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IDOSOS NÃO CONSEGUEM PASSAGEM DE ÔNIBUS GRÁTIS LEIA TAMBÉM ÔNIBUS MOVIDO A BIOMETANO SERÁ TESTADO EM SÃO PAULO REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 5 • Nº 230 8 de Fevereiro de 2015 Conheça melhor a tecnologia da Scania para redução de emissão de poluentes no meio ambiente ÔNIBUS MOVIDO A BIOMETANO SERÁ TESTADO EM SÃO PAULO

Revisa InterBuss - Edição 230 - 08/02/2015

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Page 1: Revisa InterBuss - Edição 230 - 08/02/2015

IDOSOS NÃOCONSEGUEMPASSAGEM DEÔNIBUS GRÁTIS

LEIA TAMBÉM

ÔNIBUS MOVIDO ABIOMETANO SERÁTESTADO EM SÃO PAULO

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 5 • Nº 230 8 de Fevereiro de 2015

Conheça melhor a tecnologia da Scania para redução de emissão de poluentes no meio ambiente

ÔNIBUS MOVIDO ABIOMETANO SERÁTESTADO EM SÃO PAULO

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

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INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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Página 10

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Janela de ônibus cai e duas pessoas são lançadas para fora em P. VelhoPrefeitura informou que irárescindir o contrato com asatuais operadoras do sistemapor não cumprirem metas 08

ÔNIBUS MOVIDO A BIOMETANO SERÁTESTADO EM SP; CONHEÇA A TECNOLOGIA

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

24

| A Semana em Revista

São Paulo teráampla rede deônibus que rodaráde madrugadaNovas linhas vão começar a operar a partir do dia 28de fevereiro 07

Veja detalhes da tecnologia que está sendo adotada pela Scania

ÔNIBUS MOVIDO A BIOMETANO SERÁTESTADO EM SP; CONHEÇA A TECNOLOGIA

Page 5: Revisa InterBuss - Edição 230 - 08/02/2015

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 20

Página 10

ANO 5 • Nº 230 • DOMINGO, 8 DE FEVEREIRO DE 2015 • 1ª EDIÇÃO - 16h03 (6ª)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraOs problemas da Miracatiba 26

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

ÔNIBUS MOVIDO A BIOMETANO SERÁTESTADO EM SP; CONHEÇA A TECNOLOGIA

PÔSTERMarcopolo Viale DD 14

Fábio Tanniguchi

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Adamo BazaniVenda de ônibus começa em queda 22

| Deu na Imprensa

Artigo: umaPetrobras maistransparenteé necessáriaA divulgação dos balanços pelametade afetam a credibilidadeda maior empresaestatal do Brasil 19

| Deu na ImprensaRobert Boschfecha a comprada segundaparte da ZFAs duas já possuíam uma joint-venture com participaçãoidêntica entre elas 16

TEST-BUS

Veja detalhes da tecnologia que está sendo adotada pela Scania

ESPECIAL BIOMETANOVeículo será testado em São Paulo 10

EDITORIALA história da estatização em São Paulo 6

ÔNIBUS MOVIDO A BIOMETANO SERÁTESTADO EM SP; CONHEÇA A TECNOLOGIA

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

REVISTAINTERBUSS Expediente

A prefeitura de São Paulo fez um anún-cio um tanto quanto curioso na semana passada, quando informou que pretende estatizar todas as garagens de ônibus da cidade, fazendo com que as empresas, enquanto permissionárias, podem usar o espaço, e quando foram descredenciadas por algum motivo, seja por problemas, seja por encerramento de período contratual, o espaço pode ser repassado à novas empresas que serão contratadas. Com isso, a prefeitura pretende aca-bar com a hegemonia dos atuais grandes grupos que estão prestando serviços à cidade. A decisão soa como positiva, porém não deixa de ser estra-nha quanto ao seu objetivo. Se a prefeitura pretende acabar com a hegemonia de grandes grupos, não seria mais efi-ciente fazer com que as empresas fossem defin-hadas em diversas outras menores, assim como era antes da era Marta Suplicy no comando da prefeitura da capital paulista? A então prefeita fez grandes avanços, sem dúvida, tirando das ruas verdadeiros cacarecos de empresários que não estavam nem um pouco preocupados em melhorar o serviço de transporte na maior cidade do país, e sim apenas ganhar dinheiro às custas do sacrifício do povo. Com a realização de uma licitação e o decreto de situação emergencial em diversas regiões da cidade, foram extirpados

antigos empresários que não faziam nada para melhorar e ainda tinham as piores empresas em operação, porém essas linhas acabaram concen-tradas nas mãos de poucos empresários, o que de certa forma faz hoje a prefeitura refém dos inter-esses dos empresários. Mas será que faz mesmo? Notando as ações dos últimos anos, pelo menos dos últimos 120 meses, ao menos em público, não houve nenhuma manobra por parte do empresariado paulistano que revertesse em interesse próprio e/ou em prejuízo à população, até porque é notório que a SPTrans, orgão da pre-feitura paulistana que comanda o transporte pú-blico local, é um dos mais exigentes em relação à frota e cumprimento de rotas e horários, com monitoramento online de todos os itinerários, com informações disponibilizadas em tempo real a todos os usuários do sistema. As montadoras de carrocerias chegam a oferecer para todo o país veículos no “Padrão SPTrans”, ou seja, todas as outras cidades têm a opção de fazer a compra de carrocerias no padrão de São Paulo justamente por conta da exigência por lá, e mesmo assim a prefeitura costuma vir à público dizer que os em-presários são os culpados pelos altos custos do sistema, que deterioram o bolso do trabalhador, etc, no maior estilo comunista. Se a SPTrans tem o poder nas mãos

SP: A culpa é de quem afinal?

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial e o dever de fiscalizar, basta exigir melhoras

das empresas e descredencie quem não estiver de acordo com os seus desejos, oras! Parece que a prefeitura quer criar problemas para de-pois solucioná-los simplesmente com objetivos eleitoreiros. Nos últimos anos as empresas de São Paulo têm comprado ônibus top de linha, muito mais caros que a média de mercado, dotados de alta tecnologia embarcada e ainda recentemente está colocando ar condicionado nos veículos, o que encarece ainda mais o produto. As empresas poderiam muito bem se rebelar e não fazer nada do que é exigido, correndo o risco de perderem as linhas, mas não é isso o que acontece. Toda vez a prefeitura local acaba culpando os em-presários por alguma coisa que eles não fizeram, e agora vem com essa história de estatização de garagens. O mais curioso ainda é que a cidade têm vários espaços, inclusive garagens, onde es-tão depositadas sucatas da extinta CMTC e não são repassadas para ninguém. Por que não repas-sam esses espaços temporariamente para que outras empresas possam chegar à cidade e se in-stalarem devidamente? E o valor da indenização a ser pago aos empresários pela desapropriação de seus terrenos? Será que alguém pensou nisso? Não podemos nos esquecer que a prefeitura fez o pagamento de 10% de viagens não realizadas nos últimos anos, de acordo com auditoria feita no sistema. Com tanto monitoramento, mesmo assim a prefeitura pagou. Quem será que está er-rado na história? Vamos refletir.

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• G1 JH [email protected]

A S E M A N A R E V I S T ADE 01 A 07 DE FEVEREIRO DE 2015

REVISTAINTERBUSS • 08/02/15 07

Empresas estão com listade espera de até um mêspara a concessão depassagens gratuitas a maiores de 60 anos

Gratuidade a idosos édesrespeitada por viações

Reprodução de TV

Destaque

ESPERA • Idosos esperam até um mês para poder viajar de graça em ônibus

Quem tem mais de 60 anos e renda igual ou menor que dois salários mínimos tem direito a viajar de graça nos ônibus in-terestaduais. Esse benefício é garantido pelo Estatuto do Idoso desde 2003. Os repórteres do Jornal Hoje, da TV Globo, encontraram até lista de espera que pode chegar a um mês. A aposentada Maria Lenira dos San-tos bem que tentou pagar mais barato para visitar a neta na Bahia, mas não conseguiu. “Isso aí é um direito nosso. A gente tem di-reito. Mas quando chega toda vez diz que não dá, que não sei quê. Fica com isso e aquilo. Aí eu tenho que comprar a passagem por um preço normal sem desconto nenhum”, fala a aposentada. Em todo Brasil quem tem mais de 60 anos e recebe até dois salários mínimos tem direito a viajar de graça. As empresas são

obrigadas a reservar duas poltronas por ôni-bus para esses passageiros. Se elas já tiverem sido ocupadas, o idoso ainda pode comprar a passagem com 50% de desconto. A lei diz que, na hora da compra, o idoso deve apresentar apenas a identidade e um comprovante de renda. Para ir de graça, deve chegar com até três horas de antecedên-cia da viagem e para pagar a metade, o prazo limite varia de seis a 12 horas, dependendo da distância.

De acordo com o defensor público, Eric Martins Figueiredo, qualquer outra ex-igência é ilegal: “A empresa de ônibus é ob-rigada a vender no ato. Não pode impor fila de espera. Não pode impor prazo. Não pode impor nenhum outro requisito que a lei ou o decreto de lei, no caso eu estou falando do Estatuto do Idoso, não preveja. Isso é com-pletamente contra o que dispõe o Estatuto do Idoso. É um ato ilegal que as empresas estão praticando”.

São Paulo passa a contar comrede de ônibus de madrugada• Diário de S. Paulo@terra. com.br Os moradores da cidade de São Paulo poderão contar com transporte público durante a madrugada a partir do dia 28 de fe-vereiro. De acordo com a SPTrans, o “Rede Madrugada” contará com 140 linhas oper-ando na faixa da 0h às 4h, com frota de 500 ônibus. As linhas que irão operar são divi-didas em estruturais e locais. As estruturais trafegarão de terminal a terminal, com in-tervalos de 15 minutos, e ônibus do modelo padron, enquanto as linhas locais serão circu-

lares nos terminais, atendendo os bairros com microônibus e com intervalos de meia hora. A estimativa é que 780 mil pessoas ao mês utilizem os coletivos neste período, com maior demanda aos finais de semana. Além disso, o projeto também beneficia lo-cais onde estão localizados hospitais, del-

egacias e estabelecimentos do setor de en-tretenimento. Atualmente, a cidade já conta com 100 linhas de ônibus operando durante a madrugada, das quais 12 fazem parte do pro-jeto piloto da Rede Madrugada, que está em curso desde novembro de 2013 na Zona Sul e de fevereiro de 2014 nas zonas Norte e Leste.

São Paulo

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Janela de ônibus cai e dois são lançados para fora

A S E M A N A R E V I S T A

ANTIGO • Ônibus antigo possivelmente estava com problemas de manutenção

• G1 RO@terra. com.br

08/02/15 • REVISTAINTERBUSS08

Rondônia

Duas estudantes, de idades não in-formadas, caíram através da janela de um ônibus de transporte coletivo em movimento e ficaram feridas, nesta quinta-feira (5), na Zona Sul de Porto Velho. Segundo infor-mações de testemunhas, o veículo seguia na rua Pau Ferro e, quando fez uma curva para entrar em outra via, a janela rompeu e as passageiras foram arremessadas para fora do carro, na pista. Uma das jovens caiu de cabeça no asfalto e a outra foi ferida no rosto. As duas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas para o Hospital João Paulo II, onde foram atendidas com ferimentos leves e depois liberadas. “Eu só ouvi o estrondo da queda e uma gritaria”, diz o lanterneiro Francisco da Silva, que trabalha em uma oficina ao lado do local do fato e presenciou o acidente e sugere duas causas. “Ou as meninas estavam esco-radas na janela e o peso fez a janela cair, ou o ônibus passou por manutenção e não colo-caram o vidro direito. A gente que trabalha na área sabe que o vidro da janela não cai fácil”, palpita. Já o mecânico Edval Nascimento, que também acompanhou o momento em que o ônibus foi isolado e as meninas foram atendidas, disse que havia muitos adolescen-tes escorados na janela do veículo, da mesma forma em que supostamente estavam as víti-mas na hora da queda. “Se tem cadeira é para sentar, não é?”, pontua. O estudante Ricardo Maia discorda e acha que a situação aconteceu porque a maioria dos ônibus encontra-se sucateada. “Acho um absurdo pagar uma passagem de R$ 2,60 e ter que andar em um ônibus acaba-do”, critica. O G1 tentou contato com a Rio Ma-deira, concessionária responsável pelo ôni-bus, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Renovação de veículos Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Semttran), os prob-lemas relativos à frota de ônibus coletivo são responsabilidade das duas empresas respon-sáveis pelas linhas de ônibus na capital, Rio Madeira e Três Marias. Em reportagem pub-

licada no último dia 31 janeiro, a Semttran informou ao G1 que notificou as empresas para aumentar o número de veículos, pediu renovação da frota, mas as empresas nada fiz-eram. Em contrapartida, a prefeitura disse que não vai conceder o aumento das passa-gens pedido pelas companhia porque a pasta ajuizou processo de caducidade (quebra de contrato) já que as duas concessionárias não estariam cumprindo as cláusulas do contrato firmado em licitação pública, no ano de 2003. Em reposta à Semttran, a Rio Ma-deira alegou não conseguir estabelecer diálo-go cooperativo com a prefeitura e que ambas

as concessionárias de transporte público aler-tam as autoridades que é necessário adotar medidas práticas para melhorar o transporte público, de modo a preservar o equilíbrio econômico do contrato de concessão. Já a Três Marias enfatizou o con-gelamento da tarifa que há 4 anos custa R$ 2,60, cujo valor seria insuficiente para cobrir os custos. Segundo a assessoria jurídica da empresa, as companhias optaram por manter os salários dos fornecedores em dia e procu-raram negociar o parcelamento de débitos oriundos de impostos com a prefeitura, so-licitando por diversas vezes o reajuste ne-cessário.

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REVISTAINTERBUSS • 08/02/15 09

São Paulo

As frases inspiradoras e os versos de motivação saíram dos livros e acabaram indo parar em bancos de ônibus nas cidades do litoral de São Paulo. Apesar de ser crime, a iniciativa acabou chamando a atenção dos frequentadores dos coletivos que, surpreen-didos, postam as frases dos ônibus nas redes sociais. Os dizeres podem ser encontrados na parte de trás de alguns bancos de ônibus de Santos e São Vicente e estão fazendo sucesso entre os usuários dos coletivos. “Quando eu passei e olhei, pensei que fosse mais uma depredação, mas depois quando parei pra olhar pela segunda vez vi que realmente ha-via algo por trás disso. Há um significado”, afirma a comunicóloga Mayara Sampaio, que fotografou uma dessas frases. Apesar da boa intenção, o ato é con-siderado crime e pode render uma punição ao responsável pelo vandalismo. “É ilegal. Pichar não é bacana. Mas não nego que em outubro, quando fotografei a imagem, eu es-tava em um período muito movimentado na minha vida, e caiu bem”, explica Mayara. A socióloga Samara Carvalho acred-ita que o sentimento de solidão que a cidade transmite possa ter levado o autor das frases a deixar as mensagens para os passageiros que utilizam os ônibus diariamente. “Pode ser al-guém que se sinta sem voz e essa é uma for-ma de se fazer ouvir. Santos está entrando no circuito das grandes cidades de vidas corridas e solitárias. Mas essas intervenções podem ser causadas por uma infinidade de coisas”, explica. A iniciativa do ‘filósofo de ônibus’ acabou gerando ideias que já foram aprovadas

pelos usuários dos coletivos. “Eu diria que ele poderia procurar outras maneiras de se ex-pressar, mas seria interessante se a empresa

Pichador de banco de ônibus arrebata fãs na Bx. Santista• G1 Santos@terra. com.br

pudesse ceder um espaço para que as pessoas pudessem compartilhar esses pensamentos”, conclui a comunicóloga.

FÃS • Apesar de ato ser criminoso, as frases estão conquistando fãs nas redes sociais

Grande Vitória pode ficar novamente sem ônibus• Folha Vitória@terra. com.br O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espíri-to Santo (Sindirodoviários) promete paralisar o transporte coletivo na Grande Vitória na próxima segunda-feira (09). Segundo o presi-dente da entidade, Carlos Louzada, o motivo é a falta de acordo com os empresários sobre o pagamento total do plano de saúde.

“Tem gente morrendo e eles não pa-gam o plano de saúde todo, os motoristas não conseguem pagar o plano, é muito caro”, rec-lama o presidente, que disse que até ele teve de suspender o seu plano de saúde. A assessoria de imprensa do Sin-dicato das Empresas de Transporte Metro-politano da Grande Vitória (GVBus) informa que não foi notificado pelo Sindirodoviários sobre o “Estado de Greve”, e esclarece que

recebeu com surpresa a informação de que o movimento está relacionado ao plano de saúde. E diz ainda que o tema foi exaustiva-mente tratado durante as reuniões que culmi-naram no dissídio coletivo. Na ocasião, após cancelamento do contrato de prestação de serviço de saúde por parte da Samp, o Sind-irodoviários indicou a contratação da Unimed como nova prestadora (conforme ofício nº 201 de 2014 – em anexo).

Espírito Santo

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08/02/15 • REVISTAINTERBUSS10

TESTES • Ônibus movido a Biometano da Scania, sendo testado no Rio Grande do Sul. No Brasil, houve já experiências semelhantes, como com a CMTC em São Paulo, mas atualmente a tecnologia conseguiu corrigir problemas comuns no passado, como perda dedesempenho, garantem os fabricantes

E S P E C I A L B I O M E T A N O

SCANIA MOVIDO A BIOMETANOSERÁ TESTADO EM SÃO PAULO• Adamo Bazani@terra. com.br Dizem é na simplicidade que es-tão as boas ideias e os grandes avanços. Por diversas vezes, a solução é tão simples que muitos acabam dizendo “como foi que não pensei nisso antes?”. É o que ocorre com o melhor aproveitamento dos gases oriundos no pro-cesso de decomposição de resíduos que po-dem dar origem ao biometano. O Brasil é um dos grandes produ-tores de resíduos urbanos e também de rurais. Assim, problemas de logística não seriam os grandes impedimentos para que o biometano possa se tornar uma fonte energética com maior escala. E o setor de transportes de passage-iros, pode ser um dos segmentos econômicos a aproveitar melhor a matéria que origina este combustível. Após circular no Parque Tecnológi-co da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, no Paraná, um ônibus movido a biometano foi testado também no Rio Grande do Sul. Os estudos tiveram a parceria da fabricante Scania, da Sulgás – Companhia de Gás do Rio Grande do Sul, da Brasken, que cedeu o parque industrial para a circulação do ônibus e da Ecocitros, que é uma coop-erativa de citricultores da região do Vale do Caí, e da Naturovos, com sede na cidade de Salvador do Sul, pertencente ao Grupo Solar, produtora de ovos e derivados. A Naturovos e a Ecocitros formaram o Consórcio Verde Brasil justamente para fornecer os resíduos orgânicos, como cascas de frutas e fezes de galinhas, de onde vai ser gerado o biogás ma-téria para o biometano. O modelo de ônibus é um Scania Citiwide, de 15 metros de comprimento e três eixos, K 280 – 6X2 *4 – DC 09 280, com chassi e motor feitos na Suécia e a carroceria na Polônia pela própria Scania. O veículo, da geração 2013, foi fab-ricado para utilizar gás natural, mas no Bra-

sil, ele tem operado com o biometano. Essa é uma das características do modelo: há pos-sibilidade de usar um dos dois combustíveis ou então a mistura entre os dois. As caracter-ísticas de queima são bem parecidas, não hav-endo necessidade de alterar nada no motor ou demais componentes. Entre outubro e novembro, o veículo ficou no Paraná. De dezembro a janeiro no Rio Grande do sul e na próxima semana deve estar circulando, sem passageiros porque a configuração interna atende às normas sue-cas, na cidade de São Paulo, onde fica até o início de março, retornando para a Europa. A

Scania adiantou que em março virá apenas um chassi deste mesmo modelo para o Brasil. Até o final de maio, a estrutura deve receber uma carroceria brasileira. Os resultados dos testes no Rio Grande do Sul foram apresentados nesta quin-ta-feira, dia 29 de janeiro de 2015, na unidade da Braskem, em Triunfo, no Rio Grande do Sul. O Blog Ponto de Ônibus esteve lá para acompanhar os principais números, andar no ônibus e também visitar a usina de composta-gem da Ecocitrus, na cidade de Montenegro, também no Rio Grande do Sul. A análise do desempenho do veículo

Veículo teve ótimos resultados após testes na região Sul do país e agora serátestado em São Paulo. Conheça um pouco sobre essa nova tecnologia

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REVISTAINTERBUSS • 08/02/15 11

TESTES • Ônibus movido a Biometano da Scania, sendo testado no Rio Grande do Sul. No Brasil, houve já experiências semelhantes, como com a CMTC em São Paulo, mas atualmente a tecnologia conseguiu corrigir problemas comuns no passado, como perda dedesempenho, garantem os fabricantes

SCANIA MOVIDO A BIOMETANOSERÁ TESTADO EM SÃO PAULO

foi feita pela Univates – Universidade do Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento Social, localizada na cidade de Lajeado.De acordo com o professor coordenador dos trabalhos acadêmicos nos testes, Odorico Konrad, o ônibus teve bons resultados quanto à rentabilidade, nível de ruído e emissão de poluentes. “Dentro do parque da Brasken, levando funcionários, a média de consumo foi de 2,13 km/nm3. É um ótimo rendimento comparado com o diesel, levando em conta que o preço do gás é menor que o do com-bustível fóssil. Os níveis de poluição ficaram

bem abaixo do determinado pelo Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente e as emissões de ruído também foram abaixo dos padrões determinados pelas autoridades. Em marcha-lenta, com motor a 610 rpm (rotações por minuto) o ruído foi de 77,53 decibéis, em média. A 2500 rpm, a média do ônibus foi de 95,67 decibéis, sendo que o limite é de 98 db” – explica o professor. O nível de ruído mais baixo ocorre porque o ônibus tem motor ciclo Otto, de 5 cilindros. Neste tipo de motor, uma faísca dá início ao uso do combustível. Já no mo-tor Diesel, o gás é pressionado dentro do sistema, havendo mais barulho. A autonomia do ônibus, de acordo com a Scania, é de 300 quilômetros a 400 quilômetros, dependendo das condições de operação. A redução das emissões de poluição chega a ser de 70% em relação aos motores Euro 6, usados na Euro-pa, sendo mais evidente ainda na comparação com os propulsores do tipo Euro 5, cujas nor-mas são seguidas no Brasil. O preço do veículo é de 20% a 25% mais alto que de um ônibus do mesmo porte a diesel. A maior diferença de preços se dá por causa dos tanques de combustível que ficam no teto do ônibus. De acordo com o diretor de vendas de ônibus da Scania, Silvio Munhoz, o uso do gás natural e biometano hoje pode ter im-pacto positivo inclusive nas tarifas. “Em pouco tempo, este ônibus se paga. E ainda sobra muita vida útil para ele que vai possibilitar a redução dos custos op-eracionais podendo trazer impactos para a população no valor das tarifas. Não imagina-mos, claro, ainda no Brasil, frotas com 100% de ônibus a gás. Mas frotas mistas poderiam resultar em redução dos custos e claro, terem um impacto ambiental muito favorável, mel-horando a qualidade de vida das pessoas e também trazendo outro benefício econômico que é a redução nos gastos com saúde pública por causa de problemas de poluição” – disse

o executivo. Ele garante que o nível de nacional-ização para a fabricação de um ônibus a bio-metano é grande e que a maioria as peças no chassi e motor são as mesmas usadas para a produção de um ônibus a diesel.“Aproximadamente 85% das peças são com-partilhados entre o ônibus a gás e o diesel. Isso reduz muito o custo de produção, aquisição e manutenção. Para se ter uma ideia, apenas 40 componentes do motor são diferentes.” - ex-plica

ÔNIBUS A GÁS DÁ CERTO MESMO? Em 1983, a CMTC – Companhia Municipal de Transporte Coletivo, de São Paulo, colocou em circulação um monobloco O 362, da Mercedes-Benz,movido a metano. Em 1987, já eram 20 ônibus. Um dos locais de abastecimento dos ônibus, onde havia uma espécie de processadora do gás, era o lixão da região de Interlagos, na zona Sul de São Paulo. Nos anos de 1990, eram comuns na cidade ônibus a gás natural – GNV. Muitos monoblocos Mercedes-Benz O-364, O-365 e O-371 eram vistos pela cidade, também oper-ando pela CMTC. Algumas empresas particu-lares também operavam com estes ônibus a gás. Depois da privatização da CMTC, entre 1993 e 1994, alguns destes ônibus circulavam pela CCTC – Cooperativa Comunitária de Transportes Coletivos, em especial os O-371.Mas uma das queixas, na época, era a perda de força do ônibus em subidas ou mesmo quando estivesse mais lotado. A velocidade era de difícil retomada e as quebras eram constantes. Até hoje há uma resistência por parte de empresários e poder público quando assunto é ônibus a gás. O diretor de vendas de ônibus da Scania, Silvio Munhoz, diz que estes prob-lemas ficaram no passado. Hoje na Europa, uma parcela significativa de ônibus é a gás.Ele explica que está na tecnologia de queima do combustível e no abastecimento, a grande diferença para que hoje os ônibus a gás não tenham os mesmos problemas que ainda as-sustam empresários e poder público.“O que ocorreu com estes ônibus mais anti-gos era que eles tinham injeção mecânica. O que dá desempenho é a queima do metano. A fábrica, antigamente, fazia uma regulagem para o combustível, mas por diversos fatores, na hora da injeção, não vinha a quantidade de metano necessária para a queima. Já no siste-ma de injeção eletrônica, esta quantidade cor-reta é regulada na hora por softwares. Há son-das na entrada e na saída do gás que enviam a mensagem para o motor que corrige na hora a quantidade de metano a ser queimada. Além

Veículo teve ótimos resultados após testes na região Sul do país e agora serátestado em São Paulo. Conheça um pouco sobre essa nova tecnologia

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ABASTECIMENTO • Veículo de testes da Scania abastecendo

disso, a distribuição era por carretas. Nem todo o gás dos cilindros das carretas eram aproveitados e o tempo de abastecimento era muito longo. Hoje em três minutos você enche um tanque de ônibus com gás. Um ôni-bus a diesel demora de um minuto e meio a dois” – explica.

BIOMETANO PODE SER UMAMATRIZ ESTRATÉGICA BRASILEIRA O Bimetano produzido pela Sulgás, no Rio Grande do Sul, foi chamado pela em-presa e participantes do projeto de GNVerde. Ele hoje é testado na frota de veículos leves na Ecocitrus, Sulgás e Naturovos. Segundo a companhia que é de economia mista, com 51% das ações do estado do Rio Grande do Sul, e 49% da Gaspetro, da Petrobrás, o GN-Verde tem alto teor de metano, com 96,5%. A quantidade de CO2 é de 2%. Isso permite um maior aproveitamento energético, uma melhor queima e redução da poluição ainda maior, de acordo com a companhia. A empresa aguarda regulamentação da ANP para a comercialização do biometa-no, o que deve ser publicado nos próximos dias. Entre outros fatores, a ANP deve estip-ular parâmetros para a tarifa, além da carga tributária. A distribuição para o consumidor deve ser feita na mesma rede do GNV. Hoje, no Rio Grande do Sul, a Sulgás tem 805 quilômetros de dutos de distribuição. Com investimentos de R$ 250 milhões, esta rede deve chegar em 2018 a 1.400 quilômetros. Há também a distribuição por caminhões. “O gás natural hoje vem da Bolívia, passa pelo Mato Grosso do Sul e chega até o Rio Grande do Sul. A capacidade deste ga-soduto está chegando ao limite. O biometano é a alternativa para a maior demanda e para reduzirmos a dependência do gás bolivia-no. E fazemos isso sem depender de outros mercados, nós mesmos, de maneira muito simples fabricamos nosso combustível” – co-menta a diretora de planejamento da Sulgás, Jussimara Rolim. O diretor-presidente da empresa, Roberto Tejadas, diz que o biometano tem boas perspectivas em diversos segmentos da economia, mas no setor de transportes, é ne-cessário despertar o interesse dos frotistas. “A Sulgás acredita que o biometano vai ocupar uma fatia significativa do mercado do gás natural, ampliando nossa condição de suprir outros clientes que hoje não são aten-didos pelo gás natural. Existe ainda no trans-porte brasileiro uma vinculação forte ao die-sel, os veículos a diesel têm escala, portanto eles são comercialmente mais estabeleci-dos, mas eu acho que o apelo da sociedade, a necessidade de ter transporte respeitando elementos de equilíbrio ambiental vai pres-

sionar para que num curto espaço de tempo a gente tenha estes veículos aqui. A associação brasileira das distribuidoras de gás acredita que até o ano que vem teremos grandes frotis-tas aderindo a este combustível” – comentou Tejadas.

MEIO AMBIENTE, ECONOMIA,MOBILIDADE E SOCIAL Inicialmente, o biometano no trans-porte coletivo, de acordo com os especialistas que apresentaram os resultados dos testes, pode trazer vantagens em três pilares:- na destinação de resíduos, um dos grandes problemas na agricultura e nas cidades,-no transporte público com uma frota melhor, mais silenciosa e com custos menores de op-eração, o que pode refletir numa estabilidade das tarifas pagas pelo passageiro, já que boa parte dos custos no sistema é por causa do diesel,- no meio ambiente, melhorando a qualidade de vida nas cidades e diminuindo a emissão de materiais particulados. Mas os benefício podem ir além. O presidente da Ecocitrus, Fábio José Essweie, vê no biometano um elemento importante para o desenvolvimento da agri-cultura familiar “O biometano traz para nós uma questão de total sustentabilidade dentro do processo que a gente já tem de trabalho. Nós hoje temos combustível também para gerar energia elétrica para tocar nossas indústrias e também para a logística na agricultura, abastecendo os veículos particulares e os uti-lizados na lavoura. Para os sócios da Ecoc-itrus, que são pequenos agricultores, é uma questão importantíssima. Desenvolvemos um

trabalho no consócio pelo qual o agricultor já recebe os insumos de graça, vai receber o combustível praticamente de graça. Isso vai gerar uma receita maior para o agricultor. A questão dos resíduos também é resolvida com o aproveitamento do gás para o bimetano, pro-va disso é a Naturovos, cujo a destinação dos resíduos do animais se tornou de problema a algo vantajoso. A boa experiência vai valer também para criações de gado, suinocultura. Para se ter uma ideia, na nossa região, hoje temos um limite de produção porque não tem onde colocar os dejetos .” – relata o dirigente da cooperativa.

A PARTE TÉCNICA De uma maneira geral, a produção do biometano é considerada simples e de baixo custo pelos especialistas ouvidos na apresentação, sendo a matéria-prima, os pro-cessos e a mão-de-obra essencialmente na-cionais. O diretor da Usina de Composta-gem e Biogás da Ecocitrus, Albari Gelson Pedroso, diz que o bimetano é proveniente de uma matéria-prima gerada pela própria na-tureza e que é desperdiçada, podendo ter uma significativa gama de aplicações. Ele explica o caminho desta matéria desde a separação dos dejetos até o tanque de combustível do ônibus. “O processo de compostagem gera automaticamente uma série de emissões de gases. É claro que num processo aeróbico você tem preferencialmente no metabolismo a geração de CO2 e alguma coisa de meta-no em função deste próprio processo. Mas esta mesma matéria orgânica num ambiente anaeróbico gera CH4 e CO2. Assim, num

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tempo muito menor que processo aeróbico, que levaria 120 dias para ter o composto, num processo anaeróbico produzindo o gás, é possível fazer em 30 dias com melhor quali-dade e mais estável, com ganhos que podem colaborar com a viabilidade econômica do empreendimento. Inicialmente, numa central de compostagem recebe-se uma série de bio-massas de várias indústrias, como laticínios, agroindústria, que é o nosso caso, cervejarias, etc. Estes materiais adequados são direciona-dos para o processo de biogás, ou seja, é feita uma mistura, o processo vai definir a relação carbono/nitrogênio adequada, define uma concentração de sólido, ainda uma caracter-ística bombeável, e desse material respeita-se a condição de sólidos voláteis, ou seja, é aquilo que é possível transformar em gás. O ideal é que a matéria orgânica que eu coloco tenha alto índice de voláteis, isto é, no nosso caso, acima de 75%. Este material é tempo-rizado, a cada meia hora a um certo volume, os reatores são agitados, eles têm controle de temperatura. Estes reatores, um primário e um secundário, geram gás continuamente, porque na medida que a matéria orgânica está entrando começa hidrolisar até a fase final que é a metalogenese, ou seja, o processo é con-tínuo, gera gás o tempo todo. Se você deixar de alimentar o processo, as bactérias não têm comida e não produzem gás. Na medida que entra o dejeto, sai no final o mesmo volume só tirando a massa do biogás, dando origem a uma enorme gama de produtos para insumo agrícola, como composto orgânico, biofertili-zante. No caso do gás, eu teria biogás natu-ral do jeito que ele se encontra, que no nosso caso, operamos em torno de 70% de metano, e

nós geramos energia elétrica para o autocon-sumo. Há uma limpeza, tirando o gás sulfí-drico, e já dá para usar o gás como ele está, mas não para aplicações em veículos. Lemb-rando que o biogás é diferente do biometano. O biogás é simplesmente o que é gerado no reator. A retirada do gás sulfídrico deve ser trabalhada desde o início do processo, inclu-sive na formação inicial da mistura de vários resíduos já tem de tomar cuidado adequado, protegendo o meio ambiente, com catalisador para esta retirada. Com o biogás, você já gera a energia dos equipamentos que vão purificar o gás, que nada mais é do que separar os gas-es, tira o CO2 de um lado e deixa o metano

PASSADO • Antigamente, boa parte dos abastecimentos era demorada e dependia de carretas especiais com cilindros. Hoje em dia, abastecimento por bombas é mais simples e rápido

do outro. Comprime-se esta gás a 220 quilos de pressão e você abastece os veículos nesta condição de pressão. É uma pressão alta para ter confinada uma quantidade suficiente para ter uma autonomia tranquiliamente superior a 200 quilômetros por tanque de gás” – detalha o especialista. Pode haver geração de poluição na produção do gás, mas a redução das emissões nos veículos é maior, segundo os técnicos. É possível também extrair biometa-no de resíduos urbanos, mas eles possuem uma quantidade de substâncias agressivas que exigem um processo de purificação do biogás mais complexo e mais caro.

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REVISTAINTERBUSSFÁBIO TAKAHASHI TANNIGUCHICIA. CARRIS PORTO-ALEGRENSE • PORTO ALEGRE/RS

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• Do Site da Transpo [email protected]

Robert Bosch fecha a compra de toda a ZF

O acordo anunciado em setembro de 2014, em que o Grupo Bosch compraria os 50% pertencentes à ZF Friedrichshafen AG na joint venture ZF Lenksysteme Gmbh (ZFLS) foi finalmente concluído em 30 de ja-neiro de 2015. Dessa forma, a Bosch assume integralmente o controle da empresa, que passa a se chamar Robert Bosch Automo-tive Steering GmbH, estabelecida como uma nova divisão do grupo que produzirá sistemas de direção para veículos de passeio e comer-ciais. ZFLS – Durante o IAA Commercial Vehicles 2014, em Hannover, a ZFLS lançou

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o sistema Servotwin de direção para veículos comerciais, sendo o primeiro passo para ele-trificação da direção em veículos comerciais. A introdução da direção elétrica hidráulica em veículos comerciais abre o caminho para a introdução de sistemas de assistência ao condutor neste segmento. Dessa forma, os clientes da Bosch irão se beneficiar com o aumento da gama de produtos, que agora inclui sistemas de di-reção. O foco principal das atividades de Pes-quisa & Desenvolvimento (P&D) da ZFLS é a criação de redes de componentes em siste-mas completos controlados por software. Um exemplo prático de uma tecnologia que che-gou ao mercado europeu é um sistema que

permite que um carro ligado a um reboque seja manobrado de fora do veículo por meio de um smartphone. O desenvolvimento do sistema de direção elétrica hidráulica Servo-twin para veículos comerciais permite fazer que este sistema opere em caminhões com mais de 40 toneladas métricas de volume, sendo que este protótipo foi apresentado no IAA 2014. Cerca de 1.400 colaboradores da nova divisão de negócios trabalham na en-genharia, ou seja, um a cada dez. Em 2013, a empresa investiu cerca de 238 milhões de eu-ros em pesquisa e desenvolvimento. Desde a sua fundação, há 15 anos, a empresa registrou cerca de 750 patentes.

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Novo Doblò começa a servendido em toda a Europa Após apresentação oficial no IAA Commercial Vehicles 2014, em setembro, na Alemanha, a quarta geração do Doblò Cargo foi finalmente lançada pela Fiat na Europa. Com novo design externo e novo layout in-terno, o comercial leve oferece um habitáculo mais silencioso para o motorista e os dois aju-dantes que podem ocupar o banco duplo de passageiros. Destaca-se no novo Doblò a res-posta de torque, até 40% mais eficiente em relação à geração anterior. O modelo pode ser equipado com a nova versão EcoJet, com os motores Multijet II 1.3 e 90 cv ou Multijet II 1.6 e 105 cv, que apresenta uma redução de até 15% no consumo de combustível, ficando ainda mais econômico. Ao todo, serão seis opções de motores turbodiesel e três a gaso-lina. Ao todo, a Fiat apresenta quatro

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versões diferentes para o modelo: Cargo, Combi, Truck e Flatbed. Como as gerações anteriores, o novo Doblò Cargo é fabricado

na na planta de Bursa, em Tofas, na Turquia, uma das melhores zonas industriais automo-tivos do mundo.

• Do Site da Transpo [email protected]

Agro Merchants compra a chilena Icestar A empresa AGRO Merchants Group, que atua no fornecimento de soluções de logística com temperatura controlada, ad-quiriu a empresa Icestar da capital chilena, Santiago. A Icestar foi criada pelo Frigorífico Andino S.A, grupo fundado em 1999 e ad-quirido pelos sócios Kurt Reichhard e Pedro Lizama no ano 2000, que transformaram a Ic-estar na companhia líder de armazenamento a frio no mercado local. “Ter a visão estratégica, experiência operacional e cobertura mundial do AGRO Merchants Group, junto com a parceria fi-nanceira do Oaktree Capital Management são fatores que irão permitir que a Icestar tenha uma acelerada e significativa expansão no setor de armazenamento a frio” disse Kurt Reichhard, presidente do Conselho da Icestar. “Vamos agregar novos serviços ao nosso portfólio, melhorar os processos de trabalho, trazer as novas tecnologias já usa-das pela AGRO Merchants em outros países e ampliar os recursos das atividades que já fazemos. Em resumo, vamos oferecer muitos

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benefícios novos e mais eficiência para os nossos clientes”, completou Pedro Lizama, CEO da Icestar. Para Neal Rider, CEO Global do AGRO Merchants Group, “a aquisição da Icestar é essencial para nossa rede logística global. O Chile é um importante exportador

de produtos refrigerados e congelados para o mundo e a integração de uma empresa local líder de mercado ao grupo AGRO Merchants irá beneficiar nossos clientes nos Estados Unidos e Europa, que importam e exportam para a região”, justificou. “Com esta aquisição no Chile va-mos dar um segundo passo importante para a nossa expansão na América Latina, que começou no final do ano passado com a nos-sa parceria com a líder do setor no Brasil, a Comfrio Soluções Logísticas. A aquisição da Icestar agora nos coloca entre as dez maiores empresas de logística com temperatura con-trolada na região”, explicou David Palfenier, presidente do AGRO Merchants Group para a América Latina. “A Icestar terá acesso a todas as inovações das empresas do AGRO Mer-chants Group no mundo, o que trará inúmeros benefícios para seus clientes no Chile, que são importadores, exportadores, fornecedores e grandes varejistas”, finalizou. O AGRO Merchants Group já real-izou doze aquisições no mundo junto com a Oaktree Capital Management, desde o início de suas operações, em janeiro de 2013.

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D E U N A I M P R E N S A

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• Do Site da Transpo [email protected]

Indiana Mahindra repensa suas operações no Brasil

Preocupada com o seu desempenho no Brasil e o andamento da economia nacio-nal, a montadora indiana Mahindra irá se re-posicionar no mercado nacional. Para isso, a empresa irá paralisar grande parte de sua op-eração no país justamente para repensar a sua estratégia comercial. Dessa forma, pode-se esperar o re-

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posicionamento dos preços de seus veículos, possível aumento do portfólio para o mercado nacional, além da provável troca de algumas cabeças importantes da montadora no Brasil para o futuro. Com fábrica instalada no Amazonas, a Manhindra emplacou apenas 603 veículos comerciais leves durante todo o ano de 2014, segmento em que é mais forte e está presente com a linha Pick Up nas versões cabine dupla

e cabine simples chassi cabine. Também está sendo montado no Brasil o sofisticado SUV M.O.V. da marca, lançado no final do ano passado. O período sabático já começou, mas ainda não tem data para acabar. De acordo com representantes da montadora no Brasil, a expectativa é de que a marca retorne com mais força e conquiste maior confiança do mercado. É esperar para ver.

• Do Site da Transpo [email protected]

O exame toxicológico obrigatórioTranspoOnline

Como forma de tornar o trânsito mais seguro, os motoristas que forem adicionar ou renovar a CNH (Carteira Nacional de Habili-tação) para as categorias C, D ou E deverão se submeter a exame toxicológico a partir de 30 de abril de 2015. O prazo para o início desse tipo de avaliação estava previsto para o dia 1º de março de 2015, porém foi adiado para que novos laboratórios possam se credenciar ao Denatran (Departamento Nacional de Trân-sito). O uso de drogas por parte dos motor-istas de caminhões é, normalmente, justificado para mantê-los acordados e em alerta por lon-gos períodos de trabalho, que extrapolam em muito a jornada regulamentada pela conhecida Lei do Descanso. Além do vício, o uso contín-uo de drogas altera a capacidade de percepção do usuário, bem como o período de transição para a “sobriedade” pode provocar um sono

repentino, resultando em consequências de-sastrosas para o próprio motorista e possíveis outras vítimas em eventual um acidente. O objetivo do exame será identificar o uso de substâncias psicoativas no organismo do motorista e oferecer mais segurança no trânsito em relação ao transporte de cargas e vidas. Obrigatório, o exame custará entre de R$ 270 a R$ 290. O Contran informa que o teste poderá ser feito através de fio de cabelo

ou pelas unhas, permitindo a identificação de várias drogas e seus derivados, tais como cocaína, maconha, morfina, heroína, ecstasy, ópio, codeína, anfetamina e metanfetamina (rebite). O exame é capaz de detectar substân-cias usadas em um período de tempo de três meses. É importante frisar que a constata-ção da substância psicoativa não significa, necessariamente, o uso ilícito ou dependência química por parte do condutor, considerando que existem medicamentos dotados em sua composição de substâncias que são detecta-das pelo exame. Sendo assim, a quantidade e a duração do uso identificadas no exame de-verão ser submetidas à avaliação médica em clínica credenciada, que emitirá um laudo final de aptidão do candidato a condutor. O Contran garante ao motorista o anonimato, o conhe-cimento antecipado do resultado e sua decisão sobre a continuidade ou não dos procedimen-tos de habilitação profissional.

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A troca de comando da Petrobrás, a maior empresa de capital aberto do Brasil, e uma das maiores do mundo, suscita diversas questões, e uma delas está relacionada às in-formações que toda empresa de capital aberto deve fornecer ao mercado acionário. A divul-gação destas informações, no Brasil, é admin-istrada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), particularmente através de um de seus órgãos, a Superintendência de Relações com Empresas (SEP). A Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da Comissão de Va-lores Mobiliários (CVM), autarquia respon-sável por acompanhar as empresas de capital aberto no Brasil, tem o objetivo de orientar todas as empresas de capital aberto tanto so-bre os procedimentos principais que devem ser observados no envio de informações periódicas e eventuais, quanto sobre inter-pretações dadas pelo Colegiado da CVM e por sua área técnica. A intenção com estas providências é a de aumentar a transparência e garantir o bom funcionamento do mercado acionário brasileiro. Com isto a SEP/CVM fomenta a divulgação das informações societárias de forma coerente com as melhores práticas de governança corporativa, visando à transpar-ência e à equidade no relacionamento com os investidores e o mercado. Estes procedimentos devem ser seguidos por todas as empresas de capital ab-erto e são acompanhadas de perto pela CVM. Estes procedimentos visam evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de de-manda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado; assegurar a ob-servância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; estimu-lar a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a expan-são e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. Visam também o desen-volvimento de uma alternativa importante de captação de recursos pelas empresas, de baixo custo, desenvolvendo alternativas para os poupadores domésticos. Promovem o de-

• Do Site da Transpo [email protected]

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Divulgação Volvo

Artigo: A necessidade de transparência na Petrobras

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senvolvimento da atividade econômica do país. Além disso, entre outras vantagens, absorve uma mão de obra de boa qualidade em todas estas empresas. Apesar de ter publicado os dados do terceiro trimestre de 2014, a Petrobras continua em dívida com a CVM. As regras brasileiras determinam que os números de-vem ser auditados por uma empresa indepen-dente. Sem a assinatura, ou seja, sem o aval da auditoria independente PricewaterhouseC-oopers – PwC – que é a empresa independen-te escolhida pela empresa, as demonstrações financeiras formam um conjunto de informa-ções sem valor. A SEP/CVM, dentro de suas fun-ções e obrigações, abriu um processo para analisar informações da companhia. O que está sendo pedido é apenas a manutenção da transparência legal e da normalização sobre o balanço que foi apresentado com dois meses de atraso. A SEP/CVM questiona a exclusão dos R$88,6 bilhões em ativos da Petrobrás, e que estão superavaliados e também questiona outros valores no âmbito da Operação Lava Jato, envolvendo 23 empresas, e que con-forme a ex-presidente Graça Foster pode ser superior a R$4 Bilhões, provavelmente refer-ente a pagamentos irregulares da fornecedora holandesa SBM Offshore. O inquérito corre em sigilo, sem a identificação de nomes pois

o conceito legal é o de aprofundar as investi-gações para estabelecer pareceres legais mais consistentes. A SEP/CVM também continua con-duzindo outros processos para analisar os fa-tos recentes como a política de preços adotada pela estatal e possíveis outras irregularidades não reportadas de forma transparente em seus balanços ou em informações corporativas rel-evantes. Como consequência, alguns es-critórios de advocacia nos Estados Unidos es-tão movendo diversas ações sobre a empresa. O momento é delicado, particular-mente se adicionarmos ao conjunto de fatos a necessidade de que o próximo presidente da Petrobrás deverá ter de auditar os balanços da empresa, atuar com firmeza em um mercado doméstico em que os preços do mercado in-ternacional do petróleo estarão em baixa- em movimento contrário ao do Brasil que estará em alta- colaborar na política de combate à inflação, auxiliar os programas de investi-mento do Brasil, participar da operação Lava Jato e recuperar a confiança na empresa junto aos investidores nacionais e internacionais.

*Agostinho Pascalicchio é professor de en-genharia econômica na Universidade Presbi-teriana Mackenzie.

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R E D E S O C I A LTop 3 do OCD Holding no Facebook - Diego Almeida Araujo

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SERPUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

SÉRGIO CARVALHOComil Svelt0 Scania K270IB - Consórcio SorocabaPublicada no perfil pessoal do autor

O “chefão” do OCD Holding, um dos maiores colecionadores do país, Diego Almeida Araujo voltou a “provocar” seus seguidores com fotos de seu vasto acervo. Na semana passada, foram publicadas, entre outras, fotos feitas nacidade do Rio de Janeiro, entre elas: G6 da Util, Jum Buss da Sampaio e Jum Buss da Itapemirim. Parabéns pelo ótimo acervo!

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O SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

1º • Aumento dastarifas públicas

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

Os aumentos generalizados causadospela desastrosa equipe do governofederal ainda está dando o que falarnas redes sociais e nos sites especializados.Na semana passada, vários comentáriosligados à onda de aumentos, sobretudopor conta do aumento das tarifas dotransporte público em diversas cidadessurgiram nas redes sociais. O assuntoainda parece que deverá render muitoscomentários, sobretudo por conta doreajuste que ainda será aplicado emoutras cidades.

2º • Queda nasproduçõesA queda na produção de ônibus tambémdeu o que falar nas redes sociais e nossites especializados. Uma aparenteparalisação do mercado, até pelofato da restrição ao crédito, maiornas últimas semanas, gerou várioscomentários, concomitantemente aoutros assuntos relacionados às políticasmacroeconômicas do governo federal.

O “chefão” do OCD Holding, um dos maiores colecionadores do país, Diego Almeida Araujo voltou a “provocar” seus seguidores com fotos de seu vasto acervo. Na semana passada, foram publicadas, entre outras, fotos feitas nacidade do Rio de Janeiro, entre elas: G6 da Util, Jum Buss da Sampaio e Jum Buss da Itapemirim. Parabéns pelo ótimo acervo!

Foto da GaleraBLOG PONTO DE ÔNIBUS E REVISTA IN BUS COM NENÊ CONSTANTINO EMEVENTO NA SEDE DO GRUPO

Na foto acima, os jornalistas Adamo Bazani e Hélio ladeiam o empresárioNenê Constantino em evento reservado.

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NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

O ano começou com números nega-tivos nos emplacamentos de ônibus, de acor-do com a Fenabrave - Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Segundo a entidade, que divulgou o balanço do mês de janeiro nesta segunda-feira, dia 02 de fevereiro de 2015, em relação a dezembro, a queda nas vendas de ônibus foi de 18,65%. Em janeiro, foram emplaca-dos 2.229 veículos de transporte coletivo de passageiros ante 2.740 de dezembro. Já na comparação com janeiro de 2014, neste ano, o primeiro mês acumulou alta de 4,16%. Na ocasião, foram emplacadas 2.140 unidades. Apesar de os números ainda não serem animadores, o mercado de ônibus tra-balha com um cenário menos pessimista que a realidade do ano passado, quando, ainda de acordo com a Fenabrave houve queda de 12,79% nos emplacamentos na comparação com 2013. O otimismo se dá porque em algum momento, as empresas vão ter de renovar com mais intensidade a frota. Janeiro também costuma ser um mês mais fraco. Além disso,

No entanto, perspectivas são positivas em relação a 2014, que registrou perdas significativas

Vendas de ônibus começam o ano em queda

licitações de grande porte, como do sistema urbano municipal de São Paulo, finalmente devem sair. A renovação da frota de ônibus rodoviários deve também ser mais significa-tiva com a definição aguardada para este ano da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres quanto à concessão individual de linhas de interestaduais e internacionais. Des-de 2008, o governo federal tentou fazer uma licitação dividindo o sistema em 54 lotes e 18 grupos, o que não agradou os empresários que resistiram. Após queda de braço tanto na mídia como nos tribunais, o governo federal recuou e decidiu fazer um modelo que satis-fizesse melhor o mercado. As dúvidas para este ano são em relação mais uma vez à postura do poder público. As obras de mobilidade prometidas para a Copa de Mundo de 2014 seguem em ritmo menor do que o aguardado pelos frotis-tas e por todos os contribuintes que esperam um transporte público melhor. A macroeco-nomia também gera desconfiança de todos os setores. A inflação não está sob controle, o crescimento deve continuar baixo, a carga

tributária deve aumentar, os custos com in-sumos, energia e combustível também e o nível de emprego não está totalmente garan-tido.

MARCAS Em relação às fabricantes, a Mer-cedes-Benz e MAN/Volkswagen ocupam, re-spectivamente, a primeira e segunda posição como vem ocorrendo há anos:1º Mercedes-Benz - 1.093 ônibus - 49,04% de participação no mercado.2º MAN/Volkswagen - 547 ônibus 24,54% de participação no mercado.3º Marcopolo (miniônibus Volare) – 281 veículos - 12,61% de participação no mer-cado.4º Volvo- 131 ônibus - 5,88% de participação no mercado.5º Agrale- 72 veículos - 3,23% de participa-ção no mercado.6º Iveco- 71 veículos - 3,19% de participação no mercado.7º Scania- 21 ônibus - 0,94% de participação no mercado.

QUEDA • Vendas de ônibus começam em queda, mas há estimativa de recuperação em relação a 2014. Foto: Adamo Bazani.

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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse neste domingo, dia 1º de fever-eiro de 2015, que a cidade vai ter um sistema de transportes baseado na concorrência e não mais no modelo que chamou de “patrimoni-alista”. “O que estamos tentando garantir não é um capitalismo patrimonial, mas um capitalismo concorrencial. Acho que essa é a mudança de paradigma. Nosso capitalismo é muito patrimonialista, pouco inovador, pou-co competitivo. Esse é o conceito clássico da ciência política. É um capitalismo patrimoni-alista”, disse Haddad ao se referir à licitação que vai ser lançada ainda neste semestre. O prefeito disse que o edital vai ser elaborado para estimular a entrada de novos grupos, inclusive internacionais, no sistema. Hoje a maior parte das linhas op-eradas no sistema estrutural, das empresas, é concentrada nas mãos de poucas famílias, como de José Ruas Vaz, Belarmino de As-cenção Marta, Abreu, Saraiva. Sobre a proposta de “estatização” das garagens, o prefeito declarou neste do-mingo que o objetivo é desvincular a presta-ção de serviços da posse de terrenos e que as garagens não podem estar ao “bel prazer” dos empresários. “Hoje em São Paulo eu diria a você que é impossível conseguir um terreno (para construção de garagens de ônibus). Não tem problema a garagem ser até concedida, mas ela não pode ficar ao bel prazer do em-presário, que pode vender para um empreen-dimento imobiliário. Isso é que não dá mais para conviver, é muito risco para o sistema ... Quem tem acesso a terra e ao Estado tem tudo, e não pode ser assim. Temos que mu-dar de paradigma, e entrar na era de um capi-talismo concorrencial, em que o empresário faz jus a uma taxa de retorno, mas dentro das regras de mercado, e não com privilégios in-devidos” – afirmou Haddad que ainda disse que nesta semana vai ser publicada a portaria que torna os terrenos e construções das gara-gens imóveis de utilidade pública para fins de desapropriação. Todo o processo de tomada das ga-ragens pela prefeitura deve durar cinco anos e a prefeitura ainda não calculou os custos das indenizações que serão pagas às empresas de ônibus.

BACIAS E MEDIDAS PODEM FORTALECER AINDA MAIS OS ATUAIS EMPRESÁRIOS

Prefeito afirma querer serviços de ônibus menos “patrimonialistas” e mais concorrenciais.Medida, no entanto, pode acabar beneficiando os atuais detentores das empresas

Haddad diz que garagens não podem estarmais ao “bel prazer” dos empresários

A atual divisão de oito áreas opera-cionais também deve acabar. No lugar delas, serão criadas bacias onde vão operar várias empresas reunidas em SPE – Sociedades de Propósito Específico. Cada bacia, no entanto, será operada por uma SPE. Hoje, cada área é operada por pelo menos uma empresa e uma cooperativa. As cooperativas vão acabar e muitas já estão se tornando empresas. Se a ideia é aumentar a concorrência com mais empresas na SPE, o conceito de ba-cia pode ter o efeito oposto e concentrar mais ainda o sistema se estas sociedades forem for-madas por empresas de um mesmo grupo ou

de empreendedores coligados. A desapropriação das garagens pode ser até um bom negócio para os empresários de ônibus que atuam hoje no sistema. Eles vão ser “indenizados” por um imóvel que, como qualquer outro bem, é exposto às variações de mercado, e ainda assim pode continuar no sistema. O que é difícil de acreditar é que a atuação dos donos de empresas de ônibus já estabelecidos na cidade deixe de continuar. E tem mais, na “pior” das hipóteses para alguns dos atuais empresários, se eles não continuarem no sistema, já têm um com-prador certo de seus imóveis.

ÔNBUS EM SÃO PAULO • Haddad diz que garagens não podem mais ficar “ao bel prazer” os empresários. Manobra, entretanto, pode beneficiar os atuais empresários. Foto: Adamo Bazani

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A S F O T O S D A S E M A N ASem Fronteiras • www.semfronteirasfotos.com.br

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RAYLLANDER ALMEIDABusscar Jum Buss 360 Scania K420 • São Cristovão

JOÃO VICTORMarcopolo Paradiso G7 1200 Volvo B12R • Cantelle

RAYLLANDER ALMEIDACaio Solar Foz Volksbus 17 230 EOD • Tocantins

RAYLLANDER ALMEIDAMascarello Gran Metro MBB O-500MA • Pioneira

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Sem Fronteiras • www.semfronteirasfotos.com

RAYLLANDER ALMEIDAMarcopolo Paradiso G6 1550LD Volvo B12R • Expresso São Luiz

RAFAEL CALDASComil Galleggiante 3.60 Volvo B10M • Nacional Expresso

JOÃO VICTORComil Campione 3.45 Volksbus 17 210 EOD • Aparecida

RAYLLANDER ALMEIDAMarcopolo Paradiso G6 1350 Volvo B12R • Cantelle

RAFAEL CALDASMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD • Guanabara

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Usuários das linhas da Viação Miracatiba continuam reclamando dos constantes problemas de operação

E os problemas continuam... Há meses a Viação Miracatiba, que opera linhas da área 1 da EMTU – que abrange os municípios de Cotia, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista – está sendo muito cobrada pelos seus usuários com rela-ção à qualidade da operação de suas linhas. As queixas a respeito dos grandes intervalos, veículos superlotados e do mau atendimento por parte dos operadores são constantes e em grande número. Sites como o “Jornal na Net” e “A Notícia em Questão” recebem queixas frequentes do mau atendi-mento da empresa. Em fóruns de discussão na internet as queixas também se repetem. Por ser mod-erador de um fórum no Facebook, que leva o nome da empresa – mas que não tem ne-nhum vínculo com ela – e é específico para o debate da operação desta e a perpetuação da história do transporte na região, recebi uma mensagem privada da sra. Consolação Santos Oliveira, que abaixo reproduzo: “Boa tarde. Desculpe o encomodo mais vi que vc administra o grupo da mira-catiba provavel é funcionario, pois bem es-tou indignada com os serviços prestados pela mesma, todos os dias os coletivos são super lotados, motoristas que não te respeito, esses dias um motorista da miracatiba jogou minha filha com uma criança de 11 meses pra fora do bus depois de arrancar o bus, desculpa es-tava com pressa. Nós moradores nao aguenta-mos mais viver com essas situações, ja envia-mos denuncias a emtu, emissoras de televisao e parece que os serviços piora cada vez mais. hoje mesmo uma mulher chegou a desmaiar na linha 030 por causa da super lotação e o execesso de calor, os operadores como sem-pre nao fizeram nada, motorista com fones de ouvidos e o cobrador so dava risada da situação. hoje pela manhã um coletivo deles estava com o banco pra dificiente quebrado e o coletivo todo sem o parachoque de trás, só conseguir fotografar o banco por está com-pressa. Desculpe-me o encomodo mais pagar umas passagens caras dessas pra viver nessas situações é deplorável. Agradecida demais pela atenção.” Em anexo, a sra. Consolação tam-bém nos encaminhou a foto – que ilustra este texto – do banco retrátil, que fica junto ao box do cadeirante, com o assento quebrado – algo que pode até ser passível de multa em caso de fiscalização. Mas essa é apenas uma das ocor-rências. Quem usa os veículos da empresa em seu dia a dia, vê, mesmo nos carros mais novos da empresa ainda bancos pichados, as

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

caixa sobre as portas cheias de poeira, veícu-los sujos e bancos encardidos... Enfim, uma série de flagrantes que poderiam custar muito a empresa caso a EMTU tivesse um sistema de fiscalização eficiente. A 030 – A 030 é a linha 030TRO Itapecerica da Serra/Valo Velho-Juquitiba/Barnabés, a linha mais longa da empresa, que liga o Valo Velho, bairro que fica na di-visa de Itapecerica da Serra com São Paulo à Juquitiba, último município antes a sudoeste da Grande São Paulo, passando por São Lou-renço da Serra. São quase 70km de viagem completados em cerca de duas horas de via-gem. E nessas duas horas, o sobe-e-desce é frequente. Essa linha é a única linha urbana com boa frequência que liga Juquitiba às proximidades de São Paulo. E por ser a única nesse trecho, o sobe e desce é frequente e a lotação é constante. Há outra linha, a 808TRO Itapeceri-ca da Serra/Valo Velho-Juquitiba/Justinos. Mas essa linha só opera em horários especí-ficos, assim como os atendimentos da 030. Ou seja, refrescam pouco o sufoco diário dos usuários da linha. Filas – Outro flagrante são as imen-sas linhas nos pontos terminais de algumas linhas. No pico da tarde, em Pinheiros ou no Metrô Capão Redondo pode-se ver facilmente duas, três, quatro filas de embarque nos pon-tos das linhas como a 032 Pinheiros-Parque Paraíso, 001 Metrô Capão Redondo-Parque

Paraíso e 193 Metrô Capão Redondo-Embu das Artes/Jardim Santa Tereza. Para quem pega os ônibus da em-presa no meio do caminho, a situação também não é das mais confortáveis. Em corredores, quando há uma fila de ônibus, muitas vezes os da Miracatiba passam direto deixando mui-tos passageiros para trás. Isso pode ser facil-mente visto em linhas como a 395TRO Jardim das Oliveiras, 032TRO Itapecerica da Serra/Parque Paraíso e 124TRO Embu das Artes/Jd. Santo Eduardo. Em outros casos, como no da 032TRO e da 030TRO, o dificil é entrar uma vez que os veículos quase sempre já chegam lotados. É visível que o tipo de veículo – con-vencionais de 12m e 12,8m – não atendem mais às necessidades dos passageiros. Para resolver essa situação, a EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Ur-banos – que é a gerenciadora do sistema pre-cisa ser mais incisiva em suas fiscalizações e cobrar melhorias da empresa. Da mesma forma, as Prefeituras envolvidas também precisam cobrar da EMTU uma fiscalização mais constante, uma vez que ele possibilita que os moradores tragam divisas para o seu município. E, da nossa parte, além de contin-uar reclamando oficialmente, devemos con-tinuar publicando, flagrando e repassando os abusos. A propagação dessas notícias podem servir de pressão para que as melhorias futu-ras aconteçam sem deixar a impressão de que tudo está perfeito e maravilhoso.

ÔNIBUS COM O BANCO QUEBRADO • Algo comum em carros da Viação Miracatiba (Foto: Consolação Santos Oliveira)

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