socha (UNESP), Rosemara Perpetua Lopes (UNESP), Júlio César D. Ferreira (UNESP), Eloi Feitosa (UNESP)7. Autonomia na aprendizagem na educação a distância: contribuições do campo CTS (ciência-tecnologia-sociedade) Ana Cláudia de Oliveira Leite (UFSCar)8. Cultura da convergência e a TV Digital interativa: novos desafios para o design instru-cional de cursos a distância mediados pelas TICsElizabeth Fantauzzi (UNESP) 9. Aperfeiçoamento da prática de laboratório de línguas estrangeiras com a utilização da internetInara Teles Xavier (UNESP) 10. A metodologia webquest como potencializadora do ensino superior Kelly Cristina Altafim (FAB), Cesar Augusto Cusin (FAB)11. As marcas lingüísticas do discurso jornalístico Tássia Caroline Zanini (UNESP)12. Metodologia participativa na construção do conhecimento: a contribuição do Curso de Formação de Formadores em Economia Solidária para a construção coletiva do conheci-mentoCarolina Monteiro Santos (UNESP), Thais Rodrigues Marin (UNESP), Valquíria Pinotti Faustino (UNESP)

Page 22: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

22

Sessão VI - Educação (Sala 76)Coordenação: João Eduardo Hidalgo (UNESP) 1. Programas de educação continuada para web 2.0 e TV digital Evaldo Aparecido de Abreu (UNESP)2. Aplicação da tecnologia no ensino e aprendizagem da matemática escolarGraziella Ribeiro Soares Moura (IESB/FATEC/USC), Roberta Ribeiro Soares Moura Padoan (IESB/UNIP/PREVE), Talita Ribeiro Soares Moura (UNESP) 3. Imagem e som em sala de aula: o uso do videoclipe nas aulas de geografiaCarlos Henrique Sabino Caldas (UNESP), Cláudio Benito Oliveira Ferraz (UNESP)4. Internet: conflito entre seu uso para o entretenimento e a educação virtual Caroline Barbosa Zanferrari (UNIP)5. Preconceito e estereótipos na teledramaturgia brasileira Larissa Pamela de Andrade (UNESP), Antônio Francisco Magnoni (UNESP)6. Análise da Ciência Hoje Para Crianças Online: ciência clara, divertida e coloridaMariana Zaia (UNESP), Antônio Francisco Magnoni (UNESP)7. Som e imagem na mídia educação: Estudando o modo como os jovens usam as linguagens da música e da fotografia numa experiência simultânea Marcele Tonelli de Oliveira (USC)8. Ecoando: Educação e AtitudeMarina Camara Paschoalli (UNESP), Beatriz Albuquerque e Castro (UNESP) 9. A grande reportagem e o livro-reportagem: ferramentas estratégicas do repórter e lugar vital das grandes narrativas jornalísticas Renata Penzani (UNESP), Antônio Francisco Magnoni (UNESP)10. Implantação da Rádio-Escola UESCO: O papel mediador do jornalismo na Educo-municaçãoSamanta Daisy Pinheiro Nascimento (UFPI)11. A contribuição do designer em diferentes metodologias do desenvolvimento de produtos tecnológicos educacionaisTalita Albuquerque Hayata (UNESP), Fernanda Rodrigues de Paula (UNESP)12. Uma visão alternativa do uso das tecnologias de informação e comunicação na educação João Carlos de Souza Megale (UNESP) Sessão VII – Políticas e Economia de Comunicação e Informação (Sala 77)Coordenação: José Carlos Marques (UNESP) 1. Espaço Físico e Virtual no Processo de Transferência, Armazenamento e Interpreta-ção da Informação: Reflexões sobre a distribuição espacial dos pólos informacionais e seus efeitos sobre as sociedades regionaisChristian Carvalho Ganzert (USP), Andréa Julia Soares Ganzert (FADISC/PRE-

Page 23: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

23

FEITURA SÃO CARLOS), Dante Pinheiro Martinelli (USP) 2. Sociedade e Indivíduo no Capitalismo Informacional: Dinâmica Sistêmica, Inclusão e Exclusão sob a Lógica do InformacionalismoChristian Carvalho Ganzert (USP), Diogo Basei Garcia (FE-USP)3. Gestão estratégica de comunicação como apoiadora do desenvolvimento das competências em informação Ana Flávia Sípoli Cól (UNESP), Maria Cristina Gobbi (UNESP)4. Do fato à notícia ao filme: O Assalto ao Trem Pagador Márcia Valéria Alves Gomes (UNESP)5. A Comunicação, o Sistema e as Relações de ConsumoEdson de Paiva Dias (PUC) 6. Poder ampliado: quando a TV Câmara invade os lares pela TV aberta Ana Paula Saab de Brito (ULEPICC)7. Reaproveitamento de notícias no jornalismo impresso: o caso Le Monde Diplomatique Fernanda Iarossi Pinto (UNESP)8. A cobertura midiática das políticas ambientais: análise quantitativa do jornal O Esta-do de S.Paulo Katarini Giroldo Miguel (UNESP)9. Publicidade e propaganda na televisão digital: o que vem por aí?Eliane Cintra Montresol (UNESP), Thalita Maria Mancoso Mantovani e Souza (UNESP)10. Necessidade de comunicação na democracia latinoamericanaAndré Luís Lourenço (UNESP)11. Comunicação entre órgãos públicos: limites entre a intenção e a realizaçãoBruno Sampaio Garrido (UNESP)12. Conferência Nacional de Comunicação - Antecedentes, luta atual e perspectivas Renan Xavier (UNESP), Juliano Maurício de Carvalho (UNESP)13. A campanha “Quem financia a baixaria é contra a cidadania”: estratégia para reduzir a desigualdade comunicacional na TV brasileira Carlos Henrique Demarchi (UNESP)

Sessão VIII – Políticas e Economia de Comunicação e Informação (Sala 78)Coordenação:Lucilene dos Santos Gonzales (UNESP) 1. Políticas digitais: veículos de comunicação e profissionais em outra geração Mozarth Dias de Almeida Miranda (UNESP), Antonio Carlos de Jesus (UNESP)2. Embratur: desenvolvimento do turismo externo e interno Helton Luiz Gonçalves Damas (UNESP) 3. Caso Gol 1907: Uma análise de enquadramento entre Brasil e Estados Unidos Laísa Amaral Queiroz (UNESP), Juliana de Mello Silva (UNESP), Maria Clara Lima (UNESP)

Page 24: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

24

4. Mitos do jornalismo econômicoPâmela Perez Leite (UNESP) 5. A Televisão digital terrestre em Portugal Selma Miranda (UNESP)6. Desvendando a série de reportagens “Mistérios do Rio”, de Benjamim CostallatMarcel Antonio Verrumo (UNESP), Marcelo Magalhães Bulhões (UNESP)7. As características da linguagem do radiojornalismo esportivo Andressa Torresilha Borzilo (UNESP)8. A convergência do jornalismo com as histórias em quadrinhos em “Palestina: Na Faixa de Gaza”, de Joe Sacco Caio de Freitas Paes (UNESP), Antônio Francisco Magnoni (UNESP)9. A produção de sentido no suplemento cultural Mais!, da Folha de S. Paulo, à luz da teoria semiótica de Peirce Marcel Verrumo (UNESP)

Sessão IX – Cultura Digital (Resumos) - Sala 79Coordenação: Jean Cristtus Portela (UNESP) 1. Buscando a midia no túnel do tempo: “Conoscersi è il miglior modo per capersi”Nelyse Ap. Melro Salzedas (UNESP), Guiomar Josefina Biondo (UNESP)2. Inteligência tecnológica: como os novos meios irão influenciar as relações sociaisMarina Stempniewski Ricciardi (UNESP)3. TV na internet – Uma análise de formatos e linguagensCarolina Nishikubo Lopes da Silva (UNESP), Antônio Francisco Magnoni (UNESP)4. O papel da edição em um vídeo sem cortes Maiara Helena Ferreira Pedroso (UNESP), Letícia Affini Passos (UNESP) 5. Preparação e direção de atores na produção audiovisualTainah Schuindt Ferrari Veras (UNESP), Letícia Passos Affini (UNESP)6. Projeto Audioteca: comunicação pública de pesquisas científicas em saúde por meio de programas em áudio disponíveis em uma biblioteca virtualCarlos Antonio Teixeira (USP), Aline Moraes Silva (USP)7. Catequesis, HayMotivo.com: análise semiótica Fouad Camargo Abboud Matuck (UNESP)8. A reconfiguração da esfera pública na internet Mariana Dourado (UNESP)9. Celular: jornalismo digital móvel e as novas funções do aparelho Sara Lemes Perenti Vitor 10. Comunicação, visibilidade e vínculo: a presença indígena na virtualidade Xenya de Aguiar Bucchioni (UNESP)

Page 25: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

25

11. Modos de produção de conteúdos audiovisuais para multiplataforma - um estudo preliminar Cristiana Freitas (UNESP) 12. O storytelling do Blog Me Leva Brasil: um estudo de caso sobre o uso de diferentes mídias para a criação e o entrelaçamento de histórias Juliana dos Santos Padilha (UNESP)13. Sites infantis: perspectivas para uma infância interativa Mayra Fernanda Ferreira (UNESP)14. A Práxis na Televisão Digital: o despertar do hipertelejornalista – II parte Alan César Belo Angeluci (UNESP), Cosette Espíndola de Castro (UNESP)15. A Televisão Digital Móvel e a Sociedade da Informação e Conhecimento Fernando Ramos Geloneze (UNESP) 16. Cultura digital: o fenômeno do consumo redimensionado Geso Batista de Souza Júnior (UNESP)17. Desmitificando a IPTV Fábio Mastelari Mansano Leite (UNESP)18. Autoria e Palavras de Ordem no discurso Copyleft Clarissa Corrêa Henning (FEEVALE)19. Interações entre jornalismo ambiental, holístico e digital para a mídia futura Vivian Maria Federicci de Souza (UNESP)20. Novos métodos de formação e informação Lílian Mendonça Guarnieri Silva 21. Portal-Agência: como manter uma rádio comunitária no ar Jussara Tech (UEPG)22. Alterações no processo comunicacional com o advento das TICsLuis Enrique Cazani Junior (UNESP), Letícia Passos Affini (UNESP)

Sessão X – Educação (Resumos) - Sala 81Coordenação: Jayça Lima Sant’Ana (Lecotec-UNESP) 1. Produção de videos didáticos para uso em atividades na modalidade EaDAurélio Hideki Barbosa Ono (UNESP), Eugenio Maria de França Ramos (UNESP)2. Sobrepondo as muralhas por meio da educação: Reflexões sobre possibilidades oferecidas pela modalidade EaD para a Educação em ambientes de privação de liberdade Carlos Eduardo Perrenoud (UNESP), Eugenio Maria de França Ramos (UNESP)3. A experiência de uso de ambiente virtual de aprendizagem: níveis de interatividadeVanessa Matos dos Santos (UNESP), Maria Teresa Miceli Kerbauy (UNESP)4. A formação inicial dos professores para a integração das tecnologias educativasSirley Terezinha Golemba Costa (PUCPR), Dilmeire Sant’Anna Ramos Vosgerau

Page 26: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

26

(PUCPR), Natascha Abt5. Pesquisa-ação: o espaço físico e sua importância na Educação Infantil Andreza Freitas (IESB), Leylane Arruda (IESB)6. Educação para as mídias via televisão digital - Formação continuada de professores Larissa Fernanda Domingues Rosseto (UNESP)7. O desafio da convergência de mídias: Ambiente Virtual de Aprendizagem e TV Digital Interativa Clausia Mara Antoneli (UNISA) 8. Formando cidadãos: Análise de uma prática de sala de aula de Física, questionamentos sobre o ensino de ciências e uso de TICsWagner Garcia Pereira (USP)9. Relação do conhecimento teórico/prático dos Alunos Universitários no ensino à distância da UNOPAR Nilson César Bertóli (UNIMAR/UNOPAR)10. A sustentabilidade no jornal (IM)Pacto AmbientalAna Carolina do Amaral Silva (UNESP)11. A convergência do rádio com as mídias sociais digitais Davi Rocha de Lima (UNESP), Vinícius Santos Lousada (UNESP)12. Trans-formação: direitos humanos nas ondas do rádio Felipe Ibrahim (UNESP), Clodoaldo Meneguel Cardoso (UNESP), Thiers Gomes da Silva (UNESP)13. Alterações no processo comunicacional com o advento das TICsLuis Enrique Cazani Junior (UNESP), Letícia Passos Affini (UNESP) Sessão XI – Políticas e Economia de Comunicação e Informação (Resumos)- Sala 86Coordenação: Ângelo Sottovia Aranha (UNESP) 1. O valor da informação: O papel do jornalismo científico no contexto da pós-modernidade Kelly Tatiane Martins Quirino (UNESP)2. Possibilidade de relação simétrica entre políticos e eleitorado: o papel do twitterCristiano Pátaro Pavini (UNESP), Antônio Francisco Magnoni (UNESP)3. Infografia no jornalismo brasileiro: quando somente as palavras já não bastam! Fabiana Rodrigues (UTP) 4. Vinheta: apenas um aperitivo?Cláudia Franzão (UNESP), Audrey Sabbatini (ITE)5. A importância da classificação indicativa nos meios de comunicação Daira Renata Martins Botelho (UNESP)6. Instituições participativas online: um estudo de caso do Orçamento Participativo DigitalRafael Cardoso Sampaio(UFMG)7. La prensa, un papel cambiante en la historia de la democracia Argentina Bárbara Graciela Campos Pérez (USACH), Cristian García de Álamo(UNC)

Page 27: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

27

8. Programa Atividade: Cidadania e bem-estar para quem não cansa de curtir a vida. - Rádio Unesp FM (vinculado ao “Unesp Ciência”, da Vice-Reitoria)Daniela Penha (UNESP), Murilo Tomaz (UNESP)9. A questão da liberdade de imprensa nos países emergentes Gilles Marcos Silva Caetano (UNESP) 10. Adaptação Metamórfica: uma análise da adaptação do conto A Metamorfose de Franz Kafka para história em quadrinhoFábio da Silva dos Santos (UNESP) 11. Gestão da comunicação: uma visão sistêmica e globalizada Vitor Amaral Magno da Silva (UNESP) 18h45 - Apresentação do Acervo Virtual sobre Televisão Digital (Lecotec)

19h30 – Mesa I (Auditório Sala 01)Conferência Nacional de Comunicação: Perspectivas e DesafiosConvidados: César Bolaño (UFS/ALAIC), João Brant (Portal Direito a Comuni-cação), Juliano Maurício de Carvalho (FNDC/UNESP), Octavio Penna Pieranti (Ministério da Cultura)Mediação: Luciano Guimarães (UNESP)

Sexta feira, 13 de novembro 9h - Oficinas Geografia e Cinema (Sala 70)Ministrante: José Misael Ferreira do Vale (UNESP) – 3hCoordenação: Leandro Cardoso de Barros (Lecotec-UNESP) Leitura na Cultura das Mídias: Reflexões e Ressignificações (Sala 71)Ministrante: Aldo Pontes (USP) – 3hCoordenação: Antonio Francisco Maia de Oliveira (Prefeitura Municipal de Bauru /Lecotec-UNESP) O jornal na sala de aula como recurso didático (Sala 72)Ministrante: Ângelo Sottovia Aranha (UNESP) – 3hCoordenação: Fábio Negrão Figueira Pinto (UNESP) Indicadores de Comunicação (Sala 73)Ministrante: João Brant (Portal Direito a Comunicação) – 3hCoordenação: Adriana Cristina Omena (UFU)

Page 28: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

28

Gestão de crise (Sala 74)Ministrante: Dalva Aleixo Dias (UNESP) – 3hCoordenação: Adriana Cardoso Nogueira (UNESP)

10h – Mesa Paralela III (Auditório Sala 01)As novas e as novíssimas tecnologias na mediação do fato esportivoIntegrantes: José Carlos Marques (FAAC/UNESP), Ary José Rocco Jr (FECAP), Marcos Américo (UNESP), Silvio Saraiva Jr. (Faculdades Integradas de Jahu), Sérgio Bruno TrivelatoMediação: Adenil Alfeu Domingos (UNESP) 10h – Mesa Paralela IV (Sala 2A)Inserção digital: olhares sobre a apropriação do espaço virtualIntegrantes: Xenya de Aguiar Bucchioni(UNESP), Cláudio Rodrigues Coração (UNESP), João Daniel Donadeli (diretor do documentário Periferia.com)Mediação: Angela Maria Grossi de Carvalho (UNESP) 13h30 – Mesa Paralela V (Auditório Sala 01)Opinião Pública: Previsões e Tendências no Mundo DigitalIntegrantes: Célia Maria Retz Godoy dos Santos (UNESP), Maria Teresa Micely Kerbauy (UNESP), Sonia de Brito (UNESP)Mediação: Pedro Celso Campos (UNESP) 15h – Mesa II (Auditório Sala 01)Novos Modelos de Educação - Implicações e Perspectivas da Era DigitalConvidados: Júlio César Minto (USP), Nelson de Lucca Pretto (UFBA), Wilken Sanches (ONG Coletivo Digital)Mediação: Ana Silvia Médola (UNESP) 17h – Encerramento (Auditório Sala 01)

Page 29: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena
Page 30: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena
Page 31: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

Mesas

Page 32: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena
Page 33: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

33

Mesas

MESA I CONFERÊNCIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO: PERSPECTIVAS E DESAFIOS

Convidados:César Bolaño (UFS/ALAIC)João Brant (Portal Direito a Comunicação)Juliano Maurício de Carvalho (FNDC/UNESP)Octavio Penna Pieranti (Ministério da Cultura)Mediação: Luciano Guimarães (UNESP)

Assim como outros setores da sociedade, a Comunicação terá em dezembro sua primeira con-ferência nacional, realizada após etapas regionais e locais em que serão sugeridos pontos de discussão. A realização da conferência é um ato de respeito à diversidade, oportunidade ímpar para dar visibilidade a um tema tratado como tabu pelos grandes conglomerados, mas decisivo para que o país avance. É a primeira vez em que o poder público, o empresariado das comu-nicações e o terceiro setor se reunirão para discutir os problemas e a necessidade de novos rumos da comunicação no país. Serão discutidos aqui os objetivos das conferências nacionais e o papel, tanto como mediador quanto ator do governo federal na democratização dos meios e na promoção da cidadania, assim como abordar os pontos-chave da discussão que a sociedade civil deve demandar. Deve-se aproveitar a paridade representativa entre representantes do setor empresarial e de movimentos sociais para que a comunicação brasileira siga novos rumos, mais igualitários e democráticos.

Page 34: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

34

Mesas

MESA IINOVOS MODELOS DE EDUCAÇÃO - IMPLICAÇÕES E PERSPECTIVAS DA ERA DIGITAL

Convidados:Júlio César Minto (USP)Nelson de Lucca Pretto (UFBA)Wilken Sanches (ONG Coletivo Digital)Mediação: Ana Silvia Médola (UNESP)

Finalmente, a educação tem sido reconhecida como ponto diferencial na obtenção de emprego e crescimento profissional. Novas expectativas em relação ao desempenho dos profissionais estão sempre surgindo; para enfrentá-las, o trabalhador precisa ter boa formação geral e pro-fissional. Também é de suma importância o domínio de plataformas digitais para inserir-se nesse mercado, quase totalmente digitalizado. A mesa discutirá políticas públicas, estratégias pedagógicas e inserção social das novas tecnologias de comunicação e informação para superar os desafios da educação profissional e técnica no Brasil, tendo em vista a apropriação das TIC como ponto essencial na formação cidadã do brasileiro.

Page 35: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

35

MESA PARALELA IDESAFIOS PARA A FORMAÇÃO E A PRÁTICA DOCENTE COM TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TDIC)

Convidados:Eloi Feitosa (IBILCE/UNESP)Rosemara Perpetua Lopes (UNESP) Mediação: Marcelo Sacrini (Lecotec-UNESP)

A emergência de novas linguagens é hoje uma realidade (KENSKI, 1998). Segundo Belloni (1999), a familiaridade de crianças e jovens com artefatos tecnológicos é um forte argumento para a adoção dos mesmos na educação escolar. Mas não basta investir nos materiais, confor-me observa Barreto (2002); é preciso integrar as Tecnologias de Informação e Comunicação ao projeto político-pedagógico da escola (MORAES, 2003); é preciso investir na formação inicial de professores (LOPES; FURKOTTER, 2009), promover mudanças na cultura esco-lar (COSTA, 2008) e rever políticas que primam pela substituição tecnológica (BARRETO, 2001). Nesta mesa temática, pretendemos discutir estes e outros assuntos correlatos, articu-lando formação e prática docente para o uso crítico e criativo das novas tecnologias em am-biente escolar, tendo como parâmetro a realidade brasileira. Na oportunidade, discutiremos possibilidades metodológicas que prevêem o uso de recursos como computador, Internet e softwares educativos, relatando experiências concretas vividas no interior da universidade e de escolas públicas. Buscamos, assim, articular áreas específicas inscritas no âmbito da Educação, Comunicação e Tecnologias, contribuindo para o debate e a reflexão sobre a seguinte questão: cabe à escola promover a democratização do acesso às novas linguagens? O que se tem feito nesse sentido?

Page 36: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

36

Mesas

MESA PARALELA IIA ARTE COMO UMA DAS FONTES CRIADORAS DAS MÍDIAS E ÁUDIO-VISUAL: CINEMA, TELEVISÃO E WEB

Convidados:Nelyse Ap. Melro Salzedas (PG/FAAC/UNESP)Guiomar Josefina Biondo (DARG/FAAC/UNESP)Eliane Patrícia Grandini Serrano (DG/FCT/ UNESP)Maria Luiza Calim de Carvalho Costa (DARG/FAAC/UNESP)Mediação: Dalva Aleixo Dias (UNESP)

O núcleo Básico dessa mesa Redonda discute a pintura presente na estrutura e forma das composições das mídias impressa e audio-visual, apoiados por dois textos teóricos: A ilumina-ção em programas de TV: Arte e Técnica em Harmonia, de William Balan (1997); Cinema e Pintura, Art Dossier, N.16 (1998); dois pintores: Giotto e Mantegna; três diretores: Posolini; Fellini; Eisenstein; três filmes: “Mamma Roma”, , “Satiricom” de Decameron e o “Encouraçado Potenkin”. Todos eles possuem fotogramas e enquadramentos de “ O Cristo Morto (1485), de Andrea Mantegna e de Giotto, com seu afresco “Juízo Final” (1304- 1306), da Capela Scroveg-ni, Pádua que faz parceria com Píer Paolo Pasolini no “Decameron” (1971), ao recriar a visão premiada do paraíso e a condenatória do inferno.Balan enfoca a contribuição da pintura e da fotografia à construção do discurso televisivo e cinematográfico, usando textos de Kemiel (s/d) e de Sagaro (1968), enfatiza a iluminação e o enquadramento. A revista Art Dossier tece considerações criticas com telas e fotografias con-siderando épocas e estéticas diversas.Além destes textos, a mídia televisiva e cibernética usam da arte como fonte criadora em suas vinhetas, caracterização de personagens, espaços interiores, e ainda em novelas e logotipos de emissoras.

Page 37: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

37

MESA PARALELA IIIAS NOVAS E AS NOVÍSSIMAS TECNOLOGIAS NA MEDIAÇÃO DO FATO ESPORTIVO

Convidados:José Carlos Marques (FAAC/UNESP)Ary José Rocco Jr (FECAP)Marcos Américo (UNESP)Silvio Saraiva Jr. (Faculdades Integradas de Jahu)Sérgio Bruno TrivelatoMediação: Celina Marta Corrêa (UNESP)

Na década de 1930, o tor¬cedor brasileiro que quisesse acompanhar os jogos da seleção nacio-nal no exterior deveria acotovelar-se à porta dos grandes jornais do Rio de Janeiro e São Paulo, à espera da divulgação dos resultados – que chegavam via telex pelas agências internacionais. A primeira transmissão radiofônica de uma partida brasileira em Copas do Mundo dá-se no Mundial de 1938, na França (com o jogo Brasil 6 x 5 Polônia). Vinte anos depois, em 1958, a Copa disputada na Suécia traria a grande novidade advinda com a televisão: o videoteipe per-mitia que os torcedores pudessem as-sistir, nos cinemas, às partidas ouvidas três dias antes pelo rádio. Já a primeira transmissão ao vivo de uma Copa do Mundo pela televisão deu-se apenas em 1970, no Mundial do México. A partir da década de 1990, a internet passou a representar um novo meio de se acompanhar o evento esportivo. Desde então, as “novíssimas tecnologias” têm oferecido múltiplas possibilidades de consumo dessa notícia. Esta mesa temática propõe-se a analisar como a mediação do esporte tem sido modificada a partir do surgimento de novos meios de comunicação que, ao longo das últimas oito décadas, têm alterado a recepção do acontecimento esportivo.

Page 38: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

38

Mesas

MESA PARALELA IVINSERÇÃO DIGITAL: OLHARES SOBRE A APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO VIRTUAL

Convidados:Xenya de Aguiar Bucchioni(UNESP)Cláudio Rodrigues Coração (UNESP)João Daniel Donadeli (diretor do documentário Periferia.com)Mediação: Angela Maria Grossi de Carvalho (UNESP)

A proposta da mesa tem por objetivo discutir e demonstrar algumas formas de apropriação do espaço virtual, comumente chamado de ciberespaço, a fim de refletir sobre os limites e possibilidades das tecnologias de comunicação e informação na construção da dita “sociedade do conhecimento”.

Page 39: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena
Page 40: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena
Page 41: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

Grupos deTrabalho

Page 42: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena
Page 43: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

43

GT Cultura Digital

NOVAS TECNOLOGIAS E NOVAS FERRAMENTAS DE MARKETING: SEMIÓTICA E NARRATIVAS PUBLICITÁRIAS NA MÍDIA: Adenil Alfeu Domingos (UNESP)

Objetivo: relacionar aqui semiótica, storytelling, mídia e publicidade que se tornaram membros de uma mesma família, pois seus vínculos são notórios.

Metodologia: entende-se aqui que o storytelling é construído de símbolos que são representações de mundo que, por sua vez, passam a ser veiculados por toda mídia, seja ela clássica, ou mesmo, nos meios de tecnologia moderna como a Internet, celulares e discos rígidos. Por isso, a semiótica se coloca na base de tudo, já que não há pensamento sem signo, nem signo sem pensamento.

Resultados: Storytelling são histórias antropomórficas, por ser um produto feito de signos para marcar a história da humanidade. Narrar é fazer um mergulho na problemática existencial humana.

Conclusões: os storytelling acabam por instituir uma empatia, também meteórica, entre esses heróis e o sujeito que acompanha a aventura dos mesmos, sendo, portanto, narrativas persuasivas, além da informação.

Palavras chave : semiótica, comunicação, mídia, narrativa, tecnologia

A PRÁXIS NA TELEVISÃO DIGITAL: O DESPERTAR DO HIPERTELEJORNALISTA – II PARTE Alan César Belo Angeluci (UNESP)Cosette Espíndola de Castro (UNESP)

Dando continuidade ao artigo anteriormente publicado no Grupo de Pesquisa “Conteúdos Digitais e Convergências Tecnológicas” do XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2009 –, os autores refletem sobre as mudanças na rotina produtiva dos jornalistas com a chegada da Televisão Digital (TVD) com interatividade, multiprogramação, convergência e mobilidade. A passagem do mundo analógico para o digital ainda é recente e pouco representativa no país, mas vem crescendo significativamente em outros continentes. A partir do conceito de hipertelevisão (Scolari, 2009) e de transmídias ( Jenkins, 2006), os autores discutem essas transformações desde uma perspectiva transdisciplinar e inclusiva.

Parte-se da figura do hipertelejornalista, profissional capaz de criar uma nova organização da informação, novos fluxos de acesso para respaldar a qualidade das informações – superando o status de simples narrador de fatos. Baseado nos novos sistemas de informação, ele organiza

Page 44: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

44

GT Cultura Digital

a informação por meio da unidade-chave – o link – e combina um conjunto muito mais amplo de fatos e circunstâncias contextualizados por meio de uma hierarquia. O hipertelejornalista é o guia de informações noticiosas no ciberespaço, independente da plataforma tecnológica, pois ele poderá desenvolver conteúdos digitais interativos para uma ou várias plataformas, cada vez mais convergentes entre si.

Outro aspecto importante concerne nas características da implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T), que busca atender as exigências de um contexto brasileiro, com pressupostos de democratização e inclusão social. Nessa perspectiva, faz-se clara a necessidade de se refletir sobre a construção de um novo telejornalismo brasileiro, mais colaborativo, que acate a participação da audiência e respeite as diferenças regionais do país. Desta forma, busca-se evidenciar que não há mais como manter a estrutura convencional de uma redação de TV, com pauteiros, produtores, repórteres e editores, com funções-estanques. Aponta-se também nesse processo a aproximação de profissionais desenvolvedores de sistemas com os da produção de conteúdos. As equipes deverão levar em consideração as características da programação a serem desenvolvidas, o uso da multiprogramação, os níveis de convergência entre diferentes plataformas tecnológicas e o tipo de interatividade a ser utilizada. A TVD muda, sobretudo, a lógica de ver e fazer jornalismo na televisão.

Palavras-chave: Televisão digital. Jornalismo. Hipertelejornalista.

A IDENTIDADE/DIVERSIDADE CULTURAL NO ESPAÇO COMUNICACIONAL POSTMODERNO, EXISTE JÁ UM TERRITÓRIO DIGITAL INDÍGENA?Alejandra Aguilar Pinto (UNB)

O objetivo deste documento é refletir sobre o impacto das tecnologias de informação e comunicação (TICs) principalmente Internet no ser humano como sujeito histórico individual e coletivo, mas visando conhecer o aspecto cultural e político, referido à recuperação, fortalecimento e mudança nos seus costumes, tradições, cosmovisões, valores e subjetividades, pois desde o surgimento das Indústrias Culturais a sua auto-identificação passou a ser transformada , sendo ainda mais impactada pelos fluxos informacionais das redes eletrônicas. A identidade/diversidade cultural viu-se “ampliada” e difundida no espaço em rede, mas ao mesmo tempo em uma constante ameaça pela globalização hegemônica.

O foco principal será o ciberespaço, mas desde um ponto de vista da chamada cibercultura, o que implica a expressão identitária através de diversas manifestações simbólicas-culturais, procurando enfocar-se nas identidades étnicas ou minorias culturais, que conformam um

Page 45: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

45

aspecto mínimo da cibercultura, mas que tem transcendido o assunto técnico informático informacional; acrescentando à comunicação em rede a “diversidade cultural”.

A metodologia empregada consistiu numa revisão de literatura tradicional e via internet, procurando conhecer como a identidade/diversidade cultural está sendo afetada nesta nova etapa chamada de Sociedade de Informação /Comunicação.

Desde já um tempo, existem diversas expressões ou manifestações identitárias no ciberespaço (gênero, minorias sexuais, étnicas, etc.), sendo algumas destas as dos povos indígenas, mas espalhadas em alguns casos particulares de etnias, que conseguiram uma via de comunicação. Contudo, é um fato que ainda existe uma extensa exclusão digital da maioria dos povos indígenas.

Para as minorias étnicas e aquelas identidades que lutam por um reconhecimento-valorização o aspecto comunicativo, é algo chave para a sua sobrevivência no tempo e espaço. A manutenção de seus costumes, tradições, valores pode ser conseguida através de registros eletrônicos em constante difusão e interação. Assim como a memória a interação e troca de experiências são fundamentais para sua existência e projeção.

Desde o surgimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), algumas comunidades nativas, detectaram nelas uma forte potencialidade para apoiar sua organização social, política e cultural. A estrutura em rede das novas mídias constituiu certa forma de expansão técnica do sistema indígena, com um forte sentido coletivo da comunidade.

As mídias tradicionais em geral nunca forneceram o espaço comunicativo para entidades minoritárias, se eram considerados era desde uma visão folclórica, essencialista até conflituosa, pois ao ser parte de uma identidade nacional, eram sujeitas a uma pauta hegemônica que as qualificava desde expressões “sobreviventes” de um passado em vias de evolução até de incapazes sem capacidade de expressão.

Esta situação veio em parte a mudar desde que surgiram as redes digitais as quais permitiram uma comunicação em ambos os sentidos, existindo agora uma autonomia para pôr conteúdos e divulgá-los a uma mais ampla audiência.

Algumas conclusões: os povos nativos têm conseguido muito apesar da falta de recursos tecnológicos, o uso criativo e autônomo, fora dos canais oficias, fez frente à normatividade e homogeneidade dos canais de comunicação de governo e privados que os usaram como entidades turísticas, ‘objetos” de um passado estanque, sem possibilidade de manifestação.

Palavras-chave: Identidade/diversidade cultural. Povos indígenas. Comunicação. Sociedade da informação. Internet. TICs.

Page 46: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

46

GT Cultura Digital

A INTERNET NA POLÍTICA BRASILEIRA: SITES DE DEPUTADOS FEDERAIS PAULISTAS André de Mendonça Quitério (UNESP)

A Internet completa mais uma etapa do desenvolvimento histórico-tecnológico dos meios de comunicação eletrônicos, e traz em si outros meios de comunicação, criando uma nova am-bientação, modificando o ambiente humano, inserindo novas formas de relacionamento, tanto subjetivas quanto sociais. É a tecnologia da comunicação que melhor aproxima a humanidade de um “campo único de experiência”, nas palavras de Herbert Marshall McLuhan. Na política brasileira, as mudanças provocadas por meio e em função da comunicação total e instantânea podem ser evidenciadas pelos sites de deputados federais paulistas. Foram estudados sites de deputados em exercício de mandato, analisando os três eleitos com as maiores votações nas Eleições 2006, pertencentes a partidos diferentes e com site atualizado periodicamente. O conceito de meio de comunicação foi compreendido sob os paradigmas de McLuhan, enquan-to as relações dos sites com outros sistemas abertos foram determinadas pelas hipóteses de agendamento. Buscou-se verificar se as propriedades da Internet estão promovendo alterações nas ações parlamentares dos deputados e criando espaços para maior participação social nos processos políticos. Para isso, foram confeccionados mapas com as concentrações eleitorais dos deputados federais paulistas estudados, a fim de ilustrar como a variação do perfil geográfico-eleitoral influencia nas ações parlamentares de cada deputado e, consequentemente, nas políti-cas editoriais dos sites estudados. Também foram mapeados os próprios sites, a fim de observar as estruturas e padrões da arquitetura da informação de casa site, permitindo a classificação de todos os meios de comunicação contidos em cada site.

Palavras-chave: Cultura eletrônica. Internet. Deputados federais paulistas. Eleições. Compartilhamento.

DISTRIBUIÇÃO DA INFORMAÇÃO NOS PROJETOS GOVERNAMENTAIS E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA DIGITAL Angela Maria Grossi de Carvalho (UNESP)Plácida Leopoldina Ventura Amorim da Costa Santos (UNESP)

Para além de um bom uso da informação disponível na rede, deve-se pensar e planejar qual informação será gestada e com qual propósito. Aqui nosso objetivo é explorar como se processa a gestão da informação em órgãos ligados ao governo federal e, especialmente, em programas de inclusão digital, bem como conceituar gestão da informação, gestão pública da informa-

Page 47: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

47

ção e política de informação. Para tanto, buscamos por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental apontar os principais conceitos acerca da cidadania digital e a distribuição da informação nos projetos governamentais.

Palavras-chaves: Inclusão Digital. Cidadania Digital. Distribuição da Informação. Informação e Tecnologia.

A RELAÇÃO DO IDOSO COM AS NOVAS TECNOLOGIAS – ANÁLISE DE MÍDIA ELETRÔNICABruno César Tozatti Piola (UNESP)Marisa Naomi Sei (UNESP)

O crescente aumento da população com idade igual ou superior a 60 anos no Brasil faz com que os meios de comunicação tenham a necessidade de se envolver com assuntos rela-cionados à terceira idade. Novas tecnologias de informação e comunicação, como a internet, ganham cada vez mais adeptos devido a políticas de inclusão social e a necessidade da socieda-de em consumir mais informação em menos tempo. O estudo pretende verificar quais são os assuntos destacados pela mídia eletrônica relacionados à terceira idade, sendo o Portal Terceira Idade e o Mais de 50 dois sites destinados aos idosos e, por isso, tratam de temas de relação especial com a terceira idade. A pesquisa também se propõe a contribuir para a inclusão social do idoso e destacar qual o papel social do jornalismo em relação ao idoso e sua inclusão social. A metodologia de trabalho apropriada para o desenvolvimento deste projeto é a Análise de Conteúdo, para verificar qual é a abordagem que a mídia dá ao tema “terceira idade” e como é a recepção do conteúdo por essa faixa etária. Nessa metodologia, a mensagem é analisada qualitativa e quantitativamente, visando a uma descrição objetiva e sistemática do meio de co-municação escolhido. Segundo Minayo (2003), a Análise de Conteúdo visa verificar hipóteses ou descobrir o que o conteúdo manifesto intenciona. É uma técnica para identificar, baseando-se em dados, o que está sendo dito a respeito de determinado tema. No caso desta pesquisa, o tema é a terceira idade. Como resultados, percebemos no trabalho que os sites apresentam uma temática variada e específica para o idoso, embora “saúde”, como na mídia em geral, seja ainda o tema mais tratado. Como conclusão, percebemos que os sites em questão tem quantidade de matérias jornalísticas e qualidade adequadas para a terceira idade, mas é preciso que ela tome conhecimento da internet, o que acontece muito lentamente. A solução encontrada é o aumen-to de campanhas de inclusão digital para a terceira idade.

Palavras-chave: Inclusão Social. Terceira Idade. Jornalismo. Internet.

Page 48: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

48

GT Cultura Digital

COMUNICAÇÃO, CULTURA E JUVENTUDE: A PRESENÇA DO TECNONARCISISMO

Bruno Fuser (UFJF)

O texto discute as atividades de uma oficina de fotografia desenvolvida com jovens ado-lescentes do Dom Bosco, um bairro pobre de Juiz de Fora, Minas Gerais, realizada em projeto de extensão e pesquisa denominado Comunicação, Memória e Ação Cultural. Este projeto, de forma geral, está centrado na produção cultural – entendida aqui de forma ampla, além das artes e do entretenimento – a partir de oficinas em que assume importância central a construção de histórias de vida dos velhos e a de narrativas sobre a vida do bairro, com par-ticipação de integrantes de outras gerações. Em torno da coleta e produção dessas narrativas, como documentos sobre a história da coletividade, estão sendo envolvidas outras instâncias do bairro, como escolas, posto de saúde, ONGs e igrejas, com participação, assim, de velhos, adultos e jovens na produção de vídeos, história das famílias, do próprio bairro,das perspectivas de futuro e análise de presente e passado das diversas gerações. O envolvimento da população na coleta de informações e na elaboração de produtos audiovisuais, assim como a aproximação com entidades locais, pretende ao mesmo tempo realizar experiência de cidadania cultural e contribuir para a formação / fortalecimento de um movimento social em rede, que facilite a conquista de melhores condições de vida dos moradores do bairro Dom Bosco, onde o projeto se desenvolve. A partir de conceitos de cidadania e ação cultural e de tecnocultura, procura-se refletir em que medida as ações - em especial as fotografias compostas pelas jovens - desen-volvidas durante a oficina se caracterizam como exemplos de algumas práticas culturais, como tecnonarcisismo, cultura popular, superação de valores de mercado e de consumo, ou sua repe-tição. Foram realizadas 14 sessões semanais da oficina, de março a junho deste ano, com oito jovens entre 13 e 16 anos, nas dependências do Grupo Espírita Semente, entidade com quem o projeto – que conta com apoio da FAPEMIG - possui parceria para várias atividades em perspectiva intergeracional.

Palavras-chave: Tecnocultura. Redes sociotécnicas. Comunicação e cidadania. Comunicação e juventude.

Page 49: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

49

PROJETO AUDIOTECA: COMUNICAÇÃO PÚBLICA DE PESQUISAS CIENTÍFICAS EM SAÚDE POR MEIO DE PROGRAMAS EM ÁUDIO DISPONÍVEIS EM UMA BIBLIOTECA VIRTUALCarlos Antonio Teixeira (USP)Aline Moraes Silva (USP)

Da associação do conceito de saúde preconizado pela Organização Mundial da Saúde em 1946, de que “saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doença ou enfermidade”, com o enunciado do

Artigo XXVII da Declaração dos Direitos Humanos de 1948, de que “todo ser humano tem o direito... de participar do progresso científico e de seus benefícios”, subentende-se que tal conceito envolve o direito à informação científica em saúde como base de uma cultura científi-ca global e de empoderamento social. A Constituição Brasileira de 1988, nos artigos 5º (Inciso XIV) e 196, trata, respectivamente, do direito à informação e à saúde. Partindo desses pres-supostos, a Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP-USP) – cooperação do Departamento Materno-Infantil com a Biblioteca da FSP – está implantando o Projeto Audioteca. Este consiste num programa institucional de comunicação pública de pesquisas científicas, especifi-camente de teses e dissertações em saúde pública. Esse projeto objetiva alocar, por File Transfer Protocol (FTP), na Biblioteca Virtual em Saúde Pública (www.saudepublica.bvs.br), arquivos de áudio, de cerca de 5 minutos de duração cada um, contendo informações em linguagem jornalística para abranger a população em geral sobre temas em saúde pública. Um dos arqui-vos contém o depoimento do próprio pesquisador sobre sua tese e seu achado de pesquisa, e o outro, é constituído de entrevista sobre o pesquisador. Ambos os arquivos recebem tratamento sonoro no Laboratório de Áudio da FSP-USP e de indexação na base de dados LILACS, podendo ser ouvidos online, estando também disponíveis para download gratuito. O Projeto Audioteca terá uma interface com a Rede USP de Rádio (São Paulo capital e Ribeirão Preto), sendo que os arquivos de áudio serão transformados em Boletins que, por sua vez, serão vei-culados pela Rede USP de Rádio no formato de programas de rádio. Esses mesmos arquivos também serão alocados no Portal da Agencia de Noticias para la Difusión de la Ciencia y la Tecnologia (www.dicyt.com), mantida pela Universidade de Salamanca (Espanha) e que obje-tiva contribuir para o estabelecimento de uma cultura científica em território iberoamericano. Foram produzidos, em caráter experimental cerca de 100 arquivos de áudios já disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (www.bvs.br, selecionando LILACS e formato áudio). Prevê-se uma avaliação do impacto público do projeto em suas diferentes interfaces, Biblioteca Virtual, Rádio e Agência de Notícias. Trata-se de um projeto que discute também o estabelecimento de uma política pública de comunicação científica por parte da universidade pública brasileira.Palavras-Chave: Biblioteca Virtual em Saúde. FTP. Divulgação Científica. Cultura Científica.

Page 50: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

50

GT Cultura Digital

TV NA INTERNET – UMA ANÁLISE DE FORMATOS E LINGUAGENSCarolina Nishikubo Lopes da Silva (UNESP)Antônio Francisco Magnoni (UNESP)

Objetivo Geral: Analisar os formatos e linguagens de programas feitos exclusivamente para TVs na inter-

net, observar sua audiência, perfil de seus espectadores, os níveis de interatividade alcançados pelos programas e por fim, tentar descobrir o que muda na forma de assistir TV.

Objetivo Específico: Despertar o interesse em estudantes de rádio e TV em produzir mais programas de TV

voltados exclusivamente para internet visando produzir novos formatos e linguagens que pro-curam explorar cada vez mais a interatividade.

Justificativa da proposta: A convergência de mídia traz para a sociedade um novo modo de se comunicar. Com o

avanço tecnológico e plataformas de programação mais padronizadas a tendência é a con-vergência de mídias, e isso não significa acabar com uma mídia ou a substituição de uma por outra, mas sim a junção de aspectos de várias mídias para o surgimento de uma nova. A TV está surgindo na internet e cada vez mais ganhando espaço. Seus programas são diferentes da TV tradicional, pois a internet é uma mídia que se pode ter um feed-back fácil e imediato. A inte-ratividade, o tamanho da tela, as ferramentas do computador, a individualização, entre outros, são aspectos que determinam mudanças nos formatos e linguagens desses novos programas e também determinam um novo modo de assistir televisão.

Uma pesquisa desses novos formatos, linguagens e novas formas de se assistir televisão se tornam uma ferramenta fundamental para a formação de profissionais preparados que enten-dam os efeitos dessa nova mídia na sociedade e que possam produzir novos programas mais adaptados para essa convergência.

Metodologia: A pesquisa consiste procurar por programas feitos exclusivamente para TVs na internet, assisti-los, analisar seus formatos e linguagens, seus níveis de interatividade e ob-servar quais as diferenças entre o programa produzido para a TV na internet e o programa produzido para televisão analógica.

Resultados esperados: Descobrir a diferença de um programa produzido para as TVs na internet de um progra-

ma feito para a televisão analógica e produzir um roteiro de programa exclusivo para internet levando em conta todos os pontos analisados e observados na pesquisa.

Palavras-chaves: TV. Internet. Formatos. Linguagens.

Page 51: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

51

O EMBATE DAS TECNOLOGIAS MÓVEIS NO ACESSO ÀS REDES SOCIAIS

Carolina Segatto Vianna (UNESP)Antonio Marin Neto (INSTITUTO NOKIA)Edberto Ferneda (USP/UNESP)

As formas de comunicação foram se modernizando e as informações passaram a ser trans-mitidas através da imprensa, dos meios de transporte, das telecomunicações, utilizando as mais diversas ferramentas, entre elas a Internet, os computadores, notebooks e dispositivos móveis. O avanço tecnológico pode ser observado no contexto do pós-guerra, e a partir de então, as tecnologias estão sempre em mutação, se transformando e atualizando a todo o momento, podendo ser consideradas imprevisíveis. É fato que a sociedade contemporânea depende cada vez mais de informação. E para tornar essa informação disponível para ser acessada de qual-quer lugar e a qualquer momento é fundamental o uso de tecnologias móveis. Os dispositivos móveis são tecnologias portáteis, facilmente transportadas em sua mão, no seu cinto, ou em uma mochila e com isso estão o tempo todo presente no cotidiano das pessoas. Uma obser-vação considerável, é que a maioria desses dispositivos, inclusive modelos mais simples e com menor custo financeiro, tem navegadores e acesso a Internet. É através do acesso a Internet que discute-se o aumento de acessos às Redes Sociais Virtuais pelos dispositivos móveis, inclusive com as fabricantes de celulares criando softwares móveis específicos para essas redes. Essas redes compreendem o Twitter, You Tube, Facebook, entre outras. A grande vantagem do uso de dispositivos móveis para acessar essas redes é a interação que o usuário pode ter a qualquer momento, em qualquer lugar, ou seja, a chamada mobilidade e para qualquer tipo de interação que deseja, seja ela profissional, pessoal, ou apenas como passatempo. As grandes empresas que focam a interação móvel aperfeiçoam-se cada vez mais, tornando disponível aplicativos exclusivos para celulares, PDAs, smarthphone, entre outros. Essas empresas também criam dispositivos que facilitem a mobilidade e o manuseio pelo usuário. Alguns estudiosos garantem que o futuro global está focado em tecnologias móveis, pois as estatísticas das empresas de telefonia móvel, bem como as agências nacionais de telecomunicações apontam o crescimento exponencial do consumo de celulares e acesso a tecnologia móvel, no Brasil, por exemplo, já são mais de 150 milhões de telefones celulares habilitados, de acordo com números da ANATEL. A principal idéia da tecnologia móvel é liberar o usuário das restrições de localização física, criando interações personalizadas, oferecendo serviços dedicados e específicos e que sejam de fácil manipulação. Ao que afeta a sociedade, pode-se destacar algumas características dessas Redes Sociais, tais como as classificações sociais feitas por usuários de diferentes classes sociais, de diferentes paises e com diferentes culturas e se acessadas pelos dispositivos móveis, o acesso

Page 52: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

52

GT Cultura Digital

permanente a Internet e a contribuição com cobertura de acontecimentos em tempo real.

Palavras-chave: Tecnologias. Informação. Dispositivos móveis. Redes Sociais Virtuais.

TELECENTROS E INCLUSÃO DIGITAL: RESULTADOS PARCIAIS SOBRE LEVANTAMENTOS DE PROJETOS INCLUSIVOS EM UBERLÂNDIA-MGCindhi Vieira Belafonte Barros (UFU)Adriana Cristina Omena dos Santos (UFU)Antonio Claudio Moreira da Costa (UFU)

O texto discute a influência das novas tecnologias, na transformação da sociedade para a “sociedade do conhecimento”, bem como suas implicações, que não ficam restritas à área tec-nológica, mas atingem também as áreas sociais, econômicas, culturais e principalmente educa-cionais, pois aborda o conhecimento e os desafios da educação nesta nova sociedade. Apresenta breve levantamento de projetos que visam a Inclusão Digital, presentes em Uberlândia- MG, advindos de iniciativa pública ou privada, com intuito de analisar a eficiência e o funcionamen-to destes programas inclusivos e traçar um perfil de seus visitantes, além de conhecer quais os usos que eles fazem das possibilidades de inclusão ao mundo digital.

Palavras-chave: Telecentros. Sociedade da Informação. Inclusão Digital. Exclusão Digital.

AUTORIA E PALAVRAS DE ORDEM NO DISCURSO COPYLEFT

Clarissa Corrêa Henning (FEEVALE)

As práticas da Cibercultura colocam em xeque a lógica emissor-receptor da Indústria Cul-tural e deslocam valores caros à mídia de massa (LEMOS, 2004). Estruturada sobre o projeto da Modernidade, a Indústria Cultural sofre a crise da Modernidade Líquida (BAUMAN, 2001). O copyleft emerge como um contraponto a uma das emblemáticas ferramentas da In-dústria Cultural: o copyright. Contudo, o discurso copyleft apresenta certas Palavras de Ordem (DELEUZE & GUATTARI, 2004), indicando a existência de processos de assujeitamento. Por outro lado, nele também transparece um caráter de Resistência à legitimidade do copyright. Essa pesquisa analisa reportagens, posts de blogueiros e também uma petição midialivrista que circula pela internet. A metodologia parte do conceito de discurso em Foucault (2005, 2007). As continuidades discursivas nos mostram sobre quais valores tal discurso se estrutura. Por

Page 53: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

53

outro lado, as descontinuidades nos indicam que um discurso linear é rompido quando emer-gem idéias que correm para outra direção. A análise dos excertos evidencia que o caráter da Modernidade compõe os discursos contestadores da Cultura Livre (LESSIG, 2008). Marcas da inclusão, da liberdade e da solidariedade indicam que ele se acha imerso no regime de ver-dade inaugurado pela Revolução Francesa. As palavras de ordem do discurso copyleft também apresentam um evidente desejo de Reterritorialização (DELUEZE, 1998 e GOMES, 2003). Mas, ao enaltecer o estilhaçamento do sujeito como uma criativa linha de fuga e ao derrubar os limites que separam a ciência das artes, desloca caros valores de nossa sociedade. Além disso, a Cultura Livre viabiliza uma forma de mobilização. O modelo Rizomático da web instaurou re-des de Resistência (FOUCAULT, 2007) em plena Sociedade de Controle (DELEUZE, 2006). A Resistência foge por todos os lados e desautoriza a legitimidade do Império (HARDT & NEGRI, 2006). Os canais alternativos de emissão possibilitados pela web 2.0 permitem uma multiplicidade que ultrapassa a hegemonia da mídia de massa. Ao deslocar o autor e apagar sua Rostilidade (DELEUZE, 1998, 2006), o que toma força são as intensidades que percorrem o indivíduo, os fluxos de idéias e devires que continuamente o atravessam e o (des)constrói. Daí a impossibilidade de uma identidade, de uma autoria una, de um rosto.

Palavras-chave: Cibercultura. Autoria. Copyleft. Palavra de Ordem. Resistência.

MODOS DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS AUDIOVISUAIS PARA MULTIPLATAFORMA - UM ESTUDO PRELIMINAR

Cristiana Freitas (UNESP)

Este artigo trata do impacto das novas tecnologias de comunicação (TICs) no modo de produção de conteúdos audiovisuais formatados para a interatividade em multiplataforma.

O cenário contemporâneo da comunicação proporcionado pelas novas TICs trouxeram elementos inovadores para a construção de conteúdos audiovisuais interativos. Esse cenário leva pesquisadores, criadores e realizadores a investigar sobre o modo de produção dos novos conteúdos audiovisuais multimídia.

A convergência e integração das mídias digitais permitem conceber um mesmo conteúdo audiovisual para diversas plataformas como TV digital, internet mediada pelo computador e celular, separados ou para estes diferentes suportes simultaneamente (BARBOSA F°, CAS-TRO, 2008:89). Estes meios, contudo, apresentam características, usos e linguagens próprias que devem ser respeitadas na elaboração de um conteúdo, desde o tamanho da tela até as di-ferenças entre os meios coletivos e os individuais. De acordo com Vilches, “cada meio tem cri-térios próprios de pertinência e para semantizar suas linguagens; por sua vez, cada linguagem

Page 54: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

54

GT Cultura Digital

depende de um suporte específico, para se expressar” (VILCHES, 2003:244).Assim, ao invés de simplesmente transpor um programa formatado originalmente para

televisão para a interface da internet ou a tela do celular, a exploração das propriedades de cada plataforma e da complementaridade de conteúdos entre elas pode abrir possibilidades narrati-vas que venham a prender a audiência à história - e consequentemente ao emissor -, seja onde ela estiver. Da mesma forma, o potencial narrativo dos novos meios, onde ambientes virtuais funcionam como extensões do mundo ficcional ou documental transmitido pela TV, permitem a conjugação e experimentação de várias linguagens, com a hibridização de gêneros e formatos narrativos, abrindo novas possibilidades de comunicação entre o emissor e a audiência.

Não se trata apenas de assistir à TV pela internet, ou acessar a internet via TV, mas ex-plorar as possibilidades narrativas de cada meio, e integrá-las quando da construção de novos conteúdos. Faz-se necessário explorar narrativas que permitam aproveitar os recursos de cada mídia para desenvolver conteúdos audiovisuais convergentes, otimizando os recursos interati-vos oferecidos por cada mídia.

Os modos de produção destes novos conteúdos audiovisuais interativos, contudo, encon-tram-se em fase de experimentação, sobretudo no que tange à TV digital, em fase de implan-tação no Brasil.

A partir da análise da estrutura narrativa de um roteiro interativo, das características e modelos de produção experimentados em websites e games, e considerando o modo de pro-dução de um programa para televisão analógica, investigaremos as diversas etapas de produção necessárias para a formatação de um conteúdo audiovisual com vistas à interação da audiência com um programa para mídias digitais convergentes, como a TV digital, a internet mediada pelo computador e o celular.

Com este estudo esperamos apresentar subsídios que orientem o planejamento da produ-ção de um programa audiovisual interativo para TV digital, internet mediada pelo computador e celular.

Palavras-Chave: Produção audiovisual. Mídias digitais convergentes. TV digital. Conteúdo interativo.

E-BAURU : NA ROTA PARA SE TORNAR UMA CIDADE DIGITAL.David José Françoso (PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU)

Apresenta-se como objeto deste artigo, a análise dos projetos e iniciativas na área de tec-nologia da informação e comunicação, no período de 2005 à 2008, que colocaram a cidade de Bauru na rota para se tornar uma cidade digital.

Nosso objetivo é demonstrar o processo de informatização desencadeado em 2005, na

Page 55: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

55

Prefeitura Municipal de Bauru, e a sua importância para a construção de uma cidade digital, tendo a inovação tecnológica como mola propulsora dessas ações, proporcionando ao Muni-cípio condições favoráveis para o desenvolvimento de projetos para a implementação de ações eficientes em diversas áreas da administração pública, inclusive com a criação de mecanismos que contribuam para uma inclusão social e digital do cidadão.

Como justificativa destacamos a possibilidade da publicação ou exposição de um artigo elaborado através de um estudo de caso real da cidade de Bauru, com vários projetos desenvol-vidos e implementados na área de tecnologia da informação e comunicação, com característi-cas de criação de uma cidade digital, o registro das dificuldades encontradas e a necessidade de discussão sobre o tema, frente a importância desses projetos e ações para a criação de ambiente favorável para se alcançar uma gestão pública eficiente.

Nesse sentido, estaremos abordando o conceito e as principais características de uma ci-dade digital, assim como a sua importância na sociedade atual e os seus benefícios para a implantação de gestões públicas eficientes. Traremos também algumas inovações tecnológicas que estão acontecendo em alguns Municípios brasileiros e a experiência concreta da cidade de Bauru e seus projetos.

Nossos resultados e conclusões sinalizam que o modelo de cidade digital ideal ainda está longe de ser alcançado nos Municípios brasileiros. Estaremos demonstrando que tem muita cidade disponibilizando acesso à Internet gratuito, como se isso bastasse para a inclusão social e digital do cidadão, e na maioria dos casos, sem ao menos pensar na implantação de uma gestão pública eficiente. E que a cidade digital deve se adaptar às necessidades do cidadão em seu ciclo completo no exercício de cidadania, compreendendo as necessidades de cada grupo social, oferecendo serviços de qualidade, fomentando a atividade econômica e dinamizando a vida pública. Políticas públicas criadas para a construção de uma cidade digital devem estar centradas e preocupadas com a qualidade de vida e da relação entre as comunidades.

Veremos que a decisão de criar uma cidade digital não passa apenas pela captação de recur-sos e escolha tecnológica, mas também por um plano de sustentabilidade, que exige recursos para a manutenção da rede, dos equipamentos e uma política de inovação focada no conteúdo e nas ações de governo eletrônico.

Palavras-chave: Cidade digital. Sociedade da informação. Gestão pública eficiente. Governo eletrônico.

Page 56: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

56

GT Cultura Digital

UM NOVO FORMATO, UMA NOVA LINGUAGEM: OS DESAFIOS DA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL PARA TELEFONE CELULARDoélio Vinícius Dionísio Bérgamo (UNESP)Elissa Schpallir Silva (UNESP)

Objetivo geral: Analisar a demanda social e os indicadores de mercado, as características técnicas e os novos critérios de produção e de desenvolvimento de linguagem para conteúdo audiovisual para dispositivos móveis. Analisar os produtos disponíveis para consumo e levantar as mudanças conceituais, criativas e técnicas dos novos formatos para distribuição em celulares, smartphone, ipod, mp4, PDA,entre outros; apontar algumas das modificações feitas nos conteúdos e formatos audiovisuais da televisão, vídeo e cinema, para que possam ser veiculadas nas pequenas telas das novas mídias portáteis.

Objetivo específico: Pesquisar tecnologia, gêneros, formatos, linguagens e logística para produzir conteúdo audiovisual experimental destinado aos dispositivos móveis como celular, smartphone, ipod, mp4, PDA, entre outros.

Justificativa da proposta: No campo da produção audiovisual predomina a visão de uma inevitável convergência de meios e mensagens. Em um mercado convergente, ganham força conceitos como portabilidade, acessibilidade, interatividade e novas plataformas, que na prática, são novos canais de difusão de informações que exigem novos produtos para oferecer ao seu público. Há ainda, o duplo desafio das emissoras abertas de televisão: elas perdem público para as novas mídias e tentam estancar a migração da audiência com novos atrativos em programação digital, flexível e portátil; ao mesmo tempo tentam conquistar as gerações do videogame e da internet, que já crescem sem o hábito de ver tevê.

Um estudo do cenário audiovisual atual não pode ignorar algumas questões: segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), existem no Brasil cerca de 150 milhões de telefones celulares em uso. Nem todos os usuários acessam conteúdo audiovisual em seus aparelhos, mesmo assim, por terem acesso à plataforma, todos são potenciais espectadores dos novos formatos.

Num campo tão amplo, e em pleno desenvolvimento, são muitas as dúvidas e sobre diversos aspectos. Para melhor discorrer, nos propomos a focar no desenvolvimento de novos produtos para o público crescente dos espectadores via celular.

Partimos do pressuposto que irá se repetir com os dispositivos audiovisuais móveis, o contexto do período pioneiro da televisão: os novos formatos eram desenvolvidos em função da disponibilidade de tecnologia adequada. Ou seja, a evolução das plataformas e terminais de dispositivos móveis deverá influenciar bastante a escolha dos conteúdos e o desenvolvimento dos formatos. Na adaptação do cinema para a televisão, não houve uma simples redução do

Page 57: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

57

tamanho da tela de exibição, foi criada uma linguagem específica para o novo meio. Assim também deverá acontecer com a televisão em relação aos dispositivos móveis: a tela diminuiu, uma nova linguagem deverá ser desenvolvida para atender novas maneiras de recepção.

Metodologia e plano de produção: Primeiramente, faremos uma pesquisa bibliográfica do conteúdo teórico e informativo existente sobre o assunto. Em seguida, analisaremos algumas produções existentes no Brasil e no mundo: suas formas de produção, a linguagem, o formato, a aceitação do público.

Analisaremos a duração do produto, a linguagem adotada (planos, enquadramentos, movimentos de câmera), o formato da janela, o conteúdo em si - quais são os cuidados que um produtor de programas e vídeos destinados aos aparelhos celulares deve tomar e o que logística ele precisa para produzir.

Ao final, será realizado um vídeo-piloto para distribuição em celulares, para testar a aceitação do produto.

Resultados esperados: Reunir conhecimentos adequados sobre tecnologia, gêneros, formatos, linguagens e logística para produzir com baixo custo, um produto audiovisual experimental para celular.

Palavras-chave: audiovisual, novas mídias, dispositivos móveis, celulares.

JORNALISMO PARA PLATAFORMAS MÓVEIS - UMA ANÁLISE GLOBAL

Douglas Cavallari de Santana (UBI/Taller Comunicação)

Quando Martin Cooper, gerente da Motorola, fez a primeira chamada telefônica em pú-blico a partir de um telefone móvel, no dia 3 de abril de 1973, poucos seriam capazes de acre-ditar que aquele enorme e caro aparelho (com 25 centímetros, 800 gramas e preço inicial de US$ 3.995,00) daria origem a um mercado que atingiu 4 bilhões de habilitações em janeiro de 2009, segundo dados da Tomi Ahonen Consulting.

Também seria improvável pensar, há 30 anos, que o telefone móvel teria tantos recursos. Entre os modelos da nova geração, os chamados smartphones, são comuns as funções de câ-mera, gravador, filmadora, MP3 player, receptor de TV, acesso à internet, bluetooth, jogos, processadores de textos, previsão do tempo, GPS, relógio, agenda, despertador, possibilidade de efetuar pagamentos, entre outras.

Com tamanha gama de recursos e penetração de mercado (em comparação, os usu-ários de internet e TV são estimados, também segundo a Tomi Ahonen Consulting, em 1,5

Page 58: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

58

GT Cultura Digital

bilhão cada grupo), os telefones móveis são uma das tecnologias mais promissoras da atuali-dade. Hoje, recebem investimentos de setores como o eletrônico, telecomunicações, financeiro, internet, softwares, jogos, comunicação, etc.

A aproximação entre as empresas de comunicação e a telefonia móvel também avançou graças à evolução dos aparelhos e conexões. Primeiro, teve a forma de curtos boletins de notí-cias em SMS (tecnologia viabilizada em 1992). Recebeu novo impulso com as funcionalidades de smartphones como a geração Nokia 9000 (em 1996). Mas foi com a chegada da terceira geração (3G), em 2002, que a interação atingiu um novo patamar, com o acesso à internet de alta velocidade, rádio e TV digital.

Mas, diante de tantas e recentes evoluções, podemos considerar que o jornalismo móvel se-gue como uma “ponte em construção com o tráfego a passar”. É possível constatar que muitos veículos de comunicação ignoram o potencial da tecnologia (principalmente dos smartphones) e a sua interação com o público. Hoje, como ocorreu no passado, quando a linguagem jorna-lística chegou ao cinema, rádio, TV e internet, o jornalismo móvel ainda busca o seu caminho.

Um ponto positivo é que o tema está recebendo a atenção de pesquisadores em comunica-ção de diversas partes do mundo (Aguado, Martínez, Ahonen, Castells, Moore, entre outros) e alguma uniformização começa a surgir entre as empresas. Não podemos considerar coin-cidência que as versões mobile de veículos de países tão distantes, como os Estados Unidos, França, Brasil, África do Sul, Qatar ou China tenham tantos traços em comum. Mas, fazendo o contraponto, nota-se certo exagero na sintetização dos conteúdos, o que acaba por reduzir o jornalismo móvel, muitas vezes, a um conjunto de leads ou a pura retransmissão de informa-ções geradas para outros meios.

O trabalho apresentado pretende ampliar a compreensão sobre o jornalismo móvel a partir deste aspecto: a realização de um benchmarking mundial enfocando os conteúdos jornalísticos produzidos atualmente para os telefones móveis. Com a aplicação de teorias de comunicação e jornalismo, o pesquisador avaliará os conteúdos oferecidos, elencará as melhores práticas e apresentará dados sobre a sua evolução e aceitação, obtidos com os próprios editores.

Palavras-chave: jornalismo, telefones móveis, jornalismo móvel, convergência.

Page 59: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

59

BLOG DE CIÊNCIA: UMA PROPOSTA PARA A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Érica Masiero Nering (UNESP)Juliano Maurício de Carvalho (UNESP)Mateus Yuri Passos (UNESP)Francisco Rolfsen Belda (USP)

O meio de comunicação intitulado “blog” abriu novas portas para a divulgação científica (DC) e, ao mesmo tempo, novas questões a serem travadas a respeito do assunto: quais são os riscos e benefícios que o formato blog pode trazer para redatores e leitores de ciência? Os blogs de divulgação científica, hoje em dia, são um fato. Porém, discussões sobre essa temática ainda são pouco mensuradas e publicadas em papers acadêmicos. Este artigo pretende traçar um pequeno panorama dos blogs de ciência publicados principalmente no Brasil, sejam eles elaborados por jornalistas, cientistas ou curiosos e, desta forma, traçar uma visão panorâmica a respeito de como, afinal, esta ferramenta comunicacional está sendo utilizada em prol da divulgação de ciência no País.

Podemos entender o blog como uma forma de preencher as lacunas abertas pelo jorna-lismo, uma vez que a internet mostra-se como um meio ilimitado: não há barreiras espaciais para a informação, há sempre a possibilidade de se incluir um novo item, uma nova observação. Partindo-se desses princípios, far-se-á um estudo descritivo sobre a divulgação científica que está sendo produzida neste meio tão novo que é o blog, tanto a feita por acadêmicos, quanto por jornalistas ou interessados. Pretende-se neste trabalho traçar uma descrição de como as pessoas que se propõem a divulgar ciência no Brasil estão utilizando das ferramentas oferecidas pelos blogs para produzir uma comunicação científica. Para tanto, foi selecionado um corpus definido e variado pelo critério de caracterização do produtor (jornalista, cientista ou interes-sado), procurando compreender como os blogs estão sendo utilizados no sentido de preencher as lacunas científicas abertas pelo pouco espaço destinado à ciência nos meios de comunicação como televisão, rádio e impresso.

As constatações aqui alcançadas buscarão elaborar uma proposta de blog para o Toque da Ciência, um produto de divulgação científica via rádio que visa divulgar a ciência produzida no Brasil inteiro por meio de drops radiofônicos de um minuto e meio, disponíveis no portal (www.ciencia.inf.br). Em uma pesquisa anterior a esta, desenvolvida sob o financiamento da Fapesp, constatou-se que o Toque da Ciência é efetivo em seus objetivos de devolver para a so-ciedade investimentos de pesquisa em formato de conhecimento, porém, com algumas lacunas que não podem ser cumpridas pelo seu formato conciso. A partir disso, pensou-se em formas de suprir a necessidade de abranger a ciência como parte de um processo, e não apenas como

Page 60: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

60

GT Cultura Digital

um produto jornalístico pronto. A criação de um blog foi uma forma encontrada para fazer do Toque um produto que também dialogue com seu público. Desta forma, o ouvinte terá em suas mãos uma ferramenta de interação com os redatores de ciência do programa, além de ter acesso a mais informações que, por vezes, são descartadas nos programas por falta de espaço para divulgar. Palavras-chave: Comunicação. Divulgação Científica. Comunicação Digital. Blog.

TV PAGA E INTERATIVIDADE: ESTUDO DE CASO DO CANAL GLOBO NEWS Erika dos Santos Zuza (UNESP)

Um dos benefícios mais valorizados e aguardados da televisão digital é a aplicação da in-teratividade, algo que requer pesquisas, adaptação do mercado e aceitação dos telespectadores. No Brasil, que se encontra em processo de implantação do sistema de TV digital, os assinantes de televisão paga tem a disposição serviços considerados interativos, como a acesso ao guia de programação, aos filmes disponibilizados em pay-per-view, além de informações extras, desde sinopses e horóscopo até notícias jornalísticas. Sobre este último, temos como exemplo, a inte-ratividade realizada através do canal de notícias Globo News, em que o telespectador tem aces-so a dados divulgados pela emissora e pode navegar na própria tela em páginas das editorias, enquanto ao mesmo tempo confere as notícias transmitidas pela emissora. Este artigo focaliza as características da televisão paga no Brasil e o telejornalismo em canal segmentado, através do estudo de caso da Globo News, emissora pertencente a Rede Globo de televisão, cujo con-teúdo é jornalístico 24 horas por dia. Para tal objetivo, a metodologia baseia-se em informações a cerca da pay TV e da TV Digital, notadamente nas obras de Valério Brittos, César Bolaño e Valdecir Becker (entre outros), bem como detalhes sobre o projeto da Globo News, editado por Vera Íris Paternostro, quando da comemoração dos 10 anos da emissora, hoje com 13 anos no ar. Soma-se ao estudo teórico uma pesquisa empírica aplicada à programação do canal, ao longo de um dia, como fonte para observação dos formatos de interatividade utilizados, com ênfase no conteúdo disponível através do botão “I” (interatividade). Estes serviços, embora disponíveis somente para clientes de tv por assinatura, podem ser considerados exemplos da potencialidade que a interatividade pela TV digital aberta e pública pode alcançar e até ultra-passar em termos tecnológicos e de conteúdos. O presente artigo científico pretende divulgar os conhecimentos implícitos sobre este assunto, assim como contribuir para a identificação e fixação acadêmica dos processos interativos realizados atualmente na tela da Globo News.

Palavras-chave: TV Paga. TV Digital. Interatividade. Telejornalismo. Globo News.

Page 61: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

61

CONVERGÊNCIA DIGITAL EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: PROPOSTA PARA GERAÇÃO DE CONTEÚDOEveraldo Rodrigo Rodolpho (UNESP)Hilda Carvalho de Oliveira (UNESP)

O grande avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) tem oferecido uma grande diversidade de recursos para vários setores sócio-econômicos e linhas de pesquisa, incluindo a aproximação entre a Educação e a Informática. No entanto, educadores enfren-tam certas dificuldades tecnológicas na composição de conteúdos de aprendizagem para serem utilizados em diferentes meios tecnológicos, dependendo de especialistas para tal fim. Assim, este trabalho propõe um modelo de implementação de Objetos de Aprendizagem (OAs) para que educadores com conhecimentos básicos de Informática construam OAs concentrados nos aspectos didático-pedagógicos desses objetos, sem se preocuparem com conhecimentos tec-nológicos específicos. Tais OAs poderão compor cursos ministrados através de diversos meios, como a Web e a TV Digital brasileira. Isso permite integração e alternativas de tecnologias de informação e comunicação para a educação a distância. O sistema, baseado no modelo defi-nido, pode exportar e importar o conteúdo gerado para ambientes educacionais virtuais exis-tentes, desde que ofereçam suporte a padrões de OAs que utilizem metadados na estruturação do conteúdo. O estudo de caso apresentado considera o padrão de OAs SCORM, podendo ser estendido a outros padrões. A validação do sistema proposto foi realizada no sistema da organização ADL, responsável pelo SCORM, e também pelo sistema de EaD Moodle, um dos mais utilizados mundialmente e com suporte a conteúdos no padrão SCORM. De forma similar, conteúdos validados no formato SCORM foram convertidos para um formato que foi visualizado e validado em um sistema para aplicações na TV Digital brasileira.

Palavras-chave: Convergência digital. Educação a distância. Objetos de aprendizagem. TV Digital. SOAX.

DESMITIFICANDO A IPTVFábio Mastelari Mansano Leite (UNESP)

Muitas vezes, ao lermos publicações ou mesmo uma simples reportagem sobre TV Digital, nos deparamos com o termo IPTV. Na maioria das vezes, surgem algumas dúvidas em nossa cabeça: “O que é IPTV?”; “O que a difere da TV que conhecemos?”; “IPTV só funciona na Internet?”; “Quem usa IPTV atualmente?”; “Como funciona?”, dentre outras enésimas ques-tões que normalmente não são esclarecidas no momento em que as encontramos. Pensando

Page 62: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

62

GT Cultura Digital

nisso, foi produzido um artigo procurando desmitificar o termo e esclarecer tais dúvidas, além de procurar montar um panorama sobre as vantagens e possibilidades que o uso de IPTV pode proporcionar à TV Digital.

Como principal objetivo, este trabalho busca esclarecer a má interpretação do termo IPTV, comumente encontrada em publicações relacionadas à TV Digital, e explicar quais suas prin-cipais características, funcionamento básico e possibilidades. O artigo foi produzido com base em pesquisas em sites especializados juntamente com consulta a algumas revistas de renome e leitura de publicações relacionadas à IPTV.

Como resultado dessas pesquisas, foi encontrado um conjunto de informações relevantes sobre a caracterização e uso da IPTV:

• Definiçãodotermo;• DiferençaentreIPTVeTelevisãoviaInternet(InternetTelevision);• IPTVeacessoàInternet;• Funcionamentobásico;• Características em comparação com o funcionamento atual dos outrosmeios de

transmissão (difusão via rádio, difusão via cabo, difusão via satélite, televisão via internet);• Vantagensedesvantagens;• LocaisondejáexisteIPTV;Diante disso, o trabalho conclui, durante o seu desenvolvimento, que duas medidas acerca

da IPTV são de grande relevância:• DesmitificaçãoemrelaçãoàassociaçãodiretaqueexisteentreIPTVeTelevisãovia

Internet (Internet Television). Tal associação é fonte de muitas interpretações equivocadas em relação ao assunto em reportagens, trabalhos e publicações científicas;

• Reconhecimento da importância de produzir umpanorama sobre as vantagens epossibilidades que o uso de IPTV pode gerar para a TV Digital.

Palavras-chave: IPTV. Difusão. Internet. Transmissão de TV Digital.

AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO ATUAL DE USO DA INTERNET NA PRÁTICA JORNALÍSTICAFabio Venturini (UNIRADIAL)Soraia Lima (UNIRADIAL)

Cada um dentro do seu paradigma teórico metodológico, os debates sobre a prática jorna-lística com os meios eletrônicos, notoriamente a web, balizam-se, também, pelo formato dos meios e pelo conteúdo das informações. A possibilidade de divulgar diversos tipos de informa-ção se tornou acessível a qualquer pessoa que tenha uma conexão e conhecimentos mínimos de

Page 63: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

63

navegação. Consequentemente, a oferta de informações cresceu e a Internet é hoje fonte para si mesma e para outros meios de comunicação.

No que se refere ao formato, na comunicação de massa (com “massas” cada vez menores e mais específicas) a cada dia novas tecnologias surgem e transformam a prática social. Ini-cialmente, sites e portais, por exemplo, ocuparam um espaço semelhante aos dos meios “tra-dicionais”. Atualmente, as redes sociais e mídias pessoais se colocam como canais de grande audiência, sejam eles produzidos por jornalistas ou por especialistas das áreas a que se destinam, que tornaram a audiência mais ativa no seu papel de sujeito da informação.

Em questão de conteúdo, especificamente no trabalho jornalístico, os critérios de apuração não se alteram, mas os procedimentos se adaptaram à velocidade de fluxo da informação e do encurtamento de distâncias, o que tornou fundamental: (1) o aperfeiçoamento das habilidades do profissional no manuseio de ferramentas web (motores de busca, páginas de compartilha-mento de vídeos etc.); (2) a montagem de bibliotecas eletrônicas particulares em estações de trabalho, usadas como fontes e muitas vezes suplantando arquivos de empresas jornalísticas; e, fundamental e indispensável, (3) o conhecimento em línguas estrangeiras modernas, especial-mente o inglês.

Por outro lado, funções antes tidas como diferencial de empresas de comunicação de gran-de porte e poder econômico passaram a ser prescindíveis devido ao encurtamento de distâncias causado pelos meios eletrônicos. Qualquer editora de médio porte pode conseguir uma entre-vista do outro lado do mundo a custos baixíssimos. Ademais, um furo de reportagem veiculado em páginas ou em redes sociais são furos por apenas alguns minutos, pois são rapidamente replicados e difundidos, não poucas vezes sem sequer citação da fonte.

Este trabalho tem por objetivo avaliar o estágio atual de aspectos da comunicação pelas mídias eletrônicas com três estudos de caso: (1) a publicação de conteúdo por alunos de jor-nalismo na construção de sites do tipo wiki; (2) a apuração de informações pela Internet, com as diversas ferramentas web disponíveis, em veículos segmentados; e a apropriação indevida de informações de furos jornalísticos publicados em mídia sociais (twitter e blogs).

Palavras-chave: mídias sociais, ferramentas web, apuração, ética em jornalismo

REALIDADE AUMENTADA LOCATIVA COMO FERRAMENTA DE INTERATIVIDADE NO ESPAÇO URBANOFernanda Testa (UNESP)

A realidade aumentada (RA) é uma variação da realidade virtual, e consiste na combinação do mundo real com objetos virtuais, através de algum dispositivo tecnológico (webcams, palms, smartphones, etc). O objetivo básico da realidade aumentada é prover informações adicionais

Page 64: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

64

GT Cultura Digital

de uma cena real, modificando a percepção que os indivíduos têm dos objetos reais. O uso de mídias locativas como interfaces para RA proporcionam o que se pode denominar realidade aumentada locativa, que tem o espaço físico como cenário para a superposição de informações eletrônicas. Através de bússolas ou GPS, presentes em tais mídias, o usuário é identificado pelo local em que se encontra, e pode interagir com o espaço urbano, ampliando assim as possibilidades de uso do espaço público. Segundo André Lemos, teórico em cibercultura, com a realidade aumentada locativa o espaço urbano deve ser visto além de suas características físicas, sociais e políticas; ele transforma-se também em banco de dados. Pode-se dizer, então, que é criada uma relação info-comunicacional entre mídias locativas e espaços públicos. Este trabalho tem como objetivo descrever as principais características que envolvem a realidade aumentada locativa, bem como frisar a importância que a RA terá em um futuro próximo, modificando totalmente a percepção de mundo que temos. Objetiva-se também delinear as possibilidades que a realidade aumentada locativa proporciona como ferramenta de interatividade entre o usuário e o espaço urbano, como por exemplo, explorar as características físicas de um prédio público; rastrear restaurantes nos arredores em que o usuário se encontra e navegar pelos seus respectivos menus; localizar pontos turísticos através de mapas, entre outros.

Palavras chave: realidade aumentada, interatividade, mídias locativas.

A TELEVISÃO DIGITAL MÓVEL E A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E CONHECIMENTOFernando Ramos Geloneze (UNESP)

O surgimento de novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) está inserindo novos elementos na sociedade como um todo. Nesse sentido, este artigo busca estudar as tec-nologias da Televisão Digital Móvel e sua relação com a Sociedade da Informação e Conheci-mento a fim de compreender quais são suas características, como se dá seu desenvolvimento e seus possíveis desdobramentos.

Para estabelecer tais relações primeiramente é conceitualizado os principais objetos de estudo desse artigo, são eles: os Dispositivos de Comunicação Móveis, a Televisão Digital (mais especificamente o Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre – SBDTV-T) e a Sociedade da Informação e Conhecimento.

Após tais conceitualizações, é discutido o desenvolvimento da Televisão Digital Móvel no contexto da revolução da tecnologia da informação. Essa discussão tem a finalidade de compre-ender como esse processo – fundamental para o desenvolvimento da Sociedade da Informação e Conhecimento – contribuiu para o surgimento e desenvolvimento da tecnologia em questão.

Em seguida, são analisados os 5 (cinco) paradigmas que, conjuntamente, representam a

Page 65: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

65

base material da Sociedade Informacional – propostos por Manuel Casttels em sua obra “A Sociedade em Rede” (1999) – e é verificado a presença dos mesmos nas características da Te-levisão Digital Móvel. Essa análise nos permite confirmar a tecnologia em questão é uma TIC promissora e relevante no contexto da sociedade informacional.

Outra abordagem do artigo é focada na Televisão Digital Móvel e a nova relação do tem-po-espaço proposta por Rogério Haesbaert em seu livro “O Mito da Desterritorialização: pós-modernidade, “desencaixe”, compressão espaço-tempo e geometrias do poder.” (2004). Nesse ponto, o artigo se atém ao fato da Televisão Digital Móvel ter como características a portabili-dade, a ubiqüidade e o fluxo de informação variável (ora contínuo, ora descontínuo), de maneira que, esses dispositivos, possibilitam a criação de novos “espaços” e novos “tempos”.

Por fim, é elaborada uma relação entre a Televisão Digital Móvel, a sociedade da infor-mação e o “novo paradigma Técnico-econômico” proposto por Jorge Wertheim em seu artigo “A Sociedade da Informação e Seus Desafios.”. São através dessas relações que são formadas possibilidades futuras de desenvolvimento da Televisão Digital Móvel, enquanto TIC, a fim de construirmos uma sociedade da informação mais evoluída.

Palavras-Chave: Televisão Digital Móveis. Sociedade da Informação. Comunicação móvel. Tecnologia de Informação e Conhecimento.

A TECNOLOGIA A FAVOR DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUALFlávia Oliveira Machado (UNESP)

O desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação auxiliou a inclu-são social e digital de pessoas com deficiência visual. Leitores de telas em computadores e em celulares, teclado em Braille, lupa eletrônica e audiodescrição (áudio extra com a descrição dos componentes da cena, tais como cenário, figurino, expressões faciais, movimentação de perso-nagens) são alguns dos recursos das tecnologias assistivas. Este artigo irá abordar a inclusão so-cial e digital de cegos e pessoas com baixa visão através desses recursos de acessibilidade. Tendo a inclusão social como meta das Nações Unidas desde a resolução 45 em 1991, considera-se que a sociedade deve atender a todas as necessidades de seus indivíduos para que estes possam atuar como cidadãos para a concretização de uma sociedade para todos. A inclusão digital além de ser uma conseqüência da sociedade da informação é também um modo de apropriação das tecnologias de forma que capacite o usuário a decidir quando, como e para quê usá-las. Por isso, vale ressaltar que o termo inclusão é usado para tratar áreas que visam à qualidade de vida de todas as pessoas com ou sem deficiência. Neste presente trabalho, serão considerados

Page 66: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

66

GT Cultura Digital

recursos acessíveis que permitem o consumo de bens culturais e informativos por pessoas com deficiência visual. Desse modo, serão expostos modos de uso da internet e formas de auxílio para a compreensão de textos audiovisuais (televisivos e cinematográficos). Para a apresentação das estratégias usadas para a inclusão, serão abordados os projetos: Dosvox (ambiente com-putacional para pessoas com deficiência visual usarem o computador e acessarem a internet), BlindTube (portal de entretenimento com acessibilidade para pessoas com deficiência), Festi-val Assim Vivemos (mostra de vídeos com legenda em português, audiodescrição e janela com intérprete de Língua Brasileira de Sinais) e programa Assim Vivemos (programa exibido pela TV Brasil que trata da temática da deficiência e possui recursos de acessibilidade). Pretende-se mostrar com este artigo como pessoas com deficiência visual podem ter acesso à informação e à comunicação e atuar como cidadãos na sociedade da informação, rumo à sociedade inclusiva.

Palavras-chave: Inclusão social. Inclusão digital. Deficiência visual. Acessibilidade. Tecnologia assistiva

CATEQUESIS, HAYMOTIVO.COM: ANÁLISE SEMIÓTICA

Fouad Camargo Abboud Matuck (UNESP)

O vídeo Catequesis (Yolanda García Serrano, 2004, Espanha, 3 minutos e 10 segundos), é um pequeno curta que integra o documentário político espanhol HayMotivo.com. A pequena peça audiovisual narra de modo peculiar e surpreendente os atos de pedofilia que ainda ocorrem na Espanha contemporânea, bem como o apoio que a Igreja Católica enquanto instituição política recebe do Estado. A metodologia utilizada para a análise do vídeo foi a Semiótica de linha francesa (Greimas) procurando evidenciar os mecanismos eficientes de construção do texto audiovisual em sua complexidade, convidando o internauta/ telespectador a uma forma de vida crítica (Fontanille). Em um primeiro momento é apresentada uma descrição minuciosa do vídeo, acompanhada da decupagem do áudio e marcação de planos de filmagem em um roteiro técnico. Na sequência aplicamos os conceitos mais recentes da pesquisa semiótica apresentados por Jacques Fontanille em 2007, que se refere ao percurso gerativo do plano da expressão, para a leitura do vídeo. Em seguida, o texto-vídeo é lido também pelo percurso gerativo do plano do conteúdo, em seus três níveis: nível profundo, narrativo e discursivo (semiótica clássica). Valendo-nos do conceito de concessão (Zilberberg, 2007), apresentamos a oposição entre áudio e vídeo evidentes no material em análise e que realiza um exercício de crítica social adequado ao objeto-suporte internet. Enquanto o vídeo (plano imagético) nos prepara para uma história pueril ou até mesmo um conto de fadas, o áudio nos surpreende com uma descrição detalhada de atos de pedofilia em escolas religiosas na Espanha. Essa combinação visa à economia de

Page 67: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

67

linguagem e a utilização de figuras retóricas como a concessão, a ironia, o oximoro e o paradoxo para a construção de textos ágeis (curtos) e ao mesmo tempo complexos. Como resultado do estudo apresentamos o quadro de categorias que organizam esse texto, tanto no plano da expressão como no plano do conteúdo, a saber: Imagem, Áudio, Edição, Ritmo, Tensividade, Temas, Figuras, Manipulação, Valores, dentre outras.

Palavras-chave: Cinema. Documentário. Jornalismo político. Semiótica francesa. Igreja Católica.

TELECENTRO COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO SOCIALGabriela Contieri Ferro (UNESP)

A presença constante e crescente das chamadas novas tecnologias da comunicação e da informação no cotidiano de todos os segmentos da população – mesmo as camadas de menor renda - são postas em contato com os aparatos tecnológicos. Por exemplo, o cidadão comum utiliza tais tecnologias em cartões que permitem receber benefícios sociais, ou para o transporte em cidades de grande porte, sem falar da votação em urnas eletrônicas, telefones celulares, cartões bancários ou de telefonia. São tantos exemplos de usos cotidianos de recursos digitais, que nos permite refletir que a inclusão digital plena torna-se um requisito democrático e cidadão. Pesquisas recentes sobre telecentros revelam centenas de exemplos de projetos nessa linha de desenvolvimento comunitário na África, na Ásia e na América Latina, nos últimos dez anos. Os telecentros comunitários podem ser definidos como iniciativas de inclusão digital que buscam uma melhora na qualidade de vida das pessoas, bem como o exercício da cidadania e o combate à exclusão social, com a disponibilização do acesso às tecnologias da informação e da comunicação e principalmente à internet. Com base nisso, o artigo traz a princípio as idéias sobre a inclusão digital e o uso dos telecentros governamentais como ferramenta de inclusão social e até profissional, para em seguida levantar maiores informações sobre a eficácia dos telecentros, como instrumento no combate à exclusão digital, bem como seu papel de transformação social, melhorando a condição de vida da comunidade com acesso rápido a qualquer tipo de informação. Espera-se com este artigo enriquecer a discussão sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação como ferramentas de inclusão digital (democrático e cidadão); tentar encontrar o melhor caminho para que a população possa tirar proveito destas tecnologias de informação em beneficio de seu crescimento, tanto social quanto profissional; aprimorar o conceito sobre o uso de telecentros como mecanismo de inclusão social da população menos favorecida.

Palavras-chave: Inclusão digital. Telecentro. Tecnologias da comunicação e da informação. Inclusão social.

Page 68: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

68

GT Cultura Digital

SINCRETISMO PÓS-MODERNO: A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃOE A “CRISE” DA CULTURAGabriela Jacques Albuquerque (UNESP)Jhonatas Mendonça Rocha da Silva (UNESP)

Atualmente o panorama cultural é visto de forma muito receosa pela intelectualidade de modo geral. De certo modo, isso se deve principalmente à mudança que as redes telemáticas deram à relação Homem-Mundo – como dissera Gilberto Gil, “antes Mundo era pequeno porque a Terra era grande; hoje mundo é muito grande, porque a Terra é pequena, do tamanho de uma antena Parabólicamará”.

A total interligação do mundo numa complexa rede de informação, aliada ao avanço dos meios técnico-produtivos, transformaram profundamente o modo como o Homem “produz”, “distribui” e “consome” a Cultura. Nesse contexto alguns teóricos afirmam que o desenraiza-mento cultural, agindo em consonância à homogeneização das culturas, pode acabar por des-truir a Humanidade a partir do momento que extingue as especificidades regionais.

O artigo visa discutir tal pessimismo, definindo alguns conceitos relacionados à Cultura (O que é? Como se dá o processo cultural? Como ele se transforma? Etc.) e relacioná-los à realidade da Sociedade da Informação, sempre questionando essa malfadada “crise”. Para tal, mostraremos como a música brasileira (um processo de expressão cultural) se comporta na atualidade, ressaltando suas características antropofágica (como concebido pelo poeto Oswald de Andrade) e sincrética. Desse modo, notar-se-á que, apesar do mito da homogeneização da cultura, as cultuas regionais se rearranjam de acordo com a nova realidade, não se rendendo passivamente a ela. Conclui-se, portanto, que a malfadada crise da cultura precisa ser discutida com mais calma, afinal, Cultura é um complexo resultado da relação Homem-Mundo, sendo permeada por diversas peculiaridades que as redes telemáticas não as capazes de homogeneizar.

Palavras-Chave: Cultura. Sociedade da Informação. Indústria cultural. Cultura popular. Desenrai-zamento. Hibridismo cultural. Sincretismo.

CULTURA DIGITAL: O FENÔMENO DO CONSUMO REDIMENSIONADOGeso Batista de Souza Júnior (UNESP)

Os discursos da globalização enquadram o consumo como valor universal, capaz de con-verter necessidades e desejos em bens integrados à esfera da produção. Através da pesquisa bibliográfica, este artigo visa contribuir para o debate acerca do desenvolvimento das tecnolo-gias da informação e da comunicação e sua implicação sobre o fenômeno do consumo. Com a

Page 69: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

69

intenção de discutir esta configuração e suas manifestações em diversos aspectos, destacamos a abordagem teórica de Thompson (1995), que pensa a mídia sobre um enfoque sociológico, assim como Castells (2000; 2001). Para tanto, partimos do pressuposto de que existe uma sinergia entre o modo de produção capitalista e as tecnologias de informação e comunicação. Analisando as questões do capital e a sua relação com a internet, percebemos que o setor tecno-lógico fez com que muito capital fosse para aí atraído, sendo, desse modo, o grande responsável pela nova economia. Entre outras constatações obtidas no desenvolvimento desta pesquisa, percebemos que a informação assumiu a dianteira na rotação vertiginosa do capitalismo global e o sistema tecnológico incorpora ao capitalismo a sua lógica expansiva, caracterizada pela contínua integração dos fluxos de informação em um sistema comum de altíssima velocidade, em que o consumo passa a caracterizar uma nova lógica de funcionamento. Observamos tam-bém uma mudança de paradigma comunicacional, uma vez que evoluímos do midiático para o multimidiático, sob o signo da digitalização. O consumo surge neste novo momento da ciber-sociedade como uma instituição, compondo todo um sistema de valores, que são ainda apren-didos e iniciados, isto é, um novo meio de socialização, agindo como um processo integrador. Esse novo comportamento do indivíduo e suas novas maneiras de se relacionar na sociedade são entendidos em uma cultura da comunicação, onde elementos renovadores e proliferadores de uma nova identidade social surgem, convivendo em ambientes do ciberespaço, típico da tecnocultura defendida por Sodré (1996).

Palavras-chave: Cultura digital. Consumo. Comunicação. Mídia. Globalização.

REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DA INTERATIVIDADE NO APRENDIZADO COLETIVOGiovana Sanches (UNESP)

Este trabalho tem como objetivo iniciar reflexões acerca da interatividade como ferramenta para o aprendizado coletivo por meio da televisão digital interativa.

No Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 94,5% dos domicílios brasileiros possuem aparelho televisor. Ou seja, a TV é uma realidade no cotidiano da população, tanto como veículo de informação ou quanto de entretenimento. Mas, com a expansão do computador e da internet, no início da década de 1990, os hábitos dos – até então – telespectadores, começaram a mudar. Nesse novo mundo, é possível fazer compras, acessar e publicar o que quiser... Algo bastante inusitado frente à passividade da televisão. Diante desse novo cenário, a TV analógica passou a não atender mais às expectativas dos telespectadores. Foi então que se aprofundaram os estudos sobre a TV digital interativa.

Page 70: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

70

GT Cultura Digital

Vivemos na chamada sociedade do conhecimento, onde os valores intelectuais constituem o capital; onde assistir – em todos os sentidos - não é mais suficiente: é preciso participar. Pensando nisso, como a TV digital pode proporcionar educação e cultura, dois dos atributos obrigatórios em sua implantação no Brasil, de forma interativa? Espera-se que a interatividade concretize o diálogo entre o usuário e a emissora, tornando o acesso ao conhecimento algo mais democrático e contribuindo, assim, com o processo de aprendizagem da população.

Dentre os diversos recursos interativos existentes, pode-se citar, como uma ferramenta capaz de colaborar na educação informal do interagente, o Enhanced TV. Este recurso agrega, ao conteúdo principal, elementos informativos que podem ser acessados por um controle remoto específico. Partindo da hipótese de que o aprendizado oriundo da TV pode se tornar tão relevante quanto o que se aprende na escola, esses conteúdos adicionais, possibilitados pelo Enhanced TV, constituem uma das inúmeras alternativas que podem ser feitas pela educação explorando a TV Digital.

Para exemplificar, resumidamente, a utilização desse recurso, citemos o LTIANews, uma prova de conceito criada pelo Laboratório de Tecnologia da Informação Aplicada, da Faculdade de Ciências da Unesp/Bauru, e pela autora deste artigo, como trabalho de conclusão de sua graduação. Junto com o conteúdo principal, a prova de conceito disponibiliza diversas formas de interação por meio das seguintes aplicações desenvolvidas para esse fim: entrevistas na íntegra, glossário, acesso a sites relacionados, enquete e arquivos de notícias.

Partindo do princípio de que a informação e o conhecimento são os bens maiores da sociedade atual e que uma das intenções da implantação da TV Digital no Brasil é democratizar o acesso a esses bens, faz-se necessário levantar hipóteses e discussões que apontem para essa solução. Diante disso, este trabalho pretendeu iniciar reflexões sobre algumas possibilidades de se utilizar a televisão digital interativa em prol da aprendizagem coletiva e da educação informal. O indivíduo deve ser posto no centro do processo do aprendizado, mas este não deve ser individualizado, já que está intrínseco à cultura, à sociedade, ao coletivo. E é para esse foco que essa nova tecnologia da informação e comunicação (TIC) precisa ser direcionada.

Palavras-chave: TV digital. Interatividade. TIC. Educação Informal. Aprendizado Coletivo.

CIBERANTROPOLOGIA E O TWITTER.COMHenri Georges Chevalier (UNESP)

Cada vez mais necessárias, a comunicação e a interação entre os indivíduos de uma socie-dade procuram meios de se concretizar com base nas novas tecnologias da era digital. Redes sociais e sites específicos surgem na Internet geralmente com os intuitos básicos de promover

Page 71: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

71

e facilitar debates e discussões acerca de temas considerados essenciais e/ou polêmicos que en-volvem a comunidade, e também com a finalidade de facilitar a comunicação interpessoal, em uma tentativa de vencer assim uma batalha histórica da humanidade contra a solidão (apesar de na realidade aumentar, já que a pessoa se confina no mundo virtual ao invés de partir para o mundo real). No entanto, a má compreensão do modo de funcionamento de alguns sites, e por consequencia, de sua utilização, traz alguns maus aproveitamentos e até mesmo má utili-zação da nova tecnologia. Como exemplo, podemos citar o site Twitter, interessante fonte de informações proporcionadas pelos próprios usuários, no qual erroneamente um grande número de pessoas tratam informação e conhecimento como sinônimos. O site visa a propagação de informações que devem ser pesadas e analisadas sob um olhar crítico por cada internauta, pas-sando pelo processo cognitivo inerente a qualquer produção de conhecimento. A informação é simplesmente um fato sobre algo ou alguém que é de alguma forma comunicado, enquanto o conhecimento já é a relação dessa informação com o sujeito e com o significado que este atribui, que em si mesmo já é um fato complexo. Como nos diz Aldo de Albuquerque Barreto “Estabelece-se uma relação entre informação e conhecimento que só se realiza se a informação for percebida e aceita como tal, colocando o indivíduo em um estágio melhor, consciente de si mesmo e inserido no mundo onde se realiza sua aventura individual.” Para melhor compre-ensão da análise proposta, são utilizados também autores como Marshall McLuhan, princi-palmente com o conceito de Aldeia Global; e o conceito de Ciberantropologia, proposto pela portuguesa Adelina Maria Pereira da Silva.

Palavras-Chave: Ciberantropologia. Twitter. Informação.

A SUBJETIVIDADE PORTUGUESA NA LINGUAGEM: AS “FILHAS DE BRAGANÇA” DO JORNAL EXPRESSOJéssica de Cássia Rossi (UNESP)

É comum pensarmos que a subjetividade é uma capacidade existente no homem em qualquer situação de sua vida. Acreditamos que, de qualquer modo, ele pode refletir sobre si mesmo e ao mundo ao seu redor. Contudo, ao conhecermos melhor o conceito de subjetividade na linguagem, notamos que a subjetividade é constituída na linguagem e pela linguagem. As marcas da subjetividade podem ser identificadas de diferentes formas em um discurso, dependendo das reflexões teóricas abordadas. O presente trabalho identifica essas marcas de subjetividade na notícia “Filhas de Bragança” do Jornal Expresso, veiculada nas versões impressa e digital, em Portugal, a partir do pensamento de Helena H. Nagamine Brandão (1998), Mayra Rodrigues Gomes (2000) e Catherine Kerbrat-Orecchini (1980). Para tanto, apresentamos o surgimento e o desenvolvimento do conceito de subjetividade na história, na

Page 72: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

72

GT Cultura Digital

linguagem e na análise do discurso. Verificamos as diferentes abordagens para o conceito em cada dimensão. Utilizamos as ferramentas teórico-metodológicas da análise do discurso na identificação das referências dêiticas (pessoa, tempo e espaço), dos shifters e dos substantivos axiológicos presentes na notícia “Filhas de Bragança”. Dessa forma, apontamos a existência de marcas discursivas que mostram a constituição da subjetividade e do sujeito no momento da enunciação. A análise está estruturada pela instância dos dêiticos de pessoa (locutor, alocutário e delocutário), de espaço e tempo e, além disso, identificamos a presença de shifters e substantivos axiológicos na instância dêitica de pessoa. Por essa organização, construímos uma possível interpretação desses elementos no contexto de produção do enunciado do jornal Expresso. O discurso do jornal se constrói tendo como referência o movimento “Mães de Bragança”, ocorrido em 2003, o qual expulsou prostitutas brasileiras ilegais da cidade de Bragança, mas que continuam se prostituindo na atualidade. Acreditamos que os elementos discursivos em questão denunciam a perspectiva negativa do jornal Expresso e da sociedade portuguesa em relação às mulheres imigrantes brasileiras que se fixaram em Bragança para a prática da prostituição.

Palavras Chaves: Subjetividade. Linguagem. Referência dêitica. Jornal Expresso. Prostituição em Brangança.

DESIGN DE RELAÇÕES ENQUANTO DESENHO DE INTERFACES PARA MÍDIAS DIGITAISJoana Gusmão Lemos (UNESP)João Baptista Winck (UNESP)Dorival Rossi (UNESP)

A Era Digital experimenta uma espécie de nova ordem, marcada pelas mídias digitais, que possibilita a construção coletiva de conteúdos. Com a interatividade e a mobilidade oferecidas pelas tecnologias da informação e da comunicação, novos comportamentos sociais, assim como linguagens renovadas e modelos de relacionamentos originais, são estimulados. A digitalização permite ir além do mundo físico e as formas de conceber o tempo e o espaço mudam de tal maneira que já não há um modelo acabado de organização da informação, pois a nova ordem do conhecimento remove as limitações presumidas anteriormente como inevitáveis e coloca em evidência a inovação e a diversidade. A informação passa a ser manipulada por múltiplas mãos que interagem e transformam o cenário em que atuam. As novas velocidades e a virtualização caracterizam outras interações nas quais se mesclam diversas possibilidades, configurando as relações de forma muito dinâmica, com movimentos de desterritorialização e de translação do interior ao exterior, em que pessoal e coletivo se confundem nos seus limites fluidos e

Page 73: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

73

contingentes. As informações constituem hipertextos digitais que integram uma rede de livre navegação, interligando mensagens e pessoas de origens diversas, formando uma inteligência coletiva dinâmica. As interfaces, sendo superfícies de contato, de tradução entre dois espaços, entre duas ordens de realidade distintas, permeiam esses diferentes meios, mensagens e sujeitos, entremeados por fronteiras cada vez menos sólidas e mais simbólicas, transgredidas a todo o momento pelas tecnologias digitais e suas possibilidades interativas. Neste ponto se dá então a importância do desenvolvimento de interfaces inseridas na mesma onda, na mesma velocidade, no mesmo movimento das relações, ou do Design de Relações, da era digital, já que elas, as interfaces, possuem a função de articular e permitir o diálogo produtivo entre os múltiplos hipertextos e seus nós. Este trabalho trata, portanto, deste contexto marcado por transformações, e busca, por meio de levantamento bibliográfico sobre o tema, identificar linhas gerais para o desenvolvimento de novas linguagens, especialmente no que diz respeito ao Design de Relações, que possam ser aplicadas na criação de interfaces interativas para as mídias digitais.

Palavras-chave: Hipertexto. Virtual. Interfaces. Design de Relações. Mídias digitais.

RÁDIO NO CIBERESPAÇO: DO HIPERTEXTO AO EXTRATEXTUALJoão Flávio Moraes de Lima (UNESP)

O objetivo do presente artigo é verificar analiticamente as aplicações do rádio no ciberespaço e está dividido em dois momentos. O primeiro visa categorizar comparativamente as intermodalidades das quais se valem o rádio no espaço reticular, a saber: hipertextos circunscritos, performances de gosto e ecossistemas sócio-técnicos. Para tanto, nos utilizaremos do parâmetro metodológico da análise de conteúdo, representada pela categoria avaliação/asserção avaliativa, uma das técnicas que integra o método. Num segundo momento vamos interpretar a prospecção da mediação em um ambiente que, da transmissão sem fios de outrora, na contemporaneidade extrapola o hipertexto e o mero compartilhamento de arquivos para apostar na interface em seu lato sensu. Para tal tarefa, faremos uso do referencial teórico-metodológico que propõe o deslocamento dos meios às mediações, a Teoria das Mediações, entronizando desta forma a linguagem radiofônica exposta no ciberespaço não como premissa pertencente a um aparato tecnológico e sim como constitutiva das relações identitárias empreendidas na rede.

Na entropia reinante que orbita sobre as representações que constituem a esfera pública e suas interrelações pessoais nota-se uma desdiferenciação identitária da qual emergem desejos de empoderamento e de pertencimento, esvaziados à partir da cisão societária que homogeneizou os cidadãos reduzindo-os a unidades de consumo. Sendo assim, a rede materializada na web, que

Page 74: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

74

GT Cultura Digital

engendra múltiplas possibilidades devisibilidade, torna-se terreno fértil para a fruição icônica e para o deslocamento das representações sociais como se estas assumissem uma espécie de alter-ego, uma hiperrepresentação. Logo, a comunicação midiática eleva-se em relevância e assume papel estratégico na “dimensão simbólica de construção do coletivo”(Barbero, 2009, p. 147), transferindo para si a mediação da vida sócio-cultural dos povos. E o instrumental disponível em rede é vasto para que, intermediado pela prática comunicativa, o indivíduo recobre o que lhe fora subtraído da vida em frente a tela: o direito à individualidade, à identidade.

Sendo assim, e tendo em vista o detalhamento apresentado no artigo completo das intermodalidades que constituem o radio neste ambiente, concluímos que a mediação, inicialmente representada na web por intermédio do que chamamos de hipertextos circunscritos, ou seja, endereços eletrônicos que reproduzem o teor conteudístico de seus prefixos físicos e levam o nome dos mesmos, hoje depara-se com o estilhaçamento de sua linguagem, reforçado pela proliferação exponencial dos podcasts, webradios e das plataformas de música online como Ilike, Sportify, Mystrands, Pandora – esta restrita exclusivamente a usuários que se encontram em território norte-americano –, além das já tradicionais LastFM, Myspace e em certa medida a Blip.fm, que corroboram a onipresença e conseqüente diluição/pulverização da linguagem radiofônica neste espaço-tempo eletrônico, extrapolando o hipertexto e assumindo caráter extratextual.

Palavras-chave: Rádio. Hipertexto. Cibercultura. Plataformas de música online.

O STORYTELLING DO BLOG ME LEVA BRASIL: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O USO DE DIFERENTES MÍDIAS PARA A CRIAÇÃO E O ENTRELAÇAMENTO DE HISTÓRIASJuliana dos Santos Padilha (UNESP)

Este trabalho faz um estudo de caso do Blog Me Leva Brasil, de Maurício Kubrusly, um blog vinculado a um quadro televisivo de mesmo nome e que foi exibido pelo Programa Fantástico, da Rede Globo, no período de 2003 a fevereiro de 2009. Pretende-se demostrar como diferentes mídias, como weblog, vídeos, H.Q. e fotos, são usadas para construir e enlaçar diferentes histórias sobre uma mesma temática, produzindo-se o fenômeno discursivo do storytelling na comunicação interativa e digital da Internet. Segundo Salmon (2006, 2008) storytelling é um tipo de discurso que usa da narrativa para persuadir e engajar emocionalmente os indivíduos. Acredita-se que as histórias do blog Me Leva Brasil constituam uma forma de storytelling, pois o uso da narrativa, entremeada de fotos e vídeos, serve para ressignificar e divulgar novamente reportagens já vistas na TV, constituindo uma espécie de propaganda indireta. O

Page 75: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

75

tipo de pesquisa realizada é a qualitativa, e a metodologia empregada é a de amostragem. Nosso corpus consiste em 3 textos ou posts publicados no blog pelo jornalista Maurício Kubrusly, que apresentam diferentes mídias para contar histórias que se relacionam entre si. A história principal é o tema de uma entrevista, feita em dezembro de 2008, com moradores de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, sobre a aparição de um lobisomem. As outras histórias vêm somar-se a esta, como a história da entrevista, que conta a reação dos moradores frente às cameras de TV e ao assunto enfocado; a história de Lobisomem da telenovela Roque Santeiro; a história de lobisomem do videoclip do cantor Zé Ramalho e a história em quadrinhos de um dos moradores de Jaboatão. Enfim, as conclusões deste trabalho apontam para dois fenômenos recorrentes da comunicação midiática na Internet: a convergência e o storytelling. Assim, conteúdos que fluem por múltiplas plataformas mediáticas ( JENKINS, 2008) aproximariam mais indivíduos que são tanto emissores e receptores na Web, pois criariam espaços de maior interação entre eles e as mensagens em seus diferentes formatos. O uso da narrativa como estratégia de persuasão (SALMON, 2006, 2008) seria fundamental, já que confere uma roupagem atraente para temas nem sempre novos. O resultado disso pode ser um Weblog cheio de histórias para contar e com muitos ouvintes dispostos a comentar, em busca de suas próprias experiências de entretenimento.Palavras-chave: Blogs, convergência, storytelling.

A PODEROSA PLATAFORMA PARA INCLUSÃO SOCIAL: UM OLHAR SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS NA IMPLANTAÇÃO DA TELEVISÃO DIGITALJuliano Maurício de Carvalho (UNESP)Patrícia Benetti Ikeda (UNESP)Gabriela Estefano Reis Cleto (UNESP)

Junto às indefinições conceituais de televisão digital, outras questões aparecem referentes a esse modelo de comunicação, principalmente no que diz respeito à verdadeira capacidade de trazer mudanças significativas para população brasileira. Com o objetivo de propor o debate e chamar atenção à importância de elaboração de políticas públicas nesse cenário, que pode significar a reestruturação do setor audiovisual mais heterogêneo, neste trabalho são delineados os principais marcos na implantação da televisão digital para serem apresentadas, em seguida, questões referentes a políticas públicas com fins de promover a democratização do meio e, consequentemente, o acesso aos direitos básicos e o exercício da cidadania.

Palavras-chave: Televisão digital. Políticas públicas. Inclusão social. Informação e desenvolvimento em Televisão digital. Produção e difusão em meios digitais.

Page 76: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

76

GT Cultura Digital

A VELOCIDADE ANTROPOFÁGICA DAS IMAGENS DIGITAIS

Júlio César Riccó Plácido da Silva (UNESP)

O presente artigo apresenta uma discussão sobre o ato de fotografar frente às novas tecnologias, e a mudança em seu processo, do sistema analógico para o digital. Questionando a interpretação das imagens obtidas pelo autor, o fotógrafo, que se deslumbra diante do novo cenário, perdendo o controle na condução do registro da imagem, uma vez que os novos equipamentos e ferramentas proporcionam a automação e popularização do meio de registro das imagens.

A constante discussão no plano teórico sobre a fotografia em tempos atuais é resultado de alterações no processo de captura, onde o aparelho mecânico foi transformado em digital, e a imagem é memorizada de forma numérica e não mais por processos químicos.

Entretanto essa constante discussão se realiza à luz do fato da fotografia ser base tecnológica, conceitual e ideológica das diversas mídias contemporâneas, revelando grande importância nos meios de comunicação que se beneficiam constantemente desse advento.

Sua atual natureza tecnológica resulta em algumas restrições de suas possibilidades em seu meio criativo, reduzindo-a em um destino simplesmente documental, e parte de seu processo sofre uma hipertrofia do momento decisivo.

Mas o objetivo do artigo não é criar uma discussão sobre a forma de se obter imagens ou por quais meios, isto é, através de recursos mecânicos ou de processos digitais, e nem mesmo a interferência por meio da manipulação digital muito questionado no mundo acadêmico e publicitário. Este estudo busca questionar a forma como as imagens estão sendo utilizadas no meio midiático e como incentivar o desenvolvimento de outros processos fotográficos que não apresentem os fatos como eles realmente são, possibilitando a expressão de novas realidades interpretativas daquele que observa ou vê.

Não só a arte fotográfica, mas as outras artes de modo geral, devem insurgir contra a automatização e robotização, isto é, a que elimina toda potencialidade de liberdade criativa que existe dormente ou ignorada no executor da obra e do leitor.

Portanto, deve-se de forma criativa dispor de novos instrumentos para novas práxis, dessa maneira, a fotografia continuará agindo não só como registro histórico, mas também como contribuição significativa para a sociedade que utilizará de tecnologia moderna e atualizada para novos registros do seu pensar, fazer e estar na comunidade em que se encontra.

Palavras-chave : Fotografia. Digital. Antropofagia. Artes Visuais.

Page 77: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

77

PORTAL-AGÊNCIA: COMO MANTER UMA RÁDIO COMUNITÁRIA NO ARJussara Priscila Tech (UEPG)

Esse trabalho tem como objetivo um site que auxilie os mantenedores de rádios comunitá-rias do Paraná com assessoria jurídica na busca da concessão, produção de material radiofônico para ser veiculado e matérias sobre rádios comunitárias e programas que deram certo no Para-ná. O trabalho faz uma discussão teórica sobre comunicação comunitária, rádios comunitárias e jornalismo na web. Além de buscar com os mantenedores e com pesquisas as dificuldades dessas rádios. Para obter o resultado esperado, além de uma pesquisa teórica na área de comu-nicação comunitária com autores como Raquel Paiva e Cecília Peruzzo e na área de web com João Canavilhas e Marcos Palácios. Os mantenedores de rádios comunitárias foram entrevis-tados e relataram suas principais dificuldades, áreas de interesses de programas e público a que se dirigem. A construção do site ainda está em andamento, mas experiências na questão de mídia cidadã já podem ser sistematizadas através desses estudos. Tais como quais as maiores dúvidas e problemas das rádios comunitárias paranaenses o que há de errado nas leis que re-gulamentam as rádios comunitárias no Brasil. O importante do projeto é conseguir reforçar as raízes do que é de fato comunitário e colaborar com as rádios que ainda estão definidas assim apenas no papel e esse artigo pretende teorizar isso. É importante também ressaltar que o site é um espaço de interação entre os mantenedores de rádios comunitárias e assim ele deve servir não apenas para a troca de material radiofônico, mas na troca de experiências em tudo o que se refere à comunidade, usando para isso uma nova mídia que cresce a cada dia e é cada vez mais usada pela população.

Palavras chave: Rádio. Comunicação comunitária. Jornalismo na web.

PORTAL COMUNITÁRIO: UMA EXPERIÊNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS COMO ESPAÇO DE CIDADANIA Jussara Priscila Tech (UEPG)Michele Goulart Massuchin (UEPG)Cíntia Xavier (UEPG)Maria Lúcia Becker (UEPG)

O Portal Comunitário é um projeto de extensão que envolve as disciplinas de jornalismo comunitário, telejornalismo e webjornalismo e tem como objetivo construir um novo espaço mediático para atender as camadas excluídas da grande mídia. Para disponibilizar a produção

Page 78: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

78

GT Cultura Digital

das notícias feitas em parceria com as associações de moradores, ONGs e sindicatos é utilizado como suporte a internet, onde os alunos postam o material que fica a disposição de todos. O espaço se justifica, pois além de ser uma forma econômica que possibilita divulgar a produção jornalística dos acadêmicos, se apresenta como forma de ultrapassar as barreiras impostas por outros meios de comunicação, os quais não dispõem de espaço para a produção cidadã, voltada para o público que está à margem da sociedade. Para ajudar a explicar a caracterização do projeto como mídia cidadã, o artigo trabalha com uma revisão bibliográfica sobre as novas mídias, relacionando-as com o jornalismo comunitário e a possibilidade de proximidade e interação com a comunidade. O Portal é uma forma de mostrar como as novas mídias possibilitam dar visibilidade para a cultura e o cotidiano dos bairros, entidades, ONGs e outras associações que antes não possuíam espaço na produção jornalística da cidade de Ponta Grossa. Unindo os conceitos de comunicação comunitária, jornalismo popular e jornalismo sindical, o trabalho realizado pelo projeto de extensão contribui para promover e dar espaço para essa camada da sociedade excluída da mídia convencional e que encontra na internet um meio de expor suas idéias, problemas e atividades por meio da produção jornalística feita pelos estudantes. E é por meio dessas características que o Portal pode ser um exemplo de como as novas tecnologias podem se mostrar como um espaço de cidadania. Dessa forma, o artigo apresenta algumas discussões que envolvem a produção jornalística do Portal Comunitário na tentativa de mostrar como as novas tecnologias podem ser utilizadas para a construção de um espaço de cidadania.

Palavras-chave: Cidadania. Novas Tecnologias. Internet.

OS RUMOS DA LINGUAGEM: COMO SE DÁ O PROCESSO DE CRIAÇÃO DA LINGUAGEM ONLINE E QUAIS OS RUMOS DA LÍNGUA PORTUGUESA NA COMUNICAÇÃO VIA INTERNET E CELULARKaren Barbarini (UNESP)Antônio Francisco Magnoni (UNESP)

Objetivo geral: a pesquisa tem como objetivo compreender o processo de criação de novas linguagens para novos meios comunicativos. O foco será a análise de formas de comunicação via messengers online. Iremos observar como as pessoas criam em suas práticas comunicativas, as diversas formas de linguagens utilizadas hoje, principalmente nos meios digitais. A motivação da pesquisa deriva da preocupação e dos questionamentos que pesquisadores e educadores questionam têm com a crescente simplificação e a inobservância dos padrões e normas cultas da língua, pelos internautas.

Page 79: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

79

Objetivo específico: Da mesma forma que há o desenvolvimento de linguagens específica para cada um dos atuais meios informacionais,como a internet e o telefone celular, houve no passado, a criação de linguagens apropriadas para as novas tecnologias de comunicação e informação, como o telefone, rádio e televisão. Portanto, o processo de adaptação da linguagem para diferentes meios e ambientes sociais é natural e inerente à comunicação humana. Assim, iremos estudar como ocorrem os processos de organização dessas novas formas de linguagens. Tais dados poderão nos ajudar a entender as mudanças da língua, e da comunicação como um todo.

Quando analisarmos os meios de comunicação disponíveis atualmente, iremos perceber que a internet foi o primeiro veículo a tornar a linguagem escrita tão instantânea quanto a fala. Antes da web, a forma mais rápida de comunicação cotidiana escrita eram os bilhetes. A comunicação inter-pessoal escrita em espaços de relacionamento da web adquire características muito próximas da comunicação oral. Se em uma conversa nós temos a tendência de cortar os finais de palavras terminadas em “s” e “r”, será quase instintivo abreviar ou adaptar a ortografia para agilizar a escrita em uma ferramenta de comunicação rápida e multilateral.

A metodologia utilizada: leituras sobre os processos de formação da linguagem dos seres humanos e sobre a utilização da internet como meio de comunicação. Análise de artigos científicos que estejam relacionados, ou que possam esclarecer o tema. Também serão feitas amostragens da linguagem utilizada online por pessoas de diferentes idades e classes sociais, para que seja possível captar o que é linguagem típica deste meio sem que nos deixemos influenciar por gírias ou palavras específicas de certos ramos.

Uma outra variável será analisar as ocorrências e registrar exemplos de incorporação de vocabulário dos veículos pela língua portuguesa leiga, de uso cotidiano, a despeito das tentativas de abrasileiramento das palavras.

É inegável que a introdução da internet no cotidiano das pessoas adaptou a linguagem que elas usam na rede e introduziu novas palavras e formas de relacionamento em suas vidas. A tentativa de descobrir como se dá essa adaptação pode nos ajudar a prever o futuro da língua portuguesa. Com esses resultados em mãos, poderemos especular sobre o futuro das modificações que a linguagem sofrerá com a tendência que existe no mercado de tornar a comunicação online cada vez mais instantânea, seja por messengers online, mensagens sms ou conferências via celular, sem barreiras de distância.

Palavras Chave: Comunicação. Linguagem. Interface. Internet.

Page 80: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

80

GT Cultura Digital

BASES DE IMPLANTAÇÃO DA TV DIGITAL NO BRASIL: UMA PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO DOS NÚCLEOS DE PESQUISA ACADÊMICOS PARA A CONSOLIDAÇÃO DE UMA TV DEMOCRÁTICA E CIDADÃ

Leonardo Enrico Schimmelpfeng (UNESP)

O presente artigo refere-se ao processo de organização e regulamentação para alicerçar as Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC e a Sociedade da Informação no Brasil, da qual, em setembro de 2001 foram determinadas as diretrizes no Livro Verde da Sociedade da Informação. Partindo dos princípios apresentados no livro, principalmente nos tópicos relati-vos à inclusão digital, democratização da informação e, integração e associação dos núcleos de pesquisa, discute-se as bases das políticas de democratização da Informação e os processos de implantação da TV Digital no Brasil, iniciados com propostas da criação do SBTVD, apresen-tados pelo decreto 4.091 , de 26 de novembro de 2003 e, posteriormente, colocados em cheque devido às determinações difusas apresentadas no decreto 5.820 de 29 de junho de 2006, regu-lador da implantação do SBTVD-T.

Após definidas as diretrizes do processo de regulamentação do sistema de TV Digital a ser implantado no Brasil, muitas das expectativas de que uma TV interativa,democrática e cidadã seria parte do cotidiano dos brasileiros foram minadas. Porém, apesar de o governo sinalizar que o processo já foi definido, esses decretos ainda não entraram em vigor, o que permite que as universidades e a sociedade civil se organizem para cobrar as medidas democráticas e cidadãs propostas nesses decretos. Assim, sugere-se que pesquisadores busquem se organizar para que aja uma produção coletiva e transdisciplinar na área, visando integrar os núcleos de pesquisa espalhados pelo país para que modelos e formatos de caráter democrático de TVD-T sejam difundidos e apresentados aos órgãos governamentais e à sociedade

Assim, este artigo apresenta meios para que as pesquisas acadêmicas se associem e quebrem barreiras relativas ao acesso desses trabalhos, às produções coletivas e às ações transdisciplina-res, a fim de se buscar um processo de consonância dessas pesquisas, explorando e definindo possibilidades democráticas para o SBTVD-T. A interação mencionada deve ser perseguida devido às amplas discussões acadêmicas na área que, em geral, buscam fomentar à TVD-T brasileira características democráticas com serviços de interatividade aos telespectadores.

Palavras-chave: TIC. TV Digital. TV democrática. Pesquisas acadêmicas. Novas propostas

Page 81: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

81

A CRISE DA AUDIÊNCIA E A FALTA DE ATENÇÃO NA MÍDIA TELEVISIVA

Licínia de Freitas Iossi (UNESP)

As novas tecnologias que entraram no cenário ultimamente permitiram a pulverização dos meios de comunicação e levaram a fragmentação da audiência nas diversas mídias, principal-mente na televisão, que já vinha passando por dificuldades com a disseminação da televisão por assinatura. Conquistar a audiência nos dias atuais está cada vez mais complicado. Hoje não podemos crer que a audiência é somente um número estatístico, realizada por uma pesquisa em determinadas regiões, mais do que isso, devemos levar em consideração a atenção que os telespectadores dispõem em frente ao meio de comunicação que estão interagindo, em que alguns meios como a televisão ainda sofre a concorrência não somente com outras mídias, mas também com afazeres ou conversas dentro de casa. E essa queda da audiência, além de afetar os programas televisivos, agrava-se nos intervalos comerciais. Walter Longo, especialista na área de marketing, nos aponta que a questão principal hoje é manter a atenção dos espectadores, pois não adianta a TV estar ligada se não há um telespectador para assistir ao conteúdo que está em veiculação. Por isso essa falta de atenção, leva aos comunicadores a pensar alternativas mais eficientes e efetivas para que esse efeito da transformação da cultura e da sociedade não atrapalhe os processos de comunicação, seja nas mídias, nos programas ou nos comerciais. Essa reflexão entre os avanços dos processos comunicacionais e da sociedade são importantes, pois as mídias mais antigas – como a TV diante das mídias digitais – não deixaram de existir, mas sim, concorrerão com elas, às vezes mais estimulantes e atraentes.

O objetivo desse trabalho é analisar o processo e as transformações culturais que levaram ao resultado dessa queda de audiência e da desatenção por parte dos telespectadores frente aos meios midiáticos e quais contribuições serão válidas para que a audiência continue efetiva no conteúdo da mensagem.

Por tratar-se de um tema mais conceitual, o tipo de metodologia abordada para esse traba-lho será a pesquisa teórica, baseadas nas pesquisas bibliográficas. A pesquisa nos fornecerá um panorama da evolução da cultura em relação às novas transformações que as mídias vêm acar-retando na sociedade. Após coletar dados através das pesquisas bibliográficas chegaremos os resultados e as conclusões dessa pesquisa, verificando os objetivos propostos para esse trabalho.

Palavras-chave: Audiência. Atenção. Televisão. Cultura. Mídias

Page 82: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

82

GT Cultura Digital

JORNALISMO NARRATIVO: POSSIBILIDADE PARA A SOBREVIVÊNCIA DO JORNALISMO IMPRESSO DIÁRIOLilian Martins (UNESP)

Este trabalho pretende discutir o declínio do número de exemplares de jornais impressos e o jornalismo narrativo como possibilidade para reposicionar o jornalismo tradicional.

Para tanto, as reportagens da coluna A Vida Que Ninguém Vê, publicada em 1999 no jornal Zero Hora de Porto Alegre, são estudadas. Assinados pela jornalista Eliane Brum, os textos da coluna, além de trazerem uma configuração narrativa diferente da tradicional, tam-bém foram construídos a partir de fatos corriqueiros e pessoas comuns. Bem recepcionada pelo público, a experimentação textual da repórter é discutida como uma das possíveis alternativas para resgatar o interesse do público, comprovadamente em declínio, pelo jornal impresso diário.

Dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC) sobre a circulação média de jornais para o mês de abril de 2009 revelam que nenhum dos principais jornais do Brasil atingiu o a circulação de 300 mil exemplares diários no mês de abril de 2009. A Folha de São Paulo teve 289 mil, O Globo contabilizou 259 mil e o Estado de S.Paulo ficou nos 214 mil exemplares. A circulação diária em abril de 2009, se comparada aos números de abril de 2008, representa uma queda para os jornais de 10,84%, 7,75% e 16,93%, respectivamente.

O que estaria acontecendo com o jornalismo impresso diário? Autores que pontuam a questão, estudados e referenciados neste trabalho, como Carlos Eduardo Lins da Silva, acre-ditam que a facilidade de acesso a outras mídias, especialmente à Internet, além do excesso de objetividade e de distanciamento nos textos são os principais motivos para a decadência do nú-mero de leitores dos jornais. O estilo de Eliane Brum apareceria, então, como um contraponto a este modelo que está afastando o público.

Nas reportagens da jornalista, pessoas comuns se transformam na notícia. A repórter, por sua vez, descarta a neutralidade e se assume também como personagem, participante do acon-tecimento. As inovações e experimentações literárias de Eliane, superando as expectativas dos idealizadores da coluna, tiveram ótima aceitação do público. Como conseqüência da coluna, em 1999, Eliane recebeu oPrêmio Esso de Jornalismo – Regional Sul de Jornalismo. Em 2006, com 23 das 46 reportagens reunidas no livro homônimo, a jornalista conquistou o renomado Prêmio Jabuti, na categoria Livro Reportagem.

A grande receptividade das reportagens da jornalista pelo público traz possíveis indaga-ções: o cidadão comum, aparentemente sem nada de extraordinário, aquele que anda pelas ruas com milhões de tantos outros, pode virar notícia? As histórias destes personagens são de fato relevantes? Podem trazer à tona problemas da sociedade e, finalmente, informar e fazer refletir o leitor?

Page 83: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

83

É neste contexto que a análise das reportagens da coluna A Vida Que Ninguém Vê, de Eliane Brum, torna-se instigante. Não só pelas possíveis e saudáveis possibilidades de debate sobre noticiabilidade e confluência de gêneros nos textos jornalísticos, mas sobretudo pelas alternativas a serem buscadas para os efeitos provocados pelas novas tecnologias sobre o jornalismo impresso diário.

Palavras-chave: Comunicação. Jornalismo. Reportagem. Literatura. Alternativa.

NOVOS MÉTODOS DE FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

Lílian Mendonça Guarnieri Silva (UNESP)

A transposição da base da comunicação verbal da escrita para a oralidade é uma das principais mudanças da contemporaneidade. Enquanto, no fim do século XIX, o público temia que a imagem do trem em movimento transcendesse o plano de reprodução, o indivíduo contemporâneo domina tão bem a linguagem audiovisual que até interage com ela.

A interatividade desfaz a hierarquia da posse da informação e do conhecimento. Primeiro, porque os meios digitais possibilitam o acesso a todo tipo de informação e, segundo, porque a maneira de produção do conhecimento já não é mais centralizada, mas, sim, colaborativa. É nesse contexto que a educação brasileira e os métodos de produção jornalísticos relutam para sobreviver com modelos anacrônicos de formação e informação por meio da concentração do conhecimento no emissor (professor/jornalista).

Milton José de Almeida comenta que as escolas não estão preparadas para receber esse tipo de mudança. A estrutura “escola” se personifica em duas bases: método e educador. Ainda que os métodos sejam desenvolvidos, é evidente o despreparo do professor para lidar com esses novos parâmetros pós-modernos de apreensão, os quais são aguçados desde a infância. Por exemplo: quais jovens da atualidade não passaram boa parte da infância assistindo desenhos animados na telinha? Assim, tornam-se necessários métodos mais tangíveis à realidade desses indivíduos que cresceram na cultura audiovisual e se desenvolveram junto à cultura digital.

Na tentativa de compreender a “composição” do homem pós-moderno, Michel Maffesoli o compara com os elementos da música eletrônica, pois ela engloba características essenciais desse novo indivíduo, tais como o individualismo, o universalismo abstrato e a busca pelo êxtase coletivo. O ritmo techno se dança sozinho, daí o individualismo. A música não tem letra, só batida, que leva à abstração no momento da evolução dos movimentos irracionais e, muitas vezes, ilógicos. Apesar de ser dançado individualmente, o ritual exige um grupo de pessoas executando a mesma ação, que pode levar ao êxtase coletivo.

Esse foi apenas um exemplo citado pelo autor a fim de demonstrar a complexidade do

Page 84: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

84

GT Cultura Digital

pensamento pós-moderno. Ele também se apropria, felizmente, da expressão “labirinto do vivido” de Abraham Moles para mostrar que a vida não deve ser encarada como uma via reta, cheia das certezas dos juízos pré-concebidos e, inevitavelmente, preconceituosos. Por isso ele defende um “conhecimento plural, do qual participem o sensível e a incerteza”, como também valoriza a “intuição e a imaginação, que permitem apreender a importância dos afetos e paixões”.

De acordo com essa conjuntura é que a produção da informação – principalmente da audiovisual – e a educação devem avançar, se libertando dos clássicos modelos autoritários, pragmáticos e maniqueístas. A interatividade e colaboração tem se demonstrado a válvula de escape para tais dificuldades.

RELAÇÃO ENTRE JORNALISMO IMPRESSO E NOVAS TECNOLOGIAS: UMA ANÁLISE DA REVISTA SUPERINTERESSANTE Luana Fernanda Ibelli (UNESP)Roberta Danielle de O. Silva (UNESP)

O presente estudo tem por objetivo analisar como o meio impresso tem utilizado as novas tecnologias para expandir seu conteúdo e fortalecer sua relação com o público. Nesse sentido, pretendemos avaliar a revista Superinteressante e sua adaptação às inovações tecnológicas, analisando as estratégias usadas para essa adaptação, as reais mudanças a as novas possibilidades que a incorporação das tecnologias tem trazido ao jornalismo produzido na revista.

Palavras-chave: Jornalismo Impresso. Novas tecnologias. Convergência de mídias. Revista Superinteressante.

A DIMENSÃO ONTOLÓGICA FRENTE AOS AVANÇOS DA TECNOLOGIALuciano José Secato Renan Cipriano dos Santos

O presente trabalho aventou de conjecturar os impulsos conflitantes relativos à inserção sistemática das atuais tecnologias frente à posição ontológica, visando esquadrinhar os comportamentos e atitudes observados na contemporaneidade. O objeto da pesquisa – a tecnologia, percebido como um instrumento facilitador das atividades e empenhos humanos praticou uma transformação profunda nas relações sociais e econômicas, alterando e abreviando o tempo intuído no espaço. Essa relação, entre a concepção de ferramentas capazes de alterar a

Page 85: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

85

percepção sensível do real e a utilização positiva das mesmas, suscitou alterações cognitivas sem precedentes. Destarte, como objetivo basal, tais fatores foram cotejados visando uma abordagem crítica na compreensão do homem neste cenário, sobretudo no pujante advento da era digital e seus efeitos sócio-culturais. Para fins metodológicos, utilizou-se de pesquisas bibliográficas pertinentes e observações empíricas dos autores, abalizando o princípio da utilização de instrumentos tecnológicos registrados através de tratados historiográficos, e relacionando-os até o presente momento, fundamentalmente embasados por meio do paradigma da dialética materialista histórica. Tais métodos corroboraram para uma visão objetiva intrínseca aos alicerces da tecnologia – de servir à práxis, sintetizando as formas na qual se apresentam a fim de proporcionar o juízo adequado, por onde a cultura digital determinou o movimento dialético do útil ao efêmero, do proselitismo ao ostracismo, da criatividade a trivialidade ociosa, da produtividade legal a criminalidade, enfim, da produção observável desencadeada pela tecnologia e de seus subprodutos. Como resultado, observou-se, portanto, que a adaptação às novas tecnologias e às suas soluções, apesar de abarcar possibilidades e características positivas no tocante ao uso, promove a alienação social, uma vez que as dependências das ferramentas tecnológicas estreitam as interações e imprimem um caráter introspectivo aos indivíduos, onde as necessidades outrora coletivas (trabalho, relacionamento, comércio, etc.) são suprimidas através do usufruto das modernas tecnológicas, gerando uma relação onde a criatura domina o criador.

Palavras-chave: Tecnologia. Ontologia. Dialética. Alienação.

ALTERAÇÕES NO PROCESSO COMUNICACIONAL COM O ADVENTO DAS TICS Luis Enrique Cazani Junior (UNESP)Letícia Passos Affini (UNESP)

Ao sistema de comunicação oriundo do estabelecimento da rede mundial de computado-res, a Internet, proposto pela revolução tecnológica informacional, dá-se o nome de cibercomu-nicação. Este modelo tem reconfigurado a forma de se comunicar, através de um novo modo de organizar e transmitir a mensagem, que tem modificado os paradigmas atuais da comunicação.

Através das denominadas TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), novos prefi-xos e significações estão emergindo. A cultura na era ciber passa a ser chamada de cibercultura, e os espaços, ciberespaços. Este último surge como um novo veículo veraz capaz de persuadir o limite entre o real e o virtual, e os próprios mecanismos culturais.

Partindo do pressuposto, o presente artigo tem como objetivo principal apontar as mudan-ças na comunicação, em face destas tecnologias e o processo hipermídico (acêntrico), holístico

Page 86: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

86

GT Cultura Digital

e simultâneo sugerido por ferramentas da Internet, em contraponto ao conhecimento linear, metódico e cartesiano empregado atualmente, visando tornar ainda mais o ciberespaço, um espaço de possibilidades.

Escolhendo entre os inúmeros pensadores da técnica Pierre Lévy, Francisco Rudiger, Marshall McLuhan e André Lemos, e da educação como Nilbo Nogueira, utilizou-se como metodologia a leitura e reflexão diacrônica de conceitos supra-citados nas obras dos referidos autores, como telemática, hipermídia e cibercultura, dando enfoque à comunicação, buscando entender suas principais características e peculiaridades. No segundo momento, apontou-se as práticas comunicacionais proveniente desse progresso tecnológico, empregadas na construção do saber, passando por grupos de discussão assincrônicos (newgroups ou grupos de discussão) e sincrônicos (salas de bate papo como Chat ou softwares como Messenger e ICQ) procurando, por fim, mostrar perspectivas.

Concluiu-se que mesmo com a quebra da linearidade da informação e o dualismo ho-mem-máquina, como resultantes da tecnocultura, o “tornar comum” indicada pela etimologia da palavra “comunicar” evoluiu para a denominada cibercomunicação, sem, contudo, deixar o princípio básico de seu entendimento que é a transmissão, não importando o modo. A própria experienciação a partir das próprias descobertas e realizações nas ferramentas citadas colabora com a geração da sabedoria, em vez da recepção passiva de dados. O método hipermídico parte de uma premissa em comum, onde cada qual traça, a partir dessa, o “caminho”, que desejar percorrer no determinado campo de estudo, de acordo com o interesse, ou diante de uma pro-blemática exposta. Isso estabelece uma maior interatividade e um maior conhecimento sobre o assunto, merecendo o devido enfoque dado neste artigo.

Palavras-chave: Audiovisual. Cibercomunicação. Cibercultura. Hipermídia. TICs .

O PAPEL DA EDIÇÃO EM UM VÍDEO SEM CORTESMaiara Helena Ferreira Pedroso (UNESP)Letícia Affini Passos (UNESP)

A montagem tem um papel fundamental na construção de uma narrativa cinematográfica. No inicio do cinema a montagem ainda não existia. Seu potencial dramático começou a ser explorado no início de século XX com os trabalhos de D. W. Griffith, considerado pai da montagem cinematográfica. Hoje os planos e os cortes são ferramentas essenciais para a criação de qualquer filme, sendo utilizados para influenciar reações e sentimentos nos espectadores. O desenvolvimento de novos equipamentos audiovisuais possibilitou uma montagem mais refinada e complexa, cheia de efeitos visuais e sonoros.

Page 87: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

87

Um projeto audiovisual que não emprega cortes ou variação de planos ainda necessita de um editor. É possível a criação de um projeto aonde não haja edição? A edição está presente em todos os níveis da produção audiovisual, o diretor deve planejar os enquadramentos e os planos utilizados. Em um projeto sem cortes, o trabalho do editor pode ser resumido, porém não deixa de ser necessário. Um vídeo de longa duração, que não apresenta corte, pode ser considerado cansativo para uma audiência que está habituada com o uso de mais de um plano e diversos cortes. No entanto, um vídeo de curta duração pode ser útil para demonstrar como a falta de cortes não exclui a participação de um editor. O micrometragem, mesmo sem cortes durante a gravação, ainda precisaria passar por processo de pós-produção antes de ser veiculado.

A pós-produção é fundamental para a veiculação do projeto final. Os créditos finais, introdução e inclusão de inserções sonoras também fazem parte do processo de edição. A correção de pequenos detalhes potencializa a capacidade da produção, além de aumentar a qualidade do produto e agradar aos espectadores. Editores de vídeo possuem inúmeras ferramentas capazes de aperfeiçoar a qualidade do produto final. O vídeo, se necessário, pode passar por uma limpeza de imagem, solucionando problemas de iluminação ou até de áudio. O projeto “Pau a Pixel: Investiga” busca tratar assuntos acadêmicos de modo acessível à população entrevistando especialistas em vídeos com duração média de três minutos. As entrevistas são gravadas sem cortes ou mudança de planos, posteriormente passando por um programa de edição para a inserção de vinhetas e abertura e encerramento, mantendo-se fiel a idéia de uma gravação contínua.

Se no inicio do cinema o principal era a atuação e imagem, hoje o público busca narrativas cada vez mais complexas. Todavia, um projeto experimental que não envolva edição com finalidade dramática ainda necessita de outras ferramentas de edição. A edição está presente em qualquer obra audiovisual, seja com as variações de ritmo de D. W. Griffith, nas teorias de montagem de Sergei Eisenstein ou em um vídeo semi-profissional famoso graças ao Youtube.

Palavras-chave: Edição. Audiovisual. Montagem. Cortes. Cinema.

DECLÍNIO DA RELEVÂNCIA DOS DEBATES TELEVISIVOS ENTRE PRESIDENCIÁVEIS, EM TEMPOS DE EXPANSÃO DAS FONTES DE INFORMAÇÃOMárcia Fantinatti (PUC/COMUNICARTE)Gabrielle Maise Adabo (PUC)

Objetivo: Com o objetivo de refletir sobre os novos padrões de cobertura jornalística em períodos eleitorais - em tempos de maior interatividade entre público e produtores da programação televisiva, e de maior concorrência entre as emissoras de tevê - realizou-se o

Page 88: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

88

GT Cultura Digital

levantamento das transformações introduzidas nas formas de mediar / realizar debates entre candidatos, em eleições presidenciais, pelo telejornalismo da Rede Globo de Televisão. Realizou-se pesquisa bibliográfica, vídeográfica e documental, focada nessa forma particular de intervenção do meio televisivo sobre os processos eleitorais – os debates presidenciais televisionados – buscando constituir um quadro comparativo entre os padrões característicos das eleições realizadas em 1989 e as de 2006. Metodologia: Na esfera conceitual, adotou-se a hipótese do ‘agenda setting’ como referência, pressupondo a capacidade dos meios de comunicação em pautar os debates sociais. Para além da delimitação temática, importava investigar a potencialidade das grandes empresas de comunicações em produzir novos conceitos, a respeito do comportamento ‘idealizado’ dos candidatos ao cargo presidencial, anulando, minimizando ou extinguindo elementos constitutivos da tradição política brasileira. Resultados: Foram identificados, no discurso jornalístico, elementos que confirmam pressupostos da hipótese de ‘agendamento’ da opinião, enfaticamente no que se refere à capacidade em pautar e delimitar as expectativas quanto ao desempenho dos candidatos em debates eleitorais. Porém, a respectiva disposição das candidaturas em enquadrar-se às regras do ‘meio televisivo’ tendeu à relativização, numa fase em que se multiplicam as formas de comunicação ‘direta’ e ‘em tempo real’, entre estas e os eleitores. Conclusões: Se as sucessivas transformações nas formas de cobrir debates políticos de grande envergadura – como são as eleições presidenciais – renderam maior credibilidade às práticas jornalísticas da Rede Globo, verifica-se que ocorreu, simultaneamente, o esvaziamento paulatino dos verdadeiros embates de idéias entre os candidatos; o que, em tempos de maior acesso a informações por intermédio de novas tecnologias, tem tido como reflexo a ampla queda na audiência dos debates, ao lado de notável declínio da relevância dos debates (anteriormente, incontestável), na formação de opinião dos eleitores indecisos.

Palavras-chave: Eleições presidenciais. Rede Globo. Opinião pública.

JORNALISMO EM TEMPOS DE INTERNET: FASE DE RUPTURAS OU DE CONSOLIDAÇÃO DE UM MODELO?

Márcia Fantinatti (PUC/COMUNICARTE)

Objetivo: Na presente comunicação, procuramos demonstrar que a fase atual, de transformações que atingem de forma direta o campo do jornalismo, é determinada historicamente, o que descarta a centralidade da evolução tecnológica nos processos em curso. E que os rumos, formatos e tendências que se desenham, num cenário aparentemente novo, apresentam-se como consolidação de um modelo, mais do que como ruptura de paradigmas. Metodologia: Realizamos um estudo de natureza sociológica, nos parâmetros dos estudos

Page 89: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

89

culturais, com ênfase para os conteúdos. Buscamos por em destaque o discurso hegemônico sobre os impactos das novas tecnologias sobre o jornalismo. Adotamos como hipótese principal, que este: (a) retoma e atualiza visões marcadas pelo ‘determinismo tecnológico’; (b) postula, tacitamente, a neutralidade da produção de conhecimentos, técnicas e tecnologias em comunicação, bem como naturaliza seus respectivos usos, efeitos e suas consequências sobre os processos sociais; (c) a partir de uma suposta inexorabilidade do progresso, no campo da comunicação social, apregoa uma era inteiramente nova para o jornalismo. Resultados: A reflexão que realizamos indica que o jornalismo, na era atual, não se renova ao sabor das novas tecnologias; ao contrário: lança mão destas para ampliar antigos objetivos e tendências. Nosso estudo indica que os sites [ou portais] informativos mantidos pelas principais empresas jornalísticas exemplificam de forma clara o fenômeno. Representam o triunfo da informação movida por interesses comerciais, num contexto em que sobressaem as incompatibilidades deste para com os ideais de uso da informação como motor de transformações sociais, ou seja, como potencialmente voltada ao fortalecimento da cidadania. Conclusões: Se, na aparência, as práticas jornalísticas e a formação da opinião estão sendo moldadas a partir das novas tecnologias, e, no conjunto, apontam para um processo de completa renovação, na essência, as próprias premissas dos novos modelos enraízam-se em pressupostos centrais do jornalismo premido por interesses comerciais, consolidados no Brasil há, ao menos, um século.

Palavras-chave: História do Jornalismo. Jornalismo e Tecnologia. Cidadania.

A RECONFIGURAÇÃO DA ESFERA PÚBLICA NA INTERNETMariana Dourado (UNESP)

O artigo discute a comunicação midiática enquanto meio de abertura para o espaço de uma esfera pública, sendo esta definida por Habermas (1984) como lugar para livre troca de argumentos entre os cidadãos de forma universal e democrática. A reflexão sobre o pensamento deste autor parte da obra intitulada Mudança Estrutural da Esfera Pública (1984), numa visão social e crítica da comunicação, e pretende avaliar se as novas configurações midiáticas de hoje podem refletir ou não o pensamento de Habermas. Mesmo potencialmente utópicas, suas idéias possuem uma realidade histórica em que a mídia passa a ser espaço chave do processo de construção e manutenção do debate público sobre questões sociais. Para Habermas, se os meios de comunicação enquanto empresas não estivessem atrelados aos interesses particulares e à lógica de consumo que inibem o debate público e esvaziam o pensamento crítico, a mídia seria capaz de possibilitar a democracia enquanto mediadora entre Estado e sociedade. Fazendo ressalvas sobre as características não tão democráticas e igualitárias, a Internet –

Page 90: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

90

GT Cultura Digital

suas ferramentas interativas e sua estrutura aberta, horizontal e sem controle – potencializa a retomada de arenas públicas de discussão social desestruturadas no contexto do capitalismo de consumo. Os cidadãos passam a interagir, mobilizar-se e agir na vida comunitária não mais como meros consumidores de informações, mas também como produtores. Qualquer pessoa com acesso à rede é capaz de disseminar a própria informação, expor opiniões, promover debates, fazer protestos. Conclui-se que a rede não é a consolidação da esfera em si, mas, associada a outras instituições, permite uma reestruturação de uma esfera pública mais plural e democrática enquanto ferramenta da promoção da cidadania e de debate público. Entretanto, as iniciativas ainda são pequenas e o desafio será promover uma esfera realmente aberta a todos e estimular a argumentação crítica de um público que está acostumado à passividade e ao conformismo.

Palavras-chave: Habermas. Esfera pública. Comunicação. Democracia.

INTELIGÊNCIA TECNOLÓGICA: COMO OS NOVOS MEIOS IRÃO INFLUENCIAR AS RELAÇÕES SOCIAIS

Marina Stempniewski Ricciardi (UNESP)

O presente trabalho busca investigar como o desenvolvimento e a popularização de novos instrumentos altera a forma de os homens organizarem seus pensamentos, e consequentemente seus relacionamentos. No caso, abordam-se como instrumentos aqueles ligados à difusão da cultura digital (computadores, internet, TV Digital, celulares 3G).

Com o surgimento de novos meios, passamos por uma reorganização midiática, modificações na forma provocam mudanças radicais também no conteúdo. Papéis são reconfigurados, colocando o usuário numa posição mais participante, fazendo-o aproximar-se ou mesmo ser o próprio produtor de informação. A partir disto, indaga-se como poderemos observar as modificações ocorridas nos campos presenciais com mote em relacionamentos virtuais.

O fluxo informacional mais circular, o raciocínio por simulação, a participação e a colaboração abrem novas fronteiras e tipificam a informação de uma maneira mais relacional, caracterizando as mudanças que procuramos entender. Essa forma organizada em rede aproxima-se muito mais da forma de funcionamento do cérebro humano do que o raciocínio lógico apoiado em papéis e canetas, assim como, o mundo wiki aproxima-se muito mais da organização do saber na sociedade do que os livros e jornais impressos. Para tanto, busca-se fundamentação teórica em Lévy, Castells, Negroponte e outros teóricos que interpretam o mundo organizado em bits. A socialização da informação gera também um paradoxo a ser

Page 91: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

91

decifrado, a questão da inclusão digital. Apesar de uma maior quantidade de informações, vinda de todas as direções, estar disponível, muitas vezes, a disponibilidade instrumental e a alfabetização digital determinam como essa informação será aproveitada.

Conforme Lévy, sabemos que não se pode concluir que a máquina produz pensamentos, a força motriz é sempre o homem, mas também sabemos que podemos chegar a lugares que jamais seriam imaginados sem a técnica. Dessa forma, a mudança tecnológica é também social, psicológica, econômica e altera a sociedade como um todo. Não podemos encarar a tecnologia como a grande vilã causadora dos mal-estares sociais nem a grande salvação para os problemas atuais, ela é uma importante peça dentro de uma grande conjuntura, um grande jogo de interesses e de possibilidades.

Palavras- chave: Inclusão digital. Inteligência artificial. Relacionamento mediado.

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO: UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E NOVAS TECNOLOGIASMartha P. Valentim (UNESP)Carolina S. Vianna (UNESP)Elaine Silva (UNESP)Tamara S. B. Guaraldo (UNESP)

A partir de uma abordagem filosófica e sociológica, discute-se a construção dos conceitos de informação e conhecimento, levantando os diferentes significados e aplicações de cada termo ao longo da história. A história intelectual do pensamento sobre esses conceitos convive com questões como a neutralidade da informação e do conhecimento, como conceitos puros e independentes da influência da sociedade. Por outro lado, existiram teóricos que enfatizaram a relação dialética entre sociedade e conhecimento, como Montaigne, Marx, entre outros (CRESPI; FORNARI, 2000). A Sociologia do conhecimento trata das relações entre o conhecimento humano e o contexto social dentro do qual surge esse conhecimento. O problema geral da Sociologia do Conhecimento: estabelecer a extensão em que o conhecimento reflete os fatores determinantes propostos ou é independente deles (BERGER; LUCKMANN, 1973, p. 15). Assim, somos participantes de um “acervo social do conhecimento” que permite que a realidade seja acessível ao senso comum dos membros da sociedade (BERGER; LUCKMANN, 1973). Essa discussão inicial sustenta as bases do questionamento dos termos Sociedade da Informação e do Conhecimento. Na Era da Informação (CASTELLS, 2007) a idéia de Sociedade da Informação está relacionada, preferencialmente, ao conceito que

Page 92: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

92

GT Cultura Digital

relaciona informação à tecnologia. Ambos os conceitos, Sociedade da Informação e Sociedade do Conhecimento vêm sendo utilizados como sinônimos por diversos autores. Quéau (1998) divide os teóricos dessa sociedade em tecnocéticos e tecno-otimistas. Para os tecnocéticos, as Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTCIs) são meras ferramentas, que por si só, não trarão a mudança. Já os tecno-otimistas enxergam nas NTCIs uma revolução profunda, que irá proporcionar a futura Sociedade do Conhecimento. Tendo como base os conceitos da Sociologia do Conhecimento, são tecidas argumentações sobre a Sociedade da Informação e do Conhecimento, referentes a participação no “acervo social do conhecimento” dessa sociedade.

Palavras-chave: Informação. Conhecimento. Acervo Social do Conhecimento. Sociedade da Informação e do Conhecimento. Novas Tecnologias de Informação e Comunicação.

SITES INFANTIS: PERSPECTIVAS PARA UMA INFÂNCIA INTERATIVA

Mayra Fernanda Ferreira (UNESP)

Considerando a presença da mídia digital, em especial a Internet, no cotidiano infantil com produtos específicos para esse público, o presente trabalho investiga sites para crianças a fim de verificar suas características e contribuições para a audiência pretendida. Tendo como ponto de partida os estudos da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI, 2002) sobre a mídia infantil e os apontamentos de Marcos Palácios (2003) a respeito da mídia digital, adotamos como objetos de estudo três sites infantis (UOL Crianças, Mingau Digital e RadarKids) de forma a analisar sua proposta enquanto um produto midiático para crianças em um meio interativo, como a web. A partir da análise do conteúdo proposto, linguagem e forma utilizados e apresentação das seções, pontuamos se os sites estão adequados às características do público de forma a atraí-lo para navegar e interagir. Ao mesmo tempo, verificamos se os sites apresentam as características de uma mídia digital: interação, hipertextualidade, personalização, memória e atualização. Diante dos resultados obtidos, é possível comparar a oferta de conteúdos dessas mídias infantis, a fim de dialogar com as perspectivas da infância na era digital, que, conforme aponta Tapscott (1999), busca ser usuária interativa. Nesse sentido, a análise realizada traça um panorama dos conteúdos e formatos das mídias digitais infantis, ressaltando suas particularidades e diferenças, visando articulá-las com as características do público infantil. Cabe ressaltar que partimos do pressuposto de que esse público é familiar às tecnologias e às suas possibilidades interativas, principalmente ao que se refere à participação como co-autor de conteúdos e construção de redes afetivas por meio da web. Além disso, é

Page 93: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

93

importante atentar para o papel da mídia enquanto educadora, observando as contribuições dos sites para a formação cidadã e crítica do seu público a partir dos conteúdos veiculados. Diante do estudo realizado, novas questões são suscitadas, uma vez que as crianças se constituem como um público em formação, cujos interesses e expectativas devem ser atendidos a fim de que se torne audiência fiel de determinado produto midiático, ao passo que a mídia digital torna-se um meio de valorizar tal público, contemplando suas particularidades, principalmente ao possibilitar o contato com ferramentas interativas.

Palavras-chave: Sites infantis. Crianças. Interação. Mídia digital e infantil.

A INFLUÊNCIA DA NARRATIVA NOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO EM TELEVISÃO DIGITAL

Mozarth Dias de Almeida Miranda (UNESP)

O referido trabalho visa buscar subsídios para analisar o comportamento das técnicas de roteiro e narrativa empregada nos produtos audiovisuais. As tendências e evoluções da produção de vídeo são observadas no decorrer do texto. A estrutura do artigo está dividida em três partes: “A narrativa estabelece qual o tipo de diálogo entre o receptor e enunciador”, “A Produção de TV em tempos digitais” e “Programação e Audiência”.

A primeira etapa desse texto pretende oferecer ao leitor as características do diálogo entre as duas pontas do canal de comunicação. O desgaste dos gêneros jornalísticos desencadeia a implantação da narrativa não-linear no processo de edição nos últimos anos. A tarefa proporciona interpretações do conteúdo televisivo pelo receptor. O telejornalismo digital também será item abordado.

A fase seguinte lançará perspectivas sobre a produção em televisão na plataforma digital. A produção de séries, os novos meios narrativos e o telespectador como agente produtivo revertem economia e dinamismo produtivo às empresas televisivas. Os novos produtos originados, a partir dessas premissas, exibem novos conceitos e formatos.

Os avanços tecnológicos e a produção de conteúdo são dois termos que andam em paralelo e influenciam em todo o processo que estamos analisando, ou seja, essa observação será debatida em nosso trabalho. A venda dos aparelhos de televisão de plasma e das filmadoras portáteis, e a manipulação dessas ferramentas pelo cidadão não-especializado, contribui para participação do receptor na construção de produtos.

O terceiro momento da estrutura do artigo projeta o novo ideal de programação na televisão brasileira. A inclusão social no meio de irradiação da informação estabelecerá um novo conceito de audiência. O telespectador fará parte de uma via de mão dupla que será de

Page 94: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

94

GT Cultura Digital

produzir e assistir. As atrações que não atraírem o retorno do espectador não sobreviverão à concorrência dentro da programação digital.

O artigo tomará como referencial teórico as obras dos autores Roy Armes, Martín J. Barbero, Arlindo Machado, John Pavlik e João Baptista Winck entre outros. O trabalho pretende estabelecer considerações, análises e questionamentos sobre o desenvolvimento dos processos narrativos nos produtos da televisão digital no país.

Palavras-chave: Gêneros jornalísticos. Narrativa não-linear. Produção de conteúdo. Programação interativa. Audiência.

BUSCANDO A MIDIA NO TUNEL DO TEMPO: “CONOSCERSI È IL MIGLIOR MODO PER CAPERSI”Nelyse Ap. Melro Salzedas (UNESP)Guiomar Josefina Biondo (UNESP)

Mergulhar no túnel do tempo buscando a significação do significado, ilumina o percurso diacrônico de um termo.

É que os autores desse texto se propõem a escrever sobre mídia e efeitos especiais, já manipulados no século XVI, e segundo alguns críticos, tão hodiernos em Hollywood. Tudo acontece, tais efeitos especiais, com a câmera fotográfica, com a filmadora, com pintores e escultores, ao buscarem o tu (outro). Tudo se encaixa e se inicia com o olhar e com o representar.

O nosso objetivo diz respeito aos efeitos especiais e aos textos implícitos nas esculturas e nas telas carregadas de sentido e, algumas vezes, codificadas em linguagens não verbais. Os efeitos especiais decorrem de: situ speciffic tromp oeil; anamorfose; uma focalização diferenciada, estranha, inusitada; trompe oeil, engano da visão, visão falsa, ilusão projetiva; anamorfose, transformação da imagem através da visão. Pois bem, onde tais fenômenos ocorrem? Citemos alguns concebidos por Michelângelo, Leonardo da Vinci, respectivamente em Moysés, Jonas e na Anunciação.

Avançando um pouco mais e mudando de veículo (mídia), a propaganda também se utiliza de tais recursos.

Desse modo as artes visuais perpassaram por várias área de conhecimento sejam elas teológicas, sociais, metodológicas e midiáticas. Michelângelo no teto da Capela Sistina; da teologia ao abordar ação do mundo, do homem, da mulher; ao esculpir Moysés. Já Rodin, esculpe na pedra várias peças centradas nos movimentos das mãos e dos dedos. No modernismo brasileiro Di Cavalcanti cria uma série da Gabriela, resultante da leitura do texto de Jorge Amado, porém são as suas Gabrielas que se dizem pelos cabelos, pelas mãos, pelo indicador,

Page 95: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

95

pelas pernas, é a Gabriela amante, cozinheira que o pintor constrói: a desejada e manipulada pelos homens de Ilhéus.

A obra de arte, além da sua transversalidade, está sempre em movimento ao incitar, continuamente, processos de re-criação.

Palavras-chave: Mídia. Atualização. Fonte de produção.

A CONSTRUÇÃO DE SENTIDO NAS CONVERGÊNCIAS DA CULTURA DIGITAL: O CORPO FRAGMENTADO NAS VIDEOARTES.

Regilene A. Sarzi-Ribeiro (PUC)

Este trabalho apresenta uma das formas de construção de sentido na Cultura Digital por meio do estudo da figuratividade do corpo nas Videoartes tal como um meio de produção de discursos audiovisuais. A pesquisa visa elucidar as seguintes questões: qual o papel da organização figurativa e plástica, da tematização do corpo observadas nas relações da figuratividade do todo e das partes apontam para distintos tratamentos do sujeito e intervêm nas interações narrativas e discursivas? Como as relações entre os diversos sistemas expressivos que compõem o audiovisual atuam sincretizados na formação do arranjo da expressão para construir a identidade do sujeito? Que procedimentos enunciativos concretizam? Como orientam a apreensão dos sujeitos em interação? Considerando que os artistas utilizam as tecnologias de seu tempo esta pesquisa propõe compreender as possibilidades e a lógica desses sistemas a fim de investigar como os sistemas axiológicos dos discursos audiovisuais e a complexidade das figurativizações tornam os meios digitais o ambiente propício para novas conquistas de linguagem. O uso do sistema expressivo videográfico composto de câmera, edição, montagem, monitor, e outros aparatos tecnológicos promovem discussões acerca das relações estéticas e culturais entre as artes visuais e as tecnologias digitais. Igualmente, quando se considera a construção do espaço videográfico por meio do vídeo digital um espaço múltiplo, dividido, cuja linguagem se alimenta dos inúmeros recursos de manipulação da imagem. Neste sentido, o recorte proposto descreve o percurso gerativo de sentido através das topologias do plano de expressão homologadas pelo plano de conteúdo que compõe a analise da Videoarte Matéria dos Sonhos (2002) do Grupo Feitoamãos, por meio da operacionalização dos conceitos elaborados pela Semiótica Plástica e Sincrética. Com o intuito de descrever a construção do sentido cognitivo estésico são tomados como referência os desenvolvimentos teóricos de Jean-Marie Floch, Eric Landowski e Ana Claudia de Oliveira. Os resultados da pesquisa demonstram que a Cultura Digital se expressa nos diferentes modos de construção do

Page 96: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

96

GT Cultura Digital

sujeito através das especificidades tecnológicas. Como nos diferentes recursos audiovisuais do vídeo digital compostos pela configuração dos arranjos plásticos e estéticos dos cortes, zoons, planos de cena, sobreposições, colagens e fragmentação dos elementos verbo-visual e sonoro. A multiplicidade de efeitos e as escolhas plásticas e estéticas influenciam a figuratividade do corpo. As relações entre o todo e as partes nos possibilitam verificar a atuação do corpo como um operador do sentido e da significação do sujeito no contemporâneo.

Palavras-chave: Cultura digital. Vdeoarte. Corpo fragmentado. Semiótica plástica. Sincretismo.Grupo Feitoamão.

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A LINGUAGEM AUDIOVISUAL DO CINEMA CLÁSSICO X A LINGUAGEM AUDIOVISUAL PRODUZIDA PARA CELULAR

Reginaldo Tadeu Soeiro de Faria (IFSP-GRU)

Esta pesquisa objetiva o estudo de quatro elementos utilizados na produção de vídeos com câmera de aparelhos celulares, suas características e propriedades, para podermos realizar uma comparação com o cinema, estudando e analisando, som, plano, movimento de câmera e montagem/edição. Esta pesquisa só se tornou possível graças a uma convergência de meios que vem ocorrendo há muito e que no fim do milênio passado e começo desse milênio teve uma aceleração dessa convergência muito maior, possibilitando aos telefones celulares além de transmissão e recepção de voz, transmissão e recepção de dados, imagens e vídeos, todos em tempo real, além de recepção de sinal televisivo. Analisamos e comparamos os quatro elementos dos quais constatamos diferenças e propusemos alguns modos para solucionar eventuais problemas de gravação, além de analisarmos dois filmes gravados com câmeras de telefones celulares, um longa-metragem e um curta-metragem, considerando os quatro elementos que comparamos anteriormente. Chegamos a conclusão que nem tudo o que propusemos, foi uma melhor solução, passando também pela limitação de tecnologia das câmeras de telefones celulares.

Palavras-chave: Convergência. Telefone celular. Cinema. Vídeo.

Page 97: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

97

A TRANSMISSÃO E COBERTURA ESPORTIVA NAS COPAS DO MUNDO DE FUTEBOL NO RÁDIO E NA INTERNET: CONVERGÊNCIAS E DISPARIDADES Renato Augusto Olívio Filho (UNESP)Douglas de Oliveira Calixto (UNESP)Mariana Leal (UNESP)Antônio Francisco Magnoni (UNESP)

Objetivo geral: Analisar a cobertura e transmissão das Copas do Mundo de futebol no rádio, na internet e suas ferramentas convergentes como rádios virtuais e blogs, estabelecendo diferenças e semelhanças do que pode unir as mídias na transmissão esportiva. Os objetos de estudo serão as edições de 2002 (Coréia e Japão) e 2006 (Alemanha) da Copa, com finalidade de fazer um levantamento das inovações tecnológicas e explicar suas respectivas funcionalidades.

Objetivo específico: Estudar as ferramentas, formatos e linguagens já utilizadas, ou em formação para cobrir o jornalismo esportivo no rádio e na internet e, conseqüentemente, apontar as semelhanças e disparidades entre as mídias e o conjunto ouvinte/internauta/blogueiro. Analisar como os meios estudados criam artifícios para dinamizar e atrair o target. No caso da Internet, a (in)adequação desta cobertura e divulgação esportiva, seja pelos meios comerciais ou iniciativas amadoras como os blogs. No caso do rádio, como o radialista (jornalista/produtor) explora situações da partida e da cultura do futebol para criar elos de comunicação direta com o ouvinte e conseguir prende-los na audiência.

Justificativa da proposta: Nos últimos anos, houve no Brasil crescente popularização da internet. Segundo o Ibope, em 1999 o número de internautas era superior a 2,5 milhões, em 2002, esse número passou para 7,68 milhões de usuários. Hoje, o país se aproxima dos 30 milhões de indivíduos com acesso direto à rede e conta com 18,3 milhões de computadores pessoais. Com isso, o jornalismo esportivo encontrou possibilidades para ampliar sua atuação, o que pôde ser verificado na cobertura de um dos maiores eventos esportivos do mundo: a Copa do Mundo de futebol. Em contrapartida, o Rádio – primeiro veículo a transmitir uma Copa do Mundo no Brasil – viu-se sufocado pelas transmissões do Mundial pela televisão e internet. O desafio é criar novos atrativos e conexões na transmissão das partidas que enfoquem o maior trunfo do veículo: a emoção. A idéia é buscar, em ambos os meios, convergências e inovações, criando novas linguagens, formatos e tendências. Por exemplo, em 2005, a Federação Internacional de Futebol impunha restrições à cobertura da Copa do Mundo na internet, mas em 2006 pôde-se verificar um abrandamento do embargo da entidade aos meios de comunicação na internet, refletindo uma cobertura mais ampla.

Metodologia: O método escolhido para a análise da transmissão e cobertura das Copas do Mundo de 2002 e 2006 no rádio e na internet é o comparativo. Os referenciais teóricos para a

Page 98: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

98

GT Cultura Digital

comparação de seu conteúdo e aplicação nos objetos de estudos serão Bruno Rodrigues e Mark Briggs, jornalistas e teóricos das novas tecnologias da informação.

Resultados esperados: Com este trabalho, busca-se uma melhor compreensão de como se dá a transmissão e a cobertura jornalística esportiva no rádio e na internet de um grande evento como a Copa do Mundo de Futebol. Além disso, procura-se apontar as principais convergências e divergências dos veículos na linguagem, formato e tendências durante a competição, projetando possíveis inovações tecnológicas para 2014, quando o Brasil sediará a Copa do Mundo.

Palavras-chave: Jornalismo; futebol; internet; blogs; rádio; convergência

POR TRÁS DE UM CLICK. UMA REFLEXÃO SOBRE DOIS EVENTOS IMAGÉTICOS: O ADVENTO DA FOTOGRAFIA E DO COMPUTADOR ICONOGRÁFICORogério Daniel Salgado de Oliveira (MACKENZIE)

Na história da humanidade é possível enumerar vários fatos históricos que correspondem a evolução da técnica para representar a natureza ou o que há em redor do artista. A técnica não só consiste na habilidade do indivíduo, mas também na produção de materiais para representar o meio ambiente. Este desejo de copiar a natureza vem do anseio de adquirir a imagem, como se a partir da imagem representada pudesse congelar aqueles instantes ou através da imagem, adquirir uma fração da coisa representada. É importante salientar que por meio de representações da natureza originou-se os primeiros alfabetos com o objetivo de documentar informações para que pudessem ser conhecidas e obedecidas.

Para este estudo serão destacados dois momentos imagéticos: a fotografia e o computador iconográfico. Estes dois sistemas reduziram sua complexidade para apenas um apertar de botão: a fotografia no botão disparador e o computador iconográfico no mouse. O que há em comum também nestes dois eventos é o uso da imagem. O advento da fotografia pode-se considerar o primeiro grande ato da revolução imagética e a democratização da imagem, antes privilégio somente daqueles que tinham talento ou dinheiro. Não se quer afirmar aqui que na passagem da pintura para a fotografia, os primeiros daguerriótipos estavam disponíveis para todas as classes econômicas, mas o acesso a imagem que o equipamento produzia tornou-se gradativamente mais próximo dos menos favorecidos da técnica da pintura ou dinheiro.

O mesmo acontece na informática, pois nos primeiros anos do século xx os interessados pela informática eram os matemáticos, físicos, engenheiros e mais tarde os programadores. O uso do computador não iconográfico exigia do usuário um alto grau de conhecimento em

Page 99: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

99

programação. É importante ressaltar que para elaboração de um softwear hoje exige-se do programador um alto grau de conhecimento técnico, mas o que muda com o computador iconográfico é que para usa-lo não é mais necessário ter um alto grau de conhecimento em programação, pois com o computador iconográfico o acesso ou execução de uma operação está relacionado com as imagens disponibilizadas na área de trabalho (desktop). É importante perceber que o computador iconográfico entra no mercado no período onde as pessoas já tinham um repertório imagético devido seu relacionamento com a fotografia.

Sem dúvida estes dois eventos são frutos do desenvolvimento tecnológico que trouxeram consigo a possibilidade do acesso a recursos que era privilegio de poucos. Com isto, será analisado a importância que esta acessibilidade trouxe para a sociedade hoje. Ao analisar estes dois eventos será colocado em destaque o que se teve de abrir mão para um sistema com maior acessibilidade, ou seja, o que se perdeu dos sistemas anteriores em pró de uma maior acessibilidade.

Palavras-chave: Fotografia. Computador iconográfico. Acessibilidade. Ícone. Comunicação imagética. Tecnologia.

CELULAR: JORNALISMO DIGITAL MÓVEL E AS NOVAS FUNÇÕES DO APARELHOSara Lemes Perenti Vitor (UNESP)

Objetivo: Mostrar como o celular tornou-se hoje uma ferramenta multifuncional, chegando até a substituir a TV, o computador, os jornais e inclusive os bancos, deixando de ser apenas um aparelho telefônico. O artigo irá focar na veiculação de notícias pelo aparelho móvel.

Metodologia: Pesquisa na internet de notícias a respeito de serviços feitos via celular e artigos relacionados à temática, leitura de livros sobre cultura digital e relacionados a aparelhos celulares e jornalismo digital móvel.

Resultados: Os celulares atualmente proporcionam diversas possibilidades, entre elas a veiculação das notícias, normalmente por meio de SMS; tais informações vão de acordo com o interesse do leitor, selecionadas por certos filtros do próprio aparelho ou da operadora; em alguns casos, os fatos chegam a ser veiculadas no momento em que ocorrem.

Para Santaella (2007, p.125) a principal característica da cultura das mídias, consiste em “permitir a escolha e o consumo mais personalizado e individualizado das mensagens, em oposição ao consumo massivo”. Esse aspecto pessoal, predominante na recepção das mídias, segundo a autora, prepara o usuário para a chegada dos meios digitais ao promover um treinamento de busca dispersa e alienar: “uma busca individualizada da mensagem e da

Page 100: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

100

GT Cultura Digital

informação”. (CARVALHO, 2007)Há diversas informações na internet sobre as utilidades do telefone móvel, focando

nas novidades que surgem e nas buscas por novas possibilidades, além do impacto causado na sociedade em geral. Nadja Carvalho, professora de pós-graduação de comunicação na UFPB, defende que o celular inclui-se no conceito minimídia, que “fixa-se numa dimensão miniaturizada, acionando por sua vez uma percepção espaço-temporal de pequenas proporções, tanto no que se refere ao processo de produção quanto a natureza da linguagem e da circulação de informação e entretenimento”.

O celular deixou de ser apenas um aparelho telefônico e passou a oferecer diversas utilidades; além da comunicação por meio das notícias, possibilita assistir a programas da TV, acessar a internet e utilizar serviços bancários, sem precisar se deslocar de onde esteja. A transmissão de vídeos em tempo real é uma das possibilidades do aparelho, além de outras novidades oferecidas recentemente como acompanhar a movimentação em seu FGTS, pagar contas diretamente pelo telefone móvel e inclusive praticar exercícios físicos, ferramenta oferecida pela loja de produtos esportivos Centauro.

O destaque escolhido a ser analisado gira em torno das notícias veiculadas por SMS, mas não deixa de lado as inovações tecnológicas que a telefonia móvel nos proporciona atualmente.

Conclusões: O aparelho celular deixou de ser um simples telefone móvel e, cada vez mais, traz novas possibilidades a seus usuários. Entre as diversas oportunidades oferecidas, há o “jornalismo digital móvel”, que cresce gradativamente, com novas maneiras de trabalhar as notícias, buscando levar o leitor a ter uma visão ampla do que acontece, para posteriormente buscar mais informações em outras mídias do assunto que sentir necessidade de se aprofundar.

Palavras-chave: Celular. Jornalismo digital. Inovações tecnológicas.

FANFICTION: A MANIFESTAÇÃO DO LEITOR COMO PRODUTOR TEXTUAL NA INTERNETSarah Moralejo da Costa (UNESP)

O presente trabalho tem como objetivo a análise e inferência dos intuitos do processo de comunicação na produção textual dentro da cibermídia, realizando um estudo do diálogo estabelecido entre leitores e produtores de fanfiction como fator influente. A pesquisa se realizou em três etapas, desenvolvidas paralelamente: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados - inferência e interpretação.

A pré-análise caracterizou-se pela seleção e coleta dos textos visados pela pesquisa e o contato com seus autores. Esses textos se referiam às publicações do site fanfiction.net que

Page 101: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

101

partiam de elementos presentes na série Harry Potter, de J. K. Rowlling, sendo selecionados aqueles em língua portuguesa, completos, com mais de 100 comentários e classificação M, recomendados a adultos. Essas fanfictions somaram um total de 45 textos de 32 autores diferentes. O contato direto com os autores, por meio de entrevistas via e-mail, propiciou ferramentas de análise que vieram a se mostrar fundamentais para a melhor compreensão da dinâmica estabelecida entre os produtores textuais e os leitores do site, fator central de análise da pesquisa.

A exploração desse material se deu paralelamente à revisão bibliográfica do referencial teórico que conceitua a pesquisa, de forma que a seleção dos trechos pertinentes das entrevistas com os autores e de comentários presentes nos textos selecionados se deu conjuntamente com o embasamento teórico do trabalho, dando margem a uma seleção de temas recorrentes a serem analisados e dispostos em categorias para classificar as principais formas de manifestação ali presentes.

Por fim, a análise qualitativa debruçou-se sobre a seleção das falas dos leitores e autores de fanfiction do site, estabelecendo um quadro apreciativo de como se conjuga a forma de comunicação nesse meio e seus efeitos sobre a construção textual.

A partir dessa observação puderam-se considerar alguns pontos, como a dinâmica do canal de comunicação visado e o questionamento da necessidade de um mediador, a colocação do emissor e do receptor da mensagem nessa dinâmica e a fusão entre esses papéis, e a importância dessa comunicação na relação do leitor com a obra cânon e o texto recriado.

Palavras-chave: Internet. Fanfiction. Literatura. Comunicação.

PROGRAMANDO ALÉM DO VISUAL

Sarah Thais Trindade Wingeter Silva (UNESP)

O curso de Design Gráfico também é conhecido por Programação Visual, e em nossa graduação aprendemos como ver além do que nossos olhos vêem, e quão importante é para um bom designer se desprender do simples visual. A área gráfica nos dá uma infinidade de possibilidades que vão muito além do que se enxerga. Permite-nos programar muito além do que é visual, permite programar sensações e até emoções.

Devemos pensar que não há restrição de público para um bom designer que não se detém apenas em um sentido, mas enxerga além, não com simples olhos físicos, mas com um olhar muito mais profundo que este. Os objetivos do projeto são conhecer melhor o público deficiente visual, saber as dificuldades que eles encontram no seu dia-a-dia, quais as novas tecnologias usadas para facilitar suas vidas, qual o papel que o design vem desempenhando em

Page 102: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

102

GT Cultura Digital

suas vidas. Quanto à metodologia a pergunta inicial é o que já tem sido feito na área? Como o designer tem atuado atualmente em relação aos deficientes visuais? Por isso, primeiramente, analisaremos dados da bibliografia, como livros que contam histórias de vida de cegos, suas dificuldades, sonhos e conceitos. Após essa fase partiremos para entrevistas e pesquisas de campo, que são a melhor maneira para entender a fundo as necessidades, os projetos, a vida de uma pessoa. O resultado principal esperado com o projeto é o aprendizado a respeito do assunto, aprendendo coisas para a vida toda, que possam ampliar o modo como vemos o mundo e ensinar como ver de uma forma diferente, como relacionar-se de uma forma diferente e com pessoas diferentes. Também, conhecendo melhor o mercado deficiente visual e as novas tecnologias já existentes para ajudá-los, podemos projetar com maior eficácia e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Aprender a pensar em todos os tipos de pessoas antes de realizar um projeto, entender as possibilidades oferecidas, conhecer as novas tecnologias e finalmente obter maior conhecimento científico e metodológico.

Palavras-chaves: Acessibilidade. Design. Deficiência. Inclusão.

COMUNICAÇÃO SOCIAL, SUAS FERRAMENTAS E TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS: DIFUNDINDO E MULTIPLICANDO O SABER

Suelyn Cristina Carneiro da Luz (PEAGADE)Beatriz Stamato (UCO)Joel Nogueira da Silva (PEAGADE)Fernanda Ribeiro da Silva

O trabalho, com previsão de atividades a serem realizadas de agosto a dezembro de 2009, é a última etapa do projeto idealizado pelo Instituto Giramundo Mutuando, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSIP) de Botucatu/SP (www.mutuando.org.br), intitulado “Juventude Rural, Agroecologia e Educação Ambiental: Despertando o olhar da juventude rural para a importância da Natureza e da produção de alimentos de base ecológica”, financiado pelo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Botucatu/SP e com prazo para realização de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010.

O objetivo é ministrar uma série de oito oficinas para os 25 jovens carentes da zona rural e urbana de Botucatu, de ambos os sexos e com idades entre 13 e 25 anos, participantes do projeto. O conteúdo que será apresentado abordará tópicos relacionados ao Jornalismo e suas técnicas, utilizando mídias impressas e digitais para difundir os conhecimentos adquiridos durante as atividades anteriores, sobre Agroecologia e Educação Ambiental. Visando, também,

Page 103: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

103

à inclusão digital, as oficinas terão a internet como ferramenta principal para a produção de um podcasting, que será publicado em um blog comunitário do projeto.

Com linguagem acessível e compatível à realidade do grupo, a finalidade das oficinas será proporcionar aos jovens um aprendizado sobre Comunicação Social e suas aplicações, a produção de materiais jornalísticos (fotos, vídeos, textos, entre outros) e que, durante e ao final das oficinas, eles atuem como agentes propagadores de tais conhecimentos nas redes sociais em que estão inseridos.

A metodologia de ensino utilizada priorizará a participação dos jovens, desde a escolha dos temas de maior interesse até o formato de cada oficina e materiais gerados. Neste processo, os jovens são convidados a refletir sobre questões ligadas à agricultura, produção de alimentos, impactos dos monocultivos no meio ambiente e sobre a importância da comunicação na multiplicação e propagação dos novos conhecimentos obtidos. A postura estimulada será de protagonismo e busca ativa de informações por meio dos métodos citados acima.

Com a realização destas atividades se espera gerar uma consciência ambiental, que permitirá aos jovens desenvolverem novas posturas com relação à segurança alimentar e à concepção do uso correto das ferramentas comunicacionais, a serviço da melhoria da qualidade de vida dos próprios e dos grupos sociais que se encontram.

Palavras-chave: Agroecologia. Educação Ambiental. Jornalismo. Inclusão Digital.

PREPARAÇÃO E DIREÇÃO DE ATORES NA PRODUÇÃO AUDIOVISUALTainah Schuindt Ferrari Veras (UNESP)Letícia Passos Affini (UNESP)

Um ator pode ser definido como um profissional que representa uma personagem a partir de textos, estímulos e coordenadas, utilizando-se de recursos físicos e emocionais para fazer com que o espectador acredite no universo ficcional criado pelos autores de uma obra. A crença no universo em questão torna-se possível quando o espectador que assiste um produto é capaz de visualizar elementos reais capazes de fazer com que ele identifique elementos da história com a realidade em que vive.

O binômio ator-espectador que dá sentido à ficção está presente em diferentes meios, mas em um contexto de filmagem de ações fragmentadas gravadas fora da ordem cronológica de um enredo torna-se cada vez mais relevante a realização de um processo de preparação e direção de atores nas produções audiovisuais. A preparação de atores, anterior ao período de gravação, desenvolve o corpo e a voz do ator para as exigências de sua personagem, além de

Page 104: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

104

GT Cultura Digital

proporcionar subsídios para a criação e adequação dos atributos do ser que ganhará vida na tela; após a preparação, a direção de atores fica responsável por inserir a interpretação do ator no contexto de cenários,marcações e enquadramentos no momento das filmagens.

Com o aumento da visibilidade e a valorização crescente do trabalho do preparador e do diretor de atores, faz-se necessário um estudo sobre a atuação destes profissionais no mercado; dessa forma, a pesquisa “Preparação e Direção de Atores nas produções Audiovisuais” se utilizou de embasamento teórico presente em livros e teses, de aspectos práticos verificados em filmes e novelas e da experiência na realização de vídeos e oficinas para avaliar o papel do ator no universo ficcional atráves da construção de uma personagem, pontuar diferentes métodos de trabalho e apontar as diferenças e semelhanças entre os diversos campos de trabalho permitidos ao ator. Como resultado da pesquisa, foi proposta uma hibridização de conceitos, teorias e exercícios no trabalho com os atores do curta-metragem “A viúva Montiel” realizado por alunos do curso de Rádio e TV da UNESP no ano de 2008.

Através da pesquisa, durante os ensaios com os atores, e após a gravação do curta-metragem, ficou claro que o processo de preparação e direção de atores é importante para proporcionar atuações mais verdadeiras e convincentes, proporcionar segurança e confiança aos atores e agilizar o período de filmagens facilitando o trabalho do diretor geral, permitindo posteriormente que os espectadores da obra audiovisual se identifiquem com as personagens presentes na ficção.

Palavras-chave: Audiovisual. Produção. Ator.

INTERAÇÕES ENTRE JORNALISMO AMBIENTAL, HOLÍSTICO E DIGITAL PARA A MÍDIA FUTURAVivian Maria Federicci de Souza (UNESP)

Serão desenvolvidas neste artigo, observações que aliam a tecnologia ao jornalismo ambiental e holístico como alternativa ao pensamento simplificado, predominante na mídia atual. Partindo do pressuposto que a informação sistêmica é importante para a construção social e deva aproveitar espaços para se ampliar, a tecnologia e a necessidade de saber além do imediato podem contribuir para construção de informações mais atentas à qualidade de vida e ao conteúdo da notícia.

Palavras-chave: Jornalismo ambiental. Jornalismo holístico. Tecnologia. Internet.

Page 105: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

105

TRANSFORMAÇÕES MIDIÁTICAS: OS BLOGS ENTRE O CONTINUUM E O DEGRADÊWagner Alonge (UNESP)

A Internet tem atraído cada vez mais a atenção de pesquisadores como um novo espaço social no qual são gestadas novas formas de comunicação e convivência. Os blogs seriam um dos mais recentes canais midiáticos no âmbito do ciberespaço. Diante disso, objetivou-se investigar os critérios de noticiabilidade e valores-notícia que orientam a instauração de um possível novo formato noticioso nos blogs. Propôs-se, portanto, por meio de um estudo exploratório analisar os dados coletados durante uma semana em três blogs jornalísticos, voltados à editoria de política. Esta análise averiguou se o jornalismo praticado nesses blogs repete o mesmo padrão da grande mídia ou se o potencial multimidático destes canais altera os valores-notícias da chamada mídia de massa. Para isso foi investigado o âmbito dos gêneros e dos temas apresentados nos discursos das postagens, caracterizando, sobretudo seu formato, valores notícias e critérios de noticiabilidade. O embasamento metodológico perpassou pelas categorias dos gêneros jornalísticos e critérios de noticiabilidade teorizadas respectivamente por Chaparro e Traquina. Percebeu-se que nos blogs, o jornalista não tem receios de opinar. Aliás, sua opinião é essencial ao leitor, não precisa de filtros, contudo notícia, interpretação e opinião se completam ocorrendo o hibridismo de gêneros. No espaço dos blogs verificou-se a ruptura com a dualidade infrutífera, do informativo versus o opinativo, existem na verdade a preponderância do gênero comentário e as espécies argumentativas aliadas ao gênero relato noticioso narrativo. Nas postagens ocorre a chamada geometrização dos gêneros, ou seja, os gêneros ciberjornalísticos apresentam-se como modelos tridimensionais (hipertextuais) dentro de uma linguagem multimídia, sendo um gênero coletivo, que funciona como um pacto implícito entre um novo tipo de autor e um novo tipo de leitor: não mais o leitor contemplativo filho da Revolução Industrial, mas o ‘leitor imersivo’. O fato e o comentário do fato, juntos, são instigantes e se tornam mais atraentes porque não são apresentados a um receptor que irá assisti-los, mas compartilhados com sujeitos que querem polemizar. Também evidenciamos que por serem blogs hospedados em grandes portais com vínculos a conglomerados midiáticos, são ainda tolhidos nos temas e se vinculam aos valores-notícias da mídia tradicional e dialogam pouco com a blogosfera. Por ser parte integrante da cibercultura, o blog, enquanto ferramenta jornalística busca transformar paulatinamente a padronização da informação pelos veículos de comunicação de massa tradicionais e se afirmar como uma alternativa de expansão das informações na medida em que potencializam o caráter conversacional e participativo do público. Enfim, os blogs seriam o novo em curso, mas maquiado pelo vínculo ainda transitório, uma “maquiagem” continuum degradê que gera interfaces de acréscimos sucessivos de recursos e consequentes ressonâncias no formato de jornalismo consolidado. Assim, a investigação

Page 106: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

106

GT Cultura Digital

das práticas jornalísticas que se convergem ao ciberespaço leva, portanto, à discussão da materialidade das tecnologias da comunicação, cujo uso habitual e dependência profissional transformam constantemente o jornalismo e a sociedade.

Palavras-chave: Blogs. Cultura Digital. Novas Tecnologias da Comunicação. Gêneros Ciberjornalísticos. Critérios de noticiabilidade.

COMUNICAÇÃO, VISIBILIDADE E VÍNCULO: A PRESENÇA INDÍGENA NA VIRTUALIDADEXenya de Aguiar Bucchioni (UNESP)

O presente artigo busca discutir a presença indígena na virtualidade, observada a partir do Blog Diários, presente no portal Índios On-Line, tendo em vista as possibilidades que se abrem devido ao uso das tecnologias de comunicação. O portal Índios on-line é um portal de diálogo, encontro e troca intercultural, que valoriza a diversidade e facilita a informação e a comunicação para sete nações indígenas: Kiriri, Tupinambá, Pataxó-Hãhãhãe, Tumbalalá na Bahia, Xucuru-Kariri, Kariri-Xocó em Alagoas e os Pankararu em Pernambuco. Por meio dos pontos de acesso à internet, os índios se conectam a rede em suas próprias aldeias, o que os permite estabelecer uma aliança de estudo e trabalho. O projeto do portal conta com a participação da THYDÊWÁ, – associação civil de direito privado sem fins lucrativos, legalizada em agosto de 2002 – que agrupa, atualmente, índios e não índios. Por meio do apoio do Ministério da Cultura, através de seu programa Pontos de Cultura Viva e da ANAI (Associação Nacional de Apoio ao Índio), é que foram disponibilizados os pontos de internet para que as comunidades concretizassem o Índio on-line. A participação dos índios é voluntária e, em todas as comunidades, há jovens e adultos, homens e mulheres, que colaboram com o projeto. Os índios pesquisam sua cultura (há cursos e fóruns participativos no portal), resgatam suas histórias, preservam as tradições e partilham seus conhecimentos. São eles que escrevem, tiram fotos, filmam e publicam o conteúdo do site. E é justamente na produção de conteúdo, especificamente do canal Diários, que reside o interesse do presente artigo, fruto das observações que vem sendo realizadas pela pesquisadora em decorrência de sua pesquisa de mestrado.

Funcionando dentro do esquema de blogs, o canal Diários, permite aos leitores a postagem de comentários e a inserção de tracbacks (que permite sabermos quando há referência a conteúdos de outros blogs). Para além da ferramenta, busca-se entender o blog a partir das relações sociais suscitadas nesse ambiente e, assim, discutir, sobretudo, a importância dessa tecnologia de comunicação para a identidade indígena. Problematiza-se, também, o conceito

Page 107: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

107

de cibercultura a partir de enfoques que partem da atuação dos indivíduos no ciberespaço e não da materialidade técnica.

Utilizando a base metodológica da etnografia virtual, pretende-se demonstrar como as tecnologias de comunicação e informação são apropriadas pelas comunidades indígenas tanto em seu caráter instrumental – enquanto facilitadoras de estratégias, articulações e ações – como em seu potencial formativo – enquanto transformadoras das formas clássicas de organização dos movimentos sociais. Posto isso, enfatiza-se o processo comunicacional em sua capacidade de gerar vinculação, sendo assim, o artigo procura entender como, a partir da experiência do blog Diários, o espaço virtual torna-se válido, isto é, passa a ter um sentido partilhado por seus participantes.

Palavras-chave: Tecnologias da comunicação. Cibercultura. Comunidades indígenas. Blogs.

Page 108: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

108

GT Educação

A SUSTENTABILIDADE NO JORNAL (IM)PACTO AMBIENTAL Ana Carolina do Amaral Silva (UNESP)

Levar aos jovens de escolas públicas a realidade do município de Bauru pela ótica da sus-tentabilidade é o objetivo do jornal (IM)Pacto Ambiental, produzido pelos alunos do Grupo de Estudos Aplicados em Jornalismo Ambiental da Unesp (GEAJAU), desde março de 2008. O projeto de extensão tem apoio da Pró-reitoria de extensão da Unesp (PROEX) e é bimes-tralmente distribuído a escolas públicas de Bauru e região através da parceria com o Jornal da Cidade. Este artigo pretende avaliar a recepção do produto como material pedagógico da educomunicação, isso é, como instrumento para estudo crítico dos sistemas de comunicação e fortalecimento dos sistemas comunicativos em espaços educativos. A análise parte de ques-tionários respondidos por professores e alunos que aproveitaram o jornal tanto em atividades formais quanto informais. Os princípios da educomunicação teorizados pelo Dr. Ismar de Oliveira Soares são utilizados como base para a avaliação dos questionários. Entre as principais constatações estão a falta de preparo dos professores para lidar com produtos midiáticos em sala de aula e a dificuldade dos alunos, com idade entre doze a dezessete anos, para interpretar textos escritos para um público geral. Há respostas de alunos que permitem concluir sobre os valores socioambientais disseminados nas informações do (IM)Pacto Ambiental: eles podem tornar mais sistêmica a visão dos leitores sobre os fatos e suas consequências ambientais, po-dendo inclusive aproximar os jovens da responsabilidade para com um ambiente do qual se sentem mais pertencentes e pertencedores. Entretanto, a maior conclusão alerta que para apro-ximar os jovens do ambiente, é antes necessário um estratégico trabalho de aproximação dos jovens, que não se identificam com um produto modelado para o público-geral. Conquistá-los exige uma produção inteiramente direcionada a esse público: da pauta à diagramação. A sus-tentabilidade é formada por quatro pilares: socialmente justo, economicamente viável, ambien-talmente equilibrado e culturalmente aceito. Ao projeto que comunica pela sustentabilidade, ainda falta conquistar o seu quarto pilar.

Palavras-chave: Comunicação ambiental. Educomunicação. Sustentabilidade. Jovens.

Page 109: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

109

AUTONOMIA NO APRENDIZADO NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA: CONTRIBUIÇÕES DO CAMPO CTS (CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE)Ana Cláudia de Oliveira Leite (UFSCar)

A educação à distância (EAD) é uma modalidade de ensino antiga no país, que remete ao começo do século XX. Mas, foi no começo dos anos 90, com a criação de tecnologias de infor-mação e comunicação (TICs) e a disseminação da Internet nas instituições de ensino superior, que ocorreu um grande crescimento na oferta e demanda de cursos à distância. Visivelmente, percebe-se que tais cursos, além de seguirem a legislação e as normas educacionais para o seu funcionamento, apresentam características peculiares, decorrentes de propostas inovadoras, formas de comunicação e compartilhamento de informação e conhecimento, e flexibilidade e interação entre alunos tutores e professores. As mudanças na sociedade, percebidas no desen-volvimento da ciência e da tecnologia e na sua aplicação na educação, com o crescimento ace-lerado da EAD, demonstram claramente a inter-relação entre ciência, tecnologia e sociedade, cujas dimensões sociais se refletem no surgimento de uma nova cultura educacional voltada à interação, comunicação e aprendizagem. Nesse cenário, o movimento que discute o desenvolvi-mento científico e tecnológico, denominado Ciência, Tecnologia e Sociedade, ou simplesmente CTS, tem se manifestado desde a década de 70, principalmente na área educacional: um curso a distância deve propiciar aos alunos a capacidade de controlar a sua própria aprendizagem, para que tenham maior consciência da sua forma de aprender e dos fatores que influenciam nesse processo. Partindo-se desse olhar CTS reflexivo sobre o processo de ensino-aprendizagem, o presente artigo teve como objetivo investigar como TICs podem contribuir para o desenvolvi-mento da autonomia no aprendizado na EAD. Para analisar a questão levantada, foi utilizado o método de análise de conteúdo, o qual permitiu, por meio de uma investigação qualitativa de um conjunto de dados, a descrição e a interpretação do fenômeno estudado. Na primeira etapa da pesquisa, foram selecionados artigos científicos que continham conteúdo sobre EAD, es-critos em português e publicados em periódicos de acesso on-line e gratuito da base Scielo, no período entre 2005 e 2009. Na segunda etapa da pesquisa, para observar a forma como as TICs contribuem para o desenvolvimento da autonomia na aprendizagem na EAD, as informações coletadas foram organizadas e analisadas segundo a rede de relações composta pela interação professor-estudante, interação materiais-professor, interação materiais-estudante e a interação entre estudantes. A partir dos resultados obtidos, observou-se que o uso das TICs possibilitam o desenvolvimento do processo de construção e reconstrução do conhecimento científico, no sentido em que modificam o papel do professor-educador, fornecem ferramentas para a comu-nicação entre professores e alunos, flexibilizam o acesso ao material didático de acordo com as

Page 110: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

110

GT Educação

necessidades dos alunos e permitem a interação e colaboração entre os alunos. Para a discussão do tema proposto pelo artigo, o mesmo está configurado da seguinte forma: uma introdução com as questões iniciais do estudo; uma breve revisão da literatura sobre o movimento CTS, o uso das TICs, o crescimento da EAD no Brasil e a importância da autonomia no processo de aprendizagem; a metodologia de pesquisa empregada e a análise dos resultados; as considera-ções finais; e as referências.

Palavras-chave: Autonomia no aprendizado. EAD. Movimento CTS . Tecnologias de informação e comunicação

PESQUISA-AÇÃO: O ESPAÇO FÍSICO E SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Andreza Freitas (IESB)Leylane Arruda (IESB)

Realizou-se pesquisa-ação junto a Creche Berçário São Francisco de Assis que atende 136 crianças de quatro meses a seis anos e onze meses, baseando-se em estudos acerca da orga-nização do espaço físico em instituições de Educação Infantil e sua influência no processo de ensino-aprendizagem.

Introdução: Buscou-se examinar o espaço físico, enquanto ambiente escolar, considerando a organização dos materiais, a disposição dos mobiliários e a adequação destes às crianças que deles se utilizariam, buscando estabelecer uma relação entre a importância da adequação do espaço físico com a qualidade do trabalho educativo, e como essa relação pode beneficiar o desenvolvimento infantil e a qualidade do trabalho docente, intervindo na busca de um espaço com uma identidade mais próxima da concepção construtivista assumida pela instituição.

Objetivos: Diagnosticar os problemas do espaço físico institucional e intervir nesse espaço, favorecendo o desenvolvimento de uma prática pedagógica construtivista.

Metodologia: Diagnóstico da realidade; fotografias dos ambientes e dos educadores em sua prática; além de entrevistas aplicadas aos educadores depois das intervenções realizadas no espaço escolar, a fim de averiguar a influência da organização dos espaços na prática pedagógica e sua relação com o desenvolvimento infantil.

Conclusão: Os dados indicam que há uma relação estreita entre a organização do espaço escolar e a qualidade do trabalho educativo, e a mesma organização e o desenvolvimento infan-til, influenciando diretamente no trabalho a ser realizado na Educação Infantil.

Palavras-chave: Educação. Infantil. Espaço Físico.

Page 111: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

111

DESAFIO DO WEB JORNAL-LABORATÓRIO É MAIOR QUE O DO IMPRESSOAngelo Sottovia Aranha (UNESP)

Um web jornal já não pode mais ser uma simples seqüência de matérias com fotos, depois que o leitor clica na manchete publicada na primeira página. Considerando-se o atual estágio da internet e a concepção dinâmica inerente ao perfil do público-alvo, web jornais estáticos estão fadados a serem esquecidos rapidamente, por maiores que sejam o cuidado editorial, a criatividade na redação e o ineditismo das matérias. Escolas e professores de jornalismo que festejaram a chegada dos jornais-laboratório on-line, pensando no fim das despesas de impressão, hoje podem perceber que viabilizar jornais on-line é tarefa mais complexa do que viabilizar jornais-laboratório impressos. Nos web jornais, os deadlines pressionam muito mais os processos de apuração, redação, edição, publicação e o de atualização, e este representa um sério problema por depender dos horários de funcionamento dos laboratórios, dos horários de atendimento dos técnicos, da disponibilização de linha telefônica, de acertos obrigatórios na captação de imagens e, principalmente, do comprometimento dos alunos-repórteres, sem falar na “responsabilidade profissional”, sobretudo, quando a atualização tem ser feita no início da madrugada, por exemplo, sem o professor/coordenador por perto. Se bons jornais-laboratório impressos sempre representaram desafios aos coordenadores desse tipo de atividade teórico-prática, os web jornais representam dificuldades ainda maiores. Na realidade, embora seja im-possível reproduzir nas escolas as condições de produção e edição das redações profissionais, é fundamental que esses exercícios correspondam da melhor maneira possível à realidade que os futuros jornalistas enfrentarão depois de formados. Um dos fatores essenciais para isso é o cum-primento da periodicidade que, por si, já implica a necessidade do cumprimento de cronogra-mas e pautas. Além disso, não pode haver erros na captação de imagens, o que comprometeria o trabalho de diagramação e atrasaria todo o processo, e a responsabilidade deve pautar não só a apuração como a redação. Sem falar na hierarquia dos organogramas dos jornais-laboratório, que não pode ser comparada à de nenhuma redação, com seus editores pressionados por forças políticas e por “patrões”. Não se pode demitir um aluno por não ter cumprido o cronograma, por exemplo, pois o jornal-laboratório existe justamente para que ele exercite suas competên-cias. Falhas podem levar a prejuízos no processo de avaliação do aluno, mas, de qualquer forma, o web jornal-laboratório estaria publicado com manchetes desatualizadas que colocariam em risco a credibilidade conquistada pela publicação. Bons web jornais-laboratório devem contar com as ferramentas que reforçam a interatividade e com os recursos multimídia que permi-tem aos leitores lerem uma manchete “séria” ao mesmo tempo em que “carregam” um vídeo de “humor”, abrirem links sobre notícias esportivas enquanto lêem artigos sobre política, ou sugerirem correções de erros de informação enquanto enviam determinada notícia via e-mail

Page 112: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

112

GT Educação

a um grupo de amigos, por exemplo. No entanto, essa formatação depende de logística sempre atualizada, depende de projetos pedagógicos baseados na interdisciplinaridade, depende do envolvimento de, no mínimo, sete professores e dois técnicos, e do comprometimento de todos com o projeto. O objetivo, neste trabalho, é tentar determinar as condições mínimas necessárias para a viabilização de um bom web jornal-laboratório.

Palavras-chave: Web jornal-laboratório. Jornal-laboratório. Interdisciplinaridade. Novas tecnologias.

PRODUÇÃO DE VIDEOS DIDÁTICOS PARA USO EM ATIVIDADES NA MODALIDADE EADAurélio Hideki Barbosa Ono (UNESP)Eugenio Maria de França Ramos (UNESP)

Objetivos: Com a popularização de web formou-se um cenário que possibilitou a rápida difusão de materiais midiáticos por meios de sites de vídeos , ou portais de internet. Muitos desses vídeos podem servir de apoio as atividades didáticas dando enfoque aos fenômenos naturais ou demonstrações de situações que não podem ser repetidas em aula.

com essas possibilidades vamos discutir o desenvolvimento de vídeos didáticos que consis-tem na montagem e manuseio de alguns experimentos, e também questões didáticas relaciona-das com atividades de ensino e aprendizagem. Esses vídeos foram desenvolvidos para o curso brincando com a física dirigido a professores de educação básica promovido pelo CECEMCA (Centro de Educação Continuada em Educação Matemática, Científica e Ambiental) com duração de 40hs e 5 dias com a temática eletrostática.

Percebemos que na organização inicial dos materiais didáticos do curso que os textos des-critivos poderiam não ser suficientes para entender a montagem ou a sua utilização, com a apresentação do vídeo pretendeu-se a ajudar no entendimento dos experimentos bem como as discussões dos mesmos.

Metodologia: Os protótipos foram filmados de forma a ajudar no entendimento dos expe-rimentos enfocados no curso, quando necessário aos tópicos de discussão do curso e incentivar a curiosidade epistemológica (Freire 2000) dos participantes. Na elaboração dos vídeos consi-deramos que deveriam contemplar: (a) a Utilização dos materiais (b) a descrição de montagem (c)eventualmente com uma utilização inesperada.

Foram utilizados aparatos simples na produção dos vídeos, somente uma câmera digital e iluminação preferencialmente natural.

Para produzirmos os vídeos com uma certa rapidez a elaboração dos roteiros foi funda-mental pois possibilitaram uma organização na mobilização e na utilização dos materiais.

Page 113: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

113

Resultado: Os vídeos tem duração média de um minuto e meio no total de 19 vídeos, tratando de temas como construções, no caso dos videos do pendulo eletrostático, eletroscópio de folha, capacitor elétrico e discussões conceituais como condutores e isolantes. A inserção dos vídeos se deu conforme o desenvolvimento dos conteúdos e o andamento do trabalho didático, divulgando aos alunos os links específicos de cada vídeo nos roteiros de estudo. Todos os vídeos estão reunidos na página da internet: http://cecemca.rc.unesp.br/eprateleira/videos/eletrostatica.htm.

Os participantes tiveram muitas surpresas como é observada na afirmação do aluno:“Sempre fiz a experimentação para identificação se um material é condutor ou isolante (...)

num circuito de 220V. Estou muito surpreso ao ver que estes materiais [refere-se a papel, vidro e borracha] na experimentação que foi mostrada no vídeo foram condutores (...) Estou pasmo! Como explicar isto aos [meus] alunos? Parecia tudo tão simples” ...”.

Os vídeos auxiliaram o trabalho de instigar os participantes a observar os experimentos de outra forma, seja em seu manuseio como também nas suas possibilidades didáticas.

Conclusões: Os videos ajudaram no processo de aprendizagem facilitando o processo de construção bem como a utilização dos protótipos experimentais, sanando algumas dúvidas e instigando a curiosidade dos participantes, e se mostraram elementos didáticos importantes em atividades na modalidade EaD. Sua produção em baixo custo possibilitou a preparação de atividades específicas e adequadas aos conteúdos pretendidos bem como à proposta pedagógica adotada.

Palavras chave: Vídeos. Educação a Distancia. EaD. Experimentos de Física.

SOBREPONDO AS MURALHAS POR MEIO DA EDUCAÇÃO: REFLEXÕES SOBRE POSSIBILIDADES OFERECIDAS PELA MODALIDADE EAD PARA A EDUCAÇÃO EM AMBIENTES DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADECarlos Eduardo Perrenoud (UNESP)Eugenio Maria de França Ramos (UNESP)

Neste trabalho analisa-se de maneira preliminar possibilidades educacionais por meios interativos apoiadas no uso de TICs (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) em Instituições Totais (Goffman, 1987), sobretudo em ambientes estatais de privação de liberda-de. Por vários motivos e fontes de informação o ambiente prisional possui uma representação social negativa, que dificilmente atrai educadores com formação específica e adequada. Além

Page 114: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

114

GT Educação

disso, muitas vezes observa-se que educadores penais que atuam nas instituições mencionadas são inseridos neste ambiente sem nenhuma formação prévia e sem conhecimento da reali-dade prisional, e que, normalmente, levam consigo visões bastante estereotipadas da prisão e do preso. As Instituições Totais enquanto atividade do Estado merecem ser discutidas pela sociedade, considerando possíveis mudanças ou adequações, objetivando tornar o seu funcio-namento mais eficaz, inclusive promovendo o resgate da cidadania do preso, visando sua futura possibilidade de reintegração no convívio social. É neste sentido que consideramos que as ativi-dades educativas na modalidade a distância, seja por meio da Rede Mundial de Computadores INTERNET ou da Televisão Digital, poderiam contribuir na construção de uma nova reali-dade educacional dentro destas instituições, e, dessa forma, seria possível transpor as muralhas que separam tal mundo - ora impenetrável - e a sociedade. Tais Tecnologias de Informação e Comunicação poderiam inclusive oferecer possibilidades de formação de docentes com foco de trabalho na realidade prisional, bem como para agentes destas instituições e presos. No atual estágio exploratório deste trabalho, consideramos a realização de um ensaio teórico reflexivo com base em pesquisa bibliográfica e observações com características etnográficas. Pretende-se com este ensaio fazer um breve panorama da organização escolar nos ambientes prisionais e discutir implicações, limites e possibilidades de como meios interativos da modalidade EaD poderiam contribuir para o desenvolvimento do processo de reintegração educacional e, conse-qüentemente, social do preso, identificando os processos de educação e formação do educador.

Palavras-chave: Educação a Distância. Formação de professores. Instituições Totais.

IMAGEM E SOM EM SALA DE AULA: O USO DO VIDEOCLIPE NAS AULAS DE GEOGRAFIACarlos Henrique Sabino Caldas (UNESP)Cláudio Benito Oliveira Ferraz (UNESP)

Este trabalho é fruto da interação entre a pesquisa realizada como monografia final do curso de pós-graduação Lato Sensu “Arte e Educação”, realizado no interior da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Presidente Prudente (SP), conjuntamente as atividades desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa Linguagens Geográficas (GPLG), vinculado a mesma instituição.

O objetivo desse estudo é, a partir de uma melhor compreensão de como essas novas tec-nologias e linguagens eletrônicas, notadamente pautadas na lógica imagética, influenciam os

Page 115: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

115

alunos que vamos investigar e, a partir desse melhor entendimento, exercitar processos e habi-lidade de análise de imagem e som a partir do uso do videoclipe em sala de aula, em especial no ensino da geografia. Pretende-se também, verificar as leituras e interpretações que os alunos fazem da sociedade através do videoclipe.

O videoclipe foi escolhido por ser um veículo que integra diferentes linguagens e meios de comunicação, notadamente música e imagem, na elaboração de determinadas mensagens que incentivam os jovens ao consumo de produtos permitindo o desenvolvimento do já citado processo de identidade grupal. Já a geografia foi pelo fato de ser uma disciplina que trabalha com referenciais imagéticos, como o estudo da paisagem do mundo moderno, cobrando assim um necessário exercício interpretativo das imagens constituidoras dessa paisagem no senti-do de aprimorar nos estudantes habilidades intelectuais e comportamentais que melhor os capacitem a se orientarem e se localizarem no mundo a partir dos objetivos e elementos que estabelecem contato no espaço imediato, no lugar em que se encontram, tanto na escola, na casa, no clube etc.

A partir dessa perspectiva, passamos a analisar, por meio de observação direta e entrevis-tas, qual a visão que os alunos têm do mundo e como esse entendimento pode auxiliar numa aproximação dos conteúdos a serem trabalhados na sala de aula com a realidade percebida ou ignorada pelos mesmos através de recursos que estabelecem em contato com o cotidiano, como é o caso da música, seus interpretes e os videoclipes.

A aplicação de entrevistas e observações se deu em aulas de geografia de dois terceiros anos do ensino médio de duas escolas, uma pública e outra privada da cidade de Araçatuba, interior do estado de São Paulo. Foi feita a aplicação de questionários visando o levantamento sobre o gosto musical, televisão, tecnologia e sobre o que os alunos entendem das aulas de geografia e de como o uso desse recurso áudio visual auxiliou numa melhor aprendizagem dos conteúdos.

Conclui-se, do até agora analisado, que as condições de acesso a esses recursos audio-visuais fora da sala de aula é mais facilitado para os que possuem um padrão de vida mais elevado financeiramente, contudo, quanto ao processo de análise, interpretação e capacidade de relacionar a musica escutada com as imagens elaboradas, e estes com o conteúdo específico de geografia, não depende necessariamente da facilidade de acesso a esses recursos, mas sim de como os alunos exercitam suas habilidades cognitivas e posturas sociais frente aos problemas que estes recursos apresentam.

Palavras-chave: Videoclipe. Educação. Linguagens eletrônicas. Imagem. Som.

Page 116: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

116

GT Educação

METODOLOGIA PARTICIPATIVA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO: A CONTRIBUIÇÃO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE FORMADORES EM ECONOMIA SOLIDÁRIA PARA A CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTOCarolina Monteiro Santos (UNESP)Thais Rodrigues Marin (UNESP)Valquíria Pinotti Faustino (UNESP)

O artigo é resultado da avaliação e análise das atividades desenvolvidas durante o “Cur-so de Formação de Formadores em Economia Solidária”, uma parceria entre a Incubadora de Cooperativas Populares da Unesp/Núcleo Bauru (Incop-Unesp/Bauru) e a Secretaria Municipal de Bem-Estar Social de Bauru (SEBES), realizado de maio a dezembro de 2008. A Incop é um projeto de extensão da Unesp financiado, a partir de 2006, pelo Proninc ( Programa Nacional de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares), vinculado à SENAES (Secretaria Nacio-nal de Economia Solidária), órgão que integra o Ministério do Trabalho e Emprego. O projeto é baseado no tripé da indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão universitários, e contribui para resgatar o compromisso social da universidade, enquanto produtora de conhecimento e tecnologia. Com uma metodologia transdisciplinar, tem o propósito de atuar conjuntamente com grupos interessados em estruturar iniciativas econômicas com base na Economia Solidária.

A Economia Solidária é um conjunto de práticas fundadas em relações de colaboração, ins-piradas por valores políticos, econômicos e culturais que entendem o ser humano como sujeito e finalidade da atividade econômica, ao invés de privilegiar a acumulação privada de capital. Dentro desta lógica estão empreendimentos solidários e, em especial, as cooperativas populares.

A idealização do Curso surgiu a partir da demanda da SEBES e da rede sócio-assistencial de Bauru de formação de seus interventores e colaboradores em Economia Solidária, para dar continuidade ao desenvolvimento de programas de geração de trabalho e renda e de capacitação profissional. A Incubadora também identificou a necessidade de conhecer o trabalho e a meto-dologia desenvolvidos pelos participantes do curso nas entidades assistenciais e nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). Assim, o objetivo do curso foi criar um arcabouço teórico que servisse de suporte para ambas as partes no desenvolvimento de conhecimentos e re-flexões em Economia Solidária que subsidiassem o trabalho de assistência aos grupos na geração de trabalho e renda.

Embasada na dialogicidade de Paulo Freire, a Incop-Unesp se utilizou de metodologias participativas, sobretudo de dinâmicas de grupo com aspectos lúdicos, que incentivaram todos os membros a contribuir com a discussão e a refletirem sobre o contexto no qual estavam inseridos e sobre suas experiências. Empregou-se, ainda, o uso de vídeos e de apresentações de slides por

Page 117: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

117

meio da projetor de imagens, o que dinamizou o processo de aprendizagem e ofereceu aos parti-cipantes novos recursos a serem utilizados nas entidades assistenciais e nos CRAS. Participantes com conhecimento em áreas específicas, identificadas como demandas pelo grupo, também fo-ram convidados a se inserir em algumas reuniões.

Na avaliação dos resultados, pôde-se considerar que o curso contribuiu para incorporar a Economia Solidária nos programas de geração de trabalho e renda desenvolvidos pelos partici-pantes e a criar coletivamente novas metodologias de formação, baseadas na dialogicidade e na utilização da tecnologia a favor do aprendizado. Ainda, incentivou a criação de uma cartilha de formação em Economia Solidária e uma reflexão acerca das necessidades dos participantes dos programas de geração de trabalho e renda ao iniciar um empreendimento coletivo.

Palavras-chave: Economia solidária. Metodologia participativa. Geração de trabalho e renda. Formação de formadores

INTERNET: CONFLITO ENTRE SEU USO PARA O ENTRETENIMENTO E A EDUCAÇÃO VIRTUAL Caroline Barbosa Zanferrari (UNIP)

O uso da Internet se tornou um tema muito discutido em vários campos de estudo, princi-palmente, na área da educação. A preocupação com o assunto se deu em virtude da rede mun-dial ser capaz de disponibilizar quantidade imensurável de informações, fato este que intitulou os indivíduos contemporâneos como os integrantes da “sociedade da informação”, cuja carac-terística principal é a transmissão de dados em velocidade considerável e de custo não muito elevado. Como conseqüência desta inovação, percebeu-se mutações no que tange à relação ensino – aprendizagem, pois os educadores foram impulsionados a revisar os métodos utiliza-dos em sala e reciclar seus conhecimentos relativos à informática, valendo-se das possibilidades midiáticas e multimidiáticas. Com o advento da Internet, algumas famigeradas padronizações do ensino, como o uso exclusivo da lousa, caderno e lápis, foram sendo alinhados a outros ins-trumentos, oriundos de novas tendências pedagógicas. Assim, foram apresentadas aos alunos novas fontes de conhecimento, além do professor e do material didático de presenças restritas à sala de aula. O objetivo deste trabalho foi verificar que a Internet possibilita o ensino fora do ambiente escolar e, se bem utilizada por seu usuário, pode lhe atribuir inúmeros benefícios, desde que haja interesse de sua parte por buscar na rede, além de entretenimento, o conheci-mento acadêmico e cultural. Para isto, num primeiro momento, foram desenvolvidas pesquisas em livros e internet, para identificar os conceitos e conhecer mais detalhadamente a relação

Page 118: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

118

GT Educação

ensino – aprendizagem na era tecnológica, bem como analisar estudos e teorias que reúnem in-formações sobre o comportamento dos pais, educadores e alunos em relação ao assunto. Como segunda etapa, realizou-se entrevistas com alguns estudantes do ensino médio, grupo de cerca de 30 jovens, cuja idade varia entre 15 e 18 anos, escolha esta feita em virtude da influência que a Internet exerce sobre a especificada faixa etária. Todos foram questionados sobre o tempo de permanência conectados à rede, sites acessados, assuntos pesquisados, softwares ou aplicativos utilizados, entre outros tópicos. Verificou-se, dentre os vários resultados obtidos, que 40% da amostra permanecem mais do que 8 horas diárias conectados e acessam, pelo menos, quatro vezes um site de busca, para pesquisar por palavras ou expressões desconhecidas e lêem sobre curiosidades científicas em blogs e outras páginas de informação. Os outros 60% permanecem até 8 horas diárias conectados e conversam com amigos estrangeiros que conheceram através da Internet, por exemplo. Como conclusão, verificou-se que é preciso disciplina em relação à margem de tempo dispensado exclusivamente ao conhecimento acadêmico. Descobriu-se que o uso de ferramentas modernas como orkut, MSN, blog, twitter e jogos, por exemplo, para os entrevistados, não tem como intuito apenas a descontração, mas também aquisição ou fortale-cimento de conhecimentos, leitura de notícias, aperfeiçoamento das habilidades informáticas e, ainda, compartilhamento das informações assimiladas com os demais colegas internautas, observando-se os sites de pesquisa como um dos mais acessados por serem considerados uma das fontes mais ricas de recursos para estudantes, pois através deles, os usuários conseguem en-contrar vídeos, imagens, áudios, arquivos executáveis e, obviamente, conteúdo para a confecção de trabalhos acadêmicos.

Palavras-chave: Internet. Alunos. Ferramentas. Pesquisa. Conhecimento.

O DESAFIO DA CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS: AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM E TV DIGITAL INTERATIVAClausia Mara Antoneli (UNISA)

Pensando em uma convergência inteligente de mídias e entendendo a importância da in-teração e desenvolvimento da autonomia do aluno no processo de ensino-aprendizagem à distância, podemos analisar e viabilizar formas de integração entre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) e a TV Digital Interativa (TVDI), visando um melhor aproveitamento das possibilidades de interação oferecidas pelas duas mídias.

Com o fato de hoje em dia o acesso das pessoas a TV ser muito grande, entendemos que um aproveitamento da interatividade da TV Digital para o ensino-aprendizagem à distância pode proporcionar, principalmente: uma participação maior do aluno no processo de ensino-

Page 119: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

119

aprendizagem; o atendimento a um maior número de alunos; um aumento significativo da inclusão digital e a ampliação da oferta de cursos à distância.

Para isso, faremos uma análise das formas de interatividade existentes nas mídias aqui estudadas separadamente e uma proposta de estudo que visará as possibilidades de integração entre elas com o grande objetivo de propiciar, tanto ao usuário final (aluno) quanto ao educador (professor), transitar entre a TV Digital e um Ambiente Virtual de Aprendizagem (web) de forma transparente, prática e intuitiva.

Palavras-chave: Internet. EAD. TV digital. Ambiente virtual. AVA. Aprendizagem.

A CONVERGÊNCIA DO RÁDIO COM AS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAISDavi Rocha de Lima (UNESP)Vinícius Santos Lousada (UNESP)

Objetivo geral: investigar o uso de mídias sociais na produção de conteúdos jornalísticos. Objetivo específico: desenvolver um estudo de caso sobre o uso de mídias sociais no site da

rádio de Bauru 94FM <www.94fm.com.br>A rádio 94 FM de Bauru, seguindo tendências mercadológicas para reforçar sua audiência,

reformulou seu site e abriu espaço para as mídias sociais, oferecendo aos seus ouvintes espaços e ferramentas interativas.

O site da 94 FM antes reproduzia na web algumas poucas notícias produzidas para o rádio. Agora os ouvintes podem participar de forma mais ativa e comentar os conteúdos produzidos exclusivamente para o site. Alguns desses conteúdos exclusivos estão nos blogs do site da rádio. Além disso, a 94 FM passou a utilizar a rede social twitter para estar em contato com sua audi-ência e mantê-la informada sobre as novidades do site e da programação da rádio.

O objetivo do artigo é analisar o a importância das mídias sociais para os veículos de co-municação e para o público, além de observar as mudanças ocorridas na estrutura de produção da rádio 94 FM.

A metodologia: Buscar uma comparação dos resultados obtidos pelo site da rádio 94FM antes e depois das mudanças estabelecidas. Por meio de dados fornecidos pela própria rádio e pelo referencial teórico, além de entrevistas com os responsáveis pelas mudanças no site da rádio e com seus ouvintes, pretende-se verificar como era a audiência antes e depois da inserção das mídias sociais no site da rádio.

Resultados esperados: Espera-se confirmar a tendência de convergência entre os mais di-versos meios de comunicação e a importância da utilização de novas ferramentas tecnológicas que possibilitem maior interatividade e participação das audiências. Além disso, também será

Page 120: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

120

GT Educação

averiguado se está havendo a migração do ouvinte da rádio para a internet e de que maneira isso acontece.

Palavras-chave: Jornalismo digital. Mídias sociais. Blog. Microblog. Twitter.

CHEOPS: LABORATÓRIO COLABORATIVO PARA APRENDIZAGEMEduardo Martins Morgado (UNESP)Alexandre Nacari Eduardo Motta (UNESP)Henrique Manetta Perticarati (UNESP)Pedro Rogério Cavalca Moreira (UNESP)Thiago Neves Fabre (UNESP)João Bernardini Franco (UNESP)Bianca Ortega Bertoni (UNESP)

Cheops é um projeto de interface desenvolvido para a edição de 2009 da competição acadêmica Imagine Cup, idealizada pela Microsoft e que tem como objetivo fomentar projetos focados no desenvolvimento mundial (saúde, educação, sustentabilidade).

O projeto partiu da idéia de tornar a sala de aula um ambiente mais colaborativo e divertido para os alunos de ensino básico, principalmente os em fase de alfabetização, permitindo a interação de vários alunos com uma mesma plataforma. Assim, os alunos poderiam contribuir mutuamente para o aprendizado, além de permitir o diálogo entre os mesmos durante a ati-vidade.

Além da colaboração, outra missão importante que a aplicação busca atingir, é a inclusão di-gital de alunos e professores, que não tenham contato prévio com informática e computadores. Portanto, a interação é gestual, evitando a utilização de ícones e botões e permitindo um con-tato mais direto das ações com o usuário, facilitando assim a utilização do software.

Tecnicamente trata-se de uma aplicação touchscreen (na qual os usuários interagem com uma tela através do toque das mãos ou de objetos) em que o professor possa executar atividades previamente planejadas por ele, nas quais os alunos deverão agir em conjunto e colaborativamente para cumprir as tarefas propostas. Letras, símbolos e palavras são dispos-tos na área central da tela, de onde deverão ser movidos para serem usados na construção de palavras, frases e sentenças. A cada resposta correta, uma mensagem de reforço positivo é mostrada aos alunos. A cada erro, uma mensagem de incentivo. Os alunos interagem com a aplicação através de objetos denominados “modificadores”. Os modificadores são cubos de papel que possuem símbolos específicos impressos em cada face, representando as ações que podem ser realizadas pelos alunos, como mover e unir letras ou palavras, dividir palavras ou

Page 121: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

121

desmanchá-las. O projeto foi premiado na competição, porém ainda está em fase de desenvolvimento,

ainda não tendo passado por testes em sala de aula. As atividades exploradas pelo software são as mesmas utilizadas comumente em formato analógico, não causando uma quebra nos pro-gramas de trabalho de professores. Permanece ainda a necessidade de testes para a verificação da usabilidade e desempenho do sistema, além de mensurar sua contribuição para a melhoria do aprendizado.

Palavras-chave: Interface. Alfabetização. Colaboração. Interatividade. Digital

EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DIREITOS HUMANOS EM SALA DE AULA: A EXPERIÊNCIA DA LOUSA DIGITAL E A CO-AUTORIA DE CONTEÚDO EDUCATIVOEliana E. Xavier Watanuki(UNICAMP)Maria Jose Daniel Rodrigues Manuel(UNICAMP)Ofelia Elisa Torres-Morales(UNICAMP)

A relação ensino-aprendizagem é transformadora pela sua capacidade de motivar aos alu-nos e professores numa posição dialógica, participativa e de intercâmbio. Paulo Freire já trazia na sua pedagogia da autonomia o cerne do que viria a ser a interatividade e uma relação dia-lógica entre ensino-aprendizagem: “o conceito de interatividade na exigência da participação daquele que deixa o lugar da recepção para experimentar a co-criação”. A interatividade opor-tunizada pelas novas mídias disponibiliza novas formas de expressão e de desenvolvimento de material didático, de forma descentralizada, a partir dos protagonistas da relação educativa: professores e alunos. A proposta é orgânica já que propõe mudar o paradigma vertical tradicio-nal na produção de material didático para as novas formas de ensino horizontal no comparti-lhamento de conhecimentos, próprios da cultura da convergência tecnológica. Objetiva-se não somente capacitação técnica mas sobre tudo uma perspectiva e abordagem diferenciadas que relaciona educação e comunicação a partir dos seus protagonistas. Pretende-se conceitualizar a educação dialógica e a construção do conhecimento proposto por Freire e Morin. Objetivos: Estimular nos docentes a necessidade de criação de conteúdos midiáticos a partir do seu olhar, privilegiando seus saberes e expectativas assim como suas estratégias metodológicas diante das dificuldades e avanços dos estudantes para maior proximidade dos jovens estudantes; experi-mentar a criação e realizar de material didático piloto na lousa digital; discutir a inter-relação educação-comunicação numa abordagem cidadã e de relevância social. Metodologia: É uma

Page 122: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

122

GT Educação

pesquisa aplicada, de caráter exploratório. Criamos um roteiro de trabalho com a ferramenta “Lousa Digital”. O tema escolhido foi “Direitos Humanos: Fraternidade”, a partir do primeiro artigo da “Declaração dos Direitos Humanos”: “todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem atuar em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”. Desenvolvemos material didático para discussão de temas transversais no curriculum escolar utilizando essa ferramenta educativa. A utilização da Lousa Digital viabiliza que o aluno seja co-autor do conteúdo em sala de aula através dos elementos de interatividade disponibilizados pela ferramenta. Optou-se pela criação nesse recurso edu-cativo no intuito de viabilizar experiência piloto na roteirizarão, na realização e posterior uso. O material didático na lousa digital tomou como eixo a fraternidade, o qual foi desdobrado inicialmente em blocos temáticos com a inserção de vídeo, personalidades e jogo da memória, entre outros elementos interativos. Resultados: Foi desenvolvido material didático relaciona-do à responsabilidade social e direitos humanos. Estimulou-se a reflexão sobre a importância da educação como agente de transformação social na construção da cidadania. A proposta piloto teve acolhida com grupo de estudantes de pós-graduação de educação. Conclusões: A experiência é dinâmica: interagir com a Lousa Digital e redefinir os caminhos e releituras do material pedagógico fortalecem a participação dos alunos e professores e dinamiza a didática. Esse material constitui-se ponta-pé inicial para desenvolvimento da série sobre “Direitos Hu-manos” na qual pretende-se abranger os outros artigos da declaração já que esse recurso poderá ser utilizado para levantar questões e polêmicas junto aos jovens alunos em sala de aula em diversas disciplinas.

Palavras-chave: Educação. Comunicação. Direitos Humanos. Jovens. Lousa Digital. Interatividade.

CULTURA DA CONVERGÊNCIA E A TV DIGITAL INTERATIVA: NOVOS DESAFIOS PARA O DESIGN INSTRUCIONAL DE CURSOS A DISTÂNCIA MEDIADOS PELAS TICS

Elizabeth Fantauzzi (UNESP)

A expansão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) transformaram as for-mas de se comunicar e educar, a partir das suas possibilidades informacionais, como por exem-plo a participação-intervenção, bidirecionalidade e multiplicidade de conexões. A transmissão de informações - da fonte para o receptor e/ou do professor para o aluno, perdeu o lugar para a interatividade, a interconexão e a inter-relação entre eles, propiciando a intervenção no tra-tamento das informações, por parte desses agentes, transformando-os simultaneamente em

Page 123: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

123

produtores e consumidores ativos de conteúdos em diversas mídias. Com isso, a linha divisória entre quem faz e quem recebe comunicação torna-se muito tênue, vide alguns reality shows, bem como os desdobramentos de seriados de televisão para outras mídias, assim como vídeos na web, podcasts, blogs, impressos, entre outros. Neste contexto, a Televisão Digital interativa - TVDi, aliada à outras mídias como web e mobile – celulares e computadores de mão, surge como a grande protagonista da interação entre imagens e dados. Esse processo, onde o fluxo de imagens, ideias, histórias, sons e relacionamentos se dão a partir do maior número de canais midiáticos é chamado de cultura da convergência. Não a convergência de mídias em um único aparelho, mas sim, a convergência onde os sujeitos – sejam eles alunos, espectadores ou consu-midores, são estimulados a buscar informações e a fazer conexões entre conteúdos midiáticos em diversos suportes - on e offline. Desta forma, evidencia-se cada vez mais a impossiblidade do ser humano dominar todos os saberes da sociedade e assume-se que cada um sabe um pouco de alguma coisa, fazendo com que esses conhecimentos intercambiados formem uma inteligência coletiva, ou mais uma forma de poder midiático. Esta concepção da cultura da con-vergência e da construção do conhecimento coletivo está diretamente ligada à Educação, pois ressignifica o panorama educacional no que diz respeito aos novos espaços e às novas formas de ensinar e aprender, modalidades de ensino como a Educação a Distância (EaD) e o papel do professor e do aluno.

O objetivo deste trabalho é refletir sobre os novos desafios impostos pela cultura da conver-gência no Design Instrucional de cursos a distância mediados pelas TICs, tendo como público-alvo alunos cada vez mais habituados a conviver em um contexto transmidiático. Além disso, pretende-se discutir como planejar, desenvolver e implementar cursos em suportes midiáticos diversos, entre eles a TVDi como uma nova mídia com características e particularidades pró-prias.

Palavras-chave: Educação a Distância. Comunicação. Design Instrucional. Transmídia.

UMA NOVA FUNÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICAÉrica Masiero Nering (UNESP)Juliano Maurício de Carvalho (UNESP)Mateus Yuri Passos (UNESP)

O Toque da Ciência é um produto de divulgação científica via rádio feito por alunos de jor-nalismo da UNESP. Seu objetivo é divulgar as pesquisas produzidas por cientistas brasileiros, em todas as áreas, por meio de chamadas radiofônicas curtas, distribuídas para qualquer rádio que tenha interesse em transmitir o programa e divulgar ciência. Este trabalho constitui-se em

Page 124: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

124

GT Educação

uma análise crítica da produção discursiva do programa, que é feita por meio de uma análise do processo de produção que tem início no próprio discurso científico produzido pelo cientista, sofrendo transformações para a linguagem jornalística e transformando-se no que conhecemos por divulgação científica. Por meio desta análise foi possível aprimorar o processo de produção do Toque permitindo que fosse produzido um programa mais eficiente no que concerne a um melhor entendimento público da ciência.

Mas, afinal, por que a divulgação científica insere-se como uma iniciativa tão importante tanto de cientistas quanto de jornalistas? Não só uma forma de devolver um investimento, divulgar ciência também é, em si, um investimento para um futuro melhor em nosso país, que transita pela educação. “A redação científica educa, em vários níveis, adultos cuja educação formal termina no 2° grau ou na faculdade. A redação científica ajuda a educar crianças sobre o mundo natural que as cerca além de seu ambiente imediato, além de suas salas de aula, além de sua limitada experiência”(BURKETT, 1990, p.6).

Apesar do discurso jornalístico não ter a pretensão de ser um discurso didático, ele se constitui em mais um meio que as pessoas têm de se educarem fora da esfera da educação formal. As crianças encontram naquele Toque que ouviram no rádio uma complementação ao que o professor ensinara na sala de aula. O adulto que parou seus estudos tem a oportunidade de pensar a ciência, de educar-se informalmente em seu dia-a-dia. Sousa e Silveira (2001) de-fendem a linguagem da mídia (apesar de generalista, fragmentada e simplificada em excesso) como uma importante ferramenta que pode trabalhar em favor da ciência, por ser acessível à qualquer pessoa com o mínimo de formação.

Além disso, um importante ponto colocado por Sousa e Silveira (2001) é o fato da mídia não educar apenas o “aluno”, mas um importante meio que os professores de ensino fundamental e médio encontraram para informarem-se além de sua formação e do livro didá-tico adotado em sala de aula. A ciência na mídia ajuda o professor a estar sempre interado dos acontecimentos científicos que estão a toda hora em processo de mudança.

Palavras-chave: Comunicação. Divulgação Científica. Educação informal.

PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA WEB 2.0 E TV DIGITAL

Evaldo Aparecido de Abreu (UNESP)

Objetivos: O presente trabalho tem por objetivo discutir a possibilidade de se criar um Programa de Educação Continuada estruturado por um conjunto de processos baseados nas

Page 125: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

125

ferramentas oferecidas pelos novos meios digitais, em especial a TV digital e a Web 2.0.Problema: A pergunta conceitual deste projeto de pesquisa é: no processo de Educação

Continuada, que ferramentas tecnológicas e quais processos são mais adequados para garantir melhores resultados em termos de interação, cooperação e articulação professor-aluno, com o intuito de otimizar o processo de aprendizagem e, entre outras coisas, dirimir o desafio das grandes distâncias?

Justificativa: O mundo passa atualmente por sensíveis mudanças, especialmente no campo educacional. John B. Thomson já chamava a atenção para um processo de midiação da cultura, fenômeno esse que parece estar cada vez mais cristalizado.

É nítido que a acessibilidade a esses novos meios de comunicação tende a aumentar, seja pela natural diminuição dos preços de computadores e aparelhos, do acesso a serviços de banda larga e também ao projeto brasileiro de TV digital.

Logo, toda essa conjuntura se constitui em oportunidade ímpar de estabelecer e fortalecer novas formas de educar, abarcando conceitos como educação ao longo da vida, auto-aprendi-zagem, aprendizagem colaborativa, e aprendizagem baseada em problemas.

Metodologia: A metodologia proposta para a condução do trabalho consiste, primeira-mente, da análise da conteúdo para estabelecer o design instrucional (Taxonomia de Bloom). Está em condução também uma pesquisa bibliográfica sobre a história, estrutura e funciona-mento da internet.

Por fim, está em feitura uma pesquisa exploratória sobre os padrões de TV digital e web 2.0 para propor um padrão processual que facilite a adaptação do Programa para diferentes plataformas.

Palavras-chave: Educação.Conhecimento coletivo.TV digital.Web 2.0

APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA NO ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA ESCOLARGraziella Ribeiro Soares Moura (IESB/FATEC/USC)Roberta Ribeiro Soares Moura Padoan (IESB/UNIP/PREVE)Talita Ribeiro Soares Moura (UNESP)

As tecnologias vêm invadindo o cenário educacional. Inúmeros materiais tecnológicos como softwares, CD’s, DVD’s adentraram o mercado com o intuito de modernizar o processo de ensino e aprendizagem escolar que possa ir além dos tradicionais quadro-negro e giz. Há de se considerar que o computador configura-se como uma poderosa ferramenta de estímulo e motivação para alunos desta faixa etária ao se disporem a aprender matemática. Estudos indi-cam que esta disciplina parece um pouco penosa para muitas crianças e um recurso tecnológico

Page 126: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

126

GT Educação

pode auxiliar consideravelmente no prazer dos estudantes sem aprender matemática. Três pro-fissionais de áreas distintas resolveram produzir um material didático que pudesse contribuir com o aprimoramento das aulas de matemática do ensino fundamental, bem como colaborar com o conhecimento a ser adquirido pelos discentes durante suas aulas escolares. A professora Graziella Moura licenciada em Pedagogia e doutora em Educação Especial, a professora Ro-berta Padoan especialista e bacharel em Ciências da Computação e a bacharel em Arquitetura e Urbanismo Talita Moura. O objetivo deste estudo foi elaborar um material didático por meio do uso da tecnologia computacional para auxiliar o aprendizado da matemática de estudantes do ensino fundamental. Os procedimentos metodológicos foram os seguintes: as autoras reu-niram seus conhecimentos específicos e desenvolveram uma CD com atividades matemáticas para alunos de 6 a 7 anos. Este CD contém atividades diversificadas de matemática que desen-volvem capacidades como: memória, atenção, cálculo mental, raciocínio, cálculos aritméticos, relações aditivas e multiplicativas, todas de forma lúdica e prazerosa. Aplicando-se este CD em 2006 durante quatro semanas em aulas de matemática, para 128 alunos divididos em cinco classes de 1ª série, de cinco escolas particulares do município de Bauru, percebeu-se que os estudantes demonstraram maior interesse pela matemática. Todos os alunos, sem exceção, rea-lizaram os exercícios do CD com entusiasmo demonstrando que a utilização de um ambiente informatizado contribui com o desenvolvimento da motivação por parte dos estudantes em aprender matemática.

Palavras-chave: Educação matemática. Aprendizagem matemática. Atividades matemáticas. Tecnologia de ensino.

TRANS-FORMAÇÃO: DIREITOS HUMANOS NAS ONDAS DO RÁDIOFelipe Ibrahim (UNESP)Clodoaldo Meneguel Cardoso (UNESP)Thiers Gomes da Silva (UNESP)

Trata-se de um projeto de programa de rádio, a ser transmitido inicialmente pela Web Rádio Unesp Virtual (www.mundodigital.unesp.br) com conteúdo voltado para questões rela-cionadas aos direitos humanos. O programa Trans-formação constitui-se num espaço midiá-tico para o debate de valores sociais fundados em uma cultura democrática, solidária, baseada nos direitos humanos e na justiça social. Os estudos para montagem e exibições de programas de rádio sobre Direitos Humanos, incluindo um programa piloto, começaram no segundo semestre de 2008. Tomaremos o primeiro semestre de 2009 como uma fase experimental, a fim

Page 127: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

127

de executá-lo integralmente na Rádio Unesp FM, a partir do segundo semestre de 2009. O programa propõe-se atingir o público jovem, comunidade universitária, professores universitá-rios e professores da Educação Básica, além de entidades sindicais, populares e a comunidade em geral. O projeto articula-se principalmente com disciplinas das Ciências Humanas, da Comunicação, de Rádio; com pesquisas em Direitos Humanos tratado como tema transver-sal de diversas áreas e com problemas sociais de diversos segmentos da comunidade. Há, no programa Trans-formação, a preocupação com a linguagem utilizada. Através de um discurso simples e adequado ao cotidiano do público-alvo pretendemos levar, aos ouvintes, os conteúdos de Direitos Humanos de uma forma agradável e bastante acessível. Isso se mostra, também, no conteúdo cultural do programa que apresenta músicas e textos literários como complemen-tos aos temas desenvolvidos. Todos os programas estarão disponibilizados pela Internet por meio do site www.oedh.unesp.br, uma vez que um dos principais objetivos do Observatório de Educação em Direitos Humanos é desenvolver atividades para toda a Unesp. Em síntese são objetivos do programa Trans-formação: 1. realizar programas de rádio voltados para a educação em direitos humanos; 2. criar um espaço midiático radiofônico para o debate de valores sociais fundados em uma cultura democrática, solidária, baseada nos direitos humanos e na justiça so-cial; 3. transmitir informação, opinião, entrevistas, debates, propaganda social e entretenimento, visando ampliar o conhecimento e a vivência dos direitos humanos; 4. realizar parcerias com profissionais de comunicação, professores, entidades sindicais e populares para a produção e divulgação de materiais relacionados aos direitos humanos; 5. oferecer conteúdos radiofônicos voltados para o público jovem do ensino médio e universitário, que valorizem a cidadania ativa, a convivência na diversidade, a igualdade social: base para a construção de uma cultura de paz e 6. divulgar os projetos e ações do Observatório de Educação em Direitos Humanos da Unesp.

Palavras-chave: Direitos Humanos. Educação. Rádio. Internet.

APERFEIÇOAMENTO DA PRÁTICA DE LABORATÓRIO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS COM A UTILIZAÇÃO DA INTERNETInara Teles Xavier (UNESP)

Nesta pesquisa, pretende-se aperfeiçoar a prática de laboratório de línguas estrangeiras do curso de Letras da Unesp/Assis, a partir da utilização da internet. O ensino de língua francesa, nos anos iniciais, do curso de Letras da citada universidade, é dividido em duas partes: aulas de língua e prática de laboratório. Para realizar a prática, os alunos utilizam o laboratório de línguas e atividades de compreensão oral do livro didático-pedagógico. A pesquisadora, que foi professora nesse curso no segundo semestre de 2008 e no primeiro semestre de 2009,

Page 128: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

128

GT Educação

notou, a partir de comentários de seus alunos, que os mesmos sentem dificuldade ao realizar a prática de laboratório. Isso acontece, talvez, pois lhes são propostas somente as atividades de compreensão oral do livro didático-pedagógico. Como os aprendizes devem cumprir no mínimo duas horas de prática por semana, as atividades são insuficientes e a prática se torna cansativa e desestimulante. O fato de terem horários específicos para se direcionarem até o laboratório também se tornou barreira para que não cumprissem com qualidade esta atividade curricular. Acreditando-se que a prática de laboratório é de grande importância, uma vez que tem a função de aperfeiçoar o ensino das línguas estrangeiras, esta pesquisa surge como uma tentativa de orientar os alunos para que eles possam se sentir motivados a realizarem a prática, propondo meios mais eficazes para tal realização. Dessa forma, queremos propor que a prática de laboratório seja realizada de forma diferente, com a ajuda do site TV5, que apresenta uma série de atividades para a aprendizagem da língua francesa. Pretende-se, assim, confirmar que com o uso da internet no ensino/ aprendizagem da língua estrangeira no contexto de forma-ção de professores, pode-se propiciar que a prática de laboratório seja mais eficaz; tornar os alunos menos dependentes do professor e mais capazes de refletir, pesquisar e encontrar meios que facilitem a sua aprendizagem. Busca-se também iniciar na universidade uma sensibiliza-ção, tornando os novos profissionais capazes de trabalhar na sua prática futura com as novas tecnologias. O trabalho será desenvolvido no segundo semestre de 2009, em três etapas. Na primeira, os alunos deverão realizar as atividades de compreensão oral do site TV5 previamen-te selecionadas, as quais se referem a vídeos curtos sobre assuntos variados. Assim, os alunos continuarão realizando exercícios de compreensão oral, no entanto, o contato com a internet poderá aperfeiçoar a prática de laboratório, pois, terão a facilidade de realizá-la em qualquer lugar em que houver um computador ligado à internet e, dentro dos prazos estabelecidos, em qualquer horário que lhes for mais conveniente. E também o contato com o site TV5 poderá conduzir o aluno a ter curiosidades e buscar outros exercícios, outros assuntos que poderão lhes ajudar no processo de sua aprendizagem. Na segunda etapa, uma entrevista será o instrumento que ajudará a demonstrar se os objetivos da pesquisa foram alcançados. Por fim, na terceira etapa será feita uma proposta de trabalho para que os alunos desenvolvam uma atividade para seus futuros alunos de língua estrangeira, utilizando a internet.

Palavras-chave: Ensino/aprendizagem de língua estrangeira. Curso de formação de professores. Prática de laboratório. Internet.

Page 129: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

129

O CURSO DE LETRAS/UNIR NA MODALIDADE A DISTÂNCIA: INTERAÇÃO X TECNOLOGIASIracema Gabler (UNIR)

Este estudo pretende refletir sobre as possibilidades e os limites da EAD/UNIR nos cur-sos de graduação: -informando à sociedade como o Curso de Letras/EAD/UNIR está sendo construído, apresentando dados iniciais; -identificando as causas e perspectivas de solução para o grande número de evasão; e -refletindo sobre a possibilidade de as dificuldades em manusear os equipamentos digitais (analfabetismo digital) justificarem o grande número de evasão. Para tanto, optou-se pela apresentação das primeiras avaliações, em linhas gerais, sobre a estrutura física e de pessoal dos pólos, metodologias de ensino-aprendizagem, desempenho acadêmico e analfabetismo digital dos acadêmicos. Motivados pela preocupação geral em torno dos altos índices de evasão (considerada uma das grandes vilãs do programa) nos cursos EAD pelo Brasil afora, verificar-se-á se a interatividade/interrelação (ou a falta dela), via digital, entre alunos e alunos, alunos e professores, alunos e tutores, tutores e professores pode ser uma causa significativa da evasão também em Rondônia. Dados iniciais mostraram que existem causas intrínsecas (aquelas que dizem respeito ao curso) e extrínsecas (aquelas que dizem respeito ao aluno-pessoa) ao curso como, por exemplo: a) causas intrínsecas: -falta de capacitação em EAD para os professores implementarem ações que tragam o aluno virtual para perto dele; -falta de tutoria em tempo integral para que o aluno possa organizar melhor seu tempo entre trabalho e estudo; e -falta de nivelamento dos alunos para comunicação virtual, principalmente aqueles vindos das comunidades mais longínquas; e b) causas extrínsecas: -trabalham e/ou moram em outro município (distância do polo); -faz/fez outro curso de graduação; -questões familiares. Estes olhares poderão propiciar reflexões que possam gerar ações de interatividade virtual que minimizem as causas de evasão dos cursos em andamento e, principalmente, dos próximos a serem implantados. Pretende-se, ao longo das reflexões propostas, encontrar alter-nativas para incluir digitalmente o aluno que porventura tenham perdido sua identidade com o curso pela falta de habilidade com as novas tecnologias, dando-lhe o perfil de aluno EAD, de acordo com as mais variadas realidade locais e espaciais.

Palavras-Chave: Educação. Letras/EAD/UNIR. Evasão. Analfabetismo digital. Interação virtual.

Page 130: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

130

GT Educação

UMA VISÃO ALTERNATIVA DO USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃOJoão Carlos de Souza Megale (UNESP)

Objetivo geral: refletir sobre os efeitos da introdução das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na educação escolar e familiar de crianças e jovens. Apresentar uma vi-são contrária ao uso indiscriminado das TICs para estimular o debate crítico sobre os usos e possibilidades das mesmas no contexto social contemporâneo.

Objetivo específico: apresentar as idéias e teorias de Valdemar W. Setzer, professor titular do Departamento de Ciências da Computação do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo, que se baseia na Pedagogia Waldorf para condenar o uso dos meios eletrônicos (computadores, TV´s e videogames) nas escolas e em casa, pelas crianças e jovens. Demonstrar se há ou não, a necessidade de utilizar tais tecnologias de comunicação e entre-tenimento em idades específicas. Ponderar se elas ajudam ou prejudicam o desenvolvimento natural das crianças e jovens.

Justificativa da proposta: Os efeitos sociais do uso das tecnologias de informação e comunicação, desde o cinema, o rádio, a televisão e o vídeo, os jogos eletrônicos, até os compu-tadores e a internet, sempre foram controversos. Cada novo meio de comunicação desenvolvido ao longo do século XX motivou longos debates jornalísticos e acadêmicos. O uso de tais tecno-logias na educação escolar também é motivo de divergências. Especialistas de diferentes áreas educacionais e das Ciências da Mente dão seus pareceres baseados em inúmeras pesquisas científicas sobre os diversos efeitos dos meios e suas mensagens na formação de crianças e jovens. Com a forte presença das ferramentas comunicacionais em todas as áreas sociais, predo-mina uma corrente majoritária em defesa dos benefícios trazidos pela utilização desses meios eletrônicos na educação.

A voz discordante, os argumento contrários, tem poucos adeptos e meios de ressonân-cia. O presente trabalho tem como um de seus objetivos, apresentar argumentos discor-dantes e suas justificativas para assim enriquecer a discussão. Uma das fontes do debate é a apresentação das teorias do Prof. Dr. Valdemar W. Setzer, que defende o uso de com-putadores e da internet a partir de uma idade, respeitando o desenvolvimento natural das crianças.

Metodologia: o artigo será produzido a partir do método dedutivo, pois trará de iní-cio as teorias e idéias que dão base ao pesquisador Valdemar Setzer, para em seguida ir se aprofundando no assunto, especificando seus princípios e motivos para não defender o uso dos meios eletrônicos por jovens e crianças.

Resultados esperados: enriquecimento da discussão sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação na educação e a conscientização de pais e profissionais da área

Page 131: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

131

sobre os possíveis malefícios que podem ser oferecidos pelo uso desregrado dessas tecnologias por crianças e jovens, tanto nas escolas como em seus lares.

Palavras-chave: Educação. Crianças. Jovens. Computadores. Internet.

A METODOLOGIA WEBQUEST COMO POTENCIALIZADORA DO ENSINO SUPERIORKelly Cristina Altafim (FAB)Cesar Augusto Cusin (FAB)

O avanço tecnológico ocorrido nas últimas décadas inseriu o uso das Tecnologias da Infor-mação e Comunicação (TIC’s) na rotina diária das pessoas, transformando inclusive hábitos culturais. Na área educacional não foi diferente, o uso das TIC’s na sala de aula, inovou a edu-cação tradicional tornando-a mais dinâmica e interativa, notadamente no ensino superior com o fortalecimento da educação à distância. Embora não haja um consenso por parte dos educa-dores em relação à utilização das TIC’s nas práticas de ensino, ela já se tornou uma realidade, pois incentiva e motiva os alunos, principalmente na área de pesquisa. Com o crescimento da oferta de cursos superiores, houve também um aumento no número de alunos de classe média e baixa, que por trabalharem durante o dia, possuem pouco tempo para dedicarem-se a pesquisa. Diante desse fato, identificou-se a necessidade das Instituições de Ensino Superior adequarem os currículos de seus cursos a essa nova realidade, mudando os paradigmas da edu-cação tradicional e instruindo seus alunos de forma a utilizarem a vasta quantidade de fontes de informações disponíveis na rede mundial de computadores, como ferramenta potencializadora para desenvolverem a competência informacional e tornarem-se independentes na construção do conhecimento. Este artigo tem como objetivo, apresentar o uso da metodologia Webquest como aliada educativa para a condução dos alunos do Ensino Superior em suas pesquisas, favorecendo a formação de indivíduos aptos a trabalhar de maneira crítica e criativa com as informações no dia-a-dia. Através da realização de pesquisa bibliográfica sobre o tema, pode-se concluir que a adoção da Webquest no Ensino Superior irá favorecer o aprendizado, pois preceitua o trabalho colaborativo entre estes na resolução de uma tarefa, utilizando a Internet como principal fonte de pesquisa, indo, portanto, ao encontro do papel principal da universida-de, que é o de formar a elite intelectual e científica da sociedade a que pertence.

Palavras-Chave: Webquest, Competência Informacional, Ensino Superior, Tecnologias da Informação e Comunicação.

Page 132: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

132

GT Educação

A INTERNET COMO CANAL DE INFORMAÇÃO FAVORECENDO OS PROCESSOS DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA

Ketilin Mayra Pedro (UNESP)Eliana Marques Zanata (UNESP)

A atual lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional garante indistintamente a todos o direito á escola, incluindo as crianças com deficiências, lembrando que esse atendimento deve ser oferecido preferencialmente no ensino regular. Este trabalho teve como objetivo a criação de um espaço virtual que oferece aos seus usuários soluções práticas para melhor acolher e promover as adaptações necessárias para garantir a permanência dos alunos com deficiências na rede regular de ensino. Também foi objetivo deste trabalho avaliar a utilização e implementação das atividades e conteúdos propostos no site em escolas reais. O objeto de estudo constituiu-se em três escolas de Ensino Fundamental, sendo duas da rede pública e outra da rede privada de ensino de um município de médio porte do interior do estado de São Paulo. Optamos por escolher duas escolas públicas e outra particular, já que muito se fala na obrigação do Poder Público em assegurar a matrícula de todos os alunos com deficiência, preferencialmente em classes comuns. Também nos preocupamos em analisar uma escola da rede privada um vez que nem sempre as escolas particulares são citadas nesse processo. Para coleta de dados foram elaborados protocolos de registro das ações bem como entrevistas com os diretores, professores e demais envolvidos no processo versando sobre o site e a viabilidade de aplicação do mesmo na construção de ambientes inclusivos educacionais acolhedores. Ao longo da pesquisa, observamos que o site, contribuiu muito para o desenvolvimento do traba-lho das escolas envolvidas. Os textos foram utilizados em reuniões de professores, as atividades foram aplicadas em sala de aula, as atividades realizadas no pátio ganharam uma atenção especial, procurando sempre incluir os alunos com deficiências. Porém muitos professores não criam novas atividades, ficam sempre esperando algo pronto, não procuram conhecer as reais potencialidades e dificuldades que o aluno com deficiência apresenta. Essa não deveria ser a postura de um professor que busca melhorar o desenvolvimento do seu trabalho. Foi possível também proporcionar aos usuários do site, uma interação com profissionais de diferentes lo-calidades, cada um relatando suas experiências profissionais, suas principais dificuldades e as contribuições do site em sua prática profissional. Desta forma, percebemos segundo os resultados do presente estudo, que ainda falta muito para que as escolas consigam acolher e desenvolver um trabalho de qualidade com alunos com deficiência, os professores necessitam de ajuda e apoio para desenvolver suas atividades em sala de aula, além de uma formação continuada que traga contribuições para os professores em como trabalhar com a diversidade de alunos dentro de sua sala de aula, porém com dedicação e envolvimento de toda uma

Page 133: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

133

comunidade escolar (pais, professores, alunos, diretores) é possível proporcionar uma educação de qualidade para todos os alunos.

Palavras-chave: Inclusão escolar. Deficiência. Internet. Site.

EDUCAÇÃO PARA AS MÍDIAS VIA TELEVISÃO DIGITAL - FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORESLarissa Fernanda Domingues Rosseto (UNESP)

O presente trabalho tem como objeto de estudo a interface comunicação e educação. Ape-sar da dinâmica da sociedade contemporânea estar invariavelmente atrelada às tecnologias comunicacionais e de os meios exercerem um papel socializador sobre a formação das novas gerações, as diferentes mídias são negligenciadas em sala de aula. Podem ser considerados ex-ceções os educadores que se preocupam em trabalhar com os meios de comunicação na escola. Quando o fazem, a mídia tende a ser reduzida a seus aspectos meramente instrumentais. Ao mesmo tempo em que é posto diante desse novo desafio, o professor não encontra respaldo em sua formação na graduação que o torne apto a trabalhar com os meios a serviço de uma pedagogia renovada.

Diante dessa deficiência, esta pesquisa tem como objetivo principal verificar o impacto da TV digital interativa no processo de formação continuada de docentes, aplicado à temática educação para as mídias. Serão discutidas as possibilidades abertas pela TV digital para o desenvolvimento de um programa de capacitação para professores, que visa à formação de pro-fissionais preparados para educar com os meios e para os meios. A opção pela televisão digital justifica-se por ser a TV o veículo de comunicação com o qual os professores têm maior inti-midade, além de estar presente em todas as escolas. Segundo porque a integração do sistema clássico de TV com o mundo das telecomunicações da informática (leia-se internet) favorece a exploração de novas linguagens da comunicação e permite ao usuários (nesse caso específico, professores) servir-se delas. Observamos também que os dados (som, imagem, textos, gráficos) armazenados digitalmente poderão ser baixados e acessados a qualquer momento na platafor-ma de TV digital, o que contribuirá para o sucesso de um programa de formação continuada.

A presente pesquisa irá se basear no método de abordagem Hipotético-Dedutivo, que faz uma mescla do indutivo e dedutivo, com o acréscimo da experimentação de uma hipótese, em vez de se basear apenas na observação do geral ou do específico. Para isso, a pesquisa irá se fundamentar nos seguintes métodos de procedimento: monográfico – na medida em que irá se basear no estudo de um grupo em específico, os professores, em um contexto onde já há

Page 134: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

134

GT Educação

extensa bibliografia, para depois levar à generalização; estatístico, pois incluirá coleta de dados quantitativos com a finalidade de abstrair informações objetivas de uma realidade complexa.

Já para a interpretação, lançaremos mão das técnicas de operacionalização que têm caráter dedutivo, realizando a conexão entre os dados recolhidos em campo e na extensa bibliografia, especialmente acerca das especificidades da TV digital, à luz do referencial teórico escolhido.

Palavras-chave: Educação para as mídias. Formação continuada. Televisão digital.

PRECONCEITOS E ESTEREÓTIPOS NA TELEDRAMATURGIA BRASILEIRA Larissa Pamela de Andrade (UNESP) Antônio Francisco Magnoni (UNESP)

Objetivo geral: Identificar, analisar e comparar alguns personagens de obras dramatúrgicas da televisão brasileira, extraindo deles suas características estereotipadas, visando um aponta-mento de conceitos preconceituosos.

Objetivos específicos:1. Elencar alguns personagens caricatos e suas principais características, caracterizan-

do-as como reais ou ilusórias.2. Desenvolver uma pesquisa de campo orientada para identificação de traços precon-

ceituosos no público telespectador.3. Identificar quebra de tabus e estereótipos comumente usados, bem como a reação do

público. Justificativa da proposta: Partindo da análise do Código de Ética da ABERT, questionei-

me acerca da responsabilidade das produções nacionais no desenvolvimento da consciência cidadã. “Preconceito” tem sido tema de várias discussões muitas vezes limitadas a questionar igualdade de direitos. Contudo, creio ser o preconceito velado e muitas vezes transmitido pelos meios de comunicação de maneira subjetiva, o mais perigoso à formação do caráter da popu-lação. Este trabalho nasce da intenção de conscientizar e chamar à atenção às “armadilhas” midiáticas que manipulam a opinião pública e que são, muitas vezes, inquestionadas.

Metodologia: Descrição de personagens de telenovelas nacionais, análise de suas caracte-rísticas e comparação destas com de outros personagens de igual representatividade em outras telenovelas e na realidade. Análise da reação da população em casos mais polêmicos, através de plataformas como o Orkut.

Resultados esperados: 1. Produzir uma lista de personagens, bem como suas características analisadas. 2. Identificar possíveis mudanças na aceitação do público quanto a caracerísticas

Page 135: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

135

clichês. 3. Levantar, através da pesquisa de campo, alguns traços preconceituosos velados da população.

Um trecho do Preâmbulo do Código de Ética da ABERT para a Radiodifusão Brasileira anuncia solenemente aquilo que o público deveria esperar da programação nacional de rádio e televisão: “transmitir apenas o entretenimento sadio e as informações corretas espelhando os valores espirituais e artísticos que contribuem para a formação da vida e do caráter do povo brasileiro, propondo-se sempre trazer ao conhecimento do público os elementos positivos que possam contribuir para a melhoria das condições sociais”.

Na prática, tal enunciado é apenas peça retórica: a cultura audiovisual derivada dos meios comerciais brasileiros, dos programas noticiosos à dramaturgia, não passa de um caldo bem mexido de interesses publicitários com preconceitos, estereótipos e proselitismos, que negam sistematicamente todos os enunciados do código dos radiodifusores.

A intenção desse trabalho é analisar algumas produções dramatúrgicas da televisão brasi-leira e desvelar as armadilhas ideológicas que são passadas “inocentemente para o público”. As peças para análise serão o Auto da Compadecida, Desejo Proibido, Torre de Babel, Suave Ve-neno, Mulheres Apaixonadas, América, Uga-Uga, A Lua me Disse, Alma Gêmea, Belíssima, Cobras e Lagartos, Beleza Pura, Duas Caras e Paraíso.

Partindo da análise destas peças e considerando sua sequência cronológica, elenquei alguns dos estereótipos empregados na construção de personagens relacionando-os com o senso co-mum, de forma a apontar suas características preconceituosas e de que modo um grupo atua sobre o outro reafirmando estes preconceitos ou combatendo-os. Alguns estereótipos estão em:

Padre: bondoso. Autoridade respeitada.Mulheres brasileiras como sensuais, boas mães e donas de casa. Americanas são pouco

femininas, insensíveis.Homens brasileiros: machistas, ciumentos e pouco maleáveis. Homem norte-americano:

mais sensível.Pobres são negros e brancos, mas ricos são geralmente brancos. Quando um personagem

negro é rico, algo aconteceu na narrativa para que ele enriquecesse.Religiosos: julgam-se perfeitos podendo cometer atrocidades dizendo ser em nome de

Deus. Vestem calça e camisa social ou saia e cabelos longos, isentos de maquiagem.Indígena: ser selvagem, inferiorizado, preguiçoso.Orientais: conservadores dos costumes, com sotaque marcado, trabalham com produtos

japoneses.Estas características são comumente utilizadas na formação dos personagens, contudo,

alguns estereótipos têm sido abandonados aos poucos, tais como:o Mulher sensual: menor utilização de loiras.o Vilãs são quentes e mocinhas são cheias de pudor sexual: presença da mulher sensual,

Page 136: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

136

GT Educação

sexualmente ativa e que se mantém correta na conduta social, é boa mãe e inteligente.o Homossexualismo: após a rejeição em Torre de Babel, a televisão chegou ao trio de

Duas Caras.o Favelas: A favela da novela Duas Caras desconstrói a idéia de favela como moradia

de bandidos, mostrando trabalhadores favelados. Contudo, ainda mantém o líder que afronta a justiça e as leis e impõem suas próprias regras.

Este trabalho inclui ainda uma pesquisa de campo, na qual entrevistei 60 pessoas, concluin-do que, para o público: Mulheres ruivas representam personalidades fortes, morenas transmi-tem credibilidade e seriedade e loiras são associadas aos extremos de sensualidade e vulgaridade e de delicadeza. Ainda ocorre a associação da imagem do carioca à do traficante, do paulistano à do empresário. A roupa associada à postura e à raça relaciona o estereótipo à classe social.

A televisão é moldada pelos padrões sociais, em contrapartida, desafia os tabus e aos pou-cos, os quebra, inserindo na sociedade novos conceitos. Em outros casos, no entanto, ela con-tribuiu para manter preconceitos, é o caso, por exemplo, do negro e dos religiosos.

Palavras-chave: Preconceito, Estereótipo, Teledramaturgia, Televisão, Conceito.

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA: O USO DE AMBIENTE VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM EM CURSOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA/UFULaura Lais Alves Souza (UFU)Adriana Cristina Omena dos Santos (UFU)Mirna Tonus (UFU)

O texto discute a influência das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) na educação e apresenta resultados parciais de pesquisa, sobre como se efetiva o uso do ambiente virtual de aprendizagem (AVA) Modular Object Oriented Dynamic Learning Enviroment (Moodle) nos cursos das universidades federais localizadas no Estado de Minas Gerais, as quais, juntas, congregam mais de oito mil docentes. Na delimitação do objeto, a proposta é observar os tipos e a freqüência de uso, a relação dos usuários com as possibilidades analisadas e se tem ocorrido efetivamente agregação de conteúdo e valores no cotidiano dos usuários, bem como se tal uso tem sido incentivado pelas instituições e por quais dessas, se o incentivo envolve capacitação para lidar com as ferramentas disponibilizadas pelo Moodle, e se e como o uso tem influenciado o trabalho docente nos grupos estudados.

Palavras-chave: Educação. Tecnologias da Informação e da Comunicação. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Moodle.

Page 137: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

137

UM OBJETO DE APRENDIZAGEM (OA) SOBRE A FOTOSSÍNTE-SE PARA ENSINO DE CIÊNCIA

Livia Cristina Gabos Martins (UNESP)Paulo Henrique Menzinger (UNESP)Wilson Massashiro Yonezawa (UNESP)

Os objetos de aprendizagem (OAs) são elementos de um novo tipo de instrução compu-tacional, com base no paradigma de orientação a objetos da ciência da computação. Eles são recursos suplementares ao processo de ensino e aprendizagem que podem ser reusados para apoiar a aprendizagem dos alunos. No Brasil, o RIVED foi uma das primeiras iniciativas para a construção de um banco de dados de OAs. O RIVED é um programa da Secretaria de Educação a Distância (SEED) do Ministério da Educação (MEC), que tem por objetivo a produção de conteúdos pedagógicos digitais, na forma de objetos de aprendizagem. O objetivo deste artigo é apresentar e discutir a construção de um OA nos moldes propostos pelo RIVED. O OA intitulado “Como ocorrem as reações química nos Seres Vivos?” apresenta a fotossín-tese; como reação química cujo papel é converter a maior parte da energia solar que entra na biosfera terrestre para a energia biológica que é utilizada pelos sistemas vivos. Neste sentido, os objetivos desse OA são: a) mostrar em detalhes como a maior parcela da energia biológica pro-vém dos organismos fotossintetizadores; b) demonstrar o processo da fotossíntese; c) discutir a importância dos raios infravermelhos para a fotossíntese. O OA está dividido em três ativida-des. A primeira atividade discute a fotossíntese por meio de um jogo cujo objetivo é oxigenar um sistema vivo. Para alcançar este objetivo, é necessário conhecer e fazer uso dos conceitos de fotossíntese durante o jogo. Na segunda atividade o aluno é convidado a fazer um tour por uma célula vegetal. O objetivo desta atividade é a exploração dos fotossistemas que dependem da radiação solar para realizar as reações fotossintéticas. A terceira atividade mostra através de animações como ocorre a reação química da ferrugem, além de demonstrar com vídeos a reação de alguns compostos químicos quando sofrem contato com o fogo, para que seja mais clara e objetiva a explicação sobre as reações químicas. Esta abordagem trabalha a interdiscipli-naridade, pois discute um fenômeno biológico (a fotossíntese) através do olhar da química. A abordagem também leva em conta a contextualização do conhecimento do aluno, valendo-se de situações do cotidiano destes alunos para demonstrar, com simplicidade e consistência, os conceitos científicos envolvidos.

Palavras-chave: Objetos de aprendizagem. RIVED. Ensino de ciências. TIC na educação.

Page 138: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

138

GT Educação

CENTRO EXPERIMENTAL DE BIOENERGIA: CIÊNCIA E TECNOLOGIA A SERVIÇO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E SOCIOAMBIENTAL DO HOMEM DO SÉCULO XXI Lourenço Magnoni Júnior

Objetivos: - Desenvolver biodigestores com performances melhoradas visando correto tratamento

de resíduos oriundos da atividade agropecuária, gerando energia limpa e renovável, bem como fertilizante a um custo baixo e devidamente desinfetado;

- Obter, através da análise de composição química do biogás (em especial o Metano) e da quantidade de biogás gerada mensalmente, análise para venda de crédito de carbono;

- Caracterizar o efluente gerado, em termos de quantidade de nutrientes e matéria orgânica, bem como análise de coliformes termotolerantes, salmonela e ovos de helmintos;

- Fazer análise de custos relativos à construção e manutenção do sistema, bem como de ganhos econômicos devido à geração de energia pela queima do biogás e uso do efluente na agricultura.

- Estimular a prática da educação socioambiental necessária para o desenvolvimento de uma prática educativa capacitada para conscientizar criticamente os educandos da Etec sobre a importância da preservação do meio ambiente para a manutenção da vida na Terra no presente e futuro;

- Desenvolver nos educandos uma postura crítica, investigativa e propositiva diante da crise ambiental de nossos dias, visando à perspectiva da construção de uma cidadania participativa e ativa;

Metodologia: O projeto está definido com cinco ações que julgamos importantes. A primeira relaciona-se à construção de um biodigestor em um local onde poderá ser monitorado com segurança. Como a Embrapa Instrumentação Agropecuária não possui campo experimental, resolveu-se pela instalação em na Escola Técnica Estadual Astor de Matos Carvalho, do Centro Paula Souza, localizado na cidade de Cabrália Paulista. Esta escola agrotécnica possui uma criação de suínos, cujos resíduos serão tratados no biodigestor. Pretende-se também realizar a colocação no biodigestor, do esgoto proveniente do vaso sanitário, conforme já testado pela “fossa séptica biodigestora”.

O sistema proposto é um do tipo contínuo, em formato tubular, construído com manta impermeabilizante (vinilona ou equivalente). Será testado como inoculo, o esterco bovino fresco, que possui um conjunto de microrganismos capazes de acelerar o processo, além de eliminar odores desagradáveis, muito comuns em sistemas anaeróbios. Também se pretende testar inóculos encontrados no comércio, principalmente aqueles para tratamentos de esgoto.

O uso do biogás dar-se-á pela combustão direta para uso em cozinha e para geração de

Page 139: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

139

energia elétrica. Após a instalação do biodigestor serão testados filtros para CO2 e H2S, visando melhoria da qualidade do biogás, a qual será determinada via análise cromatográfica. As análises serão efetuadas a cada 2 meses a partir do início do funcionamento do biodigestor. Através das análises realizadas, pretende-se realizar a solicitação de ganhos via crédito de carbono, conforme preconiza o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, do protocolo de Quioto.

A qualidade do efluente será testada visando a quantificação de macro e micronutrientes, via Espectrometria de Absorção Atômica (AAE) ou Espectroscopia de Emissão em Plasma Induzido (ICP-AES), bem como a quantidade (Carbono orgânico total) e a qualidade da matéria orgânica presente (análise elementar, capacidade de troca de cátions, quantidade de substâncias húmicas, análise do grau de humificação do material via espectroscopias de ressonância paramagnética nuclear e de absorção no ultravioleta e visível e no Infravermelho. O uso do efluente está sendo testado em experimento com cultura anual (milho ou sorgo), instalado na própria escola técnica cujo solo sofreu preparo convencional com adubação mineral. São divididos blocos ao acaso, com cinco repetições cada onde serão incorporados o efluente produzido no biodigestor ou adubação mineral do tipo NPK, segundo indicação agronômica. A correção da acidez é feita em ambos os tratamentos. As análises de fertilidade do solo ocorrerão a cada 2 meses. A análise da matéria orgânica do solo ocorrerá a cada 6 meses.

Uma das grandes justificativas utilizadas para a não adoção de sistemas de biodigestão, refere-se ao aumento da mão de obra necessária para a sua manutenção, o que poderia não compensar economicamente. A quantidade de “hora/homem” utilizada tanto na construção quanto na manutenção de um biodigestor, será avaliada e somada bimestralmente.

Resultados:- Tornou-se importante instrumento para o desenvolvimentode projeto de educação

socioambiental dentro e fora do espaço da Etec;- Tratamento de aproximadamente 8m3 de resíduo humano e animal/dia, deixando de

contaminar a natureza;- Produção de 20m3 de biogás que está sendo utilizado no fogão da cozinha da Etec

(reduzimos em 50% a compra de gás GLP) e para geração de energia elétrica;- Produção de mil litros de biofertilizante/dia, que está sendo utilizado nas culturas da Etec e

em experimentos com produtores de citrus de Cabrália Paulista e região;- Formação de recursos humanos com uma visão integrada de sustentabilidade sócio/

econômico/ambiental na propriedade rural.O projeto foi destaque em vários veículos de comunicação regional e da grande mídia

brasileira. No mês de junho de 2008, a Record News vinculou reportagem em rede nacional. No dia 1º de setembro de 2008, foi a vez do Globo Rural exibir reportagem.

No dia 22 de outubro de 2008, alcança o auge de divulgação com reportagem vinculada no Jornal Nacional da Rede Globo. No dia 28 de outubro de 2008, o Jornal da Record vinculou nova

Page 140: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

140

GT Educação

reportagem em rede nacional. O Projeto Embrapa também foi destaque na edição de outubro da revista A Lavoura (Edição

especial sobre agroenergia), publicada pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), na edição de novembro da Revista do Centro Paula Souza e em março de 2009, no Suplemento Agrícola do Jornal O Estado de São Paulo.

No dia 17 de abril de 2009, foi tema do Dia de Campo na TV, programa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), produzido nos estúdios da Embrapa Informação Tecnológica, com sede em Brasília (DF) e veiculado em todo o território nacional, pelo Canal Rural.

Conclusão: O projeto de pesquisa vem apresentando importantes conquistas. Entre elas estão: - Significativa dinâmica técnico-científica;- Sustentabilidade econômica, social e ambiental (principalmente na utilização dos recursos

hídricos e no menor impacto nas atividades agropecuárias);- Importante contribuição técnico-científica e pedagógica tanto nas ações de educação

socioambiental quanto no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem nos cursos oferecidos pela Etec. Educadores e educandos estão tento uma chance ímpar para aplicar na prática, a teoria que é desenvolvida dentro da sala de aula.

- A tecnologia que está sendo desenvolvida pode ser aplicada em todo o território nacional.

Palavras chave: Ciência. Tecnologia. Biodigestor. Bioenergia. Educação. Sustentabilidade.

COMPARAÇÃO ENTRE SOFTWARES DO PROJETO “INVENTOR” & “SOLID EDGE” E SUA RELAÇÃO COMO FERRAMENTA TECNOLÓGICA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SALA DE AULALuiz Antonio Vasques Hellmeister (UNESP)Renan Luís Fragelli (UNESP)

A vida moderna está cada vez mais dependente das tecnologias. A informática e a informa-ção digital têm quebrado paradigmas e alterado hábitos, em especial a forma de comunicação.

A familiaridade e a forma da sua utilização no nosso dia a dia definem e garantem a inser-ção social, cultural e principalmente de trabalho das novas gerações.

Souza & Fino (2008) apresentam interessante trabalho sobre as novas tecnologias de in-formação e comunicação (TIC), abrindo caminho a um novo paradigma educacional. Relatam que nem sempre temos olhado para nós e para o mundo da mesma maneira. Comentam sobre

Page 141: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

141

a evolução da ciência e da tecnologia, os utensílios conceituais e as ferramentas que nos habili-tam a entender de uma maneira diferente a nossa situação no universo.

Miranda (2005), apresenta interessante trabalho sobre os limites e possibilidades das TIC na educação e concluem que o uso efetivo da tecnologia nas escolas, nas salas de aula e no desenvolvimento de ambientes virtuais de aprendizagem, são ainda um privilégio de alguns docentes e alunos. As variáveis que parecem ter mais influência neste processo são múltiplas, sendo que uma sólida formação técnica e pedagógica dos professores bem como o seu empe-nho são determinantes.

A comunicação e interação em sala de aula foram profundamente alteradas devido à utilização de softwares de tecnologia CAD – Computed Aided Design (Projeto Assistido por Computador).

Atividades de ensino e desenho até então desenvolvidas de forma tradicional, através de desenhos em pranchetas e desenho com instrumentos, cederam lugar e espaço a utilização de computadores. Estes softwares utilizam técnicas de modelagem 3D, aplicação de dados de materiais, simulação de cargas e movimentos, elaboração e apresentação de desenhos técnicos, que podem ser impressos ou plotados conforme normas técnicas vigentes pela Associação Bra-sileira de Normas Técnicas (ABNT).

A comunicação e relação professor – aluno em sala de aula, foi significativamente alterada, com ganhos na assimilação dos conceitos e conhecimentos inerentes à disciplina de projeto, com redução de carga horária e ganhos de conteúdo, possibilitando reformular o currículo das disciplinas de Desenho Técnico desenvolvidas nos cursos de engenharia mecânica e desenho industrial, oferecidas pela FAAC – Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, atenden-do a demanda e exigência de mercado.

O objetivo deste trabalho foi comparar dois programas de projeto, o “Inventor” da AU-TODESK (http://www.autodesk.com.br) e o “Solid Edge” oferecido pela SIEMENS (http://www.plm.automation.siemens.com/en_us/products/velocity/solidedge/index.shtml), sendo o primeiro disponível para download e o segundo licenciado pela FAAC e FEB.

Foi escolhido um determinado elemento de projeto, uma peça a ser modelada em 3D, nas duas ferramentas de projeto, verificando-se o grau de dificuldade de realização das tarefas para se alcançar o objetivo, com contagens de operações, tempo para a sua realização, objetividade e qualidade do resultado final.

Concluiu-se que as duas ferramentas, o “Inventor” e o “Solid Edge”, são muito semelhan-tes, sendo diferenciados, pela tradição e presença notória no mercado do primeiro em detri-mento do segundo, do que através da inovação e facilidade de uso do segundo sobre o primeiro, cabendo ainda preferência pessoal em função do perfil do usuário.

Palavras-chave: Educação. Projeto. Tecnologia. Informação. Comparação. Programa.

Page 142: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

142

GT Educação

SOM E IMAGEM NA MÍDIA EDUCAÇÃO: ESTUDANDO O MODO COMO OS JOVENS USAM AS LINGUAGENS DA MÚSICA E DA FOTOGRAFIA NUMA EXPERIÊNCIA SIMULTÂNEA

Marcele Tonelli de Oliveira (USC)

A escola, vista como o espaço focado na formação educacional das novas gerações, não pode se abster de enfrentar os problemas que emergem da vida com as mídias e a cultura de massa. O presente estudo é o desenvolvimento de uma proposta que exercita atividades prepa-ratórias com jovens para utilização crítica das mídias através dos conceitos da criatividade, mul-timodalidade e leitura crítica. Trabalhando com alunos do Ensino Médio Público, participan-tes do projeto “Media Literacy no Ensino Médio” (projeto financiado pela Fapesp em execução na Universidade do Sagrado Coração), serão utilizadas as linguagens da música, da imagem fotográfica e do texto para o desenvolvimento de atividades pedagógicas, que resultará na pro-dução de conteúdos criativos e independentes pelos estudantes. Como instrumento de publi-cação e junção das linguagens utilizadas, será explorado o potencial da plataforma MySpace. O resultado das análises obtidas irá contribuir para a construção de um material pedagógico significativo para o uso dessas ferramentas no campo da educação. Objetivo geral: Estimular a produção de conteúdo criativo. Objetivos específicos: Investigar teoricamente o que é e como funciona a criatividade e aplicar este conceito na elaboração de um material educativo sobre mídia para alunos do Ensino Médio; Analisar o potencial pedagógico da abordagem proposta no material. Avaliar a qualidade do conhecimento sobre mídia resultante da experiência. A metodologia especificamente consiste em 1)Ampliação da revisão da bibliografia sobre os se-guintes temas: linguagem da fotografia e do rádio, educação musical, criatividade e criticidade, ensino de múltiplas linguagens na escola e leitura crítica da mídia. 2)Estudo exploratório do potencial da plataforma Myspace a fim de definir as formas de uso que sirvam aos propósitos do projeto. 3)Formatação e produção do material pedagógico.4) Teste do material em quatro oficinas de 3 horas cada, com estudantes que freqüentam o projeto “Media Literacy no Ensino Médio”. 5) Durante as oficinas, os alunos serão estimulados a produzir fotos, textos e análise de músicas que mais gostam, reunindo todo esse conteúdo de maneira significativa na plataforma. 6) Ao término das oficinas, os alunos serão orientados a continuar a produção de conteúdos por conta própria, por um mês. 7)Após esse período, será feita a avaliação da atividade, com base em categorias analíticas previamente definidas. A análise do material produzido, bem como da dinâmica das oficinas deverá demonstrar em que medida os objetivos específicos foram alcan-çados e o porquê dos resultados. Os resultados serão analisados segundo a qualidade da seleção de conteúdos e da combinação dos elementos nas páginas do Myspace feitas pelos alunos; Motivação e envolvimento nas atividades; Qualidade da expressão que os alunos foram capazes de concretizar nas páginas; Qualidade das habilidades de escrita multimodal identificadas no

Page 143: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

143

conteúdo gerado; Apreciação de um registro pessoal feito por cada participante sobre o que aprenderam com a experiência.

Palavras-chave: Música. Fotografia. Jovens. Mídia-educação

EDUTRETENIMENTO: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL E HISTÓRICAMarcos Américo (UNESP)Wilson Massahiro Yonezawa (UNESP)

O conceito de Edutretenimento (Edutertainment) e Edutenimento (Edutainment) que são tomados neste trabalho como sinônimos acham em WALLDÉN (2004) sua mais simples e completa definição: “são programas que utilizam diversas mídias para incorporar mensagens educativas em formatos de entretenimento, ou seja, educam com métodos de entretenimento”. Seu surgimento é pouco preciso e comporta várias paternidades. O objetivo deste trabalho é apresentar as possíveis gêneses históricas e conceituais de produtos educativos que apresentam características de Edutretenimento.

Palavras-chave: Edutretenimento. Edutenimento. Entretenimento-Educação. EaD.

A COMUNICAÇÃO E A INFORMAÇÃO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEMMaria Aparecida Rocha Santana (IESB)

É indiscutível a urgência na utilização de recursos pelo educador que ultrapassem a lousa e o giz. Atualmente algumas soluções são estudadas, mas poucas são colocadas em prática, ou até mesmo objetivadas para um real aprendizado do aluno. Diante disso, as possíveis conse-qüências recaem diretamente no aluno, que vivencia em sala de aula, práticas educativas que não ultrapassam o ambiente escolar.

Devido a essa necessidade de mudança, notamos que os livros didáticos já estão atualizan-do-se em relação às tecnologias da informação e comunicação, muitos deles já possuem uma grande demanda de textos relacionados com as diferentes mídias.

No entanto, sabemos que a escola propicia aos indivíduos categorias de pensamentos co-muns, que tornam possível a comunicação. Há, portanto, uma uniformidade de pensamento, que permite a todos associarem os mesmos sentidos às mesmas palavras, aos mesmos com-

Page 144: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

144

GT Educação

portamentos. Dessa forma, a Escola passa a ser a instituição específica para transmissão des-sas formas de pensamento, reproduzindo, assim, as relações de poder, existentes na sociedade. Logo, os discursos que nela circulam possuem também essa mesma função. Entre eles está o discurso do livro didático, que desde as primeiras séries, traz em si certas formações ideológicas, que passam não só pela reprodução da estrutura social, mas também pela questão econômica.

Este trabalho, portanto, irá analisar uma das unidades de ensino de um livro didático das séries iniciais do ensino médio, a fim de discutir a neutralidade ou não desse tipo de material. Observará como esse material trabalha a relação dialógica entre os interlocutores e de que maneira essa relação contribui para a formação ideológica que permeia esse material. Para tal utilizaremos a análise do discurso, que pode dar conta dessa problemática.

Percebemos ao final da análise que a mídia impressa está sempre presente nos livros didáti-cos e nem sempre existe uma comparação de diferentes pensamentos midiáticos, para analisar e discutir tais discursos, retransmitindo assim um só pensamento, sem criticá-los ou compará-los nos diversos recursos de comunicações.

Palavras-chave: Educação. Conhecimento. Informação. Aprendizagem.

ANÁLISE DA CIÊNCIA HOJE PARA CRIANÇAS ONLINE: CIÊNCIA CLARA, DIVERTIDA E COLORIDAMariana Zaia (UNESP)Antônio Francisco Magnoni (UNESP)

Objetivo geral: analisar o conteúdo e a linguagem, as estratégias de comunicação e men-surar a eficácia informativa da publicação online da revista científica Ciência Hoje Para as Crianças.

Objetivo específico: investigar analisar se a linguagem e as estratégias de comunicação do site da revista Ciencia Hoje para as Crianças, são eficazes para atrair o público infantil. Averiguar por meio de pesquisa quali-quantitativa, se de fato a publicação eletrônica consegue cumprir satisfatoriamente o objetivo de atrair e educar para a ciência, as crianças com acesso à internet.

Justificativa da proposta: Qual a melhor maneira de dizer para uma criança quem foi An-toine Lavoisier e o que ele fez de importante e de interessante? O Amapá é o lugar mais chuvoso do Brasil? Porquê os lugares são diferentes: um é muito seco, outro muito molhado, outro muito frio. Será que toda criança se interessaria por Antropologia? O interesse depende

Page 145: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

145

de como as questões são explicadas para esse público em formação, que no entanto, é muito exigente e difícil de ser conquistado. O site da Revista Ciência Hoje Para as Crianças é uma das poucas referências disponíveis no mercado editorial brasileiro, para a análise da qualidade do jornalismo cientifico destinado às crianças.

No Brasil, não há muitos espaços na mídia comercial ou mesmo nas publicações científicas com a finalidade de aproximar público infantil das informações sobre as ciências. A revista Ciência Hoje das Crianças é o único periódico impresso integralmente voltado à divulgação científica para o público infantil. O sitecienciahoje.uol.com.br é a versão eletrônica do perió-dico impresso e será nosso objeto de análise.

A revista Ciência Hoje das Crianças foi criada em maio de 1986 como um encarte da revista Ciência, uma publicação científica da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A revista Ciência Hoje das Crianças apresentou uma linguagem inovadora, clara, criativa e colorida e foi transformada em uma revista independente em 1990. A versão online foi criada mais de uma década mais tarde.

Para que a análise seja viabilizada adequadamente, será preciso conhecer os parâmetros atuais do jornalismo científico, os conceitos, as formas e meios de divulgação científica reco-nhecidos pelos pesquisadores, entendidos e aceitos pelos diferentes públicos leigos. É desafio árduo conciliar diversos interesses e motivações para formar uma estrutura capaz de organizar uma rede de interatividade para a formação de uma cultura científica. A pesquisa se concentra-rá nos aspectos que estão presentes na estrutura do site da revista e que foram responsáveis por firmar seu caráter multidisciplinar: informações sobre ciências exatas, humanas e biológicas e as relações de tais áreas com a cultura em geral.

A metodologia: será utilizada a análise, a partir de um dialogo entre o site e a reuniãoo de artigos editados por Luisa Masserani intutulado “Ciencia & Criança: A produçao cienti-fica para o publico infanto-juvenil”, de 2008, entre outros que discutem as formas divugaçao da ciencia para as crianças. Como trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa seria preciso montar uma estratégia para averiguar se as crianças com acesso à internet tem interesse em tais produtos. Tal pesquisa pode ser feita com entrevistas que pretendem levantar os reais interesses e as escolhas das criancas entre os 7 e 14 anos (faixa etaria pretendida pela publicacao quando acessam o site.

Resultados esperados: tomar conhecimento da dinâmica e dos artifícios presentes no Ci-ência Hoje das Crianças Online e propor a formulação de um produto destinado ao mesmo público, levando em consideraçao os pontos que tornam a da publicaçao online referência no jornalismo cientifico feito ao publico infantil. Além disso, se espera que ao saber das carac-terísticas, se proponha até melhoras para a publicação. A publicaçao online é referência no jornalismo cientifico destinado a criancas está só no mercado. Portanto, e preciso vericar as caracteristicas da revista que torna tal fato possivel.

Page 146: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

146

GT Educação

ECOANDO: EDUCAÇÃO E ATITUDEMarina Camara Paschoalli (UNESP)Beatriz Albuquerque e Castro (UNESP)

“Ecoando, educação e atitude” é um programa radiofônico veiculado na Rádio Unesp Vir-tual, criado em 2007 pela equipe do núcleo de jornalismo da mesma Rádio. O programa entra no ar ao vivo quinzenalmente às terças-feiras, às 13h30 e abrange assuntos da atualidade locais, nacionais ou mundiais relacionados ao meio ambiente.

O programa tem 15 minutos de duração e é dividido em dois blocos. O primeiro bloco inclui o quadro “Feitos e Fatos”, que consiste em aproximadamente cinco notícias relacionadas com o meio ambiente. O segundo bloco é temático e consiste em três quadros fixos. O “Antena Eco” é o quadro que faz a introdução ao assunto, explicando o fato a ser discutido. O “E eu com isso?” é o quadro que busca explicar ao ouvinte qual a relação entre o tema proposto e a sua vida, ou seja, responde ao ouvinte a pergunta “como este tema me afeta diretamente?”. O último quadro fixo é o “É consciência”, no qual o repórter visa dar dicas de como o próprio ouvinte pode fazer a sua parte na solução dos problemas apontados ao longo do bloco. Além destes, há também os seguintes quadros opcionais: “Ecoando nas Ruas”, no qual o repórter vai as ruas para buscar a opinião dos cidadãos a respeito do assunto determinado no bloco e “Na ponta da língua”, no qual o repórter deve explicar termos específicos usados durante o programa com o qual o ouvinte pode não estar familiarizado.

O programa tem como objetivo uma abordagem profunda de questões ambientais, con-textualizando-as na atualidade. A idéia é mostrar como assuntos cotidianos afetam o meio ambiente e como estes, por sua vez afetam nossas vidas diretamente, sempre buscando adequar o tema “Meio Ambiente” com o jornalismo radiofônico de forma a promover a Educação Ambiental.

Os participantes do Projeto produzem pautas, entrevistas, relação de roteiros, gravações de programas, edição de texto e áudio e sonoplastia. Os estudantes que participam da produção do conteúdo do programa buscam em sites de organizações oficiais e também em seus repre-sentantes, além de especialistas e cidadãos as fontes para o que será veiculado.

Além de expor e contextualizar as questões ambientais, o “Ecoando” propõe saídas e possí-veis soluções para problemas apontados, como mudanças nos hábitos dos ouvintes, numa ten-tativa de resolver, ou ao menos amenizar os problemas explorados. Os resultados da produção incluem o aperfeiçoamento das técnicas jornalísticas pelos alunos da graduação e um maior envolvimento destes com a comunidade local de Bauru.

Palavras-chave: Meio ambiente. Educação. Jornalismo. Rádio.

Page 147: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

147

AS MÍDIAS INTERATIVAS E A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTILMarta Fresneda Tomé (UNESP)

A formação dos professores da educação infantil foi sofrendo alterações em nosso país de acordo com os momentos históricos, sociais e culturais de nossa sociedade. Esses profissionais, até a década de 1980, eram “pessoas de boa vontade”, e que, não necessariamente, precisavam ter alguma formação acadêmica, visto que a atenção à criança pequena era essencialmente assistencialista. Essa realidade começou a ser modificada a partir da Constituição de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, quando a formação inicial exigida para esses professores passou a ser em nível superior, sendo aceito o nível médio em curso Nor-mal. Atenta a demanda por cursos de formação nessa área, em 2002, a Universidade Estadual Paulista (Unesp), em convênio com o governo do estado de São Paulo e seus municípios, ofe-receu um curso de formação em Pedagogia para esses profissionais e àqueles que atuavam na primeira etapa do ensino fundamental. Esse curso se configurava através de aulas presenciais e a distância (videoconferências e teleconferências). A presente pesquisa foi realizada em duas turmas do curso de um município do interior do estado. Seu objetivo era conhecer as opini-ões dos atores deste programa acerca da formação em educação infantil que fora oferecida. Para isso, foram entrevistados os professores/alunos do curso, as coordenadoras pedagógicas da educação infantil do município e o coordenador geral do projeto Pedagogia Cidadã. Para a análise dos dados foi utilizado o referencial teórico da Psicologia Histórico-Crítica. A partir do estudo foi possível perceber que os professores da educação infantil que frequentaram o curso, em sua maior parte, desconheciam como utilizar equipamentos de mídias interativas como computador, webcan, microfone e internet. Durante o curso, esses profissionais tiveram aulas de introdução à informática e foram acompanhados por monitores em todas as atividades que necessitavam o uso dessas tecnologias. Essa mudança foi considerada como muito positiva tanto pelos profissionais da educação infantil como pela coordenação do município, visto que repercutiu na melhora da qualidade das atividades desenvolvidas por esses profissionais nas escolas em que atuavam. As videoconferências aconteciam duas vezes por semana no curso e eram ministradas por professores da Unesp. Segundo o coordenador geral do curso esses pro-fessores não tinham formação prévia para utilizarem toda a potencialidade dos equipamentos desse tipo de tecnologia de comunicação, assim, essas aulas, em sua maioria, eram expositivas e longas. Esse formato gerava desinteresse por parte dos professores/alunos, que consequen-temente participavam pouco. Quanto às teleconferências, estas tinham o formato de mesas redondas, com profissionais conhecidos no cenário da educação nacional, e aconteciam uma vez a cada quinze dias. Isso gerava maior interesse e participação dos professores/alunos, no

Page 148: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

148

GT Educação

entanto, como as teleconferências eram oferecidas simultaneamente para todos os municípios conveniados, raramente as perguntas que eram elaboradas pelos professores/alunos iam ao ar, ficando, assim, sem resposta. Nesse contexto, concluímos que as tecnologias de informação e comunicação podem ser instrumentos para a formação dos professores da educação infantil, desde que sejam levadas em consideração a realidade social e a formação inicial desses profis-sionais.

Palavras-chave: Educação Infantil. Formação de Professores. Mídias Interativas.

RELAÇÃO DO CONHECIMENTO TEÓRICO/PRÁTICO DOS ALUNOS UNIVERSITÁRIOS NO ENSINO À DISTÂNCIA DA UNOPAR

Nilson César Bertóli (UNIMAR/UNOPAR)

A preocupação é de pesquisar e analisar como o ensino à distância é preparado e sua forma de transmissão aos alunos universitários da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), mos-trando suas habilidades e conhecimentos teórico/práticos. O presente trabalho busca investi-gar a qualidade do ensino à distância, como sua produção e recepção, observando o grau de satisfação dos alunos e sua aceitação no mercado de trabalho, relacionando a teoria e a prática aplicada. Para desenvolver este estudo utilizarei a pesquisa de cunho qualitativo, aplicação de questionários e visita aos alunos em alguns momentos de recepção nas tele-salas e se possível a visita ao centro de desenvolvimento das aulas. Espera-se com o resultado desse trabalho contribuir para o aprimoramento da política e gestão educacional da Universidade Norte do Paraná, no ensino à distância, relacionado com o desenvolvimento e melhoramento da forma-ção de seus alunos.

Justificativa: O presente trabalho busca investigar a qualidade do ensino à distância, como sua produção e recepção, observando o grau de satisfação dos alunos e sua aceitação no merca-do de trabalho, relacionando a teoria e a prática aplicada.

Objetivo Geral: Pesquisar e analisar como o ensino à distância é preparado e sua forma de transmissão aos alunos universitários da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), mostran-do suas habilidades e conhecimentos teórico/práticos.

Metodologia: Para desenvolver este estudo utilizarei a pesquisa de cunho qualitativo, apli-cação de questionários e visita aos alunos em alguns momentos de recepção nas tele-salas e se possível a visita ao centro de desenvolvimento das aulas.

Page 149: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

149

Espera-se com o resultado desse trabalho contribuir para o aprimoramento da política e gestão educacional da Universidade Norte do Paraná, no ensino à distância, relacionado com o desenvolvimento e melhoramento da formação de seus alunos.

Palavras-chave: Ensino à distância. Qualidade do ensino. Produção e recepção do ensino à distância.

ANÁLISE DE CARACTERÍSTICAS EDUCATIVAS NO PROGRAMA INFANTIL CASTELO RÁ-TIM-BUM”Patrícia Andrade Peniche de Mello (UNESP)Leticia Passos Affini (UNESP)

A fase da infância implica em necessidades diversas que possibilitem um desenvolvimento completo do indivíduo. Como instrumento presente na sociedade contemporânea, a televisão é capaz de cumprir um papel fundamental nessa fase, no entanto, é necessário que isso ocorra de forma a enriquecer esse processo.

A tensão entre educação e entretenimento (associado ao papel principal do meio de comu-nicação televisão) gera discussões acerca de uma incompatibilidade, e o modelo comercial de televisão investe cada vez menos em uma conduta que desmistifique essa realidade.

A partir desse panorama, “Análise de características educativas no programa infantil Cas-telo Rá-Tim-Bum” tem como objetivo levantar questões relevantes na construção de progra-mas para o público infantil, baseados essencialmente nas suas necessidades de desenvolvimento e entretenimento; e para atender tal objetivo, a pesquisa utiliza o programa “Castelo Rá-Tim-Bum” como objeto de estudo.

A pesquisa aborda um tipo de programação mais escassa nos dias de hoje, mas que ainda assim tem muito respeito entre os profissionais relacionados a ela; destina-se principalmente a alunos das universidades e profissionais que tenham interesse em aprofundar seus conheci-mentos na área de programação infantil de televisão, tanto de audiovisual quanto de psicologia e pedagogia. Com essa finalidade, utiliza-se não só de literatura específica de comunicação, psicologia e pedagogia, como também faz entrevistas com profissionais experientes no circuito dos programas infantis, para obter respostas mais precisas e exemplos de sucesso que possam ser utilizados no outro segmento da pesquisa, a experiência prática da construção de roteiros de um programa infantil educacional.

Capaz de integrar estudantes e professores de áreas distintas com a intenção de criar so-luções para a realidade atual dos programas destinados a esse público alvo, em sua finalização, o estudo aponta direções a serem seguidas na concepção de um programa infantil que vá de

Page 150: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

150

GT Educação

encontro com as necessidades reais desse público. Após definir essas diretrizes e selecionar dados que possibilitariam uma base sólida para

a construção de um programa infantil educativo, o estudo comprova que é possível a realiza-ção de um programa com lucros, mas que ainda mantém a integridade do seu conteúdo sem estimular seu público a um comportamento baseado apenas na sociedade de consumo. Essa comprovação é feita através do programa piloto “Cambalim”, realizado por alunos do 3º termo de Rádio e TV, da Unesp de Bauru. Com auxílio de orientação pedagógica na construção de seus roteiros, o programa conseguiu captar recursos em empresas privadas de pequeno e médio porte, além de chamar atenção de empresas de porte multinacional.

Palavras-chave: Audiovisual. Educação. Produção de programas infantil. Televisão.

ENGAJAMENTO PÚBLICO EM NANOTECNOLOGIAPaulo Roberto Martins (IPT)Maria Fernanda Marques Fernandes (UFRJ)

Um nanômetro equivale a um bilionésimo do metro. Quando a matéria é organizada a par-tir de estruturas de dimensões nanométricas, ela exibe propriedades especiais que têm sido alvo de pesquisa, desenvolvimento e inovação, constituindo um campo denominado nanotecnolo-gia. Em todo o mundo, existem no mercado mais de 800 produtos com nanotecnologia, como aparelhos eletrônicos, cosméticos, roupas e até alimentos. No entanto, parcela significativa da população ainda desconhece a nanotecnologia. Pesquisa realizada em 2007 mostrou que 42% dos norte-americanos nunca tinham ouvido falar sobre o assunto. No Brasil, estima-se que o desconhecimento seja igual ou até maior. Pouco a pouco, jornais, revistas, sites e programas de TV começaram a divulgar a nanotecnologia, mas predominam matérias que destacam os potenciais benefícios dessa tecnologia, enquanto os riscos não costumam ser mencionados. Faz-se necessário, portanto, informar os brasileiros sobre a nanotecnologia e instrumentalizá-los para que participem das discussões e decisões acerca dessa tecnologia. Com esse objetivo, a Rede de Pesquisa em Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente (Renanosoma) realiza, desde 2007, com o financiamento do CNPq, o projeto Engajamento Público em Nanotecno-logia, que utiliza novas tecnologias de informação e comunicação para aproximar a academia (Ciências da Natureza, Ciências da Vida e Humanidades) do público geral. Este projeto de popularização da ciência e tecnologia inclui, entre outras estratégias, chats e programas de TV pela internet. De abril de 2007 a novembro de 2008, foram realizados 164 chats. A cada chat, um convidado, em geral um pesquisador, apresentava seu trabalho e respondia às dúvidas dos

Page 151: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

151

internautas. Cada bate-papo contava, em média, com oito participantes. Quanto ao programa Nanotecnologia do avesso, ele começou a ser produzido em 12 de janeiro de 2009. Com cerca de uma hora de duração, ele é exibido às segundas-feiras, às 16h, ao vivo, pela allTV, e já ultra-passou 30 edições. A cada programa, um pesquisador é entrevistado e fala sobre seu trabalho. Os internautas podem enviar suas perguntas para o estúdio, em tempo real. Após a exibição, os vídeos ficam disponíveis para download. Em média, cada programa é acompanhado por 1.800 internautas. É crescente o número de brasileiros que usam a internet: em 2001, 4,0 milhões de domicílios brasileiros (8,5%) estavam conectados e, em 2007, esse número já havia subido para 11,4 milhões (20,1%). Além disso, em janeiro de 2009, os brasileiros eram o povo que passava mais tempo navegando pela internet, com a média mensal de 24 horas e 49 minutos. No en-tanto, entre os países da América Latina e do Caribe, o Brasil também lidera a desigualdade no acesso à internet: entre os mais ricos, o uso é de 52%, enquanto, entre os mais pobres, é de 1,7%. Apesar dessa limitação, não se pode ignorar o potencial da internet para a divulgação científica e, neste sentido, as duas estratégias do projeto Engajamento Público aqui relatadas representam contribuições experimentais para a disseminação de uma visão crítica acerca da nanotecnologia.

Palavras-chave: Nanotecnologia. Educação. Comunicação. Divulgação científica.

EDUCAÇÃO CIDADÃ ATRAVÉS DA MÍDIA

Pedro Celso Campos (UNESP)

A urgência da questão ambiental é de tal ordem que já não se pode mais deixar apenas a cargo da escola formal o dever de educar para o meio ambiente. A “alfabetização ecológica” da sociedade deve perpassar todas as instâncias de locução. Isto significa que cabe à mídia - e especialmente ao jornalismo - o dever cívico de, primeiramente, tomar conhecimento da problemática que envolve o desenvolvimento sustentável, e, em seguida, transmitir mensagens persuasivas na direção de uma mudança do comportamento das pessoas. A idéia, aqui, é propor uma visão integrada e sistêmica que reúna a mídia, a universidade, o poder público, a escola formal e, principalmente, a sociedade, no esforço de todos por um outro mundo possível. Por sua responsabilidade social, o jornalismo não tem o direito de ignorar este mutirão midiático pela Vida e pela Cidadania.

Palavras-Chave:Integração. Sistema. Participação. Complexidade. Interdisciplinar.

Page 152: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

152

GT Educação

A GRANDE REPORTAGEM E O LIVRO-REPORTAGEM: FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS DO REPÓRTER E LUGAR VITAL DAS GRANDES NARRATIVAS JORNALÍSTICAS

Renata Penzani (UNESP)Antônio Francisco Magnoni (UNESP)

Objetivo geral: evidenciar como o livro-reportagem manuseia a realidade com maior pre-cisão, profundidade e minúcia do que lhe dispensa a imprensa regular. Mais do que isso, vai questionar se o gênero está apto para vencer as inevitáveis batalhas diárias, como por exemplo, a paciência dos leitores para ler grandes reportagens num mundo em que a tendência é o resu-mo e a instantaneidade; investigar entre os estudantes de jornalismo o conhecimento teórico e técnico e o interesse pela produção e leitura de grandes reportagens e de livros-reportagem. Os dois gêneros de jornalismo escrito são ferramentas indispensáveis para os repórteres inter-pretarem a realidade social com mais precisão e abrangência, como exige o jornalismo crítico e democrático.

Objetivo específico: Analisar como a ausência de reportagens aprofundadas na comuni-cação diária afeta a percepção de mundo do leitor, como essa inclinação ao resumo educa o olhar de quem está constantemente submetido a ela. A partir disso, despertar nos estudantes de jornalismo o interesse pela leitura, discussão e estudo sobre a grande reportagem, gênero que se escasseia na cobertura diária dos meios escritos.

Justificativa da proposta: A imprensa periódica – jornais, revistas, sites etc., publicam al-gumas esporádicas “reportagens especiais”, enquanto multiplicam as páginas repletas de notas genéricas e de matérias superficiais. Para noticiar o desemprego, não se vai à rua dissecar a história de vida daquele que enfrenta filas à procura de uma vaga no mercado; para informar o leitor da violência urbana, apenas índices de homicídios e medição de assaltos e seqüestros. O que se vê – salvo raríssimas exceções – é a vida humana resumida em infográficos, dados estatísticos e pesquisas de opinião. Com o argumento de que não há mais tempo e nem repór-teres para apurar assuntos complicados, o jornalismo escrito se desfaz das grandes narrativas e as redações trabalham com equipes cada vez menores, mal remuneradas e despreparadas. Para agravar o quadro, os veículos impressos se ressentem cada vez mais da concorrência crescente da internet e de outros meios digitais. Com o fim da exigência de formação acadêmica para exercício do jornalismo, tendem a piorar a qualidade dos conteúdos e as rotinas das coberturas jornalísticas.

A organização de um núcleo de estudos e produção de reportagem torna-se uma ferramen-ta vital para a formação de profissionais preparados para manejar a matriz fundamental para a realização do jornalismo pleno, crítico e cidadão.

Page 153: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

153

A metodologia para viabilizar o Núcleo de Estudos e Produção de Reportagem: reunir alu-nos interessados em ler, estudar e produzir grandes reportagens e livros-reportagem. O método inicial baseia-se nos estudos de narratologia, “um ramo das ciências sociais que estuda os sis-temas narrativos no seio das sociedades”. A referência será o jornalista e pesquisador da UNB/DF, Luiz Gonzaga Motta, para quem é “fundamental entender como os cidadãos constroem significados por meio da compreensão e expressão narrativa factual ou ficcional da realidade”.

Resultados esperados: produção teórico-prática dos participantes do Núcleo, para publica-ção em meios impressos e na internet, além de apresentar em eventos das área de Jornalismo, Comunicação, Letras, Literatura e outras áreas afins.

Palavras-chave: Jornalismo escrito. Reportagem. Livro-reportagem. Aprofundamento. Narratologia.

A FORMAÇÃO INICIAL (PRÉ-SERVIÇO) DE PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA NA ERA DIGITAL: UMA EXPERIÊNCIA ON_LINE Rodrigo Florencio de Atayde (UNESP)

O sonho e o desejo de ser professor talvez seja a resposta para esta proposta de trabalho, pois ser professor em meio a uma revolução tecnológica exige compreender uma nova geração de leitores digitais e também de excluídos digitais. Contudo, com a introdução das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no sistema educacional há quem evite ou reduz seu uso na suposição de que prejudica o processo ensino/aprendizagem, talvez devido à falta de infra-estrutura tecnológica que muitas escolas enfrentam, mas, sobretudo pela falta de formação ini-cial e/ou continua do professor em como lidar com as TICs. Desta forma, o professor sente-se inseguro, indeciso na preparação de aulas e naturalmente exclui o uso desses recursos em sala de aula, conseqüentemente distancia-se de uma realidade que é inevitável. Portanto, pelo fato de muitos professores desconhecem as possibilidades que estes recursos podem ofertar tanto para o educador quanto para o educando, este trabalho tem como objetivo apresentar resultados em relação a mudanças de paradigmas na formação inicial (pré-serviço) de professores neste caso de línguas estrangeiras (LE) frente às TICs. No entanto, almejar mudanças de paradigmas, significa identificar as possíveis crenças, pressupostos ou motivos que levam o graduando ao uso ou não das TICs. No Brasil no que diz respeito à formação e crenças, destacam-se autores como Vieira Abrahão (2005), Almeida Filho (1998); Barcelos, (2001), para estes, crenças está relacionada à cultura de aprender e ensinar línguas. Para tanto, foi elaborado e oferecido aos graduandos do terceiro ano de Letras um curso on line baseado na proposta de Blend_Le-

Page 154: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

154

GT Educação

arning. Este trabalho buscou integrar pesquisa e ensino na formação inicial além de oferecer meios para o desenvolvimento lingüístico e comunicativo do professor de LE. Desta forma, optou-se por uma metodologia de pesquisa qualitativa de cunho etnográfico. Segundo Bog-dan e Biklen (1994), uma pesquisa qualitativa envolve a obtenção de dados descritivos uma vez que o contato entre pesquisador e pesquisados dá-se de forma direta, cuja ênfase esta no processo e não no produto. Bleger (1980) discute a pesquisa etnográfica no sentido de analisar um conjunto de valores. Nessa perspectiva, é preciso priorizar o trabalho durante as atividades junto aos graduandos. Considerando que este trabalho envolve uma variedade de elementos, optou-se pela análise de entrevista e do “Diário Virtual” redigido pelos graduandos. Segundo Manzini (2003), o uso de entrevistas destaca-se na coleta de dados, pois permite aos respon-dentes se expressarem livremente, bem como decidirem o que dizer e como fazê-lo. Para tanto, fez-se necessário duas entrevistas, uma antes e outra após a realização do curso on-line. Os dados coletados representam que a realização do curso corroborou para formação inicial, pois verificou-se um envolvimento, bem como a interação dos graduandos em relação ao uso das TICs. De acordo com os relatos, a experiência foi desafiadora, mas fundamental para que pu-dessem aprimorar sua formação. Contudo, com todas as dificuldades encontradas pelos alunos pode-se constatar uma mudança de paradigmas em relação ao uso das TICs. Naturalmente, este trabalho não limita nem esgota as analises dos resultados até aqui apresentados.

Palavras-chave: TICs. Formação Professor. Língua Estrangeira.

O USO DAS TIC’S EM SALA DE AULA COMO FERRAMENTA MEDIADORA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEMRosana Ramos Socha (UNESP)Rosemara Perpetua Lopes (UNESP)Júlio César D. Ferreira (UNESP)Eloi Feitosa (UNESP)

A busca por uma compreensão mais ampla sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) no ensino de Física tem motivado algumas pesquisas. O presente tra-balho apresenta uma atividade experimental de Física realizada junto a uma turma do terceiro ano do Ensino Médio em uma escola da rede pública, situada no interior de São Paulo, cuja finalidade maior foi articular tecnologias e aprendizagem de conceitos escolares. Na escola, apresentamos a montagem de circuitos elétricos simples reais e virtuais, buscando evidenciar qual deles proporcionou maior interação do aluno com o objeto de estudo. Não visamos medir o impacto das práticas experimentais na aprendizagem dos estudantes, mas apresentar-lhes o

Page 155: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

155

computador como parceiro no processo de aprendizagem. Para a montagem do circuito real, utilizamos uma situação de aprendizagem descrita num material distribuído em 2008 às es-colas públicas pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo; para a montagem do circuito virtual, utilizamos o applet Circuit Construction Kit, criado pelo Physics Education Technology (Phet), disponível gratuitamente na Internet. Os resultados obtidos indicam que o experimento virtual permite ao aluno visualizar imagens não visualizáveis pelo experimen-to real, como a de elétrons percorrendo um fio condutor. Ao propormos ir além do uso de artefatos convencionais como giz e lousa nas explicações de fenômenos físicos, constatamos que o experimento virtual selecionado conferiu maior autonomia ao aluno, ampliando as suas possibilidades de aprendizagem. Os resultados nos mostram a necessidade de o professor estar consciente sobre a importância da utilização das TIC’s, como computador, em suas aulas. Suge-rimos incluir a Internet no material distribuído pela Secretaria aos professores da rede pública, a título de opção ou complementaridade, por meio da indicação de experimentos virtuais es-pecíficos, previamente selecionados por critérios bem definidos. Porém, não estamos propondo que seja oferecido ao professor material didático que não sairá do armário, mas que a escola e seus professores desenvolvam um trabalho articulado com a universidade, especificamente com grupos interdisciplinares que pesquisam e disponibilizam experimentos virtuais, applets, programas ou softwares computacionais para fins educativos.

Palavras-chave: TIC’s na educação. Simulações virtuais. Ensino de Física.

INCLUSÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NAS ESCOLAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: APRENDIZAGEM DE GEOMETRIA MEDIADA PELO USO DE APPLETSRosemara Perpetua Lopes (UNESP)Vanessa Masitéli (UNESP)Eloi Feitosa (UNESP)

Apresentamos parte de um trabalho mais abrangente realizado por um grupo universitário interdisciplinar que atua junto a escolas do ensino fundamental e médio de São José do Rio Preto e região, nas áreas de Física, Matemática e Ciências. Voltado a alunos e professores das escolas da rede pública de ensino, o trabalho beneficia também os estudantes de graduação envolvidos no mesmo, que vivenciam sua formação também no âmbito da prática. Os objetivos do trabalho apresentado neste artigo são: promover a aprendizagem de Matemática nos anos escolares da Educação Básica; dar condições ao aluno de desenvolvimento do raciocínio lógico; motivar os alunos à aprendizagem de conceitos matemáticos; contribuir para a inovação da

Page 156: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

156

GT Educação

prática pedagógica em ambientes de ensino. Para tanto, na universidade, elaboramos material didático interativo com applets para alunos de escolas públicas. No caso deste artigo, o material foi enviado a escolas da cidade de Terra Roxa (SP), sendo utilizado por alunos da oitava série (atual nono ano) do ensino fundamental, na Sala Ambiente de Informática (SAI), sob a orien-tação de uma professora de Matemática auxiliada pelo técnico em Informática da escola. Os materiais aos quais nos referimos neste artigo contêm applets de Geometria, especificamente os Teoremas de Pitágoras e de Tales. O material sobre o Teorema de Pitágoras foi utilizado no primeiro semestre de 2009, de modo que os resultados que apresentamos são relativos ao mes-mo. Segundo registro escrito, o uso desse material nas escolas foi satisfatório, tanto do ponto de vista da aceitação e interesse dos professores e alunos envolvidos, quanto da aprendizagem. Há tempos, a aprendizagem de Matemática desafia os alunos da escola básica, levando o professor a buscar novas estratégias para o ensino desse conteúdo. Nesse contexto, os applets - que tecni-camente são programas editados em linguagem de programação Java - são uma opção, embora tenham limitações e careçam de uma proposta pedagógica para uso efetivo. Apresentamos, assim, a nossa proposta de uso de applets. Uma proposta que começa e termina na escola pú-blica e que não teria sentido fora dela. Finalizando, ressaltamos como aspecto positivo de nosso trabalho a mudança de posicionamento de alguns professores, que antes viam a tecnologia com receio e hoje se esforçam para mantê-la e melhor utilizá-la, beneficiando, assim, seus alunos.

Palavras-chave: ensino-aprendizagem de Matemática. Aprendizagem significativa. Tecnologias di-gitais. Applets. Tecnologias de Informação e Comunicação.

NOVAS LINGUAGENS NA ESCOLA: MATERIAL DIDÁTICO INTERATIVO PARA CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTALRosemara Perpetua Lopes (UNESP)Fernanda de Souza Monteiro (UNESP)Eloi Feitosa (UNESP)

Neste artigo, apresentamos parte de um trabalho mais abrangente desenvolvido desde 2007 por um grupo interdisciplinar composto por estudantes de graduação e de pós-graduação de uma universidade pública junto a escolas públicas de ensino fundamental e médio de São José do Rio Preto (SP) e região. Em sua totalidade, o trabalho abrange as áreas de Física, Matemática e Ciências. Esta última comporta o objeto do presente trabalho. A proposta é dar condições ao professor de crianças com idade entre cinco e sete anos de utilização dos applets

Page 157: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

157

(1) Ourselves (Os Seres Humanos) (2) Growing Plants(Cultivando Plantas) e (3) Plants and Animals in the Local Environment (Plantas e Animais em seu Habitat), disponíveis gratuita-mente na Internet, no sítio BBC Home – Schools Sscience Clips, de maneira que ele consiga superar eventuais dificuldades operacionais e promover o gosto da criança pelas ciências desde o início do período de escolarização. Trata-se de um material de apoio orientado por uma proposta pedagógica que prevê a construção do conhecimento por aprendizagens significativas. Este material comporta tradução inglês-português do conteúdo escrito, informações sobre os recursos do applet, além de sugestões de manuseio, tendo em vista a promoção da interação aluno-software. Encontra-se atualmente em fase de conclusão, devendo ser encaminhado à escola no segundo semestre de 2009 para avaliação seguida de ajustes posteriores. Nossa ex-pectativa é a de que professores e alunos incluam a linguagem das tecnologias digitais em seu cotidiano, na medida de suas possibilidades e limites. Com este trabalho, buscamos contribuir para a democratização do acesso às novas tecnologias e para a melhoria do ensino da escola pública, sendo este o nosso objetivo.

Palavras-chave: Tecnologias de Informação e Comunicação. Applets. Ensino de Ciências. Aprendizagem significativa.

IMPLANTAÇÃO DA RÁDIO-ESCOLA UESCO: O PAPEL MEDIADOR DO JORNALISMO NA EDUCOMUNICAÇÃO

Samanta Daisy Pinheiro Nascimento (UFPI)

Este trabalho descreve o papel mediador do jornalismo para o desenvolvimento das habili-dades e tendências comunicacionais de alunos na Unidade Escolar Cecém Oliveira - UESCO, localizada na zona norte de Teresina, no Piauí, durante a implantação da Rádio-Escola no pri-meiro semestre de 2009, viabilizada pelo Programa Mais Educação do Governo Federal. Estes adolescentes e jovens são influenciados pela mídia, pela cultura, pela sociedade da informação, enfim, pelo meio em que vivem. A Rádio-Escola é uma oportunidade do aluno se expressar e ele faz isso através das técnicas jornalísticas ao criar conteúdo midiático. O presente trabalho desenvolveu-se como um estudo de caso, utilizando dados de caráter qualitativo e quantitativo, em que a pesquisa participante constituiu-se como recurso metodológico. Os resultados são baseados nas descrições e opiniões de uma amostra de 26 alunos da 5ª série ao 1º ano que par-ticiparam voluntariamente na produção de programas para a Rádio UESCO. Para suporte te-órico, o texto aborda o tema da Educomunicação, que alerta para a função educativa dos meios de comunicação, e a Teoria das Mediações de Martín-Barbero, que se volta para o espaço que

Page 158: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

158

GT Educação

medeia entre a fonte emissora e destinatário. Este trabalho também visa incentivar os estudos na área da Educomunicação e seu ensino nas universidades, além de ser uma forma de adquirir conhecimentos e experiência nesta área de estudo. Percebeu-se, então, que, através das técnicas jornalísticas como as pautas, entrevistas, enquetes, dentre outros, os alunos expressam seus valores e seu contexto sócio-econômico cultural no conteúdo midiático produzido. Através das técnicas, os alunos também passam a interagir mais com o meio onde estão inseridos. Além disso, aprender as técnicas também é uma forma de começar a pensar criticamente o conteúdo consumido pelos meios de comunicação. Pôde-se, também, constatar a relação dos alunos com o mundo globalizado em que vivem, através do grande interesse pelas novas tecnologias. Neste sentido, foi criado o blog da Rádio UESCO com a finalidade de ser mais uma ferramenta do jornalismo ao mediar os alunos com a sociedade da informação.

Palavras-chave: Educomunicação. Mediação. Informação. Rádio. Jornalismo.

A FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFESSORES PARA A INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS EDUCATIVAS

Sirley Terezinha Golemba Costa (PUCPR)Dilmeire Sant’Anna Ramos Vosgerau (PUCPR)Natascha Abt

Esta pesquisa buscou verificar como ocorre a formação inicial do aluno de pedagogia no estado do Paraná para a integração das tecnologias educativas na sua futura prática pedagógica. Para a realização deste estudo foram analisadas as legislações referentes ao curso de Pedago-gia, as matrizes curriculares das Instituições do Paraná, os Projetos Pedagógicos e as ementas destas Instituições. Nesta pesquisa verificou-se que apesar das atuais legislações contemplarem a importância do professor ter o domínio dos recursos tecnológicos e saber como utilizá-los pedagogicamente em sala de aula, a maioria das Instituições responsáveis por esta formação inicial, não proporcionam estes conhecimentos aos alunos. Também se verificou, a partir dos PPC, que aquelas Instituições que consideram as tecnologias importantes, também ofertam disciplinas para que os alunos aprendam a dominar os artefatos tecnológicos, enquanto que aquelas que não mencionam nenhum aspecto em seu PPC sobre as tecnologias, também não ofertam disciplinas que proporcionam a aprendizagem dos alunos para a integração das tec-nologias educativas.

Palavras-chave: Formação. Formação inicial de professores. Tecnologias educativas.

Page 159: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

159

A CONTRIBUIÇÃO DO DESIGNER EM DIFERENTES METODOLOGIAS DO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS TECNOLÓGICOS EDUCACIONAISTalita Albuquerque Hayata (UNESP)Fernanda Rodrigues de Paula (UNESP)

O artigo discute o trabalho de designers gráficos, de interação e de interface a partir de ex-periências nos laboratórios Laboratório de Tecnologia da Informação Aplicada (LTIA) e La-boratório de Mídias Interativas (LABMI), ambos pertencentes à UNESP Bauru, e da equipe Levv IT (Pernambuco) na tentativa de localizar os possíveis pontos estratégicos de atuação do designer em equipes multidisciplinares voltadas à educação.

Para tanto, foi analisada uma produção de cada equipe entre os anos de 2008 e 2009, com especial atenção para o trabalho dos designers e para as diferentes metodologias utilizadas em cada processo. Estas metodologias de desenvolvimento foram então comparadas com os mo-delos mais correntes atualmente: waterfall e agile.

Entende-se por waterfall development (desenvolvimento em cascata) o processo linear e sequencial de desenvolvimento no qual o progresso passa por etapas que “fluem” (como uma cascata) da concepção aos testes e manutenção, com objetivos distintos para cada fase. O de-signer, neste caso, acompanha todo o processo e age mais especificamente definindo a estrutura para que a fase de desenvolvimento (ou programação) a siga; qualquer erro é muito custoso, uma vez que se forma um “gargalo”, uma etapa deficiente ou lenta no processo que influenciará a próxima etapa negativamente. Agile development (desenvolvimento ágil), por sua vez, resulta em vários pequenos produtos ao longo do caminho; o primeiro sendo a redução máxima de todas as funções que o produto abrange na menor unidade prática possível, o protótipo, que vai gradualmente sendo desenvolvido para incluir mais detalhes a cada ciclo de trabalho. Desde modo, ainda que o projeto seja cancelado, há um modelo, uma noção de totalidade a ser me-lhorado. As ações tanto do designer como as dos outros membros da equipe se dão ao mesmo tempo e modificações são constantes.

De acordo com estas observações, nota-se a necessidade de um certo nível de fluência tecnológica, além de estudos e exposições por parte de cada membro da equipe a respeito de sua área de atuação no contexto projeto, a fim de aprofundar o conhecimento coletivo e dimensionar a carga de trabalho de cada parte.

A atuação do designer como assistente do processo de produção e a produção por processos ite-rativos, então, acabam por resultar em equipes com atuações mais dinâmicas e equilibradas e, con-sequentemente, objetos com foco no usuário final e na sua apreensão do conteúdo disponibilizado.

Palavras-chave: Objetos educacionais. Design. Educação. Tecnologia. Metodologia. Mutidisciplinaridade.

Page 160: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

160

GT Educação

IDEOLOGIA E INFORMAÇÃO: AS MARCAS LINGÜÍSTICAS DO DISCURSO JORNALÍSTICO

Tássia Caroline Zanini (UNESP)

A principal matéria-prima do jornalismo, a notícia, lida diretamente com os interesses de grupos organizados da sociedade. Porém, como a finalidade primordial do jornalista é informar, é preciso estar ciente de que esse ato é um serviço público prestado à comunidade e, portanto, deve atender ao interesse da maioria, evitando as manipulações que possam fazer crer em interesses minoritários. O texto jornalístico deve primar por uma explanação clara e objetiva, isentando-se, ao máximo, de qualquer tipo de tendenciosidade e procurando mostrar todos os aspectos (positivos ou negativos) que podem estar envolvidos. Por consequência, será permitido ao espectador formar sua própria opinião. Dentro do jornalismo, objetivismo é o discurso mar-cado por ênfase nas fontes, citações e provas, camuflando, assim, o sujeito-redator-jornalista; o objetivismo oculta que o jornalista fala pelos fatos (no sentido de que faz a medição entre fatos e público). Dessa forma, por exemplo, o jornalista pode dar a entender ao leitor que fatos e versões são convincentes e definitivos – escolhas e seleções que se naturalizam na página do jornal; na tela do computador. Por isso, o senso comum – entendido como base de avaliação do conteúdo noticioso, determinando se uma informação pode ser aceita como fato – é uma noção-chave no jornalismo, pois constitui um convite à percepção seletiva.

Com ênfase nessas considerações, este trabalho se propõe a analisar dois textos publicados no jornal O Estado de S. Paulo em 14 de fevereiro de 2003, época da morte da ovelha Dolly, em que se reabriu a polêmica sobre clonagem. Com base nesse material, são explicitadas a ideologia e a tendenciosidade intrínsecas ao discurso jornalístico. Observa-se que todo texto, independentemente de seu gênero, revela um ponto de vista, mesmo que implicitamente, com maior ou menor parcialidade do seu produtor. Portanto, este trabalho demonstra que não há imparcialidade completa no jornalismo, considerando que a linguagem utilizada, a seleção le-xical, exemplos, fontes e citações ilustram que o texto é formado por escolhas. Primeiramente, são levantadas algumas questões em torno do paradigma do jornalismo e, em seguida, a análise é construída à luz das reflexões de autores como Fowler, Kerbrat-Orecchioni, Fiorin, Brandão, Fausto Neto e Fairclough.

Assim, considera-se que ser objetivo não significa usar aspas ou separar aquilo que se pensa daquilo que se relata; a notícia não é uma reflexão sobre os fatos. Para o jornalismo, a objetivi-dade depende também dos métodos de trabalho, dos procedimentos operativos, estratégicos, impessoais, ritualizados para minimizar as incertezas impostas pelos prazos de fechamento da edição; pelos acontecimentos imprevistos e etc. Destaca-se, também, que o jornalista, além de responsável pelo título, pelo lead, enfoque, citações e por todas as escolhas feitas (e difundidas),

Page 161: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

161

tem, sobretudo, o papel – institucionalizado e legitimado – de transmitir o saber cotidiano e de traduzir o saber dos especialistas para o grande público.

Palavras-chave: Ideologia. Discurso. Jornalismo. Análise linguística. O Estado de S. Paulo.

A EXPERIÊNCIA DE USO DE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM: NÍVEIS DE INTERATIVIDADEVanessa Matos dos Santos (UNESP)Maria Teresa Miceli Kerbauy (UNESP)

A relação existente entre o homem e a tecnologia - na qual os papéis de dominador e dominado estão constantemente sendo debatidos - a humanização da técnica é o compo-nente capaz de garantir a apropriação social da tecnologia. Nesse sentido, esta humanização pode ser alcançada à medida que a tecnologia passa a transformar o processo da comunica-ção e, por conseguinte, passa a contribuir para o crescimento e desenvolvimento educacional do homem. Fala-se, portanto, em tecnologias comunicacionais – isto é, tecnologias que se prestam a facilitar o processo comunicacional entre os sujeitos. No âmbito da comunicação mediada, o computador e a internet, juntos, são capazes de permitir uma espécie de ambiência social mediada e, desta forma, também terminam por possibilitar que o homem experiencie a imersão num ambiente virtual de comunicação. Juntando-se às possibilidades oferecidas pelos ambientes virtuais a necessidade crescente de educação continuada no cenário da Sociedade Aprendente, forma-se o cenário de desenvolvimento dos Ambientes Virtuais de Aprendiza-gem (AVA). Conforme as tecnologias da informação e comunicação se desenvolvem, também os ambientes virtuais de aprendizagem avançam, pois incorporam o potencial tecnológico da sociedade. O presente artigo analisa, através dos estudos de interatividade, os comportamentos interacionais dos Sujeitos imersos num AVA como ponto de apoio para o desenvolvimento educacional.

Palavras-chave: Ambiente virtual de aprendizagem. Interação. Interatividade.

Page 162: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

162

GT Educação

OS JOGOS ELETRÔNICOS NO IMAGINÁRIO INFANTIL: 25 ANOS DE TETRIS

Wagner Antonio Júnior (UNESP)Maria do Carmo Monteiro Kobayashi (UNESP)

Hoje muito se fala sobre temas como a ludicidade e educação, jogos e brinquedos e sua relação com a educação, principalmente, nos anos iniciais de escolarização. Pais, avós, parentes e amigos são chamados em várias ocasiões a presentear e agradar as crianças, o apelo atual a esse universo de objetos é imenso e a mídia colabora para tanto. Os jogos e os brinquedos são frutos de um tempo e de uma cultura, que retorna esporadicamente, em função de várias razões, dentre elas a mídia, que hoje dissemina pelo mundo o incentivo e o desejo de ter aquele brinquedo, ou aquele jogo. Com a difusão do computador nas últimas décadas, os jogos eletrônicos constituem, hoje, uma das atividades mais frequentes entre crianças e adolescen-tes. Com sua evolução, esses games ganharam recursos sinestésicos atraentes, com imagens animadas e sonorizadas nas quais o jogador interfere. Integrados por eventos rápidos, móveis e simultâneos, demandam coordenação de variáveis interagentes e, para tanto, habilidades de representação espacial dinâmica e atenção visual distribuída. Com um contexto de aprendi-zagem, a prática de jogos eletrônicos apresenta-se como uma possibilidade na elaboração de habilidades de planejar, de gerar e avaliar hipóteses, contribuindo para flexibilidade cognitiva e criatividade. O objetivo deste trabalho é identificar e descrever essas relações a partir dos jogos de simulação, mais precisamente os games, tomando como parâmetro o Tetris, um jogo eletrônico indicado para todas as faixas etárias. Esses jogos contemplam o lúdico no espaço da virtualidade, por meio de outras linguagens como imagens, sons e movimento, nas quais existe a interação entre o jogador e a interface computacional. Essas características dos jogos ele-trônicos, ou games, os tornam verdadeiros ambientes de aprendizagem, que muitas vezes não são considerados. Apresentamos nessa comunicação reflexões sobre os jogos eletrônicos e as possibilidades dessa ferramenta no aprendizado, tendo como foco o início da educação básica. Nossas bases referenciais estão em Caillois (mimicrity), Brougère (cultura lúdica) e Kishimoto (jogos e educação). Discutimos e analisamos o conceito de jogos eletrônicos à luz do referen-cial teórico em Alves (jogos eletrônicos), Silva (interatividade), Kobayashi (Organização dos objetos lúdicos) e Barros (tecnologias e virtualidade).

Palavras-chave: Cultura lúdica. Jogos eletrônicos. Educação básica.

Page 163: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

163

FORMANDO CIDADÃOS: ANÁLISE DE UMA PRÁTICA DE SALA DE AULA DE FÍSICA, QUESTIONAMENTOS SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS E USO DE TICS

Wagner Garcia Pereira (USP)

O presente trabalho é uma análise de uma aula de Física que tem a formação para a ci-dadania como meta educacional. Este objetivo educacional vem ganhando força ao longo dos últimos anos. As Leis e os Parâmetros Educacionais oficiais para a Educação em Ciências, bem como a pesquisa em Educação em Ciências convergem para a proposição de formação de cidadãos críticos e participativos. Assim, propusemos uma prática de aula de Física, onde as atividades são condizentes no que diz respeito à Formação para a Cidadania. Os alunos são divididos em grupos e cada um dos grupos recebe um artigo diferente sobre um fenômeno físico. Após cada grupo deve montar uma apresentação utilizando-se de TICs (Projeção de slides, internet e animações), para expor seu artigo. A partir desse ponto dá-se inicio ao debate entre os grupos, em busca de significação dos conceitos e de uma visão única sobre o fenômeno, por fim um artigo é escrito pelos grupos expondo as concepções estabelecidas em sala de aula.

Essa prática proporcionou o desenvolvimento das competências propostas ao ensino de Física contidas nos PCns, nas novas propostas curriculares para o ensino no Estado de São Paulo e também de competências que transcendem a disciplina, como por exemplo: Liderança, Praticas de Grupo, Senso Crítico, entre outras.Tal metodologia de pesquisa qualitativa nos remeteu à discussão de aspectos como: qual o papel do ensino de Física no ensino médio, como, o tipo de alunos que queremos formar, as relações da escola com a sociedade, bem como de fatores que influenciam ou poderiam influenciar para uma alteração no modo de conceber uma efetiva Alfabetização Científica. Como resultados, pudemos inferir: a Física concebida, através dessa prática, tornou as aulas mais prazerosas, um ensino menos conteudista e mais próximo da realidade do aluno, o que facilitou a assimilação de conteúdos e aumentou o nível de discussão nas aulas. Outro fator que se pode notar é que os alunos se tornaram mais comunicativos, mais críticos, mais investigativos e tem hoje uma maior facilidade para elaboração de tarefas em grupo com diferentes formações, o que podemos apresentar como fatores importantes na vida de um cidadão.

O ensino de Física auxilia na formação do cidadão devido ao seu caráter explicativo, utilitá-rio e avalizador; bem como a crença que exista uma intensa relação entre a contextualização dos conhecimentos científicos com a formação de senso crítico do cidadão e sua possível tomada de decisão diante de certas situações. Todas essas competências analisadas são apresentadas como essenciais nos novos Parâmetros de Educação Científica; porém existem questões formativas da prática docente que auxiliam na inviabilização de propostas e estratégias alternativas, quanto

Page 164: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

164

GT Educação

à formação cidadã. Concluímos que os resultados desta pesquisa nos leva a depreender que para uma efetiva

implementação da Educação Científica visando a formação para a cidadania em escolas de nível médio, é preciso uma tomada de posição, por parte dos professores, que promova uma ruptura maior e melhor com o Ensino Tradicional e um reposicionamento epistemológico e pedagógico do ensino de Física.

Palavras-Chave: Alfabetização Cientifica. Formação para a Cidadania. Competências.

Page 165: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

165

GESTÃO ESTRATÉGICA DE COMUNICAÇÃO COMO APOIADORA DO DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS EM INFORMAÇÃO

Ana Flávia Sípoli Cól (UNESP) Maria Cristina Gobbi (UNESP)

A gestão estratégica de processos de comunicação interna assume papel fundamental nas organizações contemporâneas, a fim de impulsioná-las à construção do conhecimento e ao aprendizado contínuo, essenciais para seu desenvolvimento. Essa gestão deve ganhar especial atenção nos casos em que o trabalho e o produto são de natureza eminentemente intelectual, como é o caso dos produtos jornalísticos, para os quais a matéria-prima básica é a informação, um ativo tão valioso, quanto subjetivo e perecível. Exatamente nesse contexto, o das empresas jornalísticas, entende-se que as estratégias de gestão da informação e da comunicação podem contribuir para estimular o desenvolvimento da “competência em informação” por parte dos jornalistas. Embora seja mais explorado na área de Ciência da Informação, o conceito men-cionado (competência em informação) é útil para todos os profissionais da informação, o que inclui o jornalista, e destaca habilidades necessárias para que esse profissional confira valor à informação, a fim de trabalhá-la com qualidade e responsabilidade em qualquer veículo de comunicação no qual atue. Esse compromisso é essencial, visto que os meios de comunicação possuem papel relevante enquanto mediadores, capazes de orientar o público, auxiliando para que esse produza conhecimento e aprenda ao longo da vida. A comunicação é fundamental para a democracia, segundo Wolton (2004). E pode-se destacar também o valor do discurso jornalístico ao possibilitar a apreensão mais organizada e analítica de informações essenciais aos receptores. “(...) quanto mais há informação, comentários e opiniões, mais a função do jor-nalista, como mediador para selecionar, organizar, hierarquizar a informação, é indispensável” (Wolton, 2004, p. 300). Diante desse compromisso, a partir de um estudo realizado em três emissoras de televisão, afiliadas da Globo, do SBT e da Record, mais particularmente em seus departamentos de jornalismo, foi possível conhecer as estratégias de comunicação e comparti-lhamento do conhecimento utilizados nesses espaços, bem como, deficiências que poderiam ser supridas a partir de uma visão mais estratégica no que tange à comunicação interna. A pesquisa teve justamente o objetivo de investigar organizações e profissionais da área da comunicação e a maneira como lidam com o processo de comunicação interno no desempenho de suas fun-ções diárias. Para a pesquisa utilizou-se entrevistas (gestores) e questionários (colaboradores), com perguntas equivalentes entre si, o que permite a comparação entre as respostas dadas pelos dois grupos de interesse. A análise de conteúdo é a técnica utilizada para interpretação

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

Page 166: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

166

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

dos resultados da entrevista. É importante salientar que a mídia televisiva foi escolhida para o estudo porque é considerada uma das mais importantes fontes de informação e entretenimento do país.

Palavras-chave: Comunicação interna; Jornalismo; Mídia televisiva; Competência em informação.

PODER AMPLIADO: QUANDO A TV CÂMARA INVADE OS LARES PELA TV ABERTA Ana Paula Saab de Brito (ULEPICC)

As TVs legislativas (TVL) surgiram no Brasil no ano de 1995, amparadas pela Lei da TV a Cabo, nº 8.977, que previa a criação de seis Canais Básicos de Utilização Gratuita (CBUG’s) na grade das operadoras de televisão por assinatura. O Inciso I do Artigo 23 da referida lei revela que seu objetivo era de ser um “canal voltado para a documentação dos trabalhos parla-mentares, especialmente a transmissão ao vivo das sessões”. O presente trabalho tem o objetivo de aferir as transformações relacionadas à quantidade e à qualidade do trabalho dos vereadores de Araçatuba depois da implantação da TV Câmara deste município, nos anos 2000. Queremos saber se houve significativa melhora dos trabalhos apresentados e se esta melhora traduz um salto tanto de qualidade como de quantidade na função constitucional do Legislativo de elaborar leis e fiscalizar o Poder Executivo. Por meio de entrevista com os 12 parlamentares também tentamos responder às seguintes questões: o que acontece quando as sessões legislativas são transmitidas ao vivo pela TV aberta? O vereador age em função da mídia? Há mudança na postura do parlamentar? Há maior preocupação por parte dos vereadores com a linguagem utilizada? E a qualidade de proposituras que se apresen-ta em plenário, melhorou? Se aumenta a visibilidade, aumenta também o caráter fiscalizador do povo. Isso pode ser aferido por meio dos inúmeros e-mails encaminhados por eleitores nos dias subsequentes aos da sessão, bem como por telefonemas. A coluna dos leitores também é prova disso, pois muitas vezes as opiniões emitidas baseiam-se naquilo que o telespectador viu na TV Câmara durante a transmissão da sessão. É certo que a mídia televisiva transforma a natureza dos eventos, mas em que medida o noticiário produzido pelas TVs legislativas serve para informar os cidadãos de forma livre e transparente, já que a transparência não existe por-que a linguagem tem caráter subjetivo e ideológico.

Palavras-chave: Política e Comunicação; Opinião pública; TV Legislativa.

Page 167: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

167

NECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO NA DEMOCRACIA LATINOAMERICANAAndré Luís Lourenço (UNESP)

A democracia está presente e difundida em diferentes regiões do globo, porém, aplicada em condições sociais e políticas adversas e, por vezes, incoerentes, como as observadas nos re-gimes da América Latina. Isso se deve ao fato de que, diferentemente da maioria dos países de estrutura democrática, como os da Europa, a democracia latinoamericana possui regras e insti-tuições democráticas consolidadas ao mesmo tempo em que convive com carências estruturais básicas, desigualdades e restrições de oportunidades, inclusive, políticas – características que, em tese, inviabilizam um governo no qual a população é protagonista dos processos decisórios. Esses mesmos países também vivenciam o surgimento e o alastramento das novas tecnologias da informação e da comunicação, mesmo que de modo não igualitário entre os cidadãos, mas que acaba por transferir o espaço de participação política e social para os meios digitais – tra-zendo ao debate a questão da midiatização da esfera pública, nos termos Habermasianos . Entretanto, ainda que se reflita sobre a transferência do espaço público ao meio digital, como enfatizam Avritzer e Costa (2004), é necessário ter em mente que as sociedades da América Latina seriam caracterizadas pela inexistência histórica do espaço público de discussão, tendo os meios de comunicação, desde os primórdios de uma sociedade urbana, ocupado o lugar das mediações sociais, estabelecendo ‘uma nova diagramação de espaços e intercâmbios culturais’. Dessa forma, o presente artigo defende a comunicação comunitária como possibilidade de aprimoramento do regime através da promoção de espaços públicos de articulação social, no qual a comunidade poderia buscar uma forma alternativa de informação e, por conseqüência, de consolidação de sua própria opinião acerca da vivência democrática. Trata-se de uma re-flexão sobre a necessidade de os grupos, excluídos dos processos democráticos de tomada de decisão, contarem com mecanismos de comunicação independentes e específicos capazes de proporcionar o amadurecimento do regime de governo.

Palavras-chave: democracia latinoamericana; comunicação comunitária; articulação social.

AS CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM DO RADIOJORNALISMO ESPORTIVO NO INTERIOR PAULISTAAndressa Torresilha Borzilo (UNESP)

Objetivo geral: identificar as particularidades da linguagem esportiva no rádio, entender como essa linguagem se constituiu e como ela foi capaz de atrair o interesse popular. A lingua-gem desenvolvida para se transmitir uma partida de futebol ultrapassa os critérios técnicos, o

Page 168: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

168

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

narrador muito mais que transmitir as informações, transmite cada batimento cardíaco produ-zido pelo seu corpo. A oralidade gera um efeito maior de realidade.

Objetivo específico: mostrar como essa relação entre rádio e futebol foi tão importante para o desenvolvimento e expansão de ambos. O futebol veio de fato a se popularizar através da difusão no rádio. Através do rádio foi possível transmitir a instantaneidade das partidas, levando o jogo para dentro das casas.

Justificativa da proposta: O rádio é um dos elementos significativos da história política e cultural brasileira, assim como o futebol foi e continua sendo. O rádio surgiu no início do sé-culo XX e acabou se tornando o principal meio de comunicação do país, se configurando como um forte elemento de identidade nacional, com o intuito de atender a novas atribuições do pro-cesso de industrialização, urbanização e tecnologia. O dinamismo, a mobilidade e a oralidade do meio permitiram que esse fosse incorporado ao cotidiano do brasileiro. No início do século XX o futebol no Brasil era ainda amador e pouco difundido pela mídia. A história começou a mudar quando Mario Filho iniciou sua trajetória na imprensa esportiva e propôs algumas alterações na forma de se divulgar a informações esportivas, buscando sempre uma forma de atrair a população. Mas o esporte veio mesmo a se popularizar através da sua difusão pelo rádio.

A necessidade de criar uma imagem para a disputa obrigou os locutores a desenvolver uma linguagem específica para esse tipo de transmissão. Uma linguagem adjetivada, descritiva e redundante, o que permitiu ao locutor construir um imaginário de ações, atraindo a atenção dos ouvintes. O som provoca uma espécie de intimidade corporal, uma sensação de proximi-dade. A ausência de imagem é o que permite ao som infiltrar-se no interior do ouvinte, afinal a audição é um sentido hiper-sinestésico. Talvez isso explique a manutenção das transmissões de futebol pelo rádio, mesmo com a participação da televisão. O futebol por si só já possui um linguajar peculiar, nascido no chão de terra batido, nos campos de várzea, um modo de falar que se espalhou rapidamente por todo o país. Os termos originais, vindos da língua inglesa, se adaptaram ao clima tropical e ganharam um jeitinho brasileiro.

Metodologia: O trabalho aqui desenvolvido tem como proposta mostrar as características da linguagem do radiojornalismo esportivo. Isso será apresentado através do contato com os profissionais do rádio, aliado ao estudo bibliográfico da área. Os relatos desses profissionais foram de extrema importância não apenas para caracterizar, mas também para entender o pro-cesso evolutivo do radiojornalismo esportivo,em particular no interior do Estado de São Paulo.

Conclusão: Conclui-se, portanto, que o rádio foi determinante para essa adaptação da lin-guagem do futebol ao cotidiano do povo. “O rádio esportivo foi essencial para a transformação do futebol em esporte de massa e um importante complemento na definição do rádio como meio de comunicação de massa” (SOARES, 1994, p.17).

Palavras-chave: Radiojornalismo. Futebol. Linguagem. Esporte. Transmissão. Ouvinte.

Page 169: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

169

LA PRENSA, UN PAPEL CAMBIANTE EN LA HISTORIA DE LA DEMOCRACIA ARGENTINABárbara Graciela Campos Pérez (USACH)Cristian García de Álamo(UNC)

Desde este trabajo se analizará el papel de la prensa gráfica en la historia de la democra-cia Argentina. Partiendo desde 1810 (primer gobierno patrio y primer periódico partidario nacional) hasta finales de la última dictadura militar, en 1982, indagaremos la relación que los distintos gobiernos y el periodismo impreso han mantenido a lo largo de estos 170 años.

El objetivo que presentamos es doble: expositivo (pasado) y propositivo (futuro) . Por un lado, volver la vista atrás y, con la perspectiva que la historia nos brinda, reconocer el papel que la prensa ha desempeñado como mediador entre la sociedad y la política en el periodo seleccionado. En segundo lugar, mirando hacia adelante, propondremos las características que el periodismo deberá cultivar en los próximos años para fortalecer la democracia y la inclusión ciudadana, en el marco de las nuevas tecnologías.

Primeramente definiremos los conceptos implicados en este estudio: prensa, democracia y ciudadanía. A continuación, se expondrá un resumen la historia política-social y la historia de la prensa gráfica en argentina; luego, se realizará el análisis comparando la relación que hubo entre los eventos mas relevantes de la política nacional y la actividad periodística impresa: ¿los diarios reflejaron los vaivenes políticos? ¿Fue periodismo o panfletismo? ¿La democracia necesita del periodismo para vivir, o el periodismo de la democracia? ¿Cómo es la relación que deberán entablar?

La comparación será realizada a partir de los libros de Jorge Lanata, “Argentinos” y “Paren las Rotativas. Diarios, revistas y periódicos (la historia)”, de Carlos Ulanovsky. El primero es obra de uno de los hombres descollantes dentro del periodismo argentino, prolífera en hechos sociales y políticos, enriquecida por el análisis agudo que caracteriza al autor. La segunda obra forma parte de la colección de “La historia de los medios de comunicación en la Argentina” y es usada por estudiantes profesores y trabajadores del campo como pieza de consulta y estudio.

Se dividirá la historia en periodos para facilitar su comprensión. Por cada periodo ex-pondremos un cuadro señalando la cantidad de publicaciones en relación al gobierno vigen-te. Así, arribaremos en las conclusiones donde exponemos por qué el periodismo necesita de la democracia para ser ejercido plenamente y la democracia del periodismo para mejorar su funcionamiento. Por último, se delineará el camino propuesto para la prensa del SXXI en la sociedad democrática.

Palabras Claves: Prensa. Democracia. Política. Ciudadanía. Historia. Argentina.

Page 170: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

170

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

COMUNICAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS PÚBLICOS: LIMITES ENTRE A INTENÇÃO E A REALIZAÇÃO

Bruno Sampaio Garrido (UNESP)

Este artigo visa discutir as relações de comunicação entre a Diretoria de Ensino (DE) de Bauru e as escolas estaduais, com base nas práticas comunicativas em uma unidade escolar. Assim, procura-se estabelecer vínculos entre a prática comunicativa adotada e a cultura orga-nizacional do serviço público estadual, tendo em vista a eficiência e a eficácia dos processos. Embora a literatura especializada aponte que a otimização das relações comunicativas pode melhorar tanto a qualidade dos serviços prestados quanto a imagem das instituições perante a sociedade, é necessário superar vários entraves decorrentes da estrutura organizacional dos órgãos públicos e ligados à cultura desses órgãos, tais como: falta de transparência nas rela-ções, excesso de legalismo, verticalização das relações de trabalho, burocratização excessiva, falta de estrutura apropriada na área de comunicação. Para o desenvolvimento deste trabalho, recorreu-se à pesquisa bibliográfica nas áreas de comunicação organizacional e pública, a fim de identificar e comparar as práticas comunicativas adotadas pelos órgãos analisados, assim como de cultura organizacional e de gestão do conhecimento, para identificar as influências da cultura interna das organizações na execução e planejamento comunicacional, bem como na administração das informações. A escola analisada fica localizada na zona norte de Bauru e, em 2008, contou com cerca de 800 alunos divididos em 25 classes de Ensino Fundamental (quinta a oitava séries) e Médio, nos três períodos. Nela, as relações de comunicação efetuam-se basicamente por telefone e/ou e-mail; as mensagens eram destinadas em geral ao diretor, coordenadores e secretário, e consistem, na maioria delas, em ordens de serviço, convocações, instruções, solicitações de documentos, esclarecimento de dúvidas, material de divulgação ou de ordem diversa. Os responsáveis na DE pela comunicação com as escolas são servidores ad-ministrativos do gabinete do Dirigente Regional. Na escola, a secretaria e os gestores recebem, filtram, reinterpretam e retransmitem as mensagens recebidas aos demais setores. Os proble-mas apontados nessa relação foram: a) fluxo descendente de comunicação; b) falta de canais de feedback mais eficazes; c) linguagem dos textos marcada pelo formalismo e legalismo; d) falta de estrutura própria de comunicação. Para superar esses inconvenientes, os servidores recorrem principalmente a conversas informais com os colegas na tentativa de compreender as mensa-gens oficiais. Como consequências desses aspectos, pode haver entendimentos equivocados das normas e o comprometimento da rotina de trabalho, entre outros prejuízos. A partir dessa análise, pode-se dizer que as relações de comunicação entre escola e DE caracterizam-se pelo distanciamento entre os setores, carência de ações características de um planejamento estraté-gico na área de comunicação. A falta de estrutura adequada de comunicação e de profissionais

Page 171: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

171

especializados restringe as possibilidades de uma comunicação eficaz. Logo, apontam-se as seguintes necessidades: a) reestruturar o modelo de comunicação da Secretaria Estadual de Educação a partir de um foco estratégico; b) dotar as DEs de infraestrutura adequada para atuarem como mediadoras entre as escolas e a Secretaria de Educação; c) transformar as men-sagens decorrentes dessas trocas em conhecimento para os grupos de trabalho.

Palavras-chave: Comunicação, cultura organizacional, gestão do conhecimento, serviço público do Estado de São Paulo.

A CONVERGÊNCIA DO JORNALISMO COM AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM “PALESTINA: NA FAIXA DE GAZA”, DE JOE SACCO Caio de Freitas Paes (UNESP)Antônio Francisco Magnoni (UNESP)

Objetivo geral: analisar semioticamente a obra “Palestina: Na Faixa de Gaza”, de Joe Sacco, tendo por base a semiótica peirceana, para saber qual o real efeito de se publicar uma grande reportagem num formato não-convencional ao público (no caso, uma História em Quadrinhos [HQ])

Objetivo específico: despertar o interesse de leitores, mostrando quão antiquada é a mar-ginalização das HQs, ao apresentar um grande trabalho jornalístico feito para este meio de comunicação, devidamente destrinchado semioticamente, além de instigar o estudo de mais obras neste formato

Justificativa da Proposta: levando-se em conta o trabalho de reportagem feito pelo jor-nalista/quadrinista norte-americano Joe Sacco na Palestina, no início dos anos 90 (o que deu origem às duas obras “Palestina: Na Faixa de Gaza” e “Palestina: Uma Nação Ocupada”), e a importância destas obras para outros quadrinistas, que também publicaram obras de teor real também na forma de quadrinhos (como em “Persepolis”, da iraniana Marjani Satrapi), é interessante analisar o meio de comunicação Histórias em Quadrinhos (HQs). Como as HQs unem como nenhum outro meio as narrativas imagéticas e as textuais, os conceitos da semiótica peirceana são bastante adequados para se interpretarem as escolhas do autor ao fazer a obra (como tamanho de quadros, diagramação, traços realistas ou estilizados/cartunizados). Os conceitos de primeiridade, secundidade e terceiridade se encaixam de maneira bastante satisfatória no objeto de estudo que este artigo propõe.

Metodologia: para a análise da obra “Palestina: Na Faixa de Gaza”, o referencial teórico

Page 172: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

172

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

inclui textos sobre a semiótica peirceana de Maria Lúcia Santaella Braga, Winfried Nöth e do próprio Charles Sanders Peirce, além de trechos da própria obra analisada de Joe Sacco. Tendo estes textos como base, o primeiro passo é a leitura criteriosa da obra, entrelaçando-a com os textos teóricos; após isso, as interpretações obtidas serão parte de um artigo que também terá um breve histórico das HQs adultas, as graphic novels, e as HQs-documentais, tais como as de Joe Sacco, para que se possa entender algumas escolhas imagéticas e textuais do autor ao criar a obra.

Resultados esperados: ao fim da análise, espera-se que a escolha dos quadrinhos como meio de comunicação para que Joe Sacco pudesse publicar esta grande reportagem sobre a vida dos palestinos se “justifique”, no sentido em que possamos compreender o que o autor que passar aos seus leitores com representações por vezes caricaturizada/realista das pessoas com quem o jornalista conversou/interagiu em seu período no Oriente Médio, e como a junção do imagé-tico e do textual pode ser mais abrangente e ao mesmo tempo incisiva para a imersão do leitor no assunto retratado nesta grande reportagem especificamente. Para que estes resultados sejam alcançados, é vital que a obra seja esmiuçada conforme os conceitos semióticos peirceanos, para que possamos saber quais os mecanismos que Sacco utiliza para a maior imersão possível de seus leitores no mundo por onde ele passou (Oriente Médio)

Palavras-chave: Histórias-em-quadrinhos. Grande reportagem. Índice. Signo.

A CAMPANHA “QUEM FINANCIA A BAIXARIA É CONTRA A CIDADANIA”: ESTRATÉGIA PARA REDUZIR A DESIGUALDADE COMUNICACIONAL NA TV BRASILEIRA Carlos Henrique Demarchi (UNESP)

Introdução: A TV aberta se faz presente em mais de 95% dos lares brasileiros. Não obs-tante essa presença maciça, os telespectadores não contam com as mínimas possibilidades de participação no que se refere aos conteúdos exibidos. Além de não seguir os princípios es-tabelecidos na Constituição Federal, segundo a qual a televisão deve atender às finalidades artísticas, culturais, informativas e educativas, as emissoras comerciais não dão espaço para o telespectador se manifestar.

Assim, fruto de concessão pública outorgada pelo Estado, a televisão comercial tem apre-sentado uma programação pouco condizente com os direitos humanos e os princípios demo-cráticos. Exemplos disso são os programas chamados de “baixaria”, com conteúdos discrimina-tórios e vulgares, próprios da cultura de massa e de mercado. Para fazer frente a essa realidade e buscar formas para reduzir a desigualdade comunicacional reinante nos canais abertos, surge em 2002 a campanha “Quem financia a baixaria é contra a cidadania”. Criada no âmbito da

Page 173: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

173

Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados em parceria com entidades da so-ciedade civil organizada, a iniciativa abre espaço para a participação cidadã, via reclamação de programas considerados de má qualidade, e serve como interlocutora desse anseio popular jun-to às emissoras. Entre 2004 e 2005, as manifestações contrárias às discriminações de minorias sociais veiculadas no quadro “pegadinhas” conduziram à retirada do programa Tarde Quente, exibido pela Rede TV!. Objetivos: De posse da lista de programas da TV aberta denunciada pela população à campanha contra a baixaria e da inexistência de mecanismos para o receptor atuar neste processo de comunicação, o presente artigo tem o objetivo de discutir as implica-ções dessa programação de má qualidade sobre a sociedade brasileira. A fundamentação teórica adotada é de um diálogo entre os autores que trataram da cultura de massa, da qual a televisão e os programas de baixaria são alguns de seus elementos. Metodologia: Dezenas de “pegadi-nhas” do programa Tarde Quente serão relacionadas de forma geral ao contexto da cultura de massa e aos efeitos da ausência de canais de participação da sociedade diante do poderio das emissoras comerciais. Resultados: As denúncias encaminhadas à campanha são indícios de que está havendo um amadurecimento da sociedade brasileira no sentido de requerer uma progra-mação mais comprometida com as dimensões ética e cidadã. Entretanto, a participação ainda é pequena, tendo em vista a dimensão das indústrias culturais do setor televisivo. Também se conclui que a campanha “Quem financia a baixaria é contra a cidadania” contribui para catalisar o anseio popular por programas mais éticos, mas precisa ter maior visibilidade, pois ainda é pouco conhecida. Palavras-chave: Televisão. Comunicação de massa. Cultura de massa. Baixaria na TV. Cidadania.

ESPAÇO FÍSICO E VIRTUAL NO PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA, ARMAZENAMENTO E INTERPRETAÇÃO DA INFORMAÇÃO: REFLEXÕES SOBRE A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS PÓLOS INFORMACIONAIS E SEUS EFEITOS SOBRE AS SOCIEDADES REGIONAIS.

Christian Carvalho Ganzert (USP)Andréa Julia Soares Ganzert (FADISC/PREFEITURA SÃO CARLOS)Dante Pinheiro Martinelli (USP)

O capitalismo entrou, a partir de meados dos anos setenta, em uma nova fase onde a valorização da informação sobrepujou os antigos produtos centrais do sistema. Esta fase é reconhecida como informacionalismo, e tem como característica mais marcante a dependência

Page 174: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

174

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

social de um fluxo cada vez mais dinâmico de informações, sendo estas compartilhadas pelos indivíduos em sociedade. Os efeitos do informacionalismo sobre a distribuição espacial das sociedades humanas podem ser enxergados nos fenômenos que cercam a vida humana em diversos sítios, especialmente nas regiões típicas da produção do aparato informacional. Novos elementos se inseriram nas culturas locais, norteando o comportamento na ocupação territorial humana, de acordo com as premissas da nova fase do capitalismo. Por conta da necessidade de expansão do sistema, baseando-se na inovação como recurso de fomento da competitividade, as organizações buscaram se estruturar no espaço geográfico de forma a favorecer a emergência de novas idéias, valendo-se da possibilidade de transferência do conhecimento tácito, sensível à distância. Por outro lado, a tecnologia de informação e as melhorias das tecnologias de trans-porte permitiram o afastamento espacial das unidades de uma mesma cadeia produtiva, o qual é norteado pela padronização de protocolos de comunicação que valorizam a transferência de conhecimento explícito. A oposição entre conhecimentos tácito e explícito, ambos igualmente necessários para o processo de inovação da produção econômica, entremeia-se com a questão da relação entre os indivíduos e o ambiente que habitam, refletindo-se na distribuição espacial da sociedade. Isso reforça o processo de mudança do ambiente urbano e gera fenômenos de es-pecializações regionais, dinâmicas de não-lugar e crescente assepsia cultural. Este artigo busca identificar os desdobramentos da constituição de pólos de transformação da informação, em diversos âmbitos, sobre a ocupação humana do ambiente terrestre, do plano local ao internacio-nal, movida pela alocação de recursos para interpretação e transporte de dados.

Palavras-chave: Sociedade da Informação. Economia Política da Informação. Geografia da Informação. Geografia Humana.

SOCIEDADE E INDIVÍDUO NO CAPITALISMO INFORMACIONAL: DINÂMICA SISTÊMICA, INCLUSÃO E EXCLUSÃO SOB A LÓGICA DO INFORMACIONALISMOChristian Carvalho Ganzert (USP)Diogo Basei Garcia (FE-USP)

A informação exerce papel de extrema importância na sociedade capitalista, a ponto de condicionar a sociedade para a manutenção e hegemonia do sistema. Além de funcionar como elo entre as diversas esferas sociais, a informação interage com o capitalismo na função de reguladora dos pontos críticos, oferecendo ao indivíduo os papéis de agente e mínima parte do sistema. O domínio da informação é a condição de autonomia do indivíduo dentro do sistema. Sabendo que o homem é um ser que depende da vida em sociedade para subsistir, mas que

Page 175: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

175

ainda assim possui necessidades diferenciadas dos demais integrantes de seu meio, podemos encontrar a gênese do processo produtivo humano. Inserido em uma sociedade, abraçado por um sistema que delimita o esquema de produção e consumo, o indivíduo pode até possuir a liberdade de escolha sobre determinados temas de seu cotidiano, mas esta liberdade é con-dicionada e tende a servir à vontade do sistema vigente. A comunicação, seja qual for o seu formato, assume a posição de disciplinadora cultural. O tratamento das informações sempre caminhou lado a lado com o crescimento da produção, e ainda hoje caminha. Ainda que a exploração do indivíduo pelo artefato produtivo fosse muito clara em determinados estágios do capitalismo, o sistema conseguiu manter a coerção social pela difusão de valores comple-mentares à esfera produtiva. A percepção das informações se dá no plano individual, mesmo que a comunicação tenha sido gerada para o coletivo. A base do sistema capitalista é a valori-zação do indivíduo. Até mesmo as críticas funcionam a favor do capitalismo de modo geral, por salientar o embate entre percepções individualizadas, ainda que em prol do coletivo, o que ressalta a liberdade de interpretação das informações, subvertida em liberdade de escolha para o consumo. Ironicamente, a única alternativa permitida ao indivíduo como forma de escapar da massificação cultural imposta pelo sistema é a análise das mensagens geradas no ambiente capitalista, mergulhadas em uma ideologia voltada para a cultura de produção e consumo, orientada pelas diferentes interpretações que os conteúdos textuais permitem. Contudo, até mesmo a contracultura é fruto do capitalismo, e interage com ele de forma que o beneficia, uma vez que, novamente, exalta o indivíduo e seu comportamento único. O próprio indivíduo altera o sistema por se tratar de uma mínima parte de sua constituição. Essas alterações sistemáticas iniciadas nos padrões culturais seguem uma lógica própria, que mesmo contra a vontade do agente principal, o indivíduo, acaba se tornando mais uma ferramenta de alienação do sistema, para manutenção de sua existência.

Palavras-Chave: Capitalismo. Economia Política da Informação. Informacionalismo.

VINHETA: APENAS UM APERITIVO?Cláudia Franzão (UNESP)Audrey Sabbatini (ITE)

Hora do programa favorito, da novela querida, do telejornal que informa sobre o mundo, da minissérie que encanta, da série que faz rir ou chorar, do desenho animado que nos diverte e embala, enfim, hora de ver TV. Com a revolução dos meios de comunicação, a sociedade atual cria e sedimenta o homo videns (SARTORI, 1997); bem antes de ser apresentado à escrita, o ser humano hoje tem contato com a televisão, e, por conseguinte, com as imagens e padrões por ela fornecidos. Assim, é impossível ignorar a presença da TV em nossas vidas. Esse contato

Page 176: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

176

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

se assegura no tocante aspecto da TV ser um meio que tem por primazia o gênero narrativo, um gênero que chega a ser caracterizador da espécie humana, pois é inerente ao viver humano o contar, o narrar a sua história. Ao ocuparmos nosso lugar da poltrona a enunciação televisiva nos convida a sedução pela mostração de algo que nos prenda a atenção, no caso esse pro-cesso inicia-se pela vinheta de entrada do gênero televisivo que está para começar. A vinheta configura-se então em um aperitivo, um sabor a mais, que tanto anuncia quanto enuncia sobre algo a ser degustado pelo leitor/telespectador. Diante do exposto, este trabalho tem por obje-tivo apresentar a proposta de que a vinheta de entrada nas peças mediáticas da modernidade configura-se não em simples ornamento, mas sim em uma micro-narrativa audiovisual que se presta a produção de sentido em torno do tema central da narrativa do que virá a seguir, para tanto apresentaremos a análise da enunciação narrativa de duas vinhetas de abertura da série de desenho animado de núcleo familiar Os Simpsons como amostragem.

Palavras-chave: Televisão. Narrativa audiovisual. Vinheta. Os Simpsons. Intertextualidade. Paródia

POSSIBILIDADE DE RELAÇÃO SIMÉTRICA ENTRE POLÍTICOS E ELEITORADO: O PAPEL DO TWITTERCristiano Pátaro Pavini (UNESP)Antônio Francisco Magnoni (UNESP)

Objetivo Geral: analisar de que forma se dá a relação entre políticos e cidadãos na rede de microblogs twitter.

Objetivo específico: verificar se o twitter aproxima o político do eleitorado, possibilitando, de modo inédito, a interação entre eles.

Justificativa da proposta: até recentemente, a única percepção que os cidadãos tinham dos políticos era rigorosamente condicionada pelos grandes meios de comunicação. Era ela quem determinava quais os membros do Executivo e Legislativo mereceriam destaque (positivo ou negativo) em sua cobertura, e, conseqüentemente, visibilidade junto ao eleitorado. Mas a o advento da internet modificou radicalmente esse panorama. O surgimento de novas mídias di-gitais possibilitou a democratização do espaço político na rede virtual, resultando na liberdade de o indivíduo com acesso a intenet poder se informar sobre determinado político sem ter que submeter-se às restrições impostas pelos veículos

O primeiro passo para essa democratização foi o surgimento dos sites políticos (partidários ou pessoais). Eles, porém, pecam por não proporcionarem interatividade com o público. As in-formações aparecem no monitor, mas o cidadão não pode interagir de forma eficiente com ela.

Page 177: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

177

O feedback, assim, fica restrito a pesquisas de opinião ou aos endereços para contato. A proliferação dos blogues melhorou a interatividade, mas ainda está longe do ideal. Apesar

de ler um texto supostamente escrito pelo político, ao eleitor só era possível interagir postando seu comentário escrito. O processo de comunicação ficava fadado a dois processos: a leitura do texto e à realização de um comentário sobre ele, sem que houvesse continuidade na interação. Os blogs também contém, geralmente, textos longos e pesados, promovendo uma leitura nada prazerosa. Além disso, as atualizações eram precárias, realizadas em grandes espaços tempo-rais. Por fim, eles não informavam sobre o político em si, apenas relatavam a doutrinação e os pensamentos dos mesmos. Ou seja: os blogs não eram utilizados como diário, tal como seria de esperar, mas apenas como mais um dispositivo de campanha.

É com o surgimento e popularização do twitter que a interatividade entre políticos e ci-dadãos finalmente adquire uma estrutura sólida. Os 140 caracteres, postados a qualquer hora e local, possibilitam ao eleitor seguir de perto o político tal qual ele é, sem interferência dos veículos tradicionais. Além disso, as postagens do twitter são diversificadas, abordando desde opinião sobre determinado tema ou tratando de assuntos do cotidiano. Podemos saber qual livro o político está lendo, qual música está ouvindo, onde ele está e o que irá fazer no dia.

Mas o principal avanço é o fato da relação deixar de ser unilateral e tornar-se simétrica, em que ambos influenciam e são influenciados. Da mesma forma que seguimos os políticos, eles também podem nos seguir. Podemos comentar suas postagens, e receber comentários deles sobre as nossas. Isso promove a sensação de proximidade e intimidade do eleitor para com os políticos, pois o contato regular com eles, ainda que virtual, dá aos cidadãos a importância que sentem merecer e aproxima-os da política.

Para que essa relação seja, de fato, verdadeira e recíproca, deve-se atentar a um fato: é o pró-prio político quem posta suas mensagens? Caso a resposta seja negativa, o canal bidimensional aberto pelo twitter seria apenas mais um simulacro, visto que a relação seria apenas a de um as-sessor especializado, que utilizaria o perfil do político para comunicar-se com o público eleitor.

Metodologia de pesquisa: obter informações com senadores (até o presente momento eram 17), governadores (apenas o governador do Estado de São Paulo), deputados federais (49 contabilizados) e vereadores da cidade de Bauru (3) que utilizam o serviço do twitter, para que as seguintes questões sejam elucidadas: é o próprio político que utiliza o canal de diálogo ou tal interlocução é terceirizada para assessores? Ele recebe e responde muitos comentários de cidadãos no twitter?, recebe muitos comentários ofensivos?, qual o critério para selecionar os perfis que irá seguir?, considera que o serviço estreitou laços com o eleitorado?, quando e por que resolveu aderir ao twitter?, utiliza o twitter para contar sobre o dia ou fazer propaganda partidária?

Resultados esperados: o número de políticos que postam as mensagens será semelhante ao dos que o fazem por meio de assessores, e grande parte ressaltará o poder do twitter de apro-

Page 178: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

178

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

ximar o eleitorado da política. Somente com a obtenção de todos os dados poder-se-á concluir se o twitter de fato estabelece um canal sólido dos políticos com cidadãos.

Palavras-chave: Política. Twitter. Internet.

A IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃODaira Renata Martins Botelho (UNESP)

A classificação indicativa nos meios de comunicação trava um debate acirrado no Brasil que envolve a mídia como um todo, grupos minorizados e a sociedade civil. Com esse trabalho, procuramos esclarecer a situação do país na discussão, quais as reais barreiras que a aplicação dessa classificação implica e quais as reais melhorias trazidas para a sociedade com a implanta-ção e cumprimento dessa norma.

Como é incipiente a regulação dessa norma no Brasil, traçaremos o atual panorama de sua tentativa de implantação e o papel da mídia nesse processo, vista pela sociedade como cata-lisadora do movimento e, ao mesmo tempo, a parte que mais perderá com a real instauração da classificação indicativa em sua grade de programação, segundo os empresários e donos das redes que compõem o setor.

A título de conhecimento, traremos dados também de outros países que já possuem bem definidas suas classificações indicativas como França, Alemanha, Itália e Canadá, como exem-plo de nações bem sucedidas nesse aspecto.

Para tanto lançamos mão de pesquisa bibliográfica exemplificando determinados casos com acontecimentos reais da mídia do Brasil. O objeto utilizado é a programação televisiva que envolve diversos gêneros e que retratam todos os agentes da sociedade, dando especial enfoque para a criança e o adolescente, por ser uma relação muito tênue e de grande debate na atualidade.

Quando se fala em classificação indicativa, há muitos questionamentos sobre a liberdade de expressão, tópico que também será apresentado nesse artigo que mostrará, ao final, que a liberdade de expressão não implica a ausência de regulamentação sobre o tema, no entanto, necessita cada vez mais de discussões e que, não pode ser compreendida isoladamente dos direitos humanos.

A conclusão do artigo nos leva constatar a crescente necessidade de regulamentação da classificação indicativa no Brasil, pois muitas mídias não seguem nenhuma ética e respeito aos grupos minorizados quando estes estão inseridos, de uma forma ou de outra, em sua grade de programação. É urgente a intervenção da sociedade civil e do próprio estado para que essas

Page 179: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

179

políticas sejam aplicadas e cumpridas.

Palavras-chave: Mídia. Sociedade. Classificação. Regulamentação.

PROGRAMA ATIVIDADE: CIDADANIA E BEM-ESTAR PARA QUEM NÃO CANSA DE CURTIR A VIDA - RÁDIO UNESP FM (VIN-CULADO AO “UNESP CIÊNCIA”, DA VICE-REITORIA)Daniela Penha (UNESP)Murilo Tomaz (UNESP)

Objetivos e metodologia: Os desenvolvimentos científicos a serviço da terceira idade, a visibilidade dos idosos na mídia, os estudantes de jornalismo e a pauta do envelhecimento demográfico são a linha temática do “Atividade”.

O programa acontece aos Sábados, às 13 e 45 horas da tarde e Domingos, às 7 e 45 horas da manhã, com duração de 15 minutos.

A base principal do roteiro é uma entrevista, com o objetivo de levar ao idoso informações que auxiliem e incorporem novidades ao seu cotidiano. Procuramos discutir o papel dos meios de comunicação na valorização da pessoa idosa como protagonista social e sujeito de direitos, jamais como alvo de piedade ou compaixão. Criticamos qualquer tipo de alusão pejorativa ou depreciativa aos idosos, de modo a construir na mente dos ouvintes um olhar de respeito e seriedade para com esse segmento social.

A opinião dos idosos sobre os assuntos tratados no programa tem papel fundamental, au-xiliando na inserção e visibilidade do idoso na sociedade, ou seja, colaborando com a realização de um dos maiores objetivos do programa “Atividade”.

São divulgadas, também, notícias de serviço, assuntos de atualidade e também a programa-ção de eventos que ocorrem em Bauru e região, e que sejam do interesse do idoso.

Corpo do Programa: Apresentação breve do programa: tema abordado do dia, entrevistado do dia.

Dica Cultural: música ou produção literária que se relacione com o tema principal do programa.

Tema principal: Explicação de abertura sobre o tema abordado, seguido de entrevista com um profissional da área em destaque.

Fala povo: Breves opiniões de idosos e interessados na área.Serviços: Informações geraisResultados: O programa teve início dia 1 de Agosto, até então (dia26 de Agosto), já con-

tamos com 4 edições do programa. As primeiras edições estiveram vinculadas ao I Encontro de Comunicação e Cidadania,

Page 180: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

180

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

organizado pelo grupo “Idosomidia” com a coordenação do Prof. Dr. Pedro Celso Campos. Dessa forma, as primeiras entrevistas foram com Gislaine Aude, coordenadora do programa UATI, da USC (Universidade do Sagrado Coração), com a coordenadora do grupo “Idoso-midia”, Carla Meassi, com o organizador e coordenador principal, tanto do grupo, quanto do evento e, também, do Programa Atividade. Depois do evento tivemos um programa falando resumidamente do andamento do evento, adicionando sonoras dos principais palestrantes e instigando a comunidade a informar-se sobre os assuntos tratados no encontro.

Conclusões: A Importância do idoso na sociedade não deve ser alvo de questionamento. O papel e a presença da terceira idade na mídia devem ser estudados. Nossa tese é a de que os jornalistas e a mídia não podem ignorar o acentuado processo de transformação social que en-volve o mundo inteiro, com o crescimento ininterrupto do número de idosos. Se quisermos que a mídia veja o idoso com outro olhar, nada mais coerente que dar o exemplo em nossa própria casa, oferecendo à comunidade um programa especialmente destinado à Terceira Idade pro-duzido por estudantes de Jornalismo e reafirmando, desse modo, o papel da própria UNESP como instituição de ensino e pesquisa voltada para o desenvolvimento social e a integração cultural do Estado de São Paulo.

Palavras-chave: Idoso. Mídia. Comunicação. Cidadania. Interatividade. Inserção.

A COMUNICAÇÃO, O SISTEMA E AS RELAÇÕES DE CONSUMOEdson de Paiva Dias (PUC)

As relações de consumo têm se apresentado muito mais complexas do que aparentam ser. Existem, entre consumidores e vendedores, muitos interesses distintos presentes em curto espaço de tempo de diálogo. Diálogo este que é essencial, para que se possa gerar a venda de produtos para grande parte dos consumidores, por exemplo no mercado de eletrodomésticos. Por isso quando nos deparamos com um ponto de venda, é importante reconhecermos que ali existe uma realidade sistêmica de atendimento de vendas. E neste cenário, pode-se observar que não existem sistemas totalmente “transparentes”, ou seja, o cliente nunca sabe a totalidade de desconto que pode ser obtido, ou o melhor prazo de pagamento de fato. Ao mesmo tempo, estes sistemas se abrem em algum nível, pois interagem com o ambiente e absorvem informa-ção do mesmo. Isso significa que as lojas possuem normas, procedimentos, preços, prazos ou formas de pagamento que devem ser observados pelos seus vendedores, entretanto, não de uma forma rígida e inalterável. A história da evolução, também do varejo, é formada pela sensibili-dade à diferença e elaboração da informação. Isso significa estar sempre atento a mutações que ocorrem motivadas por diversos fatores, estabelecer conexões que podem ser identificadas ou

Page 181: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

181

estabelecidas com “pesos” e importâncias. Deve-se ainda priorizar os estímulos mais adequados a cada perfil de cliente, ou melhor, aqueles perfis que se pretende atrair ou mesmo fidelizar, podendo também criar hábitos que reforçarão ainda mais estas conexões, ou seja, este vínculo heterogêneo e complexo.

Assim, sempre é possível negociar, principalmente quando se leva em conta o que os con-correntes, ou outros sistemas estejam realizando. Por isso frequentemente o curso deste diálo-go é alterado pelos vendedores, de acordo com o tipo de cliente que acredita estar atendendo e com a conveniência do momento, e em muitos casos motivado por campanhas de incentivo ou mesmo no interesse da rede varejista pelo giro de determinados produtos.

Palavras-Chave: Varejo. Consumidores. Sistemas. Comunicação. Vendedores.

PUBLICIDADE E PROPAGANDA NA TELEVISÃO DIGITAL: O QUE VEM POR AÍ?Eliane Cintra Montresol (UNESP)Thalita Maria Mancoso Mantovani e Souza (UNESP)

Com mais de cinqüenta anos de seu surgimento no Brasil, a televisão se consolidou como um dos mais importantes veículos de comunicação devido a sua ampla cobertura e penetração em todas as camadas da população, além de ser uma fonte de informação, de participação na di-fusão da educação, cultura e entretenimento e na formação e reformulação de nossa sociedade. Desde dezembro de 2007, a televisão brasileira vem sofrendo alterações no seu modo de trans-missão, ou seja, do analógico para o digital. As emissoras e também os telespectadores tem até o ano de 2016 para se adequarem a esta nova realidade, sendo que após, ocorrerá o desligamento do sinal analógico em todo o país. Além da melhoria na qualidade da imagem e som proposta pela TV digital, os telespectadores poderão usufruir da interatividade, que, de certa maneira, interferirá em seus comportamentos e nas suas formas de assistir à TV, inclusive na questão da publicidade e propaganda, objeto deste estudo. Neste sentido, o presente trabalho pretende refletir sobre a televisão digital e sua relação com a publicidade e propaganda, através de uma pesquisa exploratória utilizando-se de artigos, periódicos científicos e literaturas especializadas sobre os temas. Com a leitura e seleção do material, foi possível extrair os pontos importantes para a elaboração desta produção. Portanto, não há a pretensão de esgotar o assunto por parte das autoras, até mesmo porque existem mais indagações do que respostas concretas. O que se pode afirmar é que o cenário – televisão digital e publicidade e propaganda – tem ainda muito o que descobrir, como por exemplo, se será necessário (ou não) alterar ou modificar o atual modelo de negócio utilizado pelas emissoras de TV, que se mantém especialmente com as

Page 182: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

182

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

verbas publicitárias, bem como os formatos e conteúdos dos comerciais, de como será a recep-ção do canal de retorno e de que forma o telespectador vai interagir. Nestas considerações, a publicidade na TV digital brasileira terá que ser mais atrativa, proporcionar comodidade para a compra e atender as expectativas do telespectador, também chamado agora de telespectador-usuário, pois este deixará de ser apenas receptor da informação e poderá produzir conteúdo, interferir na programação proposta pelas emissoras, e, assim, desempenhará um novo papel como consumidor.

Palavras-chave: Televisão digital. Publicidade. Propaganda. Interatividade. Comunicação.

INFOGRAFIA NO JORNALISMO BRASILEIRO: QUANDO SOMENTE AS PALAVRAS JÁ NÃO BASTAM!Fabiana Rodrigues (UTP)

Tal trabalho pretende analisar a infografia nas páginas de manchete da revista Veja, que que se tornou indispensável na produção de sentidos ao leitor . O desenvolvimento da argumenta-ção gráfica mostra que o infografia não é apenas uma mera estratégia didática de transmissão da informação, mas que, constitui-se em um grande aparato do jornalismo na materialização e na economia do que se lê.

Palavras-chave: Jornalismo. Infografia. Mídia. Produção de sentidos.

ADAPTAÇÃO METAMÓRFICA: UMA ANÁLISE DA ADAPTAÇÃO DO CONTO A METAMORFOSE DE FRANZ KAFKA PARA HISTÓRIA EM QUADRINHOFábio da Silva dos Santos (UNESP)

Essa pesquisa pretende analisar o processo de tradução de um texto literário para graphic novel. O caso a ser estudado é a adaptação do conto de Franz Kafka A Metamorfose feita por Peter Kuper. Entendendo adaptação como uma tradução intersemiótica será examinado o pro-cesso tradutor como uma atualização da obra original de Kafka. Serão estudados os elementos verbais e não verbais da narrativa visual compreendendo que elas possuem várias formas e níveis de leitura do texto de Kafka sem entrar na questão de perda de sentido da obra original pressupondo os estudos sobre tradução de Julio Plaza.

A mídia no início do século XX sofreu modificações de forma e conteúdo de acordo com as transformações que a sociedade exigia, “o século XX é rico em manifestações que procuram

Page 183: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

183

uma maior interação entre as linguagens (...)” (PLAZA, 2001, p 11). As linguagens presentes nos quadrinhos, texto e imagem, fazem dele uma mídia de fácil recepção. Texto e imagem se completam em uma relação de ação lógica e coerente.

A tradução para a HQ é mais uma forma, também, de reavivar e atualizar o pensamento crítico do presente e Plaza citando Bakhtin ainda afirma que “história pressupõe leitura e é pela leitura que damos sentido e reanimamos o passado.”.

O homem possui uma disposição natural para ouvir, contar, ver ou ler histórias. Essa ten-dência inclina-se por diminuir em consequência não só dos avanços tecnológicos como tam-bém pela falta de interesse por parte dos leitores.

A adaptação de Kuper da obra de Franz Kafka é uma forma de resgate, não só pelo caráter de atualização, mas também pela tradução do texto literário em uma narrativa visual, vista que essa possui uma nova maneira de recepção por parte dos leitores. O conto A Metamorfose obteve novos modos de interpretação com essa atualização de Peter Kuper, a construção do conto em uma HQ possibilitou a intensificação dessa leitura em diversos níveis de julgamento, interpretação essa que o texto literário não proporcionava ao leitor. Sem intenção de diminuir o valor do texto integral, mas a HQ possui mais formas de compreensão, devido simplesmente ao fato de que são leituras distintas.

Palavras-Chave: Tradução Intersemiótica, Adaptação, Kafka, História em Quadrinho, Metamorfose.

REAPROVEITAMENTO DE NOTÍCIAS NO JORNALISMO IMPRESSO: O CASO LE MONDE DIPLOMATIQUEFernanda Iarossi Pinto (UNESP)

Especialmente desde o século XIX, com o desenvolvimento tecnológico na área de impres-são, transmissão e fotografia, com a urbanização e escolarização da população em geral, com a não dependência dos jornais em relação às verbas públicas (de governos, partidos políticos), com a consolidação da publicidade (anúncios de empresas privadas) no mercado jornalístico, com a profissionalização dos jornalistas, com o avanço em conquistas sociais em relação à liberdade especialmente a de imprensa (criação de leis, regulamentação) e com a consolidação da democracia como forma de governo (versus Poder Absoluto, da Igreja e etc.), os estudos sobre as práticas jornalísticas têm ganhado corpo e destaque dentro da pesquisa acadêmica em todo mundo. A incansável busca por respostas para questões como “O que é notícia” ou “Por que as notícias são como são?” ou “O que é o jornalismo ou o campo jornalístico?” tem mobili-zado comunicadores, pesquisadores e profissionais não somente da área de comunicação a fim de entenderem a profissão nos mais diversos níveis, como por exemplo na área de processos

Page 184: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

184

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

produtivos de notícias. Visando contribuir para o registro de argumentos nesta discussão, este artigo tem como objetivo traçar um panorama, através de levantamento bibliográfico sobre as teorias do jornalismo e análise de textos republicados em três edições dos Cadernos Diplô, do Le Monde Diplomatique (Diplô), da atividade jornalística na contemporaneidade, baseada no reaproveitamento de material já publicado, ou seja, na republicação de conteúdo; e preten-de identificar que tipo de jornalismo resultante dessa prática cada vez mais comum entre as empresas de comunicação voltada para os meios impressos. A escolha do corpus – produtos criados com material já publicado pelo Diplô – dá-se devido à importância deste jornal na história do jornalismo mundial como um todo e com o objetivo de contribuir no registro das características do jornalismo contemporâneo em face ao capitalismo, às regras sócio, político, econômico e culturais que regem o mundo. Como a pesquisa está em andamento , as conside-rações possíveis inicialmente são a de que dentro do jornalismo o reaproveitamento de notícias contribui para o aprofundamento de temas pertinentes à sociedade e demonstra que o trabalho de coleta, edição, compilação e reordenação de notícias já divulgadas ajuda na formação da realidade de leitores, especialmente no caso dos que são consumidores de conteúdo impresso – foco desta pesquisa.

Palavras-chave: Jornalismo. Notícias. Reaproveitamento. Le Monde Diplomatique Brasil.

A QUESTÃO DA LIBERDADE DE IMPRENSA NOS PAÍSES EMERGENTESGilles Marcos Silva Caetano (UNESP)

O presente trabalho tem como objetivo analisar como a liberdade de imprensa é empre-gada e gerida nos países emergentes, como Brasil, Rússia, Índia, China, Irã e outros países emergentes no sistema internacional.

Será abordado o caso da América Latina, em especial da Venezuela, Bolívia e Equador onde tais Estados buscam controlar a opinião pública e os meios midiáticos contrários aos seus governos autocráticos e centralistas. Buscar-se-á a compreensão de como a velocidade da infor-mação tornou-se tão rápida levando-nos a crer que a mesma não tenha regulamentação pelos países, embora cada vez mais o surgimento de velhas autocracias venha a restringir a liberdade de imprensa em tais países.

A análise dos resultados verificará as dimensões da informação, como a informação tem evoluído e chegado até mesmo a regiões em que antes parecia impossível bem como a falta da liberdade de expressão e de direitos humanos em países evoluídos tecnicamente. Analisar-se-á o exemplo da Rússia, onde há uma forte proibição e censura a jornais ou mídias que não con-cordem com atitudes contrárias a guerra na Geórgia que afetariam demasiadamente o governo

Page 185: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

185

russo no cenário internacional.Será pesquisada a evolução da Internet, bem como a facilidade de acesso à informação ficou

muito mais acessível, bem como as faces obscuras da ditadura ainda permanecem em muitas nações em franco crescimento. Verificar-se-á como os meios de comunicação são controlados pelo Estado na China e como a liberdade de expressão não é alcançada, a censura à Internet e o controle ao acesso de sites ditos “proibidos” pelo governo chinês.

Será abordada a globalização, como os mercados emergentes puderam ter mais presença e representatividade no sistema internacional, e embora isto não signifique mais liberdade, nem que o poder econômico possa assegurar maior liberdade de imprensa.

Serão analisados os meios que os Estados emergentes possuem para “controlar” os pro-cessos de informação e os meios midiáticos, bem como a globalização afeta a liberdade de expressão nas nações emergentes.

O trabalho terá um enfoque maior na análise do caso brasileiro, passando pela ditadura até os momentos atuais.

Palavras-chave: Liberdade de imprensa. Globalização. Relações internacionais. Direitos humanos. Internet. Mídia impressa.

EMBRATUR: DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EXTERNO E INTERNOHelton Luiz Gonçalves Damas (UNESP)

A Embratur é uma entidade que pertence ao governo federal e que possui como principal função desenvolver o turismo brasileiro. Foi fundada em 1966, em meio à ditadura e tinha como incumbência definir as políticas públicas de turismo e fazer a promoção turística do país no exterior.

Durante a década de 1970, a Embratur realizou uma série de ações promocionais de cunho internacional, derivadas principalmente de duas campanhas publicitárias, a Conheça o Bra-sil (EMBRATUR,1973) e Rio, Samba e Carnaval (EMBRATUR,1975) que estimulavam a vinda de turistas ao Brasil. A partir da informação contida nessas campanhas publicitárias, dá-se início a processos comunicativos entre os turistas estrangeiros e população brasileira, a peculiaridade dessas interações sociais pode ter relação ao conteúdo do material publicitário elaborado pela Embratur, que destacava a imagem de um país que fosse um verdadeiro paraíso tropical, cosmopolita, com mulheres exuberantes, sem a existência de tensões sociais e violações dos direitos humanos, agindo assim, conforme os interesses do regime militar.

Então, com este estudo, seria possível analisar se ações externas possuem conseqüências

Page 186: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

186

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

internas e até que ponto a gestão da Embratur na formulação de projetos em comunicação reforçou ao mundo a cultura de um país tropical, festivo, permissivo e de sexo fácil.

Ao mesmo tempo em que a Embratur desenvolveu ações na promoção internacional do turismo brasileiro ela acabou por construir uma imagem do Brasil aos olhos de quem não conhece a realidade do país.

Dessa forma, ainda restam dúvidas sobre quais foram os resultados das ações da Embratur, necessitando realizar um estudo que responda a seguinte pergunta: Há reflexos no Brasil da promoção internacional do turismo brasileiro executada pela Embratur na década de 1970?

Logo, este trabalho tem como objetivo geral analisar as ações desenvolvidas pela Embratur na promoção do turismo internacional na década de 1970 e seus reflexos no país.

Como metodologia, o trabalho está estruturado em torno da pesquisa qualitativa, com a aplicação de entrevistas semi-estruturada a núcleos de pesquisa em turismo.

Como resultado, pode-se constatar que as ações promocionais da Embratur agiam con-forme os interesses políticos da época, com o intuito de mascarar tensões sociais provocadas pela truculência do regime militar, o conteúdo do material publicitário veiculado na década de 1970 era extremamente apelativo, tendo a beleza da mulher brasileira como foco principal atrativo turístico do Brasil, divulgando a imagem de um país tropical maravilhoso, camuflando a realidade vivida no período.

Apesar do estudo estar em fase preliminar, torna-se possível considerar que as ações publi-citárias da Embratur formaram uma imagem pejorativa do país diante do mundo e auxiliaram na ascensão do turismo sexual, deixando a cultura brasileira limitada a símbolos do Rio de Janeiro, necessitando mostrá-la sob o ponto de vista de sua diversidade cultural enraizada em suas regionalidades.

Palavras-chave: Comunicação. Turismo Externo. Turismo Interno. Sociedade.

A COBERTURA MIDIÁTICA DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS: ANÁLISE QUANTITATIVA DO JORNAL O ESTADO DE S.PAULO

Katarini Giroldo Miguel (UNESP)

O presente trabalho identifica as principais características da construção jornalística na cobertura das políticas ambientais, através de uma sistemática análise quantitativa do jornal impresso O Estado de S.Paulo, durante o ano de 2007. Foram quantificadas todas as publica-ções de caráter noticioso, diretamente relacionadas à política ambiental do Brasil no período de 10 meses – fevereiro a novembro, que resultou em um total de 774 publicações, uma média

Page 187: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

187

de três matérias por dia, o que evidencia a centralidade da temática no âmbito midiático. Os textos foram devidamente classificados por datas, títulos, editorias, temas, constância de fotos, infográficos e chamadas de capa, além de denominar as fontes de informação, o que propiciou avaliar a abrangência da cobertura jornalística nesta temática e a frequência de certos indica-tivos, que revelam o perfil editorial do jornal. O trabalho se baseia na Análise de Conteúdo, estudada por Bardin (1977), que contempla estudos quantitativos, que propiciam clareza e objetividade dos dados.

Um importante resultado constatado foi a interdisciplinaridade do assunto. Os textos foram enquadrados em todas as editorias do jornal, com exceção de Esportes, sendo Vida & e Economia os principais espaços da temática. O fato de o assunto permear diferentes editorias não significa, no entanto, a pluralidade de abordagens. O destaque oferecido as matérias am-bientais também foi significativo – 20% delas contaram com chamada de capa, e mais de 56% trouxeram elementos externos ao texto como fotos, ilustrações e infográficos. A quantidade de informações e o destaque em diferentes seções são fatores positivos para uma temática antes marginalizada, que hoje ganha centralidade. Com relação às fontes de informação, a perspecti-va do jornal é meramente oficialista, evidenciando o efeito de decisão e conhecimento de fontes oficiais e altamente especializadas. Não há a presença significativa de grupos minoritários e de pessoas que vivenciam diretamente as problemáticas ambientais como comunidades, ribei-rinhos e indígenas. Além disso, muitas fontes foram colocadas sem denominação específica, como foi o caso de “ambientalistas” e “especialistas”, desconsiderando a diversidade de grupos existentes em cada setor.

Ficou evidente, a partir da analise quantitativa que O Estado de S.Paulo incorporou o discurso da preocupação ambiental e desenvolvimento sustentável. A temática mais presente, Mudanças Climáticas/ Aquecimento Global, foi também a mais conflitante na questão do tratamento sensacionalista e catastrófico, com fotos chocantes e infográficos apresentando os piores cenários. Em seguida, esteve a questão dos biocombustíveis onde se pode notar um viés estritamente economicista e de defesa contundente do jornal a este tipo de produção.

Vale ressaltar que o estudo sistemático e quantitativo das publicações do jornal no período analisado, além que contribuir com o panorama geral da referida cobertura, identificando as principais características, contribuiu sobremaneira para uma pesquisa mais ampla, uma disser-tação de mestrado que avaliou os paradigmas da imprensa na cobertura das políticas ambien-tais.

Palavras-chave: Meio ambiente. Comunicação. Análise quantitativa.

Page 188: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

188

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

O VALOR DA INFORMAÇÃO: O PAPEL DO JORNALISMO CIENTÍFICO NO CONTEXTO DA PÓS-MODERNIDADE Kelly Tatiane Martins Quirino (UNESP) O presente artigo aborda a importância da divulgação jornalística em saúde num contexto pós-moderno onde conceitos como espaço, tempo e identidade são redefinidos. A pesquisa conceitua e análise os meios de comunicação, as novas tecnologias e identifica como os jornais impressos divulgam informações sobre saúde pública para a população.

Palavra-chave: Jornalismo Científico. Saúde Pública. Afro-descendentes. Negros. CASO GOL 1907: UMA ANÁLISE DE ENQUADRAMENTO ENTRE O BRASIL E OS ESTADOS UNIDOSLaísa Amaral Queiroz (UNESP)Juliana de Mello Silva (UNESP)Maria Clara Lima (UNESP)

O objeto de análise deste trabalho é a cobertura da mídia sobre o acidente aéreo que ocorreu no dia 29 de setembro de 2006, entre duas aeronaves, resultando na queda do avião da companhia Gol Linhas Aéreas. Foi escolhido levando em consideração os estudos da teoria do enquadramento que explora o ponto de vista e interesse na cobertura jornalística.

O Boing da Gol viajava de Manaus para Brasília e o jato particular Legacy seguia para os Estados Unidos. Na colisão, o avião da companhia caiu e o jato fez um pouso de emergência. Morreram todas as 154 pessoas que estavam no avião da Gol. A tripulação do jato ficou ilesa. A partir de então, surgiram várias teorias para explicar a causa do acidente. Entre elas, erro dos controladores de vôo brasileiros e erro dos pilotos estadunidenses do Legacy.

Como o acidente foi binacional, envolvendo Brasil e Estados Unidos, procuramos abordar as diferenças na cobertura jornalística dada ao acidente nos dois países. Para tanto, analisamos dois veículos de grande credibilidade em cada país: os portais Folha Online, do Grupo Folha e NYTimes.com, da New York Times Company para realizar a comparação.

Os dois sites são as versões online dos principais jornais dessas empresas. Em ambos pode-mos perceber a defesa de interesses políticos e pessoais e o fato de que as notícias de cada um são direcionadas a seu público-alvo. O portal Folha Online tende a mostrar que a culpa foi dos pilotos norte-americanos, enquanto o portal NYTimes.com tende a responsabilizar a desorga-nização do sistema aéreo brasileiro. Essas opiniões são normalmente implícitas.

Para chegar a esta conclusão, analisamos 14 notícias da Folha Online e 11 notícias do

Page 189: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

189

NYTimes.com, no período de primeiro de outubro de 2006 a 28 de novembro de 2006. O período foi escolhido pelo grande número de notícias divulgadas no mês seguinte ao acidente, mostrando bem a evolução das apurações. O site brasileiro apresenta mais notícias sobre o caso e o portal norte-americano tem menos notícias, porém maiores, o que explica a diferença entre o número de notícias coletadas de cada um.

Selecionamos as palavras e expressões mais significativas ou tendenciosas para contabilizá-las em cada veículo, além das imagens. Escolhemos essas palavras por sua referência aos seguin-tes pontos para analisar o enquadramento: os pilotos do jato Legacy, as vítimas do Boeing da Gol e as famílias envolvidas, o próprio acidente, e as investigações sobre o acidente. Constru-ímos tabelas e a partir dessas, podemos concluir que cada portal se propôs a defender mais os interesses de seu próprio país, respeitando sua linha editorial.

O trabalho foi útil para mostrar a importância da leitura aprofundada das notícias, que mesmo de forma implícita não são imparciais. Pudemos perceber a aplicação da teoria do enquadramento, que justifica as escolhas de foco de cada veículo. Como escolhemos veículos de países com línguas diferentes, o projeto ainda possibilitou ao grupo comprovar o papel fun-damental da linguagem na comunicação e como as diferentes expressões e traduções podem representar um verdadeiro desafio no campo dos significados.

Palavras-chave: Enquadramento, Mídia, Acidente aéreo, Gol 1907, Brasil, Estados Unidos

A PRODUÇÃO DE SENTIDO NO SUPLEMENTO CULTURAL MAIS!, DA FOLHA DE S. PAULO, À LUZ DA TEORIA SEMIÓTICA DE PEIRCE

Marcel Antonio Verrumo (UNESP)

Este artigo analisa a capa do Suplemento Cultural Mais!,da Folha de S. Paulo veiculada no dia 26 de abril de 2009, a partir da perspectiva de estudo proposta pela teoria semiótica de C. S. Peirce. Debruçando sobre um importante suplemento brasileiro contemporâneo, analisa-se como se dá a produção de sentido no corpus. Apesar de o material em língua portuguesa refe-rente à produção intelectual de Peirce ser lacônico e precário, contempla-se os poucos traba-lhos publicados e incrementa-se o referencial teórico com contribuições de outros semiológos. Fundamentalmente, demonstra-se que a produção de sentido no objeto analisado se dá a partir da relação, nas diversas categorias fenomenológicas propostas por Peirce, entre signos institu-cionais, imagéticos e textuais.

Palavras-chave: Semiótica; signos; Pierce; suplemento cultural Mais!.

Page 190: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

190

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

DESVENDANDO A SÉRIE DE REPORTAGENS “MISTÉRIOS DO RIO”, DE BENJAMIM COSTALLAT Marcel Antonio Verrumo (UNESP)Marcelo Magalhães Bulhões (UNESP)

O artigo apresenta um estudo analítico e interpretativo da série de reportagens Mistérios do Rio, de 1924, do jornalista-escritor Benjamim Costallat (1897-1961). Trata-se de um ma-terial publicado no Jornal do Brasil e escrito por um dos jornalistas mais lidos no Brasil do início do século XX. Questiona-mo-nos: quais relações e interinfluências são estabelecidas entre os discursos jornalístico e literário em uma obra que fez tanto sucesso na década de 1920? Recorremos às teorias do jornalismo focadas na questão dos gêneros jornalísticos, sobretudo na reportagem com caráter narrativo, embora alguns trabalhos da crítica literária sejam convoca-dos. O presente texto é derivado da pesquisa de Iniciação Científica “A reportagem narrativa em Benjamim Costallat: um estudo da série ‘Mistérios do Rio’”, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Palavras-chave: Reportagem. Benjamim Costallat. Discurso jornalístico. Discurso literário. História da imprensa brasileira

DO FATO À NOTÍCIA AO FILME: O ASSALTO AO TREM PAGADOR

Márcia Valéria Alves Gomes (UNESP)

O objetivo desta pesquisa é fazer um estudo comparativo entre o discurso da mídia impres-sa e o discurso do meio audiovisual, neste caso o cinema, na divulgação de um fato real: o assalto ao trem pagador, que ocorreu em 14 de junho de 1960, no Rio de Janeiro. Pretende-se analisar como o fato real e as notícias veiculadas no meio impresso serviram como fonte de informação para a construção da linguagem cinematográfica. Busca-se descobrir as similaridades e dispari-dades existentes entre esses dois discursos, bem como as características de verossimilhança do meio audiovisual e do meio impresso, em relação à abordagem do fato real. Um dos aspectos analisados é verificar se os discursos do cinema e do jornal impresso retrataram algo semelhan-te ao acontecimento real ou não. O referencial teórico utilizado é a Análise do Discurso, do especialista francês Patrick Charaudeau, com ênfase no discurso das mídias. São abordados, também, os conceitos de antropofagia, ficção enquanto comunicação, sincretismo, polifonia, linguagem impressa e linguagem audiovisual. O corpus de análise desta pesquisa compreende 03 cenas do filme: “O assalto ao trem pagador”, produzido em 1962 e dirigido pelo diretor Ro-

Page 191: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

191

berto Farias, e as notícias veiculadas no jornal O Globo, entre os dias 14 e 21 de junho de 1960. Uma análise preliminar nos mostra que o conteúdo das notícias publicadas, neste período citado, tem bastante semelhança com o que foi transposto para a linguagem cinematográfica. Um dos exemplos podem ser as notícias veiculadas nos dias 15/06/1960 e 18/06/1960. Ambas apresentam várias similaridades com os 8min45s, os 12min33s e os 22min43s do filme. O discurso dos dois meios descreve o local do assalto, o horário, as vítimas, o modo como o trem foi abordado, os recursos utilizados pelos assaltantes, bem como o excelente planejamento do assalto. Assim, o discurso da mídia impressa mostra-se inserido no discurso do meio audiovisu-al. E, neste caso de análise, o discurso informativo da mídia impressa oferece subsídios teóricos para a construção da linguagem do audiovisual; e tem-se como ponto de partida o fato real, que reconstruído pelas diferentes linguagens midiáticas, ganha novos sentidos e novas versões, adaptados às características dos meios nos quais é veiculado.

Palavras-chave: Discurso midiático. Linguagem impressa. Linguagem audiovisual.

POLÍTICAS DIGITAIS: VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO E PROFISSIONAIS EM OUTRA GERAÇÃOMozarth Dias de Almeida Miranda (UNESP)Antonio Carlos de Jesus (UNESP)

Os veículos de comunicação passam por reformas editoriais e gráficas nos últimos anos. Os profissionais que impulsionam a máquina informacional todos os dias também passam pelas adaptações das empresas. As quebras de paradigmas sociais são observados devido ao amadu-recimento das democracias.

A partir dos anos 90, o receptor (leitor, telespectador, ouvinte) adquiriu o poder de inter-venção e opinião, e a tecnologia digital veio para colaborar com essa tendência. A popularização da linha telefônica, no início da década de 90 e a expansão do acesso a internet aproximou o cidadão da produção da notícia. O sujeito pode denunciar tal fato e na próxima edição o assun-to se torna matéria. A pauta e a entrevista estão próximas da sociedade.

Até as décadas que perduraram a ditadura militar no Brasil os personagens sociais estavam distantes da mídia. O alto custo dos aparelhos de televisão e computadores e a repressão social que inibia a liberdade de expressão do indivíduo retardaram a evolução da comunicação no país.

Os países emergentes estão com o seu processo de atualização atrasado em comparação aos desenvolvidos, porém os portais, jornais e telejornais estão próximos às novas tecnologias e isso pode acelerar o processo de pareamento.

Page 192: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

192

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

O trabalho tomará como referencial teórico as obras dos autores César Bolaño, Manuel Castells, Francisco Karam, John Pavlik, Valério Brittos entre outros. Analisaremos a partir da bibliografia: a estrutura produtiva das redes de comunicação, as estratégias de concorrência, a adaptação das empresas de mídia, os processos de convergência tecnológica e a logística digital de distribuição e produção de conteúdo.

O artigo lança perspectivas da aplicação das novas tecnologias nos veículos de comunica-ção, e as adaptações das necessidades mercadológicas podem influir na atuação do jornalista. A convergência digital e a fusão das empresas de comunicação são fatores debatidos nessa opor-tunidade, pois alteram o estilo de gerência dos órgãos de imprensa e a relação com a sociedade.

Palavras-chave: Veículos de comunicação. Jornalistas. Novas tecnologias. Convergência digital.

MITOS DO JORNALISMO ECONÔMICOPâmela Perez Leite (UNESP)

O artigo levanta alguns mitos inseridos no pensamento e no discurso do jornalismo econô-mico no Brasil. Recorrendo ao conceito de Barthes, que, resumidamente, trata o mito como um artifício para estabelecer um conceito como inquestionável, o artigo discute a existência de tais mitos com o objetivo de demonstrar como os mesmos não apenas vulgarizam certos princípios da economia, como também influenciam na manutenção de determinadas ideologias da Nova Ordem Mundial, especialmente a ideologia neoliberal. Para isso, mostrou-se necessário, ini-cialmente, contextualizar o percurso do jornalismo econômico no Brasil, desde seu surgimento até seus moldes atuais, passando pela segmentação editorial e pela adoção de linguagens espe-cíficas antagônicas: uma conhecida, vulgarmente, como economês, e outra, que ao contrário, que procura simplificar termos técnicos e jargões intrínsecos à ciência tratada. Também foram utilizadas teorias específicas da economia em convergência com conceitos pertencentes à Aná-lise do Discurso para demonstrar como assuntos teoricamente exatos, como os que envolvem a economia, também estão sujeitos a diversas interpretações e intenções implícitas, ocultas em meio ao discurso. O principal mito abordado no artigo é o chamado Mito do Mercantilismo, que se refere à doutrina econômica adotada entre os séculos XV e XVIII. Trata-se do principal mito, pois existem várias outras ideologias conservadoras ligadas a ele, como os mitos da auto-suficiência, do capital estrangeiro e da balança comercial, que são, igualmente, abordados por este artigo. A partir da exposição e compreensão de tais mitos, discute-se como estes repercu-tem frente à sociedade, considerando o papel da imprensa como formadora de opinião pública. Observou-se que os meios noticiosos ora atuam como agentes de manipulação, através do uso de mitos econômicos antiquados e de conceitos vulgarizados para mascarar aspectos negativos

Page 193: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

193

derivados da ideologia dominante; ora são influenciados por agentes econômicos oficiais, como órgãos do governo, que dificultam o acesso a determinadas informações a não-especialistas da área.

Palavras-chave: Jornalismo econômico. Mito. Economia. Ideologia.

INSTITUIÇÕES PARTICIPATIVAS ONLINE: UM ESTUDO DE CASO DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DIGITALRafael Cardoso Sampaio(UFMG)

As instituições participativas têm ganhado grande ênfase nos estudos de democracia na última década. Tratam-se de instituições híbridas, mistas ou mesmo meta-instituições, porque efetivamente a população participa junto da classe política e tem real poder de decisão. Entre-tanto, tais instituições apresentam diferentes formatos ou desenhos institucionais que podem modificar a relação entre sociedade civil e Estado e a maneira como os cidadãos participam do processo de tomada de decisões.

O objetivo desse artigo é justamente analisar uma instituição participativa híbrida a partir de aspectos relacionados ao seu desenho institucional. Todavia, o programa participativo esco-lhido não é presencial, mas inteiramente realizado pela Internet.

Na primeira parte do artigo, fazemos uma discussão a respeito de instituições políticas par-ticipativas, caracterizadas por serem essencialmente representativas, mas com desenhos institu-cionais que permitem e incentivam a participação direta de cidadãos. Apresentamos o modelo de análise proposto por Archon Fung, basicamente composto por três âmbitos de análise: 1) Quem participa? b) Como participa? C) Como tal participação influencia o sistema político? Ao final da primeira seção, tentamos explicar como meios de comunicação – como a internet – podem ser providenciais para a participação e o avanço de valores democráticos e que é possível analisar essa idéia sob a perspectiva de instituições participativas.

Na segunda seção do artigo, apresentamos o nosso estudo de caso, o Orçamento Partici-pativo Digital (OPD) de Belo Horizonte e explicamos o funcionamento básico do mesmo. Depois, efetivamente aplicamos o modelo de Fung ao OPD. No primeiro âmbito, nos focamos na maneira como os participantes foram selecionados. Apesar do programa ser aberto à par-ticipação, temos indícios de um “recrutamento seletivo”, ou seja, do programa ser direcionado às camadas mais carentes da população, o que explicaria a grande participação desse público, apesar da exclusão digital.

No segundo âmbito, analisamos como se deu a participação no programa online. Tudo aponta para uma participação “simples”, plebiscitária do cidadão, que basicamente apenas vo-

Page 194: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

194

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

tou, pouco se utilizando das ferramentas participativas e comunicativas do site, como o fórum de discussão. Tentamos demonstrar que a causa de tal participação está mais diretamente re-lacionada ao desenho institucional que ao ambiente virtual e aos canais de participação no mesmo (apesar de reconhecermos sua influência). Ou ainda, que a prefeitura estava mais inte-ressada na votação direta que na comunicação e interação entre os participantes do programa.

No último âmbito, mostramos que a influência da votação em relação ao resultado político é alta. O cidadão realmente é empoderado no OPD e a participação realmente está a cargo do mesmo, havendo pouca influência da prefeitura após a votação. Por outro lado, a influência da população no próprio processo de elaboração do OPD é baixa. A prefeitura continua mono-polizando todas as decisões sobre o formato de seleção, da configuração da participação e até da pré-seleção das obras a serem votadas. Inclusive a própria possibilidade de discussão sobre o processo é nula através da internet.

Palavras-Chave: Orçamento Participativo Digital. Processos Comunicativos na internet. Partici-pação Política Online. Deliberação Online.

CONFERÊNCIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO - ANTECEDENTES, LUTA ATUAL E PERSPECTIVASRenan Xavier (UNESP)Juliano Maurício de Carvalho (UNESP)

A antiga luta por uma Conferência Nacional de Comunicação no Brasil, realmente repre-sentativa e com claras oportunidades de definir nova regulamentação ao setor de Comunicação ainda é travada no país, mesmo que tenha sido confirmada no incio do ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e depois assegurada por decreto oficial no dia 16 de abril de 2009. A dificuldade em discutir o setor da Comunicação no país pode ser percebida por meio da organização da I CNC. Marcada inicialmente para ser realizada em Brasília nos dias 01, 02 e 03 de dezembro de 2009 com o tema “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital”, precisou ser adiada em duas semanas e teve a saída de seis entidades Comissão Organizadora. A pauta de discussão é longa e pode incluir regulação dos meios, limites de propriedade, regulação sobre conteúdo, mecanismos de controle público, fomento à produção comunitária e independente, políticas de acesso à inclusão digital, digitalização de rádio e TV, TV por assinatura, entre outras questões. A pesquisa é feita a partir da aná-lise documental oficial e da manifestação de entidades da sociedade civil e do empresariado, procurando apontar movimentos anteriores que pautaram a realização da mesma. Propõe-se a perceber os antecedentes da luta histórica pela Conferência Nacional de Comunicação que

Page 195: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

195

pode ser percebido na defesa da liberdade de imprensa, nos séculos XVII e XVIII, e mais recentemente nos movimentos de redemocratização política na década de 80 e 90, e na luta comum travada na Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados em 2003 para uma melhoria da qualidade da programação televisiva nacional. Ainda, busca reunir informações presentes nos documentos oficiais sobre o processo atual de preparação da Conferência. Pretende mapear as principais discussões, relacionando os atores e os pontos ne-vrálgicos e polêmicos. As conclusões apontam para uma discussão que não está sendo pautada na sociedade, seja extremamente diversificada, com grande amplitude de envolvidos, represente importante avanço ao debate sobre a democratização dos meios com a inclusão de novos atores e não culmine em definições precisas sobre mudanças no marco regulatório.

Palavras-Chave: Políticas de Comunicação. Conferência Nacional de Comunicação. Sociedade Civil.

IMPLANTAÇÃO DA TV DIGITAL EM PORTUGAL

Selma Miranda dos Prazeres (UNESP)

É importante para o Brasil, que está em pleno processo de implementação da televisão digital, saber como esse mesmo processo está ocorrendo em outro países, quais políticas estão sendo implementadas, para aprender com as experiências positivas e evitar os mesmos erros. Brasil e Portugal parceiros de longa data, logo, interessa ao Brasil saber do andamento da im-plantação da televisão digital em Portugal.

Para conseguir um panorama completo de como está neste momento a implantação da televisão digital em Portugal, os recursos básicos a que este trabalho recorreu são livros, docu-mentos oficiais, publicações em periódicos e artigos científicos.

Com essa pesquisa, o que se pode verificar foi o fato de Portugal ser um dos sete países mais atrasados na digitalização dos sinais televisivos terrestres, entre membros da União Européia.

Portugal lançou em 2001, o concurso para a implementação da TV digital terrestre, mas a iniciativa foi desastrosa, por questões técnicas e econômicas, pois ainda não havia um modelo de negócios definido para a TDT (Transmissão Digital Terrestre) e as tecnologias de transmis-são digitais ainda estavam em fase primária de desenvolvimento. Após essa experiência, o mer-cado português retraiu-se, ao contrário da maioria dos mercados da Europa, que avançaram. Países como Reino Unido e Espanha, que fracassaram nas primeiras experiências com a TDT, reformularam seus projetos e conseguiram implantar a nova tecnologia .

O início das transmissões da TDT aconteceu em dia 29 de Abril de deste ano, quando entrou em funcionamento o Multiplexer.

Por ser um país onde mais da metade da população depende exclusivamente dos sinais

Page 196: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

196

GT Políticas e Economia da Informação e Comunicação

terrestres, o governo decidiu que, além dos quatro canais analógicos generalistas, os telespecta-dores teriam um novo canal, exclusivamente digital, o que seria um incentivo para que os cida-dãos comprassem os decodificadores. Mas, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) não aceitou as candidaturas apresentadas. O governo não apresentou uma alternativa diante do fato, o que mostra a falta de planejamento, resultante da necessidade de colocar em prática, um projeto de grande relevância.

Algumas regras foram estabelecidas, como a transmissão em simulcast dos canais já exis-tentes e a limitação do espectro para a transmissão de canais regionais. Mas, passados poucos meses da estreia da TDT, o que existem são mais dúvidas do que certezas, pois não estão de-finidos os serviços que serão disponibilizados aos cidadãos a partir da digitalização dos sinais televisivos.

O desligamento do sistema analógico português está programado para 26 de abril de 2012, quando os sinais analógico e digital poderão ser captados -, de acordo com a Resolução dos Ministros de número 26/2009.

Palavras-chave: TV digital terrestre. Multiplexer. Simulcast. Espectro.

GESTÃO DA COMUNICAÇÃO: UMA VISÃO SISTÊMICA E GLOBALIZADAVitor Amaral Magno da Silva (UNESP)

A presente pesquisa tem o objetivo de discutir a gestão da comunicação, de maneira sis-têmica, visando à otimização dos fluxos de informação no planejamento da comunicação in-tegrada.

A pesquisa foi realizada com uma análise de obras específicas que tratam assuntos de asses-soria de comunicação, comunicação integrada, assessoria de imprensa, jornalismo, marketing, relações públicas, gestão da comunicação, e a obra que traz o embasamento argumentativo principal da pesquisa, “A Cabeça Bem-Feita” de Edgar Morin.

A obra de Morin traz questionamentos inerentes à realidade do ensino/conhecimento e os modelos educacionais. Com base em suas argumentações podemos detectar atualmente as dificuldades e falhas no ensino e estudo na área da comunicação.

Grande parte das instituições de ensino, como é uma tendência contemporânea, buscam a especialização dos cursos de comunicação com o intuito de aprofundamento específico na área. No entanto sabemos que a realidade no mercado de trabalho no setor privado e público é muito diferente. As áreas se confundem e se complementam dialeticamente, e quem não compreende esta dinâmica dificilmente se posiciona como construtor da história, “antenado” aos objetivos

Page 197: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

197

globais de uma empresa.A visão macro de qualquer profissional é fundamental para a inferência de resultados,

levantamento de hipóteses, analise de cenários - no ambiente interno e externo da empresa -, detectando ameaças, oportunidades, fortalezas e fraquezas. E é essa postura profissional que cada vez mais faz falta no mercado de trabalho.

Percebemos também que o senso de responsabilidade dificilmente é desenvolvido quando não se estimula um conhecimento global. Podemos inferir, de certa forma, que a apatia de mo-vimentos sociais, a despreocupação com causas ambientais e sociais são conseqüências de um conhecimento cartesiano, deficiente, mecanicista e alienado.

A busca pelo conhecimento, do senso crítico apurado, da percepção global, das contextu-alizações, deve ser a tarefa do comunicador que pretende atuar de forma ética e profissional, visando um trabalho além de formador, transformador.

Palavras-chave: Gestão da comunicação. Comunicação integrada. Fluxos da informação.

Page 198: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena
Page 199: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

199

Telefones úteis

Pronto Socorro: 192Corpo de Bombeiros: 193Polícia Militar: 190Acidente de Trânsito: 3232-3218Polícia Civil: 197Defesa Civil: 3218-4021Polícia Rodoviária: 3203-1311CPFL (luz): 0800-0101010DAE (água e esgoto): 0800-7710195

Telefones UNESP

Grupo Administrativo do Campus(14) 3103-6001

Faculdade de Arquitetura, Artes e ComunicaçãoPABX (14) 3103-6000

Departamento de Comunicação Social(14) 3103-6063/6066 / Fax 3103-6054

LECOTEC - Laboratório de Estudos em Comunicação, Tecnologia e Educação Cidadã(14) 3103-6168(14) 3103-6000, Ramal 6471

Serviços

Page 200: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

200

Portaria(14) 3103-6303/6330/6416

Farmácias 24H

Droga Rio: (14) 3234-5678Droga Centro: (14) 3232-3698Farmacentro: (14) 3223-8000Drogamil: (14) 3234-6918Droganova: (14) 3104-0000Droga Raia: (14) 3232-1191

Locadoras de veículos

ConfianceRua Batista de Carvalho, 4033 - Centro(14) 3011-4454

Via VerdeAvenida Nossa Senhora de Fátima, 9-55 - Jardim Estoril IV(14) 3226-1482

ProsperRua Batista de Carvalho, 4-33 - Centro(14) 3232-2243

Mister CarAvenida Nações Unidas, 17-137 - Centro(14) 3234-6380

FênixAvenida Octávio Pinheiro Brisolla, 6-100(14) 3226-3377

DisbautoAvenida Nuno de Assis, 8-60 - Centro(14) 3232-3212

LocarRua Araújo Leite, 21-22 - Centro(14) 3227-0600

Page 201: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

201

LocalizaAvenida Nações Unidas, 31-400800-992000

Transporte

Terminal Rodoviário de BauruPraça João Paulo II s/nº(14) 3233-9000

Aeroporto Estadual Bauru/ArealvaEstrada Murilo Vilaça Maringoni, S/N - Arealva(14) 3277-6633

Táxi Nivaldo(14)3016-2725

The TaxiAlameda Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 19-100 – Jardim Aeroporto(14) 3011-1451

Táxi ChicãoRua Azarias Leite, 4-04 - Centro(14) 3011-1837

Ponto de Táxi Praça Rui BarbosaCentro(14) 3222-3306

Ponto de Táxi Praça CerejeiraAltos da cidade(14) 3223-6689

Ponto de Táxi AeroportoAlameda Doutor Octávio Pinheiro Brizolla, s/nº(14) 3227-2847

Comércio

Bauru ShoppingRua Henrique Savi, 15-55 – Vila Nova Cidade Uniersitária(14) 3366-5000

Page 202: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

202

Comércio da Asa SulCentro Comercial da avenida Getúlio Vargas e adjacências

Calçadão - Boulevard da Rua Batista de CarvalhoCentro Comercial da avenida Rodrigues Alves e adjacências

Supermercados

Confiança MaxAvenida Getúlio Vargas, 3-30 - Jardim Estoril(14) 4009-6001

Wal-MartAvenida Chauim Mauad, 2-100 - Vila ReginaA o lado do Shopping Center(14)3235-3700

Tauste SupermercadosRua Rio Branco, 22-40(14) 3235-3200

PaulistãoAvenida Getúlio Vargas 7-55(14) 3227-5848

MercosuperRua Primeiro de Agosto 13-43(14) 3222-4275

Page 203: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

203

Howard Jonhson (4 estrelas)Rua Luso Brasileiro, 4-44 - Jardim Estoril - Bauru-SP(14) 2109-7777

Quality Suites Garden Plaza (4 estrelas)Rua Doutor Alípio dos Santos, 10-14 – Vila Universitária (em frente à Praça da Paz)(14) 3235-7712

Arco Hotel (4 estrelas)Avenida Nações Unidas, 29-20 – Vila Universitária(14) 4009-1111

Obeid Plaza Hotel (4 estrelas)Avenida Nações Unidas, 19-50(14) 3227-0720

Biazi Plaza Hotel (4 estrelas)Avenida Nações Unidas, 5-60(14) 2108-2108

Hotel Omega Flat (4 estrelas)Rua Sérvio Tulio Coube, 2-70(14) 3214-5800

Hotéis

Page 204: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

204

Vitória Régia Hotel (3 estrelas)Avenida Nações Unidas, 21-81(14) 3235-8955

Bekassin Hotel (3 estrelas)Avenida Duque de Caxias, 17-17(14) 3224-3700

Hotel Fenícia (3 estrelas)Rua Gerson França, 1-55(14) 3222-5100

Martha Office (3 estrelas)Rua 13 de maio, 6-25(14) 3227-2002

Hotel Nações Plaza (3 estrelas)Rua Anhanguera, 7-77(14) 3223-6263

Alvorada Palace Hotel (2 estrelas)Rua 1º de agosto, 6-19(14) 3222-5900

Chalé Apart Hotel Rua José Vicente Aiello, 5-175Próximo ao Bauru Tênis Clube - sede campo(14) 3234-5775

Aldeia Hospedaria - Chalé FazendaAvenida Osvaldo Alvarenga Tavano, 3- 46Próximo à UNESP(14) 3203-6309

Page 205: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

205

CHURRASCARIA PORTEIRA DO RIO GRANDEAvenida Nações Unidas, 34-25(14) 3224-3380

CHURRASCARIA BABY BUFALORua Ezequiel Ramos, 7-52 – Centro(14) 3232-1818

FRATELLO RESTAURANTE E PIZZARIAAvenida.Getúlio Vargas, 10-130(14) 3227-2646

BACANA´S BARRua São Lourenço, 5-59(14) 3232-1713

BABY BUFFALORua Ezequiel Ramos, 7-52(14) 3232-1818

BEEF STREET RESTAURANTE Rodovia Marechal Rondon, km335(14) 3321-5005

CANTINA DEL PÓPOLORua Virgílio Malta, 15-84(14) 3223-7447

Alimentação

Page 206: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

206

EMPÓRIO ÁRABERua Araújo Leite, 18-53(14)3234-3435

LALAIAvenida Nações Unidas, 26-19(14) 3234-6617

SANTA LOLARua Luso Brasileira, 4-44(14) 3227-1822

TAYURua José Antonio Braga, 2-77(14) 3234-1600

TUTTY FRATELLIRua Araújo Leite, 20-88(14) 3223-7855

RESTAURANTES ALMOÇO

ALEX RESTAURANTERua Júlio Maringoni, 12-28(14) 32234-1504

COMARIAvenida Getúlio Vargas, 10-80(14) 3214-4244

GUSTAREAvenida Getúlio Vargas, 8-28(14) 3223-1505

VICTOR´S RESTAURANTERua Rio Branco, 21-61(14) 3227-0044

Page 207: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

207

BARES E CHOPERIAS

ÁGUA DOCE CACHAÇARIARua José Ferreira Marques, 6-38(14) 3234-9121

JOILSON CHOPERIA E PIZZARIAAvenida Nações Unidas, 28-21(14) 3227-9003

AMADEUS BARRua Monsenhor Claro, 12-62(14) 3227-8708

B.B. BATATASRua Gustavo Maciel, 22-06(14) 3234-2309

BAR IMPRENSARua Joaquim da Silva Martha, 5-4(14) 3227-7942

BAR DO ESPANHOLRua Piauí, 8-55(14) 3227-6625

BAR DO PORTUGUÊSRua Benjamin Constant, 10-45(14) 8127-8469

CAJU BARRua Rio Branco, quadra 24(14) 3016-9776

CHOPERIA DO OUTRO LADOAvenida Nações Unidas, 29-79(14) 3227-7000

Page 208: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

208

CIA. DO CALDINHORua José Ferreira Marques, 6-50(14) 3223-1901

LOS!Rua Antonio dos Reis, 12-65(14) 9794-3107

TEMPLO BAR E RESTAURANTERua Benjamin Constant, 1-34(14) 3223-3493

ON THE ROAD PUBRua Antonio Alves, 31-64(14) 3227-5621

SANTA MADALENARua Antonio Alves, 31-54(14) 3234-1931

W DANCETERIAAvenida Nações Unidas, 20-10(14) 3224-1037

LANCHONETES

Mc DONALD´SAvenida Nações Unidas 25-25(14) 3234-8091

HABIB´SAvenida Nações Unidas, 29-22(14) 3227-1671

FLIPPER LANCHESRua Henrique Savi, 12-40(14) 3234-2878

Page 209: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

209

LUCY ROCK´N BURGUERRua Antonio Alves, 32-86

PÃO DE QUEIJORua Rio Branco, 21-81

PAPA TUTTYRua Professor José Ranieri, 2-48

SKINÃO – SANDUÍCHE BAURURua Rio Branco, quadra 23

CAFÉS

SALOMÉ CAFÉ BARAvenida Getúlio Vargas, 10-86(14) 3227-0485

DECK CAFÉ BARRua Antonio Alves esquina com a Rua João PolettiPróximo à Avenida Getúlio Vargas.(14) 3879-6625

FRAN´S CAFÉAvenida Getúlio Vargas, 6-15(14) 3227-6165

CAFÉ 21 CENTERRua Gustavo Maciel, 21-80

CAFÉ PEPPERRua Júlio Maringoni, 12-28

PIZZARIAS

AUGUSTA´S PIZZARIAAvenida Getúlio Vargas, 17-40(14) 3234-5817

Page 210: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

210

PIZZARIA BAMBINARua Professor Alberto de Rezende, 7-16(14) 3223-1919

DON CASTELORua 13 de Maio, 16-68(14) 3227-6992

MAMMA MIA PIZZARIARua Rubens Pagani, 1-40(14) 3223-5022

Page 211: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

211

Parque Zoológico e Jardim Botânico MunicipaisRodovia Comandante João Ribeiro de Barros, km 232(14) 3203-5229

Teatro Municipal “Celina Alves Neves”Avenida Nações Unidas, 8-9(14) 3235-1072

Biblioteca Municipal Rodrigues de AbreuAvenida Nações Unidas, 8-9 - Centro(14) 3235-1193Atendimento: segunda a sexta, das 8h às 19h; sábado, das 9h às 13h

Biblioteca da UnespAvenida Eng° Luiz Edmundo Carrijo Coube, s/n°(14) 3103-6037

Museu Ferroviário Regional de BauruRua Primeiro de Agosto, quadra 1 - Centro(14) 3235-1176Terça a sexta, das 9h às 17h; sábado e domingo, das 8h às 14h

Museu Histórico MunicipalRua Antônio Alves, 13-31 – Centro(14) 3235-1183Atendimento: terça a sexta, das 9h às 17h; sábado e domingo, das 8h às 14h

Lazer

Page 212: RESUMOS - Unesp€¦ · Daniel Souza Danielle Martins Mota da Cruz Diego Vazquez Érica Masiero Nering Fernanda Testa Fernando Ramos Geloneze Gabriela Estefano Reis Cleto ... Helena

212

Parque Vitória RégiaAvenida Nações Unidas, s/nº

CINEMAS

Multiplex -Bauru ShoppingRua Henrique Savi, 15-55(14) 3224-1554

Cine’N Fun – Alameda Quality CenterRodovia Marechal Rondon, km 335(14) 3231-5000