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fichas fichas clínicas clínicas odontológicas odontológicas CLINICAE CLINICAE GINGIVA GINGIVA O problema: apresentação do caso Paciente que se apresenta na nossa consulta para tra- tamento de uma recessão isolada e progressiva ao nível do incisivo central inferior esquerdo (31). Na exploração clínica intrabucal observa-se uma recessão gengival superficial e larga que não ultrapas- sa a linha mucogengival. Existem sinais de inflamação na gengiva marginal do defeito, bem como inserções altas do freio da língua. A solução: programa de tratamento Fase desinflamatória prévia: instruções de higiene oral, controle da placa bacteriana. Raspagem e alisamento radicular supra e subgengival. Fase cirúrgica: por existir uma faixa de gengiva aderida adequada na região vestibular do dente vizinho e por ter uma profundidade do vestíbulo também adequa- da, indica-se a realização de um retalho de reposição lateral. Fase de manutenção periodontal com frequência semestral. RetalhodeReposiçãoLateral JAVIER GARCÍA FERNÁNDEZ Médico Estomatologista Periodontia e Implantologia em exclusividade Director de Clinicae Gingiva Madrid (Espanha) www gingiva net Situação clínica prévia. Imagem da lesão clínica. A recessão isolada e larga não ultrapassa a linha mucogengival. Não existe perda de osso interproximal. Esta lesão é classificada como tipo I de Miller. Com uma lâmina de bisturi número 15, realizamos uma incisão em “V” para eliminar o tecido inflamatório da gengiva marginal do defeito e o freio da língua, caso tiver uma inserção alta.

Retalho de Reposiçao Lateral

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Colgajo de Reposición lateral para el cubrimiento de una recesión en un incisivo inferior

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Page 1: Retalho de Reposiçao Lateral

MaxillariS Maio

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• Paciente que se apresenta na nossa consulta para tra-tamento de uma recessão isolada e progressiva aonível do incisivo central inferior esquerdo (31).

• Na exploração clínica intrabucal observa-se umarecessão gengival superficial e larga que não ultrapas-sa a linha mucogengival.

• Existem sinais de inflamação na gengiva marginal dodefeito, bem como inserções altas do freio da língua.

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• Fase desinflamatória prévia: instruções de higiene oral,controle da placa bacteriana. Raspagem e alisamentoradicular supra e subgengival.

• Fase cirúrgica: por existir uma faixa de gengiva aderidaadequada na região vestibular do dente vizinho e porter uma profundidade do vestíbulo também adequa-da, indica-se a realização de um retalho de reposiçãolateral.

• Fase de manutenção periodontal com frequênciasemestral.

RetalhodeReposiçãoLateral

JAVIER GGARCÍA FFERNÁNDEZ

Médico EstomatologistaPeriodontia e Implantologia em exclusividade

Director de Clinicae Gingiva Madrid (Espanha)www gingiva net

Situação clínica prévia.Imagem da lesão clínica. A recessão isolada e larga nãoultrapassa a linha mucogengival. Não existe perda deosso interproximal. Esta lesão é classificada como tipo Ide Miller.

Com uma lâmina de bisturi número 15, realizamos umaincisão em “V” para eliminar o tecido inflamatório dagengiva marginal do defeito e o freio da língua, caso tiveruma inserção alta.

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MaxillariS Maio

Eliminação deste fragmento gengival por meio de uma cure-ta cirúrgica.

Para garantir a total eliminação das aderências do freio dalíngua e facilitar a posterior mobilização do retalho, realiza-mos a libertação das bordas da região cruenta com umatesoura.

O objectivo anterior também pode ser alcançado por meiodo uso de um periostótomo que, por sua vez, levará operiósteo para o fundo do vestíbulo.

Com o instrumento 13K/TG de Kirkland, procede-se à raspa-gem e alisamento radicular completo, eliminando o cimen-to necrótico e diminuindo a convexidade da raiz.

Para garantir o recobrimento radicular, podemos tratar a raizcom ácido cítrico com pH de 1 entre 3 e 5 minutos.Transcorrido esse tempo, lava-se abundantemente com sorofisiológico.

Em seguida, mede-se a ferida cirúrgica na parte mais largado defeito; neste caso de 6 mm.

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Para calcular a largura do retalho na região doadora, deve-mos multiplicar a largura do defeito por 1,5. No nosso caso,precisaremos de 9 mm de largura na região doadora a par-tir da borda em V.

Desenho do retalho.Realizar-se-á uma primeira incisão horizontal submarginal de9 mm de comprimento e uma incisão vertical libertadoraque ultrapasse a linha mucogengival e que alcance o fundodo vestíbulo.

Começaremos a levantar o retalho aprofundando com o bis-turi desde o fundo do vestíbulo para a zona coronária doretalho. Com muito cuidado, realizaremos um retalho deespessura parcial na região de gengiva aderida, que corres-ponda à metade mais distal do retalho que ficará cruenta.

O retalho é suturado por meio de uma sutura suspensa aoredor do colo do dente, posicionando-o a 1-2 mm coronal-mente no esmalte do dente receptor.

A partir desta região, o retalho será levantado com umperiostótomo, sendo, a este nível, de espessura total (zonaque cobrira a raiz defeito).

Com umas tesouras ou com um bisturi, libertaremos o reta-lho das fibras conectivas e musculares na sua base. O reta-lho deve ultrapassar a linha amelocementária do dente a sercoberto, sem ter nenhum tipo de tensão.

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MaxillariS Maio

O retalho é suturado por meio de uma sutura suspensa aoredor do colo do dente, posicionando-o a 1-2 mm coronal-mente no esmalte do dente receptor.

As margens da região cruenta doadora são libertadas pormeio de tesouras para permitir a sua sutura.

As bordas verticais do retalho são suturadas com pontossimples. Observe-se o recobrimento total da zona doadoraao girar o fundo do vestíbulo.Imagem ao finalizar a cirurgia. O retalho é protegido comuma pomada antibiótica e um cimento cirúrgico periodon-tal durante 7-10 dias.

Imagem clínica do pós-operatório.A sutura é retirada após 10 dias.

Imagem ao finalizar o tratamento (passados 30 dias).

Imagem após dois anos de tratamento.