Revisaço DICAS-

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    Ada 23

    Auditoria

    Anivaldo Jos

    DicAs

    1. AuDitoriA internA; normA: nBc ti 01

    Principais pontos acerca de auditoria interna.

    A auditoria interna, por sua vez, aquela execu-tada pela prpria organizao, com o objetivo degarantir o atendimento de seus objetivos institu-cionais, por meio da avaliao contnua de seusprocedimentos e controles internos.

    A auditoria interna unciona como um rgo deassessoramento da administrao, e seu objetivo auxiliar no desempenho das unes e respon-sabilidades da administrao, ornecendo-lhes

    anlises, apreciaes, e recomendaes. Percebam que o auditor interno trabalha de or-

    ma muito mais ativa do que o externo. Enquantoo externo est preocupado em identicar se halhas e qual a extenso destas, o auditor temo objetivo de desenvolver mecanismos que as-sistam administrao na busca da correo deraudes e erros.

    Na auditoria independente, o objetivo a emis-so da opinio sobre as demonstraes cont-beis, destinado, principalmente, ao pblico exter-no (acionistas, credores, sco etc.). J na auditoria

    interna, o objetivo a elaborao de um relatrioque comunique os trabalhos realizados, as con-cluses obtidas e as recomendaes e providn-cias a serem tomadas.

    O auditor interno, na maior parte das vezes un-cionrio da empresa. Porm, tal trabalho tambmpode ser desenvolvido por rmas de auditoria.Mesmo se or um agente externo, a subordina-o aqui existe. No assim quando se trata deauditoria externa, pois esta independente dequalquer vnculo empregatcio com a entidadeauditada.

    A auditoria interna deve ser subordinada somen-te alta administrao para que seu trabalho noque parcial e viciado.

    O trabalho do auditor, via de regra, permanentedentro da organizao. Isso az com que ele pos-sa ter mais tempo na anlise dos atos ocorridosna organizao. Assim, trabalha com um volumede testes bem superior ao do auditor indepen-dente.

    A auditoria interna tem seu campo de trabalhodirecionado auditoria contbil e operacional. Ja externa se preocupa apenas com a contbil.

    Auditoria interna tem sua maior preocupao emassistir administrao. A externa est ocada ememitir relatrio das demonstraes contbeis.

    2. AuDitoriA no setor pBlico eDerAl: estetpico comentAr os temAs AcercA DA Au-DitoriA existente pArA o setor puBlico ouque, De ormA relexA, se relAcionAm comeste Assunto.

    Regimento institucional do Senado Federal.

    adad

    Comprovar a legalidade e legitimidade e avaliaros resultados, quanto economicidade, ecin-cia e eccia da gesto oramentria, nanceira epatrimonial nas unidades da administrao diretae entidades supervisionadas da administrao e-deral, bem como a aplicao de recursos pblicospor entidades de direito privado.

    Dar suporte ao exerccio pleno da superviso mi-nisterial, atravs das seguintes atividades bsicas:

    1. Examinar a observncia da legislao ederal es-pecca e normas correlatas;

    2. Avaliar a execuo dos programas de governo,dos contratos, convnios, acordos, ajustes e ou-tros instrumentos congneres;

    3. Observar o cumprimento, pelos rgos e entida-des, dos princpios undamentais de planejamen-to, coordenao, descentralizao, delegao decompetncia e controle;

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    4. Avaliar o desempenho administrativo e operacio-nal das unidades da administrao direta e enti-dades supervisionadas;

    5. Vericar o controle e a utilizao dos bens e va-

    lores sob uso e guarda dos administradores ougestores;

    6. Examinar e avaliar as transerncias e a aplicaodos recursos oramentrios e nanceiros das uni-dades da administrao direta e entidades super-visionadas; e

    7. Vericar e avaliar os sistemas de inormaes e autilizao dos recursos computacionais das uni-dades da administrao direta e entidades super-visionadas.

    Percebam que as principais nalidades da audi-toria governamental esto ligadas conrmao

    do bom uso do dinheiro pblico. A preocupaoaqui se h uma gesto eciente com a velhamxima: tentar conseguir o mximo resultadocom o menor volume de recursos.

    objv oaada Ada Gvaa

    Examinar a regularidade e avaliar a ecincia dagesto administrativa e dos resultados alcana-dos.

    Apresentar subsdios para o apereioamentodos procedimentos administrativos e controles

    internos das unidades da administrao direta eentidades supervisionadas.

    Constituem objeto do exame de auditoria:

    1. Os sistemas administrativo e operacional de con-trole interno utilizados na gesto oramentria,nanceira e patrimonial;

    2. A execuo dos planos, programas, projetos e ati-vidades que envolvam recursos pblicos;

    3. A aplicao dos recursos transeridos pelo Tesou-ro Nacional a entidades pblicas ou privadas;

    4. Os contratos rmados por gestores pblicos com

    entidades privadas para prestao de servios,execuo de obras e ornecimento de materiais;

    5. Os processos de licitao, sua dispensa ou inexi-gibilidade;

    6. Os instrumentos e sistemas de guarda e conser-vao dos bens e do patrimnio sob responsa-bilidade das unidades da administrao direta eentidades supervisionadas;

    7. Os atos administrativos que resultem direitos eobrigaes para o Poder Pblico, em especial osrelacionados com a contratao de emprstimosinternos ou externos e com a concesso de avais;

    8. A arrecadao e a restituio de receitas detributos ederais; e

    9. Os sistemas eletrnicos de processamento dedados, suas entradas (inputs) e inormaes desada (outputs), objetivando constatar:

    segurana sica do ambiente e das instala-

    es do Centro de Processamento de Dados(CPD);

    segurana lgica e a condencialidade nossistemas (sotware) desenvolvidos em com-putadores de diversos portes;

    eccia dos servios prestados pela rea deinormtica;

    ecincia na utilizao dos diversos computa-dores (hardware) existentes na entidade; e

    vericao do cumprimento da legislaopertinente.

    Percebam que o oco aqui conrmar se as ati-vidades dos rgos e agentes pblicos so eitasdentro dos ditames da lei e baseada em prticasde boa gerencia. Busca-se, com os pontos cita-dos, a busca do melhor resultado para o cidado.

    Abaga d aa

    A abrangncia de atuao da auditoria inclui asatividades de gesto das unidades da administra-o direta, entidades supervisionadas, programasde trabalho, recursos e sistemas de controles ad-ministrativo, operacional e contbil.

    Esto sujeitos auditoria:1. Pessoas, nos dierentes nveis de responsabilida-

    de;

    2. Mediante tomada de contas:

    Os ordenadores de despesas das unidades daadministrao direta;

    Aqueles que arrecadarem, gerirem ou guar-darem dinheiros, valores e bens da Unio, ouque por eles respondam; e

    Aqueles que, estipendiados ou no peloscores pblicos, e que, por ao ou omisso,

    derem causa a perda, subtrao, extravio ouestrago de valores, bens e materiais da Uniopelos quais sejam responsveis.

    3. Mediante prestao de contas:

    Os dirigentes das entidades supervisionadasda administrao indireta;

    Os responsveis por entidades ou organiza-es, de direito pblico ou privado, que seutilizem de contribuies para ns sociais, re-cebam subvenes ou transerncias contado Tesouro.

    Unidades da administrao direta;

    Entidades supervisionadas da administraoindireta:

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    - Autarquias;

    - Empresas pblicas;

    - Sociedades de economia mista;

    - Fundaes pblicas;

    - Servios sociais autnomos;

    - Conselhos ederais de scalizao das pros-ses liberais;

    - Fundos especiais e undos setoriais de inves-timentos;

    - Empresas subsidirias, controladas, coli-gadas ou quaisquer outras de cujo capital opoder pblico tenha o controle direto ou indi-reto; e

    - Empresas supranacionais de cujo capitalsocial a Unio participe de orma direta ou

    indireta, nos termos de seus tratados consti-tutivos, inclusive em virtude de incorporaoao patrimnio pblico.

    - Recursos

    4. Todos os recursos originrios da lei oramentriaanual, de crditos adicionais, de operaes decrdito da Unio, assim como as receitas prpriase as aplicaes da administrao ederal direta ouindireta, inclusive undos especiais.

    5. Percebam que todos aqueles, mesmo que nohabitualmente e por prosso, usem e tenhamacesso a recursos pblicos esto abrangidos pelaauditoria governamental.

    a d ada gvaa

    1. Diretas quando realizadas com a utilizao deAnalistas de Finanas e Controle Auditor, comatribuio de auditoria, em exerccio nos rgosseccionais, regionais ou setoriais do sistema.

    2. Integradas quando realizadas por mais de umaunidade de auditoria do Sistema de Controle In-terno SCI.

    3. Compartilhadas quando realizadas com a uti-

    lizao de auditores de uma entidade para, emconjunto com Auditor do rgo seccional, regio-nal ou setorial, sob a coordenao do rgo sec-cional, desenvolverem trabalhos especcos naprpria entidade auditada ou numa terceira.

    4. Subsidirias quando realizadas pelas respecti-vas unidades de auditoria interna das entidadesem exame, sob a orientao do rgo seccional,regional ou setorial do Sistema.

    5. Indiretas quando realizadas por rmas ou em-presas privadas de auditoria, contratadas em ca-rter supletivo, devido a situaes excepcionais,para, sob a superviso do rgo seccional, regio-nal ou setorial do Sistema, eetuarem trabalhosem entidades ou projetos.

    t d Ada:

    Ada d G objetiva emitir opiniocom vistas a certicar a regularidade das con-tas, vericar a execuo de contratos, convnios,

    acordos ou ajustes, a probidade na aplicao dosdinheiros pblicos e na guarda ou administraode valores e outros bens da Unio ou a ela cona-dos, compreendendo, entre outros, os seguintesaspectos:

    1. Exame das peas que instruem os processos detomada ou prestao de contas;

    2. Exame da documentao comprobatria dosatos e atos administrativos;

    3. Vericao da existncia sica de bens e outrosvalores;

    4. Vericao da ecincia dos sistemas de contro-les administrativo e contbil; e

    5. Vericao do cumprimento da legislao perti-nente.

    Ada d pgaa objetiva acompanhar,examinar e avaliar a execuo de programas eprojetos governamentais especcos, bem comoa aplicao de recursos descentralizados, com-preendendo, entre outros, os seguintes aspectos:

    1. Anlise da realizao sico-nanceira em acedos objetivos e metas estabelecidos;

    2. Anlise dos demonstrativos e dos relatrios de

    acompanhamento produzidos com vistas ava-liao dos resultados alcanados e a ecinciagerencial;

    3. Vericao da documentao instrutiva e com-probatria, quanto propriedade dos gastos re-alizados; e

    4. Anlise da adequao dos instrumentos de ges-to contratos, convnios, acordos, ajustes e ou-tros congneres para consecuo dos planos,programas, projetos e atividades desenvolvidaspelo gestor, inclusive quanto legalidade e dire-trizes estabelecidas.

    Ada oaa atua nas reas inter-re-lacionadas do rgo/entidade, avaliando a ec-cia dos seus resultados em relao aos recursosmateriais, humanos e tecnolgicos disponveis,bem como a economicidade e ecincia dos con-troles internos existentes para a gesto dos re-cursos pblicos. Sua losoa de abordagem dosatos de apoio, pela avaliao do atendimentos diretrizes e normas, bem como pela apresenta-o de sugestes para seu aprimoramento.

    Ada cb a tcnica que, utilizada noexame dos registros e documentos e na coleta deinormaes e conrmaes, mediante procedi-mentos especcos, pertinentes ao controle dopatrimnio de um rgo ou entidade, objetiva

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    obter elementos comprobatrios sucientes quepermitam opinar se os registros contbeis orameetuados de acordo com os princpios unda-mentais de contabilidade e se as demonstraes

    deles originrias reetem, adequadamente, a si-tuao econmico-nanceira do patrimnio, osresultados do perodo administrativo examinadoe as demais situaes nelas demonstradas.

    Ada d sa objetiva assegurar aadequao, privacidade dos dados e inormaesoriundas dos sistemas eletrnicos de processa-mento de dados, observando as diretrizes esta-belecidas e a legislao especca.

    Ada ea objetiva o exame de atosou situaes consideradas relevantes, de nature-za incomum ou extraordinria, sendo realizadaspara atender determinao do Presidente da Re-

    pblica, Ministros de Estado ou por solicitao deoutras autoridades.

    na ava d aba

    O auditor governamental, no exerccio de suasunes, ter livre acesso a todas as dependn-cias do rgo ou entidade auditada, assim comoa documentos, valores e livros consideradosindispensveis ao cumprimento de suas atribui-es, no lhe podendo ser sonegado, sob qual-quer pretexto, nenhum processo, documento ouinormao.

    Quando houver limitao da ao do auditor, oato dever ser comunicado, de imediato, por es-crito, ao dirigente da unidade/entidade auditada,solicitando as providncias necessrias.

    paja d aba o trabalho deauditoria deve ser adequadamente planejado,de orma a prever a natureza, a extenso e aproundidade dos procedimentos que nele seroempregados, bem como a oportunidade de suaaplicao.

    1. ea a com o objetivo de obteros elementos necessrios ao planejamento dostrabalhos de auditoria, o auditor governamental

    deve realizar exames preliminares a respeito danatureza e caractersticas das reas, operaes,programas e dos recursos a serem auditados.Para tanto, deve considerar a legislao aplicvel,normas e instrues vigentes, bem como os re-sultados das ltimas auditorias realizadas e dili-gncias pendentes ou no de atendimento.

    2. eaba d gaa d aba o re-sultado dos exames preliminares dar suporteao programa ormal de trabalho. A elaborao deum adequado programa de trabalho de auditoriaexige: a determinao precisa dos objetivos doexame, ou seja, a identicao completa sobre oque se deseja obter com a auditoria; a identica-o do universo a ser examinado; a denio e

    o alcance dos procedimentos a serem utilizados;o estabelecimento das tcnicas apropriadas; aquanticao homem/hora necessria execu-o dos trabalhos; e reerncia quanto ao uso de

    material e/ou documentos de exames prvios ououtras instrues especcas.

    3. Avaa d o auditorgovernamental deve eetuar um adequado exa-me com vistas avaliao da capacidade e eeti-vidade dos sistemas de controles internos con-tbil, administrativo e operacional das unidadesda administrao direta e entidades supervisio-nadas.

    3.1 caadad d a d de-vem ser avaliados os procedimentos, polticase registros que compem os controles, com oobjetivo de constatar se estes proporcionamrazovel segurana de que as atividades eoperaes se realizam, de orma a possibilitaro atingimento das metas, em termos satisa-trios de economia, ecincia e eccia.

    3.2 evdad necessria a realizao deum exame das operaes que se processamnos sistemas de controle, com o propsitode vericar se os procedimentos, polticas,mecanismos, registros etc, que os integram,uncionam de acordo com o previsto e se osobjetivos de controle esto sendo atendidos,de orma permanente, sem desvios.

    3.3 ea d bjv d consi-derando-se que os rgos/entidades adotamsistemas de controle que compreendem umplano de organizao e de todos os mtodose procedimentos, de orma ordenada, para:proteger seus recursos; obter inormaesoportunas e conveis; e promover a ecin-cia operacional, assegurar a observncia dasleis, normas e polticas vigentes, com o intuitode alcanar o cumprimento das metas e obje-tivos estabelecidos, o auditor governamentaldever:

    a) certicar-se da existncia e propriedade dosprocedimentos e mecanismos de salvaguardados recursos humanos, nanceiros e mate-riais, assim como do devido uso e unciona-mento dos mesmos;

    b) constatar se os sistemas de registros incluema totalidade das operaes realizadas e seos mtodos e procedimentos utilizados per-mitem conar se as inormaes nanceirae operacional oriundas daqueles, reetem,adequadamente, a boa e regular utilizaodos recursos, bem como o cumprimento dasmetas e dos objetivos dos programas;

    c) certicar-se da existncia e idoneidade doscritrios, para identicar, classicar e men-

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    surar dados relevantes das operaes, veri-cando, igualmente, se esto sendo adotadosparmetros adequados para avaliao da ee-tividade, ecincia, eccia e economicidade

    dessas operaes; e,d) comprovar se os procedimentos estabele-

    cidos asseguram, razoavelmente, o cumpri-mento das diretrizes governamentais, das leis,regulamentos, normas e outras disposiesde observncia obrigatria.

    pv d dad gadad os sistemas de controle institudos em umrgo/entidade devem conter procedimentos,mecanismos e diretrizes que prevejam ou mini-mizem o percentual de impropriedades ou irre-gularidades. Um bom sistema de controle reduz aprobabilidade de ocorrerem tais impropriedadesou irregularidades, ainda que no possa evit-lastotalmente.

    sv d aba d ada todotrabalho de auditoria, desde seu planejamentoat a emisso do parecer e o consequente acom-panhamento dos resultados, deve ser supervisio-nado.

    rabdad d dg a o titular do rgo de auditoria do sistema decontrole interno no pode supervisionar, pes-soalmente, todas as atividades que envolvem aexecuo das auditorias. Logo, indispensvelque delegue parte dessas tareas a supervisores,devendo para isso, estabelecer mecanismos eprocedimentos adequados para avaliar a atuaodestes supervisores, assegurando-se de que estespossuam conhecimentos tcnicos e capacidadeprossional sucientes ao adequado cumprimen-to das atribuies que lhes so coneridas.

    sv da d aba o Audi-tor com atribuies de superviso, com maior ex-perincia, conhecimentos tcnicos e capacidadeprossional devero instruir e dirigir, adequada-mente, seus subordinados, no que tange execu-

    o dos trabalhos e ao cumprimento dos progra-mas de auditoria, devendo, ainda, contribuir parao desenvolvimento dos seus conhecimentos ecapacidade prossional. Para maior compreensodos objetivos, alcance, enoques, procedimentose tcnicas a serem aplicadas por parte da equi-pe, torna-se indispensvel que os supervisorespromovam a participao dos componentes dasequipes na elaborao do programa de trabalho.

    idad d v o grau de inten-sidade da superviso exercida sobre a equipeest diretamente relacionado aos seguintes a-tores: conhecimento e capacidade prossionaldos membros da equipe; o grau de diculdadeprevisvel dos trabalhos; e alcance de provveis

    impropriedades ou irregularidades a detectar norgo/entidade auditada. No entanto, dever serevitado o cerceamento da liberdade e exibilida-de necessrias aos componentes da equipe, de

    tal orma que o pessoal possa alcanar seu pr-prio desenvolvimento prossional. As evidnciasda superviso exercida devero car registradasnos prprios papis de trabalho.

    a da v a supervisodeve abranger a vericao:

    a) do correto planejamento dos trabalhos;

    b) da aplicao de procedimentos e tcnicaspara o atingimento das metas/objetivos pre-vistos para a execuo dos trabalhos, de acor-do com o programa de auditoria e seus ajus-tamentos porventura ocorridos;

    c) da adequada ormulao dos papis de traba-lho;

    d) da necessria consistncia das observaes econcluses;

    e) da el observncia dos objetivos de auditoria;

    ) dos requisitos de qualidade dos pareceres deauditoria, compreendendo: preciso, clareza eobjetividade; e

    g) do cumprimento das normas de auditoria go-vernamental e dos procedimentos de audito-ria de aplicao geral.

    ob d vda em atendimento aosobjetivos da atividade de auditoria, o Auditor de-ver realizar, na extenso julgada necessria, ostestes ou provas adequados nas circunstncias,para obter evidncias qualitativamente aceitveisque undamentem, de orma objetiva, suas reco-mendaes e concluses.

    adad da vda consiste na obtenosuciente de elementos para sustentar a emissode seu parecer, que possam permitir ao Auditorchegar a um grau razovel de convencimentoda realidade dos atos e situaes observados,

    da veracidade da documentao examinada, daconsistncia da contabilizao dos atos e de-dignidade das inormaes e registros gerenciaispara undamentar, solidamente, sua opinio. Avalidade do seu julgamento depende diretamen-te da qualidade das evidncias.

    qadad da vda considera-se que aevidncia de qualidade satisatria quando re-ne as caractersticas de sucincia, competnciae pertinncia.

    a) Sucincia quando, mediante a aplicao detestes que resultem na obteno de uma ouvrias provas, o Auditor levado a um graurazovel de convencimento a respeito da rea-lidade ou veracidade dos atos examinados.

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    b) Adequao entende-se como tal, quando ostestes ou exames realizados so apropriados natureza e caractersticas dos atos examina-dos.

    c) Pertinncia a evidncia pertinente quandoh coerncia com as observaes, conclusese recomendaes da auditoria.

    c aa b da vda na ob-teno da evidncia, o Auditor se guiar peloscritrios de importncia relativa e de nveis deriscos provveis. A importncia relativa reere-seao signicado da evidncia no conjunto de inor-maes; os nveis de riscos provveis, s probabi-lidades de erro na obteno e comprovao daevidncia.

    idad gadad o Auditor,

    no decorrer de qualquer auditoria, dever prestarespecial ateno quelas transaes ou situaesque denotem indcios de irregularidades, aindaquando no sejam objeto do seu escopo inicial;e, quando sejam obtidas evidncias das mesmas,dever ser dado o devido destaque em seu pare-cer, com vistas adoo de providncias correti-vas pertinentes.

    D no obstante no ser o objetivo pri-meiro da auditoria a busca de impropriedadesou de irregularidades, no decorrer dos exames, oAuditor dever estar consciente da probabilida-de de risco de tais ocorrncias, atentando: para

    as ragilidades dos controles internos; para riscospotenciais a que esto sujeitos os recursos utili-zados; s peculiaridades/caractersticas de comose desenvolvem as operaes; para a atitude dopessoal ante os controles existentes, assim comocomportamentos indevidos.

    a) O adequado conhecimento da natureza epeculiaridade das operaes permitem aoAuditor a identicao de indicadores de ir-regularidades. Os indicadores podem surgir:como consequncia dos controles estabele-cidos; pelos resultados do trabalho eetuados

    pelos prprios auditores; ou por outras ontesde inormaes.

    b) Quando se maniestam tais indicadores, osauditores esto obrigados a ampliar o alcancedos procedimentos necessrios, a m de evi-denciar, nestes casos, a existncia de irregula-ridades.

    c) A aplicao dos procedimentos de auditoriano garante a deteco de toda improprie-dade ou irregularidade; portanto, a manies-tao posterior de uma situao imprpriaou irregular ocorrida no perodo submetido aexame no signica que o trabalho eetuadopelo Auditor tenha sido inadequado, sempree quando possa demonstrar que o eetuou de

    acordo com o estabelecido pelas Normas deAuditoria do Sistema de Controle Interno.

    d) Apurao a apurao de impropriedadese irregularidades exige do auditor governa-

    mental extrema prudncia e prossionalismo,a m de alcanar com eetividade os objetivospropostos para a apurao.

    e) No exerccio de suas atividades, o auditor, aovericar a ocorrncia de irregularidades, deve-r de imediato, levar o assunto, por escrito, aoconhecimento do dirigente da unidade/enti-dade auditada, solicitando os esclarecimentose justicativas pertinentes.

    na ava d ad

    idda o Auditor no exerccio da ati-vidade de auditoria deve manter uma atitude deindependncia que assegure a imparcialidade deseu julgamento, nas ases de planejamento, exe-cuo e emisso de seu parecer, bem assim nosdemais aspectos relacionados com sua atividadeprossional.

    sbaa durante o desenvolvimento do seutrabalho, o Auditor dever possuir o domnio do

    julgamento prossional, pautando-se, exclusivae livremente a seu critrio, no planejamento dosseus exames, na seleo e aplicao de procedi-mentos tcnicos e testes de auditoria, na deni-o de suas concluses e na elaborao de seus

    relatrios e pareceres. iaadad durante seu trabalho, o Audi-

    tor est obrigado a abster-se de intervir nos ca-sos onde h conito de interesses que possaminuenciar a absoluta imparcialidade do seu jul-gamento.

    objvdad na execuo de suas atividades,o Auditor se apoiar em atos e evidncias quepermitam o convencimento razovel da realida-de ou a veracidade dos atos, documentos ousituaes examinadas, permitindo a emisso deopinio em bases consistentes.

    c aadad a o Auditor no exerccio das atividades deauditoria deve possuir um conjunto de conheci-mentos tcnicos, experincia e capacidade paraas tareas que executa; conhecimentos contbeis,econmicos e nanceiros; e de outras disciplinaspara o adequado cumprimento do objetivo daauditoria. Dever, ainda, ter habilidade no tratocom as pessoas e comunicar-se de maneira e-caz.

    c ace a complexidade emagnitude dos objetivos da administrao pbli-ca ederal, o Auditor necessita possuir conheci-mentos tcnicos das diversas reas relacionadascom as atividades auditadas, de tal orma que o

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    permitam comprovar a legalidade e legitimidadedos atos de gesto e avaliar a economicidade, e-cincia e eccia alcanadas no desempenho dosobjetivos do rgo ou entidade sob exame.

    - Conceitos de eetividade, ecincia e eccia.a) economicidade: operacionalidade ao mnimo

    custo possvel. Administrao correta dosbens, boa distribuio do tempo, economiade trabalho, tempo e dinheiro, etc., reduodos gastos num oramento. Em resumo, aadministrao prtica e sistemtica das ope-raes de uma entidade, projeto ou empresapblica, assegurando custos operacionaismnimos ao realizar as unes que lhe soatribudas.

    b) ecincia: rendimento eetivo sem desperd-

    cio desnecessrio. A consecuo das metas eoutros objetivos constantes de programas demaneira sistemtica, contribuindo para mini-mizar os custos operacionais, sem diminuir onvel, qualidade e oportunidade dos serviosa serem oerecidos pela entidade, projeto ouempresa pblica.

    c) eccia: considera-se ecaz a administrao,plano projeto ou entidade que, na consecu-o de seus objetivos, consegue os eeitosnecessrios, ou seja, atinge as metas a que seprops.

    caadad a a capacidade pro-ssional adquirida pela aplicao prtica dosconhecimentos tcnicos. O somatrio de expe-rincias obtidas entre diversas situaes contri-buem para o amadurecimento do julgamentoprossional, possibilitando o discernimento entresituaes gerais e particulares.

    Aaa d oauditor governamental deve manter sua compe-tncia tcnica, atualizando-se quanto ao avanode normas, procedimentos e tcnicas aplicveis auditoria.

    caa a no desempenhode suas unes, na elaborao do relatrio eemisso de sua opinio, o auditor governamen-tal necessita agir com a devida precauo e zeloprossional, devendo acatar as normas de ticaprossional, o bom senso em seus atos e reco-mendaes, o cumprimento das normas geraisde auditoria governamental e o adequado em-prego dos procedimentos de auditoria de aplica-o geral ou especca.

    a) Cautela prossional no desenvolvimentodo seu trabalho, o auditor governamentaldeve manter atitude prudente, com vistas aestabelecer uma adequada extenso dos seusexames, bem como aplicar metodologia apro-

    priada natureza e complexidade de cadaexame.

    b) Zelo prossional o auditor governamental,no desempenho de suas atividades, dever

    atuar com habilidade, precauo e esmero demodo a reduzir ao mnimo possvel a margemde erro.

    ca no desenvolvimento deseu trabalho, o auditor governamental, indepen-dentemente de sua ormao prossional, deveter sempre presente que, como servidor pblico,se obriga a proteger os interesses da socieda-de, respeitar as normas de conduta que regemos servidores pblicos, no podendo valer-seda uno em benecio prprio ou de terceiros.Ficando, ainda, obrigado a guardar condencia-lidade das inormaes obtidas, no devendorevel-las a terceiros, sem autorizao especca,salvo se houver obrigao legal ou prossionalde assim proceder.

    a) Exame das peas que instruem os processosde tomada ou prestao de contas;

    b) Exame da documentao comprobatria dosatos e atos administrativos;

    c) Vericao da existncia sica de bens e ou-tros valores;

    d) Vericao da ecincia dos sistemas de con-troles administrativo e contbil; e

    e) Vericao do cumprimento da legislaopertinente.

    na b ra a d ada gvaa

    Para cada auditoria realizada, o Auditor governa-mental dever elaborar relatrio que reetir osresultados dos exames eetuados, de acordo coma orma ou tipo de auditoria.

    As inormaes que proporcionem a abordagemda auditoria, quanto aos atos de gesto, atos ousituaes observados, devem reunir principal-

    mente os seguintes atributos de qualidade:1. Conciso usar linguagem clara e concisa de or-

    ma que seja cil o seu entendimento por todos,sem necessidade de explicaes adicionais porparte de quem o elaborou;

    2. Objetividade deve conter mensagem clara e di-reta, a m de que o leitor entenda acilmente oque se pretendeu transmitir;

    3. Convico relatar de tal modo que as evidn-cias conduzam a qualquer pessoa prudente smesmas concluses a que chegou o auditor;

    4. Clareza assegurar-se de que a estrutura do rela-trio e a terminologia empregada permitam queas inormaes reveladas possam ser entendidas

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    por quaisquer pessoas, ainda que no versadasna matria;

    5. Integridade devem ser includos no relatrio to-dos os atos relevantes observados, sem nenhu-

    ma omisso, proporcionando uma viso objetivadas impropriedades/irregularidades apontadas,recomendaes eetuadas e concluso;

    6. Coerncia assegurar-se de que os resultados daauditoria correspondam aos objetivos determina-dos;

    7. Oportunidade os relatrios devem ser emitidostempestivamente, a m de que os assuntos nelesabordados possam ser objeto de oportunas pro-vidncias;

    8. Apresentao o auditor governamental devecuidar para que os assuntos sejam apresentados

    numa sequncia lgica, segundos os objetivosdo trabalho, de orma correta, isto , em uma lin-guagem pereita, isenta de erros ou rasuras quepossam prejudicar o correto entendimento; e

    9. Conclusivo o relatrio deve permitir a ormaode opinio sobre as atividades realizadas.

    10. Os relatrios de auditoria devem seguir os pa-dres usualmente adotados em auditoria go-vernamental, admitindo-se, em determinadascircunstncias, as adaptaes necessrias atravsdas quais o Auditor possa se expressar de ormaa no prejudicar a interpretao e a avaliao dosresultados dos trabalhos.

    11. Na emisso dos relatrios de auditorias realiza-das com base no processo de Tomada e Presta-o de Contas das unidades gestoras e entidadessupervisionadas, necessrio que se atenda aosseguintes requisitos:

    a) identicar o nmero do processo, perodoexaminado e a unidade gestora ou entidadesupervisionada;

    b) indicar as normas que instruam o processo deTomada ou Prestao de Contas;

    c) identicar o local em que oi realizado o tra-balho de auditoria;

    d) denir o objetivo da auditoria e identicar asdemonstraes nanceiras examinadas, nocaso de auditoria contbil;

    e) declarar que o exame oi eetuado por amos-tragem, na extenso julgada necessria e deacordo com as normas de auditoria aplicveisao Servio Pblico;

    ) comentar sobre a extenso dos trabalhos;

    g) comentar sobre os controles internos, eviden-ciando, se or o caso, as decincias e inec-cias dos sistemas;

    h) relatar sobre o cumprimento, ou no, das di-retrizes governamentais e normas legais vi-gentes;

    i) comentar sobre a ecincia e eccia na ges-to dos recursos, observando os planos, me-tas e oramentos, bem assim a legalidade, le-gitimidade e oportunidade na realizao das

    despesas;j) apresentar, caso seja necessrio, recomenda-es visando correo das alhas vericadasdurante o exame;

    k) comentar sobre a implementao das reco-mendaes de relatrios de auditoria anterio-res e/ou diligncias do TCU; e

    l) concluir, opinando sobre a regularidade ouirregularidade da gesto dos recursos utiliza-dos pelos responsveis pela unidade gestoraou entidades supervisionadas.

    m) Quando o trabalho do auditor governamental

    reerir-se a exame de aplicao de recursosoriginrios de contratos rmados com orga-nismos internacionais de crdito, o relatriode auditoria dever conter, dentre outros, osseguintes requisitos:

    na ava d ad

    No mbito do servio pblico, a opinio do Au-ditor, com atribuio de auditoria, dever ser ex-pressa atravs de ra / cad dada.

    Certicado de auditoria ser emitido quandoo auditor vericar e certicar as contas dos res-

    ponsveis pela aplicao, utilizao ou guarda debens e valores pblicos, e de todo aquele que dercausa perda, subtrao ou estrago de valores,bens e materiais de propriedade ou responsabili-dade da Unio.

    Tipos de Certicado:

    1. cad p ser emitido quando o Audi-tor ormar a opinio de que na gesto dos recur-sos pblicos oram adada observadosos princpios da legalidade, legitimidade e econo-micidade.

    2. cad rv ser emitido quando o

    Auditor aa aa, dad d aa a no cumprimentodas normas e diretrizes governamentais, quanto legalidade, legitimidade e economicidade eque, pela sua irrelevncia ou imaterialidade, nocaracterizar irregularidade de atuao dos agen-tes responsveis.

    3. cad d igadad ser emitidoquando o Auditor vericar a no observncia daaplicao dos princpios de legalidade, legitimi-dade e economicidade, constatando a existnciade desalque, alcance, desvio de bens ou outrairregularidade de que resulte prejuzo quantic-vel, para a Fazenda Nacional e/ou comprometam,substancialmente, as demonstraes nanceiras

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    Ada 31

    e a respectiva gesto dos agentes responsveis,no perodo ou exerccio examinado.

    O Certicado de auditoria requer o atendimentodos seguintes requisitos:

    a) indicar nmero do processo e exerccio exa-minado;

    b) mencionar, no pargrao inicial, o escopo dotrabalho, em uno do tipo de auditoria go-vernamental realizada, unidade gestora ouentidade supervisionada, titular, uno e n-mero do CPF;

    c) citar, no pargrao intermedirio, as impro-priedades ou irregularidades que:

    - aetem a gesto examinada;

    - comprometam a economicidade, legalidadee legitimidade da gesto;

    - caracterizem a inobservncia de normas le-gais e regulamentares; e

    - resultem ou no em prejuzo Fazenda Na-cional.

    observando o que contiver no pargrao in-termedirio, concluir, no pargrao nal, emi-tindo opinio quanto regularidade (ou no)da gesto examinada;

    conter data do Certicado correspondente aodia da concluso do trabalho na unidade ges-tora ou entidade supervisionada; e

    conter assinatura do Auditor, no caso de au-

    ditoria contbil, o nmero do seu registro noConselho Regional de Contabilidade.

    d) quando o Auditor no obtiver elementos com-probatrios sucientes e adequados, de tal modoque o impea de ormar opinio quanto regu-laridade da gesto, a d da a badaa, adada, porprazo previamente xado para o cumprimentode diligncia pelo auditado, o que, mediante no-vos exames, o Auditor emitir o competente Cer-ticado.

    Neste caso, quando sobrestado o exame, de-

    ver o rgo setorial de controle interno darcincia da ocorrncia ao Tribunal de Contasda Unio.

    Na hiptese da ocorrncia de eventos outransaes subsequentes, que, pela sua rele-vncia, possam inuir substancialmente naposio nanceira e patrimonial da entidade, indispensvel que esses atos sejam consi-derados em seu Certicado.

    D d cad a d.

    1. O Auditor dever usar de toda acuidade e pru-dncia no momento de denir o tipo de Certica-do que emitir como resultado dos seus exames.

    2. Dever levar em conta principalmente, que de-terminados achados de auditoria relacionados

    com alhas, omisses e impropriedades encon-tradas, podem signicar, ao mesmo tempo, situa-es simplesmente imprprias (quando caber aemisso de Certicado Restritivo) ou at mesmo

    irregulares. Tudo depender do acurado examede todas as circunstncias envolvidas na situ-ao em julgamento, quando o Auditor ter deavaliar, em conjunto, atores tais como: requn-cia da incidncia ou da reincidncia do achado;descumprimento a recomendaes de auditoriasanteriores; evidncia da inteno, ou no; eetivoprejuzo Fazenda Nacional; e outros atores quepossam contribuir para a adequada denio dotipo de Certicado a ser emitido.

    Vejam agora um quadro que mostra as correspon-dncias entre os relatrios de auditoria em em-presas privadas e as auditorias do setor pblico.

    s pvad s pb

    Opinio no modicadaou sem modicaes (semressalvas):

    Certicado Pleno

    Opinio modicada (comressalvas):

    Certicado Restritivo

    Opinio adversaCerticado de Irregulari-dade

    Ada aa d b

    O conceito de auditoria operacional pode ser

    compreendido comparando-o ao conceito deauditoria de regularidade. Assim, enquanto aauditoria de regularidade possui razes nas audi-torias contbeis do setor privado, aplica normasrelativamente xas, possui critrios ormalizadose est sujeita a expectativas e requisitos espe-ccos, a auditoria operacional tem suas razesna necessidade de anlises independentes e deamplo escopo acerca da economia, da ecinciae da eccia dos programas e organismos da Ad-ministrao, suas anlises so eetuadas em car-ter no peridico e exvel quanto aos objetosde scalizao, aos mtodos e aos critrios de

    scalizaoO TCU elenca uma srie de qualidades que as ati-

    vidades do setor pblico devem ter. So elas:

    ea: consiste na reduo ao mnimo doscustos de aquisio dos recursos empregados emuma atividade, sem comprometimento da quali-dade requerida.

    ea: a relao entre os produtos geradospor uma atividade e os custos dos insumos em-pregados para produzi-los, no tempo e na qua-lidade determinados. o esoro do processo detransormao de insumos em produtos.

    ea: o grau de alcance das metas progra-madas, independente dos recursos empregados.

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    evdad: diz respeito ao alcance dos resul-tados pretendidos a mdio e longo prazos, oseeitos de um programa governamental sobre apopulao-alvo.

    edad: que est relacionada ao critrio ee-tividade e envolve a alocao dos recursos emrelao distribuio espacial e ao perl da po-pulao-alvo, a adequao da oerta de servioss necessidades do pblico-alvo e o exame doimpacto dierenciado decorrente da poltica p-blica. Seria a distribuio justa dos recursos ba-seada em critrios de necessidade, projetos deestruturao ou mesmo distribuio de riqueza.

    Ba a adava: uma categoriaampla e seus testes procuram vericar se existemsistemas slidos de scalizao, procedimentospara o estabelecimento de objetivos, anlise dasreclamaes dos usurios, alocao de recursoshumanos nas unes prioritrias, entre outros.Baseia-se na ideia de que a boa prtica adminis-trativa, na maior parte das vezes, um padroconhecido pela maioria e que as atividades dosauditados podem ser comparadas a esses pa-dres. uma anlise interna da organizao ouprograma auditado.

    Ba gvaa: um critrio de auditoria maisorientado ao exterior, a coordenao mais am-pla das organizaes determinando a eetividade

    nal do programa em contraponto ecinciade um nico processo, como no critrio anterior.Tal critrio avalia, por exemplo, se so adequadoso estabelecimento de diretrizes, os relatrios de

    resultados, a comunicao entre as organizaesenvolvidas. Busca compreender os resultados dosistema e no das organizaes ou unes den-tro do sistema.

    qadad d v: o critrio que procuradeterminar em que medida o servio pblicosatisaz as expectativas de seus usurios. O cri-trio cumprimento do objetivo (ou atendimentode metas), como o prprio nome diz, avalia emque medida o rgo ou programa cumpriu (oualhou) seus prprios objetivos, declarados publi-camente ou estabelecidos em lei. Nesse caso, no obrigatrio estabelecer uma relao rme entreas aes do programa e o nvel de atendimentodas metas.

    A intosAi, Organizao Internacional de Enti-dades Fiscalizadoras Superiores, uma espcie deorganizao internacional de Tribunais de Contasde diversos pases um rgo, publica normassobre as boas prticas de auditoria e possibilitaa troca de inormaes acerca do julgamento decontas pblicas. Para essa instituio, existem osseguintes tipos de auditoria operacional do setorpblico.

    Vaa da Adaoaa

    caaa

    Enoque

    Orientado aresultados

    - Avalia o desempenho obtido ou os resultados alcanados.

    - Relaciona desempenho com metas, objetivos, regulamentaes ou outros critrios es-tabelecidos.

    - Pode necessitar do auxlio de especialistas para identicar critrios.

    - As recomendaes tentam eliminar desvios das normas e dos critrios.

    - Enoca normas (critrios).

    Orientado aproblemas

    - Verica e analisa problemas, sem reerir-se a critrios j estabelecidos.

    - Formula hipteses e identica as causas e consequncias dos problemas.

    - Fornece inormaes sobre os problemas e como enrent-los.

    - Pode gerar propostas de modicao de leis, regulamentaes e da estrutura da orga-nizao.

    - Enoca anlises

    Perspectiva

    DescendenteConcentra-se nos requisitos, intenes, objetivos e expectativas da Administrao e doPoder Legislativo.

    AscendenteConcentra-se na gesto dos servios, nos tempos de espera e em outros temas orienta-dos para o cliente (cidado).

    Centro de

    ateno

    Accountability- Forma juzos sobre como os responsveis tm alcanados as metas ou outros requisitos.

    - Averigua quem est equivocado (semelhante conormidade).

    Causa dos

    problemas

    - Procura compreender e explicar as observaes reais eetuadas durante a auditoria.

    - Analisa os atores que causaram os problemas e debate as medidas necessrios paraevit-los.

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    Temos tambm a classicao de auditorias operacionais trazidas pelo GAO (Government Accountability

    Ofce). O GAO a Agncia que scaliza os gastos pblicos americanos. As normas emitidas por este rgo

    servem de parmetro para vrios outros pases. Segundo esta agencia, a classicao da auditoria opera-

    cional do setor pblico so as seguintes:

    t d avaa

    d taba

    Avaa d

    Avalia o grau em que um programa est uncionando na orma desejada, se as atividades atendem osrequisitos legais e regulamentares, o desenho do programa, as normas prossionais ou as expectativasdos usurios.

    Avaa dad

    - Avalia o grau em que um programa alcana seus objetivos.

    - Concentra-se nos produtos e resultados, inclusive eeitos involuntrios, para julgar a eccia do pro-grama ou at mesmo qualidade e perspectivas dos clientes.

    - Pode incluir a anlise dos processos dos programas, para compreender seus resultados.

    Avaa da

    - Avalia a inuncia do programa.

    - Compara os resultados do programa com o que poderia ter ocorrido sem ele.- Utilizado quando atores externos inuenciam os resultados de um programa, para destacar qual suareal contribuio.

    Avaad

    b d

    a

    - Compara os produtos ou resultados com os recursos alocados.

    - Anlise custo-eccia avalia o custo para atingir um objetivo ou meta do programa, identicandoalternativas menos onerosas.

    - Anlise custo-benecio identica todos os custos e todos os benecios de um programa

    O processo de auditoria operacional um ciclo composto pela sequncia de operaes a seguir: selecio-

    nando um objeto de estudo; planejando como o tpico ser tratado; levando a eeito a prpria investi-

    gao (trabalho de campo); preparando o relatrio; apresentando o relatrio e acompanhando aps a

    apresentao. Por m, o TCU traz os critrios de seleo do objeto de auditoria:

    c d

    c sa da

    Agregao devalor

    Considera a capacidadede a auditoria agregarvalor, contribuindo para aavaliao e a melhoria dagesto pblica.

    - Mudanas em polticas pblicas, programas, entes governamentais ousurgimento de novas atividades.

    - Escassez de avaliaes sobre o objeto.

    - Pouco conhecimento sobre a relao entre uma ao de governo e a so-luo de um problema.

    Materialidade Considera os valores en-volvidos no objeto.

    - Volume de recursos disponveis no oramento.

    - Dierena entre o orado, o contratado e o pago.- Dimenso econmica do setor onde est inserido o objeto (por exemplo,a rea de regulao).

    Relevncia

    Considera questes de in-teresse da sociedade queesto em debate pblicoe so valorizadas.

    - Opinio de parlamentares, especialistas, institutos de pesquisa ou gurasproeminentes sobre a importncia do objeto.

    - Declaraes de prioridades nos planos e oramentos pblicos e nas peasque os acompanham.

    - Presena na mdia.

    Risco

    Combina probabilidadede ocorrer um eventoadverso e suas consequ-ncias que aetam nega-tivamente a ecincia,

    eccia ou eetividade doobjeto.

    - Estruturas gerenciais complexas (dierentes organizaes envolvidas).

    - Falta de inormaes conveis ou atualizadas sobre o desempenho doobjeto ou alta de clareza.

    - Problemas de estrutura, planejamento, controle e com sistemas inorma-tizados.

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    3. noes GerAis soBre AuDitoriA inDepen-Dente.

    3.1. Deinio e oBJetiVos:

    Podemos denir, de maneira mais ampla, a audi-toria independente como o exame sistemtico eindependente das atividades desenvolvidas emdeterminada empresa ou setor.

    A auditoria independente (tambm chamada deauditoria externa) aquela executada por pros-sionais ou empresas que no possuem vnculo e/ou subordinao empresa auditada, com o ob-

    jetivo de trazer uma opinio independente sobrea entidade.

    Quando o objeto que demanda uma opinio soas demonstraes contbeis, dizemos que se az

    necessria uma auditoria independente das de-monstraes contbeis. A auditoria contbil uma tcnica da contabilidade que objetiva ava-liar as demonstraes contbeis de uma entida-de.

    O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), pormeio da NBC TA 200, dene traz a seguinte deni-o para auditoria: O objetivo da auditoria au-mentar o grau de conana nas demonstraescontbeis por parte dos usurios. Isso alcana-do mediante a expresso de uma opinio peloauditor sobre se as demonstraes contbeis o-ram elaboradas, em todos os aspectos relevantes,

    em conormidade com uma estrutura de relatrionanceiro aplicvel.

    o objetivo da auditoria expressar uma opiniosobre se as demonstraes contbeis oram ela-boradas, em todos os aspectos relevantes, emconormidade com uma estrutura de relatrionanceiro aplicvel. Ou seja, opinar se as de-monstraes contbeis esto livres de distoresrelevantes.

    3.2. tcnicAs e proceDimentos De AuDitoriA

    O auditor deve denir os procedimentos tcnicos

    que sero utilizados em seu trabalho de audito-ria, de acordo com as caractersticas do trabalhoe com as particularidades da empresa auditada.

    Segundo a NBC TA 500, so os seguintes os setetipos de tcnicas ou procedimentos de auditoria,elencados pela norma:

    1. i A inspeo envolve o exame de re-gistros ou documentos, internos ou externos,em orma de papel, em orma eletrnica ou emoutras mdias, ou o exame sico de um ativo. Ainspeo de registros e documentos ornece evi-dncia de auditoria com graus variveis de con-abilidade, dependendo de sua natureza e ontee, no caso de registros internos e documentos,da eccia dos controles sobre a sua produo.

    Um exemplo de inspeo utilizada como teste a inspeo de registros em busca de evidncia deautorizao.

    2. obva A observao consiste no exame

    de processo ou procedimento executado por ou-tros, por exemplo, a observao pelo auditor dacontagem do estoque pelos empregados da enti-dade ou da execuo de atividades de controle. Aobservao ornece evidncia de auditoria a res-peito da execuo de processo ou procedimen-to, mas limitada ao ponto no tempo em que aobservao ocorre e pelo ato de que o ato de serobservado pode aetar a maneira como o proces-so ou procedimento executado. Seria o acom-panhamento de como o setor de recebimentosde caixa trabalha

    3. ca a Uma conrmao ex-terna representa evidncia de auditoria obtidapelo auditor como resposta escrita de terceiro (aparte que conrma) ao auditor, em orma escrita,eletrnica ou em outra mdia. Os procedimentosde conrmao externa requentemente so re-levantes no tratamento de armaes associadasa certos saldos contbeis e seus elementos. Con-tudo, as conrmaes externas no precisam serestringir apenas a saldos contbeis. Estas conr-maes so chamadas de circularizao pela lite-ratura de auditoria. A conrmao externa umdos melhores meios que o auditor pode utilizar

    para ormar sua opinio acerca da correo dossaldos da contabilidade. Um dos instrumentos a circularizao que o envio de uma correspon-dncia a pessoas ora da entidade para conrmaros valores lanados na contabilidade. Um exem-plo poderia ser checar com bancos os valores lan-ados a ttulo de emprstimos e nanciamentos.

    4. idaga A indagao consiste na busca deinormaes junto a pessoas com conhecimento,nanceiro e no nanceiro, dentro ou ora da en-tidade. A indagao utilizada extensamente emtoda a auditoria, alm de outros procedimentosde auditoria. As indagaes podem incluir desde

    indagaes escritas ormais at indagaes oraisinormais. A avaliao das respostas s indaga-es parte integral do processo de indagao.Feita de orma verbal, ela pode conrmar pontosimportantes da auditoria. Um exemplo buscarinormao com uncionrios sobre certas roti-nas.

    5. r: A reexecuo envolve a execuoindependente pelo auditor de procedimentosou controles que oram originalmente realiza-dos como parte do controle interno da entidade.Dessa orma o auditor reaz os passos e as etapasque constituem um procedimento usualmenteexecutado pela entidade para averiguar sua ade-quao. Um exemplo desse procedimento a

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    Ada 35

    reexecuo das conciliaes bancrias realizadaspela entidade.

    6. r O reclculo consiste na vericaoda exatido matemtica de documentos ou re-

    gistros. O reclculo pode ser realizado manual oueletronicamente. Trata-se de um tipo de reexecu-o na qual o auditor repete os clculos realiza-dos pela instituio auditada, como, por exem-plo, depreciao de equipamentos, juros devidos,proviso para devedores duvidosos.

    7. pd aa: Os procedimentosanalticos consistem em avaliao das inorma-es eitas por meio de estudo das relaes plau-sveis entre dados nanceiros e no nanceiros.Os procedimentos analticos incluem tambm ainvestigao de utuaes e relaes identica-

    das que sejam inconsistentes com outras inor-maes relevantes ou que se desviem signicati-vamente dos valores previstos. Os procedimentosanalticos servem para que o auditor conrmeatravs de anlises de ndices se as transaesnanceiras apresentam divergncias relevantes.Um exemplo seria analisar se o valor contabili-zado como despesas bancrias so compatveiscom o emprstimo obtido e com as taxas de ju-ros contratadas.

    3.3. proGrAmA De trABAlho

    A NBC TA 300 trata dos assuntos relevantes a pla-

    nejamento de trabalho de auditoria ou programa detrabalho de auditoria. Os principais pontos:

    Um planejamento adequado benco para aauditoria das demonstraes contbeis de vriasmaneiras, inclusive para:

    1. auxiliar o auditor a dedicar ateno apropriada sreas importantes da auditoria;

    2. auxiliar o auditor a identicar e resolver tempesti-vamente problemas potenciais;

    3. auxiliar o auditor a organizar adequadamente otrabalho de auditoria para que seja realizado de

    orma ecaz e eciente;4. auxiliar na seleo dos membros da equipe de

    trabalho com nveis apropriados de capacidade ecompetncia para responderem aos riscos espe-rados e na alocao apropriada de tareas;

    5. acilitar a direo e a superviso dos membros daequipe de trabalho e a reviso do seu trabalho;

    6. auxiliar, se or o caso, na coordenao do traba-lho realizado por outros auditores e especialistas.

    O objetivo do auditor planejar a auditoria deorma a realiz- la de maneira ecaz.

    importante destacar que o planejamento no uma ase isolada da auditoria, mas um processocontnuo e iterativo.

    Um planejamento adequado benco paraa auditoria das demonstraes contbeis, poisauxilia o auditor a dedicar ateno apropriadas reas importantes da auditoria, a identicar e

    resolver tempestivamente problemas, a organi-zar adequadamente o trabalho, e a selecionar osmembros da equipe de trabalho.

    De acordo com a NBC TA 300, o planejamento deauditoria envolve a denio de duas grandes a-ses:

    a a aga gba aa aba;

    b a d ada.

    O auditor deve estabelecer uma aga gba de auditoria que dena o alcance, a poca ea direo da auditoria, para orientar o desenvol-vimento do plano de auditoria, devendo:

    1. identicar as caractersticas do trabalho para de-nir o seu alcance;

    2. denir os objetivos do relatrio do trabalho deorma a planejar a poca da auditoria e a nature-za das comunicaes requeridas;

    3. considerar os atores que no julgamento pros-sional do auditor so signicativos para orientaros esoros da equipe do trabalho;

    4. considerar os resultados das atividades prelimi-nares do trabalho de auditoria e, quando apli-cvel, se relevante o conhecimento obtido em

    outros trabalhos realizados; e5. determinar a natureza, a poca e a extenso dos

    recursos necessrios para realizar o trabalho.

    O auditor deve estabelecer uma estratgia capazde orient-lo, de norte-lo, no desenvolvimentode um a d ada. Esse programa deauditoria a descrio detalhada dos passos quedever seguir durante a execuo dos trabalhos edeve conter a descrio de:

    1. a natureza, a poca e a extenso dos procedimen-tos planejados de avaliao de risco, por meio doentendimento da entidade e de seu ambiente,assim como dos procedimentos adicionais de au-ditoria planejados no nvel de armao; e

    2. outros procedimentos de auditoria planejados enecessrios para que o trabalho esteja em con-ormidade com as normas de auditoria.

    Analisando as dierenas entre o plano de audi-toria e a estratgia global, vemos que o plano mais especco. Podemos entender tambmque essa especicidade az dele tambm muitomais detalhado, guardando consigo as particula-ridades da entidade a ser auditada. A estratgiaglobal quase uma denio genrica de aes.Quase que um padro que o auditor poderia usarem qualquer trabalho.

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    Outro ponto importante que o programa deauditoria pode e deve ser mudado enquantoacontece o trabalho de auditoria. No h lgicaem denir um plano e este no guardar relao

    com a realidade e manter-se nesta direo. O auditor deve azer com que este plano de au-

    ditoria seja participativo. Deve envolver toda arma de auditoria e a administrao da entidadeauditada.

    3.4. pApis De trABAlho

    Os papis de trabalho so regulamentados atual-mente pela NBC TA 230. Hoje eles so denominadosde Documentao de Auditoria. A seguir mostrare-mos os principais pontos acerca deste assunto.

    Documentao de auditoria o registro dos pro-

    cedimentos de auditoria executados, da evidn-cia de auditoria relevante obtida e conclusesalcanadas pelo auditor (usualmente tambm utilizada a expresso papis de trabalho).

    Os papis de trabalho ormam o conjunto de or-mulrios e documentos que contm as inorma-es e apontamentos obtidos durante o trabalhode auditoria, bem como as provas e descriesdessas realizaes.

    So atravs destes documentos que a auditoriademonstra o que oi executado, quais oram ositens examinados, qual oi a data de execuo

    dos trabalhos, quem os executou, dentro outrasinormaes importantes.

    So objetivos da documentao de auditoria:

    a) ornecer evidncia de auditoria;

    b) assistir a equipe de trabalho no planejamento eexecuo da auditoria;

    c) permitir a reviso do trabalho de auditoria;

    d) permitir que a equipe de trabalho possa ser res-ponsabilizada por seu trabalho;

    e) manter um registro de assuntos de importnciarecorrente para auditorias uturas;

    ) permitir a conduo de revises e inspees decontrole de qualidade;

    So exemplos de papis de auditoria:

    Programas de auditoria

    Anlises

    Memorandos de assuntos de trabalho

    Resumos de assuntos signicativos

    Cartas de conrmao e de representao

    Listas de vericao

    Outros papis de trabalho.

    A orma, o contedo e a extenso da documenta-

    o de auditoria dependem de atores como:

    (a) tamanho e complexidade da entidade;

    (b) natureza dos procedimentos de auditoria aserem executados;

    (c) riscos identicados de distoro relevante;

    (d) importncia da evidncia de auditoria obtida;

    (e) natureza e extenso das excees identica-das;

    () necessidade de documentar a concluso ou abase da concluso no prontamente determi-nvel a partir da documentao do trabalhoexecutado ou da evidncia de auditoria obti-da;

    (g) metodologia e as erramentas de auditoriausadas.

    As rmas de auditoria devem estabelecer pol-ticas e procedimentos para a reteno da docu-mentao de trabalhos. O perodo de reteno

    para trabalhos de auditoria geralmente no podeser inerior a 5 anos a contar da data dorelatrio do auditor ou, se posterior, da data dorelatrio do auditor do grupo.

    Os papis de trabalho devem incluir o juzo doauditor acerca de todas as questes signicati-vas, juntamente com a concluso a que chegou,inclusive nas reas que envolvem questes dedicil julgamento.

    Os Papis de Trabalho so de propriedade exclu-siva do auditor.

    Podem ser disponibilizados a terceiros com auto-

    rizao ormal da entidade. Quanto classicao dos papis de trabalho, te-

    mos:

    permAnentes: so aqueles de importn-cia contnua, ano aps ano, ou seja, servempara mais de uma auditoria. So exemplos:organograma; estatuto; descrio do sistemacontbil; cpias de contratos de longo prazo;cartes de assinaturas e rubricas das pessoasresponsveis pela aprovao das transaes;manuais de procedimentos internos; cpiasde atas de reunies com decises que aetemmais de um exerccio; legislaes especcas

    aplicveis empresa; etc. correntes: so aqueles obtidos como evi-

    dncias da auditoria de um determinadoexerccio e s valem para aquela auditoria.So exemplos: cartas de circularizao; res-postas aos questionamentos do auditor; re-sultado da contagem sica; caixa e bancos;contas a receber; imposto de renda; revisoanaltica; demonstraes nanceiras; questio-nrio de controle interno, etc.

    3.5. testes De AuDitoriA

    Os procedimentos de auditoria so o conjunto detcnicas que permitem ao auditor obter evidn-cias ou provas sucientes e adequadas para un-

  • 7/27/2019 Revisao DICAS-

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    Ada 37

    damentar sua opinio sobre as demonstraes

    contbeis auditadas, permitindo que eventuais

    distores relevantes sejam identicadas.

    Estes procedimentos so hoje tratados na NBC TA

    330( Resoluo 1.214/09) em dois tipos:

    1. t d (os antigos testes de obser-vncia): Como nos mostra o prprio nome, estes

    controles nos mostra se existem os controles

    internos e, se estes, so eetivos e ecazes. Um

    exemplo destes controles a segregao de un-

    es ou quando vericamos se os recebimentos e

    pagamentos so eitos aps serem cumpridas as

    normas da empresa e pelas pessoas corretas.

    2. Procedimentos substantivos (anteriormente

    chamado de testes substantivos): so os proce-

    dimentos de auditoria planejados para detectardistores relevantes no nvel de armaes.

    Os procedimentos substantivos podem ser dividi-

    dos em:

    a) Testes de detalhes (denominado testes de

    transaes e saldos pelas normas antigas),

    que ornecem evidncias nas quais o auditor

    verica se os atos contbeis oram adequada-

    mente registrados. Verica-se aqui a existn-

    cia de registro de uma operao e a exatido

    deste registro (baixa de uma duplicata, por

    exemplo); eb) Procedimentos analticos substantivos (deno-

    minado procedimentos de reviso analtica

    nas normas antigas), que consistem na veri-

    cao do comportamento de valores signi-

    cativos, mediante ndices, quocientes, quanti-

    dades absolutas ou outros meios, com vistas

    identicao de situao ou tendncias

    atpicas. Um exemplo destes testes quando

    os estoques da empresa auditada reduz-se

    drasticamente por certo perodo (alguns me-

    ses durante o ano). Isto seria motivo para o

    auditor azer uso destes testes.

    Comparando ento os testes nas duas normas,

    temos:

    na AganBc t11

    nva nanBc tA 330

    Testes de observncia Teste de controle

    Testes substantivos, di-vididos em:

    - Testes de transaes esaldos

    - Procedimentos de revi-so analtica

    Procedimentos subs-tantivos, divididos em:

    - Testes de detalhes

    - Procedimentos analti-cos substantivos

    3.6. AmostrAGem estAtsticA em AuDitoriA

    Amostragem em auditoria a aplicao de pro-cedimentos de auditoria em menos de 100%dos itens de populao relevante para ns de

    auditoria, de maneira que todas as unidades deamostragem tenham a mesma chance de seremselecionadas para proporcionar uma base razo-vel que possibilite o auditor concluir sobre toda apopulao.

    Risco de amostragem o risco de que a conclu-so do auditor, com base em amostra, pudesseser dierente se toda a populao osse sujeita aomesmo procedimento de auditoria.

    Os tipos de risco so:

    t d c:

    1. Risco de subavaliao da conabilidade: con-troles so considerados menos ecazes doque realmente so.

    2. Risco de superavaliao de conabilidade:controles so considerados mais ecazes doque realmente so.

    t d Da:

    1. Risco de rejeio incorreta: seja identicadadistoro relevante, quando, na verdade, elano existe.

    2. Risco de aceitao incorreta: no seja identi-cada distoro relevante, quando, na verdade,

    ela existe. Estraticao o processo de dividir uma popula-

    o em subpopulaes, cada uma sendo um gru-po de unidades de amostragem com caractersti-cas semelhantes (geralmente valor monetrio).

    Com a denio da amostragem de auditoria,o auditor chega a uma concluso sobre aquelaparcela da populao testada (amostra) e extra-pola essa concluso para toda a populao. Aamostra selecionada a partir de unidades deamostragem itens que constituem a populaoanalisada e que podem ser sicos (por exemplo,

    cheques relacionados em comprovante de dep-sito, lanamentos de crdito em extratos banc-rios, aturas de venda ou saldos de devedores) ouunidades monetrias.

    Na realizao de uma auditoria operacional oauditor pode se utilizar de pesquisas, quandoessas pesquisas orem baseadas em amostragemestatstica, ser possvel generalizar as conclusespara toda a populao. claro que, para garan-tir essa generalizao, a amostra deve reetir ascaractersticas da populao-alvo, como veremosmais adiante. Alm disso, qualquer decincia domtodo amostral utilizado deve ser levada emconta na interpretao dos resultados da pesqui-sa e ser devidamente relatada.

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    38 Avad J

    Ao executar os testes de auditoria o auditor podeutilizar dois tipos de amostragem: estatstica e ano-estatstica (por julgamento).

    A amostragem estatstica aquela em que a

    amostra selecionada cienticamente com a -nalidade de que os resultados obtidos possamser estendidos ao conjunto de acordo com a te-oria da probabilidade ou as regras estatsticas.De tal orma que esse processo tem as seguintescaractersticas:

    seleo aleatria dos itens da amostra; e

    o uso da teoria das probabilidades para ava-liar os resultados das amostras, incluindo amensurao do risco de amostragem.

    Uma amostragem que no tem as caractersticasacima descritas considerada no estatstica, ou

    seja, aquela em que a amostra determinadapelo auditor utilizando sua experincia, critrio econhecimento da entidade, mas sem base cient-ca.

    O emprego de amostragem estatstica reco-mendvel quando a populao a ser auditada grande e os itens da populao apresentam ca-ractersticas homogneas.

    O auditor deve selecionar itens para a amostra-gem de orma que cada unidade de amostragemda populao tenha a mesma chance de ser se-lecionada. Pela amostragem estatstica, os itens

    da amostra so selecionados de modo que cadaunidade de amostragem tenha uma probabilida-de conhecida de ser selecionada.

    Os principais mtodos para selecionar amostrasso:

    s aaa ada: a que asse-gura que todos os itens da populao ou doestrato xado tenham idntica possibilidadede serem escolhidos. Seria, por exemplo, azerum sorteio mesmo da populao a ser ana-lisada, colocando-se todos os nmeros dasduplicatas a pagar a serem analisadas dentro

    de uma caixa e sorteando-se um percentualdelas.

    s a va: aque-la em que a seleo de itens procedida demaneira que haja sempre um intervalo cons-tante entre cada item selecionado, seja a se-leo eita diretamente da populao a sertestada, ou por estratos dentro da populao.Seria por exemplo, ao se analisar algumas no-tas scais, utilizar todas aquelas que termina-rem com o nal 5( 15,25,35, 105,2005, etc).

    s a aa: aquela eita a critrio doauditor, baseada em sua experincia pros-sional. Esta seleo s seria vlida se o auditorse preocupar em selecionar itens que repre-

    sentem de orma correta as caractersticas dapopulao analisada.

    s d b: envolve a seleo de umou mais blocos de itens contguos da popu-

    lao. Embora, em algumas circunstncias,possa ser apropriado que um procedimentode auditoria examine um bloco de itens, elararamente seria uma tcnica de seleo deamostra apropriada quando o auditor pre-tende obter inerncias vlidas sobre toda apopulao com base na amostra.

    Sobre os tipos de erros, podemos comentar:

    e aa a dierena entre o valor obti-do no processo de amostragem e o verdadei-ro valor do parmetro que se deseja estimar.Se na denio do processo de amostragem

    o erro apurado oi de 3% e o apurado na reali-dade oi de 5%, ento o erro amostral ser de5 3 = 2.

    e v bdvd :

    1. Distoro tolervel um valor monetrio de-nido pelo auditor para obter um nvel apro-priado de segurana de que esse valor mone-trio no seja excedido pela distoro real napopulao.

    2. Taxa tolervel de desvio a taxa de desviodos procedimentos de controles internos pre-vistos, denida pelo auditor para obter um n-vel apropriado de segurana de que essa taxade desvio no seja excedida pela taxa real dedesvio na populao.

    taa ada de desvios corresponde aoerro que o auditor espera encontrar em deter-minado procedimento de controle.

    D ada a a o erroque o auditor espera encontrar em determi-nado saldo avaliado em um teste de detalhes.

    3. 7. eVentos ou trAnsAes suBsequentes

    Normatizados pela NBC TA 560

    As demonstraes contbeis podem ser aetadaspor certos eventos que ocorrem aps a data dasdemonstraes contbeis. Muitas estruturas derelatrios nanceiros reerem-se especicamentea esses eventos.

    Eventos subsequentes (negativos ou positivos)so eventos ocorridos entre a data das demons-traes contbeis e a data do relatrio do auditorindependente e atos que chegaram ao conheci-mento do auditor independente aps a data doseu relatrio.

    Algumas denies trazidas pela norma:

    Data das demonstraes contbeis a datade encerramento do ltimo perodo cobertopelas demonstraes contbeis.

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    Ada 39

    Data de aprovao das demonstraes cont-beis a data em que todos os quadros quecompem as demonstraes contbeis oramelaborados e que aqueles com autoridade re-

    conhecida armam que assumem a responsa-bilidade por essas demonstraes contbeis.

    Data do relatrio do auditor independente a data do relatrio do auditor independentesobre as demonstraes contbeis.

    Data de divulgao das demonstraes con-tbeis a data em que o relatrio do auditorindependente e as demonstraes contbeisauditadas so disponibilizados para terceiros.

    O auditor considera trs situaes de eventossubsequentes:

    os ocorridos entre a data do trmino do exer-

    ccio social e a data da emisso do Relatriode Auditoria(parecer);

    os ocorridos depois da emisso do Relatrio eantes da divulgao das Demonstraes Con-tbeis e;

    os conhecidos aps a divulgao das De-monstraes Contbeis.

    Existem atos que requereriam apenas ajustes.Outros por serem mais relevantes requerem di-vulgao.

    Ajustes: Eventos que se reerem a condies

    que j existiam no m do perodo auditado. Algunsexemplos so o resultado de uma ao judicial ou aalncia de um cliente.

    Divulgao: Eventos que ocorreram entre a datadas Demonstraes Contbeis e a data do relatriodo auditor. Exemplo: mudana de controle acionrio,sinistros, etc.

    Existem eventos que requerem ajustes e tambmatualizao das divulgaes:

    Um exemplo da necessidade de atualizaode divulgaes quando se torna pblica,aps a data do balano, alguma evidncia de

    uma obrigao que existia na data do balan-o. Alm de considerar se deve reconhecerou modicar uma proviso, a entidade deveatualizar suas divulgaes sobre a obrigao luz daquela evidncia.

    A entidade dv aja os valores reco-nhecidos em suas demonstraes contbeis poreventos subsequentes data do balano quereitam circunstncias que surgiram aps aqueladata. Um exemplo de evento subsequente queno origina ajustes a reduo do valor de mer-cado das aes de investimentos, que e entidadepossui, ocorrido no perodo entre a data do ba-lano e a data de concluso das demonstraescontbeis.

    Existem eventos a daa da Da cb d ra d Ad:Neste caso, o auditor responsvel por aplicarprocedimentos e solicitar ajustes ou divulgao.

    Os procedimentos devem ser executados toprximos da data do relatrio quando possvel eincluem:

    obteno de entendimento dos procedimen-tos estabelecidos pela administrao paraassegurar que os eventos subsequentes soidenticados;

    indagao administrao e, quando apro-priado, aos responsveis pela governanasobre a ocorrncia de eventos subsequentesque poderiam aetar as Demonstraes Con-tbeis;

    leitura de atas de reunies; leitura das ltimas demonstraes contbeis

    intermedirias da entidade, se houver.

    indagao, escritas ou verbais, aos advoga-dos;

    indagao administrao e obteno de car-ta de responsabilidade.

    Existem Fatos que chegaram ao conhecimentodo auditor independente a a daa d a, a a da daa d dvga daDa cb.

    O auditor independente no tem obrigao

    de executar nenhum procedimento de audi-toria aps a data do seu relatrio.

    O auditor discute o assunto com a administra-o e decide quanto alterao: novo relat-rio com dupla data.

    Se a administrao no alterar as Demonstra-es Contbeis: o auditor modica a opiniocaso o relatrio no tenha sido entregue ouadota medidas especiais caso o seu relatrio

    j tenha sido entregue administrao.

    Se a administrao alterar as DemonstraesContbeis, o auditor deve:

    a) aplicar os procedimentos de auditoria neces-srios nas circunstncias da alterao;

    b) ornecer novo relatrio de auditoria sobre asdemonstraes contbeis alteradas. O novorelatrio do auditor independente no deveter data anterior data de aprovao das de-monstraes contbeis alteradas.

    Existem atos que chegam ao conhecimento doauditor aps a data da divulgao das demons-traes contbeis:

    O auditor discute o assunto com a administra-

    o e decide quanto alterao. Se a admi-nistrao resolve reazer Demonstraes Con-tbeis, o auditor aplica novos procedimentos

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    e emite novo relatrio de auditoria (nova oudupla data).

    Se a administrao no alterar as Demons-traes Contbeis: o auditor adota medidas

    especiais para impedir que seu Relatrio sejautilizado por terceiros, resguardando, assim,seus direitos e obrigaes legais.

    Quanto aos eeitos em seu Relatrio de Auditoria(parecer):

    O auditor independente considera em seuparecer os eeitos decorrentes de transaese eventos subsequentes relevantes ao examedas Demonstraes Contbeis, mencionando-os como ressalva ou em pargrao de nase,quando no ajustadas ou reveladas adequa-damente.

    O auditor independente deve incluir no seurelatrio, novo ou reemitido, Pargrao denase com reerncia nota explicativa queesclarece mais detalhadamente a razo daalterao das demonstraes contbeis emi-tidas anteriormente e do relatrio anteriorornecido pelo auditor independente.

    3.8. reViso AnAlticA

    A reviso analtica um procedimento (tcnica)de auditoria. J alamos sobre ele quando comenta-mos sobre as tcnicas de auditoria. S para reorar

    iremos comentar novamente. Os procedimentos analticos consistem em ava-

    liao das inormaes eitas por meio de estudodas relaes plausveis entre dados nanceirose no nanceiros. Os procedimentos analticosincluem tambm a investigao de utuaes erelaes identicadas que sejam inconsistentescom outras inormaes relevantes ou que sedesviem signicativamente dos valores previstos.

    Os procedimentos analticos servem para que oauditor conrme atravs de anlises de ndices seas transaes nanceiras apresentam divergn-

    cias relevantes. Um exemplo seria analisar se ovalor contabilizado como despesas bancrias socompatveis com o emprstimo obtido e com astaxas de juros contratadas.

    Quando o auditor testa os saldos das contas dobalano patrimonial e os valores acumulados dascontas de receita e despesa (testes de detalhes),ele no tem uma viso geral das demonstraesnanceiras e do inter-relacionamento entre con-tas e transaes.

    Dessa orma, no consegue constatar se existemsituaes anormais ou tendncias que o levas-sem a dar parecer dierente, ou sugerir ajustes,daquele que seria dado pelo exame apenas dascontas de ativo, passivo, receitas e despesas.

    Assim, o objetivo dos procedimentos analticos(ou da reviso analtica) detectar e analisar si-tuaes anormais e signicativas constatadasnas demonstraes contbeis, por isso esse um

    tipo de procedimento normalmente utilizado nosprocedimentos substantivos. Esse processo auxi-lia a identicar reas prioritrias ou reas comproblemas, onde o auditor dever concentrarmais sua ateno.

    Podem ser usados diversos mtodos para exe-cutar procedimentos analticos. Esses mtodosvariam desde a realizao de comparaes sim-ples at anlises complexas usando tcnicas es-tatsticas avanadas, e podem ser aplicados parademonstraes contbeis consolidadas, compo-nentes e elementos individuais de inormao.

    Finalmente, importante destacar que, da mes-ma orma que os procedimentos analticos po-dem prover indcios e/ou pistas capazes de indi-car ao auditor a necessidade de procedimentosadicionais, as concluses obtidas dos resultadosdos procedimentos analticos tambm tm a -nalidade de corroborar as concluses ormadasdurante a auditoria de componentes ou elemen-tos individuais das demonstraes contbeis. Issoajuda o auditor a ormar concluses razoveis so-bre as quais deve basear a sua opinio.

    3.9. entreVistA.

    A entrevista tambm um procedimento de au-ditoria e j comentamos sobre ela. Tambm chama-da de indagao, pode ser muito til ao auditor naormao de suas opinies.

    A indagao consiste na busca de inormaesjunto a pessoas com conhecimento, nancei-ro e no nanceiro, dentro ou ora da entidade,ou seja, coletar dados e inormaes com todosaqueles que podem ajudar o auditor a orma suaopinio: uncionrios, diretores, scios, ornece-dores, credores, clientes, especialistas etc.

    A indagao utilizada extensamente em toda a

    auditoria, pode incluir desde indagaes escritasormais at indagaes orais inormais. A avalia-o dessas respostas compete ao auditor e par-te integral do processo de indagao.

    As respostas s indagaes podem ornecer aoauditor inormaes no obtidas anteriormenteou evidncia de auditoria comprobatria. Alter-nativamente, as respostas podem ornecer inor-maes signicativamente divergentes de outrasobtidas por outras ontes.

    Embora a indagao possa ornecer importanteevidncia de auditoria e possa produzir evidnciade distoro, a indagao, sozinha, geralmenteno ornece evidncia de auditoria suciente daausncia de distoro relevante no nvel da ar-

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    mao nem da eccia operacional dos contro-les.

    A indagao (entrevista) usada junto a outrosprocedimentos de auditoria pode ser muito til

    na concluso dos trabalhos.

    3.10. conernciA De clculo

    O reclculo consiste na vericao da exatidomatemtica de documentos ou registros, realiza-da manual ou eletronicamente.

    Trata-se de um tipo de reexecuo na qual o au-ditor repete os clculos realizados pela institui-o auditada, como, por exemplo, depreciaode equipamentos, juros devidos, proviso paradevedores duvidosos.

    A conerncia de clculo muito importante ao

    auditor, j que o auditor no pode tomar comoverdade os valores lanados na contabilidade.Precisa, realmente, testar alguns atos para quesua opinio possa ser mais bem undamentada.

    3.11. conirmAo

    A conrmao uma orma de investigao quepermite ao auditor obter inormaes diretamen-te com terceiros, externos entidade auditada.Nesse procedimento a evidncia de auditoriaconsiste em resposta de terceiros (a parte queconrma) ao auditor, em orma escrita, eletrnica

    ou em outra mdia. Assim, o auditor pode solicitar conrmao de

    termos de contratos ou transaes da entidadecom terceiros, bem como conrmar saldos decontas a receber com credores, por exemplo.

    Para conrmar o auditor az uso da carta de circu-larizao.

    A solicitao de conrmao (circularizao)pode ser positiva ou negativa:

    sa d a va aque-la em que a parte que conrma responde di-

    retamente ao auditor indicando se concordaou discorda das inormaes na solicitao(conrmao positiva em preto), ou orneceas inormaes solicitadas (conrmao posi-tiva em branco). Se o auditor pergunta a umornecedor se o valor da dvida da empresa mesmo de R$ 50.000,00, trata-se de umaconrmao positiva em preto ( a resposta sim ou no). J se o auditor pergunta ao or-necedor qual o valor da dvida, temos entoa conrmao positiva em branco.

    sa d a gava a so-licitao de que a parte que conrma respon-da diretamente ao auditor somente se discor-da das inormaes ornecidas na solicitao.

    As conrmaes positivas trazem maior con-abilidade ao auditor do que as negativas.

    O auditor, caso no consiga resposta satisat-ria com as circularizaes, deve utilizar outros

    procedimentos de auditoria para conrmardeterminado saldo contbil. Em ltimo caso,e dependendo da amplitude deste saldo, in-ormar este ato em seu relatrio de auditoria.

    3.12. oBserVAo

    A observao consiste no exame de processos ouprocedimentos executado por outros, por exem-plo, a observao pelo auditor da contagem doestoque pelos empregados da entidade ou daexecuo de atividades de controle.

    Esse procedimento ornece evidncia de audito-

    ria a respeito da execuo de processo ou proce-dimento, mas limitada ao ponto no tempo emque a observao ocorre e pelo ato de que o atode ser observado pode aetar a maneira como oprocesso ou procedimento executado.

    Se o auditor estiver azendo o procedimento deobservao e os observados souberem que es-to sendo vistos, bem provvel que estes sejammais cautelosos e ajam de uma orma que pare-am mais correta e iro buscar a pereio emsuas aes, o que dicilmente ocorreria no coti-diano do trabalho.

    3.13. proceDimentos De AuDitoriA em re-As especicAs DAs DemonstrAes cont-Beis.

    Comentaremos agora quais deveriam ser os pro-cedimentos de algumas contas especcas.

    caa inspeo sica (contagem do dinheiro);inspeo documental para exame da documen-tao de pagamento e recebimento.

    Ba ca mv inspeo documen-tal (extratos bancrios); investigao e conrma-o, pela solicitao de inormaes ao banco(circularizao); reviso dos clculos de concilia-es bancrias.

    Aa aa inspeo documental(extratos bancrios, certicados, recibos) e inves-tigao e conrmao, pela solicitao de inor-maes ao banco (circularizao).

    Daa o t a rb inspe-o documental dos ttulos; investigao e conr-mao mediante circularizao junto de devedo-res.

    pv aa Dvd Dvd reclcu-los por meio da conerncia da exatido aritm-tica do valor e inspeo para vericao dos do-cumentos que serviram como base para a xaodos critrios de clculo.

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    42 Avad J

    mada maapa acompanha-mento de inventrio; inspeo sica; inspeodocumental das notas scais, aturas, duplicatas;conerncia dos clculos na apurao das sadas

    e dos estoques nais Da paga Aada inspeo

    dos documentos e reviso dos clculos para a ve-ricao dos valores apropriados como despesado exerccio. Tambm so aplicveis os procedi-mentos de investigao e conrmao, por inter-mdio da circularizao de pessoas que recebe-ram os valores antecipadamente.

    paa pa oa sdad inspeo documental para a vericaode contratos, estatutos e suas alteraes, certi-cados de aes, estratos de aes escriturais etc.;

    reviso dos clculos de provises para perdas, daaplicao do mtodo da equivalncia patrimoniale do custo de aquisio.

    ibad inspeo dos documentos deaquisio de bens tangveis; investigao e con-rmao com ornecedores de bens mveis e noregistro de Imveis, para comprovar a proprie-dade de imveis; inspeo sica para constatar

    a existncia dos bens; reviso dos clculos noscasos de depreciao, e exausto acumuladas.

    d inspeo pelo exame dos docu-mentos de compra e investigao e conrmao

    mediante circularizao de ornecedores. e aa Ba

    inspeo pelo exame dos contratos e ttulos re-presentativos das dvidas e investigao e conr-mao, por meio de circularizao de bancos.

    caa sa inspeo pelo exame de contra-to ou estatuto e suas alteraes; investigao econrmao na junta comercial do registro dosatos de constituio e alteraes.

    rva d caa inspeo pelo exame dosdocumentos (ttulos, contratos, escrituras etc.) einvestigao e conrmao mediante circulariza-

    o de pessoas relacionadas aos atos geradoresdas reservas.

    rva d l vericao dos clculoseitos na constituio das reservas; inspeo deatas, relatrios e demais documentos que justi-quem a constituio.

    ra, da reclculo dos va-lores, inspeo de documentos, etc.

  • 7/27/2019 Revisao DICAS-

    21/64

    cabdad 43

    Contabilidade

    Jos Maurcio Bettarello

    DicAs

    1. lei n 6.404/1976

    Tambm conhecida por Lei das Sociedades porAes (S/A), a 6404/76 a legislao base a serobservadas por todas as companhias constitu-das no Brasil, que regulamenta as relaes entrea sociedade e seus acionistas.

    1.1. principAis pontos DA lei DAs s/A:

    o exerccio social das companhias dever ser deum ano, somente se admitindo excees quando:inicia-se o uncionamento e nos casos de altera-o do estatuto social;

    Estatuto da companhia o contrato de consti-tuio, onde constam os detalhes da ormao eobjeto social da companhia;

    A constituio da companhia depende do cum-primento dos seguintes requisitos preliminares:

    - subscrio, pelo menos por 2 (duas) pessoas,de todas as aes em que se divide o capitalsocial xado no estatuto;

    - realizao, como entrada, de 10% (dez por

    cento), no mnimo, do preo de emisso dasaes subscritas em dinheiro;

    - depsito em estabelecimento bancrio auto-rizado pela CVM, da parte do capital realizadoem dinheiro.

    O estatuto da companhia xar o valor do capi-tal social, expresso em moeda nacional, ormadocom contribuies em dinheiro ou em qualquerespcie de bens suscetveis de avaliao em di-nheiro;

    O estatuto xar o nmero das aes em que sedivide o capital social e estabelecer se as aestero, ou no, valor nominal.

    Aes ordinrias so aquelas que conerem aosacionistas direito a voto nas decises da compa-nhia.

    A companhia poder emitir aes preerenciais,sem direito a voto, que possuiro prioridade nadistribuio de dividendos e no reembolso do ca-pital;

    A companhia pode criar, a qualquer tempo, ttu-los negociveis, sem valor nominal e estranhosao capital social, denominados "partes beneci-rias" que coneriro aos seus titulares direito decrdito eventual contra a companhia;

    Debntures so ttulos de dvida emitidos pela

    empresa, utilizados para levantar capital para -nanciamento das atividades, e so escrituradosno passivo exatamente como um emprstimobancrio.

    A debnture poder assegurar ao seu titular ju-ros, xos ou variveis, participao no lucro dacompanhia e prmio de reembolso;

    So direitos essenciais dos acionistas:

    I- participar dos lucros sociais;

    II participar do acervo da companhia, em casode liquidao;

    III scalizar, na orma prevista nesta Lei, a gestodos negcios sociais;

    IV preerncia para a subscrio de aes, par-tes benecirias conversveis em aes, debnturesconversveis em aes e bnus de subscrio;

    V retirar-se da sociedade nos casos previstosnesta Lei.

    As companhias devero publicar ao m de cadaexerccio as seguintes demonstraes:

    I balano patrimonial;

    II demonstrao dos lucros ou prejuzos acumu-lados;

  • 7/27/2019 Revisao DICAS-

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    III demonstrao do resultado do exerccio; .

    IV demonstrao dos uxos de caixa;

    V se companhia aberta, demonstrao do valoradicionado.

    Pelas novas denies de ativo imobilizado todosos contratos de arrendamento mercantil (leasing)que transram os benecios e os riscos de qual-quer ativo do arrendador para o arrendatrio de-vem ser tratados como um nanciamento.

    2. princpios unDAmentAis De contABili-DADe

    O princpio da entidade reconhece o patrimniocomo objeto da contabilidade e arma a autono-mia patrimonial, a necessidade da dierenciao

    de um patrimnio particular no universo dospatrimnios existentes, independentemente depertencer a uma pessoa, um conjunto de pesso-as, uma sociedade ou instituio de qualquer na-tureza ou nalidade, com ou sem ns lucrativos.Por conseqncia, nesta acepo, o patrimniono se conunde com aqueles dos seus sciosou proprietrios, no caso de sociedade ou insti-tuio. O patrimnio pertence entidade, mas arecproca no verdadeira. A soma ou agregaocontbil de patrimnio autnomos no resultaem nova entidade, mas numa unidade de natu-reza econmico contbil.

    O princpio da continuidade pressupe que aentidade continuar em operao no uturo e,portanto, a mensurao e a apresentao doscomponentes do patrimnio levam em contaesta circunstncia.

    O princpio da oportunidade reere-se ao proces-so de mensurao e apresentao dos compo-nentes patrimoniais para produzir inormaesntegras e tempestivas. A alta de integridade etempestividade na produo e na divulgao dainormao contbil pode ocasionar a perda desua relevncia, por isso necessrio ponderar a

    relao entre a oportunidade e a conabilidadeda inormao.

    O Princpio do registro pelo valor original deter-mina que os componentes do patrimnio devemser inicialmente registrados pelos valores origi-nais das transaes, expressos em moeda nacio-nal.

    O princpio da atualizao monetria oi revoga-do por determinao legal considerando que ocenrio atual do Brasil no requer mais o meca-nismo.

    O princpio da competncia determina que oseeitos das transaes e outros eventos sejamreconhecidos nos perodos a que se reerem,

    independentemente do recebimento ou paga-mento. O princpio da competncia pressupe asimultaneidade da conrontao de receitas e dedespesas correlatas.

    O princpio da prudncia determina a adoo domenor valor para os componentes do ativo e domaior para os do passivo, sempre que se apresen-tem alternativas igualmente vlidas para a quan-ticao das mutaes patrimoniais que alteremo patrimnio lquido. O princpio da prudnciapressupe o emprego de certo grau de precau-o no exerccio dos julgamentos necessrios sestimativas em certas condies de incerteza, nosentido de que ativos e receitas no sejam supe-restimados e que passivos e despesas no sejamsubestimados, atribuindo maior conabilidade

    ao processo de mensurao e apresentao doscomponentes patrimoniais

    3. pAtrimnio: componentes pAtrimoniAis

    No Balano Patrimonial, as contas sero classica-das segundo os elementos do patrimnio que regis-trem, e agrupadas de modo a acilitar o conhecimen-to e a anlise da situao nanceira da companhia.

    3.1. AtiVo

    No ativo so classicados todos recursos contro-

    lados pela entidade dos quais se esperam bene-cios econmicos uturos. Se no h provveisbenecios econmicos, no h reconhecimentode ativo.

    Disponibilidades so recursos de livre movimen-tao com liquidez imediata. Exemplos: caixa,depsitos bancrios, numerrio em trnsito eaplicaes de liquidez imediata.

    Contas a receber com vencimentos aps o trmi-no do exerccio social seguinte so classicadasno realizvel a longo prazo.

    A previso para devedores duvidosos no de-ver ser constituda para crditos com garantiasde recebimento ou retomada de bem em casode alta de pagamento. Existem algumas bancasde concursos, como a Esa, que consideram queno devero ser constitudas provises sobreduplicata