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Retificação Universidade Do Estado De Santa Catarina – UDESC Centro De Ensino Planalto Norte – Ceplan Engenharia De Produção – Habilitação Mecânica Processos de Fabricação II – Prof. Alexandre Borges Fagundes Acadêmicos: Bruna Isabel Reinehr; Davi Henrique da Cruz 2015/2 1

Retificação

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Uma breve apresentação sobre a retificação, seu histórico, máquinas e o "estado da arte".

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Retificação

Universidade Do Estado De Santa Catarina – UDESCCentro De Ensino Planalto Norte – CeplanEngenharia De Produção – Habilitação MecânicaProcessos de Fabricação II – Prof. Alexandre Borges FagundesAcadêmicos: Bruna Isabel Reinehr; Davi Henrique da Cruz2015/2

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Conceito

A retificação é um processo de usinagem por abrasão que retifica a superfície de uma peça. Retificar significa corrigir irregularidades de superfícies de peças.

2Fig.1

Utilização

A retificação é um processo de usinagem, em geral, de acabamento, e muito utilizada na indústria metal mecânica. Muitas das peças usinadas têm a retificação como a última operação de uma ou várias de suas superfícies. Por isso, o processo de retificação requer bastante atenção, pois se a peça for danificada nessa operação, todo o custo acumulado nas operações anteriores não poderá ser recuperado.

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Histórico

As primeiras operações mecanizadas de retificação foram realizadas com a aplicação de cabeçotes porta-rebolos sobre tornos mecânicos paralelos.

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A primeira retificadora que se tem notícia teria sido construída em 1860, na sede da empresa de abrasivos Norton Emery Company, pelo engenheiro Charles Moseley.

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Só em 1875, que o engenheiro Joseph Brown, fundador da empresa Brown & Sharpe, desenvolveu um primeiro modelo de retificadora destinado a venda.

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Os rolos colocados no piso, destinavam -se à:

➢ Transmissão da rotação dos eixos porta-rebolos e porta-peças;

➢ Acionamento do movimento longitudinal da mesa da máquina;

Esses eram acionados através de correias planas e movidos através de uma máquina a vapor.

Já em 1876 a máquina era exposta numa feira industrial em Paris.

Em 1877 a empresa conseguia a patente norte americana do equipamento.

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Ainda no século XIX outros fabricantes surgiram nos Estados Unidos, lançando suas máquinas:

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Gradativamente, ao longo do século XX, as retificadoras foram se modernizando. Inicialmente, ocorreu a substituição dos acionamentos centralizados derivados dos eixos nos tetos das fábricas, movimentados por uma máquina a vapor central, por motores elétricos de corrente alternada trifásica individuais para cada movimento da máquina.

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Depois da Segunda Guerra Mundial as retificadoras passaram a ter sistemas óleo- hidráulicos de grande suavidade para o movimento da mesa e dos avanços. Posteriormente, os controles eletrônicos foram se incorporando em parcelas crescentes. O último movimento importante foi o da adoção do CNC para o comando e controle das retificadoras cilíndricas.

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Retificadoras

Há basicamente três tipos de retificadoras: a plana, a cilíndrica universal e a cilíndrica sem centros (center less).

Quanto ao movimento, em geral as retificadoras podem ser manuais, semi-automáticas e automáticas.

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Retificadora Plana

Na retificadora plana, a peça é presa a uma placa magnética, fixada à mesa da retificadora. Durante a usinagem, a mesa desloca-se em um movimento retilíneo da direita para a esquerda e vice-versa, fazendo com que a peça ultrapasse o contato com o rebolo em aproximadamente 10 mm.

Há também o deslocamento transversal da mesa. O movimento transversal junto com o movimento longitudinal permitem uma varredura da superfície a ser usinada.

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O valor do deslocamento transversal depende da largura do rebolo.

A retificadora plana pode ser tangencial de eixo horizontal e de topo de eixo vertical.

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Retificadora Cilíndrica Universal

A retificadora cilíndrica universal retifica superfícies cilíndricas, externas ou internas e, em alguns casos, superfícies planas em eixos rebaixados que exijam faceamento.

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Retificadora sem centro (center less)

Esse tipo de retificadora é muito usado na produção em série. A peça é conduzida pelo rebolo e pelo disco de arraste.

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CNC

• As retificadoras CNC foram desenvolvidas para atender as pequenas, médias e grandes produções.

• Desenvolvidas para atender às mais diversas exigências na retificação de peças de alta precisão.

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Retificadora Cilíndrica Externa CNC Para Produção de Grandes

Lotes.

Retificadora Cilíndrica Externa CNC Para Produção de Pequenos

e Médios Lotes. 18

CNC

Características técnicasComprimento máximo retificável

600 mm

Dimensões do rebolo 406 x 127 x 63

Velocidade periférica do rebolo

45 m/s

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Rebolo

• Possui superfície abrasiva, ou seja, apresenta-se constituída de grãos de óxido de alumínio ou de carbeto de silício, entre outros.

• O rebolo (ou disco de retífica) é, basicamente, constituído de um aglomerado de partículas duras (abrasivas), unidas por um ligante.

• A eficiência do rebolo está diretamente relacionado com o tipo do abrasivo empregado, o ligante e a porosidade existente.

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Rebolo

O rebolo apresenta cinco elementos a serem considerados:

• Abrasivo;

• Granulação;

• Aglomerante;

• Grau de dureza;

• Estrutura.

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Figura 2

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O grão abrasivo é responsável pelo corte da peça que está sendo retificada; o ligante tem como função manter o grão abrasivo no lugar e a porosidade, correspondendo aos espaços vazios entre os grãos, tem a importante finalidade de conduzir o fluido refrigerante para a peça e dar espaço para os cavacos. Para cada tipo de serviço, deve ser encontrada a combinação ideal entre os tipos de abrasivos, o ligante e a granulometria dos abrasivos, que define o tamanho dos poros.

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As ligas mais empregadas são:

• Vitrificadas (V): feitas à base de mistura de feldspato e argila, são as mais utilizadas, pois não sofrem ataque ou reação química pela água, óleo ou ácidos.

• Resinóides (B): são feitos com base em resinas sintéticas (fenólicas) e permitem a construção de rebolos para serviços pesados com cortes frios e em alta velocidade.

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• Borracha (R): utilizada em aglomerante de ferramentas abrasivas para corte de metais e em rebolos transportadores das retificadoras sem centro (centerless).

• Goma-laca (E) e Oxicloretos (O): atualmente em desuso e só aplicada em trabalhos que exijam cortes extremamente frios em peças desgastadas.

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Quanto à velocidade da mesa, existem as seguintes relações:

Material mole – Maior velocidade da mesa

Material duro – Menor velocidade da mesa

Rebolo de liga vitrificada – baixa velocidade (até 33 m/s)

Rebolo de liga resinóide – alta velocidade (até 45 m/s)

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Quanto à dureza do rebolo:

Quanto à estrutura

Material mole – rebolo duro

Material duro – rebolo mole

Desbaste – estrutura aberta

Acabamento – estrutura fechada

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Figura 3

Tipos de abrasivos

Atualmente, são utilizados para confecção de rebolos, grãos abrasivos obtidos artificialmente.

• Óxido de alumínio (Al2O3);

• Óxido de alumínio comum;

• Óxido de alumínio branco (AA);

• Carbeto de silício (SIC);

• Carbeto de boro (B4C).

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Abrasivo

O tipo de abrasivo é indicado pelas letras A, C, B e D, como segue:

• A – Óxido de Alumínio

• C – Carbeto de Silício

• B – Nitreto Cúbico de Boro (CBN)

• D – Diamante

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Tipos de abrasivos

• Óxido de alumínio (Al2O3): Obtido a partir do mineral denominado “bauxita” por um processo de redução.

• Óxido de alumínio comum (A): De cor acinzentada, tem como principal característica a sua alta tenacidade.

• Óxido de alumínio branco (AA): Com 99% de pureza, obtém propriedades semelhantes ao óxido de alumínio comum, porém, devido a sua pureza e forma de obtenção, torna-se mais quebradiço.

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Tipos de abrasivos

• Carbeto de silício (SIC): Apresenta maior dureza que os óxidos de alumínio, sendo consequentemente mais quebradiço.

• Carbeto de boro (B4C): Com características superiores aos anteriores, é pouco empregado na fabricação de rebolo.

• Diamante: Material mais duro encontrado na natureza, é utilizado em estado natural ou sintético na elaboração de rebolos para lapidação.

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Vantagens e Desvantagens

A retifica tem como principais vantagens:

• Trabalhar com tolerâncias apertadas;

• Acabamento superficial de alta qualidade.

Suas principais desvantagens são:

• Suscetível a danos graves na peça quando não executada corretamente. Chamados de tensões e trincas de retífica;

• Baixa velocidade.

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Fresa fabricada em aço rápido, apresenta oxidação devido à retífica.

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Corte metalográfico de uma geradora de engrenagens, mostrando a superfície “queimada” por retempera e super revenimento.

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Peça apresentando severo dano por trincas na superfície após retífica.

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Referências Slide 2- http://www.prestorrets.com.br/conteudo.htm

Fig.1 - http://www.omundodausinagem.com.br/?p=2277

Slide 3- http://www.topdrill.com.br/servicos/retifica-cilindrica.php

Slides 4 ao10- http://www.usinagem-brasil.com.br/5525-breve-historico-da- retificacao-cilindrica/

Slide 11 ao 15- http://www.essel.com.br/cursos/material/01/ProcessosFabricacao/54proc3.pdf

Slides 16 ao 20- http://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5840793/LOM3079/Retifica.pdf