Revestimento Fachada

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ENGENHARIA DE PRODUO CIVIL CEFET MG TECNOLOGIA DAS CONSTRUES 2

REVESTIMENTO TIPOS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS

Grupo: Fernanda Cataln Hugo Mafra Igor Marcellus Teodoro Julia Caldeira Paula Fonseca Paulo Csar Gato

Belo Horizonte, setembro de 2011

Introduo A elaborao do projeto de revestimento essencial para permitir um desempenho satisfatrio ao longo do tempo, que gerar no aumento da qualidade e produtividade, reduo das falhas, desperdcios e custos. Tem como finalidade a determinao dos materiais, geometria, juntas, reforos, acabamentos, procedimento de execuo e controle. Porm, para que este objetivo seja realmente alcanado, necessrio que o projeto de revestimento externo apresente um conjunto de informaes relativas s caractersticas do revestimento e da sua forma de produo. O projeto de revestimento dever ser realizado levando em considerao os projetos de arquitetura, estrutura, instalaes e vedao, visando assim evitar demais incompatibilidades entre os projetos

Revestimento externo Por se tratar de uma rea bastante ampla que atua desde piso at cobertura, focamos em revestimentos externos. Ao decorrer do trabalho sero mostrados os mtodos executivos dos principais tipos de revestimentos para fachadas. Para executar um revestimento externo adequado so necessrias as seguintes etapas: - Detalhamento da fachada, projetos que envolvem anlise dos projetos de arquitetura, estrutura, instalaes, vedaes e paginao de alvenaria. - Escolha dos materiais a serem utilizados para execuo desta atividade. - Planejamento para execuo do revestimento externo: - Treinamento da mo-de-obra que ir realizar tal atividade. - Logstica para recebimento e aplicao dos materiais. - Execuo do revestimento externo. - Acompanhamento dos indicadores. - Controle tecnolgico das argamassas aplicadas.

Preparo da superfcie para acabamento final Documentos de referncia: NBR 7200 e NBR 13749. Disposies iniciais: Para a execuo de um revestimento externo utilizando o mtodo tradicional onde se tem: a base (blocos cermicos, estrutura de concreto), chapisco, emboo, reboco e o acabamento final (textura, pintura, cermicas), necessrio que algumas condies sejam atendidas: 1- Desforma concluda. 2- Encunhamento da alvenaria concludo. 3- Vos das janelas definido e preferencialmente com contramarcos chumbados 4- Falhas provenientes da concretagem (bicheiras, brocas), preenchidas com argamassa.

Chapisco Para realizao do chapisco deve-se promover a remoo completa de poeira e partculas soltas nas paredes externas pois sem a limpeza da fachada a argamassa de chapisco pode ficar mal aderida a sua base. Deve-se tambm umidecer a base da sua argamassa afim de se garantir a cura do chapisco pois tanto blocos cermicos como o prprio concreto absorvem gua e, por isso, molha-se a fachada para que a base no retire gua da aragamassa. Um trao normalmente utilizado nas obras para realizao da argamassa de chapisco o de 1:3 com bianco misturado na gua com proporcionalidade de 1:10. importante que o funcionrio esteja sempre misturando a argamassa de forma a evitar a decantao da areia. Durante a aplicao do chapisco deve-se atentar para o seguinte:

Em estrutura de concreto deve-se aplicar a mistura com desempenadeira dentada cobrindo toda a superfcie. Em alvenaria lanar a argamassa com a colher de pedreiro em camadas sucessivas. A textura final do chapisco deve resultar numa pelcula rugosa e contnua.

ra que a base no retire gua da argamassa.Emboo / Reboco

Para se iniciar o emboo importante respeitar trs dias de cura do chapisco. E, tambm, deve-se realizar o levantamento de prumo da fachada deixando as taliscas como referncia de prumo. Para realizao do emboo importante que o pedreiro espalhe a argamassa e a comprima fortemente para se garantir a aderncia com o chapisco. O operrio deve-se estar atento ao momento certo para se iniciar o sarrafeamento, onde ele pode realizar um teste: pressionar a massa com o prprio dedo caso o dedo afunde muito na massa ainda no se deve sarrafear caso contrrio inicia-se o sarrafeamento.

Ao sarrafear importante que o operrio respeite o nvel pr-estabelecido pelas taliscas para que o revestimento no fique desaprumado. Alm disso o pedreiro utiliza a rgua de alumnio para conferir a planicidade. Aps o sarrafeamento o pedreiro ir realizar o acabamento na argamassa onde indicado: - Desempenado: ideal para receber cermica ou pastilha. realizado o alizamento da superfcie sarrafeada atravs da utilizao da desempenadeira. - Feltrado: ideal para receber textura ou pintura. realizado o alizamento da superfcie desempenada com a utilizao de esponja. Aps a aplicao do emboo indicado realizao de juntas de dilatao na fachada, para minimizar os efeitos da movimentao da estrutura. Tais juntas devem ser devidamente tratadas. Trao normalmente utilizado: Emboo: 1:1:6 / Reboco: 1:2:5.

1) Revestimento em cermica O assentamento da cermica s poder ser executado aps a cura de 14 dias do substrato, com o emboo previamente executado e aprovado. Para iniciar o assentamento deve-se providenciar a subida do andaime, visto que este revestimento se dar no sentido de cima para baixo. A cermica dever ser assentada atravs de dupla colagem. Em dias bastante quentes e com bastante vento, deve-se esborrifar com gua a superfcie do emboo para evitar comprometer o tempo em aberto da argamassa colante. Esta argamassa dever ser aplicada atravs de desempenadeira dentada de 8,0mm no sentido horizontal sobre o reboco e, no verso da cermica, dar espessura mnima de argamassa dos mesmos 8mm que aplicamos no bloco com a parte lisa da desempenadeira. A aplicao de argamassa colante na cermica deve ocorrer imediatamente antes de seu assentamento, tambm respeitando o tempo em aberto do fabricante. A limpeza da cermica dever ser providenciada quando ainda a argamassa estiver fresca. Neste caso utiliza-se uma esponja sinttica ou fibra de sisal para limpeza grossa e estopa para finalizao da limpeza. As juntas de assentamento da cermica devero atender concomitantemente o projeto arquitetnico e as exigncias do fabricante. O rejuntamento das peas s poder ser executado aps 72hs de aplicada a cermica, salvo queles casos onde a argamassa colante possua cura inferior a este perodo. A argamassa de rejuntamento dever obrigatoriamente ser flexvel e da mesma marca que a cola utilizada. A especificao do rejunte dever ser verificada em funo do acabamento da cermica. Deve-se promover um teste antes da aquisio do produto, para detectar eventuais dificuldades na limpeza final. Deve-se ter cuidado em casos de cermicas com acabamento mais rstico ou poroso.A limpeza do rejunte dever ser providenciada aproximadamente aps 15 minutos da aplicao, antes do seu endurecimento. A limpeza da cermica dever ser realizada com uso de detergente neutro especfico para esta finalidade. importante que a empresa fabricante da cermica aplicada esteja conivente com o processo adotado, para que no sejam abaladas as clusulas de garantia do produto.

Execuo da junta de movimentao: Rejuntar as duas juntas do rejunte, inferior e superior adjacente a junta de movimentao, durante a subida do balancim, garantindo assim o prazo necessrio de cura deste rejunte para perfeita aderncia do selante da junta de movimentao com o rejunte.

As juntas de dilatao em panos revestidos com argamassa devero ter sua profundidade limitada pela alvenaria. Quando da execuo da argamassa, a mesma receber um tarucel, que funcionar como um limitador de profundidade. Desta forma, a espessura da junta dever prever dimenses que permitam que o tarucel encaixe sobre presso na junta.

A profundidade do tarucel em relao superfcie da cermica no dever ser superior metade do seu dimetro. Este vo dever ser preenchido com um mastique selante. Devemos ter preocupao com a tonalidade do mastique adotado.

Revestimento cermico sobre blocos Este mtodo consiste na tcnica de assentamento das placas cermicas direto sobre as superfcies dos blocos das paredes externas do edifcio atravs de dupla colagem com argamassa colante tipo AC III. A dupla colagem ser desnecessria somente para revestimentos cermicos entelados. Algumas variveis, definies e observaes importantes para incio dos servios: para a garantia do sistema de aplicao direto sobre a superfcie do bloco, algumas variveis devem ser consideradas, tais como: a fachada em placas cermicas, ser executada em edifcios com estrutura concebida atravs de alvenaria de bloco estrutural, onde conceitualmente as movimentaes devido s variveis de carregamento estrutural possuem uma distribuio mais uniforme em relao estrutura mista de concreto armado e alvenaria de vedao e/ou estrutura metlica. Seqncia do processo de assentamento do revestimento cermico Dever ser observada nesta etapa, a exata localizao das juntas estruturais horizontais, sendo obrigatrio que as juntas horizontais sejam coincidentes com a face superior das lajes entre pavimentos.

O sentido geral de assentamento das placas cermicas dever ser de cima para baixo (em relao Torre) e em cada andar, de baixo para cima. Para cada estgio de parada do balancim e/ou etapa de produo diria executar sempre entre juntas de movimentao. A regularizao devera ser feita com a mesma argamassa colante (tipo AC III) de assentamento e somente na "cabea" da laje.

Antes de iniciar a colagem da cermica deve-se escovar a alvenaria manualmente com escova de ao garantindo a perfeita limpeza do substrato. Aps escovao, lavar a fachada atravs de hidrojateamento. Caso haja contaminao do bloco de concreto com leos e/ou produtos derivados de petrleo, a superfcie dever ser limpa com produto especfico como sabo neutro, para garantir a remoo destas impurezas e limpa atravs de hidrojateamento. A placa cermica e a parede do bloco de concreto devem estar secas para execuo dos servios, pois assim, tanto o bloco como a cermica iro absorver a umidade da argamassa colante e atravs deste processo de absoro a aderncia entre as placas cermicas e a parede do bloco da fachada estar garantido. A argamassa de assentamento dever ser aplicada atravs de desempenadeira dentada de 8,0mm e no sentido horizontal sobre o bloco e, no verso da cermica, dar espessura mnima de argamassa dos mesmos 8mm que aplicamos no bloco com a parte lisa da desempenadeira. A aplicao de argamassa colante na cermica deve ocorrer imediatamente antes de seu assentamento, tambm respeitando o tempo em aberto do fabricante. A rea de aplicao da argamassa colante deve ser determinada para cada caso e depende das condies locais de insolao e ventilao. Se estas forem agressivas podem provocar a formao de pelcula (incio de secagem) sobre os cordes de argamassa colante, reduzindo o tempo em aberto da mesma e comprometendo a aderncia das placas cermicas. A quantidade de gua de amassamento da argamassa colante deve ser rigorosamente seguida de acordo com a orientao do FABRICANTE. Cada placa cermica seca e limpa deve ser aplicada sobre os cordes de argamassa colante ligeiramente fora de posio; em seguida pression-la arrastando-a perpendicularmente aos cordes at sua posio final. Atingida sua posio final aplicar vibraes manuais de grande freqncia transmitidas pelas pontas dos dedos e/ou martelo de borracha de 400g procurando obter maior acomodao possvel, que pode ser constatada quando a argamassa fluir nas bordas da placa cermica.

Execuo da junta de movimentao: Rejuntar as duas juntas do rejunte, inferior e superior adjacente a junta de movimentao, durante a subida do balancim, garantindo assim o prazo necessrio de cura deste rejunte para perfeita aderncia do selante da junta de movimentao com o rejunte.

As juntas de dilatao devero ter espessura de 15 mm e sua profundidade limitada pela estrutura, devendo a junta ser realizada tambm sobre a argamassa de regularizao. As juntas de movimentao devem ser realizadas quando a argamassa de rejuntamento estiver totalmente seca. Evitar executar as juntas de movimentao em dias de chuva ou quando a superfcie do friso a ser tratado estiver molhada. Argamassa de rejuntamento deve ser flexvel, especfico para uso em fachadas e da mesma marca da argamassa colante. Antes de aplicar o selante, no fundo da junta deve ser assentada a fita crepe de 15 mm de largura. Para aplicar o selante a base poliuretano importante usar fita crepe na borda inferior e superior do friso, evitando rebarbas e acmulo de sujeiras nas proximidades das juntas.

Realizar a limpeza da fachada com produto pr-aprovado pelo fabricante do revestimento cermico.

2 ) Revestimento em pintura A tinta uma composio pigmentada lquida, pastosa ou slida que, quando aplicada em camada fina sobre uma superfcie apropriada, convertvel, ao fim de certo tempo, em uma pelcula slida, contnua, corada e opaca. A Textura o aspecto de uma superfcie ou seja, a "pele" de uma forma, que permite identific-la e distingui-la de outras formas. A textura uma sensao visual ou tctil. Trocar a pintura externa lisa por texturas e outras tcnicas cada vez mais comum na construo de casas, sobrados e prdios. As principais exigncias utilizao dessas tcnicas de revestimento se referem necessidade de restringir o aparecimento de fissuras que nesta situao, so indesejveis, mesmo quando da utilizao de massa corrida ou gesso como acabamento superficial. Esta pelcula de acabamento, ao ser aplicada, capaz de dissimular as fissuras. Todavia, num espao de tempo bastante curto, elas podero voltar a ser perceptveis, comprometendo a aparncia ou at mesmo, em situaes crticas e com o tempo, a integridade do revestimento. Para se evitar o aparecimento de fissuras, a argamassa de revestimento deve apresentar adequada capacidade de absorver deformaes. Outras caractersticas que devero ser observadas referem-se s condies superficiais do revestimento em relao ao acabamento especificado. Assim, para massa corrida acrlica, por exemplo, necessrio que o revestimento apresente regularidade superficial de forma a garantir a boa aderncia e economia no consumo de massa corrida. Para as pinturas aplicadas diretamente sobre o reboco, a superfcie dever ser homognea e isenta de partculas soltas. Para aplicao de tintas permeveis ao vapor d'gua (tintas leo, esmaltes sintticos, epxi, etc.), a superfcie dever estar quimicamente estvel e totalmente seca, de forma a no comprometer a durabilidade destas pinturas. Outra atitude fundamental antes de aplicar uma tcnica de pintura externa utilizar um selador. Todas as pinturas devem ser seladas, isso segura toda a porosidade existente na parede. Se no selar, ocorrem infiltraes e a tinta dura menos. No caso de revestimento de pintura, deve-se, tambm, tomar os devidos cuidados para evitar falhas e futuros problemas patolgicos. Podendo ser aplicado em qualquer tipo de substrato, base de cimento, madeira e outros, deve-se, antes de revest-lo com pintura,

verificar se sua superfcie est lixada e limpa, sem qualquer tipo de poeira e outro tipo de contaminao, ou seja, tem que haver uma preparao da base que ir receber a pintura, a qual poder ser tinta ltex (PVA), acrlica, esmalte, leo, base de cal, verniz e outros. As infiltraes de gua so as causas mais freqentes da deteriorao das pinturas, causando descascamentos, destacamentos, bolhas, manchas etc. importante verificar se h pontos de umidade ou vazamentos que podem ser devido s infiltraes pelo solo ou

tubulaes que estejam com falhas em suas instalaes, s reas que no foram devidamente impermeabilizadas como jardineiras e lajes sem telhados expostas ao tempo, s impermeabilizaes desgastadas, infiltraes em banheiros e cozinhas devido ao desgaste da argamassa de rejunte por serem reas em contato direto com gua ou umidade, dentre outros. Principais patologias em revestimento com pintura: - Eflorescncias: manchas esbranquiadas que surgem nas superfcies pintadas. Ocorre quando a tinta foi aplicada sobre reboco mido, ainda no curado completamente. A secagem do reboco acontece por eliminao de gua sob forma de vapor, que arrasta materiais alcalinos solveis do interior para a superfcie pintada, onde se deposita, causando manchas. O problema pode ocorrer tambm em superfcies de cimento-amianto, concreto, tijolo, entre outros. - Desagregao: a destruio da pintura, que se esfarela e destaca-se da superfcie junto com partes do reboco. O problema ocorre quando a tinta aplicada antes da cura completa do reboco. - Saponificao: o aparecimento de manchas na superfcie pintada (em geral provoca descascamento ou destruio da tinta PVA) e retardamento indefinido da secagem de tintas base de resinas alqudicas (esmaltes e tintas leo). A patologia causada pela alcalinidade. Na presena de certo grau de umidade, o substrato reage com a acidez caracterstica de alguns tipos de resina, acarretando a saponificao. Para evitar o problema necessrio, antes de pintar o reboco, aguardar at que o mesmo esteja seco e curado, o que demora cerca de 28 dias. - Descascamentos: pode ocorrer quando a pintura for executada sobre caiao, sem que se tenha preparado a superfcie. Qualquer tinta aplicada sobre caiao est sujeita a descascar rapidamente. Para que isto no ocorra, antes de pintar devem ser eliminadas as partes soltas ou mal aderidas, raspando ou escovando a superfcie. Em centros industriais, com grande

concentrao de poluentes ou regies beira mar, os sais da superfcie devem ser removidos com gua sob presso. - Manchas causadas por pingos de chuva: os pingos ao molharem a pintura recm executada, trazem superfcie os materiais solveis da tinta, surgindo as manchas. Para elimin-las basta lavar o local com gua, sem esfregar. - Enrugamento: ocorre quando a camada de tinta se torna muito espessa devido a aplicao excessiva de produto, seja em uma ou mais demos, quando a temperatura no momento da pintura se encontra elevada ou, ainda, quando se utiliza solvente diverso da aguarrs como diluente de esmalte sinttico. A correo exige a remoo de toda a tinta aplicada, com esptula, escova de ao ou removedor apropriado. Em seguida, deve-se limpar toda a superfcie com aguarrs, para eliminar vestgios de removedor. - Trincas: de modo geral so causadas por movimentos da estrutura. Para corrigir, recomendase a abertura da trinca com ferramenta especfica para este fim ou esmerilhadeira eltrica. necessrio retirar a poeira do local, aplicar um fundo preparador base de gua e um selador de trincas. - Crateras: ocorre devido a presena de leo, graxa ou gua na superfcie a ser pintada, e tambm quando a tinta diluda com materiais no recomendados como gasolina e querosene. Para corrigir recomenda-se remover toda a tinta aplicada por meio de esptula e/ou escova de ao e removedor apropriado. Em seguida, deve-se limpar toda a superfcie com aguarrs, a fim de eliminar vestgios de removedor. - Bolhas: em paredes externas, geralmente so causadas pelo uso da massa corrida PVA, produto geralmente indicado para reas internas. Nesse caso a massa corrida deve ser removida, aplicando-se em seguida uma camada de fundo preparador para paredes base de gua. - Fissuras: as fissuras ou trincas, rasas e sem continuidade, entre outras causas, podem ser provocadas por tempo insuficiente de hidratao da cal antes da aplicao de reboco ou devido a camada de massa fina estar muito espessa. Recomenda-se, para correo, raspar e escovar a superfcie, eliminando-se partes soltas, poeira, manchas de gordura, sabo ou mofo. Deve-se aplicar em seguida um fundo preparador para paredes base de gua.

3 ) Revestimento aerado (fachadas ventiladas) As fachadas aeradas, tambm conhecidas como fachadas ventiladas, combinam a esttica com bom desempenho trmico. Contribuem com a reduo de cargas do condicionamento artificial de ar e podem funcionar como uma capa protetora, preservando a estrutura e prolongando a vida til da esdificao. As fachadas respirantes fazem uso de materiais especficos e utilizam-se de princpios fsicos simples. Distinguem-se das fachadas convencionais, criando um invlucro separado e independente da estrutura do edifcio. Com custos elevados quando comparadas aos sistemas convencionais, a fachada aerada oferece grandes vantagens, desde que dimensionada e calculada racionalmente e no utilize metais que sofrem significativa corroso. A grande reduo do consumo de energia em climatizao, a no necessidade de intervenes constantes de restaurao, os baixos riscos de fissuras e descolamentos de placas so fatores positivos desse sistema. O sistema, inclusive, permite uma rpida e completa renovao do edifcio, com a troca e repaginao das placas, modificando inteiramente seu aspecto exterior. Sistema de juntas abertas A fachada ventilada, desenvolvida nas ltimas dcadas devido a estudos realizados em pases frios com o intuito de reduzir custos com energia para calefao e refrigerao, tem como princpio fundamental o fato de possuir juntas abertas. As mesmas no recebem vedao completa nas aberturas inferiores e superiores, possibilitando, assim, a criao da lmina de ar (responsvel pelo desencadeamento do efeito chamin) na cavidade entre as duas paredes, como se observa nas figuras abaixo.

O fenmeno fundamenta-se em um princpio simples da fsica: o ar mais quente sobe e, pela diferena de presso, suga para dentro da cavidade o ar mais fresco. O ar da cavidade

continuamente renovado e no chega a aquecer a face do corpo da edificao, que permanece protegida. Estanqueidade gua As juntas, mesmo abertas, no permitem que ocorram infiltraes deteriorando as fachadas. A gua que consegue penetrar no interior da cavidade extremamente reduzida. Estudos realizados na Alemanha demonstram que menos de 1% da gua que consegue penetrar atinge o paramento, o que pode ser controlado por uma camada impermeabilizante. O afastamento entre o paramento externo e a abertura das juntas dos painis deve ser dimensionado de tal forma que equilibre a presso no interior da cavidade, fazendo com que a gua, se penetrar, escorra por trs do painel. Na prtica, o espaamento das juntas deve ser de 4 mm a 10 mm (em funo da dimenso das placas), o suficiente para absorver os desvios geomtricos dos painis e eventuais imprecises da montagem.

Sistema respirante O espao entre os dois parmetros que permite a ventilao natural possibilita, tambm, a disperso do vapor presente no interior das paredes, eliminando a umidade dos edifcios. Por outro lado, o vapor de gua que se forma no interior do edifcio pode sair parcialmente pela parede, sem nenhum impedimento, contribuindo para a conservao da estrutura. A fachada ventilada oferece, ainda, proteo acstica, pois as placas e a lmina de ar (e o possvel uso de proteo isolante) agem como barreira atenuando rudos do exterior. A fachada aerada possibilita, tambm, melhor adaptao s variaes de temperatura ocorridas na estrutura do edifcio. As placas de revestimento, fixadas na subestrutura, feita de ao inoxidvel ou alumnio, independentes umas das outras, ficam livres para se dilatar de acordo com seu prprio coeficiente, no sofrendo esforos relevantes que possam provocar efeitos de degradao na fachada.

Encaixes na pea extrudada facilitam a montagem. O espao entre os dois

paramentos funciona como uma cmara de circulao e renovao de ar Revestimento Graas ao desenvolvimento de materiais de revestimento de alto desempenho tcnico e esttico possvel criar fachadas ventiladas de grande eficincia e de excelente resistncia s variaes higrotrmicas e aos agentes atmosfricos em geral. Os materiais podem ser utilizados combinando com outros, o que gerou gosto por parte dos arquitetos. O uso de granito, mrmore, porcelanatos, cermicas (extrudadas, esmaltadas, grs, cotto) freqente nos pases do hemisfrio norte (principalmente Estados Unidos e pases da Europa) O sistema, ainda no muito utilizado no Brasil se deve, de acordo com entrevista dada revista Techn pelo consultor Medeiros, s pequenas espessuras e dimenses limitadas das placas cermicas produzidas aqui o que aumenta o consumo de metal para o projeto da subestrutura e torna mais difcil a execuo segura de furos ou cortes para as ancoragens devido a finura dos painis. Para os casos de fachada tipo cortina, tal fato no observado, tem-se como exemplo o granito que tm placas com, pelo menos, 25 mm de espessura, o que permite a colocao segura dos insertos pontuais. Os painis cermicos de maior dimenso, por sua vez, requerem subestrutura mais leve para instalao e montagem, porm precisam ser mais espessos para uso de ancoragens ocultas, o que encarece o sistema. Na face posterior da cermica feito reforo de tela de fibra de vidro, evitando que caso haja quebra de alguma peo os fragmentos do mesmo permaneam presos.

Os grampos so encaixados nas ranhuras nas extremidades das placas deslocando-os pelos frisos da cermica

Documentos de referncia

No h normas brasileiras especificar para a execuo desse modelo de fachada. Os ensaios necessrios para essas fachadas - estanqueidade gua, presso de vento positivo e negativo, impacto de corpo mole e duro, dimensionamento da estrutura, isolamento trmico e acstico - so fundamentais para validar a comercializao de qualquer sistema. Imagens ilustrativas de fachadas ventiladas de granito

3078-2400

Bibiografia - Fonte: Revista Tchne (2001)-Suvinil http://www.abcp.org.br/comunidades/salvador/ciclo2/htms/downloads/LNK05/04/PesquisaPat ologia.pdf http://pcc2436.pcc.usp.br/Textost%C3%A9cnicos/Revestimentos%20verticais/13%C2%BA% 20SIMPATCON.pdf - Fonte: Revista Tchne (Agostos 2001)- Fachada respirante http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/144/fachadas-respirantes-fachadasventiladas-combinam-funcoes-esteticas-com-bom-128934-1.asp http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/144/artigo128934-2.asp - Catlogo Padro Operacional Construtora Even (PO OBR 015/ 2011) - Manual de revestimento Masb Engenharia (Rev. 01 / 2011)